189
ISBN 978-85-68808-03-0

Anais XXII JABRO - 2018 final · Presidir a 22ª JABRO, elaborar nos mínimos detalhes com uma equipe de profissionalismo ímpar, só poderia ter o resultado que teve. Os trabalhos

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ISBN 978-85-68808-03-0

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

ASSOCIA BRASILEIRA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA – ABRO

ANAIS DA 22ª JABRO: DIAGNÓSTICOS, DESAFIOS E DIRETRIZES, 16 A

18 DE AGOSTO DE 2018, CAMPOS DO JORDÃO, SP

1ª edição – Cascavel/PR

Associação Brasileira de Radiologia Odontológica – ABRO

2019

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

1. Odontologia : Ciências médicas : 617.6

Iolanda Rodrigues Biode - Bibliotecária - CRB-8 / 10014

Anais da 22ª JABRO [livro eletrônico] : diagnósticos, desafios e diretrizes, 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP / organização Associação Brasileira de Radiologia Odontológica. – 1. ed. Cascavel, PR : Associação Brasileira de Radiologia Odontológica - ABRO, 2019. 2,21 Mb ; PDF Vários autores Bibliografia. ISBN 978-85-68808-03-0 1. Odontologia 2. Radiologia 3. Radiodiagnóstico 4. Diagnóstico por imagem I.

Associação Brasileira de Radiologia Odontológica.

CDD-617.6 19-26343 NLM-WU 100

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO

Associação Brasileira de Radiologia Odontológica – ABRO

Mychelle Schmitt Gurgacz – Presidente

Paulo Sérgio Flores Campos – Vice-presidente

Juliano Martins Bueno – 1º Tesoureiro

Paula de Moura – 2ª Tesoureira

Marco Frazão – 1º Secretário

Mike Bueno – 2º Secretário

Maria Lúcia Paes Barbosa Freire – Conselheira fiscal

Israel Chilvarquer – Conselheiro fiscal

Manuel Perboyre Gomes Castelo – Conselheiro fiscal

Jornada da Associação Brasileira de Radiologia Odontológica (2019: Campos do Jordão).

Anais da 22ª JABRO: diagnósticos, desafios e diretrizes, 16 a 18 de agosto de 2018,

Campos do Jordão, SP. Cascavel: ABRO, 2019. 187 f.

Formato: Adobe PDF.

Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader.

Capa: Roberto Monticelli Wydra.

Revisão e editoração: Diego Domingos Ferro.

ISBN: 978-85-68808-03-0.

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COMISSÃO ORGANIZADORA DA 22ª JABRO

Presidente

Elza Maria Carneiro Mendes Ferreira dos Santos

Coordenador de Comissão Científica

Marcio Yara Buscatti

Coordenador do Fórum Scanner Intraoral

Michel Lipiec

Coordenador de Casos Clínicos

Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior

Coordenadora dos Trabalhos Científicos

Milena Bortolotto Felippe Silva

Coordenadora Social

Luiza Warmling

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COMISSÃO CIENTÍFICA DA 22ª JABRO

Milena Bortolotto Felippe Silva

Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior

Michel Lipiec

Paulo Sérgio Flores Campos

Sérgio Lúcio Pereira Castro Lopes

Marlene Fenyo Ferreira

Plauto Christopher Aranha Watanabe

MODERADORES DE CURSO

Israel Chilvarquer

Michel Lipiec

Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior

Anne Caroline Oenning

AVALIADORES DE PAINEL

Mariana Tlach Tiepo

Amaro Vespasiano

Afonso Celso Souza de Assis

Deborah Queiroz de Freitas

Ana Lucia Tolazzi

Bernardo Barbosa Freire

Evandro José Borgo

Vanio Santos Costa

Andrea Gross

Danielle Lago Bruno de Faria

Claudio Costa

Jefferson Xavier de Oliveira

Ricardo Raitz

Ângela Fernandes

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APOIO

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

PALAVRA DA PRESIDENTE

Presidir a 22ª JABRO, elaborar nos mínimos detalhes com uma equipe de

profissionalismo ímpar, só poderia ter o resultado que teve.

Os trabalhos científicos que aqui são apresentados mostram que a nossa ABRO

está no caminho certo.

A todos vocês que apresentaram seus trabalhos, meus parabéns!

Espero ver mais trabalhos no XI CONABRO, pois somente com muita pesquisa

elevaremos cada vez mais a nossa especialidade.

Minha eterna gratidão!

Elza Maria Carneiro Mendes Ferreira dos Santos

Presidente da 22ª JABRO

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PALAVRA DO COORDENADOR DE COMISSÃO CIENTÍFICA

Coordenar a parte científica da 22ª JABRO foi um enorme desafio e uma imensa

honra para mim. Tivemos mais de vinte ministradores nacionais e internacionais, e

apresentação de mais de 160 trabalhos científicos da mais alta qualidade técnica e

científica, tornando nosso evento referência na área de Diagnóstico por Imagem.

Parabenizo a todos os apresentadores e orientadores desses trabalhos, e

agradeço e parabenizo também a todos os ministradores que dispuseram de seus

conhecimentos e tempo para engrandecer nosso evento.

Agradeço imensamente às presidentes da 22ª JABRO e da ABRO, além de toda a

Comissão Organizadora e Diretoria da Associação, pois, sem a confiança e o apoio de

todos isso não seria possível.

Que venha o XI CONABRO com muita ciência, gestão e confraternização.

Meus sinceros agradecimentos!

Marcio Yara Buscatti

Coordenador de Comissão Científica da 22ª JABRO

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

APRESENTAÇÃO DOS ANAIS

A 22ª JABRO foi composta, de forma muito especial, pelos numerosos trabalhos

apresentados, os quais são fruto de diferentes vias de pesquisa, seja de iniciação

científica ou trabalhos de conclusão de cursos, assim como de relatos de casos. O que

mais chamou a atenção nesses trabalhos consistiu em suas pluralidades, envolvendo

diferentes especialidades da Odontologia, realizados em diferentes regiões do Brasil, mas

todos com um enfoque comum: a Radiologia e Imaginologia Odontológica.

Em síntese, são trabalhos cujos autores e coautores viram na 22ª JABRO a

oportunidade de divulgarem seus achados em um ambiente propício ao desenvolvimento

profissional e acadêmico. Acredita-se ser por este motivo que a cada ano aumenta

consideravelmente o número de trabalhos inscritos e apresentados em nossa Jornada,

garantindo o sucesso da mesma.

Nesse contexto, visando possibilitar que um maior número de profissionais e

acadêmicos tenham acesso aos trabalhos apresentados na 22ª JABRO, a ABRO vem

disponibilizar este livro de Anais, no qual os trabalhos foram divididos nas categorias

“pesquisas” e “relatos de casos”.

Ao lhes apresentar estes anais da 22ª JABRO, esperamos poder contribuir para o

enriquecimento de suas informações e conhecimentos científicos, acadêmicos e

profissionais.

Comissão Organizadora da 22ª JABRO

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SUMÁRIO

Correlação entre a microarquitetura óssea e a periodontite em pacientes HIV+: estudo por meio da análise fractal ....................................................................................................... 18

Influência dos parâmetros de reconstrução da microtomografia computadorizada na análise da densidade mineral óssea .................................................................................. 19

Análise de alterações nos seios maxilares por estudantes de odontologia: comparação entre radiografia panorâmica e tcfc ................................................................................... 20

Avaliação imaginológica do grafeno por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ................................................................................................................................ 21

Utilização de sistemas panorâmicos digitais para análise das variações anatômicas do ângulo mandibular ............................................................................................................. 22

Análise quantitativa de artefatos provocados pela presença de titânio em diferentes posições no arco dentário .................................................................................................. 23

Tomografia computadorizada de feixe cônico na detecção e avaliação do canal gubernacular ...................................................................................................................... 24

Análise da degradação, longevidade e qualidade de imagem de placas fósforo fotoestimuláveis ................................................................................................................. 25

O uso de recentes ferramentas pré-operatórias para avaliação da qualidade óssea em planejamento de implantes ................................................................................................ 26

Avaliação volumétrica dos terceiros molares inferiores – resultados a partir de diferentes examinadores .................................................................................................................... 27

Optimization of image quality using a narrow vertical detector dental cone-beam computed tomography ........................................................................................................................ 28

Avaliação das unidades de hounsfield derivadas dos níveis de cinza da tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 29

Análise da observação da crista óssea alveolar em tomografias computadorizadas de feixe cônico com artefatos de streak ................................................................................. 30

Índices radiométricos mandibulares na avaliação da densidade mineral óssea de mulheres pós-menopausa ................................................................................................. 31

Variações anatômicas do canal incisivo em tomografia computadorizada e imagens intrabucais ......................................................................................................................... 32

Prevalência do posicionamento de terceiros molares inferiores em TCFC, utilizando a classificação de Pell & Gregory ......................................................................................... 33

Avaliação da prevalência de terceiro molar inferior em íntima relação com o canal mandibular por meio da TCFC ........................................................................................... 34

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

Mudanças ósseas no processo alveolar mandibular após correção ortodôntica do apinhamento dentário anterior com exodontia ................................................................... 35

Relação entre a altura do óstio sinusal com as alterações do seio maxilar por meio da TCFC ................................................................................................................................. 36

Comparação entre radiografia panorâmica e TCFC na detecção e mensuração de corticalização de lesões ósseas dos maxilares ................................................................. 37

Influência do tamanho do voxel na precisão das medidas lineares em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico ..................................................................... 38

Avaliação da cortical da mandíbula em homens e mulheres por meio de índices radiomorfométricos obtidos em TCFC ............................................................................... 39

Avaliação da espessura do canal mandibular em pacientes dentados e desdentados parciais por meio da TCFC ................................................................................................ 40

Prevalência de imagem sugestiva de ateroma na artéria carótida em panorâmicas e sua relação com fatores de risco .............................................................................................. 41

Avaliação de um aplicativo móvel como auxiliar no diagnóstico radiográfico de condições endodônticas ..................................................................................................................... 42

Avaliação da magnitude de artefatos oriundos da exomassa em tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 43

Influência da orientação do dente na detecção de fratura radicular vertical por meio da TCFC ................................................................................................................................. 44

Estudo comparativo da discrepância de bolton: modelos fotografados versus modelos físicos ................................................................................................................................. 45

Aspectos radiográficos de glândulas salivares maiores em sialografia ............................. 46

Avaliação da qualidade da imagem e dos parâmetros de exposição de um aparelho de raios-X intraoral portátil ...................................................................................................... 47

Radiografia panorâmica: importante ferramenta no tratamento dos pacientes infantis ..... 48

A radiografia panorâmica como um alerta quanto a possibilidade de acidente vascular encefálico ........................................................................................................................... 49

Caninos inclusos: importância da tomografia computadorizada ........................................ 50

Relação do terceiro molar inferior com canal mandibular em tomografia computadorizada por feixe cônico .................................................................................................................. 51

Ajuste de brilho e contraste: preferência dos observadores versus desempenho no diagnóstico de fratura radicular vertical ............................................................................. 52

Diagnóstico de fratura radicular vertical em dentes próximos e distantes a implantes: influência dos artefatos na TCFC ...................................................................................... 53

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Correlação da pneumatização e morfologia do componente temporal da ATM: análise em tomografia computadorizada de feixe cônico ..................................................................... 54

Influência dos parâmetros de aquisição e artefatos produzidos em TCFC no diagnóstico de reabsorção radicular externa ........................................................................................ 55

Influência dos parâmetros de aquisição na magnitude de artefatos produzidos por implante de zircônia em imagens de TCFC ....................................................................... 56

Avaliação da fossa mandibular de pacientes dentados e edêntulos totais por tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 57

Detecção de defeitos ósseos periapicais simulados em radiografia digital com diferentes variações de brilho e contraste .......................................................................................... 58

Alterações de células aéreas etmoidais posteriores em indivíduos com fissura labiopalatina ....................................................................................................................... 59

Diagnóstico de reabsorção radicular externa simulada em radiografias digitais: influência da resolução espacial ........................................................................................................ 60

Avaliação da alteração do plano de tratamento da extração dos terceiros molares inferiores por meio de panorâmica e tomografia ................................................................ 61

Influência de condições de interpretação radiográfica no diagnóstico de lesões de cárie proximal ............................................................................................................................. 62

Importância da TCFC para avaliação da relação espacial entre implante dentário e dente adjacente – relato de caso ................................................................................................. 63

Insucessos de implantes dentários evidenciados em tomografia computadorizada de feixe cônico ................................................................................................................................ 64

Estudo da prevalência das classificações da fossa olfatória por meios da tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 65

Estudo dos índices radiomorfométricos em mandíbulas de mulheres, dentro do grupo de risco de possuírem osteoporose ........................................................................................ 66

Avaliação comparativa de fraturas radiculares em imagens radiográficas intrabucais digitais e intrabucais analógicas ........................................................................................ 67

Utilização de índices de tomografia computadorizada para classificação de alterações ósseas em mulheres .......................................................................................................... 68

Influência dos artefatos metálicos nos valores de cinza da imagem por TCFC em relação ao arco antagonista ........................................................................................................... 69

Avaliação dos índices radiomorfométricos preditores de osteoporose e da análise fractal em mulheres com doença celíaca ..................................................................................... 70

Pneumatização do teto da fossa mandibular e eminência articular: um estudo por imagens panorâmicas e tomográficas .............................................................................................. 71

Desempenho de diferentes métodos no diagnóstico de cárie ........................................... 72

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Avaliação do filtro endo do tomógrafo OP300 na formação de artefatos provenientes de materiais endodônticos ...................................................................................................... 73

Análise da morfologia superficial de resinas bulk fill após irradiação gama....................... 74

Prevalência de achados incidentais em vias aéreas em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 75

Associação entre lesões periapicais e alterações no seio maxilar por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 76

Avanços tecnológicos na Radiologia Odontológica ........................................................... 77

O uso da fotografia digital no processo de reconhecimento facial ..................................... 78

CTdBEM: protocolo tomográfico para avaliação odontológica em hospitais utilizando baixa dose de radiação ............................................................................................................... 79

Comparação entre radiografia panorâmica e bitewing extraoral: avaliação dos terceiros molares e dose de exposição ............................................................................................ 80

Avaliação do fenômeno de retenção de muco em tomografia computadorizada e sua correlação com extensões do seio maxilar ........................................................................ 81

Variação do canal sinuoso em indivíduos com fissura de lábio e palato unilateral esquerda ............................................................................................................................ 82

Relação entre a morfologia do arco dentário e a inclusão de caninos superiores: uma análise por meio da TCFC ................................................................................................. 83

Avaliação de terceiros molares inferiores inclusos por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................... 84

A influência do tempo de exposição na qualidade radiográfica por meio de técnicas analógica e digitais ............................................................................................................ 85

Avaliação da presença do segundo canal na raiz mésio-bucal dos molares superiores por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico ....................................................... 86

Utilização de smartphone no diagnóstico radiográfico: acurácia para detecção de desadaptação proximal de restaurações ........................................................................... 87

Efeito da compensação automática de exposição sobre o diagnóstico radiográfico de cáries proximais ................................................................................................................. 88

O canal gubernacular pode sinalizar um processo anormal de erupção ........................... 89

Influência da aplicação de filtros digitais na quantificação de artefatos metálicos associados a implantes dentários ...................................................................................... 90

A influência da TCFC no diagnóstico e tomada de decisão terapêutica em terceiros molares inferiores .............................................................................................................. 91

Avaliação de critérios para a solicitação de exames radiográficos em Odontopediatria .... 92

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

Avaliação da ocorrência de calcificação da artéria carótida em radiografias panorâmicas digitais ................................................................................................................................ 93

Recurso da mesa digital anatômica no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos relativos à anatomia da ATM ............................................................................................. 94

Análise da radiopacidade de resinas compostas por meio de sistema radiográfico digital 95

Avaliação da impactação de terceiros molares inferiores: uma comparação entre radiografia panorâmica ...................................................................................................... 96

Prevalência de calcificações de tecidos moles em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico ................................................................................................................... 97

Artefatos em tomografias de dentes birradiculares com diferentes materiais intracanais e parâmetros de exposição ................................................................................................... 98

Avaliação volumétrica de técnicas de obturação por microtomografia .............................. 99

Avaliação de nódulos pulpares em dentes decíduos de tomografia computadorizada de feixe cônico ...................................................................................................................... 100

Efeito de ajustes de brilho e contraste na detecção de reabsorções radiculares em radiografia digital ............................................................................................................. 101

Estudo da correlação do canal mandibular e o tipo facial por meio de TCFC ................. 102

Quantificação de artefatos metálicos produzidos por implantes em TCFC obtidas com diferentes protocolos de aquisição .................................................................................. 103

Influência dos sistemas radiográficos digitais na avaliação do tratamento endodôntico de dentes decíduos .............................................................................................................. 104

Validação de novo índice periapical e de qualidade do tratamento endodôntico e sua correlação com alterações sinusais ................................................................................. 105

Avaliação quantitativa dos artefatos formados por núcleos metálicos: um estudo por TCFC ............................................................................................................................... 106

Avaliação de medidas lineares na tomografia computadorizada de feixe cônico importante para o diagnóstico e o planejamento ortodôntico ............................................................ 107

Avaliação da eminência articular e fossa mandibular em pacientes com diferentes tipos faciais em exames de TCFC ............................................................................................ 108

Avaliação tomográfica de ramificações dos canais mandibulares em regiões com inflamação ....................................................................................................................... 109

Avaliação do trabeculado ósseo e cortical mandibular de mulheres pós-menopausa por meio da análise fractal ..................................................................................................... 110

Importância da TCFC no planejamento cirúrgico de terceiros molares mandibulares retidos em posição ectópica ............................................................................................ 111

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

Confecção de prótese total inferior utilizando planejamento digital e impressão 3D – relato de caso clínico ................................................................................................................. 112

Síndrome Depeutz-Jeghers: relato de caso follow-up de seis anos ................................ 113

Utilização da tomografia computadorizada de feixe cônico no diagnóstico e planejamento cirúrgico de cisto radicular ............................................................................................... 114

Tomografia computadorizada de feixe cônico como método auxiliar na localização de fragmento de agulha ........................................................................................................ 115

Diagnóstico por imagem no auxílio de diferentes condições endodônticas ..................... 116

Tomografia computadorizada de feixe cônico como exame complementar no diagnóstico de reabsorções radiculares .............................................................................................. 117

Tomografia computadorizada de feixe cônico como meio de diagnóstico e planejamento para remoção de corpo estranho ..................................................................................... 118

Cordoma de Clivus – relato de caso ................................................................................ 119

Deslocamento posterior bilateral do disco da ATM com redução unilateral: um relato de caso ................................................................................................................................. 120

Sulco palatogengival – relato de caso clínico .................................................................. 121

Avaliação de dentes retidos por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico .. 122

Avaliação de lesão osteolítica periapical associada à pérola de esmalte em tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 123

Aspectos radiográficos da síndrome de Gorlin Goltz: um relato de caso clínico ............. 124

Diagnóstico de condromatose sinovial na articulação temporomandibular por tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 125

Osteoma benigno: séries de casos .................................................................................. 126

Intrusão de dente decíduo com aparecimento da raiz na fossa nasal: relato de caso clínico ............................................................................................................................... 127

Osteoma do processo coronoide da mandíbula .............................................................. 128

Alterações atípicas de displasia fibrosa diagnosticadas em tomografia computadorizada de feixe cônico – relato de caso ...................................................................................... 129

Aspectos imaginológicos de alterações ósseas mandibulares por uso contínuo de bisfosfonatos – relato de caso ......................................................................................... 130

Tomografia computadorizada de feixe cônico como método auxiliar na detecção de dentes supranumerários fusionados ............................................................................................ 131

Aspectos imaginológicos das alterações ósseas nos maxilares por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 132

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

A importância da tomografia computadorizada de feixe cônico na avaliação dos seios paranasais ....................................................................................................................... 133

A TCFC no diagnóstico das calcificações idiopáticas na região de cabeça e pescoço: um relato de caso clínico ....................................................................................................... 134

A osteorradionecrose por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico: um relato de caso ............................................................................................................................ 135

A tomografia computadorizada de feixe cônico no diagnóstico das displasias cemento-ósseas ............................................................................................................................. 136

Diagnóstico da displasia fibrosa através da tomografia computadorizada de feixe cônico: relato de caso clínico ....................................................................................................... 137

Importância do exame por imagem no planejamento cirúrgico das complicações de exodontia de terceiros molares superiores ...................................................................... 138

Avaliação de odontoma composto por tomografia computadorizada de feixe cônico: série de casos .......................................................................................................................... 139

Desenvolvimento de um dispositivo para proteção de placas de fósforo intraorais ......... 140

Utilização da tomografia computadorizada cone beam no diagnóstico de um caso clínico de dor difusa de origem endodôntica ............................................................................... 141

Avaliação pré-cirúrgica para exodontia de terceiros molares por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 142

Amelobastoma: relato de caso-recidiva ........................................................................... 143

Diagnóstico por imagem de osteossarcoma em côndilo mandibular: relato de caso ....... 144

Exostose maxilar incomum: estudo radiográfico .............................................................. 145

Aspecto ósseo pós tratamento endodôntico de lesão cística na região anterior de mandíbula ........................................................................................................................ 146

Aspectos imaginológicos e clínicos apresentados por um queratocisto em maxila ......... 147

Aspecto imaginológico de queratocisto de mandíbula por descompressão..................... 148

Diagnóstico por imagem de osteopetrose ........................................................................ 149

Relato de casos de alterações nos ossos temporais de indivíduos com fissuras labiopalatinas em exames de TCFC ................................................................................ 150

Aspectos raros imaginológicos de neuroma intraósseo ................................................... 151

Características clínicas e imaginológicas de lesão fibro-óssea benigna em paciente pediátrico ......................................................................................................................... 152

Associação de cisto dentígero a molares inclusos: aspectos imaginológicos.................. 153

Diagnóstico por imagem de calcificação de linfonodo com ressecção cirúrgica .............. 154

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

Anquilose alveolodentária: aspectos clínicos e radiográficos de três casos de membros de uma mesma família ......................................................................................................... 155

Alteração morfológica unilateral em articulação temporomandibular de paciente com deformidade dentofacial................................................................................................... 156

Exacerbação aguda de um granuloma periapical: relato de caso ................................... 157

Cisto ósseo simples extenso em mandíbula: a importância dos exames clínico e imaginológicos para a correta terapêutica ....................................................................... 158

Características tomográficas do cisto odontogênico calcificante: relato de caso clínico . 159

Influência dos modos de imagem e de rotação na avaliação do osso alveolar vestibular através de TCFC ............................................................................................................. 160

Avaliação de lesões nos ossos maxilares por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico: uma série de casos ..................................................................................... 161

Avaliação de odontomas por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico ....... 162

Displasia cemento óssea periapical diagnosticada por tomografia computadorizada de feixe cônico: relato de caso ............................................................................................. 163

CT cone beam para pacientes com necessidades especiais .......................................... 164

CT cone beam, ressonância magnética e multislice para pacientes com necessidades especiais e sistemicamente comprometidos .................................................................... 165

Endo Guide: uma alternativa conservadora na terapia endodôntica ............................... 166

Ceratocisto odontogênico: revisão de literatura e relato de caso .................................... 167

Lesão gigantocelular com rompimento de cortical em lesão menor: relato de caso ........ 168

Importância da identificação de características imaginológicas das sinusopatias por meio das imagens de TCFC ..................................................................................................... 169

Celulite flegmonosa perimaxilar de origem odontogênica: aspectos imaginológicos ....... 170

Diagnóstico de fraturas e perfurações radiculares com auxílio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico .................................................................................... 171

Fibroma cemento-ossificante central: diagnóstico clínico-imaginológico e histopatológico ................................................................................................................. 172

Estudo da alterações dos seios maxilares por tomografia computadorizada de feixe cônico .............................................................................................................................. 173

Politrauma facial em adolescentes: planejamento com CTdBEM e impressão 3D – relato de caso clínico ................................................................................................................. 174

Osteoma do côndilo mandibular: aspectos clínicos e imaginológicos ............................. 175

Mucopolissacaridose tipo I/síndrome De Hurler: relato de caso clínico ........................... 176

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

Planejamento reverso de prótese unitária utilizando sistema CAD/CAM associado a tomografia computadorizada cone beam ......................................................................... 177

Cisto do ducto tireoglosso: achado por imagem em ressonância magnética .................. 178

Aspectos imaginológicos de defeito osteoporótico do adulto em mandíbula ................... 179

Utilização da ressonância magnética na diferenciação entre ameloblastoma unicístico e tumor odontogênico queratocístico .................................................................................. 180

Avaliação de defeitos ósseos periodontais utilizando tomografia computadorizada de feixe cônico: série de casos ..................................................................................................... 181

Utilização da tomografia computadorizada de feixe cônico em complicação pós-operatória de terceiro molar inferior .................................................................................................. 182

Displasia cemento-óssea florida associada com cistos ósseos simples: série de casos . 183

Sialolito gigante da glândula submandibular: relato de dois casos .................................. 184

Alterações na articulação temporomandibular: relato de caso de anquilose e côndilo bífido ................................................................................................................................ 185

Osteossarcoma em região anterior de mandíbula: relato de caso ................................... 186

Palavra da presidente da ABRO ...................................................................................... 187

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PESQUISAS

CORRELAÇÃO ENTRE A MICROARQUITETURA ÓSSEA E A PERIODONTITE EM

PACIENTES HIV+: ESTUDO POR MEIO DA ANÁLISE FRACTAL

Luciana Loyola Dantas, Daniele Veiga da Silva Siqueira, Luanderson Lopes Pereira,

Andreia Cristina Leal Figueiredo, Frederico Sampaio Neves

O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre a microarquitetura óssea obtida por

meio da análise fractal em radiografias panorâmicas e tempo de uso de diferentes

medicações antirretrovirais em pacientes portadores de HIV+/AIDS sob HAART. Foram

coletados dados através do exame clínico anamnésico e periodontograma completo. A

análise fractal óssea foi realizada através da utilização do software ImageJ. Os dados

obtidos foram analisados no software SPSS versão 22.0. Foram examinadas 66 pessoas,

sendo encontrada periodontite moderada em 47,0% dos pacientes. Pode-se constatar que

os valores da análise fractal óssea aferida através de radiografias panorâmicas

apresentaram-se maiores nos indivíduos sem periodontite e diminuíram gradativamente

ao comparar os grupos com periodontite moderada e severa, respectivamente. A

dimensão fractal do osso trabecular mandibular também foi correlacionada aos diferentes

níveis de perda de inserção, sendo que as perdas de inserção maiores que 7 mm

demonstraram correlação negativa com a análise fractal. A análise fractal de radiografias

panorâmicas mostrou-se eficiente em diferir pacientes com os diferentes níveis de doença

periodontal. Quanto maior a severidade da periodontite, menor a dimensão fractal do osso

mandibular. Esses achados sustentam a hipótese de que modificações na

microarquitetura óssea mandibular poderiam propiciar o agravamento ou instalação da

periodontite.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE RECONSTRUÇÃO DA MICROTOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA NA ANÁLISE DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA

Daniela Verardi Madlum, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento,

Danieli Moura Brasil, Francisco Haiter-Neto

O objetivo no presente estudo foi avaliar a influência dos parâmetros de reconstrução de

imagens de microtomografia computadorizada (µCT) na análise da densidade mineral

óssea (DMO). A amostra foi composta por imagens de µCT de cinco maxilas de ratos

Wistar, as quais foram adquiridas por meio do microtomógrafo SkyScan 1174 (Bruker,

Kontich, Bélgica). Cada uma das aquisições foi reconstruída seguindo as recomendações

do fabricante (protocolo padrão – PP) para o grau de aplicação das ferramentas de

correção de artefato (suavização – 2, correção de artefato em anel – 5 e correção de

artefato de endurecimento do feixe – 45%). Adicionalmente, as imagens foram

reconstruídas com outros 36 protocolos combinando diferentes graus de aplicação dessas

ferramentas (P0 ao P35). As imagens foram submetidas à análise de DMO no software

CTAn (Bruker, Kontich, Bélgica). Os valores obtidos para cada protocolo foram

comparados ao protocolo padrão pelo teste-t pareado (α = 0,05). A DMO dos protocolos

que utilizaram 45% de correção de artefato de endurecimento de feixe não diferiu do PP

(p > 0,05), exceto pelos P13 e P25, que utilizaram 30% de correção desta ferramenta.

Para os outros protocolos, o valor da DMO foi diretamente proporcional ao grau de

aplicação desta ferramenta, apresentando diferença estatisticamente significante

(p < 0,05). Em conclusão, o grau de aplicação da ferramenta de correção de artefato de

endurecimento de feixe para a reconstrução de imagens de µCT influencia na análise da

DMO.

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PESQUISAS

ANÁLISE DE ALTERAÇÕES NOS SEIOS MAXILARES POR ESTUDANTES DE

ODONTOLOGIA: COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TCFC

Thalita Lucas Brum Moreira da Silva, Lucas de Paula Lopes Rosado, Izabele Sales

Barbosa, Rafael Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner

O objetivo no estudo foi comparar a habilidade de diagnóstico de estudantes de

Odontologia em detectar anormalidades do seio maxilar (SM) em radiografias

panorâmicas (RP) e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Este estudo

baseou-se em uma avaliação de imagens de pacientes submetidos a RP e TCFC ao

mesmo tempo. Dois estudantes avaliaram 280 SM considerando: 0 – seios maxilares

normais; 1 – espessamento da mucosa do seio; 2 – pólipo sinusal; 3 – pseudocisto de

retenção mucoso; 4 – opacificação inespecífica; 5 – periostite; 6 – antrólito; 7 – antrólito

associado a espessamento da mucosa. O padrão de referência foi estabelecido em

consenso por dois especialistas em Radiologia Odontológica nas imagens da TCFC.

Utilizou-se o teste Kappa ponderado, Curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) e

ANOVA one-way, com teste pós-Hoc de Tukey-Kramer. A confiabilidade intra e

interobservador mostrou concordância variando de substancial (0,809) a quase perfeita

(0,922). O acordo entre as avaliações dos estudantes e o padrão de referência foi

razoável (0,258) para RP e substancial (0,692) para TCFC. A comparação entre os

valores de sensibilidade, especificidade e acurácia mostrou que a TCFC foi

significativamente melhor (p < 0,001). A TCFC foi melhor do que RP em detectar

alterações no SM por estudantes de Odontologia. No entanto, a TCFC só deve ser

solicitada após uma análise cuidadosa da RP pelos estudantes juntamente com

profissionais mais experientes.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO IMAGINOLÓGICA DO GRAFENO POR MEIO DE TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Yuri Nejaim, Amanda Farias Gomes, Amanda Pelegrin Candemil, Polyane Mazucato

Queiroz, Francisco Haiter Neto

A maioria dos materiais odontológicos existentes possui um elevado número atômico, o

que causa artefatos em exames por imagem, podendo dificultar o diagnóstico. Dessa

forma, vêm sendo realizadas diversas pesquisas na área, com o intuito de se desenvolver

materiais com melhores propriedades. O grafeno se destaca, principalmente, por

características como alta resistência, flexibilidade, altas condutividades térmica e elétrica,

impermeabilidade e baixo número atômico. O objetivo desta pesquisa foi conhecer as

propriedades imaginológicas do grafeno, assim como sua possível influência na imagem

em tomografias computadorizadas de feixe cônico. Para isso, foram confeccionadas

amostras de cinco diferentes materiais: titânio, amálgama de prata, guta-percha, liga

metálica de metal fundido em cobre-alumínio, e grafeno. Após a confecção das amostras,

as mesmas foram posicionadas em um phantom e foram realizadas imagens tomográficas

de cada material. Posteriormente, as imagens foram analisadas no software

OnDemand3D quanto à média de tons de cinza e ao desvio-padrão em cada ROI. A

análise de variância (ANOVA) seguida do teste t Student, com nível de significância de

5% foi realizada. O grafeno apresentou o menor desvio-padrão e os menores níveis de

artefato, sendo estatisticamente diferente em relação aos outros materiais. Dessa forma,

devido às propriedades do grafeno e às características imaginológicas encontradas,

recomenda-se o uso deste material na prática odontológica.

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PESQUISAS

UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS PANORÂMICOS DIGITAIS PARA ANÁLISE DAS

VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO ÂNGULO MANDIBULAR

Henrique Tuzzolo Neto, Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Rodrigo Alves

Ribeiro, Ana Luiza Esteves Carneiro, Claudio Costa

Os sistemas digitais panorâmicos permitem a mensuração de dados antropométricos. O

objetivo deste trabalho foi verificar a diferença das medidas do ângulo mandibular direito e

esquerdo (AMD e AME) reais com as obtidas em radiografias panorâmicas digitais. Foram

utilizados dois aparelhos diferentes e o software Image J® versão 1.47 (National Institutes

of Health, EUA). Em uma mandíbula humana seca, cedida pelo Laboratório de Anatomia

do ICB-USP foram estabelecidos os valores reais (padrão-ouro) para AMD e AME. As

radiografias panorâmicas digitais foram obtidas nos aparelhos Kodak 9000 (Carestream,

EUA) e Cranex D (Soredex, Finlândia). Após a aquisição das imagens, dois

examinadores, separadamente, realizaram as medidas AMD e AME na peça anatômica

com a utilização de um goniômetro, em dois intervalos de tempo (t1 e t2). Os dados foram

analisados estatisticamente pelo teste t com nível de significância de 1%. Os resultados

mostraram que não houve diferenças estatisticamente significantes entre os

observadores. No aparelho Cranex D®, as medidas do AMD apresentaram diferenças

estatisticamente significantes (p < 0,001) nos dois intervalos de tempo. Concluiu-se que

as medidas feitas no aparelho Kodak 9000® são mais próximas das medidas reais

(p > 0,001). O software Image J® demonstrou alto grau de reprodutibilidade. O aparelho

Cranex D® apresentou diferenças mais pronunciadas do que as medidas reais nas duas

leituras feitas no AMD (p < 0,001). Ao contrário do afirmado pelos fabricantes de

equipamentos digitais, constatou-se diferenças entre as medidas AMD e AME nas

imagens panorâmicas com relação às medidas anatômicas, porém, estas não foram

estatisticamente significantes.

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PESQUISAS

ANÁLISE QUANTITATIVA DE ARTEFATOS PROVOCADOS PELA PRESENÇA DE

TITÂNIO EM DIFERENTES POSIÇÕES NO ARCO DENTÁRIO

Luciano Augusto Cano Martins, Polyane Mazucatto Queiroz, Yuri Nejaim, Francisco

Haiter-Neto

A presença de artefato metálico nas imagens de Tomografia Computadorizada de Feixe

Cônico pode dificultar e até inviabilizar o processo de diagnóstico. É possível que sua

formação esteja associada à quantidade e disposição dos objetos metálicos em relação à

região de interesse. O objetivo do presente trabalho foi avaliar quantitativamente a

interferência dos artefatos metálicos nas estruturas dentárias em imagens adquiridas no

aparelho OP300 Maxio. Foram obtidas imagens de um fantoma de acrílico contendo em

seu interior um dente. Cilindros de titânio foram adicionados em diferentes quantidades e

posições em relação ao dente (área de interesse). A quantidade de artefato na região de

interesse foi obtida nos nove diferentes protocolos: Controle (sem metal); A) um metal

posterior, lado oposto à área controle; B) dois metais lado oposto; C) dois metais

posteriores e um metal anterior; D) um metal posterior e adjacente; E) dois metais

posteriores adjacentes; F) dois metais posteriores e um na região anterior adjacente; G)

um metal na região anterior do lado oposto, e; H) um metal na região anterior e um metal

na posterior ambos do lado oposto. Os resultados mostraram que o grupo controle

apresentou menor quantidade de artefato em relação aos demais. O grupo F apresentou

uma quantidade de artefato significativamente maior que os outros grupos (p < 0,005).

Podemos assim concluir que, independentemente da posição dos implantes em relação

ao dente, quanto maior a quantidade de objetos metálicos, maior a quantidade de artefato

formada.

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PESQUISAS

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA DETECÇÃO E

AVALIAÇÃO DO CANAL GUBERNACULAR

Luciana Loyola Dantas, Gabriela Dias Prado, Vanessa Guimarães, Ieda Crusoé Rocha-

Rebello, Luciana Soares de Andrade Freitas Oliveira

A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) permite uma avaliação

tridimensional (3D) da região da maxila e mandíbula, sendo cada vez mais indicada para

os diversos diagnósticos odontológicos, inclusive nas pesquisas de localização de

estruturas anatômicas e de dentes não-irrompidos. O canal gubernacular (CG) é uma

estrutura óssea cuja função está relacionada com o direcionamento do dente permanente

quando a sua coroa estiver completa, em direção ao processo alveolar, por isso, possui

um papel importante na erupção normal desses dentes. Assim, o objetivo deste trabalho

foi detectar e avaliar as características do CG em TCFC. Neste estudo retrospectivo,

foram avaliadas nove imagens de TCFC para investigação de dente incluso e que

possuíam CG em um ou mais dentes. Essas imagens foram interpretadas e descritas por

um único avaliador através do software CS Dental Imaging 3D module versão v3.5.7

(Carestream Health, Atlanta, USA), onde realizou-se mensurações do comprimento e

diâmetro do CG, encontrando-se uma média de 2,51 mm para o diâmetro e 6,9 mm para

o comprimento. Pode-se inferir que o CG deve ser reconhecido pelos cirurgiões-dentistas

como um achado normal nas imagens de TCFC, principalmente no que diz respeito ao

diagnóstico diferencial com outras lesões.

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PESQUISAS

ANÁLISE DA DEGRADAÇÃO, LONGEVIDADE E QUALIDADE DE IMAGEM DE

PLACAS FÓSFORO FOTOESTIMULÁVEIS

Gustavo Nascimento de Souza Pinto, Anne Caroline Costa Oenning, Francisco Haiter-

Neto

Com os avanços em relação aos exames de imagem, a radiografia digital surgiu como

uma ferramenta de escolha para o diagnóstico. Frequentemente a placa de fósforo

fotoestimulável (PSPs) tem sido utilizada na prática odontológica. Entretanto, a

longevidade das PSPs ainda não foi bem estabelecida. O objetivo desse estudo foi

determinar a vida útil e a quantidade de degradação da PSPs. Duas PSPs novas foram

expostas aos raios-X e processadas no sistema Express (Instrumentarium Dental Inc.

