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ANEXO 15-II da IPANEMA GESTORA DE RECURSOS LTDA. CNPJ: 08.585.207/0001-87 Conteúdo do Formulário de Referência – Pessoa Jurídica (informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro) ADMINISTRADORES DE CARTEIRAS DE VALORES MOBILIÁRIOS 1. Identificação das pessoas responsáveis pelo conteúdo do formulário 1.1. Declarações dos diretores responsáveis pela administração de carteiras de valores mobiliários e pela implementação e cumprimento de regras, procedimentos e controles internos e desta Instrução, atestando que: a. reviram o formulário de referência b. o conjunto de informações nele contido é um retrato verdadeiro, preciso e completo da estrutura, dos negócios, das políticas e das práticas adotadas pela empresa As declarações de que trata este item foram firmadas em 23 de Março de 2018, pelo diretor responsável pela administração de carteiras de valores mobiliários, Gerald Frank Medley (CPF: 002.239.337-40), e pelo diretor responsável pela implementação e cumprimento de regras, procedimentos e controles internos e desta instrução, Theodoro Arthur da Costa Messa (CPF: 019.623.307-02), encontram-se arquivadas na sede da Ipanema Gestora de Recursos Ltda (nome fantasia: Paineiras Investimentos) e foram enviadas à CVM como documentos anexos a este formulário. 2. Histórico da empresa 1 2.1. Breve histórico sobre a constituição da empresa A Ipanema Gestora de Recursos Ltda (nome fantasia: Paineiras Investimentos) teve origem com a decisão, no final de 2006, de dois ex-sócios do Grupo Icatu, Antônio de Padua Bittencourt Neto e Ney Villas-Bôas Marinho, de formar uma empresa de gestão de recursos. O objetivo era levar para a gestão de fundos a experiência e os conceitos que haviam empregado na gestão de recursos proprietários do Banco Icatu, desde o início da década de 90. Os princípios fundamentais que norteiam a empresa desde a sua formação são: 1) Alinhamento de interesses dos gestores; 2) Participação ativa através de sociedade; 1 A empresa deve informar apenas dados relativos à área envolvida na administração de carteiras de valores mobiliários, caso exerça outras atividades.

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Conteúdo do Formulário de Referência – Pessoa Jurídica

(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

ADMINISTRADORES DE

CARTEIRAS DE VALORES MOBILIÁRIOS

1. Identificação das pessoas responsáveis pelo conteúdo do formulário

1.1. Declarações dos diretores responsáveis pela administração de carteiras de valores mobiliários e

pela implementação e cumprimento de regras, procedimentos e controles internos e desta Instrução,

atestando que:

a. reviram o formulário de referência

b. o conjunto de informações nele contido é um retrato verdadeiro, preciso e completo da

estrutura, dos negócios, das políticas e das práticas adotadas pela empresa

As declarações de que trata este item foram firmadas em 23 de Março de 2018, pelo diretor responsável pela

administração de carteiras de valores mobiliários, Gerald Frank Medley (CPF: 002.239.337-40), e pelo diretor

responsável pela implementação e cumprimento de regras, procedimentos e controles internos e desta

instrução, Theodoro Arthur da Costa Messa (CPF: 019.623.307-02), encontram-se arquivadas na sede da

Ipanema Gestora de Recursos Ltda (nome fantasia: Paineiras Investimentos) e foram enviadas à CVM como

documentos anexos a este formulário.

2. Histórico da empresa1

2.1. Breve histórico sobre a constituição da empresa

A Ipanema Gestora de Recursos Ltda (nome fantasia: Paineiras Investimentos) teve origem com a decisão, no

final de 2006, de dois ex-sócios do Grupo Icatu, Antônio de Padua Bittencourt Neto e Ney Villas-Bôas Marinho,

de formar uma empresa de gestão de recursos. O objetivo era levar para a gestão de fundos a experiência e os

conceitos que haviam empregado na gestão de recursos proprietários do Banco Icatu, desde o início da década

de 90.

Os princípios fundamentais que norteiam a empresa desde a sua formação são:

1) Alinhamento de interesses dos gestores;

2) Participação ativa através de sociedade;

1 A empresa deve informar apenas dados relativos à área envolvida na administração de carteiras de valores mobiliários, caso exerça outras atividades.

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(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

2

3) Rígido controle de risco e liquidez dos ativos.

A Ipanema Gestora de Recursos Ltda (nome fantasia: Paineiras Investimentos) possui uma equipe formada por

profissionais de comprovada experiência. Os principais sócios se conhecem há mais de quinze anos e, em

muitos casos, trabalharam em conjunto por prazo semelhante em outras instituições financeiras. Este grupo

teve êxito desempenhando funções similares às que possuem atualmente, em vários momentos adversos de

mercado.

A empresa tem o seguinte quadro societário:

Antônio de Pádua Bittencourt Neto CPF:914.571.577-72

Ney Villas Bôas Marinho CPF:797.463.907-59

Theodoro Arthur da Costa Messa CPF:019.623.307-02

José Carlos dos Reis Carvalho CPF:980.034.027-00

Gerald Frank Medley CPF:002.239.337-40

David Vaisberg Cohen CPF:107.382.207-95

Andrea dos Santos Varella CPF:902.944.597-15

Bernardo Lins de Albuquerque Compagnoni CPF:100.306.677-12

Carlos Augusto de Lima Resende CPF:126.840.087-44

Sávio Cescon Goulart Barbosa CPF: 138.523.167-07

2.2. Descrever as mudanças relevantes pelas quais tenha passado a empresa nos últimos 5 (cinco)

anos, incluindo:

a. os principais eventos societários, tais como incorporações, fusões, cisões, alienações e

aquisições de controle societário

Não ocorreram eventos societários, tais como incorporações, fusões, alienações e aquisições de controle

societário.

b. escopo das atividades

A Ipanema Gestora de Recursos Ltda (nome fantasia: Paineiras Investimentos) é uma empresa que tem como

objeto a administração de carteiras de títulos e valores mobiliários e a participação no capital de outras

sociedades. Sempre desempenhou exclusivamente a atividade de gestão de recursos e não ocorreram

mudanças no escopo dessas atividades nos últimos cinco anos.

c. recursos humanos e computacionais

Recursos Humanos:

Os gestores João Landau e Ricardo Kazan deixaram a empresa em maio de 2014 e em abril de 2015

respectivamente.

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(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

3

Em dezembro de 2015 Ney Villas Boas Marinho deixou de ser o diretor responsável pela atividade de

administração de carteiras de valores mobiliários perante a CVM. Gerald Frank Medley passou a ser o novo

diretor a desempenhar esta função.

A partir de agosto/2016 os sócios Ney Villas Boas Marinho e Antonio de Padua Bittencourt Neto passaram a

figurar apenas como membros dos Comitês da empresa.

Os sócios Flávia Theóphilo e Julio Libergott deixaram a empresa em agosto e outubro de 2017, respectivamente.

Recursos computacionais:

A partir de 2011 a empresa passou a utilizar serviços de armazenamento de dados (como back-up) e e-mails em

nuvem. Em maio de 2014 foi feito um investimento em um novo servidor.

d. regras, políticas, procedimentos e controles internos

Iniciamos em dezembro de 2015 revisões nas políticas da empresa. Quatro comitês foram formalizados: Comitê

de Cumprimento de Normas e Ética, Comitê de Investimento, Comitê Executivo, Comitê de Planejamento

Financeiro e Estratégico, além do Comitê de Risco que já estava formalizado na Política de Risco da empresa.

Foram atualizados Código de Ética, Política de Rateio e Divisão de Ordens, Política de Gestão de Risco, Política

de Exercício de Direito de Voto, Política de Compra e Venda de Valores Mobiliários, Política de Distribuição de

Resultado, Política de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, Política de Uso de Informações Privilegiadas e foram

criadas as Políticas de Certificação, de Decisão de Investimento e Alocação de Ativos, de Gestão de Carteira

Própria, de Procedimentos Anticorrupção e de Seleção de Contrapartes. Foram também criados: Manual de

Procedimentos Operacionais, Manual de Regras, Procedimentos e Descrição dos Controles Internos e o Plano

de Continuidade de Negócio. Posteriormente foram realizadas atualizações menos relevantes que levaram à

condensação de algumas das políticas acima descritas.

3. Recursos humanos2

3.1. Descrever os recursos humanos da empresa, fornecendo as seguintes informações:

a. número de sócios

10 (dez) sócios.

b. número de empregados

7 (sete) funcionários e 2 (dois) estagiários.

2 A empresa deve informar apenas dados relativos à área envolvida na administração de carteiras de valores mobiliários, caso exerça outras atividades.

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(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

4

c. número de terceirizados

Uma empresa terceirizada, para a área de informática, com pelo menos 1 (um) funcionário alocado na Ipanema

Gestora de Recursos.

d. lista das pessoas naturais que são registradas na CVM como administradores de carteiras de

valores mobiliários e que atuem exclusivamente como prepostos, empregados ou sócios da

empresa

NOME CPF

Gerald Frank Medley 002.239.337-40

Antônio de Pádua Bittencourt Neto 914.571.577-72

Ney Villas Bôas Marinho 797.463.907-59

Theodoro Arthur da Costa Messa 019.623.307-02

Gerald Frank Medley é o diretor responsável pela atividade de administração de carteiras de valores mobiliários

perante a CVM.

Ney Villas Boas Marinho e Antonio de Pádua Bittencourt Neto solicitaram a suspensão temporária dos seus

registros como administradores de carteiras de valores mobiliários na CVM.

4. Auditores

4.1. Em relação aos auditores independentes, indicar, se houver:

Não existem auditores independentes contratados.

a. nome empresarial

b. data de contratação dos serviços

c. descrição dos serviços contratados

5. Resiliência financeira

5.1. Com base nas demonstrações financeiras, ateste:

a. se a receita em decorrência de taxas com bases fixas a que se refere o item 9.2.a é suficiente

para cobrir os custos e os investimentos da empresa com a atividade de administração de

carteira de valores mobiliários

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(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

5

Declaramos que a receita, em decorrência de taxas com bases fixas a que se refere o item 9.2.a, é suficiente

para cobrir os custos e os investimentos da empresa com a atividade de administração de carteira de valores

mobiliários.

b. se o patrimônio líquido da empresa representa mais do que 0,02% dos recursos financeiros sob

administração de que trata o item 6.3.c e mais do que R$ 300.000,00 (trezentos mil reais)

Declaramos que o patrimônio líquido da empresa representa mais do que 0,02% dos recursos financeiros sob

administração de que trata o item 6.3.c e mais do que R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

5.2. Demonstrações financeiras e relatório de que trata o § 5º do art. 1º desta Instrução3

Item Facultativo para Gestores.

6. Escopo das atividades

6.1. Descrever detalhadamente as atividades desenvolvidas pela empresa, indicando, no mínimo:

a. tipos e características dos serviços prestados (gestão discricionária, planejamento patrimonial,

controladoria, tesouraria, etc.)

A atividade desenvolvida pela empresa é a de administrador de carteiras de valores mobiliários,

exclusivamente na categoria de gestor de recursos. A empresa não atua na distribuição de valores mobiliários,

nem mesmo no caso dos fundos geridos por ela.

b. tipos e características dos produtos administrados ou geridos (fundos de investimento, fundos de

investimento em participação, fundos de investimento imobiliário, fundos de investimento em

direitos creditórios, fundos de índice, clubes de investimento, carteiras administradas, etc.)

Os produtos geridos pela empresa são fundos de investimento, predominantemente fundos de investimento

multimercados de acordo com a Instrução CVM 555. A empresa também é gestora de fundos de investimento

sediados no exterior.

c. tipos de valores mobiliários objeto de administração e gestão

3 A apresentação destas demonstrações financeiras e deste relatório é obrigatória apenas para o administrador registrado na categoria administrador fiduciário de acordo com o inciso II do § 2º do art. 1º.

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(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

6

Os fundos geridos pela empresa investem em diversos ativos e modalidades operacionais disponíveis no

mercado, incluindo ativos de renda fixa, renda variável, moedas e derivativos referenciados em ativos de

mesma natureza, tanto no Brasil como no exterior.

d. se atua na distribuição de cotas de fundos de investimento de que seja administrador ou gestor

A empresa não atua na distribuição de cotas de fundos de investimentos dos quais é gestor.

