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ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DAS ÁGUAS E DE SOLOS DO RIO CANGUIRI
Elisa Soares Santos1
Sonia Zanello2
RESUMO
A poluição do solo e da água que resulta do desenvolvimento urbano, industrial e agricultura, constituiu o tema desta investigação. Pelo fato da qualidade do solo estar diretamente ligada à da água e objetivando o ensino-aprendizagem, o projeto pôde ser utilizado no monitoramento da qualidade da água e do solo do entorno do Rio Canguiri, situado nas proximidades do CEEP Newton Freire Maia, Pinhais. A metodologia consistiu em aulas de campo, atividades experimentais problematizadas, que promoveram aspectos como elaboração de hipóteses, análises, conclusões e interpretação de dados. As análises de água foram realizadas no local da coleta com a utilização do Ecokit fornecido pela SANEPAR onde foram determinados parâmetros como: Potencial Hidrogeniônico, Oxigênio Dissolvido, Ferro, Ortofosfatos, Nitrogênio Amoniacal, Cloretos, Turbidez e Temperatura. No Laboratório de Química da Escola, foi realizada a Demanda Química de Oxigênio. Nas amostras de solo foram feitas análise textural e determinados os seguintes parâmetros químicos: pH, Acidez Ativa, Acidez Potencial, Alumínio trocável, Cálcio, Magnésio, Potássio trocáveis e Matéria Orgânica. Os valores utilizados para a interpretação dos resultados das análises são de aplicação regional com os extratores que melhor representam a realidade do nosso Estado. Concluiu-se que as atividades práticas permitem aos alunos expressar respostas de natureza cognitiva, ações e reflexões necessárias para uma aprendizagem significativa, portanto a proposta desta prática inovadora será adotada pela escola. De acordo com as análises, a qualidade da água do Rio Canguiri foi classificada como classe três. O solo analisado reflete as características de um gleissolo háplico, de reação ácida.
Palavras-chave: Análise de Água. Análise de Solo. Ensino de Solos.
ABSTRACT
The soil and water pollution resultant of urban, industrial and agricultural development constituted this investigation theme. Because soil quality is directly connected to water quality and having as objective teaching-learning, the project could be used in water and soil quality monitoring around Rio Canguiri, next to CEEP Newton Freire Maia, Pinhais. The methodology consisted in field classes, problematized experimental activities, which promoted aspects as hypothesis elaboration, analysis, conclusions and data interpretation. Water analysis were performed at the samplingplace, using the Ecokit, provided by SANEPAR, where parameters as pH, dissolved oxygen, iron, orthophosphates, amoniacal nitrogen, chloride, turbidity and temperature
1Professora PDE lotada no Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia. Estrada da Graciosa, 7.400, km 20, Jardim Boa Vista, CEP
83.327-000- Pinhais -PR, Brasil. E-mail: [email protected].
2Departamento de Química e Biologia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná -UTFPR. Av. Sete de Setembro, 3165, Rebouças, CEP 80.230-010,
Curitiba- PR, Brasil. E-mail: [email protected].
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were determined. At School`s chemistry laboratory, chemical oxygen demand was determined. Textural analysis and several chemical parameters were determined in soil samples, as follows: pH, active acidity, potential acidity, exchangeable aluminium, calcium, magnesium and potassium and organic matter. The values used for analysis results interpretation are of regional application where the extractors represent the best reality o four States. The conclusion is that the practical activities allow students to express answers of cognitive nature, actions and reflections which are needed to have a significant learning, so the proposition of this innovating practice is going to be adopted at school. According to the analysis, the Rio Canguiri water quality was classified as class three. The analyzed soil reflects the features of a haplic gleysoil, of acid reaction.
Keywords: Water Analysis. Soil Analysis. Soil Education.
