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Análise Financeirada
Electricidade dos Açores, S.A.
1. OBJECTIVO
• O presente trabalho teve como objectivo fazer a análise económico-financeira da empresa Electricidade dos Açores, S.A., abrangendo a actividade entre 2006 a 2008.
• Para tal, foram analisados os seguintes documentos e indicadores:
Pág. 2André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
Balanços (Analítico e Funcional); Demonstrações de Resultados (Analítica e Funcional);Mapa de Fluxos de Caixa;Rácios.
2. O SECTOR ELÉCTRICO EM PORTUGAL
• O sector eléctrico em Portugal tem sido marcado por um regime monopolista por parte das empresas que nele actuam.• Até há muito pouco tempo, existiam apenas três empresas em Portugal de produção, transporte, distribuição e comercialização de energia eléctrica: a EDP (que actua no mercado de Portugal Continental), a EDA (que actua no mercado da Região Autónoma dos Açores) e a EEM (que actua no mercado da Região Autónoma da Madeira).
Pág. 3André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• A EDP é a única empresa que não é monopolista no mercado Português em que actua, uma vez que, a partir de 2007, passou a concorrer com empresas Espanholas. No entanto, esta concorrência passou também para o lado de lá da fronteira já que a eléctrica Portuguesa também actua no mercado Espanhol.
3. O GRUPO EDA• A EDA surgiu com a necessidade de se criar uma empresa regional que fosse capaz e suprir as necessidades do subsector energético – a electricidade, que se encontrava em grandes dificuldades.
Pág. 4André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• A empresa foi constituída a 18 de Agosto de 1981 com o objectivo do estabelecimento e da exploração de serviço público de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica no arquipélago dos Açores.• Actualmente o grupo EDA actua em áreas estratégicas como as telecomunicações, os sistemas de informação e a manutenção eléctrica e mecânica.
• Em 2008, o grupo EDA empregava cerca de 700 trabalhadores e teve um volume de negócios de 158 milhões de Euros.
• A EDA é detida em 50,1% pela Região Autónoma dos Açores, 39,7% ESA, SGPS – Energia e Serviços dos Açores e em 10% pela EDP Gestão da Produção de Energia, S.A. e detém as seguintes participadas:
Pág. 5André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
EEG - Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. (detém 99% do capital próprio);
SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, S. A. (detém 99,31% do capital próprio);
GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S. A. (detém 50,04% do capital próprio);
Segma - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda. (detém 90% do capital próprio);
NORMA AÇORES - Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S. A. (detém 50,125% do capital próprio);
GLOBALEDA - Telecomunicações e Sistemas de Informação, S. A. (detém 60% do capital próprio).
Pág. 6André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• No sector eléctrico, verifica-se uma crescente aposta nas energias renováveis, de acordo com os objectivos definidos pelo Governo dos Açores, e a EDA tem acompanhado essa evolução contribuindo para a independência energética e para o desenvolvimento do arquipélago.• Prova do descrito no ponto anterior são os 300 milhões de Euros de investimento que o grupo EDA tem previstos para os próximos 5 anos, dos quais 200 milhões serão assegurados directamente pela empresa mãe.• Esse investimento terá uma importante componente em energias renováveis possibilitando o aumento em 120% da actual capacidade de produção instalada. Este aumento de capacidade irá evitar a emissão de cerca de 160 mil toneladas de CO2 por ano e aproximará dos 50% a produção de electricidade com origem renovável.• É de realçar que, para garantir investimentos desta dimensão, será necessário recorrer a financiamento. No entanto, a EDA não deverá ter dificuldade em obter os montantes necessários graças à boa notação de rating (“A3”) dada pela Agência Internacional Moody's.
