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Novembro de 2008 - Ano VII - Edição 17 dos Advogados da União Saiba mais sobre o evento que se tornou tradicional entre a carreira de Advogado da União V SEMINÁRIO NACIONAL O evento que neste ano aconteceu em Maceió-AL, pela primeira vez teve um tema único: A Advocacia de Estado no Combate à Corrupção. RECUPERAÇÃO DE RECURSOS DESVIADOS Força tarefa na Procuradoria-Geral da União irá protocolar cente- nas de ações na Justiça. Pág. 04 Pág. 09 Págs. 06 e 07 IX ENAU - Encontro Nacional IX ENAU - Encontro Nacional Informa ANAUNI ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS DA UNIÃO “A Advocacia de Estado no Combate à Corrupção”

ANAUNI Informa · Francisco Alexandre Colares Melo Carlos [email protected] ... mento direto e plena atenção para os detalhes e desvios. ... A cifra envolvida pode chegar

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Novembro de 2008 - Ano VII - Edição 17

dos Advogados da UniãoSaiba mais sobre o evento que se tornou tradicional entre a carreira

de Advogado da União

V SEMINÁRIO NACIONALO evento que neste ano aconteceu em Maceió-AL, pela primeira vez teve um tema único: A Advocacia de Estado no Combate à Corrupção.

RECUPERAÇÃO DE RECURSOS DESVIADOSForça tarefa na Procuradoria-Geral da União irá protocolar cente-nas de ações na Justiça.

Pág. 04Pág. 09

Págs. 06 e 07

IX ENAU - Encontro NacionalIX ENAU - Encontro Nacional

InformaANAUNIASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS DA UNIÃO

“A Advocacia de Estado no Combate à Corrupção”

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Diretoria da ANAUNIBiênio 2007/2009

Presidente: José Wanderley [email protected]

Vice-Presidente: Max Casado de Melo [email protected]

Secretário-Geral: André Augusto Dantas Motta Amaral

Adjunto:Vitor Pierantoni [email protected]

Diretor Financeiro: Milton Nunes Toledo JúniorAdjunto: Rogério Telles Correia das [email protected]

Diretor Administrativo: Juliana Corbacho Neves dos SantosAdjunto: Luciana Tavares de [email protected]

Diretor de Atividades Legislativas: Marcelo Ribeiro do ValAdjunto: Tania Patricia de Lara [email protected]

Diretor Jurídico: André Gustavo de SouzaAdjunto: Rodrigo Cunha [email protected]

Diretor de Comunicação:Waldemir Ferrarez da CunhaAdjunto:Francisco Alexandre Colares Melo [email protected]

Diretor Social: Eduardo Girão Câmara do ValeAdjunto: José Nilson Carneiro Albuquerque [email protected]

Assessoria Parlamentar - [email protected] de Imprensa - [email protected]

ANAUNI InformaJornalista Responsável:Senyr Lemos de Souza (MTB DF 6937)[email protected]ção: Diretoria de Comunicação - ANAUNIFotografia: Alberto RuyProjeto Gráfico/Editoração/Ilustrações:Cinco Comunicação LtdaTiragem: 2.500 exemplaresImpressão: Gráfica Starprint

Esta é uma publicação editorial da ANAUNIAssociação Nacional dos Advogados da UniãoPermitido o uso das informações, desde que citada a fonte.CLSW 303 Ed. Rhodes III Bloco B Sala 55Setor Sudoeste - Brasília DF(61) 3344-4386 - www.anauni.org.br

EDITORIAL

José Wanderley KozimaPresidente da ANAUNI

Abertura para os novos desafios, compromisso com princípios, jovialidade incomum. Esses parecem ser os dife-renciais da nossa carreira. São características que a todos contagiam, traduzindo um pouco do que é a AGU e o próprio Brasil: um vasto campo de possibilidades positivas. E assim tem sido nossos Encontros Nacionais: muito

mais que um momento de confraternização, uma oportunidade ímpar para revisitar sonhos, exteriorizar frustrações e expectativas e, acima de tudo, buscar a reconciliação com o nosso potencial.

A última edição impressa do ANAUNIInforma saiu ainda em novembro de 2007, durante o VIII ENAU, realizado em Foz do Iguaçu. Embora houvesse àquela ocasião um certo otimismo justificado por parte dos advogados públicos federais, já pairava no ar uma nuvem de incerteza e ansiedade, porque mesmo o certo muitas vezes é duvidoso. De lá para cá, todos sabemos o que aconteceu e o quanto foi arrastado o ano de 2008, que tanta energia consumiu.

Nada disso nos impediu, contudo, de seguirmos o sábio conselho de não nos prendermos ao passado, de continuarmos a mirar o futuro. E a essa perspectiva buscamos incorporar também a de não nos esquecermos jamais “quem somos”, quais são as nossas possibilidades e desafios enquanto carreira e instituição. Hoje, mais que nunca, parece claro a todos que, para que nosso potencial possa se cumprir, é imprescindível o envolvi-mento direto e plena atenção para os detalhes e desvios.

Pois assim viemos caminhando até esse ponto de 2008, que também já vai ficando para trás, sem soluços ou saudades. Em novembro, realizamos mais um Encontro Nacional. Êxito total de público – um novo recorde, aliás –, de

participação, de crítica e de programação. Parabéns Maceió, que tão bem soube acolher os Advogados da União e seus ilustres convidados. Recarregadas as baterias e descortinados os cenários próximos e distantes, as tais conjunturas e estruturas, estamos prontos para o próximo ano, precedido, é claro, de grandes festejos. À vista, como sempre, o árduo trabalho que ainda temos pela frente, num cenário já conhecido de adversidades.

Esta edição do ANAUNIInforma tem como foco central registrar quais são os principais desafios para o próxi-mo ano, procurando contar um pouco do que foi esta nona edição do Encontro Nacional dos Advogados da União, primeiro encontro temático (A Advocacia de Estado no Combate à Corrupção) e que, como tem sido a tradição, contou com uma programação científica e social da mais alta qualidade.

