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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Campus Flamboyant Goiânia, 23 de setembro de 2015. Disciplina: Estética do Projeto Orientadora: Claudia Aluna: Gisele Nunes Carvalho Gill - B91IJA-8. ANÁLISE DOS FILMES: Blade Runner e 2001 – Uma Odisseia no Espaço BLADE RUNNER: O Caçador de Androides Figura 1- Cartaz do filme Blade Runner: O Caçador de Androides A narrativa do filme tem como personagem principal o ex policial Rick Deckard. Ele é responsável pela remoção (morte) de cinco androides que chegaram à Terra e são diferentes, pois eles além da capacidade normal deles de possuir sentimentos, eles começam a correr atrás da própria sobrevivência, já que estão programados para desativarem a partir de 4 anos após sua iniciação. O filme se passa na cidade de Los Angeles no séc. XXI no ano de 2019, mostra uma cidade poluída, caótica, superpovoada, superpopulosa, com ruas estreitas e sujas, com amontoados de lixos, mostra também 1

Analise Dos Filmes uma odisseia no espaço e blade runner

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Analise Dos Filmes uma odisseia no espaço e blade runner

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Campus Flamboyant

Goiânia, 23 de setembro de 2015.

Disciplina: Estética do Projeto

Orientadora: Claudia

Aluna: Gisele Nunes Carvalho Gill - B91IJA-8.

ANÁLISE DOS FILMES:

Blade Runner e 2001 – Uma Odisseia no Espaço

BLADE RUNNER: O Caçador de Androides

Figura 1- Cartaz do filme Blade Runner: O Caçador de Androides

A narrativa do filme tem como personagem principal o ex policial Rick Deckard. Ele é responsável pela remoção (morte) de cinco androides que chegaram à Terra e são diferentes, pois eles além da capacidade normal deles de possuir sentimentos, eles começam a correr atrás da própria sobrevivência, já que estão programados para desativarem a partir de 4 anos após sua iniciação.

O filme se passa na cidade de Los Angeles no séc. XXI no ano de 2019, mostra uma cidade poluída, caótica, superpovoada, superpopulosa, com ruas estreitas e sujas, com amontoados de lixos, mostra também edifícios de mais de 100 andares, um ambiente totalmente informatizado. A cidade de Blade Runner é totalmente oposta do que aparece nos filmes de ficção cientifica, superfícies lisas, limpas e brilhantes ultramodernas.

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Figura 2 - Característica constante é a sujeira nas ruas.

Os prédios altíssimos proporcionam vistas aéreas incríveis e aterrorizantes, com um ambiente opressivo e sinistro de um submundo urbano. Percebemos algumas características de filme policial e Noir: as cenas predominam ambientes escuros, penumbra, eterna noite, luz que ofusca, uso de fumaça e névoa, iluminação de baixa intensidade, presença constante da chuva, em um ambiente inóspito e estéril.

Figura 3 - Cidade é tomada por uma penumbra e um sol ofuscado.

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Figuras 4 e 5 - Cidade altamente informatizada.

A cidade é povoada por diversas etnias e dialetos, circulando de bicicletas e a pé, comercializando todo tipo de produtos e serviços. A mistura de idiomas produz um barulho ensurdecedor.

O filme mostra uma projeção dos medos atuais: cidade superpopulosa, ambiente destruído, domínio econômico de grandes empresas, barulho ensurdecedor.

Figura 6 - Presença de diversas etnias e idiomas.

O protagonista R. Deckard mora em um edifício com mais de 90 andares, há reconhecimento de voz e digital para liberação do elevador e chegar até seu apartamento. Os ambientes internos não são tradicionais como estamos acostumados, é um ambiente escuro e com presença constante de penumbra. As diversas fotos antigas no apartamento dele remetem ao passado tradicional. Uma curiosidade é que o apartamento de Deckard é inspirado na casa Ennis Brown de Frank Lloyd Wright.

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Figura 7 e 8 - Ligação da residência Ennis Brown de Frank Lloyd Wright e o apartamento de Deckard.

Vemos a segregação social – econômica e socialmente – quando aparece em cena o altíssimo edifício da Tyrell Corporation, que se destaca e eleva da paisagem feia da cidade, deixando claro que no alto é lugar dos ricos enquanto as pessoas comuns vivem em meio a edifícios por vezes grandes, mas que estão em

estado de ruina. A verticalização da cidade funciona como fator de distanciamento, acentuando a divisão social e dificultando a interação humana.

Figura 9 - O edifício Tyrell se destaca na cidade devido sua imponência.

