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Código de Conduta Empresarial | Compliance para Hospitais Privados

ANAHP Manual de Conduta Etica

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Manual de Conduta e Ética ANAHP

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Código de Conduta Empresarial | Compliance para Hospitais Privados

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1Associação Nacional de Hospitais Privados

Sobre a Anahp

A Associação Nacional de Hospitais Privados – Anahp é uma entidade representativa dos

principais hospitais privados de excelência do país. Criada em 11 de maio de 2001,

durante o 1º Fórum Top Hospital, em Brasília, e fundada em 11 de setembro do mesmo ano,

a Anahp surgiu para defender os interesses e necessidades do setor e expandir as melhorias

alcançadas pelas instituições privadas para além das fronteiras da Saúde Suplementar,

favorecendo a todos os brasileiros.

Atualmente, a entidade ocupa uma função estratégica no desdobramento de temas

fundamentais à sustentabilidade do sistema. Representante de hospitais reconhecidos

pela certificação de qualidade e segurança no atendimento hospitalar, a Anahp está preparada

para fortalecer o relacionamento setorial e contribuir para a reflexão sobre o papel da saúde

privada no país.

Page 4: ANAHP Manual de Conduta Etica

2 Associação Nacional de Hospitais Privados

Conselho de Administração

Francisco Balestrin | H. Vita - VR (RJ) (Presidente)

Antônio C. Kfouri | H. do Coração – Hcor (SP) (Vice-Presidente)

Fernando Torelly | H.Moinhos de Vento (RS)

Francisco Eustácio Vieira | H.Santa Joana (PE)

Henrique Neves | H.Israelita Albert Einstein (SP)

José Ricardo de Mello | H.Santa Rosa (MT)

José Roberto Guersola | Rede D’Or São Luiz Itaim (SP)

Maria Norma Salvador Ligório | H. Mater Dei (MG)

Paulo Chapchap | H. Sírio-Libanês (SP)

Page 5: ANAHP Manual de Conduta Etica

3Associação Nacional de Hospitais Privados

Grupo de Estudos Código de Conduta (Compliance) para Hospitais

Carlos Alberto Marsal

Hospital Sírio-Libanês

Carlos Eduardo Figueiredo

Anahp – Associação Nacional de Hospitais

Privados

Cintia Marini

Grupo Marista

Evelyn Tiburzio

Anahp – Associação Nacional de Hospitais

Privados

Fernando Leão

Hospital Israelita Albert Einstein

Jadson Costa

Anahp – Associação Nacional de Hospitais

Privados

Laura Schiesari

Anahp – Associação Nacional de Hospitais

Privados

Luiz Alberto de Luca

Hospital Samaritano

Marcelo Lebre

Hospital do Coração - HCor

Maria Cristina Alves

Hospital Nove de Julho

Mohamed Parrini

Hospital Moinhos de Vento

Rafael Marques

Nunes & Sawaya Advogados

Novembro 2014

Page 6: ANAHP Manual de Conduta Etica

4 Associação Nacional de Hospitais Privados

Apresentação

Promover a melhoria contínua da qualidade dos serviços médico-hospitalares e contribuir para a

sustentabilidade do setor da saúde são alguns dos princípios norteadores da Anahp – Associação

Nacional de Hospitais Privados. O Código de Conduta Empresarial para os Hospitais Privados

nasceu desse desejo da entidade, de cooperar na busca por um ambiente mais saudável para o

mercado de saúde suplementar brasileiro.

O setor empresarial tem adotado, com cada vez mais frequência, regras de conduta para orientar

as suas atividades, buscando evitar desvios de conduta no mercado corporativo, que juntamente

com os princípios de Governança Corporativa são hoje elementos altamente orientadores para a

depuração do mercado de práticas não adequadas.

No Brasil, a edição da Lei nº. 12.846 de 2013, mais conhecida como “Lei Anticorrupção”, apresenta-

se também como uma aliada importante para estimular as empresas brasileiras na adoção de

códigos de conduta. Além disso, uma empresa com estrutura de conduta empresarial bem definida

(Compliance) tem vantagem competitiva perante o mercado, além de se apresentar de maneira

positiva para os diversos atores que participam do mercado privado de saúde.

De posse desse diagnóstico e com os movimentos observados no cenário global por mais ética e

transparência nas relações, a Anahp identificou a necessidade de contribuir com o setor a partir das

experiências de suas instituições membros, do benchmarking internacional e do debate construtivo

sobre Conduta Empresarial (Compliance), tema abordado nos eventos técnicos da Associação.

O setor de saúde, pela sua complexidade e pela natureza das relações entre os atores envolvidos,

muitas vezes se vê intrincado em práticas prejudiciais aos seus objetivos finais.

