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Trabalho contendo alguns parâmetros de qualidade da água, bem como a legislação envolvida para regulamentar a presença de certas substâncias
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ATIVIDADE - ANÁLISE DE ÁGUA: PARÂMETROS, LEGISLAÇÃO E METODOLOGIA (GRUPO 3)
DISCIPLINA: QUÍMICA AMBIENTAL IIPROFESSOR: PATRICIA ALEXANDRA ANTUNES
NOME DO ALUNO
Presidente Prudente – SP2014
FACLEPP – FACULDADE DE CIÊNCIAS LETRAS E EDUCAÇÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE
QUÍMICA (BACHARELADO)
1. DEFINIÇÃO DOS PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
1.1 Oxigênio Dissolvido
O oxigênio dissolvido (OD) é geralmente medido em miligramas
por litro (mg/l) da água analisada. Provém, em geral, da dissolução do oxigênio
atmosférico, naturalmente ou artificialmente, e também, da produção liberada
por alguns microorganismos vivos na água (algas e bactérias).
O oxigênio dissolvido é vital para a preservação da vida aquática,
já que vários organismos (ex: peixes) precisam de oxigênio para respirar. As
águas poluídas por esgotos apresentam baixa concentração de oxigênio
dissolvido pois o mesmo é consumido no processo de decomposição da
matéria orgânica. Por outro lado as águas limpas apresentam concentrações
de oxigênio dissolvido mais elevadas, geralmente superiores a 5mg/L, exceto
se houverem condições naturais que causem baixos valores deste parâmetro.
As águas eutrofizadas (ricas em nutrientes) podem apresentar
concentrações de oxigênio superiores a 10 mg/L, situação conhecida como
supersaturação. Isto ocorre principalmente em lagos e represas em que o
excessivo crescimento das algas faz com que durante o dia, devido a
fotossíntese, os valores de oxigênio fiquem mais elevados. Por outro lado,
durante a noite não ocorre a fotossíntese, e a respiração dos organismos faz
com que as concentrações de oxigênio diminuam bastante, podendo causar
mortandades de peixes.
Além da fotossíntese, o oxigênio também é introduzido nas águas
através de processo físicos, que dependem das características hidráulicas dos
corpos d’água (ex: velocidade da água).
Em resumo, o OD será consumido por bactérias durante o
processo metabólico de conversão da matéria orgânica em compostos simples
e inertes, como água e gás carbônico (CO2). Com isso, crescem e se
multiplicam e mais oxigênio dissolvido será consumido enquanto houver
matéria orgânica proveniente das fontes de poluição.
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1.2 Coliformes Termotolerantes
As bactérias coliformes termotolerantes ocorrem no trato intestinal
de animais de sangue quente e são indicadoras de poluição por esgotos
domésticos. Elas não são patogênicas (não causam doenças) mas sua
presença em grandes números indicam a possibilidade da existência de
microorganismos patogênicos que são responsáveis pela transmissão de
doenças de veiculação hídrica (ex: desinteria bacilar, febre tifóide, cólera).
1.3 Potencial Hidrogeniônico (pH)
O pH afeta o metabolismo de várias espécies aquáticas. A
Resolução CONAMA 357 estabelece que para a proteção da vida aquática o
pH deve estar entre 6 e 9.
Alterações nos valores de pH também podem aumentar o efeito
de substâncias químicas que são tóxicas para os organismos aquáticos, tais
como os metais pesados.
1.4 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)
A Demanda Bioquímica de Oxigênio representa a quantidade de
oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica presente na água através
da decomposição microbiana aeróbia e é medida, em geral, em miligramas por
litro (mg/l). A DBO5,20 é a quantidade de oxigênio consumido durante 5 dias
em uma temperatura de 20°C.
A matéria orgânica é formada por inúmeros componentes, como
compostos de proteína, carboidratos, uréia, surfactantes (detergentes),
gordura, óleos, fenóis, pesticidas, etc.
Esta matéria, carbonácea, apresenta-se em suspensão ou
dissolvida, podendo ser biodegradável ou não. Dada a diversidade dos
compostos e formas como se apresenta no corpo d’água, procura-se
quantificá-la, indiretamente, medindo-se sua capacidade de consumo de
oxigênio dissolvido na água, que se dá através das bactérias oxidantes.
3
A DBO padrão está associada à porção biodegradável da matéria
orgânica de origem vegetal e animal e também àquela presente nos despejos
domésticos industriais.
Vale informar que os esgotos domésticos possuem uma DBO em
torno de 300 mg/l, que representa o consumo de 300 mg de oxigênio em 5
dias, à 20°C, no processo de estabilização da matéria orgânica carbonácea
biodegradável presente em 1 litro de esgoto.
Valores altos de DBO5,20, num corpo d'água são provocados
geralmente causados pelo lançamento de cargas orgânicas, principalmente
esgotos domésticos. A ocorrência de altos valores deste parâmetro causa uma
diminuição dos valores de oxigênio dissolvido na água, o que pode provocar
mortandades de peixes e eliminação de outros organismos aquáticos.
Resumindo, DBO alta significa presença de poluição através da
matéria orgânica proveniente de fontes pontuais e/ou difusas de origem
doméstica ou industrial.
