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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS VICE-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Material Didático Análise das Demonstrações Contábeis generalidades demonstrações contábeis indicadores econômico-financeiros padrões de estrutura patrimonial papéis de trabalho exercícios de fixação Elaboração Prof. Orismar Parreira Costa Goiânia, fevereiro de 2004 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1ª Trim. 2ª Trim. 3ª Trim. 4ª Trim. L e s t e O e s t e N o r t e 0 20 40 60 80 1 00 1 20 1 40 1 60 1 80 1ª Trim. 2ª Trim. 3ª Trim. 4ª Trim. Norte Oeste Leste

Análise das demonstrações Contábeis

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Page 1: Análise das demonstrações Contábeis

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS VICE-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Material Didático

Análise das Demonstrações

Contábeisgeneralidades

demonstrações contábeis indicadores econômico-financeiros

padrões de estrutura patrimonialpapéis de trabalho

exercícios de fixação

Elaboração

Prof. Orismar Parreira Costa

Goiânia, fevereiro de 2004

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

Universidade Católica de Goiás Professor Orismar Parreira Costa

1ÍNDICE

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................. 2 CURRÍCULO PROFISSIONAL RESUMIDO DO ELABORADOR ........................................................................... 3 I – GENERALIDADES ............................................................................................................................................. 4

1. Técnicas contábeis ........................................................................................................................................ 4 2. Abrangência da expressão “Análise de Balanços” ........................................................................................ 4 3. Importância da análise contábil...................................................................................................................... 4 4. Níveis da análise contábil .............................................................................................................................. 7 5. Conceituação, objetivo e finalidades da análise contábil ............................................................................... 7 6. Funções da análise contábil........................................................................................................................... 7 7. Validade e limitações da análise contábil....................................................................................................... 7 8. Pressupostos básicos para desenvolvimento da análise................................................................................. 9. Tipos de análise contábil................................................................................................................................ 8 10. Processos e métodos de análise contábil .................................................................................................... 8 11. Padrões de comparação na análise contábil ............................................................................................... 9 12. Metodologia, roteiro e demonstração do trabalho........................................................................................ 9 13. Aspectos das demonstrações passíveis de análise................................................................................... 10 14. Condições essenciais das demonstrações contábeis para efeito de análise............................................. 11 15. Ajustes das demonstrações contábeis para efeito de análise ................................................................... 11 16. Exemplos de demonstrações contábeis padronizadas .............................................................................. 12

II – ESTUDO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.......................................................................................... 14

1. Demonstrações obrigatórias para todas as empresas................................................................................. 14 2. Demonstrações obrigatórias para determinadas empresas......................................................................... 27 3. Outras demonstrações de caráter gerencial ................................................................................................ 30 4. Outras considerações importantes sobres as demonstrações contábeis .................................................... 34

III – ALGUNS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS.............................................................................. 37

1. Índices de estrutura de capitais ................................................................................................................... 37 2. Índices de liquidez........................................................................................................................................ 38 3. Índices de rentabilidade e produtividade...................................................................................................... 39 4. Índices de rotatividade ................................................................................................................................. 41

IV – PADRÕES DE ESTRUTURA PATRIMONIAL................................................................................................ 43 V – ALGUNS PAPÉIS DE TRABALHO ................................................................................................................. 44

1. Planilha de coleta de dados ......................................................................................................................... 44 2. Balanço patrimonial padronizado................................................................................................................. 46 3. Demonstração do resultado do exercício padronizada ................................................................................ 47 4. Análise vertical e horizontal ......................................................................................................................... 48 5. Indicadores econômico–financeiros ............................................................................................................. 51 6. Análise matricial ........................................................................................................................................... 54

VI – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO........................................................................................................................... 57 BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................................... 73

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

Universidade Católica de Goiás Professor Orismar Parreira Costa

2APRESENTAÇÃO

O presente trabalho é fruto de estudos, pesquisas, experiências e conhecimentos acumulados pelo seu elaborador na condição de: professor de Contabilidade Geral, Contabilidade Comercial, Análise de Balanços, Prática Contábil e Contabilidade Orçamentária Empresarial, integrantes da grade curricular do Departamento de Ciências Contábeis, da Universidade Católica de Goiás; ministrante de vários cursos de aperfeiçoamento e preparatórios para concursos públicos relacionados com a Contabilidade; e profissional exercendo a função de Auditor Fiscal de Tributos Estaduais.

Acreditando que o material possa se constituir em relevante recurso didático no desenvolvimento do conteúdo programático da disciplina Análise Contábil, procurou-se contemplar os principais tópicos desta técnica contábil, tais como: conceituações, importância, objetivos, finalidades, funções, tipos, processos, metodologias, condições e ajustes essenciais das demonstrações contábeis; um aprofundamento no estudo dessas demonstrações e de vários indicadores econômico-financeiros; além de disponibilizar alguns papéis de trabalho do analista contábil, tudo com vistas a que seja possível o desenvolvimento de um extenso exercício prático com base nas informações contábeis de uma empresa real, com atuação no mercado goiano.

Finalizando, o elaborador se coloca à disposição dos interessados para debater, receber sugestões e críticas, e esclarecer eventuais dúvidas, tudo com o objetivo de aperfeiçoar o material, pois jamais ousaria no sentido de buscar o esgotamento de tão importante tema do conhecimento humano, restringindo-se, apenas, ao básico desta relevante técnica da Ciência Contábil.

Goiânia, fevereiro de 2004.

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

Universidade Católica de Goiás Professor Orismar Parreira Costa

3CURRÍCULO PROFISSIONAL DO ELABORADOR

ORISMAR PARREIRA COSTA

Instrutor dos cursos da área de escritório no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC/GO), de 1980 a 1984. Contador, com graduação pela Universidade Católica de Goiás (UCG)), em 1982. Instrutor da disciplina Prática Contábil, ministrada no Escritório Modelo de Contabilidade, do Departamento de Ciências

Contábeis da UCG, em 1984. Agente Arrecadador da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (SEFAZ/GO), de 1984 a 1987. Fiscal Arrecadador da SEFAZ/GO, em 1987 e 1988. Auditor Fiscal dos Tributos Estaduais da SEFAZ/GO, a partir de 1988. Pós-graduado, a nível de especialização, em análise e auditoria contábil pela UCG, em 1990 (no ano de 1998 cursou duas

novas disciplinas em substituição ao trabalho monográfico). Professor das disciplinas Contabilidade Introdutória, Contabilidade Comercial, Análise de Balanços, Prática Contábil e

Contabilidade Orçamentária Empresarial, no Departamento de Ciências Contábeis da UCG, a partir de abril de 1990. Professor do curso "Aperfeiçoamento em Contabilidade Geral", ministrado pela Academia de Polícia Civil do Estado de Goiás,

destinado a reciclar agentes do Fisco de Goiás na área contábil, em 1993 e 1994. Instrutor do curso "O ICMS numa Abordagem Prática", ministrado pela UCG, destinado a reciclar professores e profissionais da

área contábil sobre o ICMS e a legislação específica, em 1993 e 1995. Professor das disciplinas Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada, Análise Contábil e Legislação Tributária Estadual, em

vários cursos preparatórios para concursos públicos de fiscal de tributos estaduais, auditor-fiscal do tesouro nacional e outros. Responsável por palestras e participação em debates sobre legislação tributária estadual e outros temas relacionados com a

profissão contábil, em eventos promovidos pelo Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC/GO) e outras entidades classistas.

Coordenador da equipe responsável pela consolidação da Legislação Tributária do Estado de Goiás (LTE), de 1994 a 1996. Chefe do Departamento de Fiscalização da Diretoria da Receita da SEFAZ/GO, em 1995 e 1996. Responsável pelo programa de reciclagem em legislação tributária do pessoal do Fisco de Goiás no Centro de Treinamento e

Desenvolvimento de Recursos Humanos da (CENTAF) da SEFAZ/GO, em 1996 e 1997. Membro do Conselho de Administração da Associação dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (AFFEGO), nos mandatos

de 1995-1996 e 1997-1998. Membro da equipe responsável pela elaboração do atual Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás (RCTE), em

1997. Conselheiro Suplente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC/GO), eleito nas eleições de 1997 e 2001. Diretor da Receita Estadual da SEFAZ/GO, em 1998. Representante do Secretário da Fazenda do Estado de Goiás na 89ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política

Fazendária (CONFAZ), realizada em 03/1998, na cidade de Cabo de Santo Agostinho/PE. Presidente da Comissão Especial do Processo de Promoção de Fiscais Arrecadadores para os cargos de Auditores Fiscais dos

Tributos Estaduais da SEFAZ/GO, realizado em 1998. Membro do Grupo de Transição do Governo Marconi Perillo, na área de Política e Administração Tributária, em 11 e 12/1998. Superintendente de Administração e Finanças da SEFAZ/GO, de 02/1999 a 01/2000. Instrutor do curso Contabilidade Aplicada aos Procedimentos de Auditoria Fiscal, ministrado pelo Centresaf/DF para auditores

fiscais dos tributos estaduais da SEFAZ/GO, em 08 e 09/2000. Presidente do Sindicato dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (SINDIFISCO-GO), no biênio 2001/2002. Membro do Grupo de Trabalho – Agenda Legislativa do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, em 2003. Gerente de Arrecadação e Fiscalização da Superintendência de Gestão da Ação Fiscal da SEFAZ/GO, em 2003. Atualmente exerce as seguintes funções: - Auditor–Fiscal da Receita Estadual – AFRE III da SEFAZ/GO. - Vice-presidente Administrativo do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás – CRC-GO.

Goiânia, fevereiro de 2004.

ORISMAR PARREIRA COSTA [email protected]

[email protected] [email protected]

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4I - GENERALIDADES

1. TÉCNICAS CONTÁBEIS

Sabendo-se que a Contabilidade é uma ciência e que a mesma é conceituada e estudada de forma abstrata, constata-se que a sua materialização ou concretização se dá através de suas técnicas, quais sejam:

Escrituração Contábil, que é a técnica contábil exercida com a finalidade de efetuar o registro, através do lançamento, dos fenômenos ou fatos que afetam o patrimônio de uma entidade. Saliente-se que estes fenômenos para se constituírem em objeto da escrituração devem ser passíveis de valoração monetária;

Demonstração Contábil, também chamada de evidenciação, é a técnica que se encarrega de informar aos usuários da informação contábil a situação do patrimônio e suas mutações. Através de demonstrações e outros relatórios, as pessoas que mantêm relação de interesse com a entidade, são providas com as informações contábeis indispensáveis ao processo decisório;

Auditoria Contábil, que constitui-se num conjunto de procedimentos técnicos exercidos com o objetivo de emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis, buscando a confirmação da veracidade das informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações e recursos de uma entidade. Esta técnica não se restringe apenas ao aspecto formal das demonstrações, sendo de competência do auditor, o aprofundamento do trabalho de modo a que fique evidenciada a fidedignidade das informações, isto é, se existem e quanto valem, efetivamente, os elementos patrimoniais representados por tais informações;

Análise Contábil, é técnica que permite, através da utilização de instrumentos diversos, a decomposição, a comparação e a interpretação das demonstrações contábeis ou gerenciais e suas extensões, com vistas a avaliar o desempenho e as tendências da entidade, para atender determinado objetivo.

Resumindo:

2. ABRANGÊNCIA DA EXPRESSÃO “ANÁLISE DE BALANÇOS”

A expressão “Análise de Balanços” deve ser entendida e estudada de maneira abrangente, isto é, deve ser designada mais propriamente como “Análise Contábil”, vez que a mesma tem como objeto de estudo, análise e interpretação, não apenas o Balanço Patrimonial, como também todas as demais demonstrações contábeis ou financeiras, elaboradas pela empresa e prescritas nos textos legais.

3. IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE CONTÁBIL

Sua importância é configurada, dentre outros, pelos seguintes fatores: Primórdios da contabilidade

desde essa época já se realizava inventários físicos;

TÉCNICAS CONTÁBEIS

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Registra os fatos contábeis produzidos pelo patrimônio

DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL Elabora relatórios contábeis sobre o patrimônio

AUDITORIA CONTÁBIL

Verifica a expressão de verdade dos relatórios contábeis

ANÁLISE CONTÁBIL

Decompõe, compara e interpreta os relatórios contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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5 realizava-se avaliações de variações quantitativas e qualitativas dos bens componentes de um

patrimônio, materializando-se a: • análise vertical, que é a avaliação da participação de cada item em relação ao todo, em determinado

período; • análise horizontal, que é a avaliação da variação de determinado item de um período em relação a

outro.

Análise contábil moderna notada desde a segunda metade do século passado; banqueiros são responsáveis, em boa parte, pela expansão da análise através de quocientes,

especialmente aqueles relacionados com valores a receber e a pagar; bancos governamentais fomentaram o desenvolvimento da análise a partir da exigência de

completa análise econômico-financeira para aprovação de projetos de financiamentos; investidores usam dos diagnósticos e conclusões da análise sobre as demonstrações contábeis

para decidirem sobre aquisições de participações societárias; os administradores usam a análise como um “painel geral de controle” dos fenômenos

administrativos; publicações de âmbito nacional como MAIORES E MELHORES (Revista Exame da Editora Abril)

e BALANÇO ANUAL (Jornal Gazeta Mercantil) demonstram a sua relevância.

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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6

4. NÍVEIS DA ANÁLISE CONTÁBIL

MVA – Market Value Added

Valor de Mercado Adicionado – é a diferença entre o valor de mercado total de uma empresa e o capital investido no negócio. O valor de mercado total é determinado somando-se o valor contábil de sua dívida ao valor de mercado de seu capital próprio (número de ações disponíveis multiplicado pelo preço da ação no último dia de negociação do ano).

EVA – Economic Value Added Valor Econômico Adicionado – é definido como o lucro operacional líquido após impostos menos o encargo de capital – calculado multiplicando-se o custo do capital pelo capital investido no negócio, como se fosse um aluguel.

Nível Intermediário

Nível Avançado

Nível Introdutório

LiquidezDinâmica

BalancedScore Card

Análisede Ações

Nível dePreços

Projeções

EVA

MVAAnálise do ValorAgregado

IndicadoresCombinados

Análiseda DOAR

SITUAÇÃOFINANCEIRA

SITUAÇÃOECONÔMICA

ESTRUTURADE CAPITAIS

EndividamentoLiquidez

Rentabilidade

Alavan-cagem

Financeira

OutrosÍndices

Análise dosFluxos de

Caixa

Necessi-dade Capital

de Giro

Índices deAtividades

Lucra-tividade Produ-

tividade

ModeloDu Pont

NÍVEIS DA ANÁLISE CONTÁBIL COM BASE NO TRIPÉ DE DECISÕES DA EMPRESAProf. José Carlos Marion

Nível Intermediário

Nível Avançado

Nível Introdutório

LiquidezDinâmica

BalancedScore Card

Análisede Ações

Nível dePreços

Projeções

EVA

MVAAnálise do ValorAgregado

IndicadoresCombinados

Análiseda DOAR

SITUAÇÃOFINANCEIRA

SITUAÇÃOECONÔMICA

ESTRUTURADE CAPITAIS

EndividamentoLiquidez

Rentabilidade

Alavan-cagem

Financeira

OutrosÍndices

Análise dosFluxos de

Caixa

Necessi-dade Capital

de Giro

Índices deAtividades

Lucra-tividade Produ-

tividade

ModeloDu Pont

NÍVEIS DA ANÁLISE CONTÁBIL COM BASE NO TRIPÉ DE DECISÕES DA EMPRESAProf. José Carlos Marion

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75. CONCEITUAÇÃO, OBJETIVO E FINALIDADES DA ANÁLISE CONTÁBIL São várias as conceituações e objetivos desta técnica contábil, destacando-se:

Conceito é a técnica ou arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico almejado, das

demonstrações contábeis legais e suas extensões ou detalhamentos, quando for o caso. • é uma arte porque embora trabalhe com certos cálculos formalizados, não conta com forma científica ou

metodologia comprovada, para relacionar os índices com vista a obter um diagnóstico preciso.

Objetivo mediante a utilização dos principais instrumentos de análise patrimonial, econômica e financeira,

objetiva a avaliação de desempenho e as expectativas ou tendências da empresa.

Finalidades a análise contábil sempre estará associada a um processo decisório, assim cada analista

abordará a empresa com determinado objetivo e esta determinará a profundidade e o enfoque da análise. Por isso, tudo o que o analista disser a respeito da saúde financeira e econômica, representada por sua capacidade de liquidez e rentabilidade, irá interessar de forma diferente para cada tipo de usuário;

dessa forma, a análise tem como finalidade principal prover variados grupos de usuários com diagnósticos e informações necessários para tomadas de decisões nas seguintes áreas: • financiamentos e concessões de créditos; • controles governamentais (política econômica e tributária); • mercado de capitais; • aquisições de empresas ou associações; • perícias judiciais; • controles administrativos internos; • pesquisas científicas.

6. FUNÇÕES DA ANÁLISE CONTÁBIL São as seguintes as funções da análise:

Decomposição consiste na determinação ou cálculo de índices (percentuais, coeficientes, quocientes, etc.) de

diversos indicadores econômico-financeiros, que evidenciam a situação da empresa;

Comparação consiste na confrontação dos resultados apresentados pelos indicadores econômico-financeiros

da empresa com dados da própria empresa (dinâmica dos fatos) e de outras empresas, de preferência as concorrentes;

Interpretação consiste na definição de juízo de valores, onde o analista estabelece diagnósticos e conclusões

sobre a situação da empresa, com base nos indicadores da empresa e de outras empresas (concorrentes, preferencialmente).

7. VALIDADE E LIMITAÇÕES DA ANÁLISE CONTÁBIL A análise somente é válida e merecedora de crédito a medida que o analista consiga:

estabelecer uma tendência (série histórica) dentro da própria empresa; comparar os índices e relacionamentos realmente obtidos pela empresa com os mesmos índices e

relacionamentos expressos em termos de metas; comparar os índices e relacionamentos obtidos pela empresa com os da concorrência e de outras

empresas, que podem ser de amplitude nacional ou internacional;

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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8 com base nos resultados obtidos, estabelecer diagnósticos e conclusões acerca da situação da

empresa. Considerando que, se de um lado a análise pode apontar mais problemas a serem investigados do que

soluções, e que por outro lado, se convenientemente utilizada, pode transformar-se num poderoso “painel de controle da administração”, a análise encontra as seguintes limitações para alcançar suas finalidades:

os registros e demonstrações contábeis nem sempre são fidedignos; as demonstrações contábeis nem sempre são auditadas, principalmente por auditores independentes; possibilidade de erros nos valores iniciais e finais de elementos das demonstrações contábeis; dificuldade de comparação com outros índices, por ausência ou fragilidade de índices padrões; ausência de dados do passado da empresa, onde a análise de apenas um exercício, por exemplo, é

muito pouco reveladora.

8. PRESSUPOSTOS BÁSICOS PARA DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE Cada empresa tem as suas peculiaridades próprias, o que leva o analista a partir de processos ou

aspectos gerais no seu trabalho, tendo-se a cautela em considerar: a natureza jurídica da organização (S/A., LTDA., etc.); o ramo de negócio da empresa; a dimensão e alcance da empresa; as condições de giro do negócio; o processo de formação do resultado; as condições legais (leis que atingem para restringir ou incrementar as atividades); as condições econômicas (conjunturas gerais dos negócios); a localização da empresa (mercado no qual atua).