Page 7: ANAHP Manual de Conduta Etica

5Associação Nacional de Hospitais Privados

Como uma das metas estratégicas traçadas pela Anahp - de influir positivamente no mercado e de

forma colaborativa - a elaboração desse Manual contou com a dedicação de gestores experientes e

cientes da necessidade de mudanças nas relações do setor, conforme citados no “Grupo de Estudos

Código de Conduta (Compliance) para Hospitais”, a quem agradecemos a generosa contribuição.

Em 2014, os seminários promovidos em Recife e Curitiba também foram fundamentais para a

orientação deste documento. As experiências compartilhadas durante os eventos colaboraram

significativamente para a construção deste Código de Conduta Empresarial | Compliance para

Hospitais Privados. Não podemos deixar de agradecer ainda a colaboração das empresas - 3M,

Johnson & Johnson e Covidien - que contribuíram com as suas experiências em Compliance

durante o processo de construção do Manual.

A Anahp espera com essa iniciativa estimular as instituições hospitalares de modo geral na

elaboração de seus Códigos de Conduta Ética Empresarial, atendendo assim a necessidade do

mercado por relações mais saudáveis.

Neste Manual, é possível acompanhar uma série de tópicos considerados fundamentais para a

construção de um documento abrangente e que proporcione para as instituições hospitalares

reconhecimento e credibilidade por estimular práticas transparentes no mercado.

Em consonância com os objetivos da Associação e de seus hospitais membros, esta publicação

representa mais um passo importante para o aprimoramento das relações do setor de saúde

brasileiro.

Francisco Balestrin

Presidente do Conselho da Anahp

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6 Associação Nacional de Hospitais Privados

Sumário

I. Introdução 8

a. Objetivosb. Abrangência

II. Princípios a serem contemplados 12

a. Integridadeb. Transparênciac. Solidariedaded. Valorização do capital humanoe. Respeito pelo meio ambientef. Compromisso com a organizaçãog. Relacionamentos construtivos e transparentesh. Liderança responsável

III. Diretrizes gerais para a conduta dos hospitais privados 16

a. Gestão financeira, contábil e patrimonialb. Incentivosc. Doaçõesd. Comunicação e informação

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7Associação Nacional de Hospitais Privados

IV. Relacionamento com as partes interessadas 20

a. Autoridades governamentais e órgãos públicos b. Interações e relacionamento com pacientes c. Relacionamento com fornecedoresd. Relacionamento com o corpo clínicoe. Relacionamento com as operadoras

V. Conflitosdeinteresse 26

VI. Adesão ao código de conduta e divulgação 28

VII. Reporte de condutas impróprias 30

VIII. Anexo 32

Page 10: ANAHP Manual de Conduta Etica

I. Introdução

Page 11: ANAHP Manual de Conduta Etica

9Associação Nacional de Hospitais Privados

Nos últimos anos muitas empresas passaram a adotar regras de conduta para orientar suas

atividades. O objetivo é valorizar as boas práticas de gestão e condutas exemplares nos

negócios e na vida organizacional. Tais regras são geralmente reunidas em códigos de conduta

com escopo abrangente e genérico, sendo posteriormente detalhadas por meio de políticas ou

procedimentos internos.

O passo seguinte ao desenvolvimento do código, é o seu cumprimento, o que muitas vezes

recebe o nome de Compliance. Em outras palavras, a ideia é estar conforme com as regras

estabelecidas. Este tipo de diretriz visa evitar, detectar e, se necessário, tratar os desvios

identificados ou ainda as não conformidades.

A necessidade de formalizar estas regras surgiu dos escândalos financeiros ocorridos nas últimas

décadas e, no Brasil, foi reforçada pela aprovação recente da Lei Anticorrupção. As principais

estratégias para implementar as regras de conduta têm sido reafirmar a responsabilidade das

organizações e manter auditorias externas que atestem a adequação das práticas financeiras

validadas pela alta liderança.

Tais práticas foram inicialmente desenvolvidas em empresas multinacionais, estimuladas

pelo cenário internacional a cada dia mais atento a desvios de conduta. Recentemente esta

preocupação chegou ao Brasil, mas ainda são poucas as empresas que apresentam sistemas de

Compliance maduros.

Para implementar um modelo de Compliance é preciso elaborar um código de conduta a ser

seguido por toda a organização. Tal código deve conter normas e diretrizes que orientem a

conduta dos líderes e colaboradores, de modo a minimizar os riscos relacionados aos conflitos

de interesse existentes na vida organizacional e nas relações externas à organização.

A Anahp, preocupada em contribuir para a busca da sustentabilidade do sistema, e assumindo a

sua posição de vanguarda, estabeleceu em agosto de 2014 um Grupo de Estudos sobre o tema.