1.5 Temperatura da Água
A temperatura influência vários parâmetros físico-químicos da
água, tais como a tensão superficial e a viscosidade. Os organismos aquáticos
são afetados por temperaturas fora de seus limites de tolerância térmica, o que
causa impactos sobre seu crescimento e reprodução.
Todos os corpos d’água apresentam variações de temperatura ao
longo do dia e das estações do ano. No entanto, o lançamento de efluentes
com altas temperaturas pode causar impacto significativo nos corpos d’água.
1.6 Nitrogênio Total
Nos corpos d’água o nitrogênio pode ocorrer nas formas de
nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato. Os nitratos são tóxicos aos
seres humanos, e em altas concentrações causa uma doença chamada
metahemoglobinemia infantil, que é letal para crianças.
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Pelo fato dos compostos de nitrogênio serem nutrientes nos
processos biológicos, seu lançamento em grandes quantidades nos corpos
d’água, junto com outros nutrientes tais como o fósforo, causa um crescimento
excessivo das algas, processo conhecido como eutrofização, o que pode
prejudicar o abastecimento público, a recreação e a preservação da vida
aquática.
As fontes de nitrogênio para os corpos d’água são variadas,
sendo uma das principais o lançamento de esgotos sanitários e efluentes
industriais. Em áreas agrícolas, o escoamento da água das chuvas em solos
que receberam fertilizantes também é uma fonte de nitrogênio, assim como a
drenagem de águas pluviais em áreas urbanas.
Também ocorre a fixação biológica do nitrogênio atmosférico
pelas algas e bactérias. Além disso, outros processos, tais como a deposição
atmosférica pelas águas das chuvas também causam aporte de nitrogênio aos
corpos d’água.
Do mesmo modo que o nitrogênio, o fósforo é um importante
nutriente para os processos biológicos e seu excesso pode causar a
eutrofização das águas. Para conhecer mais sobre eutrofização, veja o item
sobre o Índice de Estado Trófico.
Entre as fontes de fósforo destacam-se os esgotos domésticos,
pela presença dos detergentes superfosfatados e da própria matéria fecal. A
drenagem pluvial de áreas agrícolas e urbanas também é uma fonte
significativa de fósforo para os corpos d’água. Entre os efluentes industriais
destacam-se os das indústrias de fertilizantes, alimentícias, laticínios,
frigoríficos e abatedouros.
1.7 Turbidez
A turbidez indica o grau de atenuação que um feixe de luz sofre
ao atravessar a água. Esta atenuação ocorre pela absorção e espalhamento da
luz causada pelos sólidos em suspensão (areia, argila, algas, detritos, etc. ).
5
A principal fonte de turbidez é a erosão dos solos, quando na
época das chuvas as água pluviais trazem uma quantidade significativa de
material sólido para os corpos d’água.
Atividades de mineração, assim como o lançamento de esgotos e
de efluentes industriais, também são fontes importantes que causam uma
elevação da turbidez das águas.
O aumento da turbidez faz com que uma quantidade maior de
produtos químicos (ex: coagulantes) sejam utilizados nas estações de
tratamento de águas, aumentando os custos de tratamento. Além disso, a alta
turbidez também afeta a preservação dos organismos aquáticos, o uso
industrial e as atividades de recreação.
1.8 Resíduo Total
O resíduo total é a matéria que permanece após a evaporação,
secagem ou calcinação da amostra de água durante um determinado tempo e
temperatura.
Quando os resíduos sólidos se depositam nos leitos dos corpos
d’água podem causar seu assoreamento, que gera problemas para a
navegação e pode aumentar o risco de enchentes. Além disso podem causar
danos à vida aquática pois ao se depositarem no leito eles destroem os
organismos que vivem nos sedimentos e servem de alimento para outros
organismos, além de danificar os locais de desova de peixes.
2. LIMITE ACEITÁVEL EM ÁGUA DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO
VIGENTE
A tabela 1. Mostra os valores máximos permitidos (VMP) para
cada uma das substâncias listadas no grupo 3:
SUBSTÂNCIA VMP (µg/L)
Benzeno 5
Benzeno-a-pireno 0,7
6
1,1, dicloroeteno 30
1,2, dicloroetano 10
Pentaclorofenol 9
Tetracloreteno 40
Tricloroeteno 20
Tetracloreto de carbono 4
2,4,6 triclorofenol 200
Antraceno (Dibenzo(a,h)antraceno)* 0,05
Tabela 1. Limite aceitável de cada substância em água de acordo com a
legislação vigente.
*Foi utilizado o valor da concentração de Dibenzo(a,h)antraceno substituindo o Antraceno, pois não foram encontrados
valores de limite para o Antraceno.
3. PROBLEMAS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE E A SAÚDE, CASO, O
LIMITE ESTEJA FORA DO ACEITÁVEL PELA LEGISLAÇÃO.
3.1 Benzeno
O benzeno em altas concentrações é uma substância bastante
irritante para as mucosas (olhos, nariz, boca, etc.) e, quando aspirado pode
provocar edema pulmonar e hemorragia nas áreas de contato. Também tem
efeitos tóxicos para o sistema nervoso central, causando, de acordo com a
quantidade absorvida: períodos de sonolência e excitação, tontura, dor de
cabeça, enjoo, náusea, taquicardia, dificuldade respiratória, tremores,
convulsão, perda da consciência e morte.
Estudos ao longo dos anos evidenciaram que o benzeno é um
composto carcinogênico tanto para humanos como para animais. Muitas
pesquisas laboratoriais com animais e estudos epidemiológicos em humanos
mostraram a relação causal entre a exposição ao benzeno e a ocorrência de
doenças como a leucemia linfóide, leucemia mielomonocítica, neoplasmas
hematológicos, desordens sanguíneas, como a pré-leucemia, anemia aplástica,
linfoma de Hodgkin, e síndrome mielodisplásica. Além destas doenças,
experimentos com animais comprovaram o aumento do risco de tumores em
7
múltiplas espécies, em múltiplos órgãos (hematopoiético, oral e nasal, fígado,
estômago, pulmões, ovários, e glândulas mamárias), desordens mentais,
psiconeuróticas e de personalidade. É provável que estas respostas ocorram
devido a interações dos produtos metabólicos do benzeno com o DNA. A
exposição ambiental de animais ao benzeno também pode causar
mielotoxicidade e imunotoxicidade. Estudos mostraram que a exposição ao
benzeno pode alterar as funções dos linfócitos e diminuir a resistência dos
animais e alterar as funções dos macrófagos através de vários mecanismos
incluindo inibição de enzimas e perturbação dos sinais dos sistemas de
tradução protéica (HSDB, 2003a, INERIS, 2004a, IRIS, 1998a).
Estudos demonstraram que a inalação de vapor de benzeno
provoca extrasístole ventricular em gatos, coelhos e primatas culminando em
fibrilação ventricular. Pesquisas sobre os efeitos da inalação do benzeno
utilizando cachorros mostraram que estes desenvolveram hipertensão seguida
de paralisação do sistema vasomotor devido ao efeito do benzeno nos
compartimentos musculares e sanguíneos. A exposição crônica de ratos,
porcos da índia e coelhos ao benzeno levou a complicações testiculares e
degeneração dos túbulos seminíferos destes animais. Em fêmeas cujos ovários
foram expostos diretamente, houve alta incidência de hemorragias, atrofia do
ovário, neoplasia e defeitos na cauda da prole que persistiram por 4 gerações.
Em ratas expostas ao benzeno, durante o período de gestação, foi observado
um aumento do número de fetos com falhas no processo de ossificação.
Camundongos fêmeas expostos ao benzeno, durante a gestação, verificou-se
na progênie casos de fissura do palato e redução do peso fetal, dentre outros
efeitos teratogênicos, além da ocorrência da embrioletalidade. Experimentos
laboratoriais em que ratas foram expostas continuamente ao benzeno
resultaram na ausência completa da gestação, reabsorção dos embriões e
numa proporção inversa entre a dose e o número de filhotes. Estudos
demonstraram que a exposição ao benzeno pode levar a indução de
anormalidades cromossômicas nas células da medula óssea de camundongos,
ratos, coelhos e anfíbios, a um decréscimo na síntese de DNA em células de
medula óssea animal in vitro e a depressão do tecido hematopoiético de
roedores. Em pesquisas laboratoriais, caranguejos azuis foram expostos a
8
concentrações subletais de benzeno. Foram observados um decréscimo na
taxa de crescimento e regeneração dos membros, a depressão da atividade de
ATPase na mitocrôndria e decréscimo no consumo de oxigênio (ATSDR, 2000,
HSDB, 2003a, INERIS, 2004a, IRIS, 1998a, USEPA, 2002b).
Testes de inibição da multiplicação celular realizados com a alga
Chlorella vulgaris, mostraram redução de 50% do número de células em
relação ao controle após 1 dia de incubação com benzeno. Observou-se
também a inibição, devido a exposição ao benzeno, da fixação do carbono e
como conseqüência a diminuição da taxa de fotossíntese. Estudos com larvas
de anchova mostraram que a exposição destas ao benzeno causou retardo no
desenvolvimento dos ovos e desenvolvimento das larvas, resultou na produção
anormal de larvas, na diminuição da taxa de alimentação e aumento da taxa de
respiração (HSDB, 2003a).
3.2 Benzeno-a-pireno
A presença de benzo(a)pireno no meio ambiente pode ter origem
natural ou antrópica e sua presença já foi comprovada em no ar, na água
superficial e subterrânea, na água potável, em efluentes, no solo e em
sedimentos. As fontes naturais de benzo(a)pireno são as erupções vulcânicas
e os incêndios florestais. As fontes antrópicas da emissão do benzo(a)pireno
são a combustão incompleta de gasolina e diesel, o refinamento do petróleo,
da queima de madeira, carvão e cigarros e de derramamentos de petróleo e
seus derivados nos diversos compartimentos ambientais. O benzo(a)pireno já
foi identificado também em óleos de motor, óleos, margarina, manteiga,
gorduras, frutas, vegetais e cereais, café, chá e em carnes preparadas em
churrascos.
Há estudos suficientes que evidenciam a carcinogenicidade do
benzo(a)pireno em muitos animais (camundongos, ratos, hamsters, coelhos,
porcos da índia, patos, cachorros, peixes, salamandras e macacos), para
várias rotas de exposição. Ele atua localmente, como evidenciado pelos
tumores desenvolvidos na área de administração das doses, mas também
pode atuar sistemicamente. O B(a)P também produziu resultados positivos em
9
inúmeros ensaios genotóxicos e supressão da resposta imune, com a inibição
da produção de anticorpos e diminuição dos níveis de imuloglobulinas (HSDB,
2003b)
O BaP é conhecido porproduzir aductos de DNA, inibir a gênese
esteróide ovariana em peixes, atuar como anti-estrogênio em mamíferos e em
teleósteos e induzir toxicidade reprodutiva em mulheres (CHIKAE, 2004).