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INTRODUÇÃO
Estudos têm demonstrado a importância do uso de atividades experimentais
investigativas no desenvolvimento de habilidades cognitivas dos alunos e na participação
no processo de aprendizagem. Muito já se pesquisou sobre o laboratório didático,
principalmente como estratégia de ensino de química (HODSON, 1994; GIL-PEREZ e
VALDÉZ CASTRO, 1996; GONZALES, 1992; GARCIA BARROS et al. 1995; WATSON et al.,
1995). Algumas destas pesquisas apontam que a experimentação ainda é pouco utilizada
pelos professores de ensino médio, por diversos motivos como exemplo: falta de
laboratórios, de materiais e reagentes e falta de tempo para o preparo das aulas (LIMA,
2004). Para GIL-PEREZ e VALDÉZ CASTRO (1996), a atividade experimental pode explorar
algumas contribuições das atividades científicas, como por exemplo: favorecer a reflexão
dos estudantes sobre a relevância e o possível interesse das situações propostas,
ressaltarem a dimensão coletiva do trabalho científico, considerar a elaboração de
hipóteses como atividade central da investigação científica e ressaltar o papel da
comunicação e do debate. SHILAND (1999) argumenta que, ao elaborar atividades nas
quais os resultados não são óbvios e são aplicáveis, os alunos poderão se sentir
insatisfeitos com suas concepções e desafiados a solucionar o problema usando suas
novas idéias em contextos mais amplos.
Os compartimentos ambientais água e solo foram utilizados como subsídio para o
ensino de química no curso Técnico em Meio Ambiente.
A água é um recurso natural essencial, seja como componente de seres vivos ou
como meio de vida de várias espécies vegetais e animais, como elemento representativo
de valores sociais e culturais, seja como fator de produção de bens de consumo
agrícolas.
O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre, pois, além de
ser o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação,
fornecendo água, ar e nutrientes, exerce, também, multiplicidade de funções como
regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação,
armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros elementos, ação
filtrante e protetora da qualidade da água e do ar. Como recurso natural dinâmico, o
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solo é passível de ser degradado em função do uso inadequado pelo homem, condição
em que o desempenho de suas funções básicas fica severamente prejudicado, o que
acarreta interferências negativas no equilíbrio ambiental, diminuindo drasticamente a
qualidade de vida nos ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais
diretamente a interferência humana como os sistemas agrícolas e urbanos. O estudo
científico do solo, a aquisição e disseminação de informações do papel que o mesmo
exerce na natureza e sua importância na vida do homem, são condições primordiais para
sua proteção e conservação, e uma garantia da manutenção do meio ambiente sadio e
auto-sustentável. A população em geral desconhece a importância do solo, o que
contribui para ampliar processos que levam à sua alteração e degradação.
O objetivo principal do trabalho foi empregar a metodologia investigativa com o
desenvolvimento conceitual e cognitivo permitindo ao aluno evidenciar fenômenos e
reconstruir suas idéias, através do monitoramento das águas e dos solos do entorno do
Rio Canguiri.
MATERIAL E MÉTODOS
Na pesquisa, a fonte direta foi o ambiente natural e o aluno, o investigador.
As atividades foram realizadas com alunos de diferentes turmas do Curso Técnico
em Meio Ambiente, do Módulo Subsequente. O Rio Canguiri, local da realização do
monitoramento, foi escolhido por situar-se nas proximidades da escola onde o projeto
foi implantado.
O projeto foi iniciado com uma visita técnica para identificação dos pontos de
Coleta do solo e da água do Rio Canguiri.
Após realizaram-se as seguintes atividades: discussão sobre a importância da
qualidade da água e do solo e a necessidade do monitoramento da qualidade desses
dois recursos.
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LOCAL DA COLETA DAS AMOSTRAS DE SOLO E ÁGUA
O Rio Canguiri está situado no Município de Colombo no Estado do Paraná.
Colombo localiza-se na porção central do Primeiro Planalto, a 25 °17’30” de latitude sul
e 49°13’27” de longitude oeste e altitude de 950m. Possui uma área de 159,14 Km2.
Limita-se ao norte com os municípios de Rio Branco do Sul e Bocaiúva do Sul; ao sul com
Pinhais; ao oeste com Curitiba e Almirante Tamandaré e ao leste com Campina Grande
do Sul e Quatro Barras. Seus principais rios são: Palmital, Atuba, Bacaitava, Capivari,
Arruda, Morro Grande e Canguiri.
Quanto aos aspectos referentes ao clima do município, predomina na região o
clima Subtropical Úmido Mesotérmico, com verões frescos (temperatura média inferior
a 22°C) e invernos com ocorrência de geadas (temperatura média inferior a 18°C), não
apresentando estação seca.
Quanto à vegetação, o Município de Colombo está inserido na área de
abrangência da Floresta com Araucária. Na área rural do Município a paisagem é
caracterizada pela presença de bracatingas, destacando-se como espécie pioneira. A
vegetação nativa divide espaço com áreas de agricultura, pecuária, mineração e
reflorestamentos com espécies exóticas (principalmente dos gêneros Pinus e
Eucalyptus).
A coleta das amostras de solo foi feita no Médio Curso do Rio Canguiri, Latitude
25°21’45,45”, Longitude 49°07’36.61”, Município de Colombo (Figura 1) nas
profundidades de 0 a 20; 20 a 40; 40 a 60; 60 a 80 e 80 cm a 1m. Foi classificado como
um solo hidromórfico do tipo gleissolo háplico, de acordo com EMBRAPA (1999 a).
As coletas de água foram realizadas quinzenalmente, no Baixo Curso do Rio
Canguiri, Latitude 25°22’27,54” e Longitude 49°07’18,73”, Município de Colombo
(Figura 1).
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FIGURA 1 - Imagem de satélite (GeoEye) com os pontos de amostragem de solo e coleta de água no
Baixo Curso do Rio Canguiri (22 maio 2009).
ANÁLISES DE ÁGUA
As coletas de água foram realizadas quinzenalmente no Baixo Curso do Rio
Canguiri. Participaram das coletas alunos e técnicos da SANEPAR, onde realizaram
análises “in situ” dos seguintes parâmetros: Temperatura, Oxigênio Dissolvido, Cloretos,
Amônia, Ferro, Ortofosfato, Potencial Hidrogeniônico, Turbidez e encaminhados para o
laboratório do CEEP Newton F. Maia, material para contagem de coliformes fecais e
ainda amostra para dosagem de alguns parâmetros tais como: Alcalinidade, DBO e DQO.
A análise foi iniciada com a coleta da amostra seguida da determinação da
temperatura da água. A primeira dosagem é a de Oxigênio dissolvido com os reagentes
específicos e comparação do resultado com a cor da cartela do manual de instruções
Alfakit (Figura 2). Na sequência são realizados os procedimentos para as dosagens de
Ferro, Fosfatos, Potencial Hidrogeniônico, Nitrogênio Amoniacal e Turbidez com os
reagentes específicos para cada parâmetro e comparados os resultados com as cartelas
de cores do manual de avaliação.
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Foram utilizadas fichas (Guia de Avaliação da Qualidade da Água) para as
anotações dos dados coletados, fornecidas pela SANEPAR, onde foram preenchidos:
Local de monitoramento, condições climáticas, participantes, data e hora da coleta,
resultados das avaliações de acordo com cada parâmetro e temperatura do ambiente.
Do ponto de vista qualitativo do ambiente, foram avaliados: ocorrência de chuva
nas últimas 24 horas, presença de residências, indústrias, plantações, comércio, cercas,
muros, estradas, pontes, criação de animais, vegetação às margens e proximidade do rio,
erosão, esgoto, lixo nas margens do leito do rio, fauna terrestre e aquática, presença de
pescadores, qualidade da água quanto à cor, transparência da água, espuma não
naturais, resíduos sólidos flutuantes ou acumulados nas margens, cheiro, larvas e
vermes vermelhos, larvas e vermes transparentes ou escuros e conchas.
A análise biológica de coliformes foi feita pelo Laboratório da SANEPAR, sendo
que a amostra foi coletada por um técnico da SANEPAR, em recipiente adequado.
A análise de oxigênio dissolvido na água foi feita no Laboratório da escola, pelo
Método Winckler modificado pela Azida Sódica. A amostra foi coletada evitando-se a
formação de bolhas. Foram adicionados dois mL de solução de sulfato manganoso e dois
mL de solução alcalina de iodeto - azida. Houve a formação de um precipitado marrom,
indicativo da presença de oxigênio dissolvido. Foram adicionados dois mL de ácido
sulfúrico concentrado e agitado até completa dissolução do precipitado. Com auxílio de
uma pipeta volumétrica foi transferido 100 mL da amostra para um erlenmeyer com
solução indicadora de amido e titulado com tiossulfato de sódio. O resultado foi
expresso em mg.L-1 O2.
