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ATIVIDADE - ANÁLISE DE ÁGUA: PARÂMETROS, LEGISLAÇÃO E METODOLOGIA (GRUPO 3) DISCIPLINA: QUÍMICA AMBIENTAL II PROFESSOR: PATRICIA ALEXANDRA ANTUNES NOME DO ALUNO Presidente Prudente – SP 2014 FACLEPP – FACULDADE DE CIÊNCIAS LETRAS E EDUCAÇÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE QUÍMICA (BACHARELADO)

Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

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Trabalho contendo alguns parâmetros de qualidade da água, bem como a legislação envolvida para regulamentar a presença de certas substâncias

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Page 1: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

ATIVIDADE - ANÁLISE DE ÁGUA: PARÂMETROS, LEGISLAÇÃO E METODOLOGIA (GRUPO 3)

DISCIPLINA: QUÍMICA AMBIENTAL IIPROFESSOR: PATRICIA ALEXANDRA ANTUNES

NOME DO ALUNO

Presidente Prudente – SP2014

FACLEPP – FACULDADE DE CIÊNCIAS LETRAS E EDUCAÇÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE

QUÍMICA (BACHARELADO)

Page 2: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

1. DEFINIÇÃO DOS PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA

1.1 Oxigênio Dissolvido

O oxigênio dissolvido (OD) é geralmente medido em miligramas

por litro (mg/l) da água analisada. Provém, em geral, da dissolução do oxigênio

atmosférico, naturalmente ou artificialmente, e também, da produção liberada

por alguns microorganismos vivos na água (algas e bactérias).

O oxigênio dissolvido é vital para a preservação da vida aquática,

já que vários organismos (ex: peixes) precisam de oxigênio para respirar. As

águas poluídas por esgotos apresentam baixa concentração de oxigênio

dissolvido pois o mesmo é consumido no processo de decomposição da

matéria orgânica. Por outro lado as águas limpas apresentam concentrações

de oxigênio dissolvido mais elevadas, geralmente superiores a 5mg/L, exceto

se houverem condições naturais que causem baixos valores deste parâmetro.

As águas eutrofizadas (ricas em nutrientes) podem apresentar

concentrações de oxigênio superiores a 10 mg/L, situação conhecida como

supersaturação. Isto ocorre principalmente em lagos e represas em que o

excessivo crescimento das algas faz com que durante o dia, devido a

fotossíntese, os valores de oxigênio fiquem mais elevados. Por outro lado,

durante a noite não ocorre a fotossíntese, e a respiração dos organismos faz

com que as concentrações de oxigênio diminuam bastante, podendo causar

mortandades de peixes.

Além da fotossíntese, o oxigênio também é introduzido nas águas

através de processo físicos, que dependem das características hidráulicas dos

corpos d’água (ex: velocidade da água).

Em resumo, o OD será consumido por bactérias durante o

processo metabólico de conversão da matéria orgânica em compostos simples

e inertes, como água e gás carbônico (CO2). Com isso, crescem e se

multiplicam e mais oxigênio dissolvido será consumido enquanto houver

matéria orgânica proveniente das fontes de poluição.

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Page 3: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

1.2 Coliformes Termotolerantes

As bactérias coliformes termotolerantes ocorrem no trato intestinal

de animais de sangue quente e são indicadoras de poluição por esgotos

domésticos. Elas não são patogênicas (não causam doenças) mas sua

presença em grandes números indicam a possibilidade da existência de

microorganismos patogênicos que são responsáveis pela transmissão de

doenças de veiculação hídrica (ex: desinteria bacilar, febre tifóide, cólera).

1.3 Potencial Hidrogeniônico (pH)

O pH afeta o metabolismo de várias espécies aquáticas. A

Resolução CONAMA 357 estabelece que para a proteção da vida aquática o

pH deve estar entre 6 e 9.

Alterações nos valores de pH também podem aumentar o efeito

de substâncias químicas que são tóxicas para os organismos aquáticos, tais

como os metais pesados.

1.4 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)

A Demanda Bioquímica de Oxigênio representa a quantidade de

oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica presente na água através

da decomposição microbiana aeróbia e é medida, em geral, em miligramas por

litro (mg/l). A DBO5,20 é a quantidade de oxigênio consumido durante 5 dias

em uma temperatura de 20°C.

A matéria orgânica é formada por inúmeros componentes, como

compostos de proteína, carboidratos, uréia, surfactantes (detergentes),

gordura, óleos, fenóis, pesticidas, etc. 

Esta matéria, carbonácea, apresenta-se em suspensão ou

dissolvida, podendo ser biodegradável ou não. Dada a diversidade dos

compostos e formas como se apresenta no corpo d’água, procura-se

quantificá-la, indiretamente, medindo-se sua capacidade de consumo de

oxigênio dissolvido na água, que se dá através das bactérias oxidantes.

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Page 4: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

 

A DBO padrão está associada à porção biodegradável da matéria

orgânica de origem vegetal e animal e também àquela presente nos despejos

domésticos industriais. 

Vale informar que os esgotos domésticos possuem uma DBO em

torno de 300 mg/l, que representa o consumo de 300 mg de oxigênio em 5

dias, à 20°C, no processo de estabilização da matéria orgânica carbonácea

biodegradável presente em 1 litro de esgoto. 