O objetivo da entidade é propor recomendações para a elaboração de um código de conduta

que seja referência para os hospitais privados brasileiros.

Page 12: ANAHP Manual de Conduta Etica

10 Associação Nacional de Hospitais Privados

A adoção ou o aprimoramento de código de conduta pelos hospitais propiciará maior

transparência nas relações com os demais atores da saúde, conferindo-lhes maior confiabilidade

perante a sociedade. Esta iniciativa também deve proporcionar relações comerciais e

profissionais mais éticas, aumentando o reconhecimento das organizações que explicitam seus

princípios de conduta na vida cotidiana.

O envolvimento da alta liderança das organizações com o tema é o passo inicial e fundamental

para o desenvolvimento deste tipo de sistema.

O Código de Conduta Empresarial Anahp para o setor hospitalar representa a primeira iniciativa

para a sistematização da discussão e abordagem do tema no setor hospitalar. Portanto, trata-se

de um projeto em construção e aprimoramento, e tem por objetivo definir princípios e condutas

consideradas exemplares para nortear as relações dos atores da saúde.

Esta é uma proposta de tópicos fundamentais a serem abordados em um código de conduta,

inspirado por princípios éticos.

Page 13: ANAHP Manual de Conduta Etica

11Associação Nacional de Hospitais Privados

a. Objetivos

auxiliar os hospitais na elaboração de seus códigos de conduta e normas internas que visem

ao atendimento e cumprimento das leis e regulamentações, garantindo sua estabilidade e

perpetuidade.

preservar a imagem e a boa reputação das organizações.

incentivar relacionamento construtivo entre as partes interessadas, tanto internamente, com

gestores e colaboradores, quanto externamente, com pacientes, fornecedores, operadoras,

credores, investidores, autoridades e comunidades.

aprimorar os resultados das atividades hospitalares.

estabelecer mecanismos para administrar conflitos.

elevar o nível de confiança nas relações internas e externas.

servir de referência para a avaliação de eventuais violações de normas de conduta.

garantir a comunicação efetiva dos valores organizacionais a todas as partes interessadas.

b. AbrangênciaO código de conduta a ser desenvolvido deve contemplar todos os colaboradores da

organização, em todos os níveis e em todas as unidades; além de parceiros, fornecedores,

médicos e demais prestadores de serviços, fixando obrigações recíprocas e não unilaterais.

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II. Princípios a serem contemplados

Page 15: ANAHP Manual de Conduta Etica

13Associação Nacional de Hospitais Privados

a. IntegridadeIntegridade pessoal e profissional são aqui entendidas como o respeito às leis vigentes no país,

tanto para os cidadãos quanto para os profissionais, bem como respeito às normas internas da

empresa.

b. TransparênciaAs organizações que seguem o conceito da governança corporativa são transparentes,

obedecem ao critério da relevância, divulgam informações que de fato interessam aos seus

públicos, sejam elas obrigatórias por lei ou não. As informações sobre os produtos e serviços

prestados são verdadeiras, completas, atualizadas e sempre que aplicável e necessário,

sustentadas por evidências científicas.

As informações relacionadas aos pacientes, gestores e colaboradores são confidenciais, e os

sistemas internos devem garantir a confidencialidade das mesmas.

c. SolidariedadeSolidariedade corresponde ao nível mais elevado do relacionamento humano, tendo como meta

final o bem comum. Todas as partes interessadas são solidárias e responsáveis pelo sucesso da

organização em manter sua boa imagem e reputação, bem como solidárias às comunidades em

que atuam.

Competência, trabalho em equipe, relações pessoais e profissionais cordiais e cooperativas são

valorizadas. A diversidade é considerada elemento construtivo, qualquer tipo de discriminação ou

preconceito deve ser combatido.

d. Valorização do capital humanoA organização reconhece que seu sucesso depende da motivação de seus colaboradores,

além da satisfação de seus clientes. A empresa é responsável por criar ambiente propício ao

Page 16: ANAHP Manual de Conduta Etica

14 Associação Nacional de Hospitais Privados

desenvolvimento do trabalho de todos. As relações internas e externas são pautadas pelo

respeito à autoestima e à dignidade humana, mesmo em situações em que haja opiniões

divergentes ou conflitos de interesses.

e. Respeito pelo meio ambienteA organização respeita o meio ambiente e a legislação a ele relacionada, previne os danos

que possam ser causados por suas atividades, promove ações neste sentido e auxilia no

desenvolvimento de cultura que valorize o meio ambiente.

f. Compromisso com a organizaçãoGestores, colaboradores, fornecedores de produtos e serviços devem estar comprometidos

com a melhoria das atividades e dos resultados da organização, o que inclui tanto aspectos da

qualidade dos serviços prestados, quanto a saúde financeira da organização. Para tanto deve

haver alinhamento de tal compromisso entre as partes.