O índice de qualidade da água foi obtido através da soma dos pontos obtidos na
ficha utilizada, (Guia de Avaliação) e comparados com a tabela de notas para os
parâmetros observados.
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FIGURA 2 - Cartela de cores do Manual Ecokit para comparação de cada parâmetro - Método Colorimétrico.
ANÁLISES QUÍMICAS E FÍSICAS DO SOLO
As amostras de solo foram preparadas para secagem no Laboratório da escola.
Para obtenção de terra fina seca ao ar (TFSA) as amostras de solo foram secas ao ar,
moídas e passadas por peneira de malha 2mm.
Para a análise textural do solo foi feita a eliminação de matéria orgânica com
peróxido de hidrogênio (H2O2) 30%. Foram utilizados 20g de TFSA com 50 mL de solução
de hidróxido de sódio (NaOH) 0,2 molar e deixado em repouso durante uma noite.
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Posteriormente agitado por 2 horas em agitador, para dispersão das frações (JACKSON,
1979) e o conteúdo lavado com água destilada em peneira de 20 cm de diâmetro, malha
0,053 mm apoiada sobre um funil de vidro em suporte, tendo abaixo uma proveta de
1000 mL. O material retido na peneira (areia) foi transferido para uma cápsula e secado
em estufa 105° C por 24 horas e após determinado o peso do material. Com o auxílio de
uma pisseta foi completado o volume da proveta até o aferimento. O volume das
provetas foi completado com água deionizada para separação das frações argila e silte
por sedimentação com base na Lei de Stokes (GEE & BAUDER, 1986).
A suspensão foi agitada por 1 minuto, deixado em descaso por 3 minutos e
pipetado 20 mL (argila + silte) a 10 cm de profundidade. Foi transferido para uma
cápsula de porcelana, secado em estufa 105° C por 24 horas e determinado o peso. Foi
feita uma prova em branco onde se mediu a temperatura e pela tabela (Lei Stokes),
verificado o tempo de sedimentação da fração argila para 5 cm de profundidade.
Calculado o tempo foi introduzida uma pipeta de 20 mL até uma profundidade de 5 cm,
coletado a suspensão, transferido para uma cápsula e levado à estufa 105°C por 24
horas. Após foi determinado o peso e calculado os valores das frações (EMBRAPA, 1999).
As análises químicas feitas na TFSA foram conduzidas segundo as metodologias
apresentadas por EMBRAPA (1999b).
Para a determinação do pH do solo foram misturados 10 g de TFSA com 25 cm3 de
água destilada ou 25 cm3 de cloreto de cálcio (CaCl2), na concentração 0,01 Molar. Essa
mistura deve ficar em repouso durante 30 minutos se utilizado cloreto de cálcio e 60
minutos se foi utilizado água. O efeito floculante do cálcio faz com que a decantação das
partículas seja mais rápida do que a decantação na água. Depois é feita uma agitação
por 15 minutos e um repouso até que se obtenha um sobrenadante límpido. A leitura é
feita em potenciômetro (EMBRAPA, 1999).
Para a análise de matéria orgânica foi utilizado o método de Walkley-Black. Foi
transferido 1 g de TFSA para um erlenmeyer e adicionado 10 cm3 de dicromato de
potássio 0,5 molar, além de 10 cm3 de ácido sulfúrico concentrado. A mistura foi deixada
em repouso por 30 minutos. O dicromato é colocado em excesso em relação ao teor
esperado de carbono orgânico que se transforma em gás carbônico e sobra. Esta sobra
foi titulada com sulfato ferroso na presença do indicador difenilamina (EMBRAPA, 1999).
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Na determinação do fósforo foi empregado o extrator Mehlich, também
chamado de Duplo Ácido ou Carolina do Norte que é uma solução de ácido sulfúrico e
ácido clorídrico diluído (H2SO4 0,0125 M + HCl 0,05 M). Num erlenmeyer são misturados
10 cm3 de TFSA, 100 cm3 do extrator e deixado em repouso por 30 minutos. Após é feita
uma agitação por 5 minutos e aguardado a decantação e obtenção de um sobrenadante
límpido. Para a quantificação do teor extraído de fósforo o processo analítico é chamado
de colorimétrico e a leitura é feita em um aparelho chamado de espectofotômetro.
(EMBRAPA, 1999).
Para as análises de determinação do potássio trocável também foi utilizado
extrator Mehlich (EMBRAPA, 1999). As determinações do potássio foram realizadas em
um laboratório da UFPR, pois a escola não dispõe do equipamento fotômetro de chama.
A análise de nutrientes disponíveis e cátions trocáveis foram realizados nas
seguintes etapas sequenciais: primeiro foi feita a extração misturando-se 10 cm3 de
TFSA, 100 cm3 de cloreto de potássio (KCl) 1M e um repouso de 30 minutos. Após foi
feita uma agitação por 15 minutos até a obtenção de um sobrenadante límpido e em
seguida a quantificação do que foi extraído no sobrenadante (EMBRAPA, 1999).
A determinação de cálcio e magnésio foi feita por titulação com ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA Sódico). Primeiro foi feita a determinação de cálcio e
magnésio conjunta, depois a quantidade de cálcio, sendo o magnésio obtido por
diferença (EMBRAPA, 1999).
A determinação do alumínio trocável foi feita por titulação ácido-base. O
titulador utilizado foi o hidróxido de sódio e o indicador, fenolftaleína. Ao se gotejar a
solução de hidróxido de sódio no extrato (íons de alumínio extraídos pelo cloreto de
potássio), forma-se hidróxido de alumínio, o qual é insolúvel. Quando todos os íons de
alumínio são consumidos, a próxima gota de hidróxido de sódio alcaliniza o extrato e a
fenolftaleína torna-se rosa indicando o fim da reação. A solução de hidróxido de sódio é
feita com uma concentração ajustada para fazer corresponder o volume gasto na
titulação à quantidade de alumínio presente no solo, não sendo necessários cálculos
posteriores à leitura (EMBRAPA, 1999).
Para a determinação da acidez potencial foi utilizado o extrator acetato de cálcio,
pH 7,0, na proporção 1:20 (10 cm3 de TFSA com 200 cm3 de extrator). Após a agitação de
quinze minutos com os frascos bem vedados para que não houvesse alterações no pH
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causadas por contaminação com gás carbônico atmosférico, aguardou-se a decantação.
A titulação foi feita com hidróxido de sódio na presença de fenolftaleína e a sua
concentração ajustada para que o volume gasto correspondesse ao teor de (H+Al) do
solo (EMBRAPA, 1999).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A prática de ensino de solos e águas despertou interesse e estimulou ações que
serviram de subsídios para outros conteúdos específicos como criação de gráficos,
tabelas, consulta a mapas de satélites, mapas de solos, necessidade de interpretação
destes instrumentos e também o correlacionamento com várias disciplinas tais como
Agronomia, Geografia, Geologia, Química do solo, dentre outras.
As análises de solo e água propiciaram aos alunos o contato com os
equipamentos de laboratório, manipulação destes equipamentos e vidraria, normas de
segurança, preparo de soluções, troca de experiências, discussões e reflexões,
exploração dos conceitos a partir da prática e ainda a importância do solo não apenas
como um recurso agropecuário, mas como elemento passível de cuidados e precauções.
A visita aos pontos de coleta de água do Rio Canguiri permitiu identificar os
problemas causados pela ocupação humana na região como: esgoto a céu aberto
lançado diretamente no rio; ausência da mata ciliar ou quando existente estava fora do
padrão estabelecido por lei; lixo lançado às margens do rio. Os estudantes tiveram a
oportunidade de acompanhar e interpretar as etapas da investigação.
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DA ÁGUA DO RIO CANGUIRI
Conforme o resultado das análises de água (Tabela 1) o índice de qualidade das
águas do Rio Canguiri, foi classificado pelo grupo com fator de qualidade ambiental
aceitável, de acordo com a Resolução CONAMA Lei nº 357, dentro da classe três, pois
foram observadas as condições de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão
ambiental competente.
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Não foi verificado no período das coletas de amostras da água do Rio Canguiri,
material flutuante, espumas, óleos, graxas, corantes provenientes de fontes antrópicas,
resíduos sólidos ou substâncias que causam odor.
