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CAPÍTULO IV IV ANALISE JURÍDICA CASO A CASO DOS ERROS E OMISSÕES AVALIADOS NO PROJECTO

ANALISE JURÍDICA DOS ERROS E OMISSÕES AVALIADOS … O erro em causa tem a ver com o facto das treliças existentes colidirem ... Ou seja, a identificação deste tipo de erros, que

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CAPÍTULO IV

IV – ANALISE JURÍDICA CASO A CASO DOS

ERROS E OMISSÕES AVALIADOS NO

PROJECTO

IV – ANALISE JURÍDICA CASO A CASO DOS ERROS E OMISSÕES

AVALIADOS NO PROJECTO

Nota: Os artigos referidos são sempre do CCP.

1 – ESCOLA DE PAREDES

ERRO E OMISSÃO Nº 1

Verificou-se que o pavimento existente apresentava uma camada de

betão armado de 40 cm em vez de pavimento térreo a demolir.

O erro tem origem na ausência de trabalho de campo na identificação das

características da laje existente. Não se fizeram sondagens prévias. Trata-

se de Aspecto ou dado desconforme com a realidade. (art. 61º nº1 alínea

a) i). Com a diligência objectivamente exigível, não é identificável na fase

de procedimento pelos interessados (art. 61º nº2, excepção referida na

parte final).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra e identificável ou detectável, apenas

na fase de execução do contrato, a responsabilidade pelo custo do

suprimento é totalmente do dono da obra. (art. 378º nº 1)

ERRO E OMISSÃO Nº 2

O EO 02 é tratamento intumescente adicional da estrutura metálica

existente do edifício C. Trata-se de uma reclamação de quantidade,

porque se detectou em obra, após a demolição de revestimentos

interiores, que a área de estrutura metálica existente no edifício C, a tratar

com produto intumescente, era superior à que o projecto permitia

estimar.

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 2/20

O erro tem origem na ausência de trabalho de campo na identificação das

características da estrutura existente. Não se fizeram sondagens prévias.

Nem ao projectista foi dado conhecimento desta situação. Trata-se de

Aspecto ou dado desconforme com a realidade. (art. 61º nº1 alínea a) i).

Com a diligência objectivamente exigível, não é identificável na fase de

procedimento pelos interessados (art. 61º nº2, excepção referida na parte

final).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra e identificável ou detectável, apenas

na fase de execução do contrato, a responsabilidade pelo custo do

suprimento é totalmente do dono da obra. (art. 378º nº 1)

ERRO E OMISSÃO Nº 3 e 6

Em causa o facto de no projecto de ar condicionado existir condutas cujo

traçado intercepta elementos estruturais

O suprimento do erro, consistiu no reforço estrutural e pintura com tinta

especial.

O erro tem origem na ausência de trabalho de campo na identificação das

características da estrutura existente. Não se fizeram sondagens prévias.

Nem ao projectista foi dado conhecimento desta situação. Trata-se de

Aspecto ou dado desconforme com a realidade. (art. 61º nº1 alínea a) i).

Com a diligência objectivamente exigível, não é identificável na fase de

procedimento pelos interessados (art. 61º nº2, excepção referida na parte

final).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra e identificável ou detectável, apenas

na fase de execução do contrato, a responsabilidade pelo custo do

suprimento é totalmente do dono da obra. (art. 378º nº 1)

ERRO E OMISSÃO Nº 4

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 3/20

O erro consistiu na impossibilidade de instalar as infra estruturas nos

tectos, sem alterar a estrutura metálica existente.

O suprimento consistiu na alteração da estrutura metálica.

Esta omissão deveria integrar o previsto no art. 61º nº1 alínea b) ou seja,

Erros e Omissões do projecto de execução que não se incluam do nº 1 do

mesmo artigo. Ou seja, com a diligência objectivamente exigível, não era

identificável na fase de procedimento pelos interessados (art. 61º nº2).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas não identificável ou detectável,

na fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento teria

de ser do dono da obra. (art. 378º nº 1).