Os bens da organização, incluindo seus sistemas de informação devem ser utilizados em

assuntos de interesse da própria instituição. Nenhuma das partes interessadas pode tirar

qualquer tipo de proveito pessoal de oportunidades de negócios que surjam dentro do ambiente

de trabalho e que estejam claramente relacionados aos interesses da empresa.

g. Relacionamentos construtivos e transparentesA organização assume seu papel na sociedade, estabelecendo relações internas e externas

saudáveis e transparentes, que contribuam para que os pacientes tenham acesso ao cuidado

mais efetivo e para que a organização mantenha seu posicionamento ético e confiável. As

relações da organização, de seus profissionais e de seus fornecedores de produtos e serviços

entre si e com a sociedade em geral, como por exemplo, órgãos públicos, outras instituições de

saúde, associações ou companhias, devem ser claras e explícitas.

Page 17: ANAHP Manual de Conduta Etica

15Associação Nacional de Hospitais Privados

h. Liderança responsávelOs líderes são responsáveis pelo sucesso da organização. Para tal devem usar seu poder e

conhecimento em benefício do êxito de seus colaboradores, informando-os sobre os planos da

organização e motivando-os. O trabalho em equipe deve ser sempre estimulado e valorizado,

contribuindo para um ambiente de maior cooperação. Ideias novas, críticas e sugestões

dos colaboradores devem ser valorizadas com vistas à contínua inovação. O mérito dos

colaboradores deve pautar as escolhas e promoções.

Os líderes devem assumir seu papel por meio do exemplo, orientando e garantindo as boas

práticas dentro da organização.

Page 18: ANAHP Manual de Conduta Etica

III. Diretrizes gerais para a conduta dos hospitais privados

Page 19: ANAHP Manual de Conduta Etica

17Associação Nacional de Hospitais Privados

a. Gestão Financeira, Contábil e PatrimonialA organização deve manter a exatidão e confiabilidade de seus sistemas contábeis, assegurando

o fiel retrato da sua situação patrimonial, econômica e financeira.

As práticas e registros contábeis devem obedecer aos princípios preconizados nas

regulamentações vigentes, normas fiscais e melhores práticas.

As informações e documentos relacionados à operação da organização precisam ser

preservados com cuidado e responsabilidade, obedecendo aos prazos legais estabelecidos.

Todos os registros oficiais devem ser colocados à disposição dos auditores e autoridades fiscais,

seguindo as regras convencionais.

A integridade e veracidade dos dados contábeis e financeiros refletem a retidão e credibilidade da

organização.

Informações de interesse dos públicos internos ou externos, exceto em caso de justificado sigilo,

deverão ser divulgadas de forma ampla e transparente.

b. IncentivosUm dos principais pontos de qualquer programa de Compliance diz respeito à corrupção, tanto

pública quanto privada. Essa preocupação aumentou significativamente no Brasil em razão da

promulgação da Lei n° 12.846, de 1º de agosto de 2013, que dispõe sobre a responsabilização

administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos de corrupção de agentes públicos

nacionais e estrangeiros.

As organizações devem manter e divulgar políticas sobre atos impróprios de partes privadas

(fornecedores, laboratórios, fabricantes de equipamentos e medicamentos, profissionais médicos,

entre outros) e de agentes públicos (funcionários públicos, órgãos públicos, partidos políticos, etc.).

Os incentivos considerados inadequados são: (i) qualquer forma de dinheiro, (ii) vales-presente,

(iii) a propriedade ou uso de bens de valor, (iv) mercadorias e produtos, (v) hospedagens,

(vi) recebimento de serviços, (vii) refeições e outras formas de entretenimento, (viii) viagens e

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18 Associação Nacional de Hospitais Privados

despesas de viagens, (ix) uso de outros incentivos como diárias, tíquetes de eventos sociais,

culturais ou esportivos, (x) pagamento de obrigações pessoais ou de qualquer outra coisa de valor.

Recomenda-se que tais incentivos sejam vedados não apenas aos colaboradores de instituições

diversas, mas também às pessoas a eles relacionadas, tais como cônjuge, filhos, parentes,

amigos, etc.

As organizações devem definir um valor máximo de incentivo permitido e divulgar listagem de

situações de exceção.

c. Doações Similarmente ao que ocorre com os incentivos, as organizações também devem ter políticas claras

sobre o recebimento e a efetuação de doações, principalmente as instituições sem fins lucrativos,

cujas receitas, em alguns casos, também são compostas pelo recebimento de doações.