Já na abertura do IX ENAU, os Advogados da União tiveram que enfrentar o espinhoso tema da unificação das carreiras da Advocacia Pública federal, cuja tentativa de recolocá-lo em pauta suscitou contudentes críticas . Embora o julgássemos superado em face do histórico consenso envolvendo todas as representações dessas car-reiras no sentido de sua rejeição, há sempre os poucos que o querem ressuscitar, como se houvesse um interesse inconfessável em se semear o divisionismo e a discórdia, justamente num momento em que o Forum Nacional da Advocacia Pública Federal começa a se estruturar para o enfrentamento eficaz de velhos e novos desafios.

Mas como nem tudo é descaminho, temos que falar do que dá certo e consolida uma união de esforços. Nesta edição registramos um pouco do trabalho que vem sendo realizado pela AGU, em conjunto com outros órgãos de controle (Polícia Federal e Contradoria-Geral da União) no combate à corrupção. Registramos a experiência da Procuradoria-Regional da União da 5º Região e da força tarefa constituída no âmbito da Procu-radoria-Geral da União, que, no Dia Internacional do Combate à Corrupção (09/12), realizará um grande esforço para o ajuizamento de inúmeras ações e outras medidas judiciais, inclusive bloqueio de bens, objetivando a recuperação de recursos federais desviados em esquemas de corrupção. A cifra envolvida pode chegar a R$ 100 milhões e, embora essa atuação tenda a despertar vaidades, como já tivemos oportunidade de sentir, não há dúvida de que é o que a sociedade espera da AGU, no cumprimento estrito de sua missão constitucional.

Teremos oportunidade também de traçar uma breve retrospectiva dos Encontros Nacionais, destacando as mudanças que ocorreram até culminarmos na versão atual, com o Seminário Nacional sobre Advocacia de Estado sensivelmente reformulado e perfeitamente integrado com a revista Debates em Direito Público, ambos agora sob a mesma coordenação científica, de caráter permanente.

O ANAUNIInforma faz o registro igualmente da intensa atividade associativa desenvolvida durante o IX ENAU, destacando-se a reunião dos diretores e delegados e a assembléia geral ordinária, a de mais longa duração de nossa história. Mais uma vez, a ANAUNI dá uma lição de transparência e democracia, mostrando o quanto é imprescindível a participação dos Advogados da União na construção do nosso caminho e futuro. Este ano, além de serem debatidos e deliberados diversos pontos previstos na extensa pauta, foi lançada a Carta de Maceió, aprovada por unanimidade e reproduzida na íntegra nesta edição. O texto, construído durante a realização do IX ENAU/V Seminário sobre Advocacia de Estado, busca captar os debates e conclusões havidas, bem como os novos desafios da instituição e da carreira.

E, como não poderia deixar de ser, não ficou de fora o registro dos momentos sociais do Encontro, construído com muito carinho e dedicação pela Comissão Organizadora, a quem o ANAUNIInforma agradece em nome de todos os participantes. E que venha então a “Cidade das Mangueiras”, Belém, escolhida para o próximo maravilhoso encontro.

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3Associação Nacional dos Advogados da União |

de acordo de cooperação técnica entre órgãos na proteção do interesse público. “Tomamos conhecimento de que a CGU (Controladoria-Geral da União) passou a

se aproximar das Procuradorias da União da 5ª região com vista a pro-mover uma atuação mais próxima das instituições. Nos aproxima-mos da Superintendência Federal de Agricultura em função de sua atribuição de fiscalizar questões de higiene, sanitárias, fitossanitária, possibilitando que a Procuradoria Regional atue nas questões de saúde pública. Mas também foi de muita relevância os acordos esta-belecidos com a CGU/PE e Polícia Federal”, explicou José Roberto.

Os resultados foram tão satisfa-

tórios que nova campanha já está agen-dada. A Controladoria-Geral da União em Pernambuco convidou a PRU/5ª Região para participar da semana em que se co-memora o Dia Internacional de Combate à Corrupção (09/12).

demos atuar de forma coordenada e dirigida a um mesmo fim. Agora, espero que chame atenção das demais unidades acerca da necessidade imediata de mudarmos nossa

forma de atuação. A atuação proativa não deve ser vista como subsidiária à defensiva, mas tão importante quanto esta”, disse.

O grande diferencial que a campa-

nha trouxe foi a celebração de termo

Os trabalhos na PRU da 5ª Região foram intensificados e houve melhora na atuação no combate à corrupção e defesa do patrimônio.

REPORTAGEM

PRU 5ª Região: Semana de Combate à Corrupção tem saldo positivo

A Procuradoria-Regional da União (PRU) da 5ª Região, com sede em Recife (PE), tem intensificado sua

atuação no combate à corrupção e na defe-sa e recuperação do patrimô-nio público. Promoveu entre os dias 14 a 18 de julho uma semana de trabalhos intensos que resultou na propositura de dezenas de ações de improbi-dade administrativa em áreas como educação, saúde e sa-neamento básico.

De acordo com o Procura-

dor-Regional da União, José Roberto Machado Farias, o balanço da campanha foi bas-tante animador. Serve de aler-ta aos gestores que cometem irregularidades com os recursos da União e chamou a atenção dos demais órgãos de fiscalização. “Possibilitou que a sociedade tomasse conhecimento de que estamos aten-tos a condutas que dilapidam o patrimônio público, mas também para mostrar que po-

Possibilitou que a sociedade tomas-se conhecimento de que estamos atentos a condutas que dilapidam o patrimônio público, mas também para mostrar que podemos atuar de forma coordenada e dirigida a um mesmo fim.

“ “

José Roberto Machado Farias

Procurador-Regional da União 5ª

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REPORTAGEM

Força tarefa na AGU, composta por 26 Advogados da União, irá protocolar mais de mil ações na Justiça. O objetivo é tentar reaver os recursos desviados em esquemas de corrup-

ção nos últimos dez anos em municípios brasileiros. Os casos foram investigados através de parcerias entre a AGU (Advocacia-Geral da União), Polícia Federal e CGU (Controladoria-Geral da União).