ERRO E OMISSÃO Nº 8

A situação consistiu na omissão de um elemento metálico preenchido

com alvenaria de tijolo.

O suprimento consistiu no fornecimento e colocação de estrutura de

suporte de vãos.

Na documentação desta situação parece haver discrepância entre o que

foi afirmado pelo projectista (que referiu existir a omissão) e o dono da

obra que entendeu não haver omissão mas desconformidade entre o

projecto e o Mapa de Quantidades.

No entanto, a situação é a seguinte:

- o projectista de estruturas referiu existir a omissão no seu projecto. O D.

Obra referiu que o trabalho foi previsto no projecto de arquitectura, mas

não foi considerado no projecto de estruturas e no mapa de quantidades.

Trata-se de uma omissão subsumível no previsto na alínea b) do nº 1 do

art. 61º.

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 4/20

O dono da obra entendeu que esta situação era detectável na fase de

formação do contrato e por conseguinte o empreiteiro suportou metade

do custo do suprimento, nos termos do art. 378 nº 5., mas não se

integrando a omissão em nenhuma das alíneas do nº 1 do art. 61º, o custo

deveria ser exclusivamente do dono da obra. (art. 378 nº 1). No entanto

pode considerar-se uma situação duvidosa.

ERRO E OMISSÃO Nº 9

O erro em causa tem a ver com o facto das treliças existentes colidirem

com a passagem das condutas de AVAC

O projectista justificou a situação com a falta de informação quanto ao

levantamento estrutural da zona em causa em fase de projecto.

O suprimento consistiu no corte e reforço de treliças para passagem de

condutas AVAC.

Trata-se de um erro enquadrável no previsto na alínea a) i) do nº 1 do art.

61º.

Note-se que o próprio projectista não obteve informação necessária sobre

a realidade. Muito menos o interessado a poderia obter em fase pré-

contratual.

Sendo assim um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra e identificável ou detectável, apenas

na fase de execução do contrato, a responsabilidade pelo custo do

suprimento foi totalmente do dono da obra. (art. 378º nº 1)

O EO nº 9 é idêntico aos EO's 3 e 6, mas em edifício diferente.

ERRO E OMISSÃO Nº 12

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 5/20

A omissão resulta da inexistência de quantificação de muretes/chaminés

para o fecho das saídas das condutas de AVAC.

O suprimento consistiu na execução dos referidos muretes de passagem

de condutas de AVAC

Na documentação desta situação há registo do projectista da entrega

tardia do projecto de AVAC em relação ao projecto de Arquitectura. Isto é,

não houve compatibilização de projectos, tarefa da responsabilidade do

coordenador de projecto.

Trata-se de uma omissão subsumível no previsto na alínea b) do nº 1 do

art. 61º.

O dono da obra entendeu que esta situação, era detectável na fase de

formação do contrato, por “ análise e compatibilização dos projectos de

arquitectura a AVAC “., integrando-a no nº 1 da alínea a) do art. 61º.

A compatibilização de projectos, afigura-se uma obrigação excessiva no

âmbito da diligência objectivamente exigível aos interessados.

No entanto o empreiteiro suportou metade do custo do suprimento, nos

termos do art. 378 nº 5.

ERRO E OMISSÃO Nº 13

Situação idêntica à do Erro e Omissão nº 1, mas em Bloco diferente.

ERRO E OMISSÃO Nº 14

Situação idêntica à do Erro e Omissão nº 2, mas em edifício diferente.

ERRO E OMISSÃO Nº 15

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 6/20

A omissão resulta da necessidade de preservação de árvore e adequação

de um talude.

O suprimento foi a execução de alguns muros exteriores de betão.

Esta omissão não poderia ter sido detectada em fase pré contratual, pois

de facto não se trata de erro ou omissão, mas sim um trabalho a mais.

É um caso típico de confusão de conceitos

ERRO E OMISSÃO Nº 16

O erro consiste no facto da localização do equipamento AVAC não

coincidir com os pilares existentes e as lajes pré- existentes não

suportarem os esforços.

O suprimento foi a execução de uma nova estrutura metálica de apoio.