Valores altos de DBO5,20, num corpo d'água são provocados

geralmente causados pelo lançamento de cargas orgânicas, principalmente

esgotos domésticos. A ocorrência de altos valores deste parâmetro causa uma

diminuição dos valores de oxigênio dissolvido na água, o que pode provocar

mortandades de peixes e eliminação de outros organismos aquáticos.

Resumindo, DBO alta significa presença de poluição através da

matéria orgânica proveniente de fontes pontuais e/ou difusas de origem

doméstica ou industrial.

1.5 Temperatura da Água

A temperatura influência vários parâmetros físico-químicos da

água, tais como  a tensão superficial e a viscosidade. Os organismos aquáticos

são afetados por temperaturas fora de seus limites de tolerância térmica, o que

causa impactos sobre seu crescimento e reprodução.

Todos os corpos d’água apresentam variações de temperatura ao

longo do dia e das estações do ano. No entanto, o lançamento de efluentes

com altas temperaturas pode causar impacto significativo nos corpos d’água.

 1.6 Nitrogênio Total

Nos corpos d’água o nitrogênio pode ocorrer nas formas de

nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato. Os nitratos são tóxicos aos

seres humanos, e em altas concentrações causa uma doença chamada

metahemoglobinemia infantil, que é letal para crianças.

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Page 5: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

Pelo fato dos compostos de nitrogênio serem nutrientes nos

processos biológicos, seu lançamento em grandes quantidades nos corpos

d’água, junto com outros nutrientes tais como o fósforo, causa um crescimento

excessivo das algas, processo conhecido como eutrofização, o que pode

prejudicar o abastecimento público, a recreação e a preservação da vida

aquática.

As fontes de nitrogênio para os corpos d’água são variadas,

sendo uma das principais o lançamento de esgotos sanitários e efluentes

industriais. Em áreas agrícolas, o escoamento da água das chuvas em solos

que receberam fertilizantes também é uma fonte de nitrogênio, assim como a

drenagem de águas pluviais em áreas urbanas.

Também ocorre a fixação biológica do nitrogênio atmosférico

pelas algas e bactérias. Além disso, outros processos, tais como a deposição

atmosférica pelas águas das chuvas também causam aporte de nitrogênio aos

corpos d’água.

Do mesmo modo que o nitrogênio, o fósforo é um importante

nutriente para os processos biológicos e seu excesso pode causar a

eutrofização das águas. Para conhecer mais sobre eutrofização, veja o item

sobre o Índice de Estado Trófico.

Entre as fontes de fósforo destacam-se os esgotos domésticos,

pela presença dos detergentes superfosfatados e da própria matéria fecal. A

drenagem pluvial de áreas agrícolas e urbanas também é uma fonte

significativa de fósforo para os corpos d’água. Entre os efluentes industriais

destacam-se os das indústrias de fertilizantes, alimentícias, laticínios,

frigoríficos e abatedouros.

1.7 Turbidez

A turbidez indica o grau de atenuação que um feixe de luz sofre

ao atravessar a água. Esta atenuação ocorre pela absorção e espalhamento da

luz causada pelos sólidos em suspensão (areia, argila, algas, detritos, etc. ).

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Page 6: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

A principal fonte de turbidez é a erosão dos solos, quando na

época das chuvas as água pluviais trazem uma quantidade significativa de

material sólido para os corpos d’água.

Atividades de mineração, assim como o lançamento de esgotos e

de efluentes industriais, também são fontes importantes que causam uma

elevação da turbidez das águas.

O aumento da turbidez faz com que uma quantidade maior de

produtos químicos (ex: coagulantes) sejam utilizados nas estações de

tratamento de águas, aumentando os custos de tratamento. Além disso, a alta

turbidez também afeta a preservação dos organismos aquáticos, o uso

industrial e as atividades de recreação.

1.8 Resíduo Total

O resíduo total é a matéria que permanece após a evaporação,

secagem ou calcinação da amostra de água durante um determinado tempo e

temperatura.

Quando os resíduos sólidos se depositam nos leitos dos corpos

d’água podem causar seu assoreamento, que gera problemas para a

navegação e pode aumentar o risco de enchentes. Além disso podem causar

danos à vida aquática pois ao se depositarem no leito eles destroem os

organismos que vivem nos sedimentos e servem de alimento para outros

organismos, além de danificar os locais de desova de peixes.

2. LIMITE ACEITÁVEL EM ÁGUA DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO

VIGENTE

A tabela 1. Mostra os valores máximos permitidos (VMP) para

cada uma das substâncias listadas no grupo 3:

SUBSTÂNCIA VMP (µg/L)

Benzeno 5

Benzeno-a-pireno 0,7

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Page 7: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

1,1, dicloroeteno 30

1,2, dicloroetano 10

Pentaclorofenol 9

Tetracloreteno 40

Tricloroeteno 20

Tetracloreto de carbono 4

2,4,6 triclorofenol 200

Antraceno (Dibenzo(a,h)antraceno)* 0,05

Tabela 1. Limite aceitável de cada substância em água de acordo com a

legislação vigente.

*Foi utilizado o valor da concentração de Dibenzo(a,h)antraceno substituindo o Antraceno, pois não foram encontrados

valores de limite para o Antraceno.

3. PROBLEMAS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE E A SAÚDE, CASO, O

LIMITE ESTEJA FORA DO ACEITÁVEL PELA LEGISLAÇÃO.