De acordo com a AGU, a União poderá recuperar um valor na casa dos R$ 100 milhões. Cerca de 1.174 casos de irregularidades já foram identificados, mas este número pode ultrapassar 1.600 casos.

As ações serão protocoladas no mês de dezembro deste ano e pro-postas contra prefeitos e administradores dos municípios de todos os es-

Ações na Justiça tentarão reaver recursos desviados em municípios

Força tarefa na AGU,composta por 26

Advogados da União, irá protocolar

mais de mil ações na Justiça.

Cumprimento da Missão Constitucional da AGU desperta vaidades

A propósito da matéria “Líder de força-tarefa anticorrupção é réu em processo por quadrilha”, publicada na edição de 03/11/2008 do jornal “O Estado de São Paulo”, a Associação Nacional dos Advogados da União – ANAUNI, em nome da carreira que re-presenta e a qual pertence o Dr. Jefferson Carús Guedes, vem registrar que, em que pese o respeito à liberdade de imprensa, sur-preendem o título e conteúdo da matéria, considerados um ataque injustificado à Advocacia-Geral da União (AGU) e a seus membros, precisamente num momento em que buscam cumprir com maior eficiência e efetividade seu papel constitucional no combate à cor-rupção e à improbidade administrativa.

O bom senso recomenda que se considere o contexto em que publicada a aludida matéria, que envolve não apenas a destacada atuação ativa da AGU no combate à corrupção, como a discussão eminentemente técnica no âmbito da ação civil pública propos-ta pela Procuradoria da República em São Paulo contra a União, Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir dos Santos Maciel, assim como a discussão em curso tendo por objeto a autonomia técnica

tados brasileiros. A data coincidirá com as comemorações do Dia Interna-cional de Combate à Corrupção (09/12). Será feito o pedido de suspensão de direitos políticos e o bloqueio de bens de políticos envolvidos, além do ressarcimento dos valores desviados e aplicação de multa.

As ações não serão propostas somente contra políticos. A AGU avisa que empresas e funcionários da administração que participaram dos desvios identificados também sofrerão punições. A maior parte dos casos envolve verbas destinadas por meio de emendas parlamentares para incrementar convênios firmados entre municípios e programas da União. Ainda de acordo com o órgão, é aí que é preciso coibir as fraudes. A maioria acontece no momento da elaboração desses convênios.

e funcional da AGU, que pretende afirmar-se como uma verdadeira Advocacia de Estado. Assim, impõe-se refletir sobre as reais mo-tivações da matéria e de suas fontes, que podem ir além do mero exercício de direitos e liberdades, com violação do dever de sigilo, prestando-se a favorecer pré-julgamentos e antecipando-se à ma-nifestação que cabe exclusivamente ao Poder Judiciário.

A ANAUNI, ao tempo em que destaca o direito constitucional de todo acusado ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, num contexto em que o próprio Poder Judiciário concedeu liminar favorável em habeas corpus impetrado pelo Dr. Jefferson Carús Guedes, espera que o direito à informação e a liberdade de imprensa não favoreçam acusações feitas sob bases frágeis, bem como ataques pessoais e, principalmente, à Institui-ção AGU, que tão relevantes serviços tem prestado e continuará prestando ao Estado e à sociedade.

A liberdade de imprensa será preservada. O combate à cor-rupção prosseguirá e a AGU continuará cumprindo seu papel constitucional. Ao Poder Judiciário continuará cabendo, com exclusividade, o último e definitivo julgamento. À sociedade, enfim, caberá considerar as leviandades e vaidades, valorando livremente a informação e seu contexto.

Maceió, 04/11/2008

NOTA DA ANAUNI

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5Associação Nacional dos Advogados da União |

ESPECIAL

Assembléia Geral Ordinária é o local onde se discutem os rumos da ANAUNI.

Assembléia Geral Ordinária

Mesa de Diretores na AGO

É na AGO (Assembléia Geral Ordinária), realizada anualmente pela ANAUNI, que se estabelecem os rumos da

associação e, por conseguinte, da carreira. Cada Advogado da União pode manifestar-se abertamente e as questões são decididas de-mocraticamente pelo voto da maioria. Quem se preocupa com o futuro da Advocacia-Geral da União e da carreira deve participar, de modo a colaborar com as deliberações acer-ca do futuro profissional da carreira.

Para este ano, a AGO teve ampliado o tempo dedicado para sua realização. Foram três períodos, dois matutinos e um vesper-

tino que adentrou pela noite, num total de quinze horas e meia. A pauta de delibera-ção foi bastante extensa. Abordou desde informes gerais até questões mais sensíveis, como a própria sobrevivência da carreira, e ações judiciais de interesse dos Advogados da União.

Reunião de Delegados e Diretores

A reunião de Delegados e Diretores da ANAUNI é o primeiro compromisso da agen-da de atividades do ENAU. Além de discutir assuntos de interesse dos associados e da

carreira, a reunião serve como preparo para a AGO. Nesta edição do evento, a participação dos Delegados foi plena e bem proveitosa.

Uma nova regulamentação dos votos por procuração na AGO buscou prestigiar a figura do Delegado Estadual, eleito democra-ticamente pelas bases locais. Foram levadas à AGO do IX ENAU um total de 138 procura-ções outorgando amplos poderes de votação para os representantes estaduais. Com isso, possibilitou-se também a participação demo-crática de todos os associados nas delibera-ções, mesmo aqueles que não puderam ir ao encontro.

Votação na Assembléia Geral Ordinária

Reunião de diretores e delegados

Debates durante os trabalhos

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Lugares onde aconteceram o ENAU

ESPECIAL

Tradicional para a carreira, acolhedor e inovador. Ano a ano, o Encontro Nacional dos Advogados da União

tem se superado. Promovido pela ANAUNI , anualmente uma cidade diferente é escolhi-da para sediar o evento.