As notas do Projectista, confirmam mais uma vez que a compatibilização

de projectos foi insuficiente.

Trata-se de um erro enquadrável no previsto na alínea b) do nº 1 do art.

61º.

Sendo assim um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra e identificável ou detectável, apenas

na fase de execução do contrato, a responsabilidade pelo custo do

suprimento foi totalmente do dono da obra. (art. 378º nº 1)

ERRO E OMISSÃO Nº 17

Situação idêntica à do Erro e Omissão nº 16, mas em Bloco diferente.

ERRO E OMISSÃO Nº 23

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 7/20

Em causa o facto dos actuadores eléctricos em janelas de desenfumagem

estarem indicados no projecto de AVAC como fazendo parte da

Arquitectura, mas não foram incluídos no respectivo Mapa de

Quantidades.

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) ii), ou seja,

espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral

execução do objecto do contrato a celebrar.Com a diligência

objectivamente exigível, é identificável na fase de procedimento pelos

interessados (art. 61º nº2).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5)

ERRO E OMISSÃO Nº 24

A omissão resulta da necessidade não prevista de introdução de módulos

de desenfumagem em alguns vãos e da inserção de clarabóias de

desenfumagem.

O projectado violava a legislação de segurança vigente.

O suprimento foi a execução de clarabóias e módulos de desenfumagem.

As notas do Projectista, confirmam que uma alteração legislativa posterior

ao projecto assim o determinaria.

Trata-se de um erro enquadrável no previsto na alínea b) do nº 1 do art.

61º.

Sendo assim um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra e identificável ou detectável, apenas

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 8/20

na fase de execução do contrato, a responsabilidade pelo custo do

suprimento foi totalmente do dono da obra. (art. 378º nº 1)

ERRO E OMISSÃO Nº 25

A omissão consiste na necessidade de executar uma estrutura metálica

de apoio de equipamento e tubagem AVAC.

O suprimento foi a execução da referida estrutura metálica de apoio.

As notas do Projectista, confirmam que “ à data da elaboração do projecto

de fundações e estruturas não foi comunicado ao projectista a necessidade

de se virem a criar estruturas especiais de suporte de equipamento”.

A Fiscalização confirma que “ esta estrutura não se encontra definida,

não tendo havido compatibilização entre os vários projectos da obra”

Trata-se de um erro enquadrável no previsto na alínea b) do nº 1 do art.

61º.

Apesar destas informações o dono de obra, neste caso, considerou a

omissão identificável em fase pré - contratual.

Assim, sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento foi

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5)

ERRO E OMISSÃO Nº 26

O erro consiste na necessidade de executar maior quantidade em vigas

pré – esforçadas que as previstas em projecto

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 9/20

As notas do Projectista, confirmam que “ se tratou dum lastimável lapso

pois quer no caso da cofragem, quer no caso do pré - esforço” uma parcela

importante não foi multiplicada pelo nº de vigas (8)”

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) ii), ou seja,

espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral

execução do objecto do contrato a celebrar.

Com a diligência objectivamente exigível, uma situação concreta destas é

identificável na fase de procedimento pelos interessados? (art. 61º nº2).

Na posse destas informações o dono de obra, neste caso, considerou a

omissão identificável em fase pré - contratual.

Ou seja, a identificação deste tipo de erros, que quase se confunde com

revisão de projecto, constitui um dever dos interessados.

Assim, sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento foi

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5).

Nestes casos, como nos restantes em que se verifique um erro claro – e

até assumido – pelo responsável pela concepção, o empreiteiro fica sub

rogado no direito de pedir o ressarcimento do dano.

ERRO E OMISSÃO Nº 27

Situação idêntica à do Erro e Omissão nº 25, mas em Bloco diferente.

ERRO E OMISSÃO Nº 28

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 10/20

Em análise o facto de não estarem previstos no Mapa de Quantidades,

vários equipamentos constantes do projecto de AVAC.

