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FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DE PRESIDENTE PRUDENTE
ANDRESSA REGINA DE AGUIAR LUCAS DE SOUZA FREITAS RIBEIRO NATHALIA MOURA ALVES DA CRUZ
JORNALISMO ONLINE E TERCEIRO SETOR: REFORMULAÇÃO E MELHORIA NO DESEMPENHO DO SITE TERCEIRO SETOR FACOPP
Presidente Prudente - SP
2018
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DE PRESIDENTE PRUDENTE
ANDRESSA REGINA DE AGUIAR LUCAS DE SOUZA FREITAS RIBEIRO NATHALIA MOURA ALVES DA CRUZ
JORNALISMO ONLINE E TERCEIRO SETOR: REFORMULAÇÃO E MELHORIA NO DESEMPENHO DO SITE TERCEIRO SETOR FACOPP
Trabalho de Conclusão, apresentado a Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente, Curso de Jornalismo, Universidade do Oeste Paulista, como parte dos requisitos para a sua conclusão.
Orientador: Profª Mª Giselle Tomé da Silva
Presidente Prudente - SP
2018
ANDRESSA REGINA DE AGUIAR LUCAS DE SOUZA FREITAS RIBEIRO NATHALIA MOURA ALVES DA CRUZ
JORNALISMO ONLINE E TERCEIRO SETOR: REFORMULAÇÃO E MELHORIA NO DESEMPENHO DO SITE TERCEIRO SETOR FACOPP
Trabalho de Conclusão, apresentado a Faculdade de Comunicação de Presidente Prudente, Curso de Jornalismo, Universidade do Oeste Paulista, como parte dos requisitos para a sua conclusão. Presidente Prudente, 22 de outubro de 2018
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________ Prof. M. Orientador Giselle Tomé da Silva Universidade do Oeste Paulista – Unoeste Presidente Prudente-SP _______________________________________________ Prof. Dr. Roberto Aparecido Costa Mancuzo Universidade do Oeste Paulista - Unoeste Presidente Prudente _______________________________________________ Prof. M. Carolina Zoccolaro Costa Mancuzo Universidade do Oeste Paulista - Unoeste Presidente Prudente
DEDICATÓRIA
A Deus, que ajudou em cada etapa desse trabalho e não nos
deixou fraquejar, aos pais, por todo amor e carinho que
recebemos durante a elaboração desse trabalho.
AGRADECIMENTOS
A nossos familiares, pela paciência e apoio. Aos amigos pela torcida de
nosso sucesso. À professora Giselle Tomé da Silva pelas orientações e
conhecimento compartilhado. Aos profissionais José Aparecido Kuhn, Scarleth de
Lima Prado Menezes e aos estagiários da Agência Facopp por toda contribuição e
suporte.
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência
em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo,
quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas
admiráveis”. (José de Alencar)
RESUMO
Jornalismo Online e Terceiro Setor: Reformulação e Melhoria no Desempenho do Site Terceiro Setor Facopp
Este Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Jornalismo Online e Terceiro Setor: Reformulação e Melhoria no Desempenho do Site Terceiro Setor Facopp” tem como objetivo a reformulação do antigo site Eco (www.unoeste.br/facopp/eco/). Esta ferramenta está inserida dentro do portal Facopp e é a oitava área de conhecimento da Faculdade de Comunicação Social “Roberto Marinho” de Presidente Prudente. Visto que a plataforma digital é o meio onde se divulga o trabalho realizado com as entidades de Presidente Prudente, esta reformulação se faz necessário para melhorar o desempenho da mesma atualizando a linha editorial a fim de aumentar os acessos e contribuições por parte do público interno: alunos e professores; externo: entidades e comunidade. Desta forma, coloca-se em prática o conhecimento dos alunos na área de Jornalismo Empresarial: Terceiro Setor e Jornalismo Online. Para tanto, optou-se pela pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, utilizando como ferramentas de coleta de dados a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, entrevistas em profundidade com os colaboradores e responsáveis pelo laboratório, aplicação de questionários, pesquisa de campo. Palavras-chave: Jornalismo Online; Jornalismo Empresarial; Terceiro Setor;
Facopp; Eco
ABSTRACT
Online Journalism and Third Sector: Reformulation and Improvement in the Performance of the Third Sector Facopp
This undergraduate thesis named titled "Online Journalism and Third Sector: Reformulation and Improvement in the Performance of the Third Sector Facopp" (www.unoeste.br/facopp/eco/). This tool is inserted at Facopp portal and is the eighth area of knowledge of the "Roberto Marinho" Social Communication School of Presidente Prudente. Since the digital platform is the device where the work realized with the entities of Presidente Prudente is spread, this reformulation is necessary to improve the performance of the same updating the editorial line in order to increase the accesses and contributions by the internal public: students and teachers; external: entities and community. In this way, put into practice the students' knowledge in the area of Business Journalism: Third Sector and Online Journalism. For that, we chose the qualitative research of the type of case study, using as data collection tools the bibliographic research, documentary research, in-depth interviews with the collaborators and responsible for the laboratory, application of questionnaires, field research.
Keywords: Online Journalism; Business Journalism; Third sector; Facopp; Echo
LISTA DE FIGURAS
Figura1 - Página Inicial do Eco...................................................................... 44
Figura 2 - Aba inferior (blogs e redes sociais)................................................ 45
Figura 3 - Calendário...................................................................................... 45
Figura 4 - Dados de Vizualização................................................................... 46
Figura 5 - Template......................................................................................... 54
Figura 6 - Cabeçalho e Menu de Navegação................................................. 55
Figura 7 - Rodapé........................................................................................... 55
Figura 8 - Portal Facopp................................................................................. 56
Figura 9 - Legibilidade das Cores.,................................................................. 57
Figura10 - Significado das Cores.................................................................... 58
Figura11 - Página Inicial.................................................................................. 58
Figura12 - Fonte com Serifa............................................................................ 59
Figura13 - Fonte sem Serifa............................................................................ 60
Figura14 - Formatos de Tela........................................................................... 60
Figura15 - Rascunho Logo.............................................................................. 62
Figura16 - Testes de Fonte e Logo................................................................. 62
Figura17 - Testes de Cores e Variações......................................................... 63
Figura18 - Logo Final....................................................................................... 63
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................ 12
2. FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA.................................................... 15
2.1 Problematização e Justificativa............................................................... 14
2.2 Objetivo Geral............................................................................................ 15
2.3 Objetivos Específicos............................................................................... 15
2.4 Metodologia............................................................................................... 15
3. WEBJORNALISMO.................................................................................... 19
3.1 Multimidialidade........................................................................................ 22
3.1.1 Texto........................................................................................................... 23
3.1.2 Vídeo........................................................................................................... 24
3.1.3 Fotografia.................................................................................................... 24
3.1.4 Áudio........................................................................................................... 25
3.2 Interatividade............................................................................................. 26
3.3 Hipertextualidade...................................................................................... 26
3.4 Usabilidade e Acessibilidade................................................................... 27
4. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL............................................................. 29
4.1 Jornalismo Empresarial........................................................................... 30
4.2 Notícia Institucional.................................................................................. 32
5. TERCEIRO SETOR.................................................................................... 34
5.1 Terceiro Setor e Comunicação em Presidente Prudente...................... 36
6. ECO - LABORATÓRIO DE PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS EMPRESARIAIS NO TERCEIRO SETOR DA FACOPP........................... 39
7. PROJETO EDITORIAL.............................................................................. 48
7.1 Introdução................................................................................................ 48
7.1.1 Objetivos................................................................................................. 48
7.1.1.1 Objetivo Geral......................................................................................... 48
7.1.1.2 Objetivos Específicos.............................................................................. 49
7.1.2 Público Alvo............................................................................................. 49
7.1.3 Linha Editorial.......................................................................................... 49
7.1.4 Assuntos.................................................................................................. 50
7.1.4.1 Principal................................................................................................... 50
7.1.4.2 Entidades....................................................................................................... 50
7.1.4.3 Fotos........................................................................................................ 51
7.1.4.4 Vídeos...................................................................................................... 51
7.1.4.5 Notícias.................................................................................................... 51
7.1.4.6 Quem Somos........................................................................................... 53
7.1.5 Recursos.................................................................................................. 51
7.1.5.1 Recursos Humanos................................................................................. 51
7.1.5.2 Recursos Técnologicos........................................................................... 52
7.1.5.3 Recursos Financeiros.............................................................................. 52
8. PROJETO GRÁFICO................................................................................. 53
8.1 Estrutura e Interface.............................................................................. 53
8.1.1 Cores....................................................................................................... 55
8.1.2 Fonte........................................................................................................ 59
8.1.3 Identidade Visual..................................................................................... 61
9. MEMORIAL DESCRITIVO...................................................................... 65
9.1 Peça Teórica........................................................................................... 65
9.2 Peça Prática........................................................................................... 67
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 70
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 72
ANEXOS..................................................................................................... 77
ANEXOS A - ENTREVISTAS...................................................................... 78
ANEXOS B – PAUTAS............................................................................... 95
APÊNDICES............................................................................................... 108
APÊNDICE A – SITES ANALISADOS..................................................... 109
12
1 INTRODUÇÃO
O ECO - Publicações Jornalísticas Empresariais é um dos laboratórios
pertencentes a Facopp (Faculdade De Comunicação Social de Presidente Prudente)
da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). Voltado ao Terceiro Setor da cidade,
trabalha a comunicação através de um veículo online de forma voluntária, visto que
as entidades em geral não possuem recursos financeiros para o investimento.
Acessado através do link www.unoeste.br/facopp/eco/, a plataforma é
abastecida por estagiários que trabalham as aulas de jornalismo empresarial e
online na prática. Segundo os autores do TCC a respeito do site, Massuia e Monzani
(2012, p.18) o intuito é dar voz as entidades filantrópicas de Presidente Prudente,
evidenciando-as através de materiais produzidos pelo ECO de forma organizada,
alcançando assim grande número de pessoas.
Os espaços virtuais (portais, mídias sociais, blogs etc.) são importantes
ferramentas para a gestão e comunicação interna e externa no terceiro setor.
Sobretudo hoje, frente ao processo de globalização, a evolução tecnológica
proporciona um grande alcance de pessoas e por tratar-se de um meio com
inúmeras possibilidades e criatividade, tem o poder de transformar a realidade. Ficou
mais fácil compartilhar a cultura e informações locais em todo canto do mundo, tudo
isso com um investimento financeiro baixo.
Visto que o Terceiro Setor preenche lacunas deixadas pelo primeiro e
segundo setor, a carência de bens econômicos e mão de obra são grandes por não
possuírem fins econômicos. Portanto, a comunicação passa ser a estratégia de
trazer apoio e maior visibilidade às causas, além de transparência.
Com o objetivo de ajudar as entidades de forma igualitária
proporcionando um terceiro setor mais estruturado, fundou-se a FEAPP (Federação
das Entidades Assistenciais de Presidente Prudente). Há 18 anos atuando na
cidade, ela busca unificar o trabalho de arrecadação, comunicação, visibilidade e
transparência das entidades. Hoje, a cidade de Presidente Prudente possui 35
entidades filiadas que contam com o apoio da comunidade para manter seu
funcionamento.
13
Apesar de algumas entidades, inclusive a Federação, possuírem
canais de comunicação próprios, como páginas no Facebook e blogs, percebe-se a
falta de atualização e técnicas eficazes de comunicação, tornando-se ineficiente.
Por tratar-se de um laboratório situado na universidade da capital do
Oeste Paulista, com estrutura e colaboradores qualificados para comunicação
empresarial, o site é uma importante ferramenta para divulgação do Terceiro Setor
local, visto que possui grande abrangência e visibilidade.
Assim, o intuito dessa pesquisa é estudar e aplicar atualizações
editoriais como o uso de diversos recursos de mídia (foto, vídeo, áudio) além de
texto, e estéticas (logo, nome do laboratório, layout) para que o site do laboratório
ECO continue contribuindo de forma eficiente para a comunidade e o setor.
Todo o processo não seria possível sem um embasamento teórico
sobre o assunto proposto, organizado por conteúdo. A partir do capítulo dois, é
questionada a necessidade da reformulação do site, ponderando sua importância
para o meio social e universitário. Visto a credibilidade da Facopp, são necessárias
atualizações constantes que acompanhem os avanços tecnológicos, permitindo
assim maior eficácia em seus objetivos: atender ao Terceiro Setor de Presidente
Prudente e simultaneamente exercer os conhecimentos adquiridos nas aulas de
jornalismo empresarial e jornalismo online. A intenção é entender o fenômeno do
ponto de vista das experiências dos usuários. Para isso, a pesquisa qualitativa é
utilizada como metodologia. O acompanhamento do funcionamento do laboratório,
das produções jornalísticas e dos recursos atualmente disponíveis traz mais clareza
quanto a necessidade de reformulação. Visto que o objetivo final é a compreensão
do caso com profundidade, ou seja, de que forma a reformulação trará melhorias, a
análise exploratória se faz necessária. Além disso, é importante compreender a
intenção dos autores ao projetarem o laboratório e o site inicialmente e manter essa
essência, portanto, a consulta bibliográfica e documental é de suma importância.
Em seguida, no capítulo três, os conceitos de Webjornalismo são
introduzidos. Uma vez que a linguagem para plataformas online é diferente dos
outros veículos de comunicação, é importante aprofundar o conhecimento a respeito
para que se coloque em prática de forma correta, atingindo seu propósito: abastecer
o usuário com informações de forma rápida, dando a possibilidade de interação, e
permitindo a escolha do percurso na leitura/assimilação de conteúdo.
14
Com a mesma intenção em assimilar as teorias para depois aplicá-las,
o capítulo quatro aborda os termos de Comunicação Empresarial. É importante
ressaltar que o ECO é um laboratório jornalístico empresarial, ou como chamado no
meio corporativo: House Organ, com a comunicação voltada tanto ao público
externo, quanto interno. Portanto, deve ser alimentado de acordo com as
técnicas/linguagem do meio, a fim de obter visibilidade.
Dando continuidade, no capítulo cinco encontram-se as características
do Terceiro Setor e uma perspectiva da cidade de Presidente Prudente. Divididos e
explicados a partir de três critérios: Associações, Fundações e Organizações
Religiosas, esta pesquisa se atém as entidades afiliadas a FEAPP. O parâmetro é
traçado conforme informações adquiridas através de uma entrevista com o atual
presidente da Federação Floriano Augusto de Paula Ferreira Ielo. A partir das 35
associações, percebe-se a necessidade de melhorias no âmbito comunicacional,
ampliando seu alcance e consequentemente garantindo retorno positivo.
Após a análise sobre as três áreas que trata esta pesquisa, o próximo
passo refere-se ao estudo do laboratório ECO. A partir da observação dos
pesquisadores, pesquisa bibliográfica e entrevista concedida pela atual supervisora
Giselle Tomé da Silva, pode-se compreender o trabalho realizado, além de constatar
quais melhorias são necessárias para sua reformulação, principalmente se tratando
de linha editorial. Visto que a internet a cada dia oferece novas possibilidades em
relação a comunicação, é importante estar atualizado de acordo com as
necessidades dos usuários, que mudam juntamente com os avanços. A
Coordenadora do Curso de Jornalismo da Facopp, Carolina Zocollaro Mancuzo
enfatiza a importância da plataforma tanto para a comunidade como no âmbito
universitário, visto que os alunos são os principais contribuintes: em produção e em
visualização. Portanto, a necessidade constante de atualizações. A taxa de rejeição
oferecida pelo Google Analytics mostra o quão a plataforma não tem sido eficiente
em seu propósito. De acordo com o suporte, as pessoas passam cerca de 1 minuto
navegando pelo site, geralmente não passando da primeira página. Em suma,
significa que o conteúdo não é assimilado pelo usuário, portanto a necessidade de
trazer mais conteúdo, em diferentes formatos, de forma convidativa e design atual.
A partir dessa análise, os capítulos sete e oito apresentam um novo
projeto editorial e gráfico para solucionar esses problemas. São expostos os
15
resultados da pesquisa colocada em prática: a escolha pela hospedagem no
Wordpress e suas funcionalidades, a reformulação do nome e logo e a nova
plataforma digital apresentando todos os novos recursos. Por fim, as considerações
finais abordam o resultado desta pesquisa.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA
2.1 Problematização e Justificativa
A reformulação do website do laboratório ECO - Publicações
Jornalísticas Empresariais é de extrema importância social, pois ele representa um
canal de apresentação do Terceiro Setor da cidade de Presidente Prudente, e
consequentemente traz maior visibilidade pelo seu vasto alcance.
Em 2012, período de implantação do piloto, os autores Massuia e
Monzani (2012, p.19-20) reforçaram que o objetivo é evidenciar o trabalho que já era
realizado pelo laboratório de forma mais abrangente, aumentando o interesse em
contribuir por parte dos alunos da Facopp, entidades e comunidade.
A plataforma possibilita a troca de informações e experiências a
respeito do setor, além de exercitar os conhecimentos adquiridos em aula. Desta
forma, manter a plataforma atualizada de acordo com os avanços da comunicação
online fará com que a mesma continue exercendo sua principal função: levar a
informação até seu público alvo, possibilitando interação e assimilação por parte dos
usuários.
Academicamente, a plataforma é importante dentro do contexto da
Facopp. É a forma de mostrar a qualidade do conteúdo trabalhado a respeito do
Jornalismo Empresarial e Online, expondo também o quanto o curso está em
constante atualização acompanhando os avanços na comunicação. Além disso,
como maior Universidade do Oeste Paulista, é papel da empresa contribuir com a
comunidade de alguma forma, neste caso auxiliando as entidades, agregando assim
ainda mais valores e credibilidade a instituição.
O grupo de pesquisadores também é beneficiado. Ao elaborar um novo
projeto editorial, os alunos além de revisar os conteúdos trabalhados em sala de
aula, aprendem na prática sobre o funcionamento das House Organs. Trabalhar
conforme a rotina desses veículos, participar do processo de produção, edição e
publicação, consequentemente agregará conhecimentos além dos aprendidos na
teoria. Portanto, esta pesquisa é de suma importância como experiência para o
mercado de trabalho.
Este trabalho busca responder: de que forma a reformulação do site do
Laboratório Eco – Publicações Jornalísticas Empresariais melhorará a experiência
17
dos usuários e consequentemente trará mais visibilidade às entidades de Presidente
Prudente?
2.2 Objetivo Geral
Desenvolver a reformulação editorial do site do Laboratório ECO -
Publicações Jornalísticas Empresariais.
2.3 Objetivos Específicos
● Analisar o trabalho desenvolvido pelo laboratório, a fim de entender suas
novas necessidades;
● Aplicar as técnicas de comunicação do Jornalismo Empresarial e Jornalismo
Online;
● Alinhar a produção de conteúdo através de um planejamento semanal que
buscará manter um padrão de postagens além dos factuais;
● Elaborar novo projeto de design, agregando as novas ferramentas,
melhorando o desempenho e usabilidade para o usuário;
2.4 Metodologia
Um trabalho científico consiste em um estudo onde se busca a
veracidade dos fatos. Para considerar como tal, é necessário que se determinem os
recursos utilizados para constatar o fato. Gil (2008, p.8) os define como o caminho
para se chegar a determinado fim e método científico como o conjunto de
procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento.
Já para Marconi e Lakatos (2010, p.83), métodos:
[...] é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientista.
Com base nestas informações, será utilizado para a realização desta
pesquisa o método qualitativo, do tipo exploratório.