Milwaukee, WI, USA). Para a aquisição das imagens foi utilizada uma escala de alumínio

com 12 degraus (cada degrau com 1,3 mm de espessura). Para a padronização na

aquisição das imagens utilizou-se um dispositivo de acrílico e tempo de exposição fixado

em 0,08 segundos. Um ROI (Region of interest) de 10 X 10 mm foi utilizado para

mensurar a média dos tons de cinza de cada degrau e de uma área controle fora dos

degraus. Os dados foram analisados usando o teste t-Student, com um nível de

significância de 99%. Um total de 1800 imagens foram adquiridas e analisadas pelo

mesmo radiologista. As diferenças encontradas na média de tons de cinza em cada

degrau ao longo do tempo foram estatisticamente significantes. A partir da aquisição

número 400 foi detectada uma diminuição na média dos tons de cinza. Os resultados

desse estudo revelam uma deterioração das PSPs em relação a quantidade de

exposição.

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PESQUISAS

O USO DE RECENTES FERRAMENTAS PRÉ-OPERATÓRIAS PARA AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE ÓSSEA EM PLANEJAMENTO DE IMPLANTES

Jéssica Rabelo Mina Zambrana, Jorge de Sá Barbosa, Nataly Rabelo Mina Zambrana,

Daniela Miranda Richarte Andrade Salgado, Claudio Costa

A extensa reabsorção da crista óssea mandibular ou atrofia mandibular é vista como o

desafio para o tratamento de implantes. Para o melhor planejamento do tratamento os

exames pré-operatórios são imprescindíveis, contudo apenas informações sobre a

estrutura residual, como altura e espessura local é insuficiente para a sobrevida do

tratamento. A imagem tomográfica depende do grau de atenuação dos feixes de raios-X

e, portanto, depende da estrutura interna anatômica e, é representada por valores de

escala de cinza (VEC). A dimensão fractal é um método matemático usado para

descrever a arquitetura interna como o osso trabecular, por isso pode ser uma ferramenta

pré-operatória para avaliação da qualidade óssea. Foram avaliadas imagens tomográficas

de dez mandíbulas atróficas com oito demarcações correspondentes para regiões de

molares, pré-molares, caninos e região anterior. O osso trabecular foi individualizado para

as aferições de valores de escala de cinza e análise da dimensão fractal. A partir da

correlação de Pearson observou-se a correlação linear entre VEC entre as regiões de

molares e caninos, e regiões anteriores e caninos; contudo, houve correlação somente

entre DF e VEC nas regiões de pré-molares. Os resultados sugerem que o osso

trabecular de mandíbulas atróficas podem apresentar VEC semelhantes devido à alta

reabsorção óssea e, portanto, apresenta-se baixa densidade óssea óptica; a DF pode

predizer a qualidade óssea em regiões que não apresentam extensas reabsorções

ósseas no trabeculado ósseo. Portanto, são ferramentas pré-operatórias promissoras

para a qualidade óssea.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES –

RESULTADOS A PARTIR DE DIFERENTES EXAMINADORES

Thuany Targa de Oliveira, Juliane Freitas Machado, Fabio Ribeiro Guedes, Jônatas

Caldeira Esteves, Maria Augusta Portella Guedes Visconti

Os terceiros molares inferiores comumente apresentam-se retidos na arcada e a

avaliação influencia no diagnóstico e no plano de tratamento. Objetivou-se avaliar o

posicionamento dos terceiros molares inferiores em relação às classificações descritas na

literatura e à conduta de diferentes examinadores, utilizando exames de tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC). Sessenta e oito dentes foram avaliados por

quatro examinadores distintos. A avaliação foi realizada de acordo com as classificações

descritas na literatura como: Winter, Pell & Gregory e Nortjé. A avaliação subjetiva

determinou o nível de dificuldade para exodontia sugerida. O posicionamento mais

encontrado foi o mesioangulado (77,9%). Em relação à profundidade de intrusão e

relação com o ramo da mandíbula a Posição B (97%) e Classe I (50%) foram as mais

prevalentes. Na avaliação da proximidade das raízes com o canal da mandíbula, a

variável Tipo I foi a mais encontrada (41,2%), e outras variações como duplicações,

divisões e ausência de visualização do canal representaram 5,9% da amostra. Os

avaliadores classificaram o nível de dificuldade para exodontia como “fácil” e “moderada”

em sua maioria (35,3%). Os examinadores com maior índice de acertos foram o

graduando e o clínico geral. Conclui-se que foi possível realizar a avaliação utilizando

imagens de TCFC, sendo a Classificação de Nortjé considerada a mais difícil. Além disso,

o nível de conhecimento dos examinadores interferiu na avaliação proposta.

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PESQUISAS

OPTIMIZATION OF IMAGE QUALITY USING A NARROW VERTICAL DETECTOR

DENTAL CONE-BEAM COMPUTED TOMOGRAPHY

Danieli Moura Brasil, Ruben Pauwels, Wim Coucke, Francisco Haiter-Neto, Reinhilde

Jacobs

To determine the optimised kVp setting for a narrow detector CBCT unit. Clinical (CL) and

quantitative (QUANT) image quality evaluations were done using an anthropomorphic

phantom. Technical (TECH) image quality evaluation was performed with a polymethyl

methacrylate (SEDENTEXCT-IQ) phantom. Images were obtained using the PaX-i3D

Green CBCT device, combining a large (L) 21 X 19 cm and a medium (M) 12 X 9 cm field

of view and high-dose (HiDo - 85 to 110 kVp) and low-dose (LoDo - 75 to 95 kVp)

protocols, totalling four groups (LHiDo, LLoDo, MHiDo, MLoDo). The radiation dose within

each group was fixed by adapting the mA for each protocol according to a predetermined

dose-area product value. For CL eval uation, observers assessed images based on overall

quality, sharpness, contrast, artefacts, and noise. For QUANT evaluation, mean grey value

shift, % of increase of standard deviation (SD), % of beam-hardening and contrast-to-noise

ratio (CNR) were calculated. For TECH evaluation, segmentation accuracy, CNR, metal

artefacts and sharpness were measured. Based on biplot graphics, representative

parameters were chosen for CL, QUANT and TECH evaluations to determine the optimal

kVp. Overall, kVp values within the same group showed similar quality (p>0.05), except for

110 kVp in LHiDo and 85 kVp in MHiDo of CL score; also 85, 90 kVp in LHiDo and 75, 80

kVp in LLoDo of QUANT score which were worse (p < 0.05). Higher voltages showed

better quality for all groups in the QUANT evaluation, while in other evaluations the effect

of kVp was slight.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DAS UNIDADES DE HOUNSFIELD DERIVADAS DOS NÍVEIS DE CINZA

DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Matheus Barros Costa, Lia Pontes Arruda Porto, Amaro Lafayette N. Formiga Filho, Flávia

Maria de M. Ramos-Perez, Maria Luiza dos Anjos Pontual

As medições da densidade óssea constituem importante avaliação da qualidade e

quantidade do tecido ósseo. O objetivo no presente estudo foi derivar e avaliar as HUs por

meio dos níveis de cinza do tomógrafo iCAT Next Generation® no protocolo de implante

(0,25 mm de voxel, 120 kVp e 5 mA). Foi escaneado um phantom contendo quatro

materiais e os níveis de cinza foram mensurados para obtenção do coeficiente de

atenuação por meio do método de interpolação NIST XCOM. Com os dados, uma

equação de regressão foi obtida para converter níveis de cinza da tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC) em coeficiente de atenuação. Foram distribuídos

igualmente 80 exames de TCFC em regiões anterior e posterior de maxila e anterior e

posterior de mandíbula. Os níveis de cinza foram mensurados em três cortes

parassagitais sequenciais das regiões edêntulas, com o iCat Vision®. Os níveis de cinza

foram convertidos em HU utilizando a correlação linear entre os níveis de cinza e o

coeficiente de atenuação linear, e a fórmula padrão para cálculo das HU (HU = 1000 x (µ

material - µ água)/(µ água). Houve maior média de HU para a região anterior da

mandíbula (617,19), seguido da região anterior de maxila (386,96), posterior de

mandíbula (343,11) e posterior de maxila (294,47). Conclui-se que as HUs podem ser

derivadas a partir dos níveis de cinza da TCFC do aparelho e protocolo estudado, e que

as densidades médias encontradas neste estudo são similares aos da literatura em TC

multislice.

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PESQUISAS

ANÁLISE DA OBSERVAÇÃO DA CRISTA ÓSSEA ALVEOLAR EM TOMOGRAFIAS

COMPUTADORIZADAS DE FEIXE CÔNICO COM ARTEFATOS DE STREAK

Catharina Simioni De Rosa, Ana Luiza Esteves Carneiro, Daniela Miranda Richarte de

Andrade Salgado, Jessica Rabelo Mina Zambrana, Claudio Costa

Artefatos de streak são linhas de projeção com sombras, formadas durante a aquisição

das imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Resultantes de

estruturas muito densas, como restaurações e coroas metálicas, essas podem prejudicar

a qualidade de detalhes importantes da imagem, aparecendo nas reconstruções

multiplanares e 3D. O objetivo deste estudo é avaliar, em imagens panorâmicas e

parassagitais (transaxiais) de TCFC, se a presença de artefatos de streak, em dentes

posteriores, prejudica a observação da crista óssea alveolar, nas faces mesial, distal,

vestibular e lingual. 30 regiões com dentes e presença de artefatos foram acessadas do

banco de dados do LAPI-FOUSP e analisadas pelo software Xelis Dental (INFINITT

Healthcare, South Korea). As imagens foram avaliadas por 3 radiologistas com diferentes

tempos de experiência. A partir dos resultados obtidos encontramos o erro inter

observadores com kappa variando de 0,778 a 0,966 e erro intra observadores com kappa

= 1,00 para todos os avaliadores. Os artefatos de streak não alteraram a percepção de

diagnóstico para as faces mesial, distal, lingual e vestibular nas regiões estudadas. O

teste de kappa demonstrou alta correlação entre os avaliadores com alta reprodutibilidade

intra/inter observadores.

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PESQUISAS

ÍNDICES RADIOMÉTRICOS MANDIBULARES NA AVALIAÇÃO DA DENSIDADE

MINERAL ÓSSEA DE MULHERES PÓS-MENOPAUSA

Isadora Pereira Gomes, Sâmila Gonçalves Barra, Cláudia Borges Brasileiro, Lucas

Guimarães Abreu, Ricardo Alves de Mesquita

Investigar a associação entre quatro índices radiométricos, em tomografia

computadorizada de feixe cônico (TFCF), e a densidade mineral óssea (DMO) obtida em

exame de absorciometria de energia dupla de raios X (DXA) em mulheres pós-

menopausa. Foram avaliadas TCFC e o DXA de 48 mulheres pós-menopausa. Nas TCFC

foram avaliados índices em 4 cortes: o corte A0 (corte definido pela média dos cortes do

forame mentoniano – FM), corte A (10 mm anterior ao corte do FM), corte P (10 mm

posterior ao corte do FM) e corte MP (25 mm posterior ao corte do FM). As medidas foram

avaliadas bilateralmente e em seguida foram obtidas as médias para cada uma. O

coeficiente de correlação intraclasses (ICC) foi realizado para estabelecimento da

concordância intra e interclasse, também foi calculado o erro sistemático pelo teste t e o

erro aleatório pela fórmula de Dahlberg. Nos índices MP, P e A obteve-se diferença

estatística entre os grupos normal versus osteopenia (p = 0,031; p = 0,000; p = 0,037;

respectivamente), e entre os grupos normal versus osteoporose (p = 0,008; p = 0,001;

p = 0,019; respectivamente). No índice A0 obteve-se diferença estatística entre os grupos

normal versus osteoporose (p = 0,019) e osteopenia versus osteoporose (p = 0,005). Os

resultados demostram que os índices quantitativos da TCFC podem ser uteis na

identificação de mulher pós-menopausa com baixa DMO e como ferramenta de triagem

para osteoporose.

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PESQUISAS

VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO CANAL INCISIVO EM TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA E IMAGENS INTRABUCAIS

Êmilly Oliveira Faria, Beatriz D’aquino Marinho, Claudia Borges Brasileiro, Roselaine

Moreira Coelho Milagres, Tania Mara Pimenta Amaral

O canal incisivo é um reparo anatômico localizado na região anterior de maxila, área

considerada nobre à odontologia. O objetivo deste estudo é avaliar a confiabilidade das

radiografias periapicais (RP) quando comparados às tomografias computadorizadas de

feixe cônico (TCFC), visando um bom diagnóstico de imagem. Foi feita então uma análise

para definir a acurácia da RP e suas indicações. Uma análise e mensuração do Forame

Incisivo (FI) no sentido mesiodistal e ocluso-apical foi realizada em cem RP e cem TCFC.

O forame incisivo foi avaliado em relação ao seu formato e tipo de canal no corte axial,

tipo de canal no corte coronal, e número de aberturas quando o canal é em Y no corte

coronal. Os dados foram coletados por apenas um examinador previamente calibrado.

Após análises estatísticas, observou-se que a ausência de um ou mais elementos (11 ou

21) dificulta a visualização do FI em RP, assim como a idade avançada (p = 0,011). Todas

as medidas realizadas foram maiores nos planos de cortes da TCFC em relação a

radiografia periapical, exceto quando a medida ocluso-apical foi comparada em RP e com

o corte coronal (p < 0,001). Sabendo-se que o tratamento reabilitador com implantes

dentários é frequente em região anterior de maxila e que para tal, para a ausência

dentária, o padrão-ouro para a área se confirma ser a TCFC.

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PESQUISAS

PREVALÊNCIA DO POSICIONAMENTO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES EM

TCFC, UTILIZANDO A CLASSIFICAÇÃO DE PELL & GREGORY

Andressa Ledermann Pomeroy, Louize Oliveira de Sá, Luciano Teles Gomes, Eduardo

Murad Villoria, Alexandre Perez Marques

O objetivo do estudo foi verificar a prevalência do posicionamento dos terceiros molares

inferiores pela classificação de Pell & Gregory (1933), por meio da tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC) em 93 exames obtidos. As tomadas

radiográficas foram adquiridas com os seguintes parâmetros: 120 Kv, 8 mA, 40s de tempo

de exposição e voxel de 0,3 mm no aparelho i-CAT Classic® (Imaging Sciences

International, Hatfiel, Pa). Dos 98 exames selecionados do arquivo, foram incluídos na

amostra os exames que apresentassem os terceiros molares inferiores inclusos, semi-

inclusos ou irrompidos e com o ápice radicular totalmente formado. A amostra final

constou de 160 terceiros molares inferiores presentes nos exames de TCFC (n = 160).

Estes foram avaliados utilizando a classificação de Pell & Gregory em Classe I, II, III e

posição A, B, C, manuseando a TCFC no RadiAnt DICOM Viewer® nos cortes axial,

coronal e sagital. Os resultados obtidos foram apresentados segundo o percentual total da

amostra e divididos em: gênero, quadrante e faixa etária. O presente estudo concluiu que

nos terceiros molares inferiores, a classificação de maior prevalência foi a de IA nos

parâmetros de idade, gênero e quadrante, sendo apenas diferente em paciente do gênero

masculino, que apresentaram a maior prevalência de classificação IB. Observou-se que o

exame de TCFC permitiu, com riqueza de detalhes, a avaliação dos terceiros molares

inferiores e sua classificação de acordo com Pell & Gregory.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE TERCEIRO MOLAR INFERIOR EM ÍNTIMA

RELAÇÃO COM O CANAL MANDIBULAR POR MEIO DA TCFC

Andressa Ledermann Pomeroy, Louize Oliveira de Sá, Eduardo Murad Villoria, Kyria

Spyro Spyrides, Alexandre Perez Marques

O objetivo do estudo foi avaliar por meio de TCFC, a prevalência de terceiros molares

inferiores inclusos, ou semi-inclusos, em íntima relação com o canal mandibular. Foram

selecionadas imagens tomográficas de arquivo, obtidas de 98 indivíduos, 45 do gênero

masculino e 53 do gênero feminino, de diferentes faixas etárias (19-70 anos), com

indicação de exodontia de terceiros molares inferiores inclusos ou semi-inclusos. As

aquisições tomográficas foram realizadas com 120 Kv, 8 mA, 40 s de tempo de exposição

e voxel isotrópico de 0,3 mm. As imagens tomográficas foram selecionadas

aleatoriamente seguindo os critérios de inclusão (terceiros molares inferiores inclusos,

semi-inclusos e com indicação de exodontia) e exclusão (terceiros molares erupcionados,

com rizogênese incompleta e sem indicação de exodontia). Os arquivos DICOM (Digital

Imaging and Comunication in Medicine) foram importados no software Radiant DICOM

Viewer para a avaliação da relação entre terceiros molares inferiores e canais

mandibulares através dos cortes coronal, axial e sagital. Dos 154 terceiros molares

inferiores avaliados, 71% apresentaram íntima relação com o canal mandibular, com

maior incidência para o gênero feminino (56%), enquanto 29% não apresentaram esta

relação. Considerando a elevada prevalência de terceiros molares inferiores inclusos, ou

semi-inclusos, em íntima relação com o canal mandibular, por meio da TCFC, devemos

considerar a utilização desse exame de diagnóstico por imagem para a avaliação pré-

operatória de terceiros molares inferiores.

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PESQUISAS

MUDANÇAS ÓSSEAS NO PROCESSO ALVEOLAR MANDIBULAR APÓS CORREÇÃO

ORTODÔNTICA DO APINHAMENTO DENTÁRIO ANTERIOR COM EXODONTIA

Claudia Assunção e Alves Cardoso, Claudia Scigliano Valerio, Flavio Ricardo Manzi

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a alteração da espessura e da altura do osso alveolar

e do septo interdentário na região dos incisivos inferiores, após tratamento ortodôntico do

apinhamento dentário com exodontia, por meio de tomografia computadorizada de feixe

cônico (TCFC). A amostra consistiu em 28 incisivos inferiores provenientes de pacientes

adultos. Foram obtidas as imagens de TCFC antes do tratamento (T1) e três meses após

o fim do tratamento (T2). As seguintes medidas foram obtidas: espessura do osso alveolar

e do septo interdentário, altura do septo interdentário e das tábuas ósseas vestibular e

lingual, distância entre a junção cemento-esmalte (JCE) e as cristas ósseas marginais

(MBC) vestibular e lingual, posicionamento vertical (MIH) e inclinação do incisivo inferior

(IMPLA), utilizando como referência o Plano Lingual. O teste t pareado de Student, o

Teste de Wilcoxon e a correlação de Pearson, foram utilizados com nível de significância

de 5%. Houve aumento na medida JCE-MBC no lado vestibular e lingual, que foi

significativo estatisticamente somente no lado lingual, indicando perda óssea e formação

de deiscência nesta região. A alteração na medida JCE-MBC não mostrou correlação com

o índice de Little, ou seja, o grau de apinhamento dentário não foi fator de risco para

desenvolver deiscência óssea. Já a alteração no IMPLA, na altura do septo dentário e no

MIH se correlacionaram fortemente com a formação de deiscência óssea no lado lingual

dos incisivos.

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PESQUISAS

RELAÇÃO ENTRE A ALTURA DO ÓSTIO SINUSAL COM AS ALTERAÇÕES DO SEIO

MAXILAR POR MEIO DA TCFC

Marcos Paulo Motta Silveira, Evandro José Borgo, Milena Bortolotto Felippe Silva, Sérgio

Lúcio Pereira de Castro Lopes, Jeriel Silva Santos Júnior, Luiz Roberto C. Manhães

Junior

O estudo teve como objetivo relacionar a presença de quatro alterações nos maxilares

(espessamento mucoso, fenômeno de retenção de muco, velamento parcial e velamento

total) em relação à altura entre o óstio sinusal até o assoalho da fossa nasal por meio da

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Utilizou-se 503 tomografias de

pacientes maiores de 21 anos de idade, de ambos os gêneros. Por meio de reconstruções

coronais corrigidas em posicionamento, foi feita a varredura no sentido ântero-posterior da

região do seio maxilar para identificação e localização do óstio sinusal e assoalho da

fossa nasal. As medidas da altura do óstio e visualização das alterações sinusais foram

realizadas em ambos os lados. As alterações sinusais avaliadas foram espessamento da

membrana sinusal (EMS) a partir de 5 mm, Fenômeno de retenção de muco (FRM),

Velamento parcial (VP) e Velamento total (VT). Utilizou-se o teste do qui-quadrado ou

Exato de Fisher, estimando-se os Odds ratio brutos com os respectivos intervalos de

confiança de 95%. Verificou-se que existe uma associação significativa da altura do óstio

com gênero (p < 0,0001), com a medida do lado esquerdo (p < 0,0001) e com a presença

de FRM (p < 0,0162). Pode-se concluir que não existe uma relação entre a altura do óstio

sinusal do seio maxilar com estas alterações sinusais, apesar da maior altura apresentar

relação direta com o fenômeno de retenção de muco.

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PESQUISAS

COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TCFC NA DETECÇÃO E

MENSURAÇÃO DE CORTICALIZAÇÃO DE LESÕES ÓSSEAS DOS MAXILARES

Wilson Gustavo Cral, Hugo Gaêta-Araujo, Larissa Moreira de Souza, Dagmar de Paula

Queluz, Christiano de Oliveira-Santos

O objetivo do estudo foi comparar radiografias panorâmicas (PAN) e tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC) em relação à presença, continuidade e

espessura da corticalização periférica em lesões ósseas benignas (císticas e tumorais)

dos maxilares. A amostra foi composta por 40 lesões, cujas PAN e TCFC foram

realizadas em intervalo máximo de 1 mês entre os exames. Três avaliadores realizaram a

análise das imagens e a comparação entre os exames foi realizada por meio do teste de

McNemar. A presença de corticalização observada em PAN foi confirmada na TCFC em

53,65% dos casos. Em 21,95% dos casos em que a corticalização era considerada

presente em PAN, esta não foi detectada na TCFC. Apenas 52,4% dos casos onde a

corticalização era contínua na PAN foram confirmados pela TCFC. Considerando a TCFC

como padrão ouro, a sensibilidade e especificidade da PAN para a detecção da cortical foi

de 0,733 e 0,824, respectivamente. Já para a continuidade da cortical, estes valores

foram de 0,524 e 0,933, respectivamente. As medidas de espessura em PAN e TCFC não

apresentaram diferenças significativas. Conclui-se que a PAN tem baixa sensibilidade

para detectar continuidade de corticalização de lesões ósseas, e alta especificidade para

a observação da presença e continuidade de corticalização adjacente a lesões ósseas

dos maxilares.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DO TAMANHO DO VOXEL NA PRECISÃO DAS MEDIDAS LINEARES

EM IMAGENS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Bruna Lima Pellicciotti, Bruna V. Barbosa, Afonso C. S. de Assis, Luiz R. C. Manhães

Junior, Andée Luiz F. Costa, Sérgio L. P. C. Lopes

A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é um exame radiográfico que

transforma a radiação emitida pelo tubo de raios-X em sinais elétricos, por meio de

qualificação e gravação em computador, dessa forma a imagem resultante é derivada de

diversos elementos cúbicos de volume, denominados de voxel, os quais são unidos via

software, possibilitam uma reconstrução tridimensional do objeto radiografado. O objetivo

deste trabalho é analisar a influência do tamanho do voxel e do tempo de exposição na

precisão das medidas lineares do côndilo. Este estudo consiste na utilização de quatro

hemi-mandíbulas maceradas de porcos, as quais foram escaneadas em nove diferentes

protocolos de tamanho de voxel. Os modelos tridimensionais do côndilo foram gerados

para estabelecer uma comparação entre medidas lineares obtidas com cada protocolo de

voxel e aquelas obtidas com um paquímetro. A comparação entre os protocolos foi

realizada considerando a média das duas medidas do côndilo nos eixos latero-medial

(LM) e anteroposterior (PA) e também através da ANOVA de medidas repetidas com

transformação de classificação. No final concluímos que foi encontrada uma diferença

significativa entre os protocolos em relação às variáveis LM e AP. No eixo LM, o protocolo

P6 não apresentou diferença estatística em relação ao padrão-ouro. Os protocolos P4 e

P5 foram estatisticamente semelhantes em comparação com o paquímetro, embora

tenham apresentado um tempo de varredura mais longo. No eixo do AP, o protocolo P8

foi estatisticamente semelhante ao padrão-ouro.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA CORTICAL DA MANDÍBULA EM HOMENS E MULHERES POR MEIO

DE ÍNDICES RADIOMORFOMÉTRICOS OBTIDOS EM TCFC

Ana Luiza Esteves Carneiro, Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Jéssica

Rabelo Mina Zambrana, Nataly Rabelo Mina Zambrana, Claudio Costa

Os índices radiomorfométricos (IR) variam de acordo com o gênero e idade dos

indivíduos. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade óssea em mulheres e

homens, por meio de IR obtidos de imagens tomográficas. Foram analisados 78 exames

de tomografia computadorizada de feixe cônico, de pacientes do sexo feminino e

masculino. As imagens foram obtidas do banco de dados do LAPI-FOUSP, São Paulo,

Brasil. Foram avaliados: Índice Cortical Mandibular (ICM), qualitativo, que classifica em

C1, C2 e C3 a cortical da mandíbula e Índice Mentual (IM), quantitativo. Para as

realizações das medidas utilizamos os softwares XoranCAT® (Xoran Technologies, EUA)

e Xelis® (Infinitt, Coréia do Sul). As imagens foram divididas em dois grupos: Grupo H –

Homens e Grupo M – Mulheres e avaliadas por um examinador em dois tempos

diferentes (T1 e T2). Os dados foram submetidos a análise estatística com nível de

significância de 95% (p < 0,05). Os testes Kappa e de ICC mostraram uma concordância

intraexaminador média a boa. As médias de idade foram: 48,46 ± 15,3 para o grupo M e

53,87 ± 13,09 para o grupo H. A avaliação do ICM mostrou que nos dois softwares e em

ambos os grupos, a maioria das imagens foi classificada em C1. Na avaliação do IM,

foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos e nos

dois softwares, com p = 0,0001 no XoranCat® e p = 0,0020 no Xelis®. Concluímos que a

espessura da cortical da mandíbula nas mulheres foi menor que a espessura encontrada

nos homens.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA ESPESSURA DO CANAL MANDIBULAR EM PACIENTES

DENTADOS E DESDENTADOS PARCIAIS POR MEIO DA TCFC

Patrícia de Sousa Filgueiras, Ricardo Raitz, Milena Bortolotto Felippe Silva

Esta pesquisa teve como objetivo comparar a espessura do canal mandibular de

pacientes dentados e desdentados através da TCFC. A amostra foi composta por 800

tomografias obtidas no banco de dados do departamento de Radiologia e Imaginologia da

Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas - SP, sendo todos os exames realizados no

aparelho Classic I-Cat® (Imaging Sciences Internation, EUA), com voxel padronizado em

0,25 mm, FOV (field of view) ou campo de visão de 13 cm. De posse do corte axial, foi

traçado um plano de corte que acompanhou o rebordo ósseo de cada paciente para

obtenção dos cortes transversais. Foi medida a espessura do canal mandibular em três

pontos: A – a 1 mm do forame mandibular, B – no ponto médio do canal mandibular e C –

a 1 mm do forame mentual. Dos 800 pacientes pesquisados, 379 (47,4%) eram do sexo

masculino e 421 (52,6%) eram do sexo feminino. A faixa etária ficou compreendida entre

18 e 86 anos de idade. A espessura no ponto A de pacientes dentados foi,

estatisticamente, maior que dos desdentados; para a região do ponto B não houve

diferença estatística entre os grupos; já a espessura na região do ponto C foi,

significativamente, menor nos pacientes dentados. De acordo com os resultados obtidos

nesse estudo, observou-se que a perda dentária não influencia na espessura do canal

mandibular.

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PESQUISAS

PREVALÊNCIA DE IMAGEM SUGESTIVA DE ATEROMA NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM

PANORÂMICAS E SUA RELAÇÃO COM FATORES DE RISCO

Matheus Barros Costa, Heloísa Cunha Pacheco, Lia Pontes Arruda Porto, Caio Belém

Rodrigues Barros Soares, Andrea dos Anjos Pontual

A aterosclerose é uma doença inflamatória que culmina na formação de placas

ateromatosas na vasculatura, que podem resultar em acidente vascular cerebral. O

objetivo do presente trabalho foi avaliar a prevalência de imagens sugestivas de ateroma

em artérias carótidas (AAC) em imagens de radiografias panorâmicas, e sua relação com

fatores de risco para doenças cardiovasculares. A amostra foi composta por 148

pacientes da Clínica de Radiologia da UFPE, atendidos no período entre setembro de

2015 e maio de 2018, que concordaram em participar da pesquisa e em responder o

questionário de saúde. Após a realização do exame radiográfico, os pacientes passaram

por uma avaliação física (verificação de peso, altura, pressão arterial e circunferência

abdominal) e aplicação do questionário. Dentre os 148 pacientes, 61 eram do sexo

masculino e 87 do sexo feminino. Vinte e duas radiografias apresentaram imagem

sugestiva de AAC, totalizando uma prevalência de 14,8%. Foi verificada uma maior

prevalência de AAC nos grupos de pacientes com idade acima de 53 anos e do sexo

feminino. Não houve associação significativa entre a presença de AAC e fatores de risco

para doença cardiovascular. Conclui-se que a prevalência de AAC mostrou-se alta na

população estudada e que, diante da identificação dessa alteração nas radiografias

panorâmicas, cabe ao cirurgião-dentista o encaminhamento desses pacientes a

especialistas para confirmação do diagnóstico.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DE UM APLICATIVO MÓVEL COMO AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO

RADIOGRÁFICO DE CONDIÇÕES ENDODÔNTICAS

Francielle Silvestre Verner, Manuela Lima Barros de Oliveira, Jesca Neftali Nogueira

Silva, Rafael Binato Junqueira

O objetivo foi avaliar a viabilidade e eficácia de um aplicativo móvel (APP) como

ferramenta auxiliar no diagnóstico radiográfico de condições endodônticas por estudantes

de Odontologia. Foram selecionadas radiografias de dentes com as seguintes condições

endodônticas: 1 – ausência de tratamento endodôntico (TE) sem lesão periapical (LP); 2 –

ausência de TE com LP; 3 – TE satisfatório sem LP; 4 – TE satisfatório com LP; 5 – TE

insatisfatório sem LP; 6 – TE insatisfatório com LP; 7 – instrumento fraturado; 8 – núcleo

metálico fundido desviado; 9 – fratura radicular; 10 – reabsorção radicular. As imagens

foram avaliadas por vinte estudantes, divididos em grupos com e sem utilização do APP

Kahoot! contendo imagens de referência para serem consultadas durante as avaliações.

O padrão de referência foi estabelecido em consenso por dois endodontistas e três

radiologistas. Testes Kappa e McNemar, Curvas ROC e Anova one-way foram utilizados.

Em ambos os grupos o índice Kappa variou de moderado a substancial. No grupo com

APP houve diferença significante em relação ao padrão dos especialistas para as

condições 4 e 10 (p = 0,000). No grupo sem APP houve diferença para as condições 1, 4,

6, 7, 8 e 10 (p < 0,05). Não houve diferença entre acurácia, sensibilidade e especificidade,

com e sem APP, para nenhuma das condições. O uso do APP Kahoot! com imagens de

referência melhorou a habilidade dos estudantes em diagnosticar condições

endodônticas, sendo uma ferramenta auxiliar viável e eficaz de ensino.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA MAGNITUDE DE ARTEFATOS ORIUNDOS DA EXOMASSA EM

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Amanda Pelegrin Candemil, Deborah Queiroz de Freitas, Benjamin Salmon, Francisco

Haiter-Neto, Matheus Lima de Oliveira

O objetivo foi avaliar a magnitude de artefatos oriundos de materiais metálicos presentes

na exomassa em Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Um fantoma de

imagem composto por 16 tubos de polipropileno preenchidos por uma solução radiopaca

homogênea foi confeccionado. Aquisições foram obtidas pelos aparelhos de TCFC:

Newtom Giano, CS9300 e Picasso Trio. O fantoma foi centralizado em um campo de

visão (FOV) de 5X5 cm, sob protocolos que variaram na composição (ti ou co-cr) e

quantidade (1, 2 ou 3) do material metálico. Por meio do software OsiriX, valores médios

de voxel foram obtidos dos 16 tubos do fantoma. Como forma de mensurar a variabilidade

dos valores de voxel de cada aquisição, o desvio padrão foi calculado. Os dados foram

divididos em 6 grupos conforme região do fantoma (área total-controle, círculo externo,

círculo interno, lado direito, lado esquerdo e zona central). Foram comparados

separadamente os valores médios e de variabilidade de voxel entre as diferentes regiões

do fantoma e os protocolos por meio de análise de variância e teste de Tukey (α=0,05).

Em todas as condições, a média do valor de voxel foi significativamente menor na região

do círculo interno. A variabilidade do valor de voxel foi significativamente maior nas

regiões de círculo interno e zona central na maioria dos protocolos. Concluiu-se que os

artefatos oriundos de materiais metálicos na exomassa estão em maior presença na

região mais central/interna do FOV.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO DO DENTE NA DETECÇÃO DE FRATURA

RADICULAR VERTICAL POR MEIO DA TCFC

Victor Aquino Wanderley, Deborah Queiroz Freitas, Francisco Haiter-Neto, Matheus Lima

Oliveira

O objetivo neste estudo foi avaliar a influência da orientação do longo eixo do dente em

relação ao plano de projeção dos raios-X na detecção de fratura radicular vertical (FRV)

em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) na presença de

diferentes materiais intracanal. Trinta dentes unirradiculares foram instrumentados

endodonticamente e FRV foi induzida em metade da amostra. As imagens de TCFC

foram adquiridas sob duas diferentes orientações do longo eixo da raiz: perpendicular e

paralela ao plano de projeção dos raios X. As imagens de cada raiz foram adquiridas sem

material obturador, seguido de cone de guta-percha e pino metálico. A dose de radiação

em regiões anatômicas específicas foi obtida para as duas orientações. Cinco

especialistas em radiologia odontológica avaliaram as imagens indicando a presença ou

ausência de fratura. A área sob a curva ROC e os dados da dosimetria para cada

orientação da raiz e materiais intracanal foram comparados, respectivamente, com a

análise de variância two-way e one-way (α = 0,05). Observou-se que não houve diferença

estatisticamente significante na detecção de FRV entre as orientações do longo eixo da

raiz, independentemente do material intracanal utilizado. A dose de radiação variou em

algumas regiões anatômicas em função da orientação da raiz. Em conclusão, a

orientação do longo eixo do dente em relação ao plano de projeção dos raios-X não

influencia na detecção de fratura radicular vertical em TCFC.

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PESQUISAS

ESTUDO COMPARATIVO DA DISCREPÂNCIA DE BOLTON: MODELOS

FOTOGRAFADOS VERSUS MODELOS FÍSICOS

Ana Lúcia Inoue Kim Michaloski, Ana Cláudia Galvão de Aguiar Koubik, Luciano Andrei

Francio

O objetivo foi comparar mensurações dentárias entre modelos físicos e modelos virtuais

fotografados utilizando o software Cfaz para checar a confiabilidade do método. Foi

realizada a discrepância em 20 pares de modelos pelo método manual e as medidas

foram comparadas com os modelos fotografados. As fotografias foram importadas no

software Cfaz e cada imagem calibrada de forma que o software realizasse as devidas

proporções durante as mensurações. Foi aplicado o teste estatístico t de Student com

nível de significância de p ≤ 0.05 para avaliar a confiabilidade do método. Foram

comparadas as medidas mesiodistais de cada dente obtidas manualmente nos modelos

físicos de gesso e digitalmente nos modelos virtuais fotografados. Na maioria das regiões

dentárias avaliadas não houve diferença significativa entre os métodos. Verificou-se

diferença estatística apenas nas regiões dos caninos superiores e incisivos centrais

superiores, porém clinicamente foram inferiores a 1 mm. Os resultados encontrados

confirmaram que é clinicamente aceitável a utilização de modelos fotografados para

realizar a discrepância de Bolton por meio do software Cfaz. A diferença estatística

encontrada nas regiões de caninos superiores e incisivos centrais superiores é

insignificante clinicamente (< 1 mm) e o ganho de tempo e facilidade para as clínicas de

radiologia odontológica é inegável

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PESQUISAS

ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DE GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES EM

SIALOGRAFIA

Vagner Braga da Silva, Lucas Morita, Letícia Mayumi Takeda, Isabela Goulart Gil Choi,

Emiko Saito Arita

O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de inflamação de cada parte das glândulas

salivares maiores (ducto principal, ducto secundário/terciário, parênquima) em sialografia

com as características individuais dos pacientes. Um total de trinta imagens radiográficas,

tanto de glândulas parótidas como de glândulas submandibulares, de 25 pacientes

submetidos a exames de sialografia foram analisadas retrospectivamente. O grau de

inflamação de cada área da glândula salivar foi avaliado em relação às seguintes

variáveis categóricas: sexo, lado do paciente com a glândula acometida

(direito/esquerdo), tipo de glândula (submandibular/parótida). O teste estatístico qui-

quadrado foi feito para correlacionar o grau de inflamação de cada área da glândula

salivar com as variáveis categóricas e o teste de correlação de Pearson foi feito para

correlacionar o grau de inflamação presente entre as diferentes partes das glândulas

salivares. Cinco das trinta imagens foram excluídas devido à presença de tumores. O

teste estatístico qui-quadrado mostrou ausência de correlação estatisticamente

significante entre o grau de inflamação das diferentes partes das glândulas com as

variáveis estudadas (p < 0,05). O teste de correlação de Pearson mostrou uma correlação

fraca existente entre o grau de inflamação do ducto principal com o ducto intraglandular.

Concluiu-se que a inflamação presente nas glândulas salivares não tem relação

estatisticamente significante com o sexo do paciente, tipo ou lado da glândula acometida.

A sialografia permitiu a visualização da delicada anatomia do sistema ductal e permitiu a

visualização precisa dos sialolitos e estenoses, que são as duas causas principais de

obstrução.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA IMAGEM E DOS PARÂMETROS DE EXPOSIÇÃO

DE UM APARELHO DE RAIOS-X INTRAORAL PORTÁTIL

Madelon A F Zenobio, Carolina D B Azevedo, Maria do Socorro Nogueira, Cláudio D

Almeida, Elton G Zenóbio, Flávio

O objetivo deste estudo foi avaliar e discutir os parâmetros de exposição e proteção

radiológica, dose absorvida e qualidade da imagem radiográfica do aparelho de

radiografia intraoral portátil DIOX. Os parâmetros de exposição foram mensurados por

meio do detector Xi UNFORS. A radiação secundária para o operador foi mensurada com

a câmara de ionização 1800cc acoplada ao mesmo eletrômetro. A dose absorvida (D) no

paciente foi calculada utilizando TLD-100H posicionados no simulador antropomórfico

Alderson RANDO. A qualidade da imagem digital radiográfica foi determinada

comparando imagens radiográficas obtidas com o simulador radiográfico odontológico da

região de molares superiores. O aparelho radiográfico intraoral portátil DIOX demonstrou

confiabilidade em relação ao padrão de desempenho dos parâmetros avaliados, exceto

com relação ao diâmetro do campo de radiação (5,8 mm). Não foi detectado nenhum

indício de radiação de fuga do cabeçote. A proteção plumbífera do aparelho atenua a

radiação secundária protegendo o operador, entretanto, foi observado que a região das

gônadas foi a mais exposta durante a mensuração. O maior valor de D foi na região

correspondente as glândulas submandibulares e linguais do lado esquerdo (0,568 mGy).