Pág. 7André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
4. Análise do Equilíbrio Financeiro• No Sentido de elaborar os documentos necessários à análise do equilíbrio financeiro, procedeu-se à reordenação do Balanço Contabilístico, tendo se obtido o Balanço Funcional para os exercícios de 2006, 2007 e 2008 apresentados no quadro seguinte:
(Valores em €)
BALANÇO FUNCIONAL
2006 2007 2008Capital Próprio 150.252.912 169.965.964 176.325.926
Capital Alheio Estável 256.374.683 249.275.022 250.278.468Capital Permanente 406.627.595 419.240.986 426.604.394
Activo Fixo 420.120.080 440.025.877 465.527.280Fundo de Maneio Funcional -
13.492.485-
20.784.891-
38.922.886Necessidades Cíclicas 95.025.926 51.863.321 65.836.017
Recursos Cíclicos 16.446.840 35.800.743 36.271.178Necessidades de Fundo de Maneio 78.579.086 16.062.578 29.564.839
Tesouraria Líquida -92.071.571
-36.847.469
-68.487.725
Pág. 8André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
Na análise aos Balanços Analíticos, foram feitas algumas correcções na classificação das rubricas de forma a criar o Balanço Funcional:
Respeitando ao imposto sobre rendimento, no capítulo do Activo, procedeu-se à alteração da rubrica “Activos por impostos diferidos”.
Por outro lado, no capítulo do Capital Próprio e Passivo, respeitando ao imposto sobre rendimento, na rubrica “Passivos por impostos diferidos”, considerou-se que o valor a pagar é de prazo superior a 12 meses e por conseguinte tratou-se como um passivo a médio e longo prazo (CAE)
Analisando os Acréscimos e diferendos, no Capítulo do Activo, na rubrica “Acréscimos de proveitos”, optou-se por classificar como Necessidades Cíclicas (NC): a energia a facturar e os custos associados à convergência tarifária. Quanto aos proveitos financeiros e outros considerou-se como Tesouraria Activa (TA).
Pág. 9André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
Na análise aos Balanços Analíticos, foram feitas algumas correcções na classificação das rubricas de forma a criar o Balanço Funcional:
Já no capítulo Capital Próprio e Passivo, na rubrica “Acréscimo de custos”, considerou-se o fundo de pensões como CAE, enquanto que a estimativa de custos a facturar de obras encerradas e o ajustamento da compensação tarifária foi considerado como Recursos Cíclicos (RC).
Os restantes acréscimos de custos foram considerados como Tesouraria Passiva (TP). Na rubrica “Proveitos diferidos”, que inclui Subsídios para o investimento, mereceu um cuidado especial. Assim, à excepção dos proveitos diferidos relativos às licenças de CO2, todos os subsídios para o investimento foram classificados como CP, de acordo com o SNC.
Pág. 10André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
4.1 Análise do Balanço Funcional
a) Fundo de Maneio Funcional
• O Fundo de Maneiro Funcional é apurado pela diferença entre os capitais permanentes e activo fixo e pode ser um instrumento de avaliação do impacto da estratégia financeira sobre o nível de segurança da empresa.
• O facto de ter um Fundo de Maneio negativo significa que parte dos fundos não estáveis está a financiar os activos fixos, o que é um factor de risco.
2006 2007 2008-45,000,000
-40,000,000
-35,000,000
-30,000,000
-25,000,000
-20,000,000
-15,000,000
-10,000,000
-5,000,000
0
Fundo de Maneio Funcional
Pág. 11André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
a) Fundo de Maneio Funcional
Verifica-se que o Fundo de maneio Funcional apresenta valores negativos, com uma tendência de evolução ao longo dos três exercícios, derivado do aumento do activo fixo, principalmente:
O aumento de 49 M€ de equipamento básico;
2006 2007 2008380,000,000
390,000,000
400,000,000
410,000,000
420,000,000
430,000,000
440,000,000
450,000,000
460,000,000
470,000,000
Equipamento básico
Pág. 12André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
a) Fundo de Maneio Funcional
O aumento de 10,8 M€ de imobilizado em curso;
O aumento de 11,4 M€ de investimento financeiros em partes de capital em empresas do grupo;
2006 2007 20080
5,000,000
10,000,000
15,000,000
20,000,000
25,000,000
30,000,000
35,000,000
40,000,000
45,000,000
50,000,000
Imobilizações em curso Partes de capital em em-presas do grupo
Pág. 13André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
b) Necessidades de Fundo de Maneio
As Necessidades de Fundo de Maneio são um meio de avaliação financeira dos esforços da gestão operacional. NFM = Necessidades Cíclicas – Recursos Cíclicos (saldo das contas relativas ao ciclo de exploração: Compra, produção e distribuição).