18
Os dados da pesquisa qualitativa objetivam a compreensão profunda de certos fenômenos sociais apoiados no pressuposto da maior relevância do aspecto subjetivo e da ação social. Contrapõem-se, assim, à incapacidade da estatística de dar conta dos fenômenos complexos e da singularidade dos fenômenos que não podem ser identificados através de questionamentos padronizados. (GOLDENBERG, 2004, p.49)
Ainda de acordo com o autor, não há fórmulas predefinidas para esta
análise, tudo depende da sensibilidade, intuição e experiência do pesquisador. Esse
método permite o investigador observar como cada indivíduo, grupo ou organização
se relaciona com a realidade pesquisada. Como o intuito é a melhoria do site e do
serviço oferecido, é necessário que se observe primeiramente seu modo de
funcionamento, e a partir do ponto de vista obtidos pelos pesquisadores será
possível elaborar novo projeto.
A pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o fato e
identifica a situação atual e dos problemas principais do objeto pesquisado.
Segundo Gil (2008, p.27), “As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação
de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”.
Seu propósito é fazer com que os pesquisadores participem da realidade estudada,
neste caso da rotina do laboratório, para assim apresentar soluções apropriadas.
Para dar início a esse estudo, Marconi e Lakatos (2003, p.174) afirmam
a importância da utilização de instrumentos para a coleta de dados. Eles definem
técnicas de pesquisa como “um conjunto de preceitos ou processos de que se serve
uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte
prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos”.
Portanto, optou-se por realizar pesquisas bibliográficas, que Stumpf
(2009, p.51) explica como sendo a lista de obras consultadas a respeito do tema.
Neste caso, foram utilizados livros pertinentes às áreas de Jornalismo Empresarial,
Webjornalismo e Terceiro Setor. Conceituando-os teoricamente, é possível obter
suporte para a futura peça prática.
Outra técnica empregada foi a pesquisa documental, que ainda
segundo Markoni e Lakatos (2003, p.174), é o primeiro passo de qualquer pesquisa
científica. Visando reunir informações iniciais sobre o ECO, os projetos de TCCS
anteriores foram os principais materiais analisados. Moreira (2009, p.276) especifica:
19
A análise documental, muito mais que localizar, identificar, organizar e avaliar textos, som e imagem, funciona como expediente eficaz para contextualizar fatos, situações, momentos. Consegue dessa maneira, introduzir novas perspectivas em outros ambientes, sem deixar de respeitar a substância original dos documentos.
Foi analisado também o conteúdo disponibilizado pelo Google
Analitcs1. Essa ferramenta elabora gráficos que representam os acessos, o tempo
de navegação dos usuários na página, perfil, entre outras coisas. Isto ajudou a
constatar o público alvo, os conteúdos mais vistos e assimilados, outros que se
tornaram desnecessários, contribuindo na elaboração da nova linha editorial.
A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. (GIL, 2008, p.51)
Após compreender seu propósito inicial, percebeu-se a necessidade de
considerar os diferentes pontos de vista e experiências vividas pelas pessoas
ligadas diretamente ao laboratório. Portanto, entrevistas em profundidade do tipo
semiabertas, que permite a flexibilidade das fontes em definir o conteúdo de suas
respostas e ao entrevistador adaptar as perguntas, também foram empregadas.
Duarte (2009, p.62) classifica como:
Um recurso metodológico que busca, com base em teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a partir da experiência subjetiva de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja conhecer.
Nesta etapa, foram ouvidos os professores e alunos responsáveis
pelos projetos iniciais de TCC, o presidente da FEAPP, visto que é de suma
importância entender as necessidades atuais das entidades filiadas e a atual
coordenadora do ECO, professora mestre Giselle Tomé da Silva. Assim foi possível
identificar a fundo a intenção e o trabalho realizado junto a Federação, com a
finalidade de promover suas melhorias mantendo seu objetivo inicial.
1 Serviço oferecido pelo Google que apresenta estatísticas de visitação do site.
20
Outro método utilizado que, de acordo com Gil (2008, p.57) serve para
um estudo profundo que permite conhecimento amplo e ao mesmo tempo detalhado,
é o estudo de caso. O contexto em que está inserido o laboratório, seu histórico,
alcance e impacto devem ser considerados. Prodanov e Freitas (2013, p.60)
explicam que o estudo “consiste em coletar e analisar informações sobre
determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar
aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa”.
Yin (apud GIL, 2010, p.54) declara que estudo de caso deve ser
encarado como o “delineamento mais adequado para a investigação de um
fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, onde os limites entre o
fenômeno e o contexto não são claramente percebidos”.
Nesta fase, o estudo é aprofundado a partir das experiências vividas
pelos pesquisadores no laboratório e juntamente com a coleta de dados,
proporcionou direcionamento para a elaboração do novo projeto editorial.
21
3 WEBJORNALISMO
Diante das atuais tecnologias, surgem diferentes formas de se fazer
comunicação. Hoje, as novas maneiras de colher informações, de produzir
conteúdo, de interação com o público, com o tempo, além dos recursos multimídias,
se agregam com as técnicas que já estão presentes no meio jornalístico.
Segundo Caselli e Coutinho (2012, p.1) “mais do que influenciar e gerar
adaptações, a convergência midiática exige a criação de formatos específicos, que
levem em consideração as características e necessidades do webjornalismo”, que
são: interatividade, hipertextualidade, multimidialidade, usabilidade, acessibilidade e
atualização contínua das informações.
Webjornalismo é o conteúdo informativo disponibilizado em
determinado local específico na internet, que de acordo com Mielniczuk (2003),
existe acesso a determinadas áreas de interfaces gráficas, que em suma, são
materiais publicados para a World Wide Web (www).
O jornalismo online acompanhou as três fases de evolução da rede
conforme Mielniczuk (2003, p.2) expõe: Na web 1.0, as páginas das principais
matérias da versão impressa eram colocadas na internet sem modificar seu
conteúdo.
Em 1995 o Jornal do Brasil foi pioneiro e inaugurou sua página na
internet. “A página, bastante rudimentar, era produzida por apenas três profissionais
e trazia somente algumas das notícias publicadas na edição do dia do jornal
impresso”. (BORGES, 2009, p.31)
Prado (2011, p.31) confirma que as páginas eram compostas pelas
capas ou principais notícias das versões impressas, sem atualização em tempo real
e design simples. No ano seguinte a sua inauguração, o JB Online implanta um
fórum de discussões, trazendo então o princípio da interatividade. Esta ferramenta
proporcionava aos usuários realizar um debate sobre um determinado assunto.
Após isso, surgem então os hiperlinks, que são links “escondidos” em
uma palavra do texto que ao clicar, leva a outra página, podendo ser do próprio site
ou de outro. Os usuários podiam utilizá-los para acessar matérias que eram
produzidas entre o fechamento das edições impressas:
22
Nesta fase [...] o e-mail passa a ser utilizado como uma possibilidade de comunicação entre jornalista e leitor ou entre os leitores, através de fóruns de debates; a elaboração das notícias passa a explorar os recursos oferecidos pelo hipertexto. (MIELNICZUK, 2003, p.2)
Conforme Prado (2011, p.13) expõe, a redação do Philadelphia
Inquirer, que fica nos Estados Unidos, foi pioneira na utilização de bancos de dados
e e-mails no meio jornalístico. Já as agências de notícias UPI (United Press
International) e AP (Associated Press), começaram a utilizar a produção digital, tudo
isso na década de 1970.
A internet ganhou popularidade nos anos 90, a partir da invenção do
www que se deu na Europa. Surge então a web 2.0. Prado (2011) explica que
mesmo com a pobreza que acometia grande parte da população mundial por causa
do baixo crescimento econômico, os países do Norte (EUA e Europeus) possuíam
recurso e tempo para participar desse novo fenômeno. A partir disso, ainda segundo
a autora, na segunda metade da década o webjornalismo começou a ser
implementado.
Ele se estabelece no começo dos anos 2000, com altos investimentos
em profissionais renomados de outros meios jornalísticos, ganhando salários
supervalorizados para um novo ambiente de comunicação, sendo chamado então de
nova economia. A partir disso, Prado (2011, p.31) explica que as notícias veiculadas
na internet passam a ser consideradas um novo negócio.
A autora aponta o noticiário Último Segundo hospedado no Portal IG
como precursor de produção escrita propriamente para a internet. Atitude “[...]
considerada ousada, pois todos os grandes noticiários online concorrentes eram
vinculados a veículos tradicionais”. (PRADO, 2011, p.27)
Apesar das expectativas sobre a internet e expansão rápida do
webjornalismo, Borges (2009) explica que os níveis esperados não foram atingidos,
acarretando em uma crise e consequentemente em cortes consideráveis nas
redações ainda no final da década de 90. Os empresários apostaram todos os seus
recursos financeiros em um ambiente ainda em descoberta. Após isso, com o
processo econômico desacelerado, as empresas começaram a enxergar aos poucos
o potencial dos jornais online:
Entre as inovações trazidas pelo webjornalismo, a principal foi a publicação de notícias em tempo real (NTR): notícias breves, notas extremamente
23
factuais, que procuram dar conta de um fato no menor tempo possível entre a ocorrência e sua publicação [...]. (BORGES, 2009, p.31)
Passa a ser uma grande vantagem como meio de comunicação o meio
online, fazendo crescer cada vez mais os investimentos em portais eficientes, com
vasto conteúdo:
O acesso gratuito ao mesmo conteúdo dos jornais impressos, a exploração
de recursos multimídia, como a publicação de material audiovisual
(hipertexto, inclusão de vídeos, galerias de imagens, infográficos animados,
áudio), e a atualização constante do veículo tornam o jornal online dinâmico
e atraente. (BORGES, 2009, p.33)
Em meados de 2010, as empresas começam a se preocupar com a
diminuição do número de leitores e consequentemente anúncios dos jornais
impressos. Em contrapartida, “A audiência dos jornais online no Brasil cresce a cada
ano de forma mais acelerada que o número de pessoas que acessam a internet em
geral...”.
Essa fase é definida pela junção da web 2.0 e web 3.0, que é marcada
pela exploração dos recursos oferecidos pela internet, com o surgimento de
conteúdos produzidos diretamente para a rede.
Também chamada de web inteligente, prevê uma organização semântica
dos conteúdos on-line, ou seja, uma organização inteligente do
conhecimento já disponível na internet. Apresenta inovações como banda
larga e acesso móvel a internet. Há, ainda, mais personalização para os
usuários, sites e aplicações inteligentes e publicidade baseada em dados de
pesquisa e comportamento. (CONDE,2018, p.23)
Hoje, diante de tantos avanços, o jornalismo para web passou a ter
características que o distingue dos outros meios. Canavilhas (2014) é organizador
do livro “Webjornalismo: sete caraterísticas que marcam a diferença”, que expõe
textos de diversos autores falando sobre as atuais características do jornalismo para
o meio online: Hipertextualidade, Multimedialidade, Interatividade, Memória,
Instantaneidade, Personalização e Ubiquidade, que serão explicados a seguir.
24
3.1 Multimidialidade
O webjornalismo é caracterizado pelo uso de vários formatos de mídia
na construção de uma notícia. Através da convergência das mídias: fotos, vídeos,
sons, imagens e textos, é construída a informação na rede.
Prado (2011, p.125) afirma que essa característica é fundamental no
jornalismo online, pois não há como imaginar um único espaço onde há a
possibilidade de ler, assistir e ouvir o que acontece de uma forma tão convergente.
Para Salaverría (2014, p.25), “O conceito de multimídia pressupõe –
como começamos a constatar – mais significados do que aqueles contidos numa
definição simplista”. São definidos em três conceitos: como multiplataforma, onde
uma empresa jornalística utiliza diversos meios de comunicação para conseguir um
resultado conjunto; polivalência, perfil do jornalista que trabalha para diversos meios
realizando diversas tarefas simultaneamente; e combinação de pelo menos dois
tipos de linguagens.
3.1.1 Texto
Como os meios de comunicação impressos foram os primeiros que
migraram para a internet, “o texto é o conteúdo mais usado no webjornalismo”.
(Canavilhas,2014, p.3), além de ser a opção em que não é necessária ter uma alta
velocidade para o acesso.
O texto atua como elemento de contextualização e de documentação por excelência; informa o utilizador sobre os aspectos essenciais da informação que este tem diante de si, ao mesmo tempo que se apresenta como a via mais eficaz para oferecer dados complementares. (SALAVERRÍA, 2014, p.33)
Tendo em vista o texto como uma ferramenta principal para uma
reportagem multimídia, no jornalismo online, há uma necessidade que as matérias
sejam as mais breves possíveis, pois de acordo com Franco (2008, p.50), os
usuários procuram conteúdos com linguagens objetivas e que quebram aquela
formalidade nos demais veículos. Caso essa necessidade não seja atendida e o
usuário não consiga alcançar seus objetivos, ele abandonará o site.
Canavilhas (2012, p.64) explica como funciona:
25
[...] é uma técnica libertadora para utilizadores, mas também para os jornalistas. Se o utilizador tem a possibilidade de navegar dentro da notícia, fazendo uma leitura pessoal da informação, o jornalista tem ao seu dispor um conjunto de recursos estilísticos que, em conjunto com novos conteúdos multimédia, permitem reinventar o Webjornalismo em cada nova notícia.
Essa técnica é conhecida como pirâmide deitada, ainda segundo
Canavilhas (2012, p.60) que é composta por quatro níveis de leitura,
consequentemente alterando a linguagem e as técnicas de redação.
A possibilidade de separar a informação em blocos informativos ligados através de hiperligações abre uma diversidade de itinerários de leitura tão
vasta quanto o número de arranjos e combinações possíveis. (CANAVILHAS, 2014, p.9)
Para tanto, a hipertextualidade é um dos recursos estilísticos mais
utilizados. Canavilhas (2014, p.4) explica que o hipertexto é “um texto com várias
opções de leitura que permite ao leitor efetuar uma escolha”.
Através dos blocos informativos, que podem ser compostos por texto e
outros elementos (vídeo, imagem, som) a notícia vai sendo construída, e as
hiperligações podem aparecer de duas formas para conectá-los. A primeira ocorre
quando, durante a leitura de uma notícia, o texto possui em determinadas frases ou
palavras um link que direciona o leitor a outras informações relacionadas a mesma.
A segunda, “ é narrativa e aqui as hiperligações funcionam na sua essência
libertadora do leitor, oferecendo diferentes percursos de leitura”. (CANAVILHAS,
2014, p.7)
Diante disso, as ideias são respondidas de forma autônoma,
possibilitando ao usuário leitura em diversos níveis. A unidade base responde às
perguntas do lead (O quê? Quando? Quem? Onde?). Segundo Canavilhas (2012,
p.64), esse primeiro grau pode ser uma notícia de última hora, que poderá ou não
ser aprofundado. Um exemplo são as notas a respeito de desastres. Quando
acontecessem, é necessário informar a população e geralmente não se tem
informações rápidas para aprofundamento.
Já o nível de explicação está relacionado a responder as perguntas por
que e como, complementando a informação do acontecimento. O nível de
contextualização oferece mais informação através de infográficos, vídeos, fotos que
ilustram a matéria. Eles exploram a convergência midiática. E por fim, o nível de
exploração, onde são inseridos os hiperlinks, fazendo com que os usuários se
26
aprofundem na matéria, sendo ela disponibilizada no próprio site ou em sites
parceiros.
A organização característica dos meios tradicionais (oferta de informação hierarquizada pela ordem de importância, na perspetiva do jornalista) não funciona no online: neste meio, os leitores procuram mais informação sobre os aspetos da notícia que lhe interessam. Assim, o mais importante passa a ser a oferta de uma notícia com todos os contextos necessários, sem perder a homogeneidade global do trabalho. (CANAVILHAS, 2014, p.13)
Tendo em vista então, que há diversos tipos de leitores que buscam e
leem as informações de formas diferentes, podemos citar outros recursos que
podem ser explorados na construção da notícia, facilitando o alcance do público
alvo.
3.1.2 Vídeo
As novas tecnologias proporcionaram uma maior facilidade de se
gravar tudo, de qualquer lugar e até mesmo transmitir ao vivo. Os celulares com
câmeras vinculadas foram os principais responsáveis por isso. O usuário passa a ser
produtor e disseminador de conteúdo.
O vídeo é um componente, que segundo Salaverría (2014, p.35) ganha
espaço cada vez maior nas publicações digitais, visto que, “aumenta a dinâmica das
páginas e oferece resultados suculentos em termos de audiência”. De fato, ele mexe
com os sentidos das pessoas, e no jornalismo, “a verdade da imagem recolhida no
local empresta à notícia uma veracidade e objectividade maior do que a simples
descrição do acontecimento” (CANAVILHAS 2001, p.5). Portanto, os vídeos são
utilizados para enriquecer a notícia, seja complementando textos, seja por si só.
Com a popularização das páginas de vídeos, surgiu também um novo
formato para se trabalhar. “Enquanto o vídeo em televisão é elaborado para ser
contemplado de forma longa e passiva, o vídeo num computador proporciona um
visionamento relativamente curto e mais ativo. ” (SALAVERRÍA, 2014, p.35).
Os vídeos produzidos para a internet ainda possuem outra
particularidade: a autonomia. O usuário pode escolher se quer assistir aos vídeos
por inteiro, em partes, pular as partes indesejadas, além de poder interagir, tudo isso
com o recurso do mouse e das telas táteis. Além disso, é possível decidir a hora, o
local e assistir de qualquer formato de tela. O cibermeio possibilitou essa
personalização.
27
3.1.2 Fotografia
A fotografia já era muito importante antes mesmo do surgimento da
internet, não atoa as grandes revistas desse segmento do século XX e do uso delas
nos jornais impressos. Juntamente com o vídeo, a fotografia é outro elemento
utilizado no espaço virtual. Salaverria (2014, p.34) afirma que a fotografia entrou em
uma nova era na internet, pois já se tem uma “[...] presença ubíqua desse elemento
no cibermeio e nas redes sociais”.
Segundo Costa et al. (2016, p.31), a fotografia já estava presente nos
meios impressos, mas não tanto na internet, pois sua conexão era baixa na época.
Após a entrada da banda larga, o carregamento do conteúdo imagético tornou-se
possível. “[...] as fotografias conquistaram um espaço nunca antes imaginado em um
veículo de comunicação, possibilitando o uso de uma quantidade quase ilimitada de
fotografias nas páginas gerais e jornalísticas. ” (COSTA et al., 2016, p.31) Salaverría
(2014, p.34) aprofunda as possibilidades: “Libertas das limitações espaciais que
impõe o papel, as publicações na internet não têm fronteiras para a fotografia, seja
em termos de número, dimensão ou formato”. (SALAVERRÍA, 2014, p. 34)
Ao observar os principais sites de notícia, percebe-se que a fotografia
se tornou algo indispensável nas notícias de web. Além das imagens que
complementam os textos, a internet possibilitou a publicação de inúmeras fotografias,
quantas quiser, em diversos tamanhos e ainda “existe a possibilidade de assumirem
outras formas como, por exemplo, panorâmicas de 360º, megafotografias, carrosséis,
fotografias de geolocalização com efeitos de navegação especial e de zoom de alta
definição, etc”. (SALAVERRÍA, 2014, p. 34)
Galerias de fotos são tão importantes quanto os textos. Elas contam
histórias, e por isso os principais sites de notícias agora disponibilizam conteúdos
exclusivos somente em fotografia. A imagem trabalha com a imaginação e o
sentimento do usuário, e, portanto, vale o investimento.