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) ii), ou seja,

espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral

execução do objecto do contrato a celebrar.Com a diligência

objectivamente exigível, é identificável na fase de procedimento pelos

interessados (art. 61º nº2).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5)

ERRO E OMISSÃO Nº 29

Esta omissão consiste no facto de Equipamentos Eléctricos e de

Alimentação eléctrica a equipamentos diversos, não estarem descritos

no Mapa de quantidades embora constassem das pelas escritas

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) ii), ou seja,

espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral

execução do objecto do contrato a celebrar.Com a diligência

objectivamente exigível, é identificável na fase de procedimento pelos

interessados (art. 61º nº2).

Foi realizada já no decurso da obra a medição dos elementos constantes

das peças escritas. Tal actividade constitui o suprimento duma omissão do

Mapa de Quantidades.

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5)

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 11/20

2 – ESCOLA DE SANTO TIRSO

ERRO E OMISSÃO Nº 1

Está em causa a necessidade de garantir uma adequada qualidade duma

laje térrea.

O erro tem origem na ausência de trabalho de campo na identificação das

características da laje existente. Trata-se de Aspecto ou dado desconforme

com a realidade. (art. 61º nº1 alínea a) i). Com a diligência objectivamente

exigível, não é identificável na fase de procedimento pelos interessados

(art. 61º nº2, excepção referida na parte final).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra e identificável ou detectável, apenas

na fase de execução do contrato, a responsabilidade pelo custo do

suprimento é totalmente do dono da obra. (art. 378º nº 1)

ERRO E OMISSÃO Nº 2

Está em causa é a omissão no Mapa de Quantidades do rebaixamento

duma lage térrea.

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) ii), ou seja,

espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral

execução do objecto do contrato a celebrar.Com a diligência

objectivamente exigível, é identificável na fase de procedimento pelos

interessados (art. 61º nº2).

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 12/20

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5)

ERRO E OMISSÃO Nº 3

Está em causa é a omissão no Mapa de Quantidades de Caleira exterior

para drenagem de águas pluviais, que em todo o caso estavam visíveis

nas peças desenhadas

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) ii), ou seja,

espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral

execução do objecto do contrato a celebrar.Com a diligência

objectivamente exigível, é identificável na fase de procedimento pelos

interessados (art. 61º nº2).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5)

ERRO E OMISSÃO Nº 4

Trata-se da omissão no Mapa de Quantidades de Muro de Vedação

exterior a nascente do Bloco D, que em todo o caso estavam visíveis nas

peças desenhadas

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) ii), ou seja,

espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral

execução do objecto do contrato a celebrar.Com a diligência

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 13/20

objectivamente exigível, é identificável na fase de procedimento pelos

interessados (art. 61º nº2).

Foi realizada já no decurso da obra a medição dos elementos desenhados

relativos ao muro e constantes no projecto. Tal actividade constitui um

suprimento duma omissão do Mapa de Quantidades.

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5)

ERRO E OMISSÃO Nº 5

Trata-se da omissão no Mapa de Quantidades de Muro de Vedação

exterior a nascente do Bloco G, que em todo o caso estavam visíveis nas

peças desenhadas.

No caso vertente, o muro a construir estava fora dos limites do terreno

disponibilizado para a construção. Há uma redefinição dos limites do

terreno, posterior á fase de procedimento.

De facto este erro integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) i), ou seja,

Aspectos ou dados que se revelem desconformes com a realidade. A

desconformidade neste caso, é a implantação duma construção fora dos

limites do terreno. Com a diligência objectivamente exigível, pode ser

identificável na fase de procedimento pelos interessados (art. 61º nº2). E

foi essa a posição inicial da Fiscalização.

Mas no caso concreto, essa alteração de localização também implicou a

construção dum elemento com características diferentes.

O dono de obra, veio finalmente a considerar que “ analisados os

elementos patenteados, não era exigível que tal erro e omissão fosse

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 14/20

detectado e identificado pelo empreiteiro na fase de formação de

contrato.

