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ROSIMERE DOS SANTOS BASTOS MONTEIRO Análise de Helicobacter pylori na placa dental e saliva e biópsia gástrica PROPEP UNIGRANRIO Rio de Janeiro 2004 Excluído: Quebra de seção (próxima página)

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ROSIMERE DOS SANTOS BASTOS MONTEIRO

Análise de Helicobacter pylori na placa dental e saliva e biópsia gástrica

PROPEP UNIGRANRIO Rio de Janeiro

2004 Excluído: ¶Quebra de seção (próxima página)

ROSIMERE DOS SANTOS BASTOS MONTEIRO

Análise de Helicobacter pylori na placa dental e saliva e biópsia gástrica

Dissertação apresentada à Universidade do Grande-Rio -¨Prof. José de Souza Herdy¨, para obtenção do grau de Mestre em Odontologia Área de concentração: Periodontia

Rio de Janeiro

2004

Formatado

ROSIMERE DOS SANTOS BASTOS MONTEIRO

Análise de Helicobacter pylori na placa dental e saliva e biópsia gástrica

Dissertação apresentada à Universidade do Grande-Rio -¨Prof. José de Souza Herdy¨, para obtenção do grau de Mestre em Odontologia Área de concentração: Periodontia Orientador: Prof. Dr. Eduardo M. B. Tinoco Orientador: Prof. Dr. Henrique G.C. Teixeira

Rio de Janeiro

2004

Excluído: ¶

Dedico este trabalho meus pais que sempre me

apoiaram, ao meu marido e filhas pela

paciência e compreensão – não apenas nesta

jornada, mas em todas as que abracei na vida.

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos que comigo caminharam no labor profissional conversando,

discutindo e trocando experiência, destacando entre eles os professores Denise

Gomes da Silva, Henrique G. C. Teixeira, Márcio Eduardo V. Falabella, Carlos

Marcelo Figueredo e ao professor e orientador Eduardo M.B. Tinoco.

Vejo mais longe porque estou assentado sobre os ombros de gigantes.

Sir. Isaac Newton

Excluído: Quebra de página

ÍNDICE 1

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................................................................6

RESUMO........................................................................................................................................................................7

1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................9

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................................................11 2.1 - HELICOBACTER PYLORI .........................................................................................................................11 2.2 – MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO................................................................................................................17

2.2.1 - SOROLOGIA .............................................................................................................................................17 2.2.2 - IMMUNOBLOT.........................................................................................................................................18 2.2.3 –TESTE DE RESPIRAÇÃO DE URÉIA.....................................................................................................19 2.2.4 – TESTE DE URINA....................................................................................................................................20 2.2.5 – HISTOLOGIA ...........................................................................................................................................21 2.2.6 – CULTURA.................................................................................................................................................21 2.2.7 – TESTE RÁPIDO DE UREASE (TRU).....................................................................................................22 2.2.8 –REAÇÃO DE CADEIA DE POLIMERASE ( PCR).................................................................................23

3 - PLACA BACTERIANA .......................................................................................................................................24

4 - PROPOSIÇÃO ......................................................................................................................................................26

5 - MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................................................27 5.1 - MATERIAL .....................................................................................................................................................27 5.2 - MÉTODOS......................................................................................................................................................28

5.2.1 - COLETA DE AMOSTRAS DE SALIVA ...................................................................................................28 5.2.2 - COLETA DE AMOSTRAS DE PLACA....................................................................................................29 5.2.3 - BIÓPSIA GÁSTRICA ................................................................................................................................30 5.2.4 - TESTE RÁPIDO DE UREASE .................................................................................................................30 5.2.5 - REAÇÃO DE CADEIA DE POLIMERASE (PCR) .................................................................................30

6 - RESULTADOS .....................................................................................................................................................32

7 - DISCUSSÃO .........................................................................................................................................................35

8 - CONCLUSÃO .......................................................................................................................................................39

9 – ABSTRACT ..........................................................................................................................................................40

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................................................41

ANEXOS.......................................................................................................................................................................47

1 Baseado no Manual Para Normatização de Dissertação e Teses da UNIGRANRIO, 2003

Excluído: LISTA DE TABELAS 6¶RESUMO 7¶1 - INTRODUÇÃO 9¶2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11¶2.1 - HELICOBACTER PYLORI 11¶2.2 – MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO 17¶2.2.1 - SOROLOGIA 17¶2.2.2 - IMMUNOBLOT 18¶2.2.3 –TESTE DE RESPIRAÇÃO DE URÉIA 19¶2.2.4 – TESTE DE URINA 20¶2.2.5 – HISTOLOGIA 21¶2.2.6 – CULTURA 21¶2.2.7 – TESTE RÁPIDO DE UREASE (TRU) 22¶2.2.8 –REAÇÃO DE CADEIA DE POLIMERASE ( PCR) 23¶3 - PLACA BACTERIANA 24¶4 - PROPOSIÇÃO 26¶5 - MATERIAL E MÉTODOS 27¶5.1 - MATERIAL 27¶5.2 - MÉTODOS 28¶5.2.1 - COLETA DE AMOSTRAS DE SALIVA 28¶5.2.2 - COLETA DE AMOSTRAS DE PLACA 29¶5.2.3 - BIÓPSIA GÁSTRICA 30¶5.2.4 - TESTE RÁPIDO DE UREASE 30¶5.2.5 - REAÇÃO DE CADEIA DE POLIMERASE (PCR) 30¶6 - RESULTADOS 32¶7 - DISCUSSÃO 35¶8 - CONCLUSÃO 39¶9 – ABSTRACT 40¶REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 41¶ANEXOS 47¶

6 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Resultados das amostras de biópsia gástrica, placa dental e saliva dos pacientes com

pangastrite...............................................................................................................................................33 Tabela 2 – Resultados das amostras de biópsia gástrica, placa dental e saliva dos pacientes sem

pangastrite (indivíduos considerados normais, sem doença gástrica). ....................................34

Excluído: 3

Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 14 pt, Negrito, Verificarortografia e gramática

Formatado: Título 1, Recuo: Àesquerda: 0 cm, Primeiralinha: 0 cm, Tabulações: Nãoem 15,98 cm