28
3.1.3 Áudio
O áudio é um recurso que ajuda na credibilidade da notícia. Essa
característica foi oferecida pelo rádio. Ele é capaz de contribuir com a realidade por
meio de efeitos sonoros, músicas, traz maior assimilação e causa sensações no
ouvinte.
Canavilhas (2001, p.4) relata que “A palavra, o ruído e o silêncio
combinados permitem criar ambientes e imagens sonoras”, diferentemente do jornal
impresso, que segundo o autor, não pode nos fornecer tal efeito e a televisão só nos
concederia isso, caso houvesse um investimento muito alto para chegar a este
resultado.
Pode-se dizer que o áudio veio com intuito de aproximar a mídia com o
seu usuário, podendo lhe dar uma interpretação real da entrevista realizada.
Ao sair para realizar uma entrevista, grave, quando possível, a conversa. [...] dará ótimos arquivos de áudio e estaremos assim eternizando a entrevista, com elementos como a tonalidade da voz e as sensações do entrevistado disponibilizados na internet ao alcance de todos os leitores. (FERRARI, 2010, p.52)
O recurso aparece de diferentes formas na web. Além de dar “vida” ao
entrevistado, ele também pode ser um “off”, que é quando uma voz narra imagens
ou vídeos, ou então, como exemplifica Salaverría (2014, p.37), conhecido como
“vivo” nos jargões televisivos, é a imagem do entrevistado acompanhado de sua voz.
Além dessas funções, o áudio aparece também em formato de podcast. “A princípio,
o podcast pode ser definido como um programa em áudio cujos episódios são
disponibilizados para download e podem ser escutados em diversos tipos de
dispositivos, a qualquer momento. ” (BARBOSA, 2015, p.13)
Este recurso oferece ao ouvinte a opção de autonomia também. Ele
escolhe o assunto, baixa e ouve quantas vezes quiser, de onde quiser, além de
poder avançar ou recuar o tempo, e o melhor, através de diversos dispositivos. Aos
que produzem, oferece a liberdade de periodicidade, grande alcance, o que pode ser
um atrativo aos jornalistas, o armazenamento, além de podem ser gravados e
editados antes da disponibilização. É uma nova forma de escutar.
29
3.3 Interatividade
A interatividade é o pilar da linguagem na Web segundo Rost (2014,
p.53). No webjornalismo ela é principalmente o feedback que o público dá. Nesse
meio se encaixam os comentários positivos e negativos, compartilhamentos, além
de respostas, enquetes e discussão sobre a matéria. Para Rost (2014, p.53),
A interatividade é um conceito ponte entre o meio e os leitores/utilizadores, porque permite abordar esse espaço de relação entre ambas as partes e analisar as diferentes instâncias de seleção, intervenção e participação nos conteúdso do meio.
A interatividade permite que o usuário escolha sua maneira de
navegação, além da criação e publicação de matérias. Segundo Rost (apud 2014,
p.55)
Entendemos a interatividade como a capacidade gradual que um meio de comunicação tem para dar maior poder aos utilizadores tanto na seleção de conteúdo (“interatividade seletiva”) como em possibilidades de expressão e comunicação (“interatividade comunicativa”).
A interação se faz necessária para que o jornalista consiga interpretar o
comportamento do leitor, e desta forma produzir conteúdo cada vez mais relevante
para seu público. Por meio desta interação há também o que chamamos de
Jornalismo Colaborativo, onde o usuário poderá auxiliar na manutenção e formação
da notícia, seja com vídeo, foto ou depoimento. Para Rost (2014, p.53), a
interatividade é essencial no ambiente da web, “porque permite abordar esse espaço
de relação entre ambas as partes e analisar as diferentes instâncias de seleção,
intervenção e participação nos conteúdos do meio”. Portanto, a necessidade de
haver caixas de diálogos abertas aos leitores para que consigam participar
ativamente, comentando, sugerindo e até mesmo criticando.
3.4 Hipertextualidade
Em meio a tantas informações no meio online, os usuários têm a
possibilidade de aprofundamentos através de uma navegação por links, ou como
30
nomeados, hiperlinks. A definição citada por Canavilhas (2014, p.4) vem de Theodor
Nelson, ainda nos anos 1960 que a define como “um texto com várias opções de
leitura que permite ao leitor efetuar uma escolha”. Sendo um dos fatores que
diferenciam o webjornalismo dos outros meios de comunicação, a hipertextualidade,
dá ao usuário a possibilidade de se conectar a diferentes materiais ligados ao
mesmo texto, tendo uma leitura não linear das informações apresentadas a ele.
Canavilhas (2014, p.4) conceitua a hipertextualidade como uma “[...] tessitura
informativa formada por um conjunto de blocos informativos ligados através de
hiperligações (links), ou seja, num hipertexto”. De forma básica, o hipertexto divide a
informação em camadas, sendo hierarquizadas de acordo com o seu
aprofundamento.
3.5 Usabilidade e Acessibilidade
A usabilidade e acessibilidade são características que consistem em
fazer com que o usuário utilize um sistema com eficiência, pensando no que vai ser
transmitido e qual a melhor forma de exposto tal conteúdo, tanto em texto como
design. Deve-se pensar na facilidade, satisfação do usuário. Segundo Brasil (2010),
é fundamental que página da internet seja clara, de forma que o usuário saiba mexer
sem que ele se preocupe.
A usabilidade, segundo Torres e Malzzoni (2004), é quando no produto
online há um grau de facilidade de uso do usuário. A acessibilidade está relacionada
à necessidade de cada usuário com determinado produto.
No espaço digital, a acessibilidade:
[...] consiste em tornar disponível ao usuário, de forma a que possa aceder a ela com autonomia, toda a informação que lhe for franqueável (ou seja, informação para a qual tenha código de acesso, ou seja, de acesso livre para todos), independentemente de suas características orgânicas, sem prejuízos quanto ao conteúdo da informação. (TORRES; MALZZONI, 2004, p.154)
Logo, Torres e Malzzoni (2004, p.153) definem usabilidade e
acessibilidade como componentes que somam a qualidade de um produto em
conteúdo digital, na qual é um direito do consumidor utilizá-lo.
31
A usabilidade visa a satisfazer um público específico, definido como o consumidor que se quer alcançar quando se define o projeto do produto, o que permite que se trabalhe com as peculiaridades adequadas a esse público-alvo (associadas a fatores tais como a faixa etária, nível socioeconômico, gênero e outros). (TORRES; MALZZONI 2004, p.153)
A usabilidade dá poder ao usuário para que ele possa escolher de
forma fácil, o que lhe interessa. Quando o arquivo traz restrições, por exemplo, em
se tratando em um material feito para crianças, ele não terá êxito, portanto, não trará
visibilidade e lucro.
32
4 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Segundo Cahen (1990, p.26), a comunicação empresarial é uma das
formas mais eficientes de estratégia nas empresas, onde poucos têm o privilégio de
utilizá-la como investimento e não como despesa. Ele conceitua o termo
comunicação empresarial como:
[...] uma atividade sistêmica, de caráter estratégico, ligada aos mais altos escalões da empresa e que tem por objetivos: criar - onde ainda não existir ou for neutra – manter - onde já existir - ou, ainda, mudar para favorável - onde for negativa - a imagem da empresa junto a seus públicos prioritários. (CAHEN,1990, p.29)
Tendo como base de que o ato de comunicar nada mais é do uma linha
de atividades e relacionamentos entre pessoas, podemos dizer que a comunicação
empresarial nada mais é do que um relacionamento entre empresa cliente,
imprensa, funcionários e afins.
Para Matos (2014, p.17), “[...] a comunicação é uma das bases mais
concretas que expressam a maneira de ser da empresa e, por isso, tem muito a ver
com sua cultura”. Através de um conjunto de propostas, ações, estratégias e
produtos, se cria uma credibilidade da empresa perante o público, seja ele externo
ou interno.
Não somente isso, a empresa/ instituição, busca através de esse
relacionamento obter o feedback do seu público alvo, garantindo assim a “[...]
realimentação da comunicação e o prosseguimento do fluxo de mensagens” e
garantindo uma eficácia na forma de transmissão da informação e fazendo com que
de fato esse diálogo aconteça. (MATOS, 2014, p.40)
Para obter êxito, é necessário possuir uma equipe que abrange as
diversas áreas da comunicação: Publicidade e Propaganda, Marketing, Relações
Públicas e Jornalismo, alinhados, cada qual em sua área e com sua linguagem
específica, irão trabalhar com um objetivo em comum: atingir as metas estabelecidas
pela empresa. Para este estudo, o Jornalismo Empresarial toma a posição principal,
visto que o site ECO- Publicações Jornalísticas é um veículo de comunicação
interna. Além disso, é necessário conceituar notícia institucional diferenciando-a da
notícia tradicional, já que é o principal recurso utilizado no meio.
33
4.1 Jornalismo Empresarial
Para Ferreira, Borges e Duran (2009, p.70), o Jornalismo Empresarial é
integrado nas organizações por meios de ações jornalísticas, sendo empregadas as
técnicas comuns conhecidas na área. Ainda segundo as autoras “tal atitude se
justifica porque o foco é sempre a informação e para isso lida com seus principais
produtos: a notícia e a reportagem”. (FERREIRA; BORGES; DURAN, 2009, p.70).
Isto só será realizado caso os critérios da notícia forem respeitados que são o
interesse público, o ineditismo, veracidade e atualidade, podendo assim, garantir a
credibilidade da empresa.
A comunicação corporativa chegou ao Brasil 100 anos após sua
expansão nos Estados Unidos. Acompanhando a Revolução Industrial, só se
estabeleceu definitivamente na década de 60, conforme afirma Rego (1987, p.26),
tornando-se assim uma atividade profissionalizada.
Os jornalistas então passaram a ser responsáveis pelas campanhas de
divulgação das empresas e de seus produtos, conforme afirma Mafei e Cecato
(2011, p.21). Não se pensava no tipo de veículo e linguagem a partir do público alvo.
Ainda segundo as autoras, a comunicação com os funcionários se restringia a
informes de salários e benefícios. Quando se instalava alguma crise, as respostas
eram evasivas e apenas se “vazassem” na imprensa.
Isso mudou com o tempo. “Agir assim atualmente é ‘suicídio
corporativo’, porque a informação flui para todos os lados e vem de inúmeras
direções por meio das redes sociais e até do torpedo”. (MAFEI; CECATO, 2011,
p.22). Passou a ser necessária a integração de outros profissionais de comunicação
para que a mensagem da empresa fluísse e chegasse pelo meio e linguagem
corretos a fim de atingir seu público.
Tornar público via imprensa, o trabalho da instituição, tem como finalidade uma prestação de contas à sociedade, para que ela possa avaliar o que está sendo feito e verificar se está de acordo com seus interesses e necessidades, tornando-se, assim, uma aliada da organização e, portanto, comprometida com sua manutenção. (MONTEIRO, 2010, p.124)
O Jornalismo empresarial atua em dois ambientes: o interno e o
externo. A comunicação interna se preocupa com a produção de periódicos (jornal
mural, impressos, digitais e outros) para o público que está ligado diretamente com a
34
empresa: funcionários, familiares, fornecedores, clientes. Ela é vital para que a
empresa atinja suas metas. Já a externa, mais conhecida como assessoria de
imprensa, é a “[...] intermediação das relações entre o assessorado e os veículos de
comunicação [...]” (KOPPLIN; FERRARETTO, 2009, p.13) dedicando-se ao
posicionamento da imagem empresarial.
Com o avanço das tecnologias e o surgimento da internet, a
comunicação corporativa ganhou novos espaços de divulgação e convivência, onde
tudo é instantâneo e interativo. Os house organs, que significa órgão da casa, são
um exemplo de veículo utilizado para comunicação interna e externa nos dias de
hoje aproveitando o uso da rede. Para Kopplin e Ferraretto (2009, p.131), o house
organs nada mais é que notícias produzidas com base na própria fonte, no caso, a
empresa. Portanto é necessário um estudo aprofundado e detalhado sobre a
organização e seus integrantes. Para tanto, necessário um projeto editorial, que será
avaliado pelo assessorado e definido pelos jornalistas responsáveis no projeto.
Para os autores (KOPPLIN; FERRARETTO, 2009, p.131), o projeto
necessita ter:
a) Definição de públicos específicos a serem atingidos. b) Relação de objetivos serem alcançados com a publicação ou o programa. c) Planejamento editorial (no caso house organ impresso, página por página) e demonstração de características gerais. d) Esboço do tratamento gráfico (no caso de veículo impresso) e) Previsão de recursos humanos e materiais necessários e dos custos envolvidos. f) Enumeração das responsabilidades de cada uma das partes (assessor e instituição).
Ao produzir esse tipo de material, é necessário respeitar uma
estratégia com os seguintes itens: atualidade, universalidade, periodicidade e
difusão coletiva, para que a mensagem chegue a todos.
Para a produção de veículos empresariais há uma matéria-prima que
os jornalistas utilizam para manter a ponte entre empresa e o seu público: a notícia-
institucional. Devido a sua importância, este produto específico será melhor
trabalhado a seguir.
35
4.2 Notícia Institucional
Diferentemente da notícia tradicional que trabalha com o factual, cujo
objetivo é atingir a grande maioria da população, a institucional é construída a partir
do interesse em atingir um público específico. Seu objetivo final é transmitir a
mensagem da empresa, mas não qualquer informação.
A notícia tem como principais características a atualidade, realidade,
novidade e assunto que desperte interesse no público, atingindo grande número de
pessoas. Cezar (2007, p.9) explica:
“A notícia institucional pode-se dizer que assume um papel mais que informativo; o papel de caráter político. Passa a ser utilizada como uma estratégia nos mais diversos segmentos sociais, para assim, deter o poder de influência sobre a opinião pública a respeito da organização.
Portanto, segundo o autor, se tornou principal ferramenta das
empresas que descobriram que seu sucesso, a reputação e imagem provêm do
papel que elas desempenham perante a sociedade, e o que a maioria delas deseja é
tornar-se referência em sua área de atuação.
Monteiro (2010, p.117) aponta que nem tudo o que acontece nas
organizações vira notícia e que ela envolve campos de interesse diferentes. Ora as
empresas querem aparecer, como por exemplo, quando realiza algum trabalho
social; ora preferem se recolher, principalmente diante de alguma polêmica. “[...] a
notícia institucional deixa de ser um simples “espelho da realidade”, [...] e passa a
ser encarada como um processo de interação social e de uma série de
negociações”. Todo material produzido respeita a política editorial da organização,
que é elaborada através da missão, visão e valores2. Seu caráter intencional tem
papel influenciador na sociedade, e representa êxito ou prejuízo. Com a divulgação
das notícias na imprensa, as organizações passam a garantir maior confiança, já
que não há negociação monetária, portanto sugere imparcialidade.
Como dito, não é tudo que se torna notícia. Além da utilização dos
valores-notícia, as empresas levam em conta o que deve ser evitado.
Tornar público via imprensa, o trabalho da instituição, tem como finalidade uma prestação de contas à sociedade, para que ela possa avaliar o que
2 Missão: o motivo pela qual foi criada a empresa; Visão: objetivos futuros, onde deseja chegar, o que quer alcançar; Valores: princípios que servem de guia para os comportamentos, atitudes e decisões.
36
está sendo feito e verificar se está de acordo com seus interesses e necessidades, tornando-se, assim, uma aliada da organização e, portanto, comprometida com sua manutenção. (MONTEIRO, 2010, p.124)
Visto todo o poder de persuasão da notícia institucional, informações
que possam causar a perda da credibilidade são mantidas em sigilo. A equipe de
comunicação trabalha com o que lhes convêm, mas isso não significa inventar
informações, e sim extrair o mais relevante sempre com alguma proposta. Ou seja,
as empresas buscam não só uma boa imagem perante a sociedade, mas querem
influenciar, instituir padrões de acordo com seus interesses.
E por último, mas não menos importante, no Terceiro Setor ela ainda
caracteriza outro papel: legitimar as ações das instituições, comprovando que tudo
aquilo que é dito ou praticado é verídico.
[...] a correta divulgação das atividades de uma ONG pode garantir a sua sobrevivência como instituição. É graças ao conhecimento de suas atividades pelo conjunto da sociedade que se dá, muitas vezes, a captação de recursos necessários à sua manutenção. (KOPPLIN; FERRARETTO, 2009, p.111)
Desse modo, verifica-se um grande impacto, garantindo além de
confiabilidade, um grande alcance com custo zero. A comunicação é vital para se
atingir metas, gerar engajamento, informar bem seu público e promover interações.
37
5 TERCEIRO SETOR
Pode-se definir o terceiro setor como “um conjunto de entidades sem
finalidades lucrativas, unidas em prol do bem social” (SCHEUNEMANN;
RHEINHEIMER, 2013, p.31). Fernandes (apud IOSCHPE, 2005, p.27) define
Terceiro Setor como um:
[...] composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando continuidade às práticas tradicionais de caridade, da filantropia e do mecenato e expandido conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações na sociedade civil.
O Terceiro Setor, segundo Montaños (2003, p.54) veio apenas para
resolver uma dicotomia entre o público e privado.
O público identificado sumariamente com o Estado e o privado considerado como o mercado – concepção claramente de inspiração liberal. Se o Estado está em crise e o mercado tem uma lógica lucrativa, nem um nem outro poderiam dar resposta às demandas sociais [...]. (MONTAÑOS, 2003, p.54)
As entidades sem fins econômicos, como o nome diz, não têm como
objetivo principal o recebimento de remuneração sobre serviços prestados e vendas,
mas visa o bem-social, buscando provocar uma mudança na sociedade. Sua
filosofia se baseia em “por quê? ” e “para que? ” essa determinada entidade existe.
Tendo em vista a filosofia, percebe-se que o Terceiro Setor veio sustentar as
necessidades sociais, nas quais o Estado não pode suprir. Para Rego (2015, p.13),
o Terceiro Setor “preenche o vácuo” entre a distância do estado e a sociedade:
Em outras palavras, a sociedade organiza-se em grupos, em setores, em categorias, que se juntam em torno de organizações, e estas passam a defender seus interesses. São as associações de classe, os sindicatos, as federações, os clubes de mães, as comunidades de base, os movimentos ecológicos, de etnias – dos negros, das mulheres, das colônias -, de defesa do consumidor, o Movimento dos Sem-Terra, entre outros.
Embora possam manter vínculo com o Estado através de parcerias,
não são instituições públicas. Para Ioschpe et al. (2005, p.78), as empresas deste
setor são “[...] organizações cívicas, culturais, sociais, educacionais, de saúde e
mesmo religiosas, quando não apenas sectárias, e uma gama quase inesgotável de
38
ONGs assumindo posições as mais diversas conforme as convicções que motivaram
a sua organização”.
Já Scheunemann e Rheinheimer (2013, p.56), dividem o terceiro setor
em três segmentos principais: associações, fundações e organizações religiosas.
As associações, segundo o autor, representam cerca de 70% de todo o
terceiro setor no Brasil. São constituídas como entidades jurídicas legais, de direito
privado que podem desenvolver atividades culturais, sociais, religiosas e recreativas.
Para se constituir uma associação são necessários seis passos: assembleia geral de
criação da organização; aprovação dos estatutos; eleição dos membros da diretoria;
posse dos membros da diretoria; lavratura das atas das reuniões; registro dos atos
constitutivos, segundo Araujo (2006).