As doações não devem ser vinculadas à prática de atos omissivos ou comissivos em benefício

de uma determinada pessoa ou entidade. Eventuais doações a partidos políticos ou candidatos

(pessoa física) devem ser devidamente declaradas aos órgãos fiscalizadores, obedecendo a

legislação em vigor.

As doações devem ser atos descomprometidos, sem a geração de qualquer tipo de vantagem

em contrapartida.

d. Comunicação e InformaçãoQuaisquer manifestações de comunicação da organização devem estar alinhadas às diretrizes e

políticas institucionais de comunicação.

Nenhum colaborador deve ser autorizado a se manifestar em nome da organização, exceto seus

porta-vozes oficiais.

Os colaboradores e parceiros devem preservar a confidencialidade, integridade e disponibilidade

da informação a respeito da organização. Isto refere-se, sobretudo, às informações que caso

Page 21: ANAHP Manual de Conduta Etica

19Associação Nacional de Hospitais Privados

divulgadas poderão trazer prejuízos à organização, aqui denominadas informações estratégicas.

São elas: planos estratégicos e de marketing; conhecimento sobre processos e procedimentos;

dados relacionados às áreas de negócios; contratos; dados financeiros, contábeis e gerenciais;

relatórios de auditorias; dados e informes sobre pacientes e colaboradores, por exemplo;

informações cadastrais das partes interessadas; outros dados ou informações estratégicas.

Os colaboradores devem ainda seguir as orientações institucionais referentes ao uso dos meios

de comunicação disponíveis, inclusive e-mail e redes sociais.

Page 22: ANAHP Manual de Conduta Etica

IV. Relacionamento com as partes interessadas

Page 23: ANAHP Manual de Conduta Etica

21Associação Nacional de Hospitais Privados

a. Autoridades governamentais e órgãos públicos As organizações devem cumprir rigorosamente todas as obrigações que a legislação impõe,

evitando conflitos com as autoridades responsáveis por sua aplicação.

As relações com as autoridades devem se dar de forma respeitosa e com independência. Este

relacionamento deve ser conduzido por meio de pessoas especialmente autorizadas para esta função.

Não são aceitáveis quaisquer tentativas de influenciar decisões das autoridades por meios

condenáveis.

b. Interações e relacionamento com pacientes A organização deve prezar pela qualidade, confiabilidade dos serviços prestados, pelo

cumprimento dos acordos e contratos firmados. O cliente deve ser tratado com educação,

respeito e eficiência. Toda e qualquer ação tem como meta a integridade do paciente, a proteção

de sua saúde e a busca pelo seu bem-estar. O cuidado deve ser individualizado e humanizado. A

postura profissional ética permeia as relações entre os profissionais e destes com os pacientes,

seus familiares e acompanhantes.

i. Direitos e deveres dos pacientes

A organização de saúde define os direitos dos pacientes por meio de declaração de

direitos conhecida por todos, pacientes e profissionais, orientando assim as ações da

instituição. Alguns destes direitos merecem destaque: o respeito às crenças e valores dos

pacientes, o respeito à privacidade, a proteção de pacientes vulneráveis, etc.

A declaração de direitos deve ser divulgada e distribuída, sendo importante registrar o

conhecimento da mesma pelas partes interessadas.

ii. Confidencialidade das informações

As informações relacionadas aos pacientes são coletadas e registradas em prontuário.

Page 24: ANAHP Manual de Conduta Etica

22 Associação Nacional de Hospitais Privados

A proteção destas deve ser assegurada por meio de políticas e procedimentos específicos.

Os profissionais devem respeitar a confidencialidade e o sigilo das informações dos

pacientes, inclusive após o processo assistencial.

iii. Participação do paciente no cuidado

O envolvimento do paciente e de seus familiares no cuidado e nas decisões a ele

relacionadas contribui para a melhoria dos resultados obtidos. Para tanto, o hospital deve

disponibilizar informação de modo que o paciente possa compreendê-la e assim participar

da tomada de decisão. O consentimento informado permite registrar o conhecimento e

anuência ao tratamento proposto.

Além da informação disponibilizada, recomenda-se que o hospital promova a educação do

paciente e de seus familiares, provendo-lhes as orientações necessárias para o manejo de

sua doença e para a promoção do autocuidado.

c. Relacionamento com fornecedoresA organização deve desenvolver manual de relacionamento com os fornecedores que contenham

orientações, diretrizes e critérios de gestão.

De modo geral, deve sempre prevalecer o interesse institucional sobre os interesses particulares.

Valoriza-se a responsabilidade, a dignidade, a conduta ética, a eficiência e a eficácia nas relações

comerciais.