Formatado: Fonte: Arial, 14pt, Negrito

Formatado: Recuo: Primeiralinha: 0 cm, Espaço Antes: 0pt, Depois de: 0 pt

Excluído: <sp>LISTA DE TABELAS¶

7 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

RESUMO

Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa, móvel, microaerofílica,

associada à gastrite crônica, úlceras pépticas, úlceras duodenais e consiste em um

fator de risco para o câncer gástrico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença

de Helicobacter pylori em amostras de biópsias gástricas, na placa dental e na

saliva, sendo coletadas amostras de 26 indivíduos neste estudo que foram

submetidos ao exame de endoscopia. A colonização desta bactéria na biópsia

gástrica foi avaliada pelo uso de três métodos de detecção: a análise histológica, o

teste rápido de urease e o método de PCR. Para detecção do Helicobacter pylori na

placa dental e na saliva foi utilizado o método de PCR. Na reação de PCR foi

utilizado um par de primer sintético do gen 16S-r-RNA do Helicobacter pylori: o

primer HP1: 5’-TGGAATCAGCGTCAGGTAATG-3’ e o primer HP2: 5’-

GCTAAGAGATCAGCCTATGTCC -3’. A amplificação dos produtos por PCR foi

detectada por eletroforese em gel de agarose 1,5%. Primeiramente, foi realizada

endoscopia gástrica que classificou os 26 pacientes em dois grupos: 20 com

inflamação gástrica (pangastrite) e 6 considerados normais. Em seguida, as 20

biópsias gástricas dos indivíduos com pangastrite foram submetidos aos três

métodos de detecção de Helicobacter pylori selecionados para este estudo. A

análise histopatológica identificou 15 indivíduos positivos para Helicobacter pylori

(75%, 15/20), o teste rápido de urease identificou 14 indivíduos (70%, 14/20) e o

método de PCR identificou 17 indivíduos (85%, 17/20). As amostras da placa dental

e da saliva destes pacientes, pelo método de PCR, sugerem a ausência da bactéria

Helicobacter pylori. Os resultados dos métodos de detecção de Helicobacter pylori

nas amostras gástricas dos 6 indivíduos sem inflamação gástrica resultaram em 17%

(1/6) para o exame histopatológico, 33% (2/6) para o teste rápido de urease e 67%

(4/6) para o método de PCR. A análise de PCR nas amostras de placa dental e de

saliva destes 6 pacientes sugere a ausência de Helicobacter pylori. A presença de

Helicobacter pylori foi detectada nas biópsias gástricas pelos métodos de histologia,

teste rápido de urease e PCR, sendo que este último método apresentou uma maior

sensibilidade. A análise de PCR na placa dental e na saliva não evidenciou a

presença de H.pylori na população estudada.

Excluído: 3

Formatado: Fonte: Arial, 14pt, Negrito

Formatado: Fonte: Arial, 14pt

Excluído: ¶TABELA 1 - Resultados das amostras de biópsias gástricas, placa dental e saliva dos pacientes com pangastrite 33¶¶TABELA 2 - Resultados das amostras de biópsias gástricas, placa dental e saliva dos pacientes sem pangastrite 34¶Quebra de seção (próxima página)

8 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Palavras-chave: Helicobacter pylori. PCR. Placa dental. Saliva. Método de

diagnóstico.

Excluído: 3

9 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

1 - INTRODUÇÃO

Helicobacter pylori é o agente etiológico da gastrite crônica, de úlceras

pépticas, duodenais e um fator de risco para o câncer gástrico. A infecção pelo

Helicobacter pylori é muito comum e estima-se que metade da população mundial

esteja infectada por esta bactéria, porém somente uma pequena parte da população

desenvolve a doença gástrica. SONG et al. (2000)

A aquisição e o modo de transmissão da infecção por Helicobacter pylori

ainda não foram identificados completamente. Estima-se que a aquisição desta

bactéria ocorra na infância e esteja relacionada com as precárias condições de

higiene e de saneamento básico, ou seja, com as baixas condições sócio-

econômicas. DUNN et al. (1994)

Estudos epidemiológicos mostram que 70% a 90% da população dos

países subdesenvolvidos está contaminada pela Helicobacter pylori, sendo que a

aquisição desta bactéria ocorre por volta dos 10 anos de idade. Em países

desenvolvidos a prevalência da infecção é muito baixa, cerca de 25% a 50% da

população, e a contaminação ocorre também na infância. Estes dados mostram que

com o desenvolvimento da economia e com melhores condições de moradia e de

saneamento básico há um declínio nas taxas de infecção por Helicobacter pylori.

TAYLOR et al. (1995)

Uma das possíveis vias de transmissão da bactéria Helicobacter pylori é a

via oral, pois a mesma tem sido detectada na placa bacteriana e na saliva, tornando

viável a hipótese de que a cavidade oral possa ser um reservatório para esta

Excluído: 3

10 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

bactéria e uma possível rota de reinfecção após terapia antibiótica. MADINIER et al.

1997.

A proposta deste estudo foi avaliar a presença de Helicobacter pylori na

biópsia gástrica, na placa dental e na saliva em uma população com e sem gastrite.

Excluído: 3

11 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 - HELICOBACTER PYLORI

A bactéria Helicobacter pylori (H.pylori) foi descoberta pela primeira vez

em biópsia gástrica humana em 1983, por Warren e Marshall, sendo considerada,

atualmente, um patógeno gástrico mundialmente comum, responsável pela gastrite,

úlceras pépticas, úlceras duodenais e um fator de risco para câncer gástrico e

linfoma do tecido linfóide (Malt). NAYOUNG et al. (2000)

É uma bactéria gram-negativa, microaerófilica, móvel, que possui a forma

espiralar ou em bastonete. Helicobacter pylori coloniza o estômago humano, sendo

capaz de sobreviver e proliferar no meio ácido do estômago, pela capacidade de

mobilidade na mucosa gástrica (através flagelos e degradação muco enzimática),

pela neutralização parcial da acidez gástrica (através de liberação de urease que

transforma uréia em amônia), e pela aderência específica a células epiteliais

gástricas. MADINIER et al. (1997)

Segundo YOUNG et al. (2001), Helicobacter pylori pode apresentar duas

formas: cocóide e espiralar tanto na mucosa gástrica como na placa dental, porém a

forma cocóide não pode ser cultivada por técnicas de cultura convencional. A forma

bastonete desta bactéria acredita-se ser responsável pela infecção crônica do

estômago, enquanto a forma cocóide esteja relacionada com a transmissão da

infecção.

Somente 15% dos indivíduos infectados por Helicobacter pylori

desenvolvem gastrite, ou úlceras pépticas, ou duodenais, pois dependem da

Excluído: 3

12 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

virulência da cepa desta bactéria, da susceptibilidade genética do hospedeiro e de

fatores ambientais. BERROTERAN et al. (2002)

KILMARTIN (2002), acredita que aproximadamente 50% da população

mundial esteja infectada por este microorganismo. O modo de transmissão, a

história natural e outros aspectos epidemiológicos da infecção pelo Helicobacter

pylori ainda são obscuros.

A prevalência desta infecção varia muito em diferentes partes do mundo.