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas não identificável ou detectável,

na fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é do

dono da obra, como acabou por ser decidido. (art. 378º nº 1)

ERRO E OMISSÃO Nº 6

Em análise o facto da Alimentação eléctrica a equipamentos diversos,

não estar prevista no projecto de electricidade, embora constasse das

pelas escritas

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) ii), ou seja,

espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral

execução do objecto do contrato a celebrar.Com a diligência

objectivamente exigível, é identificável na fase de procedimento pelos

interessados (art. 61º nº2).

Foi realizada já no decurso da obra a medição dos elementos constantes

das peças escritas. Tal actividade constitui o suprimento duma omissão do

Mapa de Quantidades.

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5)

ERRO E OMISSÃO Nº 7

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 15/20

Trata-se do erro que consiste no facto de a área para implantação do

ginásio constante do projecto, exceder os limites do terreno

disponibilizado para a sua construção.

No caso vertente, parte da edificação a construir estava fora dos limites

do terreno disponibilizado.

De facto este erro integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) i), ou seja,

Aspectos ou dados que se revelem desconformes com a realidade. A

desconformidade neste caso, é a implantação duma construção fora dos

limites do terreno. Com a diligência objectivamente exigível, não pode ser

identificável na fase de procedimento pelos interessados (art. 61º nº2/

excepção).

O suprimento deste erro, obriga a um trabalho de compatibilização de

arquitectura e estrutura do Bloco em causa.

No caso concreto, essa alteração de localização também implicou a

construção dum elemento com características diferentes.

O dono de obra, considerou que “não era exigível que tal erro e omissão

fosse detectado e identificado pelo empreiteiro na fase de formação de

contrato.”

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas não identificável ou detectável,

na fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é do

dono da obra, como acabou por ser decidido. (art. 378º nº 1)

ERRO E OMISSÃO Nº 8

Em causa o facto da distância entre as unidades exterior e interior do

Split exceder a distância máxima imposta pelo fabricante para o seu

normal funcionamento. O suprimento consistiu na substituição do Split

previsto, por outro que com a localização do projecto cumprisse a

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 16/20

distancia existente e adicionalmente foi feita a colocação dum depósito

de inércia.

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea b) ou seja, Erros e

Omissões do projecto de execução que não se incluam na alínea a) do nº 1

do mesmo artigo. Com a diligência objectivamente exigível, considerou-se

identificável na fase de procedimento pelos interessados, ou seja que era

um erro subsumível no nº 1 do mesmo artigo. (art. 61º nº2).

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento foi

repartida entre do dono da obra e o adjudicatário, cabendo a este

suportar metade do respectivo custo. (art. 378º nº 5).

Nesta situação, um entendimento mais estrito do que se deva entender

por diligência objectivamente exigível, não faria recair sobre o empreiteiro

o ónus de custear 50% deste suprimento, seja ele classificado como

estando previsto no nº 1 ou nº 2 do artigo 61º. De facto entender-se-ia

nessa visão menos larga, que verificar a compatibilidade e adequabilidade

dos equipamentos, com características construtivas e limites de

funcionamento muito específicos de especialidades, excede largamente os

deveres de cooperação e diligência na fase pré - contratual.

No entanto, pela consulta da ficha anexa ao processo, o valor pago pelo

Dono da Obra foi 100%, apesar dos considerandos da ordem de execução

e do parecer da fiscalização.

ERRO E OMISSÃO Nº 9

Trata-se duma situação resultante do erro nº 5. A execução dum muro de

suporte de terras fora do local projectado, obrigou a colocar uma

vedação para separar o terreno da Escola do terreno particular

adjacente.

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 17/20

De facto o erro inicial integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) i), ou seja,

Aspectos ou dados que se revelem desconformes com a realidade. A

desconformidade neste caso, é a implantação duma construção fora dos

limites do terreno. Com a diligência objectivamente exigível, pode ser

identificável na fase de procedimento pelos interessados (art. 61º nº2). E

foi essa a posição inicial da Fiscalização.

Mas no caso concreto, essa alteração de localização também implicou a

construção de mais um elemento diferente, no caso uma vedação.

O dono de obra, a considerar que “ analisados os elementos patenteados,

não era exigível que tal erro e omissão fosse detectado e identificado pelo

empreiteiro na fase de formação de contrato.