As informações relacionadas aos fornecedores devem ser tratadas com sigilo para não beneficiar

empresas ou pessoas em quaisquer das etapas da negociação. Informações adequadas e

precisas devem orientar a escolha e contratação de produtos e serviços.

As empresas devem ter igual oportunidade de participação e de condições nos processos de

escolha, homologação e contratação de fornecedores.

As escolhas devem ser feitas de forma justa, com base no preço, prazo e qualidade dos produtos

Page 25: ANAHP Manual de Conduta Etica

23Associação Nacional de Hospitais Privados

e serviços oferecidos, buscando sempre a melhor relação custo-benefício para a organização,

segundo as políticas e normas estabelecidas.

Os princípios e normas de conduta da organização devem ser igualmente seguidos pelos

fornecedores de materiais, produtos, bens e serviços. Todos devem adotar postura ética

compatível com princípios, valores e normas que promovam a cidadania e o desenvolvimento

humano, visando a uma sociedade mais justa, sustentável e solidária.

Os fornecedores podem ser de produtos e de serviços. Os produtos compreendem materiais

hospitalares, medicamentos, OPME (órteses, próteses, materiais especiais e síntese),

imobilizados e outros materiais de consumo, conforme padrões técnicos estabelecidos pela

organização. Os serviços correspondem aos de manutenção, segurança, limpeza, obras,

transporte, consultoria, médicos, ensino e pesquisa, entre outros, que também devem seguir os

padrões técnicos estabelecidos pela organização.

Os fornecedores são avaliados segundo padrões técnicos de qualidade, em conformidade com

os requisitos legais e sanitários, as normas regulamentadoras, a segurança do trabalhador e o

respeito ao meio ambiente. Tais fornecedores são auditados periodicamente pela organização.

d. Relacionamento com o corpo clínicoO corpo clínico deve seguir as diretrizes e regras institucionais, comprometendo-se com os

resultados da organização, à semelhança das demais partes interessadas.

A prática médica deve ser pautada por evidências científicas atualizadas e sólidas, tanto

no que se refere ao uso de tecnologias para o diagnóstico, quanto para o tratamento

dos pacientes. Tal prática é registrada no prontuário e segue os padrões da qualidade

estabelecidos pela organização.

É recomendável que a atualização profissional seja promovida pela organização e conte com a

adesão do médico.

Assim como os demais profissionais, o médico deve declarar formalmente qualquer envolvimento

Page 26: ANAHP Manual de Conduta Etica

24 Associação Nacional de Hospitais Privados

remunerado ou não, com outras organizações, sobretudo as concorrentes ou que tenham

relações comerciais com a organização em questão.

É recomendável que as instituições adotem, sempre que pertinente, incentivos por desempenho.

A remuneração deve estar alinhada à política estabelecida pelas organizações.

e. Relacionamento com as operadorasA operadora de planos de saúde possibilita ao paciente acesso à rede credenciada de serviços

médico-hospitalares, segundo relação contratual estabelecida e minimamente amparada

pelo rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Do outro lado,

a relação entre a operadora e os prestadores de serviços médico-hospitalares é regida por

acordos comerciais formalizados por meio de contrato entre as partes. Tais contratos devem

ter regras claras e explícitas, com detalhamento de direitos e deveres das partes, bem como

da operacionalização desta relação, com o objetivo de facilitar a relação entre os envolvidos, de

acordo com a legislação vigente.

Assim como as demais partes interessadas, as operadoras devem respeitar o código de conduta

estabelecido pela organização hospitalar, o que propicia não apenas ambiente saudável para

o desenvolvimento das relações comerciais, mas, sobretudo, alinhamento das várias partes

interessadas frente às necessidades do paciente e os cuidados à sua saúde.

As operadoras devem incentivar relacionamento formal claro, por meio de regras negociadas, com

explicitação das regras para autorização, glosas, auditorias, regras comerciais para atualização, etc.

Frente à operadora, continua garantido o direito do paciente à privacidade e o sigilo de suas

informações médicas. O prontuário clínico poderá ser disponibilizado somente à operadora

através da qual se deu o acesso do paciente ao hospital e para a finalidade exclusiva de auditoria

dos lançamentos na conta hospitalar, sendo vedada sua retirada das instalações do prestador e a

realização de cópias, totais ou parciais. Para essa auditoria, terão acesso aos prontuários apenas

médicos e enfermeiros auditores devidamente cadastrados no hospital como tal, devendo a

Page 27: ANAHP Manual de Conduta Etica

25Associação Nacional de Hospitais Privados

operadora manter atualizado esse cadastro, informando inclusões e exclusões de profissionais

de seus quadros. Nos documentos próprios da auditoria deve haver identificação clara dos

profissionais das operadoras que tiveram acesso ao prontuário.