Em países desenvolvidos, a soroprevalência aumenta de 10% em adultos jovens

para 70% na velhice. Já em países subdesenvolvidos, quase todas as crianças são

infectadas por volta dos 10 anos de idade. A aquisição desta bactéria durante a

infância é uma característica da desvantagem sócio-econômica e da moradia em

aglomerados populacionais em condições de pouca higiene. UMEDA et al. (2003)

Embora seja aceito que a aquisição da bactéria Helicobacter pylori ocorra

na infância, a idade em que esta ocorre permanece desconhecida, porém não é

relatada associação alguma da infecção com o sexo, consumo de álcool, uso de

drogas não esteróides e fumo. MADINIER et al. (1997)

Em estudo realizado por MALATY et al. (2002), a soroprevalência de um

grupo de crianças americanas, negras e brancas, foi acompanhada durante os anos

de 1975/6 – 1995/6. A prevalência do Helicobacter pylori aumentou de 8% em

crianças de 1-3 anos para 24,5% na idade de 18-23 anos. Foi observado uma

prevalência maior da infecção em crianças negras em relação às crianças brancas,

sugerindo uma influência do fator sócio-econômico. A taxa elevada de

Excluído: 3

13 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

soroconversão (2,1% por ano) ocorreu em crianças com idades de 4 a 5 anos. Os

autores concluíram que tratamento e medidas preventivas poderiam ser

direcionados a crianças abaixo da idade de 10 anos.

Em estudo realizado por ASHORN et. al. (1995) na Finlândia, a incidência

da infecção foi calculada em 0,3% no grupo de crianças que foram acompanhadas

durante a soroconversão entre as idades de 3-12 anos, sugerindo que nesta

população a infecção foi adquirida antes da idade de 3 anos.

Alguns estudos conduzidos no norte da Itália, Japão, EUA, Rússia, Sri

Lanka, França, Reino Unido China e Coréia confirmam que a prevalência de

Helicobacter pylori difere significativamente tanto dentro dos países, como entre

países com altas taxas de infecção, sendo associadas ao baixo nível sócio-

econômico e a alta densidade de aglomerados populacionais. MITCHELL H,

MÉGRAOUD F. (2002)

Alguns estudos epidemiológicos realizados por LUZZA et al.(1995) e

MALATY et al.(1992) têm encontrado uma alta prevalência de Helicobacter pylori

entre os dentistas em países desenvolvidos, embora os gastroenterologistas sejam

mais afetados por esta infecção. Contudo, HONDA et al (2001), concluíram,

recentemente, que os dentistas japoneses têm uma alta taxa de infecção por

Helicobacter pylori. Eles sugeriram que a transmissão pode ser resultado da

exposição dos dentistas aos aerossóis dentais durante tratamentos dentais de

populações com alta prevalência de soropositividade a Helicobacter pylori.

Excluído: 3

14 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Segundo alguns estudos como de LAMBERT et al. (1995) é alta a taxa de

infecção por Helicobacter pylori em indivíduos mentalmente debilitados que moram

em instituições ou hospitais, dando suporte a tese de que a transmissão desta

bactéria está associada a indivíduos que vivem em moradias aglomeradas e

fechadas.

Alguns estudos na Áustria e no Canadá observaram uma prevalência

elevada de infecção por Helicobacter pylori em membros de família de crianças

positivas para H.pylori comparados com outras famílias com crianças negativas para

Helicobacter pylori, mostrando uma relação de transmissão interfamiliar. DRUMM et

al. (1990)

STONE (1999) em seu estudo relata que a transmissão do Helicobacter

pylori permanece um tópico aberto, sugerindo que a transmissão pode ocorrer

através de fonte externa, como exemplo:

Via água de abastecimento municipal, como sugere estudos

epidemiológicos da infecção no Peru (Stone 1999);

Via alimentos sem cozimento ou tratadas com água

contaminada;

Via animais infectados, como animais domésticos, como gatos,

ovelhas, macacos, sugerindo que esta bactéria poderia ser um patógeno

zoonótico, porém não existem evidências de transmissão zoonótica;

Excluído: 3

15 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Via estomâgo-estomâgo, através da desinfecção inadequada do

equipamento endoscópico.

A transmissão pessoa-a-pessoa, pelas rotas fecal-oral, gastro-oral, oral-

oral, não é totalmente conhecida, gerando um tópico de grande controvérsia.

Embora a análise de PCR (reação de cadeia de polimerase) tenha

mostrado DNA de Helicobacter pylori nas fezes, a viabilidade de existência desta

bactéria não foi provada e a cultura da mesma não tem tido muito sucesso. Tem sido

sugerido que a transmissão desta bactéria via fezes pode ser restrita a crianças

jovens com infecção aguda e a adultos com reduzida secreção ácida. A rota gastro-

oral, via vômitos, tem sido sugerida como uma possibilidade e, mais recentemente,

como a principal rota de transferência, principalmente durante epidemia de infecções

agudas de Helicobacter pylori em crianças. Alguns estudos realizados em animais

têm sido usados para dar suporte a esta teoria. STONE M. (1999)

A placa dental foi identificada como um potencial reservatório de

Helicobacter pylori, embora a reinfecção por este reservatório, após a terapêutica,

ainda não tenha sido comprovada. POSTIUS S. (2001)

Na cavidade oral, tanto a placa supragengival quanto a placa subgengival

oferecem um meio microaerófilico ótimo de sobrevivência para o Helicobacter pylori,

sugerindo um possível reservatório desta bactéria. KRAJDEN et al. (1989) isolou

pela primeira vez Helicobacter pylori de uma placa dental, sendo esta bactéria

geneticamente igual a que foi encontrada na biópsia gástrica de 1 dos 29 ( 3,4%)

pacientes com gastrite.

Excluído: 3

16 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

A prevalência de Helicobacter pylori em amostras de placa supragengival

varia dependendo da sua localização, apresentando grandes variações nos

elementos dentais: molares, pré-molares e incisivos apresentam as respectivas

taxas de prevalência: 82% (32/39), 64% (25/39) e 59%(23/39). Esta distribuição

pode ser explicada pela diminuição do gradiente de oxigênio, que pode favorecer o

crescimento desta bactéria nas áreas de molares.

Okuda et al. (2003) observaram que algumas bactérias orais responsáveis

pelas doenças periodontais possuem a capacidade de aprisionar células de

Helicobacter pylori, e de inibir seu o crescimento. Logo, a ocorrência de refluxo ou

vômitos levariam a bactéria Helicobacter pylori para cavidade oral, onde elas seriam

aprisionadas por bactérias periodontopáticas como Campylobacter rectus.

UMEDA et al. (2003) concluíram que a presença do Helicobacter pylori na

cavidade oral pode causar vários problemas, ou seja, pode ser uma rota de

transmissão de pessoa para pessoa. Logo, uma maior atenção poderia ser dada aos

pacientes periodontais que possuem esta bactéria na boca.