A idéia maior é reforçar a união da car-reira. Além de ser ponto de encontro de novos e velhos amigos, o ENAU funciona como um fórum de debates e decisões dos Advogados da União. É ali que são defini-dos os principais rumos que a diretoria da

ANAUNI seguirá durante o ano, caracteri-zando uma forma democrática e participa-tiva de gestão.

O primeiro ENAU foi realizado em Brasí-lia, em 2000. Era o último ano da gestão do Advogado da União João Sanhudo, primeiro presidente da ANAUNI. O encontro demons-trou a força e a importância da aproximação dos Advogados da União. O Rio de Janeiro foi sede do II Encontro Nacional, em 2001.

O III Encontro foi no nordeste, em 2002. A cidade escolhida foi a capital

baiana, Salvador, e o evento se deu sob a presidência de Dílson Porfírio. Naquele ano a ANAUNI tinha cerca de duzentos e cinqüenta associados, mas, mesmo num processo de estruturação financeira, o Encontro teve a marca que veio acompa-nhar todas as outras edições: a excelente organização. Outro ponto de destaque foi a grande adesão dos Advogados da União ao quadro de associados da ANAUNI, o que contribui imensamente para o fortale-cimento da entidade.

Encontro Nacional dos Advogados da União: nove anos de superações

Composição da mesa de abertura do IX ENAU

Brasília, IV ENAU

Em sua nona edição, o ENAU chega com

grandes novidades. Pela primeira vez o encontro é temático: Advocacia de Estado no Combate

à Corrupção.

2000 2001 2002 2003

Brasília , I ENAU Rio de Janeiro , II ENAU Salvador , III ENAU

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7Associação Nacional dos Advogados da União |

Lugares onde aconteceram o ENAU

O IV e V Encontros já foram na gestão de Douglas Locateli, terceiro presidente eleito. O primeiro deles foi em Brasília (2003) e o outro em Natal (2004). A partir do quarto evento, foi aprofun-dado o contato da carreira com pro-fissionais e autoridades de relevância no país. Com isso, buscou-se, através dos Encontros Nacionais, uma aproxi-mação da carreira com a comunida-de jurídica e a sociedade. Nasceu, assim, o Seminário Nacional sobre Advocacia de Estado, que está em sua quinta edição. Com o Seminário é possível discutir assuntos de inte-resse dos Advogados da União de todo o país, com palestran-tes da área governa-mental e da iniciativa privada, além de renomados juristas nacionais e interna-cionais, evento este que conta também com a participação de estudantes de di-reito.

O VI ENAU ocor-reu em Florianópolis, em 2005, e reafir-mou a visão de apro-ximação da carreira. Ampliou a captação de patrocínios para a realização do evento, diminuindo, assim, o aporte financeiro para a Associação e

o custo para os participantes. Ampliado pela participação dos novos colegas da turma de 2005, o clima descontraído e

ao mesmo tempo formal foram os ingre-dientes do VII ENAU. A cidade escolhida para sediar o evento foi Recife, em Per-

nambuco. Esse encontro teve um gosto todo especial, pois a ANAUNI comemo-rava dez anos de existência. Desde o

primeiro momento, ficou claro que nos Encontros os laços de amizade criados e reafirmados, fazem toda a diferença nos rumos da associação.

Foz do Iguaçu foi a escolhida para sediar o VIII, em meio às belíssimas Cataratas do Iguaçu. A cidade que possui fronteira com outros dois paí-ses, Argentina e Paraguai, proporcio-nou momentos inesquecíveis para os associados, tanto na parte científica como na parte social.

Novamente no Nordeste brasilei-ro, a IX edição do ENAU desembar-ca na cidade de Maceió, Alagoas. Nos nove anos de encontros, é visí-vel o processo de amadurecimen-to do grupo. De forma gradual e progressiva, hoje a ANAUNI é uma entidade dinâmi-ca e propositiva devido às deci-sões tomadas no

ENAU. Inovação e busca pela melhoria são a marca registrada do ENAU, que se tornou uma tradição da categoria.

2004

A idéia é trazer união para a carreira. O ENAU funciona como um fórum de debates e decisões dos Advogados da União.

“ “2005 2006 2007

Natal, V ENAU Forianópolis, VI ENAU Recife, VII ENAU Foz do Iguaçu, VIII ENAU

ESPECIAL

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8 | ANAUNIInforma

ESPECIAL

Considerado o maior de todos os encontros, o IX

ENAU foi marcado por muitas novidades.

Ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias (ao centro), e Idervânio Costa, Advogado da União e Consultor Jurídico do Ministério do Desenvolvimento Social (direita), foram palestrantes em destaque

IX ENAU: Participantes destacam impor-tância da carreira na abertura do evento

Cerca de 300 pessoas prestigiaram a abertura do IX ENAU - Encontro Na-cional dos Advogados da União, em

Maceió (AL). Entre elas, várias autoridades, a exemplo do Vice-Governador de Alagoas, do Presidente da Seccional alagoana da Or-dem dos Advogados do Brasil e do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Hum-berto Gomes de Barros.

A importância da atuação proativa no combate à corrupção e na recuperação do patrimônio público, bem como a necessidade de que à instituição e seus membros sejam reconhecidas as necessárias autonomias, fo-ram destacadas pelos integrantes da mesa.

“Confiamos num projeto comum em que a Advocacia-Geral da União (AGU) efe-tivamente assuma seu trabalho de controle, para assegurar a legalidade dos atos admi-nistrativos, combater preventivamente a corrupção e recuperar os valores desviados do patrimônio público”, afirmou José Wan-derley Kozima, presidente da ANAUNI.

O ministro aposentado do STJ, Humberto Gomes de Barros, foi o homenageado espe-cial da noite. “Como operador do Direito, ele é um orgulho para os alagoanos e para o Brasil”, definiu o Procurador-Regional da União na 5ª Região, José Roberto Machado Farias. Emo-

cionado, o Ministro afirmou que “o advogado é o juiz do juiz, por isso me sinto absolvido ao receber a homenagem da ANAUNI”.

Os fundadores da ANAUNI também fo-ram homenageados. Marco André Dorna fa-lou em nome de todos os fundadores e des-tacou que, há 12 anos, quando a entidade foi criada, já havia o entendimento do trabalho essencial dos Advo-gados da União e da importância de sua representação. “Disse que aquele momento marcava o regis-tro daquela que viria a ser a maior entidade de classe da área jurídi-ca federal”, contou. Sobre o atual momento da AGU, ressaltou que “enquanto não se conseguir incluir na Lei Complementar as prerroga-tivas da carreira, não vamos rea-lizar a contento essa função tão essencial”.

Outro destaque da abertura foi o lançamento da revista Debates em Direito Público, editada pela ANAUNI em parceria com a Edito-ra Fórum. O Coordenador Científico e Presidente do Conselho Editorial, Dr. Luís Henrique Martins dos An-jos, e o Presidente da Editora Fó-

rum, Dr. Luís Cláudio Rodrigues Ferreira, apre-sentaram a edição número 7 da revista, cujo conteúdo está focado nos temas pertinentes à Advocacia Pública, Probidade Administrativa e Patrimônio Público. “A partir desta edição, a revista passa a ser temática e publicada se-mestralmente”, disse Luís Henrique.

Entrega da placa em homenagem ao Min. Humberto

Público presente ao evento

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9Associação Nacional dos Advogados da União |

No decorrer das edições do ENAU, buscou-se uma aproximação da carreira com a sociedade e a co-

munidade jurídica. Foi incluído o Seminário Nacional sobre Advocacia do Estado, que este ano teve a sua quinta edição.

A grande novidade para o IX ENAU foi a realizaçao de um evento temático. De acordo com o presidente da Coordenação Científica Permanente do ENAU, Luís Henrique Martins dos Anjos, esta não será a única diferença. “A primeira novidade é o evento estar focado em uma única temática. Depois, a própria estrutu-ra do seminário com Conferência de abertura, painéis organizados em seqüência lógica de desenvolvimento da temática e Conferência

V Seminário Nacional sobre Advocacia de Estado

Luiz Augusto Fraga Navarro, Secretário-Executivo da Controladoria-Geral da União, e Romeu Tuma Júnior, Secretá-rio Nacional de Justiça/MJ, são destaques em painel

de encerramento. Os painéis da abertura e encerramento do seminário, distintos das respectivas solenidades, são inéditos”, disse.

Um personagem novo de atuação nes-te V Seminário é o relator de cada painel. Foram 6 (seis) Advogados da União que ti-veram a incumbência de relacionar as prin-cipais propostas e encaminhamentos que foram indicados em cada painel, sinteti-zando-os na Carta de Maceió, e apresentar para deliberação da AGO. Os advogados ti-veram relevante função na integração ainda maior desses dois eventos com o dia a dia do Advogado da União, pois ao final deles foi aprovado um documento com conside-rações teóricas e medidas práticas e a se-

rem implementadas pela carreira nos mais diversos foros da República, seja no plano nacional ou internacional.

A organização do evento ficou bastante otimista com o que foi apresentado. “A ex-pectativa foi suprida.Tivemos o maior ENAU de todos os tempos. Seja pelo número e qualidade dos participantes, conferencistas, palestrantes e demais integrantes dos pai-néis, seja pela oportunidade de integração e confraternização da carreira de Advogado da União. Efetivamente os participantes tiveram um momento especial de reflexão e tirada de conclusões sobre os principias temas que es-tão na ordem do dia da carreira de Advogado da União”, completou Luís Henrique.

Pela primeira vez o evento foi temático.

Luís Henrique, presidente da Coordenação Científica Permanente do ENAU

ESPECIAL

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ESPECIAL

Temas dos painéis proporcionaram troca de experiências para a carreira de Advogado da União

A “Autonomia da Advocacia de Esta-do e sua Independência Funcional” foi um dos painéis apresentados na

terça-feira (04/11), durante a programação científica do IX ENAU, que teve o Procurador aposentado do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Diogo de Figueiredo Moreira Neto, o Procu-rador aposentado do Estado do Rio Grande do Sul, Dr. Almiro do Couto e Silva e o Dr. Bruno Espiñera Lemos, Procurador do Esta-do da Bahia, como painelistas, tendo como foco norteador a discussão acerca da inclu-são dos princípios, garantias e prerrogativas da carreira de Advogado da União na Carta Magna brasileira, como forma de afirmar a independência da instituição.

A importância do combate à corrupção na Administração Pública foi o enfoque principal do segundo painel “Princípio da Moralidade e Improbidade Administrativa” (04/11) com a participação dos Drs. Márcio Cammarosa-no, PUC (SP), e Niomar de Souza Nogueira,

Painel sobre a Cooperação Jurídica Internacional

Procurador-Chefe da PU/RN. De acordo com Cammarosano, “para se combater a corrup-ção, não é sequer preciso falar em ética na administração pública, basta apenas mostrar os fatos que violam a lei”.

Na quarta-feira (05/11), o evento contou com a presença de membros da Advocacia Pública internacional, que discutiram o tema “A cooperação Jurídica Internacional e o Combate à Corrupção”. Foram expositores os Drs. Luis Banciella Rodriguez-Minon, Ad-vogado do Estado perante a Audiência Na-cional (Espanha), e Giuseppe Albenzio, Pre-sidente da Associazione Avvocati (Itália).

No painel “A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro”, também ocorrido na quarta-fei-ra, o Dr. Luiz Augusto Navarro, Secretário-Executivo da Controladoria-Geral da União, afirmou em tom eloqüente que é impossí-vel mensurar a corrupção. Segundo ele, a corrupção está presente em vários lugares,

de diferentes maneiras, mas com um único objetivo: fazer uso indevido do dinheiro pú-blico. Presidido pela Dra. Ana Valéria Rabelo e relatado pela Dra. Tania Patricia de Lara Vaz, Advogadas da União, o painel contou também com a participação do Secretário Nacional de Justiça, Dr. Romeu Tuma Jú-nior, e do Coordenador Científico do ENAU e Presidente do Conselho Editorial da revista Debates em Direito Público, Dr. Luís Henri-que Martins dos Anjos.