Em nenhuma das amostras foi excedido o limite de 2500 coliformes termo
tolerantes por 100 mililitros, previstos pela Resolução CONAMA nº 274 de 2000, para as
águas doces de classe três. Os coliformes são bactérias presentes nas fezes de animais,
indicando indiretamente a presença de fezes humanas.
O Oxigênio dissolvido (Tabela 1), ou seja, a quantidade de oxigênio necessária à
vida no rio, não foi inferior a 4,0 mg/L em nenhuma das amostras.
O Potencial Hidrogeniônico (pH), que determina a acidez ou alcalinidade da água,
definindo o comportamento de outros parâmetros, ficou entre 6,5 e 7,6 em todas as
amostras coletadas (Tabela 1).
Os fosfatos, substâncias presentes em adubos químicos, detergentes, matéria
orgânica e que também evidencia a presença de esgotos, ultrapassou o limite
determinado pela Lei nº 357, em três das amostras coletadas, sendo 0,15mg/L, 0,75mg/
L e 0,75mg/L (Tabela 1). As demais amostras não ultrapassaram 0,050 mg/L, conforme
determinado pela Lei.
Nitrogênio Amoniacal que indica a amônia produzida por decomposição de
matéria orgânica e também pode evidenciar a presença de esgotos, ficou dentro do
determinado pela Lei em todas as amostras.
Em nenhuma das amostras foi determinado alto índice de turbidez, sendo
considerado até 100 UNT para águas doces de classe dois e três.
Nos dias que ocorreram chuvas 24 horas antes da coleta foram constatados
alteração na transparência da água.
Das nove amostragens realizadas no ponto baixo do Rio Canguiri, oito foram consideradas com fator de qualidade aceitável e a última amostra coletada foi classificada com fator de qualidade ótimo.
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TABELA 1 – Análises dos Parâmetros Físico-Químicas das Amostras de Água Coletadas
Data Cor Ferro Ortofosfatos pHNitrogênio Amoniacal
Cl-(01) OD (2) Turbidez
27/05 Palha 0,35mg/L 0,15mg/L 7,5 4mg/L 22mg/L 4,4mg/L <50NTU(3)
09/06 Chá forte 0,25mg/L 0,00mg/L 7,6 5mg/L 40mg/L 7,7mg/L 50NTU 16/06 Chá forte 0,25mg/L 0,00mg/L 7,0 0,5mg/L 28mg/L 5mg/L 50NTU 23/06 Chá forte 0,50mg/L 0,04mg/L 7,0 1,5mg/L 40mg/L 7mg/L 50NTU 19/08 Palha 0,25mg/L 0,05mg/L 7,5 0,50mg/L 20mg/L 5mg/L 50NTU 01/09 Palha 0,50mg/L 0,75mg/L 7,0 0,00mg/L 83mg/L 7,5mg/L 100NTU 15/09 Palha 0,25mg/L 0,00mg/L 7,0 3,0mg/L 20mg/L 12 mg/L 40NTU 26/09 Palha 1,5mg/L 0,75mg/L 6,5 1,0mg/L 20mg/L 4,5mg/L 100NTU 20/10 Palha 0,25mg/L 0,00mg/L 7,0 0,50mg/L 35mg/L 6,7mg/L 40NTU
(1) Cl- =Cloretos (2) OD= Oxigênio Dissolvido (3) NTU= (Unidade Nefelométrica de Turbidez)
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) fez o monitoramento da qualidade dos rios
da região metropolitana de Curitiba no período de 2002 a 2005. Foram monitorados 68
trechos de 40 rios da RMC, sendo esses agrupados em 7 subsistemas. Os valores obtidos
pelo IPCA (Índice de Preservação das Comunidades Aquáticas), para o ponto AI44 (Rio
Canguiri) foram:
Ponto Coleta IPCA Classificação
11/04/2002 2 Regular01/07/2002 6 Inadequada23/09/2002 1 Adequada10/10/2002 2 Regular06/11/2002 1 Adequada27/02/2003 1 Adequada14/04/2003 2 Regular12/05/2003 3 Inadequada24/06/2003 4 Inadequada16/07/2003 1 Adequada20/08/2003 2 Regular24/09/2003 2 Regular23/08/2004 1 Adequada21/10/2004 1 Adequada
De acordo com o IAP, o comportamento da qualidade média das águas do Rio Canguiri de março de 1992 a fevereiro de 2005, na maioria das amostras coletadas, foi classificada como adequada. Em 2009, com o monitoramento feito no Rio Canguiri, foi verificado que a qualidade da água não sofreu alterações significativas, sendo classificada como aceitável pelo grupo.