A qualidade de imagem do aparelho radiográfico portátil DIOX apresentou padrões de

qualidade equivalentes aquelas produzidas por equipamentos radiográficos padrões.

Concluiu-se que o aparelho de radiografia intraoral portátil DIOX demonstrou

confiabilidade em relação aos critérios de controle de qualidade e de radioproteção

estabelecidos pelas normas nacionais e internacionais. Os resultados obtidos mostraram

o uso seguro do aparelho radiográfico odontológico portátil.

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PESQUISAS

RADIOGRAFIA PANORÂMICA: IMPORTANTE FERRAMENTA NO TRATAMENTO

DOS PACIENTES INFANTIS

Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Carla Cristina

Santos de Paula

O objetivo desse estudo foi apresentar a utilização do exame radiográfico panorâmico em

crianças na dentição mista e avaliar a prevalência de anormalidades, ou seja, achados

radiográficos. Foram avaliadas cem radiografias panorâmicas digitais provenientes do

arquivo da disciplina de Imaginologia, referentes a pacientes de 4 a 10 anos de idade, 50

crianças de cada gênero. Foi detectada alguma anormalidade em 46% das crianças e

desse total, 46% eram do gênero masculino e 54% do gênero feminino. As anormalidades

mais prevalentes foram: 33,9% de crianças com direção de erupção desfavorável dos

elementos permanentes, 30,3% apresentavam alguma anomalia de desenvolvimento,

16% perda precoce de dente decíduo e menores valores de cárie, lesão periapical,

aumento do folículo coronário, infraoclusão, pseudocisto antral e destruição coronária. As

anomalias de desenvolvimento detectadas foram, 38,2% de agenesias, 23,5% de

supranumerários, 11,7% de taurodontia e menores valores de transposição, pérola de

esmalte, microdontia, anomalia de forma, geminação, fusão, aplasia condilar e hipertrofia

do processo coronoide. Conclui-se que na criança, essa técnica radiográfica extraoral

pode ser utilizada principalmente para avaliação do desenvolvimento dentário e ósseo,

permitindo identificar anomalias de desenvolvimento, que provavelmente não seriam

detectadas clinicamente.

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PESQUISAS

A RADIOGRAFIA PANORÂMICA COMO UM ALERTA QUANTO A POSSIBILIDADE DE

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Alessandro

Rodrigues da Silva, Viviane Rocha Monteiro da Fonseca

A radiografia panorâmica é um exame de rotina na clínica odontológica, cuja avaliação

não deve ficar restrita a dentes e maxilares, pois possibilita o diagnóstico precoce dos

ateromas calcificados na artéria carótida de pacientes, apesar de não ser um exame de

excelência para a investigação desse tipo de calcificação, entretanto, contribui na

detecção dessas lesões em pacientes assintomáticos. O objetivo desse estudo foi avaliar

a prevalência de ateromas calcificados da artéria carótida, detectados em radiografias

panorâmicas e elucidar como podem ser visualizados pelo cirurgião dentista. Foram

utilizadas cem radiografias panorâmicas do arquivo digital da disciplina de Imaginologia

do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Volta Redonda. Foram selecionados

pacientes com idade mínima de quarenta anos, cinquenta do gênero feminino e cinquenta

do gênero masculino. Concluiu-se que o ateroma calcificado na artéria carótida pode ser

visualizado como uma massa radiopaca na lateral das radiografias, abaixo do ângulo da

mandíbula, próximo ao osso hioide e das vértebras C3 e C4, que corresponde a área de

bifurcação da artéria carótida comum. Foi detectado em 32 pacientes, portanto, a

prevalência foi de 32%, sendo 22% no gênero feminino e 10% no masculino.

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PESQUISAS

CANINOS INCLUSOS: IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Ana Carolina

Torres Reis, Pamela dos Santos Almeida

Para esse estudo foi realizada revisão bibliográfica e foram apresentadas imagens

tomográficas de caninos superiores inclusos, com o objetivo de ressaltar a importância da

tomografia computadorizada por feixe cônico, no diagnóstico e planejamento do

tratamento ortodôntico. Os seis caninos avaliados estavam mesioangulados e com coroa

em íntimo contato com as raízes dos elementos adjacentes, quatro apresentavam a

cúspide posicionada mesialmente ao incisivo lateral e um deles estava associado à

reabsorção do incisivo central e reabsorção severa do incisivo lateral. Cinco do lado

esquerdo e um do lado direito, quatro localizavam-se por palatina dos dentes adjacentes,

um por vestibular e um no centro do rebordo. Foi observado um caso de transposição

dentária, dos elementos 22 e 23, havia presença de elementos decíduos na região da

inclusão dentária em quatro casos, em um caso havia total falta de espaço para o canino

incluso e em dois casos os caninos apresentavam aumento do folículo coronário.

Concluiu-se que a TCFC permite a exata localização do elemento incluso, além de sua

relação com estruturas e dentes adjacentes. O diagnóstico das reabsorções radiculares

de dentes adjacentes ao canino incluso, antes do tratamento ortodôntico pode alterar

totalmente o planejamento do caso, além de definir a melhor trajetória de tracionamento

dentário.

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PESQUISAS

RELAÇÃO DO TERCEIRO MOLAR INFERIOR COM CANAL MANDIBULAR EM

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO

Roberta Mansur Caetano, Jairo Conde Jogaib, Alcemar Gasparini Netto, Júlio César

Régnier Leite

O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação do canal mandibular com os terceiros

molares inferiores inclusos, por meio da tomografia computadorizada por feixe cônico. Foi

avaliada a relação entre 36 terceiros molares inferiores e o canal mandibular. Foram

utilizadas as seguintes classificações e os respectivos resultados foram encontrados:

Winter: mesioangular (55,56%), horizontal (22,22%), vertical (19,44%), distoangular

(2,78%); Pell e Gregory, relação do terceiro molar com o plano oclusal: posição A

(19,44%), Posição B (36,11%), Posição C (44,44%); em relação a borda anterior do ramo

mandibular: Classe I (75%), Classe II (25%), Classe III (0%); Nortjé: Tipo I (8,33%), Tipo II

(72,22%), Tipo III (19,44%); Felez Gutierrez et al. (1997) modificada por Gomes (2001): os

tipos mais prevalentes foram, obscurecimento dos ápices (27,78%), reflexão dos ápices

(16,67%) e a localização do canal mandibular em relação ao terceiro molar em tomografia

computadorizada por feixe cônico: inferior (50%), lingual (22,22%), vestibular (13,89%),

inferior e vestibular (5,56%), inferior e lingual (8,33%), com contato com o canal

mandibular (77,78%), sem contato com o canal mandibular (22,22%). Concluiu-se que ao

detectar um sinal radiográfico de íntima relação da raiz do terceiro molar com o canal

mandibular, torna-se necessário o emprego da tomografia computadorizada por feixe

cônico, que permitirá um correto planejamento cirúrgico.

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PESQUISAS

AJUSTE DE BRILHO E CONTRASTE: PREFERÊNCIA DOS OBSERVADORES

VERSUS DESEMPENHO NO DIAGNÓSTICO DE FRATURA RADICULAR VERTICAL

Nicolly Oliveira Santos, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento,

Matheus Lima de Oliveira, Deborah Queiroz de Freitas

O presente estudo objetivou avaliar o efeito do brilho e do contraste das radiografias

digitais intraorais para o diagnóstico de fraturas radiculares verticais (FRV), bem como

analisar a preferência dos observadores para a qualidade subjetiva da imagem. Para isso,

trinta radiografias periapicais de dentes humanos unirradiculares foram adquiridas. As

condições intracanal testadas foram: sem preenchimento, guta-percha, pino metálico e

pino de fibra de vidro. As imagens originais foram ajustadas em quatro combinações,

resultando em cinco variações de brilho e contraste (V1 a V5) para cada radiografia

adquirida. Cinco radiologistas orais analisaram as imagens. Posteriormente, os

observadores classificaram as radiografias de acordo com a sua preferência para a

qualidade da imagem. A área sob a curva ROC, sensibilidade, especificidade e

concordância do observador foram calculadas. Os resultados obtidos mostraram que não

houve diferença estatisticamente significante entre os valores diagnósticos das imagens

originais e ajustadas e mesmo entre as condições intracanal testadas. Na maioria dos

casos, as radiografias com +15% de contraste e -15% de brilho (V2) foram classificadas

como melhores, enquanto que as imagens com +30% de brilho e -30% (V5) foram

consideradas piores. Com isso, concluímos que com o intervalo testado, o ajuste de brilho

e contraste não influenciaram o diagnóstico de FRV. Além disso, os observadores

preferiram imagens com menor brilho e maior contraste.

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PESQUISAS

DIAGNÓSTICO DE FRATURA RADICULAR VERTICAL EM DENTES PRÓXIMOS E

DISTANTES A IMPLANTES: INFLUÊNCIA DOS ARTEFATOS NA TCFC

Deborah Queiroz Freitas, Taruska Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim

O objetivo nesse trabalho foi avaliar a influência de artefatos produzidos por implantes de

zircônia no diagnóstico de fratura da raiz vertical (FVR) em dentes próximos e distantes

do implante em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), bem

como da quilovoltagem (kVp) e da ferramenta de redução de artefatos metálicos (MAR).

Vinte raízes foram divididas em grupo controle e fraturado (n = 10). Os dentes foram

posicionados nos alvéolos do primeiro e segundo pré-molares direito e esquerdo de uma

mandíbula humana. Os exames de TCFC foram adquiridos no aparelho ProMax 3D com

kVp de 70, 80 ou 90 kVp; com ou sem MAR; e com ou sem o implante de zircônia

posicionado no alvéolo do primeiro molar direito. As imagens foram avaliadas por 5

examinadores. A área sob a curva ROC, sensibilidade e especificidade foram calculadas

e comparadas pela análise de variância. No geral, a curva ROC e a sensibilidade não

foram afetadas pelos fatores estudados (p > 0,05). Os principais efeitos ocorreram na

especificidade; quando o implante foi usado sem MAR, os valores foram menores para o

dente 45 para todas as kVps (p = 0,0001). Artefatos produzidos nas proximidades de

dentes com suspeita de VRF prejudicam o diagnóstico diminuindo a especificidade, pois

podem mimetizar a linha de VRF, gerando falsos positivos. A MAR melhora a

especificidade, sendo recomendada quando objetos metálicos estão presentes próximos

a dentes com suspeita de FVR.

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PESQUISAS

CORRELAÇÃO DA PNEUMATIZAÇÃO E MORFOLOGIA DO COMPONENTE

TEMPORAL DA ATM: ANÁLISE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE

CÔNICO

Mariana Rocha Nadaes, Larissa Pereira Lagos de Melo, Francisco Haiter-Neto, Deborah

Queiroz Freitas

O objetivo desse estudo foi correlacionar a pneumatização do osso temporal e a

morfologia da eminência articular e da fossa mandibular. Além disso, foi proposta uma

classificação para a pneumatização do componente temporal da articulação

temporomandibular (ATM). Foi utilizada uma amostra de cem exames de tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC), totalizando duzentas ATMs. As imagens foram

avaliadas subjetivamente e objetivamente através das reconstruções paracoronal e

parassagital da ATM por dois examinadores. Todas as ATMs foram classificadas quanto à

pneumatização no sentido médio-lateral em escores entre 0-1, e no sentido

anteroposterior em escores entre 0-3. A inclinação e a altura da eminência articular e a

espessura do teto da fossa mandibular foram obtidas. As medidas lineares e angulares

encontradas para as diferentes classificações de pneumatização foram comparadas pela

Análise de Variância (ANOVA dois fatores – pneumatização x lado). A pneumatização

esteve presente em 83,5% dos casos no sentido médio-lateral e em 88% no sentido

anteroposterior. ANOVA indicou que o lado ou a presença da pneumatização não

afetaram significativamente a morfologia da eminência articular e da fossa mandibular

(p > 0,05). Foi possível concluir que a presença da pneumatização no componente

temporal da ATM não afeta a sua morfologia. No entanto, os profissionais devem ter em

mente a alta prevalência da pneumatização e levar isso em consideração ao realizar a

avaliação da ATM.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE AQUISIÇÃO E ARTEFATOS PRODUZIDOS EM

TCFC NO DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA

Rocharles Cavalcante Fontenele, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Taruska

Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim, Deborah Queiroz de Freitas

O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência dos artefatos produzidos pelo

implante de zircônia e dos parâmetros de aquisição da tomografia computadorizada de

feixe cônico (TCFC) no diagnóstico de reabsorção radicular externa (RRE) em dentes

próximos e distantes ao local de instalação do implante. Cavidades (0,62 mm de diâmetro

e 0,19 mm de profundidade) foram criadas em 12 raízes, em seus terços apicais, na face

vestibular, lingual, distal ou mesial; dez raízes serviram de controle. As raízes foram

posicionadas aleatoriamente nos alvéolos de primeiros e segundos pré-molares direitos e

esquerdos de uma mandíbula humana seca; um implante de zircônia foi colocado no

alvéolo do primeiro molar direito. Para a aquisição das imagens, foi utilizado o tomógrafo

ProMax 3D variando kVp (70, 80 ou 90 kVp) e a ativação ou não da ferramenta de

redução de artefato (FRA). Cinco examinadores avaliaram todas as imagens para obter

área sob a curva ROC, sensibilidade e especificidade. A curva ROC e a sensibilidade não

foram afetadas pela produção dos artefatos e pela FRA (p > 0,05). No entanto, o aumento

da kVp ocasionou no aumento significativo em seus valores (p = 0,0202 e 0,0199,

respectivamente). A especificidade não foi afetada pelos fatores estudados (p > 0,05).

Entre os fatores estudados, apenas a kVp influenciou o diagnóstico de RRE nas imagens

de TCFC, uma vez que o aumento da kVp melhorou sua acurácia.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE AQUISIÇÃO NA MAGNITUDE DE ARTEFATOS

PRODUZIDOS POR IMPLANTE DE ZIRCÔNIA EM IMAGENS DE TCFC

Rocharles Cavalcante Fontenele, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Taruska

Ventorini Vasconcelos, Marcel Noujeim, Deborah Queiroz de Freitas

O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da quilovoltagem (kVp) e da

ferramenta de redução de artefatos metálicos (FRA) na magnitude dos artefatos

produzidos em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Um

implante de zircônia foi inserido, em uma mandíbula humana no alvéolo do dente 46. As

imagens foram adquiridas nos aparelhos ProMax 3D e Picasso Trio, variando os valores

de kVp (70, 80 e 90 kVp) e com ou sem ativação da FRA. Os escaneamentos foram

realizados antes e depois da inserção do implante. Regiões de interesse foram

determinadas a diferentes distâncias da região formadora de artefatos (15, 25 e 35 mm)

nas imagens axiais, sendo calculados os valores de desvio padrão (DP) dos tons de cinza

e a relação contraste-ruído (CNR). Análise de variância foi realizada para comparação

dos valores obtidos nos diferentes protocolos. Em geral, para ambos os aparelhos, nos

casos em que os artefatos foram mais pronunciados, a FRA foi eficiente para reduzir os

valores de DP. No entanto, a FRA não afetou a CNR das imagens do aparelho Picasso

Trio, enquanto causou aumento no valor da CNR nas imagens do ProMax 3D. Sendo

assim, para ambos equipamentos, o aumento da kVp e a FRA foram efetivos em diminuir

os artefatos em imagens de TCFC em toda a sua magnitude quando eles foram mais

expressivos. Cabe ao profissional escolher uma dessas duas opções, ou até as duas,

considerando o objetivo da TCFC e a dose de radiação exposta ao paciente.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA FOSSA MANDIBULAR DE PACIENTES DENTADOS E EDÊNTULOS

TOTAIS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Lucas de Paula Lopes Rosado, Izabele Sales Barbosa, Ana Paula Varela Brown Martins,

Francielle Silvestre Verner

O objetivo no estudo foi avaliar a inclinação lateral e a espessura do teto da fossa

mandibular (FM) em pacientes dentados e edêntulos totais, e a correlação de tais

mensurações com a presença de alterações ósseas na cabeça da mandíbula. Utilizaram-

se imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) de 100 pacientes, 50

dentados totais e 50 edêntulos totais, nas quais foram realizadas mensurações da

inclinação lateral e espessura do teto da FM, e diagnóstico de osteófito, erosão, esclerose

e aplainamento na cabeça da mandíbula. Para análise dos dados foi utilizado o teste T de

Student, teste qui-quadrado (X2) e correlação de Pearson, a 5%. Não houve diferença

entre os gêneros em relação à espessura de teto e inclinação lateral da FM (p > 0,05). A

inclinação lateral da fossa mandibular foi maior nos pacientes edêntulos totais do que em

dentados (p = 0,000). A espessura do teto da FM foi maior nos pacientes dentados do que

em edêntulos totais (p = 0,001). O teste X2 mostrou associação apenas entre a presença

de esclerose (p = 0,000) com a presença/ausência dentária. A correlação de Pearson

evidenciou que nos edêntulos totais a inclinação lateral foi maior na presença de

osteófitos (p = 0,000) e no grupo de dentados a espessura do teto da FM foi maior na

presença de aplainamento (p = 0,021) e erosão (p = 0,004). Conclui-se que a

presença/ausência de dentes está correlacionada com as características morfométricas

da FM, bem como com a presença de alterações ósseas condilares.

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PESQUISAS

DETECÇÃO DE DEFEITOS ÓSSEOS PERIAPICAIS SIMULADOS EM RADIOGRAFIA

DIGITAL COM DIFERENTES VARIAÇÕES DE BRILHO E CONTRASTE

Danieli Moura Brasil, Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Deborah

Queiroz Freitas, Cristiano Oliveira-Santos

O objetivo no presente estudo foi determinar se o uso de diferentes níveis de ajuste de

brilho e contraste em imagens de radiografias digitais interferem na detecção de defeitos

ósseos periapicais simulados, bem como investigar a preferência dos avaliadores em

relação a qualidade subjetiva da imagem para essa tarefa diagnóstica. A amostra foi

composta por 14 alvéolos dentários e seus respectivos dentes. As imagens radiográficas

foram adquiridas antes e depois de cada alargamento do defeito ósseo apical. As

imagens originais foram ajustadas em 4 combinações de brilho e contraste. Cinco

avaliadores avaliaram a presença de defeito ósseo apical usando uma escala de 5-pontos

e classificaram subjetivamente as imagens da melhor a pior para diagnóstico do defeito

ósseo. Não foi encontrada diferença entre os valores de diagnóstico das cinco variações

de brilho e contraste (p > 0,05). Menores valores de área sob a curva ROC e sensibilidade

foram encontrados na detecção de defeitos ósseos entre os tamanhos 1 a 3, os quais

aumentaram substancialmente no tamanho 4. Para a qualidade subjetiva, a variação V2 (-

15% brilho/+15% contraste) foi escolhida como a melhor em 85% dos casos, seguida pela

variação V1 (-30% brilho/+30% contraste) em 32,9% dos casos. Concluiu-se que o ajuste

de brilho/contraste não interferiu no diagnóstico de defeitos ósseos periapicais simulados

em radiografias digitais intraorais. Imagens com menor brilho e maior contraste foram

preferidas para essa tarefa diagnóstica.

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PESQUISAS

ALTERAÇÕES DE CÉLULAS AÉREAS ETMOIDAIS POSTERIORES EM INDIVÍDUOS

COM FISSURA LABIOPALATINA

Maria Clara Rodrigues Pinheiro, Cristina Salazar Berrocal, Izabel Maria Marchi de

Carvalho

As células de Onodi (CO) são uma variação anatômica nas células etmoidais mais

posteriores e sua presença tem sido associada a esfenoidite. A prevalência destas células

nos indivíduos com fissura labiopalatina (FLP) ainda é desconhecida. O objetivo deste

trabalho foi conhecer a prevalência destas células em indivíduos com FLP observadas em

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foram avaliadas 192 TCFC de

pacientes com FLP para comparar a incidência das CO entre os tipos de fissuras. Foram

utilizados os testes qui-quadrado e o teste de Fischer para relação das variáveis: sexo,

idade, lado, tipo de fissura e a prevalência das CO. Um valor de p ≤ 0, 05 para rejeição da

hipótese nula foi adotado. Foi observado que há uma maior incidência das CO no sexo

masculino e um maior acometimento no lado direito do seio etmoidal. Os pacientes com

fissura transforame incisivo foram os que mais apresentaram esta variação e, foi também

observada a presença de espessamento da mucosa no seio esfenoidal em alguns

indivíduos. Tendo em vista que a prevalência de achados incidentais na TCFC de

pacientes com FLP é três vezes maior, deve-se conhecer as características anatômicas

de estruturas associadas à célula de Onodi com intuito de guiar o cirurgião a identificá-la,

evitando possíveis complicações associadas a essa variante anatômica.

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PESQUISAS

DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA SIMULADA EM

RADIOGRAFIAS DIGITAIS: INFLUÊNCIA DA RESOLUÇÃO ESPACIAL

Rafael Binato Junqueira, Mariane Floriano Lopes Santos Lacerda, Jesca Neftali Nogueira

Silva, Thaísa Mendes Gomes Lima, Francielle Silvestre Verner

O objetivo foi avaliar a influência do número de pares de linhas em radiografia periapical

digital na acurácia da detecção de reabsorções radiculares externas (RRE) simuladas.

Quarenta molares inferiores tiveram as coroas seccionadas. Metade da amostra foi

instrumentada, obturada e aleatoriamente dividida para confecção de RRE simuladas com

brocas esféricas de diferentes diâmetros. Radiografias digitais utilizando placas de fósforo

fotoestimuláveis (PSP) foram obtidas em três incidências e repetidas quatro vezes para

serem scaneadas com resoluções de 10, 20, 25 e 40 pl/mm. A análise das imagens

revelou que dentes obturados apresentaram menores valores de sensibilidade com 10, 20

e 25 pl/mm (p < 0,001) e maiores valores de especificidade e acurácia para as mesmas

resoluções (p < 0,001). Dentes sem obturação apresentaram maiores valores de

sensibilidade para resolução 20 (0,91) e menor para 40 pl/mm (0,61); especificidade maior

em 40 (1,00) e menor em 10 pl/mm (0,71) e acurácia maior em 40 (0,87) e menor em

10 pl/mm (0,82). Em RRE pequena, resolução 10 e 25 pl/mm foram respectivamente

menos e mais acuradas; RRE média a acurácia foi maior com 40 pl/mm e RRE grandes

foram melhores identificadas com 25, enquanto 40 pl/mm apresentaram menor acurácia.

Verificou-se que nos terços cervical e médio os acertos foram respectivamente menos e

mais facilmente detectados. Conclui-se que a resolução espacial influenciou a detecção

de RRE simuladas em radiografias periapicais digitais.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA ALTERAÇÃO DO PLANO DE TRATAMENTO DA EXTRAÇÃO DOS

TERCEIROS MOLARES INFERIORES POR MEIO DE PANORÂMICA E TOMOGRAFIA

Ralph Azevedo, Milena Bortolotto Felippe Silva, Ricardo Raitz, Luiz Roberto Coutinho

Manhães Junior

As cirurgias que envolvem os terceiros molares inferiores são um dos procedimentos

cirúrgicos orais mais comuns na rotina diária odontológica e podem causar injúrias do

canal mandibular inferior. Esta pesquisa teve como objetivo em seus resultados avaliar as

vantagens da alteração do plano de tratamento da extração dos terceiros molares

inferiores por meio de radiografia panorâmica digital e da tomografia computadorizada de

feixe cônico. Propondo critérios de avaliação das radiografias panorâmicas para uma

melhor indicação de tomografia computadorizada de feixe cônico. Como metodologia

foram utilizados vinte casos de pacientes, através de vinte radiografias panorâmicas

digitais e vinte tomografias computadorizadas de feixe cônico, ambos os exames dos

mesmos pacientes; para tal utilizou-se o banco de dados disponibilizado pela Clínica de

Radiologia Odontológica DIGITAL-X, de Vacaria – RS. Como critérios de inclusão definiu-

se os pacientes com indicação de exodontia dos terceiros molares inferiores por meio de

radiografias panorâmicas digitais e tomografias computadorizadas de feixe cônico e os

exames radiográficos que tinham máxima nitidez, mínima distorção e grau médio de

densidade e contraste. Os critérios de exclusão fixados foram os pacientes com

rizogênese incompleta dos terceiros molares inferiores, pacientes que continham artefatos

metálicos na região adjacente, pacientes que apresentavam lesões patológicas e histórico

cirúrgico na região de terceiros molares inferiores, bem como, casos com exames com

intervalos maiores que seis meses. Para avaliação das imagens participaram, como

convidados e observadores, 16 cirurgiões-dentistas com rotina clínica e com diferentes

especialidades, como radiologia, patologia e cirurgia bucomaxilofacial.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DE CONDIÇÕES DE INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA NO

DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE CÁRIE PROXIMAL

Carlos Augusto de Souza Lima, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Hugo Gaêta-

Araujo, Deborah Queiroz de Freitas, Matheus Lima de Oliveira

O objetivo neste estudo foi avaliar a acurácia de detecção radiográfica de lesões de cárie

proximais sob a influência de diferentes condições de interpretação: iluminação ambiente,

ângulo horizontal de visão e tipo de monitor. Quarenta dentes posteriores (20 molares e

20 pré-molares) foram agrupados para simular uma situação clínica e radiografados com

um sensor digital Digora Toto, seguindo a técnica interproximal. As imagens radiográficas

foram aleatorizadas em arquivos de slide show e avaliadas sob três condições de

iluminação ambiente (baixa, média e alta), três ângulos horizontais de visão (90º, 68,5º e

45º) e três tipos de monitores (Dell P2314H, Barco MDRC-2124, iMac 5k 27?). Três

examinadores avaliaram a presença d as lesões de cárie proximais utilizando uma escala

de cinco pontos. Imagens de microtomografia computadorizada foram usadas como

padrão-ouro para as lesões de cárie. Os valores de acurácia, sensibilidade e

especificidade foram obtidos e comparados pelo teste ANOVA para verificar possíveis

diferenças entre as condições de interpretação (p = 0,05). A iluminação ambiente e o

ângulo de visão não influenciaram significativamente os valores de diagnóstico para

nenhum monitor estudado (p > 0,05). Não foram observadas diferenças estatisticamente

significantes entre o desempenho dos três monitores (p > 0,05). Em conclusão, o

diagnóstico de cárie não é influenciado pelas condições de iluminância, ângulo horizontal

de visão e tipos de monitores avaliados.

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PESQUISAS

IMPORTÂNCIA DA TCFC PARA AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ESPACIAL ENTRE

IMPLANTE DENTÁRIO E DENTE ADJACENTE – RELATO DE CASO

Beatriz Ribeiro Ribas, Priscila Dias Peyneau, Francielle Silvestre Verner, Márcia Gabriella

Lino de Barros, Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento

A radiografia panorâmica é bastante utilizada no planejamento e acompanhamento de

implantes dentários, entretanto, devido à magnificação e às características bidimensionais

da imagem, além da distorção e do reduzido detalhe, vem sendo substituída pela

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A TFCF é importante tanto no

planejamento, quanto como exame auxiliar nos casos de complicação de implantes

dentários, pois permite uma avaliação tridimensional dos sítios ósseos, fornecendo dados

precisos sobre a qualidade e quantidade de osso remanescente, além de possibilitar a

identificação de estruturas anatômicas nobres e suas variações. Diante disso, objetiva-se

relatar o caso do paciente A. G. F., sexo masculino, 47 anos, que realizou uma radiografia

panorâmica para o acompanhamento de implantes dentários. Observou-se roscas

expostas dos implantes da região dos dentes 45, 46 e 47 e sobreposição do implante da

região do dente 45 na raiz do dente 44, desta forma, foi sugerida a complementação com

TCFC para melhor avaliação. Nas imagens de TCFC verificou-se ausência do implante da

região do dente 46 e relação de íntimo contato do implante da região do dente 45 com os

terços médio/apical da raiz do dente 44, causando reabsorção radicular externa. A

radiografia panorâmica foi importante para avaliar os implantes, porém, não forneceu

todas as informações necessárias para o correto diagnóstico, sendo assim, a utilização da

TCFC foi imprescindível para o diagnóstico final.

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PESQUISAS

INSUCESSOS DE IMPLANTES DENTÁRIOS EVIDENCIADOS EM TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Beatriz Ribeiro Ribas, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Andréa dos Anjos Pontual, Danyel

Elias da Cruz Perez, Flávia Maria Moraes Ramos-Perez

No presente trabalho, é objetivo apresentar casos de insucesso de implantes dentários

por meio de exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). O implante

dentário é uma alternativa para pacientes edêntulos que necessitam realizar uma

reabilitação oral para manutenção de sua qualidade de vida. Entretanto, muitos

insucessos e iatrogenias podem ocorrer quando não há um devido planejamento da

cirurgia e do tratamento. Os exames pré-operatórios necessitam de informações sobre as

características morfológicas e topográficas do rebordo alveolar residual, além da

avaliação da relação com as estruturas anatômicas e de patologias ósseas. A TCFC é o

exame pré-operatório indicado para avaliação dessas regiões, uma vez que fornece

informações tridimensionais de qualidade. Devido à sobreposição de estruturas nos

exames radiográficos convencionais, exposição do implante na cortical vestibular ou

palatina/língua, penetração do implante no seio maxilar e fossa nasal e distância

inadequada entre os implantes e dentes, são insucessos apenas evidenciados por

exames tomográficos. Desta forma, é necessário que o profissional avalie criteriosamente

o paciente e siga o protocolo correto de exames imaginológicos, para o planejamento

cirúrgico e do tratamento para atenuação do índice de insucesso. Em suspeitas clínicas

de insucessos, sobretudo quando o implante está além das corticais vestibulares, linguais

ou palatinas, o exame de TCFC é uma ferramenta de grande auxílio.

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PESQUISAS

ESTUDO DA PREVALÊNCIA DAS CLASSIFICAÇÕES DA FOSSA OLFATÓRIA POR

MEIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Elisângela Lemes, Aline Kataki Paixão, Bianca Costa Gonçalves, Gabriel Oblack, Sergio

Lucio Pereira de Castro Lopes

Este estudo teve como objetivo analisar, por meio da tomografia computadorizada de

feixe cônico (TCFC), a prevalência das variações da fossa olfatória e lâmina crivosa do

osso etmoide (LCO). Foram analisados 210 exames de tomografia computadorizada de

feixes cônicos, pertencentes ao arquivo da Clínica de Radiologia da Universidade onde foi

realizado. Todos os exames foram obtidos previamente em aparelho de tomografia de

feixes cônicos da marca i-CAT Next Generation (Imaging Sciences International, Hatfield,

PA, EUA), com campo de visão (FOV) que abranja a região média e superior da face,

possibilitando a visibilização da Crista Galli do osso etmoide e fossas nasais. Todas as

análises foram realizadas em software XORAN (Xoran Technologies), utilizando-se a

ferramenta régua para execução das medidas, e correspondente classificação de Keros

(1962) em três categorias (Classe I, II e III). Tabulados os dados, foi realizada a estatística

descritiva da prevalência dos tipos e a relação entre as mesmas. O estudo foi dividido em

variáveis: idade, gênero e raça, obtida a classificação dos pacientes analisados, foi

observando a prevalência da classe II de Keros em todas as situações. Pode-se concluir

pela metodologia adotada neste estudo que a Classe II de Keros foi a mais encontrada,

independente das variáveis: gênero, idade e raça. Seguidas da Classe I e Classe III.

Ressalta-se que o presente trabalho é pioneiro, uma vez que nenhum outro estudo na

literatura valeu-se da TCFC para este objetivo.

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PESQUISAS

ESTUDO DOS ÍNDICES RADIOMORFOMÉTRICOS EM MANDÍBULAS DE MULHERES,

DENTRO DO GRUPO DE RISCO DE POSSUÍREM OSTEOPOROSE

Selma dos Santos Pereira Meirelles Reis, Angela Jordão Camargo, André Luiz Ferreira

Costa, Claudio Fróes de Freitas, Maria Beatriz C. Cal Alonso

O presente estudo analisa e compara os índices quantitativos e qualitativos do tecido

ósseo mandibular, nas regiões dos forames mentuais, em TCFC, de mulheres saudáveis,

acima de 45 anos, dentro de um grupo de risco de possuir osteoporose. Foram calculados

os índices mandibulares tomográficos, superior e inferior, foram aplicados os índices de

risco de osteoporose (Osteoporosis - self-assessement tool) e foram feitas avaliações

subjetivas da morfologia da cortical mandibular (índice de Klemetti). Entre 63 pacientes,

três grupos foram formados de acordo com OST: G1 - com risco elevado para

osteoporose, G2 - com risco moderado à osteoporose e G3 - sem risco para osteoporose.

Análises estatísticas verificaram-se as diferenças entre os grupos: 39 pacientes com baixo

risco à osteoporose, 21 pacientes com risco moderado à osteoporose e 3 com alto risco à

osteoporose. Foram agrupadas as mulheres com risco moderado e alto, devido ao baixo n

no alto grupo de risco. Entre as mulheres com baixo risco de osteoporose, 10,26%

tiveram Klemetti C3 e entre as mulheres com risco moderado e alto de osteoporose,

41,67% tiveram Klemetti C3 mostrando uma diferença estatisticamente significativa

(p = 0,0039; teste qui-quadrado). Não foram encontradas diferenças significativas entre os

dois grupos para C/A (p = 0,6153) e para C/B (p = 0,3149), teste de Mann-Whitney. As

avaliações subjetivas das corticais ósseas da mandíbula, na região de forame mentual do

lado direito e esquerdo, classificadas como C2 e C3, apresentam-se correlacionadas com

as mulheres de alto risco de possuírem osteoporose, de acordo com o índice de OST.

Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos baixo, modera do e alto

de risco de osteoporose com as medidas D, C/A e C/B.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE FRATURAS RADICULARES EM IMAGENS

RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS DIGITAIS E INTRABUCAIS ANALÓGICAS

Chrystiane Capelli, Tamires de Paula Rodrigues Juliatte

O exame radiográfico intrabucal analógico ainda é o método mais utilizado na

Odontologia, com boa qualidade de imagem a baixo custo. Porém, os requisitos para

obtenção e preservação das imagens, tornam essa prática obsoleta. Entretanto, o sistema

digital tem melhorado a precisão da interpretação e a redução de radiação ionizante. O

objetivo foi comparar as técnicas periapicais convencional e digital, visando qual método é

mais indicado para detectar fraturas radiculares. Foram utilizadas radiografias analógicas

e digitais de vinte dentes, oriundos do banco de dentes da Pontifícia Universidade

Católica de Minas Gerais (PUC/MG), com trincas e fraturas induzidas. As imagens digitais

foram analisadas com programa de imagens do Windows, utilizando as ferramentas de

imagem disponíveis (densidade, contraste, ampliação), e para análise das radiografias

analógicas, foi utilizado negatoscópio. Quando diagnosticadas linhas radiolúcidas, estas

eram classificadas de acordo com legenda predeterminada, e submetidos à análise

estatística. A comparação das amostras feita pela curva ROC através da Linha de

Referência (LR), indicou como resultado o grau de significância das radiográficas digitais,

porém as analógicas obtiveram resultado ruim por estarem próximos à (LR). Contudo,

conclui-se que o método digital mostrou eficiência na detecção de fraturas, maior taxa de

resultados positivos e confiabilidade para possíveis diagnósticos clínicos na presença de

fraturas radiculares, quando comprado ao método analógico convencional

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PESQUISAS

UTILIZAÇÃO DE ÍNDICES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA

CLASSIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES ÓSSEAS EM MULHERES

Daniela Miranda Richarte de Andrade Salgado, Jéssica Rabelo Mina Zambrana,

Catharina Simioni de Rosa, Henrique Tuzzolo-Neto, Claudio Costa

Os índices de tomografia computadorizada superior e inferior (ITCS e ITCI) foram

propostos como uma forma de avaliar alterações na densidade óssea, comparadas com o

exame padrão-ouro, densitometria óssea. O objetivo desse estudo foi aplicar os ITCs em

imagens de TCFC na avaliação da cortical da Mandíbula de pacientes do sexo feminino,

em diferentes faixas etárias, classificando-as em saudáveis ou com alterações ósseas. 75

exames do TCFC foram selecionados de acordo com a prevalência de osteoporose em

diferentes faixas etárias: 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e acima de 60 anos. As imagens

foram obtidas do tomógrafo iCat Classic® e avaliadas no software OnDemand®, em cortes

transaxiais, obtidos após a realização da curva de reconstrução panorâmica, por dois

observadores calibrados, e em dois tempos diferentes. Os índices ITCS e ITCI foram

aplicados nas imagens com os seguintes valores de corte ITCS ≥ a 0,2 e ITCI ≥ a 0,25,

baseados no estudo de Koh e Kim (2011) e ITCS ≥ a 0,23 e ITCI ≥ a 0,27, baseados no

presente estudo. Os resultados mostraram que a reprodutibilidade apresentou uma

concordância quase perfeita na análise intra e interobservador. E não houve diferenças

estatísticas na classificação dos pacientes (p > 0,05). Embora seja um índice altamente

reprodutível, deve-se levar em consideração a possibilidade de resultados falso-positivos

ou verdadeiro-negativos, classificando erroneamente a presença ou ausência de

alterações ósseas.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DOS ARTEFATOS METÁLICOS NOS VALORES DE CINZA DA IMAGEM

POR TCFC EM RELAÇÃO AO ARCO ANTAGONISTA

Amanda J. Boldrim, Andrea de C. Domingos Vieira, Nathália Ribeiro Cruz, Maria Augusta

P. G. Visconti, Fabio R. Guedes

O objetivo do estudo foi avaliar a influência dos artefatos nos valores de cinza da imagem

do arco antagonista em dois tomógrafos de feixe cônico. Foram utilizados dois phantoms

de acrílico para simular a arcada. Cada um apresentava 6 orifícios, onde foram inseridos

corpos de prova simulando dentes sem restaurações. Foram obtidas imagens para

determinação do padrão ouro. Para obtenção dos modelos da maxila e mandíbula, corpos

de prova, sem metal foram colocados no arco superior e quantidades variadas de corpos

de prova com metal foram inseridos na mandíbula e em seguida obtidas as imagens de

TCFC. O mesmo foi realizado para mandíbula, porém os corpos de prova sem metal no

inferior, enquanto no superior foram posicionados os corpos de prova com metal. Foi

observado que ao comparar os valores de cinza com padrão-ouro, no tomógrafo da

Carestream, a aquisição da maxila com a mandíbula completa por metal diferiu do padrão

ouro, já para o tomógrafo da Vatech todas as aquisições da maxila e da mandíbula com

metal na região posterior e no hemiarco da maxila diferiram do padrão ouro. Em relação

aos valores de cinza nas 6 posições dos corpos de prova, apenas os valores obtidos no

Vatech apresentaram diferenças entre as regiões. Conclui-se que os valores de cinza na

Vatech, mostraram que a quantidade e posição de metal na maxila, influencia

parcialmente os valores de cinza na mandíbula, enquanto que qualquer quantidade,

independente de sua posição na mandíbula influência na maxila.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES RADIOMORFOMÉTRICOS PREDITORES DE

OSTEOPOROSE E DA ANÁLISE FRACTAL EM MULHERES COM DOENÇA CELÍACA

Lucas de Paula Lopes Rosado, Aline Seixas Barros, Gabriella Almeida Cerqueira, Ieda

Crusoé-Rebello, Frederico Sampaio Neves

A doença celíaca é uma intolerância à ingestão de glúten, caracterizada por um processo

inflamatório que envolve a mucosa do intestino delgado, levando a uma variedade de

manifestações clínicas. Uma redução na densidade mineral óssea é comum em

indivíduos com doença celíaca. Existem medidas qualitativas e quantitativas realizadas

nas radiografias panorâmicas, denominadas índices radiomorfométricos, que podem ser

capazes de identificar uma diminuição na densidade mineral óssea nesses pacientes. O

presente estudo tem por objetivo avaliar a densidade óssea por meio dos índices

radiomorfométricos panorâmicos e a análise fractal em mulheres portadoras de doença

celíaca. A amostra foi composta por 40 mulheres (20 celíacas e 20 e controles),

submetidas a um questionário anamnésico e a uma radiografia panorâmica, onde foram

avaliados o índice cortical mandibular (ICM), índice panorâmico mandibular (IPM), índice

mentual (IM) e análise fractal (DF). As mensurações lineares dos índices foram feitas

utilizando o software RadioImp® e para análise fractal o Minitab®. Na classificação ICM o

C2 foi mais prevalente. No IPM os valores foram semelhares entre os grupos. Não houve

significância no IM, embora os valores dos celíacos foram menores e na DF os celíacos

obtiveram scores ligeiramente menores. Os índices e DF aplicados no presente estudo

podem ser utilizados em radiografias panorâmicas para detectar precocemente a

presença de baixa densidade óssea em indivíduos jovens com doença celíaca.