Em suma, a associação tem como objetivo a pessoa, buscando
qualificar a vida da sociedade em que está inserida. Em Presidente Prudente, por
exemplo, existem cerca de 30 associações (credenciadas junto a FEAPP). Não
necessariamente são ligadas a grupos religiosos, e se são, não costumam praticar a
doutrinação. Um exemplo é a Casa Tra Noi de Presidente Prudente, que tem ligação
com a Igreja Católica de Roma, mas que acolhe a todas as pessoas de forma igual
independente de sua religião. O que é oferecido é um momento espiritual em que o
indivíduo tem o direto de escolher participar.
Já nas fundações, “Seu foco é em função dos bens destinados à
universalidade para um fim determinado de interesse coletivo. ” (SCHEUNEMANN;
RHEINHEIMER, 2013, p.57). As fundações têm como característica o patrimônio,
onde segundo Lima e Freitag (2014, p.34) “deve ser administrado de modo a cumprir
as finalidades estipuladas pelo seu instituidor”, portanto ela é específica. Ela pode
ser criada através de escritura pública ou (inter vivos) ou testamento (causa motis),
neste caso, um grupo se reúne e cria a fundação com base no testamento do
instituidor. Os seus objetivos devem se pautados na cultura, moral, a assistência
social, a educação, a saúde, a ecologia e religião (SCHEUNEMANN;
RHEINHEIMER, 2013, p.57). Em relação à fundação religiosa, deve-se ter clareza e
não confundir com a organização religiosa. Um exemplo de fundação, é o Instituo
Ayrton Senna, que trabalha por meio da educação com crianças e jovens, e foi
criado após sua morte em 1994 com sua herança.
39
As organizações religiosas são compostas por pessoas que
demonstram, por suas ações, sua crença. Diferente das associações e fundações,
elas têm vínculos com igrejas ou grupos religiosos e podem instruir de acordo com
sua religião. Inclusive, costumam atender as pessoas de sua própria
comunidade/região. Um exemplo é o ADRA (Agência Adventista de
Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), organização mantida pela Igreja
Adventista do Sétimo Dia, que atende a sociedade em geral diante de seus
preceitos. Essa definição abrange uma grande discussão doutrinária sobre a
inserção das organizações religiosas no Terceiro Setor, mas continua sendo pessoa
jurídica de direito privado com “natureza eclesiástica, portanto, separado do Estado
Laico”. (SCHEUNEMANN; RHEINHEIMER, 2013, p.59)
Conclui-se então que o setor é caracterizado por práticas e valores que
favorece e estimula a atividade individual ou coletiva, a solidariedade, o
humanitarismo e o voluntariado. É a reunião de instituições que possuem natureza
jurídica, sem o interesse na obtenção de lucro. Esta pesquisa se aterá as
associações, visto a cooperação com a FEAPP.
5.1 Terceiro Setor e Comunicação em Presidente Prudente
Segundo o site Observatório (2017), no Brasil, existem cerca de 400
mil organizações da sociedade civil (sendo associações, fundações e organizações
religiosas), um número pouco menor se comparado com os EUA, que chega a ser
cerca de 800 mil organizações. Nas cidades, não importa o seu tamanho, o Terceiro
Setor também se faz presente nelas.
Com Presidente Prudente não seria diferente. A cidade conta com o
trabalho de assistência no Terceiro Setor. A Feapp é um dos exemplos de atuação.
Fundada em maio de 2000, hoje reúne 32 entidades. A mais antiga associada é o
Lar dos Meninos, uma das primeiras a ser criada na cidade.
Com 18 anos de história, a federação é referência na região já que ao
unir as entidades, “luta” por elas em conjunto arrecadando recursos como: alimento,
dinheiro, além de promover diversos eventos, para, por fim, dividir igualmente. O
grupo recebe apoio de igrejas, empresas e dos eventos sociais. Segundo
informações apresentadas pelo atual presidente Floriano Augusto de Paulo Ferreira
40
Ielo3 (2018), que cumpre seu segundo mandato, a maioria são entidades que não
tem interesse em buscar dinheiro com o governo, porque para recebê-lo do
município ou do federal, é necessário possuir um certificado. Em contrapartida o
Estado exige que todos os cargos sejam ocupados oficialmente, porém, a verba
pode ser investida na causa ao invés de contratações.
Na primeira quarta-feira do mês, os responsáveis pelas instituições se
encontram para discutir as necessidades e traçar estratégias para as arrecadações
mensais. De acordo com o presidente, há muitas instituições com causa nobres na
cidade, mas que o público não conhece pelo déficit de comunicação do setor. Ele
acredita que com espaço e ajuda profissional, as entidades dariam mais abertura,
visto que além de promover cada vez mais a transparência no trabalho realizado, a
causa seria cada vez mais divulgada.
Segundo Nogueira, Hamada e Portela (2011, p.68), embora existam
algumas entidades com recursos para informar a sociedade, muitas ainda
necessitam de um trabalho de comunicação para ajudar na divulgação do seu
conceito, objetivos e necessidades, bem como as atividades que são feitos nelas,
confirmando que toda instituição de Terceiro Setor carece de exposição.
Para a realização deste trabalho foi necessário constatar como se dava
a comunicação das entidades filiadas a Feapp. Isto foi feito durante a primeira etapa
desta pesquisa, que ocorreu durante o primeiro semestre de 2018. Diariamente
eram analisados os canais de comunicação para entender a periodicidade. Como é
possível observar na tabela 1, a maioria possui redes sociais, mas não costumam
atualizar. Foi observado também que as entidades que possuem posts recentes
possuíam apoio de algum meio de comunicação/agência, mas são poucas.
Tabela 1- Comunicação das Entidades
ENTIDADE COMO SE COMUNICA?
PERIODICIDADE ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO
Associação Assistencial Adolpho Bezerra de Menezes
Site, Página no Facebook, Blog
------------------------ 07 de Março de 2017
3 Informações do presidente da Feapp, Floriano Augusto de Paulo Ferreira Ielo em entrevista concedida aos
autores, no dia 04 de abril de 2018. A transcrição da entrevista encontra-se no Apêndice deste trabalho.
41
Associação Assistencial Espírita Auxílio Fraterno
Página no Facebook
------------------------ 26 de Abril de 2018
Associação Bethel - Projeto Mão Amiga
Site e Página no Facebook.
------------------------- 13 de Maio de 2018
Associação de Apoio ao Portador de Câncer
Página no Facebook
Postagem a cada 1 ou 2 dias
18 de Maio de 2018
Associação de Apoio do Paciente Renal Crônico (Carim)
Página no Facebook e Blog.
Postagem a cada 1 ou 2 dias
19 de Maio de 2018
Associação de Apoio Lábio Palatal (Afipp)
Página no Facebook
Postagem a cada 2 ou 3 dias
18 de Maio de 2018
Associação de Desenvolvimento de Crianças Limitadas - Lúmen et Fides
Página no Facebook
Postagem a cada 2 ou 3 dias
15 de Maio de 2018
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae)
Site ------------------------- 22 de Março de 2018
Associação de Peregrinação do Rosário
Página no Facebook
Postagem a cada 2 ou 3 dias
10 de Maio de 2018
Associação Filantrópica de Proteção aos Cegos
Página no Facebook
------------------------- 09 de Novembro de 2017
Associação O Amor é a resposta
Página no Facebook (removida)
--------------------------
------------------------------
Associação Prudentina de Prevenção a Aids (APPA)
Página no Facebook
Postagem mensalmente
16 de Maio de 2018
Casa da Criança e Centro Social São José
Página no Facebook
_______________ 28 de Outubro de 2014
Casa da Sopa Francisco de Assis - (Casofa)
Site e página no Facebook
_______________ 02 de Maio de 2018
Casa do Pequeno Trabalhador
Site e Página no Facebook
Postagens aproximadamente diárias
21 de Maio de 2018
42
Centro Adventista de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente / Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Cadeca/Adra)
Página no Facebook
---------------------------------------------------
25 de Julho de 2017
Conselho Central Sociedade São Vicente de Paulo
--------------------------
----------------------- ----------------------------
Creche Anita Ferreira Braga de Oliveira
Página no Facebook
------------------------ -----------------------------
Creche Mei Mei Página no Facebook e Site
------------------------ ------------------------------
Creche Professora Clotilde Veiga de Barros
---------------------------
------------------------- ------------------------------
Creche Walter Figueiredo
Perfil no Facebook
--------------------------
-----------------------------
Esquadrão da Vida Site e Página no Facebook
------------------------- 04 de Novembro de 2017
Fundação Gabriel de Campos
Página no Facebook
------------------------- ----------------------------
Lar São Rafael Página no Facebook e Blog
a cada 3 dias ou semanalmente
21 de Maio de 2018
Legião da Boa Vontade (LBV):
------------------------
--------------------------
-----------------------------
Movimento Mariana Braga
Site, Página no Facebook, Blog
Postagens diariamente ou a cada 2 ou 3 dias
21 de Maio de 2018
Núcleo Tterê Site e Página no Facebook
Postagens a cada 15 dias
28 de Abril de 2018
Serviços de Obras Sociais (SOS)
Página no Facebook
Postagens a cada 2 ou 5 dias
17 de Maio de 2018
Sociedade Civil Beneficente Lar Santa Filomena
Site e Página no Facebook
Postagens a cada 3 dias
18 de Maio de 2018
Sociedade Civil Lar dos Meninos
Site e Página no Facebook
07 de Maio de 2016
União das Pessoas com Deficiências (Unipode)
Site, Blog e Página no Facebook
Postagens a cada 2 ou 3 dias
16 de Maio de 2018
43
Vila da Fraternidade Ana Jacinta - Associação de Atenção ao Idoso
Site e Página no Facebook
Postagens mensais
10 de Maio de 2018
Fonte: Produzido pelos autores
Foi percebido através deste trabalho de pesquisa que ao divulgar um
evento, boa parte faz por meio de telefonemas e e-mails, ações realizadas por
pessoas voluntárias sem conhecimento e embasamento em comunicação.
O problema é a quem procurar, tendo consciência de que o custo
desse trabalho é alto e incompatível com a realidade de muitas instituições. Bueno
(2003, p. 143-144) traz uma solução: a internet. Ela “[...] tem propiciado condições
para um trabalho efetivo, permitindo a disseminação de suas ideias, seja pelos sites
próprios, seja pela participação de seus representantes em grupos de discussão que
se multiplicam pelo mundo todo”.
Após a análise da tabela, portanto, foi constatada a necessidade de se
ter um canal de comunicação que abrangesse a todas as entidades, sem distinção,
com atualizações diárias, para que o serviço prestado seja divulgado de forma
efetiva. Através do trabalho de coleta de informações e produção de notícia da
equipe de estagiários do curso de jornalismo, poderá se alcançar maior visibilidade
das instituições, além de ampliar os resultados das ações sociais.
44
6 ECO - LABORATÓRIO DE PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS
EMPRESARIAIS NO TERCEIRO SETOR DA FACOPP
O Laboratório Eco é fruto da realização de dois Trabalhos de
Conclusão de Curso, realizado pelos alunos da Facopp, da Instituição Unoeste,
orientados pelo professor doutor Roberto Aparecido Mancuzo Silva Júnior com o
objetivo de colocar os alunos em contato com o Terceiro Setor de Presidente
Prudente e região. Segundo a supervisora atual do laboratório, professora Giselle
Tomé4 (2018), atuar neste segmento é uma realidade bem diferente, pois “trabalha-
se muito com limitações, principalmente financeiras”.
Nogueira; Hamada; Portela (2011, p.76) explicam que o laboratório Eco
“visa oferecer às entidades do Terceiro Setor de Presidente Prudente a oportunidade
de dar continuidade ou experimentar ações de comunicação junto aos seus diversos
públicos”.
A ideia do laboratório teve início em 2009 quando as formandas
Cristiani Mariano Ferreira, Eliane de Oliveira Borges e Mônica Lopes Duran queriam
proporcionar aos alunos uma experiência com o Jornalismo Empresarial. Isso seria
concretizado a partir do momento em que fosse criado um canal de conteúdo
jornalístico empresarial que tinha em vista a comunicação interna das instituições,
“[...] ao mesmo tempo em que se manteria um vínculo com as entidades do Terceiro
Setor de Presidente Prudente e região, promovendo assim uma ação contínua de
responsabilidade social para com as mesmas”. (MASSUIA, MONZANI, 2012, p.381)
Desta forma, foi realizado o TCC “Planejamento do Laboratório de
Publicações Jornalísticas Empresariais da Facopp para o Terceiro Setor”. O intuito
das graduandas era de beneficiar os alunos da Facopp, por meio de um estágio em
Jornalismo Empresarial. Esse desejo se concretizaria a partir da produção de
conteúdos jornalísticos empresariais com objetivo de manter a comunicação interna
das instituições. “Ao mesmo tempo manteria um vínculo com as entidades do
Terceiro Setor de Presidente Prudente e região, promovendo assim uma ação
contínua de responsabilidade social para com as mesmas.” (MASSUIA, MONZANI,
2012, p.62)
4 Informações da coordenadora do laboratório Eco, professora Gisele Tomé em entrevista concedida aos
autores, no dia 06 de abril de 2018. A transcrição da entrevista encontra-se no Apêndice deste trabalho.
45
Explicando a escolha, as autoras disseram que naquele ano, as
entidades da cidade ganharam força e se expandiram.
No primeiro semestre de 2009 existiam 70 instituições de acordo com o cadastro da CVA (Central de Voluntários em Ação), Feapp (Federação das Entidades Assistenciais de Presidente Prudente), Rede Social e Rede Criança. Em sua grande maioria essas organizações trabalham nas áreas de assistência social e médica. (FERREIRA; BORGES; DURAN, 2009, p. 68)
Outro ponto observado pelos autores é que a comunicação dessas
instituições carecia muito de um trabalho eficiente e se possuíam algum tipo de
comunicação, ficavam na responsabilidade de pessoas não qualificadas na área.
Desta forma, foi criado o primeiro laboratório de jornalismo empresarial
para o Terceiro Setor, ainda em experiência. Vale lembrar que nesta primeira etapa
tinha-se o planejamento de fazer a distribuição das informações por meio impresso.
Em 2011, outro Trabalho de Conclusão de Curso foi realizado sendo
intitulado “ECO: Implantação do Laboratório de Publicações Jornalísticas Digitais
Empresariais da Facopp para Terceiro Setor”, pelas alunas Camila Coelho Pacheco
Nogueira, Heloise Miyuki Hamada e Regina Gonçalves Portela. Assim foi implantado
o ECO, juntando-se a sete laboratórios disponíveis na Facopp: Rádio Facoop, TV
Facopp, Laboratório de Fotografia, Assim (Assessoria de Imprensa Facopp), Portal
Facopp e Agência Facopp.
As autoras deixam claro que já havia dois laboratórios a respeito de
Jornalismo Empresarial, sendo a Assessoria de Imprensa da Facopp (Assim) e o
Portal Facopp, porém, “[...] nenhum é direcionado ao atendimento exclusivo do
Terceiro Setor, como proposto pelo Laboratório”. (NOGUEIRA; HAMADA E
PORTELA, 2011, p.16)
Foi notado ainda, a falta de estrutura das entidades em relação a
comunicação:
[...] foi notado que a maior parte delas quando desejam divulgar algum evento ou ação, comunica-se com os veículos de comunicação via telefonemas ou envio de e-mails. Ainda assim, tais atos são realizados por pessoas de outras áreas que não a de comunicação. No decorrer da pesquisa observou-se que nenhuma das entidades presentes em Presidente Prudente possui serviço de assessoria de imprensa institucionalizado e permanente. (NOGUEIRA; HAMADA; PORTELA, 2011, p. 68)
46
Foi constatado também que essa atividade apresentava problema
quando realizada pelas organizações, pois muitas vezes faltam recursos financeiros.
Sendo assim foi alterado o meio de veiculação da notícia, sendo feitas pelo meio
digital. As autoras afirmam que:
Alguns produtos digitais de Jornalismo Empresarial são: informativo digital, jornal online, revista digital, newsletter, intranet, blogs, mídias digitais, entre outros. Mesmo com isso, também é possível optar por produtos jornalísticos empresariais convencionais como revistas, jornais e programas de rádio e TV. Porém, custos relativos à impressão, produção gráfica ou distribuição ficam a cargo da própria entidade, que também se comprometerá a dar continuidade ao trabalho, a fim de contemplar a questão da periodicidade da comunicação empresarial. (NOGUEIRA; HAMADA; PORTELA, 2011, p. 94)
Segundo a ex-aluna Camila Coelho Pacheco Nogueira, a ideia de
implantação do laboratório surgiu de um projeto anterior de planejamento do ECO.
Elas acreditaram ser uma boa oportunidade o estágio na área de Jornalismo
empresarial para os alunos da Facopp, além de ser uma chance de prestar uma
assistência ao Terceiro Setor da cidade, que não possuía tal serviço e nem meios
financeiros para adquiri-los. Portanto, melhoraram o que já havia sido estudado,
planejando o laboratório para ser digital ao invés de impresso. Implantado no
segundo semestre de 2011, o ECO passou a atender duas instituições: A
Associação Betesda e Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes.
Um ano após a implantação do laboratório, os alunos Sérgio Luis de
Almeida Monzani e Thiago Massuia, realizaram um Terceiro Trabalho de Conclusão
de Curso Intitulado “Terceiro setor em Evidência: Desenvolvimento de um Site Piloto
para o Eco”, no qual foi realizado um projeto para divulgação das atividades desenvolvidas
pelo Eco, reunidas em uma plataforma que levasse o nome da Facopp.
Segundo Monzani e Massuia (2012, p.70) o Eco foi criado com a
seguinte necessidade:
[...] de se criar um produto jornalístico que privilegiasse a divulgação de informações do oitavo laboratório da Faculdade de Comunicação Social “Jornalista Roberto Marinho” de Presidente Prudente (Facopp), já que não havia nenhum domínio disponível para o ECO.
O projeto foi baseado em diversos sites como forma de referências em
questão de cores, formas, entre outros pontos discutidos pelos alunos. O site do
laboratório se encontra vinculada ao Portal Facopp, direcionado por meio de uma
aba ou link (www.unoeste.br/facopp/eco), sendo abastecido semanalmente.
47
Entretanto, ele se encontra sem atualização. Visto que a internet é um
meio que se abrange e se modifica cada vez mais e de forma rápida, tanto a
linguagem, conteúdo e layout precisam ser revistos.
Pelo estudo, percebe-se que algumas ferramentas presentes no site
não são mais necessárias, e fica claro que esse espaço poderá ser mais bem
utilizado com recursos mais recentes. A supervisora diz que o layout e as novas
formas de se comunicar são alguns pontos que precisam ser reformulados, o que
justifica esse trabalho. Além disso, sem ferramentas fáceis para a navegabilidade, o
site não cumpre com uma das características do webjornalismo que é a usabilidade.
Ainda de acordo com Tomé (2018), algumas ferramentas do site estão
funcionando bem, como a parte superior, onde se encontram as matérias
jornalísticas que têm uma maior visibilidade, como mostra a figura 1.
Figura 1 – Abril de 2018: Página inicial do ECO
Fonte: www.unoeste.com.br/facopp/eco
Enquanto isso, outras ferramentas como aba de artigos e blogs não
estão sendo utilizadas, já que foram unificadas e se encontram diretamente no
Portal Facopp. Os links para acessar as redes sociais também caíram em desuso.