BERROTERAN A. et al (2002) consideram a cavidade oral como um

reservatório para infecção por Helicobacter pylori e a secreção oral como um

importante meio de transmissão deste microorganismo. Helicobacter pylori na placa

dental pode representar um fator de risco para re-infecção gastrointestinal e para

reincidência de úlceras após terapia antibiótica.

KIM et al. (2000) através da análise de PCR (reação de cadeia de

polimerase) detectaram uma baixa quantidade de Helicobacter pylori na saliva e na

Excluído: 3

17 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

placa dental, sendo que seus resultados podem ter sido influenciados pela

sensibilidade do método de PCR usado. Contudo, estudos na Coréia mostram que a

cavidade oral pode ser um reservatório de Helicobacter pylori .

O diagnóstico da infecção pode ser realizado usando técnicas invasivas e

não-invasivas. A variedade de técnicas invasivas incluem a endoscopia com biópsia

gástrica, cultura, teste de urease, histologia e reação de cadeia de polimerase

(PCR).

As técnicas não invasivas são sorologia, teste respiratório de uréia, teste

de urina e reação de cadeia de polimerase (PCR).

2.2 – MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO

2.2.1 - SOROLOGIA

É um método simples utilizado para detectar anticorpos específicos contra

H. pylori, sendo muito utilizado em estudos epidemiológicos. HERBRINK et al (2000)

A infecção por Helicobacter pylori ativa tanto a resposta imune sistêmica

como a resposta imune local. O sistema imune responde com níveis elevados do

anticorpo IgM, seguido de níveis elevados de IgG e IgA durante a persistência da

infecção. Os níveis de anticorpos IgM são detectados de forma transitória tendo

pouco valor para o diagnóstico sorológico. Logo os testes de diagnóstico são

baseados nos níveis de IgG e IgA no soro, na saliva e urina. HERBRINK et al.

(2000)

Excluído: 3

18 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

O teste sorológico de Elisa (Enzyme-linked Immunosorbent assay) se

baseia na detecção de anticorpos específicos IgG contra esta bactéria encontrados

em amostras de soro das pessoas infectadas. Resultados falso-negativos podem

ocorrer em crianças, idosos e em indivíduos imunodeprimidos, que não desenvolvem

reação imunológica contra a infecção. FELDEMAN et al. (1995)

A sorologia tem um papel limitado na confirmação da erradicação do

Helicobacter pylori, pois na maioria dos pacientes é necessário de 6 a 12 meses

para que o título de IgG caia a 50% ou menos dos valores anteriores ao tratamento.

ATHERTON et al. (1997)

Reação cruzada entre IgA salivar para Helicobacter pylori e

Campylobacter rectus, um periodontopatógeno que aumenta em quantidade na

cavidade oral no desenvolvimento da doença periodontal, foi encontrada durante um

estudo de respostas de anticorpos para cepas de Helicobacter pylori. ISHIHARA et

al. (2001)

2.2.2 - IMMUNOBLOT

É um método de diagnóstico não invasivo que é muito utilizado em

estudos epidemiológicos em crianças infectadas por Helicobacter pylori.

NILSSON et al. (1997) mostraram em seu estudo que a presença de

anticorpos IgG e IgA na saliva contra Helicobacter pylori poderia servir como uma

ferramenta útil no diagnóstico da infecção.

Excluído: 3

19 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Embora a especificidade deste método para detecção de IgG específica

para Helicobacter pylori seja relativamente elevada, a sua sensibilidade é muito

baixa para o diagnóstico da infecção por Helicobacter pylori em amostras de saliva,

quando comparando com o método de Elisa. Segundo a conclusão de KARVAR E

BURGARDT, esse estudo analisou a saliva de 90 pacientes com gastrite crônica e

encontrou os seguintes resultados: 96,7% de especificidade, 20,3% de sensibilidade,

com valor preditivo de 91,5% e negativo de 39,4%.

A vantagem deste método é a capacidade de detectar anticorpos para

VcA e CagA, que são proteínas de alto peso molecular que podem ser usadas para

tipar as bactérias pelas quais os pacientes foram infectados.

2.2.3 –TESTE DE RESPIRAÇÃO DE URÉIA

É um método não invasivo, não-quantitativo, sensitivo e específico que

determina o status atual da infecção pelo Helicobacter pylori através da atividade da

urease. O princípio deste teste é simples, consistindo na ingestão pelo paciente de

uma solução de uréia isotopicamente marcada com carbono 13 ou carbono 14. A

respiração é coletada 30 minutos após. Se a infecção por Helicobacter pylori estiver

presente a urease irá quebrar a uréia, liberando amônia e dióxido de carbono (CO2).

As amostras de respiração (antes e após a ingestão de uréia) são testadas num

aparelho de espectrometria de massa.

Resultados falso-positivos podem ocorrer devido à hidrólise da uréia por

outras bactérias da cavidade oral, assim como resultados falso-negativos, caso o

Excluído: 3

20 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

exame seja feito uma semana após o uso de antimicrobianos ou cirurgia gástrica.

WILKINSON (2001).

Pequenas porcentagens de indivíduos infectados por outras bactérias que

produzem urease (geralmente menos de 5% na maioria da população) podem

apresentar resultados falso-positivos. BROWN (2000).

2.2.4 – TESTE DE URINA

A presença de anticorpos para Helicobacter pylori em outros fluidos

corporais além do sangue, incluem salivas e urina. Um estudo recente relatou que o

método ELISA para urina tinha uma boa precisão e poderia ser uma ferramenta útil e

um método alternativo no diagnóstico da infecção por Helicobacter pylori; baseado

nos resultados do teste respiratório usando uréia marcada com carbono 13. LUZZA

et al. (1994)

O kit-teste de urina baseado em anticorpos é o primeiro produto no mundo

a detectar anticorpos específicos na urina de forma rápida. O procedimento usado

no teste é muito simples e não requer habilidade e instrumentos para sua avaliação.

FUJISAWA et al.(2001)

Excluído: 3

21 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

2.2.5 – HISTOLOGIA

O exame histológico de material de biópsia gástrica (retirado da região de

antro) permite a detecção da bactéria, juntamente com avaliação tecidual. A maior

parte das infecções podem ser detectada com coloração pela hematoxilina & eosina

( HE) do tecido gástrico, mas podem ser usadas colorações especiais.

A coloração (HE) pode não ser confiável quando pouca bactéria estiver

presente. A identificação histológica desta bactéria é facilitada por uma coloração

denominada de Warthin-Starry e pela coloração de Giemsa modificada.

A distribuição do Helicobacter pylori no estômago não é uniforme e não é

usualmente encontrada em áreas de metaplasia intestinal. A identificação histológica

desta bactéria com características morfológicas e dependente, em parte, da

experiência do observador e do tipo de coloração utilizados. DUNN et al. (1997)

2.2.6 – CULTURA

O teste de cultura é considerado uma técnica de referência para detectar

a presença de Helicobacter pylori em amostras estomacais, sendo muito eficiente.