6.2. Descrever resumidamente outras atividades desenvolvidas pela empresa que não sejam de

administração de carteiras de valores mobiliários, destacando:

a. os potenciais conflitos de interesses existentes entre tais atividades; e

Não são desenvolvidas outras atividades pela empresa.

b. informações sobre as atividades exercidas por sociedades controladoras, controladas, coligadas

e sob controle comum ao administrador e os potenciais conflitos de interesses existentes entre

tais atividades.

Não existem empresas controladoras, controladas, coligadas ou sob controle comum associadas à Ipanema

Gestora de Recursos Ltda (nome fantasia: Paineiras Investimentos)

6.3. Descrever o perfil dos investidores de fundos4 e carteiras administradas geridos pela empresa,

fornecendo as seguintes informações:

a. número de investidores (total e dividido entre fundos e carteiras destinados a investidores

qualificados e não qualificados)

Nº total de investidores: 259

Nº total de investidores em fundos destinados a investidores não qualificados: 70

Nº total de investidores em fundos destinados a investidores qualificados: 189

b. número de investidores, dividido por:

i. pessoas naturais

71 pessoas naturais

4 Se for o caso, fornecer informações apenas dos investidores dos fundos feeders, e não do fundo master.

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(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

7

ii. pessoas jurídicas (não financeiras ou institucionais)

1 pessoa jurídica

iii. instituições financeiras

iv. entidades abertas de previdência complementar

v. entidades fechadas de previdência complementar

vi. regimes próprios de previdência social

vii. seguradoras

viii. sociedades de capitalização e de arrendamento mercantil

ix. clubes de investimento

x. fundos de investimento

134 fundos de investimento

xi. investidores não residentes

2 investidores não residentes

xii. outros (especificar)

51 investidores por conta e ordem

c. recursos financeiros sob administração (total e dividido entre fundos e carteiras destinados a

investidores qualificados e não qualificados)

Total: R$ 1.244.971.481,62

Total em fundos para investidores qualificados: R$ 1.149.126.390,11

Total em fundos para investidores não qualificados: R$ 95.845.091,51

d. recursos financeiros sob administração aplicados em ativos financeiros no exterior

R$ 39.377.213,66

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(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

8

e. recursos financeiros sob administração de cada um dos 10 (dez) maiores clientes (não é

necessário identificar os nomes)

Cliente1: 311.808.899,22

Cliente2: 215.308.111,70

Cliente3: 185.249.701,65

Cliente4: 31.112.196,49

Cliente5: 24.283.327,78

Cliente6: 18.773.439,55

Cliente7: 17.704.091,29

Cliente8: 17.254.248,71

Cliente9: 16.849.759,89

Cliente10: 14.662.708,14

f. recursos financeiros sob administração, dividido entre investidores:

i. pessoas naturais

R$ 142.574.540,77

ii. pessoas jurídicas (não financeiras ou institucionais)

R$ 448.695,89

iii. instituições financeiras

iv. entidades abertas de previdência complementar

v. entidades fechadas de previdência complementar

vi. regimes próprios de previdência social

vii. seguradoras

viii. sociedades de capitalização e de arrendamento mercantil

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(informações prestadas com base nas posições de 31 de dezembro)

9

ix. clubes de investimento

x. fundos de investimento

R$ 600.643.896,50

xi. investidores não residentes

R$ 497.058.600,87

xii. outros (especificar)

R$ 4.245.747,59 (conta e ordem)

6.4. Fornecer o valor dos recursos financeiros sob administração, dividido entre:

a. Ações

b. debêntures e outros títulos de renda fixa emitidos por pessoas jurídicas não financeiras

c. títulos de renda fixa emitidos por pessoas jurídicas financeiras

d. cotas de fundos de investimento em ações

e. cotas de fundos de investimento em participações

f. cotas de fundos de investimento imobiliário

g. cotas de fundos de investimento em direitos creditórios

h. cotas de fundos de investimento em renda fixa

R$ 260.334,99

i. cotas de outros fundos de investimento

j. derivativos (valor de mercado)

R$ 19.155.631,80

k. outros valores mobiliários

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10

R$ 39.377.213,66

l. títulos públicos

R$ 1.196.584.431,75

m. outros ativos

- R$ 10.406.130,58

6.5. Descrever o perfil dos gestores de recursos das carteiras de valores mobiliários nas quais o

administrador exerce atividades de administração fiduciária

Item Facultativo para Gestores

6.6. Fornecer outras informações que a empresa julgue relevantes

Não existem outras informações relevantes

7. Grupo econômico

7.1. Descrever o grupo econômico em que se insere a empresa, indicando:

a. controladores diretos e indiretos

Os controladores diretos da empresa são Ney Villas Bôas Marinho (CPF: 797.463.907-59) e Antonio de Pádua

Bittencourt Neto (CPF: 914.571.577-72) que somados possuem mais de 50% das quotas da empresa.

b. controladas e coligadas

A empresa não possui controladas e coligadas.

c. participações da empresa em sociedades do grupo

A empresa não possui participações em sociedades do grupo.

d. participações de sociedades do grupo na empresa

A empresa não faz parte de um grupo econômico.

e. sociedades sob controle comum

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Não existem outras sociedades sob controle comum.

7.2. Caso a empresa deseje, inserir organograma do grupo econômico em que se insere a empresa,

desde que compatível com as informações apresentadas no item 7.1.

A empresa não faz parte de nenhum grupo econômico.

8. Estrutura operacional e administrativa5

8.1. Descrever a estrutura administrativa da empresa, conforme estabelecido no seu contrato ou estatuto

social e regimento interno, identificando:

a. atribuições de cada órgão, comitê e departamento técnico

A empresa é administrada pelos sócios descritos no item (c) abaixo. A empresa ainda conta com 5 (cinco)

comitês descritos no item (b) abaixo e tem funcionamento operacional dividido basicamente em 5 (cinco) áreas:

Área de Gestão: integrada pelos gestores e seus auxiliares e responsável pelas decisões finais de investimento

e pela negociação dos instrumentos financeiros;

Área de Controle de Risco e Operações: integrada pelos analistas de risco e responsável pelo gerenciamento

dos investimentos e acompanhamento dos riscos dos mesmos;

Área de Cumprimento de Normas: integrada pela gerência de cumprimento de normas e responsável pela

elaboração, manutenção e cumprimento das normas, regulamentos e políticas internas da empresa;

Área de Relação com Investidores: integrada pelos colaboradores responsáveis pela comunicação com os

cotistas e distribuidores;

Área de Análise Macroeconômica: integrada pelos analistas econômicos que são responsáveis pelas análises

que fundamentam as decisões de investimento.

b. em relação aos comitês, sua composição, frequência com que são realizadas suas reuniões e a

forma como são registradas suas decisões

Comitê de Risco

Objetivos: Definição de limites e revisão de parâmetros para os cálculos de risco; revisão dos processos e

cálculos de concentração, de exposição de alavancagem e duration; revisão dos parâmetros e processos para o

cálculo de perdas máximas e para o cálculo de liquidez, todos feitos semestralmente.

5 A empresa deve informar apenas dados relativos à área envolvida na administração de carteiras de valores mobiliários, caso exerça outras atividades.

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Periodicidade: O comitê se reunirá semestralmente e extraordinariamente diante de convocação do diretor de

risco.

Registros: A reunião do comitê contará com secretário que redigirá ata a ser aprovada pelos integrantes.

Deliberações: As definições e deliberações serão sempre tomadas por unanimidade. Na inexistência de acordo

entre todos os integrantes, caberá ao diretor de risco arbitrar a decisão.

Composição: O comitê terá a presença obrigatória, no mínimo, do diretor de risco e do gerente de risco.

Gestores e analistas poderão ser convidados para a reunião do comitê.

Comitê de Investimento

Objetivos: Discussões de cenários e posições do fundo baseados em análises macroeconômicas. A partir destas

informações são discutidos possíveis investimentos;

Periodicidade: O Comitê de Investimento se reúne mediante convocação do diretor de administração de

carteiras;

Registros: Os assuntos discutidos na reunião serão registrados em atas ou eventualmente em apresentações

utilizadas durante as reuniões do comitê;

Deliberações: O comitê produz orientações sobre cenários econômicos e de mercado que deverão ser

explorados pelos gestores na gestão dos seus portfólios, tendo estes, autonomia para atuarem com liberdade

dentro dos parâmetros de risco estabelecidos;

Composição: O Comitê de Investimentos tem a presença obrigatória, no mínimo, do diretor responsável pela

administração de carteiras perante a CVM, do diretor de risco e cumprimento de regras. São membros também

todos os demais gestores e sócios com participação societária superior a 5%. Os analistas e demais

colaboradores da empresa podem ser convidados a participar da reunião do comitê.

Comitê Executivo:

Objetivos: Esse comitê se reúne para deliberar sobre a distribuição de resultados da empresa, a retenção dos

resultados distribuídos, sobre a inclusão ou saída de sócios e sobre questões estratégicas da empresa;

Periodicidade: Anualmente, ao longo do mês de agosto, mês do fechamento anual das contas da empresa. Pode

ser convocado extraordinariamente por qualquer dos membros;

Registros: Todas as distribuições e alterações de participações societárias são registradas em arquivos

eletrônicos, juntamente com os formulários individuais de auto avaliação elaborados pelos colaboradores;

Deliberações: As deliberações são tomadas por unanimidade e posteriormente comunicadas aos colaboradores

da empresa em reuniões individuais;

Composição: O Comitê Executivo é formado pelos três maiores sócios da Paineiras Investimentos.

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Comitê de Planejamento Financeiro e Estratégico:

Objetivos: Demonstração por parte dos diretores e gerentes responsáveis pela área financeira da situação

financeiro-administrativa da empresa e o seu desempenho em um determinado período, principais mudanças,

impacto de novos produtos e outros assuntos relevantes;

Periodicidade: Os comitês ocorrem de quatro em quatro meses ou sempre que for necessário por convocação

de qualquer um dos membros;

Registros: São preparadas apresentações que servem como registro do que foi discutido;

Deliberações: Quaisquer deliberações em relação à administração financeira da empresa, tais como cortes de

custos, novos investimentos e novas contratações, serão tomadas por maioria simples dos sócios presentes

com representação proporcional à participação societária;

Composição: O comitê é composto por todos os sócios da empresa.

Comitê de Cumprimento de Normas e Ética:

Objetivos: Elaboração, manutenção e adequação das normas descritas no Manual de Regras, Procedimentos e

Descrição dos Controles Internos, no Código de Ética e de todas as políticas desenvolvidas pela empresa; análise

de casos e definição das ações a serem tomadas; esclarecimentos de dúvidas; avaliação do Relatório Anual de

Cumprimento de normas (Art. 22 da ICVM 558);

Periodicidade: Anual – na época da emissão do Relatório Anual de Conformidade e sempre que for necessário;

Registros: Os assuntos discutidos na reunião serão registrados em atas;

Deliberações: As decisões serão tomadas por unanimidade;

Composição: O Comitê de Cumprimento de Normas e Ética é composto pelos diretores estatutários da empresa

(incluindo o responsável pelo cumprimento de normas) e a gerência responsável pela área de cumprimento de

normas.

c. em relação aos membros da diretoria, suas atribuições e poderes individuais

A administração da empresa é desempenhada pelos sócios Theodoro Arthur da Costa Messa, Gerald Frank

Medley e Andrea Varella, designados diretores da empresa. São conferidos a eles todos os poderes necessários

para a gestão dos negócios da sociedade, podendo em conjunto (no mínimo dois diretores) representar a

sociedade e praticar todo e qualquer ato de gestão que seja de interesse da sociedade.

8.2. Caso a empresa deseje, inserir organograma da estrutura administrativa da empresa, desde que

compatível com as informações apresentadas no item 8.1.

Não é necessário inserir o organograma da estrutura administrativa da empresa.