9. TIPOS DE ANÁLISE CONTÁBIL No que concerne ao tipo, a análise pode ser:

Análise por série temporal é aquela desenvolvida com a finalidade de mapear ou acompanhar a evolução de determinado

elemento patrimonial ou de resultado da empresa em determinados períodos de tempo, isto é, pode avaliar a evolução, por exemplo, das vendas líquidas em três, quatro ou mais exercícios sociais;

Análise comparativa é aquela desenvolvida com a finalidade de estabelecer comparações dos índices ou elementos

apresentados pela empresa com dados históricos, orçamentos e outros da mesma natureza, visando a definição de um juízo de valor.

10. PROCESSOS E MÉTODOS DE ANÁLISE CONTÁBIL Processos de análise são as técnicas, materializadas por procedimentos e cálculos, com a utilização de

papéis de trabalho, adotados pelo analista para desenvolver os vários tipos de análise, podendo ser: Análise vertical (ou de estrutura), é o processo onde é analisada a estrutura de composição de um

grupo ou subgrupo de determinados elementos patrimoniais ou de resultado em determinado período, calculando a participação de cada elemento em relação ao todo, como por exemplo, a participação percentual dos estoques em relação ao ativo total ou ao grupo do circulante, ou do lucro operacional bruto em comparação com o valor das vendas líquidas;

Análise horizontal (ou de evolução), é o processo desenvolvido com a finalidade de calcular a variação de um ou mais elementos em determinados períodos, buscando estabelecer tendências, se houve crescimento

Page 10: Análise das demonstrações Contábeis

Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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9real ou não desse elemento, como por exemplo, as vendas do exercício cresceram, em termos reais, X% em relação ao ano anterior;

Análise por quociente, é o processo implementado para calcular a relação numérica entre dois elementos patrimoniais ou de resultado, como exemplo, o valor do ativo circulante representa 2,50 em relação ao valor do passivo circulante do mesmo período.

Métodos de análise são as formas de decompor ou calcular os resultados dentro dos processos de análise, permitindo a formação de avaliações parciais e globais sobre o patrimônio, os seus resultados e tendências, podendo ser:

Valores diretos, é o método das diferenças absolutas, sem se preocupar com eventuais variações decorrentes de índices inflacionários;

Valores percentuais, é o método dos coeficientes, encontrados mediante a divisão do percentual encontrado por 100;

Quocientes, é o método dos índices financeiros, que demonstra a relação numérica entre dois elementos;

Matricial, é método pelo qual se busca estabelecer uma correspondência ou vinculação entre os elementos ativos, aplicações de recursos, com os elementos passivos, origens de recursos, podendo, por exemplo, medir até quanto os recursos próprios (patrimônio líquido) financiam as aplicações no ativo permanente, ou quanto do exigível a curto prazo está investido em valores circulantes do ativo da empresa.

11. PADRÕES DE COMPARAÇÃO NA ANÁLISE CONTÁBIL Basicamente, existem três tipos de padrões em face dos quais se pode comparar um dado analisado (real),

quais sejam: Objetivo: orçamento; Dados históricos: séries históricas; Dados externos: outras empresas.

Dessa forma, a análise pode ser orientada para ser: Análise interna, para comparação com metas pré-estabelecidas e mapeamento ou acompanhamento

de determinados elementos patrimoniais ou de resultado ao longo de vários períodos, buscando estabelecer tendências ou perspectivas, isto é, pesquisa-se a dinâmica dos fatos da própria empresa;

Análise externa, para comparação com dados de outras empresas concorrentes ou não, e com índices padrões, visando a tomada de decisões ligadas à política administrativa da empresa.

12. METODOLOGIA, ROTEIRO E DEMONSTRAÇÃO DO TRABALHO O processo ou trabalho de decisão geral da análise pode ser assim representado:

De forma bastante simplificada, pode-se representar os diversos passos ou roteiro a serem seguidos ao longo do trabalho a ser desenvolvido pelo analista, assim:

ESCOLHA DE INDICADORES

COMPARAÇÃO COM PADRÕES

DECISÃO

ANÁLISE

DIAGNÓSTICO OU CONCLUSÕES

OBJETIVO TIPOS PROCESSOS MÉTODOS CONCLUSÃO RELATÓRIO FINAL

Page 11: Análise das demonstrações Contábeis

Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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A demonstração do resultado do trabalho de análise pode ser feita mediante a utilização de vários instrumentos, dentre os quais se destacam os seguintes:

Relatórios

Gráficos

Tabelas

Quadros e outros demonstrativos

13. ASPECTOS DAS DEMONSTRAÇÕES PASSÍVEIS DE ANÁLISE Ao longo do trabalho do analista devem ser adotados vários instrumentos de análise, todos visando a

interpretação e formulação de conclusões relativas aos diversos aspectos que envolvem a situação geral da empresa, quais sejam:

Aspecto da estrutura patrimonial (análise estrutural), dividido em: estrutura de capitais, onde são evidenciadas as origens dos recursos colocados à disposição da

empresa, com o mapeamento das participações destes recursos no empreendimento, se próprios ou de terceiros, bem como as aplicações dos recursos, suas classificações na estrutura patrimonial, as participações dos valores circulantes e não circulantes no investimento total, etc.;

endividamento, onde é analisada a composição do seu endividamento perante terceiros, com mapeamento das participações dos recursos fornecidos por terceiros, se a curto ou longo prazos.

Aspecto financeiro (análise financeira), dividido em: liquidez, onde são elaborados indicadores que demonstram a capacidade da empresa liquidar

seus compromissos para com terceiros, em termos restrito ou global; solvência, onde se pode, com a composição ou junção de vários tipos de índices, avaliar a

capacidade de solvência do empreendimento a médio e longo prazos, com a previsão da possibilidade da empresa experimentar um processo de concordata ou falência;

Aspecto econômico (análise econômica), dividido em: rentabilidade, onde é avaliada a capacidade da empresa remunerar o capital investido, mediante

a geração de lucros, isso em termos da atividade operacional e não operacional; produtividade, onde é avaliado o potencial dos elementos ativos da empresa em produzir

elementos de receitas e de ganhos, podendo ser evidenciado, por exemplo, o que cada unidade

RELATÓRIO A abcdefghijl ----------------------------------

RELATÓRIO ------------------------------------------

TABELA TABELA

A B C

Relatório Final Conclusões

Finais

Cia. Análise Resultado

Final

0

20

40

60

80

100

1°Trim.

2°Trim.

3°Trim.

4°Trim.

Leste

Oeste

Norte

020406080100120140160180

1°Trim.

2°Trim.

3°Trim.

4°Trim.

Norte

Oeste

Leste

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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11monetária de ativo operacional produziu, em unidades monetárias, de vendas líquidas no período analisado;

rotatividade, onde são elaborados índices capazes de medir a capacidade de giro ou rotação de certos elementos patrimoniais, cujos resultados podem provocar alterações na rentabilidade da empresa, podendo ser evidenciada, por exemplo, a rotação ou giro dos estoques ou contas a receber ou a pagar.

Para alguns estudiosos desta técnica contábil, as demonstrações financeiras de determinada empresa podem ser analisadas sob apenas dois aspectos, financeiro e econômico, onde os indicadores relativos à estrutura de capitais são considerados dentro do aspecto financeiro, sem prejuízos nos resultados do trabalho do analista.

14. CONDIÇÕES ESSENCIAIS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA EFEITO DE ANÁLISE

Para que se constituam em base válida e permitam ao analista atingir seu objetivo, as demonstrações financeiras devem contar com as condições naturais e fundamentais preconizadas pela ciência contábil, destacando-se as que seguem:

Exatidão, cuja condição é essencial para permitir o maior grau de confiabilidade possível ao analista; Clareza, condição essencial que permita ao analista a total inteligibilidade das informações

patrimoniais ou de resultado; Técnica, condição fundamental para evidenciar que a demonstração foi elaborada de acordo com as

técnicas (tecnicidade), normas e princípios que norteiam a ciência da contabilidade, permitindo melhor entendimento e padronização de procedimentos pelo analista;

Essas condições naturais e essenciais têm sido prejudicadas por fatores voluntários, onde o empirismo sobrepõe a ciência, em função do despreparo do profissional em muitas ocasiões, e por fatores compulsórios, onde se assiste a uma forte interferência da legislação tributária na implementação das técnicas de escrituração e evidenciação dos fatos econômicos produzidos pelo patrimônio da empresa.

15. AJUSTES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA EFEITO DE ANÁLISE Para que as demonstrações financeiras se constituam, efetivamente, em boa matéria-prima no trabalho do

analista, este deve manter uma estreita relação de intimidade com as demonstrações da empresa, de modo a que essa familiaridade com o estudo das contas facilite suas interpretações, além de lhe permitir a implementação de alguns ajustes nas demonstrações, priorizando-se os seguintes:

Simplificação, ajuste voltado para a adoção de procedimentos capazes de apresentar as informações contábeis da maneira mais simples possível, com agrupamento de contas ou elementos de uma mesma natureza, por exemplo, de modo a facilitar a sua decomposição e interpretação;

Padronização, ajuste implementado com vista a preparar as demonstrações para a análise da mesma forma que um paciente que vai se submeter a um exame médico, onde devem ser feitas:

conversões dos valores para uma única moeda e de uma mesma data, cuja uniformização é necessária para efeito de comparações;

agrupamento de saldos de contas e transferências de certas contas de um grupo ou subgrupo para outro, em função da natureza de seus saldos;

apresentação dos valores de forma reduzida, em milhares ou milhões de unidades monetárias, para facilitar os cálculos;

Reclassificação de contas, por este ajuste o analista deve buscar atingir um alto grau de precisão nas classificações de contas, evitando classificações de elementos fora de seus grupos ou subgrupos originais, o que pode causar distorções nos resultados da análise, como por exemplo, investimentos permanentes classificados no ativo circulante; despesas do exercício classificadas em despesas do exercício seguinte, ativo diferido que deveria ser despesa prontamente apropriável ao resultado; e empréstimos a curto prazo classificados no longo prazo, etc.;

Identificação de erros, aqui o analista deve buscar o descobrimento de erros nas demonstrações, principalmente aqueles relacionados com valores, vez que existe a possibilidade de ocorrência de algumas distorções, como exemplo, os valores dos estoques iniciais e finais do balanço, aliados ao valor das compras, não conferem com o valor de custo das mercadorias vendidas na demonstração do resultado do exercício; o valor da provisão para devedores duvidosos no balanço não coincide com o valor do respectivo encargo inserido na demonstração do resultado; e dificuldade de conciliar o valor do patrimônio líquido final com o resultado do exercício mais o valor do PL inicial, etc.

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16. EXEMPLOS DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PADRONIZADAS

A seguir, são arrolados exemplos de algumas demonstrações financeiras padronizadas para efeito de análise, onde foram aplicados certos ajustes:

Balanço Patrimonial

BALANÇO PATRIMONIAL PADRONIZADO ELEMENTO PATRIMONIAL VALOR

ATIVO TOTAL CIRCULANTE Disponibilidades Estoques Duplicatas a Receber (bruto) Outras Contas REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PERMANENTE Investimentos (líquido) Imobilizado (líquido) Diferido (líquido) ATIVO OPERACIONAL ATIVO NÃO OPERACIONAL PASSIVO TOTAL CIRCULANTE Fornecedores Obrigações Tributárias/Trabalhistas/Previdenciárias Empréstimos Bancários Duplicatas Descontadas Outras Contas EXIGÍVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Realizado Reservas de Capital Reservas de Lucros/Lucros ou Prejuízos Acumulados Resultados Antecipados (líquido) Ajustes do Ativo (provisões para perdas, etc.) CAPITAIS PRÓPRIOS CAPITAIS DE TERCEIROS

NOTAS: O valor dos investimentos deve estar deduzido das provisões para prováveis perdas. O valor do imobilizado deve estar deduzido das depreciações, amortizações ou exaustões acumuladas. O valor do diferido deve estar deduzido das amortizações acumuladas. O Ativo Operacional é formado pelo circulante operacional, realizável a longo prazo operacional, imobilizado e diferido, assim considerado o conjunto dos investimentos relacionados com a atividade principal da empresa.

O Ativo Não Operacional (não relacionado com a atividade principal da empresa) é formado pelo circulante não operacional, realizável não operacional e investimentos.

A conta Duplicatas Descontadas é classificada, pela Lei nº 6.404/76, como retificadora da conta Duplicatas a Receber no Ativo Circulante, porém para efeito de análise, foi reclassificada para o Passivo Circulante por se tratar, de fato, de uma modalidade de empréstimo bancário, ou seja, uma obrigação de funcionamento da empresa.

Resultados Antecipados é formado pelo confronto entre as receitas antecipadas e os respectivos custos ou despesas antecipadas, cujo valor foi reclassificado, para efeito de análise, do grupo Resultado de Exercícios Futuros para o Patrimônio Líquido, em função de que os valores classificados neste grupo, de acordo com a Lei nº 6.404/76, não representam exigibilidade da empresa para com terceiros.

Por exemplo, a conta Provisão para Devedores Duvidosos, que pertence ao Ativo Circulante, na condição de retificadora de Duplicatas a Receber, em função da Lei nº 6.404/76, foi reclassificada para o Patrimônio Líquido, com o título de Ajuste do Ativo, por se tratar da contrapartida de uma conta de apropriação de resultado, que é uma despesa não desembolsável, assim considerada porque a empresa não perdeu ativo para arcar com este gasto, e

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13sim, os proprietários do patrimônio, que absorveram a perda com parcela de lucro. Dessa forma, a conta vai para o Patrimônio Líquido como recomposição do valor do lucro do exercício em que ocorreu a apropriação da despesa.

Os Capitais Próprios, ou recursos próprios, representam as origens ou fontes de recursos advindos dos proprietários do empreendimento, identificados no balanço pelo grupo Patrimônio Líquido.

Os Capitais de Terceiros, ou recursos de terceiros, representam as origens ou fontes de recursos fornecidos por terceiros ao empreendimento, identificados no balanço pelos grupos Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo.

Demonstração do Resultado do Exercício

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO PADRONIZADA ELEMENTO DE RESULTADO VALOR

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS (100%) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS RESULTADO BRUTO (lucro ou prejuízo) Outras Receitas Operacionais DESPESAS OPERACIONAIS RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO Despesas Financeiras Receitas Financeiras RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO (lucro ou prejuízo) Resultado Não Operacional (lucro ou prejuízo) Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro (lucro ou prejuízo) Provisões para Imposto de Renda e Contribuição Social RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (lucro ou prejuízo) Resultado Líquido por Ação (lucro ou prejuízo)

NOTAS: Para efeito de análise, o valor das Receitas Líquidas de Vendas e Serviços é base para o desenvolvimento da análise vertical e por quocientes, isto porque ele representa o elemento de resultado sobre o qual o administrador pode adotar políticas de controle ou acompanhamento gerencial. As receitas Líquidas resultam da diferença entre as Receitas Brutas e as Deduções das Vendas, compostas basicamente pelos impostos incidentes diretamente sobre as vendas da empresa, para os quais o administrador pouco pode fazer para reduzi-los, pois são encargos vinculados ao cumprimento de obrigações de caráter legal e compulsório. Assim, o analista parte diretamente do valor das Receitas Líquidas, na maioria das vezes.

As Receitas Financeiras devem ser demonstradas, de acordo com a Lei nº 6.404/76, como dedução das Despesas Financeiras (despesas menos receitas financeiras), assim foram classificadas, para efeito de análise, no grupo de Despesas Operacionais, diminuindo, obviamente, o valor deste grupo.

O Resultado Não Operacional decorre do confronto entre as receitas ou ganhos não operacionais e as despesas ou perdas igualmente não operacionais.

Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados discriminar as contas e respectivos valores que compõem a estrutura da demonstração.

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos discriminar as contas e respectivos valores que compõem a estrutura da demonstração.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido discriminar as contas e respectivos valores que compõem a estrutura da demonstração.

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II – ESTUDO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1. DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA TODAS AS EMPRESAS Segundo a NBC T-31, as demonstrações contábeis são aquelas extraídas dos livros, registros e

documentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de Entidade, devendo na sua elaboração serem observados os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

A atribuição e responsabilidade técnica do sistema contábil da Entidade cabem, exclusivamente, a contabilista registrado no CRC2.

As demonstrações contábeis devem especificar sua natureza, a data e/ou o período e a Entidade a que se referem, cujo grau de revelação deve propiciar o suficiente entendimento do que cumpre demonstrar, inclusive com o uso de notas explicativas, que, entretanto, não podem substituir o que é intrínseco às demonstrações.

De conformidade com o art. 176 da Lei nº 6.404, de 15.12.1976 (DOU de 17.12.1976), e outros dispositivos legais emanados dos órgãos encarregados da normatização dos procedimentos contábeis, as empresas estão sujeitas à elaboração e publicação (para as sociedades por ações) das seguintes demonstrações financeiras (contábeis):

Balanço Patrimonial (BP); Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR).

NOTA: por força do § 6º do art. 176 da citada lei (com nova redação dada pelo art. 1º da Lei nº 9.457, de 05.05.1997 – DOU de 06.05.1997), a companhia fechada, e as demais empresas, com patrimônio líquido, na data do balanço, não superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR).

1.1. BALANÇO PATRIMONIAL Segundo o novo conceito emanado da NBC T-3, o balanço patrimonial é a demonstração contábil

destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, o Patrimônio e o Patrimônio Líquido da entidade3.

Assim, esta demonstração contábil representa graficamente a estática patrimonial, evidenciando claramente os elementos patrimoniais. Pode-se comparar o balanço patrimonial como uma fotografia (estática) do patrimônio de uma entidade em determinado momento.

O balanço patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido, sendo: Ativo - compreende as aplicações de recursos representadas por bens e direitos; Passivo - compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com

terceiros; Patrimônio Líquido - compreende os recursos próprios da Entidade e seu valor é a diferença

entre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo menos Passivo). Portanto, o valor do Patrimônio Líquido pode ser positivo, nulo ou negativo. Quando o valor do Patrimônio Líquido for negativo, este é também denominado de "Passivo a Descoberto".

Na situação em que o patrimônio líquido for negativo, este deve ser demonstrado após o ativo, sendo o seu valor final denominado de Passivo a Descoberto.

1 A NBC T-3 é a Norma Brasileira de Contabilidade que dispõe sobre conceito, conteúdo, estrutura e nomenclatura das demonstrações contábeis, a qual foi aprovada pela Resolução CFC nº 686, de 14/12/1990, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 2 CRC - Conselho Regional de Contabilidade, órgão pertencente ao sistema CFC, responsável pelo registro e fiscalização dos profissionais de contabilidade. 3 Esta nova conceituação foi introduzida pela Resolução CFC nº 847, de 16/06/1999, que alterou a citada Resolução CFC nº 686/90.

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1.1.1. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS Os elementos patrimoniais, de conformidade com a Lei nº 6.404/76, são classificados no Balanço

Patrimonial da seguinte forma:

1.1.1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DO ATIVO No Ativo as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos

nelas registrados, nos seguintes grupos e subgrupos:

A) ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades, as contas representativas dos recursos financeiros disponíveis da

empresa. Exemplos: Caixa; Bancos c/Movimento; Aplicações de Liquidez Imediata.

Realizável a Curto Prazo, as contas representativas dos direitos e bens realizáveis até o final do exercício social subseqüente ao do encerramento do balanço ou de conformidade com o ciclo operacional da empresa. Exemplos:

Duplicatas a Receber; Duplicatas Descontadas (credora); Provisão para Devedores Duvidosos (credora); Títulos a Receber; Estoques.

Despesas do Exercício Seguinte, as contas que representem aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (despesas antecipadas). Exemplos:

Aluguéis Antecipados; Seguros a Apropriar; Encargos Financeiros a Apropriar.

B) ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO As contas representativas de bens e direitos realizáveis após o final do exercício social

seguinte ao do encerramento do balanço ou de acordo com o ciclo operacional da empresa. Exemplos: Imóveis Destinados à Venda; Cauções Contratuais a Longo Prazo.

As contas representativas de bens e direitos oriundos de negócios não usuais realizados com coligadas, controladas, proprietários, sócios, acionistas e diretores, independentemente do vencimento ou prazo de realização. Exemplos:

ATENÇÃO!!! A divisão do grupo patrimonial Ativo Circulante retrodescrita (subgrupos Disponibilidades, Realizável a Curto Prazo e Despesas do Exercício Seguinte) está em consonância com as disposições da Lei nº 6.404/76, porém a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica nº 3 (NBC-T-3), do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), prevê a divisão do Ativo Circulante nos seguintes subgrupos:

Disponível; Créditos; Estoques; Despesas Antecipadas; Outros Valores e Bens.

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Empréstimos a Sócios; Empréstimos à Empresas do Grupo.

C) ATIVO PERMANENTE Investimentos, as contas representativas de direitos por participações permanentes em

outras sociedades e os bens e direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção das atividades da empresa. Exemplos:

Ações de Outras Empresas; Provisões para Perdas (credora); Obras de Arte; Imóveis não de Uso ou de Renda.

Imobilizado, as contas representativas dos bens e direitos que sejam destinados à manutenção das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. Exemplos:

Imóveis; Instalações; Móveis e Utensílios; Veículos; Marcas e Patentes; Jazidas de Minérios; Plantações; Semoventes; Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas (credoras).

Diferido, as contas representativas dos gastos ou aplicações de recursos em despesas que beneficiarão a empresa por mais de um exercício social, ou seja, contribuirão para a formação do resultado de vários exercícios. Exemplos:

Gastos Pré-Operacionais; Gastos com Organização e Expansão; Despesas com Desenvolvimento de Novos Produtos; Benfeitorias em Imóveis de Terceiros; Juros Pagos ou Devidos aos Proprietários antes do Início das Atividades da Empresa; Amortizações Acumuladas (credoras).

1.1.1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DO PASSIVO

No Passivo as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

A) PASSIVO CIRCULANTE As contas representativas das obrigações da empresa, inclusive financiamentos para

aquisição de Ativo Permanente, que tenham prazos de vencimentos até o final do exercício social subseqüente ao de encerramento do balanço ou de acordo com o ciclo operacional da empresa. Exemplos:

Fornecedores; Encargos Sociais a Recolher; Impostos a Recolher; Títulos a Pagar; Empréstimos e Financiamentos Bancários.

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B) PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO As contas representativas das obrigações da empresa com vencimentos após o término do

exercício social seguinte ao do encerramento do balanço ou conforme o ciclo operacional da empresa. Exemplos:

Impostos a Recolher; Títulos a Pagar; Empréstimos e Financiamentos em Moeda Nacional ou Estrangeira.

C) RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS As contas representativas das receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos ou

despesas a elas correspondentes. As principais características deste grupo de contas são:

a inexigibilidade para com terceiros (mesmo que haja desfazimento do negócio não há obrigatoriedade de devolução da importância recebida);

ser considerada como receita de exercícios futuros em função dos princípios contábeis da Realização da Receita e do Regime de Competência de Exercícios. Exemplos: • Aluguéis Recebidos Antecipadamente; • Comissões Recebidas Antecipadamente; • Custos ou Despesas Correspondentes às Receitas (devedoras).

NOTA: por força do Regulamento do Imposto de Renda, as empresas que exploram atividades de incorporação e venda de imóveis devem enquadrar neste grupo os recebimentos antecipados e respectivos custos.

D) PATRIMÔNIO LÍQUIDO As contas representativas dos seguintes valores:

dos investimentos dos proprietários na empresa; das reservas oriundas de lucros obtidos pela empresa; das reservas provenientes de reavaliação de ativos.

As contas pertencentes ao Patrimônio Líquido serão distribuídas nos seguintes subgrupos: Capital Social, as contas representativas do valor do capital subscrito e da parcela ainda

não integralizada ou realizada. Exemplos: • Capital Social; • Capital Social a Realizar ou Integralizar (devedora).

Reservas de Capital, as contas que representam valores recebidas que não transitaram pelo seu resultado como receitas e outros. Exemplos: • Ágio na Emissão de Ações; • Produto da Alienação de Partes Beneficiárias; • Produto da Alienação de Bônus de Subscrição; • Prêmios na Emissão de Debêntures; • Doações e Subvenções para Investimentos; • Incentivos Fiscais.

Reservas de Reavaliação, as contas representativas das contra partidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do Ativo em virtude de novas avaliações, com base em laudo técnico. Exemplos: • Reavaliação de Imóveis; − Reavaliação de Imóveis Próprios; − Reavaliação de Imóveis de Controladas;

• Reavaliação de Recursos Naturais; • Reavaliação de Participações Societárias.

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Reservas de Lucros, as contas que representam lucros obtidos pela empresa e retidos com finalidade específica. Essa retenção pode se dar por imposição legal, por determinação estatutária ou por propósitos aprovados pelos proprietários da empresa. Exemplos: • Reserva Legal; • Reservas Estatutárias; − Reserva para Aumento de Capital; − Reserva para Resgate de Debêntures; − Reserva para Resgate de Partes Beneficiárias; − Reserva para Amortização de Ações;

• Reservas para Contingências; • Reservas para Expansão ou Planos para Investimentos • Reservas de Lucros a Realizar; • Reservas para Dividendos Obrigatórios.

Lucros ou Prejuízos Acumulados, as contas representativas de resultados obtidos, porém retidos sem finalidade específica (quando lucros), ou à espera de absorção futura (quando prejuízos). Assim, os lucros ou prejuízos do exercício são transferidos para conta Lucros ou Prejuízos Acumulados e lá permanecem até se tomar decisão sobre a destinação do lucro ou amortização do prejuízo. Exemplos: • Lucros Acumulados; • Prejuízos Acumulados (opcional).

1.1.2. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

Consoante a Lei nº 6.404/76, no Balanço Patrimonial os elementos serão avaliados mediante os seguintes critérios:

1.1.2.1. AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS DO ATIVO A entidade avaliará seus bens e direitos:

Os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor, devendo ser excluídos os já prescritos e feitas as provisões necessárias para ajustá-lo ao valor provável de realização, facultado o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos;

Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvadas a hipótese de avaliação pelo método da Equivalência Patrimonial (art. 248 da Lei nº 6.404/76) e as demonstrações consolidadas (art. 250 da Lei nº 6.404/76), pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;

Os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;

O ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização.

Para efeito de avaliação dos elementos do ativo, considera-se como valor de mercado:

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Das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;

Dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

Dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.

A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas seguintes contas:

Depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;

Amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

Exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

Outras considerações previstas em lei: Os recursos aplicados no ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não

superior a 10 (dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los;

Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

1.1.2.2. AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS DO PASSIVO A entidade dever avaliar os elementos do passivo:

As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto de renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço;

As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;

As obrigações sujeitas a correção monetária serão atualizadas até a data do balanço.

1.1.3. RESUMO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO I – O PL está subdividido em: 1. Capital Social 2. Reservas de Capital 3. Reservas de Reavaliação 4. Reservas de Lucros 5. Lucros ou Prejuízos Acumulados 6. Ações em Tesouraria (S/A) ou Quotas Liberadas (Ltda) 7. Lucros ou Dividendos distribuídos antecipadamente II – São classificadas como Reservas de Capital: 1. Ágio na Emissão de Ações 2. Produto da Alienação de Partes Beneficiárias 3. Produto da Alienação de Bônus de Subscrição 4. Prêmios na Emissão de Debêntures 5. Doações e Subvenções para Investimentos 6. Incentivos Fiscais III – As Reservas de Capital somente podem ser utilizadas para: 1. Absorção dos prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros

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2. Resgate, reembolso ou compra de ações 3. Resgate de partes beneficiárias 4. Incorporação ao Capital Social 5. Pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada IV - O Lucro Líquido do Exercício pode ter a seguinte destinação: 1. Capitalização de Lucros 2. Compensação de Prejuízos 3. Formação de Reservas de Lucros 4. Distribuição de Dividendos 5. Outras V – As Reservas de Lucros são: 1. Reserva Legal 2. Reservas Estatutárias 3. Reservas para Contingências 4. Reserva de Lucros para Expansão ou Reservas de Planos para Investimentos 5. Reserva de Lucros a Realizar 6. Reserva de Lucros para Dividendos Obrigatórios VI – São tipos de Reservas Estatutárias: 1. Reserva para Aumento de Capital 2. Reserva para Resgate de Debêntures 3. Reserva para Resgate de Partes Beneficiárias 4. Reserva para Amortização de Ações VII – Os Lucros a Realizar representam a soma dos seguintes itens: 1. O aumento do valor de investimentos em coligadas e controladas, avaliados pela equivalência patrimonial 2. O lucro em vendas a longo prazo, cujo prazo de recebimento ocorrerá após o término do exercício seguinte, como por exemplo, na venda de bens do ativo permanente.

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A seguir, modelo de balanço patrimonial:

BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE DISPONIBILIDADES

Caixa e Bancos Conta Corrente Aplicações de Liquidez Imediata

CRÉDITOS Clientes (-) Duplicatas Descontadas (-) Provisão para Devedores Duvidosos Adiantamentos a Fornecedores Impostos a Compensar Investimentos Temporários

ESTOQUES Estoque de Mercadorias para Revenda Estoque de Matéria-Prima

DESPESAS ANTECIPADAS Prêmios de Seguros a Apropriar

OUTROS VALORES E BENS Bens Não Destinados a Uso

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO VALORES A RECEBER

Clientes (-) Provisão para Devedores Duvidosos Empréstimos a Coligadas e Controladas Empréstimos Compulsórios da Eletrobrás

INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Títulos e Valores Mobiliários Participações Não-Permanentes

DESPESAS ANTECIPADAS Prêmios de Seguros a Apropriar

PERMANENTE INVESTIMENTOS

Participações em Sociedades Controladas Obras de Arte Imóvel Não de Uso - de Renda (-) Depreciações Acumuladas

IMOBILIZADO Terrenos Máquinas, Aparelhos e Equipamentos Móveis e Utensílios Veículos Marcas, Direitos e Patentes Industriais (-) Depreciações Acumuladas (-) Amortizações Acumuladas Obras em Andamento

DIFERIDO Pesquisas e Desenvolvimento de Produtos Gastos de Reorganização (-) Amortizações Acumuladas

CIRCULANTE OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO

Fornecedores Obrigações Trabalhistas e Sociais Obrigações Tributárias Adiantamentos de Clientes Dividendos a Pagar

OBRIGAÇÕES DE FINANCIAMENTOS Empréstimos Bancários Títulos a Pagar

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e Financiamentos Retenções Contratuais Títulos a Pagar Provisão para Imposto Renda Diferido

RESULTADOS EXERCÍCIOS FUTUROS Receitas de Exercícios Futuros (-) Custos ou Despesas Correspondentes

PATRIMÔNIO LÍQUIDO CAPITAL SOCIAL Capital Subscrito (-) Capital a Realizar RESERVAS DE CAPITAL

Reservas de Incentivos Fiscais Subvenções para Investimentos Doações para Investimentos

RESERVAS DE REAVALIAÇÕES Reavaliação de Ativos Próprios Reavaliação de Ativos de Controladas

RESERVAS DE LUCROS Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva para Contingências Reserva de Lucros a Realizar

LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Lucros Acumulados (-) Prejuízos Acumulados

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RESUMO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO 1. CIRCULANTE • Neste grupo são classificados os bens e direitos com previsão ou expectativa

de realização até o final do exercício social seguinte ao do encerramento do balanço, devendo ser, segundo a Lei nº 6.404/76, dividido nos seguintes subgrupos: − Disponibilidades − Realizável a Curto Prazo − Despesas do Exercício Seguinte

• Segundo a NBC-T-3 do CFC, é dividido nos seguintes subgrupos: − Disponível − Créditos − Estoques − Despesas Antecipadas − Outros Valores e Bens

2. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO • Neste grupo são classificados os bens e direitos com previsão ou expectativa

de realização após o final do exercício social seguinte ao do encerramento do balanço.

• Embora sem uma definição legal sobre divisão, este grupo deve ser dividido nos mesmos subgrupos do Ativo Circulante, exceto o Disponível.

3. PERMANENTE • Neste grupo são classificados os bens de permanência duradoura, destinados

ao funcionamento normal da empresa, assim como os direitos exercidos com essa finalidade, devendo ser, segundo a Lei nº 6.404/76, dividido nos seguintes subgrupos: − Investimentos − Imobilizado − Diferido

1. CIRCULANTE • Neste grupo são classificadas as obrigações com vencimento ou previsão de

exigibilidade para até o final do exercício social seguinte ao do encerramento do balanço, devendo ser, embora sem uma definição legal, dividido nos seguintes subgrupos: − Obrigações de Funcionamento − Obrigações de Financiamentos − Outras Obrigações e Provisões

2. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO • Neste grupo são classificadas as obrigações com vencimento para após o final do

exercício social seguinte ao do balanço, sendo, embora sem definição legal, dividido nos seguintes subgrupos: − Obrigações de Funcionamento − Obrigações de Financiamentos − Outras Obrigações e Provisões

3. RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS • Neste grupo são classificadas as receitas já recebidas que efetivamente devem

ser reconhecidas em resultados nos exercícios futuros, deduzidas dos custos ou despesas correspondentes, devendo ser, embora sem uma definição legal, dividido nos seguintes subgrupos: − Receitas Recebidas Antecipadamente − Custos ou Despesas Correspondentes

4. PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Neste grupo são classificadas os investimentos e demais recursos dos

proprietários no patrimônio da empresa, devendo ser, segundo a Lei nº 6.404/76, dividido nos seguintes subgrupos: − Capital Social − Reservas de Capital − Reservas de Reavaliação − Reservas de Lucros − Lucros ou Prejuízos Acumulados

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1.2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO A presente peça expositiva demonstra a dinâmica patrimonial, cuja elaboração se dá com a

finalidade de evidenciar os vários elementos que formam o resultado econômico da entidade, representados pelas receitas e pelos rendimentos auferidos no período, independentemente de sua realização em moeda, e pelos custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos e que mantenham correspondência com aquelas receitas e rendimentos.

Portanto, a Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas obtidas e das despesas incorridas pela empresa durante o exercício social, dispostas graficamente de forma vertical e dedutiva, isto é, das receitas subtraem-se as despesas com vistas a apurar o resultado econômico do período, que pode ser lucro ou prejuízo.

Por força do art. 187 da Lei nº 6.404/76, na DRE devem ser evidenciadas, de forma ordenada e resumida, as operações realizadas durante o exercício social de modo a destacar o resultado líquido do período. Para tanto, as receitas e despesas serão discriminadas obedecendo os seguintes grupos de contas:

Receita Bruta de Vendas e Serviços

Deduções da Receita Bruta

Receita Liquida de Vendas e Serviços

Custo das Vendas e Serviços

Resultado (Lucro ou Prejuízo) Bruto

Despesas Operacionais

Resultado (Lucro ou Prejuízo) Operacional Líquido

Resultados Não Operacionais

Resultado (Lucro ou Prejuízo) antes dos Tributos

Provisões para Tributos

Resultado antes das Participações e Contribuições

Participações e Contribuições

Resultado (Lucro ou Prejuízo) Liquido do Exercício

Lucro ou Prejuízo por Ação

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A seguir, modelo de demonstração do resultado do exercício:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS

Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Serviços Prestados

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Impostos Incidentes sobre Vendas Impostos Incidentes sobre Serviços Vendas Canceladas Abatimentos sobre Vendas

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS CUSTOS DAS VENDAS E SERVIÇOS

Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Vendidas Custo dos Serviços Prestados

RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) BRUTO DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas com Vendas Despesas Administrativas e Gerais Despesas Tributárias Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS Prejuízos em Participações Societárias (Equivalência Patrimonial) Lucros em Participações Societárias (Equivalência Patrimonial) Dividendos e Rendimentos de Outros Investimentos

RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) OPERACIONAL LÍQUIDO RESULTADO NÃO OPERACIONAL

Ganhos e Perdas de Capital nos Investimentos Ganhos e Perdas de Capital no Imobilizado

RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) ANTES DOS IMPOSTOS Provisão para Imposto de Renda Contribuição Social sobre Lucro

RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) ANTES DAS PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

Debêntures Empregados Administradores Partes Beneficiárias Fundos de Assistência a Empregados

RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO

1.3. DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Esta demonstração contábil evidencia de forma precisa o lucro líquido obtido em determinado

exercício social, a destinação ou distribuição dada a este. Enfim, demonstra toda a movimentação registrada na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, constituindo-se num instrumento de integração entre o balanço patrimonial e a demonstração do resultado.

Assim, ela permite a evidenciação dos dividendos distribuídos e das deduções para formação de reservas patrimoniais ou sua reversão, entre outras movimentações passíveis de ocorrer com os lucros obtidos pela empresa.

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Conforme disposição da Lei nº 6.404/76, a demonstração das movimentações ocorridas na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados da empresa deve ser apresentada da seguinte forma:

Saldo no Início do Exercício Ajustes de Exercícios Anteriores Parcela de Lucros Incorporada ao Capital Reversões de Reservas Lucro (Prejuízo) do Exercício Destinação do Lucro Saldo No Final do Exercício

A seguir, modelo da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados:

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS SALDO NO INÍCIO DO EXERCÍCIO AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

Efeitos da Mudança de Critério Contábil Retificação de Erros de Exercícios Anteriores

PARCELA DE LUCROS INCORPORADA AO CAPITAL REVERSÕES DE RESERVAS

De Contingências De Lucros a Realizar

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO DESTINAÇÃO DO LUCRO

Constituição de Reservas Reserva Legal Reserva de Contingências Reservas Estatutárias

Reserva para aumento de capital Reserva para resgate de debêntures Reserva para resgate de partes beneficiárias Reserva para amortização de ações

Reservas para Expansão ou Planos para Investimentos Reserva de Lucros a Realizar Reserva para Dividendos Obrigatórios

Dividendos a Distribuir (R$ p/ação) SALDO NO FINAL DO EXERCÍCIO

1.4. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Esta demonstração visa apresentar as informações relativas às operações de financiamento e

investimento em determinado período, buscando, também, evidenciar as modificações na posição financeira da empresa.

Como os fenômenos contábeis são capazes de provocar alterações de ordem qualitativa e quantitativa em mais de um elemento do patrimônio ao mesmo tempo, ela se presta a indicar a movimentação dos elementos patrimoniais não circulantes com reflexos nos elementos circulantes, bem como demonstra a variação ocorrida no valor do capital circulante da empresa.

A seguir, é apresentada a estrutura da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos: Origens de Recursos Aplicações de Recursos Aumento ou Redução do Capital Circulante Líquido Demonstração da Variação do Capital Circulante Líquido

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A seguir, modelo de demonstração das origens e aplicações de recursos:

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS(*) ORIGENS DE RECURSOS

DAS OPERAÇÕES Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício Despesas Não Desembolsáveis

Depreciações Amortizações Exaustões Provisões para Prováveis Perdas

Resultado da Equivalência Patrimonial Variações nos Resultados de Exercícios Futuros

DOS PROPRIETÁRIOS Realização de Capital Social Contribuições para Reservas de Capital

DE TERCEIROS Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo

APLICAÇÕES DE RECURSOS Aumento do Ativo Investimentos Aquisição de Direitos do Ativo Imobilizado Aumento do Ativo Diferido Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo Dividendos Distribuídos

AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

ATIVO CIRCULANTE Início do Exercício (-) Final do Exercício (=) Variação

PASSIVO CIRCULANTE Início do Exercício (-) Final do Exercício (=) Variação

AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

1.5. NOTAS EXPLICATIVAS As notas explicativas são informações complementares às demonstrações financeiras

(contábeis), representando parte integrante destas, necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício, nos termos do § 4º do art. 176 da Lei nº 6.404/76.