O painel “Desenvolvimento Social e Combate à Corrupção” encerrou o terceiro dia de discussões do V Seminário Nacional sobre Advocacia de Estado, durante o IX ENAU. O painel contou com a participação do Consultor Jurídico da pasta, o Advogado da União Idervânio Costa, e do Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Patrus Ananias, que apresentou as principais políticas e obras do Ministério.

O Ministro falou sobre a importância do

Sete painéis movimentaram

o seminário. Experiência pro-veitosa para os

participantes.

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evento para a área jurídica. Segundo ele, a colaboração dos Advogados da União é de extrema relevância na defesa das instituições democráticas. Além disso, expôs sobre a rede de proteção e transformação social dos mais pobres, falando inclusive sobre sua pre-ocupação a respeito dos recursos disponibilizados às camadas mais pobres da população e se estas verbas realmente chegam aos seus verdadeiros destinatários, visto que ainda é ineficiente a fiscalização.

“Os discursos contra a autonomia funcional reivindicada pelos Advogados da União escon-dem o temor de se criar uma grande instituição, como o Ministério Público”, afirmou, na quinta-feira (06/11), o Consultor-Geral do Senado, Dr. Bruno Dantas, no painel de encerramento do IX ENAU, que teve como tema “Improbidade Administrativa e Advocacia Pública”. O painel foi comandado pelo presidente da ANAUNI, Dr. José Wanderley Kozima, tendo como relator o presidente do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o Advogado da União Daniel Augusto Borges da Costa. Além do Consultor-Geral do Senado, o painel foi apresentado pelo presidente do Instituto Internacional de Estudos do Direito do Estado (IIEDE), Dr. Fábio Medina Osório. “A AGU, pela sensibilidade política, experiência administrativa, trânsito interno, capacidade técnica e intelectual e, sobretudo, pela legitimação ativa que possui diante da lei, ostenta um papel singular para o manejo da Lei 8.429”, disse Medina.

Painel: Princípio da Moralidade e Improbidade Administrativa

Palestrantes recebendo lembrança do evento

ESPECIAL

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Unificação de Carreiras

Durante o evento foi perguntado aos participantes sobre a questão levan-tada novamente sobre a unificação de carreiras. Veja as opiniões:

“Vejo como um retrocesso na defesa do Estado Brasileiro. Depois de conces-sões mútuas das entidades de classe interessadas, não se vê a necessidade de se retomar um tema já superado”.

Fábio Leite PU / PB

“Sou contrário. A representação ju-dicial e o consultivo jurídico da União e das entidades da Ad-ministração Indireta exigem uma ramificação dos órgãos e carreiras que realizam estas atividades, tendo em vista, principalmente, a imen-sa complexidade das relações jurídicas que emergem destes entes”.

Petrov BaltarPSU/Campina Grande

“Esse tema não tinha que ter voltado nesse momento, já foi discutido e supe-rado. Existe um acor-do assinado entre as associações da Advocacia Pública Federal. Defender a idéia de unificação não faz sentido. Como Advogado da União eu não posso querer defender a unificação porque representaria a extin-ção da nossa carreira. É desagregadora a posição de unificação das carreiras.”

Sérgio MirandaPU / PI

Logo após a solenidade de abertura do IX ENAU - Encontro Nacional dos Ad-vogados da União, aconteceu o pai-

nel inaugural do V Seminário Nacional sobre Advocacia de Estado, com a abordagem do tema “A Advocacia de Estado no Combate à Corrupção”, tendo como painelistas o Pro-curador-Regional da 5ª Região, José Rober-to Machado de Farias, e o Corregedor-Geral da Advocacia da União, Aldemario Araújo Castro, que participou da abertura do evento representando o Advogado-Geral da União, José Antonio Dias Toffoli. “Acredito que o atual momento é singular e privilegiado para dar passos muito longos e profundos na construção de uma Advocacia Pública à altura das responsabilidades que ela tem e de sua missão fundamental de sustentar e aperfeiçoar o Estado Democrático de Direi-to”, defendeu o Corregedor-Geral.

Presidindo o painel de abertura do V Seminário Nacional sobre Advocacia de Estado, o presidente da ANAUNI classificou de insanidade a tese de unificação das car-reiras da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral Federal (PGF), que em um momento mais do que inoportuno foi ressucitada.

“No momento em que as entidades representativas da Advocacia Pública Fe-deral, em um gesto que considero históri-co, souberam sacrificar antigos posiciona-mentos em prol da harmonia na Advocacia

ESPECIAL

Críticas à unificação de carreiras marcam painel inaugural

Discurso do presidente

da ANAUNI, José Wanderley

Kozima, na abertura do seminário.

Pública Federal e assinaram um acordo no que tange ao projeto de Lei Complementar, ressuscita-se um discurso antigo, corpora-tivo, ultrapassado e que só contribui para o divisionismo e o antagonismo no seio da Advocacia Pública Federal”, sendo aplaudi-do efusivamente.

Como exemplo, ressaltou que a reação imediata a esse discurso foi “o recrudes-cimento da aceitação dos Advogados da União em relação ao ingresso da PGF na AGU e da aceitação dos Procuradores da Fazenda Nacional a integrarem plenamente a AGU”.

Sobre o assunto, o Corregedor-Geral da Advocacia da União registrou que nun-ca participou de qualquer discussão a esse respeito no âmbito da direção da AGU, ga-rantindo que o projeto de Lei Complementar que será encaminhado pelo Advogado-Geral da União é aquele que resultou do consen-so entre as entidades representativas e que contempla integralmente o acordo firmado.

“O posicionamento da AGU quanto a esse tema é aquele constante do texto de anteprojeto de Lei Complementar de conhe-cimento das associações. Até o atual mo-mento, não participei de nenhuma reunião e nem tomei conhecimento de que tenha ocorrido alguma mudança em relação ao que foi definido com as associações e que contempla o acordo assinado e entregue pelas entidades”, destacou.