Muitos estudos mostram os efeitos embriotóxicos e teratogênicos do
benzo(a)pireno. Em ratas expostas, durante a gestação, ao BaP houve a morte
e/ou reabsorção dos fetos. Camundongos fêmeas expostos durante a gestação
produziram progênie com o peso das gônadas, fertilidade e capacidade
reprodutiva reduzidos e em doses maiores, houve a esterilidade completa de
todos os indivíduos de ambos os sexos da prole. Os efeitos adversos do
benzo(a)pireno na fertilidade e capacidade reprodutiva de fêmeas pode estar
associado a ovotoxicidade produzida pelos seus metabólitos que causam a
destruição de oócitos. O benzo(a)pireno também causou em camundongos
gestação tardia e supressão do sistema imune quando estes foram expostos
ainda no útero. Em coelhas fêmeas expostas ao BaP houve a ocorrência de
carcinogênese transplacentária. Em pepinos do mar foram relatados a
citotoxicidade embrionária e a genotoxicidade evidenciados pela presença de
arranjos cromossômicos com aberrações durante a mitose (HSDB, 2003b,
INERIS, 2004b, IRIS, 1998).
A exposição de alevinos ao BaP levou a um aumento na
depressão mitótica na retina e no cérebro e um aumento significante de
malformações no esqueleto e na coluna vertebral. Jovens de camundongos
expostos ao BaP apresentaram retardo no crescimento e tumores no esôfago,
estômago e nas mamas. Em pepinos do mar foram observadas anormalidades
no desenvolvimento na fase de gástrula (HSDB, 2003b).
3.3 1,2, Dicloroetano
O 1,2-dicloroetano é um líquido incolor em temperatura ambiente,
com cheiro agradável e sabor adocicado. É altamente volátil e solúvel em água.
O uso mais comum é na produção do monômero de cloreto de vinila, usado na
10
síntese do cloreto de polivinila (PVC). O 1,2- dicloroetano foi incorporado à
gasolina acrescida de chumbo, porém esse uso está em declínio devido à
retirada do chumbo da gasolina em muitos países, e usado como fumigante na
agricultura, mas tal uso foi abolido nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e
Belize.
A maior parte do 1,2-dicloroetano liberado ao ambiente volatiliza
para a atmosfera. O composto tem persistência moderada no ar, com meia-
vida entre 43 e 111 dias. Na estratosfera, o 1,2-dicloroetano sofre fotólise,
produzindo radicais cloro, os quais podem reagir com o ozônio. Entretanto,
parece que o 1,2-dicloroetano não contribui significativamente para a depleção
da camada de ozônio. O composto também é um produto da biodegradação
anaeróbia do tetracloroetano.
O 1,2-dicloroetano pode ser liberado ao ambiente aquático por
efluentes industriais, porém não permanece nos corpos d’água, já que volatiliza
rapidamente. Também pode infiltrar-se no solo e atingir a água subterrânea em
locais próximos a despejo de resíduos industriais, persistindo por longo período
onde a volatilização é restrita. A concentração média de 1,2- dicloroetano na
água potável geralmente é inferior 0,5 µg/L. O composto possui baixo potencial
de bioconcentração e bioacumulação em espécies aquáticas e terrestres.
A principal fonte de exposição ao 1,2-dicloroetano para a
população geral é a inalação do ar de ambientes externos e internos
contaminados, com menor contribuição por ingestão de água potável.
Atualmente a exposição ocupacional ocorre principalmente em trabalhadores
envolvidos na fabricação de cloreto de vinila. A inalação aguda de altas
concentrações de 1,2-dicloroetano afeta primeiramente o sistema nervoso
central devido as propriedades anestésicas do composto. Os sintomas e sinais
da exposição são: náusea, vômito, cefaleia, fraqueza, tontura e dor abdominal.
O composto também pode afetar o fígado e rins. Trabalhadores que inalaram o
composto por longo período apresentaram náusea, vômito, fraqueza,
nervosismo, dor abdominal, diarreia e alteração no batimento cardíaco.
11
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica
o 1,2-dicloroetano como possível cancerígeno humano (Grupo 2B), com base
na formação de câncer em animais de experimentação.
3.4 Pentaclorofenol
O pentaclorofenol - PCF é utilizado no Brasil, na forma de sais
(pen taclorofenato de sódio) como conservante de madeira com ação algicida,
fungicida e inseticida. Sua principal utilização está no tratamento de madeiras
recém-cortadas e recém -serradas para combater fungos que causam manchas
e deterioração d os substratos lig no-celulósicos. São autorizados os seguintes
métodos de aplicação: pulverização, pincelamento e imersão, sendo este
último de uso exclusivamente industrial (IBAMA, 2006).
Os órgãos alvo da ação do PCF e seus sais são: fígado, rins,
sistema nervoso, sistema endócrino e imunológico.
Estudos que avaliaram a exposição aguda ao PCF em humanos
citam como efeitos neurológicos delírio, febre, convulsão e outros. O PCF pode
afetar de maneira adversa o fígado, os rins, a pele, os pulmões e o sistema
nervoso central (ATSDR, 2001).
Em fábricas de PCF a exposição aguda de trabalhadores têm
levado ao aparecimento de cloracne, associada às impurezas contidas n o
produto . Em estudos que relatam seu uso como fungicida foram identificados
nove bebês em enferma ria que apresentaram febre alta, sudorese, respiração
ofegante, taquicardia, irritabilidade seguida de letargia, proteinúria, pneumonia
ou bronquite. O PCF foi dosado no soro e urina, resultando em duas mortes
(Smith et al., 1996).
A exposição crônica ao P CF e seus sais está associada ao
desencadeamento de alterações endócrinas, nos hormônios tireoidianos, e
hipotálamo; além da infertilidade (Gerhard et al., 1991,1998, 1999).
12
Também foram encontradas evidências de associação entre
sarcoma de tecidos mole e Linfoma não-Hodgkin’s e níveis de PCF em
humanos (Hardell et al., 1995 ; Hertzman et al., 1997; Hoppin et al., 1998).
No Brasil existem casos de acidentes com PCF na área portuária
de Rio de Janeiro nos anos 80, que resultaram em mortes. Outros problemas
estão associados à contaminação de “camas de aviário” que utilizam serragem
ou maravalha que podem contaminar a criação ou as culturas agrícolas onde
estas venham a ser utilizadas como adubo, outro aspecto são as
contaminações de alimentos embalados com madeira tratada.
Devido à solubilidade e persistência do pentaclorofenato em água
existem sérios riscos de contaminação do lençol freático com consequente
contaminação da água para consumo humano. Atualmente, por meio da
Portaria N° 518/2004 do Ministério da Saúde, estão regulados os padrões de
potabilidade de água, que incluem ações de vigilância e controle onde o PCF é
uma das substâncias a serem monitoradas.
O pentaclorofenato, como fungicida e inseticida de amplo
espectro, apresenta elevada toxicidade para diversos organismos não-alvo
tanto no solo como na água. Considerando-se ainda a elevada volatilidade e
persistência e que a aplicação dessa substância, pelos métodos autorizados,
ocorre em sistemas abertos e semi-abertos, há uma perigosa exposição do
trabalhador e do meio ambiente ao produto.
3.5 Tetracloreteno
O tetracloroetileno é um líquido incolor e volátil a temperatura
ambiente. É usado como desengraxante de peças metálicas, em lavagens a
seco, na indústria têxtil, de produtos de limpeza e de borracha laminada. No
Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabeleceu regras
para a utilização de tetracloroetileno (percloroetileno) em lavanderias a seco
com o objetivo de proteger o ambiente e a saúde da população e
trabalhadores.
13
O tetracloroetileno é amplamente distribuído no ambiente e é
encontrado em quantidades-traço na água, organismos aquáticos, alimentos, ar
e tecido humano. É liberado por processos industriais e produtos de consumo.
A meia-vida na atmosfera varia de 96 a 251 dias e depende da latitude,
estação do ano e concentração de radicais hidroxila. A concentração do
composto no ar atmosférico é menor que 5 µg/m³ em áreas urbanas e menor
que 1 µg/m³ em áreas rurais. O composto pode ser convertido a cloreto de
vinila, sob condições anaeróbias, e contaminar o solo e a água subterrânea.
Pequenas quantidades do tetracloroetileno podem ser formadas durante a
cloração da água.
As principais vias de exposição da população geral ao composto
são pela via inalatória e pela ingestão de água e alimentos contaminados. A
inalação de altas concentrações do composto, particularmente em espaços
fechados e pouco ventilados, pode causar depressão do sistema nervoso, com
tontura, cefaléia, sonolência, náusea, dificuldade de fala, inconsciência e morte.
A exposição a concentrações baixas afeta o fígado e os rins. O contato dérmico
por longo período pode irritar a pele. Vários fatores influenciam os possíveis
danos à saúde e a gravidade dos efeitos, como a via, dose e duração da
exposição, a presença de outras substâncias e as características do indivíduo.
Os sinais e sintomas da exposição ao Tetracloroetileno ocorrem
principalmente no ambiente ocupacional (ou uso da substância em alguma
atividade de lazer) quando o indivíduo é exposto acidentalmente a altas
concentrações de tetracloroetileno. Grande parte das exposições ocorrem em
ambientes internos das fábricas de acabamento de metais e nas lavanderias.
Estudos com animais, realizados com concentrações muito mais altas do que
aquelas que a população geral pode ser exposta, mostraram que o composto
causa dano ao fígado e rins dos animais. A Agência Internacional de Pesquisa
em Câncer (IARC) classifica o tetracloroetileno como provável cancerígeno
humano (Grupo 2A), com base em estudos epidemiológicos, que evidenciaram
aumento para o risco de câncer de esôfago e cervical e de linfoma não-
Hodgkin, e com animais de experimentação, que mostraram que o
Tetracloroetileno causa tumores hepáticos em camundongos, tumores renais
14
em ratos machos e alguma evidência de leucemia mononuclear em ratos de
ambos os sexos.