2006 2007 20080
10,000,000
20,000,000
30,000,000
40,000,000
50,000,000
60,000,000
70,000,000
80,000,000
90,000,000
Necessidades de Fundo de Maneio
Como o valor das Necessidades de Fundo de maneio é positivo, nos exercícios em estudo, representa as necessidades de financiamento do ciclo de exploração.
Pág. 14André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
b) Necessidades de Fundo de Maneio
A grande diminuição do valor das Necessidades do Fundo de maneio verificada do ano de 2006 para o ano de 2007 está relacionada:
Com a diminuição das necessidades cíclicas, no valor de 32 M€, relacionados com os Custos associados à convergência tarifária do ano de 2006. Com o aumento dos recursos cíclicos, pois existiu um elevado
aumento de acréscimos de custos – exploração, devido ao ajustamento da compensação tarifária de 2007 no valor aproximado de 15 M€.
2006 2007 20080
10,000,00020,000,00030,000,00040,000,00050,000,00060,000,00070,000,00080,000,00090,000,000
100,000,000
Necessidades CíclicasRecursos Cíclicos
Pág. 15André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
b) Necessidades de Fundo de Maneio
O ligeiro aumento do valor das Necessidades de Fundo de maneio de 2007 para 2008 prende-se com o aumento das necessidades cíclicas: Deve-se ao aumento verificado no fuel com a necessidade de garantir o nível de stock de segurança adequado. O aumento face ao saldo evidenciado a 31 de Dezembro de 2007, no montante de aproximado de 9 M€, resulta dos valores facturados à REN em 2008 serem significativamente superiores aos de 2007
2006 2007 20080
10,000,00020,000,00030,000,00040,000,00050,000,00060,000,00070,000,00080,000,00090,000,000
100,000,000
Necessidades CíclicasRecursos Cíclicos
Pág. 16André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
4.2 Tesouraria Líquida
A tesouraria Líquida obtém-se através da relação fundamental do balanço, resultando TRL = Fundo de Maneio Funcional – Necessidades de Fundo de Maneio.
Esta relação quantifica e caracteriza de uma forma mais rigorosa a definição de equilíbrio financeiro.
2006 2007 2008-100,000,000
-90,000,000
-80,000,000
-70,000,000
-60,000,000
-50,000,000
-40,000,000
-30,000,000
-20,000,000
-10,000,000
0
Tesouraria Líquida
Pág. 17André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
2006 2007 2008-100,000,000
-90,000,000
-80,000,000
-70,000,000
-60,000,000
-50,000,000
-40,000,000
-30,000,000
-20,000,000
-10,000,000
0
Tesouraria Líquida
A situação, dos três exercícios em análise, indica a existência de investimentos permanentes a serem financiados por financiamentos de curto de prazo.
Nos períodos em análise a empresa apresenta um desequilíbrio financeiro.
4.2 Tesouraria Líquida
Pág. 18André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
A Eda, S. A. apresenta, nos exercícios em estudo, o Fundo de Maneio negativo, as Necessidades de Fundo de Maneio positivas e Tesouraria Líquida negativa. Esta situação é muito delicada e de elevado risco, pois os capitais estáveis são insuficientes para financiar o activo fixo.
4.2 Situação Financeira
2006 2007 2008
Liquidez Geral 0,50 0,37 0,36
Liquidez Reduzida 0,48 0,35 0,33
Podemos concluir que a EDA, S.A. não possui activos de curto prazo suficientes para cobrir os compromissos de curto prazo.
Esta situação de liquidez não chega para concluir o desequilíbrio da empresa, indica sim as dificuldades de satisfazer compromissos de curto prazo com activos circulantes.
5. RENDIBILIDADE ECONÓMICA E FINANCEIRA
•A análise das rendibilidades económica e financeira foi feita com base nas Demonstrações de Resultados por Naturezas e Funcional e com base em alguns rácios.