Entretanto, segundo MÉGRAUD (1993), não se tem obtido muito sucesso em

amostras obtidas da cavidade oral.

A cultura de amostras da cavidade oral tem apresentado insucessos, que

podem ser devido ao baixo número de Helicobacter pylori viáveis, ou à inibição por

Excluído: 3

22 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

outras bactérias orais, ou à presença de formas viáveis, mas não cultiváveis como a

forma cocoíde do H.pylori. THOMAS et al. (1997)

Para o desenvolvimento da cultura bacteriana alguns cuidados devem ser

tomados quanto ao ambiente de crescimento do Helicobacter pylori, que deve ser

obrigatoriamente microaerofílico (5-6% de oxigênio, 8-10% dióxido de carbono, 80-

85% nitrogênio). Este método permite o isolamento e a análise da suscetibilidade do

H.pylori a antimicrobianos. GOODWIN et al. (1997)

2.2.7 – TESTE RÁPIDO DE UREASE (TRU)

O teste rápido de urease é baseado na principal característica bioquímica

da bactéria, a produção da enzima urease que hidrolisa a uréia em gás carbônico e

amônia, alterando o pH do meio. Esta reação será observada através de um

indicador de pH, que indica a presença da bactéria. Na prática clínica o teste da

urease é utilizado para o diagnóstico do Helicobacter pylori, sendo barato, rápido e

fácil de ser realizar. Entretanto, este teste não fornece informações sobre a

intensidade da inflamação. Resultados falso-positivos podem ocorrer, devido à

presença de outros organismos produtores de urease. Do mesmo modo resultados

falso-negativos podem ocorrer quando o paciente está sendo tratado com inibidores

de bomba de prótons como omeprazol, lanzoprazol ou pantoprazol. CUTLER et al.

(1995)

Comercialmente, são utilizados três tipos de testes de urease, CLO,

PyloriTek e Hp fast que através da mudança na coloração da solução indicam a

Excluído: 3

23 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

presença de infecção por Helicobacter pylori. Os testes podem durar alguns minutos

ou até 1 hora, sendo, geralmente, realizados na presença do paciente. GOODWIN et

al. (1997)

2.2.8 –REAÇÃO DE CADEIA DE POLIMERASE ( PCR)

Reação de cadeia de polimerase (PCR) e nested PCR são procedimentos

de amplificação de DNA, resultando na rápida produção de múltiplas cópias de

seqüência do DNA a ser pesquisado, sem levar em conta a viabilidade da bactéria. A

maioria dos testes para detectar o Helicobacter pylori são baseados na seqüência do

gene urease ou dos genes16S ribossomal RNA (rRNA). THOMAS et al. (1997)

Devido às dificuldades de cultura do Helicobacter pylori em outros locais

além da mucosa gástrica e a necessidade de métodos de diagnósticos não-

invasivos, tem sido grande o interesse do uso de técnicas moleculares para detectar

esta bactéria. O PCR tem detectado Helicobacter pylori em biópsias, fezes, saliva e

na placa dental. A detecção desta bactéria na placa dental e saliva sugere que a

cavidade oral pode ser um importante reservatório para este microorganismo.

GOOSEN et al. (2002)

O PCR é um método muito sensível, específico e rápido quando

combinado com a utilização de uma sonda de hibridização específica para detecção

dos produtos de reação. PCR tem sido usado com sucesso para detectar

Helicobacter pylori em biópsias gástricas e no suco gástrico. NGUYEN et al. (1995)

Excluído: 3

24 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Uma das desvantagens do PCR é ser muito sensível a fatores de inibição

presentes como polissacarídeos, em amostras clínicas de sangue, urina e fezes. O

método de separação imunomagnética usando anticorpos específicos para

concentrar Helicobacter pylori antes da amplificação do DNA por PCR vem sendo

utilizado para reduzir tanto os fatores inibidores como outros tipos de DNA diferentes

do Helicobacter pylori, melhorando a especificidade do PCR. El-ZAATARI et al.

(1997)

3 - PLACA BACTERIANA

Desde o nascimento até a morte do indivíduo, as bactérias habitam todas

as superfícies do corpo, estabelecendo uma relação de harmonia com o hospedeiro,

através da constante renovação das superfícies por descamação para prevenção de

acúmulo de microorganismos em excesso. Porém, na cavidade oral existem

superfícies que não são descamativas, como os dentes, que favorecem o acúmulo

bacteriano. LINDHE et al. (1997)

A placa dental ou placa bacteriana são depósitos de microorganismos que

se acumulam tanto acima como abaixo da margem gengival, produzindo uma

grande variedade de substâncias irritantes como ácidos, endotoxinas e antígenos,

que com o tempo dissolvem os dentes e destroem os tecidos periodontais. Em 1965

LÖE e SILNESS, mostraram que o acúmulo de placa sobre os dentes induz uma

resposta inflamatória nos tecidos gengivais, de forma reprodutível, e a remoção

desta placa resulta no desaparecimento dos sinais clínicos da inflamação.

Excluído: 3

25 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

A placa dental é um depósito microbiano de ocorrência natural que

representa um biofilme verdadeiro de bactérias em uma matriz composta

principalmente de polímeros extracelulares de origem bacteriana e produto do

exsudato do sulco gengival e ou saliva.

As reações inflamatórias e imunológicas à placa bacteriana representam

as características predominantes da gengivite e periodontite. A avaliação da

inflamação nos tecidos periodontais é usualmente registrada pela sonda periodontal,

de acordo com os princípios do Índice Gengival, descrito por LÖE em 1976; segundo

este sistema a ausência total de sinais visuais de inflamação na gengiva é registrada

como 0, ao passo que uma ligeira alteração na cor e na textura é registrada como 1.

A inflamação visual e a tendência a sangramento da margem gengival é registrada

como 2, ao passo que a inflamação patente com tendência ao sangramento é

registrado como 3. Um Índice paralelo para o registro de placas é o Índice de Placa

de SILNESS & LÖE 1964 com escala de 0 a 3, onde 0 indica ausência de placa, o 1

representa a visualização da placa após a remoção com a sonda periodontal, o 2

representa placa clinicamente visível e o 3 a placa abundante.

Excluído: 3

26 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

4 - PROPOSIÇÃO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de Helicobacter pylori em

biópsias gástricas, placa dental e saliva em uma população com e sem gastrite.

Excluído: 3

27 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

5 - MATERIAL E MÉTODOS

5.1 - MATERIAL

Participaram deste estudo 26 indivíduos (8 homens, 18 mulheres) com

problema em relação ao aparelho digestivo superior (sintomas de dor no estômago e

queimação), que foram atendidos no ambulatório do Posto de Saúde de Campos

Elíseos do Município de Duque de Caxias. A média de idade dos indivíduos

analisados foi de 45,9 anos (desvio padrão=17,68) (mínimos 17 e máximo 80). O

critério de exclusão foi:

Pacientes tratados com antibióticos, corticosteróides e

antiinflamatórios em período anterior há três meses;

Pacientes portadores de doenças cardíacas, renais,

hemorrágicas e edentados totais.