Podem ser expressas tanto na forma descritiva como na de quadros analíticos, ou mesmo englobando outras demonstrações que forem necessárias ao melhor e mais completo esclarecimento das demonstrativos contábeis.

As notas explicativas podem ser usadas para descrever práticas contábeis utilizadas pela empresa, para explicações adicionais sobre determinadas contas ou operações específicas e ainda para composição de detalhes de certas contas.

Outro aspecto a ser considerado é que a menção de um erro contábil numa Nota Explicativa não justifica esse erro; é interessante sua menção para esclarecimento do leitor das demonstrações contábeis, porém o erro persiste, apesar de mencionado em nota explicativa.

Consoante o § 5º do citado artigo, as notas explicativas que acompanham as demonstrações contábeis, devem indicar o seguinte:

Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;

Os investimentos em outras sociedades, quando relevantes;

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O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (reavaliações de ativos);

Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; O número, espécies e classes das ações do capital social; As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; Os ajustes de exercícios anteriores; Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam a vir

a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. Como se verifica, a Lei das S.A estabelece nove casos expressos que devem ser mencionados

em notas explicativas, todavia, a menção dessas nove possibilidades de notas representa o elenco básico a ser seguido pelas empresas, sendo que pode haver situações em que sejam necessárias outras notas explicativas adicionais, além das previstas em lei.

2. DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA DETERMINADAS EMPRESAS Em função da natureza e características da entidade, bem como em decorrência de atos legais

oriundos de outros órgãos disciplinadores dos procedimentos contábeis, mais especificamente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as companhias de capital aberto (empresas que têm seus valores mobiliários negociados em bolsas de valores ou em mercado de balcão) estão sujeitas a elaborarem e publicarem as seguintes demonstrações contábeis:

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, substitui a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados e é exigida por força da Instrução CVM nº 59, de 22.12.1986;

segundo a NBC T 3.5, baixada pelo Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução CFC 686/90 (com nova redação dada pela Resolução CFC 887/00), a DMPL é aquela destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, havidas no Patrimônio Líquido da entidade, num determinado período de tempo;

esta demonstração evidencia a movimentação de todas as contas do grupo do Patrimônio Líquido durante o exercício encerrado, ao contrário da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA que mostra a movimentação somente da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados;

dessa forma, ela é de grande utilidade em função de demonstrar de forma abrangente o capital próprio da empresa no início e no fim do exercício social, constituindo-se em importante elemento para elaboração da Demonstração das Origens de Aplicações de Recursos e para avaliação dos investimentos permanentes (pela investidora) em coligadas e controladas;

a rigor, a elaboração desta demonstração obedece as mesmas técnicas adotadas na DLPA, isto é, todas as movimentações ocorridas nas contas do Patrimônio Líquido são demonstradas, partindo dos saldos do final do exercício anterior, registrando os aumentos ou diminuições durante o período e chegando aos saldos atuais.

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A seguir, um modelo de demonstração das mutações do patrimônio líquido:

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS

DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS

CAPITAL REALI-ZADO

Ágio Emissão de Ações

Incen-tivos

Fiscais

Subven-ções p/ Investi-mentos

Reserva para

Contin-gência

Reservas Estatu-tárias

Reserva para

Expan-são

Reserva Legal

Reserva de Lucros a Realizar

LUCROS ACUMU-LADOS

TOTAL

SALDOS EM ___/___/___ AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (NE. Nº) Mudança de critérios contábeis Retificação de erros AUMENTOS DE CAPITAL Com lucros e reservas Por subscrição realizada REVERSÕES DE RESERVAS De Contingências De Lucros a Realizar LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DESTINAÇÃO DO LUCRO Reservas Dividendos ($ por ação)

SALDOS EM ___/___/___

Demonstrações Financeiras Consolidadas, que, nos termos dos arts. 249 e 250 da Lei nº 6.404/76 e da Instrução CVM nº 247/96 (vigência: demonstrações relativas ao exercício social findo a partir de 01.12.96), devem ser elaboradas e divulgadas, juntamente com suas demonstrações financeiras, pela companhia aberta que tiver mais de 30% do valor de seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades controladas e pela sociedade de comando de grupo de sociedades (holding) que inclua companhia aberta.

A seguir, modelos de balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício consolidados:

BALANÇO CONSOLIDADO ELIMINAÇÕES E

AJUSTES DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS

CONTROLADORA S/A

CONTROLADA S/A

DÉBITO CRÉDITO

SALDOS CONSOLIDADOS

ATIVO Disponibilidades Valores a Receber Estoques Investimentos Imobilizado Depreciação Acumulada

TOTAL

PASSIVO Valores a Pagar Participação Minoritária no Capital Reservas de Capital Reservas de Lucros e Lucros Acumulados

TOTAL

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO CONSOLIDADA ELIMINAÇÕES E

AJUSTES DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS

CONTROLA-DORA S/A

CONTRO-LADA S/A

DÉBITO CRÉDITO

SALDOS CONSOLIDADOS

RECEITA BRUTA DE VENDAS Custos das Vendas LUCRO BRUTO Despesas Operacionais LUCRO OPERACIONAL Impostos sobre o Lucro LUCRO LÍQUIDO TOTAL DO GRUPO Participação Minoritária nos Resultados da Controlada S/A LUCRO LÍQUIDO CONSOLIDADO

Demonstração Contábil em Moeda de Capacidade Aquisitiva Constante (também

denominada de Demonstração Financeira com Correção Monetária Integral), recomendada para a companhia aberta nos termos da Instrução CVM nº 191, de 15.07.1992 (DOU de 17.07.92). Já a Instrução CVM nº 248, de 29.03.1996, tornou facultativa, a partir de março de 1996, a elaboração e divulgação desta demonstração, em função de que os arts. 4º e 5º da Lei nº 9.249/95 extinguiram a correção monetária, inclusive para fins societários.

A seguir, modelos de balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício em moeda de poder aquisitivo constante (correção monetária integral – CMI):

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Elementos Legislação Societária

Correção Monetária

Integral Elementos Legislação

Societária Correção Monetária

Integral CIRCULANTE CIRCULANTE Disponibilidades Fornecedores Aplicações Financeiras Empréstimos Clientes Obrigações Tributárias Estoques PATRIMÔNIO LÍQUIDO PERMANENTE Capital Imobilizado Reservas de Capital Depreciação Acumulada Lucros Acumulados

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Elementos Legislação Societária Correção Monetária Integral

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS Vendas de Mercadorias Vendas de Serviços RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS LUCRO BRUTO Despesas Operacionais Ganhos em Itens Monetários Perdas em Itens Monetários LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO RESULTADO NÃO OPERACIONAL RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

NOTA: por força da Resolução CFC nº 900, de 22.03.2001, baixada pelo Conselho Federal de Contabilidade, é considerada compulsória a aplicação do Princípio da Atualização Monetária, previsto no art. 8º da Resolução

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CFC nº 750/93, quando a inflação acumulada no triênio for de 100% ou mais. A inflação acumulada será calculada com base no Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), apurado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A aplicação compulsória do Princípio da Atualização Monetária deverá ser amplamente divulgada nas notas explicativas às demonstrações contábeis.

3. OUTRAS DEMONSTRAÇÕES DE CARÁTER GERENCIAL Embora ainda não exigidas pela legislação societária, a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) e

a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), constituem-se em importantes instrumentos de controle gerencial das mutações patrimoniais, permitindo ao administrador a identificação e acompanhamento de todos os fluxos de entradas e saídas de caixa, bem como dos elementos que produzem a riqueza na empresa. Eis algumas considerações sobre estas demonstrações:

Demonstração do Fluxo de Caixa, apresenta a modificação no saldo de disponibilidades de uma entidade durante determinado período, por meio dos fluxos de recebimentos e pagamentos financeiramente concretizados, sendo esta última uma das particularidades da DFC, ou seja, sua elaboração pelo regime de caixa, de forma contrária às demonstrações contábeis exigidas pela Lei 6.404-76, que são elaboradas pelo regime de competência.

O fluxo de caixa é uma informação de relevância como complemento das Demonstrações Contábeis.

A empresa pode ter lucros fantásticos e vendas ascendentes, mas, se não tiver um fluxo de caixa adequado, corre o risco de não ter sua continuidade amparada.

O conceito de caixa a ser utilizado engloba o dinheiro em caixa e bancos, bem como os equivalentes de caixa, assim considerados os investimentos altamente líquidos:

que sejam, de imediato, conversíveis em caixa, conforme definição da empresa, e que devem constar em nota explicativa (podendo incluir aplicações com vencimento de até três meses); e

que estejam tão próximos do vencimento que não exista risco de mudança de valor em função de alteração na taxa de juros.

A DFC utiliza a classificação do fluxo de caixa em três grupos: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento, da seguinte forma:

atividades operacionais - este grupo inclui todas as transações ou outros eventos não definidos como atividades de investimento ou financiamento. Atividades operacionais geralmente envolvem a produção e venda de produtos, e a prestação de serviços. Quando o avaliamos por diversos anos, o fluxo de caixa operacional indica, em extensão, que atividades operacionais têm gerado mais caixa do que o que se têm usado.

atividades de investimento - a aquisição de ativos não-circulantes, particularmente bens imóveis, instalações fabris e equipamentos, usualmente representa a maior destinação de dinheiro das empresas. A entidade, na sua continuidade operacional, é forçada, em determinadas circunstâncias, a substituir ativos não-circulantes por outros ativos semelhantes, e ativos adicionais, na intenção de incrementar os negócios e desenvolver-se. Desse modo, a empresa obtém parte de sua necessidade de caixa para adquirir ativos não-circulantes pela venda dos ativos que estão sendo substituídos. De qualquer maneira, é certo que as entradas de caixa raramente cobrem a totalidade dos custos das novas aquisições.

atividades de financiamento - a empresa também consegue dinheiro por meio de empréstimos a curto e longo prazo e de emissão de ações representativas do capital. Ela utiliza o caixa para pagamento de dividendos aos acionistas, para amortizar os empréstimos e resgate de ações próprias nas mãos do público.

As empresas podem escolher entre apresentar o fluxo de caixa pelo método indireto ou direto, mas são incentivadas a usar o segundo:

o método indireto é aquele no qual os recursos provenientes das atividades operacionais são demonstrados com base no lucro líquido, ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado e que não afetam o caixa da empresa;

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o método direto é aquele no qual são demonstrados os recebimentos e pagamentos provenientes das atividades operacionais da empresa, em vez do lucro líquido ajustado.

A seguir, os modelos da DFC:

FLUXO DE CAIXA – MÉTODO DIRETO FLUXO DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO

Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa Fluxo de caixa das atividades operacionais:

Venda de mercadoria e serviços (+) Pagamento de fornecedores (-) Salários e encargos sociais dos empregados (-) Dividendos recebidos (+) Impostos e outras despesas legais (-) Recebimento de seguros (+) Caixa líquido das atividades operacionais (+/-)

Fluxo de caixa das atividades de investimento:

Venda de imobilizado (+) Aquisição de imobilizado (-) Aquisição de outras empresas (-) Caixa líquido das atividades de investimento (+/-)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Empréstimos líquidos tomados (+) Pagamento de leasing (-) Emissão de ações (+) Caixa líquido das atividades de financiamento (+/-)

Aumento/diminuição líquido de caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa – início do ano Caixa e equivalentes de caixa – final do ano

Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa Fluxo de caixa das atividades operacionais:

Lucro líquido (+) Depreciação e amortização (+) Provisão para devedores duvidosos (+) Aumento/diminuição em fornecedores (+/-) Aumento/diminuição em contas a pagar (+/-) Aumento/diminuição em contas a receber (-/+) Aumento/diminuição em estoques (-/+) Caixa líquido das atividades operacionais (+/-)

Fluxo de caixa das atividades de investimento: Venda de imobilizado (+) Aquisição de imobilizado (-) Aquisição de outras empresas (-) Caixa líquido das atividades de investimento (+/-)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Empréstimos líquidos tomados (+) Pagamento de leasing (-) Emissão de ações (+) Caixa líquido das atividades de financiamento (+/-)

Aumento/diminuição líquido de caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa - início do ano Caixa e equivalentes de caixa - final do ano

NOTA: texto extraído do material publicado na Revista Brasileira de Contabilidade, ano XXVI, nº 105, de julho de 1997, elaborado por Egberto Lucena Teles, contador, mestrando em contabilidade e controladoria pela FEA/USP.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA), que evidencia o valor das riquezas criadas pela sociedade, bem como sua efetiva distribuição, constituindo-se em ferramenta importante para os vários grupos de usuários da informação contábil (internos e externos), que não pode ser obtida com clareza nas demonstrações tradicionais, razão pela qual a DVA está ganhando cada vez mais adeptos em vários países. Portanto, a DVA apresenta o valor adicionado ou valor agregado, que significa a riqueza criada por uma entidade num determinado período de tempo, que via de regra é de um ano. A exemplo do PIB de cada país, a soma das importâncias agregadas representa, na verdade, a soma das riquezas criadas pela empresa.

Fatores que evidenciam a importância da elaboração da DVA: algumas nações exigem que as empresas internacionais que desejem se instalar no país

demonstrem qual o valor adicionado que pretendem gerar, pois para esses países pode não ser interessante a empresa produzir muito importando muito, sendo que o fundamental é medir a nova riqueza produzida, ou seja, o valor adicionado ao país, bem como a forma de distribuição dessa riqueza;

alguns estados e municípios, antes da concessão de incentivos fiscais, analisam o projeto de instalação da empresa, incluindo nessa análise o montante do possível valor a ser adicionado e sua efetiva distribuição, na forma de pagamento de mão-de-obra, serviços de terceiros, impostos, juros e lucros. O montante a ser agregado e a forma de sua distribuição podem, na maioria das vezes, se constituírem no principal elemento de decisão para conceder ou não os incentivos fiscais, vez que a obtenção e distribuição do valor adicionado representa o valor da efetiva riqueza produzida e distribuída pela empresa, provocando, assim, crescimento econômico efetivo na área municipal ou estadual;

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assim, a DVA deve indicar de forma clara e precisa a parte da riqueza que pertence aos sócios ou acionistas, a que pertence aos demais capitalistas que financiam a empresa (capital de terceiros), a que pertence aos empregados e finalmente a parte que fica com o governo;

na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) a parte de terceiros, formada pelos capitalistas, empregados e governo, é considerada como despesa ou custo, pois do ponto de vista dos proprietários, esses valores distribuídos representam redução do lucro e, de conseqüência, redução da parcela que cabe a cada dono da empresa;

dessa forma, a DRE e a DVA apresentam enfoques bem diferentes e objetivam fornecer informações sob distintos pontos de vista, o que as torna complementares e imprescindíveis, pois a elaboração e divulgação de ambas atende de forma eficaz a necessidade que os usuários possuem de informações adicionais em relação às demonstrações contábeis obrigatórias.

Como se pode perceber, a DVA tem como objetivo principal fornecer uma visão bem abrangente sobre a real capacidade de uma sociedade produzir riqueza, isto é, agregando valor ao seu patrimônio, e sobre a forma de como distribui essa riqueza entre os diversos fatores da produção (trabalho, capital próprio ou de terceiros, governo). No Brasil, embora seja incipiente a sua utilização e divulgação, pois ainda não é obrigatória pela legislação societária, a DVA costuma ser inserida por algumas empresas como informação adicional nos Relatórios da Administração ou como Nota Explicativa às demonstrações contábeis.

São fatores que demonstram a necessidade de elaboração da DVA: a DRE identifica apenas a parcela da riqueza criada que de fato permanece na empresa

na forma de lucro, não identificando as demais gerações de riquezas, os chamados valores agregados;

as outras demonstrações legais também não são capazes de indicar: • quanto de valor - riqueza - a empresa está agregando às mercadorias ou insumos adquiridos; • quanto e de que forma foram distribuídos os valores adicionados, isto é, não identifica de que

forma as riquezas produzidas pela empresa foram distribuídas.

A seguir são identificados os elementos que compõem a DVA: valor adicionado, que é calculado pela diferença entre o valor das vendas brutas,

deduzido do valor das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, e o total dos insumos adquiridos de terceiros, como o custo das mercadorias vendidos, matéria-prima e demais insumos de produção, serviços adquiridos de terceiros, etc.

distribuição do valor adicionado, cuja soma deve ser igual à soma do valor adicionado, considera os seguintes valores: • mão-de-obra de terceiros; • encargos sociais; • impostos e contribuições; • juros, aluguéis e outras remunerações de terceiros; • lucro líquido, inclusive a parcela não distribuída;

NOTA: quanto aos valores relativos à depreciação, amortização e exaustão, vários países e autores consideram-nos como valores adicionados retidos, sendo que neste trabalho essas parcelas aparecem como redutoras do Valor Adicionado Bruto, formando o Valor Adicionado Líquido.

lucro líquido, é a parcela do valor adicionado que pertence aos proprietários, englobando na verdade os lucros totais (distribuídos e retidos). Os lucros retidos devem aparecer na DVA dentro do subgrupo acionistas ou sócios, para indicar qual o montante da parcela que compõe o valor adicionado que efetivamente pertence aos donos;

resultados de participações societárias, onde são identificados os rendimentos de participações societárias avaliadas pela equivalência patrimonial ou pelo custo de aquisição (ganhos na equivalência patrimonial ou receita de dividendos), os quais não representam geração de valor adicionado, devendo ser considerados como transferências de riquezas geradas pela sociedade investida;

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receitas financeiras, que também não representam criação de riqueza pela empresa, mas sim resultam da aplicação do capital em negócios de terceiros, os quais produziram riqueza e transferiram uma parcela da mesma para a empresa, a títulos de juros. Tais receitas devem ser somadas ao valor adicionado pela empresa, formando um montante denominado de valor adicionado à disposição da entidade.

A seguir, uma representação gráfica da DFC:

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

I - Geração do Valor Adicionado - Elementos: Receitas Operacionais e Não Operacionais (-) Custos das Mercadorias, Produtos e Serviços Vendidos (-) Serviços adquiridos de terceiros (-) Materiais e insumos, energia, comunicação, propaganda, etc. (-) Outros valores (=) Valor Adicionado Bruto (-) Despesas de Depreciação, amortização e exaustão (=) Valor Adicionado Líquido (+) Valores remunerados por terceiros (juros, aluguéis e outros) (=) Valor Adicionado à Disposição da Empresa

II - Distribuição do Valor Adicionado Remuneração do trabalho Remuneração do governo (impostos e contribuições) Remuneração do capital de terceiros (juros, aluguéis, etc) Remuneração do capital próprio (dividendos e lucros retidos) Outros (=) Total do valor distribuído (igual ao total gerado)

NOTA: este texto sobre a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) foi extraído do livro Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras, dos professores Silvério das Neves e Paulo E. V. Viceconti, publicado pela Editora Frase, 7ª Edição, fev/1998.

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4. OUTRAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRES AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A seguir são relacionadas diversas considerações relevantes acerca do estudo das demonstrações financeiras (contábeis), cujos conteúdos foram extraídos da legislação ordinária e das demais normas regulamentadoras da ciência contábil no Brasil:

“Também integram o Ativo Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens daquela natureza, mesmo que ainda não estejam em operação, mas que se destinem a

tal finalidade, tais como construção e importações em andamento”.