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PESQUISAS

PNEUMATIZAÇÃO DO TETO DA FOSSA MANDIBULAR E EMINÊNCIA ARTICULAR:

UM ESTUDO POR IMAGENS PANORÂMICAS E TOMOGRÁFICAS

Alice Souza Villar Cassimiro Fonseca, Tânia Mara Pimenta Amaral, Loliza Chalub Luiz

Figueiredo Houri, Vinícius de Carvalho Machado, Cláudia Borges Brasileiro

A pneumatização do osso temporal é uma variação anatômica assintomática que

radiograficamente apresenta-se como um defeito radiolúcido, corticalizado, múltiplo

(multilocular) ou único (unilocular). O objetivo do estudo é avaliar a pneumatização na

eminência articular e teto da fossa mandibular por meio de radiografia panorâmica e

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Um total de 705 exames

tomográficos da articulação temporomandibular (ATM) foram analisados e em parte da

amostra (60 exames) foi possível comparar as imagens tomográficas com as panorâmicas

A análise descritiva revelou um perfil de amostra de maioria feminina (75,9%) e com idade

média de 42,6 anos (± 17,4). A presença de pneumatização no teto e na eminência

articular foi identificada em 330 (46,8%) e 154 (21,8%) exames tomográficos,

respectivamente. O padrão de pneumatização mais frequente foi do tipo multilocular nas

duas localizações. Considerando a amostra de 60 pares de exames, nas radiografias

panorâmicas, a pneumatização foi identificada no teto e na eminência articular em 22

(36,7%) e 12 (20%) exames, respectivamente. Já nas imagens tomográficas, a presença

de pneumatização foi observada em 24 (40%) e 14 (23,3%) exames, respectivamente.

Não houve diferença com significância estatística entre a proporção identificada pela

radiografia panorâmica e pela TCFC (p > 0,05). Assim, a radiografia panorâmica pode ser

empregada para avaliação das pneumatizações.

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PESQUISAS

DESEMPENHO DE DIFERENTES MÉTODOS NO DIAGNÓSTICO DE CÁRIE

Matheus Diniz Ferreira, Thaiza Gonçalves Rocha, Aline de Almeida Neves, Paula Maciel

Pires, Maria Augusta Portella Guedes Visconti

O diagnóstico de cárie é um desafio na prática clínica odontológica. O objetivo nesse

estudo foi comparar o desempenho de diferentes métodos para detecção de cáries. Os

métodos testados foram visual e imaginológicos, sendo eles: radiográfico convencional e

digital, tomográfico e microtomográfico. As imagens foram avaliadas subjetiva e

objetivamente. Vinte dentes humanos foram selecionados e todas as imagens foram

obtidas para cada um dos métodos imaginológicos testados. Dois examinadores fizeram a

avaliação destas imagens quanto à presença ou ausência de cárie. Em seguida foram

estabelecidos os padrões-ouro pelos métodos histológico e microtomográfico. Levando

em conta a análise objetiva, 30% apresentou cárie em dentina (n = 6), enquanto 70% em

esmalte (n = 14). O coeficiente Kappa relacionado à concordância entre examinadores foi

de 0,53, 0,47, 0,50, 0,67 e 0,67 para visual, radiografia convencional, radiografia digital,

TCFC e micro-TC, respectivamente, variando de 60 a 75%. Quando estabelecido um

limiar de respostas a concordância variou de 60 a 75% para todos os métodos. Os valores

de sensibilidade, especificidade, preditivo positivo, preditivo negativo e acurácia foram

avaliados, sendo o micro-TC o que apresentou melhor desempenho. Concluiu-se que as

radiografias digitais devem ser indicadas como exames complementares no diagnóstico

de cáries. Em relação à análise dos dois padrões-ouro, as imagens de micro-TC possuem

maior precisão quando comparados ao histológico.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DO FILTRO ENDO DO TOMÓGRAFO OP300 NA FORMAÇÃO DE

ARTEFATOS PROVENIENTES DE MATERIAIS ENDODÔNTICOS

Matheus Barros Costa, Isabella da Rocha Rodrigues, Lia Pontes Arruda Porto, Rafaella

Maria Silva de Souza, Maria Luiza dos Anjos Pontual

O objetivo no presente trabalho foi avaliar o filtro Endo do tomógrafo Orthopanthomograph

OP300® na formação de artefatos de imagem provenientes de materiais endodônticos.

Foram utilizados 48 pré-molares divididos em seis grupos, dos quais dois eram grupos

controle (um grupo de dentes hígidos e outro grupo de dentes instrumentados). Os

demais grupos foram constituídos por dentes instrumentados e obturados com guta-

percha, guta-percha + Sealer 26, guta-percha + AH Plus e guta-percha + FillCanal. As

imagens foram avaliadas quanto à presença e tipo de artefato. Foi selecionada uma

região de interesse nas imagens axiais dos terços radiculares para obter os valores

médios dos tons de cinza, sendo também mensurada uma área controle para cálculo da

taxa contraste-ruído (TCR). Nos grupos controle, não foi detectado artefato, sendo

diferente dos demais grupos. Houve diferenças entre os seis grupos quanto ao tipo de

artefato em cada um dos terços (p < 0,05), com semelhança entre os grupos Guta-

Percha, Sealer 26, AH Plus e FillCanal. Nos terços médio e apical, estrias claras foram

mais elevadas no protocolo com filtro quando comparado ao sem filtro (p < 0,05). A TCR

foi maior nas imagens sem filtro para os grupos Guta-percha, Ah Plus e FillCanal e

maiores na ausência de artefatos nos dois protocolos avaliados (p < 0,05). O protocolo

com filtro não diminui a produção de artefato, além de apresentar maior quantidade de

estrias claras nos terços médio e apical e TCR inferior em dentes tratados.

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PESQUISAS

ANÁLISE DA MORFOLOGIA SUPERFICIAL DE RESINAS BULK FILL APÓS

IRRADIAÇÃO GAMA

Lia Pontes Arruda Porto, Laís César de Vasconcelos, Danyel Elias da Cruz Perez, Andrea

dos Anjos Pontual, Maria Luiza dos Anjos Pontual

O tratamento odontológico de pacientes oncológicos submetidos à radioterapia representa

um desafio para o cirurgião-dentista. Estes pacientes são propensos às complicações

dentárias, bem como possíveis alterações do tempo de vida útil das restaurações, sendo

a morfologia superficial um dos fatores que influenciam na longevidade clínica das

restaurações. Desta forma, o objetivo no presente trabalho foi avaliar in vitro, através de

microscopia eletrônica de varredura, o efeito da irradiação gama na morfologia superficial

de restaurações de resinas compostas bulk fill. Foram confeccionados 12 corpos de prova

de 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura das resinas bulk fill (Tetric EvoCeram Bulk

Fill, X-tra Fil e FiltekTM Bulk Fill) e do compósito controle (FiltekTM Z350). Em seguida, os

corpos de prova de cada grupo foram divididos (n = 3) de acordo com as doses de

radiação a que foram submetidos por uma fonte de Co60 de radiação gama (0 Gy, 30 Gy,

60 Gy). As imagens foram avaliadas por 2 pesquisadores de forma concomitante sem

conhecimento sobre o grupo da resina. As doses de 30 e 60 Gy afetaram a morfologia

superficial do compósito controle, não sendo demonstrada, entretanto, influência no

padrão de morfologia de superfície dos compósitos do tipo bulk fill. Foi concluído que as

resinas bulk fill estudadas não sofrem alteração na morfologia superficial após

radioterapia, podendo ser uma alternativa para o tratamento restaurador desses

pacientes.

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PESQUISAS

PREVALÊNCIA DE ACHADOS INCIDENTAIS EM VIAS AÉREAS EM EXAMES DE

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Lia Pontes Arruda Porto, Juliana Camilo C. Vilela, Andrea dos Anjos Pontual, Helena

Aguiar R. do Nascimento, Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez

Achados incidentais são aqueles que não estão relacionados à indicação clínica do

exame e são descobertos acidentalmente em qualquer exame por imagem. O objetivo

deste trabalho foi avaliar a prevalência de achados incidentais nas vias aéreas em

exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra foi composta

por 405 exames de TCFC de pacientes que procuraram atendimento em uma clínica

particular de Radiologia da cidade de João Pessoa, entre janeiro e dezembro de 2015. O

critério de inclusão adotado foi filmes que incluíssem no campo de visão a maxila. As

imagens foram avaliadas, simultaneamente, por dois examinadores calibrados. A média

de idade dos pacientes foi de cinquenta anos, com idades variando entre nove e 86 anos,

sendo 59,5% dos exames de pacientes do sexo feminino e 40,5% do sexo masculino. Foi

possível observar 320 exames com achados incidentais nas vias aéreas, totalizando uma

prevalência de 79%. Os achados consistiram em hipertrofia da concha nasal (44,7%),

aumento da espessura da mucosa (44,2%), alteração sinusal unilateral (21,5%), alteração

sinusal bilateral (14,6%), desvio de septo (3%), cisto de retenção (2,7%) e sinusite (1,2%).

Conclui-se que houve uma alta prevalência de achados incidentais nas vias aéreas,

sendo de fundamental importância a análise completa do exame para um correto

diagnóstico.

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PESQUISAS

ASSOCIAÇÃO ENTRE LESÕES PERIAPICAIS E ALTERAÇÕES NO SEIO MAXILAR

POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Nathália Rodrigues Gomes, Priscila Quintino Chabot, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub,

Tânia Mara Pimenta Amaral, Cláudia Borges Brasileiro

O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre lesão periapical (LP) e alterações

no seio maxilar (ASM) por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC).

As imagens de TCFC de um serviço de radiologia odontológica foram selecionadas de

janeiro de 2013 a dezembro de 2017 e avaliadas por um único examinador previamente

calibrado. A LP foi registrada quando pelo menos um dente posterior apresentava

radiolucência ao redor do ápice radicular, indicando destruição óssea. As ASM

observadas foram: presença de cisto de retenção mucoso, pólipo sinusal, antrólito e

espessamento da mucosa acima de 3 mm. Um total de 865 seios maxilares de 560

pacientes (63% mulheres, com média de idade de 48,9 ± 16,8 anos) foi incluído no

estudo. Foi encontrado pelo menos um tipo de alteração em 62% dos seios maxilares e a

alteração mais comum foi o espessamento da mucosa acima de 3 mm (55,4%). LP foi

observada em 52% do total de seios maxilares avaliados. A proporção de seios maxilares

com algum tipo de alteração em regiões com LP foi maior do que a proporção de seios

maxilares com algum tipo de alteração em regiões sem LP. A associação entre LP e ASM

foi estatisticamente significativa (p < 0,01) Considerando as ASM separadamente, apenas

a relação entre LP e antrólito apresentou significância estatística (p < 0,01). A presença

de LP mostrou associação com ASM.

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PESQUISAS

AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA

Alile Fixina do Carmo, Roberto Luiz Souza Monteiro

A tecnologia evolui de acordo com as necessidades e dificuldades em que o homem se

depara, ao longo de sua vida. Na Odontologia, a tecnologia se faz presente no dia a dia

dos consultórios ou ambulatórios clínicos. Como exemplo, na radiologia temos as

radiografias intraorais e extraorais. O surgimento cada vez mais rápido de inovações em

Odontologia exige do cirurgião-dentista manter-se sempre atualizado e capacitado. Novas

tecnologias e materiais são constantemente desenvolvidos e disponibilizados para o

clínico, a fim de otimizar o atendimento e as técnicas, ao mesmo tempo em que se

oferece o melhor tratamento ao paciente. Este trabalho tem como objetivo apresentar os

avanços tecnológicos na Radiologia Odontológica.

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PESQUISAS

O USO DA FOTOGRAFIA DIGITAL NO PROCESSO DE RECONHECIMENTO FACIAL

Alile Fixina do Carmo, Roberto Luiz Souza Monteiro

O processo de identificação humana ou identificação biométrica consiste em diferenciar,

uma pessoa da outra, através de suas características únicas (físicas, psíquicas,

funcionais e civis). As técnicas de biometria mais citadas são: a impressão digital, retina,

pulso e reconhecimento facial. Normalmente, as áreas da face detectadas no processo de

reconhecimento são olho, nariz, boca e queixo. O projeto visa implementar o processo de

identificação forense, por meio de fotografias digitais, utilizando a visão computacional, a

fim de ser capaz de detectar e reconhecer estruturas da face. Para isso serão utilizadas

ferramentas gratuitas, como a OpenCV, linguagem de programação C, imagem retiradas

de sites como Google e redes sociais. O banco de dados será composto de 50 imagens

de 10 indivíduos. O rosto, nas fotografias, conterá as seguintes informações: os olhos e

os dentes caninos. Os algoritmos Viola-Jones e Eigenfaces servirão de base nas etapas

de detecção e reconhecimento facial.

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PESQUISAS

CTdBEM: PROTOCOLO TOMOGRÁFICO PARA AVALIAÇÃO ODONTOLÓGICA EM

HOSPITAIS UTILIZANDO BAIXA DOSE DE RADIAÇÃO

Giuliano Omizzolo Giacomini, Gabriela Salatino Liedke, Gustavo Nogara Dotto, Carlos

Jesus Pereira Haygert

Este estudo objetivou comparar as doses de radiação do novo protocolo de tomografia

computadorizada multislice de baixa dose de radiação (CTdBem) com a tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC) de FOV amplo. Foram utilizados dados de vinte

exames de TCFC (iCAT Classic; 120kVp, 3-7 mAs) e outros vinte exames de CTdBem

(Aquilion 64; 120kVp, 10 mAs), de pacientes selecionados aleatoriamente dos bancos de

dado. A média da DLP de cada exame (CTdBem e TCFC) foi comparada utilizando o

teste t. Foi observada diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre a DLP dos

protocolos estudados (CTdBem = 28,5 mGy; TCFC = 569 mGy.cm). Concluiu-se que a

dose de radiação a que o paciente está exposto durante a realização do exame

tomográfico utilizando o protocolo CTdBem é inferior à do exame de TCFC com FOV

amplo. A utilização deste protocolo poderia beneficiar a avaliação odontológica dos

pacientes em um ambiente hospitalar.

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PESQUISAS

COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E BITEWING EXTRAORAL:

AVALIAÇÃO DOS TERCEIROS MOLARES E DOSE DE EXPOSIÇÃO

Bernardo Barbosa Freire, Eduarda Helena Leandro Nascimento, Karla Faria Vasconcelos,

Deborah Queiroz Freitas, Francisco Haiter-Neto

O objetivo neste estudo foi comparar a performance da radiografia panorâmica (PAN) e

da bitewing extraoral (BWE) no diagnóstico dos terceiros molares inferiores, bem como

avaliar a dose de exposição relacionada a esses exames. Imagens de PAN e BWE de um

crânio e 20 mandíbulas foram adquiridas com o aparelho Cranex 3D, totalizando 34

terceiros molares inferiores. Os dentes foram avaliados de acordo com seu

posicionamento, relação mesiodistal com o segundo molar e relação vertical com o canal

mandibular. Imagens de tomografia cone beam foram obtidas para agir como padrão de

referência na avaliação da relação vertical. A dose de exposição da PAN e da BWE foi

medida usando dosímetros termoluminescentes e um fantoma antropomórfico. Os testes

de McNemar Bowker, ANOVA e ICC foram realizados. O posicionamento dentário não

diferiu entre os exames por imagem (p = 1,000). Embora a BWE tenha demonstrado

menor sobreposição entre as faces proximais do segundo e terceiro molares e uma

tendência de aproximação do ápice radicular com o canal mandibular, não houve

diferenças entre a BWE e a PAN na avaliação dos terceiros molares (p > 0,05). A BWE

apresentou dose de exposição maior que a PAN (p < 0,05). Em conclusão, BWE deve ser

usada com cautela na avaliação dos terceiros molares, devido à sua tendência de

aproximar os dentes e o canal mandibular. A maior dose de exposição da BWE destaca a

relevância de seguir o princípio ALADA para escolher o exame mais apropriado para cada

tarefa de diagnóstico.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DO FENÔMENO DE RETENÇÃO DE MUCO EM TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA E SUA CORRELAÇÃO COM EXTENSÕES DO SEIO MAXILAR

Barbara Cristina Anrain, Milena Bortolotto Felippe Silva

O objetivo do estudo foi avaliar imagens sugestivas de fenômeno de retenção de muco e

correlacioná-las com extensões dos seios maxilares para região anterior, alveolar e

posterior da maxila. A amostra compôs-se de 600 imagens de tomografia

computadorizada de feixe cônico, cedidas pelo Departamento de Radiologia da Faculdade

São Leopoldo Mandic – Campinas/SP. Após a coleta de dados, o odds ratio foi utilizado

para observar a relação entre a retenção de muco e as condições de seio maxilar. A

regressão logística (stepwise forward) foi usada para observar a dependência da retenção

de muco com as demais variáveis. Como resultado observou-se que 16% dos avaliados

apresentaram fenômeno de retenção de muco (1% bilateralmente; 6,8% lado direito; 8,2%

lado esquerdo). Encontrou-se extensão do seio maxilar para a região anterior em 3%,

alveolar em 14% e posterior em 64,3% dos casos. Constatou-se que a condição de

retenção de muco independe da presença ou direção de extensão do seio maxilar

(anterior, alveolar ou posterior), e não houve relação entre a patologia de fenômeno de

retenção de muco e gênero ou idade.

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PESQUISAS

VARIAÇÃO DO CANAL SINUOSO EM INDIVÍDUOS COM FISSURA DE LÁBIO E

PALATO UNILATERAL ESQUERDA

Rafaela Ferlin, Bruna Stuchi Centurion Pagin, Renato Yassutaka Faria Yaedú

O canal sinuoso (CS) emerge pela porção posterior do forame infra orbital realizando um

trajeto tortuoso lateralizado à cavidade nasal, abrangendo feixes neurovasculares,

podendo sofrer variação ao final de sua trajetória em direção ao rebordo alveolar, região

afetada nas fissuras labiopalatinas. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar em

exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) de indivíduos com fissura

de lábio e palato unilateral esquerda, tipo de fissura mais incidente, a presença de

variação na porção final do canal sinuoso. Foram analisados cinquenta exames de TCFC

do arquivo de imagens da Seção de Diagnóstico Bucal do Hospital de Reabilitação em

Anomalias Craniofaciais (HRAC-USP) para análise descritiva quanto à presença ou não

da variação. Aplicou-se previamente a análise, teste kappa para o índice de concordância

intraexaminador com intervalo de 15 dias. O resultado deste foi de 0.94. Dos 50 exames

avaliados, 90% (45/50) apresentou variação do CS para região anterior do rebordo

alveolar em pelo menos um dos lados, sendo o lado direito com 72% (36/50) e o lado da

fissura com 82% (41/50). Conclui-se que a maioria dos indivíduos da amostra apresentou

variação do CS para rebordo alveolar (região anterior palatina), devendo o profissional se

atentar para tal resultado, pois, o processo de reabilitação da fissura labiopalatina envolve

diversas cirurgias nesta região, podendo o CS ser um potencial de risco devido ao seu

feixe neurovascular.

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PESQUISAS

RELAÇÃO ENTRE A MORFOLOGIA DO ARCO DENTÁRIO E A INCLUSÃO DE

CANINOS SUPERIORES: UMA ANÁLISE POR MEIO DA TCFC

Larissa Pereira Lagos de Melo, Carolina Vieira Valadares, Joanna Martins Barbosa

Immisch, Deborah Queiroz de Freitas, Maria Luiza dos Anjos Pontual

O objetivo neste estudo foi verificar a relação entre a morfologia do arco dentário e a

inclusão de caninos superiores por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico

(TCFC). Foram avaliadas imagens de TCFC de 91 pacientes com caninos superiores

inclusos por dois examinadores simultaneamente. Foram investigados o tipo de inclusão,

a localização, a presença de reabsorção nos dentes adjacentes e o tamanho do folículo

dentário. Os formatos dos arcos foram classificados em parabólico, hiperbólico, triangular,

ovoide, redondo e quadrado. Após trinta dias, 20% da amostra foi reavaliada. Os

resultados foram analisados por meio da análise de variância (ANOVA) com teste pós-hoc

de Tukey e do teste qui-quadrado. Para a maioria d as variáveis avaliadas, não foram

encontradas diferenças estatísticas. Houve leve predominância de pacientes com arco

hiperbólico (33,3%). A inclusão mesioangular foi a mais prevalente para todos os formatos

de arco. A maioria dos caninos inclusos estavam localizados na palatina nos arcos

parabólicos e hiperbólicos. Pacientes com arcos triangulares apresentaram o maior

número de reabsorção de dentes adjacentes, além disso, foi observada correlação entre

as reabsorções e o formato do arco (p < 0,005). O tamanho do folículo também

apresentou correlação com o formato do arco (p = 0,038). Concluiu-se que a morfologia

do arco dentário pode influenciar no comportamento do canino incluso e deve ser

considerada na avaliação e tratamento de pacientes nestas condições.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES INCLUSOS POR MEIO DE

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Ernesto Domingues Bruno de Faria Júnior, Glauco Pires Alves, André Arraes Parente,

Maurício Alves de Andrade, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto Coutinho

Manhães Júnior

O presente estudo teve como objetivo relatar a prevalência das alterações radiculares de

terceiros molares inferiores inclusos, a partir da classificação de Félez-Gutierrez (1997)

modificado por Gomes et al. (2001), por meio da tomografia computadorizada de feixe

cônico (TCFC). Foram avaliados 162 terceiros molares inferiores inclusos, distribuídos em

102 tomografias escolhidas aleatoriamente e obtidas através de aparelho de TCFC da

marca comercial I-Cat TM (Hatfield, Pennsylvania, Estados Unidos). Cada tomografia

preparada no software foi inicialmente posicionada com a base da mandíbula

paralelamente ao plano horizontal, e avaliadas nos cortes axial, panorâmico, transversal e

na janela de reconstrução 3D. Para classificação do dente em relação ao canal

mandibular o método classificatório de Félez-Gutiérrez et al. (1997), modificado por

Gomes et al. (2001), notificando a presença de deflexão e estreitamento dos ápices

radiculares, ápices em ilha e ápices bífidos sobre o canal mandibular, além de desvio e

estreitamento do canal mandibular. Dos 162 dentes analisados, 11 (6,8%) apresentaram

deflexão dos ápices radiculares, igualmente à prevalência de ápices bífidos; 26 (16%)

apresentaram estreitamento dos ápices radiculares e 22 (13,6%), em ilha. O desvio do

canal mandibular ocorreu em 62 (38,3%), enquanto o estreitamento deste, em 30 (18,5%)

das situações avaliadas. Sugere-se portanto, o uso da TCFC para alcançar um preciso

diagnóstico sobre a posição dos terceiros molares inferiores inclusos, sempre que o

exame bidimensional sugerir íntima relação com o canal e feixe neurovascular alveolar

inferior, previamente à realização do procedimento cirúrgico de extração destes dentes.

Após a análise dos resultados encontrados, pôde-se concluir que das alterações

analisadas, a mais frequente foi o desvio do canal mandibular, enquanto as menos

frequentes foram, igualmente, a deflexão dos ápices e ápices bífidos.

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PESQUISAS

A INFLUÊNCIA DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO NA QUALIDADE RADIOGRÁFICA POR

MEIO DE TÉCNICAS ANALÓGICA E DIGITAIS

Glauco Pires Alves, Maurício Alves de Andrade, André Arraes Parente, Ernesto

Domingues Bruno de Faria Júnior, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto

Coutinho Manhães Júnior

Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a influência do tempo de exposição na qualidade

das radiografias periapicais analógica digitalizada e digitais, e verificar qual apresentou

melhor resultado. Para isso foram realizadas radiografias em um crânio seco articulado

que apresentava dentes pré-molares e molares em sequência. As radiografias foram

realizadas e divididas em: GA – grupo das radiografias analógicas digitalizadas (filme

radiográfico, Insight® Speed F E - Carestream Health), GD – grupo das radiografias

digitais diretas (CCD - SnapshotTM - Instrumentarium Dental) e GI – grupo das

radiografias digitais indiretas (PSP - ExpressTM - Instrumentarium Dental), e obtidas em

quatro tempos de exposição pré-programados: 0,063s; 0,08s; 0,10s e 0,125s. Com um

total de 24 radiografias, 12 para maxila e 12 para mandíbula, as imagens foram

agrupadas e impressas em duas películas radiográficas de tamanho 10 x 12 polegadas,

uma para cada arcada. Foram analisadas por 54 cirurgiões dentistas de diversas

especialidades, pós-graduandos e clínicos, por meio de um questionário em que julgaram

individualmente cada radiografia em relação à qualidade de acordo com os escores:

Ruim, Regular, Bom e Excelente. Os dados foram tabulados e aplicados os testes

estatísticos não-paramétricos de Friedman e Dunn (post hoc), kappa, Kruskal-Wallis e

Dunn (post hoc). Os resultados mostraram que não houve influência do tempo de

exposição nas classificações atribuídas para a maxila considerando o CCD (p = 0,12) e o

PSP (p = 0,25), e mandíbula CCD (p = 0,19) e PSP (p = 0,44), mas houve tendência de

maiores escores (p < 0,0001) para os tempos de exposição mais longos para a técnica

analógica em ambas arcadas. A comparação entre os sistemas utilizados mostrou que o

CCD apresentou maiores escores do que o PSP e as analógicas. Concluiu-se que o

tempo de exposição não influenciou na qualidade das imagens radiográficas obtidas para

os sistemas digitais, mas afetou nas analógicas digitalizadas, sendo a radiografia digital

direta a que apresentou o melhor resultado.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DO SEGUNDO CANAL NA RAIZ MÉSIO-BUCAL DOS

MOLARES SUPERIORES POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE

FEIXE CÔNICO

Maurício Alves de Andrade, Glauco Pires Alves, André Arraes Parente, Ernesto

Domingues Bruno de Faria Júnior, Alessandra Maria Machado Daniel, Luíz Roberto

Coutinho Manhães Júnior

Este estudo teve por objetivo avaliar a prevalência de segundos canais mesiobucais

(MB2) em molares superiores, exceto terceiros, quanto a sua localização na raiz

mesiovestibular, em pacientes que se submeteram a tomografia computadorizada de feixe

cônico para procedimento de diagnóstico por motivos diversos. Foram analisadas 814

imagens tomográficas obtidas por meio do tomógrafo i-Cat (Imaging Sciences

International, Hatfield, PA, USA), sob mesmo protocolo e parâmetros de FOV e Voxel,

associando idade, gênero e lado. Observou-se os cortes tomográficos em MPR,

realizando inclinações e mudanças de orientação de acordo com o posicionamento da

raiz mesiovestibular. Ademais, foram analisados e identificados todos os MB2 que

apresentassem segundo ponto hipodenso nas raízes mesiovestibulares dos cortes axiais

examinados. As imagens foram avaliadas pelo próprio pesquisador com experiência em

tomografia, que analisou de forma padronizada a presença do canal MB2. Os resultados

foram tabulados e analisados estatisticamente, descritos em forma de porcentagens. A

maioria dos exames avaliados foram de pacientes do sexo feminino 500 (61,4%) com

idade (média ± desvio padrão) foi de 48 ± 13,8 anos e para os homens 44,9 ± 16,2 anos.

De acordo com as variáveis analisadas (gênero, idade e lado) observou-se uma maior

prevalência do canal MB2 nos primeiros molares superiores 432 (53,1%) do que nos

segundos molares 341 (41,9), não havendo diferenças estatisticamente significantes entre

os dois lados para os primeiros (p=0,99) quanto para os segundos molares (p=1,0). A

idade dos pacientes que apresentavam o canal MB2 foi significativamente menor

(p < 0,0001) do que aqueles que não apresentavam. Os primeiros molares, esquerdos e

direitos, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes (p > 0,05) entre os

sexos, porém os homens manifestaram duas vezes mais segundos canais MB2 nos

segundo molares do que as mulheres. Concluiu-se que a prevalência do canal MB2 pode

sofrer influência quanto a idade do indivíduo e para o sexo e lado em algumas situações.

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PESQUISAS

UTILIZAÇÃO DE SMARTPHONE NO DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO: ACURÁCIA

PARA DETECÇÃO DE DESADAPTAÇÃO PROXIMAL DE RESTAURAÇÕES

Giuliano Omizzolo Giacomini, Carolina Antonioli, Camila Tiburcio Machado, Mathias Pante

Fontana, Gabriela Salatino Liedke

Este estudo objetivou comparar a acurácia diagnóstica de imagens radiográficas

convencionais na detecção de desadaptação proximal avaliadas por três ferramentas:

negatoscópio padrão, aplicativo para smartphone (Negatoscope®) e digitalizadas no

smartphone. Quarenta dentes com restaurações metálicas MOD (uma perfeitamente

adaptada ao preparo e outra com gap proximal de 0,4 mm) foram radiografados com o

filme Kodak Insight. Os filmes radiográficos (n = 80) foram randomizados e armazenados

em cartelas plásticas e também digitalizados por meio da câmera de smartphone e

compartilhadas via WhatsApp. As imagens foram analisadas em três momentos distintos:

negatoscópio padrão, aplicativo para smartphone (Negatoscope®) e t ela do smartphone.

Três examinadores avaliaram todas as radiografias (n = 180), nas três ferramentas, para

diagnóstico de desadaptação proximal, utilizando escala dicotômica (sim/não). Foram

calculados valores de sensibilidade, especificidade e acurácia para cada examinador e

cada meio de visualização; as concordâncias inter- e intraexaminadores foram avaliadas

utilizando teste Kappa. A reprodutibilidade foi > 0,8 para todos os métodos. A acurácia do

diagnóstico foi semelhante para as três ferramentas de avaliação: negatoscópio padrão

(0,886 ± 0,911), Negatoscope® (0,759 ± 0,899) e Smartphone (0,823 ± 0,873). Concluiu-

se que a utilização de smartphones se apresenta como uma alternativa para avaliação

radiográfica e compartilhamento de informações.

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PESQUISAS

EFEITO DA COMPENSAÇÃO AUTOMÁTICA DE EXPOSIÇÃO SOBRE O

DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DE CÁRIES PROXIMAIS

Eduarda Helena Leandro Nascimento; Neiandro dos Santos Galvão; Hugo Gaêta-Araujo;

Deborah Queiroz Freitas; Francisco Haiter-Neto; Matheus Lima Oliveira

Este estudo objetivou investigar a influência da compensação automática de exposição no

diagnóstico radiográfico de lesões de cárie proximal na presença de materiais de alta

densidade na região radiografada. Além disso, objetivou-se avaliar o efeito do pós-

processamento adicional das imagens nesta tarefa de diagnóstico. Quarenta dentes

posteriores foram radiografados aos pares com os sistemas Digora Toto® e Digora

Optime® utilizando um fantoma para simular clinicamente a técnica interproximal.

Posteriormente, um implante de titânio com uma coroa protética foi inserido no fantoma e

as aquisições foram repetidas, gerando um total de 80 radiografias Cinco radiologistas

avaliaram as imagens e indicaram a presença das lesões de cárie proximal utilizando uma

escala de 5 pontos. Essa avaliação foi repetida com o uso de pós-processamento de

imagem (ajuste de brilho e contraste). As lesões de cárie foram confirmadas por meio de

micro-CT. Acurácia, sensibilidade, especificidade e valores preditivos foram calculados e

comparados para cada sistema radiográfico utilizando o teste ANOVA (α = 0,05). A

presença de material de alta densidade e o uso de pós-processamento de imagens não

influenciaram significativamente (p > 0,05) o diagnóstico das lesões de cárie proximal

para o sistema Digora Toto®. Para o Digora Optime®, o pós-processamento de imagens

aumentou significativamente (p < 0,05) a acurácia de diagnóstico na presença de material

de alta densidade. Concluiu-se que a presença de materiais de alta densidade não

influencia a acurácia de diagnóstico das lesões de cárie proximal. No entanto, quando

materiais de alta densidade estão presentes na região radiografada, o ajuste do brilho e

contraste das imagens é recomendado para o sistema Digora Optime®.

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PESQUISAS

O CANAL GUBERNACULAR PODE SINALIZAR UM PROCESSO ANORMAL DE

ERUPÇÃO

Hugo Gaêta-Araujo, Matheus Bronetti da Silva, Camila Tirapelli, Deborah Queiroz de

Freitas, Christiano de Oliveira-Santos

Foi objetivo deste estudo avaliar e comparar a taxa de detecção do canal gubernacular

(CG) e características imaginológicas do CG em dentes em processos normal e anormal

de erupção, em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A

amostra foi composta por exames de TCFC de 159 pacientes que continham dentes

intraósseos (n = 598), classificados de acordo com sexo e idade (idade média de 17,2

anos). Cada dente foi classificado de acordo com grupo dentário e avaliado quanto ao

status de erupção (normal, atrasado ou impactado) e detecção do CG. Quando detectado,

o CG foi classificado de acordo com sua abertura no rebordo ósseo, altura, localização

vestíbulo-lingual e mesiodistal em relação ao folículo dentário, e sua forma. A amostra

final consistiu em 423 dentes em processo normal de erupção, 140 dentes impactados e

35 dentes com atraso de erupção, com taxa de detecção do CG em 90,6% da amostra,

significativamente maior entre pré-molares e molares superiores e pré-molares inferiores,

em relação aos demais grupos. As taxas de detecção do CG para os dentes em processo

normal de erupção, impactados e com atraso foram 94,1%, 87,1% e 62,9%,

respectivamente. A ligação do CG em região cervical e central do folículo dentário foi

associada com o status de erupção anormal. Os resultados do presente estudo sugerem

que características do CG podem sinalizar um processo eruptivo anormal.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE FILTROS DIGITAIS NA QUANTIFICAÇÃO DE

ARTEFATOS METÁLICOS ASSOCIADOS A IMPLANTES DENTÁRIOS

Alessiana Helena Machado, Vanessa Maia Zaidan, Karolina Aparecida Castilho Fardim,

Karina Lopes Devito

O objetivo do presente trabalho foi avaliar em imagens de tomografia computadorizada de

feixe cônico (TCFC) a influência da aplicação de filtros digitais na quantificação de

artefatos metálicos associados a implantes dentários. Foram selecionadas 64 imagens de

implantes dentários e mensuradas as quantidades de artefatos em três cortes axiais

(apical, médio e sagital) de cada implante. Posteriormente, filtros digitais foram aplicados

com a finalidade de melhoramento das imagens (Smooth e Sharpen). Após a aplicação

dos filtros, os artefatos metálicos presentes nas imagens foram novamente quantificados.

Para comparar as imagens com e sem filtros foram aplicados os testes de Kruskal-Wallis

e Student-Newman-Keuls. Os resultados mostraram que o filtro Sharpen sempre produziu

mais artefatos. Já os menores valores de artefatos foram associados às imagens tratadas

com filtro Smooth, no entanto, em apenas metade das regiões avaliadas esses valores

foram estatisticamente menores quando comparados com os artefatos gerados pelas

imagens originais (sem filtro). O uso da imagem tomográfica original continua sendo a

melhor opção no acompanhamento de implantes, uma vez que o tempo de

processamento da imagem não será aumentado e a quantidade de artefatos não é tão

significativamente maior do que a gerada pelo filtro Smooth.