Pacientes com menos de 8 elementos dentais e sem

dentes molares.

Após o consentimento prévio para coleta de amostra, todos os pacientes

foram submetidos a um questionário com relação às condições de saneamento

básico em suas residências, respondendo se bebiam água tratada ou não,

consumiam álcool, fumo e se possuíam história de doença gástrica na

família.(anexo)

Excluído: 3

28 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Índice Gengival e Índice de Placa foram avaliados pelos Índices de

SILNESS and LÖE 1964.

A caracterização da doença periodontal foi baseada na classificação

proposta por Ranney (1993), onde as condições inflamatórias associadas a placas

bacterianas, restritas a gengiva, são denominadas gengivite e a extensão deste

processo aos tecidos de sustentação, com perda do ligamento, cemento e osso

alveolar é denominada Periodontite.

Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do HUPE- UERJ.

5.2 - MÉTODOS

5.2.1 - COLETA DE AMOSTRAS DE SALIVA

A saliva dos 26 pacientes foram colhidas em tubos eppendorff estéries e

vazios, sendo estocados a -20 C até o processamento. No processamento foram

acrescentados a amostra, água destilada para compensação de volume e, em

seguida, centrifugado por 15 minutos a 12.000 rpm. Após a centrifugação o

sobrenadante foi descartado e o precipitado foi mantido em baixa temperatura

(gelo), recebendo, em seguida, 500µl de tampão de digestão, contendo 0,45% de

NP –40, 0,45% de Tween 20, 10mM de Tris-HCL com pH 8,3; 50mM de KCL, 1,5

mM de MgCl2 e 0,06 mg/ml de proteinase K para solubilização. Após a incubação a

50ºC por 120 min e 100ºC por 5 minutos, os tubos foram centrifugados a 120.000

rpm por 5 minutos. Após a centrifugação as amostras foram precipitadas com igual

volume de isopropanol, 1/10 do volume de acetato de sódio em pH 5,2 e incubadas

por 15 minutos em gelo. Após a incubação as amostras foram centrifugadas por 10

minutos a 12.000 rpm e foi descartado o sobrenadante. Em seguida as amostras

Excluído: 3

29 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

foram lavadas com 500 µl de etanol 70% v/v, centrifugadas por 2 minutos e o

sobrenadante foi retirado, onde 30 µl de água mili Q autoclavada foram adicionadas

para suspender o precipitado.

5.2.2 - COLETA DE AMOSTRAS DE PLACA

A placa dental foi colhida da região de molares com uma cureta

(Millenium 7/8, 11/12 e 13/14) nas superfícies dentárias e colocadas em tubo

eppendorff estéril contendo 1ml de água destilada, sendo estocada a -20ºC até o

processamento da amostra. No processamento, a amostra foi centrifugada por 15

minutos a 120.000 rpm. Após a centrifugação o sobrenadante foi descartado e o

precipitado foi mantido em baixa temperatura ( gelo) e recebeu 500 µl de tampão de

digestão, contendo 0,45% de NP-40, 0,45% de Tween20, 10nM de Tris-HCL a pH

8,3, 50mM de KCL, 1,5 mM de MgCl2 e 0,06 Mg/ml de proteinase K para

solubilização. Após a incubação a 50ºC por 120 minutos e 100ºC por 5 minutos, os

tubos foram centrifugados a 120.000 rpm por 5 minutos. Após a centrifugação as

amostras foram precipitadas com igual volume de isopropanol 1/10 vol de acetato de

sódio 3M a pH 5,2 e incubados por 15 minutos em gelo. Após a incubação as

amostras foram centrifugadas por 10 minutos a 120 rpm e descartado o

sobrenadante. Após o descarte, elas foram lavadas com 500 µl de etanol a 70% v/v,

centrifugadas por 2 minutos e o sobrenadante foi retirado. Foram adicionadas 30 µl

de água mili Q autoclavada para suspender o precipitado.

Excluído: 3

30 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

5.2.3 - BIÓPSIA GÁSTRICA

Preparação histológica de Biópsia Gástrica

As biópsias, que também continham tecido sadio, foram imersas em

solução fixadora para biópsia T.G.I ( 100ml de ácido acético glacial, 200ml de

formol, 350ml de álcool absoluto e 350ml de água destilada). Após a fixação por 48

horas, o tecido foi embebecido em parafina. A parafina em bloco foi cortada em

secções seriadas de 6µm e estas foram montadas em lâmina e coradas pelo método

de Giemsa modificado, para análise por microscopia óptica.

Na análise histopatológica foram avaliadas células teciduais como

macrófagos, monócitos, células gigantes multinucleadas, neutrófilos, células

epiteliais e a presença da bactéria Helicobacter pylori.

5.2.4 - TESTE RÁPIDO DE UREASE

O teste rápido de urease foi aplicado nas 26 amostras de biópsias

estomacais. Este teste consistiu na adição da biópsia a uma solução contendo uréia

e um indicador de pH, sendo o resultado obtido após um minuto através da mudança

de coloração da solução por alteração no pH.

5.2.5 - REAÇÃO DE CADEIA DE POLIMERASE (PCR)

Foram usados 10 microlitros da amostra processada para amplificação do

gene 16S rRNA, usando 2 primers oligonucleotídeo sintético contendo 21 pares de

base: HP1: 5’ – TGG CAA TCA GCG TCA GGT AAT G – 3’ E HP2 – GCT – AAG

Excluído: 3

31 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

AGA TCA GCC TAT GTA C -31 ( oligos etc.) de acordo com o método descrito por

EGSTRAND, et al. (1992). Em resumo, a reação de PCR foi feita em tubos de

eppendorff de 500µl contendo 10µl de tampão de PCR 5X, 0,2 M de DNTP (

Pharmacia Biotech), 8ml de cada primer ( 36,5 ng/l) , 1,5 unidades de Tth DNA

polimerase e ajustado com água destilada a 50µl. As amostras colocadas em um

termociclador foram submetidas a temperatura 94ºC por um minuto, em seguida,

esfriadas a 55ºC por um minuto e por fim aquecidas a 72ºC por 5 minutos para a

extensão final da reação. Quando a reação foi finalizada, o produto final foi estocado

a 4ºC até a análise. Os produtos foram separados por um gel de agarose para

eletroforese e coloridos com brometo de etídio. Os 520 pares de bases do produto

foram visualizados sobre uma transiluminação com luz violeta.