Pág. 19André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• Os principais valores da Demonstração de Resultados Funcional são os seguintes:
DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DE RESULTADOS FUNCIONAL (Valores em Euros)
RENDIMENTOS E GASTOS PERÍODOS
2006 2007 2008 Margem bruta 46.226.969 51.809.042 50.136.555
Resultado operacional 12.701.110 19.609.918 18.254.442 Resultado corrente 5.670.153 7.827.476 5.690.761
Resultado antes de impostos 10.014.507 11.884.349 10.446.460 Resultado líquido do período 8.771.798 11.273.943 9.610.915
Pág. 20André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• O quadro anterior permite concluir que:
Os valores são todos positivos e sofreram um aumento mais significativo de 2006 para 2007 e, posteriormente, uma ligeira redução para 2008 (o aumento deveu-se aos ganhos das empresas do grupo);
• Foram também analisados os seguintes rácios:
Tendo em conta os resultados líquidos, a EDA melhorou a sua eficiência económica de 2006 para 2007, mas piorou um pouco em 2008. Apesar desses valores serem sempre positivos ao longo dos três anos em análise, muito se devem aos ganhos extraordinários (referentes às comparticipações financeiras do Estado relativas à convergência tarifária).
Pág. 21André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• O quadro anterior permite tirar algumas conclusões, como por exemplo:
RÁCIOS
ECONÓMICOS 2006 2007 2008 Rendibilidade Operacional Vendas 0,10 0,14 0,12 Rendibilidade Líquida das Vendas 0,07 0,08 0,06 FINANCEIROS 2006 2007 2008 Autonomia Financeira 0,15 0,19 0,19 Solvabilidade 0,17 0,24 0,24 ECONÓMICO-FINANCEIROS 2006 2007 2008 Rendibilidade do Activo 0,03 0,05 0,04 Rendibilidade Líquida do Activo 0,02 0,02 0,02 Rendibilidade do Capital Próprio 0,11 0,11 0,09
Com a excepção dos financeiros, os rácios analisados tiveram uma evolução pouco significativa entre 2006 e 2008;
Pág. 22André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
A variação dos rácios financeiros deveu-se essencialmente ao aumento do capital próprio (devido aos resultados transitados) e à diminuição do passivo (devido à redução das dívidas de curto prazo a instituições de crédito). No entanto, o rácio da autonomia financeira demonstra que a EDA tem poucos meios próprios para financiar os seus investimentos e o rácio da solvabilidade demonstra que a empresa tem pouco capital disponível para fazer face aos seus compromissos.
Os rácios economico-financeiros são também baixos e com evolução practicamente constante e aparentemente denunciam uma contribuição muito superior do capital próprio do que do activo para os resultados líquidos. No entanto, é de referir que a forte política de investimento da EDA assenta em grande parte em capitais alheios.
Os rácios económicos permitem concluir que a rendibilidade das vendas é baixa, uma vez que quer os resultados operacionais quer os resultados líquidos não são muito dependentes das mesmas;
6. POLITICA DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO
Pág. 23André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
2006 2007 2008-100,000,000
-90,000,000-80,000,000-70,000,000-60,000,000-50,000,000-40,000,000-30,000,000-20,000,000-10,000,000
0
Tesouraria LíquidaFundo de Maneio Funcional
2006 2007 20080
10,000,000
20,000,000
30,000,000
40,000,000
50,000,000
60,000,000
70,000,000
80,000,000
90,000,000
Necessidades de Fundo de Maneio
O triénio em estudo caracteriza-se por um grande investimento em termos de instalações e equipamentos, como o aumento de 49 M€ de equipamento básico, com uma forte aposta na melhoria de processos e produtividade.
A EDA, S.A. aplica uma estratégia arriscada. Desta forma, os capitais permanentes são insuficientes para financiar o activo fixo (Capitais permanentes < Activo Fixo) e, em simultâneo, apresenta Tesouraria Líquida negativa (TRL<0).