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8.3. Em relação a cada um dos diretores de que tratam os itens 8.4, 8.5, 8.6 e 8.7 e dos membros de

comitês da empresa relevantes para a atividade de administração de carteiras de valores mobiliários,

indicar, em forma de tabela:

Tabela abaixo.

a. nome

b. idade

c. profissão

d. CPF ou número do passaporte

e. cargo ocupado

f. data da posse

g. prazo do mandato

h. outros cargos ou funções exercidos na empresa

Nome Idade Profissão CPF Cargo Dt. Posse Prazo mandato Outros cargos

Gerald Frank Medley 49 anos

Economista 002.239.337-40

Gestor

Diretor Estatutário e de Adm de Carteiras

30/09/2009 27/11/2015

Indeterminado

Membro dos Comitês de Investimento e de Cumprimento de Normas e Ética

Theodoro Arthur da Costa Messa

46 anos

Economista 019.623.307-02

Diretor Estatutário Diretor de Cumprimento de Regras e de Risco

18/09/2007 27/11/2015

Indeterminado

Membro dos Comitês de Investimento, de Cumprimento de Normas e Ética, Executivo e de Risco

Antonio de Pádua Bittencourt Neto

49 anos

Economista 914.571.577-72

Membro do Comitê de Investimento

24/04/2007 Indeterminado Membro do Comitê Executivo

Ney Villas Bôas Marinho

52 anos

Economista 797.463.907-59

Membro do Comitê de Investimento

24/04/2007 Indeterminado Membro do Comitê Executivo

José Carlos dos Reis Carvalho

49 anos

Economista 980.034.027-00

Membro do Comitê de Investimento

15/03/2017 Indeterminado

David Vaisberg Cohen 33 anos

Engenheiro 107.382.207-95

Gestor 15/12/2010 Indeterminado Membro do Comitê de Investimento

ANEXO 15-II da IPANEMA GESTORA DE RECURSOS LTDA. CNPJ: 08.585.207/0001-87

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Carlos Augusto de Lima Resende

30 anos

Engenheiro Eletricista

126.840.087-44

Gestor 04/12/2014 Indeterminado Membro Comitê de Investimento

Bernardo Lins de Albuquerque Compagnoni

35 anos

Engenheiro 100.306.677-12

Gerente de Risco

18/09/2007 Indeterminado Membro Comitê de Risco

Andrea Varella 50 anos

Administradora 902.944.597-15

Diretor Estatutário

27/11/2015 Indeterminado Membro do Comitê de Cumprimento de Normas e Ética

Gabriel Rapozo Marotti

30 anos

Administrador 059.353.887-07

Membro do Comitê de Cumprimento de Normas e Ética

01/08/2017 Indeterminado Membro do Comitê de Cumprimento de Normas e Ética

8.4. Em relação aos diretores responsáveis pela administração de carteiras de valores mobiliários,

fornecer:

O diretor responsável pela administração de carteiras de valores mobiliários é Gerald Frank Medley (CPF:

002.239.337-40)

a. currículo, contendo as seguintes informações:

i. cursos concluídos;

Graduação em Economia - PUC-RJ

ii. aprovação em exame de certificação profissional

Tem isenção do exame de certificação CGA e é pessoa física autorizada pela CVM para exercer a atividade de

administração de carteira de valores mobiliários.

iii. principais experiências profissionais durante os últimos 5 anos, indicando:

• nome da empresa

IPANEMA GESTORA DE RECURSOS LTDA, nome fantasia PAINEIRAS INVESTIMENTOS.

• cargo e funções inerentes ao cargo

Sócio e diretor estatutário;

Diretor responsável pela administração de carteiras de valores mobiliários da empresa desde novembro de

2015;

Gestor de Recursos responsável diretamente pelas decisões finais de investimento e pela negociação dos

instrumentos financeiros de parte dos portfólios desde setembro de 2009.

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É também membro do Comitê de Investimento.

• atividade principal da empresa na qual tais experiências ocorreram

Administração de carteiras de títulos e valores mobiliários.

• datas de entrada e saída do cargo

Data de entrada como sócio e gestor de recursos na empresa: 09/2009

Data de entrada como diretor responsável pela administração de carteiras de valores mobiliários: 11/2015

8.5. Em relação ao diretor responsável pela implementação e cumprimento de regras, políticas,

procedimentos e controles internos e desta Instrução, fornecer:

O Diretor responsável pela implementação e cumprimento de regras, políticas, procedimentos e controles

internos e desta Instrução é Theodoro Arthur da Costa Messa (CPF: 019.623.307-02).

a. currículo, contendo as seguintes informações:

i. cursos concluídos;

Graduação em Economia - PUC-RJ

ii. aprovação em exame de certificação profissional (opcional)

Possui Designação CFA, tem isenção do exame de certificação CGA e é pessoa física autorizada pela CVM para

exercer a atividade de administração de carteira de valores mobiliários.

iii. principais experiências profissionais durante os últimos 5 anos, indicando:

• nome da empresa

IPANEMA GESTORA DE RECURSOS LTDA, nome fantasia PAINEIRAS INVESTIMENTOS.

• cargo e funções inerentes ao cargo

Sócio e diretor estatutário;

Diretor responsável pelo cumprimento de regras, políticas, procedimentos e controles internos e da Instrução

CVM 558 onde se destaca a supervisão da elaboração, manutenção e cumprimento das normas, regulamentos

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e políticas internas da empresa, e a responsabilidade pelo desenvolvimento de projetos de melhoria contínua

e adequação às normas técnicas;

Diretor responsável pela gestão de risco e controles operacionais desde a fundação da empresa em 2007;

É também membro dos seguintes comitês na empresa: Comitê de Risco, Comitê de Investimento, Comitê

Executivo, Comitê de Planejamento Financeiro e Estratégico, Comitê de Cumprimento de Normas e Ética.

• atividade principal da empresa na qual tais experiências ocorreram

Administração de carteiras de títulos e valores mobiliários.

• datas de entrada e saída do cargo

Data de entrada como sócio e diretor responsável pela gestão de riscos da empresa: 07/2007

Data de entrada como diretor responsável pelo cumprimento de regras da empresa: 11/2015

8.6. Em relação ao diretor responsável pela gestão de risco, caso não seja a mesma pessoa indicada

no item anterior, fornecer:

O Diretor responsável pela gestão de risco é a mesma pessoa indicada no item 8.5

a. currículo, contendo as seguintes informações:

i. cursos concluídos;

ii. aprovação em exame de certificação profissional

iii. principais experiências profissionais durante os últimos 5 anos, indicando:

• nome da empresa

• cargo e funções inerentes ao cargo

• atividade principal da empresa na qual tais experiências ocorreram

• datas de entrada e saída do cargo

8.7. Em relação ao diretor responsável pela atividade de distribuição de cotas de fundos de

investimento, caso não seja a mesma pessoa indicada no item 8.4, fornecer:

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A Paineiras Investimentos atua como gestora e não distribui cotas de fundos de investimento.

a. currículo, contendo as seguintes informações:

i. cursos concluídos;

ii. aprovação em exame de certificação profissional

iii. principais experiências profissionais durante os últimos 5 anos, indicando:

• nome da empresa

• cargo e funções inerentes ao cargo

• atividade principal da empresa na qual tais experiências ocorreram

• datas de entrada e saída do cargo

8.8. Fornecer informações sobre a estrutura mantida para a gestão de recursos, incluindo:

a. quantidade de profissionais

7 (sete) profissionais incluindo os gestores e analistas econômicos, e um Comitê de Investimento composto no

mínimo por 6 (seis) profissionais.

b. natureza das atividades desenvolvidas pelos seus integrantes

Os gestores são responsáveis pelas decisões finais de investimento e pela negociação dos instrumentos

financeiros e os analistas econômicos são responsáveis pelas análises que fundamentam as decisões de

investimento elaboradas através de relatórios e apresentações. O Comitê de Investimento produz orientações

sobre cenários econômicos e de mercado que deverão ser explorados pelos gestores na gestão dos portfolios.

c. os sistemas de informação, as rotinas e os procedimentos envolvidos

O processo de investimento realizado através do Comitê de Investimentos, segue os seguintes passos:

a) Construção de cenários a partir da análise macroeconômica:

Análise das principais variáveis econômicas, políticas e de fluxo, local e internacional. Procedemos então com a definição dos principais temas de investimento.

b) Identificação dos ativos que vão melhor expressar o cenário macro:

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Identificação das principais tendências e oportunidades de investimento, incluindo a análise dos agregados financeiros, como estoque de títulos e posições em aberto nos mercados derivativos. Procuramos identificar quais os preços que estão “fora do lugar”.

c) Implementação, operacionalização de estratégias e construção de carteiras:

Os gestores discutem e decidem sobre o momento de inclusão dos ativos e o dimensionamento das posições que devem seguir as orientações do Comitê.

d) Monitoramento:

As posições são monitoradas não só pela área de controle de risco como pelos próprios gestores e analistas que

fazem reavaliações constantes dos cenários e da dinâmica dos preços dos ativos.

Existem, contudo, situações específicas, dentre elas, operações que envolvam risco de crédito ou utilização

significativa de caixa com ou sem alavancagem. As eventuais operações citadas anteriormente deverão ser

aprovadas pelo Diretor de Risco e Cumprimento de Regras. No caso de operações que envolvam risco de crédito

privado, estas precisam ser aprovadas a partir de relatórios de análises elaborados individualmente para cada

caso, que deverão atender pelo menos aos seguintes critérios:

a) Compatibilidade da operação com a política de investimento do fundo e as restrições regulatórias em questão;

b) Verificação de classificação de risco feita por agência especializada; c) Segurança de que teremos acesso as informações relevantes à análise do crédito não só no momento

da compra como ao longo do prazo da operação; d) Em relação ao emissor ou garantidores, a análise deverá contemplar:

a. Situação econômico-financeira

b. Grau de endividamento

c. Capacidade de geração de resultados

d. Fluxo de caixa

e. Administração e qualidade de controles

f. Reputação

g. Situação setorial

h. Situação dos controladores e processo de governança

e) Em relação à emissão, a análise deverá contemplar: a. Tipo de instrumento

b. Prazo

c. Valor

d. Covenants

e. No caso de ativos securitizados:

i. Segregação do originador

ii. Indicadores de cobertura (sobrecolateralização)

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iii. Histórico de inadimplemento dos créditos

f) Em relação a derivativos de crédito de risco soberano a. Indicadores macroeconômicos relacionados à solvência para diferentes prazos

A operação quando aprovada pelo Diretor estará sujeita a um limite financeiro e uma faixa de participação no

patrimônio das carteiras que será acompanhado diariamente.

Os sistemas de informação utilizados no processo são: Bloomberg, Reuters, Agência Estado, FGV e Macrodados.

8.9. Fornecer informações sobre a estrutura mantida para a verificação do permanente atendimento às

normas legais e regulamentares aplicáveis à atividade e para a fiscalização dos serviços prestados pelos

terceiros contratados, incluindo:

a. quantidade de profissionais

2 (dois) profissionais e um Comitê de Cumprimento de Normas e Ética formado por quatro (4) profissionais.

b. natureza das atividades desenvolvidas pelos seus integrantes

As responsabilidades e atividades desenvolvidas pela área de Cumprimento de Normas são:

- Apresentar o Código de Ética e demais normas e políticas da empresa no momento da contratação de novos

colaboradores e recolher as assinaturas nos Termos de Adesão;

- Monitoramento e avaliação da eficácia operacional dos controles internos implementados, através da

fiscalização e acompanhamento periódico das atividades realizadas na empresa;

- Assegurar o cumprimento das normas descritas nas políticas da empresa;

- Monitoramento, junto ao(s) responsável(is) por TI, das medidas adotadas na Área de Segurança da

Informação;

- Desenvolver projetos de melhoria contínua e adequação às normas técnicas;

- Manter e atualizar anualmente todas as políticas e manuais.

c. os sistemas de informação, as rotinas e os procedimentos envolvidos

Dentre as rotinas e procedimentos desempenhados pela área destacamos:

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Procedimento de Aderência dos Sócios e Funcionários ao Manual de Regras, Procedimentos e Descrição dos

Controles Internos, Código de Ética e demais Políticas

Ao ser contratado um funcionário/estagiário, ou no momento de entrada de um novo sócio na empresa, este

receberá cópia e assinará termo de adesão aos seguintes documentos: Manual de Regras, Procedimentos e

Descrição dos Controles Internos, Código de Ética, Política de Negociação de Valores Mobiliários, Plano de

Continuidade de Negócios, Política de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, Política de Procedimentos

Anticorrupção, Política de Certificação. Cópias dos documentos ficam disponíveis na rede da empresa, com

acesso a todos os sócios e funcionários.

Caso seja feita alguma alteração/atualização relevante nos documentos acima, um novo termo de adesão

deverá ser assinado pelo funcionário ou sócio.

Ao assinar o termo de adesão estarão todos cientes e comprometidos com as regras e princípios que regem a

Paineiras Investimentos. Assim sendo qualquer transgressão destas será considerada infração contratual e as

ações a serem tomadas serão decididas pelo Comitê de Cumprimento de Normas. Cabe destacar que os

profissionais terceirizados que possuem acesso as informações reservadas ou privilegiadas, também devem

assinar ao termo de adesão supracitado.