Na figura 2, podemos observar esses itens.
48
Figura 2 – Abril de 2018: Aba inferior (Blogs e redes sociais)
Fonte: www.unoeste.com.br/facopp/eco
Segundo Tomé (2018), a parte inferior já não tem tanta função. De
acordo com ela, o calendário até funciona, mas como fica logo abaixo, após um
grande espaço sem “utilidade”, perde seu papel, como mostra a figura 3.
Figura 3 - Abril de 2018: Calendário
Fonte: www.unoeste.com.br/facopp/eco
49
Para a coordenadora de Jornalismo, Carolina Zoccolaro Costa
Mancuzo 5 , que foi orientadora do TCC responsável pelo site, hoje o mesmo
apresenta um aspecto amador, por conta do seu layout antigo. Para ela, o Eco
precisa se adaptar com os atuais métodos de leitura e de escrita, como por exemplo,
o celular. A intenção é que o site possa ser atualizado e lido de qualquer lugar
através do aparelho. “Esse conteúdo não precisa ser vinculado diretamente com a
fotografia, ele pode ou não ter vínculo com as informações noticiosas e que isso
possa quase funcionar como um aplicativo para o celular”, explica Mancuzo,
pensando na facilidade e interatividade dos usuários.
Na opinião da coordenadora o Eco poderia ser um site que reúne todas
as entidades, dando as informações sobre todas as instituições, a fim de que a
sociedade se concentre no Eco para saber sobre o Terceiro Setor na cidade de
Presidente Prudente.
De acordo com dados disponibilizados com a Google Analytics 2017, o
tempo médio de permanência de um usuário na página do Eco foi de 1’50”, com taxa
de rejeição de 76,11%6. A figura 4 mostra um gráfico a respeito.
5 Informações da coordenadora do curso de jornalismo, Carolina Zoccolaro Costa Mancuzo em entrevista
concedida aos autores, no dia 03 de abril de 2018. A transcrição da entrevista encontra-se no Anexo deste
trabalho.
6 De acordo com o Google Analytics, taxa de rejeição é o percentual de sessões de uma única página, ou seja,
sessões nas quais a pessoa saiu do seu site na página de entrada sem interagir com ela.
50
Figura 4 – Abril de 2018: Dados de visualização
Fonte: Google Analytics
Para o suporte do Google Analytics (2018) a taxa de rejeição alta é ruim
quando a página inicial do site é a porta de entrada para o restante.
Diante desses números e das observações da supervisora do
laboratório e da coordenadora da Faculdade de Jornalismo este trabalho mostra-se
de grande importância para ajudar a dar maior visibilidade ao site.
51
7 PROJETO EDITORIAL
7.1 Introdução
Esse projeto tem como foco explicar como se dará a reformulação do
site Eco, com a implantação do piloto realizada do ano de 2012. O Eco tem como
objetivo a comunicação empresarial das entidades de Terceiro Setor da cidade de
Presidente Prudente – SP. A ideia dessa mudança pela necessidade de fazer com
que o site pudesse ser mais visitado.
Para fazer a proposta da reformulação foram analisados quatro sites
que abordam assuntos voltados ao Terceiro Setor e de entidades que possuem um
meio de comunicação. Os que mais chamaram a atenção dos pesquisadores pelo
seu formato foram os sites "Nossa Causa" (http://nossacausa.com/) e “Observatório
do Terceiro Setor” (https://observatorio3setor.org.br/), pois além de notícias de
eventos, traz assuntos diversos sobre o segmento.
O Terceiro Setor pode ser definido como conjunto de entidades que
não possuem fins lucrativos, que prestam serviços para o público. Tendo em vista
esse conceito, pode-se dizer que o Terceiro Setor veio auxiliar as necessidades que
o Primeiro Setor não pode suprir.
Pode-se dizer que o Terceiro Setor é a peça fundamental pois contribui
com o desenvolvimento social, onde junto com o Estado, buscam alcançar um bem
comum, seja em relação às desigualdades financeiras, culturais e educacionais que
são frequentes.
7.1.1 Objetivos
7.1.1.1 Objetivo Geral
Desenvolver a reformulação editorial do site do Laboratório ECO -
Publicações Jornalísticas Empresariais e assim divulgar ações desenvolvidas pelas
entidades de Presidente Prudente, além de abordar novos assuntos sobre o tema
por meio de uma plataforma online atualizada.
52
7.1.1.2 Objetivos Específicos
Formar um novo layout na plataforma wordpress;
Utilizar a nova plataforma interativa e participativa como um meio de
comunicação entre as entidades e os cidadãos de Presidente Prudente;
Abordar novos meios de divulgação de notícias por meio de assuntos que
chame atenção do usuário ao tema;
Informar e contextualizar o público sobre a área do Terceiro Setor na cidade
de Presidente Prudente.
7.1.2 Público-alvo
A princípio, os pesquisadores pensaram que pelo conteúdo estar em
um ambiente virtual e, por isso, todas as matérias estarem livres para todos que
desejam obter as informações sobre o tema não havia como delimitar o público-alvo.
No entanto, ao refletirem sobre o objetivo do site Terceiro Setor, que
tem como foco informar sobre acontecimentos e trazer informações sobre as 32
entidades atendidas pelo mesmo, entenderam que por mais que sejam informações
de livre acesso, os assuntos abordados serão destinados a essas instituições, sendo
expandidas também para os voluntários dessas entidades, sendo estes os principais
usuários e consumidores dos trabalhos realizados pelo site.
7.1.3 Linha Editorial
Por ser um veículo em espaço online, a escrita será abordada de
acordo com as regras para o meio. Serão publicados textos com uma linguagem
menos formal sem perder de vista a notícia. Para isso, deve-se valer dos critérios de
noticiabilidade como interesse público, notoriedade, ineditismo, localização
geográfica, alcance.
Em relação à interatividade, cabe aos pesquisadores analisarem os
feedbacks, caso sejam recebidos pelos usuários que acessam os conteúdos
postados pelos estagiários.
53
Além disso, as postagens não seguirão um padrão de texto fixo, a não
ser assuntos factuais das entidades. Os assuntos relacionados a temas sobre o
meio serão abordados por meio de vídeos e galerias de imagens.
Por fim, haverá uma aba redirecionada às matérias especiais sobre o
trabalho das entidades do Terceiro setor, enfatizado nesse primeiro momento, os
feriados nacionais.
As pautas serão definidas semanalmente junto com a supervisora do
laboratório, tendo em vista a notícia sobre o terceiro setor.
7.1.4 Assuntos
Como supracitado, os assuntos abordados no site foram direcionados
ao tema principal: O Terceiro Setor. Para que este ponto fosse realizado, se fez
necessário o monitoramento diário das páginas de redes sociais e sites das 32
entidades neste Trabalho, os quais foram notificados ao grupo para maiores
aprofundamentos e realização das notícias presentes até então.
O site foi dividido por sete abas: Principal; Entidades; Fotos; Notícias;
Quem Somos; Terceiro Setor e Vídeos, os quais simplificam a localização dos
conteúdos que interessa ao usuários, sendo utilizada umas das características do
Webjornalismo: A Usabilidade, que como dito anteriormente, é a facilidade que o
usuário tem em possuir acesso a determinada função de um site. Abaixo será
explicado cada item presente no site Terceiro Setor.
7.1.4.1 Principal
A primeira Aba tem como objetivo trazer todas as matérias escritas,
com destaques a últimas notícias veiculadas no site, com informações relacionadas
à eventos produzidas pelas e para as entidades do Terceiro Setor. Os posts devem
se realizados semanalmente, buscando manter o público informado sobre tudo o
que ocorre nas instituições de Presidente Prudente.
Na parte inferior da página estão presentes as festividades realizadas
pelas instituições (Eventos), juntamente com os resumos das mesmas, sendo que
esta possui a característica do hiperlink, onde ao clicar no nome “Entidades” o site te
direciona a página destinada a esta função.
54
7.1.4.2 Entidades
Essa Aba consiste em apresentar as entidades atendias pelo site, apresenta
sua logo e um breve resumo de sua história na cidade de Presidente Prudente.
7.1.4.3 Fotos
Neste espaço as notícias serão publicadas em forma de galeria de
imagens, tendo uma breve explicação do evento em forma de legenda.
É destinado às coberturas de ações sociais e projetos desenvolvidos
pelas próprias entidades.
7.1.4.4 Vídeos
Esse espaço destina-se à explicação sobre o que é Terceiro Setor e
seus pilares, com produção conduzida pelos próprios estagiários com profissionais e
participantes ativos de Entidades. As publicações serão realizadas por meio de
vídeos e podem ser feitos tanto internos como externamente, onde serão postados
diretamente no site, tendo duração máxima de 3 minutos. O formato poderá ser em
forma de selfie ou em formato de entrevista tradicional.
7.1.4.5 Notícias
Essa aba é destinada a apresentação de todas as notícias feitas pelos
estagiários do laboratório, sendo que alguns possuem mais aprofundamento e
detalhes sobre o assunto escolhido. Neste, os pesquisadores escolheram, além das
notícias factuais, cobrirem eventos e falar sobre datas especiais como o Dia
Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, conscientização sobre linfomas e
câncer de mama, entre outros, explicando o motivo da data e sempre ligando o
assunto a uma das entidades envolvida no site.
7.1.4.6 Quem Somos
Essa será apenas uma aba com a apresentação do site, desde a sua
implantação até a atual formação, explicando o seu contexto e seu objetivo.
55
Ao final será apresentado um vídeo explicando como o site é
distribuído. Além disso, será disponibilizado o meio de contato para o Laboratório.
7.1.4.7 Terceiro Setor
Nesta aba se conceitua o que é Terceiro Setor e como é constituído.
7.1.5 Recursos
Para que o site fosse reformulado, foi necessário definir três pontos
principais: Recursos Humanos, Financeiros e Tecnológicos, o quais vão nortear todo
o passo a passo da mudança do site Terceiro setor.
7.1.5.1 Recursos Humanos
Os Recursos Humanos na produção de notícias serão realizados pelos
três pesquisadores, onde ambos foram produtores, repórteres e editores de suas
matérias, não impedindo que um ajude ao outro.
Em relação ao vídeo se faz necessário a presença de dois alunos da
área para gravação dos brutos, um como cinegrafista e outro como repórter.
Para as coberturas fotográficas será preciso um ou dois profissionais
para cobrir o evento.
7.1.5.2 Recursos Tecnológicos
Para a produção dos vídeos, os pesquisadores vão utilizar todos os
equipamentos que estão disponíveis pelo Laboratório de Fotografia do Faculdade de
Comunicação Social “Jornalista Roberto Marinho” de Presidente Prudente (Facopp).
Os equipamentos são uma Câmera Canon 60D, lentes de 18-135 ml e microfone de
lapela da leason ou boom Sony ECM – PS1.
Caso necessário, poderão ser usados equipamentos dos próprios
pesquisadores. As edições podem ser feitas no Laboratório da TV Facopp ou por
pessoas que tenham conhecimentos no software de edição Adobe Premiere 6.0.
56
7.1.5.3 Recursos Financeiros
Para essa reformulação, os gastos necessários foram somados no
valor de R$ 600,00, visto que os pesquisadores obtiveram o custo apenas na
elaboração e construção do site.
57
8 PROJETO GRÁFICO
Para a criação do site é necessário trabalhar a arquitetura de
informações, portanto a necessidade da elaboração do projeto webvisual que
consiste na escolha de um template, cores, fonte, logo, cabeçalho, menus de
navegação, rodapé e página inicial.
De acordo com as pesquisas realizadas, o site precisa se atualizar
visualmente para atender aos requisitos de webjornalismo, principalmente de
usabilidade e acessibilidade. Assim, como o site anterior não apresentava mais os
requisitos necessários, foi proposta a mudança de plataforma para tornar mais fácil a
manutenção, além de tornar mais atraente visualmente para os usuários.
Para tanto, foi utilizado a plataforma Wordpress7 que oferece diversos
recursos para a criação de sites e blogs com planos gratuitos e pagos.
A proposta de reformulação também se expandiu para o nome e logo
do laboratório. Em entrevista com a professora coordenadora de jornalismo, Carolina
Zoccolaro Costa Mancuzo, percebeu-se a necessidade de simplificar o nome para
que todos os usuários (estudantes ou não da Facopp) pudessem compreender o
trabalho realizado pelo laboratório. Portanto os resultados apresentados a seguir
englobam mudanças estruturais, visuais e de identidade, mantendo o objetivo inicial:
o atendimento ao terceiro setor da cidade.
8.1 Estrutura e Interface
O Wordpress é a plataforma mais popular da internet para criação de
sites e blogs. É um aplicativo de gerenciamento de conteúdo open source, que
significa código aberto, ou seja, é possível a modificação de forma colaborativa.
Portanto, ao escolher um template pronto ainda é possível modificá-lo para atender
as necessidades, isso tudo sem a necessidade de conhecimentos técnicos.
Os pesquisadores com o apoio da coordenadora Carolina Mancuzo
optaram pela plataforma pela simplicidade ao realizar as postagens, além de
oferecer diversos temas, se ajustar a dispositivos móveis e possuir ferramentas que
proporcionam uploads de vídeos, imagens e áudios, tudo isso com qualidade.
7 https://br.wordpress.com/
58
Para tanto, foi escolhido de forma colaborativa entre os pesquisadores
e o analista de sistemas que auxiliou no projeto José Aparecido Goes Kuhn8, o tema
OceanWP, porque atualmente é um dos mais completos e que permite de forma
gratuita uma melhor customização. A liberdade que ele permite para edição é maior
que vários outros, sendo de forma intuitiva e simples, sem ter que editar código
fonte, tudo feito pela interface de configuração do template, como mostra a figura 5.
Figura 5 - Template
Fonte: http://apeclx.unoeste.br/eco/wp-admin/themes.php?theme=oceanwp
Após a definição do tema, foi necessário modificar a estrutura para
comportar os produtos jornalísticos a serem trabalhados. No cabeçalho encontram-
se um botão de redirecionamento para a página da Facopp no Facebook e outro
para envio de e-mail para o laboratório. É possível também navegar por outras
seções do site pelo menu de navegação: Principal é a página inicial do site;
Entidades, concentra as instituições filiadas a Feapp e um breve histórico de cada
uma; Fotos, em forma de galeria; Vídeos; Notícias que explora: foto e vídeo como
complemento do texto; Quem Somos, que consta uma breve explicação sobre a
história do laboratório e das equipes que já passaram por ele; Terceiro Setor, que
possui um breve resumo do conceito e a barra de pesquisa, para que o usuário
possa encontrar o que procura com maior facilidade conforme figura 6.
8 O analista de sistemas José Aparecido Goes Kuhn foi contratado pelos pesquisadores para assessorar e elaborar o site.
59
Foto 6 – Cabeçalho e Menu de Navegação
Fonte: http://sites.unoeste.br/eco
Na página inicial foi definido que se concentre os destaques (últimas
postagens), últimas notícias, e por fim, a agenda de eventos e um bloco com as
entidades, que funciona como um atalho.
Posteriormente, foi necessário um estudo de cores para a definição do
visual do site, visto que elas causam impactos psicológicos que estimula o homem a
emoções diversas, por isso a importância da escolha correta.
8.1.1 Cores
O website antigo possuía como cores predominantes o branco, laranja,
que são associadas à Facopp, além do azul, como mostra a figura 7.
Figura 7 – Site Eco
Fonte: https://www.unoeste.br/facopp/eco/
60
Visto que agregam significados às informações, “[...] o comunicador
social responde às intenções embutidas nas diretrizes editoriais que são, por sua
vez, intenções daqueles que detêm os meios de comunicação” (GUIMARÃES, 2003,
p.33). Assim, a cor azul foi retirada, pois não é mais trabalhada pela Unoeste e,
portanto, ficou o laranja e branco que são as predominantes do curso. É possível
observar pela página inicial do Portal Facopp (figura 8) a identidade trabalhada pela
Faculdade de Comunicação.
Figura 8 – Portal Facopp
Fonte: https://www.unoeste.br/facopp/index.php
Na web, os espaços em branco auxiliam na leitura, indicando onde
começam e terminam os parágrafos e subdivisões. Farina, Perez, Bastos (2006, p.
97) expõe que “[...] a cor do leite ou da neve, indica neutralidade, pureza”. O objetivo
é ser o mais compreensível possível, portanto foram usadas nos caracteres o preto
e cinza também. Conforme informa a tabela de Karl Borggrafe (1979, p.48), figura 9,
são combinações que proporcionam legibilidade.
Figura 9- Legibilidade das Cores
61
Fonte: Retirado do livro A Psicodinâmica das Cores – (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2006, p.122)
Por fim, a cor laranja se relaciona com criatividade principalmente,
conforme ilustra a figura 10. “O contraste é uma das maneiras mais eficazes de
aumentar o interesse visual em uma página – um interesse surpreendente que faz o
leitor querer olhar a página – e de criar uma hierarquia organizacional entre
elementos diferentes. A regra importante a ser lembrada é que, para o contraste ser
efetivo, ele deve ser forte. ” (WILLIAMS, 2013, p.65)
Figura 10- Significado das Cores
62
Fonte: http://portalintercom.org.br/anais/sudeste2013/resumos/R38-1304-1.pdf
Como resultado final, o website voltado a comunicação desempenha o
papel proposto: cores que irão fixar a identidade do laboratório e da faculdade de
comunicação conforme é possível observar na figura 11 que representa a página
inicial.
Figura 11- Página inicial
Fonte: http://sites.unoeste.br/eco/
63
8.1.2 Fonte
A fonte é tão importante quanto as cores, pois influenciam na
experiência do usuário: ou são legíveis, simplificando a navegação ou então causam
um desconforto a ponto de ninguém conseguir acessar. Com a diversidade de telas
pelas quais acessamos a internet nos dias de hoje, é necessário pensar na
legibilidade e acessibilidade em todas elas, seja celular, notebook, tablets, etc.,
inclusive é necessário também respeitar a harmonia na identidade visual do site.
Desde sua origem, os recursos de edição da aparência tipográfica na web eram um tanto rudimentares, pois ofereciam limitadas opções de troca de tamanhos, pesos e estilos para a composição de textos. A gradual popularização de monitores com maior resolução somados ao aumento da velocidade nas conexões dos usuários e o acordo entre type designers e desenvolvedores de software em 2010 possibilitaram uma atualização e aprimoramento das ferramentas de composição tipográfica, no qual muitos destes recursos visuais são característicos da cultura impressa. (SILVA, 2014, p.1)
As fontes foram evoluindo juntamente com as tecnologias para facilitar
a leitura. Diferente dos materiais impressos que utilizam fontes com serifa, como
mostra a figura 12, que segundo Williams (2013, p.156) “[...] proporcionam uma boa
leitura, o que significa que podem ser usadas sem problemas em textos longos”. Na
web essa categoria de tipos não funciona, pois, devido ao contraste das telas, elas
tendem a exigir um esforço maior em leituras mais longas.
Figura 12 – Fonte Com Serifa
Fonte: Retirado do livro Design para quem não é designer – (MENEZES, p.156, 2013)
64
As fontes sem serifa (figura 13), em contrapartida, possuem aparência
mais “limpa”, minimalista, facilitando a leitura em qualquer tela.
Figura 13 – Fonte Sem Serifa
Fonte: Retirado do livro Design para quem não é designer – (MENEZES, p.157, 2013)
Logo, a partir de um grupo de fontes oferecidas pelo próprio
Wordpress, foi decidido pela Arial/Helvética, pois conforme é possível observar
(Figura 14), em qualquer dispositivo que o site for acessado a legibilidade se
mantêm, ou seja, é responsivo. O próprio sistema oferece a opção de visualização
nesses dispositivos, afim de facilitar no momento das configurações.
Figura 14 – Formatos de tela
Fonte:http://apeclx.unoeste.br/eco/wpadmin/customize.php?url=http%3A%2F%2Fapeclx.unoeste.br%
2Feco%2F
A partir da escolha da fonte, outro fator importante é o tamanho do caractere. Para a
letra se manter legível em qualquer dispositivo, foi utilizado o tamanho 16px, porém
os títulos ganham destaque em negrito e ficam maior, com letra tamanho 23px.
65
8.1.3 Identidade Visual
Em paralelo, os pesquisadores fizeram pesquisas para o
desenvolvimento da nova identidade do Eco. Conforme entrevista com a
coordenadora do curso de Jornalismo da Facopp, Carolina Zoccolaro Costa
Mancuzo, a intenção era simplificar o nome assim como dos outros laboratórios
pertencentes a faculdade. Portanto, o nome foi definido a partir do trabalho
oferecido/realizado por ele: Laboratório 3º Setor Facopp.
Para a criação de identidade, não basta só o nome, é necessário um
logotipo.
Podemos chamar de Identidade Visual, o conjunto de elementos gráficos que representam uma empresa ou instituição. Um conjunto de signos, que utilizados de forma coerente e sistematicamente planejados em todas as suas manifestações visuais, formalizam a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço. (FARINA; PEREZ; BASTOS,2006, p.128)
O logo precisa ser construído a partir de um estudo da cultura da
empresa e do mercado, pois, um erro pode ser desastroso: corre-se o risco de
subentender significados e provocar erros de percepção. Diante da importância, foi
necessário pensar na fonte, características do laboratório, símbolo e cor. Durante o
processo criativo, junto a publicitária Scarleth de Lima Prado Menezes, foram
rascunhadas palavras chave que caracterizavam o laboratório para que o símbolo
fosse criado conforme figura 15.
Figura 15 – Rascunho do Logo
Fonte: Scarleth de Lima Prado Menezes
66
É possível perceber termos como pessoas, entidades, voluntariado e
comunicação aparecem. Foi importante entender que a mensagem a ser passada é
de responsabilidade social, sendo assim, a utilização de fontes fortes foi com o
intuito de demonstrar firmeza quanto a isso.
Além do número três, a ideia é utilizar o logo da Facopp no lugar do
indicador ordinal. Desta forma, torna-se claro que o projeto é fruto da faculdade de
comunicação. Diante deste rascunho, foi possível pensar em um símbolo e realizar
testes de fontes que pode ser visualizado através da figura 16.
Figura 16 – Testes de Fontes e Logo
Fonte: Scarleth de Lima Prado Menezes
Além do símbolo, a cor é uma das características mais importantes.
Segundo Farina, Perez, Bastos (2006, p.130) “[...] utilizar uma ou duas cores, [...], é
positivo e suficiente para estabelecer uma “identidade visual” junto ao mercado”.
Pensando nisso, foram realizados testes de cores e suas variações de acordo com
seus significados (figura 17).
[...] podemos dizer que a cor é o elemento de código visual, com maior poder de comunicação, de forma autônoma. Ou seja, independentemente do espaço onde é aplicada, das formas que a contenham, a cor, por si só, comunica e informa. Desta forma, a cor passa a ter grande importância no processo criativo de uma Identidade Visual. (FARINA; PEREZ; BASTOS,2006, p.129)
Figura 17- Teste de Cores e variações
67
Fonte: Agência Facopp
A ferramenta utilizada para a elaboração das artes foi o Adobe
Illustrator, que é um software de design gráfico. Ele possibilitou realizar inúmeros
testes de cores e variações de tons e a partir disso, foi viável vizualizá-las de acordo
com o layout do site, e portanto escolher o laranja característico da identidade da
Facopp.
Figura 18 – Logo Final
Fonte: Agência Facopp
Traduzindo em termos técnicos, o software trabalha com a
porcentagem das cores de acordo com a proposta. Se for para reproduzir o material
em monitores, o termo RGB (red, green e blue) é o método utilizado, pois são os
tons que compõe as imagens coloridas das televisões e computadores por exemplo.
Se for para materiais impressos, o termo é CMYK (Cyan, Magenta, Yellow, Black).
Tendo em vista que o material inicialmente será visualizado em telas, para compor o
laranja foi necessário: Red: 203; Green: 98; Blue: 44.
68
9 MEMORIAL DESCRITIVO
Neste capítulo os pesquisadores discorrem o passo a passo para a
efetivação desta pesquisa. O grupo iniciou o pré-projeto no segundo semestre de
2017 com uma proposta diferente desta. Inicialmente os alunos quiseram trabalhar
com a criação de um website sobre Presidente Prudente e seus pontos turísticos. Ao
apresentar para a professora Fabiana Aline Alves, ela foi taxativa em dizer que o
projeto não seria bem-sucedido, pois a cidade não possuía infraestrutura turística.
Após uma conversa da aluna Andressa Regina de Aguiar com o
professor Roberto Aparecido Costa Mancuzo, que ministrava as aulas de jornalismo
empresarial, a ideia de trabalhar com o terceiro setor surgiu. Ao apresentar ao
grupo, ficou decidido então que mesclariam as duas propostas. Assim, foram
realizadas pesquisas a respeito das entidades da cidade. Ao se inteirarem do
trabalho realizado por uma delas que estava inaugurando sua nova sede, percebeu-
se a necessidade de divulgação e comunicação. Entretanto, durante a apresentação
para a pré-banca, os professores entenderam que isso implicaria em um valor
monetário alto, visto que a entidade não possuía recursos financeiros para auxiliar
na produção. O projeto foi reprovado com ressalvas: o grupo deveria adaptar o tema
dentro de 15 dias voltado para o laboratório Eco, que necessitava de uma
atualização, mantendo os temas de jornalismo online e empresarial. A ideia foi bem
recebida pelo grupo e, portanto, a reformulação foi realizada. Durante esse processo
o aluno Deilson Bispo desistiu da pesquisa, assim o grupo ficou composto por três
alunos, tendo como orientadora a professora mestre Giselle Tomé da Silva.
Durante o período de férias, a orientadora solicitou que os alunos
fizessem fichamentos de livros voltados para os temas, adiantando o processo de
escrita no começo do ano letivo.
9.1 Peça Teórica
No começo do ano letivo de 2018, o grupo tinha como objetivo realizar
toda a parte teórica do trabalho para assim realizar a parte prática. Portanto, foram
divididas da seguinte forma: a aluna Nathalia de Moura ficaria responsável pela
69
parte escrita e os alunos Andressa Aguiar a Lucas Ribeiro pelas contribuições com
fichamentos, entrevistas e estudo sobre o antigo site.
Para a escolha da metodologia foi necessário se aprofundar nas teorias
de jornalismo empresarial e online para entender qual era a real necessidade do
laboratório. Diante desta pesquisa, pode-se constatar que o site estava
desatualizado com relação a usabilidade e multimidialidade principalmente.
Diversos recursos poderiam ser explorados, portanto foi o momento de
entrevistar a coordenadora do curso Carolina Zoccolaro Mancuzo para compreender
as expectativas em relação a essa reformulação. Foi informado que era necessária
uma nova identidade para acompanhar os demais laboratórios que levavam o nome
Facopp. Além disso, ela informou que todos os sites da Facopp estavam sendo
hospedados na plataforma Wordpress, e, portanto, a necessidade de o novo website
ser também. Foi realizada também uma entrevista com a coordenadora do Eco e
orientadora Giselle Tomé para entender o trabalho realizado e a rotina, afim de
propor recursos que estivessem ao alcance dos próximos estagiários.
Em paralelo, junto a orientadora, o grupo decidiu delimitar as entidades
trabalhadas com as que são filiadas a Feapp, pois algumas já faziam parte das
atividades realizadas pelo laboratório. Portanto, uma entrevista com o presidente
também foi necessária para descobrir os déficits de comunicação que eles
enfrentam.
Por fim, foi necessário entrevistar os alunos dos Trabalhos de
Conclusão de Curso anteriores, porém o grupo recebeu retorno de apenas uma das
integrantes: Camila Coelho Pacheco Nogueira, pesquisadora do segundo TCC
intitulado ECO: Implantação do Laboratório de Publicações Jornalísticas Digitais
Empresariais da Facopp para Terceiro Setor.
Além das entrevistas, foram realizadas um aprofundamento teórico em
jornalismo empresarial, jornalismo online, Terceiro Setor e o Eco; parte principal pois
foram analisados os dados de acesso pelo Google Analytics para justificar essa
pesquisa. O trabalho foi entregue junto a banca examinadora para correção em
junho. O professor Roberto Aparecido Mancuzo solicitou que fosse incluído um
projeto editorial, para entender melhor as mudanças propostas, e assim foi feito.
70
Durante as férias de julho foi solicitado pela orientadora que todos do
grupo acompanhassem as entidades por meio das redes sociais e blogs, além de
pensar em sugestões de nome e no novo layout do website.
9.2 Peça prática
A segunda parte iniciou-se em agosto, no começo do segundo
semestre. Com a teórica em mãos era necessário colocar em prática os
aprendizados. Na primeira orientação a professora solicitou as sugestões de nomes,
mas o grupo não trouxe ideias. Foi cobrado que pensasse a respeito, pois era parte
importante na peça pratica. Assim, como a ideia era simplificar e especificar do que
se tratava o laboratório, escolheu-se 3º Setor Facopp. Além disso, foi produzida uma
tabela para saber se as entidades possuíam alguma rede de comunicação, se sim,
com qual frequência fazia postagens. Com isso, foi dado início ao planejamento do
site.
Para hospedar o site era necessário falar com o coordenador de
sistemas web da Unoeste, Eduardo Henrique Rizo, conforme havia informado a
coordenadora de jornalismo Carolina Zoccolaro Mancuzo, portanto, os alunos
marcaram uma reunião para entender melhor quais seriam os próximos passos. Em
reunião, o profissional informou que era necessário escolher um template e enviar
por e-mail para a liberação de login e senha. Assim, as alunas Nathalia Moura e
Andressa Aguiar passaram a pesquisar diversos temas, até optarem pelo Ixion.
Após essa escolha, foi o momento de contatar o profissional que
auxiliaria na produção. O analista de sistemas José Aparecido Goes Kuhn ficou
responsável por toda a estrutura do site. Para a elaboração do logo, uma publicitária
foi necessária, assim foram contratados os serviços de Scarleth de Lima Prado
Menezes9.
Posteriormente, foi solicitado pela orientadora que um dos alunos
produzisse um cronograma de atividades para que pudessem cumprir os prazos de
entrega das notícias, respeitando datas comemorativas trabalhadas pelas entidades
e os eventos produzidos eventualmente. Entretanto, no início o grupo não conseguiu
9 A publicitária não cobrou os serviços prestados.
71
cumprir todos os prazos corretamente, portanto foi necessário que a orientadora
refizesse o cronograma e auxiliasse com os ganchos das principais matérias.
Em seguida foi necessário discutir sobre o site. A orientadora estava
cobrando o projeto, porém o profissional não havia entregado ainda. Assim, foi
solicitado por ela uma reunião em que ele comparecesse com objetivo de fazer as
solicitações necessárias e cobrar um prazo.
Em paralelo havia a produção do logo. A ideia inicial da publicitária não
agradou a orientadora e a Carolina, portanto foi passado para os estagiários da
Agência Facopp apresentar ideias diferentes. Assim, dois modelos foram produzidos
e um deles escolhido pela orientadora. A coordenadora de publicidade Larissa
Crepaldi Trindade solicitou ver o projeto e não aprovou, deste modo os estagiários
da Agência ficaram responsáveis em trabalhar as cores azul, laranja e preto na ideia
inicial da publicitária Scarleth Menezes.
Em reunião com a orientadora, as alunas Nathalia e Andressa levaram
ideias para a aba de menus. A intenção era trabalhar multimídia: galeria de fotos e
vídeos, agenda, início: datas comemorativas e quem somos. A professora Giselle
orientou as pesquisadoras que havia outras necessidades, e que, portanto, era
necessária uma readequação. Juntas decidiram pelos seguintes tópicos: notícias;
reportagens especiais; fotos; vídeos; terceiro setor; quem somos. Todas essas
informações foram passadas para o analista de sistemas, além das seguintes
solicitações: agenda e breve resumo das entidades em carrossel. Prontamente ele
realizou as mudanças.
Com as abas de menus prontas, foi o momento de decidir quais
projetos seriam desenvolvidos. Para a página vídeos foi realizado um filme educativo
explicando o que é terceiro setor e outro com institucional, explicando o site e o
laboratório. A ideia é que seja dinâmico e de fácil compreensão.
Em reportagens especiais entram as datas comemorativas que podem
ser trabalhadas com aprofundamento, utilizando além de texto, fotos, vídeos e áudio.
Na página inicial se concentra as notícias factuais das entidades. No menu agenda é
possível conferir os convites de eventos beneficentes realizados. Na aba Terceiro
Setor é possível ler um breve resumo do significado.
Com os logos prontos, a orientadora recebe a informação que a
Unoeste não trabalha a cor azul. Por unanimidade então foi decidido pelo laranja,
72
que se adequava ao tema do website. Assim, o site é finalizado, passando a receber
somente as publicações dos pesquisadores.
Por fim, o último capítulo dessa pesquisa abrange as considerações
finais dos autores sobre a peça teórica e prática.
73
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das pesquisas realizadas, foram identificados os problemas de
comunicação que o Terceiro Setor possui na cidade de Presidente Prudente/SP,
visto que é de extrema importância para a transparência, divulgação da causa e
organização dentro das próprias entidades, no qual a plataforma do laboratório
Terceiro Setor Facopp representa uma solução a esta insuficiência.
Verifica-se que, com o surgimento da internet, as formas de se
comunicar evoluíram: novas linguagens jornalísticas, novos recursos, rapidez, custo
baixo, entre outros. Por este motivo, optou-se pela escolha do meio digital para
atender as organizações, onde o principal intuito do trabalho realizado pela
plataforma consiste em oferecer oportunidades na divulgação dos trabalhos
realizados pelas instituições.
Para continuar contribuindo de forma eficiente, fez-se necessário uma
atualização da linha editorial e do projeto gráfico de acordo com os preceitos do
Webjornalismo atual, respeitando a linguagem e conteúdo de acordo com o
Jornalismo Empresarial. Sendo assim, como um house organ, seu objetivo é
aproximar o público interno viabilizando a comunicabilidade da organização, e
consequentemente, auxiliando seus colaboradores a obter uma convivência
harmoniosa.
Salienta-se que é necessário também atentar-se a comunicação
externa, ou seja, estabelecer um público alvo a fim de melhorar as relações entre
laboratório, organizações e sociedade, e a partir disso promover uma comunicação
efetiva que coloque o trabalho social realizado em evidência.
É bom frisar que, o site não possui uma taxa de acessos muito alta, e
as entidades costumam manter uma comunicação engessada, comprovando,
portanto, a importância de manter atualizado o meio digital.
Constata-se através da pesquisa que, ao divulgar um evento a maioria
das instituições o fazem por meio de telefonemas e e-mails, ações realizadas por
pessoas voluntárias sem conhecimento e embasamento em comunicação, tendo em
vista que, o custo deste trabalho é alto e incompatível com a realidade de muitas
organizações.
74
Diante disto, pode-se concluir que a plataforma pode contribuir
socialmente na comunicação ao público inserido no Terceiro Setor, mostrando que a
informação pode juntamente com o profissionalismo ser efetivada, embora seja
pouco elaborada e produzida na cidade.
Sendo assim, através da experiência teórico-prática ao longo do
desenvolvimento do respectivo trabalho, os pesquisadores evoluíram tanto
profissionalmente quanto pessoalmente, em razão da absorção das disciplinas de
Jornalismo Empresarial e Jornalismo Online, onde aplicaram todo o conhecimento
adquirido durante o curso e esclarecendo que é possível utilizar as novas
tecnologias a nosso favor, simultaneamente com os serviços humanos e públicos,
resultando na expansão de informações a respeito destas instituições.
Conclui-se que, apesar da comunicação no Terceiro Setor de
Presidente Prudente/SP ser pouco explorada, a plataforma contribui de forma
produtiva com a difusão do conhecimento acerca do tema, trazendo mais conteúdos
em diferentes formatos de forma convidativa para a assimilação dos usuários.
75
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WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer: princípios de design e
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2013.
80
ANEXOS
81
ANEXO A - ENTREVISTAS
82
Carolina Zoccolaro Costa Mancuzo
Graduada em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade do Oeste
Paulista (2001) e com MBA em Agronegócios pelas Faculdades Integradas
Antônio Eufrásio de Toledo (2006). Mestre em Comunicação Visual da
Universidade Estadual de Londrina (2011). Atualmente é coordenadora do
curso de Comunicação Social: Jornalismo e do Curso Superior de Tecnologia
em Fotografia da Unoeste. Coordena também a pós-graduação Lato Senso em
Fotografia da Unoeste. Atua também como professora universitária. É
supervisora e editora-chefe do Portal Facopp (www.unoeste.br/facopp). É
presidente do Colegiado e do Núcleo Docente Estruturante dos cursos de
Jornalismo e Fotografia. Tem experiência em televisão (trabalhou em afiliadas
da Rede Globo como produtora, editora de imagens, texto e coordenadora de
reportagens), jornalismo impresso, jornalismo on-line e assessoria de
imprensa.
Data da entrevista: 03- 04 - 2018
Meio: Entrevista Pessoalmente
1- Como surgiu a ideia do site para o laboratório ECO?
Bom, na verdade quando o ECO foi criado lá na época que o Mancuzo orientou,
acho que foram dois TCCs né, que veio o ECO, ele veio com a proposta de ser
Jornalismo Digital né, então assim né, que ele ia resolver problemas de
comunicação digital interna de empresas de Terceiro Setor, de entidades ligadas ao
Terceiro Setor, e aí, surgiu na verdade naquele momento, depois que ele foi criado,
83
seria que não podia ter um espaço, onde ele poderia também organizar essas
publicações, embora cada entidade tivesse sua própria realidade e tal, por que o que
acontecia é que como as entidades são, precisam de recurso, normalmente elas não
tem esse recurso, nem sempre eles tinham como colocar a parte digital, dentro de
uma maneira que pudesse ser viável, então por exemplo, a maioria resolvia e
resolve ainda essa parte com o blog, né, por que é gratuito e tudo mais, algumas
tem sites, normalmente sites que não são atualizados há muito tempo, que eles não
tem nem mais a senha. Então a gente pensou, e se a gente criasse um site que
tivesse o objetivo de organizar na verdade essas entidades, não só as atendidas,
mas que fosse um espaço de saber o que está acontecendo dentro do Terceiro
Setor em Presidente Prudente, centralizar essas informações, inclusive colocando
parte de agenda e tal, para facilitar a comunicação, então seria um trabalho em
paralelo. A ideia do site do ECO, é que houvesse uma equipe para o site, que não
necessariamente seria a mesma equipe que trabalharia atuando diretamente com as
entidades, era uma equipe que pudesse atualizar as informações das entidades,
calendário, fazer matérias, produzir informações a respeito do Terceiro Setor em
Presidente Prudente né, e em paralelo a si, havia nosso projeto um espaço para
atualização dos blogs, que acabariam entrando de maneira automática ali, aqueles
que estavam sendo atendidos ali pelo ECO diretamente. O que acontece é que esse
projeto, eu tô pra dizer que é lá pra 2011, a implantação do ECO, do site em 2012,
que foi com o Thiago Massuia e Sergio Monzani né, e ele já está ultrapassado, na
verdade um site ele é, hoje você olha ele é amador, você olha a característica visual,
design, completamente diferente.
2- O que a senhora acha que precisa mudar?
Precisa mudar tudo, de verdade assim, só que, e eu tenho certeza que a Gisele
também acha, que verdade peguei eu para orientar algo que quem fazia a
supervisão do laboratório não era eu,então muito óbvio, entrevistaram muitas vezes
o próprio pessoal do laboratório, especialmente a professora Gisele né, querendo
sempre o que o laboratório pedia, mas assim, não necessariamente que
conseguisse abarcar tudo aquilo, então assim, eu, em primeiro lugar, eu acho não,
ele precisa ter um conteúdo que precisa, pensando em layout, conteúdo horizontal,
84
site responsivo, que possa ser acessado por meio do celular, esse conteúdo
necessariamente não precisa ter vínculo com a fotografia, pode ou não ter vínculo
das publicações noticiosas, e que isso possa funcionar quase como um aplicativo no
celular, pensando que qualquer pessoa possa acessar. Eu acho que ele deve
promover a interatividade, talvez até fazendo com que as próprias entidades
consigam atualizar, a questão da agenda, criando um calendário de uma maneira
mais dinâmica, que pudesse na verdade fazer, eu acho interessante que se cada
entidade pudesse fazer uma senha, na questão só do calendário, para poder
atualizar esse calendário e ser realmente uma fonte de referência para toda a cidade
e região que diz respeito ao Terceiro Setor, sobre o que está acontecendo agora, e o
que está acontecendo em Terceiro Setor, atualizado num questionário dinâmico que
possa ser acessado via celular, por exemplo, um espaço.
3- Qual é a importância de ter esse laboratório, e o site também, tanto para a
faculdade quanto para a sociedade?
Bom, é fundamental, por que vamos pensar de várias maneiras, o jornalismo por sua
natureza, ele tem o papel de transformação da sociedade, e o Terceiro Setor, ele
caminha junto com isso. Então assim, você poder atuar, aliar na verdade, essas
duas vertentes vocês vão conseguir responder um dos principais preceitos da
profissão do jornalismo. E o Terceiro Setor, ele é um diferencial, a pessoa que tem
ações ligadas ao Terceiro Setor, ela já tem um diferencial no currículo, independente
da área de atuação que ela tem, então assim, isso daí, tem que haver um estímulo a
essa própria questão do trabalho voluntário, de se aproximar mesmo das
comunidades, da sociedade, dos trabalhos que são feitos dentro disso daí. Então, eu
acho assim, a FACOPP, eu acredito que o ECO, ele deveria ser o laboratório com
mais estagiários que a gente tem dentro da FACOPP, e o laboratório que mais
movimenta, e exatamente na questão do voluntariado, por que assim, o ECO não
precisaria atender poucas entidades, ele poderia atender todas as entidades,
tentando fazer um agendamento, centralizando tudo no seu site, na sua plataforma e
não necessariamente se preocupando, isso é uma opinião tá, minha, mas não
necessariamente se preocupando nas questões de atualizações específicas das
entidades, por exemplo, dos blogs, só das entidades e tal, eu acho que isso poderia
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haver, mas se a gente tivesse um site eficiente, isso poderia ser concentrado, que
reúne. É uma falta muito grande que existe, é a falta de comunicação das entidades.
Poderia centralizar, mas é um trabalho ousado, por que nós temos quantas
entidades em Presidente Prudente hoje né, são muitas, mas não é um universo
impossível, se for parar para refletir, pois na minha cabeça, já tinha mais de 50
entidades. Para não abraçar o mundo, talvez fechar só nas que são filiadas a
FEAPP, e todas as entidades novas acabariam entrando dentro dai. Se for possível
promover visibilidade, haverá um interesse maior na filiação inclusive, porque aí vai
falar, é, o site, não sei se posso considerar site, mas o espaço virtual vamos dizer
assim do ECO, perante a sociedade, ele pode ser um diferencial de associação
inclusive na FEAPP, entendeu, por que que eu quero entrar na FEAPP, porque ali, é
onde todo mundo busca, todas as informações estão concentradas, as ações e tudo
mais. Na verdade assim, a gente não poderia ter essa função, mas seria bem
interessante se fosse possível, eu sei que isso não é função da comunicação da
FACOPP, mas que os próprios voluntários pudessem fazer seus cadastros nas
entidades por meio do site, entendeu, como é que eu começo e consigo me associar
a uma entidade específica.
Mas o que eu penso é que hoje, não tem como pensar em internet , sem pensar em
interatividade e multimidialidade, mas no caso desse aqui, acho que o grande
diferencial seria mesmo, a interatividade, entendeu, e a interatividade, eu penso que
é o produzir coletivo, eu acredito que por isso, que poderia ter alguns espaços que
as entidades poderiam abastecer, obviamente moderados pela equipe do ECO, não
que aquilo que eles produzem entra no ar, mas aquilo que eles produzem de repente
no sistema lá acende, o pessoal do ECO recebe lá que tem uma atualização para
que eles possam checar se está tudo ok, se tá tudo bonitinho, e por no ar, desde
que fosse moderado, por que toda publicação tem responsabilidade da FACOPP, e
por isso deveria ser moderada, mas é uma maneira de facilitar também a
comunicação, então eles poderiam aproveitar aquela pessoa que ela já utilizam-na
entidade, que é assistente social, que acaba atualizando as coisas no site, para
atualizar essas informações.
E ela também pode enviar para o ECO, as ações significativas da entidade para que
houvesse cobertura e divulgação.
86
Eu acho que assim, o primeiro momento é promover um espaço interativo em que
consiga concentrar todas as informações da entidade nesse espaço, e que tenha
cobertura jornalística de acordo com a demanda, obviamente que, com 33
entidades, a produção diária é fácil, pois, nós temos material para isso, para ter no
mínimo uma atualização por dia, pensando em notícia, agora, num segundo
momento, depois disso implantado, acabando essa etapa de vocês que acredito que
vocês já podem deixar como sugestão de TCC, é de que maneira promover a
visibilidade desse site por meio de redes sociais, ou outras coisas, mas isso não
entra no TCC de vocês, mas é fazer com que Prudente entenda, que esse é o
espaço, onde estão alocadas todas as informações das entidades associadas a
FEAPP, entendeu. E outra coisa que eu acho que deve ser pensado nesse TCC,
que é algo que a gente vem discutindo há um tempo é sobre o nome do ECO.
Laboratório do Terceiro Setor é o nome, cujo pensamento a gente nem ainda
conseguiu concretizar ainda, por isso, que eu acho que isso seria um trabalho
bastante interessante feito por vocês, porque laboratório de Terceiro Setor não tem
nada a ver né, não pode entrar, só que ECO também, não diz nada, o que poderia
dizer alguma coisa é um trabalho de Bring Storm, de pegar, escrever, buscar, tentar
palavras associadas alguma coisa que tenha um significado, o que é, por exemplo, o
que é Terceiro Setor, o que é voluntário , talvez seria possível resumir isso à uma
palavra, não sei, duas, dá pra fazer um Brainstorming disso. Na verdade o nome
ECO foi no segundo TCC, entre a banca de qualificação e a banca de defesa, eu fiz
parte da banca de qualificação eu lembro, e que quando chegamos para eles
falamos assim, tá e o nome, que era Laboratório de Publicações Jornalísticas
Digitais Empresariais Para o Terceiro Setor de Presidente Prudente, e aí eles
criaram esse nome em 15 dias, ECO, no sentido de ecoar, promover o eco, de tentar
chegar e tudo mais, só que pensando na usabilidade eco não diz nada, pensando
em compreender um negócio, algo sem que ela não tenha nenhum apoio, elas não
conseguem enxergar, entendeu.
Mas também não acho que é Terceiro Setor, talvez possa estar relacionado a
questão de voluntário.
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4- De quanto em quanto tempo um site, no caso o do ECO, deveria ser
atualizado em termo de reformulação?
Nós já temos brigado pela atualização na reformulação dele há um tempo, e com
dificuldades técnicas, por que nós não temos noção e somos da área de
desenvolver, e a gente já desenvolveu layout , mas a gente depende do sistema da
Unoeste, olha, vamos pensar na Folha, a Folha faz uma reformulação que não tem
nada a ver como o modelo de vocês, mas só to confabulando aqui, a Folha ela faz
uma reformulação tanto gráfica na sua versão impressa como digital, mais ou menos
a cada dois ou três anos, é existem alguns como o UOL demora um pouco mais, ele
segura assim uns quatro anos e aos poucos ele vai fazendo umas pequenas
mudanças, mas as grandes reformulações do UOL, duram mais ou menos uns
quatro anos. Mas eu não tô falando de um site jornalístico, nem portal jornalístico, eu
tô falando obviamente de fundo jornalístico, mas ligado a Terceiro Setor e tal. Eu
acho que se fosse acompanhar tipo o UOL que é de quatro em quatro anos, mas
com possibilidades de pequenos remanejamentos em ao longo do tempo, também,
mas é difícil você fixar uma data por que tudo depende da necessidade daquilo,
entendeu, porque assim, hoje a internet ela é muito rápida, aí assim, o que a gente
pensa no ECO num formato de site, pensando assim, em algumas interatividades,
que um WordPress não daria, mas assim se fosse ter uma conversa séria com o
Rizzo, que é o responsável pela web da Unoeste, ele já vem falando pra mim há
algum tempo, faz um WordPress, por que ele é muito bom, e você faz um site, não
tem problema, paga uma anuidade dele, porque o WordPress você consegue ter
umas anuidades baratas, que você consegue ter o nome e tal e você faz um site ali
dentro, entendeu, e por que é bacana ter o WordPress, por que você atualiza a hora
que você quiser, você tem liberdade de atualização, você não depende de uma
equipe para fazer design.
A TV FACOPP, não atualiza mais o site da TV Facopp, por que eles criaram um
canal no Youtube, que eu acho que é mais interessante, agora você clica no link da
TV FACOPP e vai para o canal no Youtube, isso é o hiperlink, eu mando para onde
eu quiser.
Se vocês forem fazer um sistema onde vocês vão pagar alguém para desenvolver
esse sistema para vocês, ele tem que ter aprovação do Rizzo, por que ele vai estar
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colocado dentro do universo da Unoeste, então isso é obrigatório, seria interessante
vocês, conversarem com o Rizzo e perguntando se é possível, fazer um WordPress,
mas conversar no sentido de consulta mesmo, tipo Rizzo a gente está tentando
reformular o ECO, e a gente está pensando nas propostas, é importante vocês
chegarem com essas propostas, eu dei algumas ideias, e vocês devem ter várias
outras ideias. Então vocês vão fazer uma relação das ideias que vocês têm e falar
assim, você acha que isso que a gente pensa é melhor no formato de site ou de
repente o WordPress suportaria isso, e ouve por que ele é a melhor pessoa para
responder isso para vocês na questão técnica. Vocês o encontram no (18) 3229-
1085 que é o ramal direto dele, ele fica de horário comercial das 08h às 18h, aí
falam que vocês são alunos e tal e falam para Gisele antes e tal.
Eu acho que nós temos que aproveitar as estruturas que a gente tem aqui,
justamente para isso, o que pode acontecer de repente é ver se a própria FIPP, não
consegue colocar um grupo de aluno para desenvolver como um projeto de
extensão, ou até mesmo de TCC, mas é diferente o modelo de TCC deles. Por que
se eu fosse aluna da FIPP, adoraria ter um produto real para poder desenvolver. E
aí eu acredito que é o Emerson que é o coordenador.
O ECO é um site e o Portal é o da FACOPP, e até em questão multimídia o ECO
não tem muita pegada ainda.
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Floriano Augusto de Paula Ferreira Ielo
Presidente atual da FEAPP, pelo segundo mandato consecutivo, sendo a
duração de cada mandato dois anos. Auxilia nas causas de Terceiro Setor há
mais de 20 anos. Também é uma das referências no campo odontológico na
cidade de Presidente Prudente.
Data da entrevista: 04/04/2018
Meio: Entrevista pessoalmente
1- As entidades religiosas, elas são consideradas como Terceiro Setor, ou
não?
são consideradas Terceiro Setor.
2- E no caso, dentro da FEAPP, existe alguma entidade religiosa?
Existe, mas o que ela faz, na FEAPP, e elas fazendo parte, respeitam os outros
pensamentos, eu acho bacana isso, mas, a maioria dessas entidades católicas, elas
fazem parte, como: Amor é a Resposta, a da Igreja Presbiteriana. O que acontece
com as entidades religiosas, é que elas têm às entidades paralelas, e as entidades
paralelas fazem parte também da FEAPP. A gente sabe que atrás de uma entidade
às vezes tem uma congregação, às vezes uma Presbiteriana, às vezes a Maristela,
mas normalmente elas religiosas, a maioria são entidades que não tem interesse em
buscar dinheiro com o governo, por que parar receber dinheiro do governo ou do
90
município, ou do federal, elas precisam ter certificados , e esses certificados que são
exigidos na hora do repasse, elas não tem, por que em contra partida, o governo
cobrar dela, todos os cargos ocupados, e tem entidade que entende assim: “ eu não
posso ficar gastando dinheiro com gestor, com assistente social, que deixa de gastar
na causa, e tem umas que não se enquadram. Mas a Federação, não faz tanta vista
grossa em cima das religiosas, por precisar delas, então tem entidades que se fosse
apertar muito, elas não seriam federadas.
3- No caso das entidades, a relação com o nome das entidades sempre sai no
Imparcial, todas as entidades que a FEAPP auxilia?
É aquela da coluna, que sempre sai.
4- E como se iniciou o Terceiro Setor em Presidente Prudente, na cidade
assim, que o senhor falou que está há 20 anos auxiliando?
Eu acredito que a entidade mais velha de Presidente Prudente, pelo menos da
Federação é, é o Lar dos Meninos, acho que 52 anos, então se nós temos 100 anos,
o Lar dos Meninos lá atrás, eu acho que a mais antiga das entidades acredito que,
das federadas é, a mais antiga.
5- Ai o senhor estava falando sobre o monitoramento das entidades, no caso
como funciona o monitoramento, é só a cada reunião na quarta-feira do mês
como o senhor falou?
É a primeira quarta-feira do mês. Não, vamos lá, é o contrário hein, ela não é um
monitoramento, ela é uma, ela se reúne para poder ajudar. A Federação não
interfere nas causas, e nem como são feitas as administrações, e não tem poder,
pois, é uma Federação que as entidades fazem parte, então, a entidade é parte de
um todo, e também pode tentar mudar alguma coisa. Agora, nós temos o Estatuto,
nós temos que seguir o Estatuto, quando a gente divide as causas, a Federação
seriam todas as causas.
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6- No caso, as formas que a FEAPP ajuda essas entidades, são no caso que o
senhor falou, responsável por saber sobre as barragens de carretas, saber o
que cada Instituição precisa, as financeiras, que cada Instituição mostra pro
senhor e para a Federação os projetos de quanto que eles precisam e são
analisados, no caso os tipos de ajuda. Fora os financeiros, fora de alimentação
tem algum outro jeito que a FEAPP auxilia as entidades?
Não, a FEAPP, ela pode ajudar a captar recursos, junto à população, mas ela não
tem recurso próprio, ela não recebe de ninguém, a própria FEAPP, não tem dinheiro.
7- No caso da comunicação, como que ela é feita com as entidades, através
dos meios de comunicação? No caso é o Imparcial que cede a coluna, no caso
da página que o senhor falou que não está sendo atualizada por causa da
retenção das entidades, e o senhor falou que se interessa, pois, esse é nosso
intuito, através do nosso portal, a gente passar a divulgar sobre as entidades,
que há certo tempo a gente já faz com algumas entidades, fazendo pautas,
matérias.
O que faltaria hoje na atualidade para as entidades, se pudesse fazer uma espécie
de matérias, que são 35 entidades, e nós temos, cada entidade, através de contatos,
por exemplo, essa semana vamos falar sobre a LBV, na semana que vem sobre a
ação do CARIM. Então daí você conseguindo uma vez por semana, estar
divulgando, em 35 semanas, nós estaremos rodando todas.
Amor é a Resposta é uma entidade, que muito pouca gente conhece, ela tem uma
ação comunitária muito forte, e pouca gente conhece. Então, a entidade precisa ser
conhecida para ela poder chegar no seu intuito que é aquela causa. A entidade tem
um problema, que como ela se completa, ela vai para o imediatismo, como por
exemplo: levar sopa, mas ela não tem um pessoal para fazer o segundo tempo, que
seria corrigir aquele necessitado, então isso é sonho, pois, teria que levar uma
Kombi com comida e uma Kombi com assistente social, para tentar corrigir aquela
população. Agora, será que aquela população, está querendo ser corrigida naquele
momento? Ela quer matar a fome, muitas vezes a pessoa não quer nem dar o
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endereço dela. Se você fizer muitas perguntas eles já vão embora, é capaz dele ir
embora e deixar o prato.
8- O senhor acredita que existe um déficit na comunicação com o Terceiro
Setor, das próprias entidades, deles se expressarem sobre o que eles
precisam?
Existe sim, todo mundo podia ter um site, e montar, e existe sim uma falta de apoio
profissional, e se este tivesse, ajudaria muito.
Em termos de comunicação é importante, ter certa vivência, e eu gosto muito de
pessoas jovens, e que acreditam num mundo melhor, não fazendo passeata nem
para isso e nem pra aquilo, e que sabe que é só através do trabalho e da força de
vontade que a coisa dá certo, e tem resultado.
No caso do Hospital do Câncer de Presidente Prudente, foi um sonho há mais de 18
anos, que hoje é realidade, e no caso sobre entidade seria a parte do portador de
câncer.
Temos também outras entidades também sérias e organizadas, como a Associação
dos cegos, as creches, como a MEIMEI e a Anita, cujo sou um dos diretores da
creche Anita, por afinidade com o Presidente, das reformas que eu faço
particularmente, e hoje eu dou o meu dinheiro para a Anita, gosto da creche, por que
é uma creche pequenininha, é uma creche com 80 crianças, mas tem um carinho
fantástico, muito boa essa creche. Então, nós vamos descobrindo essas joias.
9- O Portal ECO, na verdade é um espaço sobre comunicação, Terceiro Setor, e
estamos também em reformulação do nome, que no nosso TCC, e o Portal é
um canal da faculdade, e o nosso TCC, foca na reformulação dele, e como ele é
focado principalmente no Terceiro Setor, nós precisamos de depoimentos e
relatos para explicar, a importância do Terceiro Setor. Então eu queria passar
para o senhor, que a importância dele, é trabalhar com várias entidades, não
são tantas como a FEAPP ajuda só que nós vamos atrás das entidades,
perguntamos se eles têm alguma notícia, algum fato ocorrendo para a
93
divulgação, e algumas acabam colocando barreiras para produção de
matérias, eles têm um bloqueio, e nós mostramos o intuito de mostrar e
divulgar o que eles estão precisando!