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Comparado a um paraíso. Este foi o local escolhido pela organização do IX ENAU para realizar a festa de

encerramento. Hibiscus é o nome de um restaurante que fica na praia de Ipioca, li-toral norte de Maceió, quase divisa com o município de Paripueira.

Na beira-mar, em uma parte totalmente deserta de Ipioca, o restaurante oferece uma estrutura aconchegante, com sofás e redes, mesas em decks sobre a areia da praia e um lindo gramado. No cardápio, uma grande va-riedade de pratos com frutos do mar, carnes

ESPECIAL

Animação e ecletismo no Luau marcam festa de encerramento.

e aves em receitas sofisticadas e criativas.“Esplêndido, animado e eclético”, foram

as considerações de quem foi ao Luau. Mas, já era de se esperar uma festa de encerramento assim. Desde o início, o IX ENAU foi marcado pela excelente organização. Da recepção dos participantes até o evento de encerramento, todos os detalhes foram impecáveis. Para o presidente da Comissão Organizadora do Evento, Gerson Camerino, todo o esforço foi compensado. “Só de saber que todos saíram satisfeitos do evento fez valer todo o esforço. Valeria a pena repetir a dose”disse.

A banda escolhida para animar a festa fez com que os participantes dançassem até o amanhecer. No repertório, a varie-dade que alternou de Balão Mágico a The Cure. “Espero que seja um evento que todo mundo se lembre. Que ao comenta-rem do evento de Maceió, tenham muita coisa boa para falar. Somos Advogados da União. Somos jovens, talvez um pouco inexperientes, mas cheios de disposição para aprender e lutar contra as adversida-des que surgem a cada dia. Que venham os desafios”, completou Gerson.

Luau Hibiscus

Gerson Camerino

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Os Advogados da União, reunidos no IX ENAU – Encontro Nacional dos Advogados da União e V Seminá-

rio Nacional sobre Advocacia de Estado, organizados pela ANAUNI – Associação Nacional dos Advogados da União, de 3 a 7 de novembro de 2008, em Maceió, Estado de Alagoas, cientes do papel da Advocacia-Geral da União na prevenção e combate à corrupção, aprovaram, por unanimidade, em assembléia geral ordinária ocorrida em 7 de novembro, a presente carta, síntese das discussões, painéis e proposições apro-vadas no aludido encontro.

Como todos os brasileiros sabem, a corrupção constitui-se um entrave para o

pleno desenvolvimento do País, que vem buscando aperfeiçoar suas ins-tituições, rumo a um verdadeiro Es-tado Democrático de Direito, fun-

dado em valores republicanos e da justiça social.

A Advocacia Pública está inserida em tal contexto administrativo-político-social e tem a missão institucional de contribuir para a reversão desse quadro, atuando ao lado dos demais órgãos de controle, nos limites de sua competência.

À Advocacia-Geral da União (AGU) cumpre o importante encargo que lhe foi outorgado pela Constituição Federal de re-alizar o controle dos atos da Administração Pública federal e representar judicial e ex-trajudicialmente a União, sem embargo da defesa das políticas públicas legitimamente aprovadas e dos atos emanados de todos os Poderes da União (art. 131), nos marcos do Estado Democrático de Direito.

Tais competências, se exercidas efeti-va e eficientemente, com isenção técnica e independência intelectual, num contexto de estabilidade funcional e sus-tentabi l idade

administrativo-financeira da instituição, cer-tamente terão o condão de impedir os des-mandos daqueles que querem se apropriar do Estado em proveito particular.

Para tanto, a AGU deve possuir estrutura e suporte para bem orientar os administra-dores públicos sobre a forma juridicamente correta de se gerir o patrimônio público e para recuperar os prejuízos que lhe forem causados. Deve ainda atuar com firmeza e transparência, não se vergando às irregula-ridades e desvios de todo tipo. Deve possuir um quadro de apoio administrativo, estrutu-rado em carreira e valorizado, que forneça o suporte para o êxito da elevada missão ins-titucional da AGU. É também fundamental a garantia de estabilidade dos membros nos c a r g o s

IX ENAU:Carta de Maceió

DESTAQUE

Síntese das discussões,

painéis e proposições

aprovadas no IX ENAU.

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de chefia da Instituição, por meio da fixação de mandatos e processo objetivo de con-sulta para sua escolha, o que contribui para a maior transparência, democracia e profis-sionalização, inibindo práticas patrimonialis-tas, que tanto favorecem a corrupção.

A AGU realiza a análise prévia da lega-lidade dos editais de licitação e contratos administrativos a serem celebrados pelos órgãos do Poder Executivo federal. Pode-se afirmar, com absoluta convicção, que houve drástica redução de incorreções nos proce-dimentos licitatórios. Apesar disso, não raro ocorrem abertura de licitações e celebra-ção de contratos administrativos que não são submetidos à análise dos Advogados da União, o que facilita direcionamentos, fraudes e ilicitudes, que, lamentavelmente, ainda são práticas correntes.

É preciso que tais atribuições sejam exercidas, nas Consultorias Jurídicas dos Ministérios e Núcleos de Assessoramento Jurídico, exclusivamente pelos Advogados da União. Não há dúvida de que o desem-penho de tais competências por pessoas estranhas à carreira, que não ingressaram por meio de concurso público, serve como facilitador para a perpetração de atos lesi-vos de improbidade e corrupção.

Por sua vez, é imperioso que se dote a AGU dos meios necessários para a ob-tenção de documentos e informações, daí a importância de se ampliar o poder de requisição dos órgãos de consultoria e assessoramento e também dos órgãos de contencioso (as Procuradorias da União), com penalidades explícitas para caso de descumprimento. O atendimento de requi-sições da AGU não pode ser condicionado à simples discricionariedade ou à decisão íntima de seus destinatários, muitas vezes interessados em acobertar atos, condutas e procedimentos irregulares.

Deve-se, ademais, ampliar, no texto da lei orgânica da AGU, o rol de matérias jurí-dicas de remessa obrigatória à instituição, tais como as contratações públicas, as ma-térias afetas ao uso, destinação e alienação do patrimônio imobiliário,

as sindicâncias e processos administrativos disciplinares.