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PESQUISAS

A INFLUÊNCIA DA TCFC NO DIAGNÓSTICO E TOMADA DE DECISÃO

TERAPÊUTICA EM TERCEIROS MOLARES INFERIORES

Ana Márcia Viana Wanzeler, Adriana Corsetti, Henrique Timm Vieira, Heraldo Luis Dias

da Silveira, Mariana Boessio Vizzotto

Este estudo objetivou avaliar a influência da tomografia computadorizada de feixe cônico

(TCFC) entre especialistas de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial no diagnóstico

por imagem de terceiros molares inferiores, decisão terapêutica, assim como o grau de

confiabilidade do profissional. A amostra foi composta por 12 profissionais especialistas,

com diferentes tempos de prática clínica. Foram selecionados trinta casos contendo

radiografias panorâmicas e imagens de TCFC do mesmo paciente, seguindo os critérios

de inclusão: terceiros molares com formação radicular completa, proximidade com o canal

mandibular e ausência de patologia relacionada ao dente. Foram elaborados dois

questionários separados, um para cada fase de avaliação, no Google Docs. No primeiro

questionário a descrição clínica do caso e a radiografia panorâmica, seguida das

questões. Após trinta dias, o segundo questionário foi disponibilizado com as

reconstruções multiplanar tomográfica. A TCFC influenciou de forma significativa a

mudança de diagnóstico e a confiabilidade dos profissionais (p < 0,01). A decisão

terapêutica para tratamento cirúrgico do terceiro molar inferior não foi influenciada pelo

exame de imagem, porém, o nível de dificuldade da cirurgia antes da TCFC era complexa,

passou a ser moderada (p < 0,01). Concluiu-se que a TCFC influencia a mudança de

diagnóstico e a confiabilidade dos profissionais, mas não na tomada de decisão

terapêutica. Foi observado a mudança do grau de dificuldade da cirurgia quando usado o

exame de TCFC.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA A SOLICITAÇÃO DE EXAMES RADIOGRÁFICOS

EM ODONTOPEDIATRIA

Beatriz Ribeiro Ribas, Andréa dos Anjos Pontual, Caio Belém Rodrigues Barros Soares,

Danyel Elias Cruz Perez, Flávia Maria Moraes Ramos-Perez

O exame radiográfico é um exame complementar importante que guia o cirurgião-dentista

no correto diagnóstico, planejamento do tratamento e proservação de distúrbios e lesões

que acometem o complexo bucomaxilofacial. Apesar de as radiografias odontológicas

estarem associadas a uma baixa dose de radiação é imprescindível a observação da

relação risco-benefício do exame, além do seguimento das normas de radioproteção. Este

trabalho teve como objetivo analisar os critérios utilizados pelos odontopediatras nas

solicitações de exames por imagens. Para isso foi aplicado um questionário, contendo

treze questões objetivas e realizado com 78 cirurgiões-dentistas especialistas em

Odontopediatria, do município de Recife-PE. Posteriormente, os dados foram tabulados e

submetidos à análise estatística descritiva. Foi possível observar que 51,3% dos

profissionais não realizam exames radiográficos antes do exame clínico. As radiografias

panorâmicas são solicitadas em crianças a partir de sete anos por 76,5% dos

odontopediatras. E a radiografia panorâmica é utilizada por 71% dos profissionais para o

diagnóstico de dentes supranumerários. É possível concluir que a maioria dos

odontopediatras segue algum critério para a realização de exames radiográficos em

crianças, os quais estão de acordo com a literatura atual, entretanto muitos aspectos

ainda precisam ser alcançados para que haja uma maior radioproteção e justificativa para

realização do exame.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE CALCIFICAÇÃO DA ARTÉRIA CARÓTIDA EM

RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS DIGITAIS

Chrystiani Souza Paiva Capelli, Isabela Melo Martins, Breno Cherfên Peixoto

A calcificação em tecidos moles é um fenômeno que ocorre no organismo e faz parte da

bioquímica do ser. Esse fenômeno pode ser observado em radiografias panorâmicas que

é um exame complementar da Odontologia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a

ocorrência de ateromas em radiografias panorâmicas digitais e confirmar a importância do

diagnóstico radiográfico na prevenção de alterações vasculares como acidente vascular

encefálico. A metodologia empregada utilizou uma amostra composta por 300 radiografias

panorâmicas digitais escolhidas de acordo com a faixa etária, acima de quarenta anos.

Para avaliar a ocorrência de calcificação da artéria carótida foram empregadas

estatísticas descritivas com a construção de tabelas e gráfico s de frequência, e para

relacionar a ocorrência de acordo com o sexo, idade e lateralidade foi empregado o teste

de qui-quadrado ao nível de significância de 5%. O presente estudo revelou que em

relação ao gênero a predominância foi do gênero feminino sobre o masculino. Em relação

à faixa etária houve maior prevalência de calcificação na faixa etária entre 61 e 70 anos. A

análise também demonstrou maior incidência do lado direito quando comparado ao lado

esquerdo. Além disso, os resultados demonstraram que a incidência de calcificação

bilateral da artéria carótida é menor, em relação à incidência unilateral. Pode-se concluir

com este trabalho que a técnica radiográfica panorâmica digital mostrou-se eficaz na

avaliação da calcificação da artéria carótida.

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PESQUISAS

RECURSO DA MESA DIGITAL ANATÔMICA NO PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM DE CONTEÚDOS RELATIVOS À ANATOMIA DA ATM

Cintia Rejane da Silveira de Mello, Chelin Auswaldt Steclan, Leandro Henrique Grecco,

Paulo Eduardo Miamoto Dias, Luciana Butini Oliveira

O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto e aceitação de estudantes sobre a mesa

digital anatômica no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos da ATM. A pesquisa

foi realizada nas atividades da disciplina de Anatomia no curso de Medicina da UNC. Dos

32 estudantes iniciais, 24 tiveram aula teórica expositiva sobre os constituintes da ATM,

aspectos anatômicos e funcionais. A seguir, foi ministrada a parte prática com aula com

peças anatômicas de suíno e instruções na mesa digital anatômica de dissecção virtual

(CSANMEK Tecnologia, Modelo PL-01), destacando estruturas anatômicas e vídeos da

ATM. Avaliações de conteúdo (pré e pós-teste) e pós-teste de satisfação foram aplicadas

para avaliar o desempenho e aceitação dos participantes. Os dados (T0, T1, T2 e T3)

foram analisados descritivamente e submetidos ao teste t de Student. Quando os

resultados do pré-teste (T0) e pós-testes (T1, T2, T3) foram comparados, ambos os

grupos tiveram desempenho superior e houve diferença estatisticamente significante

apenas no T3 (p = 0,03). Quanto à aceitação do recurso, a maioria dos estudantes

(96,8%) relatou que a mesa digital anatômica ajudou no entendimento dos conteúdos da

aula teórica. Além disso, 77,4% afirmaram que o uso da mesa digital motivou o interesse

pelo estudo. Pode-se concluir que a mesa anatômica digital auxiliou a sanar dúvidas e

motivou os estudantes para o estudo da ATM, sendo um recurso eficiente para o

processo de ensino aprendizagem de imagens anatômicas.

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PESQUISAS

ANÁLISE DA RADIOPACIDADE DE RESINAS COMPOSTAS POR MEIO DE SISTEMA

RADIOGRÁFICO DIGITAL

Daphne Azambuja H de Aquino, Luiz Roberto C. Manhães, Angela Fernandes

O objetivo deste estudo foi avaliar a radiopacidade de quatro resinas compostas por meio

do sistema digital radiográfico indireto (PSP). Foram confeccionadas quatro placas de

acrílico com quatro orifícios padronizados. As quatro resinas (Z100, Z250, Z350, Tetric N

Ceram) foram inseridas e compactadas individualmente nos orifícios das placas. Para

comparação dos valores de densidade optica das imagens digitais e leitura da escala

dinâmica, foi usada uma escala de alumínio com 9 degraus de 1 mm cada e obtidas 2

radiografias de cada grupo para que a radiopacidade pudesse ser comparada. Foi

utilizado aparelho radiográfico intraoral de alta frequência sob o mesmo protocolo de

aquisição. Após a exposição das placas ao Raio-x, a PSP levada a um escâner de

processamento, para leitura. Obtidos histogramas dos níveis de cinza e suas

representações numéricas, as imagens obtidas foram exportadas no formato JPG ao

programa Image J. As 384 leituras foram realizadas em 3 datas diferentes com intervalos

de 15 dias. Resultado indicou ICC = 0.9972 e p < 0,0001. A resina Tetric N Ceram

registrou a maior radiopacidade, mas as demais apresentaram radiopacidade dentro dos

parâmetros da ISO 4049. Pode-se concluir que existe diferença de radiopacidade entre as

resinas estudadas, mas que todas estavam dentro dos parâmetros aceitáveis.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA IMPACTAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES: UMA

COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA

Eduarda Helena Leandro Nascimento, Danieli Moura Brasil, Hugo Gaêta-Araujo,

Christiano Oliveira-Santos, Solange Maria de Almeida

O objetivo neste estudo foi comparar os achados da radiografia panorâmica (RP) e

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) relacionados à avaliação da

impactação de terceiros molares inferiores, seguindo a classificação de Pell e Gregory.

Imagens de RP e TCFC de 313 terceiros molares inferiores foram avaliadas por dois

radiologistas quanto à impactação dentária usando a classificação de Pell e Gregory.

Além de considerar a posição dentária em relação ao plano oclusal e ao ramo ascendente

da mandíbula, a linha oblíqua externa foi investigada como um possível marco anatômico

mais confiável para predizer a impactação na RP. O teste de McNemar-Bowker foi

utilizado para análise estatística (p = 0,05). A classificação da impactação em relação ao

plano oclusal não diferiu entre a RP e a TCFC (p = 0,116). Em relação ao ramo

mandibular, porém, a TCFC mostrou um número significativamente maior de casos em

que há espaço suficiente para acomodação dentária em relação à RP (p < 0,001). A

concordância entre as duas modalidades foi 87,26% em relação ao plano oclusal, e variou

de 66,8% a 76,4% para a classificação relacionada ao ramo mandibular, considerando,

respectivamente, o ramo ascendente e a linha oblíqua externa como referência na RP.

Em conclusão, a classificação da impactação dentária em relação ao plano oclusal na RP

foi semelhante àquela baseada nas imagens de TCFC. No entanto, a RP tende a

subestimar o espaço para a acomodação dos terceiros molares em relação à TCFC.

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PESQUISAS

PREVALÊNCIA DE CALCIFICAÇÕES DE TECIDOS MOLES EM EXAMES DE

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Elaine Cristina de Carvalho Beda Corrêa de Araújo, Vandeberg Diniz, Sérgio Lúcio Lopes,

Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior, Estela Kaminagakura Tango

Este trabalho objetivou estudar por meio de imagens de tomografia computadorizada de

feixe cônico (TCFC) a prevalência de calcificações em tecidos moles da região cérvico-

facial. Material e método: foram avaliados 210 exames de TCFC pertencentes ao arquivo

da disciplina de Radiologia do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual

Paulista (ICT – UNESP) com campo de visão (FOV) de 16x13 cm e voxel de 0,25 mm. Os

exames foram avaliados por um examinador previamente treinado, no software ICAT

Vision (Imaging Science International, Hatfield, PA, Estados Unidos da América) na tela

correspondente as vistas em MPR (reconstruções multiplanares), em cortes coronais,

axiais e sagitais. Foram avaliadas as seguintes calcificações e ossificações: tonsilolitos,

sialolitos, calcificação do complexo estiloide, ateromas da carótida calcificados,

calcificações nas cartilagens laríngeas e nódulos linfáticos calcificados. Os achados foram

tabulados, juntamente como os dados relativos ao gênero e faixa etária dos indivíduos. A

calcificação do complexo estiloide foi a mais frequente na amostra estudada em ambos os

sexos, seguida da presença de tonsilolitos, não foram encontrados casos de osteoma

cútis e nódulos linfáticos calcificados.

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PESQUISAS

ARTEFATOS EM TOMOGRAFIAS DE DENTES BIRRADICULARES COM

DIFERENTES MATERIAIS INTRACANAIS E PARÂMETROS DE EXPOSIÇÃO

Elisa Diniz de Lima, Ana Priscila Lira de Farias Freitas, Fernanda Clotilde Mariz

Suassuna, Patrícia Meira Bento, Daniela Pita de Melo

Este estudo avaliou objetivamente os artefatos formados por diferentes materiais

intracanais em dentes birradiculares, utilizando diferentes parâmetros de exposição em

tomografias computadorizadas de feixe cônico. Estudo ex vivo, realizado em 15 pré-

molares birradiculares, escaneados sem material intracanal e com seis combinações de

materiais intracanais na raiz vestibular e palatina (Guta-percha, Whitepost®, Reforpost®,

núcleos metálicos fundidos) e cinco parâmetros de exposição (2,5 mA, 4 mA, 6,3 mA,

8 mA e 12 mA). Os volumes foram analisados e dois cortes axiais foram exportados para

o Image J®. As áreas de artefatos hipodensos, hiperdensos e imagem dental preservada

foram quantificadas com a ferramenta Treshold®. Os dados foram analisados no software

Statistica® (v. 13.3), realizando o teste honesto de Tukey, análise de correlação e análise

por componentes principais. Na análise inferencial, o metal e o whitepost em ambas as

raízes apresentaram as maiores e menores médias de artefatos hipodensos e

hiperdensos, respectivamente. Pinos metálicos, escaneados a 12 mA, apresentaram mais

artefatos hiperdensos e hipodensos. Whitepost® e Reforpost® em ambas as raízes,

escaneados a 2,5 mA, apresentaram menos artefato hipodenso. Imagens de 2,5 mA

diferiram estatisticamente das imagens de 12 mA para as variáveis do estudo avaliadas.

Parâmetros de exposição mais baixos apresentam menos artefatos. Pinos de fibra de

vidro são uma alternativa aos pinos metálicos com menor formação de artefatos.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO VOLUMÉTRICA DE TÉCNICAS DE OBTURAÇÃO POR

MICROTOMOGRAFIA

Fernanda Clotilde Mariz Suassuna, Antonio Celso Dantas Antonino, Daniela Pita de Melo,

Ana Marly Araújo Maia, Patrícia Meira Bento

Objetivou-se quantificar o volume dos materiais obturadores e espaços vazios decorrente

de diferentes técnicas de obturação. Foram utilizados 45 dentes unirradiculares com

condutos redondos, instrumentados com sistema Reciproc® e obturados por três técnicas

obturadoras: condensação lateral (CL), compactação termomecânica (TM) e cone único

(CU). Após obturação, as amostras foram escaneadas no microtomógrafo NIKON®, XTEK

XT-H 225 ST, com fonte de 225 kV, utilizando os parâmetros de 80 kV de tensão, 222. A

de corrente, sem filtro e com resolução 11 µm. A reconstrução volumétrica foi processada

por segmentação de volumes com base na densidade da guta-percha, cimento e espaços

vazios, por meio de ferramentas do software Image J®. A técnica de obturação por TM

apresentou o maior volume de guta-percha (p = 0,011) com média de 67,27 ± 25,61 mm3,

e consequentemente o menor volume de cimento (p < 0,001) com média 12,11 ±

4,76 mm3, com a maior concentração no terço apical (59,62% ± 17,82%). Com relação ao

volume de vazios a técnica CL obteve maior média (29,91±15,37 mm3) tendo o terço

apical resultado estaticamente significante em volume de vazios (p = 0,012) com média

de 6,89 ± 2,83 mm3 correspondendo a 24,41% ± 8,25% do total de espaços vazios.

Concluiu-se que um maior volume de espaços vazios foi encontrado na técnica de

condensação lateral. A técnica de condensação termomecânica levou a uma massa

obturadora com maior volume de guta-percha e menor volume de cimento em

comparação as outras técnicas.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DE NÓDULOS PULPARES EM DENTES DECÍDUOS DE TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Genielle Luiza Pereira, Tais de Souza Barbosa, Fabíola Galbiatti de Carvalho Carlo,

Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro

Nódulos pulpares podem afetar a fisiologia pulpar e levar ao desenvolvimento de

patologias periapicais. Quando na dentição decídua, podem afetar o desenvolvimento da

dentição permanente. De etiologia pouco esclarecida, são normalmente identificados

como achados em radiografias intrabucais, com prevalência variável. Há relatos de sua

associação com algumas alterações sistêmicas, o que ressalta a importância de sua

detecção precoce, como marcadores preditivos dessas alterações. Com este propósito, a

avaliação tridimensional proporcionada pela tomografia computadorizada de feixe cônico

(TCFC) surge como alternativa promissora. Baseado na classificação de Satheeshkumar

et al. (2013), foi realizado estudo transversal retrospectivo em TCFC de nove pacientes,

entre 7 e 10 anos de idade, totalizando 43 dentes decíduos que atendiam aos critérios de

inclusão. Foi encontrada prevalência de 46,5% de nódulos pulpares nos dentes avaliados.

Os molares decíduos foram os dentes mais afetados (51,85%). Os nódulos situados nas

câmaras pulpares foram os mais frequentes (Tipo I = 45% e Tipo IA = 20%). A alta

resolução e a avaliação tridimensional da TCFC possibilitaram a detecção de nódulos

pulpares na dentição decídua, com maior prevalência em comparação com outros

estudos.

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PESQUISAS

EFEITO DE AJUSTES DE BRILHO E CONTRASTE NA DETECÇÃO DE

REABSORÇÕES RADICULARES EM RADIOGRAFIA DIGITAL

Hugo Gaêta-Araujo, Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Larissa Moreira de Souza,

Christiano de Oliveira-Santos, Deborah Queiroz de Freitas

O objetivo deste estudo foi avaliar a performance de radiografias digitais periapicais com

diferentes ajustes de brilho e contraste na detecção de reabsorções radiculares interna

(RRI) e externa (RRE) e avaliar a preferência dos avaliadores com relação a qualidade

subjetiva da imagem. Trinta dentes unirradiculares foram divididos em dois grupos (n=15):

RRI, no qual foram simuladas lesões por método mecânico-químico; e RRE, no qual

cavidades padronizadas com diferentes tamanhos foram realizadas nas superfícies dos

dentes. Após a aquisição das imagens radiográficas digitais, quatro ajustes de brilho e

contraste foram realizados, resultando em cinco diferentes imagens (V1 a V5). As

imagens foram analisadas por cinco avaliadores. A preferência dos avaliadores para

qualidade da imagem também foi avaliada. Não houve diferenças estatisticamente

significantes para a acurácia e especificidade nas cinco variações propostas, (p > 0,05)

para ambas condições. A sensibilidade para RRE foi significantemente menor para a V4

(+15% brilho, -15% contraste) nas maiores lesões (p < 0,05). Os avaliadores classificaram

V2 (-15% brilho, +15% contraste) como a melhor imagem para avaliação de RRI e RRE.

Para ambas RRI e RRE, os ajustes de brilho e contraste não afetaram o diagnóstico. A

preferência subjetiva dos avaliadores foi para imagens com uma diminuição do brilho e

aumento do contraste.

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PESQUISAS

ESTUDO DA CORRELAÇÃO DO CANAL MANDIBULAR E O TIPO FACIAL POR MEIO

DE TCFC

Isaura Cristina Senna de Oliveira, José Luiz Cintra Junqueira, Milena Bortolotto Felippe

Silva, Ricardo Raitz

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a correlação entre a morfologia do canal mandibular

e o tipo facial, usando a TCFC. O conhecimento da anatomia do canal mandibular e suas

variações é de suma importância, evitando possíveis lesões do nervo alveolar inferior,

durante procedimentos odontológicos. O reconhecimento dos diferentes padrões faciais é

relevante, para o planejamento do tratamento, em diversas áreas clínicas, pois a simetria,

tamanho e forma das estruturas craniofaciais variam de acordo com o biótipo facial.

Foram examinados 90 pacientes que realizaram TCFC com FOV estendido, obtidos no

banco de dados do departamento de Radiologia e Imaginologia da Faculdade São

Leopoldo Mandic, Campinas-SP. A amostra foi composta por trinta pacientes dolicofacial,

trinta braquifacial e trinta mesofacial. As tomografias foram adquiridas em tomógrafo I-

Cat® (Imaging Science, Hatfield, PA). Foi utilizado o programa Dolphin® Imaging 11.0 para

obtenção do traçado cefalométrico tridimensional e classificação dos tipos faciais. Os

resultados demonstraram que a amostra obtida foi homogênea em relação ao sexo. A

proporção de pacientes com canal mandibular bífido na amostra foi pequena (14,4%).

Quando o canal bífido estava presente, não houve predominância de um lado mais

afetado que outro, nem influência pelo sexo do paciente. De uma forma geral, o tipo facial

não afeta a presença ou o tipo de canal bífido.

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PESQUISAS

QUANTIFICAÇÃO DE ARTEFATOS METÁLICOS PRODUZIDOS POR IMPLANTES EM

TCFC OBTIDAS COM DIFERENTES PROTOCOLOS DE AQUISIÇÃO

Karolina Aparecida Castilho Fardim, Alessiana Helena Machado, Vanessa Maia Zaidan,

Neuza Maria Souza Picorelli Assis, Karina Lopes Devito

O objetivo do trabalho foi quantificar, em imagens tomografia computadorizada de feixe

cônico (TCFC) obtidas com diferentes protocolos, os artefatos metálicos produzidos por

implantes de titânio instalados em diferentes regiões da mandíbula. Implantes foram

instalados em quatro diferentes regiões (incisivo, canino, pré-molar e molar) de um

phamtom e submetidos a exames de TCFC com variação da posição do objeto no interior

do FOV (central, anterior, posterior, direita e esquerda), variação do FOV (6x13 e

12x13 cm) e do voxel (0,25 e 0,30 mm). Um corte axial da região cervical de cada

implante foi selecionado para quantificação. Os testes de Kruskal-Wallis e Student-

Newman-Keuls foram utilizados para comparação das regiões d os dentes e as diferentes

posições do phantom dentro do FOV. O teste de Wilcoxom foi utilizado para comparar a

variação de tamanho do FOV e voxel. O teste ANOVA fatorial para avaliar a interação

entre as variáveis do estudo. A região de incisivo apresentou maior quantidade de

artefatos, comparado a outras regiões (p = 0,0315). Não houve diferença significativa ao

variar a posição do phantom dentro do FOV (p = 0,7418). O FOV menor produziu mais

artefatos (p < 0,0001). Ao comparar as imagens produzidas com diferentes resoluções, o

menor voxel produziu mais artefatos (p < 0,0001). Os artefatos metálicos sofrem influência

do tamanho do FOV e do voxel, além da região anatômica. A variação da posição do

phantom no interior do FOV não alterou a quantidade de artefatos.

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PESQUISAS

INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS RADIOGRÁFICOS DIGITAIS NA AVALIAÇÃO DO

TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE DENTES DECÍDUOS

Larissa Pereira Lagos de Melo, Guilherme Fantini Ferreira, Mariana Rocha Nadaes,

Fernanda Miori Pascon, Deborah Queiroz de Freitas

O objetivo neste estudo foi comparar a qualidade das imagens de três sistemas

radiográficos periapicais digitais quando utilizadas na avaliação da obturação de dentes

decíduos. Para isso, 25 dentes bovinos foram tratados e obturados com cinco materiais

utilizados em dentes decíduos e radiografados em três sistemas digitais: VistaScan®,

Express® e SnapShot®. A avaliação da qualidade das imagens foi realizada de maneira

subjetiva por dois examinadores em consenso, considerando a homogeneidade e

selamento apical dos condutos radiculares. Como padrão de referência, os dentes foram

escaneados em um aparelho de microtomografia computadorizada (micro-CT). Os

resultados foram comparados por meio do teste de Friedman e a concordância

intraexaminador por meio do teste Kappa. Os sistemas radiográficos não diferiram entre si

quanto à avaliação da homogeneidade das obturações (p = 0,573). No entanto,

considerando o selamento apical, os sistemas também não diferiram entre si, mas o

Vistascan® e Express® diferiram do padrão de referência (p = 0,0127), sendo o Snapshot

o único que não diferiu do padrão de referência adotado. Concluiu-se que os sistemas

radiográficos digitais podem influenciar na avaliação da qualidade do tratamento

endodôntico de dentes decíduos e, dentre os sistemas avaliados, o SnapShot® é o mais

indicado para essa avaliação.

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PESQUISAS

VALIDAÇÃO DE NOVO ÍNDICE PERIAPICAL E DE QUALIDADE DO TRATAMENTO

ENDODÔNTICO E SUA CORRELAÇÃO COM ALTERAÇÕES SINUSAIS

Lílian Azevedo de Souza Nunes, Lucas de Paula Lopes Rosado, Rafael Binato Junqueira,

Antônio Carlos Pires Carvalho, Francielle Silvestre Verner

O objetivo foi validar uma nova escala de condição periapical e qualidade do tratamento

endodôntico para dentes posteriores tratados endodonticamente, bem como correlacionar

a classificação com a presença de alterações sinusais (AS). Foram analisados 631 dentes

posteriores em exames de tomografia computadorizada de feixe cônico. A qualidade do

tratamento endodôntico foi analisada de acordo com o comprimento da obturação,

homogeneidade, selamento coronário e a presença de complicações. As alterações

periapicais foram classificadas de acordo com seu tamanho, relação com as raízes e

localização da destruição óssea. Os seios maxilares foram avaliados em normal; com

espessamento mucoso; pólipo sinusal; pseudocisto antral; opacificação inespecífica;

periostite; e antrólito. Um modelo de regressão misto foi aplicado. Correlações entre AS

com fraturas e dentes com lesão periapical foram significativas, com Odds Ratio (OR) de

2.63 e 1.92, respectivamente. O efeito da lesão periapical na AS foi significativo para os

primeiros molares (OR: 15.62) e segundos molares (OR: 17.20). Quanto maior a lesão,

mais raízes envolvidas e maior a destruição óssea mais significativamente estavam

relacionadas com às AS. Dentre as AS, a periostite mostrou resultado significativo quando

as condições periapicais estavam alteradas. A nova classificação proposta foi validada e

sua utilização possibilita a identificação mais acurada de quais fatores endodônticos estão

comumente relacionados à presença de AS.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DOS ARTEFATOS FORMADOS POR NÚCLEOS

METÁLICOS: UM ESTUDO POR TCFC

Martina Gerlane de Oliveira Pinto, Ana Priscila Lira Farias Freitas, Patrícia Meira Bento,

Ana Marly Araújo Maia, Daniela Pita de Melo

Estudo objetivou-se avaliar quantitativamente os artefatos formados por dois tipos de

núcleos metálicos fundidos por meio da Tomografia Computadorizada de feixe cônico

(TCFC). Para isto, foi elaborado um estudo experimental in vitro, com 20 pré-molares

inferiores humanos, divididos em dois grupos: Grupo Ni-Cr – 10 dentes que receberam os

núcleos de Níquel-Cromo; Grupo Ag-Pd – 10 dentes com núcleos de Prata-Paládio; e por

dois dentes extras (um de cada liga). As amostras foram posicionadas em um crânio seco

dentado encerado e imerso em água para simular a condição clínica. Todos os dentes

foram escaneados vazios, com os núcleos metálicos (condição intracanal) e em duas

condições orais: 1) Simples - um dente da amostra e 2) Dupla - o dente da amostra e um

dente extra. As amostras foram escaneadas usando o tomógrafo CS 9000 3D com dois

parâmetros de exposição: 85 kV 6,3 mA e 85 kV 10 mA. A análise quantitativa foi

realizada por um observador treinado, utilizando o software ImageJ. Para a análise

quantitativa, utilizou-se ANOVA bidirecional, teste de Tukey e teste T pareado, com nível

significativo de 5% (p < 0,05). Na análise quantitativa das imagens foi observado maior

percentual de área acometida por artefatos no grupo AgPd (p = 0,002) e na condição oral

dupla (p < 0,001). Os parâmetros de exposição não interferiram na quantidade de

formação de artefatos. Observou-se que a presença de outro metal nos maxilares,

condição dupla, acentuou a intensidade dos artefatos.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DE MEDIDAS LINEARES NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE

FEIXE CÔNICO IMPORTANTE PARA O DIAGNÓSTICO E O PLANEJAMENTO

ORTODÔNTICO

Milena Bortolloto Felippe Silva, Márcia de Souza Morais de Araújo, Juliana Oliveira

Fonseca Barreto, Juliana de Sá Mota

Esse trabalho teve como objetivo avaliar algumas medidas ortodônticas no modelo de

gesso tradicional e na tomografia computadorizada de feixe cônico através de um estudo

observacional, quantitativo e analítico. Após a aprovação do projeto desta pesquisa pelo

Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina e Odontologia São Leopoldo

Mandic, foram selecionados, sessenta modelos de gessos e sessenta tomografias

computadorizadas de feixe cônico, fornecidos pelo banco de dados da Faculdade de

Odontologia São Leopoldo Mandic. Apresentou como resultados os seguintes dados:

Tanto no modelo de gesso quanto na tomografia houve um alto grau de replicabilidade

(> 80%). As medidas de concordância foram altas independentes se foram no modelo de

gesso ou tomografia. O tipo de má oclusão com maior percentual de concordância foi a

Classe III, seguida pela Classe I e por último pela Classe II. Por isso, é recomendado o

diagnóstico da relação através do exame clínico (padrão-ouro). Independentemente do

método, as medidas lineares intercaninos e intermolares foram similares, indicando que

os dois métodos podem ser utilizados com segurança para este tipo de aferição.

Entretanto, para a discrepância de Bolton, a aferição pela tomografia tende a elevar as

medidas, no entanto, não apresentam diferenças estatisticamente significativas.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DA EMINÊNCIA ARTICULAR E FOSSA MANDIBULAR EM PACIENTES

COM DIFERENTES TIPOS FACIAIS EM EXAMES DE TCFC

Natalia Fernandes Cardoso Lima, Eliana Dantas da Costa, Gina Délia Roque-Torres,

Priscila Dias Peyneau, Francielle Silvestre Verner

O objetivo neste estudo foi avaliar a correlação entre a inclinação da eminência articular e

da fossa mandibular em relação ao sexo e tipo facial por meio de tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC). Realizou-se medidas da altura e inclinação e da

eminência articular (ângulos α, β) e inclinação da fossa mandibular (ângulo δ) dos lados

esquerdo e direito, em 76 imagens de TCFC de pacientes de ambos os sexos divididos

em meso, braqui e dolicofacial. Os dados foram analisados por meio do teste t de Student

e analise de variância two-way (ANOVA) com post-hoc de Tukey. Os resultados

mostraram que os indivíduos braquifaciais do sexo masculino apresentaram maiores

valores para os ângulos α em relação aos dolico (p = 0,010) e para o ângulo β em relação

aos meso (p = 0,032) e dolico (p = 0,001). Já o ângulo δ foi menor nos pacientes dolicos

(p = 0,001) para sexo masculino, e nos pacientes mesos (p = 0,022) e dolicos (p = 0,001)

no sexo feminino. A altura da eminência articular mostrou maiores valores para os

braquifaciais em comparação aos dolico (p = 0,005) para o sexo masculino, e em

comparação com os meso (p = 0,007) edolicofaciais (p = 0,002) para o sexo feminino.

Concluiu-se que a morfologia da eminência articular e da fossa mandibular é afetada pelo

tipo facial, sendo as principais diferenças encontradas nos indivíduos braquifaciais do

sexo masculino.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DE RAMIFICAÇÕES DOS CANAIS MANDIBULARES

EM REGIÕES COM INFLAMAÇÃO

Ranam Moreira Reis, Francielle Silvestre Verner, Mauro Henrique N. G. de Abreu,

Maurício Augusto Aquino de Castro, Ricardo Alves Mesquita

O presente estudo visou investigar a ocorrência de ramificações dos canais mandibulares

(RCM) em mandíbulas com inflamação dentária, por meio de tomografia computadorizada

de feixe cônico (TCFC). Uma base de dados de 2.484 TCFC foi revisada para a

identificação de exames que apresentassem imagens de lesões inflamatórias dentárias. A

amostra final consistiu de 150 TCFC (91 mulheres e 59 homens entre 13 e 89 anos, com

média de 47,06 anos ± DP=18,722). Foram registrados gênero, idade, localização de

lesões inflamatórias dentárias e RCM. A relação estatística dos dados foi verificada pelos

testes de Kolmogorov-Smirnov, Qui-quadrado e Teste-T. Houve 178 imagens de

inflamação dentária nas 150 TCFC, principalmente na região de molares (75%). Lesões

apicais foram o tipo mais comum de inflamação detectada (79 ou 44,4%), seguida por

pericoronarite (32; 18,0%). Foram identificadas 135 RCM, principalmente na região de

molares (74,07%). As RCM foram em sua maioria únicas (86 ou 63,7% do total). Não

houve diferença estatística em relação à ocorrência de RCM com o gênero dos pacientes

(p = 0,308) ou com regiões com inflamação dentária (p = 0,370). O teste T indicou

homogeneidade de variância das RCM quando comparados os grupos dicotômicos de

idade (indivíduos maiores ou menores que a mediana = 50 anos de idade) (p = 0,728). Foi

detectada alta prevalência de ramificações dos canais mandibulares em regiões

acometidas por lesões inflamatórias em mandíbula.

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PESQUISAS

AVALIAÇÃO DO TRABECULADO ÓSSEO E CORTICAL MANDIBULAR DE

MULHERES PÓS-MENOPAUSA POR MEIO DA ANÁLISE FRACTAL

Sâmila Gonçalves Barra, Jonathas Henriques, Tania Mara Pimenta Amaral, Ricardo Alves

Mesquita, Cláudia Borges Brasileiro

A osteoporose é caracterizada pela redução de massa óssea e desorganização estrutural

do tecido ósseo. A análise fractal é um método que descreve estruturas geométricas

complexas, expressa numericamente como dimensão fractal (DF). O objetivo deste

estudo é avaliar a associação entre a DF do trabeculado ósseo e da cortical mandibular

de mulheres no período pós-menopausa e a densidade mineral óssea (DMO) em

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra foi composta por 66

mulheres no período pós-menopausa com tomografias realizadas para planejamento

cirúrgico com implantes e com indicação para realização da absorciometria de energia

dupla de raios-X (DXA). De acordo com os resultados do DXA e com os critérios da

Organização Mundial de Saúde, as pacientes foram divididas em normal, osteopenia e

osteoporose. Cortes parassagitais foram selecionados, salvos no formato JPG e regiões

de interesse na cortical e no trabeculado ósseo na região do forame mentual,

bilateralmente, foram determinadas. O cálculo da DF foi realizado pela técnica algorítmica

de contagem de células pelo programa ImageJ®. A média da DF nos lados direito e

esquerdo foi calculada e a análise estatística realizada pelo método ANOVA (p < 0,05).

Não houve diferença com significância estatística nos valores de DF dos diferentes

grupos para a cortical (p = 0,587) e para o trabeculado ósseo (p = 0,284). Assim, a DF

não se mostrou um método efetivo para identificação de mulheres com baixa DMO.

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RELATOS DE CASO

IMPORTÂNCIA DA TCFC NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DE TERCEIROS

MOLARES MANDIBULARES RETIDOS EM POSIÇÃO ECTÓPICA

Aline Lisboa Vieira, Lilian Azevedo de Souza, Jesca Neftali Nogueira Silva, Rafael Binato

Junqueira, Francielle Silvestre Verner

A impactação do terceiro molar é uma anormalidade de desenvolvimento comum. O

terceiro molar mandibular é o dente mais frequentemente impactado. Os terceiros molares

mandibulares ectópicos, no entanto, são raros. Suas posições heterotópicas foram

relatadas na área condilar, no ramo ascendente da mandíbula, ou no processo coronoide.

Para obter a correta localização desses dentes e consequentemente, realizar a avaliação

correta os exames imaginológicos, como a tomografia computadorizada de feixe cônico

(TCFC), são fundamentais. A imagem tridimensional da TCFC em casos de terceiros

molares mandibulares ectópicos pode ser benéfica na identificação posição do dente,

para verificar se há alguma alteração patológica associada e na identificação da posição

das estruturas neurovasculares em relação ao dente ectópico. Este estudo tem como

objetivo relatar caso de um paciente com edentulismo total em mandíbula, apresentando

os dois terceiros molares retidos em posição ectópica nos ramos da mandíbula direito e

esquerdo, no qual a utilização da TCFC foi fundamental para correta avaliação e

diagnóstico. A correta avaliação das imagens de TCFC para identificar alguns fatores de

risco, como a ausência de corticação entre o terceiro molar mandibular e o canal alveolar

inferior, antes da cirurgia para reduzir o risco de danos nos nervos é de suma importância.

Portanto, ressalta-se a importância da realização da TCFC previamente a qualquer

intervenção cirúrgica de terceiros molares ectópicos.

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RELATOS DE CASO

CONFECÇÃO DE PRÓTESE TOTAL INFERIOR UTILIZANDO PLANEJAMENTO

DIGITAL E IMPRESSÃO 3D – RELATO DE CASO CLÍNICO

Giuliano Omizzolo Giacomini, Gabriela Salatino Liedke, Gustavo Nogara Dotto

O objetivo deste trabalho foi apresentar os recursos de reconstrução e impressão 3D para

o planejamento e confecção de prótese total em paciente com reabsorção óssea

avançada e dificuldade de moldagem. Paciente IMVG, sexo feminino, 91 anos. Utilização

de prótese total superior e inferior desde os 18 anos e reabsorção óssea avançada em

mandíbula. Realização de tomografia computadorizada multislice com protocolo de baixa

dose de radiação (CTdBem; 120 kVp, 10 mAs) para avaliação óssea. O arquivo DICOM

foi avaliado e reconstruído no software Horos e exportado em formato STL. Os modelos

3D foram confeccionados utilizando o software Meshmixer e NetFabb. Os protótipos

foram impressos em PLA na Impressora Cliever CL2 Pro Plus. O modelo impresso

mandibular foi utilizado para planejamento protético (Laboratório Vitasul, Santa Maria,

RS), sendo confeccionada a prótese total diretamente sobre este modelo. A oclusão foi

registrada a partir da moldagem da prótese total superior da paciente e do encaixe dos

modelos em articulador. Constatou-se adaptação protética extremamente satisfatória no

rebordo ósseo quando comparada com a antiga prótese. Concluiu-se que o planejamento

digital para confecção de próteses totais em pacientes com dificuldades de moldagem

e/ou reabsorção óssea avançada mostra-se como uma alternativa interessante para a

resolução clínica.