O bloqueio de algumas Instituições se dá pelo preconceito, e fato de banalizar as
divulgações, mas são seríssimas, são muito presentes na hora de ajudar,
organizadas. Mas se você chegar e falar para divulgar, algumas não quer, mas se
falar, eu posso deixar uma doação aqui, aí eles se sentem à vontade. No caso se
alguma de alguma de nossas federadas, é um bloqueio de dificuldade. O que eu
vejo é que é o contrário, nós precisamos de vocês sempre. Quem tem medo é por
que tem coisa errada, porque transparência é tudo, o que está na imprensa deve ser
falado e tem que ser divulgado, e se tem coisa para consertar, vamos consertar.
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Gisele Tomé da Silva
Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade do Oeste
Paulista (1999), especialista em Comunicação Empresarial, pela Faculdade
Cásper Líbero e Avaliação do Ensino e da Aprendizagem, pela Unoeste.
Atualmente é professora titular da Universidade do Oeste Paulista, onde
leciona as seguintes disciplinas: Jornalismo Impresso, Jornalismo de Revista
e Jornalismo Especializado. É supervisora do laboratório de jornalismo
voltado ao Terceiro Setor da Faculdade de Comunicação Social (Facopp). Tem
experiência em jornalismo impresso e Assessoria de Imprensa. É mestre em
Comunicação Visual pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Data da entrevista: 06/04/2018
Meio: Entrevista pessoalmente
1- Como a senhora vê o ECO hoje?
O ECO hoje, é uma oportunidade dos alunos, de estarem em contato com o Terceiro
Setor, produzindo conteúdo, conhecendo a realidade desse setor, que é uma
realidade bem diferente de empresas, porque trabalha muito com limitações,
principalmente financeira, e se percebe que as Instituições , elas não têm o serviço
de comunicação organizado e profissional, que algumas entendem que isso é
fundamental, a comunicação é fundamental, e poderiam ajudar a disseminar ainda
mais os trabalhos que são realizados, e até consequentemente, ajudar na
arrecadação de ajudas para as Instituições tem, só que, eles não tem esse trabalho
de comunicação, por que eles sempre se esbarram na questão financeira, e a gente
percebe que tem outras Instituições que ainda não entendem tanto, sobre qual a
importância da comunicação. Então, esse trabalho do laboratório, faz com que os
alunos tenham contato com as Instituições, e que também possam, de certa forma,
ser um trabalho educativo, no sentido de mostrar qual é a importância da
comunicação para essas Instituições. Às vezes, nós temos alunos que ligam na
Instituição, perguntam, como que ta, se tem alguma novidade, se estão produzindo
95
algo de interessante, aí eles falam que não, daí eu peço para os alunos irem até lá,
e os alunos vêem que tem muita coisa legal, mas por que isso acontece, por que
eles não tem uma noção do que é uma notícia, e eles realmente não precisam ter
essa noção, então o papel do jornalista é esse, eu falo às vezes que um pouco
educativo por que, a gente vai mostrando qual que é a importância, o que tem que
ser feito, né então é, às vezes a gente encontra barreira que tem Instituição que fala:
ah, eu não quero, vocês mandam o texto para eu aprovar, por que eu não sei o que
vai sair, sabe, então tem assim uma concepção até distorcida do papel do jornalista .
2- Como a senhora acha, e qual a ideia, que pode fazer para melhorar e
reformular o Portal ECO?
É, hoje o portal, portal não, é um site, hoje o site que está abrigado no Portal
Facopp, ele precisa fazer várias reformulações, na minha opinião, primeiro, a
primeira, a parte superior funciona bem né, que tem as matérias, visibilidade, mas da
parte é da aba, dos links, do que somos, e tudo, dali pra baixo, já não tem muita
função, tá, o calendário ainda fica no rodapé, que funciona, mas foi deixado um
espaço muito grande para blog, e aí o que acontece, os blogs das Instituições,
infelizmente eles não são atualizados, um ou outro que tem uma atualização, mas
também não é uma atualização constante, então isso faz com que perca função, fica
um espaço enorme, mas sem função, o Twitter também é uma ferramenta que a
gente viu que hoje, pelo menos, não tem uma visibilidade, pra gente, e também hoje,
o que acontece, é que antes tinha a fanpage só do ECO, o Twitter do ECO, e hoje tá
tudo integrado com o da FACOPP, então realmente não tem função isso. Tem uma
parte lá também que é para envio de artigos, que é interessante, mas a gente nunca
recebeu, o material para ser veiculado ali, então são essas coisas que eu acho que
poderiam ser modificadas, em questão também da estética, do layout, por que essa
parte do jornalismo online é muito ágil, e já não tem mais funcionalidade.
3- Em termos de formação acadêmica, a senhora acredita que através deste
TCC, possa ter um profissionalismo no mercado lá fora?
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O ECO, ele é resultado de vários TCCs, e hoje a gente tem mais outro TCC
trabalhando por este laboratório, se não me engano, esse é o laboratório que mais
teve trabalho científico voltado à ele, a contribuição acadêmica é justamente a
questão da pesquisa, de observar, de olhar, de colocar em prática tudo que foi
estudado, dentro dessa possibilidade, e assim, como profissional, eu acredito que
contribui muito, porque vão estar conhecendo realidades que às vezes não
conhecem que é uma realidade do Terceiro Setor, diferente do Segundo e do
Primeiro, e agrega ao repertório do profissional, por isso eu acho extremamente
importante.
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Camila Coelho Pacheco Nogueira
Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade do Oeste
Paulista (2011), uma das integrantes do segundo TCC do laboratório, intitulado
ECO: Implantação do Laboratório de Publicações Jornalísticas Digitais
Empresariais da Facopp para Terceiro Setor
Data da entrevista: 20/05/2018
Meio: Entrevista via e-mail
1- Conte como foi o Processo do Projeto?
O projeto de implantação do laboratório surgiu de um projeto anterior onde fora feito
o planejamento para o ECO.
Tiramos como base para o projeto esse TCC anterior, e achamos uma boa
oportunidade um estágio na área de Jornalismo empresarial para os alunos da
Facopp, além de ser uma chance de prestar uma assistência ao Terceiro Setor da
cidade, que não possuía tal serviço e nem meios financeiros para adquiri-los.
2- Por que mudança do meio impresso ao digital?
O custo. Uma publicação impressa teria um custo muito mais alto que a digital. Fora
o custo da impressão, teria a mão-de-obra para divulgação.
Outro motivo seria a facilidade de divulgar esse material para os envolvidos nestas
entidades do Terceiro Setor. Sendo que os próprios responsáveis poderiam fazer
essa divulgação de maneira simples.
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ANEXOS B - PAUTAS
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PAUTEIRO: Andressa Aguiar
RETRANCA: NÚCLEO TTERÊ/TROCO SOLIDÁRIO
PROPOSTA: Informar à população a respeito do projeto Troco Solidário e sua
importância as entidades de Presidente Prudente.
ENCAMINHAMENTO: Entrevistar o gerente da loja Havan Claiton da Silva para
entender como funciona essa arrecadação, a escolha das entidades e como a
população pode colaborar; entrevistar a presidente do Núcleo Tterê Helena
Junqueira para conhecer o trabalho realizado pela entidade e sobre a importância
desse tipo de projeto: de que forma auxiliará a entidade?
ROTEIRO: Núcleo Tterê – 20/08/2018
Avenida Presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira, 7.398, Jardim Regina
Horário: 15H
DADOS:
O Núcleo Tterê foi fundado em 18 de abril de 1991 por um grupo de voluntárias da
sociedade civil de Presidente Prudente. Atualmente, possui 11 programas incluindo
projetos de capacitação, além da assistência prestada aos portadores de deficiência
física, mental, visual, auditiva, múltipla ou crianças e adolescentes com dificuldade
de aprendizagem.
O Troco Solidário é uma iniciativa da Havan com participação de seus clientes e
vem arrecadando valores expressivos que são doados às entidades carentes das
cidades onde a Havan está presente.
100
Pauteiro/Repórter – Lucas Ribeiro
Retranca – MC dia Feliz
Proposta – Mostrar e informar sobre o MC dia Feliz e seu significado
Encaminhamento – Expor que há 22 anos, em Presidente Prudente, no último
sábado do mês de agosto de cada ano, é dia de transformar Big Mac em sorrisos. A
renda é em prol de projetos, e nesse desta vez foi para a construção da Casa de
Acolhimento da AAPC.
Roteiro: Entrevistar a Coordenadora (Regina Garcia), responsável pela organização
do MC Dia Feliz, pela Associação de Apoio ao Portador de Câncer de Presidente
Prudente.
Dados: 22ª edição do McDia Feliz 2018, nas dependências do restaurante
McDonald’s, no Prudenshopping, em Presidente Prudente. O evento contou com a
presença de representantes da Prefeitura, HRC (Hospital Regional do Câncer),
AAPC (Associação de Apoio ao Portador de Câncer) e empresas parceiras. A data
festiva está agendada para ocorrer no dia 25 de agosto, das 11h à meia-noite, nos
dois restaurantes franqueados na cidade. Conforme a organização, a venda de 2,4
mil tíquetes e camisetas já começaram, e a expectativa é de alcançar a meta de 5
mil bilhetes do famoso Big Mac. A renda é em prol de projetos da AAPC.
Análise das fontes:.Coordenadora (Regina Garcia)
Sugestões de perguntas:
O que é o MC Dia Feliz?
Qual a expectativa de vendas tanto de camisetas, quanto de lanches?
A verba arrecadada, auxiliará em quais projetos da Associação?
Qual será a programação do evento?
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PAUTEIRO: Andressa Aguiar
RETRANCA: Lar São Francisco de Assis / Martinópolis
PROPOSTA: Informar à população a respeito do evento “Missão amor que cura”
que ocorrerá em Martinópolis
ENCAMINHAMENTO: Entrevistar o/a responsável pela instituição em Presidente
Prudente e entender como vai funcionar o evento, além de pegar um depoimento
sobre a importância desse tipo de evento para a população e para o Lar.
ROTEIRO:
DADOS:
Martinópolis recebe evento “Missão amor que cura” do Lar São Francisco de Assis
O projeto voluntário da Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de
Deus, de Presidente Prudente, chega a Martinópolis. O evento “Missão amor que
cura” busca levar saúde, alimento e espiritualidade à quem precisa e ocorre no dia
25 de agosto, na Quadra Municipal de Esportes, no Parque das Grevilhas, das 8h às
12h. No local acontecem atendimentos médicos e multiprofissionais, distribuição de
lanches e brinquedos, doação de roupas e espiritualidade.
102
PAUTEIRO: Andressa Aguiar
RETRANCA: Dia Nacional da luta da pessoa com Deficiência
PROPOSTA: Informar à população a respeito da data e de entidades que trabalham
para a melhoria da vida dessas pessoas.
ENCAMINHAMENTO: Entrevistar a assistente social da Lúmen Et Fides e da
Unipode para entender o trabalho realizado por eles na cidade de Presidente
Prudente, perguntar sobre melhorias, preconceito, políticas públicas.
ROTEIRO: 17/09 - Lúmen Et Fides – Assistente Social 14h30
17/09 – Unipode – Patrícia Belchior, 17h30
DADOS: O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é celebrado em 21
de setembro no Brasil. Esta data foi criada com o objetivo de conscientizar sobre a
importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência
na sociedade. Fonte: Calendarr
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Pauteiro/Repórter – Nathália Moura
Retranca – 33º Festival de Pipas
Proposta – Comunicar o 33º Evento de pipas na cidade de Presidente Prudente
Encaminhamento – Comunica a participação da Feapp com uma barraca, onde
tudo o que for vendido será revestido às entidades participantes.
Roteiro: Entrevistar a gerente Administrativa do jornal Imparcial, Vânia Nilva Ferreira
para obter mais informações sobre o evento e de como será a participação da Feapp
no mesmo.
Telefone: (18) 2104-3737
Dados: O Festival de Pipas ‘Raul Albieri’ é o maior evento do gênero no Brasil e faz
parte do calendário turístico oficial de Prudente e atualmente do Estado. O evento
reúne cerca de 400 competidores todos os anos e aproximadamente 5 mil pessoas
prestigiam a grande festa.
Sugestões de perguntas:
Quantas pessoas devem comparecer no evento?
Quem participará do Evento?
Qual será a participação da Feapp no 33º Festival de Pipas?
Onde será o Festival?
Há quanto tempo o Festival ocorre?
104
Pauteiro/Repórter – Lucas Ribeiro
Retranca – Shows beneficentes/FEAPP
Proposta – Informar sobre os shows que serão beneficentes em prol da FEAPP
Encaminhamento – Expor que é a primeira vez que a FEAPP, organiza a exposição
da cidade de Presidente Prudente, e que o atual presidente da Federação, buscou
organizar shows, entretenimento e praça de alimentação, e conciliar com a FEAPP.
Roteiro: Entrevistar o atual Presidente da FEAPP (Floriano Ielo), responsável pela
organização da Exposição, pela FEAPP.
Dados: Neste ano, a novidade é que a Exposição será de responsabilidade da
FEAPP (Federação das Entidades Assistenciais de Presidente Prudente), composta
por 35 entidades e presidida por Floriano Ielo. A organização dos shows será da Cia
Verde Amarelo, do Valtinho Pereira.
Análise das fontes: Floriano Ielo (Presidente da FEAPP)
Sugestões de perguntas:
Como foi a escolha para a FEAPP organizar essa edição da Exposição?
Terão shows onde a renda será destinada a FEAPP?
Qual a importância para a FEAPP ter esse desafio?
Pauteiro/Repórter – Nathália Moura
Retranca – Ação Social para o HRCPP
Proposta – Fala da Ação social realizada pela Banda Média7
Encaminhamento – Comunicar o arrecadamento de brinquedos e livros que deve
ser realizado no primeiro dia da jornada de comunicação para contribui na
construção da brinquedoteca do Hospital do Câncer Regional de Presidente
Prudente.
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Roteiro: Entrevistar o Professor Renato Pandur, um dos integrantes da Banda
Média7 para saber melhor sobre como será o evento e arrecadação; pergunta sobre
as expectativas esperadas no evento quando será a entrega de brinquedos
Telefone: (18) 992426650
Dados: O Festival de Pipas ‘Raul Albieri’ é o maior evento do gênero no Brasil e faz
parte do calendário turístico oficial de Prudente e atualmente do Estado. O evento
reúne cerca de 400 competidores todos os anos e aproximadamente 5 mil pessoas
prestigiam a grande festa.
Sugestões de perguntas:
Como surgiu a ideia da Arrecadação?
Elas só serão feitas no dia dez?
O que será arrecadado?
Que dia será feita a entrega de brinquedos e quem poderá participar?
Somente os alunos da Universidade podem fazer a contribuição? Caso não,
Como as pessoas podem doar os brinquedos?
O que os envolvidos esperam com essa ação?
106
PAUTEIRO: Andressa Aguiar
RETRANCA: UNIDOS PELO BEM COMUM/SORTEIO
PROPOSTA: Informar à população a respeito do sorteio filantrópico realizado pelo
grupo Unidos Pelo Bem Comum.
ENCAMINHAMENTO: Entrevistar o responsável pela organização do sorteio
Fabricio Modafaris, entender como funciona e qual o objetivo do sorteio filantrópico.
ROTEIRO: Fabrício Modafaris – 99628-2074 ou Euromarket
DADOS:
O grupo “Unidos Pelo Bem Comum sorteará um Up! 0KM (Volkswagen) com renda
revertida para 19 instituições. Valor de R$20,00. O sorteio será realizado no dia 19
de dezembro de 2018 por meio da Loteria Federal.
107
Pauteiro/Repórter – Lucas Ribeiro
Retranca – Dia de Prevenção ao Linfoma
Proposta – Relatar o graus e riscos do Linfoma, através de grupo de apoio e
especialistas no assunto.
Encaminhamento – Mostrar que ter um dia que conscientize sobre o Linfoma, alerta
a população, principalmente as mulheres.
Roteiro: Entrevistar uma das Fundadoras e Assistente Social do grupo Amigas do
Peito (Jandira Aurélio) explicando sobre a importância da prevenção e do câncer de
mama; Entrevistar uma paciente do grupo Amigas do Peito (Sueli) falando sobre
como descobriu que tinha o Linfoma, sobre sua cirurgia e sobre seu tratamento;
Entrevistar um médico oncologista (Cézar Coimbra) falando sobre o tratamento, e os
tipos de linfoma;
Dados: O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas é celebrado anualmente
em 15 de setembro. Como o próprio nome sugere, o principal objetivo desta data é
conscientizar a população sobre a importância de identificar precocemente os
sintomas do linfoma, ajudando a facilitar o seu tratamento.
Análise das fontes: Jandira Aurélio (uma das Fundadoras e Assistente Social do
grupo Amigas do Peito); Sueli (paciente em tratamento pós-cirurgico, que faz parte
do grupo Amigas do Peito); Cezar Coimbra (médico oncologista)
Sugestões de perguntas:
De que forma o grupo Amigas do Peito auxilia as portadoras de Linfoma na
mama?
O que é feito para conscientizar as mulheres sobre os riscos e para fazerem
regularmente a mamografia?
Que tipos de linfomas existem?
Qual é a faixa etária que o linfoma mais se desenvolve?
Qual a importância de ter um dia de conscientização sobre o Linfoma?
108
Pauteiro/Repórter – Lucas Ribeiro
Retranca – Show Beneficiente com Demônios da Garoa
Proposta – Comunicar sobre o show beneficiente do grupo Demônios da Garoa,
que no caso litros de leite serão trocados pelo ingresso.
Encaminhamento – Mostrar que a arrecadação de leites será direcionada ao Fundo
Social, e o valor arrecadado pelas bebidas não-alcoolicas no evento será para a
Cooperlix.
Roteiro: Entrevistar a Coordenadora de Campanhas do Fundo Social (Kátia
Guimaro); E também o responsável pela arrecadação por parte da Coopermota,
Cooperativa Agroindustrial (Diego Suguita).
Dados: Este ano, Presidente Prudente receberá a atração principal do Circuito
Sescoop/SP de Cultura, que é 100% beneficente. O grupo Demônios da Garoa
comemora os 75 anos de carreira em 2018.
Os litros de leite arrecadados serão destinados ao Fundo Social de Solidariedade de
Presidente Prudente. Durante o evento, serão comercializadas bebidas não alcóolicas,
com renda destinada à Cooperativa de Materiais Recicláveis de Prudente (Cooperlix).
Análise das fontes: Kátia Guimaro (Coordenadora de Campanhas do Fundo Social de
Presidente Prudente).
Diego Suguita (Responsável pela arrecadação por parte da Coopermota de
Presidente Prudente)
Sugestões de perguntas:
Como será feita a distribuição dos litros de leites?
O valor arrecadado auxiliará em que a Cooperlix?
Quais são os pontos de troca?
109
APÊNDICES
110
APÊNDICE A – SITES ANALISADOS
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IMAGEM 1 – PARTE SUPERIOR DO SITE AMIGOS DO BEM
IMAGEM 2 – PARTE INFERIOR DO SITE AMIGOS DO BEM
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IMAGEM 3 – PARTE SUPERIOR DO SITE NOSSA CAUSA
IMAGEM 4 – PARTE INFERIOR DO SITE NOSSA CAUSA
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IMAGEM 5 – PARTE SUPERIOR DO SITE OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO
SETOR
IMAGEM 6 – PARTE INFERIOR DO SITE OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO
SETOR
114
IMAGEM 7 – PARTE SUPERIOR DO SITE SETOR 3
IMAGEM 8 – PARTE INFERIOR DO SITE SETOR 3