No tocante à atuação contenciosa, as Procuradorias da União têm a importantís-sima missão de recuperação de ativos e combate à improbidade administrativa, por meio do ajuizamento de ações civis de im-probidade, ações civis públicas, ações de ressarcimento e medidas acautelatórias de indisponibilidade e seqüestro de bens.

Deve-se procurar, também, imple-mentar nova sistemática de defesa da probidade e de recuperação do patrimônio público, destacando-se três diretrizes: a) aproximação das medidas de preservação da probidade e de recuperação do patrimô-nio à época do fato que se está apurando; b) ampliação e qualificação da estrutura especializada e descentralizada da Advoca-cia-Geral da União; c) medidas efetivas de maior integração dos órgãos públicos entre si e destes com a sociedade.

Propõem-se, ainda, a disseminação do entendimento de que a defesa do agente público que praticou ato lícito e probo, no exercício de suas funções, pela AGU, na esfera judicial, é medida que também se insere na defesa da probidade administrati-va. No mesmo sentido, que a promoção da alienação antecipada de bens indisponíveis ou objeto de seqüestro, com depósito do valor da venda em conta judicial remunera-da, bem como do leilão eletrônico judicial e extrajudicial, é medida salutar que contribui para a efetividade do processo e para o de-sestímulo à corrupção.

Outrossim, em cumprimento ao princí-pio da legalidade, entendem os Advogados da União que a AGU deve exercer efetiva-mente o poder de, já na esfera administrati-va, determinar a anulação dos atos adminis-trativos eivados de vício, ou, ainda, o poder de, no curso de ação judicial, reconhecer a nulidade do ato, ensejando a extinção do processo judicial.

Ponto relevantíssimo para a ANAUNI e a carreira de Advogado

da União, claramente posto no IX ENAU, é a conveniência e racionalidade da manuten-ção e ampliação da atuação especializada e exclusiva das quatro carreiras da Advoca-cia Pública Federal – Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional, Procurador Federal e Procurador do Banco Central -, tal como se extrai do artigo 131 da Constitui-ção Federal, no âmbito de suas respectivas e atuais competências. Esta é uma das conclusões prioritárias do IX ENAU, na linha do acordo celebrado envolvendo todas as entidades de classe representativas das carreiras jurídicas federais.

Finalmente, os Advogados da União declaram que não cederão às pressões ex-ternas, seja de organizações que buscam o enriquecimento ilícito às custas do patrimô-nio público, seja de instituições e entidades que deveriam atuar em parceria com a AGU em busca do objetivo maior que é debelar a corrupção, reduzindo-a a níveis civilizados. Assim, avançarão irreversivelmente na atu-ação em defesa da probidade administrati-va, da prevenção e do combate à corrup-ção, considerando-se a função estratégica de controle de legalidade e de legitimidade dos atos do Poder Executivo federal.

Maceió, 07 de novembro de 2008.

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Quase quatrocentos anos de his-tória. No ar o tradicionalismo das fachadas dos casarões, das igrejas

e capelas do período colonial. Estas são características de Belém, no Pará, cidade escolhida para sediar a décima edição do ENAU e que está entre as dez cidades mais movimentadas e atraentes do Brasil.

A cidade foi candidata única e eleita no IX ENAU, realizado em Maceió. Para o Procurador-Chefe no Estado do Pará e res-ponsável pela coordenação do evento no estado, José Mauro O’ de Almeida, a esco-lha da cidade traz representatividade para o estado amazonense. “É uma alegria receber todo mundo aqui. Colocar o evento na agenda da ANAUNI é colocar a Amazônia em tema. As grandes commodities estão relacionadas à Amazônia. Os Advogados da União fazem de-fesas de grande parte destas coisas e temos que estar voltados para isso”, disse.

Belém é a segunda cidade mais populo-

Belém sediará a próxima edição do ENAU

DESTAQUE

sa da região Norte, com cerca de 1,4 milhão de habitantes, de acordo com estatísticas do IBGE/2008. É popularmente chamada de “Cidade das Mangueiras” pela abundância de exemplares dessa árvore em suas ruas, e conhecida como Metrópole da Amazônia. É a maior metrópole do mundo situada na Linha do Equador e a cidade com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as capitais da região Norte.

Entre as atrações turísticas, as praias e balneários próximos à cidade chamam aten-ção. A ilha de Marajó é uma ilha localizada na foz do rio Amazonas. Distante três horas de barco ou 30 minutos de carro de Belém, Marajó tem dunas de areias claras, campos e uma imensa variedade de plantas e ani-mais. Destaca-se pelos montes artificiais, nomeados “tesos”, construídos ainda em seu passado pré-colombiano pelos índios locais, pelas suas belas praias, igarapés, vigorosa natureza e culinária específica,

que tem atraído muitos visitantes. Conta na atualidade com estruturada rede de hospe-dagem e alimentação de várias categorias. Outro atrativo conciliado ao ecoturismo é o artesanato e a criação de búfalos. O artesa-nato Marajoara é famoso em todo país, assim como as fazendas de criação de búfalos.

A cozinha belenense tem forte influên-cia indígena. Possui pratos típicos como: pato no tucupi com jambu, o tacacá, a ma-niçoba, entre outras delícias como o açaí. Há quem diga que o sabor dos peixes e das frutas é realmente diferente. Com mais de uma centena de espécies comestíveis, as frutas regionais podem ser encontradas no famoso mercado Ver-o-Peso, feiras livres, e supermercados do município; elas são res-ponsáveis diretas pelo sabor das sobreme-sas que enriquecem a mesa paraense.

Com todos estes ingredientes, Belém tem de tudo para superar todas as outras edições do maior evento anual da ANAUNI.

Belém, também chamada de “Cidade das Mangueiras”

Mercado Ver-o-PesoIlha de Marajó, muncípio de Belém

Entre as atrações turísticas, as praias e balneários próximos

à cidade chamam atenção.