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas não identificável ou detectável,

na fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é do

dono da obra, como acabou por ser decidido. (art. 378º nº 1)

No entanto, esta solução, resultando para o custo do dono da obra no

mesmo valor, está incorrectamente classificada. Estamos de facto perante

um Trabalho a Mais, na completa asserção do nº 1 do art. 370º. A

necessidade deste trabalho, deriva de facto do suprimento dum erro, mas

a execução da vedação, é um trabalho a mais e como tal deveria ter sido

considerado

ERRO E OMISSÃO Nº 10

Trata-se de mais uma situação resultante do erro nº 5. A execução dum

muro de suporte de terras fora do local projectado, obrigou a deslocar a

localização da pista de corrida e esse facto obrigou à construção de mais

um muro de suporte de terras.

De facto o erro primitivo integra o previsto no art. 61º nº1 alínea a) i), ou

seja, Aspectos ou dados que se revelem desconformes com a realidade. A

desconformidade neste caso, é a implantação duma construção fora dos

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 18/20

limites do terreno. A posição inicial da Fiscalização foi que com a diligência

objectivamente exigível, poderia ser identificável na fase de procedimento

pelos interessados (art. 61º nº2).

O dono de obra, a considerar que “ analisados os elementos patenteados,

não era exigível que tal erro e omissão fosse detectado e identificado pelo

empreiteiro na fase de formação de contrato.

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas não identificável ou detectável,

na fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é do

dono da obra, como foi decidido. (art. 378º nº 1)

No entanto, também esta solução, resultando para o custo do dono da

obra no mesmo valor, está incorrectamente classificada. Estamos de facto

perante um Trabalho a Mais, na completa asserção do nº 1 do art. 370º. A

necessidade deste trabalho, deriva de facto do suprimento dum erro, mas

a execução do muro de suporte, é um trabalho a mais e como tal deveria

ter sido considerado

ERRO E OMISSÃO Nº 11

Em causa o facto de o projecto de execução não prever vãos de

desenfumagem, violando a legislação regulamentar.

Esta omissão integra o previsto no art. 61º nº1 alínea b) ou seja, Erros e

Omissões do projecto de execução que não se incluam na alínea a) do nº 1

do mesmo artigo.

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, não identificável ou detectável, na

fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento foi do

dono da obra art. 378º nº 1).

Nesta situação, optou-se pelo entendimento mais estrito do que se deva

entender por diligência objectivamente exigível, o que não fez recair sobre

--------------- § -------------- Capítulo IV - Pág. 19/20

o empreiteiro o ónus de custear 50% deste suprimento. De facto

entendeu-se neste caso, que verificar a compatibilidade e adequabilidade

dos equipamentos, com regulamentos muito específicos de

especialidades, no caso não havia sido disponibilizada a compilação de

todas a segurança contra incêndios - excederia os deveres de cooperação

e diligência na fase pré - contratual.

ERRO E OMISSÃO Nº 16

Em causa a reconstrução parcial dum muro exterior, por questões de

segurança.

Este erro integra aparentemente o previsto no art. 61º nº1 alínea a) i), ou

seja, Aspectos ou dados que se revelem desconformes com a realidade.

O dono de obra, considerou que “ analisados os elementos patenteados,

não era exigível que tal erro e omissão fosse detectado e identificado pelo

empreiteiro na fase de formação de contrato.

Sendo um erro ou omissão verificado em elementos elaborados ou

disponibilizados pelo dono da obra, mas não identificável ou detectável,

na fase pré-contratual, a responsabilidade pelo custo do suprimento é do

dono da obra, como foi decidido. (art. 378º nº 1)

No entanto, também esta solução, resultando para o custo do dono da

obra no mesmo valor, está incorrectamente classificada. Estamos de facto

perante um Trabalho a Mais, na completa asserção do nº 1 do art. 370º. A

necessidade deste trabalho, - alteração de projecto por motivos de

segurança, não deriva de facto do suprimento dum erro, mas de condições

naturais imprevisíveis, é um trabalho a mais e como tal deveria ter sido

considerado.

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