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RELATOS DE CASO

SÍNDROME DEPEUTZ-JEGHERS: RELATO DE CASO FOLLOW-UP DE SEIS ANOS

André Arraes Parente, Alessandra Maria Machado Daniel, Ernesto Domingues Bruno de

Faria Júnior, Glauco Pires Alves, Maurício Alves de Andrade, Milena Bortolotto Fellipe

Silva, Luíz Roberto Coutinho Manhães Júnior

A correlação entre pigmentações melânicas mucocutâneas e pólipos gastrointestinais

define a Síndrome de Peutz-Jeghers ou síndrome da polipose intestinal hereditária. De

acordo com a literatura, os portadores da síndrome apresentam risco dezoito vezes maior

de desenvolverem neoplasias malignas. O diagnóstico, na grande maioria dos casos

relatados na literatura, ocorre devido dores abdominais ou quando o paciente apresenta

intussuscepção intestinal, demonstrando uma demora no diagnóstico da síndrome. O

objetivo deste estudo foi relatar um caso clínico da Síndrome de Peutz-Jeghers com

follow-up de seis anos, em paciente jovem, a fim de correlacionar diagnóstico, evolução e

impacto desta síndrome sobre a vida do indivíduo acometido. Paciente JFTS, vinte e

cinco anos de idade, diagnosticado por meio das características orais e periorais, por

profissional cirurgião-dentista e confirmado através de exames de endoscopia e

colonoscopia. O diagnóstico precoce da Síndrome de Peutz Jeghers, por meio das

manchas periorais, é fator preponderante e a negligência deste pode ter consequências

que interferem diretamente no prognóstico da doença e morbidade dos indivíduos

acometidos.

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RELATOS DE CASO

UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO

DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DE CISTO RADICULAR

Thays Correa de Moraes, Francielle Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira

O objetivo será relatar um caso clínico mostrando a importância da utilização da

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) como exame complementar no

diagnóstico e planejamento cirúrgico de cisto radicular. A paciente, de 51 anos, foi

submetida à cirurgia para enucleação de uma lesão periapical, radiolúcida, unilocular, em

região apical dos dentes 31, 32 e 41. Apesar de as radiografias mais utilizadas no

planejamento cirúrgico serem periapicais e panorâmicas, os detalhes obtidos através

delas são limitados. Sendo assim, para o planejamento do caso foi solicitada uma TCFC,

exame que possibilita a visualização da imagem em profundidade, obtendo cortes nos

planos axial, sagital e coronal, o que permitiu detalhar minuciosamente a lesão e os

ápices radiculares envolvidos. Após os procedimentos cirúrgicos envolvendo enucleação

e apicoplastia, fez-se o preenchimento da cavidade com enxerto bovino e membrana

reabsorvível. O resultado do exame histopatológico da lesão foi de cisto radicular. Não

houve recidiva da lesão em oito meses de acompanhamento do caso. Concluiu-se que a

TCFC é um instrumento complementar de relevância para o diagnóstico e planejamento

cirúrgico de enucleação de cisto radicular, uma vez que permite a visualização

tridimensional da lesão e detalha as estruturas anatômicas envolvidas, evitando possíveis

complicações e aumentando as chances de sucesso.

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RELATOS DE CASO

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MÉTODO AUXILIAR

NA LOCALIZAÇÃO DE FRAGMENTO DE AGULHA

Brenda Neves Barreto, Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro,

Fabiano Araújo Cunha

O tratamento odontológico não está isento de riscos. Acidentes e complicações podem

ocorrer durante a execução de procedimentos, como nos casos de fratura da agulha

anestésica. Mesmo com o desenvolvimento de agulhas feitas em aço inoxidável flexível,

fatores como a movimentação súbita do paciente durante o procedimento, erro na

fabricação da agulha ou imperícia profissional ainda podem levar a esse tipo de acidente.

Apesar de exames radiográficos convencionais poderem constatar a presença e

orientação da agulha, a mensuração e localização exatas do fragmento fraturado em

relação às estruturas anexas são limitadas pela sobreposição de estruturas e pela

dificuldade de interpretação da realidade tridimensional, baseada em exames

bidimensionais. O presente trabalho apresenta um caso de avaliação de fratura de agulha

realizada em tomografia computadorizada de feixe cônico, com base na avaliação de

cortes ortogonais multiplanares e reconstrução panorâmica. Foi possível realizar a

identificação do fragmento, mensurá-lo e localizá-lo em relação às estruturas adjacentes.

A TCFC foi um importante instrumento diagnóstico, permitindo a avaliação tridimensional

dos tecidos mineralizados e contribuiu para a localização da agulha e para o

planejamento terapêutico do caso.

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RELATOS DE CASO

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NO AUXÍLIO DE DIFERENTES CONDIÇÕES

ENDODÔNTICAS

Bruna Aysha Alves e Silva, Francielle Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira

A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) permite a representação

tridimensional das estruturas, eliminando sobreposições e reproduzindo-as em seu

tamanho real. O objetivo será descrever quatro casos clínicos em que a TCFC foi

fundamental para o diagnóstico e auxiliou nas possibilidades de plano de tratamento.

Primeiro caso: paciente com suspeita de fratura radicular no dente 11, não visível na

radiografia periapical. A TCFC, através do corte axial, revelou fratura coronorradicular

com separação de fragmentos na altura do limite da inserção óssea. Segundo caso:

paciente com suspeita de reabsorção externa do dente 21 visível parcialmente na

radiografia periapical. A TCFC evidenciou a localização da reabsorção (face palatina) e

sua extensão, demonstrando rompimento da cortical óssea. Terceiro caso: paciente

apresentava dens in dente com lesão periapical no dente 13. A TCFC permitiu a

visualização da complexidade do sistema de canais, evidenciando a extensão da lesão e

presença de rompimento da cortical vestibular. Quarto caso: paciente com fratura

coronorradicular do dente 26 visível apenas clinicamente e espessamento do LP. A TCFC

permitiu visualizar a extensão da fratura, o canal mesiopalatino não obturado e a

presença de lesão periapical associada. Concluiu-se que a TCFC é um importante

recurso auxiliar para a prática endodôntica.

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RELATOS DE CASO

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO EXAME

COMPLEMENTAR NO DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÕES RADICULARES

Lídia de Almeida, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros, Francielle

Silvestre Verner, Rafael Binato Junqueira

A reabsorção radicular é uma condição associada a um processo fisiológico ou

patológico, que tem como resultado a perda de dentina, cemento e/ou osso. Na

Endodontia, a tomografia computorizada de feixe cônico (TCFC) é útil para o diagnóstico

e plano de tratamento das reabsorções internas e externas, bem como no diagnóstico de

anatomias complexas, identificação de lesões periapicais, identificação de canais

acessórios e fraturas radiculares. Este estudo tem como objetivo relatar a aplicabilidade

clínica da TCFC como método complementar de diagnóstico, por meio da descrição de

casos clínicos que apresentaram reabsorções externa, interna e cervical invasiva,

associadas a lesões periapicais, rompimento de faces vestibular, palatina, mesial e/ou

distal. Concluiu-se que a TCFC permitiu uma visualização precisa das reabsorções, e a

reprodução de estruturas em três dimensões é essencial para a tomada de decisão no

planejamento clínico e tratamento dos casos.

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RELATOS DE CASO

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MEIO DE

DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO PARA REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO

Guilherme Vanzo, Otacílio Luiz Chagas Junior, Alisson André Robe Fonseca, Tayná M.

Inácio de Carvalho, Sergio Lucio Pereira de Castro Lopes

A utilização da radiografia panorâmica e da tomografia computadorizada de feixe cônico

são comumente utilizados para planejamento de casos cirúrgicos como a extração de

terceiros molares. Este trabalho tem como objetivo discutir a importância do exame de

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) no processo de localização e

remoção cirúrgica de um corpo estranho acidentalmente localizado em região de tecido

mole adjacente ao ângulo mandibular. Paciente do sexo feminino, 29 anos de idade,

apresentou-se ao programa de pós-graduação de uma instituição de ensino relatando dor,

edema e inchaço na região de tecido mole adjacente ao ângulo mandibular direito uma

semana após a realização de uma cirurgia de exodontia do dente 48, onde foi utilizada

ponta diamantada para a odontosecção deste. Inicialmente, foi solicitada uma radiografia

panorâmica, a qual revelou imagem radiopaca e oblonga de aspecto metálico, localizada

nas adjacências da região da exodontia prévia. Foi solicitada TCFC, a qual identificou a

posição do corpo metálico em tecido mole em região vestibular paramandibular, o qual se

tratava de uma ponta diamantada. Com o auxílio dos exames de imagens foi feito o

planejamento cirúrgico e posteriormente a remoção cirúrgica da ponta. A paciente relata

parestesia que regride progressivamente. Pode-se concluir que a TCFC é um exame de

extrema importância para auxiliar no diagnóstico, no planejamento, na localização de

corpos estranho e na futura remoção dos mesmos.

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RELATOS DE CASO

CORDOMA DE CLIVUS – RELATO DE CASO

AJC Mansmith, JPP Gomes, PH Braz-Silva, ALF Costa

Cordoma de clivus é uma lesão consideravelmente rara. Trata-se de um tumor maligno

originário de remanescentes embrionários da notocorda, ao redor da qual a coluna

vertebral e base do crânio se desenvolvem. Cordomas representam aproximadamente

0,2% de todos os tumores intracranianos, são localmente agressivos e são associados à

um diagnóstico pobre devido à tendência à recidiva. No decorrer das décadas, diversas

estratégias têm sido discutidas com a finalidade de melhorar a eficácia do tratamento

desta lesão. Imagens de ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC)

são considerados os métodos de imagem padrão ouro para acessar o grau de destruição

óssea e a relação entre o tumor e estruturas adjacentes, como os tecidos moles. O

propósito deste relato de caso foi evidenciar a importância da reconstrução e análise

volumétrica tridimensional como tentativa de elevar as chances de sucesso no tratamento.

Embora haja ainda controvérsia no que diz respeito às melhores abordagens de

tratamento, é um consenso na literatura que a ressecção cirúrgica deve ser tão precisa

quanto possível. O respeito à margem de segurança cirúrgica é crucial para evitar a

recidiva da doença. Este relato de caso demonstra um cordoma de clivus recidivado em

seio maxilar, causando dor, inchaço dos tecidos moles incluindo o espaço mastigador e

deslocamento do olho direito. A reconstrução 3D foi obtida por meio da segmentação

manual, onde o tumor é delineado nos cortes da TC e RM.

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RELATOS DE CASO

DESLOCAMENTO POSTERIOR BILATERAL DO DISCO DA ATM COM REDUÇÃO

UNILATERAL: UM RELATO DE CASO

Gabriela Dias Prado, Luciana Loyola Dantas, Vanessa Souza Nazaré Guimarães,

Marianna Guanaes Torres de Carvalho, Paulo Sérgio Flores Campos

Este trabalho consiste num relato de caso de deslocamento posterior bilateral do disco da

ATM, com redução apenas para um dos lados. O deslocamento posterior do disco

articular, dentre os oito tipos de deslocamento de disco relatados na literatura, é o mais

raro e o menos conhecido quanto às características imaginológicas, como a utilização do

conceito de redução ou não redução para este tipo de deslocamento. O paciente, cujo

caso foi apresentado neste artigo, é do sexo masculino, 25 anos, relata dor e estalido em

ambas as articulações e não apresenta, ao exame de ressonância magnética de ATM,

alterações degenerativas dos componentes articulares. Visto que para um dos lados, em

posição de boca aberta, o disco retoma o posicionamento considerado normal e, para o

outro, isto não acontece, faz-se necessário o uso do conceito de redução e não redução

também para os deslocamentos posteriores. Sendo assim, este artigo tem como objetivo,

além de relatar o presente caso, estabelecer a classificação de presença ou ausência de

redução para os deslocamentos posteriores, utilizando a ressonância magnética de ATM

como método de diagnóstico.

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RELATOS DE CASO

SULCO PALATOGENGIVAL – RELATO DE CASO CLÍNICO

Carolina Cintra Gomes, Helder Fernandes de Oliveira, Rogério Ribeiro de Paiva, Satiro

Watanabe, Mayara Barbosa Viandelli Mundim-Picoli

Paciente J.M.S, 17 anos, gênero feminino, compareceu à Clínica Odontológica com

queixa de mobilidade no elemento 22. Ao exame físico intraoral observou-se dente com

coroa hígida, discreto aumento de volume na região periapical e resposta negativa ao

estímulo frio. A radiografia periapical mostrou uma ampla área de rarefação óssea

periapical envolvendo a região dos dentes 21 e 22 e a porção mesial do dente 23. A

tomografia computadorizada de feixe cônico revelou rompimento da cortical vestibular e

presença de sulco palatogengival comunicando a polpa com o ligamento periodontal.

Realizou-se o tratamento endodôntico prévio para o controle da infecção. Diante da ampla

lesão associada, optou-se pela realização de punção aspirativa, com coleta de líquido

amarelo-citrino, biópsia excisional da lesão cística, apicectomia e retrobturação. O exame

histopatológico revelou a presença de revestimento epitelial e cápsula formada por tecido

conjuntivo fibroso, compatível com cisto periapical. Os acompanhamentos sugerem

reparo da área afetada.

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RELATOS DE CASO

AVALIAÇÃO DE DENTES RETIDOS POR MEIO DA TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Beatriz de Carvalho Rocha, George Patrick Sotero

Sturzinger, Fábio Ribeiro Guedes, Maria Augusta Portella Guedes Visconti

Dentes retidos na arcada dentária são comumente encontrados na rotina da clínica

odontológica, principalmente os terceiros molares seguidos dos caninos. Isso pode

ocorrer devido à falta de espaço ósseo ou por uma barreira na trajetória de erupção. Com

isso, a extração dentária e o tratamento ortodôntico são frequentemente indicados. Para

avaliar corretamente os dentes que possuem retenção prolongada ou impactação, utiliza-

se a tomografia computadorizada de feixe cônico como principal exame de escolha. Esse

método de imagem permite a avaliação volumétrica das estruturas do complexo

maxilofacial, sem sobreposição de imagens, garantindo a avaliação precisa da morfologia

e relação dos dentes com as estruturas adjacentes. Diante do exposto, o objetivo nesse

estudo foi apresentar uma série de casos clínicos para demonstrar a importância da

tomografia computadorizada de feixe cônico na correta avaliação da morfologia e

localização de dentes retidos, e como os mesmos se relacionam com as estruturas

adjacentes. Conclui-se que, em determinadas situações, a escolha pelo exame mais

acurado propicia maior segurança e previsibilidade de sucesso no tratamento proposto.

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RELATOS DE CASO

AVALIAÇÃO DE LESÃO OSTEOLÍTICA PERIAPICAL ASSOCIADA À PÉROLA DE

ESMALTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Matheus Barros Costa, Francielle Silvestre Verner, Liana Matos Ferreira, Flávia Maria de

M. Ramos-Perez, Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento

A pérola de esmalte é uma anomalia dentária caracterizada como um pequeno glóbulo de

esmalte, contendo um núcleo de dentina, na região de furca ou porção radicular

principalmente dos molares. O diagnóstico e acompanhamento dessa anomalia é

extremamente importante, visto que é um fator predisponente para a incidência de

processos inflamatórios. O objetivo no presente trabalho é relatar o caso do paciente E. T.

S., sexo masculino, 46 anos, que realizou radiografias periapicais dos dentes 26 e 27,

devido à sintomatologia dolorosa, nas quais foi possível observar imagem radiopaca, com

densidade de esmalte e dentina, na região de furca do dente 27, sugestiva de pérola de

esmalte, e imagem radiolúcida periapical no dente 27. No entanto, para elaboração do

plano de tratamento esse exame mostrou-se limitado. Para melhor avaliação, foi sugerida

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), na qual verificou-se bifurcação da

raiz mesial do dente 27 em mesiovestibular e mesiopalatina, sendo aquela com

acentuada dilaceração radicular; presença de pérola de esmalte na região de furca entre

as raízes palatina e mesiopalatina; e extensa lesão osteolítica inflamatória periapical,

envolvendo as raízes do dente 27, provocando deslocamento superior do assoalho do

seio maxilar. Ainda observou-se descontinuidade da tábua óssea palatina na região do

dente 27. A TCFC além de permitir a localização exata da pérola de esmalte, possibilitou

a avaliação da extensão e limites da lesão adjacente.

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RELATOS DE CASO

ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA SÍNDROME DE GORLIN GOLTZ: UM RELATO DE

CASO CLÍNICO

Amanda de Oliveira Pacheco, Pollyanna M. Rodrigues Carneiro

A Síndrome de Gorlin Goltz (SGG), também conhecida como a Síndrome do Carcinoma

Basocelular Nevóide, acontece por uma transmissão autossômica dominante. Tem com

uma de suas características principais a manifestação de múltiplos ceratocistos

odontogênicos nos ossos maxilares. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato,

assim como o aconselhamento genético, são primordiais para o portador da síndrome. O

paciente P. A. R. M, 13 anos, leucoderma, gênero masculino, compareceu em 2015, para

consulta odontológica de manutenção preventiva. Após exame clinico e radiográfico

contatou-se a presença de várias imagens radiolúcidas sugestivas de ceratocistos em

ambos os maxilares. Diante da hipótese diagnóstica, o paciente foi encaminhado para o

CBMF que solicitou o exame de tomografia computadorizada cone beam para melhor

avaliação. O paciente foi submetido aos procedimentos cirúrgicos confirmando a hipótese

diagnóstica de ceratocistos odontogênicos múltiplos em maxila e mandíbula. Atualmente,

o paciente apresenta-se em acompanhamento clínico e imaginológico. Destaca-se a

importância de pesquisar junto aos membros da família se há ocorrência de algum caso

semelhante para que seja confirmada a referida síndrome.

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RELATOS DE CASO

DIAGNÓSTICO DE CONDROMATOSE SINOVIAL NA ARTICULAÇÃO

TEMPOROMANDIBULAR POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE

CÔNICO

Ranele Luiza Ferreira Cardoso, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros,

Helena Aguiar Ribeiro Nascimento, Francielle Silvestre Verner

O objetivo neste trabalho é relatar um caso clínico em que foi sugerido a presença de

condromatose sinovial (CS) na articulação temporomandibular (ATM) direita, por

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A CS é uma metaplasia

cartilaginosa, benigna, predominantemente monoarticular, mais comum em grandes

articulações e rara na ATM, acomete mais mulheres do que homens, entre a quarta e

quinta década de vida e é mais presente na ATM direita. É caracterizada pela formação

de corpos livres dentro da cápsula articular, que podem migrar para fora da cápsula para

a região da glândula parótida e/ou fossa temporal. A CS pode ter origem primária ou

secundária: etiologia desconhecida ou embrionária (1); oriunda de trauma, infecções ou

doenças articulares (2). A TCFC é uma das melhores ferramentas para uma avaliação

acertada, visto que o diagnóstico de CS é difícil por ser muito confundido com algum

desarranjo interno da ATM. No caso em questão pôde-se visualizar corpos livres,

calcificados, circunscritos anterior ao processo condilar da ATM direita. Portanto, pode-se

concluir que a TCFC possui elevado valor de diagnóstico para diferenciação acurada

entre metaplasias e desordens articulares na ATM.

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RELATOS DE CASO

OSTEOMA BENIGNO: SÉRIES DE CASOS

Katiusci Pereira Vidal, Francielle Silvestre Verner, Sibele Nascimento de Aquino, Rose

Mara Ortega, Maurício Augusto Aquino de Castro

Osteoma é um tumor benigno de crescimento lento que se desenvolve a partir do osso

compacto maduro ou esponjoso. Nos ossos do crânio é normalmente encontrado na

região bucomaxilofacial, principalmente no corpo da mandíbula, apresentando-se como

um tumor solitário, unilateral e radiopaco radiograficamente. Tais lesões são geralmente

assintomáticas, embora seja passível haver dor, quando com volume aumentado. Sem

predileção por gênero, apresenta alta prevalência em indivíduos adultos jovens. O

presente estudo descreve uma série de casos de osteoma em mandíbula, detectados por

meio de tomografia computadorizada de feixe cônico. Foram detectados osteomas com

diferentes aspectos, volumes e localizações. Em alguns casos houve dificuldade para o

diagnóstico diferencial com outras alterações, principalmente quando em osso esponjoso.

A variabilidade das lesões apresentadas ressalta a importância do diagnóstico diferencial

destas lesões, para a determinação da conduta terapêutica adequada, conservadora ou

invasiva. A tomografia computadorizada de feixe cônico contribuiu decisivamente para o

estabelecimento do diagnóstico diferencial e para o planejamento de procedimentos

terapêuticos, principalmente para a localização tridimensional dos osteomas e das

estruturas vitais adjacentes. Palavras chaves: osteoma, terapêutica, mandíbula,

neoplasias ósseas.

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RELATOS DE CASO

INTRUSÃO DE DENTE DECÍDUO COM APARECIMENTO DA RAIZ NA FOSSA

NASAL: RELATO DE CASO CLÍNICO

Maristela Junqueira Maciel Dias, Isabella Pereira Marques, Monikelly Nascimento, Anne

Caroline Costa Oenning, Jandilaine Graciolli

Este trabalho tem por objetivo o relato de um caso clínico de um paciente de 8 anos, sexo

feminino, feoderma, com a ocorrência de um traumatismo dentoalveolar. De acordo com o

relato da mãe, o trauma ocorreu quando a paciente tinha, aproximadamente, 3 anos e 8

meses, devido à uma queda. Ao exame clínico extrabucal, observou-se que o ápice

radicular do dente 61 encontrava-se na fossa nasal esquerda, à inspeção intraoral não

havia nenhum sinal clínico. O dente 21 erupcionou levemente girovertido apresentando

hipoplasia de esmalte. Realizou-se exame radiográfico utilizando a técnica da bissetriz

para a confecção da radiografia periapical. Foi realizado também tomografia

computadorizada de Feixe Cônico o que nortearia a posição correta do elemento dentário

e a escolha da melhor técnica cirúrgica para a remoção do mesmo. A técnica anestésica

foi a terminal infiltrativa na região vestibular do dente 21 e bloqueio regional do nervo

nasopalatino, utilizando o anestésico local cloridrato de lidocaína a 2% associado a

epinefrina 1:100.000. Foi realizada uma incisão semilunar na região vestibular próximo ao

freio labial. Após sete dias foi retirada a sutura e não foi detectado nenhuma anormalidade

quanto à cicatrização. Baseado na Escala de Avaliação do Comportamento da Criança

durante o Tratamento Dentário, o comportamento da paciente foi classificado como

definitivamente positivo, o que contribui para o sucesso da cirurgia.

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RELATOS DE CASO

OSTEOMA DO PROCESSO CORONOIDE DA MANDÍBULA

Juliana de L. Fernandes, Bartolomeu Santos Sobral, Luciana Cardoso Fonseca, Paulo

Sérgio Flores Campos

O osteoma é uma lesão composta de osso compacto ou trabecular, considerada ora

neoplasia benigna, ora hamartoma. Em sua predominância, envolvem o esqueleto

craniofacial e é raramente diagnosticado em outros ossos. É uma condição de

crescimento lento, geralmente assintomática, pode ser solitária ou múltipla, e pode ocorrer

em um único ou em vários ossos. Este é um relato de caso de osteoma unilateral,

localizado no processo coronoide do lado esquerdo da mandíbula de uma paciente do

sexo feminino, quarta década de vida, assintomática.

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RELATOS DE CASO

ALTERAÇÕES ATÍPICAS DE DISPLASIA FIBROSA DIAGNOSTICADAS EM

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO – RELATO DE CASO

Maryana Saraiva Ferreira, Fabiano Araújo Cunha, Francielle Silvestre Verner, Maurício

Augusto Aquino de Castro

Displasia fibrosa é uma condição congênita, benigna, recidivante, de etiologia

desconhecida. É caracterizada por substituição de osso normal por tecido conjuntivo

fibroso, entremeado por trabéculas ósseas irregulares. Nos maxilares, podem causar

aumento de volume indolor e deformidade do processo alveolar, deslocamento do

assoalho do seio maxilar e retenção ou deslocamento dentário. Pode afetar apenas um

osso (monostótica - 80 a 85% dos casos), ou envolver múltiplos ossos (poliostótica).

Homens e mulheres são afetados com igual frequência, mormente na segunda década de

vida. Sua detecção se dá primordialmente em exames por imagem. Sua localização, a

determinação de seus limites e a avaliação dos efeitos secundários são otimizadas

quando realizadas em exames tomográficos, tendo em vista as limitações impostas pela

bidimensionalidade dos exames radiográficos convencionais. O presente trabalho

apresenta um caso de paciente do gênero masculino, dez anos, leucoderma, com

Displasia Fibrosa estendendo-se da face distal do germe do dente 23 à região

perirradicular do dente 27, preservando corticais. Foram detectados aumento de volume

do processo alveolar, agenesia dos dentes 24 e 25 e anomalia de forma dos dentes 64,

65 e 26 (taurodontia). As alterações secundárias detectadas não são comumente

descritas em casos de displasia fibrosa. Seu diagnóstico foi aprimorado pela avaliação

tridimensional em tomografia computadorizada de feixe cônico.

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RELATOS DE CASO

ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DE ALTERAÇÕES ÓSSEAS MANDIBULARES POR

USO CONTÍNUO DE BISFOSFONATOS – RELATO DE CASO

Karla Machado de Andrade, Lilian Azevedo de Souza, Jesca Neftali Nogueira Silva,

Rafael Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner

O presente trabalho terá como objetivo descrever um caso clínico acerca da alteração da

densidade óssea na mandíbula, em função da paciente ser usuário de bisfosfonatos.

Paciente O. P. J., sexo feminino, melanoderma, 84 anos, procurou atendimento na clínica

de Estomatologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV), e durante a

anamnese, queixou-se de dor em região gnática e reportou ser usuária de ácido

zolendrônico. Após exame físico, optou-se pela realização de radiografias periapical e

panorâmica, as quais apontaram uma alteração da densidade óssea inespecífica, e,

posteriormente, para melhor avaliação e diagnóstico, solicitou-se tomografia

computadorizada de feixe cônico, em que, por meio da análise criteriosa da s

reconstruções multiplanares, panorâmica e parassagitais, constatou-se uma degeneração

óssea generalizada. A partir da história clínica pregressa e exame imaginológico chegou-

se a conclusão que a paciente apresentava alterações ósseas associadas ao uso

prolongado de bisfosfonatos. Com base nos achados do presente caso ressalta-se a

importância de alertar os cirurgiões-dentistas sobre os aspectos imaginológicos das

alterações ósseas causadas por bisfosfonatos na região bucomaxilofacial, uma vez que

estas podem influenciar no prognóstico de diversas intervenções odontológicas e/ou estar

associadas a outras manifestações sistêmicas.

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RELATOS DE CASO

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MÉTODO AUXILIAR

NA DETECÇÃO DE DENTES SUPRANUMERÁRIOS FUSIONADOS

Marina Figueiredo Mendes Silva, Priscila Dias Peyneau, Rafael Binato Junqueira,

Maurício Augusto Aquino de Castro, Francielle Silvestre Verner

As anomalias dentárias de número e de morfologia, como dentes supranumerários e

fusão, resultam de problemas no estágio de iniciação ou de maturação da lâmina dentária

durante a odontogênese. Mesmo sendo rara a erupção de elementos supranumerários,

sua identificação e diagnóstico são de suma importância a fim de prevenir complicações

como infecções, desenvolvimento de cistos, reabsorções radiculares de dentes

adjacentes e auxiliar em exodontias. Em decorrência de um grande percentual de dentes

supranumerários não irrompidos serem assintomáticos, exames complementares por

imagem são indicados para detectar tais anomalias, com destaque para a tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC). O presente estudo tem como objetivo descrever

o caso de paciente E. M. J. do sexo feminino, 29 anos, assintomático, que realizou exame

de TCFC para avaliação de dente supranumerário na região dos dentes 35/34. A partir

das imagens de TCFC observou-se fusão de dois elementos supranumerários de

localização inclinada no rebordo alveolar, na região dos dentes 34 e 35, com ápice

radicular localizado próximo à base da mandíbula inclinado para a lingual, com a porção

mesial da coroa localizada na face lingual, a porção média localizada no centro do

rebordo alveolar e porção distal localizada na face vestibular. Verificou-se também íntimo

contato do elemento supranumerário fusionado com os dentes 34 e 35, causando

reabsorção externa no dente 35. A partir do relato de caso, concluiu-se que a TCFC é um

excelente método por imagem para detectar e detalhar o diagnóstico de elementos

supranumerários, devido à sua característica tridimensional, possibilitando a localização

exata e relação com estruturas anatômicas adjacentes.

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RELATOS DE CASO

ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DAS ALTERAÇÕES ÓSSEAS NOS MAXILARES POR

MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Lia Pontes Arruda Porto, Maria Luiza dos Anjos Pontual,

Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual

As infecções odontogênicas representam um problema clínico comum em pacientes de

todas as idades, resultando em alterações restritas ao periápice ou que podem se

estender para áreas maiores do osso. Portanto, o objetivo deste trabalho é apresentar

casos de aspectos tomográficos dessas alterações. O abscesso periapical crônico é

comumente visualizado como uma imagem hipodensa e mal delimitada localizada no

periápice de um dente com suspeita de necrose pulpar. O granuloma periapical e o cisto

radicular são sugeridos em imagens hipodensas, uniloculares, bem delimitadas, com ou

sem halo hiperdenso, envolvendo o ápice dentário onde a lâmina dura foi perdida. Já a

osteomielite é um processo inflamatório agudo ou crônico que se disseminou através do

osso, longe do sítio de envolvimento inicial. Envolve mais comumente a mandíbula, onde

se observam imagens hipodensas e mal delimitadas na osteomielite supurativa aguda,

sequestros ósseos na osteomielite supurativa crônica, hiperdensas e com espessamento

de cortical na osteomielite esclerosante crônica difusa, hiperdensas e bem delimitadas na

osteomielite esclerosante crônica focal e com periostite proliferativa na osteomielite de

Garré. Desta forma, a tomografia computadorizada de feixe cônico possui importante

papel na identificação da origem da infecção e na extensão da disseminação da doença,

contribuindo para o correto planejamento do tratamento, sobretudo nos casos de

osteomielite

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RELATOS DE CASO

A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA

AVALIAÇÃO DOS SEIOS PARANASAIS

Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Murilo Miranda V. Viana, Maria Luiza dos Anjos Pontual,

Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual

Os seios paranasais são cavidades preenchidas por ar que compõem o complexo

craniofacial, compreendendo os seios frontal, esfenoidal, etmoidal e maxilares. Destes, os

seios maxilares são de grande importância para o cirurgião-dentista devido à íntima

relação com as estruturas dentárias. Consequentemente, é comum a ocorrência de

alterações causadas por processos inflamatórios e tratamentos odontológicos. A

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), por ser um exame bastante

solicitado na Odontologia, é capaz de mostrar a presença de achados incidentais nesta

região frequentemente. São comuns os espessamentos de mucosa, decorrentes de

alterações odontogênicas e com menor frequência, a presença de fragmentos radicular

es, implantes dentários e materiais endodônticos. Dessa forma, o objetivo neste trabalho

é apresentar uma série de achados incidentais nos seios maxilares em TCFC,

decorrentes de alterações de origem odontogênica e de tratamentos odontológicos.

Conclui-se que a TCFC provê informações adicionais da maxila, especialmente dos seios

maxilares, os quais são estruturas de relevância clínica para o cirurgião-dentista, de modo

a contribuir para um planejamento do tratamento e terapêutica adequados.

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RELATOS DE CASO

A TCFC NO DIAGNÓSTICO DAS CALCIFICAÇÕES IDIOPÁTICAS NA REGIÃO DE

CABEÇA E PESCOÇO: UM RELATO DE CASO CLÍNICO

Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes

Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual

As calcificações idiopáticas ocorrem por deposição de cálcio em tecidos moles normais.

Flebólitos são calcificações idiopáticas nos trombos venosos, resultados de lesão da

parede de veias e são comuns em regiões pélvicas, na região de cabeça e pescoço, são

raras e acometem pacientes que possuam problemas vasculares e estão normalmente

associados a hemangiomas. O objetivo neste trabalho é apresentar os aspectos

tomográficos de um caso de flebólito. Paciente A. L. N., masculino, 68 anos, compareceu

à clínica de Radiologia da UFPE para a execução de radiografia panorâmica para

avaliação de perdas dentárias. Foi possível observar a presença de uma imagem

radiopaca de limites bem definidos, localizada na região de tecido mole cervical, entre

ângulo mandibular do lado direito e o osso hioide. Sugeriu-se uma tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC) para melhor precisão de diagnóstico. Observou-

se a presença de três hiperdensidades ovaladas, com a porção central hipodensa,

conferindo aspecto de “alvo”, localizadas no tecido mole, por vestibular em relação à

região de ângulo do lado direito da mandíbula, com o de maior dimensão apresentando

20,44 mm em seu maior de diâmetro. Conclui-se que as radiopacidades em tecidos moles

da região de cabeça e pescoço são achados comuns nas radiografias odontológicas,

sendo assintomáticas na maioria dos casos. Em alguns casos, a dificuldade na

identificação das calcificações exige a execução de técnicas radiográficas apropriadas

como a TCFC.

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RELATOS DE CASO

A OSTEORRADIONECROSE POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE

FEIXE CÔNICO: UM RELATO DE CASO

Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes

Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual

A osteorradionecrose (ORN) é caracterizada como um dos efeitos adversos tardios da

radioterapia e uma das mais temidas complicações orais da radioterapia para neoplasias

da cabeça e pescoço. A mandíbula é a estrutura mais afetada, não somente pela sua

densa configuração óssea como pelo seu tipo de suprimento sanguíneo. Dependendo da

localização e extensão da lesão, pode ter consequências graves que variam desde dor

severa a fístulas e fraturas patológica. O objetivo do trabalho é apresentar os aspectos

imaginológicos da ORN por meio de um relato de caso clínico. Paciente G. R. S., sexo

masculino, 49 anos, com história de tratamento de carcinoma epidermoide na margem

lateral direita da língua em 2007 e com complicação para ORN após exodontia em 2014,

foi encaminhado à clínica de Radiologia Odontológica da UFPE para exame de TCFC.

Nas reconstruções panorâmica, parassagitais, axiais, coronais e tridimensionais, foi

observada uma irregularidade e hipodensidade do rebordo mandibular de ambos os

lados, com solução de continuidade e reação periosteal na margem inferior da região

posterior de corpo do lado direito da mandíbula. Adicionalmente, foram detectadas

calcificações da artéria carótida e da cartilagem tritícea do lado direito. Concluiu-se que a

ORN apresenta características imaginológicas de necrose do tecido ósseo em exames de

TCFC, sendo a fratura patológica um dos achados.

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RELATOS DE CASO

A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO DIAGNÓSTICO DAS

DISPLASIAS CEMENTO-ÓSSEAS

Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Jackeline Mayara I. Magalhães, Maria Luiza dos Anjos

Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual

As displasias cemento-ósseas (DCO) são lesões idiopáticas, não-neoplásicas,

assintomáticas, localizadas nas áreas de suporte dos dentes ou no processo alveolar

edêntulo dos maxilares, sendo frequentemente vista em mulheres de raça negra e de

meia idade. Esse estudo tem objetivo de apresentar uma série de casos de DCO,

visualizado em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). As DCO

podem ser classificadas nas formas focal, periapical e florida, as quais são diferenciadas

por meio de imagens e na extensão das regiões afetadas. A DCO periapical ocorre na

região periapical anterior, envolvendo apenas a porção apical de dois ou mais dentes

vitais e inicialmente apresenta-se como múltiplas lesões radiolúcidas circunscritas, que

com o tempo, podem coalescer e tornarem-se radiopacas. A DCO focal é uma lesão

solitária que ocorre nas áreas de suporte dos dentes ou em áreas edêntulas em

quadrante posterior. A DCO florida apresenta-se como múltiplas massas escleróticas,

localizadas em dois ou mais quadrantes. A TCFC, devido a sua habilidade de fornecer

imagens multiplanares, torna-se útil na avaliação e diagnóstico diferencial destes tipos de

lesões. Ademais, com o seu uso no diagnóstico dessas patologias, foram evidenciados

novos achados imaginológicos, como abaulamento, adelgaçamento e até destruição de

corticais. A avaliação através da TCFC é fundamental para o diagnóstico com o intuito de

não gerar falsos diagnósticos e, consequentemente, tratamentos inadequados.

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RELATOS DE CASO

DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA FIBROSA ATRAVÉS DA TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: RELATO DE CASO CLÍNICO

Hugo Angelo Gomes de Oliveira, Ana Sofia Vieira dos Santos, Maria Luiza dos Anjos

Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos Perez, Andrea dos Anjos Pontual

A displasia fibrosa é considerada uma anomalia benigna do desenvolvimento na qual a

cavidade medular é substituída por tecido fibroso. Pode ser dividida em dois grupos:

monostótica – quando acomete apenas um osso ou em ossos contíguos – ou poliostótica

– ao envolver mais de um osso. Ambas formas, ocorrem mais frequentemente em

crianças e adultos jovens, sendo a região a região craniofacial, maxila e mandíbula, um

importante sítio de acometimento. Dentre os métodos de imagem, a tomografia

computadorizada tem sido o mais utilizado para demonstrar a extensão e a densidade

sendo de fundamental importância no planejamento cirúrgico. O objetivo no presente

estudo é apresentar os aspectos imaginológicos da displasia fibrosa monostótica por meio

de um relato de caso. Paciente do sexo feminino, 26 anos e assintomática, apresentava

aumento de volume do terço inferior do lado direito da face. A tomografia

computadorizada de feixe cônico mostrou alteração do padrão do trabeculado ósseo, com

hiperdensidade da região de sínfise, corpo, ângulo e ramo ascendente do lado direito da

mandíbula. Verificou-se ainda, aumento do volume da região de corpo diminuição do

diâmetro e deslocamento superior do canal mandibular. A hipótese de diagnóstico de

displasia fibrosa foi confirmada por meio de exame histopatológico.

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RELATOS DE CASO

IMPORTÂNCIA DO EXAME POR IMAGEM NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DAS

COMPLICAÇÕES DE EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES SUPERIORES

Roberta Candido Gaiao Lino, Fernando Freire, Michelle Benicio Araujo

Independente do nível de habilidade profissional, exigido em um procedimento, cabe ao

cirurgião dentista estar devidamente preparado para lidar frente as possíveis

intercorrências. neste caso, manobras clinicas mal planejadas podem produzir lesões

maiores ao paciente e o devido diagnostico, associado ao diagnóstico de imagem se faz

imprescindível para um planejamento cirúrgico de precisão e eficácia. Este trabalho tem

como objetivo o relato de um caso clínico de uma complicação de uma exodontia de

terceiro molar superior direito deslocado para fossa infratemporal ipsilateral. Paciente de

sexo masculino, exodontia de terceiro molar superior (18). Houve por imperícia do

profissional executante, o deslocamento do terceiro molar para fossa infratemporal

ipsilateral. o mesmo encaminhou o paciente ao departamento de cirurgia e traumatologia

bucomaxilofacial do hospital cidade jardim em caráter de urgência com hipótese

diagnostica de deslocamento dentário para o seio maxilar, em exame pela equipe de

CTBMF por meio de exames por imagem, observou-se que o mesmo apresentava

deslocado para a fossa infratemporal ipsilateral. foi solicitado uma TC de face para

localização e planejamento cirúrgico para a remoção do dente 18, paciente com follow-up

de cinco anos com boa evolução. conclusão; independente do procedimento a ser

realizado intercorrências podem acontecer, mas o adequado diagnostico por imagens se

faz imprescindível para um planejamento efetivo no tratamento de complicações.

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RELATOS DE CASO

AVALIAÇÃO DE ODONTOMA COMPOSTO POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

DE FEIXE CÔNICO: SÉRIE DE CASOS

Rúbia Rogel Martins, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros, Rafael

Binato Junqueira, Francielle Silvestre Verner

Os odontomas compostos (OC) se originam de uma proliferação exagerada da lâmina

dentária formando estruturas semelhantes a dentículos. São diagnosticados mais

comumente em exame radiográfico de rotina ou quando se investiga o atraso na

esfoliação de dentes decíduos ou posição ectópica dos dentes permanentes. O objetivo

deste estudo é apresentar uma série de casos de OC, nos quais a tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC) foi realizada para melhor avaliação e

planejamento de tratamento. Caso 1: Paciente G. G. P. S., 16 anos, sexo masculino,

apresentando retenção prologada do dente 62, OC acima do dente 62 causando a

impacção do dente 22, que encontra-se retido em posição ectópica, horizontal e em

íntimo contato com a cavidade nasal e seio maxilar. Caso 2: Paciente L. P. F, 14 anos,

sexo feminino apresentando OC adjacente à coroa do dente 44, que encontra-se retido,

distoinclinado e com dilaceração radicular apical. Caso 3: Paciente V. G. C. L., 24 anos,

sexo masculino, apresentando retenção prolongada do dente 83, OC abaixo do dente 83,

causando deslocamento da raiz da do dente 42 e dente 43 retido em posição ectópica,

horizontal, adjacente à base da mandíbula. Caso 4: Paciente T. F. A. G., 15 anos, com

retenção prolongada do dente 73 e com OC adjacente à coroa do dente 33 retido. A

TCFC permitiu avaliação acurada de todos os casos, aumentando a previsibilidade do

planejamento de tratamento.

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RELATOS DE CASO

DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO PARA PROTEÇÃO DE PLACAS DE

FÓSFORO INTRAORAIS

Graziela de Moura, Priscila Fernanda da Silveira Tiecher, Nadia Assein Arús, Mariana

Boessio Vizzotto, Heraldo Luis Dias da Silveira

O serviço de radiologia da faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul (UFRGS) iniciou no primeiro semestre de 2018 a implantação do sistema

digital indireto intraoral de placas de fósforo. A possibilidade de redução da dose de

radiação para o paciente, sem redução na qualidade de diagnóstico, a ausência do

processo de revelação química, a durabilidade da placa e sua reutilização sem perda de

qualidade são fatores que indicam seu uso em instituições de ensino. No entanto, ao

longo do semestre, foi constatado a facilidade da ocorrência de danos físicos às placas

durante o atendimento aos pacientes, principalmente quando utilizada a técnica da

bissetriz. Mordidas, dobras e arranhões nas placas podem gerar artefatos na imagem e

muitas vezes inutilizam o dispositivo permanentemente. Embora a técnica preconizada

seja a do paralelismo com uso de posicionadores, a técnica da bissetriz apresenta

indicação clínica e, em determinadas situações se torna a última ou a única possibilidade

de obtenção da radiografia, sendo de fundamental importância o seu ensino. Com o

objetivo de reduzir a perda do receptor de imagem, foram confeccionados dispositivos

protetores bilaterais com placas de PVC (Polyvinyl chloride) cristal para plastificadora a

vácuo, na espessura de 0,75 mm a fim de proteger a placa de fósforo, sem alterar a

imagem, a dose de exposição e no menor volume possível. Após a utilização em

pacientes verificou-se que o protetor proporciona conforto e, ao mesmo tempo, proteção

das placas de fósforo contra danos físicos, contribuindo, assim, para sua maior vida útil.

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RELATOS DE CASO

UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM NO

DIAGNÓSTICO DE UM CASO CLÍNICO DE DOR DIFUSA DE ORIGEM ENDODÔNTICA

André Luiz da Costa Michelotto, Maria Carolina Lucato Budziak, Angela Toshie Araki,

Antônio Batista

O objetivo do presente trabalho foi apresentar um caso clínico onde o paciente procurou

atendimento no período da manhã se queixando de dor espontânea, latejante,

exacerbada ao frio e calor, na região inferior direita. A suspeita estava entre os dentes 46

e 47. Ao teste de sensibilidade pulpar ambos os dentes responderam positivamente e a

dor cessou assim que o estímulo foi removido. Ao exame clínico-radiográfico observou-se

que os dentes apresentavam restaurações profundas, porém sem infiltração. O

diagnóstico foi de pulpite irreversível sem zonas de necrose. Na impossibilidade de se

localizar o dente causador do quadro álgico o paciente foi encaminhado para a realização

de uma tomografia computadorizada cone beam. O resultado mostrou a presença de uma

rarefação óssea na região apical do dente 47, em função da reação inflamatória pulpar.

No período da tarde foi realizada a cavidade de acesso, preparo e medicação dos canais

com pasta de hidróxido de cálcio. À noite o paciente relatou que a dor cessou, não

precisando tomar nenhuma medicação analgésica. O presente caso mostrou que a

tomografia computadorizada cone beam foi um importante método de diagnóstico em

caso de pulpite onde não se localiza o dente causador do quadro álgico.

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RELATOS DE CASO

AVALIAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA PARA EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES POR

MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Roberta Nascimento Furbino, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara, Francielle Silvestre

Verner, Valdir Cabral Andrade, Maurício Augusto Aquino de Castro

A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é um valioso recurso imaginológico

para o diagnóstico e planejamento de casos. Suas principais vantagens estão

relacionadas com a menor dose de radiação em relação à tomografia computadorizada

médica, simplicidade técnica e fornecimento de cortes multiplanares e imagem

tridimensional detalhada. No planejamento cirúrgico para exodontia de terceiros molares,

caso a radiografia panorâmica não seja eficaz para a tomada de decisão, a TCFC é

indicada para avaliação tridimensional da anatomia dos dentes em questão, sua

localização e relação com as estruturas adjacentes. O presente trabalho teve como

objetivo apresentar uma série de casos em que se utilizou a TCFC no planejamento pré-

operatório de exodontias de terceiros molares. Os casos ilustram variadas situações que

ofereciam risco de injúrias ao paciente durante os atos cirúrgicos, relacionados com a

variabilidade anatômica dos dentes, com a localização em sítios de difícil acesso cirúrgico

ou com íntima relação de proximidade com estruturas nobres adjacentes, notadamente os

canais mandibulares e seios maxilares. A maior acurácia diagnóstica da TCFC contribuiu

para aumentar a previsibilidade dos riscos durante os procedimentos para exodontia dos

terceiros molares, aprimorando o planejamento cirúrgico. Observou-se a relevância da

TCFC como recurso diagnóstico, ressaltando-se a importância de sua correta indicação.

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RELATOS DE CASO

AMELOBASTOMA: RELATO DE CASO-RECIDIVA

CA Lobo, JR Mikami, RG Dorta, VAN Ferreira, VAM Montalli

O ameloblastoma classifica-se como um tumor de origem epitelial apresentando um

crescimento lento, infiltrativo e expansivo, possuindo padrões histológicos que tendem a

se infiltrar por entre os trabeculares ósseos adjacentes a lesão, tornando-se um tumor de

alto potencial de recidiva. Relata-se um caso clinico, que recidivou pela terceira vez, em

um período de 19 anos. Paciente do sexo masculino, compareceu ao serviço, relatando

como queixa principal “o tumor já apareceu novamente”, observou-se aumento de volume

lado direito com assimetria facial, indolor. Ao exame histopatológico foi observado

fragmento de mucosa revestida por tecido epitelial pavimentoso estratificado

paraqueratinizado exibindo na lâmina própria, subjacente ao epitélio de revestimento e

que se estende a profundidade, neoplasia epitelial de origem odontogênica apresentando

padrões ora folicular, ora plexiforme, bem como, com áreas acantomatosas. Ao exame

tomográfico observou-se a presença de extensa área hipodensa multilocular em região de

corpo de mandíbula, com expansão e reabsorção das corticais vestibular e lingual, que se

estende da UD. 47 a UD. 41, além de discreta reabsorção óssea na região de processo

alveolar em corpo de mandíbula. O objetivo deste trabalho e demostrar o potencial de

recidiva do ameloblastoma, independente da abordagem, frente a diferentes tipos de

tratamento, ressaltando a importância e imprescindível controle pós-operatório, após o

diagnóstico e plano de tratamento realizado.

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RELATOS DE CASO

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE OSTEOSSARCOMA EM CÔNDILO MANDIBULAR:

RELATO DE CASO

Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

Conhecido também como sarcoma osteogênico, o osteossarcoma é o tumor ósseo

maligno primário mais comum em crianças e adolescentes, com pico de incidência entre a

2ª e 3ª décadas de vida. Os locais mais frequentes em que esse tipo de câncer afeta são

o fêmur e o joelho, 5 % destes ocorrem nos maxilares. Meninos e meninas têm uma

incidência similar desse tumor até o final da adolescência, época em que o sexo

masculino começa a predominar no diagnóstico da doença. A causa específica do

osteossarcoma ainda não é conhecida. Este presente trabalho tem como objetivo o relatar

os achados radiográficos da hipótese diagnóstica de osteossarcoma em côndilo

mandibular. Paciente gênero masculino, 26 anos, procurou o Ambulatório de CTBMF da

UFPE queixando-se de um aumento de volume na região mandibular direita. Ao exame

clínico observou-se uma assimetria facial pela expansão da área, com crescimento

rápido. Ao exame de tomografia volumétrica de feixes cônicos, apresentou uma imagem

compatível com destruição óssea e formação de osso anormal na região, cortical externa

com evidente radiopacidade semelhante a raios de sol, sugestiva de osteossarcoma. Foi

solicitado um exame de cintilografia óssea com contraste ao paciente para observar as

dimensões da lesão. Encaminhado ao bloco cirúrgico, o paciente foi submetido a

hemimandibulectomia. Definições mais precisas dos osteossarcomas que atingem os

maxilares são importantes para realização do diagnóstico prévio e maior sobrevida do

indivíduo.

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RELATOS DE CASO

EXOSTOSE MAXILAR INCOMUM: ESTUDO RADIOGRÁFICO

Ana Luísa Machado Batista, Felipe Paiva Fonseca, Cláudia Borges Brasileiro, Roselaine

Moreira Coelho Milagres, Tânia Mara Pimenta Amaral

Exostoses são protuberâncias ósseas localizadas que se originam da cortical óssea e, em

raras ocasiões, uma exostose pode tornar-se tão grande que é difícil diferenciá-la de um

tumor, como um osteoma. A paciente M. C. G. B., sexo feminino, 68 anos, compareceu à

clínica de Patologia, Estomatologia, e Radiologia II da FO-UFMG queixando-se de uma

tumefação na região de molares bilateral em maxila, que se iniciou há dois anos,

assintomático. Ao exame clínico intraoral foi constatado um aumento de volume na região

posterior de maxila, endurecido, e com a região de túber da maxila coloração semelhante

a mucosa bilateralmente. A paciente foi encaminhada para realização de radiografia

panorâmica, periapical e tomografia computadoriza da de feixes cônicos. Na radiografia

panorâmica observa-se áreas discretamente radiopacas com limites indefinidos na região

de molares superiores. Nas radiografias periapicais visualiza-se imagens radiopacas,

homogêneas, de bordas definidas, ovaladas, entremeadas ao trabeculado ósseo, na

região posterior de maxila bilateralmente, sugestivas de esclerose óssea idiopática. No

exame tomográfico visualiza-se aumento de volume na região posterior de maxila direita e

esquerda e projeção óssea com contornos curvilíneos. As corticais ósseas apresentam-se

espessadas, principalmente por palatina e nota-se um trabeculado ósseo dentro dos

padrões de normalidade, sugestivo de exostose. O diagnóstico final foi de exostose, e a

paciente se encontra em acompanhamento.

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RELATOS DE CASO

ASPECTO ÓSSEO PÓS TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE LESÃO CÍSTICA NA

REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA

Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

Os cistos inflamatórios periapicais representam uma considerável parcela na distribuição

epidemiológica daqueles categorizados como odontogênicos. Estudos mostram que no

mundo inteiro cerca de 84% dos cistos que acometem a região maxilo facial são

inflamatórios periapicais. Seu diagnóstico é realizado pela associação entre o exame

clínico, imaginológico e histopatológico. a terapêutica dessas lesões compreende desde o

tratamento endodôntico dos dentes envolvidos até a sua enucleação cirúrgica. O presente

trabalho enfatiza o processo de cicatrização de uma lesão osteolítica localizada na região

anterior de mandíbula sugestiva de cisto inflamatório, que se estendia do elemento 33 ao

43, e que houve uma resposta favorável ao tratamento endodôntico convencional, não

necessitando de intervenção cirúrgica. Pôde-se obter um diagnóstico clínico de cisto

periapical infamatório, devido à realização de uma punção no local. A regressão dos

cistos radiculares indica o desencadeamento de reações teciduais de natureza

imunopatológica e inflamatória. A cura da lesão é um processo dinâmico que exige um

tempo considerável, e irá definir se a escolha da terapêutica foi adequada.

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RELATOS DE CASO

ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS E CLÍNICOS APRESENTADOS POR UM

QUERATOCISTO EM MAXILA

Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

Os ceratocistos odontogênicos são mais comuns entre 10 e 40 anos, mais prevalente em

homens. Essas lesões são normalmente assintomáticas, raramente há expansão óssea,

mesmo nas lesões de grandes extensões. Radiograficamente a lesão é caracterizada por

uma imagem radiolúcida, com margens regulares e limites bem definidos. O objetivo é

relatar os aspectos radiográficos de um ceratocisto em região posterior de maxila com

invasão sinusal. Paciente gênero feminino, 52 anos, compareceu ao Ambulatório de

CTBMF relatando presença de secreção purulenta adjacente ao dente 27, além de

cefaleia constante e dor intensa a aproximadamente cinco anos. Ao exame clínico

apresentou aumento de volume na região de tuberosidade esquerda, comunicação

bucossinusal, dor a palpação e hálito fétido. Radiografia panorâmica dos maxilares

revelou uma imagem radiolúcida, unilocular, de limites bem definidos, localizada na região

posterior de maxila do lado esquerdo a qual se difundia para dentro do seio maxilar.

Dentro do seio, a lesão apresentou uma imagem de baixa densidade, corticalizada,

aspecto nodular e que ocupava quase toda extensão do assoalho. Imagens adicionais de

tomografia computadorizada confirmaram os aspectos imaginológicos encontrados na

radiografia panorâmica além de melhor delimitar a lesão para fins cirúrgicos. É necessária

uma boa anamnese, dispor dos exames complementares e um correto manejo do

Cirurgião Dentista para melhor diagnóstico e tratamento da patologia.

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RELATOS DE CASO

ASPECTO IMAGINOLÓGICO DE QUERATOCISTO DE MANDÍBULA POR

DESCOMPRESSÃO

Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

O queratocisto odontogênico é uma lesão que apresenta comportamento clínico e

aspectos microscópicos específicos. Tem maior predileção na segunda e terceira décadas

de vida, sendo mais prevalente na região mandibular posterior e mais frequente no

gênero masculino. O tratamento pode ser constituído de descompressão, marsupialização

e enucleação, a escarificação procedimentos auxiliares algumas vezes adotados, já que

esta lesão possui altas taxas de recidiva. O objetivo do trabalho é relatar os aspectos

clínicos e radiográficos de um queratocisto em região de ângulo e ramo mandibular

direito. Paciente do gênero masculino, 26 anos, procurou o Ambulatório de CTBMF da

UFPE queixando-se de um aumento de volume na região de ângulo e ramo mandibular

direito sem sintomatologia dolorosa. Ao exame imaginológico apresentou uma imagem

radiolúcida unilocular de aproximadamente 2,5 cm X 4 cm, de limites bem definidos,

localizada na região retromolar direita. Ao exame cintilográfico de face e esqueleto,

observou-se uma imagem de hipercaptação limitada a região posterior de mandíbula.

Diante da extensão da lesão o tratamento de escolha foi o cirúrgico por descompressão

onde foi instalado um dreno intraósseo no local da lesão por 45 dias com o intuito de

regredir a lesão, evitando a realização de hemimandibulectomia. Observa-se então a

necessidade de uma boa anamnese, dispor dos exames complementares e um correto

manejo para melhor diagnóstico e tratamento da patologia.

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RELATOS DE CASO

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE OSTEOPETROSE

Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

Osteopetrose é uma rara desordem óssea metabólica, de caráter hereditário, com

diagnóstico firmado por vários achados clínicos e principalmente radiográficos.

Caracteriza-se por uma disfunção osteoclástica, que gera um aumento da densidade

óssea esqueletal. O presente estudo tem como objetivo o relato dos achados clínicos e

imaginológicos da osteopetrose por meio de um relato de caso. Paciente gênero

masculino, 43 anos, apresentou-se ao Ambulatório de CTBMF da UFPE para realização

de um procedimento cirúrgico e confecção de prótese obturadora palatina. Durante a

anamnese relatou fortes dores na face e edema que não o permitia fazer uso de prótese.

Adicionalmente, relatou tomar medicações por conta própria (corticoides e antibióticos).

Ciente da sua condição patológica de osteopetrose, relatou ter passado por

procedimentos de exodontia apresentando complicação pós-cirúrgica sob a forma de

osteomielite mandibular, posteriormente tratada. Exames radiográficos e tomográficos

demonstraram aumento generalizado da densidade esquelética craniofacial, com perda

do limite entre osso esponjoso e osso cortical. Paciente veio a óbito decorrido algum

tempo de seu exame clínico inicial, vítima de um abscesso cerebral. Nenhum tratamento

planejado para o mesmo teve êxito visto que o paciente demonstrava dificuldade em

seguir as orientações médicas. Portanto, nota-se a importância de avaliação radiográfica

eficaz e precisa para melhor diagnóstico e tratamento do paciente.

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RELATOS DE CASO

RELATO DE CASOS DE ALTERAÇÕES NOS OSSOS TEMPORAIS DE INDIVÍDUOS

COM FISSURAS LABIOPALATINAS EM EXAMES DE TCFC

Maria Clara Rodrigues Pinheiro, Cristina Salazar Berrocal, Emilio Gabriel Ferro Schneider,

Otavio Pagin, Bruna Stuchi Centurion Pagin

Indivíduos com fissura labiopalatina (FLP) frequentemente apresentam alterações

auditivas em decorrência de malformações anatômicas e/ou funcionais da tuba auditiva. O

presente trabalho mostra três casos avaliados para timpano-mastoidectomia, de

indivíduos portadores de FLP, atendidos no Hospital de Reabilitação de Anomalias

Craniofaciais da Universidade de São Paulo por meio de tomografia computadorizada de

feixe cônico. No primeiro caso, um indivíduo do gênero masculino, 32 anos, com fissura

de palato completa que apresentava conteúdo de partes moles em orelha média do lado

esquerdo, alterações na cadeia ossicular, erosão do tegmen timpânico e

hipopneumatização das células mastoideas bilateralmente. No segundo caso, uma mulher

de 21 anos, portadora de FLP incompleta do lado direito, apresentou esclerose das

células mastoideas. O terceiro caso é um indivíduo do gênero masculino, 8 anos, com

FLP completa do lado direito, apresentava conteúdo de partes moles na orelha média,

hipopneumatização das células mastoideas bilateralmente, bem como velamento parcial

dos seios paranasais bilateralmente. O manejo ideal de pacientes com FLP consiste além

da correção dos defeitos da FLP, avaliação otorrinolaringológica continuada para

proporcionar uma audição adequada: mantendo a integridade ossicular e permitindo a

aeração adequada da orelha média que apresenta defeitos pela falta de ventilação da

tuba auditiva, em indivíduos com anomalias no palato.

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RELATOS DE CASO

ASPECTOS RAROS IMAGINOLÓGICOS DE NEUROMA INTRAÓSSEO

Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

Sabe-se que neuroma traumático é causado devido à proliferação de um nervo,

consequente a uma ruptura de seus ligamentos após uma cirurgia e/ou lesão na região da

cabeça e pescoço. É diagnosticado, sobretudo, na meia-idade e mostram uma predileção

ao sexo feminino. Clinicamente apresenta-se como um nódulo firme tão doloroso que é,

geralmente, visto na área do forame mentoniano, língua e lábio inferior. O presente

trabalho tem objetivo relatar os aspectos clínicos e radiográficos de um caso de neuroma

traumático na região mandibular direita após exodontia do terceiro molar. Paciente,

gênero feminino, 26 anos, procurou o Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo

Facial da UFPE, relatando perda de sensibilidade do lábio inferior direito. Durante

anamnese a paciente relatou que ter realizado uma cirurgia de exérese de dentes

inclusos há três anos. Ao exame imaginológico (panorâmica), apresentou ruptura do

nervo alveolar inferior direito associado a uma massa radiolúcida. A paciente foi

submetida a uma biópsia incisional onde se confirmou o diagnóstico de neuroma

traumático. Portanto, nota-se a importância de avaliação radiográfica eficaz e precisa

antes de exodontias dos terceiros molares, afim de evitar complicações durante a cirurgia.

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RELATOS DE CASO

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E IMAGINOLÓGICAS DE LESÃO FIBRO-ÓSSEA

BENIGNA EM PACIENTE PEDIÁTRICO

Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

O termo lesão fibro-óssea benigna não representa um diagnóstico, mas um processo

biológico semelhante em diversas lesões. É um processo de substituição do osso normal

por tecido fibroso contendo material mineralizado. Podem ser dos tipos: displasia fibrosa

que radiograficamente aparece como opacificação fina e mal delimitada, denominada de

“vidro despolido”, displasias cemento-ósseas que aparecem radiolúcidas, passando pelos

estágios misto e radiopaco, apresentando uma borda periférica fina radiolúcida ou fibroma

ossificante que aparece com uma radiolucidez geralmente unilocular bem definida,

podendo demonstrar graus variáveis de radiopacidade dependendo da quantidade de

material calcificado produzido pelo tumor. Paciente, gênero masculino, 14 anos, procurou

o Ambulatório de CTBMF da UFPE, queixando-se de um aumento de volume na região de

maxila direita. Ao exame clínico apresentou uma tumefação na região posterior de maxila

direita, indolor a palpação com aproximadamente cinco anos de evolução. Ao exame

imaginológico foi encontrado uma massa lobular, de forma irregular e radiopaca

envolvendo a maxila direita, que se estende do alvéolo maxilar para ao rebordo orbital

inferior e tuberosidade da maxila direita. O laudo histopatológico da peça cirúrgica

confirmou que era lesão sugestiva de fibroma ossificante. Tanto a localização quanto

outras características clínicas, tais como gênero do paciente, faixa etária e características

radiográficas, são incomuns a este tipo de lesão.

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RELATOS DE CASO

ASSOCIAÇÃO DE CISTO DENTÍGERO A MOLARES INCLUSOS: ASPECTOS

IMAGINOLÓGICOS

Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

O cisto dentígero corresponde aos cistos odontogênicos do desenvolvimento mais comum

dentre os cistos envolvidos nessa classificação. Acredita-se que sua origem está na

separação do fluido que fica ao redor da coroa de um dente incluso. Este cisto

caracteriza-se por envolver a coroa de um dente incluso e se conecta ao dente pela

junção amelocementária. Este cisto acomete com maior frequência os terceiros molares

inferiores. A faixa etária mais acometida vai dos onze aos trinta anos, apresentando leve

predileção pelo sexo masculino e maior prevalência à raça branca. Os cistos dentígeros

são geralmente de tamanho pequeno e assintomáticos, podendo, em alguns casos, atingir

tamanho considerável. Radiograficamente, verifica-se uma imagem radiolúcida, unilocular,

associada à coroa de um dente incluso, com margens bem definidas e frequentemente

escleróticas. Este trabalho é um relato de caso de cisto dentígero associado aos molares

inclusos, em paciente do sexo feminino com vinte anos de idade. A paciente procurou o

serviço após realização de exame radiográfico para tratamento ortodôntico. Ao avaliar a

radiografia, observou-se a presença de imagem radiolúcida sugestiva de cisto no segundo

e terceiro molar superior esquerdo e no terceiro molar inferior direito, todos inclusos. O

diagnóstico de cisto dentígero foi confirmado após exame histopatológico. Neste relato

discutiremos sobre as características clínicas, radiográficas, histopatológicas e

terapêuticas do caso.

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RELATOS DE CASO

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE CALCIFICAÇÃO DE LINFONODO COM

RESSECÇÃO CIRÚRGICA

Camilla Siqueira de Aguiar, Milena M. V. A. de M. Pinheiro, Victor L. M. V. A. de Melo,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

Linfonodos são numerosos, interpostos no trajeto dos vasos linfáticos. São órgãos

pequenos, ovoides. Calcificação patológica é a deposição anormal de sais de cálcio,

juntamente com pequenas quantidades de ferro, magnésio e outros sais minerais nos

tecidos. Calcificações de nódulos linfáticos são calcificações distróficas, presentes em

nódulos em processo de inflamação crônica devido a doenças, é assintomática e

encontrada ao acaso em radiografias panorâmicas podendo ser confundido com sialolitos

ou flebólitos. O objetivo é relatar um caso dos aspectos clínicos e imaginológicos de um

linfonodo calcificado em região submandibular. Paciente sexo masculino, melanoderma,

67 anos, buscou o serviço do Ambulatório de CTBMF da UFP E relatando um aumento de

volume na região submandibular direita, com aproximadamente 5 anos de evolução. Ao

exame clínico foi realizado uma palpação na região a qual apresentou características de

consistência dura, bem delimitada, móvel e indolor. Solicitou-se raio-X de face do tipo

panorâmica, o qual apresentou-se como uma imagem radiopaca na região

submandibular. Posteriormente solicitou-se uma tomografia de face, apresentando

imagem compatível com calcificação de tecido mole. O paciente por fim foi submetido a

ressecção sob anestesia geral. Por isso o cirurgião-dentista deve saber realizar o

diagnóstico diferencial para melhor tratamento do paciente, evitando abordagens

invasivas em casos desnecessários.

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RELATOS DE CASO

ANQUILOSE ALVEOLODENTÁRIA: ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS DE

TRÊS CASOS DE MEMBROS DE UMA MESMA FAMÍLIA

Ana Maria Lucas Guimarães, Letícia Lima Magalhães, Rose Mara Ortega, Maurício

Augusto Aquino de Castro, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara

A anquilose alveolodentária é uma anomalia de erupção em que ocorre a fusão anatômica

do osso alveolar com a dentina/cemento em razão da ausência do ligamento periodontal.

O objetivo do presente trabalho é apresentar uma série de casos clínicos de anquilose

alveolodentária na dentição em membros de uma mesma família. A partir de prontuários

odontológicos, exames fotográficos e imaginológicos (radiografias periapicais e tomografia

computadorizada do feixe cônico), foram coletadas informações sobre idade, gênero e

características clínicas e radiográficas da anquilose como sua localização, número de

dentes envolvidos, bem como classificação da posição do dente em infraoclusão,

consequente da anquilose, dimensionada em três graus diferentes: leve, moderada e

severa. Nos três casos clínicos as pacientes eram do sexo feminino, primas, com idades

de 12, 22 e 20. A anquilose ocorreu tanto na mandíbula quanto na maxila, na dentição

permanente e decídua, apresentou graus de severidade variada e os tratamentos foram

orto e/ou ortocirúrgicos com desfechos variados. Ressalta-se que a utilização de métodos

imaginológicos de qualidade auxiliam o diagnóstico da anquilose alveolodentária, que

quando precoce apresenta melhores prognósticos para o tratamento. A literatura não

elucida com precisão a etiologia, porém, sendo os pacientes relatados membros de uma

mesma família, sugere-se etiologia genética.

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RELATOS DE CASO

ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA UNILATERAL EM ARTICULAÇÃO

TEMPOROMANDIBULAR DE PACIENTE COM DEFORMIDADE DENTOFACIAL

Ana Maria Lucas Guimarães, Priscila Dias Peyneau, Márcia Gabriella Lino de Barros,

Helena Aguiar Ribeiro Nascimento, Francielle Silvestre Verner

A oclusão tem sido historicamente relacionada com fatores desencadeantes,

predisponentes e/ou perpetuantes das disfunções temporomandibulares. O objetivo do

presente trabalho foi relatar um caso de um paciente que apresentava deformidade

dentofacial (Classe III de Angle e acentuado prognatismo mandibular). Ao buscar o

serviço especializado queixou-se de dor e desconforto na região temporomandibular do

lado esquerdo. Para complementar o exame clínico foi solicitada uma tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC), e com o auxílio das imagens obtidas foi

possível visualizar com maior acurácia as estruturas da região, bem como notar uma

alteração morfológica unilateral na articulação temporomandibular do lado esquerdo do

paciente. Além de alterações de forma e alterações osteoartríticas na cabeça da

mandíbula esquerda (aplainamento, osteófito, erosões e esclerose), pôde-se observar um

deslocamento anterior do processo condilar, o qual se encontrava posicionado topo a topo

com o vértice da eminência articular, na posição de máxima intercuspidação habitual.

Após a avaliação das imagens foi possível instituir o correto plano de tratamento. Dessa

forma, pode-se concluir que o exame complementar imaginológico foi essencial para o

diagnóstico final e instituição do tratamento, sendo a TCFC o exame de escolha para

avaliação de pacientes com deformidades dentofaciais.

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RELATOS DE CASO

EXACERBAÇÃO AGUDA DE UM GRANULOMA PERIAPICAL: RELATO DE CASO

Neumara Marcon Lucktemberg, Sydia Maria Donato da Cunha, Monikelly do Carmo

Chagas do Nascimento, Francine Kühl Panzarella

O granuloma apical (granuloma periapical ou periodontite apical crônica) é uma massa de

tecido de granulação crônica (tecido conjuntivo neoformado com inflamação crônica),

aderida ao redor de um ápice radicular de um dente geralmente desvitalizado.

Histologicamente esse tecido de granulação é composto por linfócitos, plasmócitos,

macrófagos, fibras colágenas e vasos neoformados. Radiograficamente ele aparece como

uma rarefação óssea periapical, que pode ser circunscrita por osteogênese reacional,

normalmente limitada, com forma oval ou circular, com perda da lâmina dura apical. O

objetivo deste trabalho é expor um caso de exacerbação aguda de um granuloma

periapical inflamatório em primeiro molar inferior direito, tratado através de uma cirurgia

perirradicular.

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RELATOS DE CASO

CISTO ÓSSEO SIMPLES EXTENSO EM MANDÍBULA: A IMPORTÂNCIA DOS

EXAMES CLÍNICO E IMAGINOLÓGICOS PARA A CORRETA TERAPÊUTICA

Ana Maria Lucas Guimarães, Andreones Roberto Felix, Onescy Silveira Dias, Maurício

Augusto Aquino Castro, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara

O cisto ósseo simples (COS) também denominado cisto ósseo traumático ou hemorrágico

é classificado como um pseudocisto intraósseo destituído de revestimento epitelial. O

objetivo deste trabalho foi descrever um caso clínico de COS extenso na mandíbula de

um jovem de 14 anos com queixa principal de crescimento exagerado da mandíbula e

histórico de trauma. Exames imaginológicos (radiografias e tomografia computadorizada

de feixe cônico- TCFC) evidenciaram, respectivamente, extensa lesão radiolúcida/

hipodensa envolvendo região de sínfise, corpo e ramo mandibular direito. Foram

sugeridas algumas hipóteses diagnósticas como ameloblastoma, ceratocisto

odontogênico, COS e mal formação vascular. Uma punção aspirativa da lesão revelou

conteúdo líquido de coloração vermelha semelhante a sangue. Foi solicitado então exame

de ressonância magnética (RM) que descartou a possibilidade de a lesão ser de caráter

vascular. Uma radiografia panorâmica um ano após a punção aspirativa sugeriu

neoformação óssea, fortalecendo a hipótese de COS. Aos 18 anos, a nova TCFC revelou

redução significativa do volume da lesão, mas ainda uma área hipodensa na região do

ramo, em que foi feita nova punção (conteúdo líquido semelhante a sangue), acesso

cirúrgico e coleta de fragmento ósseo (tecido sadio) e curetagem (ausência de

revestimento). A partir dos dados clínicos, histórico de trauma, características

radiográficas e análise histopatológica dos materiais coletados o diagnóstico final foi de

COS.

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RELATOS DE CASO

CARACTERÍSTICAS TOMOGRÁFICAS DO CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE:

RELATO DE CASO CLÍNICO

Beatriz de Carvalho Rocha, Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Bruno A. Benevenuto de

Andrade, Renato Visconti Filho, Maria Augusta Visconti

O cisto de Gorlin, também denominado cisto odontogênico calcificante (COC), é uma

lesão incomum, que soma apenas 0,3% das biópsias da cavidade oral e 2% de todos os

cistos e tumores odontogênicos. É uma lesão benigna de comportamento clínico variável

e de grande interesse para o cirurgião-dentista, pois afeta os ossos maxilares causando

alterações nas estruturas adjacentes. Apresenta igual distribuição entre a maxila e

mandíbula e a maioria das lesões está relacionada aos incisivos e caninos, podendo estar

associada a outra lesão odontogênica. As características imaginológicas variam de um

padrão completamente hipodenso até um padrão misto, com focos hiperdensos. Paciente

WFS, 55 anos, gênero masculino, procurou atendimento devido ao aumento de volume na

face, causando assimetria e elevação da asa do nariz com apagamento do sulco

nasolabial. O mesmo foi encaminhado ao Serviço de Radiologia da UFRJ para realização

de uma tomografia computadorizada de feixe cônico. Observou-se imagem mista,

unilocular, bem delimitada, envolvendo a maxila do lado esquerdo, com retenção do dente

23, associado a odontoma. Foi verificado a expansão e rompimento das corticais ósseas

e íntima relação com o assoalho do seio maxilar. Os dentes associados à lesão

apresentavam reabsorções radiculares. Sugeriu-se como hipóteses de diagnóstico:

ceratocisto odontogênico; cisto odontogênico calcificante e ameloblastoma. O exame

histopatológico confirmou o diagnóstico de COC.

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RELATOS DE CASO

INFLUÊNCIA DOS MODOS DE IMAGEM E DE ROTAÇÃO NA AVALIAÇÃO DO OSSO

ALVEOLAR VESTIBULAR ATRAVÉS DE TCFC

Vanessa Sousa Nazaré Guimarães, Paula Paes Ferreira, Milena de Arruda Cabral

Sampaio, Luciana Loyola Dantas, Iêda Margarida Crusóe Rocha Rebello

A diversidade de protocolos de aquisição de imagem por tomografia computadorizada de

feixe cônico (TCFC) tem impulsionado a realização de pesquisas com fins conhecer a

influência dos fatores de exposição na qualidade da imagem para o diagnóstico em

diversas áreas da odontologia. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo

comparar os diferentes protocolos de aquisição de imagens por TCFC: HIFI-180°; HIFI-

360°; HIRES-180°; HIRES- 360°; HISPD-180°; HIFI-360°; STD-180°; STD-360° no

diagnóstico da ausência do osso alveolar vestibular (OAV). Para tanto, foram adquiridas

imagens de TCFC de um crânio completo (maxila e mandíbula), com oito modos de

aquisição distintos, em um mesmo aparelho, o Accuitomo (J. Morita, Kyoto, Japão). As

imagens foram avaliadas por dois examinadores e os resultados comparados com os

achados do crânio seco (padrão ouro). Os resultados mostraram, através da análise de

variância, que os protocolos HIFI-360°; HIRES-180° e HIRES-360° demonstraram

desempenho superior, e estatisticamente significante, na avaliação da OAV. Diante dos

resultados encontrados pôde-se concluir que para a avaliação da OAV é indicado o

protocolo HIRES-180° com vistas a expor o paciente a uma menor dose de radiação sem

comprometer o diagnóstico por imagem.

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RELATOS DE CASO

AVALIAÇÃO DE LESÕES NOS OSSOS MAXILARES POR MEIO DA TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: UMA SÉRIE DE CASOS

George Patrick Sotero Sturzinger, Matheus Ferreira Diniz, Pedro Fernandes Passos,

Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, Maria Augusta Portella Guedes Visconti

As lesões intraósseas são processos patológicos comumente encontrados nas regiões de

maxila e mandíbula. Os cistos e tumores odontogênicos são as lesões mais encontradas

no complexo maxilomandibular. Podemos destacar como lesões comuns: cisto dentígero,

queratocisto odontogênico, ameloblastoma, mixoma odontogênico, tumor odontogênico

adenomatoide, dentre outras. O diagnóstico dessas condições se dá por meio de exames

por imagem e a avaliação precoce pode minimizar os danos causados às estruturas

adjacentes e ainda contribuir para o correto planejamento do tratamento. Inicialmente

essa avaliação pode ser feita utilizando exames radiográficos bidimensionais, como as

radiografias panorâmica e/ou periapicais com dissociação de imagens. No entanto, estes

apresentam diversas desvantagens, como distorção e sobreposição de estruturas. Para

sanar os problemas inerentes às técnicas bidimensionais a opção mais indicada é o

exame tomográfico, sendo a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) mais

eficaz. Dessa forma, esse estudo consiste na análise de diversos casos de lesões em

mandíbula e maxila, por meio da TCFC, demonstrando assim, a relevância desse exame,

sua acurácia e importância, na correta avaliação e elaboração das hipóteses de

diagnóstico, para um bom planejamento do tratamento e um melhor prognóstico para os

pacientes.

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RELATOS DE CASO

AVALIAÇÃO DE ODONTOMAS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

DE FEIXE CÔNICO

Kananda Galdino de Araújo, Beatriz Salomão Porto Alegre Rosa, George Patrick Sotero

Sturzinger, Matheus Ferreira Diniz, Maria Augusta Portella Guedes

Os odontomas são os tipos mais comuns de tumores odontogênicos. Quando

desenvolvidos, consiste principalmente em esmalte e dentina. Esses tumores ainda são

subdivididos em odontoma composto e em odontoma complexo. Acomete pacientes

jovens, de dez a vinte anos em média, a maioria das lesões são assintomáticas, sendo

descobertos em exames de rotina ou quando são realizadas radiografias para determinar

o motivo pelo qual um dente ainda não erupcionou. São tipicamente lesões pequenas,

ocorrem com mais frequência em maxila do que na mandíbula. Radiograficamente o

odontoma composto se mostra como uma lesão radiolúcida, bem delimitada, com

múltiplos dentículos em seu interior. O odontoma complexo é visto como uma lesão

radiopaca, bem delimitada, cercada por uma delgada margem radiolúcida. Para um

melhor diagnóstico radiográfico, são feitos exames de imagem de tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC). A TCFC é um excelente exame radiográfico, já

que com esse recurso é possível analisar toda a lesão, tridimensionalmente e sua

associação com as estruturas adjacentes. No relato de caso, paciente feminino, 12 anos,

apresenta uma lesão bem delimitada, com estruturas no interior hiperdensas, localizada

em região anterior de mandíbula, associada a um canino impactado. A partir da TCFC é

possível identificar a lesão, criando então melhores chances de tratamento e melhor

prognóstico para o paciente.