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CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO
O solo amostrado é de reação ácida, com valores de pH maiores à medida que se
aprofunda no solo (Tabela 2) e o saldo de cargas (Δ pH=pHCaCl2-pHH20) é negativo. Este
fato indica que nos colóides predominam cargas elétricas negativas e que a capacidade
de troca catiônica é maior que a aniônica. (TOMÉ JR, 1997; GAMA, 1998). A matéria
orgânica também contribui para a formação de muitas cargas negativas no solo, assim, a
elevação dos teores aumenta a CTC (BAYER; BERTOL, 1999).
De acordo com TOMÉ JR (1997), em condições de acidez (valores de pH baixos e
altos teores de alumínio trocável), pode ocorrer limitação na decomposição de matéria
orgânica, e o solo em longo prazo, acumula matéria orgânica. Os altos teores de matéria
orgânica encontrados nos solos amostrados (Tabela 2) podem ser dados devido às
condições de hidromorfia e, portanto um ambiente redutor que dificulta a
decomposição de matéria orgânica. Esses fatores são prejudiciais para os
microorganismos decompositores, ocorrendo, portanto, um acúmulo de matéria
orgânica. De acordo com a classificação quantitativa para matéria orgânica no Brasil, é
considerado alto resultado maior que 25 g.Kg-1. Pode-se dizer também que há uma
tendência em ocorrer maiores teores de (H° + Al3+) em solos mais ricos em matéria
orgânica, principalmente se estes apresentarem pH muito baixo.
De acordo com TOMÉ JR (1997) a classificação de teores de fósforo (P) disponível
no Estado do Paraná (extrator Mehlich), os valores encontrados nas análises das
amostras foram baixos (Tabela 2), uma vez que independente do tipo de solo, são
considerados baixos teores menores que 3mg P.Kg-1e altos teores acima de 30mgP.Kg-1.
As baixas concentrações de fósforo (P) disponível nestes solos podem estar
relacionadas à alta concentração de alumínio (Al) trocável, que na forma de óxido,
conduz a uma severa fixação de fósforo (ALVIM et al, 1982).
As determinações de potássio nas amostragens de solo (Tabela 2) demonstraram
baixos teores de acordo com a classificação dos teores de K trocável no Estado do
Paraná, (LIMA et al, 1994).
Os teores encontrados de cálcio (Ca) e magnésio (Mg) nas amostragens foram
considerados baixos (Tabela 2) segundo TOMÉ JR (1997). Pode-se esperar baixa
saturação por bases (V%), excesso de acidez e provável toxidez por alumínio.
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Os solos amostrados apresentaram baixo teor de alumínio (Al) apenas na
amostra de profundidade 0 a 20 cm, as demais amostras apresentaram teores variando
entre 0,9 e 2,0 (Tabela 2). Sendo o alumínio um íon tóxico para as plantas, de uma
maneira geral, o ideal é que seus teores no solo sejam nulos. De acordo com TOMÉ JR
(1997), os valores de pH nos quais se espera a ocorrência de alumínio trocável em níveis
tóxicos são de pHCaCl2 menor que cinco (em CaCl2), o que corrobora com os valores
encontrados (Tabela 2).
Os valores de C.T.C. total dos solos variando de 7,0 e 13,4 (Tabela 2) conferiram-
lhes baixo potencial de retenção de cátions (SODRÉ et al., 2001).
A Saturação por Bases conjuntamente com a Saturação por Alumínio pode ser
utilizadas como complemento na nomenclatura dos solos, que podem ser subdivididos
em três grupos: Eutróficos (férteis), Distróficos (pouco férteis) e Álicos ( muito pobres),
(TOMÉ JR, 1997).