“Na Demonstração do Resultado do Exercício não transitam despesas e receitas de exercícios anteriores. Esses valores se integram ao patrimônio da empresa através da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do

Patrimônio Líquido”.

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inco

rrida

s no

exer

cício

”.

“Distribuição de lucros e compensação de prejuízos não transitam

pela Dem

onstração do

Resultado do

Exercício. Esses

valores são

componentes da Dem

onstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou

Demonstração das Mutações do Patrim

ônio Líquido”.

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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35

“Somente a escrituração contábil regular dá o necessário respaldo para o Balanço Patrimonial e demais demonstrações contábeis, que se constituem, de forma sintética,

no resumo das operações da empresa em determinado momento”.

“Capital a Integralizar e Prejuízos Acumulados são contas de natureza devedora, mas devem ser classificadas no Patrimônio Líquido, pois são contas retificadoras deste”.

“Os

term

os u

tiliza

dos

nos

regi

stro

s e

nas

dem

onst

raçõ

es c

ontá

beis

subs

eqüe

ntes

dev

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xpre

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o po

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l, o

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adeir

o sig

nific

ado

das

trans

açõe

s oc

orrid

as, p

rese

rvan

do-s

e ex

pres

sões

do

idio

ma n

acio

nal”.

“Capital a Integralizar” e “Prejuízos Acumulados” são contas de

natureza devedora, mas devem

ser classificadas no Patrimônio Líquido,

pois são contas retificadoras deste.”.

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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36

“Ocorrendo a elaboração de demonstrações contábeis sem respaldo em escrituração contábil regular, poderá o Conselho Regional de Contabilidade instaurar processo administrativo contra o responsável técnico, estando previstas penas de multa e de suspensão do exercício profissional ou processo por infração ao Código de Ética Profissional do Contabilista, que estabelece penas de advertência, censura reservada e censura pública”.

“Nas demonstrações, as contas

semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos

poderão agregados, desde que se indique

sua natureza e não ultrapassem a um

décimo do valor do respectivo grupo de

contas; mas é vedada a utilização de

designações genéricas, como

Diversas Contas ou Contas Correntes”.

“Duplicatas Descontadas, Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa e Depreciações Acumuladas são contas de natureza credora, mas devem ser

classificadas no Ativo, pois são contas retificadoras deste.”

“A conta Banco Conta-Corrente com saldo credor representa obrigação para a empresa, portanto deve ser classificada no Passivo

Circulante”.

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37

III – ALGUNS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

I – ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAIS (ASPECTO ESTRUTURAL)

ÍNDICE FÓRMULA INTERPRETAÇÃO

1. GRAU DE ENDIVIDAMENTO = GE = Indica a participação de recursos de terceiros no financiamento do investimento total. Quanto menor, melhor.

2. SOLVÊNCIA GERAL = SG = Indica a capacidade da empresa pagar suas dívidas para com terceiros. Quanto maior, melhor.

3. COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO = CE = Indica quanto a empresa deve a curto prazo para cada real de exigibilidade total. Quanto menor, melhor.

4. GARANTIA DE CAPITAL DE TERCEIROS = GCT = Indica quanto a empresa tem de recursos próprios para garantir cada real de exigibilidade total. Quanto maior, melhor.

5. IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO = ICP = Indica quanto a empresa aplicou de cada real de capital próprio no Ativo Permanente. Quanto menor, melhor.

6. GRAU DE PERMANÊNCIA DO ATIVO = GPA = Indica quanto do investimento total está aplicado no Ativo Permanente. Quanto menor, melhor.

CAPITAL DE TERCEIROS

ATIVO TOTAL

PC + ELP

AT

ATIVO TOTAL

CAPITAL DE TERCEIROS

AT

PC + ELP

PL

PC + ELP

ATIVO PERMANENTE

CAPITAL PRÓPRIO

AP

PL

CAPITAL PRÓPRIO

CAPITAL DE TERCEIROS

AP

AT

ATIVO PERMANENTE

INVESTIMENTO TOTAL

PC

PC + ELP

EXIGÍVEL A CURTO PRAZO

CAPITAL DE TERCEIROS

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38

II – ÍNDICES DE LIQUIDEZ (ASPECTO FINANCEIRO)

ÍNDICE FÓRMULA INTERPRETAÇÃO

1. LIQUIDEZ GERAL = LG = Indica quanto a empresa possui de bens e direitos realizáveis a curto e longo prazos para arcar com cada real de dívidas perante terceiros. Quanto maior, melhor.

2. LIQUIDEZ IMEDIATA = LI = Indica quanto a empresa possui de valores prontamente disponíveis para pagar cada real de obrigação a curto prazo Quanto maior, melhor.

3. LIQUIDEZ SECA = LS = Indica quanto a empresa possui de bens e direitos circulantes, diminuídos do valor dos estoques, para pagar cada real de dívida a curto prazo. Quanto maior, melhor.

4. LIQUIDEZ CORRENTE = LC = Indica quanto a empresa possui de valores circulantes para liquidar cada real de dívida a curto prazo. Quanto maior, melhor.

AC + RLP

PC + ELP

ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL LONGO PRAZO

PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

DISPONIBILIDADES

PASSIVO CIRCULANTE

DISP

PC

ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUES

PASSIVO CIRCULANTE

AC - EST

PC

ATIVO CIRCULANTE

PASSIVO CIRCULANTE

AC

PC

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39

III – ÍNDICES DE RENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE (ASPECTO ECONÔMICO)

ÍNDICE FÓRMULA INTERPRETAÇÃO

1. MARGEM OPERACIONAL = MO = Indica quanto a empresa obteve de lucro operacional líquido para cada real de vendas líquidas (mercadorias e serviços). Quanto maior, melhor.

2. MARGEM BRUTA = MB = Indica quanto a empresa obteve de lucro bruto no exercício para cada real de vendas líquidas (mercadorias e serviços). Quanto maior, melhor.

3. MARGEM GERAL OU MARGEM LÍQUIDA = MG =

Indica quanto a empresa obteve de lucro líquido no exercício para cada real de vendas líquidas (mercadorias e serviços). Quanto maior, melhor.

4. GIRO OPERACIONAL = GO = Indica o número de vezes em que as vendas líquidas reproduzem os recursos aplicados em ativos operacionais. Quanto maior, melhor. NOTA: Ativo Operacional Médio é a soma do valor inicial e final do exercício, dividido por 2.

5. GIRO GERAL OU GIRO DO ATIVO = GG = Indica o número de vezes em que as vendas líquidas reproduzem os recursos aplicados no ativo total. Quanto maior, melhor. NOTA: Ativo Total Médio é a soma do valor inicial e final do exercício, dividido por 2.

6. RETORNO OPERACIONAL = MARGEM OPERACIONAL X GIRO OPERACIONAL OU RO =

Indica quanto a empresa obteve de lucro operacional líquido para cada real de investimento operacional. Quanto maior, melhor. NOTA: Ativo Operacional Médio é a soma do valor inicial e final do exercício, dividido por 2.

LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO

VENDAS LÍQUIDAS

LOL

VL

LOL

AOM

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

VENDAS LÍQUIDAS

LLE

VL

VENDAS LÍQUIDAS

ATIVO OPERACIONAL MÉDIO

VL

AOP1 + AOP22

VENDAS LÍQUIDAS

ATIVO TOTAL MÉDIO

VL

AT1 + AT22

LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO

VENDAS LÍQUIDAS X

VENDAS LÍQUIDAS

ATIVO OPERACIONAL MÉDIO

LUCRO BRUTO

VENDAS LÍQUIDAS

LB

VL

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40

7. RETORNO GERAL OU RENTABILIDADE DO ATIVO = MARGEM GERAL X GIRO GERAL OU RG =

Indica quanto a empresa obteve de lucro líquido no exercício para cada real de investimento total. Quanto maior, melhor. NOTA: Ativo Total Médio é a soma do valor inicial e final do exercício, dividido por 2.

8. RETORNO DO CAPITAL PRÓPRIO OU RENTABILIDADE DO PL = RCP =

Indica quanto a empresa obteve de lucro líquido no exercício para cada real de recursos próprios. Quanto maior, melhor. NOTA: Patrimônio Líquido Médio é a soma do valor inicial e final do exercício, dividido por 2.

9. LUCRO POR AÇÃO = LA = Indica quanto a empresa obteve de lucro líquido no exercício em relação ao valor de cada ação do capital realizado. Quanto maior, melhor.

10. RELAÇÃO PREÇO/LUCRO = RPL = Indica a relação existente entre o preço de mercado da ação (cotação) e o lucro líquido no exercício por ação. Permite uma avaliação do tempo de retorno do investimento feito pelo investidor.

11. VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO = VPA = Indica o valor de cada ação em relação ao montante dos recursos próprios.

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

VENDAS LÍQUIDAS X

VENDAS LÍQUIDAS

ATIVO TOTAL MÉDIO

LLE

ATM

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO

LLE

PL1 + PL22

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

NÚMERO DE AÇÕES

PL

NA

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

NÚMERO DE AÇÕES

LLE

NA

VALOR DE MERCADO DA AÇÃO

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO

VMA

LLA

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41

IV – ÍNDICES DE ROTATIVIDADE (ASPECTOS FINANCEIRO E ECONÔMICO)

ÍNDICE FÓRMULA INTERPRETAÇÃO

1. ROTAÇÃO DOS ESTOQUES = RE = Indica quantas vezes o estoque da empresa renovou no período analisado. Quanto maior, melhor. NOTA: Estoque Médio é a soma do valor inicial e final do exercício, dividido por 2.

2. PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES = OU PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS = x 360 ESTOQUES

PMRE = Indica em quantos dias (em média) o estoque se renova no período analisado. Quanto menor, melhor.

3. ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A RECEBER =

RDR = Indica o número de vezes em que há renovação das duplicatas a receber. Quanto maior, melhor. NOTA: Média de Duplicatas a Receber é a soma do valor inicial e final do exercício, dividido por 2.

4. PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA = PMC = Indica quantos dias em média a empresa leva para receber seus direitos representadas por duplicatas a receber. Quanto menor, melhor.

5. ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A PAGAR =

RDP = Indica o número de vezes em que há renovação das duplicatas a pagar. Quanto menor, melhor. NOTA: Média de Duplicatas a Pagar é a soma do valor inicial e final do exercício, dividido por 2.

360

ROTAÇÃO DOS ESTOQUES

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

SALDO MÉDIO DOS ESTOQUES E1 + E22

CMV

ESTOQUE DE MERCADORIAS MÉDIO

CMV

360

RE

VENDAS BRUTAS A PRAZO

SALDO MÉDIO DE DUPLICATAS A RECEBER DR1 + DR2

2

VP

360

ROTAÇÃO DE DUPLS. A RECEBER

360

RDR

COMPRAS BRUTAS A PRAZO

SALDO MÉDIO DE DUPLICATAS A PAGARDP1 + DP2

2

CP

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42

6. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO = PMP = Indica quantos dias em média a empresa leva para pagar suas dívidas representadas por duplicatas a pagar. Quanto maior, melhor.

7. QUOCIENTE DE POSICIONAMENTO RELATIVO = QPR =

Indica a relação entre o prazo médio que a empresa leva para receber de seus clientes e aquele que ela paga seus fornecedores. Quanto menor, melhor.

LEGENDA: PC – Passivo Circulante ELP – Exigível a Longo Prazo AT – Ativo Total PL – Patrimônio Líquido AP – Ativo Permanente AC – Ativo Circulante RLP – Realizável a Longo Prazo DISP – Disponível EST – Estoque

360

ROTAÇÃO DE DUPLS. A PAGAR

360

RDP

PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO

PMC

PMP

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43

IV – PADRÕES DE ESTRUTURA PATRIMONIAL

PADRÕES DE ESTRUTURA PATRIMONIAL ESTRUTURA ADEQUADA

TIPO OPERACIONAL DA EMPRESA EMPRESA PEQUENA

EMPRESA MÉDIA

EMPRESA GRANDE

1 – Prestadoras de Serviços que não requerem Ativo Fixo I II III 2 – Estabelecimentos Comerciais II III IV 3 – Indústrias que requerem instalações de pequeno porte III IV V 4 – Indústrias que requerem instalações de porte médio IV V VI 5 – Prestadoras de Serviços do tipo: hospitais, escolas, etc. V VI VII 6 – Indústrias de Base que requerem Ativo Fixo volumoso VI VII VIII 7 – Prestadoras de Serviços que requerem Ativo Fixo volumoso

(energia, transporte, etc.) VII VIII IX

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

LEGENDA

I II IVIII IXVIII VIIVIV

A A A AA A A AA P PP P P P PPP

1

9

3,25

6,75

2

8

3

6

1 3

7

2,75

5,25

2 4

6

2,5

4,5

35

5

3

3,75

3,256

4

3,5

3

3,57

3

4

2,25

3,75 8

2

4,5

1,5

4 9

1

5

0,75

4,25

A Ativo

P Passivo

Ativo Fixo

Ativo Circulante Capitais Próprios (PL)

Capitais de Terceiros a Longo Prazo (ELP)

Capitais de Terceiros a Curto Prazo (PC)

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44

V - ALGUNS PAPÉIS DE TRABALHO

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

PLANILHA DE COLETA DE DADOS

Empresa : ____________________________________________________ Endereço : ____________________________________________________ Cidade : ____________________________________________________ Atividade : ____________________________________________________

DATA DE ENCERRAMENTO DOS BALANÇOS: ____/____/_____ - ____/____/_____ - ____/____/_____ Valores em R$ ____________

EXERCÍCIOS DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

Elaboração : ______________________________________________ Local/Data : ______________________________________________ Assinatura : ______________________________________________

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45

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

PLANILHA DE COLETA DE DADOS

Empresa : ____________________________________________________ Endereço : ____________________________________________________ Cidade : ____________________________________________________ Atividade : ____________________________________________________

DATA DE ENCERRAMENTO DOS BALANÇOS: ____/____/_____ - ____/____/_____ - ____/____/_____ Valores em R$ ____________

EXERCÍCIOS DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

Elaboração : ______________________________________________ Local/Data : ______________________________________________ Assinatura : ______________________________________________

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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46

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BALANÇO PATRIMONIAL PADRONIZADO

Empresa : ____________________________________________________ Endereço : ____________________________________________________ Cidade : ____________________________________________________ Atividade : ____________________________________________________

Valores em R$ ____________

EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM ELEMENTOS PATRIMONIAIS

31/12/_____ 31/12/_____ 31/12/_____ ATIVO TOTAL CIRCULANTE Disponibilidades Estoques Duplicatas a Receber (bruto) Outras Contas REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PERMANENTE Investimentos (líquido) Imobilizado (líquido) Diferido (líquido) ATIVO OPERACIONAL ATIVO NÃO OPERACIONAL PASSIVO TOTAL CIRCULANTE Fornecedores Obrigações Tributárias/Trab/Previdenciárias Empréstimos Bancários Duplicatas Descontadas Outras Contas EXIGÍVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Realizado Reservas de Capital Reservas de Lucros e Lucros Acumulados Resultados Antecipados (líquido) Ajustes do Ativo CAPITAIS PRÓPRIOS CAPITAIS DE TERCEIROS

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47

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO PADRONIZADA

Empresa : __________________________________________________________ Endereço : __________________________________________________________ Cidade : __________________________________________________________ Atividade : __________________________________________________________

Valores em R$ ____________

EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM ELEMENTOS DE RESULTADOS

31/12/____ 31/12/____ 31/12/____ RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

LUCRO BRUTO

Outras Receitas Operacionais

DESPESAS OPERACIONAIS

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO

Receitas Financeiras

Despesas Financeiras

LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO

Resultado Não Operacional

Lucro antes dos Tributos sobre o Lucro

Provisões para Imposto de Renda e Contribuição Social

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Lucro Líquido por Ação

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48

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL Empresa : _________________________________________________________________ Endereço : _________________________________________________________________ Cidade : _________________________________________________________________ Atividade : _________________________________________________________________

DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ANALISADA: _________________________________________________________________________ Valores em R$ _______________

ANÁLISE HORIZONTAL ENCADEADA

ÍNDICES ABSOLUTOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

VALORES ABSOLUTOS ANÁLISE VERTICAL ÍNDICES RELATIVOS A VALORES NOMINAIS A VALORES REAIS

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)

Índice de Inflação

(16) (17)

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49

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL Empresa : _________________________________________________________________ Endereço : _________________________________________________________________ Cidade : _________________________________________________________________ Atividade : _________________________________________________________________

DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ANALISADA: ________________________________________________________________________ Valores em R$ _______________

ANÁLISE HORIZONTAL ENCADEADA

ÍNDICES ABSOLUTOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

VALORES ABSOLUTOS ANÁLISE VERTICAL ÍNDICES RELATIVOS A VALORES NOMINAIS A VALORES REAIS

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)

Índice de Inflação

(16) (17)

Page 51: Análise das demonstrações Contábeis

Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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50

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL Empresa : _________________________________________________________________ Endereço : _________________________________________________________________ Cidade : _________________________________________________________________ Atividade : _________________________________________________________________

DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ANALISADA: _________________________________________________________________________ Valores em R$ _______________

ANÁLISE HORIZONTAL ENCADEADA

ÍNDICES ABSOLUTOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

VALORES ABSOLUTOS ANÁLISE VERTICAL ÍNDICES RELATIVOS A VALORES NOMINAIS A VALORES REAIS

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)

Índice de Inflação

(16) (17)

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51

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

Empresa : ___________________________________________________________ Endereço : ___________________________________________________________ Cidade : ___________________________________________________________ Atividade : ___________________________________________________________

EXERCÍCIOS NATU- REZA DENOMINAÇÃO DO INDICADOR FÓRMULA DO INDICADOR

TENDÊNCIA OBSERVAÇÕES

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52

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

Empresa : ___________________________________________________________ Endereço : ___________________________________________________________ Cidade : ___________________________________________________________ Atividade : ___________________________________________________________

EXERCÍCIOS NATU- REZA DENOMINAÇÃO DO INDICADOR FÓRMULA DO INDICADOR

TENDÊNCIA OBSERVAÇÕES

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53

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

INDICADORES ECONÔMICO–FINANCEIROS

Empresa : ___________________________________________________________ Endereço : ___________________________________________________________ Cidade : ___________________________________________________________ Atividade : ___________________________________________________________

EXERCÍCIOS NATU- REZA DENOMINAÇÃO DO INDICADOR FÓRMULA DO INDICADOR

TENDÊNCIA OBSERVAÇÕES

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54

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ANÁLISE MATRICIAL Empresa : _________________________________________________________________________ Endereço : _________________________________________________________________________ Cidade : _________________________________________________________________________ Atividade : _________________________________________________________________________ Valores em R$_________________

ORIGENS DE RECURSOS CAPITAL DE TERCEIROS

APLICAÇÕES

CAPITAL PRÓPRIO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

PASSIVO CIRCULANTE

DE RECURSOS

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55

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ANÁLISE MATRICIAL Empresa : _________________________________________________________________________ Endereço : _________________________________________________________________________ Cidade : _________________________________________________________________________ Atividade : _________________________________________________________________________ Valores em R$_________________

ORIGENS DE RECURSOS CAPITAL DE TERCEIROS

APLICAÇÕES

CAPITAL PRÓPRIO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

PASSIVO CIRCULANTE

DE RECURSOS

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56

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ANÁLISE MATRICIAL Empresa : _________________________________________________________________________ Endereço : _________________________________________________________________________ Cidade : _________________________________________________________________________ Atividade : _________________________________________________________________________ Valores em R$_________________

ORIGENS DE RECURSOS CAPITAL DE TERCEIROS

APLICAÇÕES

CAPITAL PRÓPRIO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

PASSIVO CIRCULANTE

DE RECURSOS

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57

VI – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

I – QUESTÕES DO EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CFC

I.1 – Prova do 1º Exame de Suficiência – 2000 1. A constituição da Reserva de Reavaliação é feita:

a) debitando-se a conta que registrou o ágio e creditando-se a conta Resultado do Exercício. b) debitando-se a conta de Reserva de Reavaliação e creditando-se o bem reavaliado. c) debitando-se a conta do bem que está sendo reavaliado e creditando-se Receita de Reavaliação. d) debitando-se a conta do bem que está sendo reavaliado e creditando-se a respectiva conta de Reserva de

Reavaliação. 2. A empresa Brasil Ltda. apresenta os seguintes saldos de contas em 31-12-1999:

Lucro Líquido do Exercício 3.400,00 Dividendos Distribuídos 1.000,00 Encargos de Depreciação 2.200,00 Aquisição de Direitos para o Ativo Imobilizado 3.000,00 Realização, em dinheiro, do Capital Social 600,00 Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo 800,00 Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo 400,00

Na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, elaborada em 31-12-1999, com base nesses dados, o Capital Circulante Líquido (CCL), que em 31-12-1998 era de R$ 2.000,00, passou a ser de: a) R$ 5.400,00. b) R$ 2.600,00. c) R$ 4.400,00. d) R$ 1.300,00.