7. MEDIÇÃO DO RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E TOTAL
Pág. 24André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
RISCO DO NEGÓCIO 2006 2007 2008
Grau de Alavanca Operacional (GAO) 3,64 2,64 2,75
• No caso da EDA, S.A. o GAO tem evolução praticamente constante.
• Verifica-se que, nos exercícios em estudo, os custos fixos são praticamente constantes o que implica:
• A diminuição verificada no GAO de 2006 para 2007 é o reflexo do aumento de 6,9 M€ nas vendas e serviços prestados.
• O aumento do GAO de 2007 para 2008 está associado, principalmente, a um aumento de 20 M€ nos custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas.
• Como o valor do grau de alavanca operacional é reduzido, podemos afirmar que a EDA, S.A. tem um risco operacional reduzido.
7. MEDIÇÃO DO RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E TOTAL
Pág. 25André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• O Grau de alavanca financeira (GAF) permite analisar e concluir se o endividamento está ser favorável ou prejudicial à rentabilidade dos capitais próprios.
• No caso do risco financeiro, o panorama da EDA apresenta valores razoáveis, que evidenciam uma certa segurança para o investidor.
RISCO FINANCEIRO 2006 2007 2008
Grau de Alavanca Financeira (GAF) 2,24 2,51 3,21
7. MEDIÇÃO DO RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E TOTAL
Pág. 26André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• O grau de alavanca combinado mede a sensibilidade do resultado corrente às variações do volume de vendas
• Pelo que já foi exposto, será quase óbvio prever o risco global da EDA, pois o rácio de cálculo para o Grau de Alavanca Combinado (GAC) articula o GAO e o GAF.• O risco global não é elevado, fruto, sobretudo do bom GAO da empresa. Contudo, é de realçar a variação de 2006 para 2007, com uma redução em 19%, pelo já citado aumento de 6,9M€ nas vendas e serviços prestados.
RISCO GLOBAL/COMBINADO 2006 2007 2008Grau de Alavanca Combinada (GAC) 8,15 6,62 8,81
8. EFEITO DE ALAVANCA FINANCEIRA (EAF)
Pág. 27André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
• O efeito da política financeira sobre a rendibilidade dos capitais próprios designa-se por efeito de alavanca financeira.
• Efeito de Alavanca Financeira (EAF), este é sempre superior a 1, isto significa que o efeito tem impacto positivo na Rendibilidade dos Capitais Próprios, demonstrando a investidores que, neste período, o endividamento é benéfico para a empresa.
2006 2007 2008
Efeitos de encargos Financeiros RC/RO0,44 0,39 0,37
Múltiplo da estrutura Financeira AE/CP6,7 5,16 5,2
Efeito Alavanca Financeira3,01 2,06 1,62
10.ANÁLISE DOS FLUXOS DE CAIXA
Pág. 28André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
10.1. Análise de fluxos de caixa das actividades operacionais
Mapa de Fluxos de caixa
Rubricas
2006 2007 2008
Fluxo de Caixa das actividades operacionais
- Método Directo
Recebimento de Clientes 97.405.893 208.501.840 168.157.256
Pagamento a Fornecedores -92.050.983 -96.004.803 -121.022.412
Pagamento ao Pessoal -25.949.879 -27.394.558 -28.220.460
Caixa Gerada Pelas operações-
20.594.96985.102.479 18.914.384
Pagamento/Recebimento de impostos sobre
o Rendimento-2.277.252 1.583.127 -9.679.574
Outros recebimentos/Pagamentos 6.880.247 7.514.798 9.541.386
Fluxo de Caixa das Actividades operacionais (1)-
15.991.97494.200.404 18.776.196
Pág. 29André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
10.1. Análise de fluxos de caixa das actividades operacionais
2006 2007 2008-40,000,000-20,000,000
020,000,00040,000,00060,000,00080,000,000
100,000,000120,000,000
Fluxo de Caixa das Ac-tividades Operacionais (1)
O elevado aumento dos Fluxos de caixa de 2006 para 2007 está associado:
• Um aumento de 53% de recebimentos por parte dos clientes, correspondendo a um acréscimo de 111 M€ em 2007.