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RELATOS DE CASO

DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA PERIAPICAL DIAGNOSTICADA POR TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: RELATO DE CASO

Patricia Fernandes Avila Ribeiro, Heraldo Luis Dias da Silveira, Leonardo Bez, Karoline

Rossi, Gladson Peruchi Ribeiro

As displasias cemento-ósseas são lesões fibro-ósseas, não neoplásicas que substituem o

osso normal por tecido conjuntivo denso, osteoide e cementoide. O diagnóstico definitivo

é atingido a partir da associação entre exames clínico, imaginológico e histológico. O

objetivo do relato de caso é destacar a importância do exame radiográfico no seu

diagnóstico. Paciente, 58 anos, gênero feminino, totalmente edêntula, compareceu à

clínica de radiologia odontológica com solicitação de tomografia computadorizada de feixe

cônico para planejamento de implantes na região anterior da mandíbula. Contudo, durante

a análise das imagens observou-se múltiplas áreas hiperdensas arredondadas,

circundadas por linhas hipodensas na região correspondente à área apical dos dentes

anteriores. A hipótese diagnóstica sugerida foi displasia cemento óssea periapical. Frente

a essa situação, o cirurgião dentista responsável pela paciente, executou biópsia

excisional e encaminhou para o exame histológico que comprovou o diagnóstico. O

tratamento prosseguiu com a reabilitação dentária da paciente, instalação de implantes e

confecção de prótese. Este caso ilustra a relevância dos exames por imagem no

diagnóstico de displasias cemento-ósseas, uma vez que a definição do tipo, depende da

presença de única ou múltiplas lesões e da localização radiográfica. Palavras chave:

displasia cemento óssea, tomografia computadorizada de feixe cônico, displasia cemento

óssea periapical.

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RELATOS DE CASO

CT CONE BEAM PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Marcelo Faria, Luciana Freitas Bastos, Beatriz Lamas de Melo, Vanessa Pinto, Débora

Teixeira

Somos o Núcleo Odontológico de Radiologia e atendimento a pacientes com

necessidades especiais. O Serviço é custeado pela FAPERJ e FINEP. O objetivo geral é

um atendimento de excelência a comunidade através do SUS, na área de Radiologia

Odontológica com exames intra e extraorais e tomografia computadorizada de feixe

cônico e também atendimento clínico e cirúrgico para pacientes especiais e bucomaxilo.

O presente trabalho tem por objetivo específico apresentar casos clínicos de pacientes

especiais cujo planejamento foi realizado por tomografia computadorizada de feixe cônico

e demais sistemas de imagem digital.

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RELATOS DE CASO

CT CONE BEAM, RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E MULTISLICE PARA PACIENTES

COM NECESSIDADES ESPECIAIS E SISTEMICAMENTE COMPROMETIDOS

Marcelo Faria, Luciana Freitas Bastos, Beatriz Lamas de Melo, Vanessa Pinto, Debora

Teixeira

No presente trabalho serão vistos casos especiais por meio de tomografia

computadorizada de feixe cônico, ressonância magnética e multislice do Núcleo de

Radiologia Odontológica e Hospital Universitário Pedro Ernesto da UERJ (HUPE).

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RELATOS DE CASO

ENDO GUIDE: UMA ALTERNATIVA CONSERVADORA NA TERAPIA ENDODÔNTICA

Bernardo Freire, Stephane Vianna, Marcus Vinicius Freire, Israel Chilvarquer

O acesso endodôntico em dentes com calcificação radicular é um grande desafio na

prática clínica. Nesses casos, a ocorrência de desvios e perfurações radiculares são

comumente observados e podem dificultar e impossibilitar a terapia endodôntica, levando

até a exodontia do elemento dentário. Neste relato de caso, um paciente do sexo

feminino, 25 anos, leucoderma, apresentou-se à clínica odontológica queixando-se de

escurecimento do dente 21. Após exame físico e radiográfico, constatou-se ausência de

sensibilidade no dente em questão, assim como calcificação do canal radicular e a

presença de rarefação óssea periapical circunscrita. Foram adquiridas imagens no

Tomógrafo PreXion®, aonde verificou-se a presença de luz de pequena dimensão no

canal radicular do dente 21 a partir do terço médio radicular. Para a realização do

planejamento digital e confecção do guia de acesso endodôntico, foi realizado o

escaneamento intraoral da arcada superior. O software utilizado para integração dos

volumes obtidos foi o ImplantViewer®, aonde realizou-se o planejamento do acesso e a

geração do arquivo digital do guia endodôntico, ao qual foi encaminhado para impressora

3D Formlabs2®. A checagem da adaptação do guia foi realizada previamente o

procedimento e o acesso guiado endodôntico realizado com broca do kit de cirurgia

guiada da Neodent® com 1,3 mm de diâmetro. Após encontrar o canal radicular, a terapia

endodôntica seguiu normalmente apresentando resultados satisfatórios.

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RELATOS DE CASO

CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO

Ângela Catarina Maragno, Érica Anacleto Brunelli, Marta Iza Marazzini, Luciana Neves

Machado Rezende, Sérgio Vitorino Cardoso

O ceratocisto odontogênico é uma patologia de origem odontogênica que acomete a

cavidade bucal, considerado benigno, porém com características agressivas e alto índice

de recidiva. O objetivo do estudo foi relatar um caso clínico de um paciente de 13 anos de

idade que apresentava um ceratocisto odontogênico em região anterior da mandíbula,

lado direito e assintomático. O mesmo foi submetido a marsupialização. Além disso, foi

realizado uma revisão de literatura, tendo como base de dados estudos publicados entre

os anos de 2003 a 2017 em Scielo, Pubmed, Home e Lilacs. Foram revisados 15 estudos,

sendo 16 casos relatados, nos quais encontrou-se 68,75% em pacientes do gênero

feminino e a idade de maior prevalência foi a terceira década de vida, com 37,5%. Além

disso, 62,5% estavam localizados na região posterior da mandíbula e 63% dos casos

possuíam dentes associados a lesão. Concluiu-se que o ceratocisto odontogênico é uma

patologia que compromete a mandíbula e de maior prevalência entre a segunda e terceira

década de vida. Radiograficamente apresenta-se como uma lesão radiolúcida uni ou

multilocular, podendo estar relacionado a dentes inclusos. Histologicamente mostra uma

delgada parede de tecido conjuntivo e epitélio escamoso estratificado com células basais

hipercromáticas e em paliçadas. O tratamento do ceratocisto odontogênico ainda hoje não

é consensual, o que exige do cirurgião dentista conhecimento da patologia.

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RELATOS DE CASO

LESÃO GIGANTOCELULAR COM ROMPIMENTO DE CORTICAL EM LESÃO MENOR:

RELATO DE CASO

Antonio Francisco Costa, Paulo de Tarso Silva de Macedo, Francine K. Panzarella, José

Luiz Cintra Junqueira, Monikelly do Carmo Chagas Nascimento

A lesão gigantocelular (LGC) é uma lesão dos maxilares que acomete principalmente

crianças e adultos jovens com menos de 30 anos. Em sua maioria, são assintomáticas e

não apresentam perfuração de cortical óssea ou reabsorção radicular. Apesar de, nas

lesões mais agressivas, poderem apresentar dor, crescimento rápido e com tendência a

recidiva. Radiograficamente, apresentam-se radiolúcidas uniloculares (em lesões

menores) ou multiloculares (em lesões maiores), bordas regulares, em região anterior de

mandíbula. Este relato visa apresentar um caso de LGC em um paciente do gênero

feminino, 12 anos, assintomática. As imagens de tomografia computadorizada de feixe

cônico (TCFC) mostraram uma área hipodensa unilocular bem definida, se estendendo

desde a região distal do dente 32 até a região mesial da raiz mesial do 36, e acima do

canal mandibular até a região de rebordo ósseo alveolar. A lesão apresentava

adelgaçamento da cortical lingual e rompimento da cortical óssea vestibular. As hipóteses

de diagnóstico diante das imagens tomográficas foram: Queratocisto odontogênico, LGC,

e fibroma ameloblástico, confirmada histologicamente como LGC. Diante do caso,

podemos concluir que as imagens de TCFC é um método de exame por imagem que

possibilita uma minuciosa avaliação da lesão acerca de sua extensão e relação com

estruturas adjacentes. Informações estas, que associadas ao exame histopatológico, são

essenciais para a obtenção de um diagnóstico assertivo.

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RELATOS DE CASO

IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS IMAGINOLÓGICAS DAS

SINUSOPATIAS POR MEIO DAS IMAGENS DE TCFC

Camila de Oliveira Natividade, Gisele Castor Pereira, Célio Cézar W. de Almeida Júnior,

Anne Caroline C. Oenning, Monikelly do Carmo C. Nascimento

Os seios paranasais (SPNs) são cavidades presentes na região craniofacial. A

identificação de condições patológicas associadas é crucial, já que os SPNs estão

próximos a estruturas importantes como dentes, vasos, nervos, órbita e cérebro. As

infecções e processos alérgicos são os principais fatores relacionados à doença sinusal.

A tomografia de feixe cônico (TCFC) aparece como um dos principais exames que

auxiliam o profissional no diagnóstico das sinusites, por meio da avaliação do tamanho

dos SPNs e integridade das paredes. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso

clínico de uma paciente, 43 anos, que se queixava de sensação de “pressão na região da

face”. A paciente foi encaminhada para realização de exame de TCF C dos SPNs. As

imagens mostraram velamento dos seios maxilar e etmoidal esquerdo e do seio frontal.

Foi observado rompimento da parede medial do seio maxilar esquerdo, da parede

superior das células etmoidais anteriores do mesmo lado, do soalho do seio frontal e base

de crânio. A imagem sugere sinusite crônica de origem intrínseca com comunicação com

a cavidade craniana. No seio maxilar direito, observa-se espessamento e invaginação do

assoalho, sugerindo uma condição patológica de origem odontogênica. A TCFC foi

imprescindível para identificação do comprometimento dos SPNs e envolvimento com

estruturas adjacentes importantes, que vão além do diagnóstico bucomaxilofacial.

Destaca-se a importância de se avaliar a saúde do paciente com uma abordagem ampla.

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RELATOS DE CASO

CELULITE FLEGMONOSA PERIMAXILAR DE ORIGEM ODONTOGÊNICA:

ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS

Camilla Siqueira de Aguiar, Rodrigo H. M. V. A. de Melo, Milena M. V. A. de M. Pinheiro,

Marcela C. R. Fernandes, Ricardo E. V. A. de Melo

As infecções de origem odontogênica originam-se a partir de um necrose pulpar com

invasão bacteriana no tecido periapical e periodontal, que pode levar à formação de

abscesso capaz de se estender através dos planos fasciais dos tecidos moles quando

não consegue ser drenada através de superfície cutânea ou mucosa bucal, denominando-

se celulite. Paciente, gênero masculino, 13 anos, encaminhado ao Ambulatório de

Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da UFPE, devido à presença de uma celulite

flegmonosa perimaxilar de origem dentária. Ao exame clínico apresentou um aumento de

volume em hemiface esquerda, macio a palpação e indolor. A sua genitora que relatou a

realização de uma sinusectomia maxilar esquerda, pela equipe de Otorrinolaringologia, há

aproximadamente 20 dias e instalação de um dreno na região de pálpebra superior para

eliminação de secreção purulenta. Ao exame panorâmico, observa-se presença de resto

radicular dos elementos 26 e 46 e radiopacidade dos seios maxilares. Na tomografia

volumétrica de feixes cônicos, observa-se uma imagem hiperdensa no seio maxilar

esquerdo e após a realização do procedimento cirúrgico de sinusectomia sem a remoção

do fragmento dentário, nota-se a permanência da mesma imagem confirmando o

diagnóstico de celulite flegmonosa perimaxilar de origem odontogênica. O fator dental

pode estar envolvido em até 12% dos casos de sinusite maxilar e a eliminação do fator

causal se faz imprescindível para o sucesso do tratamento.

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RELATOS DE CASO

DIAGNÓSTICO DE FRATURAS E PERFURAÇÕES RADICULARES COM AUXÍLIO DE

IMAGENS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Christian Andersen Cerqueira Oliveira Freitas, Francielle Silvestre Verner, Márcia

Gabriella Lino de Barros, Priscila Dias Peyneau, Rafael Binato Junqueira

O diagnóstico clínico de fraturas e perfurações radiculares pode representar um desafio

para o profissional, que recorre com frequência à realização de exames complementares

por imagem, como as radiografias periapicais. Entretanto, as sobreposições inerentes às

radiografias periapicais podem acarretar em diagnósticos inconclusivos. Neste contexto, a

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) assume importante função, ao

auxiliar no correto diagnóstico de tais alterações. O presente trabalho visa demonstrar

uma sequência de casos em que os exames radiográficos bidimensionais não

demonstraram eficácia para a detecção de fraturas e perfurações. As reconstruções

tridimensionais da TCFC permitiram visualizar a localização precisa das alterações, as

faces envolvidas, o terço radicular, bem como a presença de material obturador

extravasado e retentor intrarradicular desviado. Desta forma, concluiu-se que a TCFC é

um exame complementar essencial para o diagnóstico de fraturas e perfurações

radiculares.

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RELATOS DE CASO

FIBROMA CEMENTO-OSSIFICANTE CENTRAL: DIAGNÓSTICO CLÍNICO-

IMAGINOLÓGICO E HISTOPATOLÓGICO

Daiane Rohden, Nádia Assein Arús, Heraldo Luis Dias da Silveira, Laura Campos

Hildebrand, Ana Márcia Viana Wanzeler

O fibroma cemento-ossificante central é uma lesão cujo diagnóstico tem-se mostrado

intrigante e confuso uma vez que apresenta semelhanças clínicas, radiográficas e até

histopatológicas com outras lesões como a displasia fibrosa e a displasia cemento-óssea.

É uma neoplasia benigna de etiologia incerta e crescimento lento, sendo a mandíbula

acometida mais frequentemente que a maxila. O presente trabalho tem como objetivo a

descrição de um caso de fibroma cemento-ossificante central diagnosticado em uma

paciente do sexo feminino, 35 anos. Ao exame físico extrabucal, observou-se discreta

assimetria facial e pele com cor e textura normais. Intraoralmente, verificou-se um

aumento de volume no rebordo alveolar, duro à palpação, com expansão das corticais

vestibular e lingual, recoberto com mucosa íntegra de coloração normal e ausência do

dente 46. Após o exame radiográfico, o tratamento realizado foi conservador a partir da

curetagem da lesão. O material coletado foi enviado para análise histopatológica. As

características clínicas, radiográficas e histológicas apresentadas apontaram para o

diagnóstico conclusivo de fibroma cemento-ossificante central envolvendo a mandíbula

direita.

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RELATOS DE CASO

ESTUDO DA ALTERAÇÕES DOS SEIOS MAXILARES POR TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Filipe Costa Almeida, Carlos Eduardo Pinto de Alcântara, Valdir Cabral Andrade,

Francielle Silvestre Verner, Maurício Augusto Aquino de Castro

A rotina clínica requer preparo aprimorado do cirurgião-dentista para diagnósticos e

condutas. As estruturas de interesse devem ser claramente visualizadas para que os

procedimentos sejam bem-sucedidos. Os seios maxilares são exemplos da importância

da identificação das estruturas anatômicas para a Odontologia. Avaliar o seio maxilar,

suas variações anatômicas, presença de alterações em seu interior ou relacionadas com

a ação de patologias adjacentes são procedimentos que contribuem para o diagnóstico

diferencial e determinação da conduta terapêutica. A avaliação dos seios maxilares e

suas alterações requer o uso de exames radiográficos que forneçam imagens de

qualidade. Embora grande número de casos possa ser elucidado com o uso de exames

bidimensionais, a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) apresenta notórias

vantagens. O presente trabalho visa apresentar uma série de casos de alterações dos

seios maxilares diagnosticadas por meio da TCFC, com intuito de exemplificar situações

em que as imagens tomográficas contribuíram decisivamente para o diagnóstico. Os

casos representam situações em que há indicação para uso de exames tridimensionais

com vistas ao diagnóstico. A eliminação de sobreposições, a alta resolução e a agilidade

na obtenção das imagens da TCFC em comparação com as técnicas convencionais

confirmam as vantagens de sua indicação para a avaliação dos seios maxilares.

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RELATOS DE CASO

POLITRAUMA FACIAL EM ADOLESCENTES: PLANEJAMENTO COM CTdBEM E

IMPRESSÃO 3D – RELATO DE CASO CLÍNICO

Giuliano Omizzolo Giacomini, Pietra Rodrigues Antonello, Edilson Luis Mandicaju Martins,

Waneza Dias Borges Hirsch, Gustavo Nogara Dotto

Este estudo objetivou relatar caso clínico de politrauma facial em adolescente utilizando

para o planejar o tratamento TCMS com protocolo de baixa dose de radiação (CTdBem) e

impressão 3D de biomodelo. Paciente L.K., 14 anos, sexo masculino. Chegou ao hospital

de uma instituição pública vítima de politrauma com fratura nos ossos do crânio e da face,

traumatismo do olho e da órbita ocular, enucleação do olho esquerdo e traumatismo de

médio facial, lado esquerdo. Realizou-se TCMS com protocolo CTdBem e por meio

dessas imagens a impressão de protótipos em 3D (PLA), os quais possibilitaram o

planejamento cirúrgico pré-operatório, o tamanho de parafusos e a morfologia das placas

de osteossíntese, seu comprimento e direção, minimizando as possibilidades de erro no

procedimento cirúrgico. Foi realizada osteossíntese com placas para reconstrução de

fratura do complexo órbito-zigomático-maxilar e cirurgia de fratura intercondileana.

Resultados: Atualmente está assintomático e foi encaminhado para a confecção de uma

prótese ocular. Conclusão: O tratamento de politrauma usando biomodelos

tridimensionais após TCMS/CtdBem possibilita simular a fase cirúrgica e facilita a pré-

conformação e configuração das placas de titânio com perfeita adaptação à anatomia do

paciente, gerando redução do tempo cirúrgico, do risco de infecção e do custo hospitalar

e previsibilidade de resultados a longo prazo.

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RELATOS DE CASO

OSTEOMA DO CÔNDILO MANDIBULAR: ASPECTOS CLÍNICOS E

IMAGINOLÓGICOS

Janaina Araújo Dantas, José Augusto Tuy de Britto Oliveira Junior, Eurico Candido de

Oliveira, Yasmin Rodarte Carvalho, Sérgio Lúcio P C Lopes

O osteoma é um tumor benigno, de crescimento lento, composto de osso esponjoso ou

compacto, originado no periósteo dos ossos craniofaciais. Ocorre, predominantemente,

em pacientes do sexo masculino, entre a terceira e quinta década de vida, sendo

normalmente assintomático. Quase que exclusivamente encontrado na região

craniofacial, localiza-se preferencialmente nos seios paranasais. Porém, quando há o

envolvimento da maxila e mandíbula, o côndilo mandibular é considerado um sitio comum.

É classicamente caracterizado, na radiografia convencional ou na tomografia

computadorizada, por uma massa densamente calcificada, de limites bem demarcados e

padrão trabecular interno normal. Apresentamos um caso clínico de osteoma, descoberto

em exame radiográfico de rotina, em paciente do sexo feminino, melanoderma, na sexta

década de vida, com tempo de evolução desconhecido, sem sintomatologia dolorosa,

disfonia, disfagia, limitação de abertura de boca ou desvio de movimento, travamento e

estalido articular. O exame de tomografia computadorizada de ATM, demonstrou uma

lesão óssea expansiva, densamente calcificada, localizada medialmente ao côndilo e

chanfradura mandibular direita. O exame histopatológico, realizado após biópsia,

confirmou a suspeita clínica e imaginológica de osteoma.

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RELATOS DE CASO

MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO I/SÍNDROME DE HURLER: RELATO DE CASO

CLÍNICO

Leana Ferreira Crispim, Juliana de Morais Jacob, Júlio Bisinotto Gomes, Antônio

Francisco Durighetto Júnior, Mirna Scalon Cordeiro

Mucopolissacaridose tipo I (MPS I)/Síndrome de Hurler é uma doença metabólica rara de

origem genética, caracterizada pela falta da enzima α-L-iduronidase. O presente caso

refere-se a um paciente do sexo masculino, 16 anos, portador da síndrome de Hurler, que

compareceu à Clínica Odontológica do Centro Universitário do Triângulo para tratamento

ortodôntico. Ao exame físico, notou-se baixa estatura, dificuldade motora e opacificação

da córnea. Ao extraoral, foram observadas características da síndrome: face plana, ponto

nasal achatado, proeminência frontal e ausência de vedamento labial. Ao intraoral,

observou-se macroglossia, alterações gengivais e permanência do dente 83. A radiografia

panorâmica revelou alterações morfológicas bilaterais das cabeças mandibulares.

Evidenciou-se que os dentes 18, 28, 38, 43 e 48 estavam retidos e com espessamento do

capuz pericoronário. Solicitou-se tomografia computadorizada helicoidal e ressonância

magnética para melhor planejamento terapêutico. Procedeu-se remoção dos dentes 18 e

28 e, após análise histopatológica dos fragmentos de tecido mole, confirmou-se

espessamento de capuz pericoronário. Então, realizou-se a instalação do arco lingual e

cirurgia para colagem do botão ortodôntico para tracionamento do dente 43. Após análise

histopatológica do fragmento de cápsula folicular obteve achados sugestivos de folículo

pericoronário hiperplásico. O paciente está em proservação e, recentemente, o tratamento

ortodôntico foi suspenso por solicitação médica.

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RELATOS DE CASO

PLANEJAMENTO REVERSO DE PRÓTESE UNITÁRIA UTILIZANDO SISTEMA

CAD/CAM ASSOCIADO A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM

Mauri Stefanini Cardoso, Renata Nobile, Carlos Eduardo Franscichone, Milena Bortolotto

Felippe Silva, José Luiz Cintra Junqueira

Atualmente existe um aumento na procura por sistemas CAD/CAM para planejamento de

próteses sobre implante. O planejamento prévio à reabilitação protética, com a utilização

simultânea de /sistemas CAD/CAM e tomografias computadorizadas, permite ao cirurgião-

dentista um planejamento exato da localização ideal do implante e a visualização do

resultado final da prótese. O intuito do presente trabalho é apresentar um caso de

planejamento reverso utilizando simultaneamente o sistema CAD/CAM para

escaneamento da boca e planejamento protético associado à obtenção dos dados de um

exame tomográfico para o planejamento cirúrgico utilizando a integração dos sistemas

CEREC (Sirona Dental Systems®) com o equipamento de raios-X Orthophos XG3D

(Sirona Dental Systems®). O resultado foi um planejamento adequado e uma instalação

de implantes eficiente, oferecendo uma nova maneira de executar a implantodontia com a

possibilidade de o cirurgião-dentista trabalhar autonomamente, otimizando o seu fluxo de

trabalho e aumentando sua rentabilidade. Como preconizado para relatos de caso, o

termo de consentimento livre e esclarecido foi aplicado previamente ao paciente.

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RELATOS DE CASO

CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO: ACHADO POR IMAGEM EM RESSONÂNCIA

MAGNÉTICA

Nádia Assein Arús, Roberta Almeida Mendes, Heraldo Luis Dias da Silveira, Mariana

Boessio Vizzotto, Priscila Fernanda da Silveira Tiecher

Cisto do ducto tireoglosso é uma anomalia congênita, com origem da permanência do

epitélio do trato tireoglosso, após a descida da tireoide até sua posição normal, que ocorre

na sétima semana embrionária. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico no qual

o cisto do ducto tireoglosso foi um achado por imagem. Paciente do sexo feminino, 23

anos, diagnosticada com enxaqueca com aura há oito anos, apresentou dor de cabeça

por oito dias após episódio de estresse. Foi solicitado um exame de imagem por

ressonância magnética de crânio, no qual foi constatado normalidade para a região

encefálica. No entanto, um achado por imagem foi identificado na região sublingual

mediana, com 2,1 cm, predominantemente cística, com pequeno componente sólido

interno, de etiologia indeterminada. Preocupada, a paciente se dirigiu ao Serviço de

Radiologia da FO-UFRGS. Após a avaliação do volume, foi sugerida a hipótese

diagnóstica de cisto do ducto tireoglosso. Clinicamente, a paciente apresentava discreto

aumento de volume junto ao osso hioide, indolor e móvel à deglutição. A investigação

continuou com ecografia da região cervical com doppler que confirmou a hipótese prévia.

Atualmente, a paciente faz acompanhamento e, em 6 meses, uma nova ecografia será

realizada para avaliar o tamanho da lesão e determinar o tratamento. Neste relato

observa-se a importância da varredura de todo volume de um exame por imagem, já que

achados por imagem, mesmo sem relação com sinais e sintomas, devem ser

investigados.

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RELATOS DE CASO

ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DE DEFEITO OSTEOPORÓTICO DO ADULTO EM

MANDÍBULA

Patrícia Lopes Alcantara, Mariela Peralta-Mamani, Alberto Consolaro, Renato Yassutaka

Faria Yaedú, Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen

O defeito osteoporótico do adulto (DOA) é uma condição rara e apresenta-se geralmente

como lesões radiolúcidas assintomáticas nos maxilares. Este trabalho tem como objetivo

relatar um caso de DOA em um paciente de 35 anos, gênero masculino. Uma lesão

radiolúcida, assintomática abaixo da região periapical dos dentes 35, 36 e 37, foi um

achado radiográfico na radiografia panorâmica feita para tratamento odontológico. As

características clínica e radiográfica eram muito semelhantes as áreas de

desenvolvimento e involução de cisto ósseo simples, assim foi feito um controle, de 20, 60

e 180 dias com radiografias panorâmicas; não houve alterações nas características.

Controles clínicos e radiográficos foram feitos por nove anos. No último controle foi

realizada uma tomografia computadorizada de feixe cônico que evidenciou pontos

hiperdensos no interior da lesão hipodensa (4,5 x 2 cm). Devido a esses achados,

somado ao fato de a lesão não desaparecer e se manter inalterada, uma biópsia por

curetagem foi realizada. O material enviado ao exame histopatológico mostrou medula

óssea hematopoiética com esparsos adipócitos revelando-se de forma organizacional

madura e normal. O resultado histopatológico, achados clínicos e imaginológicos

confirmaram o diagnóstico de DOA. Paciente continua em proservação com panorâmica

anualmente. Concluiu-se que o DOA deve constar na lista de diagnósticos diferenciais de

lesões radiolúcidas uni e multiloculares, especialmente em mandíbula.

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RELATOS DE CASO

UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NA DIFERENCIAÇÃO ENTRE

AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO E TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO

Paulo de Tarso Silva de Macedo, Antônio Francisco Costa, Antonione Santos Bezerra

Pinto, Luiz Roberto Coutinho Manhães Júnior

Os ameloblastomas (AML) e os tumores odontogênicos queratocísticos (TOQ) são os

tumores odontogênicos mais agressivos que acometem a região maxilomandibular.

Ambos os tumores podem apresentar aspectos radiográficos semelhantes. Os AML

unicísticos são responsáveis por cerca de 10 a 46% de todos os casos de AML

intraósseos e apresentam aspecto unilocular, já os TOQ apresentam-se como lesões uni

ou multiloculares, assemelhando-se algumas vezes aos AML. Além disso, a localização

mais frequente de ambos os tumores é a região posterior de mandíbula. O diagnóstico

diferencial entre esses dois tumores auxilia o cirurgião no planejamento cirúrgico, uma vez

que as modalidades de tratamento podem ser distintas. As imagens por ressonância

magnética (IRM) apresentam contraste superior para análise de tecidos moles, o que

torna este método útil para avaliar a estrutura interna dos tumores ósseos. O presente

trabalho teve por objetivo relatar dois casos clínicos (um de AML unicístico e o outro de

TOQ) nos quais as IRM foram utilizadas para o diagnóstico diferencial das lesões. As IRM

do AML unicístico mostraram baixa intensidade de sinal homogêneo nas imagens

ponderadas em T1 e alta intensidade de sinal homogênea em T2. Por outro lado, as IRM

do TOQ demonstraram intensidade de sinal heterogênea intermediária em T1 e

intensidade intermediária/alta em T2. As IRM demonstraram diferenças importantes no

conteúdo intralesional dos tumores, permitindo assim o diagnóstico diferencial.

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RELATOS DE CASO

AVALIAÇÃO DE DEFEITOS ÓSSEOS PERIODONTAIS UTILIZANDO TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: SÉRIE DE CASOS

Paulo de Tarso Silva de Macedo, Antônio Francisco Costa, Luiz Roberto Coutinho

Manhães Júnior

Os defeitos ósseos periodontais são alterações destrutivas que acometem o osso alveolar

de suporte, decorrentes da progressão da doença periodontal. A avaliação da morfologia

do defeito é de extrema importância para a determinação do plano de tratamento e

prognóstico, uma vez que dependendo da arquitetura óssea do defeito a terapia

periodontal regenerativa pode ou não estar indicada. Nesse sentido, a avaliação clínica e

radiográfica do defeito ósseo deve ser detalhada. A Tomografia Computadorizada de

Feixe Cônico (TCFC) tem se mostrado uma ferramenta útil para detecção de defeitos

ósseos periodontais por permitir a visualização do defeito nos três planos anatômicos e

possibilitar mensurações reais, fornecendo informações importantes para o diagnóstico,

prognóstico e plano de tratamento periodontal. O presente trabalho tem por objetivo

relatar uma série de casos clínicos nos quais a TCFC de FOV pequeno foi utilizada para

avaliação e mensuração de defeitos ósseos periodontais de 2 e 3 paredes. Os cortes

oblíquos de TCFC foram utilizados para avaliação detalhada dos defeitos e determinação

do plano de tratamento dos casos periodontais complexos. As imagens de TCFC de

pequeno FOV permitiram uma visualização tridimensional dos defeitos ósseos, com alta

resolução de imagem e baixa dose de radiação, possibilitando a determinação do número

de paredes remanescentes e estabelecimento de um plano de tratamento adequado.

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RELATOS DE CASO

UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO EM

COMPLICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE TERCEIRO MOLAR INFERIOR

Renata Cristina de Carvalho Barreto Oliveira Apolinário Figueira, Priscila Dias Peyneau,

Francielle Silvestre Verner, Márcia Gabriella Lino de Barros, Helena Aguiar Ribeiro do

Nascimento

A exodontia de terceiros molares é uma das cirurgias mais realizadas pelo cirurgião-

dentista. A inserção do terceiro molar inferior no processo alveolar, sua localização e

proximidade com o canal e base da mandíbula influenciam na técnica cirúrgica,

contribuindo para a ocorrência de complicação trans e pós-operatória, como a introdução

acidental do dente para o interior do seio maxilar ou para a região submandibular. A fim

de minimizar possíveis complicações, torna-se necessária a obtenção de exames por

imagem para a elaboração do plano de tratamento e proservação do paciente. A

tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) tem sido indicada tanto para

avaliação da relação espacial de terceiros molares inferiores com a s estruturas

adjacentes, quanto nos casos de complicação pós-operatória, pois permite melhor

visualização da área de interesse, com imagens tridimensionais, de alta resolução. O

objetivo no presente trabalho é relatar o caso do paciente A.B.B., sexo masculino, 35

anos, que realizou exame de TCFC para localização do dente 38 “desaparecido” durante

a tentativa de exodontia. Observou-se imagem hipodensa, sugestiva de osso em

cicatrização, na região do dente 38 e rompimento da cortical lingual na mesma região.

Verificou-se ainda o dente 38 localizado na região submandibular, com a coroa para

lingual e o ápice para vestibular, abaixo da base mandibular. A TCFC foi imprescindível

na localização do terceiro molar e avaliação dos efeitos nas estruturas adjacentes.

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RELATOS DE CASO

DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA ASSOCIADA COM CISTOS ÓSSEOS

SIMPLES: SÉRIE DE CASOS

Sâmila Gonçalves Barra, Camila Nazaré Alves de Oliveira Kato, Wagner Henriques de

Castro, Claudia Borges Brasileiro, Ricardo Alves Mesquita

As displasias cemento-ósseas (DCO) são lesões fibro-ósseas caracterizadas pela

substituição de osso normal por tecido fibroso e material mineralizado. É uma condição

que afeta preferencialmente a região de mandíbula de mulheres negras de meia-idade,

geralmente são assintomáticas, confinadas ao osso trabecular e existem três formas

clínicas distintas: focal, periapical e florida. A associação entre cisto ósseo simples (COS)

e a DCO tem sido relatada na literatura. Este estudo tem o objetivo de descrever quatro

casos clínicos de DCO florida associada à COS. Todos os pacientes eram do gênero

feminino, negras e com média de idade de 43,25 anos. As lesões eram assintomáticas,

mas três pacientes tinham queixa de expansão na região da mandíbula. Foram realizadas

radiografias panorâmicas e tomografia computadorizada de feixe cônico das áreas

acometidas. As pacientes foram submetidas à biopsia e a curetagem do COS e seguem

em acompanhamento. Os cirurgiões-dentistas devem estar atentos a essa possível

relação para garantir um correto diagnóstico e tratamento adequado aos pacientes.

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RELATOS DE CASO

SIALOLITO GIGANTE DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: RELATO DE DOIS CASOS

Sâmila Gonçalves Barra, Tania Mara Pimenta Amaral, Felipe Paiva Fonseca, Tarcília

Aparecida Silva, Ricardo Alves Mesquita

A sialolitíase é a doença mais comum das glândulas salivares acometendo principalmente

a glândula submandibular. A maioria dos sialolitos são de tamanhos pequenos, porém,

podem atingir grandes proporções, os quais são considerados sialolitos gigantes e são

poucos os relatos na literatura. São comuns em pacientes do gênero masculino e na

maioria das vezes, são assintomáticos, mas podem evoluir com inchaço, dor e ausência

de salivação da glândula afetada. O seu diagnóstico e tratamento estão relacionados

principalmente com a sua localização. Os exames de imagem são úteis para a avaliação

dimensional e localização do sialolito gigante. O objetivo deste estudo foi investigar por

meio de exames de imagem, dois casos de paciente s do sexo masculino com sialolitos

gigante localizado na glândula submandibular, apresentando aumento de volume extra

oral e sintomatologia dolorosa. Os recentes avanços na tecnologia de imagem e

diagnóstico são ferramentas úteis na avaliação da sialolitíase submandibular, porém o

conhecimento das características clínicas e imaginológicas desta condição é fundamental

para o diagnóstico e tratamento adequado, a fim de minimizar o desconforto do paciente.

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RELATOS DE CASO

ALTERAÇÕES NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: RELATO DE CASO DE

ANQUILOSE E CÔNDILO BÍFIDO

Mariana C. Limongi, Flávio Ricardo Manzi

A etiologia das alterações da articulação temporomandibular, como anquilose e bifurcação

condilar, são diversas, sendo o trauma o principal fator. Contudo, não se devem descartar

as infecções otológicas como provável causa. O presente trabalho tem como objetivo

apresentar um caso de anquilose da ATM em uma criança de 12 anos de idade que teve

histórico de trauma e um caso de côndilo bífido sem histórico de trauma, porém com otites

recorrentes durante a infância.

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RELATOS DE CASO

OSTEOSSARCOMA EM REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Silvio Roberto Gomes de Oliveira, Rudyard dos Santos Oliveira, Francine Kuhl Panzarella,

Wladimir Cortezzi

Osteossarcoma é um tumor altamente maligno e potencialmente destrutivo. É também a

lesão maligna primária mais comum dos ossos longos. Mesmo assim, é um tumor raro.

Paciente, sexo masculino, 18 anos, se apresentou em um consultório odontológico

particular com queixa de aumento de volume na região anterior da mandíbula. Foi

solicitado levantamento radiográfico periapical e indicado após avaliação a endodontia

dos elementos envolvidos. Após tentativa frustrada de tratamento endodôntico foi

realizado teste de vitalidade pulpar nos elementos envolvidos e solicitação de tomografia

computadorizada de feixe cônico. Este exame permitiu à hipótese diagnóstica de lesão

maligna. Diante desta hipótese foi realizada biópsia incisional com diagnóstico

histopatológico de osteossarcoma de baixo grau de malignidade. O tratamento cirúrgico

proposto foi a ressecção parcial da região anterior da mandíbula com margens de

segurança da lesão para posterior reconstrução. Devido ao baixo grau de malignidade,

não houve previsão de tratamento complementar com radioterapia ou quimioterapia. A

proservação deverá ser longa com Imaginologia anual nos primeiros cinco anos e por

toda a vida do paciente a cada dois anos. O diagnóstico precoce permitido pela

interpretação adequada da Imaginologia contribui para a intervenção rápida e muito mais

competente garantindo bons resultados e reabilitação dos pacientes.

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ANAIS 16 a 18 de agosto de 2018, Campos do Jordão, SP

PALAVRA DA PRESIDENTE DA ABRO

Concluída a 22ª JABRO, não há dúvidas de que nossa Jornada foi um sucesso!

Este feito só se tornou possível devido ao empenho, disponibilidade e dedicação de cada

um dos envolvidos.

Portanto, gostaria, em nome de toda a Associação Brasileira de Radiologia

Odontológica, de agradecer a cada uma das pessoas que colaboraram para a realização

da JABRO no ano 2018.

Em especial, é preciso agradecer aos autores e coautores que inscreveram seus

trabalhos para serem apresentados na 22ª JABRO, possibilitando uma troca de

informações, dados e conhecimentos que, sem dúvida, auxiliaram de forma considerável

no desenvolvimento da Radiologia e Imaginologia Odontológica no Brasil.

Como forma de ampliar o âmbito de divulgação das apresentações realizadas, a

ABRO disponibiliza este livro contendo os anais da 22ª JABRO, com a certeza de que o

mesmo irá aumentar o interesse dos profissionais da Radiologia e Imaginologia

Odontológica a participarem de nossos futuros eventos.

Portanto, que venha o XI CONABRO, e que possamos nos encontrar por lá.

Até breve!

Mychelle Schmitt Gurgacz

Presidente da ABRO