3.1 Benzeno

O benzeno em altas concentrações é uma substância bastante

irritante para as mucosas (olhos, nariz, boca, etc.) e, quando aspirado pode

provocar edema pulmonar e hemorragia nas áreas de contato. Também tem

efeitos tóxicos para o sistema nervoso central, causando, de acordo com a

quantidade absorvida: períodos de sonolência e excitação, tontura, dor de

cabeça, enjoo, náusea, taquicardia, dificuldade respiratória, tremores,

convulsão, perda da consciência e morte.

Estudos ao longo dos anos evidenciaram que o benzeno é um

composto carcinogênico tanto para humanos como para animais. Muitas

pesquisas laboratoriais com animais e estudos epidemiológicos em humanos

mostraram a relação causal entre a exposição ao benzeno e a ocorrência de

doenças como a leucemia linfóide, leucemia mielomonocítica, neoplasmas

hematológicos, desordens sanguíneas, como a pré-leucemia, anemia aplástica,

linfoma de Hodgkin, e síndrome mielodisplásica. Além destas doenças,

experimentos com animais comprovaram o aumento do risco de tumores em

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Page 8: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

múltiplas espécies, em múltiplos órgãos (hematopoiético, oral e nasal, fígado,

estômago, pulmões, ovários, e glândulas mamárias), desordens mentais,

psiconeuróticas e de personalidade. É provável que estas respostas ocorram

devido a interações dos produtos metabólicos do benzeno com o DNA. A

exposição ambiental de animais ao benzeno também pode causar

mielotoxicidade e imunotoxicidade. Estudos mostraram que a exposição ao

benzeno pode alterar as funções dos linfócitos e diminuir a resistência dos

animais e alterar as funções dos macrófagos através de vários mecanismos

incluindo inibição de enzimas e perturbação dos sinais dos sistemas de

tradução protéica (HSDB, 2003a, INERIS, 2004a, IRIS, 1998a).

Estudos demonstraram que a inalação de vapor de benzeno

provoca extrasístole ventricular em gatos, coelhos e primatas culminando em

fibrilação ventricular. Pesquisas sobre os efeitos da inalação do benzeno

utilizando cachorros mostraram que estes desenvolveram hipertensão seguida

de paralisação do sistema vasomotor devido ao efeito do benzeno nos

compartimentos musculares e sanguíneos. A exposição crônica de ratos,

porcos da índia e coelhos ao benzeno levou a complicações testiculares e

degeneração dos túbulos seminíferos destes animais. Em fêmeas cujos ovários

foram expostos diretamente, houve alta incidência de hemorragias, atrofia do

ovário, neoplasia e defeitos na cauda da prole que persistiram por 4 gerações.

Em ratas expostas ao benzeno, durante o período de gestação, foi observado

um aumento do número de fetos com falhas no processo de ossificação.

Camundongos fêmeas expostos ao benzeno, durante a gestação, verificou-se

na progênie casos de fissura do palato e redução do peso fetal, dentre outros

efeitos teratogênicos, além da ocorrência da embrioletalidade. Experimentos

laboratoriais em que ratas foram expostas continuamente ao benzeno

resultaram na ausência completa da gestação, reabsorção dos embriões e

numa proporção inversa entre a dose e o número de filhotes. Estudos

demonstraram que a exposição ao benzeno pode levar a indução de

anormalidades cromossômicas nas células da medula óssea de camundongos,

ratos, coelhos e anfíbios, a um decréscimo na síntese de DNA em células de

medula óssea animal in vitro e a depressão do tecido hematopoiético de

roedores. Em pesquisas laboratoriais, caranguejos azuis foram expostos a

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Page 9: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

concentrações subletais de benzeno. Foram observados um decréscimo na

taxa de crescimento e regeneração dos membros, a depressão da atividade de

ATPase na mitocrôndria e decréscimo no consumo de oxigênio (ATSDR, 2000,

HSDB, 2003a, INERIS, 2004a, IRIS, 1998a, USEPA, 2002b).

Testes de inibição da multiplicação celular realizados com a alga

Chlorella vulgaris, mostraram redução de 50% do número de células em

relação ao controle após 1 dia de incubação com benzeno. Observou-se

também a inibição, devido a exposição ao benzeno, da fixação do carbono e

como conseqüência a diminuição da taxa de fotossíntese. Estudos com larvas

de anchova mostraram que a exposição destas ao benzeno causou retardo no

desenvolvimento dos ovos e desenvolvimento das larvas, resultou na produção

anormal de larvas, na diminuição da taxa de alimentação e aumento da taxa de

respiração (HSDB, 2003a).

3.2 Benzeno-a-pireno

A presença de benzo(a)pireno no meio ambiente pode ter origem

natural ou antrópica e sua presença já foi comprovada em no ar, na água

superficial e subterrânea, na água potável, em efluentes, no solo e em

sedimentos. As fontes naturais de benzo(a)pireno são as erupções vulcânicas

e os incêndios florestais. As fontes antrópicas da emissão do benzo(a)pireno

são a combustão incompleta de gasolina e diesel, o refinamento do petróleo,

da queima de madeira, carvão e cigarros e de derramamentos de petróleo e

seus derivados nos diversos compartimentos ambientais. O benzo(a)pireno já

foi identificado também em óleos de motor, óleos, margarina, manteiga,

gorduras, frutas, vegetais e cereais, café, chá e em carnes preparadas em

churrascos.