3.6 Tricloroeteno
Estudos de medicina ocupacional demonstraram que o TCE tem
vários efeitos sobre o ser humano, nomeadamente: A depressão do Sistema
nervoso central é o efeito mais proeminente da exposição ao TCE. A exposição
ocupacional crónica ao TCE está associada a alterações neurológicas; Relatos
de casos de lesões no fígado foram associados à inalação de grandes doses
de TCE;
Alguns estudos associam anormalidades reprodutivas e de
desenvolvimento ao consumo de água contaminada com TCE
O TCE é considerado antecipadamente, uma substância
cancerígena devido a estudos limitados sobre seres humanos. No entanto
existem evidências suficientes em estudos similares feitos sobre animais;
O TCE é um produto levemente irritante das vias respiratórias e
pode produzir Dermatite por contacto.
O TCE pode provocar também: Diminuição do apetite; Irritação
gastrointestinal; Dores de cabeça; Irritação da pele.
A Hepatoxicidade foi associada primariamente com a inalação de
TCE e ingestão em grandes quantidades. Insuficiência renal tem sido relatada
em conjunto com danos hepáticos confirmados. Arritmias cardíacas podem ser
induzidas por exposição a níveis elevados de TCE
Os efeitos neurológicos da exposição ao TCE, dependem do
tempo e concentração do mesmo durante a exposição. De uma maneira geral
são muito aproximados aos efeitos do Álcool. Em termos de exposição aguda
(80 a 120 ppm) os estudos revelam que as pessoas expostas apresentam
sinais de enjoo, irritação das mucosas, aumento do tempo de reacção. Os
15
efeitos desaparecem ao fim de algumas horas. Em termos de exposição
crónica, um estudo feito a 73 trabalhadores que tiveram expostos a TCE desde
1 mês a 15 anos4 revelou sintomas de: Ataxia; Diminuição do apetite; Dores de
cabeça; Perda de memória de curta duração; Perturbações do sono; Vertigens.
Quando engolido, o TCE causa irritação Gastrointestinal com possíveis
inflamações no trato intestinal que se manifestam como: Dores abdominais;
Diarreia; Náuseas; Vómitos.
Em comunidades nos Estados Unidos que se descobriu usarem
água contaminada com TCE, verificou-se que havia uma correlação com
defeitos cardíacos congénitos e vários problemas gestacionais.
O TCE é considerado cancerígeno pois os estudos em seres
humanos são apoiados por evidências de carcinogenicidade em experiências
com animais, nos quais os tumores ocorrem em vários sítios idênticos aos dos
seres humanos. A inalação ou exposição oral ao TCE produz cancro do fígado
ou do pulmão em ratos.
Segundo a resolução CONAMA Nº 020, de 18 de junho de 1986,
classificação das águas, Ministério do Meio Ambiente, a quantidade máxima de
TCE é 0,03 mg/L na classe 1, Segundo a Portaria 36, o valor máximo permitido
(VMP) de tricloroeteno na água potável é 30 ug/L
O tricloroeteno é altamente volátil devido sua alta pressão de
vapor, logo seu principal destino será a atmosfera. Possui solubilidade média,
porém prefere a água, dessa forma, seu coeficiente de partição octanol/água é
baixo.
O TCE apresenta uma pressão de vapor bem alta, portanto é
bastante volátil, sendo a atmosfera seu principal meio de transporte e
destino.Tendo em vista sua alta instabilidade conclui-se que esse poluente
sofre modificações/transformações ao longo do seu transporte nos diferentes
compartimentos. No ar pode haver formação de radicais OH de cloreto de
carbonila e fosgênio, cloreto de dicloroacetil, clorofórmio e CO, ácido acético de
tricloro e cloreto de acetila. Na água subterrânea pode haver transformação
16
anaeróbica para isômeros de dicloroeteno e cloreto de vinila. Nos solos, sua
mineralização é incentivada pelas raízes das plantas, e em condições
anaeróbias há transformação microbiana para 1,2-dicloroeteno. Esta alta
reatividade requer a estabilização desses reagentes com aditivos para sua
aplicação técnica. Outra propriedade importante com relação a estabilidade
desse composto está no fato de que muitos metais e sais metálicos aceleram a
decomposição desse solvente. Ou seja, o chumbo irá reagir com o tricloroeteno
acelerando a sua decomposição. Uma vez que a reação entre os poluentes
agiliza o processo de decomposição do tricloroeteno, pode-se dizer que, nesse
caso, a transformação desse poluente induzida pelo chumbo seja
ambientalmente interessante.
3.7 Tetracloreto de carbono
O tetracloreto de carbono é usado principalmente na fabricação
de gases para refrigeração e propelentes em aerossóis. Foi usado na
fabricação de tintas, espumas, plásticos, aditivo para gasolina, desengraxante
de peças metálicas, retardante de chama, na fumigação de grãos, entre outros
usos, porém muitos desses usos foram descontinuados. O Protocolo de
Montreal, um tratado internacional para banimento de substâncias que
destroem a camada de ozônio, do qual o Brasil é signatário, estabeleceu um
cronograma para eliminar a produção e uso do tetracloreto de carbono em
processos químicos industriais.
A liberação da substância ocorre por emissão direta ao ar, onde é
encontrada como gás incolor, permanecendo por muitos anos antes de sua
degradação. Pequenas quantidades são encontradas na água superficial e a
maior parte irá evaporar em poucos dias ou semanas. Entretanto, o composto
pode permanecer na água subterrânea por muito tempo.