A soma das bases (SB) foi feita pela soma dos teores de cálcio (Ca), magnésio
(Mg) e potássio (K) na mesma unidade (TOMÉ JR, 1997). A Saturação por Bases (V%) é
dada com a soma das bases pela C.T.C. Total ( Ca+ Mg+ K+ (H+Al) ).
V%= SB T
A saturação por alumínio (m%) é dada pelo cmolc(Al)/Kg pela C.T.C. Efetiva
(K+Ca+Mg+Al).
m%= cmolc(Al)/Kg x100
cmolc(C.T.C. Efetiva)/Kg
O solo com saturação por alumínio (m%) entre 16 e 35% é considerado
levemente prejudicial e entre 35 e 50% prejudicial (MALAVOLTA, 1989).
Segundo TOMÉ JR (1997), alguns solos distróficos podem ser pobres em Ca2+,
Mg2+, K+ e apresentar teor de Al trocável elevado e alta saturação em alumínio. Nesse
caso são classificados como solos álicos. Pode-se dizer que todo solo álico é distrófico.
O solo analisado é de textura argilosa (Tabela 2). São considerados com textura
argilosa, solos que variam de 350 a 600g de argila/Kg. A correspondência com a unidade
porcentagem é feita de acordo com a seguinte relação: g/Kg= % x 10
16
Os solos argilosos têm como características altos valores de retenção de água e o
solo é menos susceptível á erosão em área não muito declivosa. Em condições úmidas
há grande aderência da massa do solo no implemento agrícola (PRADO, 1991).
TABELA 2 – Características químicas e teor de argila do solo.PROF cm
pHCaCl2
pHH2O PMehlichmg P/dm3
M.O(1)
g/dm3
K Ca Mg Al H+ + Al+++
SB(2) C.T.C(3)
pH 7V(4) m(5) Argila T(6)
cmolc/Kg
……………..…….. cmol/Kg ………...…………… …............…… % …….…….…...
0 - 20 4,4 4,9 3,1 44,89 0,12 7,6 0,4 0,16 5,3 8,1 13,4 60,6 1,9 53,4 25 20-40 4,4 4,9 2,9 44,22 0,10 3,7 0,2 0,96 4,1 4,0 8,1 49,3 19,4 36,9 22 40-60 4,8 5,1 0,4 33,55 0,10 3,5 0,1 1,92 4,1 3,7 7,8 47,3 34,2 37,2 21 60-80 4,8 5,3 nd(7) 15,97 0,05 3,4 0,1 1,96 4,9 3,5 8,4 41,8 35,6 27,3 31
80-100 4,9 5,3 nd 12,65 0,05 2,3 0,1 1,99 4,6 2,4 7 34,6 44,8 19,7 36(1)M.O=Matéria Orgânica (2)SB=Soma das Bases (3)C.T. C=Capacidade de Troca de Cátions a pH 7,0 (4)V=Saturação por Bases (5)m=
Saturação por Alumínio (6)T= Teor de argila (7)nd= não detectável pelo método analítico
CONCLUSÕES
Segundo a autora, a utilização dessa metodologia permitiu o desenvolvimento de
um comportamento mais autônomo por parte dos alunos participantes do projeto. Os
resultados evidenciaram melhora nas habilidades cognitivas, bom desempenho nas
avaliações e uma mudança de comportamento no sentido de auxiliar colegas em sala de
aula com dificuldades de compreensão de conceitos químicos já trabalhados durante o
projeto.
Na apreciação dos resultados das análises das águas do Rio Canguiri, foi possível
constatar que apesar dos aspectos observados visualmente pelo grupo no início do
trabalho que levou a acreditar que o índice de qualidade da água era ruim, foi
comprovado que a água do Rio Canguiri está dentro do fator de qualidade aceitável, o
que surpreendeu os alunos que puderam verificar a importância da experimentação.
O solo amostrado foi classificado como gleissolo háplico de caráter distrófico,
reação ácida, com altos teores de matéria orgânica. O teor de alumínio trocável que
aumentou com a profundidade está relacionado ao menor teor de matéria orgânica.
Foi concluído que o trabalho de Educação Ambiental é de extrema relevância,
visto que, a sensibilização da comunidade escolar para a intervenção do homem sobre
os recursos naturais é de grande importância nas ações voltadas para a preservação da
qualidade ambiental e melhor qualidade de vida da população.
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