Há estudos suficientes que evidenciam a carcinogenicidade do

benzo(a)pireno em muitos animais (camundongos, ratos, hamsters, coelhos,

porcos da índia, patos, cachorros, peixes, salamandras e macacos), para

várias rotas de exposição. Ele atua localmente, como evidenciado pelos

tumores desenvolvidos na área de administração das doses, mas também

pode atuar sistemicamente. O B(a)P também produziu resultados positivos em

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Page 10: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

inúmeros ensaios genotóxicos e supressão da resposta imune, com a inibição

da produção de anticorpos e diminuição dos níveis de imuloglobulinas (HSDB,

2003b)

O BaP é conhecido porproduzir aductos de DNA, inibir a gênese

esteróide ovariana em peixes, atuar como anti-estrogênio em mamíferos e em

teleósteos e induzir toxicidade reprodutiva em mulheres (CHIKAE, 2004).

Muitos estudos mostram os efeitos embriotóxicos e teratogênicos do

benzo(a)pireno. Em ratas expostas, durante a gestação, ao BaP houve a morte

e/ou reabsorção dos fetos. Camundongos fêmeas expostos durante a gestação

produziram progênie com o peso das gônadas, fertilidade e capacidade

reprodutiva reduzidos e em doses maiores, houve a esterilidade completa de

todos os indivíduos de ambos os sexos da prole. Os efeitos adversos do

benzo(a)pireno na fertilidade e capacidade reprodutiva de fêmeas pode estar

associado a ovotoxicidade produzida pelos seus metabólitos que causam a

destruição de oócitos. O benzo(a)pireno também causou em camundongos

gestação tardia e supressão do sistema imune quando estes foram expostos

ainda no útero. Em coelhas fêmeas expostas ao BaP houve a ocorrência de

carcinogênese transplacentária. Em pepinos do mar foram relatados a

citotoxicidade embrionária e a genotoxicidade evidenciados pela presença de

arranjos cromossômicos com aberrações durante a mitose (HSDB, 2003b,

INERIS, 2004b, IRIS, 1998).

A exposição de alevinos ao BaP levou a um aumento na

depressão mitótica na retina e no cérebro e um aumento significante de

malformações no esqueleto e na coluna vertebral. Jovens de camundongos

expostos ao BaP apresentaram retardo no crescimento e tumores no esôfago,

estômago e nas mamas. Em pepinos do mar foram observadas anormalidades

no desenvolvimento na fase de gástrula (HSDB, 2003b).

3.3 1,2, Dicloroetano

O 1,2-dicloroetano é um líquido incolor em temperatura ambiente,

com cheiro agradável e sabor adocicado. É altamente volátil e solúvel em água.

O uso mais comum é na produção do monômero de cloreto de vinila, usado na

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Page 11: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

síntese do cloreto de polivinila (PVC). O 1,2- dicloroetano foi incorporado à

gasolina acrescida de chumbo, porém esse uso está em declínio devido à

retirada do chumbo da gasolina em muitos países, e usado como fumigante na

agricultura, mas tal uso foi abolido nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e

Belize.

A maior parte do 1,2-dicloroetano liberado ao ambiente volatiliza

para a atmosfera. O composto tem persistência moderada no ar, com meia-

vida entre 43 e 111 dias. Na estratosfera, o 1,2-dicloroetano sofre fotólise,

produzindo radicais cloro, os quais podem reagir com o ozônio. Entretanto,

parece que o 1,2-dicloroetano não contribui significativamente para a depleção

da camada de ozônio. O composto também é um produto da biodegradação

anaeróbia do tetracloroetano.

O 1,2-dicloroetano pode ser liberado ao ambiente aquático por

efluentes industriais, porém não permanece nos corpos d’água, já que volatiliza

rapidamente. Também pode infiltrar-se no solo e atingir a água subterrânea em

locais próximos a despejo de resíduos industriais, persistindo por longo período

onde a volatilização é restrita. A concentração média de 1,2- dicloroetano na

água potável geralmente é inferior 0,5 µg/L. O composto possui baixo potencial

de bioconcentração e bioacumulação em espécies aquáticas e terrestres.

A principal fonte de exposição ao 1,2-dicloroetano para a

população geral é a inalação do ar de ambientes externos e internos

contaminados, com menor contribuição por ingestão de água potável.

Atualmente a exposição ocupacional ocorre principalmente em trabalhadores

envolvidos na fabricação de cloreto de vinila. A inalação aguda de altas

concentrações de 1,2-dicloroetano afeta primeiramente o sistema nervoso

central devido as propriedades anestésicas do composto. Os sintomas e sinais

da exposição são: náusea, vômito, cefaleia, fraqueza, tontura e dor abdominal.

O composto também pode afetar o fígado e rins. Trabalhadores que inalaram o

composto por longo período apresentaram náusea, vômito, fraqueza,

nervosismo, dor abdominal, diarreia e alteração no batimento cardíaco.

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Page 12: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica

o 1,2-dicloroetano como possível cancerígeno humano (Grupo 2B), com base

na formação de câncer em animais de experimentação.

3.4 Pentaclorofenol

O pentaclorofenol - PCF é utilizado no Brasil, na forma de sais

(pen taclorofenato de sódio) como conservante de madeira com ação algicida,

fungicida e inseticida. Sua principal utilização está no tratamento de madeiras

recém-cortadas e recém -serradas para combater fungos que causam manchas

e deterioração d os substratos lig no-celulósicos. São autorizados os seguintes

métodos de aplicação: pulverização, pincelamento e imersão, sendo este

último de uso exclusivamente industrial (IBAMA, 2006).