Procedimento de Tratamento de Exceções e Violações

Exceções -

Ao ler o Manual de Ética e as políticas da empresa, o colaborador terá pleno conhecimento dos princípios éticos

e das regras que regem a Paineiras Investimentos. Se em algum momento existir a necessidade de aprovação

de alguma exceção em qualquer das normas citadas acima, essa exceção deverá ser endereçada ao Diretor de

Cumprimento de Regras, Políticas, Procedimentos e Controles Internos e da ICVM558 e será julgada pelo

Comitê de Cumprimento de Normas e Ética.

Comunicação e Tratamento de Violações -

Através do Código de Ética, Manual de Cumprimentos de Normas e demais políticas existentes da Paineiras

Investimentos, todos os seus colaboradores tomam ciência dos princípios éticos e das regras que regem a

empresa. Dessa forma fica determinado que qualquer violação ou indício de violação de legislação ou políticas

da empresa, deve ser comunicada imediatamente ao Diretor de Cumprimento de Regras, Políticas,

Procedimentos e Controles Internos e da ICVM558. O episódio será avaliado pelo Comitê de Cumprimento de

Normas e Ética e resultará em ações internas visando à resolução do problema.

No caso de violações das normas e regulamentações sujeitas à fiscalização da CVM, a Paineiras Investimentos,

através do seu Diretor de Cumprimento de Regras, Políticas, Procedimentos e Controles Internos e da ICVM558,

no exercício de suas atribuições deverá informar a CVM no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis da ocorrência

ou identificação da violação.

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É importante ressaltar que os integrantes do Comitê de Investimentos e os colaboradores que tomam decisões

relativas à gestão de recursos têm o dever de reportar a ocorrência ou indício de violações, principalmente,

mas não se limitando a atos ilícitos tais como: manipulação de preços, operação fraudulenta, prática não

equitativa e uso de informações privilegiadas. E que após a comunicação ao Diretor de Cumprimento de Regras,

Políticas, Procedimentos e Controles Internos e da ICVM558 e ao Comitê de Cumprimento de Normas, os

colaboradores que identificaram a ocorrência, como também responsáveis perante a ICVM558, devem

acompanhar o andamento e consequências dessa comunicação a fim de assegurarem o cumprimento do prazo

de comunicação à CVM.

O não cumprimento das normas do presente Manual e do Manual de Ética, ou ainda o exercício de conduta

inapropriada, será julgado pelo Comitê de Cumprimento de Normas e Ética e resultará em ações internas ao

infrator, que poderão ir desde uma simples advertência até o seu desligamento da empresa.

Política de Treinamento

1) Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLDFT):

No treinamento de PLDFT, são apresentados a Política da Paineiras Investimentos de PLDFT e os principais

pontos da Lei 9.613/98 e tem a finalidade de estabelecer um canal informativo aos seus funcionários,

capacitando-os quanto ao entendimento e alinhamento com a cultura e política interna relativas à PLDFT, como

também quanto à atualização sobre os aspectos relevantes da regulamentação brasileira pertinente ao assunto

e sobre as melhores práticas adotadas no mercado internacional.

2) Confidencialidade:

O treinamento sobre confidencialidade deve englobar a importância da confidencialidade das informações

trabalhadas por todos os colaboradores da empresa, sejam elas no meio digital ou não, e reforçar o

compromisso do cumprimento das normas estabelecidas no Código de Ética da Paineiras Investimentos.

3) Anticorrupção:

Devem ser apresentados os principais pontos da Lei 12.846, os procedimentos internos de combate à corrupção

e estratégias para identificação de situações de risco, além de um canal de denúncia junto à área de

cumprimento de normas.

Regras e Procedimentos para Administração de Conflitos de Interesse

Conflitos de interesse, potenciais ou efetivos em decorrência de investimentos, participações ou qualquer

atividade desempenhada fora da empresa, detidos por qualquer colaborador, deverão ser evitados ou

comunicados ao Diretor de Cumprimento de Regras para avaliação.

Conflitos de interesse reais e potenciais podem ocorrer envolvendo os colaboradores da empresa, clientes,

fornecedores e a própria empresa. Identificar evitar ou administrar tais conflitos é crucial para o bom

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funcionamento da empresa. No nosso entendimento, o alinhamento de interesses entre colaboradores e

clientes é condição fundamental para o sucesso da empresa. Não podemos deixar que os gestores, uma vez

que possuam autonomia na gestão das carteiras e recebam, ainda que indiretamente, taxas de performance

sobre os recursos geridos, tenham incentivos a correrem mais riscos do que seria adequado.

Alinhamento de interesses entre sócios e clientes –

O alinhamento de interesses entre sócios e clientes está intimamente ligado ao motivo da criação da empresa,

que surgiu com o objetivo de oferecer a clientes o mesmo tipo de gestão que era feito com os recursos próprios

dos sócios. Há um acordo societário onde os sócios devem obrigatoriamente estar investidos nos mesmos

fundos e estratégias de investimento que os clientes, de acordo com regras pré-estabelecidas. Basicamente,

todos os sócios devem possuir investimentos nos fundos da empresa em montante que seja proporcional à sua

participação societária na empresa de gestão e com condições de liquidez mais restritas do que as oferecidas

aos clientes. Dessa forma, quanto maior a participação acionária do sócio na empresa, maior deve ser seu

volume de investimentos pessoais nos fundos da empresa. Nos casos onde o sócio não possua recursos

suficientes para fazer frente à essa obrigação, ele deverá obrigatoriamente reinvestir parcela pré-definida da

remuneração e dividendos recebidos da empresa nos fundos, até que cumpra com sua obrigação de

alinhamento de interesses.

Com esta regra, buscamos minimizar qualquer potencial conflito entre clientes e tomadores de decisão, pois

estes últimos possuem investimentos idênticos aos dos clientes e, em proporção de seu capital financeiro,

provavelmente muito superior ao dos clientes. O dever fiduciário de preservação de capital do cliente é

incentivado pela preservação de capital do próprio gestor.

Administração dos conflitos de interesse –

Regras específicas para compra e venda de valores mobiliários e para recebimento de presentes estão descritas

em políticas próprias (além do próprio Código de Ética) e servem para orientar na identificação e mitigação de

potenciais conflitos.

Contudo, quaisquer conflitos de interesse, sejam decorrentes de investimentos pessoais, benefícios recebidos,

atividades fora da empresa ou qualquer outro assunto que possa afetar a independência e objetividade, ou

interferir com os deveres fiduciários para com os clientes, deverão imediatamente ser comunicados com clareza

e detalhes ao Diretor de Cumprimento de Regras, que poderá levar o assunto ao Comitê de Cumprimento de

Normas e Ética para deliberação de medidas mitigatórias ou de transparência.

Política de Segregação de Atividades

Pelo foco da empresa ser exclusivo na gestão de recursos, sem atuação em outras atividades não há

necessidade de segregação física entre os colaboradores da empresa, com exceção da área que contém os

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servidores e equipamentos de telecomunicações, que fica em ambiente separado com acesso monitorado por

câmeras.

Política de Segurança e Sigilo das Informações

Confidencialidade -

Faz parte da política da empresa exigir que todos os colaboradores, inclusive terceirizados, mantenham a total

confidencialidade das informações dos clientes (inclusive clientes indiretos, ou seja, os cotistas dos fundos

geridos pela empresa) com as seguintes exceções: informações que digam respeito a atividades ilegais,

informações cuja divulgação seja obrigatória por Lei ou informações cuja divulgação seja autorizada pelo

cliente.

Também se exige confidencialidade com relação a quaisquer informações relativas aos investimentos ou

análises sobre os mesmos dos fundos geridos pela empresa a que tiverem acesso, que tenham obtido ou

tomado conhecimento em função das atividades que desempenham ou desempenharam na Paineiras

Investimentos.

A empresa busca proteger as informações sobre os clientes diretos e aqueles que são cotistas dos fundos

geridos, porém não distribuídos pela empresa. Estão incluídas as informações obtidas ou não através destes,

incluindo não só os atuais, mas também aqueles prospectivos e os que já encerram seu relacionamento com a

empresa (ou fundos geridos pela empresa).

Informação eletrônica e Segurança de Informação -

Embora seja permitido o uso de comunicação digital pelos colaboradores da empresa, inclusive redes sociais,

sobretudo pela facilidade que hoje representam no acesso a informações relevantes para a gestão das carteiras,

os colaboradores devem ter domínio sobre os aspectos de segurança de suas estações e dispositivos e devem

empregar todo o cuidado possível para evitar vazamentos acidentais de informações. A empresa possui

procedimentos rotineiros de segurança e realiza treinamentos sobre confidencialidade e segurança das

informações.

Contudo, a maneira mais simples, conservadora e eficaz de se proteger as informações digitais é o

estabelecimento de controle de acesso às pastas e arquivos de tal sorte que as informações mais sigilosas,

sobretudo aquelas referentes aos clientes, sejam acessadas somente por um grupo restrito de colaboradores

autorizados. Cabe pontuar que, por não desempenharmos a atividade de distribuição de cotas de fundos de

investimento, inclusive dos fundos que gerimos, temos um contato limitado com as informações referentes aos

clientes dos fundos geridos.

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A Paineiras Investimentos entende que deve garantir que as informações geradas, armazenadas, processadas

e disponibilizadas pela empresa sejam confiáveis e seguras. Para que isso ocorra são adotadas as regras

descritas abaixo:

a) Regras de controle de acesso a informações

a. Acessos a servidores, máquinas, diretórios de trabalho, são controlados por logins individuais;

b. Todos os controles e regras de acesso permitido são guardados num arquivo em Excel e

somente têm acesso a esse arquivo as pessoas da Área de Cumprimento de Normas;

c. Nesse arquivo são listados todos os diretórios existentes, os grupos de trabalho que têm acesso

a cada diretório e as pessoas que fazem parte de cada grupo;

d. O controle de acesso garante a segregação das informações;

e. São feitos testes de permissão de acesso para todos os usuários a fim de garantir que a regras

estabelecidas sejam cumpridas;

f. Alterações, inclusões e exclusões são feitas da seguinte forma:

g. A solicitação é feita ao Diretor de Cumprimento de Regras, Políticas, Procedimentos e Controles

internos e da ICVM558 e se este estiver de acordo, é feita a alteração do arquivo de regra de

permissão de acesso e enviado por e-mail ao setor de suporte, que por sua vez faz as alterações

contidas no arquivo e e-mail enviados.

b) Utilização de senhas de acesso

Além dos procedimentos descritos, todos os arquivos importantes e confidenciais são bloqueados por senhas

de acesso nos próprios arquivos. Este procedimento é realizado pelo próprio colaborador usuário.

c) Segurança física e do ambiente

A empresa possui acesso físico controlado por seguranças 24 horas por dia com monitoramento por câmeras

com gravação de imagens e controle de acesso com identificação individual. Todos os acessos à empresa são

registrados e guardados.

d) Armazenamento e recuperação de dados

O Plano de Contingência e Continuidade de negócios descreve em detalhes o parque tecnológico, os

mecanismos de armazenamento e recuperação de dados e arquivos da empresa, incluindo os mecanismos de

armazenamento externos e em nuvem, bem como os procedimentos adotados na gestão de incidentes.

e) Tratativa em casos de vazamentos de informações confidenciais

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Nos casos de vazamento de informações consideradas confidenciais, ainda que ocorridos como consequência

de ações involuntárias, o Comitê de Cumprimento de Normas e Ética deverá se reunir e avaliar os

procedimentos mais adequados, incluindo a possibilidade de comunicação a reguladores bem como parceiros

e clientes afetados.

Política de Uso de Informações Privilegiadas

Os colaboradores da empresa que tenham posse de informações que sejam simultaneamente materiais e não

públicas e que possam afetar o valor dos investimentos deverão manter confidencialidade em relação a elas e

não poderão agir ou influenciar outros a agirem com base nestas informações.

a) Conceito de informação “material”

Uma informação e considerada material se sua divulgação provavelmente teria um impacto no preço de algum

ativo ou instrumento financeiro ou mesmo se investidores razoáveis gostariam de ter acesso a esta informação

antes de tomar decisões de investimento. A especificidade, substância e a confiabilidade da sua fonte são

fatores determinantes para a caracterização de uma informação como material. Por outro lado, a passagem do

tempo pode tornar uma informação que originariamente era considerada material em imaterial.

b) Conceito de informação “não pública”

Uma informação é considerada não pública até que seja disseminada ou esteja disponível para o mercado em

geral (em oposição a um seleto grupo de investidores). Logo, especial atenção deve ser dada a informações que

são abertas a pequenos grupos de investidores e que são consideradas não-públicas até que se tornem

disponíveis ao público do mercado em geral.