A exposição humana a altas concentrações do solvente pode
causar dano ao sistema nervoso central, fígado e rins. Esses efeitos ocorrem
após ingestão ou inalação do composto. Os sinais e sintomas nas exposições
inalatória e oral por curto prazo são: cefaléia, fraqueza, letargia, náusea, dor
17
abdominal, dificuldade respiratória e vômito. Nos cases graves pode ocorrer
hemorragia, coma hepático e morte.
3.8 2,4,6 Triclorofenol
O 2,4,6 Triclorofenol é um produto secundário da cloração de
águas contendo fenóis como por exemplo: biocidas e herbicidas. Os efeitos
potenciais decorrentes da ingestão da água contendo o 2,4,6 Triclorofenol são
o desenvolvimento de linfomas e leucemia, esses efeitos já foram observados
em testes envolvendo animais, portanto a ingestão dessa substância quando
fora dos limites estabelecidos pela legislação vigente apresenta um risco
potencial ao consumo humano
O Decreto Lei 74/90 estabelece para as águas de consumo
Humano um Valor Máximo Admissível (VMA) para os fenóis de 0,5 mg/L
(C6H5OH). No que se refere às águas superficiais destinadas à produção de
água para consumo humano estabelece um VMA de 1 mg/L para as águas da
classe A1, 5 mg/L para as águas da classe A2 e 100 mg/L para as águas da
classe A3. Este Decreto Lei não especifica um valor limite para cada um dos
compostos fenólicos, mas sim um valor limite total para todos os compostos
que apresentem na sua estrutura o grupo fenol. Uma vez que estes compostos
apresentam características organolépticas e tóxicas diferentes há a
necessidade de desenvolver um método analítico capaz de identificar e
quantificar cada um destes compostos fenólicos, nas concentrações em que
eles se encontram na água.
3.9 Antraceno (Dibenzo(a,h)antraceno)*
O Dibenzo(a,h)antraceno é obtido como produto de combustão
incompleta de combustíveis fósseis. Está presente em óleos minerais, ceras de
petróleo e piche de carvão. A exposição humana ocorre principalmente através
do cigarro, inalação de ar poluído, comida e água contaminada com produtos
de combustão (HSDB, 2010).
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) são
classificados na categoria 2B – possível cancerígeno humano, com base em
18
estudos conduzidos em animais. Os fatores de potência carcinogênica (q1) para
cada HPA estão apresentados na tabela abaixo. Este valor foi derivado
multiplicando-se o fator de potência carcinogênica (fator de inclinação) para o
Benzo(a)pireno de 7,3 (mg/kg/dia)-1 (fundamentado na ocorrência de
carcinogenicidade na pele de camundongos), pela ordem estimada de potência
relativa de cada composto (NJDEP, 2008, USEPA, 1993).
Tabela 2. Potência carcinogênica de alguns HPAs.
4. METODOLOGIA DE ANÁLISE DOS PARAMETROS DO GRUPO DE
ACORDO COM O STANDARD METHODS FOR EXAMINATION OF WATER
AND WASTEWATER
Lavagem do Material para Coleta dos Grupos
Materiais Necessários:
• Frascos de vidro de boca larga (4 cm) com volume variável
conforme os parâmetros a serem coletados;
• Escova;
• Água destilada isenta de compostos orgânicos;.
• Acetona P.A.;
• Acetona Grau Pesticida;
19
• n-Hexano Grau Pesticida;
• Estufa de secagem.
Procedimentos:
1- Esvaziar o frasco;
2- Lavar e escovar o frasco somente com água de torneira;
23- Enxaguar o frasco e a tampa três vezes com água de torneira;
4- Enxaguar o frasco e a tampa três vezes com água destilada
isenta de compostos orgânicos;
5- Enxaguar os frascos duas vezes com Acetona P.A.;
6- Enxaguar os frascos uma vez com Acetona Grau Pesticida;
7- Enxaguar os frascos duas vezes com n-Hexano grau Pesticida;
Coleta das amostras:
Ensaio: Biocidas Clorados e Organofosforados, Pentaclorofenol,
BCP, Fenoxiácidos, Herbicidas.
Material Necessário:
• GPS;
• Máquina Fotográfica;
• Frasco de vidro âmbar com tampa de teflon ou de vidro
esmerilhado, ou então tampa de borracha recoberta com folha de alumínio;
• Óculos de proteção;
• Luvas de borracha descartáveis;
20
• Caixa térmica ou caixa de isopor com gelo picado ou gelo
reciclável;
• Termômetro 0º a 50Cº;
• pH Metro portátil (se possível) ou papel de pH de boa qualidade;
• Solução de Ácido Sulfúrico concentrado;
• Pipeta graduada de 5 mL;
• Pêra de sucção;
• Prancheta;
• Caneta própria para escrita em vidro ou plástico com tinta
resistente a água ou etiqueta adesiva;
• Caneta comum
• Ficha de coleta.