Os órgãos alvo da ação do PCF e seus sais são: fígado, rins,

sistema nervoso, sistema endócrino e imunológico.

Estudos que avaliaram a exposição aguda ao PCF em humanos

citam como efeitos neurológicos delírio, febre, convulsão e outros. O PCF pode

afetar de maneira adversa o fígado, os rins, a pele, os pulmões e o sistema

nervoso central (ATSDR, 2001).

Em fábricas de PCF a exposição aguda de trabalhadores têm

levado ao aparecimento de cloracne, associada às impurezas contidas n o

produto . Em estudos que relatam seu uso como fungicida foram identificados

nove bebês em enferma ria que apresentaram febre alta, sudorese, respiração

ofegante, taquicardia, irritabilidade seguida de letargia, proteinúria, pneumonia

ou bronquite. O PCF foi dosado no soro e urina, resultando em duas mortes

(Smith et al., 1996).

A exposição crônica ao P CF e seus sais está associada ao

desencadeamento de alterações endócrinas, nos hormônios tireoidianos, e

hipotálamo; além da infertilidade (Gerhard et al., 1991,1998, 1999).

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Page 13: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

Também foram encontradas evidências de associação entre

sarcoma de tecidos mole e Linfoma não-Hodgkin’s e níveis de PCF em

humanos (Hardell et al., 1995 ; Hertzman et al., 1997; Hoppin et al., 1998).

No Brasil existem casos de acidentes com PCF na área portuária

de Rio de Janeiro nos anos 80, que resultaram em mortes. Outros problemas

estão associados à contaminação de “camas de aviário” que utilizam serragem

ou maravalha que podem contaminar a criação ou as culturas agrícolas onde

estas venham a ser utilizadas como adubo, outro aspecto são as

contaminações de alimentos embalados com madeira tratada.

Devido à solubilidade e persistência do pentaclorofenato em água

existem sérios riscos de contaminação do lençol freático com consequente

contaminação da água para consumo humano. Atualmente, por meio da

Portaria N° 518/2004 do Ministério da Saúde, estão regulados os padrões de

potabilidade de água, que incluem ações de vigilância e controle onde o PCF é

uma das substâncias a serem monitoradas.

O pentaclorofenato, como fungicida e inseticida de amplo

espectro, apresenta elevada toxicidade para diversos organismos não-alvo

tanto no solo como na água. Considerando-se ainda a elevada volatilidade e

persistência e que a aplicação dessa substância, pelos métodos autorizados,

ocorre em sistemas abertos e semi-abertos, há uma perigosa exposição do

trabalhador e do meio ambiente ao produto.

3.5 Tetracloreteno

O tetracloroetileno é um líquido incolor e volátil a temperatura

ambiente. É usado como desengraxante de peças metálicas, em lavagens a

seco, na indústria têxtil, de produtos de limpeza e de borracha laminada. No

Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabeleceu regras

para a utilização de tetracloroetileno (percloroetileno) em lavanderias a seco

com o objetivo de proteger o ambiente e a saúde da população e

trabalhadores.

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Page 14: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

O tetracloroetileno é amplamente distribuído no ambiente e é

encontrado em quantidades-traço na água, organismos aquáticos, alimentos, ar

e tecido humano. É liberado por processos industriais e produtos de consumo.

A meia-vida na atmosfera varia de 96 a 251 dias e depende da latitude,

estação do ano e concentração de radicais hidroxila. A concentração do

composto no ar atmosférico é menor que 5 µg/m³ em áreas urbanas e menor

que 1 µg/m³ em áreas rurais. O composto pode ser convertido a cloreto de

vinila, sob condições anaeróbias, e contaminar o solo e a água subterrânea.

Pequenas quantidades do tetracloroetileno podem ser formadas durante a

cloração da água.

As principais vias de exposição da população geral ao composto

são pela via inalatória e pela ingestão de água e alimentos contaminados. A

inalação de altas concentrações do composto, particularmente em espaços

fechados e pouco ventilados, pode causar depressão do sistema nervoso, com

tontura, cefaléia, sonolência, náusea, dificuldade de fala, inconsciência e morte.

A exposição a concentrações baixas afeta o fígado e os rins. O contato dérmico

por longo período pode irritar a pele. Vários fatores influenciam os possíveis

danos à saúde e a gravidade dos efeitos, como a via, dose e duração da

exposição, a presença de outras substâncias e as características do indivíduo.

Os sinais e sintomas da exposição ao Tetracloroetileno ocorrem

principalmente no ambiente ocupacional (ou uso da substância em alguma

atividade de lazer) quando o indivíduo é exposto acidentalmente a altas

concentrações de tetracloroetileno. Grande parte das exposições ocorrem em

ambientes internos das fábricas de acabamento de metais e nas lavanderias.

Estudos com animais, realizados com concentrações muito mais altas do que

aquelas que a população geral pode ser exposta, mostraram que o composto

causa dano ao fígado e rins dos animais. A Agência Internacional de Pesquisa

em Câncer (IARC) classifica o tetracloroetileno como provável cancerígeno

humano (Grupo 2A), com base em estudos epidemiológicos, que evidenciaram

aumento para o risco de câncer de esôfago e cervical e de linfoma não-

Hodgkin, e com animais de experimentação, que mostraram que o

Tetracloroetileno causa tumores hepáticos em camundongos, tumores renais

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Page 15: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

em ratos machos e alguma evidência de leucemia mononuclear em ratos de

ambos os sexos.