Teoria do Mosaico –

Os colaboradores da empresa, em especial os gestores, podem usar combinações de informações que sejam

públicas com outras que sejam não públicas, porém não materiais, para chegar a conclusões que tenham

caráter não público e material.

Particularidades do foco da empresa –

A Paineiras Investimento tem seu foco em investimentos a partir de análises macroeconômicas e expressa suas

convicções usualmente através de operações nos mercados de títulos públicos e derivativos de renda fixa e

câmbio. Como não investimos em ações ou títulos de dívidas de empresas estamos muito menos sujeitos a

possibilidade de usar informações materiais e não-públicas. Estas normalmente estão relacionadas a aspectos

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corporativos, como resultados e projetos de empresas, e muito raramente estão associadas aos mercados

influenciados primordialmente por fatores macroeconômicos como os de taxas de juros e de câmbio.

Comunicação Interna -

Independentemente da vedação na utilização de informações materiais e não-públicas e, sobretudo quando

houver dúvidas em relação a natureza de informações obtidas, os colaboradores da empresa deverão informar

ao Diretor de Cumprimento de Normas sobre a posse de tais informações.

Política de Segurança Cibernética

A seguir descrevemos o programa desenvolvido pela empresa com o objetivo de prevenir as ameaças

cibernéticas. É importante ressaltar que os controles e procedimentos descritos nesta política são

complementares aos apresentados na Política de Segurança e Sigilo da Informação, assim como do Plano de

Contingência de Negócios. Estes são os três pilares que compõe o funcionamento operacional da empresa.

1- Foi elaborada uma matriz onde identificamos os principais riscos internos e externos, os ativos de hardware e software, assim como dos dados e processos que necessitam de proteção. Através deste mapeamento, é realizada uma avaliação dos potenciais riscos identificados e os seus possíveis impactos, sejam eles financeiros, operacionais ou reputacionais;

2- Após elaborar a matriz descrita no item anterior, são estabelecidas as medidas de prevenção com objetivo de mitigar a ocorrência de ataques através dos riscos identificados. Tais medidas podem vir pela aquisição de novos equipamentos e softwares, ou pela implementação de novas rotinas e controles internos. Citamos a seguir algumas medidas adotadas:

a. Alteração de Login

Foi estabelecida a troca da senha de acesso aos computadores individuais dos colaboradores, abrangendo sua periodicidade e complexidade.

b. Firewall A empresa conta com Firewall Fortigate 60E, que faz controle de acesso à Internet através de perfis UTM avançados, acesso por VPN e balanceamento de links de internet.

c. Sistema Antivírus O Antivírus utilizado é o McAfee, realiza varredura ativa a fim de identificar e prevenir o acesso de elementos estranhos na rede da empresa.

3- Com o intuito de monitorar as ações de prevenção, e detectar possíveis irregularidades no

ambiente cibernético, a empresa conta com algumas atividades e controles internos que buscam

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assegurar o ambiente de rede seguro que se é esperado. Dentre os mecanismos de prevenção e monitoramento implementados, cabe destacar:

a. Inventário de ativos

É realizado inventário anual de hardware e software, sendo possível identificar computadores não autorizados ou softwares não licenciados.

b. Monitoramento dos Controles Internos

O Gerente de Área de Cumprimento de Normas é o responsável pelo monitoramento da execução dos controles internos, acompanhando os resultados e a necessidade de novos planos de ação;

4- Ao detectar qualquer tipo de ameaça, esta deve ser levada ao conhecimento da Área de Cumprimento de Normas, que junto com o Gerente de Risco e o funcionário de Tecnologia da Informação, compõem o grupo responsável pela segurança cibernética da empresa. Após as devidas tratativas, os responsáveis se reúnem com objetivo de desenhar os planos de ação que devem ser implementados. As ameaças são classificadas de acordo com os riscos que apresentarem, pois podem exigir soluções simples ou mais complexas, a depender do impacto que podem causar para a empresa.

Anualmente, a política de segurança cibernética é revisada pelos membros do respectivo Comitê. São

reavaliados os riscos estabelecidos, os planos de ação desenhados, assim como da eficácia do monitoramento

realizado ao longo do período. Os membros expõem também os conhecimentos obtidos sobre novas ameaças,

a fim de debater sobre possíveis novos procedimentos ou controles à serem implementados.

Procedimento de Testes Periódicos

São feitos alguns testes de aderência, em periodicidades diversas, são eles:

1) Testes de vulnerabilidade e segurança cibernética;

2) Testes dos controles de acesso;

3) Testes do Plano de Continuidade de negócios;

4) Teste de Backup de Arquivos; 5) Teste dos procedimentos de divisão de ordens; 6) Teste de Soft-Dollar; 7) Teste de Contraparte.

d. a forma como a empresa garante a independência do trabalho executado pelo setor

A garantia da independência do trabalho executado pelo setor se dá principalmente pelo fato do diretor de

cumprimento de regras, políticas, procedimentos e controles internos e da ICVM558 ser um dos três diretores

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responsáveis pela administração da empresa, não estar subordinado a nenhum outro diretor e ter suas

responsabilidades estabelecidas em políticas internas que contam com anuência de todos os demais sócios e

colaboradores da empresa.

8.10. Fornecer informações sobre a estrutura mantida para a gestão de riscos, incluindo:

a. quantidade de profissionais

A empresa conta com 3 (três) profissionais nessa área e um Comitê de Risco formado no mínimo por 2 (dois)

profissionais.

b. natureza das atividades desenvolvidas pelos seus integrantes

As atividades desenvolvidas pelo Comitê de Risco são:

- Definição de limites e revisão de parâmetros para os cálculos de risco (tanto dos parâmetros de oscilação para

fatores de risco de mercado, como dos parâmetros dos cálculos de risco de liquidez);

- Análise, ratificação ou alteração dos limites de concentração em vigor nos regulamentos dos fundos;

- Quando for caso, análise e aprovação de relatório de análise de crédito;

- Análise e possível alteração dos processos de gerenciamento dos riscos aos quais os fundos estão sujeitos;

Além disso, os integrantes das áreas de risco desenvolvem as seguintes atividades:

Estimação de perda máxima através de simulação de cenários de estresse, cálculos de parâmetros de liquidez

das carteiras e disponibilização em sistemas internos e relatórios impressos dos resultados dos cálculos, das

tabelas com estatísticas de liquidez, exposição nocional dos instrumentos, concentração e participação dos

ativos nas carteiras dos fundos.

c. os sistemas de informação, as rotinas e os procedimentos envolvidos

1) Riscos Analisados

São seis os principais tipos de riscos analisados: Risco de Oscilação de Preços, Risco de Concentração, Risco de

Alavancagem, Risco de Crédito e de Contraparte, Risco de Liquidez e Riscos Operacionais.

2) Processos

2.1 Risco de Oscilação de Preços (Risco de Mercado)

2.1.1) Processo de Identificação e Acompanhamento de Exposição

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Estimação de perda em cenários de estresse –

A construção dos cenários de perda máxima não parte de uma análise macroeconômica. Após a

determinação dos parâmetros de oscilação individuais para cada fator de risco, é construído um cenário

que consolida as piores situações para o fundo de maneira independente para cada fator. A perda

máxima diante deste cenário deve respeitar os limites de cada fundo.

i. São estabelecidos limites para os seguintes parâmetros:

Juros Pré fixados (até 3 meses): movimentos paralelos

Juros Pré fixados (de 3 a 12 meses): movimentos paralelos

Juros Pré fixados (acima de 12 meses): movimentos paralelos

Juros Pós Fixados: movimentos paralelos

Índices de ações locais

Índices de ações internacionais

Dólar

Cupom Cambial

Euro/Dólar

Dólar Australiano/Dólar

Dólar Canadense/Dólar

Yen

US Treasuries e renda fixa internacional

Petróleo

Ouro

Volatilidade de Dólar

Volatilidade de Índices de ações

ii. Processo de simulação de cenários

Realiza-se um processo de varredura entre valores máximos e mínimos dos parâmetros de estresse, em

função da possibilidade de utilização de ativos não lineares. Simula-se a perda desde o valor mínimo do

parâmetro de estresse aumentando de 0,5% em 0,5% até o valor máximo. Armazena-se o valor entre o

mínimo e o máximo que proporciona a maior perda passando em seguida para a categoria de ativo

seguinte até obter os piores cenários para todas as categorias. Impõe-se algumas restrições ao algoritmo

para evitar inconsistências (tais como Juros Pré-fixados subindo 1,5% e simultaneamente Juros Pós-

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fixados caindo 1%). Além disso, independente da varredura, podemos estimar a qualquer momento os

resultados para cenários que combinem de forma determinada alguns parâmetros de estresse. Com isso,

obtemos não só o resultado estimado de maior perda para o fundo, como os resultados estimados para

alguns cenários considerados relevantes para os gestores.

iii. Enquadramento dentro de limites de perda máxima

Os fundos podem ser divididos em sub-carteiras. Todos esses portfolios individualmente e,

consequentemente os fundos em suas totalidades, devem respeitar os limites de perda máxima definidos

em reunião do Comitê de Risco. Dessa forma, os gestores não podem construir portfolios para os quais

as perdas máximas estimadas sejam superiores ao limite.

iv. Reenquadramento

Na ocorrência de um desenquadramento dos limites de risco, os gestores são alertados pela Área de Risco

e devem providenciar o reenquadramento imediato das posições. Em situações extremas, o próprio

diretor de risco pode executar operações com o objetivo de redução de exposição, uma vez que consta

na lista de pessoas autorizadas e emitir ordens junto às corretoras.

Estimação de perda máxima por outras metodologias – O administrador fiduciário (INTRAG) realiza e nos

fornece as estimativas de VaR por metodologia Riskmetrics, assumindo posições delta-normais.

2.1.2) Estrutura e Ferramentas Utilizadas

Sistema de cálculo de perdas máximas desenvolvido internamente em plataforma .NET e SQL

disponível a todos gestores e integrantes das áreas de controle. As cotações necessárias são obtidas

em diversos sites de bolsas de negociação e provedores de dados financeiros e alimentadas de

forma automatizada.

2.1.3) Fluxo de informações

As informações referentes à exposição de risco a oscilação de preços de todos os fundos são

calculadas e analisadas diariamente pela área de controle de risco (incluindo o gerente da área). Os

relatórios de exposição de risco estão disponíveis para os gestores e demais diretores em sistemas

internos (para consulta a qualquer momento) ou em relatórios impressos preparados diariamente

pela Área de Risco para os fundos Hedge Master e Hedge Master II e mensalmente para os demais

fundos.

2.1.4) Revisão de Parâmetros e Processos

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Os parâmetros e processos para o cálculo de perdas máximas são revistos pelo Comitê de Risco

semestralmente ou em eventos extraordinários diante de uma superação dos parâmetros.

2.2 Risco de Alavancagem

2.2.1) Processo de Identificação e Acompanhamento de Exposição

Calculamos a exposição em delta de todos os instrumentos dos fundos e acompanhamos a

alavancagem provocada por eles para identificar situações que possam indicar riscos assimétricos

e inadequados às carteiras.

Para os ativos lineares calculamos a exposição nocional e para os ativos não lineares calculamos a

exposição em delta-equivalente para os respectivos ativos base.

Também calculamos o modified duration para as posições de renda fixa das carteiras.

Não aplicamos limites específicos para a alavancagem das carteiras em virtude da inadequação de

parâmetros fixos para a diversidade de mercados nos quais atuamos. Contudo, os nossos próprios

limites de perda em cenários de stress geram limites indiretos para a alavancagem das carteiras

individualizadas por gestor.

2.2.2) Estrutura e Ferramentas Utilizadas

Possuímos um sistema interno para acompanhamento em tempo real de exposições em delta-

equivalente, duration e resultados atualizados das posições e portfolios por gestor. As cotações dos

ativos são alimentadas em tempo real e as boletas de operações ao longo do dia são atualizadas a

cada cinco minutos a partir de informações obtidas nos nossos custodiantes.

2.2.3) Fluxo de informações

As informações de exposição de risco de alavancagem de todos os fundos estão disponíveis para

todos os gestores nos relatórios impressos diariamente. Adicionalmente, para os fundos Hedge

Master e Hedge Master II são disponibilizados aos gestores, em softwares e aplicativos,

informações em tempo real de suas exposições em cada instrumento ou agrupados por classes de

ativos, para os portfolios sob gestão.

2.2.4) Revisão de Parâmetros e Processos

Os processos e cálculos de exposição de alavancagem e duration são revistos semestralmente pelo

Comitê de Risco.

2.3 Risco de Concentração

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2.3.1) Processo de Identificação e Acompanhamento de Exposição

Para todos ativos integrantes das carteiras são calculados os percentuais de participação em

relação aos respectivos patrimônios líquidos. A Paineiras Investimentos não estabelece para seus

fundos limites de concentração específicos para contratos de derivativos nos quais as carteiras

podem ter concentração significativa. Contudo, é importante notar que, na grande maioria das

vezes, os contratos de derivativos são negociados em bolsas de valores com contraparte central e,

por isso, a concentração nos mesmos possui baixíssimo impacto no agravamento dos riscos de

contraparte e crédito. Os efeitos nos riscos de mercado já são dimensionados e calculados no

processo de simulação de estresse.

i. Reenquadramento

Qualquer desenquadramento nos limites de concentração dos fundos (não existem

limites de concentração para as sub carteiras individuais dos gestores) serão

comunicados pela área de risco aos gestores cujas operações provocaram o referido

desenquadramento e estes deverão providenciar os ajustes necessários

imediatamente.

2.3.2) Estrutura e Ferramentas Utilizadas

Possuímos um software interno para acompanhamento em tempo real das concentrações em

exposição de financeiro em relação ao Patrimônio Líquido do fundo. As cotações dos ativos são

alimentadas em tempo real e as boletas de operações ao longo do dia são atualizadas a cada cinco

minutos a partir de informações obtidas nos nossos custodiantes.

2.3.3) Fluxo de informações

As informações de exposição de risco de concentração estão disponíveis para todos os fundos e a

todos os gestores nos relatórios impressos diariamente. Adicionalmente, para os fundos Hedge

Master e Hedge Master II são disponibilizados aos gestores, em softwares e aplicativos,

informações em tempo real de suas exposições em cada instrumento ou agrupados por classes de

ativos, para os portfolios sob gestão.

2.3.4) Revisão de Parâmetros e Processos

Os processos e cálculos de concentração são revistos semestralmente pelo Comitê de Risco.

2.4 Risco de Crédito e Contraparte

2.4.1) Processo de Identificação e Acompanhamento de Exposição

Os fundos da empresa não têm como objetivo obter retornos diferenciados através de exposição a

risco de crédito privado. Portanto as operações que envolvem risco de crédito do emissor são

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exceções que só podem ser realizadas com aprovação do diretor de risco, após apresentação de

relatório de análise elaborado especificamente para a emissão em questão.

Quanto ao risco de contraparte, as operações dos fundos no Brasil envolvem quase que

exclusivamente a negociação de títulos públicos federais com liquidação através do SELIC ou a

negociação de derivativos na BMF/Bovespa através de corretoras pré-aprovadas. O SELIC, por se

tratar de um sistema de liquidação em tempo real (liquidação condicionada à disponibilidade do

título negociado) oferece baixíssimo risco de contraparte e a BMF/Bovespa, uma das cinco maiores

bolsas do mundo em valor de mercado, é a contraparte das operações de derivativos com garantia

no Brasil (onde as garantias ficam depositadas).

No exterior, as operações em bolsa são realizadas na CME, CBOT, NYSE e EUREX. Usamos duas

corretoras (FCM’s) para os serviços de clearing de futuros, e uma para o clearing de operações de

ações. Nossas garantias ficam depositadas nessas corretoras, que podem utilizar outros bancos

custodiantes para tal. As atuais corretoras foram aprovadas após a análise de seus processos de

segregação internos.

As operações de derivativos sem garantia de liquidação por câmaras de compensação ou liquidação

podem envolver risco de contraparte, mas só podem ser realizadas no exterior em uma corretora

com a qual possuímos em vigor um contrato ISDA para a realização de operações de derivativos de

balcão. As operações de balcão precisam ser aprovadas individualmente pelo gerente ou pelo

diretor de risco.

2.4.2) Estrutura e Ferramentas Utilizadas

a) O processo de acompanhamento dos riscos de crédito, quando utilizado, é feito caso a caso a

partir da confirmação dos indicadores usados no relatório de análise elaborado para a aquisição do

ativo. Esta reavaliação será feita trimestralmente ou diante de qualquer fato relevante associado

ao ativo.

b) O processo de acompanhamento dos riscos de contraparte é feito também a partir da revisão

semestral dos quesitos que levaram à aprovação da corretora.

2.4.3) Fluxo de informações

Assim como no caso dos Riscos de Alavancagem e Concentração, um software interno permite o

acompanhamento em tempo real das participações dos ativos com risco de crédito em relação ao

PL dos fundos. As cotações dos ativos, neste caso são alimentadas uma vez ao dia, a partir da

precificação realizada pelo administrador fiduciário e as boletas de operações ao longo do dia são

atualizadas a cada cinco minutos a partir de informações obtidas nos nossos custodiantes.

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2.4.4) Revisão de Parâmetros e Processos

Os relatórios de análise precisam ser revisados a cada três meses, com parecer do diretor de risco.

2.5 Risco de Liquidez

2.5.1) Processo de Identificação e Acompanhamento de Exposição

O processo de controle de liquidez das carteiras segue as seguintes etapas:

i) Limites mínimos do colchão de liquidez para prazos críticos por fundo (C)

Para cada fundo são definidos percentuais mínimos de liquidez (colchão de liquidez) para

prazos que sejam críticos em relação às características do seu passivo (adequação à cotização

do fundo). Basicamente teremos dois prazos críticos para cada fundo:

1. O fundo tem que liquidar os resgates quando os cotistas querem receber os recursos o mais

rápido possível, aceitando pagar a taxa de saída;

2. O prazo para liquidação de resgates respeita as condições normais de saída do fundo.

Ck,t1 : Colchão de liquidez mínimo do fundo “k” para o prazo “t1”

Ck,t2 : Colchão de liquidez mínimo do fundo “k” para o prazo “t2”

ii) Volume médio diário de negociação de ativos (V)

O número de dias para a janela de cálculo do volume médio diário é estabelecido de forma a

representar adequadamente a expectativa de negociação futura dos referidos ativos. Prazos

para vencimento em casos de contratos derivativos e ativos de renda fixa, ativos novos com

pouco histórico de negociação e outras características específicas são aspectos que serão

levados em consideração na determinação desta janela e, portanto, esta poderá ser diferente

entre os vários ativos das carteiras.

(Va = ⅟n . Σvi) : volume médio diário do ativo “a”

iii) Fator que representa o percentual máximo do volume médio diário considerado adequado

para a diminuição das posições (F)

É estabelecido de forma a representar um volume que possa ser negociado sem impactar de

maneira muito desfavorável os preços dos ativos. Aspectos como o fato de se tratar de mercado

de balcão ou bolsas organizadas, de existirem ou não leilões periódicos no mercado primário

(como por exemplo os leilões de títulos públicos) serão levados em consideração na

determinação deste fator.

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De forma geral, o volume médio diário negociado em mercados de balcão pode não representar

adequadamente o volume de negociação potencial daquele ativo. O mercado normalmente

concentra os negócios em certos vértices, mas o estoque dos demais ativos com menor

negociação pode ser grande o suficiente para que, se necessário, se consiga uma negociação de

volumes maiores do que aqueles aparentemente sugeridos pelo volume médio dos últimos dias.

Portanto, este fator também poderá diferir entre os vários ativos das carteiras.

(Fa) : percentual máximo do volume médio diário aceito para negociação do ativo “a”

iv) Cálculo do volume máximo diário de negociação dos ativos para cada fundo (R)

Após o cálculo do volume médio diário (V) e da definição do fator do percentual máximo do

volume (F), o produto dos dois determinará o volume máximo diário que poderá ser diminuído

de cada ativo. Este volume será rateado proporcionalmente entre os fundos geridos pela

Paineiras Investimentos.

Ra,k = Va . Fa . (Qk/ΣQn) : valor máximo de redução diária do ativo “a” para o fundo “k”

Obs.: não serão computados nos ativos convertidos em caixa aqueles que estiverem em margem

de garantia (as condições para a conversão destes ativos em caixa são explicadas na Obs.2).

v) Elaboração de tabela com percentual do fundo disponível em caixa para prazos de até seis

meses (tabela do colchão de liquidez)

a. Para cada fundo será elaborada uma tabela que relaciona prazos e liquidez de recursos

assumindo-se a redução das posições de acordo com os valores calculados no item 4.

Dk,t = Σt=1 Σa=1Rk : liquidez disponível para o fundo “k” no prazo “t”

b. Estes valores deverão ser superiores aos valores críticos definidos no item 1, de tal forma que

o fundo tenha sempre mais liquidez do que o mínimo exigido.

Dk,t1 > Ck,t1

Dk,t2 > Dk,t2

Obs 1: Títulos Privados-

Dada a dificuldade em se avaliar a liquidez de títulos privados tais como debêntures, CCB’s CRI’s,

notas promissórias e outros com pouca negociação no mercado secundário ou mesmo CDB’s

com praticamente nenhuma negociação, a utilização dos parâmetros indicados acima se torna

impraticável.

Para estes ativos, que são pouco usuais nas carteiras dos fundos geridos pela Paineiras

Investimentos, assumiremos que são absolutamente ilíquidos e só serão convertidos em caixa

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num prazo de seis meses. A exceção a esta regra é para casos onde haja compromisso de

recompra por parte do emissor, quando então as condições deste compromisso serão utilizadas.

Obs 2: Derivativos, Operações de Aluguel de Ativos e Margens de Garantia-

No caso dos contratos de derivativos ou quaisquer operações que envolvam o depósito de

margem de garantia por parte dos fundos, será levado em consideração não só o efeito no caixa

da negociação destes instrumentos como também o efeito no caixa da indisponibilidade dos

ativos oferecidos em garantia.

Dessa forma a redução das posições destes instrumentos respeitará o cálculo descrito no item

4 e terá dois impactos na disponibilidade de recursos:

1. O impacto direto no caixa do fundo decorrente da redução do instrumento, que pode ser

positivo ou negativo (como por exemplo no caso das opções);

2. O impacto sobre o volume de margem de garantia que será liberado após a redução da

posição e a correspondente venda dos ativos liberados, respeitando por sua vez os critérios de

liquidez descritos no manual. Dessa forma, até a sua liberação e posterior venda, estes ativos

em garantia não serão convertidos em caixa (como por exemplo no caso de contratos futuros);

Obs 3: Participação de Sócios da Paineiras Investimentos no capital dos fundos.

Assume-se que o capital dos sócios investido nos fundos geridos pela gestora esteja

comprometido de forma mais perene do que o capital de não-sócios, sobretudo no caso dos

fundos onde o público alvo seja restrito aos colaboradores da empresa.

Nestes casos, o passivo dos fundos possui um natural colchão de liquidez representado por este

capital.

Dessa forma, os limites de colchão de liquidez definidos no item 1 poderão ser ajustados de tal

forma a excluir o capital dos sócios do patrimônio sobre o qual se deve buscar o colchão de

liquidez. Este ajuste será feito multiplicando-se os fatores Ck,t1 e Ck,t2 pelo percentual do

patrimônio do fundo que não é detido pelos sócios da empresa.

C’k,t1 = Ck,t1 . (1-(Ks/PLk)) : Colchão de liquidez ajustado para o capital do fundo “k” não

pertencente ao sócios.

Obs 4: Processo Decisório em Situações Especiais-

Em situações extremas onde a liquidez e padrão de negociação dos ativos forem afetados de

forma intensa, o diretor de risco deverá sugerir aos demais diretores da empresa alteração dos

parâmetros mencionados neste manual de forma a proteger as condições de liquidez de cada

fundo e determinar o processo para o eventual re-enquadramento dos fundos aos novos

limites.

Obs 5: Investimento em cotas de outros fundos de investimento

Quando ocorrem investimentos em outros fundos geridos pela Paineiras Investimentos, são

levados em consideração os ativos dos fundos investidos, sobretudo nas estruturas de máster-

feeder.

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No caso de investimentos em fundos geridos por outros gestores, serão analisadas as

características de liquidez das cotas dos mesmos, as políticas de gerenciamento de liquidez do

gestor e, quando possível, as próprias carteiras dos fundos investidos para avaliação da

adequação dos ativos às regras de resgate dos mesmos.