Para a questão 3, considere as informações abaixo:

Balanço Patrimonial (R$ 1.000,00) em 31-12-98 Ativo Passivo

Ativo Circulante Passivo Circulante Disponível 10 Fornecedores 20 Duplicatas a Receber 8 Impostos a Pagar 2 Mercadorias 24 Salários a Pagar 4 Ativo Permanente Equipamentos 18 Total do Passivo 26 Imóveis 30 Patrimônio Líquido Capital 54 Reservas 10 Total do Ativo 90 Total do Patrimônio Líquido 64

Ocorreram as seguintes operações em 1999: - Compra de mercadorias a prazo................................................ 18 - Venda à vista de mercadorias.................................................... 40 - Pagamentos a fornecedores ...................................................... 14 - Custo das mercadorias vendidas............................................... 30 - Duplicatas recebidas de clientes................................................ 6 - Venda de imóvel, vendido para recebimento em seis meses.... 6 - Custo do imóvel vendido............................................................ 12 - Aumento de capital em dinheiro................................................. 20 - Pagamento dos salários provisionados em 1998 ...................... 4 - Compra de equipamentos, a prazo de seis meses.................... 2 Observações: I – Desconsidere a incidência de impostos. II – Considere que os negócios a prazo foram feitos em dezembro de 1999 e o prazo para pagamento das mercadorias é janeiro de 2000.

3. Considerando que as operações descritas foram as únicas ocorridas no período de 01-01-1999 a 31-12-1999, podemos

afirmar que:

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a) no balanço de 31-12-1998, o valor do Ativo Circulante equivale a duas vezes o valor do Ativo Circulante do balanço de 31-12-1999.

b) no balanço de 31-12-99, o valor do Ativo Circulante equivale a três vezes o valor do Passivo Circulante de 31-12-98. c) comparando o balanço de 31-12-1999 com o balanço de 31-12-1998, verificamos que houve redução de R$ 42 no

valor do Capital Circulante Líquido. d) o valor do Capital Circulante Líquido sofreu um incremento de R$ 42, no Balanço de 31-12-1999, em comparação com

o balanço de 31-12-1998. 4. Das Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos da Cia. Minas, em 31-12-1998 e 31-12-1999,

retiramos os seguintes dados: 31-12-1998 31-12-1999 Capital Circulante Líquido R$ 7.472,00 R$ 16.024,00 Passivo Circulante R$ 5.430,00 R$ 5.140,00

É correto afirmar que o aumento do Ativo Circulante da Cia., de 31-12-1998 para 31-12-1999, foi de: a) R$ 10.884,00. b) R$ 8.262,00. c) R$ 290,00. d) R$ 8.552,00.

5. Na Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos – DOAR são consideradas origens de recursos:

a) aumento do passivo exigível a longo prazo, aumento do passivo circulante e do ativo circulante. b) lucro líquido do exercício, reversão de depreciações e aumento do ativo permanente. c) aumento do capital social com integralização em dinheiro, alienação de bens e direitos do ativo permanente e aumento

da reserva de capital. d) aumento do passivo exigível a longo prazo, aumento do passivo circulante e do ativo realizável a longo prazo.

Considere os Demonstrativos abaixo para responder as questões 6 e 7.

Balanço Patrimonial Ativo Passivo

Ativo Circulante 84.000,00 Passivo Circulante 56.000,00 Ativo Permanente 116.000,00 Exigível a Longo Prazo 24.000,00 Patrimônio Líquido 120.000,00 Total do Ativo 200.000,00 Total do Passivo e PL 200.000,00

Demonstração de Resultados Receita Líquida 240.000,00 (-) Custos (222.000,00) Lucro Líquido 18.000,00

6. Considerando o indicador de capacidade de pagamento a Liquidez Corrente correta é:

a) R$ 1,50. b) R$ 0,83. c) R$ 3,00. d) R$ 0,38. 7. O Capital Circulante Líquido representa:

a) a folga financeira da empresa. b) os valores investidos no ativo circulante. c) o capital de giro da empresa. d) os recursos aplicados no ativo circulante, financiados por capitais próprios e/ou de terceiros de exigibilidade de longo

prazo. I.2 – Prova do 2º Exame de Suficiência – 2000 8. Considerando a lucratividade operacional é de 12%, o valor das vendas líquidas R$ 10.000,00 e o ativo operacional de

R$ 4.000,00, conclui-se que: a) O Lucro Operacional é de R$ 1.200,00, a rotação do Ativo Operacional 2,5 e o Retorno do Investimento 20%. b) O Lucro Operacional é de R$ 1.200,00, a rotação do Ativo Operacional 2,5 e o Retorno do Investimento 30%. c) O Lucro Operacional é de R$ 1.000,00, a rotação do Ativo 0,4 e o Retorno do Investimento 30%. d) O Lucro Operacional é de R$ 1.000,00, a rotação do Ativo 2,5 e o retorno do investimento 30%.

Observe os demonstrativos abaixo e responda as questões 9 e 10.

Balanço Patrimonial em 31.12.1999 (em R$) Ativo Passivo

Ativo Circulante 252.000,00 Passivo Circulante 168.000,00 Ativo Permanente 348.000,00 Exigível a Longo Prazo 72.000,00

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Total Passivo 240.000,00 Patrimônio Líquido 360.000,00 ATIVO 600.000,00 PASSIVO + PL 600.000,00

Demonstração do Resultado do Exercício em 31.12.1999 (em R$) Receita Líquida 720.000,00 (-) Custos (666.000,00) Lucro Líquido 54.000,00

9. O endividamento da empresa se apresenta:

a) R$ 0,67 excedente de resultados favorável à empresa. b) R$ 0,33 excedente de resultados favorável à empresa. c) R$ 0,67 para garantir R$1,00 de passivo com terceiros. d) R$ 0,33 para garantir R$1,00 de passivo com terceiros.

10. O giro do ativo se apresenta:

a) 1,20 vezes. b) 2,00 vezes. c) 0,83 vezes. d) 0,50 vezes. 11. Mantidos constantes os totais das origens e aplicações de recursos, quanto maior for o índice de imobilização do

patrimônio líquido menor será o índice de: a) Rentabilidade do Patrimônio Líquido. b) Liquidez Geral. c) Composição do endividamento. d) Giro dos estoques.

I.3 – Prova do 1º Exame de Suficiência – 2001 12. São contas típicas do Ativo Permanente, exceto:

a) Bens em Operação e Pesquisa; Desenvolvimento de Produtos. b) Despesas Antecipadas; Empréstimos Compulsórios sobre Combustíveis. c) Participações Permanentes em Outras Sociedades; Participações em Fundos de Investimentos. d)Terrenos e Imóveis para Futura Utilização; Imóveis não de Uso.

13. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) O montante da Reserva Legal não poderá exceder 20% do valor do Capital Social. b) A Reserva Legal poderá deixar de ser constituída quando o seu saldo, adicionado ao montante das Reservas de

Capital, exceder 30% do Capital Social. c) A Reserva Legal não está sujeita à reversão. d) A Reserva Legal visa manter a integridade do Capital Social e está sujeita à reversão.

Considerando os dados da Empresa Pasteur S.A. abaixo, responda as questões 14, 15, 16 e 17:

BALANÇO PATRIMONIAL 31.12.99 31.12.00

R$ R$ ATIVO CIRCULANTE Caixa 1.600,00 3.640,00 Depósitos Bancários à Vista 12.650,00 8.360,00 Clientes 9.500,00 14.500,00 (-) Duplicatas Descontadas (4.300,00) (5.240,00) Estoques 6.700,00 9.600,00 TOTAL DO CIRCULANTE 26.050,00 30.860,00 PERMANENTE IMOBILIZADO Móveis e Utensílios 7.200,00 7.200,00 (-) Depreciações Acumuladas (1.980,00) (2.440,00) TOTAL DO IMOBILIZADO 5.220,00 4.760,00 TOTAL DO ATIVO 31.270,00 35.620,00 PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores 8.580,00 11.700,00

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Receitas de Exercícios Futuros 4.200,00 4.200,00 Despesas Custos de Receitas Exercícios Futuros (1.700,00) (2.500,00) TOTAL DO CIRCULANTE 11.080,00 13.400,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 17.120,00 17.120,00 Reservas de Reavaliação 1.140,00 1.240,00 Lucros ou Prejuízos Acumulados 1.930,00 3.860,00 TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 20.190,00 22.220,00 PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31.270,00 35.620,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 31.12.99 31.12.00

R$ R$ Vendas de Mercadorias 10.560,00 12.600,00 (-) Devolução de Vendas (200,00) (450,00) (-) ICMS sobre Vendas (1.250,00) (1.490,00) Receita Líquida 9.110,00 10.660,00 (-) Custo de Mercadorias Vendidas (2.800,00) (4.700,00) = Resultado Bruto 6.310,00 5.960,00 (-) Despesas com Vendas (540,00) (670,00) (-) Despesas Administrativas (3.340,00) (4.140,00) (+) Resultado Financeiro 100,00 130,00 (=) Resultado Operacional 2.530,00 1.280,00 (+) Receitas não Operacionais 600,00 650,00 (=) Resultado Líquido 1.930,00 1.930,00

14. O quociente de Liquidez Corrente em 1999 e 2000, respectivamente, é:

a) 0,35 e 0,30. b) 1,35 e 1,30. c) 2,35 e 2,30. d) 3,35 e 3,30. 15. Assinale a alternativa correta quanto ao grau de Imobilização do Patrimônio Líquido:

a) O crescimento do percentual da Imobilização do Patrimônio Liquido de 1999 para 2000 foi 4,43%. b) O decréscimo do percentual da Imobilização do Patrimônio Líquido de 1999 para 2000 foi de 17,14%. c) No Exercício de 1999 o percentual da Imobilização do Patrimônio Líquido representou 21,42%. d) No Exercício de 2000 o percentual da Imobilização do Patrimônio Líquido representou 25,85%.

16. A participação percentual do Resultado Líquido no Total de Vendas de Mercadorias em 1999 e 2000 tiveram:

a) Alteração de 2,96% decrescente, comparando com o crescimento das Vendas de Mercadorias. b) Alteração de 2,96% crescente, comparando com o crescimento das Vendas de Mercadorias. c) Alteração de 16,19% decrescente, comparando com o crescimento das Vendas de Mercadorias. d) Alteração de 19,32% crescente, comparando com o crescimento das Vendas de Mercadorias.

17. Considerando o ano de 1999 como ano base da Empresa Pasteur S.A. indique a análise horizontal nominal da conta

Custo de Mercadorias Vendidas a) A empresa teve um decrescimento em seu Custo de Mercadorias Vendidas na Ordem de 32,14%. b) A empresa teve um crescimento em seu Custo de Mercadorias Vendidas na ordem de 67,86%. c) A empresa precisa ter a inflação real relativa ao ano de 2000 para poder saber o percentual de crescimento ou

decrescimento. d) A empresa precisa ter o processo fabril analítico do ano 2000 para poder saber o percentual de crescimento ou

decrescimento. I.4 – Prova do 2º Exame de Suficiência – 2001

Considere os dados abaixo dos balanços encerrados em 31/12/2000 e 31/12/1999 em R$. ATIVO 2000 1999 PASSIVO 2000 1999 Ativo Circulante 82.500,00 68.750,00 Passivo Circulante 43.500,00 52.250,00 Caixa 10.000,00 5.000,00 Fornecedores 17.000,00 29.000,00 Clientes 22.500,00 31.250,00 Impostos a Recolher 26.500,00 23.250,00 Estoques de Mercadorias 50.000,00 32.500,00 Realizável a Longo Prazo 5.000,00 15.750,00 Exigível a Longo Prazo 3.000,00 3.750,00 Permanente 42.500,00 23.000,00 Patrimônio Líquido 83.500,00 51.500,00

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Imobilizado 42.500,00 23.000,00 Capital Social 60.000,00 35.000,00 Marcas e Patentes 22.500,00 10.500,00 Reserva Capital 18.500,00 14.000,00 Terrenos 20.000,00 12.500,00 Lucros Acumulados 5.000,00 2.500,00 TOTAL DO ATIVO 130.000,00 107.500,00 TOTAL PASSIVO + PL 130.000,00 107.500,00

18. Na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), é correto afirmar que:

a) Aumento do Capital Circulante Líquido de R$12.500,00. b) Aplicações de recursos no valor R$19.500,00. c) Origens de recursos no valor de R$32.000,00. d) Origens de recursos no valor de R$42.750,00.

19. As alternativas abaixo representam origens e aplicações e por isso fazem parte da Demonstração das Origens e

Aplicações de Recursos. Indique a alternativa que afeta o Capital Circulante Líquido: a) Aquisição de bens do Ativo Permanente (Investimentos ou Imobilizado) pagáveis a longo prazo. b) Vendas de bens do Ativo Permanente recebível a longo prazo. c) Ágio na emissão de ações, pelo valor efetivamente integralizado no período. d) Integralização de Capital em bens do Ativo Permanente no período.

I.5 – Prova do 1º Exame de Suficiência – 2002 20. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade o Patrimônio Liquido Negativo é considerado Passivo a

Descoberto. No Balanço Patrimonial o Passivo a Descoberto será demonstrado: a) Após o Ativo. b) Após o Passivo. c) No Patrimônio Líquido. d) No Resultado do Exercício.

I.6 – Prova do 2º Exame de Suficiência – 2002 21. De acordo com os dados abaixo e sabendo-se que o Estoque Final totaliza R$ 400.000,00 em 31/12/2001, pode-se

afirmar que o Resultado Líquido do Exercício é de: Capital Social R$ 25.000,00 Depreciações Acumuladas R$ 50.000,00 Juros Ativos R$ 60.000,00 Caixa R$ 75.000,00 Móveis e Utensílios R$ 80.000,00 Juros Passivos R$ 105.000,00 Duplicatas a Receber R$ 120.000,00 Estoque Inicial R$ 220.000,00 Despesas Gerais R$ 330.000,00 Fornecedores R$ 420.000,00 Compras de Mercadorias R$ 750.000,00 Venda de Mercadorias R$ 1.125.000,00

a) R$ 930.000,00. b) R$ 570.000,00. c) R$ 555.000,00. d) 180.000,00. 22. A contabilidade de uma empresa acusava no dia 31/12/2001 os seguintes saldos:

Duplicatas a Pagar R$ 66.175,00 Mercadorias R$ 60.675,00 Receita com Vendas R$ 53.000,00 Duplicatas a Receber R$ 40.000,00 Capital Social R$ 30.500,00 Custo das Mercadorias Vendidas R$ 22.000,00 Despesas com ICMS R$ 8.500,00 Despesas de Juros R$ 6.000,00 Despesas com Salários R$ 5.000,00 Imóveis R$ 5.000,00 Prejuízos Acumulados R$ 5.000,00 Receitas de Descontos R$ 3.825,00 Devolução de Vendas R$ 3.000,00 ICMS a Recolher R$ 2.500,00 Salários a Pagar R$ 2.000,00

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Despesas com COFINS R$ 1.500,00 Despesas de Descontos R$ 1.000,00 Despesas com PIS R$ 325,00

Tendo em vista os saldos acima podemos afirmar que a Receita Líquida Operacional foi de: a) R$ 31.000,00. b) R$ 39.675,00. c) 48.175,00. d) R$ 50.000,00.

23. Após o encerramento do exercício, o total do Patrimônio Líquido de uma empresa que apresentou os seguintes saldos

em 31/12/2001 é: Depreciação Acumulada R$ 1.500,00 Salários a Pagar R$ 1.500,00 Caixa R$ 2.000,00 Lucros Acumulados R$ 3.000,00 Mercadorias R$ 4.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 5.000,00 Equipamentos R$ 6.000,00 Duplicatas a Receber R$ 8.000,00 Bancos Conta Movimento R$ 12.000,00 Capital Social R$ 20.000,00 Despesas Gerais R$ 22.000,00 Custo das Mercadorias Vendidas R$ 68.000,00 Receitas de Vendas R$ 91.000,00

a) R$ 1.000,00. b) 3.000,00. c) R$ 23.000,00. d) 24.000,00. 24. Com base no saldo das contas abaixo, o valor do Ativo é:

Duplicatas a Receber R$ 41.000,00 Edifícios R$ 28.800,00 Estoque de Mercadorias para Revenda R$ 20.000,00 Terrenos R$ 15.000,00 Móveis e Utensílios R$ 13.400,00 Depreciação Acumulada de Edifícios R$ 12.500,00 Empréstimos a Sociedades Controladas R$ 12.400,00 Duplicatas Descontadas R$ 10.600,00 Bancos Conta Movimento R$ 10.200,00 Caixa R$ 10.100,00 Participações em Sociedades Controladas R$ 9.000,00 Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios R$ 6.500,00 Aplicações Financeiras de Curto Prazo R$ 4.100,00 Provisão para Devedores Duvidosos R$ 1.950,00 Impostos a Recuperar R$ 1.700,00 Despesas Pré-Operacionais R$ 1.320,00 Adiantamento para Despesas de Viagens R$ 1.300,00 Despesas Financeiras Pagas Antecipadamente R$ 1.280,00 Prêmios de Seguros a Vencer R$ 1.120,00 Amortizações Acumuladas de Despesas Pré-Operacionais R$ 1.020,00

a) R$ 134.620,00. b) R$ 135.510,00. c) 138.150,00. d) 148.750,00. I.7 – Prova do 1º Exame de Suficiência – 2003 25. Em relação à Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, a alternativa CORRETA é:

a) O aumento do Ativo Diferido é uma origem. b) O encargo de depreciação é uma origem. c) A realização do Capital é uma aplicação. d) O aumento do Exigível a Longo Prazo é uma aplicação.

26. Uma empresa apresentou a seguinte composição do Patrimônio Líquido antes do encerramento das Contas de

Resultado. Capital Social R$ 480.000,00 ( – ) Capital Social a Integralizar R$ 120.000,00 Reserva de Capital R$ 40.000,00 Reserva Legal R$ 66.000,00 Lucros Acumulados R$ 2.400,00

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Após a Provisão para Imposto de Renda, Contribuição Social e sem outros destaques do lucro, o Resultado Líquido do período foi de R$ 180.000,00. Em obediência à lei das sociedades anônimas o valor para constituição da Reserva Legal que a auditoria interna deverá considerar é de: a) R$ 2.000,00. b) R$ 9.000,00. c) R$ 9.120,00. d) R$ 38.000,00.