3.6 Tricloroeteno

Estudos de medicina ocupacional demonstraram que o TCE tem

vários efeitos sobre o ser humano, nomeadamente: A depressão do Sistema

nervoso central é o efeito mais proeminente da exposição ao TCE. A exposição

ocupacional crónica ao TCE está associada a alterações neurológicas; Relatos

de casos de lesões no fígado foram associados à inalação de grandes doses

de TCE;

Alguns estudos associam anormalidades reprodutivas e de

desenvolvimento ao consumo de água contaminada com TCE

O TCE é considerado antecipadamente, uma substância

cancerígena devido a estudos limitados sobre seres humanos. No entanto

existem evidências suficientes em estudos similares feitos sobre animais;

O TCE é um produto levemente irritante das vias respiratórias e

pode produzir Dermatite por contacto.

O TCE pode provocar também: Diminuição do apetite; Irritação

gastrointestinal; Dores de cabeça; Irritação da pele.

A Hepatoxicidade foi associada primariamente com a inalação de

TCE e ingestão em grandes quantidades. Insuficiência renal tem sido relatada

em conjunto com danos hepáticos confirmados. Arritmias cardíacas podem ser

induzidas por exposição a níveis elevados de TCE

Os efeitos neurológicos da exposição ao TCE, dependem do

tempo e concentração do mesmo durante a exposição. De uma maneira geral

são muito aproximados aos efeitos do Álcool. Em termos de exposição aguda

(80 a 120 ppm) os estudos revelam que as pessoas expostas apresentam

sinais de enjoo, irritação das mucosas, aumento do tempo de reacção. Os

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Page 16: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

efeitos desaparecem ao fim de algumas horas. Em termos de exposição

crónica, um estudo feito a 73 trabalhadores que tiveram expostos a TCE desde

1 mês a 15 anos4 revelou sintomas de: Ataxia; Diminuição do apetite; Dores de

cabeça; Perda de memória de curta duração; Perturbações do sono; Vertigens.

Quando engolido, o TCE causa irritação Gastrointestinal com possíveis

inflamações no trato intestinal que se manifestam como: Dores abdominais;

Diarreia; Náuseas; Vómitos.

Em comunidades nos Estados Unidos que se descobriu usarem

água contaminada com TCE, verificou-se que havia uma correlação com

defeitos cardíacos congénitos e vários problemas gestacionais.

O TCE é considerado cancerígeno pois os estudos em seres

humanos são apoiados por evidências de carcinogenicidade em experiências

com animais, nos quais os tumores ocorrem em vários sítios idênticos aos dos

seres humanos. A inalação ou exposição oral ao TCE produz cancro do fígado

ou do pulmão em ratos.

Segundo a resolução CONAMA Nº 020, de 18 de junho de 1986,

classificação das águas, Ministério do Meio Ambiente, a quantidade máxima de

TCE é 0,03 mg/L na classe 1, Segundo a Portaria 36, o valor máximo permitido

(VMP) de tricloroeteno na água potável é 30 ug/L

O tricloroeteno é altamente volátil devido sua alta pressão de

vapor, logo seu principal destino será a atmosfera. Possui solubilidade média,

porém prefere a água, dessa forma, seu coeficiente de partição octanol/água é

baixo.

O TCE apresenta uma pressão de vapor bem alta, portanto é

bastante volátil, sendo a atmosfera seu principal meio de transporte e

destino.Tendo em vista sua alta instabilidade conclui-se que esse poluente

sofre modificações/transformações ao longo do seu transporte nos diferentes

compartimentos. No ar pode haver formação de radicais OH de cloreto de

carbonila e fosgênio, cloreto de dicloroacetil, clorofórmio e CO, ácido acético de

tricloro e cloreto de acetila. Na água subterrânea pode haver transformação

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Page 17: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

anaeróbica para isômeros de dicloroeteno e cloreto de vinila. Nos solos, sua

mineralização é incentivada pelas raízes das plantas, e em condições

anaeróbias há transformação microbiana para 1,2-dicloroeteno. Esta alta

reatividade requer a estabilização desses reagentes com aditivos para sua

aplicação técnica. Outra propriedade importante com relação a estabilidade

desse composto está no fato de que muitos metais e sais metálicos aceleram a

decomposição desse solvente. Ou seja, o chumbo irá reagir com o tricloroeteno

acelerando a sua decomposição. Uma vez que a reação entre os poluentes

agiliza o processo de decomposição do tricloroeteno, pode-se dizer que, nesse

caso, a transformação desse poluente induzida pelo chumbo seja

ambientalmente interessante.

3.7 Tetracloreto de carbono

O tetracloreto de carbono é usado principalmente na fabricação

de gases para refrigeração e propelentes em aerossóis. Foi usado na

fabricação de tintas, espumas, plásticos, aditivo para gasolina, desengraxante

de peças metálicas, retardante de chama, na fumigação de grãos, entre outros

usos, porém muitos desses usos foram descontinuados. O Protocolo de

Montreal, um tratado internacional para banimento de substâncias que

destroem a camada de ozônio, do qual o Brasil é signatário, estabeleceu um

cronograma para eliminar a produção e uso do tetracloreto de carbono em

processos químicos industriais.

A liberação da substância ocorre por emissão direta ao ar, onde é

encontrada como gás incolor, permanecendo por muitos anos antes de sua

degradação. Pequenas quantidades são encontradas na água superficial e a

maior parte irá evaporar em poucos dias ou semanas. Entretanto, o composto

pode permanecer na água subterrânea por muito tempo.