2.5.2) Estrutura e Ferramentas Utilizadas

O cálculo dos coeficientes de liquidez é feito mensalmente a partir de informações acumuladas no

sistema interno de controle de risco (sistema desenvolvido internamente em plataforma .NET e SQL

disponível a todos gestores e integrantes das áreas de controle). As informações necessárias são

obtidas em diversos sites de bolsas de negociação e provedores de dados financeiros e alimentadas

de forma automatizada.

2.5.3) Fluxo de informações

Relatórios específicos com os cálculos de liquidez para os fundos que não sejam exclusivos são

disponibilizados mensalmente em pastas acessadas pelos gestores e pela Área de Risco. Ficam

disponíveis também, no mesmo sistema de controle de risco, alguns parâmetros que provém às

informações de risco de mercado.

Todos os fundos abertos geridos pela empresa estão sujeitos ao processo de gerenciamento de

liquidez descrito acima, mesmo que, em virtude de serem exclusivos ou reservados a sócios da

empresa, tenham parâmetros diferenciados. Situações que caracterizem iliquidez dos fundos de

acordo com o processo (item 5.b acima) serão discutidas com os gestores para que sejam tomadas

providências de adequação. Estas situações também serão informadas aos administradores dos

fundos.

2.5.4) Revisão de Parâmetros e Processos

Os parâmetros e processos para o cálculo de liquidez são revistos semestralmente pelo Comitê de

Risco.

2.6 Risco Operacional

2.6.1) Processo de Identificação e Acompanhamento de Exposição

A metodologia de gestão de risco operacional tem como base a automação das rotinas, evitando

lançamentos manuais. Esta automação permite a disponibilização imediata de informações aos

gestores, para que possam aprovar o mais rápido possível suas operações e a checagem das

informações externas com os sistemas de controles internos.

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A empresa possui um sistema de boletagem interno que captura dos sistemas de negociação

eletrônica ou dos sistemas de clearing, em intervalos de cinco minutos, as informações referentes

às negociações realizadas nas bolsas locais e internacionais. Dependo da origem da boleta ela já

vem identificada com o gestor responsável. Quando não temos a identificação automática, a boleta

fica pendente aguardando a identificação que pode ser feita pelo próprio gestor ou pela área de

controle de operações. As informações das boletas estão sempre disponibilizadas aos gestores para

que as aprovem e são imediatamente refletidas nos sistemas online disponibilizados aos gestores

(com posições, resultados diários e exposição).

Após o processo de checagem de boletas, os arquivos recebidos das corretoras são convertidos por

um sistema interno em arquivos que são enviados ao administrador fiduciário. Por meio deste

sistema, elimina-se algum possível erro de digitação, por não haver boletagem manual (a não ser

em casos de operações de swap em CETIP ou títulos públicos por serem esporádicas e de

parametrização mais complexa). Em algumas circunstâncias pode haver integração direta das

boletas registradas na corretora que faz o clearing de operações de derivativos com o próprio

administrador fiduciário, a partir de aprovação da área de risco/operações.

- Aprovação prévia de operações com impacto significativo no caixa ou margens de garantia

O diretor de risco é responsável pela aprovação de qualquer operação que possa comprometer o

caixa mínimo pré-definido ou a negociação de ativos que possam ser utilizados como margens de

garantia. Com isso, evitamos problemas decorrentes de uma eventual composição de carteira

incompatível com as operações correntes ou potenciais do fundo.

2.6.2) Estrutura e Ferramentas Utilizadas

Sistemas em tempo real dos custodiantes e do administrador fiduciário permitem acompanhar o

processamento e liquidação das operações realizadas.

2.6.3) Fluxo de informações

Os processos de controles operacionais se dividem basicamente em dois: (i) processos de

lançamentos e integração de operações com corretoras e administradores fiduciários e (ii)

processos de verificação de cotas e composição de carteiras.

No caso dos erros operacionais identificados nos processos de lançamento de operações estes

devem ser reportados imediatamente aos gestores responsáveis, ao gerente de risco e operações

e ao diretor de risco. Os erros operacionais deverão ser corrigidos o mais rápido possível e o diretor

de risco avaliará a necessidade e forma mais adequada de ressarcimentos que eventualmente

sejam necessários.

No caso de erros no processo de verificação de cotas e composição de carteiras, o gerente de risco

deverá avaliar conjuntamente com o administrador fiduciário como proceder com os ajustes

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necessários buscando sempre o reestabelecimento das condições corretas com o mínimo de

impacto para os cotistas. O diretor de risco deverá ser notificado sobre o erro, sobre a correção

adotada e sobre eventuais impactos nas aplicações e resgates.

2.6.4) Revisão de Parâmetros e Processos

O diretor de risco pode a qualquer momento determinar a alteração de algum processo operacional

sem necessidade de convocação do Comitê de Risco.

2.6.1 a forma como a empresa garante a independência do trabalho executado pelo setor

A área de análise de riscos está subordinada ao diretor de risco que é um dos principais sócios e fundador da

empresa. Este diretor sempre teve atuação exclusiva nas áreas de controle de riscos e cumprimento de normas

sem participação direta na gestão das carteiras e não está subordinado a nenhum outro diretor. A atuação

independente da área está ratificada nas políticas internas aprovadas por todos os sócios e demais

colaboradores da empresa.

8.11. Fornecer informações sobre a estrutura mantida para as atividades de tesouraria, de controle e

processamento de ativos e da escrituração de cotas, incluindo:

Item facultativo para gestores. A empresa não desempenha as atividades de tesouraria, de controle e

processamento de ativos e escrituração de cotas.

a. quantidade de profissionais

b. os sistemas de informação, as rotinas e os procedimentos envolvidos

c. a indicação de um responsável pela área e descrição de sua experiência na atividade

8.12. Fornecer informações sobre a área responsável pela distribuição de cotas de fundos de

investimento, incluindo:

A Paineiras Investimentos atua como gestora de recursos e não distribui cotas de fundos de investimento.

a. quantidade de profissionais

b. natureza das atividades desenvolvidas pelos seus integrantes

c. programa de treinamento dos profissionais envolvidos na distribuição de cotas

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d. infraestrutura disponível, contendo relação discriminada dos equipamentos e serviços utilizados

na distribuição

e. os sistemas de informação, as rotinas e os procedimentos envolvidos

8.13. Fornecer outras informações que a empresa julgue relevantes

Não existem outras informações que a empresa julgue relevantes.

9. Remuneração da empresa

9.1. Em relação a cada serviço prestado ou produto gerido, conforme descrito no item 6.1, indicar as

principais formas de remuneração que pratica

A empresa presta exclusivamente o serviço de administração de carteira de valores mobiliários na categoria

gestor de recursos, e sua remuneração é proveniente somente das taxas de administração e performance pagas

pelos fundos sob gestão.

9.2. Indicar, exclusivamente em termos percentuais sobre a receita total auferida nos 36 (trinta e seis)

meses anteriores à data base deste formulário, a receita proveniente, durante o mesmo período, dos clientes

em decorrência de:

a. taxas com bases fixas

92.59%

b. taxas de performance

7.41%

c. taxas de ingresso

d. taxas de saída

e. outras taxas

9.3. Fornecer outras informações que a empresa julgue relevantes

Não existem outras informações que a empresa julgue relevantes.

10. Regras, procedimentos e controles internos

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10.1. Descrever a política de seleção, contratação e supervisão de prestadores de serviços

Item Facultativo para Gestores.

10.2. Descrever como os custos de transação com valores mobiliários são monitorados e minimizados

Os custos de transação mais relevantes para o nosso modelo de negócios são representados pelas corretagens

e emolumentos cobrados pelas corretoras e bolsas de valores.

Não existe uma regra fixa de rodízio ou de divisão de ordens entre as corretoras. Contudo, é feito um

acompanhamento dos volumes transacionados e receitas geradas por corretora e por instrumento que é

disponibilizado aos gestores. Dessa forma, os gestores buscam um equilíbrio que permita uma remuneração

compatível com a qualidade do serviço prestado.

Controle de Custos de Transação

Os custos das transações com valores mobiliários são extraídos mensalmente do sistema gerencial interno e

armazenados num arquivo onde podem ser analisados. O monitoramento se dá através da comparação desses

valores com os parâmetros acertados nos contratos de prestação de serviços com as corretoras e clearings.

10.3. Descrever as regras para o tratamento de soft dollar, tais como recebimento de presentes, cursos,

viagens etc.

Política de Aceitação de Presentes

1) Conceitos gerais

Os colaboradores deverão usar o cuidado e julgamento necessários para alcançarem e manterem

independência e objetividade em suas atividades profissionais, não aceitando, solicitando ou oferecendo

qualquer benefício, presente ou remuneração que possa ser encarado como comprometedor à sua autonomia.

Uma lista não exclusiva de exemplos de presentes ou benefícios incluem livros, bebidas, ingressos, jantares,

eventos de entretenimento, passagens, aparelhos eletrônicos e objetos de arte.

2) Presentes recebidos de clientes diretos ou indiretos

O recebimento de benefícios ou presentes de clientes pode ser distinguido do recebimento de presentes de

prestadores de serviços ou de pessoas querendo influenciar um favorecimento de um determinado cliente em

detrimento de outros. Normalmente pequenos presentes recebidos de clientes não tem o potencial de

influenciar a independência e objetividade dos colaboradores uma vez que já existe um acordo de remuneração

em vigor. Independentemente disso, os colaboradores devem, antes de receber o benefício, comunicar ao

diretor de cumprimento de regras sobre a oferta. Em nenhuma circunstância será aceito o recebimento de

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qualquer benefício em troca de qualquer vantagem ou tratamento privilegiado, tais como acesso a informações

das carteiras dos fundos em condições diferenciadas dos demais clientes.

3) Presentes recebidos de prestadores de serviços

Cuidado maior será dado a ofertas de benefícios e presentes de prestadores de serviços tais como corretoras,

custodiantes de fundos ou empreses de fornecimento de sistemas. Neste caso, pode haver clara tentativa de

reciprocidade na utilização dos serviços oferecidos. Portanto, após a oferta ser comunicada ao diretor de

cumprimento de regras, este, uma vez avaliando que é aceitável em função do valor, realizará um sorteio do

presente entre os colaboradores da empresa que se mostrem interessados (este é procedimento que se aplica,

por exemplo, no recebimento de ingressos e presentes de final de ano).

Política de Soft Dollars

1) Conceitos gerais

O fornecimento de benefícios adicionais por parte de prestadores de serviços (pagamento de serviços de

informações como terminais Bloomberg e Reuters ou relatórios de pesquisas de terceiros), sobretudo

corretoras, embutidos nos serviços prestados e contratados em nome dos fundos, deverá ser analisado pelo

diretor de cumprimento de regras que seguirá as seguintes diretrizes:

a) Em nenhuma circunstância poderá haver contrapartida em forma de pagamento majorado pelo serviço

prestado e contratado pelos fundos (exemplo: taxa de corretagem superior à oferecida pelas demais corretoras

para serviços análogos);

b) O benefício ou vantagem oferecidos deverão ser usados em prol ou transferidos ao cliente que está arcando

com o custo do serviço prestado.

Eventos educacionais e de divulgação de produtos

Convites para participação em eventos educacionais, de confraternização, apresentação de temas de mercado

ou econômicos e até mesmo eventos para divulgação de produtos financeiros por parte de clientes ou

prestadores de serviços poderão ser aceitos pelos colaboradores da empresa.

10.4. Descrever os planos de contingência, continuidade de negócios e recuperação de desastres

adotados

O Plano de Contingência e Continuidade de Negócio refere-se ao conjunto de estratégias e planos de ação

preventivos adotados pela empresa, para garantir o pleno funcionamento dos serviços essenciais no caso de

uma eventual interrupção ou situação adversa que dificulte ou impeça suas operações.

Com intuito de desenvolver o respectivo plano, foi elaborado o mapeamento dos principais riscos que

envolvem as atividades da empresa, assim como dos possíveis impactos no negócio em caso de materialização

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destes eventos A partir dos riscos e análises apresentados, foram definidos os planos de ação e prevenção para

cada caso, sendo estes segregados de acordo com os cenários apresentados abaixo:

Cenário 1 (médio impacto):

• Queda de Link:

Nossa estrutura de links é bastante robusta considerando-se o tamanho da empresa. Contamos hoje com três

links de internet e um link privado.

