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Análise térmica de polímeros Técnicas de Caracterização de Polímeros

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Análise térmica de polímeros

Técnicas de Caracterização de Polímeros

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Análise térmica

• Técnicas que analisam a variação de uma propriedade física ante a mudança na temperatura• Entre essas propriedades estão:• Massa• Entalpia• Dimensões• Características mecânicas

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Técnicas mais importantes

• Termogravimetria (TG) - massa• Análise térmica diferencial (DTA), Calorimetria diferencial exploratória

(DSC) – fluxo de calor• Termodilatometria (TD) – dimensões• Análise Termomecânica (TMA) e Análise Termomecânica Dinâmica

(DMA ou DTMA) – propriedades mecânicas

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Termogravimetria (TG e DTG)

• Monitora a variação de massa da amostra (sólida) com o aquecimento• Durante o aquecimento, vários processos que levam à volatilização de

componentes podem ocorrer, entre os quais:• Evaporação de solvente residual• Desidratação• Reações químicas que geram gases• Combustão total• outras

• Pode haver também ganho de massa, devido, por exemplo à formação de óxidos

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Eventos detectáveis via TG/DTG

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Fatores importantes na TG e na DTG

• Razão de aquecimento• Atmosfera do forno• Cadinho• Massa da amostra• Granulometria da amostra

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Alguns exemplos de uso de TG/DTG para materiais poliméricos• Estabilidade térmica• Determinação de voláteis (umidade inclusive)• Determinação de aditivos• Aditivos termo-estáveis

• Grau de cura• Composição de blendas

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Aplicação da TG/DTG: determinação de carga inorgânica

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DTA e DSC

• Essas técnicas monitoram o fluxo de calor para uma amostra e um referência, submetidas a uma mesma rampa de temperatura• Na análise térmica diferencial DTA a amostra é aquecida junto com

uma substância de referência e a diferença de temperatura é medida por termopares instalados na amostra e na referência

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DSC

• Há dois tipos de equipamentos de DSC:• DSC de fluxo de calor• Nesse tipo de equipamento a variação de temperatura entre a amostra e a

referência é medida. Usa apenas um gerador de calor. O dt é proporcional ao dH

• DSC de compensação de potência• Nesse caso, há mais dois geradores de calor diferentes: uma para a amostra e

outro para referência. Pequenas diferenças entre a temperatura da amostra e da referência são compensadas por esses geradores e a energia extra gerada por eles é registrada.

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Tipos de informação obtidos por DSC• Transições:

• Vítrea• Fusão• Cristalização• Outras

• Reações químicas• Cura• Oxidação• volatilização

• Processos físicos:• dessorção

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Transições de primeira e segunda ordens• Transições de primeira ordem• São aquelas em que há variação na entalpia, a transição se apresenta no

termograma com um pico (exotérmica) ou vale (endotérmica)• Exemplos: fusão, cristalização, transformação química

• Transições de segunda ordem• Não há mudança na entalpia e sim na capacidade calorífica da amostra. Essas

transições se apresentam no termograma como um deslocamento da linha de base

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Um termograma típico

Um evento de segunda ordem

Um evento de primeira ordem exotérmico

Dois eventos de primeira ordem endotérmicos

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Um termograma típico

Tg

Cristalização a frio

Tm para duas fases diferentes

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Fatores que interferem em ensaios de DSC - instrumento• Taxa de aquecimento

• Alta• Baixa

• Atmosfera do forno• Estática• Dinâmica

• Tipo de gás• Inerte• Reativo

• Condutividade térmica do gás de arraste• Baixa• Alta

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Fatores que interferem em ensaios de DSC – cápsula (panelinha)• Tipo de cápsula• Aberta• Prensada• Tampa invertida/furada• Hermética

• Material da cápsula• Alumínio• Platina, ouro, aço• Cobre• Grafite

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Fatores que interferem em ensaios de DSC – amostra• Quantidade• Alta• baixa

• Forma• Corpo único• Pó• Fibra• Pasta

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Calibração

• Materiais de referência com transições bem conhecidas (fusão, por exemplo)• Tanto a temperatura quanto

o calor liberado ou absorvido pela transição são calibrados ou aferidos usando-se materiais de referência• Normas ASTM E 967 e E 968

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Temperatura de Transição Vítrea por DSC• A temperatura de transição

vítrea é uma característica de materiais amorfos• É uma transição de segunda

ordem. Acima dela os segmentos poliméricos que estão na fase amorfa passam a apresentar mobilidade• Deve ser medida sempre no

segundo aquecimento

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Temperatura de Transição Vítrea por DSC

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Temperatura de Transição Vítrea por DSC

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Fusão e cristalização

• Dois eventos de primeira ordem que são típicos de materiais cristalinos ou semi-cristalinos• A fusão é um evento endotérmico e a cristalização exotérmico (a

princípio são o mesmo fenômeno)• A fusão ocorre geralmente numa faixa de temperatura (lembrando

que todo material polimérico é uma mistura e ainda há regiões amorfas e cristalinas)• A cristalização é um evento complexo e está relacionado à forma com

que o polímero foi resfriado, por exemplo• Procedimentos descritos nas normas ASTM D 3417 e D 3418

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Fusão e Cristalização

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Identificaçãode misturas

• Numa mistura onde são conhecidos os valores de Tm e o calor de fusão, é possível determinar a composição relativa. No exemplo abaixo temos uma mistura de PP e HDPE. O PE funde a 135oC e o PP a 163oC. O calor de fusão do PP puro é 60J/g. Calculando-se com base na massa da amostra e a área do pico em 163, chega-se à composição de 23,8% de PP.

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Determinação do grau de cristalinidade• Conhecendo-se o calor de fusão de um polímero em sua forma 100%

cristalina (ou estimando-se de alguma forma) o grau de cristalinidade pode ser determinado da seguinte forma:

Cristalinidade = 100 x ∆Hamostra/∆H0fusão

• Existem tabelas com esses valores em materiais de referência

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Outras variações de DSC

• MTDSC• Foto DSC