Excluído: 3

32 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

6 - RESULTADOS

Dos 26 indivíduos que participaram deste trabalho, 20 indivíduos foram

diagnosticados com algum tipo de pangastrite (classificação endoscópica do sistema

de Sidney, Dixon et al. 1996) e 6 indivíduos foram considerados normais, ou seja,

sem patologia gástrica.

A caracterização da doença periodontal para os indivíduos neste estudo,

segundo a classificação de Ranney (1993), foi que todos indivíduos tinham gengivite

estabelecida devido ao acúmulo de placa dental ao redor da margem gengival dos

elementos dentais.

Os resultados dos exames nas biópsias gástricas para detectar a

presença do Helicobacter pylori em indivíduos com pangastrite foram 75% (15/20)

nos exames histopatológicos, 70% (14/20) nos testes rápidos de urease e 85%

(17/20) nos testes de PCR. Os resultados PCR na placa dental e na saliva destes

pacientes sugerem a ausência de Helicobacter Pylori nessas amostras.

Excluído: 3

33 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Tabela 1 – Resultados das amostras de biópsia gástrica, placa dental e saliva dos pacientes com pangastrite. Sexo Idade histologia

H. pyloriDiagóstico Índice

PlacaÍndice Sang.

PCR Placa

PCR saliva

PCR biópsias

Teste de urease

M 65 + pangastrite moderada 3 2 - - + +M 43 + pangastrite leve 3 2 - - + +H 33 + pangastrite leve 3 2 - - + +H 34 + pangastrite leve 3 2 - - + +H 31 + pangastrite leve 3 2 - - + +M 61 + pangastrite leve 3 2 - - - -H 50 - pangastrite leve 3 2 - - + -M 59 - pangastrite leve 3 2 - - + +M 17 + pangastrite leve 3 2 - - + +M 34 + pangastrite leve 3 2 - - + +H 65 - pangastrite leve 3 2 - - - -M 64 + pangastrite leve 3 2 - - - -M 56 + pangastrite erosiva 3 2 - - + +M 21 + pangastrite leve 3 2 - - + +H 30 + pangastrite leve 3 2 - - + +H 34 + pangastrite leve 3 2 - - + +M 47 + pangastrite leve 3 2 - - + -M 40 - pangastrite leve 3 2 - - + -H 56 + pangastrite erosiva leve 3 2 - - + +

M 40 + pangastrite moderada com úlceras duodenais 3 2 - - + +

dp= 14,8875% 0% 0% 85% 70%% Positivos

Índice Sang. = Índice de Sangramento dp = desvio padrão

Os resultados dos exames nas biópsias gástricas nas 6 amostras

consideradas normais para detectar a presença de Helicobacter pylori foram: 17%

(1/6) nos exames histopatológicos, 33%(2/6) no teste rápido de urease e 67% (4/6)

no teste de PCR . Nas amostras da placa dental e da saliva, o método de PCR

sugere a ausência de Helicobacter pylori.

Excluído: 3

34 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Tabela 2 – Resultados das amostras de biópsia gástrica, placa dental e saliva dos pacientes sem pangastrite (indivíduos considerados normais, sem doença gástrica).

Sexo Idade histologia H. pylori

Diagóstico Índice Placa

Índice de Sang.

PCR Placa

PCR saliva

PCR biópsias

Teste de urease

M 80 - normal 3 2 - - + -M 72 - normal 3 2 - - - +M 39 - normal 3 2 - - + -M 28 - normal 3 2 - - + -M 35 - normal 3 2 - - - -M 32 + normal 3 2 - - + +

dp= 22,3817% 0% 0% 67% 33%% Positivos

Índice Sang. = Índice de Sangramento dp = desvio padrão

Excluído: 3

35 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

7 - DISCUSSÃO

Os resultados deste trabalho sugerem que o exame de PCR (reação de

cadeia de polimerase) é mais sensível em detectar Helicobacter pylori em amostras

gástricas em comparação aos outros métodos de diagnósticos, como o método

histopatológico e o teste rápido da urease em biópsia. As análises de PCR na placa

dental e na saliva realizadas neste estudo, não foram capazes de detectar a

presença de Helicobacter pylori nesta população.

A literatura relata que a sensibilidade do exame histopatológico é de 93%

a 98% e sua especificidade de 95% a 98%. DUNN et al. (1997). A identificação do

Helicobacter pylori é facilitada usando colorações especiais como a coloração de

Giemsa, pois a coloração de HE pode não ser confiável quando pouca quantidade

da bactéria estiver presente na amostra. A identificação histológica depende de

alguns fatores como a densidade bacteriana, tipo de coloração usada e a

experiência do observador. DUNN et al. (1997)

O Helicobacter pylori apresenta grande atividade de urease possibilitando

o desenvolvimento de um método rápido de diagnóstico em biópsia gástrica

denominado teste rápido de urease. A sensibilidade deste método depende da

quantidade de bactéria no estômago, e consiste de uma solução indicadora de pH e

uréia que, na presença do Helicobacter pylori, é hidrolisada em amônia e

bicarbonato, alterando a cor da solução. A vantagem deste método é a rapidez no

diagnóstico onde o resultado pode ser colhida em menos de 1 hora. A sensibilidade

deste método é 88% - 93% , com uma especificidade de 99% - 100%. CUTLER et al.

(1995)

Excluído: 3

36 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Existem várias bactérias produtoras de urease na cavidade oral que

fazem parte da flora normal da boca. Estudos anteriores sugerem que o teste rápido

de urease em amostras da cavidade oral deve ser realizado somente após a

identificação das bactérias isoladas na placa dental. DESAI et al. (1994)

A técnica de PCR é a que apresenta maior sensibilidade, podendo

detectar a presença de apenas uma célula na amostra. A detecção em amostra de

biópsia gástrica apresenta especificidade e sensibilidade em torno dos 100% de

acordo com LI et al.(1995)

A principal vantagem do PCR é o diagnóstico não invasivo do

Helicobacter pylori em fluidos não gástricos como na placa dental e na saliva. Em

um estudo realizado por LI et al. (1996), a sensibilidade do PCR para detecção na

saliva foi de 84%. Alguns trabalhos não têm conseguido detectar rotineiramente o

DNA do Helicobacter pylori em saliva, mesmo em pacientes com infecção gástrica.