Os links estão associados ao firewall (Fortigate), embora o link privado seja dedicado exclusivamente aos

terminais de Bloomberg. Em caso de queda de link, podemos redirecionar a carga para os links restantes.

Todos os links têm monitoramento feito através de uma ferramenta chamada PRTG que envia notificação em

caso de indisponibilidade.

• Falta de Energia:

A sede da empresa é abastecida por dois ramais (grids) diferentes de energia que podem ser selecionados

manualmente. No caso de evento de falta de energia elétrica em um deles podemos selecionar o outro.

Também possuímos um gerador de 120 Kva, que corresponde a 10 vezes o consumo atual de energia da

empresa e se encontra ligado automaticamente a um dos grids que abastecem a sede da empresa.

Além do gerador, possuímos também um sistema de proteção (no-break) para as áreas de Datacenter,

Backoffice, Trading e Salas de Reunião de média tensão (127v), com autonomia variável de acordo com

quantidade de máquinas ligadas inseridas. Por exemplo, com 20 máquinas ligadas, teríamos a autonomia de

56 minutos. Essa autonomia só se faz necessária durante o eventual processo de alteração do grid que abastece

a sede.

• Queda do Servidor:

A estrutura da Paineiras Investimentos conta com CPD refrigerado com monitoramento por câmera na entrada

do local.

Funcionamos com a seguinte estrutura:

Servidor primário Dell Power Edge T420, Intel® Xeon® E5-2430 v2 @2.50GHz com 32 Gb de memória e 2 x HD 2

TB em Raid 1, Windows Server 2008 Standard R2 SP1;

a. Cloud Backup (DropBox): O serviço de DropBox Enterprise está instalado nesse servidor e é

responsável pelo backup na nuvem dos arquivos de dados da empresa. É realizada uma cópia desses

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arquivos em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Contamos também com um backup

na nuvem dos nossos e-mails, e este é feito através do Exchange E Office 365.

b. Shadow Copy: O servidor primário é habilitado para manter até 137GB de cópias de backup dos

arquivos modificados. O shadow copy é uma forma rápida para o usuário recuperar versões

anteriores de arquivos. As cópias são realizadas automaticamente as 07:00 AM e 12:00 PM.

c. Além das formas de armazenamento descritas acima, também realizamos backup semanal em HD

externo, e contamos com notebook criptografado, os quais ficam em posse do Diretor ou membro

da área de Cumprimento de Normas.

Servidor secundário Dell Power Edge T300, Intel® Xeon® X3363 @2.83GHz com 8 Gb de memória e 2 x HD 232

GB em Raid 1, 1 x HD 2 GB, Windows Server 2008 Standard FE SP2. Esse servidor mantém cópia de todos os

arquivos do servidor primário.

No caso de queda do servidor primário podemos utilizar os arquivos copiados na nuvem (na nuvem possuímos

todos os arquivos, do servidor primário, salvos e todas as suas versões). Outra alternativa é utilizar os arquivos

do servidor secundário, que são uma cópia dos arquivos do servidor primário. Para que isso aconteça o setor

de suporte disponibiliza o acesso de todas as estações de trabalho a esse servidor.

Contamos com um analista residente de suporte técnico 8x5 in loco e 24x7 via telefone.

• Queda de Comunicação de Voz:

Contamos com uma linha digital tronco junto a operadora Embratel com 50 linhas DDR e mais 2 linhas

analógicas como contingência junto a operadora Oi. A Central Telefônica digital Panasonic KX-TDA200 recebe

todas as linhas de ambas operadoras.

Além disso, os colaboradores possuem ao todo 11 linhas de celular com a operadora Vivo que podem ser

utilizadas e todas as funções críticas podem ser desempenhadas através de comunicação através de e-mails ou

outros sistemas através da internet.

Responsabilidades:

A responsabilidade pela execução dos procedimentos de reestabelecimento do funcionamento normal nos

casos acima é do analista técnico da empresa responsável pelo suporte de TI sob a supervisão do diretor de

risco (ou do gerente de risco na sua ausência).

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Cenário 2 (alto impacto):

• Ataque cibernético

Em caso de ataques cibernéticos, o procedimento padrão segue primeiramente a identificação e isolamento e

troubleshoot para determinar a causa e a solução para a falha. Mais detalhes sobre os procedimentos para este

risco estão descritos em nossa Política de Cibersegurança.

• Impossibilidade de acesso a empresa e/ou CPD inoperante

A Paineiras firmou um contrato, em conjunto com outras gestoras localizadas no Rio de Janeiro, para locação

permanente de um site de contingência. O site contém soluções ininterruptas de energia e tecnologia com

objetivo de ter continuidade imediata das operações em caso de falhas operacionais ou desastres.

A Basis Manutenção, Conservação e Serviços de Informática é a empresa responsável por prover de forma

completa e contínua os serviços. O ambiente de três andares disponíveis para uso, fica localizado na Barra da

Tijuca (RJ), Condomínio O2. Propositalmente num bairro com uma distancia relativa do local do escritório da

Paineiras Investimentos. A estrutura conta com 13 posições de trabalho, com telefone e dois pontos de elétrica

em cada posição; estrutura de cabeamento de rede; uma impressora multifuncional; link de internet dedicado

de 20MB; além de sinal de telefone celular da operadora Vivo em todo o ambiente com boa qualidade.

Além do serviço de energia provido pela concessionária local, o site possui “no-break” ligado ao quadro elétrico

e também gerador movido a óleo (provido pela Basis) ligado à sala 24 horas para garantir o fornecimento em

caso de redução ou interrupção de energia.

O grupo de gestoras mantém um acordo estabelecendo todas as regras de utilização, cabendo ressaltar os

seguintes tópicos: utilização individual do site para realização de testes com periodicidade mensal;

possibilidade de utilização de todas as estações de trabalho em caso de sinistro atingindo um único membro

do grupo e rateio na proporção das posições locadas por cada uma das gestoras caso haja necessidade coletiva

de contingência.

O plano de contingência se baseia também no fato de que tanto os serviços de e-mail como os arquivos de

trabalho já são armazenados e sincronizados num ambiente de nuvem. Dessa forma, num evento de desastre,

poderemos acessar não só e-mails como arquivos, de qualquer localização com acesso a internet, inclusive no

local de “back-up site” mencionado e também com a utilização de um notebook criptografado que permanece

fora da empresa com este proposito e está pronto para operar de qualquer localidade via internet.

Procedimentos –

No caso da impossibilidade de acesso a empresa, ou falha/dano total de todos os equipamentos do CPD, o

analista de TI, o membro ou Diretor da Área de Cumprimento de Normas informa aos demais sócios e

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colaboradores da entrada em operação do plano de contingência. Os integrantes das áreas de Controle de

Operações, de Atendimento a Clientes e de Cumprimento de Normas deverão se dirigir imediatamente para o

Back-up site com o notebook criptografado. Os gestores deverão permanecer em suas residências e utilizarão

seus acessos remotos aos sistemas de informação e negociação (Bloomberg e Reuters), onde manterão

comunicação telefônica com os integrantes presentes no back-up site que, por sua vez, manterão contato com

o administrador fiduciário e corretoras.

Em caso de impossibilidade de acesso a empresa onde o CPD permaneça funcional, todos os dados podem ser

acessados via VPN, tendo as atividades operacionais ocorrendo normalmente até que o acesso ao site seja

reestabelecido.

Para os casos em que a empresa esteja inacessível e o CPD apresente problemas operacionais, o analista de TI

verifica se os dados armazenados na nuvem estão íntegros e acessíveis. Em caso positivo, são utilizados estes

dados parciais até que seja concluído o backup diário com a totalidade das informações. Se os dados em nuvem

não estiverem acessíveis, será restaurado o backup semanal, armazenado em HD externo, para que seja

possível a continuidade dos trabalhos.

Em caso de enchentes ou algum evento que impossibilite a chegada à sede da empresa de alguns

colaboradores, é importante ressaltar que temos um diretor, uma pessoa da área de risco, uma pessoa de

atendimento a clientes e um gestor que moram próximas ao escritório e podem facilmente acessá-lo.

Anualmente é realizado testes de utilização no site de contingência, e um relatório com o resultado do teste é

elaborado e arquivado.

Cenário 3: No caso de ausência por longo período de diretor ou sócio

No caso de ausência por longo período de diretor responsável perante a CVM pela administração de carteira

de valores mobiliários, temos outros diretores que estariam aptos a assumir essa função.

No caso de se tratar de sócio responsável pelo desenvolvimento dos sistemas internos de risco e banco de

dados, temos contatos com empresas que poderiam dar continuidade ao desenvolvimento e realizar eventuais

alterações necessárias.

10.5. Descrever as políticas, práticas e controles internos para a gestão do risco de liquidez das carteiras

de valores mobiliários

As políticas, práticas e controles internos para a gestão do risco de liquidez das carteiras de valores mobiliários

já estão descritas no item 8.10.c.

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10.6. Descrever as políticas, as práticas e os controles internos para o cumprimento das normas

específicas de que trata o inciso I do art. 30, caso decida atuar na distribuição de cotas de fundos

de investimento de que seja administrador ou gestor

A Paineiras Investimentos não atua na distribuição de cotas de fundos de investimento.

10.7. Endereço da página do administrador na rede mundial de computadores na qual podem ser

encontrados os documentos exigidos pelo art. 14 desta Instrução

http://www.paineirasinvestimentos.com.br/

11. Contingências6

11.1. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais, que não estejam sob sigilo, em que

a empresa figure no polo passivo, que sejam relevantes para os negócios da empresa, indicando:

Não existem processos judiciais, administrativos ou arbitrais, em que a empresa figure no polo passivo.

a. principais fatos

b. valores, bens ou direitos envolvidos

11.2. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais, que não estejam sob sigilo, em que

o diretor responsável pela administração de carteiras de valores mobiliários figure no polo passivo

e que afetem sua reputação profissional, indicando:

Não existem processos judiciais, administrativos ou arbitrais, em que o diretor responsável pela administração

de carteiras de valores mobiliários figure no polo passivo.

a. principais fatos

b. valores, bens ou direitos envolvidos

11.3. Descrever outras contingências relevantes não abrangidas pelos itens anteriores

Não existem outras contingências relevantes

6 A empresa deve informar apenas dados relativos à área envolvida na administração de carteiras de valores mobiliários, caso exerça outras atividades.

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11.4. Descrever condenações judiciais, administrativas ou arbitrais, transitadas em julgado, prolatadas

nos últimos 5 (cinco) anos em processos que não estejam sob sigilo, em que a empresa tenha figurado no

polo passivo, indicando:

Não existem condenações judiciais, administrativas ou arbitrais, transitadas em julgado, prolatadas nos últimos

5 (cinco) anos em que a empresa tenha figurado no polo passivo.

a. principais fatos

b. valores, bens ou direitos envolvidos

11.5. Descrever condenações judiciais, administrativas ou arbitrais, transitadas em julgado, prolatadas

nos últimos 5 (cinco) anos em processos que não estejam sob sigilo, em que o diretor responsável pela

administração de carteiras de valores mobiliários tenha figurado no polo passivo e tenha afetado seus

negócios ou sua reputação profissional, indicando:

Não existem condenações judiciais, administrativas ou arbitrais, transitadas em julgado, prolatadas nos últimos

5 (cinco) anos em que o diretor responsável pela administração de carteiras de valores mobiliários tenha

figurado no polo passivo.

a. principais fatos

b. valores, bens ou direitos envolvidos

12. Declarações adicionais do diretor responsável pela administração, informando sobre:

a. acusações decorrentes de processos administrativos, bem como punições sofridas, nos últimos

5 (cinco) anos, em decorrência de atividade sujeita ao controle e fiscalização da CVM, Banco

Central do Brasil, Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ou da Superintendência

Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, incluindo que não está inabilitado ou

suspenso para o exercício de cargo em instituições financeiras e demais entidades autorizadas

a funcionar pelos citados órgãos

b. condenações por crime falimentar, prevaricação, suborno, concussão, peculato, “lavagem” de

dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, contra a economia popular, a ordem

econômica, as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade pública, o sistema financeiro

nacional, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos,

por decisão transitada em julgado, ressalvada a hipótese de reabilitação

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c. impedimentos de administrar seus bens ou deles dispor em razão de decisão judicial e

administrativa

d. inclusão em cadastro de serviços de proteção ao crédito

e. inclusão em relação de comitentes inadimplentes de entidade administradora de mercado

organizado

f. títulos contra si levados a protesto