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Analista do Seguro Social junto ao INSS;
Especialista em Direito Previdenciário pela EPD;
MBA em Gestão Pública pela EPD;
Professor de Direito do Trabalho e Direito Previdenciário em várias instituições.
Professor da Escola da Previdência Social e membro do CFAI – Centro de Formação e Aperfeiçoamento do INSS.
CONTATOS:
Claudio José Vistue Rios II
Prof. Cláudio Vistue
Curso progressão / Previtube
claudiovistue
A análise de processo administrativo previdenciário é um
trabalho artesanal.
Não adianta pegar um processo administrativo para analisar se
você não conhece o direito material do segurado.
A análise de PA, não é difícil, porém não é simples.
Demanda tempo, estudo, conhecimento e, sobretudo,
dedicação.
É primordial que se conheça dos direitos materiais do
segurado.
Você precisa saber se ele tem ou não direito ao tempo
especial, se teve ou não período rural analisado.
O que devemos observar no processo administrativo
previdenciário?
O trabalho é identificar possíveis erros na concessão ou
indeferimento dos benefícios.
Muito importante observar as anotações das Carteiras de
Trabalho, uma vez que nelas poderão constar tempo especial,
bem como os contratos temporários de trabalho.
Devemos confrontar o CNIS com as CTPS.
CNIS CTPS
Analisando um Processo Administrativo que concedeu
um benefício, porém de forma errada.
Ausência de
contribuições
Ausência de
contribuições
É muito importante atenção na análise do P.A.
Olhando de forma rápida e superficial, corremos o risco de
deixarmos passar informações importantes.
Neste caso, devemos fazer um pedido de revisão
administrativa, com fundamento no artigo 561 da IN
77/2015, uma vez se tratar de matéria de fato e não
apenas de direito.
Nesta revisão administrativa devemos comprovar os
respectivos salários de contribuição. Se o segurado não
tiver os holerites, poderá utilizar as alterações de
salários averbados na CTPS, isso em razão do disposto
no inciso II do artigo 10 da IN 77/2015.
Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das
remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes
documentos:
II - da comprovação das remunerações:
a) contracheque ou recibo de pagamento contemporâneos ao período que
se pretende comprovar, com a identificação do empregador e do
empregado;
b) ficha financeira;
c) anotações contemporâneas acerca das alterações de remuneração
constantes da CP ou da CTPS com anuência do filiado; ou
d) original ou cópia autenticada da folha do Livro de Registro de Empregados
ou da Ficha de Registro de Empregados, onde conste a anotação do nome do
respectivo filiado, bem como das anotações de remunerações, com a
anuência do filiado e acompanhada de declaração fornecida pela empresa,
devidamente assinada e identificada por seu responsável.
E:\184.202.060-6 PA.pdf
No próximo case, o segurado ao requerer sua aposentadoria,
teve cessado o benefício de auxílio-acidente, ocorre que o
INSS, ao calcular a RMI da aposentadoria, não incluiu no PBC o
valor que o segurado recebia a titulo do benefício cessado.
Neste case, podemos identificar que o INSS
cessou o auxílio-acidente quando da concessão
da aposentadoria, porém não somou no PBC o
valor do auxílio-acidente com os salários de
contribuições, prejudicando o segurado na
concessão da aposentadoria.
A solução para este segurado é o pedido de
revisão, podendo ser administrativa ou
judicial.
Especificamente neste caso, não há
necessidade de prévio requerimento
administrativo, uma vez que a matéria
debatida não é de fato e sim de direito.
O artigo 31 da Lei 8.213/91, dispõe que o valor
do auxílio-acidente será somado aos salários de
contribuição. Quem manda é lei, logo, matéria
de direito e não de fato.
Exemplificando:
PBC entre 07/94 até a DER
Auxílio-Acidente desde 1985
Entre 07/94 – a DER deve ser somado o valor do auxílio-
acidente com os salários de contribuições:
Salário de Contribuição + auxílio acidente = Valor correto
R$ 2000,00 + R$ 500,00 = R$ 2.500,00
Neste case, iremos observar a importância das CTPS’s, ao passo
que nas anotações de vínculos, descobriremos tempo especial.
A
Mais uma vez, ressalto o dever de conhecer o direito material
dos segurados.