A exposição humana a altas concentrações do solvente pode

causar dano ao sistema nervoso central, fígado e rins. Esses efeitos ocorrem

após ingestão ou inalação do composto. Os sinais e sintomas nas exposições

inalatória e oral por curto prazo são: cefaléia, fraqueza, letargia, náusea, dor

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Page 18: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

abdominal, dificuldade respiratória e vômito. Nos cases graves pode ocorrer

hemorragia, coma hepático e morte.

3.8 2,4,6 Triclorofenol

O 2,4,6 Triclorofenol é um produto secundário da cloração de

águas contendo fenóis como por exemplo: biocidas e herbicidas. Os efeitos

potenciais decorrentes da ingestão da água contendo o 2,4,6 Triclorofenol são

o desenvolvimento de linfomas e leucemia, esses efeitos já foram observados

em testes envolvendo animais, portanto a ingestão dessa substância quando

fora dos limites estabelecidos pela legislação vigente apresenta um risco

potencial ao consumo humano

O Decreto Lei 74/90 estabelece para as águas de consumo

Humano um Valor Máximo Admissível (VMA) para os fenóis de 0,5 mg/L

(C6H5OH). No que se refere às águas superficiais destinadas à produção de

água para consumo humano estabelece um VMA de 1 mg/L para as águas da

classe A1, 5 mg/L para as águas da classe A2 e 100 mg/L para as águas da

classe A3. Este Decreto Lei não especifica um valor limite para cada um dos

compostos fenólicos, mas sim um valor limite total para todos os compostos

que apresentem na sua estrutura o grupo fenol. Uma vez que estes compostos

apresentam características organolépticas e tóxicas diferentes há a

necessidade de desenvolver um método analítico capaz de identificar e

quantificar cada um destes compostos fenólicos, nas concentrações em que

eles se encontram na água.

3.9 Antraceno (Dibenzo(a,h)antraceno)*

O Dibenzo(a,h)antraceno é obtido como produto de combustão

incompleta de combustíveis fósseis. Está presente em óleos minerais, ceras de

petróleo e piche de carvão. A exposição humana ocorre principalmente através

do cigarro, inalação de ar poluído, comida e água contaminada com produtos

de combustão (HSDB, 2010).

Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) são

classificados na categoria 2B – possível cancerígeno humano, com base em

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Page 19: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

estudos conduzidos em animais. Os fatores de potência carcinogênica (q1) para

cada HPA estão apresentados na tabela abaixo. Este valor foi derivado

multiplicando-se o fator de potência carcinogênica (fator de inclinação) para o

Benzo(a)pireno de 7,3 (mg/kg/dia)-1 (fundamentado na ocorrência de

carcinogenicidade na pele de camundongos), pela ordem estimada de potência

relativa de cada composto (NJDEP, 2008, USEPA, 1993).

Tabela 2. Potência carcinogênica de alguns HPAs.

4. METODOLOGIA DE ANÁLISE DOS PARAMETROS DO GRUPO DE

ACORDO COM O STANDARD METHODS FOR EXAMINATION OF WATER

AND WASTEWATER

Lavagem do Material para Coleta dos Grupos

Materiais Necessários:

• Frascos de vidro de boca larga (4 cm) com volume variável

conforme os parâmetros a serem coletados;

• Escova;

• Água destilada isenta de compostos orgânicos;.

• Acetona P.A.;

• Acetona Grau Pesticida;

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Page 20: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

• n-Hexano Grau Pesticida;

• Estufa de secagem.

Procedimentos:

1- Esvaziar o frasco;

2- Lavar e escovar o frasco somente com água de torneira;

23- Enxaguar o frasco e a tampa três vezes com água de torneira;

4- Enxaguar o frasco e a tampa três vezes com água destilada

isenta de compostos orgânicos;

5- Enxaguar os frascos duas vezes com Acetona P.A.;

6- Enxaguar os frascos uma vez com Acetona Grau Pesticida;

7- Enxaguar os frascos duas vezes com n-Hexano grau Pesticida;

Coleta das amostras:

Ensaio: Biocidas Clorados e Organofosforados, Pentaclorofenol,

BCP, Fenoxiácidos, Herbicidas.

Material Necessário:

• GPS;

• Máquina Fotográfica;

• Frasco de vidro âmbar com tampa de teflon ou de vidro

esmerilhado, ou então tampa de borracha recoberta com folha de alumínio;

• Óculos de proteção;

• Luvas de borracha descartáveis;

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Page 21: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

• Caixa térmica ou caixa de isopor com gelo picado ou gelo

reciclável;

• Termômetro 0º a 50Cº;

• pH Metro portátil (se possível) ou papel de pH de boa qualidade;

• Solução de Ácido Sulfúrico concentrado;

• Pipeta graduada de 5 mL;

• Pêra de sucção;

• Prancheta;

• Caneta própria para escrita em vidro ou plástico com tinta

resistente a água ou etiqueta adesiva;

• Caneta comum

• Ficha de coleta.

Procedimento:

1- Anotar na ficha de coleta o endereço completo do local e se

possível tomar as coordenadas (latitude e longitude), através de GPS e

fotografar o local da coleta;

2- Coloque as luvas;

3- Faça a medida da temperatura e pH;

4- Durante a coleta evitar o contato da amostra com as luvas ou

outros materiais;

5- Remova a tampa do frasco;

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Page 22: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

6- Com uma das mãos segurar o frasco pela base, mergulhando-o

rapidamente com a boca para baixo, a cerca 30 cm abaixo da superfície da

água;

7- Direcionar o frasco de modo que a boca fique em sentido

contrário à corrente. Se o corpo for estático criar uma corrente artificial, através

da movimentação do frasco lentamente na direção horizontal (sempre para

frente);

8- Inclinar o frasco lentamente para cima para permitir a saída do

ar e consequente enchimento do mesmo;

9- Para Herbicidas fenoxiácidos clorados proceder da seguinte

maneira:

a. Se o pH estiver abaixo de 2, fechar o frasco;

b. Se o pH for maior que 2, este deverá ser elevado a pH menor

que 2. Para tanto, deve-se encaixar a pipeta na pêra de sucção, coletar 5 mL

de ácido sulfúrico concentrado- cuidado o ácido sulfúrico é corrosivo e perigoso

– gotejar 2 gotas no frasco com amostra agitar a amostra e medir de novo o

pH. Se o pH continuar maior que 2, deve-se repetir o gotejamento (sempre com

duas gotas de cada vez) até que o pH seja menor que 2;

10- Identifique as amostras e preencha a ficha de coleta;

11- Acomode as amostras na caixa de coleta ou caixa de isopor;

12- Se possível lacrar a caixa;

13- As amostras devem ser conservadas sob refrigeração até a

chegada ao laboratório;

14- O prazo máximo para a entrega da amostra no laboratório: 12

h;

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Page 23: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

15- Após a coleta tomar outra amostra e realizar os ensaios de

campo.

16- Juntamente com as amostras deverão ser entregues as fichas

de coleta preenchidas

Ensaio: Compostos Fenólicos

Material Necessário:

• GPS;

• Máquina Fotográfica;

• Frascos para coleta de vidro âmbar

• Óculos de proteção;

• Luvas de borracha descartáveis;

• Caixa térmica ou caixa de isopor com gelo picado ou gelo

reciclável;

• Termômetro 0º a 50Cº;

• pH Metro portátil (se possível) ou papel de pH de boa qualidade;

• Solução de ácido fosfórico diluído a 50%;

• Pipeta graduada de 5 mL;

• Pêra de sucção;

• Prancheta;

• Caneta própria para escrita em vidro ou plástico com tinta

resistente a água ou etiqueta adesiva;

• Caneta comum

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Page 24: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

• Ficha de coleta.

Procedimento:

1- Anotar na ficha de coleta o endereço completo do local e se

possível tomar as coordenadas (latitude e longitude), através de GPS e

fotografar o local da coleta;

2- Coloque as luvas;

3- Durante a coleta evitar o contato da amostra com as luvas ou

outros materiais;

4- Remova a tampa do frasco;

5- Com uma das mãos segurar o frasco pela base, mergulhando-o

rapidamente com a boca para baixo, a cerca 30 cm abaixo da superfície da

água;

6- Direcionar o frasco de modo que a boca fique em sentido

contrário à corrente. Se o corpo for estático criar uma corrente artificial, através

da movimentação do frasco lentamente na direção horizontal (sempre para

frente);

7- Inclinar o frasco lentamente para cima para permitir a saída do

ar e consequente enchimento do mesmo;

8- Se o pH estiver abaixo de 2, fechar o frasco;

9- Se o pH for maior que 2, este deverá ser elevado a pH menor

que 2. Para tanto, deve-se encaixar a pipeta na pêra de sucção, coletar 5 mL

da solução de ácido fosfórico a 50%– cuidado o ácido fosfórico é corrosivo e

perigoso – gotejar 2 gotas no frasco com amostra agitar a amostra e medir de

novo o pH. Se o pH continuar maior que 2, deve-se repetir o gotejamento

(sempre com duas gotas de cada vez) até que o pH seja menor que 2;

10- Identifique as amostras e preencha a ficha de coleta;

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Page 25: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

11- Acomode as amostras na caixa de coleta ou caixa de isopor;

12- Se possível lacrar a caixa;

13- As amostras devem ser conservadas sob refrigeração até a

chegada ao laboratório;

14- O prazo máximo para a entrega da amostra no laboratório: 12

h;

15- Após a coleta tomar outra amostra e realizar os ensaios de

campo;

16- Juntamente com as amostras deverão ser entregues as fichas

de coleta preenchidas.

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Page 26: Análise de Água Parâmetros Legislação e Metodologia

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/

b82b51004eddb1e1ae89feab5a03b54d/saude-no-trab-efeitos-benzeno.pdf?

MOD=AJPERES

http://www.abes-sp.org.br/arquivos/ctsp/guia_potabilidade.pdf

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/anexo/

anexo_prt2914_12_12_2011.pdf

http://pnqa.ana.gov.br/indicadores-indice-aguas.aspx#_ftn1

http://rema.ufsc.br/wp-content/uploads/2014/10/2005__disserta

%C3%A7%C3%A3o__leandra__fatorelli.pdf

http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/Tetracloreto-de-

carbono.pdf

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/

0b3d0b80474585788f14df3fbc4c6735/penta.pdf?MOD=AJPERES

http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/tetraclororoetileno.pdf

http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/1-2-dicloroeteno.pdf

http://www.aprh.pt/congressoagua98/files/com/130.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tricloroetileno

http://www.mpsc.mp.br/portal/conteudo/cao/cme/atividades/recursos_hidricos/

manual_coleta_%C3%A1gua.pdf

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