A regressão que se verifica do ano 2007 para 2008 deve-se:
• Uma diminuição de 23% no recebimento por parte dos clientes, resultando em um decréscimo de 40M€.
• Um aumento de 20% no pagamento a fornecedores
• Um aumento de 83% no pagamento de impostos sobre o rendimento
Pág. 30André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
10.2. Análise de fluxos de caixa das actividades de Investimento
Mapa de Fluxos de caixa
Rubricas
2006 2007 2008
Fluxo de Caixa das actividades de
investimento
Pagamentos respeitantes a:
Activos Fixos Tangíveis -32.490.675 -18.643.191 -29.729.689
Activos Intangíveis -180.242
Investimentos Financeiros -833.164 -201.173
Recebimentos provenientes de:
Investimentos Financeiros 921.480
Subsídios de investimento 1.870.061 1.360.193 2.013.086
Dividendos 380.938 385.579 570.006
Fluxo de Caixa das
Actividades
investimento (2)
-31.253.082 -16.897.419 -26.426.290
Pág. 31André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
10.2. Análise de fluxos de caixa das actividades Investimento
Podemos verificar que o fluxo de investimento diminui de 2006 para 2007:
• Diminui sensivelmente 51%, isto acontece porque os pagamentos respeitantes a activos fixos tangíveis foram reduzidos.
Na transição de 2007 para 2008 verifica-se um aumento:
• Aumento e 35% dos pagamentos respeitantes a activos fixos tangíveis.
Desta forma podemos dizer que nos últimos três anos a empresa pagou cerca de 85 M€ por activos fixos tangíveis, concluindo que a política de investimento da empresa é forte.
2006 2007 2008-35,000,000
-30,000,000
-25,000,000
-20,000,000
-15,000,000
-10,000,000
-5,000,000
0
Fluxo de Caixa das Activi-dades de Investimento (2)
Pág. 32André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
10.3. Análise de fluxos de caixa das actividades de Financiamento
Mapa de Fluxos de caixa
Rubricas
2006 2007 2008
Fluxo de Caixa das actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos Obtidos 262.447.676 477.760.413 336.021.046
Empréstimos concedidos às participadas 816.000
Juros e Gastos Similares 539.478 1.357.526 597.853
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos Obtidos -206.525.335 -540.172.297 -312.185.619
Empréstimos concedidos às participadas -137.635
Juros e Gastos Similares -8.609.651 -12.701.349 -12.619.040
Dividendos -3.150.000 -4.900.000
Fluxo de Caixa das
Actividades
financiamento (3)
48.530.533 -76.905.707 6.914.240
Pág. 33André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
Na transição 2006 para 2007 tiveram uma queda acentuada de 125 M€, devido principalmente a pagamentos de empréstimos bancários obtidos. Na transição de 2007 para 2008 verifica-se um aumento acentuado do Fluxo de investimento, pois os pagamentos referentes a empréstimos bancários obtidos diminuem perto de 227 M€.
2006 2007 2008-100,000,000
-80,000,000
-60,000,000
-40,000,000
-20,000,000
0
20,000,000
40,000,000
60,000,000
Fluxo de Caixa das Actividades de Financiamento (3)
10.3. Análise de fluxos de caixa das actividades de Financiamento
Pág. 34André Mendonça João Gomes João Mota Análise Financeira
10.4 Mapa de Fluxos Caixa
A análise do ciclo de operacional e de investimento mostra um desequilíbrio forte em termos de fluxos, uma vez que, os fluxos gerados no ciclo operacional de 2006 e 2008 não são suficientes para cobrir os fluxos consumidos no ciclo de investimento. A geração de fluxos de caixa criada pelo ciclo de operação e de financiamento é suficiente para compensar o défice de fluxo apresentado pelo ciclo de investimento.
Mapa de Fluxos de caixa
Rubricas
Variações de caixa e seus equivalentes (1+2+3)
1.285.477 397.278 -735.854
Efeito das diferenças de câmbio 0 0 0
Caixa e seus equivalentes no início do período
59.630 1.345.108 1.742.385
Caixa e seus equivalentes no fim do período
1.345.107 1.742.386 1.006.531