As explicações para estes resultados são desconhecidas. LAINE et al.(1995)

O sucesso da amplificação do segmento de DNA a ser pesquisado é

influenciado tanto pelo comprimento quanto pelo conteúdo de GC, pela temperatura

de anelamento e pela concentração de MgCl2 (no qual influencia a especificidade da

ligação do primer e a amplificação do DNA). Outros fatores que também influenciam

a identificação do H.pylori pelo PCR são: a presença de seqüência homóloga de

DNA de outras bactérias que podem produzir resultados falso-positivos, a

concentração mínima de bactéria na amostra e a presença de inibidores que podem

resultar em um PCR negativo. EL-ZAATARIT et al. (1997)

Excluído: 3

37 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

Não há um consenso na literatura sobre a padronização da coleta de

amostras de placa dental e de saliva para diagnosticar a presença do Helicobacter

pylori, sendo este um fator que exerce forte influência sobre os resultados. Alguns

estudos mostram que esta bactéria não possui distribuição uniforme na cavidade

oral, sendo que Song et al. (2000) sugerem que a região de molares seria um melhor

reservatório para a colonização pelo Helicobacter pylori, porque a exposição ao

oxigênio diminui gradualmente da região de incisivos para molares, que seria o local

favorável ao crescimento do Helicobacter pylori. A cavidade oral é dividida em

muitos nichos ecológicos, diferente do meio estomacal, com flora bacteriana

complexa e específica com uma forte competição entre elas na forma de um biofilme

dental. Alguns autores sugerem que a presença do Helicobacter pylori na cavidade

oral é transitória devido a refluxos esofágicos ocasionais, não ocorrendo uma

colonização permanente desta bactéria. MADINIER et al.(1997) Caso esta hipótese

seja verdadeira existe a necessidade de se repetir a coleta de amostras

sucessivamente para assegurar que os resultados reflitam a situação in vivo.

De igual forma alguns autores sugerem que diferentes métodos de

transporte e armazenamento podem influenciar os resultados de detecção da

bactéria. NGUYEN et al. (1995)

MADINIER et.al sugerem que a presença de H. pylori na cavidade oral

identificada pelo método de PCR varie entre 0% e 90%, enquanto KRAJDEN et al.

(1989) e MAJMUDAR et al. (1990) sugerem uma prevalência de 3,4% a 100%, com

grandes diferenças dependendo da localização geográfica das amostras. Estas

variações nos resultados podem ser explicadas pelas diferentes técnicas utilizadas.

Mesmos em estudos em que a técnica foi repetida, diferentes graus de sensibilidade

Excluído: 3

38 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

e especificidade são descritos. O tamanho da amostra e o protocolo de coleta das

mesmas podem influenciar os resultados. OSHOWO et al. (1998)

LUMAN et al (1996) não detectaram Helicobacter pylori na placa dental e

saliva dos pacientes com gastrite associada ao Helicobacter pylori sugerindo que a

cavidade oral seja uma rota transitória e que esta rota oral-oral não seja importante

para transmissão desta na população adulta.

CAMMAROTA et al.(1996) no estudo sobre a rota de transmissão da

infecção gástrica pelo Helicobacter pylori através da placa dental, mostraram que a

presença de Helicobacter pylori na cavidade oral era pequena, indicando não existir

uma relação significante entre a colonização da mucosa gástrica e a cavidade oral.

Estes autores sugerem que mais estudos são necessários para determinar se a

placa dental é um importante reservatório na epidemiologia da infecção gástrica pelo

Helicobacter pylori.

Este estudo não foi capaz de detectar a presença de Helicobacter pylori

em amostras de placa dental e na saliva. Este resultado pode ser devido ao

protocolo de coleta de amostra, preparação e purificação do DNA, à possível

presença de inibidores ou mesmo à presença transitória do Helicobacter pylori na

cavidade oral da população estudada. Mais estudos são necessários para testar a

hipótese da cavidade oral ser um reservatório, transitório ou não, de Helicobacter

pylori.

Excluído: 3

39 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

8 - CONCLUSÃO

A presença de Helicobacter pylori foi detectada nas biópsias gástricas por

três métodos de diagnósticos: histologia, teste rápido de urease e PCR, sendo que

este último método apresentou uma maior sensibilidade. A análise de PCR na placa

dental e na saliva não evidenciou a presença desta bactéria na população estudada.

Excluído: 3

Formatado: Inglês (EUA)

40 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

9 – ABSTRACT

Helicobacter pylori is gram-negative, motile, microaerophilic bacterium. It

has been associated with chronic gastric, peptic ulcers, duodenal ulcers and risk

factor for gastric cancers. The aim of this study was to assess the presence of

Helicobacter pylori in gastric biopsy, dental plaque and saliva samples. Samples from

26 individuals were collected for this study. The colonization of this bacterium in

gastric biopsy was assessed by three diagnosis methods: histologic assessment,

rapid urease test and polymerase chain reaction (PCR). Detection of Helicobacter

pylori in dental plaque and saliva was assessed by PCR . A pair of synthetic primers

to the Helicobacter pylori 16S rRNA gene was used for PCR: HP1: 5’ –

TGGAATCAGCGTCAGGTAATG – 3’ and HP2: 5’ –

GCTAAGAGATCAGCCTATGTCC – 3’. The amplification of PCR products were

detected by electrophoresis in 1,5% agarose gel. Firstly, an endoscopy examination

labeled 26 individuals into two groups, 20 with gastric inflammation (pangastritis) and

6 patients were normal. Subsequently, the 20 individuals with pangastritis were

submitted to three detection methods of Helicobacter pylori. The histologic

assessement indicated 15 positive individuals for Helicobacter pylori (75%, 15/20),

rapid urease test indicated 14 positive individuals (70%, 14/20) and the PCR method

indicated 17 positive individuals (85%, 17/20). The PCR method in dental plaque and

saliva samples of these 20 patients, suggest the absence of Helicobacter pylori

bacterium. The results of detection methods of Helicobacter pylori in 6 individuals

without gastric inflammation resulted in 17% (1/6) for histologic assessement , 33%

(2/6) for rapid urease test and 67% (4/6) for PCR method. In these 6 patients, PCR

analysis in dental plaque and saliva suggest the absence of Helicobacter pylori. The

presence of Helicobacter pylori was detected in biopsy by methods such as histologic

assessement, rapid urease test and PCR, but this last method is more sensitive. The PCR analyis in dental plaque and saliva didn’t evidence the presence of Helicobacter

pylori among population studied.

Key words: Helicobacter pylori. PCR. Dental Plaque. Saliva. Diagnosis

methods.

Excluído: 3

Formatado: Português (Brasil)

41 Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 12 pt

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ANEXOS

Questinário utilizado no trabalho 1.Nome do paciente:

2.Idade:

3.Endereço:

4.História de doença gástrica na família : ( ) sim ( ) não

5.Consumo de água tratada: ( ) sim ( ) não

6.Rede de esgoto na residência: ( ) sim ( ) não

7.Consumo de álcool : ( ) sim ( ) não

8.Fumante: ( ) sim ( ) não

9.Índice de placa segundo Löe & Silness (1964) : ( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3

10.Índice de sangramento segundo Löe & Silness (1964): ( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3

11.Presença de refluxo: ( ) sim ( ) não

12.Mal Hálito: ( ) sim ( ) não

13.Números de dentes na cavidade oral:

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