Os auditores, sejam eles das operadoras ou terceirizados, devem se comprometer formalmente,

desde o seu cadastramento, com o sigilo tanto das informações do paciente quanto dos

aspectos comerciais e administrativos a que tiver acesso por consequência do exercício

da sua função. Cabe à operadora manter igualmente em sigilo as informações do paciente,

recomendando-se constar essa obrigação no contrato entre a operadora e o hospital.

O respeito aos contratos, às determinações judiciais, cooperação e relações cordiais devem

pautar as relações.

Page 28: ANAHP Manual de Conduta Etica

V. Conflitos de interesse

Page 29: ANAHP Manual de Conduta Etica

27Associação Nacional de Hospitais Privados

Os conflitos de interesses estão presentes na vida quotidiana da sociedade e,

consequentemente, de quase toda organização. A natureza das atividades e das práticas

vigentes nos vários ramos de atividade, assim como na saúde, podem favorecer o surgimento

de conflitos de interesse. Vários são os atores envolvidos, não necessariamente com os mesmos

interesses, apesar da saúde das pessoas ser o elo dos diferentes stakeholders.

Os colaboradores não devem se envolver direta ou indiretamente em ações que possam ser

contrárias aos interesses ou imagem da organização. Isso inclui a obtenção de benefícios pessoais

em função de decisões ou ações corporativas, nepotismo, uso de informação confidencial para fins

contrários aos interesses da organização, bem como a divulgação desta indevidamente.

Os colaboradores devem comunicar quaisquer conflitos de interesse ao seu gestor, incluindo envolvimento

direto ou indireto em atividades que possam suscitar eventuais conflitos com as atividades da organização.

Sugere-se que a organização estabeleça suas políticas e regras sobre contratação de parentes

de colaboradores.

Configuram conflito de interesse, entre outros:

negócio em que de um lado figure o diretor, gestor, membro do Conselho de Administração, membro do Corpo Clínico ou pessoa a eles ligada, qualquer que seja o conteúdo do negócio; ou

negócios, fatos ou situações em que o diretor, gestor, membro do Conselho de Administração, membro do Corpo Clínico ou pessoa a eles ligada esteja em relação de concorrência com o hospital; ou

negócios, fatos ou situações em que o diretor, gestor, membro do Conselho de Administração, membro do Corpo Clínico ou pessoa a eles ligada, tenha interesse em relação a bem, direito, valores mobiliários ou seus derivativos que o hospital pretenda adquirir;

a omissão ou sonegação de informações à entidade e aos seus dirigentes e prepostos, impedindo ou prejudicando a combinação de esforços e a solidariedade na consecução dos objetivos do hospital;

a utilização, para contratos ou encomendas pessoais, de empresas com as quais tenham relações comerciais no âmbito das suas atividades em nome do hospital, caso estas possam retirar qualquer benefício do contrato ou encomenda pessoal;

relação comercial ou participação das atividades de empresa concorrente ou cliente ou de atividades paralelas que impeçam o colaborador / prestador de serviço de cumprir as suas responsabilidades perante o hospital.

Page 30: ANAHP Manual de Conduta Etica

VI. Adesão ao código de conduta e divulgação

Page 31: ANAHP Manual de Conduta Etica

29Associação Nacional de Hospitais Privados

Todos os colaboradores da organização, independentemente de seu vínculo ou sua função

(fornecedores, parceiros, corpo clínico, etc.), devem receber uma cópia do código, tomar

conhecimento de seu teor e assinar termo específico.

O contato com o código e termo de compromisso com o mesmo deverá se dar preferencialmente

por meio de treinamento específico para este fim.

O código deverá ser amplamente divulgado e veiculado em meios facilmente acessíveis aos

demais stakeholders, tais como fornecedores, operadoras, corpo clínico aberto, pacientes,

agentes públicos, etc. Os contratos devem conter cláusula específica de ciência sobre

existência do mesmo.

Page 32: ANAHP Manual de Conduta Etica

VII. Reporte de condutas impróprias

Page 33: ANAHP Manual de Conduta Etica

31Associação Nacional de Hospitais Privados

É fundamental que as organizações disponibilizem e incentivem todos os colaboradores,

parceiros, fornecedores, terceiros, etc, a utilizar canal de comunicação apropriado para relato

de dúvidas ou eventuais condutas impróprias. Este canal direto possibilita contribuir de forma

responsável e confiável com a manutenção de ambiente de trabalho ético, seguro, eficiente e

com qualidade.

As sugestões, dúvidas e relatos recebidos devem ser apurados de forma sistematizada e sigilosa.

As apurações e análises específicas, devem ser conduzidas por área independente.