27. Em 31 de dezembro de 2002 uma determinada companhia publicou a seguinte demonstração contábil:

Balanço Patrimonial ATIVO 2001 em R$ 2002 em R$ PASSIVO 2001 em R$ 2002 em R$

Circulante 28.700,00 30.900,00 Circulante 18.300,00 21.700,00 Disponível 700,00 3.300,00 Fornecedores 11.000,00 14.000,00 Duplicatas a Receber 12.000,00 13.600,00 Contas a Pagar 2.800,00 4.700,00 Estoques 16.000,00 14.000,00 Empréstimos 4.500,00 3.000,00

Realizável a Longo-Prazo 6.000,00 9.000,00 Exigível a Longo Prazo 10.900,00 15.000,00 Ativo Permanente 9.500,00 13.600,00 Patrimônio Líquido 15.000,00 16.800,00

Total 44.200,00 53.500,00 Total 44.200,00 53.500,00 A alternativa CORRETA é: a) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$ 1.200,00 e a Liquidez Corrente foi reduzida em R$ 0,15, deixando a

empresa com uma Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001. b) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$ 2.300,00 e a Liquidez Corrente foi reduzida em R$ 0,10, deixando a

empresa com uma Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001. c) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$ 1.200,00 e a Liquidez Corrente foi reduzida em R$ 0,15, não

deixando a empresa com uma Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001. d) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$ 2.300,00 e a Liquidez Corrente foi reduzida em R$ 0,10, não

deixando a empresa com uma Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001. 28. Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balancete de Verificação em 2002:

Grupos de Contas 01.01.2002 31.12.2002 Ativo Circulante R$ 7.000,00 R$ 15.850,00 Passivo Circulante R$ 3.800,00 R$ 8.200,00 A alternativa CORRETA em relação à variação do Capital Circulante Líquido da empresa em 2002 é: a) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante de R$ 4.450,00. b) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no montante de R$ 4.450,00. c) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no montante de R$ 3.200,00. d) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no montante de R$ 7.650,00.

29. Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados

em 2002: PERÍODOS LUCRO DO EXERCÍCIO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO TOTAL 2000 R$ 8.000,00 R$ 20.000,00 R$ 40.000,00 2001 R$ 12.000,00 R$ 60.000,00 R$ 240.000,00 2002 R$ 16.000,00 R$ 100.000,00 R$ 400.000,00 A análise CORRETA em relação à Rentabilidade dos Capitais Totais, nos respectivos períodos é: a) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o desempenho da mesma afirmando que a

Rentabilidade do Capital Total em cada exercício está em declínio, uma vez que os índices foram de 40,0%, 20,0% e 16,0% devido ao crescimento do Patrimônio Líquido da empresa.

b) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o desempenho da mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em cada exercício está em declínio, uma vez que os índices foram de 20,0%, 5,0% e 4,0% devido ao crescimento de investimentos no Ativo da empresa.

c) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o desempenho da mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em cada exercício está em crescimento, uma vez que os índices foram de 500,0%, 2.000,0% e 2.500,0% devido ao crescimento de investimentos no Ativo da empresa.

d) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o desempenho da mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em cada exercício está em crescimento, uma vez que os índices foram de 250,0%, 500,0% e 625,0% devido ao crescimento do Patrimônio Líquido da empresa.

30. A Receita Operacional Líquida de uma empresa em 2002 foi de R$ 625.000.00 e o Resultado Operacional Bruto foi de

R$ 125.000,00. Em relação à Lucratividade Bruta podemos afirmar que: a) A direção da empresa não pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 20,0%, pois a mesma

não tem como saber os seus Custos de Produtos Vendidos e se houve devolução de mercadorias. b) A direção da empresa pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 25,0% e que pode contar

com este percentual para repassar suas Despesas Operacionais na empresa.

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c) A direção da empresa não pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 25,0%, pois a mesma não tem como separar os seus Custos de Produtos Vendidos das devoluções de mercadorias, para calcular a sua Lucratividade Bruta sobre seus Custos.

d) A direção da empresa pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 20,0% e que pode contar com este percentual para repassar suas Despesas Operacionais na empresa.

31. Os grupos contábeis representativos das origens de recursos são:

a) Passivo, Patrimônio Líquido e Receitas. b) Ativo e Receitas. c) Patrimônio Líquido, Receitas e Ativo. d) Patrimônio Líquido, Ativo e Passivo.

I.8 – Prova do 2º Exame de Suficiência – 2003 32. Tendo em vista as informações abaixo, correspondentes à Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos,

elaborada em 31.12.2002, a Variação do Capital Circulante Líquido é de: Aquisição de Direitos do Ativo Imobilizado R$ 15.000,00 Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo R$ 2.000,00 Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo R$ 4.000,00 Dividendos Distribuídos R$ 5.000,00 Encargos de Depreciação R$ 11.000,00 Lucro Líquido do Exercício R$ 17.000,00 Realização do Capital Social em dinheiro R$ 3.000,00

a) R$ 35.000,00. R$ 22.000,00. R$ 17.000,00. R$ 13.000,00.

II – QUESTÕES DO EXAME NACIONAL DE CURSOS DO MEC – PROVÃO II.1 – Provão 2002 – Questões Objetivas 01. O controller da Cia. Calha Norte S/A, ao elaborar a análise das demonstrações contábeis da empresa, percebeu que o

índice de composição do endividamento (CE = Passivo Circulante/Capital de Terceiros) alcançava um resultado igual a 0,90. Em vista disso, concluiu que a) A empresa está comprometendo quase a totalidade de seu capital próprio com obrigações para com terceiros. b) A empresa não terá como pagar seus compromissos de curto prazo. c) O endividamento da empresa está concentrado no curto prazo. d) O risco de insolvência da empresa é altíssimo. e) A cada R$ 100,00 de Ativo Circulante correspondem R$ 90,00 de Passivo Circulante.

02. A empresa Santa Clara Ltda possuía, em 31/12/2001, a seguinte situação patrimonial: ATIVO ............................................................... (em reais) Circulante Disponível............................................... 45.000,00 Créditos ................................................ 200.000,00 Estoques............................................... 400.000,00 Realizável a Longo Prazo Créditos .................................................. 82.000,00 Investimentos ......................................... 15.000,00 Permanente Investimentos ......................................... 40.000,00 Imobilizado ........................................... 180.000,00 Diferido ................................................... 12.000,00 Total do Ativo .................................................. 974.000,00 PASSIVO Circulante Fornecedores ....................................... 250.000,00 Encargos Fiscais e Trabalhistas............. 50.000,00 Exigível a Longo Prazo................................. 60.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social........................................ 500.000,00 Reservas de Lucros

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Reserva para investimentos ................... 50.000,00 Lucros Acumulados ................................ 64.000,00 Total do Passivo e PL..................................... 974.000,00

Considere a ocorrência dos seguintes fatos: - compra de dois computadores e uma impressora no valor de R$ 8.000,00 (pagamento com cheque); - recebimento de duplicatas no valor de R$ 39.740,00; - pagamento de fornecedores, com cheque, no valor de R$ 26.430,00. O reflexo dessas operações sobre o patrimônio da Santa Clara gerou, em relação ao Capital Circulante Líquido, a seguinte situação: a) Aumento em R$ 8.000,00. b) Aumento em R$ 34.430,00. c) Redução em R$ 5.310,00. d) Redução em R$ 8.000,00. e) Redução em R$ 34.430,00.

03. A Centro-Oeste Metalúrgica, em fase de planejamento para o próximo exercício, prevê dois cenários diferentes.

1º CENÁRIO: Mantida a atual política de crédito, as vendas montarão a R$ 1.600.000,00 mensais, sendo 25% à vista; os custos e despesas variáveis mensais representarão 50% das vendas; os custos e despesas relativos à concessão de crédito representarão 5% das vendas a prazo e a provisão para devedores duvidosos (PDD) ficará situada em 2,5% das vendas a prazo. 2º CENÁRIO: Reduzindo as exigências da atual política de crédito, as vendas montarão a R$ 2.000.000,00 mensais, sendo mantido o mesmo valor das vendas à vista; os custos e despesas variáveis deverão manter-se em 50% das vendas; os custos e despesas relativos à concessão de crédito deverão manter-se em 5% das vendas a prazo e a provisão para devedores duvidosos (PDD) deverá elevar-se para 5% sobre as vendas a prazo. Admitindo-se que os custos e despesas fixos não sofrerão alteração em ambos os cenários, o lucro marginal resultante da adoção do 2º cenário em relação ao 1º, em reais, será de a) 130.000,00. b) 150.000,00. c) 180.000,00. d) 640.000,00. e) 710.000,00.

II.2 – Provão 2002 – Questões Discursivas 04. A Cia Redentor S/A fabrica e comercializa produtos de segurança para automóveis. Anualmente, durante a fase de

Planejamento Estratégico, a Diretoria se reúne para uma análise horizontal e vertical do Balanço patrimonial e da demonstração de resultados do exercício dos dois últimos períodos, a fim de traçar as estratégias para o próximo ano. Em janeiro de 2002, a diretoria se reuniu para tal finalidade, tendo distribuído entre diretores e gerentes os seguintes demonstrativos:

BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO 2000 AV% 2001 AV% AH%

Caixa 60.000 1,79 75.000 1.62 25.00 Bancos 120.000 3,58 155.000 3,34 29,17 Duplicatas a Receber 260.000 7,76 470.000 10,15 80,77 Estoques 380.000 11,34 650.000 14,03 71,05 Ativo Circulante 820.000 24,47 1.350.000 29,14 64,63 Contas a Receber 72.000 2,15 102.000 2,20 41,67 Bancos C/ Vinculada 57.500 1,72 68.319 1,47 18,82 Realizável LP 129.500 3,87 170.319 3,67 31,52 Investimentos 700.000 20,90 900.000 19,43 28,57 Imobilizado Líquido 1.400.000 41,80 1.800.000 38,86 28,57 Diferido Líquido 300.000 8,96 412.156 8,90 37,38 Ativo Permanente 2.400.000 71,66 3.112.156 67,19 29,67 TOTAL ATIVO 3.349.500 100,00 4.632.475 100,00 38,30

PASSIVO 2000 AV% 2001 AV% AH%

Fornecedores 370.000 11,05 535.00 11,55 44,59 Impostos a Pagar 75.000 2,24 167.500 3,61 23,33 Salários a Pagar 99.500 2,97 222.600 4,81 123,72 Dividendos a Pagar 85.000 2,54 125.500 2,71 47,65 Passivo Circulante 629.500 18,80 1.050.600 22,68 66,89 Empréstimo a Pagar 87.000 2,60 120.000 2,59 37,93 Empréstimo Externos 123.000 3,67 175.000 3,78 42,28 Exigível LP 210.000 6,27 295.00 6,37 40,48 Capital Social 1.200.000 35,83 2.200.000 47,49 83,33 Reserva de Capital 8000.000 23,88 300.000 6,48 (62,50)

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Reserva Legal 70.000 2,09 95.125 2,05 35,89 Reserva Estatutária 85.000 2,54 135.250 2,92 59,12 Reserva de Contingência 105.000 3,13 95.000 2,05 (9,52) Lucros Acumulados 250.000 7,46 461.500 9,96 84,60 Patrimônio Líquido 2.510.000 74,93 3.286.875 70,95 30,95 TOTAL PASSIVO 3.349.500 100,00 4.632.475 100,00 38,30

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

CONTAS 2000 AV% 2001 AV% AH% Receita Bruta (RB) 11.200.000 110,56 16.500.000 110,22 47,32 Impostos sobre RB (1.070.000) (10,56) (1.530.000) (10,22) 42,99 Receita Líquida 10.130.000 100,00 14.970.000 100,00 47,78 CMV (6.080.000) (60,02) (8.750.000) (58,45) 43,91 Lucro Bruto 4.050.000 39,98 6.220.000 41,55 53,58 Despesas Operacionais 3.732.000 36,84 5.528.000 36,93 48,12 Despesa com Vendas (850.000) (8,39) (1.400.000) (9,35) 64,70 Despesas Administrativas (2.100.000) (20,73) (3.000.000) (20,04) 42,86 Despesas Financeiras (470.000) (4,64) (680.000) (4,54) 44,68 Despesa Depreciação (220.000) (2,17) (320.000) (2,14) 45,45 Despesa Amortização (85.000) (0,84) (120.000) (0,80) 41,17 Variação Cambial (45.000) (0,44 (65.000) (0,43) 44,44 Resultado MEP 38.000 0,37 57.000 0,38 50,00 Lucro Operacional 318.000 3,14 692.000 4,62 117,61 Resultado não operacional (18.000) (0,18 (22.000) (0,15) 22,22 LAIR 300.000 2,96 670.000 4,47 123,33 Provisão (75.000) (0,74) (167.500) (1,12) 123,33 Lucro líquido 225.000 2,22 502.500 3,35 123,33

Após muita discussão, os diretores e gerentes presentes à reunião chegaram às seguintes conclusões: - o endividamento da empresa é baixo; - o volume de estoques é baixo para o nível atual de vendas; - a liquidez corrente da empresa é excelente; - a política de expansão dos investimentos no Permanente deu resultado, pois as vendas cresceram 47% e o lucro, 123%; - os custos estão controlados, mas houve uma expansão acima do normal nas Despesas Operacionais; - há uma preocupação, em particular, com a depreciação, visto que algumas máquinas estão tendo deterioração elevada, precisando ser vendidas por valor abaixo do valor contábil. Em vista do quadro traçado pelos dirigentes da Cia. Redentor e após acalorados debates, determinaram as seguintes metas para o exercício de 2002: - obter um empréstimo externo de US$ 500.000,00 (dólar a R$ 2,50 e taxa de 10% ao ano) para expandir mais o parque fabril, com aquisição de máquinas novas e muito mais produtivas; - aumentar em 50% o volume de estoques para atender à demanda crescente pelos produtos da empresa; - aumentar as vendas da empresa em 50%, elevando o prazo de recebimento para 30 dias; - reduzir as despesas administrativas e de vendas em 10%. Com base nessas informações e considerando que você foi chamado pelo presidente da empresa para analisar o resultado da reunião dos dirigentes da Cia. Redentor,

a) faça uma análise crítica de cada uma das 6 conclusões dos dirigentes da Cia. Redentor, apontando as certas e as erradas e justificando, em ambos os casos, a sua opinião; (valor: 10,0 pontos) b) faça uma análise crítica das metas fixadas para o exercício de 2002, identificando as viáveis e as inviáveis e justificando, em ambos os casos, a sua opinião; (valor: 5,0 pontos) c) analise a situação (tendência) da empresa antes de terem sido traçadas as metas e a que passará a ter, caso as metas sejam seguidas e alcançadas. (valor: 5,0 pontos)

05. A Companhia Santa Helena S/A é uma empresa líder no setor de produtos de cerâmica. No exercício encerrado em 31

de dezembro de 2001, apresentou os seguintes valores em sua demonstração de resultados: Companhia Santa Helena S/A

Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001 (em reais)

Vendas....................................................... 16.268.000,00 . (-) CPV....................................................... 12.640.000,00 Resultado Bruto........................................... 3.628.000,00

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(-)Despesas Vendas e Administrativas........ 2.120.000,00 Resultado Operacional................................ 1.508.000,00

- Os custos fixos de fabricação da empresa correspondem a R$5.308.800,00 e as despesas fixas de vendas e administração representam R$ 1.229.600,00. - A empresa havia produzido e vendido 83.000 unidades durante o ano, abaixo de sua capacidade total, que é de 100.000 unidades. - Em meados do segundo semestre, recebeu uma proposta para vender 15.000 unidades ao preço de R$123,00 cada, para uma empresa do exterior. Todavia, o Gerente de Contabilidade da Companhia Santa Helena não apoiou o fechamento do negócio por entender que o preço do pedido não era suficiente para cobrir os custos de produção. - Sabendo-se que o custo variável unitário é de R$88,33, e a despesa variável unitária é de R$10,73, a) analise os motivos que levaram o Gerente a não concordar com a proposta; (valor: 3,0 pontos) b) explique a abordagem mais adequada para subsidiar questões dessa natureza; (valor: 7,0 pontos)

II.3 – Provão 2003 – Questões Objetivas 06. O desgaste de um pomar em plena operação de extração de seus frutos será demonstrado no Balanço Patrimonial na

conta de (A) Depreciação acumulada. (B) Exaustão acumulada. (C) Amortização acumulada. (D) Provisão para perdas prováveis. (E) Reserva para contingência.

07. A Companhia Alfa S.A., em 31/12/2002, apresentou os seguintes saldos finais:

Contas Valores em R$ Investimentos em outras empresas Provisão para Devedores Duvidosos Custo das Vendas Capital Social Impostos a Recolher Depreciação Acumulada Reservas de Lucros Fornecedores Clientes Mercadorias Reserva de Capital Vendas Máquinas e Equipamentos Dividendos a Pagar Financiamentos a Pagar (Longo Prazo) Despesas Administrativas Bancos conta Movimento Móveis e Utensílios Despesas Antecipadas

5.000,00 10.000,00 20.000,00

200.000,00 15.000,00 75.000,00 35.000,00 20.000,00 60.000,00 75.000,00 21.000,00 81.000,00

430.000,00 40.000,00

200.000,00 20.000,00 71.000,00 4.000,00

12.000,00 O valor final do Capital próprio dessa empresa, em reais, é (A) 256.000,00. (B) 275.000,00. (C) 285.000,00. (D) 297.000,00. (E) 572.000,00.

08. Dentre as situações abaixo, que interferem no patrimônio das empresas, a que se classifica como reserva de capital é

(A) alienação de bens do ativo imobilizado. (B) alienação de partes beneficiárias. (C) integralização de subscrição de capital. (D) recebimento de ações bonificadas. (E) recebimento de comissões sobre vendas.

09. Nas demonstrações contábeis das empresas, a forma de evidenciar os critérios adotados na capitalização dos juros dos

financiamentos a longo prazo, com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade, é a divulgação (A) no Balanço Patrimonial. (B) no Relatório da Administração. (C) na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. (D) na Carta de Recomendações. (E) em Nota Explicativa.

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10. O registro contábil da remissão de dívidas (A) refere-se à avaliação dos componentes patrimoniais. (B) caracteriza a realização da receita. (C) constitui uma variação qualitativa do patrimônio. (D) corresponde à entrada de itens para o ativo. (E) reflete os efeitos da perda do poder aquisitivo da moeda.

11. A diretoria da empresa Computadores Delta Ltda., preocupada com as dificuldades financeiras que estão enfrentando

nos últimos anos, solicitou ao contador que elaborasse uma análise de tendências envolvendo os índices de liquidez, comportamento das receitas e despesas, e retorno líquido sobre os ativos para que pudesse visualizar melhor a situação da empresa. Para efetuar tal análise, o contador terá de recorrer (A) ao Balanço Patrimonial e à Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. (B) ao Balanço Patrimonial e à Demonstração de Fluxo de Caixa. (C) à Demonstração do Resultado do Exercício e ao Balanço Patrimonial. (D) às Demonstrações do Resultado do Exercício e de Origens e Aplicações de Recursos. (E) às Demonstrações de Origens e Aplicações de Recursos e das Mutações do Patrimônio Líquido.