Procedimento:
1- Anotar na ficha de coleta o endereço completo do local e se
possível tomar as coordenadas (latitude e longitude), através de GPS e
fotografar o local da coleta;
2- Coloque as luvas;
3- Faça a medida da temperatura e pH;
4- Durante a coleta evitar o contato da amostra com as luvas ou
outros materiais;
5- Remova a tampa do frasco;
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6- Com uma das mãos segurar o frasco pela base, mergulhando-o
rapidamente com a boca para baixo, a cerca 30 cm abaixo da superfície da
água;
7- Direcionar o frasco de modo que a boca fique em sentido
contrário à corrente. Se o corpo for estático criar uma corrente artificial, através
da movimentação do frasco lentamente na direção horizontal (sempre para
frente);
8- Inclinar o frasco lentamente para cima para permitir a saída do
ar e consequente enchimento do mesmo;
9- Para Herbicidas fenoxiácidos clorados proceder da seguinte
maneira:
a. Se o pH estiver abaixo de 2, fechar o frasco;
b. Se o pH for maior que 2, este deverá ser elevado a pH menor
que 2. Para tanto, deve-se encaixar a pipeta na pêra de sucção, coletar 5 mL
de ácido sulfúrico concentrado- cuidado o ácido sulfúrico é corrosivo e perigoso
– gotejar 2 gotas no frasco com amostra agitar a amostra e medir de novo o
pH. Se o pH continuar maior que 2, deve-se repetir o gotejamento (sempre com
duas gotas de cada vez) até que o pH seja menor que 2;
10- Identifique as amostras e preencha a ficha de coleta;
11- Acomode as amostras na caixa de coleta ou caixa de isopor;
12- Se possível lacrar a caixa;
13- As amostras devem ser conservadas sob refrigeração até a
chegada ao laboratório;
14- O prazo máximo para a entrega da amostra no laboratório: 12
h;
22
15- Após a coleta tomar outra amostra e realizar os ensaios de
campo.
16- Juntamente com as amostras deverão ser entregues as fichas
de coleta preenchidas
Ensaio: Compostos Fenólicos
Material Necessário:
• GPS;
• Máquina Fotográfica;
• Frascos para coleta de vidro âmbar
• Óculos de proteção;
• Luvas de borracha descartáveis;
• Caixa térmica ou caixa de isopor com gelo picado ou gelo
reciclável;
• Termômetro 0º a 50Cº;
• pH Metro portátil (se possível) ou papel de pH de boa qualidade;
• Solução de ácido fosfórico diluído a 50%;
• Pipeta graduada de 5 mL;
• Pêra de sucção;
• Prancheta;
• Caneta própria para escrita em vidro ou plástico com tinta
resistente a água ou etiqueta adesiva;
• Caneta comum
23
• Ficha de coleta.
Procedimento:
1- Anotar na ficha de coleta o endereço completo do local e se
possível tomar as coordenadas (latitude e longitude), através de GPS e
fotografar o local da coleta;
2- Coloque as luvas;
3- Durante a coleta evitar o contato da amostra com as luvas ou
outros materiais;
4- Remova a tampa do frasco;
5- Com uma das mãos segurar o frasco pela base, mergulhando-o
rapidamente com a boca para baixo, a cerca 30 cm abaixo da superfície da
água;
6- Direcionar o frasco de modo que a boca fique em sentido
contrário à corrente. Se o corpo for estático criar uma corrente artificial, através
da movimentação do frasco lentamente na direção horizontal (sempre para
frente);
7- Inclinar o frasco lentamente para cima para permitir a saída do
ar e consequente enchimento do mesmo;
8- Se o pH estiver abaixo de 2, fechar o frasco;
9- Se o pH for maior que 2, este deverá ser elevado a pH menor
que 2. Para tanto, deve-se encaixar a pipeta na pêra de sucção, coletar 5 mL
da solução de ácido fosfórico a 50%– cuidado o ácido fosfórico é corrosivo e
perigoso – gotejar 2 gotas no frasco com amostra agitar a amostra e medir de
novo o pH. Se o pH continuar maior que 2, deve-se repetir o gotejamento
(sempre com duas gotas de cada vez) até que o pH seja menor que 2;
10- Identifique as amostras e preencha a ficha de coleta;
24
11- Acomode as amostras na caixa de coleta ou caixa de isopor;
12- Se possível lacrar a caixa;
13- As amostras devem ser conservadas sob refrigeração até a
chegada ao laboratório;
14- O prazo máximo para a entrega da amostra no laboratório: 12
h;
15- Após a coleta tomar outra amostra e realizar os ensaios de
campo;
16- Juntamente com as amostras deverão ser entregues as fichas
de coleta preenchidas.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/
b82b51004eddb1e1ae89feab5a03b54d/saude-no-trab-efeitos-benzeno.pdf?
MOD=AJPERES
http://www.abes-sp.org.br/arquivos/ctsp/guia_potabilidade.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/anexo/
anexo_prt2914_12_12_2011.pdf
http://pnqa.ana.gov.br/indicadores-indice-aguas.aspx#_ftn1
http://rema.ufsc.br/wp-content/uploads/2014/10/2005__disserta
%C3%A7%C3%A3o__leandra__fatorelli.pdf
http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/Tetracloreto-de-
carbono.pdf
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/
0b3d0b80474585788f14df3fbc4c6735/penta.pdf?MOD=AJPERES
http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/tetraclororoetileno.pdf
http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/1-2-dicloroeteno.pdf
http://www.aprh.pt/congressoagua98/files/com/130.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tricloroetileno
http://www.mpsc.mp.br/portal/conteudo/cao/cme/atividades/recursos_hidricos/
manual_coleta_%C3%A1gua.pdf
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