Email:

Telefone:

Link:

Page 34: ANAHP Manual de Conduta Etica

VIII. Anexo

Page 35: ANAHP Manual de Conduta Etica

33Associação Nacional de Hospitais Privados

Modelo de termo de compromisso com o código de conduta

Declaro que recebi e estou de acordo com o Código de Conduta Empresarial da

Instituição (preencher com os dados da instituição). Fui informado (a) sobre os canais de

informação para relatar uma possível violação do Código ou da Legislação.

Estou ciente que o descumprimento de quaisquer das normas do Código poderá

acarretar no rompimento de minhas atividades junto à organização, além das possíveis

implicações legais.

Nome:

CPF ou CNPJ:

Cadastro funcional:

Cargo ou função ou área de atuação:

Unidade ou departamento:

Local e data:

Assinatura

Page 36: ANAHP Manual de Conduta Etica

34 Associação Nacional de Hospitais Privados

Referências bibliográficas

1. COVIDIEN. Guia de Conduta de Negócios da Covidien, 2012. 24p.

2. DE LUCA, L. Conflito de Interesses. In. Governança Corporativa em Saúde: Conceitos,

estruturas e modelos. São Paulo: Saint Paul Editora. 269p.

3. FUNDAÇÃO CESP. Código de Conduta e princípios éticos, 2007. 12p.

4. GRUPO MARISTA. Código de Conduta: Diretrizes de conduta no Grupo Marista, 2012. 54p.

5. HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Código de Conduta Ética. Disponível em:

www.einstein.br/sobre-a-sociedade/Paginas/codigo-de-conduta-etica.aspx

6. HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS. Código de Conduta. 9p.

7. HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS. Manual de Relacionamento com Fornecedores. 10p.

8. INTERFARMA. Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. Código de Conduta,

Revisão 2012. 64p.

9. INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC). Código de Conduta

– Elaboração e Gestão. Exemplo de Código de Conduta. 4ª edição, 2014.

10. ITAÚ UNIBANCO. Código de Ética. 50p.

11. LOUISDREYFUS COMMODITIES. Código de conduta, 2012. 10p.

12. SIEMENS. Diretriz de Conduta Profissional da Siemens, 2009. 16p

Page 37: ANAHP Manual de Conduta Etica

35Associação Nacional de Hospitais Privados

Agradecimento

O compartilhamento de informações durante os seminários da Anahp em 2014 foram

fundamentais para a elaboração deste documento. Agradecemos a todos os representantes das

instituições membros da Associação que contribuíram com as suas experiências.

Alexandre Loback - Hospital Esperança (PE)

Alceu Alves da Silva - Hospital Mãe de Deus (RS)

Ary Ribeiro - Hospital do Coração - HCor (SP)

Carlos Alberto Marsal - Hospital Sírio-Libanês (SP)

Dácio Guimarães - Santa Casa de Maceió (AL)

Eduardo Queiroz - Santa Casa de Misericórdia da Bahia (BA)

Evandro Tinoco Mesquita - Hospital Pró-Cardíaco (RJ)

Fabio Peterlini - Hospital São Camilo (SP)

Filipe Lima - Hospital Santa Joana (PE)

Francisco Eustácio Fernandes Vieira - Hospital Santa Joana (PE)

Gabriel Dalla Costa - Hospital Moinhos de Vento (RS)

Guilherme Robalinho - Real Hospital Português de Beneficência (PE)

Henrique Neves - Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SP)

João Lampropulos - Hospital Memorial São José (PE)

José Henrique Germann Ferreira - Hospital Israelita Albert Einstein (SP)

José Roberto Guersola - Rede D’Or (RJ)

Luís Cláudio Albuquerque - Santa Casa de Maceió (AL)

Luiz Felipe Gonçalves - Hospital Mãe de Deus (RS)

Luiz Fernando Kubrusly - Hospital VITA (PR)

Luiz Sallim - Hospital Nossa Senhora das Graças (PR)

Marco Antonio Pedroni - Hospital Marcelino Champagnat (PR)

Miguel Cendoroglo Neto - Hospital Israelita Albert Einstein (SP)

Osni Silvestri - Hospital VITA Curitiba (PR)

Paulo Barreto - Hospital São Lucas (SE)

Vicente Araujo - Hospital Português (BA)

Page 38: ANAHP Manual de Conduta Etica

AnahpAssociação Nacional de Hospitais Privados

São PauloRua Cincinato Braga, 37 - 4º andar

Paraíso

São Paulo - SP

01333-011

Telefone / Fax: + 55 11 3253.7444

[email protected]

BrasíliaSH/Sul Quadra 06, Conjunto A, Bloco E - sALAS 805 e 806

Edifício Business Center Park

Brasília - DF

70322-915

Telefone / Fax: + 55 61 3039.8421

[email protected]

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