12. Num determinado exercício social, a empresa Candelabro Italiano Louças e Vidros Ltda. apresentou os seguintes dados

e informações, referentes a esse mesmo exercício social: Índice de liquidez corrente (ILC) 1,2500 Índice de liquidez seca (ILS) 1,0000 Realizável a longo prazo R$ 1.900.000,00 Mercadorias R$ 414.000,00 Passivo exigível a longo prazo R$ 2.125.000,00 Analisando os dados e informações disponibilizadas pela empresa, conclui-se que seu índice de liquidez geral, no mesmo exercício, é (A) 0,8941. (B) 0,9701. (C) 1,0308. (D) 1,0500. (E) 1,1184.

13. A Cia. Comercial Eufrates S.A., ao final de um determinado período, apresentou as seguintes informações, em reais:

Dividendos a distribuir Duplicatas a Pagar Duplicatas a Receber Duplicatas Descontadas Empréstimos a Diretores da companhia Provisão p/Créditos de Difícil Liquidação

250.000,00 1.755.000,00 3.795.800,00 1.200.000,00

500.000,00 205.500,00

Considerando exclusivamente as informações parciais apresentadas pela Comercial Eufrates, as determinações da legislação societária, dos princípios fundamentais de contabilidade e a boa técnica contábil, bem como os procedimentos usuais da análise de balanço, suas técnicas e padronização das demonstrações, o índice de liquidez corrente da Comercial Eufrates é igual a (A) 1,1130. (B) 1,1202. (C) 1,2502. (D) 1,2762. (E) 1,4415.

14. A Indústria Alaska Ltda. vem girando 12 vezes, em média, suas Duplicatas a Receber e 24 vezes seus fornecedores,

considerando um ano com 360 dias. As matérias-primas permanecem, normalmente, 40 dias estocadas, antes de serem consumidas no processo produtivo; os produtos acabados demandam 60 dias para serem vendidos e são despendidos ainda 45 dias na fabricação dos produtos. Supondo que a empresa pudesse reduzir a estocagem de matérias-primas em 10 dias, o período de fabricação em 5 dias, e a estocagem de produtos acabados em 15 dias e mantendo-se o mesmo ciclo financeiro anterior, o prazo adicional que poderia ser concedido aos seus clientes seria de (A) 15 dias. (B) 30 dias. (C) 45 dias. (D) 60 dias. (E) 90 dias.

15. Das demonstrações contábeis da empresa Monte Azul Ltda. foram extraídos os seguintes índices:

RsA (Retorno sobre o Ativo) = 300/1.000 = 30%; CD (Custo da Dívida) = 80/400 = 20%; RsPL (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) = 220/600 = 36,66%; GAF (Grau de Alavancagem Financeira) = 36,66/30 = 1,22 Em relação à alavancagem financeira, podemos afirmar que (A) houve um retorno de R$ 1,22 para cada R$ 1,00 de capital de terceiros. (B) para cada R$ 100,00 investidos, a empresa gerou 20% de lucro. (C) a empresa paga de juros 30%, para cada R$ 100,00 tomados de empréstimo. (D) o negócio rendeu 20% de retorno sobre o Ativo. (E) os acionistas ganharam 6,66%, para cada R$ 100,00 investidos.

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II.4 – Provão 2003 – Questões Discursivas 16. A Companhia Novidade, da qual você é o contador, apresentou-lhe as seguintes informações, em milhares de reais:

Capital circulante líquido Capital total à disposição da empresa Capital próprio Passivo exigível a longo prazo Índice de liquidez geral (ILG)

3.080 12.000 7.000 1.280

1,6 a) Elabore o balanço patrimonial da companhia. (valor: 5,0 pontos) b) Calcule os indicadores abaixo, explicando o que cada um representa e a situação da empresa em relação a eles.

(valor: 15,0 pontos) • Capital circulante próprio; • Liquidez corrente; • Participação do capital de terceiros; • Composição do passivo.

17. A Indústria Irmãos S.A. utiliza a análise de indicadores de gestão do lucro com o objetivo de corrigir os rumos da

empresa. Para tanto, o contador da empresa sempre faz uma análise dos dados relativos ao último exercício social findo. Em 2002, o resultado da empresa, em reais, foi o seguinte:

BALANÇO PATRIMONIAL DRE EM 31.12.2002 ATIVO 2001 2002 CONTAS VALORES

Ativo Circulante 4.000.000,00 4.500.000,00 Receita Líquida 16.000.000,00 Ativo Permanente 4.000.000,00 5.000.000,00 CPV (9.000.000,00) TOTAL DO ATIVO 8.000.000,00 9.500.000,00 Lucro Bruto 7.000.000,00 PASSIVO 2001 2002 Despesas de vendas (3.000.000,00) Passivo Exigível 3.000.000,00 3.500.000,00 Despesas Administrativas (2.400.000,00) Patrimônio Líquido 5.000.000,00 6.000.000,00 Despesas Financeiras (600.000,00) TOTAL DO PASSIVO 8.000.000,00 9.500.000,00 Lucro Operacional 1.000.000,00 Provisão para IR e CSLL (250.000,00) Lucro Líquido 750.000,00

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Os custos variáveis montam a R$ 6.500.000,00, sendo os demais fixos. As despesas variáveis correspondem a 50% das despesas de vendas, sendo as demais fixas. A margem de contribuição praticada é de 50%. Com base em todos os dados acima, a) calcule o ponto de equilíbrio operacional, em reais, a margem de segurança e o grau de alavancagem operacional;

(valor: 5,0 pontos) b) analise o risco operacional da empresa, considerando os indicadores encontrados. (valor: 5,0 pontos)

III – OUTRAS QUESTÕES 01. Uma empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 25.000,00, para capital de giro, com vencimento dentro do próprio

mês. Pagou no ato R$ 1.500,00 a título de encargos financeiros. Este fato implica em: a) Aumento do Ativo e Patrimônio Líquido no valor de R$ 25.000,00 e diminuição do Passivo no valor de R$ 1.500,00. b) Aumento do Ativo no valor de R$ 25.000,00 e redução do Passivo em R$ 1.500,00 e aumento do Patrimônio Líquido

em R$ 23.500,00. c) Aumento do Patrimônio Líquido e Ativo em R$ 23.500,00 e aumento do Passivo em R$ 25.000,00. d) Aumento de Passivo em R$ 25.000,00, aumento do Ativo em R$ 23.500,00 e redução do Patrimônio Líquido em R$

1.500,00.

02. Se você fosse obrigado a escolher apenas três índices para avaliar uma empresa, qual das alternativas é mais conveniente: a) Liquidez seca, liquidez imediata e participação de capitais de terceiros. b) Rentabilidade, rotação de contas a pagar e liquidez imediata. c) Liquidez corrente, liquidez geral e imobilização do patrimônio líquido. d) Participação de capitais de terceiros, liquidez corrente e rentabilidade.

03. Se na Cia. Reclassificação não fosse reclassificada a conta Duplicatas Descontadas, em relação a uma outra empresa

que tivesse as mesmas cifras no Balanço Patrimonial, porém ao invés de descontar títulos fizesse um empréstimo de $ 90.000 no banco, no momento de apurar a liquidez corrente, constataríamos que: a) a Cia. Reclassificação seria prejudicada em relação à outra empresa, pois seu índice de liquidez corrente seria menor

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b) a Cia. Reclassificação seria favorecida em relação à outra empresa, pois seu índice de liquidez corrente seria maior c) os índices de liquidez corrente seriam iguais para as duas empresas d) não seria importante comparar as empresas do mesmo ramo de atividade em análise de balanços.

04. A empresa Tersec S/A demonstra seu patrimônio em apenas quatro grupos: Ativo Circulante, Ativo Permanente,

Passivo Circulante e Patrimônio Líquido. O seu Capital Próprio, no valor de R$ 13.000,00, está formado do Capital registrado na Junta Comercial e de reservas já contabilizadas na ordem de 30% do capital social. O grau de endividamento dessa empresa foi calculado em 35%. O quociente de liquidez corrente foi medido em 1,2. Levando em linha de conta apenas as informações acima, podemos calcular o capital de giro próprio da empresa Tersec S/A, no valor de: a) R$ 1.400,00. b) R$ 910,00. c) R$ 840,00. d) R$ 845,00. e) R$ 833,33.

05. A empresa Simplificada, para conhecimento do mercado, publicou as seguintes informações sobre seu patrimônio:

- não há recursos realizáveis a longo prazo. - o quociente de solvência é 2,5 mas apenas R$ 10.000,00 são exigibilidades de longo prazo. - estas, as exigibilidades não circulantes, contidas no Grupo Patrimonial chamado "Passivo Exigível a Longo Prazo", têm um coeficiente de estrutura patrimonial (Análise Vertical) igual a 0,05. - 60% dos recursos aplicados estão financiados com capital próprio. - o quociente de liquidez corrente é de 1,4, enquanto que a liquidez imediata alcança apenas o índice 0,4. Considerando que os cálculos da análise supra indicada estão absolutamente corretos, não havendo nenhuma outra informação a ser utilizada, podemos afirmar que, no Balanço Patrimonial, o valor: a) das Disponibilidades é: R$ 28.000,00. b) do Ativo Circulante é: R$ 120.000,00. c) do Ativo Permanente é: R$ 88.000,00. d) do Passivo Circulante é: R$ 80.000,00. e) do Patrimônio Líquido é: R$ 200.000,00.

06. O Resultado Operacional Líquido de uma empresa, com os seguintes saldos é:

Caixa R$ 1.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 15.000,00 Instalações R$ 8.000,00 Capital Subscrito R$ 20.000,00 Receita Bruta de Vendas R$ 35.000,00 Despesas Operacionais R$ 10.000,00 Custos de Mercadorias Vendidas R$ 11.500,00 Veículos R$ 8.000,00 Bancos Conta Movimento R$ 4.000,00 Duplicatas a Receber R$ 12.000,00 INSS a Recolher R$ 1.700,00 Lucros ou Prejuízos Acumulados R$ 3.000,00 Impostos sobre Vendas R$ 7.200,00 Receita Não Operacional R$ 1.000,00 Mercadorias R$ 12.500,00 Seguros a Amortizar R$ 1.500,00 a) R$ 6.300,00. b) R$ 7.300,00. c) R$ 16.300,00. d) R$ 27.800,00.

07. Dados e informações de uma empresa inerentes aos exercícios sociais encerrados em 1999 e 2000, respectivamente:

ITENS 1999 2000 Estoques $ 35.900 $ 64.100 Custo das Mercadorias Vendidas - $ 360.000 Duplicatas a Receber $ 25.000 $ 35.000 Vendas a Prazo - $ 240.000 Fornecedores $ 77.000 $ 103.000 Compras a Prazo - $ 540.000 Com base nos dados acima, pede-se indicar o prazo médio da rotação de estoques, de recebimento de clientes e de pagamento a fornecedores, respectivamente: a) 60, 45 e 50 dias. b) 100, 90 e 120 dias. c) 50, 45 e 60 dias. d) 120, 90 e 100 dias. e) 45, 50 e 60 dias.

08. Se o prazo médio de rotação dos estoques de uma empresa é de 45 dias, tem-se que:

a) para um custo de produtos vendidos de $ 500 mil, o estoque médio necessário é de $ 100 mil b) o índice de rotação de estoques é igual a 7 c) para um estoque médio mantido no Ativo Circulante de $ 30 mil, o custo dos produtos vendidos apropriado na

Demonstração do Resultado é de $ 240 mil d) o estoque inicial de produtos tem o valor idêntico ao valor final desse estoque.

09. O grau de endividamento de uma empresa:

a) Indica que os ativos imobilizados não estão cobertos pelo patrimônio líquido da empresa. b) Explicita uma situação indesejável para qualquer tipo de empresa. c) É calculado pela relação entre o Ativo Circulante e o Patrimônio Líquido. d) Diminui, em geral, com o aumento da participação relativa do Patrimônio Líquido no Ativo Total.

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10. A empresa Secret S/A demonstra seu patrimônio em apenas quatro grupos: Ativo Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante e Patrimônio Líquido. O seu Capital Próprio, no valor de R$ 1.300,00, está formado do Capital registrado na Junta Comercial e de reservas já contabilizadas na ordem de 30% do capital social. O grau de endividamento dessa empresa foi calculado em 35%. O quociente de liquidez corrente foi medido em 1,2. A partir das informações trazidas nesta questão, podemos afirmar que o Balanço Patrimonial da empresa Secret S/A apresentará: a) Ativo Permanente de R$ 1.209,00. b) Patrimônio Líquido de R$ 1.350,00. c) Ativo Circulante de R$ 1.160,00. d) Passivo Circulante de R$ 845,00. e) Patrimônio Bruto de R$ 2.000,00

11. Na Análise Horizontal, a evolução de cada conta mostra:

a) Os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências. b) A participação de cada conta em relação a um todo. c) Uma divisão entre duas contas distintas. d) Nenhuma das alternativas anteriores.

12. Relacione a coluna da direita com a da esquerda:

( ) Apuração da parcela do Ativo que pertence à empresa. A Situação financeira. ( ) Remuneração dos capitais empregados. B Situação econômica. ( ) Verificação da suficiência de recursos para atender aos compromissos. C Rentabilidade dos negócios. ( ) Bens e direitos necessários à manutenção das atividades. D Imobilizado ( ) Bens e direitos destinados a ser convertidos em moeda. E Circulante ( ) Participações de natureza transitória. F Investimentos ( ) Participações de natureza estável. G Diferido ( ) Despesas pagas por antecipação. ( ) Despesas amortizáveis em vários exercícios.

13. Fornecidos os seguintes dados:

Receita da Revenda de Mercadorias 1.000.000 Receita da Prestação de Serviços 600.000 Vendas Canceladas 100.000 ICMS s/Revenda de Mercadorias 150.000 Outros Impostos Incidentes s/Receitas da Revenda de Mercadorias e de Serviços 47.000 Custo das Mercadorias Revendidas 430.000 Custo dos Serviços Vendidos 310.000 Despesas Operacionais 293.000 Receitas Financeiras Líquidas 70.000 Contribuição Social sobre o Lucro 40.000 Com base nos dados acima, determine o valor do Lucro Bruto da empresa: Resposta: Lucro Bruto $ _______________.

14. Uma empresa tem Ativo Circulante de $ 1.800 e Passivo Circulante de $ 700. Se fizer uma aquisição extra de

mercadorias, a prazo, na importância de $ 400, seu índice de liquidez corrente será de: a) 3,1. b) 1,6. c) 4,6. d) 2,0. e) 2,57.

15. São demonstrações contábeis obrigatórias para todas as empresas:

( ) Demonstração do resultado do exercício. ( ) Demonstração das mutações do patrimônio líquido. ( ) Demonstração das origens e aplicações de recursos. ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados. ( ) Demonstrações consolidadas.

16. Na Análise Vertical, o percentual de uma conta mostra:

a) O resultado de uma divisão que em princípio nada permite concluir. b) A comparação de uma conta em relação ao ano anterior. c) Sua real importância no conjunto. d) Nenhuma das alternativas anteriores.

17. Relacione a coluna da esquerda com a da direita:

A Imobilizado ( ) Bens e direitos necessários à manutenção das atividades. B Circulante ( ) Bens e direitos destinados a ser convertidos em moeda. C Investimentos ( ) Participações de natureza transitória. D Diferido ( ) Participações de natureza estável. E Aumenta o Patrimônio Líquido. ( ) Transferência de reserva para o Capital. F Diminui o Patrimônio Líquido. ( ) Integralização de capital em dinheiro. G Não altera o Patrimônio Líquido. ( ) Distribuição de dividendos. ( ) Despesas pagas por antecipação.

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( ) Despesas amortizáveis em vários exercícios.

18. O Balanço Patrimonial de determinada empresa apresentou os seguintes elementos e respectivos saldos: Empréstimos a Sociedades Controladas 12.000 Aplicações Financeiras de Curto Prazo 70.000 Estoques 90.000 Terrenos 20.000 Despesas Antecipadas 5.000 Edifícios 30.000 Imóveis Destinados à Venda Imediata 10.000 Veículos 8.000 Caixa 2.000 Banco c/Movimento 4.000 Móveis e Utensílios 16.000 Instalações 26.000 Duplicatas a Receber 100.000 Provisão para Devedores Duvidosos 3.000 Participações Permanentes-Controladas 40.000 Depreciações Acumuladas 52.000 Duplicatas Descontadas 25.000 Empréstimos a Acionistas 1.000 Com base nesses elementos, determine, respectivamente, os valores do Ativo Circulante e do Ativo Permanente: Respostas: Ativo Circulante $ ______________ e Ativo Permanente $ ______________.

19. Uma empresa tem Ativo Circulante de $ 4.950 e Passivo Circulante de $ 3.150. Se fizer uma aquisição extra de

mercadorias, a prazo, na importância de $ 400, seu índice de liquidez corrente será de: a) 2,0. b) 1,57. c) 1,5. d) 3,1. e) 1,6.

20. São demonstrações contábeis obrigatórias para todas as empresas:

( ) Demonstrações consolidadas. ( ) Demonstração das mutações do patrimônio líquido. ( ) Demonstração das origens e aplicações de recursos. ( ) Demonstração do resultado do exercício. ( ) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.

21. Dados extraídos de um balanço patrimonial:

Ativo Total ............................................................................................................ $ 40.000 Ativo Permanente ................................................................................................ $ 20.000 Ativo Realizável a Longo Prazo ........................................................................... $ 8.000 Ativo Circulante (valor parcial, faltando ser computado o saldo de uma conta) .. $ 14.000. A conta cujo saldo não fora computado no Ativo Circulante pode ser: a) Despesas Pagas Antecipadamente. b) Duplicatas a Receber. c) Mercadorias em Estoque. d) Duplicatas Descontadas. e) Banco c/Movimento.

22. A finalidade principal da análise horizontal é verificar: a) se a empresa obteve lucro satisfatório em relação às aplicações efetuadas. b) a evolução dos elementos que formam as demonstrações financeiras. c) a participação percentual dos componentes das demonstrações financeiras. d) a situação específica de uma empresa. e) o quociente dos elementos formadores das demonstrações contábeis.

23. Na análise das demonstrações contábeis os processos mais utilizados são: a) por quociente, horizontal e por projeção. b) vertical, por comparação e por diferenças. c) vertical, horizontal e por quocientes. d) vertical, médias móveis e por quocientes. e) horizontal, por comparação e vertical.

24. A análise do aspecto econômico da empresa evidencia: a) as origens e aplicações de recursos. b) a capacidade de gerar lucro. c) a rotatividade do estoque e o endividamento. d) a capacidade de pagamento. e) a liquidez corrente.

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Análise das Demonstrações Contábeis – Material Didático

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BIBLIOGRAFIA

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financeiro. São Paulo, Atlas. 5. Neves, Silvério das e Viceconti, Paulo E. V. Contabilidade Avançada e Análise das

Demonstrações Financeiras. São Paulo, Frase. 6. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis – Contabilidade Empresarial.

São Paulo, Atlas. 7. Silva, José Pereira da. Análise Financeira das Empresas. São Paulo, Atlas. 8. Manual de Estudo para Concurso de AFTN. Vol. 2. ASSEFAZ-CE. 9. Lei Federal nº 6.404, de 15.12.1976. Lei das Sociedades por Ações. 10. Estruturação de Demonstrações Contábeis. Conselho Regional de Contabilidade de Goiás

(CRC/GO), 1993. 11. MARIN, Edson. Material didático fornecido no Curso de Especialização em Análise e

Auditoria Contábil. Universidade Católica de Goiás (UCG), 1990. 12. COSTA, Orismar Parreira. Trabalho acadêmico sobre a disciplina Análise Contábil Superior,

apresentado no Curso de Especialização em Análise e Auditoria Contábil. UCG, 1990.

Goiânia, fevereiro de 2004.

ORISMAR PARREIRA COSTA Professor

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