Onde mora JF Sebastian, o personagem que dá abrigo a um dos androides. Ele mora em um edifício abandonado, enorme, mas em péssimo estado. Analisando a parte interna é com um edifício tradicional: o acesso aos pavimentos é feito por elevador e escadas.

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Figura 10 e 11 - Características internas do edifício ruína onde JF Sebastian mora.

O apartamento do dono da Tyrell é organizado e com acabamentos ricos, de ótimo bom gosto, a iluminação é feita com velas, pé-direito é alto, mobiliário com design rebuscado. Enquanto ao analisar o apartamento de Deckard, não tem preocupação estética e quanto a organização do espaço. O apartamento de JF Sebastian é completamente caótico, com diversos brinquedos amontoados, sem espaços definidos.

Figura 12 - Apartamento Tyrell.

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Figura 13 - Apartamento de JF Sebastian.

Figura 14 - Apartamento de Deckard.

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2001 – UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO

Figura 15 - Banner do filme 2001 - Uma Odisseia no Espaço

No filme “2001 – Uma Odisseia no Espaço” temos como personagem principal Heywood Floyd, homem formal, polido, simpático que demonstra liderança e inteligência pelo seu jeito de ser e de se portar. Ele trabalha para um órgão governamental ligado à ciência, que tem como responsabilidade coletar informações sobre a descoberta de um objeto.

O filme tem quatro momentos: na primeira no período pré-histórico onde aparece um estranho objeto, mostra como os seres aprendem a utilizar um osso para sobrevivência e garantia do seu território. Há um corte de milhões de anos, onde o objeto igual ao que surgiu na época pré-histórica aparece na lua.

O primeiro espaço do filme acontece há milhares de anos em ambiente árido, onde os seres que ali existiam, utilizavam as cavernas como habitação e abrigo, estas foram consideradas as primeiras residências.

Figura 16 - Primeiro espaço demonstrado no filme: árido sem recursos.

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Figura 17 - Cavernas como habitação.

Na sequência mostra satélites e espaçonaves que orbitam em volta da terra. O primeiro a entrar em cena é o ônibus espacial comercial, muito semelhante aos nossos aviões. Tem um interior luxuoso, com poltronas e revestimentos em couro, monitor de TV individual no encosto de cada poltrona. Um luxo discreto que remete a aspecto de ordem, bem-estar e civilidade, contrastando completamente com o primeiro momento do filme. Essa cena mostra Floyd como único ocupante do ônibus apesar das dezenas de lugares disponíveis. Há uma cena onde ele estuda as instruções de um banheiro com gravidade zero, porém não mostra o interior deste.

Figura 18 - Interior do ônibus espacial utilizado por Floyd para chegar à estação.

Uma comissária distribui uma bandeja de alimentos líquidos. Quando ela caminha por uma parte do ônibus, uma espécie de compartimento redondo, ela fica de ponta cabeça, deixando claro a falta de significância do ambiente, pois não possui conceito de piso e teto. Há muitos momentos onde evidencia essa falta de peso: a caneta flutuando, caminhadas por piso-parede-teto. Mas não deixa de afirmar o domínio do ser humano sobre condições diferentes, com conforto e hospitalidade.

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Figura 19 - Noção difusa de piso-teto-parede

O próximo momento acontece na chegada de Floyd à estação espacial, onde é um ambiente com gravidade. O piso e teto são curvados, seguindo a volumetria da estação. Mostra ele fazendo uma vídeo chamada para casa, mais uma tecnologia avançada (segundo os padrões da época e até atualmente) usada como um instrumento cotidiano.

O teto possui painéis iluminados, que sempre dão a presença da luz do dia no interior da estação. Possui grandes TVs, mobiliário moderno e automatização de coisas simples, como máquina de café e bar. A sala de reuniões segue o mesmo padrão em relação a iluminação, porem esta acontece nas paredes, com grandes painéis que a ocupam quase totalmente e quanto ao mobiliário, arrojado e moderno.

Figura 20 - Iluminação constante, mobiliário futurista e automatização.

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Figura 21 - Sala de reuniões.

Na ultima cena, mostra Floyd chegando a um ambiente muito limpo e claro, com piso iluminado, paredes com molduras, peças de arte, quadros com cenas de natureza e mobiliario rebuscado (muito diferente do que há na nave). Ele chega e se vê deitado em leite do morte praticamente imóvel. Essa arte tipica do periodo Renascentista, faz uma ligação sobre o renascimento do protagonista.

Figura 22 - Ultimo ambiente do filme.

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