Sabemos que a atividade de auxiliar de enfermagem é especial
e dependendo da época do trabalho o reconhecimento ao
tempo especial é presumido.
Despacho da análise do período enquadrado:
Período não enquadrado:
Como podemos notar no slide anterior, a perícia médica do
INSS enquadrou como especial até 05/03/1997, não
reconhecendo como especial os períodos posteriores.
Como saber se o período está ou não enquadrado?
Nesta análise, identificamos que o INSS, por não converter todo
o período especial, a segurada ficou prejudicada no cálculo do
fator previdenciário, uma vez que com a redução do tempo de
contribuição, seu benefício resultou numa RMI inferior ao valor
devido.
Para essa segurada, como o INSS analisou o PPP e se
pronunciou a respeito, não há necessidade de pedido de
revisão administrativa, posto que já há o pronunciamento
expresso.
A opção é um recurso administrativo para impugnar o ato
administrativo ou ação judicial de revisão, com o mesmo
objetivo. Não havendo necessidade de pedido de revisão
administrativa.
A opção pelo recurso administrativo sempre será quando
estiver dentro do prazo de 30 dias.
Das decisões do INSS, cabem recursos. A previsão é o artigo 542
da IN 77/15.
Mesmo que conceda o benefício, dentro dos 30 dias é recurso e
não revisão.
Agora, se já ultrapassado os 30 dias, o segurado deverá
agendar o pedido de revisão administrativa.
Com a decisão do pedido de revisão, o segurado, poderá
recorrer da decisão.
Sempre que houver uma decisão administrativa, o segurado
terá direito de recorrer para o Conselho de Recursos.
No próximo case, iremos notar que o INSS, por vezes ignora as
anotações da CTPS, pelo simples fato de das informações não
constarem do CNIS.
Como identificar e resolver esse problema?
O artigo 10 da IN 77/2015, dispõe que a prova do tempo de
trabalho será realizada mediante as anotações da carteira de
trabalho.
A anotação desta CTPS não tem rasuras e é organizada de
forma cronológica, logo o vínculo deve ser aceito.
Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das
remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes
documentos:
I - da comprovação do vínculo empregatício:
a) Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS;
As anotações da CTPS são muito importantes, uma vez
que podem esconder tempo especial, vaja-se:
A função de torneiro mecânico, pode ser considerada como
especial, uma vez que há o contato com hidrocarbonetos.
Vamos mergulhar no PA
Para este segurado, as anotações da carteira de trabalham não
podem ser afastadas, uma vez que gozam de presunção de
veracidade
O artigo 10, inciso I da IN 77/2015, dispõe que as anotações da
CTPS fazem prova do trabalho.
A par disso, ainda se aplica o Enunciado 18 do extinto CRPS, o
qual dispõe que não se indefere benefício por falta de
contribuições, quando essas forem devidas pelo empregador.
O próximo processo que iremos analisar é de um enfermeiro, o
qual tem mais de 25 anos de puro exercício da atividade
especial, requereu o benefício de aposentadoria e negado pelo
INSS.
Começamos pela analise da CTPS.
Sabemos que até 05/03/1997, o trabalho de enfermeiro tem a
presunção do tempo especial, bastando as informações da
Carteira de Trabalho. Destarte, após 06/03/1997, o segurado
deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes prejudiciais
à saúde.
Quando o campo GFIP estiver em branco, quer dizer que o segurado não esteve exposto
a nenhum agente nocivo.
Código 01 – Já esteve exposto
Código 02 – Exposição ao agente nocivo em grau máximo
Código 03 – Exposição a agente nocivo, grau médio.
Código 04 – Exposição ao agente nocivo, grau mínimo.
A informação constante do PPP é de que o segurado esta
exposto ao grau médio de nocividade, ou seja, daria direito a
aposentadoria aos 20 anos de tempo de contribuição.
Neste caso, a solução é o recurso administrativo previdenciário
para o reconhecimento do tempo entre 06/03/97 até a DER,
para a concessão da aposentadoria especial.
O tempo até 05/03/97, já está reconhecido e não tem
discussão.
E:\184.362.500-5 PA.pdf
E:\184.362.500-5 Resumo da Concessão.pdf
Existem várias telas do sistema PLENUS que irão facilitar
muito o seu trabalho em analisar um P.A.
Vejamos algumas telas importantes e as suas funções: