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1 ANEXO I AO RELATÓRIO Nº. 189705 DEMONSTRATIVO DAS CONSTATAÇÕES 1 GESTÃO FINANCEIRA 1.1 SUBÁREA - RECURSOS EXIGÍVEIS 1.1.1 ASSUNTO - CONSIGNAÇÕES 1.1.1.1 CONSTATAÇÃO: (056) Ausência dos comprovantes de recolhimento dos encargos trabalhistas e previdenciários. Da análise do contrato 1612, firmado entre UFPA e a FADESP, cujo objeto é a "Implantação de primeiro ano do Curso de Licenciatura em Matemática modalidade à distância", verificou-se a ausência dos comprovantes de recolhimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias dos prestadores de serviços. Tais obrigações são de responsabilidade do contratado segundo os ditames da Lei nº. 8.666/1993 em seu artigo 71 e como se constatou, também, o recolhimento na fonte pagadora da parte previdenciária devida pelos segurados, o não recolhimento à Previdência caracterizaria, nesse caso, apropriação indébita. "Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato." Regra geral o pagamento das obrigações previdenciárias deverá ocorrer no dia 02 do mês subseqüente à ocorrência do fato gerador, nos termos da alínea "b", do inciso I, do art. 30, da Lei nº. 8.212, de 1991. Nesse sentido, a Entidade foi instada a se manifestar acerca da irregularidade, por meio da Solicitação de Auditoria nº. 10/2006, de 01/09/06. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O coordenador do projeto não comprovou que, na execução do contrato, está sendo efetuado o devido recolhimento dos encargos trabalhistas e previdenciários devidos. CAUSA: Recolhimento global de encargos, pela FADESP, sem a especificação dos valores concernentes a cada contrato.

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ANEXO I AO RELATÓRIO Nº. 189705

DEMONSTRATIVO DAS CONSTATAÇÕES

1 GESTÃO FINANCEIRA 1.1 SUBÁREA - RECURSOS EXIGÍVEIS 1.1.1 ASSUNTO - CONSIGNAÇÕES 1.1.1.1 CONSTATAÇÃO: (056) Ausência dos comprovantes de recolhimento dos enca rgos trabalhistas e previdenciários. Da análise do contrato 1612, firmado entre U FPA e a FADESP, cujo objeto é a "Implantação de primeiro ano do Curs o de Licenciatura em Matemática modalidade à distância", verificou- se a ausência dos comprovantes de recolhimento das obrigaçõe s trabalhistas e previdenciárias dos prestadores de serviços. Tais obrigações são de responsabilidade do c ontratado segundo os ditames da Lei nº. 8.666/1993 em seu artigo 71 e como se constatou, também, o recolhimento na fonte pagadora da parte previdenciária devida pelos segurados, o não recolhimen to à Previdência caracterizaria, nesse caso, apropriação indébita. "Art. 71. O contratado é responsável pelos enc argos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultan tes da execução do contrato." Regra geral o pagamento das obrigações previdenci árias deverá ocorrer no dia 02 do mês subseqüente à ocorrência do fato gerador, nos termos da alínea "b", do inciso I, do art. 30, da Lei nº. 8.212, de 1991. Nesse sentido, a Entidade foi instada a se manifestar acerca da irregularidade, por meio da Solicitação de Audit oria nº. 10/2006, de 01/09/06. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O coordenador do projeto não comprovou que, na e xecução do contrato, está sendo efetuado o devido recolhimento dos enc argos trabalhistas e previdenciários devidos. CAUSA: Recolhimento global de encargos, pela FADESP, sem a especificação dos valores concernentes a cada contrato.

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Ausência de efetiva fiscalização da execução do c ontrato por parte do coordenador do projeto. Inobservância ao art. 71 da Lei nº. 8.666/1993 e à Lei nº. 8.212/1991. JUSTIFICATIVA: Por meio do Ofício nº. 114/2007-SPC/FADESP, a entidade apresentou justificativas como segue. "AUSÊNCIA DE COMPROVANTES DE RECOLHIMENTOS DE ENCARGOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS. Em relação ao item destacado, questionado pela equipe de auditoria, cabe esclarecer que na relação de pagamentos do contrato 1612 evidencia créditos em favor do Instituto Nacion al de Seguro Social, que é responsável pela arrecadação dos encargos sociais, incidentes sobre a prestação de serviços tomado em detrime nto às atividades do projeto. No entanto, quanto à forma de recolhim ento se ressalta que este é feito de forma centralizada por meio de " GUIA ÚNICA", uma vez que independente do projeto ou contrato celebra do, a obrigação está associada ao número do CNPJ da Fundação, que neste caso é "ÚNICO". Cabe ressaltar, que a Fundação ainda está sujeita a prestar informações sociais à Previdência por meio do sistema GFIP, onde a regularidade de tais recolhimentos é de fundamen tal importância para obtenção da Certidão Negativa de Débito (CND ) junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), necessá ria à celebração de convênios e contratos com órgãos públicos. Considera-se que a afirmativa de que a coorde nação do projeto vem executando o contrato sem a observância do recol himento não procede, pois como citado anteriormente, a Fundação efet ua o recolhimento de forma centralizada. Portanto, em qualquer conv ênio ou contrato que venha tomar serviços prestados, a despesa rel ativa aos encargos é debitada da conta vinculada e transferida para con ta pagadora do INSS, a fim de proceder ao pagamento da GUIA ÚNICA, com o pode ser observado nas cópias dos comprovantes de recolhimento dos últimos 12 meses em anexo (doc. 1)." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Os comprovantes de recolhimento dos últimos 12 me ses apresentados por meio do Ofício nº. 114/2007-SPC/FADESP não discri minam os contratos a que se referem, pois, como citado na justificati va, são efetuados de forma centralizada. Ademais, não foi apresentado o documento do siste ma GFIP nem qualquer outro comprovante que discrimine a quais enca rgos trabalhistas se referem esses recolhimentos. O recolhimento global de encargos, como proced ido pela FADESP, não elide a necessidade de especificação dos valo res relativos a cada contrato administrado, com vistas à efetiva comprovação de cada recolhimento.

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RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 684.192.528-91 JOSE MIGUEL MARTINS VELOSO COO RD PROJETO RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a Entidade comprove o recol himento dos encargos trabalhistas e previdenciários dos prestadores de serviços vinculados ao contrato nº. 1612. Recomendamos, ainda, que o representante da Entida de, responsável pela fiscalização de contratos firmados com a FADESP, exija o cumprimento do recolhimento dos encargos trabalhistas e previdenciários dos prestadores de serviços vinculados aos contratos c elebrados. 1.1.2 ASSUNTO - FORNECEDORES 1.1.2.1 CONSTATAÇÃO: (070) Ausência de recolhimentos de valores aos cofres pú blicos em função de recomendações emanadas pela CGU. Verificamos que a Entidade não atendeu as r ecomendações da CGU- Regional/PA com vistas a ressarcimento ao erário de despesas irregulares, constantes do Relatório de Avaliação de Gestão 2005, n°. 175131 e relacionadas com às seguintes constataçõe s: 1) Impropriedades no pagamento de hospedagem e ref eições. No Relatório de Avaliação de Gestão 2005 n°. 17513 1, item 7.2.1.1, foi constatado que a UFPA pagou ao Hotel Sagres despe sas com hospedagem e refeições para servidores federais, durante a esta dia destes em Belém, apesar dos servidores terem percebido diárias para custear esses gastos. Tendo em vista os fatos expostos recomendamos re ssarcir ao erário os valores de R$ 1.000,34 e R$ 1.846,50, relat ivos aos pagamentos efetuados ao Hotel Sagres por custos de hospedag em e alimentação dos Professores Paolo Nosella e Maria Helena Rauta, re spectivamente. Contatamos que a Entidade deixou de tomar provi dências com vistas a ressarcir o erário dos valores relativos às des pesas indevidas, não tendo sido apresentadas justificativas ou docume ntações com vistas a comprovar o atendimento às recomendações. 2) Liquidação irregular de despesa e apropriação indevida à conta de Fornecedores. Esta constatação foi em decorrência da análise da Controladoria-Geral da União - PA e está presente no Relatório de Av aliação de Gestão de 2005, de n°. 175131, no item 5.3.1.1. Refere -se à ocorrência de liquidação de despesa sem a observância dos princ ípios constantes do art. 63, da Lei n°. 4.320/1964, de acordo com o s fatos listados a seguir.

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A obra de implantação do Projeto Arquitetôn ico do Espaço de Convivência das Artes foi iniciada em 27/01/2004 , e em 02/02/2004, a Prefeitura do Campus Universitário embargou a obra, permanecendo a obra inacabada. Na data de 03/03/04 foi pago em favor da empresa Palladium Engenharia Ltda, o valor de R$ 2. 919,15, referente a serviços parciais executados na construção do Es paço de Convivência, conforme Nota Fiscal n°. 669. No orçamento analítico referente à primeira medição, a empresa Palladium afirma que executou 100% das segui ntes atividades: a) barracão da obra - R$ 260,46; b) limpeza e campina do terreno - 850 m2 R$ 484,50; c) placa de obra R$ 263,59, d) locação da obra - 45m2 - R$ 958,50; d) escavação manual para blocos e pila res - 103,50 m2 - R$ 952,20. O Engenheiro Adelino Oliveira Netto Jr. atestou o boletim de fiscalização n°. 1 e liberou o pagamento da fatura . Posteriormente, houve o atesto da Nota Fiscal n °. 832, da Palladium Engenharia Ltda., datada em 21/12/2005, no va lor de R$ 12.903,96, ocasionando a sua liquidação, sem que tenha efe tivamente ocorrido a prestação do serviço/entrega do objeto. A liquidação irregular da despesa, conforme tratado acima, gerou lançamentos de saldos indevidos nas contas de FORN ECEDORES. O valor de R$ 11.400,66 na conta 2.1.2.1.1.02.00 - DE E XERCÍCIOS ANTERIORES refere-se à contrapartida da apropriação da NF n°. 832, em favor da PALLADIUM ENGENHARIA LTDA. Vale ressaltar que o valor contabilizado nesta conta é o valor líquido, ou seja, já deduzi do dos recolhimentos legais, conseqüentemente a UFPA recolheu enca rgos tributários e previdenciários sobre uma despesa não real izada, afetando as demonstrações contábeis como um todo. A Entidade apenas reiterou a sua justificati va, afirmando que os tributos federais e o ISS foram apenas reti dos e não tendo sido recolhidos, porém não apresentou comprovante de ressarcimento da importância recolhida indevidamente ao INSS de R $ 425,53 e nem se os valores lançados indevidamente a conta fornecedore s foram estornados. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Com relação à apropriação indevida da Nota Fiscal n° 832, da Palladium Engenharia, o Prefeito do Campus e o Diretor do DEFIN agiram com consciência da ilegalidade do ato praticado e ain da assim autorizaram o ato impróprio. A Pró-reitoria de Administração autorizou a reali zação da despesa com hospedagens e refeições, sem adotar providências no sentido de evitar a duplicidade do desembolso para o erário. Os gestores não atenderam tempestivamente à recomendação da CGU, exarada no Relatório de Avaliação de Gestão do exercício de 2005 no sentido de que fosse providenciado o ressarc imento ao erário das despesas irregularmente efetuadas. CAUSA: A prática de se empenhar despesa e liquidá-la pa ra evitar a perda de

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recursos orçamentários, bem como o descumprime nto dos princípios e normas aplicados à Contabilidade Pública foram a causa da irregularidade cometida pela UFPA. Falta de atendimento das recomendações emanadas pela CGU e falta de apuração tempestiva dos responsáveis pelas irregul aridades. JUSTIFICATIVA: A Entidade não se manifestou em relação ao item 1. Quanto ao item 2, a UFPA reiterou a seguinte justificativa por m eio do Memorando n°. 308/2006-DEFIN: "O presente item refere-se ao processo licitatório n°. 019594/2003, na modalidade convite n°. 2003CV00043, que tinha po r objeto a reforma e adaptações do espaço de convivência do atelie r de artes do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Pará. Re forma essa cancelada pela Prefeitura do Campus. Os valores da licitação mencionada acima foram co mprometidos por meio da Nota de Empenho 2003NE903910, tendo em Restos a Pagar não processados no exercício de 2003, até 27 de deze mbro do exercício de 2005, quando foi efetuada a apropriação da Nota Fi scal n°.832 por este Departamento, a partir da sua certificação pela Unidade competente, tudo constante do processo n°. 030680/2005. Sendo que essa foi a única providência tomada pelo Departamento de Finanças. Em relação ao recolhimento dos encargos tributár ios, cumpre informar que os Tributos Federais (IRRF, CSLL, PIS/PASEP e COFINS) e o Imposto sobre Serviços - ISS foram apenas retidos, não t endo sido recolhidos até a presente data. No tocante ao INSS, e m razão do mês de competência do tributo ser no segundo dia do m ês subseqüente, esta Instituição foi obrigada a efetuar o recolhiment o, a fim de evitar a incidência das sanções legais previstas na leg islação respectiva." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Com relação ao item 1, a Entidade não apresentou n enhuma justificativa para o não recolhimento dos valores pagos irregularmente, já reconhecidos, inclusive, pela Pró-Reitora de Ad ministração quanto à duplicidade havida(Memo. PROAD/231/2006). No que diz respeito ao item 2, não acatamo s a justificativa da Entidade, pois não poderia haver liquidação d as despesas, como já exarado no Relatório 175131 desta Controladoria, h aja vista a ausência dos requisitos legais previstos no art. 63 da L ei n°. 4.320/64 e no Decreto n°. 93.872/86, em especial o art. 36 e seu § 2°, cujos conteúdos abaixo reproduzimos: "Art. 36: A liquidação da despesa consiste na ver ificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiári a, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respec tivo crédito ou da habilitação ao benefício." (...)

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§ 2° A liquidação da despesa por fornecimento feit os, obras executadas ou serviços prestados terá por base: o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a Nota de Empenho; o documento fiscal pertinente; o termo circunstanciado do recebimento definitivo , no caso de obra ou serviço de valor superior a R$ 80.000,00 (*) e eq uipamentos de grande vulto, ou o recibo, nos demais casos". A liquidação da despesa, que pode ser chamada t ambém de apropriação contábil da despesa, é a verificação do imple mento de condição do empenho e tem por objetivo apurar: a) a origem e o objeto do que se deve pagar; b) a importância exata a pagar; c) a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. A liquidação é formalizada com base em docu mentos: nota fiscal, fatura, contrato, etc., que servirão de suporte para a Administração Pública verificar - por meio do ato de ates tar e conferir esses documentos - a existência da obrigação a pagar. É nesse momento que surgem as obrigações da Administração Públic a perante os seus fornecedores de bens ou serviços e, simultaneame nte, surge o direito do fornecedor (credor da obrigação) perante à Admi nistração Pública. No atesto da NF n°.832 - Palladium Engenharia, a l iquidação da despesa foi irregular, pois a conduta colide frontalm ente com o princípio emanado do caput do § 2° do art. 36 do Decreto n° . 93.872/86, que diz expressamente "por fornecimentos feitos, obras executadas (grifo nosso) ou serviços prestados" . No caso em tela, não houve a execução da obra, tendo a nota fiscal sido atestada apenas para a UFPA garantir a verba orçamentária, conforme declarado pelo pr óprio Prefeito. Isto representa, além da ilegalidade do fato, afr onta ao princípio de moralidade na gestão da coisa pública, pois caracteriza conduta incompatível com a função do gestor público. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 010.542.602-49 MURILO DE SOUZA MORHY PRó -REITOR DE ADMINIST. 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA DA PROAD 153.389.322-53 MARCUS VINICIUS MENEZES NETO PRE FEITO DO CAMPUS 019.618.372-34 FRANCISCO JORGE RODRIGUES NOGU DIR ETOR DO DEFIN RECOMENDAÇÃO: 001 Ressarcir o erário dos valores de R$ 1.000,34 e R$ 1.846,50, relativos aos pagamentos efetuados ao Hotel Sagres por cu stos de hospedagem e alimentação dos Professores Paolo Nosella e Maria Helena Rauta, respectivamente. RECOMENDAÇÃO: 002 Providenciar junto aos responsáveis que deram caus a à irregularidade o ressarcimento da importância recolhida indevid amente ao INSS, no valor de R$ 425,83 (quatrocentos e vinte e cinco r eais, oitenta e três centavos), decorrente da contabilização indevid a da Nota Fiscal n°.

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832, emitida pela Palladium Engenharia Ltda (2005N S014515). 2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 2.1 SUBÁREA - MOVIMENTAÇÃO 2.1.1 ASSUNTO - QUANTITATIVO DE PESSOAL 2.1.1.1 INFORMAÇÃO: (071) Com relação à composição quantitativa e qual itativa da força de trabalho de servidores ativos existentes na Unida de, em 31/12/2006, a UFPA apresentou as seguintes informações consta ntes do Relatório de Gestão 2006:

ÁREA DE ATUAÇÃO DOS SERVIDORES QUANTIDADE

Professor 3 o grau 2.139 Professor 1 o e 2 o grau 297 Técnico Administrativo 2.370 Total 4.806

CATEGORIAS FUNCIONAIS QUANTIDADE

Docente Ensino Superior Efetivo 1.783 Substituto 352 Visitante 4 Docente Ensino Básico Efetivo 268 Temporário 29 Técnico Administrativo Nível Apoio 58 Nível Intermediário 1.542 Nível Superior 770 Total 4.806

A UFPA informou, ainda, que a relação aluno/p rofessor é de 13,53, portanto, dentro do parâmetros do MEC, mas que os Campi do interior ainda necessitam de força de trabalho. Já a r elação aluno/técnico administrativo é de 11,80 que, apesar de sat isfatória, apresenta desequilíbrio entre as unidades, com destaque para os Campi do interior. 2.1.2 ASSUNTO - PROVIMENTOS 2.1.2.1 CONSTATAÇÃO: (016) Ausência de publicação em jornal local dos a visos dos concursos públicos. Da análise, por amostragem, dos processos de pro vimento da Entidade, observamos que não consta a publicação do e dital dos concursos públicos n°. 41/2006, n°. 63/2006 e n°. 72/2006, em jornal diário de

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grande circulação, contrariando o disposto no § 1°, do artigo 12, da Lei n°. 8.112/1990. Os documentos apresentados pela Entidade refer ente aos editais n°. 41/2006, n°. 63/2006 não comprovam a publicação dos mesmos em jornal local, pois constavam somente Memorandos – n°.s 3 28/2006 e 461/2006 - solicitando autorização ao setor competente p ara publicação e não cópia do aviso do edital publicado, confirmando o nome do jornal e a data publicada. Em relação ao edital n°. 72/2006, a Entidade afirm ou, em seu memorando N°. 789/2007, que o mesmo não foi publicado em jornal local, sendo apenas publicado no Diário Oficial da Un ião em 06/06/2006, restringindo a ampla concorrência exigida no concu rso público. A Entidade foi instada a se manifestar por meio da SA n° 189705/020 de 23/04/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Os gestores realizaram concursos públicos sem obed ecer ao princípio da ampla publicidade. CAUSA: Inobservância aos normativos legais, pela rea lização de concurso público sem a devida publicação em jornal de circu lação local. JUSTIFICATIVA: A Entidade apresentou justificativas por meio do M emorando n° 789/2007 - GSA/PROGEP, abaixo ipsis litteris : "Conforme comprovante em anexo, informamos que foram publicados em jornal local o Edital n° 41/2006 e o Edital n° 63/ 2006. O edital n° 72 foi publicado apenas no Diário Oficial da União, d e 06/06/2006 seção 3

e na página eletrônica http://www.ufpa.br/concurs o, utilizada, à época, para prestar informações relacionadas aos concursos que estavam em andamento."

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não foi possível considerar o documento encaminhad o pela Entidade como comprovante de publicação do edital de concurso pú blico n°. 63/2006 em jornal de grande circulação, pois é apenas uma cópia xerográfica do resumo do edital, não possuindo a data e o nome do jornal publicado. Com relação ao edital de concurso público n°. 72/ 2006, a própria UFPA admitiu que não o publicou em jornal de grande circulação, contrariando dispositivo da Lei n°. 8.112/1990 e um dos princípios da Administração Pública, o da publicidade. O Princípio da Publicidade diz respeito à obrigação de dar publicidade, levar ao conhecimento de todos os seu s atos, contratos ou instrumentos jurídicos como um todo. Isso dá trans parência e confere a possibilidade de qualquer pessoa participar do concurso público. A

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falta de publicação restringe a ampla concorrência . RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRó -REITORA DA PROGEP 211.724.472-68 WALQUIRIA GOMES CORREA GER .SELEÇÃO E ADMISS RECOMENDAÇÃO: 001 Abstenha-se de realizar concurso público para p rovimento de pessoal sem atender a um dos Princípios basilares da Ad ministração Pública, qual seja, o da Ampla Publicidade de seus atos. 2.1.2.2 CONSTATAÇÃO: (052) Contratação de professores sem concurso público. Da análise dos Processos nº. 23073.005197/2006-84 e nº. 23073.010925/2006-89, verificamos a contratação d e professores por meio de dispensa de licitação, para ministrar aulas em cursos regulares da Instituição, conforme abaixo in dicado:

Contratado Disciplina ministrada Período Valor (R$)

Emerson Monteiro dos Santos

Entomologia Agrícola 20 a 31/03/2006 (60 horas)

811,80

Maria Ester Silva de Sá

Teatro de formas animadas

01 a 30/06/2006 1.257,00

Salientamos para o fato de que a present e irregularidade é reincidente, tendo sido apontada no Relatório de Auditoria de Gestão do exercício de 2005. Nesse sentido, a Entidade foi instada a se manifestar acerca da irregularidade, por meio da Solicitação de Audito ria nº. 027/2006, de 20/09/06. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A Pró-reitora de Administração e o Diretor do ICA ordenaram a contratação de pessoas estranhas ao quadro de do cente para ministrar disciplinas em curso regular da Instituição. CAUSA: Ausência de planejamento para contratação por meio de processo seletivo simplificado. Inobservância à Lei nº. 8.112/1990 e ao art. 37 da CF. JUSTIFICATIVA: Relativamente à contratação de Emerson Monteiro do s Santos, a Entidade apresentou justificativas por meio do Processo nº 23073.022882/2006-75 e Memo. nº. 48/CCA, de 22/09/2006, cujo con teúdo segue abaixo transcrito:

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"Informo a V. Sa. que o processo nº. 005197/200 6 no qual trata da solicitação de pagamento de horas-aulas em fa vor do Prof. Emerson Monteiro dos Santos, ocorreu pela necessidade de um docente ministrar a disciplina Entomologia Agrícola aos alunos d o Curso de Agronomia turma de 2004 no Campus de Altamira, no período de 20 a 31/03/2006, uma vez que não há docente contratado para a citada disciplina no Campus de Altamira. Na oportunidade informamos que não existia a prev isão de atendimento, no momento da solicitação, da contratação de substituto para a disciplina Entomologia Agrícola." No que se refere à contratação de Maria Ester Si lva de Sá, não houve manifestação da Entidade. Não foram apresentadas novas justificativas por oc asião da SA Final. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: A Constituição Federal, no inciso II do art. 37, prescreve que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou provas e títulos. Visando conferir moralidade à investidura no serv iço público, surge a figura do concurso público como instrumento de efetivação dos princípios da impessoalidade e da objetividad e, como forma de se evitarem favoritismos e de se garantir a iguald ade de oportunidades entre todos os interessados. No caso das contratações acima indicadas, pode- se afirmar que houve afronta direta ao dispositivo constitucional, qu e exige a realização de provas ou provas e títulos, e aos princípios da impessoalidade e objetividade, diante do alto grau de subjetivismo inerente ao tipo de contratação realizada, sem critérios imparciais e objetivos, baseado somente em algum grau de relacionamento atual ou pretérito existente entre os contratados e a Instituição. Sem concurso público, não há garantia de que ten ham sido contratados os melhores para efetivação do serviço ou que s e tenha respeitado o direito de isonomia de outros possíveis interessad os preteridos. In casu , o contratado Emerson Monteiro dos Santos já fo i professor substituto da UFPA no período de 2001 a 2004 e Est er Maria Silva de Sá foi contratada em 14/08/2006 como professora subst ituta da Entidade. Salientamos, ainda, para o fato de que somente foi emitido empenho para a contratação de Ester Maria Silva de Sá, n o dia 29/06/2006, ou seja, após a execução dos serviços pela mesma, e m afronta, ainda, ao art. 60 da Lei nº. 4.320/64. A contratação sem concurso público é inconsti tucional e vem sendo combatida pelo TCU em diversos Acórdãos, como o de nº. 2922/2006 - Primeira Câmara. Ressalte-se que esta irregularidade vem sendo rei teradamente apontada em relatórios de auditoria anteriores, de mod o que a reincidência

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poderá ensejar a responsabilização dos agente s que promoveram as contratações ilegais. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRO -REITORA ADMINIST. 071.177.872-87 JOSE AFONSO MEDEIROS SOUZA DIR ETOT ICA RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a UFPA se abstenha de contra tar professores para ministrar aulas nos cursos regulares da Inst ituição e observe o mandamento constitucional contido no art. 37, inciso II, quanto à obrigatoriedade de prévia aprovação em con curso público para investidura em cargo/emprego público. 2.1.2.3 CONSTATAÇÃO: (062) Irregularidades no Processo de contratação de profe ssores substitutos. Da análise dos Processos de contratação de profess ores substitutos com fundamento na Lei nº 8.745/93, para o Centro de Ci ências Jurídicas, no ano de 2006, verificamos que as contratações não encontram amparo na referida norma, tendo em vista que a motiv ação precípua é a contratação para suprir carência de docente e m vaga decorrente da rescisão contratual de substitutos anteriormente c ontratados. Constatamos as seguintes irregularidades: 1.Contratação mediante a formação de cadastro de r eserva: Contratado Ato de

nomeação/ Lotação

Motivação Disciplinas ministradas no 1º sem 2006

Aprovação/ disciplinas avaliadas

Karla Marques Pamplona

Portaria 0263, de 25/01/2006/ Dep de Prop Jur e Direito Comercial

Desistência do 2º colocado

Noções de Direito e Int. à Ciência do Direito

3º colocado Edital 24, de 24/03/05/ Int. ao estudo do Direito, Int. ao Direito, Noções de Direito, Direito e economia e Direito Societário.

Andréa Nazaré L M Oliveira

Portaria 0383, de 01/02/2006/ Dep de Direito Civil

Término do contrato de substituto

Direito Civil V, VI e VII

2º colocado Edital 96, de 22/09/05/ Prática Jurídica Real(Processo Civil e Penal)

A contratação mediante cadastro de reserva f ere frontalmente as disposições da Lei nº. 8.745/93, tendo em vi sta que, segundo uma análise teleológica da norma, esta tem como f inalidade permitir à

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contratação de excepcional interesse público, portanto em casos específicos expressamente previstos pelo legislado r. 2.Contratação sem amparo legal:

Contratado Ato de nomeação/

Lotação

Motivação Disciplinas ministradas

Aprovação/ disciplinas

avaliadas Bruno Soeiro Vieira

Portaria 2584, de 03/08/2006/ Dep de Prop Jur e Direito Comercial

Término do contrato de substituto

Direito e Economia e Introdução ao Direito – 1º sem 2006

1º colocado Edital 73, de 12/06/06/ Int. ao estudo do Direito, Int. ao Direito, Noções de Direito, Direito e economia e Direito Societário

Karla Marques Pamplona

Portaria 0263, de 25/01/2006/ Dep de Prop Jur e Direito Comercial

Desistência do 2º colocado

Noções de Direito e Int. à Ciência do Direito

3º colocado Edital 24, de 24/03/05/ Int. ao estudo do Direito, Int. ao Direito, Noções de Direito, Direito e economia e Direito Societário.

Andréa Nazaré L M Oliveira

Portaria 0383, de 01/02/2006/ Dep de Direito Civil

Término do contrato de substituto

Direito Civil V, VI e VII

2º colocado Edital 96, de 22/09/05/ Prática Jurídica Real(Processo Civil e Penal)

Christine da S C Alves

Portaria 2138, de 26/06/2006/ Dep d e Direito Civil

Término de contrato de substituto

Direito Civil II, IV e V

2º colocado Edital 57, de 22/05/06 Direito Civil – 1 vaga – 1º desistiu

Adriana M S Araujo

Portaria 1870, de 06/06/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Término do contrato de 7 professores substitutos

Disciplinas práticas NPJ

2ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas práticas do NPJ

Cynthia F S Pajeú

Portaria 1933, de 09/06/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Término do contrato de 7 professores substitutos

Disciplinas práticas NPJ e legislação aplicada

5ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas práticas do NPJ

Daiane L Santos Portaria 2021, de 16/06/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Término do contrato de 7 professores substitutos

Penal III, deontologia e disciplina teórica NPJ

1ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas teóricas do NPJ

Daniel C Silveira

Portaria 2167, de 29/06/2006/ Dep de Direito

Término do contrato de 7 professores

Disciplinas práticas NPJ

1ºcolocado Edita l 43, de 25/04/06/ disciplinas

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Penal e Processual

substitutos práticas do NPJ

Diana L T Pinto Portaria 2044, de 19/06/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Término do contrato de 7 professores substitutos

deontologia e disciplina teórica NPJ

2ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas teóricas do NPJ

João B O Almeida

Portaria 1952, de 12/06/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Término do contrato de 7 professores substitutos

disciplina prática e teórica NPJ

3ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas práticas do NPJ

Marleni lson L P Miranda

Portaria 1908, de 07/06/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Término do contrato de 7 professores substitutos

Disciplinas práticas NPJ

4ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas práticas do NPJ

Celene M Pereira

Portaria 2559, de 01 /08/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Rescisão de contrato de professora substituta

Legislação aplicada, TGE e Ciência Política

3ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas teóricas do NPJ

A Lei nº. 8.745/93 que trata da contratação de temporários assim dispõe: “Art. 2º (...) §1° A contratação de professor substituto a que s e refere o inciso IV far-se-á exclusivamente para suprir a falta de docente da carreira, decorrente de exoneração ou demissão, falecim ento, aposentadoria, afastamento para capacitação e afastamento ou licença de concessão obrigatória .” (grifos nossos) Dessa forma, verifica-se que as hipóteses permissivas da Lei retromencionada, para a contratação de professo res substitutos, são taxativas, numerus clausus , com o objetivo de suprir a falta de docente da carreira, decorrente de: exone ração ou demissão, falecimento, aposentadoria, afastamento para capac itação e afastamento ou licença de concessão obrigatória. A contratação com fundamento diverso do acima dis posto é ilegal, este é o entendimento do TCU sobre a matéria, conform e excerto do Acórdão 3055/2006-2ª Câmara, abaixo transcrito: "São ilegais as contratações temporárias que n ão se enquadram nas hipóteses autorizadas pelo art. 2º da Lei 8.745/93 , com a redação dada pela Lei 9.849/99. Segundo o Parecer do Controle Interno e tendo por base informação contida nas fichas de concessõe s, verifica-se que a entidade de origem alegou a necessidade genérica de suprir a carência de docentes na Universidade. Essa hipótese, todav ia, não se insere na possibilidade de contratação temporária prevista n o art. 2º , § 1º, da Lei 8.745/93, a qual prescreve que a admissão tem porária de professor substituto far-se-á exclusivamente para suprir a falta de docente de carreira, decorrente de exoneração ou dem issão, falecimento, aposentadoria, afastamento para capacitação e af astamento ou licença de concessão obrigatória."

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Importante ressaltar que a Resolução UFPA/CONSEP n º. 1645/88 determina que as contratações sejam realizadas na hipótese s permissivas da Lei nº. 8.745/93, desde que não haja possibilidade de docentes do próprio Departamento atenderem a demanda existente: "Art. 2º - A Contratação de professor substituto d everá ser feita por indicação do Departamento, devidamente fundamenta da, quando a análise do Plano Departamental demonstrar a impossibil idade de atender aos encargos de magistério com os recursos humanos do próprio Departamento ." (grifo nosso) Como pode ser observado em item específico deste relatório, os departamentos do CCJ estão com carga horária oc iosa, tendo em vista que os docentes não cumprem a integralidade da carga horária a qual estão vinculados, não estando, portanto, comprova da a impossibilidade dos mesmos atenderem a demanda existente. 3. Contratação de professor para ministrar dis ciplina para a qual não foi avaliado em processo seletivo:

Andréa Nazaré L M Oliveira

Portaria 0383, de 01/02/2006/ Dep de Direito Civil

Término do contrato de substituto

Direito Civil V, VI e VII

2º colocado Edital 96, de 22/09/05/ Prática Jurídica Real(Processo Civil e Penal)

Celene M Pereira

Portaria 2559, de 01/08/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Rescisão de contrato de professora substituta

Legislação aplicada, TGE e Ciência Política

3ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas teóricas do NPJ

Daiane L Santos Portaria 2021, de 16/06/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Término do contrato de 7 professores substitutos

Penal III, deontologia e disciplina teórica NPJ

1ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas teóricas do NPJ

Cynthia F S Pajeú

Portaria 1933, de 09/06/2006/ Dep de Direito Penal e Processual

Término do contrato de 7 professores substitutos

Disciplinas práticas NPJ e legislação aplicada

5ºcolocado Edital 43, de 25/04/06/ disciplinas práticas do NPJ

Embora a contratação com base na Lei nº. 8.745/9 3 preveja o processo seletivo simplificado dos candidatos, esta p ermissibilidade não autoriza contratações prescindindo das formal idades do concurso público, como a seleção dos candidatos por meio de critérios objetivos que garantam uma contratação que atenda os objet ivos da Instituição, qual seja, a qualidade no ensino. Salientamos para o fato de que as irregularidad es são reincidentes, tendo sido apontadas no Relatório de Auditoria de Gestão do exercício de 2005. A Entidade foi cientificada da irregularidade p or meio do Relatório nº. 183944/2006, bem como foi questionada acerca d os fatos constatados por meio da Solicitação de Auditoria Final.

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ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A PROEG e a PROGEP vêm contratando aprovados e m concursos públicos para professores substitutos além do quantitativo de vagas previsto no Edital, mediante a formação de cadastro de reserva ; com fundamento não previsto na Lei nº. 8.745/93 e para ministrar di sciplina para a qual não foi previamente avaliado. O Reitor da Entidade está efetivando as contra tações em comento ao arrepio da Lei nº. 8.745/93. CAUSA: Inobservância à Lei nº. 8.745/93 e às reiteradas r ecomendações da CGU. JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR 081.431.612-34 LICURGO PEIXOTO DE BRITO PRó -REITOR DE ENSINO RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a UFPA: 1. Promova a rescisão e suspenda o pagament o das contratações temporárias consideradas ilegais que ainda estão e m vigência, tão logo viabilize a substituição dos docentes substi tutos por docentes efetivos dos próprios departamentos que não est ejam cumprindo a sua carga horária ou demonstre a impossibilidade de fa zê-lo, nos termos do art. 2º da Resolução UFPA/CONSEP nº. 1645/88; 2. Observe as normas que regem as contratações p or tempo determinado para atender à necessidade temporária de ex cepcional interesse público, em especial o disposto no § 1º do art. 2º da Lei 8.745/93 e suas alterações posteriores. 2.1.2.4 CONSTATAÇÃO: (080) Servidores irregularmente "cedidos" para a FADESP. A UFPA, Autarquia Federal, vem cedendo servidores para o exercício de funções/cargos, durante a jornada de trabalho e com prejuízo de suas atribuições funcionais, na Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa - FADESP, instituição privada, sem fins lucrativos, em flagrante contrariedade à Lei nº. 8.112/90 e a d isciplina da Lei nº. 8.958/94 c/c Decreto nº. 5.205/2004, conforme pass aremos a expor.

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Os servidores que estão desempenhando atividade s na FADESP são os a seguir listados, com seus respectivos cargos e re munerações recebidas de janeiro a dezembro de 2006, pela UFPA:

Servidor Matrícula Categoria Regime Remuneração Jan a dez 2006

Audolino da C. Vieira

0327387 Assistente em administração

40H 30.834,29

Leila Selma R. Figueiredo

0326901 pedagoga 40H 43.814,17

Raimundo Deocleciano G. Lemos

0327397 Assistente em administração

40H 31.619,13

Rosângela Rita M. Cavaleiro

0326686 Assistente em administração

40H 39.444,73

Takashi Nagano 0327404 Técnico em cinematografia

40H 20.024,73

Maurila Bentes de M. e Silva

0328240 Professora 3º grau

DE 58.209,58

Celso Higino Grello

0326530 Assistente em administração

40H 36.043,13

Paulo de Jesus S. dos Santos

0327187 Analista de Tecnologia da informação

40H 40.776,26

Silvia Cristina F. P. de Souza

0235702 Assistente em administração

40H 35.626,33

Silvania Lamarão da S. Cruz

0327153 Assistente em administração

40H 31.839,80

Ocorre, que esses servidores recebem "bolsas de extensão" concedidas pela FADESP, em função das atividades desempen hadas, inclusive com pagamento de férias, décimo terceiro, ticket alimentação e vale- transporte como se fossem legítimos funcionários d aquela instituição. Os valores recebidos, por cada um dos servi dores, de janeiro a dezembro de 2006, constam da tabela abaixo:

Servidor Admissão Cargo/Função Lotação Valor atual da Bolsa

Remuneração Jan a dez 2006

Audolino da C. Vieira

Técnico Setor de Projetos

1.353,09 15.762,17

Leila Selma R. Figueiredo

Coordenadora Setor de Concursos

1.353,09 19.671,72

Raimundo Deocleciano G. Lemos

Coordenador Setor de passagens e diárias

1.353,09 20.194,55

Rosângela Rita M. Cavaleiro

Assessora jurídica

Assessoria Jurídica

1.353,09 19.665,42

Takashi Nagano

Motorista Secretaria 900,00 11.815,00

Maurila 01/08/05 Coordenadora CDI 1.353,09 16.710,38

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Bentes de M. e Silva Celso Higino Grello

01/07/05 Secretário Secretaria 954,00 10.829,91

Paulo de Jesus S. dos Santos

01/02/06 Técnico Setor de concursos

1.219,00 12.262,82

Silvia Cristina F. P. de Souza

Coordenadora Setor de patrimônio

1.219,00 9.801,19

Silvania Lamarão da S. Cruz

01/02/06 Analista financeiro

Setor financeiro

1.219,00 12.364,40

*Os valores recebidos a título de ticket alimentação e vale transporte não estão incluídos na tabela.

A Lei nº. 8.112/90 é clara ao definir as hipótese s de afastamento dos servidores públicos federais para servir a outr o órgão ou entidade, inexistindo, portanto possibilidade de cessão para Fundações privadas, senão vejamos: "Art.93.O servidor poderá ser cedido para ter exerc ício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: I- para exercício de cargo em comissão ou função d e confiança; II- em casos previstos em leis específicas. §1° Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Mun icípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. §2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa púb lica ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remunera ção do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do ca rgo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das desp esas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. §3° A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União. §4° Mediante autorização expressa do President e da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercíc io em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo." Por outro lado, a Lei nº. 8.958/94 e o Decre to nº. 5.205/2004 ao disciplinarem a possibilidade de participação de servidores federais nas atividades realizadas por essas fundações assi m dispõem: Lei nº. 8.958/94

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"Art. 4º As instituições federais contratantes po derão autorizar, de acordo com as normas aprovadas pelo órgão d e direção superior competente, a participação de seus servido res nas atividades realizadas pelas fundações referidas no art. 1º desta lei, sem prejuízo de suas atribuições funcionais . (grifo nosso) §1º A participação de servidores das in stituições federais contratantes nas atividades previstas no art. 1º d esta lei, autorizada nos termos deste artigo, não cria vínculo empr egatício de qualquer natureza , podendo as fundações contratadas, para sua execução, concederem bolsas de ensino, de pesquisa e de ex tensão. (grifo nosso) §2º É vedada aos servidores públicos federais a participaçã o nas atividades referidas no caput durante a jorna da de trabalho a que estão sujeitos, excetuada a colaboração esporádica , remunerada ou não, em assuntos de sua especialidade, de acordo com as normas referidas no caput." (grifos nossos) Decreto nº. 5.205/2004 "Art. 4º §1°. Os membros da diretoria e dos conselh os das fundações de apoio não poderão ser remunerados pelo exercíci o dessas atividades, sendo permitido aos servidores das instituições ap oiadas, sem prejuízo de suas atribuições funcionais , ocuparem tais cargos desde que autorizados pela instituição apoiada. (grifo nosso) §2° Para os fins do §1°, não se levará em conta o regime de trabalho a que está submetido o servidor da instituição apoia da. Art.5° A participação de servidores das instituiçõ es federais apoiadas nas atividades previstas neste Decreto é admit ida como colaboração esporádica em projetos de sua especialidade, desde que não implique prejuízo de suas atribuições funcionais . (grifos nossos) §1° A participação de servidor público federal n as atividades de que trata este artigo está sujeita a autorização p révia da instituição apoiada, de acordo com as normas aprovadas por seu órgão de direção superior. §2° A participação de servidor público federal n as atividades de que trata este artigo não cria vínculo empregatício d e qualquer natureza , podendo a fundação de apoio conceder bolsas no s termos do disposto neste Decreto." (grifo nosso) Como se pode verificar, a única possibilidade de participação dos servidores da UFPA, in casu , nas atividades da FADESP, seria quando da contratação dessa Fundação para a realização de p rojetos de pesquisa, ensino, pesquisa e extensão, e de desenvolvi mento institucional, científico e tecnológico, sempre por prazo determ inado e sem prejuízo de suas atribuições funcionais, sendo, portanto, v edada a participação de servidores para o exercício de atividades per manentes e durante a jornada de trabalho. Ainda, em que pese a legislação supramencionada pr ever a possibilidade de remuneração dos servidores contratados por meio de bolsas de extensão, estas poderão ser concedidas, con forme expressamente

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determinado em ambos os normativos, sem qual quer tipo de vínculo empregatício ao contrário do que vem fazendo a Fundação ao pagar benefícios outros como décimo terceiro, férias e a uxílios transporte e alimentação, os quais configuram vínculo empregatí cio. Sendo assim, verifica-se que a UFPA está dispo ndo indevidamente de seus servidores, com notório prejuízo para a En tidade, em função do não cumprimento das atribuições funcionais desses servidores no Poder Público, além do prejuízo financeiro decorren te do pagamento por serviços não prestados pelos referidos servidores. Fazemos ressalva à situação da servidora Maurila B entes de M. e Silva, que, segundo dados constantes do PIT, incluí do nos Sistemas de Acompanhamento das Atividades Docentes, a servido ra ministrou aulas e realizou outras atividades, nos 1º e 2º semestre s de 2006, cumprindo um total de 9 horas e 22 horas de sua carga horári a, respectivamente. Ressalte-se que a servidora assumiu seu cargo, n a UFPA, em regime de Dedicação Exclusiva. Importa ressaltar que as situações ora apont adas são de total conhecimento da Administração Superior da UFPA. Ademais, em pesquisa no Sistema de Controle de Processos da Entidade ( PTA) não encontramos referências a processos de "cessão" ou "requisi ção" relativamente a esses servidores, bem como, não há qualquer re ferência, nas pastas funcionais dos servidores, nem no SIAPE, acer ca da data de início dessas "cessões", bem como da atual lotação dos me smos, na FADESP. Por outro lado, não há registros, no Setor de Recursos Humanos da FADESP, da data de admissão de 6 (seis) servidor es, havendo indícios de que haja servidores exercendo atividades, na F ADESP, há mais de 10 anos. A Entidade foi instada a se justificar sobre a oc orrência por meio da Solicitação de Auditoria Final. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A administração superior da UFPA autorizou a "cessão" dos servidores e tem ciência de que os servidores es tão exercendo suas atividades na FADESP, sem respaldo legal. CAUSA: Inobservância ao Estatuto do Servidor Público Feder al (Lei nº. 8.112/90) à Lei nº. 8.958/94 e Decreto nº. 5.205/20 04.

JUSTIFICATIVA: A Entidade não apresentou manifestação sobre a irr egularidade. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: A Entidade não apresentou manifestação sobre a irr egularidade.

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RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRO -REITORA DA PROGEP RECOMENDAÇÃO: 001 Abster-se de "ceder" servidores às fundações de a poio, inclusive para cargos de direção, em obediência ao disposto no ar t. 4°, caput e §§ 2° e 3° da Lei n°. 8.958/94, corrigindo imediatament e a situação dos que se encontram atualmente cedidos à FADESP, mediant e o retorno imediato ao exercício de suas atribuições na UFPA. RECOMENDAÇÃO: 002 Recomendamos que seja apurada a responsabil idade daqueles que autorizaram a "cessão" irregular dos servidore s para a FADESP, bem como a remuneração recebida durante o período da cessão para fins de ressarcimento aos cofres públicos. 2.2 SUBÁREA - REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS 2.2.1 ASSUNTO - CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS 2.2.1.1 CONSTATAÇÃO: (018) Pagamento de proventos integrais a servidor com registro de aposentadoria com proventos proporcionais no SIAPE . Da análise do levantamento e cruzamento de inform ações cadastradas no SIAPE, verificamos o pagamento de proventos in tegrais a servidores aposentados com proventos proporcionais segundo dados constantes no SIAPE. A Entidade foi instada a esclarecer a diver gência, por meio da Solicitação de Auditoria n°. 189705/024 de 24/0 4/2007 e em resposta promoveu a correção dos casos apontados, com exceção do abaixo indicado:

MATRÍCULA NOME SERVIDOR APOSENTADORIA PROP APOS

6328102 MANUEL JOSE SENA DUTRA Aposent.Vol.Prov.Prop.Ec20/98 A.8

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ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A Pró-Reitora determinou o pagamento do serv idor contrariando a legislação e não providenciou as alterações no SIA PE. CAUSA: Falta de mecanismo de controle interno na folha de pagamento.

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JUSTIFICATIVA: Memorando n°. 193/2007-PROGEP "Quanto aos aposentados/instituidores com ocorrênc ia de aposentadoria com proventos proporcionais no SIAPE, alteramos para aposentadorias integrais, exceto do instituidor Paulo Sergio Coutinho de Oliveira (Falecido), em função de estarmos aguardando orie ntação do Ministério do Planejamento para modificação." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Acatamos a justificativa parcialmente, pois e m consulta ao SIAPE constatamos que o servidor Manuel José Sena Dutra ainda está com ocorrência de aposentadoria com proventos p roporcionais, porém recebendo proventos integrais. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRó -REITORA DA PROGEP RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que, caso o servidor Manuel José S ena Dutra faça jus à aposentadoria integral, seja procedida a correção dos dados constantes do SIAPE, caso contrário seja alterado o valor do benefício, conforme concedido no Ato de Aposentadoria. 2.2.1.2 CONSTATAÇÃO: (020) Impropriedades na concessão de adicionais d e insalubridade e periculosidade. Exame amostral mediante consulta ao Sistema Data Warehousing - DW que executa levantamento e cruzamento de dados c adastrados no SIAPE, revelaram as seguintes impropriedades com rel ação a concessão de insalubridade e periculosidade: a) ANTONIO CARLOS DA SILVA SANTOS - Concess ão de benefício sem respaldo técnico e legal Cargo: Assistente em administração A Portaria n°. 306/2002 que concede insalubridad e de grau médio, tem como lotação o Hospital de Clinicas Gaspar Vi ana, de acordo com o laudo n°. 095/2001, pelo período de vigência de j aneiro a dezembro de 2002, porém, do cotejo com o SIAPE, verific amos que o servidor encontra-se lotado na Coordenação de Recur sos Humanos, desde 01/10/2005, tendo recebido, portanto, irregula rmente adicional de insalubridade no valor de R$ 2.039,28 em 2006.

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Mês Rendimento jan/05 105,36

fev/05 105,36

mar/05 105,36

abr/05 105,36

mai/05 230,19 jun/05 146,97

jul/05 146,97

ago/05 146,97

set/05 146,97

out/05 146,97

nov/05 146,97

dez/05 146,97

Total 1.680,42 b) JOAO BOSCO PEIXOTO - Portaria e SIAPE diver gentes com relação à lotação e ao benefício. Concessão de benefício se m respaldo técnico e legal Cargo: Contínuo A Portaria n°. 1800/92 concede o adicional de insalubridade para o referido servidor em função de sua lotação no Centro Tecnológico, todavia em consulta ao sistema SIAPE, verificamos que o servidor está lotado no Centro de Ciências Biológicas desd e 31/05/2001, e vem recebendo o adicional de periculosidade, ou seja, a Portaria e o sistema estão divergentes com relação à lotaç ão e ao benefício. O valor de R$ 1.670,04 foi pago indevidamente em 200 6.

Mês Rendimento jan/06 139,17

fev/06 139,17

mar/06 139,17

abr/06 139,17

mai/06 139,17

jun/06 139,17

jul/06 139,17

ago/06 139,17

set/06 139,17 out/06 139,17

nov/06 139,17

dez/06 139,17

Total 1.670,04 c) LUIZ CARLOS DA SILVA MORAES - Concessão de be nefício sem respaldo técnico e legal Cargo: Engenheiro A Entidade apresentou a Portaria n°. 0772/1 986, de 05/06/1986 concedendo adicional de periculosidade ao ser vidor, porém não foi disponibilizado o laudo pericial. No ano de 2006 f oi pago o valor de R$ 2.736,72 referente à parcela de adicional de pe riculosidade.

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Mês Rendimento jan/06 228,06

fev/06 228,06

mar/06 228,06

abr/06 228,06

mai/06 228,06

jun/06 228,06

jul/06 228,06

ago/06 228,06

set/06 228,06

out/06 228,06

nov/06 228,06

dez/06 228,06

Total 2.736,72 d) EDINALDO DA CRUZ SHERRING - Concessão de be nefício sem respaldo técnico e legal Cargo: Técnico em eletrotécnica. O adicional de periculosidade pago no ano de 2006, R$ 339,88, não atende as condições disciplinadas na legislação tr abalhista, visto que apenas foi disponibilizado o relatório de revis ão das concessões de adicionais de insalubridade e periculosidade data do de 27/09/1995, ou seja, não possui nem Portaria e nem laudo váli do para concessão do adicional.

Mês Rendimento jan/06 169,94

fev/06 169,94

Total 339,88 e) JOSE ACURCIO SOUZA CAVALEIRO DE MACEDO - Laudo que concede adicional de insalubridade com prazo de vigência e xpirado. Cargo: Professor A Portaria n°. 1151/05 que concede adicional de insalubridade para o servidor lotado no departamento de clínica mé dica do CCS está com prazo de vigência expirado desde 31/12/2005 (01 janeiro a 31 de dezembro de 2005) e laudo n°. 12/2005 também. Por tanto, o valor de R$ 718,32 pago em 2006, referente ao adicional de ins alubridade encontra- se irregular.

Mês Rendimento jan/06 56,81

fev/06 56,81

mar/06 56,81

abr/06 56,81

mai/06 56,81

jun/06 59,86

jul/06 62,91

ago/06 65,96

set/06 65,96

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out/06 59,86

nov/06 59,86

dez/06 59,86

Total 718,32 f) ANAYSE FRANCA LEAO - Laudo que concede adicio nal de insalubridade com prazo de vigência expirado. Cargo: Médico A Portaria n°. 1953/05 que concede adicional de insalubridade para o servidor lotado no departamento de clínica mé dica do CCS está com prazo de vigência expirado desde 31/12/2005 (01 janeiro a 31 de dezembro de 2005) e laudo 02/2005 também. Por tanto, o valor de R$ 5.473,32 pago em 2006, referente ao adiciona l de insalubridade encontra-se irregular.

Mês Rendimento jan/06 456,11

fev/06 456,11

mar/06 456,11

abr/06 456,11

mai/06 456,11

jun/06 456,11

jul/06 456,11

ago/06 456,11

set/06 456,11

out/06 456,11

nov/06 456,11

dez/06 456,11

Total 5.473,32 g) SHEILA OLIVEIRA DE MOURA - Concessão de be nefício sem respaldo técnico e legal. Cargo: Auxiliar de enfermagem A portaria apresentada, n°. 1499/2005, con cedeu adicional de insalubridade à servidora lotada no Hospital Betin a Ferro pelo período de janeiro a dezembro de 2003. Do cotejo c om o sistema SIAPE, constatamos que a servidora encontra-se lotada n a Escola de teatro e dança, desde 05/jul/2006 e verificamos também que a mesma recebeu adicional de insalubridade no ano de 2006, sem respaldo técnico de acordo com a tabela abaixo:

Mês Rendimento ago/06 199,96

set/06 199,96

out/06 199,96

nov/06 199,96

dez/06 199,96

Total 999,80 h) SUELY LEAL BASTOS - Concessão de benefício se m respaldo técnico e

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legal. Cargo: Assistente em administração A entidade apresentou a Portaria n°. 1259/2005, r emovendo a servidora do DERCA para o Colegiado do curso de odontolo gia e a Portaria n°. 1275/2005, concedendo adicional de insalubridade à servidora lotada no Curso de Odontologia, de acordo com o laudo n°. 0 3/2005, com vigência de janeiro a dezembro de 2005. Ocorre, que de acordo com dados do SIAPE, a servidora retornou ao DERCA desde 03/04 /2006, porém o valor referente ao adicional de insalubridade co ntinuou sendo pago indevidamente, de acordo com o quadro abaixo:

Mês Rendimento out/06 157,79

nov/06 147,53

dez/06 147,53

Total 452,85 i) LAURO DA SILVA CUNHA - Portaria e laudo que concede adicional de insalubridade estão com prazo de vigência expirado . Foi feito pagamento irregular de adicional de insalubridade para o servidor, em 2006, no montante de R$ 1.014,36, poi s a Portaria e laudo pericial estão com prazo de vigência expirado. A Portaria n°. 1004/05 concedeu o adicional de insalubridade de gra u médio ao servidor, lotado no Departamento de Fisiologia, durante o ex ercício de 2005, e o laudo n°. 06/05 tem validade somente até 01/01/200 6.

Mês Rendimento jan/06 82,56

fev/06 82,56

mar/06 82,56

abr/06 82,56

mai/06 82,56

jun/06 84,53

jul/06 86,50

ago/06 88,47

set/06 88,47

out/06 84,53

nov/06 84,53

dez/06 84,53

Total 1.014,36 j) PAULA IVANA FREIRE DA FONSECA - Concessão de be nefício sem respaldo técnico e legal. Cargo: Administradora A Portaria n°. 2592/2001 afirma que a servido ra possui lotação no Hospital Betina Ferro e Souza e concede adicio nal insalubridade de grau médio, conforme o laudo n°. 45/2000, pelo pe ríodo de vigência de 05/11 a 31/12/2001. Porém, em consulta ao SIAP E, constatamos que a servidora encontra-se lotada na Coordenação de Re cursos Humanos desde

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01/02/2006 e recebeu e foi descontada na rub rica de adicional de insalubridade de acordo com o quadro abaixo. V erifica-se que ainda falta uma diferença de R$ 176,73 para recolher aos cofres públicos.

Mês Rendimento Desconto fev/06 228,05 mar/06 228,05 abr/06 228,05 mai/06 228,05 jun/06 228,05 Jul/06 253,30 ago/06 0,00 0,00 Set/06 101,00 342,08

out/06 50,50 342,08

nov/06 342,08

dez/06 342,08

Total 1.545,05 1.368,32 Diferença 176,73

k) MANOEL DINIZ PERES - Laudo com prazo de vigênci a expirado. Cargo: Professor A Portaria n°. 0752/92, de 01/04/1992 e o laudo s/ n, de 10/10/1991 são muito antigos, portanto inválidos. O valo r do adicional de insalubridade, de R$ 1.849,44, foi concedido, em 2006, sem atender as condições disciplinadas na legislação.

Mês Rendimento nov/06 1.078,84

dez/06 770,60

Total 1.849,44 l) LINDALVA FERREIRA DA SILVA - Não possui laudo vigente para concessão do adicional de periculosidade. A Entidade apresentou apenas a Portaria n°. 1051/8 2 de 15/07/1982, sem o respectivo laudo para respaldar a concessã o do adicional de insalubridade de acordo com as condições disciplin adas na legislação. No ano de 2006 foi pago o valor de R$ 1.113,36 na rubrica referida, conforme tabela anexa:

Mês Rendimento jan/06 88,07

fev/06 88,07

mar/06 88,07

abr/06 88,07

mai/06 88,07

jun/06 92,78

jul/06 97,49

ago/06 102,20

set/06 102,20

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out/06 92,78

nov/06 92,78

dez/06 92,78

Total 1.113,36 m) MARIA IVONE MAIA DA COSTA - Divergência de lota ção entre a Portaria que concede adicional de insalubridade e o SIAPE. Cargo: Bibliotecária A Portaria n°. 2036/06 concede adicional de insal ubridade à servidora em função de sua lotação no Departamento de Eng enharia Química e de Alimentos, porém no registro do SIAPE a serv idora esta lotada na Biblioteca Central, estando desatualizado o sistem a SIAPE. n) SIMONE MARIA NENO SILVA - Divergência de lota ção entre a Portaria que concede adicional de insalubridade o SIAPE. A Portaria n° 3053/2005 concede adicional de insal ubridade à servidora em função de sua lotação no Hospital Bettina Fer ro e Souza, porém no registro do SIAPE a servidora esta lotada no C entro de Filosofia e Ciências Humanas, estando desatualizado o sistema SIAPE. Os documentos apresentados justificam, apenas, a c oncessão inicial dos adicionais de insalubridade e periculosidade, não sua permanência após as mudanças das tarefas executadas pelo servid or em decorrência de modificação na lotação dos mesmos. A concessão dos referidos adicionais aos servid ores relacionados na constatação não obedece à Orientação Normativ a/SRH/MP n°. 04, de 13/07/2005, que estabelece as condições necessár ias para a concessão dos adicionais de insalubridade. No caso de servidores recebendo adicional de insalubridade e periculosidade com base em portaria que especific a lotação diversa da atual local de trabalho do servidor é flagrante o desrespeito legal, pois os artigos 8º e 9°, da Orientação Normati va/SRH/MP n°. 04, de 13/07/2005, determina que os adicionais deverão se r concedidos à vista de portaria de localização do servidor no ambien te periciado e devem ser suspensos quando cessado o risco, o serv idor for removido do ambiente que originou a concessão, senão vejamos: "Art.8º O pagamento dos adicionais e da gratificaçã o por trabalhos com Raios-X ou Substâncias Radioativas é suspenso quan do: I - cessado o risco; II - o servidor é removido do ambiente que ori ginou a concessão do adicional; III - estejam distantes do local ou deixem de exercer o tipo de trabalho que deu origem ao pagamento do adicional. Art. 9º Os adicionais de que trata esta Orientaç ão Normativa deverão ser concedidos à vista de portaria de locali zação do servidor no

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ambiente periciado ou portaria de designação par a executar atividade já objeto de perícia." Ademais, a Orientação Normativa/SRH/MP n°. 04, de 13/07/2005, estabelece que é de responsabilidade do órgão d e recursos humanos o pagamento dos adicionais com base no laudo de aval iação ambiental, bem como de realizar todas as atualizações devid o à movimentação de pessoal. "Art. 10 A execução dos pagamentos das vantagens pe cuniárias presentes nesta Orientação Normativa será feita pelo órgão de recursos humanos, com base no laudo de avaliação ambiental exp edida por autoridade competente. Parágrafo 1º . Cabe à área de recursos humanos re alizar a atualização permanente dos servidores que fazem jus aos adicionais, conforme movimentação de pessoal." No caso de concessão de adicionais de insalubrid ade e periculosidade mediante portaria e laudos desatualizados, não carece maiores comentários, pois os mesmos são inválidos e m decorrência das alterações funcionais ocorridas. "Art. 12. O laudo de avaliação ambiental não tem prazo de validade, devendo ser refeito sempre que houver alteraç ão da organização do trabalho e dos riscos presentes." Ressaltamos ainda, que as Portarias e os laudos p ericiais solicitados por meio da SA n°. 189705/010 de 18/04/2007 só fo ram disponibilizadas para a equipe no último dia de auditoria, restring indo os trabalhos de campo. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A Pró-Reitora autorizou o pagamento dos adicionai s de insalubridade e periculosidade sem atender as formalidades legais. CAUSA: Inobservância aos normativos vigentes sobre o assunto e a falta de controles internos para concessão dos adicionai s de insalubridade e periculosidade. JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRó -REITORA DA PROGEP

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RECOMENDAÇÃO: 001 Adote providências no sentido de obter laudos p ericiais atualizados quando da concessão dos adicionais de insalubridade e de periculosidade, conforme disposições do art. 69 d a Lei nº. 8.112/90,

art. 12 da Lei nº. 8.270/91, Decreto nº. 97. 458/89 e Orientação Normativa/SRH/MP n°. 04, de 13/07/2005. RECOMENDAÇÃO: 002 Somente efetue pagamento dos adicionais de insalubridade e de periculosidade mediante a existência de laudo s técnicos conforme dispõe o art. 6º do Decreto nº. 97.458/89, corrigi ndo, de imediato, as distorções existentes. RECOMENDAÇÃO: 003 Adote mecanismos de controle interno para revisar se os servidores que recebem adicionais de insalubridade e periculosid ade estão lotados no lugar da portaria que os concede e se os laudos e stão válidos, para a devida concessão dos adicionais. RECOMENDAÇÃO: 004 Proceda o recolhimento dos valores pagos indevidam ente com relação aos adicionais de insalubridade e periculosidade e faça um levantamento dos adicionais ora sendo pagos com vistas a correç ão de irregularidades porventura existentes.

RECOMENDAÇÃO: 005 Atualize o SIAPE com relação à lotação correta dos servidores. 2.2.1.3 CONSTATAÇÃO: (068) Ineficácia na tomada de providências com rel ação à acumulação irregular de cargos. Na Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício d e 2005, Relatório n° 175131, item 7.2.1.2, foram constatados 142 casos de acumulação irregular de cargo público ou particular por ser vidores da Entidade, conforme análise do cruzamento entre a RAIS 2004 e o SIAPE 2005. Na oportunidade, foi feita a recomendação para qu e fossem apurados os casos apontados, mediante os seguintes procediment os: 1) Notificação dos servidores para apresentaç ão de opção no prazo improrrogável de dez dias, nos termos do art. 133 da Lei nº. 8.112/90; 2) Instauração de procedimento administrativo sumário no caso de omissão do servidor para regularização, nos termo s do art. 133 da Lei nº. 8.112/90; 3) Instauração de procedimento administrativo pa ra apurar o prejuízo financeiro sofrido pela UFPA em face da re muneração paga aos servidores em regime de dedicação exclusiva, co m vistas à devolução

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dos valores recebidos indevidamente. No caso dos docentes em regime de dedic ação exclusiva, as irregularidades apontadas residem no fato de que existe vedação expressa, no Decreto nº. 94.664, de 23/07/1987 , de outra atividade remunerada pública ou privada, portanto, as situações devem ser revistas. "Art. 14. O Professor da carreira do Magisté rio Superior será submetido a um dos seguintes regimes de trabalho: I - dedicação exclusiva, com obrigação de pr estar quarenta horas semanais de trabalho em dois turnos diários comple tos e impedimento do exercício de outra atividade remunerada, pública o u privada;". Nos demais casos, deve ser considerado o cons tante do Parecer AGU nº. WM-9/98, de 16/03/98 que considera ilícita a acumulação de dois cargos ou empregos de que decorra a sujeição do s ervidor a regimes de trabalho que perfaçam o total de oitenta horas s emanais, pois não se considera atendido, em tais casos,o requisito d a compatibilidade de horários. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Ausência de tomada de providências para adoção de procedimentos que permitam a verificação de casos de acumulação de c argos. CAUSA: Ausência de controles internos eficientes. JUSTIFICATIVA: A Entidade se manifestou através do Memorando PROGEP n°. 495/2006, conforme segue: "Com o objetivo de evitar a ocorrência dessas si tuações, a Reitoria baixou a Portaria n°. 2258/2006, cuja cópia faç o anexar ao presente (Anexo 6), designando a Comissão Permanente de Ac umulação de Cargos e Atividades (CPACA), encarregada de apurar os ca sos de servidores da UFPA que incidam em acumulação ilícita com outras atividades exercidas pelos mesmos. Informo que a CPACA já vem exercendo suas ativida des, tendo procedido à notificação dos servidores relacionados no item ora respondido, para comparecerem a esta PROGEP, com o objetivo de esclarecer suas situações, alertando-os de que o não atendimento implicará a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), no s termos do Art. 133 da Lei 8.112/90. Essas notificações vêm sendo formalizadas em pr ocessos individuais, que envolvem, além da instrução dos autos, no que diz respeito às respectivas situações funcionais, a juntada de pro vas de regularização das situações, quando for o caso. Diante do expostos, a PROGEP vem envidando esforço s, através da tomada

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de providências visando à solução, em defini tivo, dos assuntos relativos a acumulações irregulares, no âmbito da UFPA." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Apesar da Entidade ter criado uma Comissão Permane nte de Acumulação de Cargos e Atividades (CPACA), através da Porta ria n°. 2258/2006 e informado que a CPACA já está exercendo sua s atividades, tendo procedido à notificação dos servidores, não foram apresentados documentos comprobatórios das providências adotad as para apuração das irregularidades apontadas. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRó -REITORA DA PROGEP RECOMENDAÇÃO: 001 Reiteramos a recomendação para que sejam apurados os casos apontados, mediante notificação de todos os servidores listad os para apresentação de opção no prazo improrrogável de dez dias, nos t ermos do art. 133 da Lei nº. 8.112/90. RECOMENDAÇÃO: 002 Que seja instaurado procedimento administrativ o sumário no caso de omissão do servidor para regularização, nos termo s do art. 133 da Lei nº. 8.112/90. RECOMENDAÇÃO: 003 Que seja instaurado procedimento administrativo pa ra apurar o prejuízo financeiro sofrido pela UFPA em face da re muneração paga aos servidores em regime de dedicação exclusiva, co m vistas à devolução dos valores recebidos indevidamente. 2.2.1.4 CONSTATAÇÃO: (072) Pagamento de proventos indevidos a beneficiários de pensão falecidos. Do cruzamento da base de dados do SIAPE com o Si stema de Controle de Óbitos - SCO, constatamos o pagamento de provento s a beneficiários de pensão após o óbito destes. O repasse desses créd itos foi efetuado de maneira indevida. LEDA BARBOSA DA FONSECA RAMOS - mat 02907364

Data do Óbito Fev 2006 08/JAN/2006 1.600,21

DEOLINDALVO CORREA GUIMARAES - mat 03285685

Data do Óbito Jan 2006 Fev 2006 Mar 2006 Abri 2006 TOTAL 28/DEZ/2005 2.944,40 2.944,40 2.972,45 2.972,45 11.833,70

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VANDA MAGALHAES LOBATO DA COSTA - mat 02896427

Data do Óbito Ago 2006 Set 2006 Out 2006 TOTAL 23/JUL/2006 1.393,22 1.299,52 1.299,52 3.922,26

A Entidade foi instada a apresentar justificativa s para a ocorrência, por meio da SA n°. 189705/024, de 24/04/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Pagamento de proventos a beneficiários de pensão f alecidos. Falta de atuação imediata dos setores competent es para suspensão do pagamento de proventos a beneficiários de pensão f alecidos. CAUSA: Falta de mecanismo de controle sobre o paga mento da folha de pagamento. Ausência de recadastramento periódico de aposentad os e pensionistas. JUSTIFICATIVA: Memorando n°. 204/07 - PROGEP "Esta PROGEP não foi imediatamente comunicada acerca do óbito dos pensionistas Leda Barbosa da Fonseca Ramos, Deolindalvo Correa Guimarães e Vanda Magalhães lobato da Costa. Por outro lado, o Sistema de Controle de ób tito gerenciado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestã o, responsável pelo cruzamento dos dados e pela exclusão automática do s servidores/pensionistas não detectou a tempo a oco rrência, razão pela

qual, o pagamento dos valores referentes às pensõ es continuaram sendo depositados indevidamente até a data em que ho uve a comunicação do fato, seja por familiares seja pelo cruzamento dos dados SIAPExSISOP. Quanto à devolução, esta PROGEP foi informada p elo Banco do Brasil, onde os mesmos eram correntistas, acerca da inexis tência de saldos nas respectivas contas bancárias." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: A justificativa da Entidade não elide a irregulari dade, tendo em vista que deve promover o recadastramento periódico dos aposentados e pensionistas, de modo a evitar, exatamente, ocorrências dessa natureza, em cumprimento ao disposto no Decreto nº . 2.251/97: "Art. 1º A atualização cadastral dos servidore s aposentados e dos pensionistas da União que recebam proventos o u pensão à conta, do Tesouro Nacional, constantes do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE, será realizada anual mente pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal di reta, autárquica e fundacional, no mês de aniversário do aposentad o ou beneficiário de pensão, e será sempre condição básica para a continuidade do

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recebimento do benefício. (...) Art. 3º Os servidores aposentados e os pens ionistas que não se apresentarem para fins de atualização dos da dos cadastrais até o término do período fixado terão o pagament o dos, respectivos benefícios suspensos a partir do mês subseqüente." O Tribunal de Contas da União não afasta a respons abilidade dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal r ealizarem o referido recadastramento, conforme Acórdão n°. 2978/2005 Primeira Câmara, que determina à entidade julgada: "9.2.2. observe, nos recadastramentos de aposenta dos e pensionistas, os procedimentos estabelecidos na Instrução Normat iva Interministerial MARE/MF N°. 2, de 26/6/1997, considerando o seu ca ráter permanente e a periodicidade anual, devendo a atualização cadastr al ocorrer no mês de aniversário do beneficiário; 9.2.3. realize rotinas periódicas de cruzamento d e dados do Siape com o Sistema de Controle de Óbitos SCO/INSS, me diante, por exemplo, conciliação mensal na consulta "BATIMENTO SIAPE X SCO", disponível no SIAPE (Ofício-Circular n°. 64/SRH/MP, de 4/9/ 2002, e atualizações posteriores), providenciando, no caso da identi ficação de eventuais pagamentos indevidos, as providências administrati vas cabíveis visando seu ressarcimento ao erário, sem prejuízo da reme ssa dos processos ao Ministério Público da União, para adoção das medidas judiciais cabíveis, conforme previsto na Instrução Normat iva Interministerial MARE/MF N°. 2, de 26/6/1997." Conforme entendimento do TCU no Acórdão n°. 2978/2005, os dois procedimentos relativos à atualização cadastra l de aposentados e pensionistas devem ser realizados, quais sejam: o recadastramento do beneficiário na Unidade, no mês de seu aniversário , e o cruzamento das bases de dados dos sistemas informatizados do Gove rno Federal. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRó -REITORA DA PROGEP RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a Entidade promova o recadastr amento periódico dos aposentados e pensionistas da Entidade, nos ter mos estabelecidos no Decreto nº. 2.251/97. Recomendamos, ainda, que a UFPA impetre a co rrespondente ação na Justiça, com vistas ao ressarcimento dos valores indevidamente pagos após o falecimento dos beneficiários das pensões.

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2.2.1.5 CONSTATAÇÃO: (073) Acumulação irregular de cargos públicos de servidores ativos, aposentados e instituidores de pensão. Da análise, por amostragem, dos levantamentos e cruzamentos de informações cadastradas no SIAPE 2006, verific amos a existência de pensionistas e aposentados que percebem mai s de um benefício decorrente de cargo não-acumulável na atividade, a lém da existência de servidor ativo com mais de um vínculo, fora das hipóteses abrangidas pela Constituição Federal. Constatamos, ainda, que em alguns casos, mesmo após o advento da Constituição de 1 988, os servidores continuaram a exercer dois cargos públicos com incompatibilidade de horário. Após a análise da manifestação da Entidade, e nviada em resposta à Solicitação de Auditoria n°. 189705/24, de 24/04/0 7, listamos a seguir as situações que se apresentam na condição de irregular perante a legislação pátria e à jurisprudência do Tribunal de Contas da União, órgão constitucionalmente incumbido do exame das concessões de aposentadorias e pensões. 1. Instituidores de pensão

ÓRGÃO VÍNCULO SERVIDOR

CARGO JORNADA TRABALHO

APOS/FALEC

MT 49000-0328074

AGENTE ADMINISTRATIVO

40 h sem 1993

UFPA 26239-0328074

PROFESSOR 3 GRAU Dedc exclus

1991

2. Aposentados

ÓRGÃO VÍNCULO SERVIDOR

CARGO JORNADA TRABALHO

APOSENTA DORIA

UFPA 26239-0328198

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

2005-04-27

MP ECONOMISTA 40 h sem 2001

MP 20113-0676976

ODONTOLOGO 30HORAS

30 h sem 2001-07-01

UFPA 26239-0676976

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

1995-10-03

MP 20113-0325261

PROCURADOR FEDERAL

40 h sem 2001-07-01

UFPA 26239-0325261

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

2002-05-16

MT 49000-0324435

PROCURADOR FEDERAL

40 h sem 1993-08-24

UFPA 26239-0324435

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

1990-02-19

UFPA 26239-0325465

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

2000-11-14

UFPA 26239-6325465

ENGENHEIRO-AREA

40 h sem 1999-10-08

INSS 57202-0325329

ASSISTENTE SOCIAL

40 h sem 1996-01-01

UFPA 26239-0325329

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

1995-09-12

INSS 57202-0325101

ASSISTENTE SOCIAL

40 h sem 1996-01-01

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UFPA 26239-0325101

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

1993-09-24

MP 20113-0324401

ECONOMISTA 40 h sem 2001-07-01

UFPA 26239-0324401

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

1994-09-20

MP 20113-0325302

CONTADOR 40 h sem 2001-07-01

UFPA 26239-0325302

PROFESSOR 3 GRAU

Dedc exclus

2006-08-10

CEFET/PA 26212-0273224

ODONTOLOGO 40 h sem 1991-07-22

UFPA 26239-0273224

PROFESSOR 3 GRAU

40 h sem 1990-06-18

3. Ativo permanente

ÓRGÃO VÍNCULO SERVIDOR

CARGO JORNADA TRABALHO

MTB 26000-0250383 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO

40 h sem

UFPA 26239-0250383 MEDICO-AREA 20 h sem ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Ausência de tomada de providências para a adoção de procedimentos que permita a verificação de casos de acumulação de ca rgos. CAUSA: Ausência de controles internos eficientes. JUSTIFICATIVA: A UFPA se manifestou por intermédio do Memorando n°. 193/2007-PROGEP, de 07/05/2007, nos termos transcritos abaixo: "Em resposta ao Memorando n°. 136/2007, de 24 de a bril de 2007, dessa AUDIN, que encaminhou a SA/CGU N°. 189705/24, info rmamos o que segue. (...) Instituidores de Pensão: Joaquim Borges de Carvalho Ocupava nesta Universidade o cargo de Prof. Ens ino Superior, Classe Adjunto 4. Vinculado ao regime de 40 horas a parti r de 01.09.76. Vinculado ap regime de dedicação exclusiva a partir de 08.07.88. Aposentado em 19.11.91. Falecido em 05.06.02.

Era ocupante do cargo de Agente Administrativo (40 horas) junto ao Ministério do Trabalho, no qual se aposentou em 01 .01.93. Esta Universidade não tinha conhecimento do car go que o ex-servidor ocupava junto ao Ministério do Trabalho. Ent retanto, chamamos a atenção para o fato de que as aposentadorias fora m concedidas há mais de 10 anos, motivo pelo qual não se pode a adminis tração desconstituir

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situações jurídicas já consolidadas há mais de ci nco anos, nos termos do artigo 54, da Lei n°. 9.784/99. Aposentados: Francisco Xavier Palheta Júnior Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 10/12/85, vinculado ao regime de 2 0 horas. Em 26/09/96 passou a exercer suas atividades em regime de dedicação exclusiva, conforme Portaria n°. 2849/96. Aposentou em 27/04/2005, conforme Processo n°. 04351/2005. Haroldo Ubirajara de Almeida Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 01/03/66, vinculado ao regime de 2 0 horas. Em 01/08/91 passou a exercer suas atividades em regime de dedicação exclusiva, conforme Portaria n°. 1852/1991. Aposentou em 03/1 0/95. José Luiz Nogueira e Silva Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 01/03/72, vinculado ao regime de 2 0 horas. Em 19/04/95 passou a exercer suas atividades em regime de dedicação exclusiva, conforme Portaria n°. 1046/1995. Aposentou em 16/0 5/2002. Júlio Augusto de Alencar Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 01/03/59, vinculado ao regime de 2 0 horas. Em 20/03/89 passou a exercer suas atividades em regime de dedicação exclusiva, conforme Portaria n°. 623/89. Aposentou em 01/02/9 0, conforme Processo n°. 330/90. Luiz Otávio Brito de Souza Ferreira Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 01/01/73, vinculado ao regime de 2 0 horas. Em 22/03/00 passou a exercer suas atividades em regime de dedicação exclusiva, conforme Portaria n°. 0881/00. Aposentou em 14/11/ 00. Ocupava também nesta Universidade o cargo de Engen heiro-Área em regime de 40 horas em 01/01/78, no qual foi aposentado e m 08/10/99, conforme Portaria n°. 02422/99. De acordo com as informações acima, o ex-servid or somente passou ao regime de dedicação exclusiva em 23/03/00 co nforme Portaria n°. 0881/00, após sua aposentação como Engenheiro. Maria do Socorro Rebelo Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 01/04/72, vinculado ao regime de 2 0 horas. Em 15/03/93 passou a exercer suas atividades em regime de dedi cação exclusiva. Aposentou em 12/09/95.

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Maria Quitéria Rocha Silva Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 01/06/70, vinculado ao regime de 2 0 horas. Em 29/08/91 passou a exercer suas atividades em regime de dedi cação exclusiva. Aposentou em 24/09/93 conforme Portaria n°. 1 793/93, em regime de dedicação exclusiva. Pedro Melo da Silva Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 01/03/66. Em 23/05/91, conforme P ortaria n°. 2014/91, passou a exercer suas atividades em regime de dedi cação exclusiva. Aposentou em 20/09/94, conforme Portaria n°. 1786/ 94. Roberto Silva da Silveira Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 15/03/72. Em 09/08/95, conforme Portar ia n°.2352/95 passou a exercer suas atividades em regime de dedicação exclusiva. Aposentou em 10/08/06. Rogério Campos Correa Exercia nesta Universidade as funções do cargo de Professor de Ensino Superior em 01/04/59, vinculado ao regime de 40 horas. Aposentou em 18/06/90, conforme Portaria n°. 0919/90. Ativo Permanente: Ariosvaldo Pinto dos Santos Exerce nesta Universidade as funções do cargo de M édico-Área vinculado ao regime de 20 horas. (...)" ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Após a análise dos fatos e informações prestadas p ela UFPA, consideramos irregular a acumulação de cargos e con cessão de pensões e aposentadorias decorrentes de acumulação ilícita na atividade, nos casos relacionados a seguir.

1. Instituidores de Pensão. Não concordamos com o posicionamento da Entidade. O ex-servidor ocupava dois cargos (professor de ens ino superior e agente administrativo) que não são casos de acumula ção lícita de acordo com o artigo 37, inciso XVI, alíneas da Cons tituição Federal de 1988.

Quanto à prescrição alegada pela UFPA, no sentido de que se trata de situação jurídica já consolidada há mais de cinco a nos, nos termos do artigo 54, da Lei n°. 9.784/99, não encontra amparo na jurisprudência

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do STF e do TCU. Registramos aqui o voto condutor d o Ministro relator do Acórdão TCU n°. 1297/2005-2ª Câmara:

“(...) Afasto a alegação de prescrição qüinqüenal. A possibilidade de o Tribunal de Contas da União, no exercício da comp etência constitucional de apreciação das concessões, sofrer as restrições estabelecidas na Lei 9.784/99 já foi examinada em d iversas assentadas, oportunidades em que se firmou o entendimento de qu e ‘não cabe argüir acerca da inobservância do artigo 54 da mencionada lei em apreciações de atos de concessão de aposentadorias, reformas e pensões’ (Decisões 1020/2000, 590/2001, 846/2001 e 252/2001 do Plenári o e Acórdãos 599/2001 e 519/2002 da 1ª Câmara).

(...) Ademais, não há de invocar-se a segurança jurídica para manter direito, benefício ou vantagem que, por absoluta fa lta de amparo legal, não poderia ter sido concedido. No caso, pre stigia-se o princípio da segurança jurídica por meio da aplicaç ão da Súmula 106 da Jurisprudência do TCU, que permite a dispensa de valores já percebidos de boa-fé, mas sem respaldo legal, em vi sta de sua natureza alimentar. Não se pode, todavia, permitir a perpetuidade de pagamento ilegal.”

2. Aposentados: A situação de ilegalidade da concessão da aposenta doria está demonstrada a seguir, caso a caso.

a) Acumulação de cargo de Professor 3º grau em reg ime de dedicação exclusiva com outro cargo:

Francisco Xavier Palheta Júnior. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de DE desde 26/09/1996, p orém exercia o cargo de Procurador Federal até sua aposentadoria e m 2001.

Haroldo Ubirajara de Almeida. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de DE desde 01/08/1991, p orém exercia o cargo de Odontólogo no MP até se aposentar em 2001.

José Luiz Nogueira e Silva. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de DE desde 19/04/1995, porém ex ercia o cargo de Procurador Federal até se aposentar em 2001.

Julio Augusto de Alencar. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de DE desde 20/03/1989, porém ex ercia o cargo de Procurador Federal até se aposentar em 1993.

Maria do Socorro Rebelo. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de DE desde 15/03/1993, porém ex ercia o cargo de Assistente Social no INSS até se aposentar em 1996.

Maria Quitéria Rocha Silva. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de DE desde 29/08/1991, porém ex ercia o cargo de Assistente Social no INSS até se aposentar em 1996.

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Pedro de Melo da Silva. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de DE desde 23/05/1991, porém ex ercia o cargo de Economista no MP até se aposentar em 2001.

Roberto Silva da Silveira. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de DE desde 09/08/1995, porém ex ercia o cargo de Contador do MP até se aposentar em 2001.

O inciso I, do artigo 14, do Decreto n o 94.664/1987, impede o exercício de outra atividade remunerada, pública ou privada, no caso dos docentes em regime de dedicação exclusiva. Diz o te xto da lei:

“Art. 14. O Professor da carreira do Magistério Sup erior será submetido a um dos seguintes regimes de trabalho:

I – dedicação exclusiva, com obrigação de prestar quarenta horas semanais de trabalho em dois turnos diários complet os e impedimento do exercício de outra atividade remunerada, pública ou privada.”

O entendimento do TCU, como não poderia deixar de ser, vai no mesmo sentido. É o que diz, por exemplo, o Acórdão n°. 23 88/2006-Plenário:

"O regime de dedicação exclusiva exige do servidor total dedicação ao magistério, vedando a este o exercício de qualquer outro cargo ou emprego público ou privado. Em retribuição, o profe ssor submetido a esse regime percebe um acréscimo de 55% sobre o ven cimento básico relativo à carga horária de 40 horas semanais” (voto do Ministro Relator).

b) Acumulação de cargos com incompatibilidade de h orário: Rogério Campos Correa. Ocupante no cargo de professor de ensino superior no regime de 40 horas desde 01/04/1959, po rém exercia o cargo de Odontólogo do CEFET , com carga horária de 30 ho ras até se aposentar em 1991. Cargo horária total superior a 6 0 horas semanais.

O TCU, em seus diversos julgados, dentre os quais d estacamos o voto do Ministro Relator no recente Acórdão 54/2007 – 2ª Câ mara, tem proferido:

“(...) a jurisprudência desta Corte de Contas tem admitido como limite máximo em casos de acumulação de cargos ou empregos públicos a jornada de trabalho de 60 (sessenta) horas semanais (Acórdã os 533/2003, 2.047/2004, 2.860/2004, 155/2005, 2.133/2005, 544/2 006, todos da 1ª Câmara).”

c) Concessão de aposentadoria em desacordo com a Re solução n°. 970/1994:

Luiz Otávio Brito de Souza Ferreira. Ocupante no cargo de professor de ensino superior, passou para o regime de DE em 23/0 3/2000 e se aposentou 8 meses depois, em 14/11/2000.

A Resolução n°. 970, de 19/10/1994, do Conselho Su perior de Ensino e Pesquisa – CONSEP, da Universidade Federal do Pará, estabelece normas

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para concessão do regime de dedicação exclusiva dos docentes da instituição.

A aposentadoria aos professores que exercem o carg o no regime de DE somente será concedida após cumprido o prazo de cin co anos de atividade no cargo, conforme pode-se deduzir da lei tura do Art. 2° da referida norma:

“Art. 2° - Não será concedida a alteração do Regime de Trabalho de 20 horas para DE ou para o Regime de 40 horas, ou aind a, do Regime de 40 horas para DE, a Docentes que se encontrem a menos de 5 (cinco) anos para integralizar o tempo para a aposentadoria, sal vo se o interessado firmar compromisso de permanecer em atividade pelo período mínimo de 5 (cinco) anos .” (grifo nosso).

3. Ativo Permanente: O servidor acumula o cargo de Auditor Fiscal do Tr abalho no MTb com o de Médico na UFPA. Os dois cargos exercidos pelo se rvidor não são casos de acumulação lícita de cargos públicos, pois não estão na lista taxativa de exceções para acumulação de cargos, con forme expresso no inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal:

XVI – é vedada a acumulação de cargos públicos, ex ceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou ci entífico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissi onais de

saúde, com profissões regulamentadas.” RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRó -REITORA DA PROGEP 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à UFPA que, à luz da Lei n°. 9.784/1999, instaure procedimento administrativo, com vistas à revisão d os atos administrativos que resultaram nos fatos tratados neste Relatório de Auditoria, para, nos termos da jurisprudência do Tr ibunal de Contas da União, resguardado o direito de defesa da parte int eressada, adotar as seguintes providências:

a) manifestação da opção do(s) pensionista(s) pelo benefício mais vantajoso, no caso dos instituidores de pensão;

b) manifestação da opção entre as aposentadoria s, ou tornando sem efeito a dedicação exclusiva, se ainda persistir a acumulação, no caso dos aposentados;

c) manifestação da opção pelo cargo mais vant ajoso, no caso do servidor ativo;

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d) No caso de omissão dos interessados, suspend er o pagamento pela falta de amparo legal à sua manutenção.

2.3 SUBÁREA - INDENIZAÇÕES 2.3.1 ASSUNTO - DIÁRIAS 2.3.1.1 CONSTATAÇÃO: (021) Concessão de Diárias incluindo fim de semana, sem j ustificativa. Em análise aos PCD's, por amostragem, de dezembro de 2006, observamos que os mesmos incluíram o fim de semana, sem justificativa, contrariando o que determina as normas que r egem o instituto, de acordo com quadro abaixo:

Favorecido Destino Ida Volta Obs Total

Joel Cardoso da Silva Bragança-Capanema 11/12/06 25/12/06

Volta - dias 23,24,25 são sab, dom e feriado 1.434,16

Paulo Cesar de Lima Bel-Abaetetuba 09/12/06 15/12/06

Ida - dias 9 e 10 são sab e dom 639,77

Gloria Regina Gomes do Amaral

Abaetetuba - Bel 09/12/06 15/12/06

Ida - dias 9 e 10 são sab e dom 773,80

Izaura Maria V Cayres Valinoto

Bel-Abaetetuba 09/12/06 15/12/06

Ida - dias 9 e 10 são sab e dom 621,52

Luiz Carlos Santana da Silva

Bel-Abaetetuba 08/12/06 21/12/06 Inicia na sexta 1.312,29

Socorro Vania Loureço Alves

Santarem-Itaituba 03/12/06 17/12/06

Volta - dias 16 e 17 são sab e dom 1.495,18

Marcos Antonio F de Araujo

Maranhão-Bel 06/12/06 10/12/06

Volta - dias 9, 10 são sab e dom 544,55

Flavia Lucena Fredou Braganca-Marapanim 02/01/07 04/01/07

Ida - dias 2, 3 são sab e dom 239,55

Rossineide Martins da Rocha Bel-Maraba 09/12/06 23/12/06

Ida - dias 9 e 10 são sab e dom 1.434,16

Jussara Moretto Martinelli Bel-Maraba 09/12/06 23/12/06

Ida - dias 9 e 10 são sab e dom 1.416,36

Antonio Jorge de Souza Santos

Braganca-Castanhal 01/12/06 10/12/06

Volta - dias 9 e 10 são sab e dom 772,29

Rosemary Marcondes bel-maraba 04/12/06 09/12/06 Volta - dia 9 sab 437,88 Maria Aparecida do Amaral Gama Bel-Maraba 04/12/06 09/12/06 Volta - dia 9 sab 440,88 Francisco Pereira Smith Junior

Braganca-Capanema 05/12/06 09/12/06 Volta - dia 9 sab 497,25

Adelma do Socorro G Pimentel Bel-SP 03/12/06 05/12/06 Ida - dia 3 dom 352,12 Manoel Fernando Torres Rodrigues Bragança 14/12/06 16/12/06 Volta - dia 16 sab 202,70 Jose Antonio Oliveira Aquino

Santarem-Itaituba 17/12/06 20/12/06 Ida - dia 17 dom 397,60

Alda Lima Fernandes Santarem-Itaituba 17/12/06 20/12/06 Ida - dia 17 dom 332,11

Terezinha de Jesus Dias Pacheco

Santarem-Itaituba 17/12/06 20/12/06 Ida - dia 17 dom 397,60

Maria Marlene Escher Furtado

Santarem-Itaituba 17/12/06 20/12/06 Ida - dia 17 dom 469,77

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Francisco Cid Malato P Lopes Bel-BH 10/12/06 15/12/06 Ida - dia 10 dom 705,07

Total 2.181,98 O § 2º, do artigo 5º, do Decreto n°. 5.992/2 006 determina que as propostas de concessão de diárias devem ser j ustificadas quando o afastamento iniciar-se em sextas-feiras, bem c omo incluam sábados, domingos e feriados. A Entidade foi instada a se manifestar acerca da impropriedade por meio da Solicitação de Auditoria n°. 189705/004, d e 12/04/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O ordenador de despesa autorizou pagamentos de c oncessão de diárias, no final de semana, sem a devida motivação, contr ariando a disciplina do Decreto n°. 5.992/2006. CAUSA: Fragilidade nos controles internos da Entidad e e inobservância do Decreto n°. 5.992/2006. JUSTIFICATIVA: Sobre a constatação, a Entidade se manifestou por meio do Memorando n° 161/2007-PROAD, cujo trecho pertinente ao ass unto está transcrito abaixo: "Para concessão de diárias nos finais de seman a, há processos que contém folder e neles constam os horários dos e ventos. Nos casos em que são ministradas disciplinas no interior do Es tado, bem como, aula de campo, geralmente os professores iniciam suas a tividades nos finais de semana e há casos que ministram discipli nas até nos dias de domingo, sendo que sábado é considerado dia letivo na UFPA." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Deixamos de acatar a justificativa, pois o Decreto n°. 5992/2006 prevê explicitamente que as diárias, quando o afast amento iniciar-se em sextas-feiras, bem como os que incluam sábados, domingos e feriados, serão expressamente justificadas, condicionando , a autorização do pagamento pelo ordenador de despesas, à aceitação da justificativa. A presença de folders em alguns processos não substitui o correto preenchimento dos PCDs com relação à justifi cativa para diárias concedidas em face de viagens com início ou térmi no em fins de semana e feriados nacionais,contrariando, portanto, a leg islação em vigor. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA PROAD

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RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a Entidade faça constar das "Pr opostas e Concessões de Diárias" justificativa expressa da autoridade concedente, para os afastamentos efetuados em finais de semana e feri ados, em cumprimento ao § 2º, do artigo 5º, do Decreto n°. 5.992/2006. 2.3.1.2 CONSTATAÇÃO: (054) Pagamento de diárias em valores e quantidades em desacordo com o Decreto nº. 343/1991. Da análise dos pagamentos de diárias no âmbito d e contratos firmados com a FADESP, verificamos a ocorrência de divers as irregularidades a seguir especificadas: 1. Pagamentos de diárias integrais no dia de retor no do servidor: Em análise aos processos de concessão de diá rias, referentes aos Contratos nº.s 1420/2005, 1240/2004, 1604/2005, 1 612/2005 e 1019/2004 firmados com a FADESP, constatamos que vem ocor rendo o pagamento do valor integral de diárias no dia de retorno do se rvidor, contrariando o art. 2° do Decreto nº. 343/1991, que determina o pagamento de apenas metade do valor da diária no dia de retorno à sede . No caso do contrato nº. 1420/2005, constatamos um prejuízo no valor de R$ 706,68 conforme quadro abaixo:

SERVIDOR DESTINO VALOR

DEVIDO DIÁRI

AS VALOR PAGO

PERÍODO PREJUÍZO

Alberto V. de S. Junior

Marabá 309,24 5 343,60 16 a

20/10/05 34,36

Alisson R. S. da Silva

Marabá 558,48 7 601,44 19 a

25/11/05 42,96

Billy A. Pinheiro

Marabá 472,56 6 515,52 16 a

21/11/05 42,96

Karina E.M. Bordalo

Castanhal 309,24 5 343,60 12 a

16/09/05 34,36

Karina E.M. Bordalo

Marabá 309,24 5 343,60 16 a

20/10/05 34,36

Karina E.M. Bordalo

Brasília 370,72 3 444,87 11 a

13/12/05 74,15

Manoel G.de Lima

Bragança 446,68 7 481,04 16 a

22/10/05 34,36

Nylma M. S. de Campos

Castanhal 309,24 5 343,60 12 a

16/09/05 34,36

Nylma M. S. de Campos

Castanhal 309,24 5 343,60 26 a

30/09/05 34,36

Orlando W. da S. Mota

Bragança 446,68 7 481,04 16 a

22/10/05 34,36

Rosaria de F. de M.. Fenzl

Bragança 103,08 2 137,44 16 e

17/10/05 34,36

Rosaria de F. de M..

Brasília 370,72 3 444,87 11 e

13/12/05 74,15

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Fenzl Rosaria de F. de M.. Fenzl

Marabá 670,02 7 721,56 27/11 a

03/12/05 51,54

Valentim dos S. Miranda

Marabá 463,86 5 515,40 27/11 a

01/12/05 51,54

Vicente de P. Matheus

Marabá 558,48 7 601,44 05 a

11/12/05 42,96

Zelma L. A. de Campos

Marabá 670,02 7 721,56 27/11 a

03/12/05 51,54

706,68 Verificamos, também, que houve o pagamento de meta de do valor total de diárias para beneficiários que já haviam rec ebido diárias inteiras para destinos e períodos idênticos, como p ode ser constatado nos dados constantes dos quadros acima e seguinte:

Pagamentos em duplicidade

PROPOSTO DESTINO PERIODO DIÁRIAS VALOR(R$) Alberto V. de S. Junior

Marabá 16 a 20/10/05

5 171,80

Karina E.M. Bordalo

Marabá 16 a 20/10/05

5 171,80

Manoel G.de Lima

Bragança 16 a 22/10/05

7 240,52

Orlando W. da S. Mota

Bragança 16 a 22/10/05

7 240,52

Rosaria de F. de M.. Fenzl

Bragança 16 e 17/10/05

2 68,72

TOTAL 893,36 Nos contratos nº. 1240/2004, 1604/2005, 1612/2005 e 1019/2004 firmados com FADESP, não foi possível apurar o montante do prejuízo tendo em vista a grande quantidade de concessões de d iárias com pagamento integral no dia de retorno. 2. Pagamento de quantidade de diárias maior que os dias da viagem: Também foi constatado no contrato nº. 1240 FADESP/ UFPA, o pagamento de 5 diárias para o período de afastamento de ape nas 4 dias, quando a quantidade correta de diárias seria de 3,5, de ac ordo com o artigo 2º Decreto nº. 343/1991. Vale ressaltar que na prop osta de concessão de diárias para os casos abaixo consta 4 diárias x R $ 103,00 totalizando um valor R$ 515,00, o que daria uma conta inexata.

Servidor Destino Período N° diá

rias

Valor total pago

Valor devido

Prejuízo

Afonso Estumano do Carmo

Mocajuba 14 a 17/10/05

5 515,00 360,78 154,22

Benedito Carvalho dos Santos

Limoeiro do Ajuru

14 a 17/10/05

5 515,00 360,78 154,22

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Afonso Estumano do Carmo

Mocajuba 28 a 31/10/05

5 515,00 360,78 154,22

TOTAL 1.545,00 1.082,34 462,66

Neste caso, o montante do prejuízo apurado foi de R$ 462,66. 3. Pagamento de diárias com valores e quant idades diferentes do estipulado na Legislação: Identificamos ainda a realização de despesas com diárias em valores e quantidades discordantes dos previstos no Decre to nº. 343/1991, de acordo com as tabelas abaixo: Contrato 1240 FADESP/UFPA

Servidor Destino Período N

diá rias

Valor unit

diária

Valor total pago

Valor devido

Prejuízo

Celso Jose da Costa

Belém 16 a 18/11/05

3 150,00 450,00 309,25 140,75

Heleno da Silva Cunha

Santa Izabel

15/10/05 1 68,72 68,72 51,54 17,18

Heleno da Silva Cunha

Santa Izabel

22/10/05 1 68,72 68,72 51,54 17,18

Ivan de Azevedo Tribuzy

Belém 16 a 18/09/05

5 120,00 600,00 556,65 43,35

Janete do Socorro Santos Raiol

Santarém e Curuá

27 a 31/10/05

5 114,00 570,00 463,86 106,14

José Miguel Martins Veloso

Parintins 21 a 30/10/05

10 130,57 1.305,70 979,26 326,44

Marcus Vinicius Basso

Belém 17 a 18/11/05

2 150,00 300,00 185,55 114,45

Maria R B dos Santos

Santarém 27 a 31/10/05

5 114,00 570,00 463,86 106,14

Mario Tanaka Filho

Juruti 16 a 18/11/05

3 123,70 371,10 257,70 113,40

Paolo Piccione Belém 17 a 19/11/05

3 150,00 450,00 309,25 140,75

Selma Dias Leite – função CD4

Brasília 24 a 25/11/05

2 150,00 300,00 235,04 64,97

Selma Dias Leite – função CD4

Brasília 13/12/05 2 150,00 300,00 235,04 64,97

Silza Lena Fagundes Macedo

Santarém e Curuá

27 a 31/10/05

5 114,00 570,00 463,86 106,14

TOTAL 5.924,24 4.562,40 1.361,86

Convênio 1019 FADESP/UFPA/SECTAM/FUNTEC

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Servidor Destino Período N

dia rias

Valor unit

diária

Valor total pago

Valor devido

Prejuízo

Maria Inez de Moura Sarquis

Belém 02 a 12/07/05

10 125,00 1.250,00 1.175,15 74,85

Maria Inez de Moura Sarquis

Belém 18 a 22/07/05

5 118,78 593,90 556,65 37,25

TOTAL 1.843,90 1.731,80 112,10

Contrato 1604 FADESP/UFPA/SEDUC

Servidor Destino Período N

diá rias

Valor unit

diária

Valor total pago

Valor devido

Prejuízo

Maria do Socorro P Simões

Santarém 11/07/06 1 123,30 123,30 51,54 71,76

Contrato 1612 FADESP/UFPA

Servidor Destino Período N

diá rias

Valor unit

diária

Valor total pago

Valor devido

Prejuízo

Adailson Viana Soares

Belém 26/06 a 01/07/06

6 116,82 700,92 680,35 20,57

Ana Cleide Almeida Batista

Belém 26/06 a 01/07/06

6 116,82 700,92 680,35 20,57

Armando Viana de Souza

Belém 26/06 a 01/07/06

6 116,82 700,92 680,35 20,57

Cherry Soares Santana

Belém 26/06 a 01/07/06

6 116,82 700,92 680,35 20,57

Claudene Souza da Silva

Belém 26/06 a 01/07/06

6 116,82 700,92 680,35 20,57

Eldra Carvalho da Silva

Belém 26/06 a 01/07/06

6 116,82 700,92 680,35 20,57

Fabio José da Costa Alves

São Miguel do Guama

24 a 25/03/06

2 100,00 200,00 154,62 45,38

Fabio José da Costa Alves

Vigia de Nazaré

07 a 08/04/06

2 100,00 200,00 154,62 45,38

Fabio José da Costa Alves

Moju 28 a 29/04/06

2 100,00 200,00 154,62 45,38

Fabio José da Costa Alves

São Miguel do Guama

12 a 13/05/06

2 100,00 200,00 154,62 45,38

Fabio José da Costa Alves

Vigia 07/03/06 2 100,00 200,00 154,62 45,38

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José Antônio Moraes Vilhena

Brasília 16 a 18/05/06

3 148,89 446,67 326,43 120,25

Nadir Pires Martins

Belém 26/06 a 01/07/06

6 116,82 700,92 680,35 20,57

Paulo Marcelo Pedroso Pereira

Belém 26/06 a 01/07/06

6 116,82 700,92 680,35 20,57

Sonia Nazaré Fernandes Resque

Brasília 16 a 18/05/06

3 148,89 446,67 326,43 120,25

TOTAL 7.500,70 6.868,76 631,94

O prejuízo no pagamento diárias com valores e qua ntidades divergentes do estipulado na legislação foi de R$ 2.177,66. 4. Pagamento de diárias em valores menores d o que o constante na legislação: Ainda na realização do contrato 1240 FADESP/U FPA foi verificado o valor pago por diária menor do que o previsto no Decreto 343/1991, visto que os afastamentos ocorreram depois de 04 de outubro de 2005, data que entrou em vigor o Decreto 5.554 /2005 alterando os dispositivos e valores das diárias do Decreto 34 3/1991. Outros casos de pagamentos de diárias foram encontrados no contrato 1612 FADESP/UFPA. Os quadros abaixo identificam os caso s: Contrato 1240 FADESP/UFPA

Servidor Destino Período No dia rias

Valor unit diária

Valor pago

Valor devido

Janete do Socorro Santos Raiol

Muaná 13 a 17/10/05

5 68,72 343,60 463,86

Midori Makino Curralinho

13 a 17/10/05

5 68,72 343,60 463,86

Silza Lena Fagundes Macedo

Muaná 13 a 17/10/05

5 68,72 343,60 463,86

Benedito Carvalho dos Santos

Mocajuba 14 a 17/10/05

4 68,72 274,88 360,78

Teresa E F Imbiriba

Tomé-Açu 15 a 16/10/05

2 68,72 137,44 154,62

Cleise de Abreu Silva

Curuá 14 a 16/10/05

3 68,72 206,16 257,70

Benedito Carvalho dos Santos

Limoeiro do Ajuru

21 a 24/10/05

4 68,72 274,88 360,78

Janete do Socorro Santos Raiol

Curralinho

21 a 25/10/05

5 68,72 343,60 463,86

Maria R B dos Santos

Muaná 21 a 24/10/05

4 68,72 274,88 360,78

Mario Tanaka Juruti 21 a 4 68,72 274,88 360,78

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Filho 24/10/05 Midori Makino Bagre 21 a

25/10/05 4,5 68,72 309,24 463,86

Pedro S da S Campos

Tomé-Açu 21 a 24/10/05

4 68,72 274,88 360,78

Silza Lena Fagundes Macedo

Curralinho e Breves

21 a 25/10/05

5 68,72 343,60 463,86

Sonia Maria Pereira do Amaral

Bagre 21 a 24/10/05

4 68,72 274,88 360,78

Pedro da Costa Lima

Santa Izabel

23 a 25/11/05

3 68,72 206,16 257,70

TOTAL 4.226,28 5.617,86 Contrato 1612 FADESP/UFPA

Servidor Destino Período No dia rias

Valor unit

diária

Valor pago

Valor devido

Alex Sander Bogdanovicz

Belém 28/06 a 01/07/06

4 103,00 412,00 432,95

Alyne Maria Rosa de Araújo

Belém 28/06 a 01/07/06

4 75,00 300,00 432,95

Ana Claúdia Peixoto de Cristo

Belém 28/06 a 01/07/06

4 95,00 380,00 432,95

Antônia Dalva de Souza Santos

Belém 25/06 a 02/07/06

7,5 116,82 876,15 927,75

Antonio Pa ulo Martins do Nascimento

Belém 28/06 a 01/07/06

4 90,00 360,00 432,95

Cristina Frota da Conceição

Belém 25/06 a 02/07/06

7,5 116,82 876,15 927,75

Danielle Batista Teles

Belém 28/06 a 01/07/06

4 75,00 300,00 432,95

Deise da Silva Medeiros

Belém 28/06 a 01/07/06

4 90,00 360,00 432,95

Fabio Ricardo Almeida de Macedo

Belém 28/06 a 01/07/06

4 103,00 412,00 432,95

Flozinaldo Pureza Correa

Belém 28/06 a 01/07/06

4 95,00 380,00 432,95

Gisele Baleeiro Espineiro

Belém 28/06 a 01/07/06

4 103,00 412,00 432,95

Jackson Jose Gomes de Oliveira

Belém 25/06 a 02/07/06

7,5 116,82 876,15 927,75

Joelma Fabiane Ferreira

Belém 28/06 a 01/07/06

4 95,00 380,00 432,95

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Almeida Jorsi José da Conceição Cunha

Belém 28/06 a 01/07/06

4 95,00 380,00 432,95

Katiussia Azevedo Rodrigues

Belém 28/06 a 01/07/06

4 90,00 360,00 432,95

Lidiane Andrade de Souza

Belém 28/06 a 01/07/06

4 95,00 380,00 432,95

Luana Claúdia Tavares Bastos

Belém 28/06 a 01/07/06

4 95,00 380,00 432,95

Márcia de Fátima Castro Costa da Silva

Belém 28/06 a 01/07/06

4 103,00 412,00 432,95

Martinho Mota Dias Júnior

Belém 28/06 a 01/07/06

4 90,00 360,00 432,95

Natamias Lopes de Lima

Belém 28/06 a 01/07/06

4 95,00 380,00 432,95

Ronaldo Barros Ripardo

Belém 25/06 a 02/07/06

7,5 116,82 876,15 927,75

TOTAL 9.852,60 11.071,15 A irregularidade no pagamento de diárias com valo res e quantidades em desacordo com a legislação tem sido apontada reiteradamente em relatórios anteriores, cujas recomendações não têm sido atendidas pela Entidade. A Entidade foi instada a se manifestar sobre os p ontos acima, através das Solicitações de Auditoria nº.s 005, 006, 020 e 022/2006, de 31/08/06, 31/08/06, 13/09/06 e 18/09/06, respectiva mente.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Os pagamentos foram autorizados pelos Coordenador es dos Projetos, sem a observância da legislação pertinente. CAUSA: Falta de atendimento das recomendações da CG U e inobservância ao Decreto nº. 343/1991. JUSTIFICATIVA: Especificamente em relação ao Contrato 1420/200 5, solicitamos que a Instituição se manifestasse sobre a improprie dade, por meio da Solicitação de Auditoria nº. 024, de 18/09/20 06. Em resposta a Entidade, através do Ofício 538/06-SPC/FADESP, res pondeu o seguinte: "A FADESP como fundação de apoio regida pela L ei 8.958/94, não se obriga às regras estabelecidas pelo Decreto 343/9 1 que dispõe sobre a concessão de diárias para servidores públicos , tendo em vista a

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ausência de citação do referido decreto no bojo da citada lei. Contudo a Lei 8.958/94 cita em seu texto a observância à Lei 8.666/93, o que vem sendo cumprido fielmente na execução dos seus procedimentos internos; Ressaltamos também que o instrumento contratu al que estabelece a relação jurídica do Projeto 1420 com a FADESP t ambém não menciona a obrigatoriedade da observância do referido de creto, portanto não vislumbramos a procedência do presente quest ionamento face aos procedimentos internos adotados por essa fund ação. Solicitamos o aceite da presente justificativa ou aguardaremos a manifestação do TCU sobre o mérito em questão. O pagamento das diárias relacionadas no Alberto V. DE s. Júnior; Karina E.M. Bordalo; Manoel G de Lima; Orlando W.d a S. Mota e Rosaria de F. de M. Fenzl através do Brdereau, 1350 (doc 5) em 31.10.05, tem por fundamento o acréscimo previsto na Tabela de Diárias do Decreto

1656 de 03/10/95 autorizado pela redação do Decre to 5.554 de 04/10/05 (doc 6) que altera o Decreto 343/91. A coordenação do Projeto 1420 solicitou o pagam ento da diferença do acréscimo de 50% a todos os beneficiár ios relacionados." Quanto às demais ocorrências, a FADESP apre sentou a seguinte manifestação por meio do Ofício nº. 114/2007/SPC/F ADESP: "PAGAMENTO DE DIÁRIAS DE VALOR A MENOR Em relação aos quadros que demonstraram paga mento de diárias em discordância com o Decreto 343/91, no valor de R$ 16.689,01 referentes ao contrato 1240 e 1612, conforme relatado anter iormente, os valores de diárias pagos pela Fundação são baseados na p revisão orçamentária de cada projeto (plano de trabalho) e na s solicitações dos coordenadores, de modo que se entende que não foi cometido nenhum ato por dolo ou omissão da FADESP no tocante à dis cordância de valores pagos correspondente a diárias, de modo que se c onsidera que o valor ora cobrado não deva ser restituído. Em especial, no caso dos projetos ora anali sados, o fato de ser observado o pagamento de diárias abaixo dos valo res estabelecidos no Decreto, visa à economia de recursos finance iros, de modo a não comprometer o orçamento aprovado, e assim não impl icar em prejuízos ao cumprimento do objeto pactuado. Cabe ressaltar ainda que, integram a relação de e xecução dos projetos em tela a UFPA em parceria com a Universida de do Estado do Pará (UEPA), e por decisão dos membros da equipe execu tora da Universidade do Estado do Pará, os valores de pagamento segu iram similaridade ao praticado pelo poder estadual. Assim, a FADE SP como gestora dos recursos acatou aos procedimentos definidos p ela coordenação do projeto. PAGAMENTO DE DIÁRIAS EM VALORES E QUANTIDADE S EM DESACORDO COM O DECRETO Nº. 343/91. Em relação aos quadros que demonstraram paga mento de diárias em

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discordância com o Decreto 343/91, no valor de R$ 706,68, relativo ao pagamento de somente meio valor de diária quand o do dia de retorno, conforme estabelecido no referido disposto leg al, informa-se que a FADESP ao longo dos exercícios anteriores vin ha trabalhando com o pagamento de diárias cheias, como pode ser obser vado em trabalhos de equipes de auditorias anteriores, por entender qu e o referido decreto não se aplicava aos projetos gerenciados pela Fun dação, uma vez que o mesmo não estava citado nos instrumentos firmad os nem na legislação que regulamenta a relação entre IFES e suas fun dações de apoio (Lei 8.958/94 e Decreto 5.205/04), nem tampouco s e aplica a fundações privadas, natureza jurídica da FADESP. Contudo, em virtude da complexidade do assun to, e pautando pela prudência dos atos com que a FADESP executa seus procedimentos, submeteu-se à questão à análise da Universidade F ederal do Pará, para que se definissem os procedimentos a serem adota dos pela Fundação no gerenciamento de projetos executados por esta IFE S, conforme processo 018760/06 de 16 de agosto de 2006 (doc 3). Sem embargo, entendendo que não foi cometido ne nhum ato por dolo ou omissão desta fundação no tocante à discordân cia de valores pagos correspondente a diárias, considera-se que o v alor ora cobrado não deva ser restituído. No entanto em relação à obediência destes procedimentos, tendo em vista o encaminhament o de consulta acima citada, aguarda-se posicionamento da universidad e para implementação de novos procedimentos futuros, uma vez que na q ualidade de gestora, as condições e procedimentos a serem seguidos na execução financeira devem ser estabelecidos pela contratante, e não pe la contratada. PAGAMENTOS DE DIÁRIAS COM VALORES E QUANTID ADES DIFERENTES DO ESTIPULADO NA LEGISLAÇÃO Em relação aos quadros que demonstraram paga mento de diárias em discordância com o Decreto 343/91, no valor de R $ 2.376,25, conforme relatado anteriormente, informa-se que a FA DESP ao longo dos exercícios anteriores vinha trabalhando com o pagamento de diárias baseadas na previsão orçamentária de cada projeto e na solicitação dos coordenadores. Tal fato pode ser observado em tra balhos de equipes de auditorias anteriores, por entender que o ref erido decreto não se aplicava aos projetos gerenciados pela Fundação, uma vez que o mesmo não estava citado nos instrumentos firmados n em na legislação que regulamenta a relação entre IFES e suas fun dações de apoio (Lei 8.958/94 e Decreto 5.205/04), nem tampouco s e aplica a fundações privadas, natureza jurídica da FADESP. Na constatação em epígrafe tem-se ainda a acrescen tar duas premissas: 1 - Uma vez o valor da diária aprovado pelo fin anciador do projeto, constando no plano de trabalho, parte integr ante do instrumento firmado, não há como a Fadesp afastar-se do valor que consta no documento seja contrato ou convênio, pois o pagame nto é legítimo, haja vista que todas as partes que compõem o projeto co ncordaram. Outrossim, a Fundação, como gestora dos recurs os, deve obedecer ao estabelecido no ajuste, baseada na solicitaçã o do coordenador que executa a despesa tal qual aprovada no plano de trabalho, procurando

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aproximar-se da legalidade, que é a legitimidade dos fatos concretos para a execução do projeto de acordo com a realidade social que vivenciada. 2 - O motivo que leva os financiadores a e stabelecerem diárias divergentes dos valores previstos no referido De creto, é a autonomia da vontade exercida pelo contratante/conceden te e realidade de execução do projeto exposta pelo proponente/exec utor. Caso as IFES e as financiadoras definissem as diárias ao tomar por base o que está legalmente posto no Decreto, poderia comprome ter algumas ações e consequentemente o cumprimento do objeto do aju ste, pois os valores dispostos no Decreto encontram-se defasados ou es tão em desacordo com os padrões de financiadoras, principalmente q uando se trata de organizações da iniciativa privada e instituiçõ es internacionais, e até mesmo a agências de fomento (CNPq, FINEP). Ao analisar estas duas premissas, verifica-se que qualquer projeto seja de ensino, pesquisa ou extensão, se houver mo bilidade, os valores previstos no Decreto de n° 5.992/06, o qual substi tui o n° 343/91, não condizem com o que está firmado no plano de trabal ho para evitar que a execução do objeto do projeto seja prejudicada, s em ferir o Interesse Público, este sim um Princípio Legal que emb asa todos os atos da Administração. Desta forma, uma vez que a situação remete-se a item de constatação anterior, e que esta Fundação realizou consulta pr évia sobre o assunto a UFPA, conforme processo 018760/06 de 16 de agos to de 2006, entende- se que não foi cometido nenhum ato por dolo ou omissão da FADESP no tocante à discordância de valores pagos correspo ndente a diárias, de modo que se considera que o valor ora cob rado não deva ser restituído." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: A justificativa da Entidade não pode prosper ar, pois os recursos referentes aos Contratos em comento são recur sos da UFPA, somente gerenciados pela FADESP, de modo que a aplicaçã o dos mesmos deve se dar em estrita observância às normas da Administra ção Pública em vigor e nos valores e condições por elas autorizados. Mas, tendo em vista o questionamento suscitad o pela FADESP, damos conhecimento de que é entendimento do TCU que a s fundações de apoio devem observar as normas que regem as fundaçõe s públicas, conforme Decisão TCU 29/1993 - Plenário, que orienta sob re a formalização de processos de Prestações de Contas das Fundaçõe s de Apoio, conforme trecho abaixo extraído daquela decisão: "As referidas Fundações de Apoio devem pautar-se pe las mesmas normas e regulamentos que regem a administração financeir a e orçamentária das Fundações Públicas, incluindo-se a necessidade de observância aos princípios licitatórios e à prévia seleção do pessoal contratado" Nesse sentido, como os Decretos que regem a concessão de diárias aplicam-se ao Serviço Público Civil da União, au tarquias e fundações públicas federais, clara está a aplicação dos ref eridos normativos no caso concreto.

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RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE COO RD PROJETO 055.600.122-20 ROSARIA DE FATIMA MIRANDA FENZ GER ENTE CAPACIT 684.192.528-91 JOSE MIGUEL MARTINS VELOSO COO RD CONTRATO 1240 378.254.702-15 CONCEICAO DO SOCORRO MIRANDA F COO RD CONTRATO 1240 252.116.682-00 ALBERDAN SILVA SANTOS COO RD CONTRATO 1019 533.161.937-15 MARIA DO PERPETUO SOCORRO GALV COO RD CONTRATO 1604 RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à Entidade que: 1.Efetue o recolhimento do montante de R$ 893,36 r eferente aos valores pagos em duplicidade; 2.Efetue o recolhimento do montante de R$ 3 .545,59 relativo aos valores pagos a maior, em desconformidade com o De creto nº. 343/1991; 3.Efetue o pagamento da diferença relativa às diár ias pagas em valores inferiores aos estabelecidos no Decreto nº. 343/ 1991, no montante de R$ 2.610,13, aos respectivos beneficiários. 4. Faça o levantamento do prejuízo ocorrido nos contratos 1240/2004, 1604/2005, 1612/2005 e 1019/2004 firmados com FA DESP, em decorrência da concessão de diárias com pagamento integral no dia de retorno e proceda ao recolhimento da quantia apurada. Reiteramos, ainda, à Administração Superior da I FES as recomendações das contas de 2004 e 2005 para a necessida de de elaboração de documento cientificando todos os gestores da En tidade, responsáveis pela gerência de projetos, que em atos de concess ão de diárias, mesmo que custeadas com recursos oriundos de prestaçã o de serviços, sejam obedecidas as regras ditadas pelos Decretos nº. 34 3/1991 e 5.554/2005, cabendo apuração de responsabilidades em caso de d escumprimento desse. Da mesma forma, deve ser observado que os servi dores só fazem jus à metade da diária no dia do retorno, conform e art. 2º do Decreto n°. 343/1991. 2.3.1.3 CONSTATAÇÃO: (063) Ausência de cobrança da apresentação dos canh otos dos cartões de embarque na concessão de passagens no âmbito de co ntratos firmados com a FADESP. Em análise aos processos de concessões de diá rias e passagens dos contratos 1240, 1612, 1604 e 1019 firmados com a FADESP constatamos a ausência dos canhotos dos cartões de embarque d os servidores que se deslocaram a serviço, em desacordo com o es tipulado na Portaria n°. 98/2003 do MPOG. Tais comprovantes devem compor o processo de pr estação de contas da viagem e terá que ser entregue no prazo de c inco dias contado do retorno da viagem.

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Sobre o fato apontado a Entidade foi instada a se manifestar por meio das Solicitações de Auditoria nº.s 010, 015 e 02 0/2006, de 01/09/06, 06/09/06 e 13/09/06, respectivamente. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Os coordenadores não adotam o procedimento de cob rança da entrega dos cartões de embarque por parte dos servidores que receberam passagens custeadas com recursos públicos, no âmbito dos co ntratos firmados com a FADESP. A PROAD não tem observado o prescrito no artigo 3º, da Portaria MPOG nº. 98/2003, deixando de determinar e fiscalizar o cumprimento da mesma pelos coordenadores de contratos firmados com a FADESP.

CAUSA: Inobservância ao artigo 3º, da Portaria nº. 98/20 03, do Ministério de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. JUSTIFICATIVA: A Professora Maria do Socorro Simões, coordenad ora do Projeto 1604, assim se manifestou: "Esclarecimentos a respeito das questões levantada s pela auditoria de acompanhamento da gestão do Contrato 1604: 1. Não há como recuperar os bilhetes de embarque dos professores que participaram de atividades nos outros municíp ios porque não há qualquer referência à necessidade de devolução." Por meio do Ofício nº. 114/2007-SPC/FADESP, a FADESP apresentou a seguinte justificativa: "AUSÊNCIA DE COBRANÇA DA APRESENTAÇÃO DOS CANH OTOS DOS CARTÕES DE EMBARQUE NA CONCESSÃO DE PASSAGENS NO ÂMBITO DE CONTRATOS FIRMADOS COM A FADESP. Sobre a análise dos processos relativos às con cessões de diárias e passagens dos projetos 1240, 1612, 1604, e 1019, cabe tecer comentários, uma vez que o questionamento feito p ela CGU, se refere a procedimentos que necessitam de maiores esclarec imentos por parte da própria UFPA, na qualidade de contratante/executor a. Ocorre que a FADESP, até o presente, em observânci a do disposto na Lei 8.958/94, e a própria IN 01/97, em se tratando de convênio, sempre pautou seus procedimentos em restrita orientaç ão ao que rege a Lei 8.666/93, e as obrigações pactuadas no próprio ins trumento firmado. A exigência quanto à aplicação da portaria que reg ulamenta a aquisição de passagens aérea, até a presente data não havia sido questionada por outras equipes de auditoria da Controladoria-G eral União. Do mesmo modo, esta fundação não tinha conhecimento do que está disposto na referida portaria, uma vez que a mesma nã o está citada nos instrumentos firmados seja com a UFPA ou demais agências

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financiadoras. Contudo, em virtude da complexidade do assun to, e pautando pela prudência, a exemplo da consulta anterior realizad a, submeteremos este assunto também à apreciação da UFPA, em relação à obrigatoriedade de obediência desta portaria, para então se a dotar procedimentos necessários às futuras aquisições, se for o caso. Outrossim, objetivando demonstrar a transparência com que FADESP pauta seus procedimentos, descreve-se a seguir as práticas em face da execução de despesas de diárias ou passagens: Procedimentos para concessão de diárias: A Fadesp somente efetua a concessão de diárias a membros que estejam efetivamente habilitados nos projetos, ou sejam , pessoas que compõe equipe, realizam atividades de campo, ou outras a ções que façam parte do conjunto de metas, necessárias à concreti zação do objeto do projeto, sendo tal solicitação realizada por mei o formal ou on-line, pelo coordenador do mesmo. A efetiva comprovação do deslocamento para ex ercício da atividade proposta na solicitação de diária é de responsabil idade da coordenação de cada projeto, pois tais relatórios de atividade s geralmente compõem o relatório técnico que acompanha a prestação d e contas, sejam elas parciais ou finais. Procedimentos para aquisição de passagens: Em relação à concessão de passagens, é feita med iante solicitação da coordenação de cada projeto, sendo o beneficiári o necessariamente um membro da equipe do projeto, ou um membro de outra instituição parceira, estando o trecho efetivamente descrito n o pedido, bem como o período de viagem. Este procedimento deve-se ao f ato de que a responsabilidade pela execução do cronograma d e atividades necessárias a conclusão do objeto do projeto, é do coordenador do mesmo, evidentemente levando em consideraç ão a disponibilidade da equipe face suas obrigações funcionais junto à

IFES, de acordo com as normas vigentes para afasta mentos. A escolha do fornecedor é feita por meio de p rocesso licitatório, objetivando a proposta mais vantajosa, sendo a q uitação das despesas por meio da apresentação de fatura, mediante a certificação da realização dos serviços por parte da conde nação do projeto." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: As disposições da Portaria 98/2003 do MPOG, dev em ser cumpridas por toda Administração Pública Federal, logo o gerenc iamento dos recursos de titularidade da UFPA, portanto, públicos, re alizado pela FADESP, têm que obrigatoriamente cumprir tal legislação. Citamos abaixo o dispositivo referente à matéria: "Art 3° - O servidor deverá apresentar, no prazo má ximo de cinco dias, contado do retorno da viagem, os canhotos dos cartões de embarque,

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visando compor o processo de prestação de contas." Ademais, quanto à alegação de que as comprovações do deslocamento dos servidores seria feita por meio de relatório técni co, além de que este não é o meio legítimo para tal aferição, as prestações de contas apresentadas pela FADESP carecem de tais docu mentos, pelo que não puderam ser comprovados os efetivos deslocamentos. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 684.192.528-91 JOSE MIGUEL MARTINS VELOSO COO RD CONT. 1240 E 1612 378.254.702-15 CONCEICAO DO SOCORRO MIRANDA F COO RD CONTRATO 1240 252.116.682-00 ALBERDAN SILVA SANTOS COO RD CONTRATO 1019 533.161.937-15 MARIA DO PERPETUO SOCORRO GALV COO RD CONTRATO 1604 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRÓ -REITORA DA PROAD RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à Entidade que: 1. Notifique os servidores e gestores de projetos q uanto à obrigatoriedade da apresentação dos cartões de embarque e o devido cumprimento da Portaria 98/2003 do MPOG;

2. Faça constar, nos próximos contratos a serem fi rmados com a FADESP, cláusula específica quanto à exigência de cumprime nto da Portaria MPOG nº. 98/2003 na concessão de passagens. 2.3.1.4 CONSTATAÇÃO: (066) Ausência da apresentação dos canhotos dos car tões de embarque de viagens. Em análise aos processos de concessão de diária s, constatamos que a Entidade continua incorrendo na inobservância ao a rtigo 3º da Portaria MPOG nº. 98/2003, com relação à falta de apresent ação dos canhotos de cartão de embarque, pelos servidores que se deslocam a serviço, conforme quadro a seguir. Tais comprovantes devem ser anexados aos proce ssos de prestação de contas da viagem e terão que ser entregues no prazo de cinco dias contados do retorno da viagem.

Favorecido Destino Maria Luizete Sampaio Sobral Carliez Soure - Belém Maria Luizete Sampaio Sobral Carliez Soure - Belém Marilza Sales Costa Marabá-Bel Maria Luizete Sampaio Sobral Carliez Soure - Belém Alex Bolonha Fiuza de Mello Bel-BSB Alex Bolonha Fiuza de Mello Bel-BSB Maria Marlene Escher Furtado Santarem - Bel Candido Augusto Veloso Moura Bel-BSB Enilson da Silva Sousa Santarem - Altamira Enilson da Silva Sousa Santarem - Altamira

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Jose Antonio Oliveira Aquino Santarem-Itaituba Alda Lima Fernandes Santarem-Itaituba Terezinha de Jesus Dias Pacheco Santarem-Itaituba Maria Marlene Escher Furtado Santarem-Itaituba Rainerio Meireles da Silva Altamira-Bel Francisco Cid Malato P Lopes Bel-BH Socorro Vania Loureço Alves Santarem-Itaituba Washington Luis dos S Abreu Santarem-Itaituba Marcus Pinto da Costa Rocha Bel-Santarem Eduardo Dionisio Pamplona da Silva Bel-Santarem Paulo Sergio de Souza Gorayeb Bel-Bsb Roberto Dall agnol Bel- Maraba Ana Clotides Colares Gomes Bel-Soure Francisco Pereira Smith Junior Braganca-Capanema Ana Clotides Colares Gomes Bel-Santarem Iracy de Almeida G Ritzmann Bel-Bsb Rossineide Martins da Rocha Bel-Maraba Rossineide Martins da Rocha Bel-Maraba Jussara Moretto Martinelli Bel-Capanema Jussara Moretto Martinelli Bel-Maraba Adelma do Socorro G Pimentel Bel-SP

A Entidade foi instada a se manifestar sobre a oc orrência por meio da Solicitação de Auditoria n°. 189705/004, de 12/04/ 2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O Gestor deixou de adotar medidas efetivas c om vistas a sanear o problema e fazer cumprir a Portaria MPOG nº. 98/20 03. Servidores da UFPA não estão cumprindo a ex igência imposta pela Portaria MPOG nº. 98/2003 quanto à apresentação do s cartões de embarque após o retorno de viagens à serviço, no pr azo estabelecido.

CAUSA: Ausência de mecanismos eficiente para o devido arq uivamento e controle dos comprovantes de cartão de embarque. Inobservância à legislação que rege a matéria por parte dos servidores quando do retorno de viagens à serviço da Instituição e não atendimento das recomendações da CGU. JUSTIFICATIVA: A justificativa do gestor está contida no Memorand o n° 161/2007-PROAD, abaixo reproduzida: "Os cartões de embarque, quando entregues neste setor, são encaminhados ao Departamento Financeiro, para qu e sejam anexados aos processos de diárias, porém nem sempre os se rvidores devolvem os canhotos ao Setor de Diárias e Passagens, causan do assim transtornos quanto à prestação de contas. Por oportuno infor mamos que está sendo implementado um sistema informatizado que nos dará condições de controlar com rigor as devoluções dos cart ões de embarque e

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desembarque de servidores, o qual foi cedido pelo MEC. (...) ressaltamos que a Portaria MPOG n°. 98 de 16 /07/2003 dispõe

sobre concessão de passagem aérea, motivo pelo qua l este setor não solicita os canhotos de passagem fluvial e rodoviár ia."

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: As justificativas apresentadas não são passíveis de aceitação, visto que o cartão de embarque é o comprovante adequado para verificação do efetivo deslocamento do servidor e é impresci ndível a anexação do cartão de embarque ou outro documento comprobatór io que possibilite a verificação do cumprimento do disposto no art. 59, parágrafo único, da Lei nº. 8.112/90. A ausência de juntada do cartão de embarque ou out ro documento hábil a comprovar a data do efetivo retorno nos c asos em que houve deslocamento do servidor está em desatençã o à jurisprudência consolidada pelo Tribunal de Contas da União , conforme acórdãos abaixo: Acórdão 210/2006 - Primeira Câmara "7.2 - determinar ao Observatório Nacional que: 7.2.11 - torne obrigatória, nas viagens a ser viço, a devolução da última via do bilhete de passagem utilizado ou d o cartão de embarque não destacado, de modo que seja possível ver ificar as datas e os horários dos deslocamentos, anexando-os ao r espectivo processo, consoante jurisprudência do Tribunal (Acórdão 434/2 003 - 1ª Câmara; Acórdão 269/2002 - Plenário; Acórdão 668/2003 - Plenário), bem como

observe o disposto no Decreto n. 3.892/2001, que t rata de aquisição de bilhetes de passagem mediante a utilização d e cartão de crédito corporativo." Ressaltamos, ainda, que a falta do arquivamento dos comprovantes dos cartões de embarque é reincidente nesta IFE e a Entidade não adotou nenhuma medida eficaz para o saneamento do problem a. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA DA PROAD RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a Entidade adote procediment os mais efetivos com vistas ao atendimento ao artigo 3º da Portaria MPO G nº. 98/2003. RECOMENDAÇÃO: 002 Recomendamos que a Entidade crie mecanismos mais efetivos para cobrança e devido arquivamento dos bilhetes d e passagem aérea nos processos de concessão de passagens, bem com o aplique a punição contida em seu formulário de concessão de diárias, qual seja: "a falta de entrega dos tickets de embarque será fator im peditivo para futura

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concessões de diárias." , como meio de coibir a conduta omissiva dos servidores. 2.3.1.5 CONSTATAÇÃO: (067) Falta de registro dos trechos de viagens no SISPASS . Muito embora a UFPA seja integrante do Si stema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG, con statamos por meio de consulta ao Sistema, que a Entidade não mantém r otina de inclusão no sistema de registro de passagens aéreas - SISPASS, dos dados relativos aos valores de trechos de viagens, de acordo com o valor da emissão do bilhete de passagem aérea. Verificamos que em todo ano de 2006, nenhum re gistro referente aos valores despendidos com passagens aéreas foram e fetuados no SISPASS, em desacordo com o inciso VII, do artigo 2° da Portaria MPOG n°. 98/2003, abaixo transcrito: "Art. 2º Determinar aos órgãos e entidades da Ad ministração Pública federal direta, autárquica e fundacional a red ução de gastos com a emissão de bilhetes de passagem aérea e a obser vância dos seguintes procedimentos: VII - os órgãos e entidades integrantes do Sistem a de Serviços Gerais - SISG deverão, sem prejuízo das informações exis tentes, incluir pelo Portal de Compras do Governo Federal www.comprasne t.gov.br, no Sistema de Registro de Passagens Aéreas - Sispass, os dados relativos aos valores dos trechos de viagens, de acordo com o valor da emissão do bilhete de passagem aérea, praticado pelo ó rgão ou entidade." A Entidade foi instada a se manifestar por me io da Solicitação de Auditoria n°. 189705/004 de 12/04/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O Gestor não providenciou o cadastramento dos dados referente aos valores dos trechos de viagem no SISPASS. CAUSA: Deficiências nos controles internos. Inobservância ao inciso VII, do artigo 2° da Portar ia MPOG n°. 98/2003.

JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa.

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RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA DA PROAD RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a Entidade proceda o registro d os dados referente à aquisição de passagens aéreas no SISPASS, em c umprimento ao inciso VII, do artigo 2°, da Portaria MPOG n°. 98/2003. 2.4 SUBÁREA - REGIME DISCIPLINAR 2.4.1 ASSUNTO - PROCESSOS DISCIPLINARES 2.4.1.1 CONSTATAÇÃO: (049) Inefetividade de Processos Administrativos Discipli nares. Em 02/02/2004 a Prefeitura do Campus da UFPA paralisou a obra de implantação do projeto arquitetônico espaço de co nvivência das artes, do Programa Compromisso com a Universidade, coord enado pela Srª. Gina Barbosa Calzavara, o que deu ensejo ao processo nº . 23073.006311/2004- 21, protocolado na Entidade pela Coordenador a do Programa, em 30/03/2004, o qual versa sobre o pedido de ap uração de prática de abuso de poder cometido pelo, à época Prefeito do Campus, o Sr. Edison da Silva Farias, no embargo da referida obra. Em 15/10/2004 o Magnífico Reitor da UFPA, p or meio de despacho, solicitou a abertura de inquérito administrat ivo para apurar a denúncia. Em 22/11/2004 a Auditoria Interna da UFPA emi tiu parecer (Parecer nº. 068/2004-AUDIN) favorável à instauração da S indicância afirmando que: "não há motivação sustentável em aspectos legais p ara o embargo da obra, tendo em vista laudos emitidos por téc nicos abalizados nas questões de segurança e preservação do meio ambien te" . Em 27/12/2004 a Procuradoria Federal da UFPA emitiu o Parecer nº. 1489/2004/MCO-PG acatando a sugestão da AUD IN no sentido de se providenciar a constituição de comissão de sindic ância com o objetivo de apurar as responsabilidades e irregularidades a pontadas. Em 26/04/2005 o Magnífico Reitor da UFPA co nstituiu Comissão de Sindicância, por meio da Portaria nº. 1216/200 5, para apuração das referidas irregularidades. Em 03/06/2005 o Presidente da aludida comissão, o Sr. Luiz Ercílio do Carmo Faria Júnior, declarou-se suspeito para atuar nos autos e esclareceu que não foi possível contatar os demais membros da comissão, pois além de não conhecê-los não os loc alizou, devolvendo o referido processo à Reitoria da UFPA somente no di a 24/01/2006. Em 03/04/2006 o Magnífico Reitor da UFPA constit uiu nova Comissão de Sindicância, por meio da Portaria nº. 1093/200 6, para apuração das referidas irregularidades, o que não ocorreu.

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Finalmente, em 09/05/06, o Magnífico Reitor da UFPA constituiu Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, por meio da Portaria nº. 1382/2006, de 09/05/06, mais uma vez a fi m de apurar os fatos apontados no processo. A Entidade foi instada a se justificar acerca da irregularidade, por meio da Nota de Auditoria nº. 001, de 22/09/2006. O Reitor da UFPA apresentou o Ofício nº. 708/ 2006, de 25/09/2006 encaminhando o Memo. GR 292/2006 que determina ao Presidente do CPPAD que tome as providências necessárias à conclu são do referido PAD, determinando que a nova Comissão a ser designa da seja composta por dois membros externos à instituição como sug erido pela equipe de auditoria da CGU. O mesmo ofício encaminha, ainda, o Memo. nº. 222 /2006, de 17/08/2006 endereçado à Presidente da Comissão desig nada pela Portaria nº. 1382/2006, de 09/05/2006, solicitando jus tificativas para a extrapolação do prazo de 60 dias para apuração d os fatos, sem pedido de prorrogação da Portaria; e o Memo. nº. 280/ 2006, de 11/09/2006 endereçado a mesma servidora, solicitando a prese nça da mesma à CPPAD para se justificar acerca do não andamento dos tra balhos da Comissão. O PAD instaurado pela Portaria nº. 1382/2006 tam bém não foi adiante, tendo sido devolvido pela Presidente da Comissão em 04/10/2006, sob a alegação de falta de tempo para o desenvolvimento dos trabalhos. Novamente foi constituída Comissão de PAD, por meio da Portaria nº. 4106/2006, em 27/11/2006, cujos trabalhos encont ram-se em andamento, não tendo sido concluídos até o presente momento. A procrastinação na apuração de denúncia contr aria a disciplina do art. 143 da Lei nº. 8.112/90 que impõe a apuraç ão imediata de fatos irregulares, abaixo ipsis litteris : "Art. 143. A autoridade que tiver ciência d e irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administr ativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa" . (grifo nosso) Ademais, em que pese entender-se que os diversos prazos estabelecidos para a conclusão de procedimentos disciplinares na Lei nº. 8.112/90, não serem estabelecidos em caráter peremptór io ou taxativo e, portanto, não gerarem argüições de nulidad e se eventualmente excedidos, eles têm caráter exortativo, tendo como destinatário os agentes da administração que, em nenhum momento, e starão autorizados a negligenciar a sua observância. Assim, os agentes públicos designados para apuração de fatos irregulares ocorridos no seio da administração púb lica têm a obrigação de concluírem os procedimentos disciplinares nos prazos previstos (pela Lei), sob pena de ficarem submetidos às s anções disciplinares correspondentes se não houver justificativa plaus ível para as demoras verificadas na condução dos processos. In casu , verifica-se que os processos estão se eternizand o no âmbito

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da Administração, sem qualquer conclusão, havendo designações consecutivas de comissões disciplinares, sem obse rvância dos prazos e deveres legais impostos. Dessa forma, não havendo justificativa plausível p ara a procrastinação ora observada na apuração da denúncia em tela, foi recomendada por esta CGU a constituição imediata de procedimento d isciplinar destinado a apurar o ato desidioso imputado aos mem bros das comissões dissolvidas, o que, contudo, ainda não foi feito. Foi instaurada Comissão pela Portaria nº 4152/2006 , de 27/11/2006 para apuração da responsabilidade dos servidores envo lvidos nas comissões pretéritas e mais uma vez, os trabalhos não inicia ram. Novas Portarias foram emitidas - nº. 956/2007, de 22/03/2007 e nº. 1241/2007, de 16/04/07, com o mesmo objetivo, contudo a ap uração ainda não foi iniciada, em função de erros formais na emissão da s Portarias. Necessário asseverar, ademais, que eventual de mora na conclusão do processo disciplinar faz gerar a possibilida de de extinção da punibilidade do acusado pelo advento do ter mo final do prazo prescricional em lei estabelecido, ensejando, aind a, a responsabilização do agente público causador da referida prescrição punitiva.

Por oportuno, registramos que a inefetivi dade dos processos administrativos disciplinares no âmbito da Entidade, tem sido apontada, reiteradamente, por esta CGU, em rela tórios de auditorias pretéritos. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O Reitor e o Presidente da Comissão Perm anente de Processo Administrativo Disciplinar - CPPAD não tomaram p rovidências efetivas para que fosse devidamente apurada a responsabil idade dos servidores envolvidos nas comissões pretéritas, bem como não adotaram medidas tempestivas na apuração dos indícios de irregula ridades apontados no Processo nº. 23073.006311/2004-21. Os membros das Comissões de Sindicância/ PAD não exerceram, injustificadamente, as funções para as quais foram designadas, em afronta ao art. 117, V, da Lei nº. 8.112/90. CAUSA: Omissão no dever de apuração de irregularidades, e m afronta ao art.143 da Lei nº. 8.112/90. Negligência no exercício de função pública. JUSTIFICATIVA: A Entidade foi instada a se justificar acerca da irregularidade, por meio da Nota de Auditoria nº. 001, de 22/09/2006. O Reitor da UFPA apresentou o Ofício nº. 708/ 2006, de 25/09/2006 encaminhando o Memo. GR 292/2006 que determina ao Presidente do CPPAD

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que tome as providências necessárias à conclu são do referido PAD, determinando que a nova Comissão a ser designa da seja composta por dois membros externos à instituição como sug erido pela equipe de auditoria da CGU. O mesmo ofício encaminha, ainda, o Memo. nº. 222 /2006, de 17/08/2006 endereçado à Presidente da Comissão desig nada pela Portaria nº. 1382/2006, de 09/05/2006, solicitando jus tificativas para a extrapolação do prazo de 60 dias para apuração d os fatos, sem pedido de prorrogação da Portaria; e o Memo. nº. 280/ 2006, de 11/09/2006 endereçado a mesma servidora, solicitando a prese nça da mesma à CPPAD para se justificar acerca do não andamento dos tra balhos da Comissão. Não houve manifestação da servidora acerca dos Mem os. acima indicados. Segundo despacho exarado pelo Presidente da CPPPAD no processo nº. 23073.007600/2007-27, referente ao PAD em apreço "o processo administrativo disciplinar instaurado pela Portari a nº. 4106/2006 para apurar os fatos constantes do processo nº. 6311/ 2004, encontra-se na fase de indiciação e defesa e como houve mais de 0 2 (dois) indiciados, foi aberto prazo de 20 (vinte) dias para a aprese ntação da defesa por escrito, em conformidade com o art. 161, § 2º da L ei 8.112/90, estando referido prazo contando a partir do dia 15 do co rrente, após citação dos indiciados" . ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Em que pese o fato de que o PAD, referente ao pro cesso nº. 6311/2004, está chegando a termo, necessário se faz o regist ro da procrastinação ocorrida na apuração dos indícios de irregul aridades levados ao conhecimento da Administração Superior da Entidad e no ano de 2004 e a sua devida apuração ter iniciado somente no final de 2006. Relativamente ao PAD instaurado por meio da Portar ia nº. 1241/2007, de 16/04/07, verifica-se que a mesma demora para a devida apuração de irregularidades está ocorrendo, comprovando uma situação crônica no âmbito da Entidade quanto à inefetividade ab soluta dos Processos administrativos disciplinares instaurados, o que vem sendo apontado, reiteradamente, em relatórios desta CGU. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR 028.729.862-00 LUIZ ERCILIO DO CARMO FARIA JU PRE SIDENTE DE COMISSÃO 173.766.532-87 DULCICLEA DE JESUS PALHA MEM BRO DE COMISSÃO 355.995.962-49 DECIONEI REIS DE OLIVEIRA MEM BRO DE COMISSÃO 055.682.422-91 FIBIA BRITO GUIMARAES PRE SIDENTE DE COMISSÃO 038.268.722-15 EDILA ARNAUD FERREIRA MOURA MEM BRO DE COMISSÃO 037.899.422-00 BENEDITA MARIA DINIZ DA SILVA MEM BRO DE COMISSÃO 056.436.942-04 HAILTON CORREA NASCIMENTO PRE SIDENTE CPPAD RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que sejam tomadas as devidas providên cias para a apuração da responsabilidade das Comissões de PAD que, inj ustificadamente, não

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exerceram as funções para as quais foram design adas, nos termos dos artigos 143 da Lei nº. 8.112/90. Recomendamos que seja encaminhado a esta CGU, tã o logo finalizado, o PAD instaurado pela Portaria nº. 4106/2006. 2.4.2 ASSUNTO - INFRINGÊNCIAS AO REGIME DISCIPLINA R 2.4.2.1 CONSTATAÇÃO: (048) Descumprimento da carga horária contratada e de mín imo de aula efetiva por docentes lotados no Centro de Ciências Jurídic as (CCJ) e no Centro Tecnológico (CT). Da análise dos planos acadêmicos de todos os departamentos do CCJ (Direito Penal e Processual, Direito Social, Direito do Estado, Propedêutica Jurídica e Direito Civil) e do depart amento de Desenho do CT e, por meio de consultas aos Sistemas SISCA (Sistema de Controle Acadêmico), SAAD (Sistema de Acompanhamento de At ividades Docentes) e SPG (Sistema de Pós-graduação), verifica mos as seguintes irregularidades no 1º semestre de 2006, em decorrência da não observância de disposições do Decreto nº. 85.4 87/80 e da Resolução CONSEP nº. 3184/2004: Descumprimento do regime de trabalho (carga horár ia contratada) pelos seguintes docentes: Departamento de Direito Penal e Processu al

Docente CH

contratada CH

cumprida Benedito Wilson Correa de Sá 40 31 Celene Moura Pereira (SUBSTITUTO) 40 8 Daiane Lima dos Santos (SUBSTITUTO) 40 30 Diana Louise Teixeira Pinto (SUBSTITUTO) 40 26 Paulo Juaci de Almeida Brito DE 31

Departamento de Direito Social

Docente CH

contratada CH

cumprida Deusdedith Freire Brasil 20 nada Hermes Afonso Tupinamba Neto 40 28 João José Soares Geraldo 20 nada José Castilho Levy 20 12 José Claudio Monteiro de Brito DE 32 José Claudio Monteiro de Brito Filho 40 31

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Departamento de Direito de Estado

Docente CH

contratada CH

cumprida Ana Maria Rodrigues Barata 20 14

Antonio Gomes Moreira Maués DE 18 Armando Zurita Leão 20 17 Calilo Jorge Kzan Neto 40 10 Delon Paes de Carvalho (SUBSTITUTO) 20 12 Edilson Oliveira e Silva 40 23 Elody Nassar de Alencar 20 14 Fernando Vasconcelos Moreira de Castro Jr 20 10 Jean François Yves Deluchey (VISITANTE) DE nada José Alberto Soares Vasconcelos 40 14 José Augusto Torres Potiguar 40 15 Luiz Eduardo de Souza 40 31 Luso Sales Solyno Jr 20 12 Margarida Maria Rodrigues Ferreira de Carvalho 40 23 Wilson Rodrigues Ataide Jr DE 31

Departamento de Propedêutica Jurídica e Direi to Comercial

Docente CH

contratada CH

cumprida Bruno Soeiro Vieira 40 32 Antonio Gomes Moreira Maués DE 18 Elcio Alaudio Silva de Moraes 40 27 Jorge Alex Nunes Athias 20 12 Karla Marques Pamplona (SUBSTITUTO) 40 34 Loiane da Ponte Souza Prado Verbicaro (SUBSTITUTO) 40 26 Maria Brasil de Lourdes Silva DE 33 Raynaldo Andrade da Silveira 40 31 Zamir Cezar da Cruz DE 34

Departamento de Direito Civil

Docente CH

contratada CH

cumprida Andrea Nazaré Lima Motta de Oliveira (SUBSTITUTO) 40 36 Christine da Silva Cruz Alves (SUBSTITUTO) 40 34 Girolamo Domenico Treccani DE 30 Marcia Cristina dos Santos Rego 40 8 Zeno Augusto Bastos Veloso 40 20

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Departamento de Desenho Docente CH

contratada CH

cumprida Alberto Alexandre Costa e Souza

DE 23

Antônio Aurelio Bandeira Monteiro

DE 33

Celio Claudio de Queiroz Lobato

DE 37

Elio Raiol dos Santos 40 17 Erasmo Borges de Souza Filho 40 25 Helio Raimundo da Silva Ferreira

DE 29

João Pinto de Castro Filho DE 17 Jose Leitão de Almeida Viana 20 01 Luiz da Costa Pereira DE 17

Luis de Jesus Dias da Silva 40 17

Mariano de Jesus Farias Conceição

20 17

Max Tonny Lopes Andrade 20 17

Nelio Moura de Figueiredo 40 17

Rossana Martins Miranda DE 25

Simão Massud Ruffeil Junior DE 01 O Decreto nº. 85.487/80 dispõe no seu art. 20 acerca do regime de trabalho da carreira do magistério das In stituições Federais Autárquicas, que poderá ser parcial, com obrigação de prestar 20 horas semanais de trabalho, integral, com obrigação de prestar 40 horas semanais de trabalho e de dedicação exclusiva com obrigação de prestar 40 horas semanais de trabalho e proibição de exe rcer outra atividade remunerada, pública ou privada. Já a Resolução CONSEP nº.3184/2004 define as regra s para a alocação da carga horária dos docentes da Entidade, de ac ordo com o regime de trabalho ao qual estão sujeitos, nos dispositivos abaixo transcritos: “Art. 4º Os integrantes da carreira do magist ério superior ficam sujeitos aos seguintes regimes de trabalho: I - Dedicação Exclusiva (DE), com 40 (quarent a) horas semanais de trabalho, nas condições definidas no § 1º deste ar tigo; II - Tempo Integral (TI), com 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, sem dedicação exclusiva, em caráter e xcepcional, conforme dispõe a Resolução n.º1.182/Consad, de 16 de março de 2004; III - Tempo Parcial (TP), com 20 (vinte) horas sem anais de trabalho. Art. 7º... IV - O docente em Dedicação Exclusiva ou Tempo I ntegral, a partir da

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promulgação desta Resolução, poderá ter alocada s no Plano Acadêmico até 20 (vinte) horas semanais para projetos de pe squisa e/ou extensão e/ou ensino, pelo período de até 5 (cinco) semestr es consecutivos.” No cômputo do cálculo da carga horária efetivamen te cumprida por cada docente foram consideradas as horas de prepa ração, o limite de 5 trabalhos de orientação, bem como a possibili dade de liberação de carga horária para pesquisa e extensão nos termo s dos dispositivos a seguir transcritos, todos da Resolução CONSEP nº. 3184/2004: “§ 1º Para cada hora aula em nível de graduação s erá computada até 1 (uma) hora de preparação e para cada aula em ní vel de pós-graduação serão computadas até 2 (duas) horas de preparação. § 2º As horas de preparação serão considerad as até o limite de 2 (duas)turmas para uma mesma disciplina. § 3º Para a orientação de trabalhos de conclusão d e curso de graduação (TCC) e pós-graduação lato sensu e Residência, se rá computada 1 (uma) hora semanal de orientação por trabalho e/ou mono grafia e, no caso de orientação de pós-graduação stricto sensu, 2 (dua s) horas semanais de orientação por dissertação e/ou tese, respeitand o-se o número máximo de 5 (cinco) trabalhos de qualquer natureza, seja TCC e/ou monografia e/ou dissertação e/ou tese. § 4º Também são consideradas atividades de o rientação: o Estágio Supervisionado, o Estágio Rotatório, o Estágio Co ordenado, a Tutoria, o Internato, a Residência Médica e outras a tividades da mesma natureza, ficando a critério da Unidade Acadêmica a definição da carga horária semanal correspondente a essas atividades. Art. 8º Os docentes investidos na Função de Direção de unidade acadêmica ou unidade executora obedecerão ao regime de trabalho correspondente à função exercida. § 2º Quando a carga horária atribuída ao exerc ício das funções for inferior a 40 (quarenta) horas, o tempo integral d everá ser preenchido com atividades de ensino, pesquisa, extensão ou af astamento parcial. Art. 9º O docente em regime de Tempo Integral ou Dedicação Exclusiva, que esteja realizando curso de pós-graduação em nível de mestrado ou doutorado, será dispensado de suas atividades , dentro dos limites máximos para afastamentos permitidos pelas normas em vigor, a critério da unidade executora em que esteja lotado, ouvida a Comissão Permanente do Pessoal Docente (CPPD) e a Pró- Re itoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP) e aprovado pelo Reitor, ob servada a legislação vigente. Art. 10 O docente em regime de Tempo Integral ou Dedicação Exclusiva, que esteja realizando curso de pós-graduação l ato sensu na própria Universidade, poderá ter até 50% (cinqüenta por cento) de sua carga horária semanal disponível para a realização do me smo, durante o tempo efetivo de sua duração, também a critério da unid ade executora em que esteja lotado, ouvida a Comissão Permanente do Pe ssoal Docente (CPPD) e a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP ESP) e aprovado pelo Reitor, observada a legislação vigente.”

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Descumprimento do quantitativo mínimo de hora s semanais de aula efetiva: Departamento de Direito Social

Docente CH

contratada Aula

efetiva Deusdedith Freire Brasil 20 Nada João José Soares Geraldo 20 Nada José Castilho Levy 20 4

Departamento de Propedêutica Jurídica e Direit o Comercial

Docente CH

contratada Aula

efetiva Bruno Soeiro Vieira 40 16 Antonio Gomes Moreira Maués DE 6 Jorge Alex Nunes Athias 20 4 Karla Marques Pamplona (SUBSTITUTO) 40 16 Loiane da Ponte Souza Prado Verbicaro (SUBSTITUTO) 40 12 Raynaldo Andrade da Silveira 40 8

Departamento de Direito Civil

Docente CH

contratada Aula

efetiva Andrea Nazaré Lima Motta de Oliveira (SUBSTITUTO)

40 16

Christine da Silva Cruz Alves (SUBSTITUTO)

40 16

Girolamo Domenico Treccani DE 12 Marcia Cristina dos Santos Rego 40 4 Zeno Augusto Bastos Veloso 40 8

Departamento de Direito Penal e Processua l

Docente CH

contratada Aula

efetiva Adriana Magalhães da Silva Araújo (SUBSTITUTO) 40 16 Benedito Wilson Correa de Sá 40 12 Celene Moura Pereira (SUBSTITUTO) 40 4 Daiane Lima dos Santos (SUBSTITUTO) 40 14 Diana Louise Teixeira Pinto (SUBSTITUTO) 40 12 Ivanildo Ferreira Alves 20 8 João Bosco Oliveira de Almeida (SUBSTITUTO) 40 12 Marlene Rodrigues de Medeiros Freitas 40 4 Marlenilson Luiz Pinheiro Miranda (SUBSTITUTO) 40 16

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Paulo Juaci de Almeida Brito DE 12 Valena Jacob Chaves (SUBSTITUTO) 40 4

Departamento de Direito de Estado

Docente CH

contratada Aula

efetiva Ana Maria Rodrigues Barata 20 4

Antonio Gomes Moreira Maués DE 6 Armando Zurita Leão 20 Nada Calilo Jorge Kzan Neto 40 4 Delon Paes de Carvalho (SUBSTITUTO) 20 4 Edilson Oliveira e Silva 40 8 Elody Nassar de Alencar 20 4 Fernando Vasconcelos Moreira de Castro Jr 20 4 Jean François Yves Deluchey (VISITANTE) DE Nada José Alberto Soares Vasconcelos 40 6 José Augusto Torres Potiguar 40 4 Luiz Eduardo de Souza 40 12 Luso Sales Solyno Jr 20 4 Margarida Maria Rodrigues Ferreira de Carvalho 40 8

Wilson Rodrigues Ataide Jr DE 12 A Resolução CONSEP nº. 3184/2004 especifica o qu antitativo mínimo de aulas efetivas semanais a que estão obrigados os d ocentes da Entidade, de acordo com o seu regime de trabalho e em função de outras atividades exercidas: “Art. 7º Na atribuição dos encargos a serem desempenhados pelos docentes, deverão ser observados os seguintes limi tes: I - Docente em regime de Dedicação Exclusiva: a) mínimo de 16 (dezesseis) horas semanais ou 270 (duzentas e setenta) horas semestrais ou 540 (quinhentas e quarenta) h oras anuais de aulas efetivas (graduação e/ou pós-graduação), se m envolvimento com atividades em projetos de pesquisa, de exte nsão e de ensino, administração ou afastamento; b) mínimo de 8 (oito) horas semanais ou 135 (cen to e trinta e cinco) horas semestrais ou 270 (duzentas e setenta) h oras anuais de aulas efetivas (graduação e/ou pós-graduação), acres cidas de encargos de pesquisa e/ou extensão e/ou administração e/ou afastamento parcial, observada a legislação vigente. II - Docente em regime de Tempo Integral: a) mínimo de 20 (vinte) horas semanais ou 330 (trezentas e trinta)

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horas semestrais ou 660 (seiscentas e sessenta) h oras anuais de aulas efetivas (graduação e/ou pós-graduação), se m envolvimento com atividades em projetos de pesquisa, de exte nsão e de ensino, administração ou afastamento; b) mínimo de 12 (doze) horas semanais ou 2 00 (duzentas) horas semestrais ou 400 (quatrocentas) horas anuais de aulas efetivas (graduação e/ou pós-graduação), acrescidas de encargos de pesquisa e/ou extensão e/ou administração e/ou afastamento parcial, observada a legislação vigente; III - Docente em regime de Tempo Parcial: míni mo de 10 (dez) horas semanais ou 170 (cento e setenta) horas semestrais ou 340 (trezentas e quarenta) horas anuais de aulas efetivas;” A responsabilidade pela distribuição da carga hor ária dos docentes na forma da Resolução em comento, encontra-se expre ssamente determinada em seu art. 5º: ”Art. 5º Compete à unidade executora distribuir a carga horária dos docentes entre as atividades de ensino, pe squisa, extensão e administração, observando-se os respectivos limit es mínimos e máximos definidos nos artigos 6º e 7º desta Resolução, b em como liberar para afastamento, de acordo com a carga horária co ntratada, segundo os regimes definidos no art. 4º desta Resolução e o p lano de qualificação docente da unidade.” Nesse sentido, verificamos que existem vários pr ofessores lotados no CCJ e CT que não estão cumprindo o regime de trabalho e/ou o quantitativo mínimo de aula efetiva exigida, em total afronta aos normativos retromencionados. Ressaltamos, ainda, para o fato de que existe um grande número de professores substitutos no CCJ, o que compromete a qualidade do ensino na Instituição. Por outro lado, necessário se faz verificar se a necessidade, a princípio existente, de professores, o que t em se traduzido na contratação de substitutos, não reflete tão s omente a ausência de cumprimento da carga horária pelos próprios professores efetivos lotados nesses Centros. A Entidade foi instada a se justificar acerca da irregularidade, por meio das Solicitações de Auditoria nº.s 038, 039, 040, 041, 042 e 043/2006, de 24/10/2006, 24/10/2006, 24/10 /2006, 26/10/2006, 26/10/2006 e 30/10/2006, respectivamente. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Distribuição inadequada da carga horária dos docen tes pelos Chefes das Unidades Acadêmicas, no caso, os Departamentos. CAUSA: Controles internos ineficientes.

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Inobservância à Resolução nº. 3184/2004 do CONSEP/ UFPA e ao Decreto n°. 85.487/80. JUSTIFICATIVA: A Entidade foi instada a se justificar acerca da irregularidade, por meio das Solicitações de Auditoria nºs. 038, 039, 040, 041, 042 e 043, tendo havido a manifestação de todos os Departame ntos, com exceção do de Direito Processual Penal, como segue: Propedêutica Jurídica e Direito Comercial Memo. nº. 30/2006-DPJDC Quanto aos professores Elcio Alaudio Silva de Moraes, Bruno Soeiro Vieira, Jorge Alex Nunes Athias, Karla Marques Pa mplona e Zamir Cezar da Cruz não foram apresentadas informações que justifiquem a irregularidade apontada. Loiane da Ponte Souza Prado Verbicaro - foi demon strado o cumprimento de 34 horas. Maria Brasil de Lourdes Silva - não foi justific ada a alocação de 10 horas de atividades administrativa, bem como só foi informada a orientação de 1 aluno, pelo que restou comprovada apenas o cumprimento de 19 horas. Raynaldo Andrade da Silveira - foi comprovado o cu mprimento de somente 29 horas, tendo em vista que só foi informada a or ientação de 1 aluno. Direito Social Memo. nº. 20/06-DDS "Deusdedith Freire Brasil - o professor está com processo de aposentadoria desde 2003 e agora em fase de conclusão, como é de conhecimento desta AUDIN, pois já informamos atrav és do Memo nº.13/06- DS, de 18.07.06-doc. 01; João José Soares Geraldo - em razão das excessiva s faltas, hoje corre processo administrativo disciplinar, entretanto, e ste departamento não sabe em que estado se encontra o processo; Hermes Afonso Tupinambá Neto - professor tem q uatro orientandos de mestrado, no curso de pós-graduação em Direi to, e 22h de aulas efetivas, conforme declaração em anexo; Maria da Conceição Fernandes - a professora teve mais uma turma, chamada de turma piloto, já inculta no novo sis tema SIE, assim, não entrou no sistema, conforme comprovante em anexo, perfazendo totalmente sua carga horária; José Castilho Levy e José Cláudio Monteiro de Brito - conforme já informado pelo Memo nº13/06, já citado acima, não tínhamos mais turmas a alocar para os professores."

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Direito Civil Ofício nº. 15/06-DDC Márcia Cristina dos Santos Rego - foi justi ficada a situação da docente. Quanto aos demais docentes não foram apresent adas informações que justifiquem a irregularidade apontada. Direito do Estado Memo. nº. 21/2006-DDE Quanto aos docentes Ana Maria Rodrigues Bara ta, Delon Paes de Carvalho, Edilson Oliveira e Silva, Elody Nassar de Alencar, Fernando Vasconcelos Moreira de Castro Jr, José Augusto T orres Potiguar, Luiz Eduardo de Souza e Margarida Maria Rodrigues Ferr eira de Carvalho não foram apresentadas informações que justifique m a irregularidade apontada. Antonio Gomes Moreira Maués - informado que o doce nte teve seu projeto aprovado em reunião de departamento do dia 03.05.06, porém não comprova alocação de carga horária para o projeto. Armando Zurita Leão - informado que o docen te teve seu projeto aprovado em reunião de departamento do dia 26.09.06, tendo na oportunidade requerido alocação de 20 horas par a este projeto o que foi aprovado. Ocorre que a presente irregulari dade foi apontada em referência a alocação de carga horária no 1º semes tre de 2006. Calilo Jorge Kzan Neto - informado que o doce nte teve seu projeto aprovado em reunião de departamento do dia 26.09.06, tendo na oportunidade requerido alocação de 20 horas par a este projeto o que foi aprovado. Ocorre que a presente irregulari dade foi apontada em referência a alocação de carga horária no 1º semes tre de 2006. Wilson Rodrigues Ataíde Jr. - informado que o doce nte teve seu projeto aprovado em reunião de departamento do dia 26.09.06, tendo na oportunidade requerido alocação de 20 horas par a este projeto o que foi aprovado. Ocorre que a presente irregulari dade foi apontada em referência a alocação de carga horária no 1º semes tre de 2006. Jean François Yves Deluchey - informado que o doce nte ministra aula no mestrado e que solicitou para a pós-gr aduação documentos comprobatórios, mas não os apresentou. José Alberto Soares Vasconcelos - informado que o docente tem 20 horas de sua carga horária cedida para o NPJ, po rém não apresentou documentos comprobatórios. Ademais não con sta, na grade de disciplinas teóricas e práticas referente ao 1º semestre de 2006, apresentada pelo Coordenador do NPJ (Mem. nº.020/2 006-NPJ), a alocação de disciplina para o referido professor. Luso Sales Solyno Jr. - informado que o docente so licitou licença para cursar mestrado (Memo. nº. 20/2006-DDE). Ocorr e que o Memorando

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requerendo ao Diretor de Centro a solicitou é data do de 02/10/2006 e a presente irregularidade foi apontada relativamen te ao 1º semestre de 2006. Desenho Memo. nº. 038/06-DD-CT O Chefe de Departamento confirmou o descumprime nto da carga horária pelos docentes em função de problemas instituc ionais, gerenciais e técnicos. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Em função das informações prestadas, consideramo s regular a situação das docentes: Maria da Conceição Fernandes e Márcia Cristina dos Santos Rego; contudo, deixamos de acatar as de mais justificativas, pelos motivos acima expostos.

No que se refere à situação do professor Deusdedit h Freire Brasil, foi solicitado durante a auditoria de acompanhament o de 2005 o processo administrativo instaurado, na Entidade, para apur ação dos indícios de abandono de cargo pelo citado professor, p orém este não foi encaminhado a esta CGU até o presente momento, tendo em vista que o simples pedido de aposentadoria não autoriza o afa stamento do servidor dos seus trabalhos, tendo sido retirado, por este motivo, da folha de pagamento desde jun2005. Ressalte-se que não recebemos justificativas do Departamento de Direito Penal e Processual. No que se refere às justificativas apresentadas pelo Departamento de Desenho, estas não podem ser acatadas, tend o em vista que a Instituição deve tomar as devidas providências para disponibilizar adequada infra-estrutura para realização dos curso s de graduação. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 017.231.382-15 HUGO DE OLIVEIRA ROCHA CHE FE DEPARTAMENTO 376.866.232-20 ANA CLAUDIA CRUZ DA SILVA CHE FE DEPARTAMENTO 010.472.642-34 MARIA AVELINA IMBIRIBA HESKETH CHE FE DEPARTAMENTO 018.362.262-68 ALMERINDO AUGUSTO DE VASCONCEL CHE FE DEPARTAMENTO 302.147.182-04 DENIS LEITE RODRIGUES CHE FE DEPARTAMENTO 032.504.662-04 ANTONIO AURELIO BANDEIRA MONTE CHE FE DEPARTAMENTO RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à Entidade que: 1. Seja regularizada a distribuição da carga horá ria para os docentes do CCJ E CT, de modo que haja o cumprimento do l imite mínimo de aula efetiva e o regime de trabalho por parte de cada docente, devendo as impossibilidades de atendimento em função de fator es institucionais ou profissionais serem devidamente justificadas no PI T de cada servidor;

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2. Seja apresentada à CGU os planos de trabalho individuais (PIT) de cada docente do CCJ e CT para o 1º semestre de 200 7; 3. Sejam encaminhados a esta CGU os proces sos administrativos disciplinares instaurados para apuração de irreg ularidades relativas aos professores Deusdedith Freire Brasil e João Jo sé Soares Geraldo. 3 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS 3.1 SUBÁREA - PROCESSOS LICITATÓRIOS 3.1.1 ASSUNTO - FORMALIZAÇÃO LEGAL 3.1.1.1 CONSTATAÇÃO: (025) Impropriedades na composição dos Processos. Reincid ência. No exame dos procedimentos licitatórios, constat amos a ocorrência de diversas impropriedades na composição dos processo s da Entidade: a) Existência de folhas não numeradas e não ru bricadas, de maneira generalizada, nos diversos processos conduzidos na IFES, infringindo o § 4°, art. 22, da Lei n°. 9.784/1999, que dispõe: "O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas". b) Ausência da assinatura do Presidente da Com issão no original do edital, nos Processos n°.s 013572/2006, 021753 /2004 e 022958/2006, contrariando o disposto no § 1º do art. 40, da Lei n°. 8.666/1993, abaixo transcrito: "O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir, permane cendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados." c) Ausência da cópia da Portaria que designa a Co missão ou Pregoeiro, quando for o caso, nos Processos n°.s 013572/2006 e 019003/2006. Aqui foi desrespeitado o art. 38, III, da Lei n°. 8.666/ 1993, que determina, in verbis :

"O procedimento da licitação será iniciado com a a bertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao q ual serão juntados oportunamente: (...) III - ato de designação da comissão de lic itação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite". Convém mencionar que as falhas citadas nas letras "a" e "b" são reincidências e foram objeto de recomendação no Re latório de Auditoria de Gestão n°. 175131.

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A Entidade foi questionada acerca da ocorr ência por meio da Solicitação de Auditoria nº. 22/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Os responsáveis pelos processos dão andamento aos mesmos sem a adoção de nenhuma atitude visando a correção das i mpropriedades neles existentes. CAUSA: As causas que vêm contribuindo para a ocorrência são: i) a ineficácia dos controles internos da Instituição, que permite m a composição/instrução de processos com impro priedades; ii) a

inobservância dos normativos legais, por parte dos órgãos responsáveis pela condução dos processos licitatórios. JUSTIFICATIVA: A IFES se manifestou por intermédio do Memo. n°. 4 6/2007-CPL, de 07 de maio de 2007, nos seguintes termos: "1. Da ausência da cópia da Portaria de design ação da Comissão de Licitação e/ou Pregoeiro e equipe de apoio nos Pro cessos 013572/2006 e 019003/2006. De fato, verifica-se que não consta nos a utos dos Processos 013572/2006 e 019003/2006 a cópia da portari a de designação da Comissão de Licitação e ou Pregoeiro e equipe de apoio. Tal ausência ocorreu por um singelo descuido desta Comissão. Embora não observado este requisito legal, mencionado equívoco não trouxe nenhum prejuízo ao processo, bem c omo não se verificou qualquer alegação dos licitantes quanto ao descump rimento do mesmo. Saliente-se, ademais, ademais, que esta Comis são sempre se pautou no cumprimento dos preceitos legais e dos princípi os que regem os atos da Administração Pública e que já tomou as dev idas providências no sentido de regularizar este equívoco, anexando aos autos do processo a referida Portaria, e para que eventos desta ordem não mais se repitam. 2. Da ausência da assinatura do Presidente da C omissão de Licitação e/ou Pregoeiro, no original do Edital de Lic itação nos Processos 021753/2004 e 013572/2006. Verifica-se que os originais deste edital an exados aos autos dos processos 021753/2004 e 013572/2006, por d escuido, não foram devidamente assinados, tendo sido somente rubrica dos. Contudo, em que pese tal requisito legal, tratam-se de equívocos de caráter meramente formais, inclusive já sanados por esta Comis são, e que em nada prejudicaram o bom andamento dos trabalhos e a lis ura do processo. Por oportuno, ressalte-se que o rigor f ormal excessivo na observância e interpretação da lei, embora absolu tamente conformes ao texto legislativo, pode induzir a situações ab surdas e descabidas, relegando a segundo plano os interesses estat ais. Neste contexto,

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deve-se levar em consideração o fato de que a t ransmissão do edital também é realizada via internet, e referida o peração não requer a assinatura digital, o que não nos parece configurar nenhuma irregularidade. (...) Neste sentido, embora não observado este re quisito legal, tal equívoco não trouxe nenhum prejuízo ao proce sso, bem como não se verificou qualquer alegação dos licitantes quanto ao descumprimento do mesmo, garantindo assim o que se julga verdadeiram ente precípuo para a manutenção de um processo licitatório, salvagu ardar o interesse do Estado." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Tratam-se de falhas reincidentes, já apontada s em relatórios de auditorias anteriores realizadas nessa IFES. A Entidade justifica porém reconhece as improprie dades, com relação à ausência da cópia da Portaria que designa a Comis são e/ou Pregoeiro e à existência de originais de editais sem a assi natura da autoridade expedidora. Quanto ao item "a" do fato menci onado neste ponto de auditoria, não houve manifestação formal do gestor . Considerando a reincidência do fato e a não pr opositura de medidas corretivas, que visem a não repetição das impropri edades, manteremos a constatação. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA PROAD 271.453.102-44 CELSO ROSIVALDO DE MELO PEREIR PRE SIDENTE DA CPL 116.703.472-49 NEILA DE NAZARE GOMES DE OLIVE MEM BRO DA CPL 209.327.582-15 OTAVIO SOCORRO MACHADO BAIA MEM BRO DA CPL 047.732.092-91 MARCO ANTONIO BENTES SOUZA COS MEM BRO DA CPL 056.312.892-53 LEILA MARIA COSTA ARANTES MEM BRO DA CPL RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à UFPA que instaure e instrua seus pr ocessos licitatórios de acordo com os requisitos legais, em especial at entando para: a) Numerar e rubricar todas as folhas do processo , conforme preceitua o art. 22, § 4°, da Lei n°. 9.784, de 1999; b) Fazer constar nos processos o original do edita l, datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autorida de que o expedir, em cumprimento ao que dispõe o art. 40, § 1°, da Lei 8.666, de 1993; c) Fazer constar em seus processos a cópia do ato de designação da Comissão e/ou do Pregoeiro e Equipe de Apoio, con forme dispõe o art. 38 da Lei n°. 8.666, de 1993; d) Instruir seus setores responsáveis pela co ndução dos processos

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licitatórios, para corrigir tempestivamente as falhas detectadas na composição dos mesmos. 3.1.1.2 CONSTATAÇÃO: (060) Ausência da ata de julgamento em processos licitató rios. Constatamos a ausência da Ata de julgamento dos pr ocessos licitatórios a seguir indicados: 1. Convite 18/2005 Objeto - aquisição de equipamentos para laboratóri o Contrato 1019 FADESP/UFPA/SECTAM/FUNTEC 2. Tomada de Preços 38/2005 Objeto - contratação da empresa para impressão de material didático Contrato 1240 FADESP/UFPA 3. Convite 253/2005 Objeto - aquisição se equipamento hospitalar Contrato 1250 FADESP/UFPA 4. Convite 197/2006 Objeto - aquisição de equipamentos de informática Contrato 1604 FADESP/UFPA/SEDUC O fato mencionado contraria o inciso V, do artigo 38, da Lei 8666/1993, que exige a anexação aos autos do proc esso licitatório das atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgad ora. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A Comissão de licitação não instruiu os processos com respectivas atas de julgamento. CAUSA: Inobservância ao inciso V, do art. 38 da Lei nº. 8 666/1993. JUSTIFICATIVA: A Entidade não se manifestou sobre o fato apontado, apesar das reiteradas requisições dos documentos por meio das Solicitações de Auditoria de números 006, 015 e 020/2006. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: A Entidade não se manifestou. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 396.526.882-15 CLEIDY APARECIDA ALVES LOPES PRE SIDENTE CPL 593.230.602-59 ROBERTO BRILHANTE CORREA MEM BRO CPL 637.293.342-04 ETEILLA FERREIRA VIEIRA MEM BRO CPL 756.727.742-53 MARCELO AGUIAR DE OLIVEIRA COS MEM BRO CPL

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716.889.002-68 MARCELLA DE NAZARE SANTONI SOR MEM BRO CPL RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a Entidade faça constar dos proce ssos licitatórios as atas de julgamento das propostas, na forma do disp osto no inciso V, do art. 38, da Lei nº. 8.666/93. 3.1.1.3 CONSTATAÇÃO: (061) Ausência de informações e documentos obriga tórios no Convite nº. 18/2005. No exame efetuado no Convite nº. 18/2005, cujo o bjeto é aquisição de equipamentos para laboratório, constatou-se algum as impropriedades no processo licitatório, como descritas a seguir:

a) Falta da indicação, no Convite, do tipo de lic itação escolhido (menor preço, técnica e preço, melhor técnica);

b) Falta da indicação, no Convite, do critér io de julgamento das propostas;

As impropriedades apontadas desrespeitam diversos dispositivos da Lei nº. 8.666/1993, a seguir transcritos: "Art. 38. O procedimento da licitação será iniciad o com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, pro tocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação suc inta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao q ual serão juntados oportunamente (...) Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o núme ro de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para iníci o da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:(...) VII – critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos; (...) " A ausência de critérios para o julgamento das p ropostas prejudica a objetividade do julgamento, a legitimidade da con tratação com base na proposta mais vantajosa para a Entidade, alé m de inviabilizar a avaliação da compatibilidade do resultado ao instr umento convocatório. A Entidade foi instada a se manifestar por me io da Solicitação de Auditoria nº. 020/2006, de 13/09/06. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A Comissão de Licitação não instruiu o process o licitatório com as informações e os documentos exigidos pela Lei nº. 8.666/1993.

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CAUSA: Inobservância a dispositivos da Lei nº. 8.666/1993 . JUSTIFICATIVA: Instada a se manifestar por meio da Solici tação de Auditoria nº. 020/2006, a Entidade não respondeu. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: A Entidade não apresentou justificativas. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 396.526.882-15 CLEIDY APARECIDA ALVES LOPES PRE SIDENTE CPL 593.230.602-59 ROBERTO BRILHANTE CORREA MEM BRO CPL 637.293.342-04 ETEILLA FERREIRA VIEIRA MEM BRO CPL RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos a estrita observância do artigo 38 e seu parágrafo único e do inciso VII, art.40, todos da Lei nº. 8.666/19 93, na realização de processos licitatórios pela Entidade. 3.1.1.4 CONSTATAÇÃO: (075) Ausência da Ata de Registro de Preços. A Entidade não lavrou a Ata de Registro de Preços decorrente do Pregão Eletrônico SRP n°. 49/2006 (Processo n°. 019003/2 006), realizado para selecionar empresa por intermédio de registro de preços, para prestar serviços de impressão digital de grandes format os e outros serviços correlatos. Da análise do processo, constatamos que o que a U FPA realizou foi, de fato, um procedimento licitatório comum, do tipo menor preço, disfarçado de registro de preços. Não estão compr ovados nos autos nem realização de ampla pesquisa de mercado, conf orme tratado em item específico deste Anexo I e tampouco a Ata de Regis tro de Preços. A impropriedade fere o disposto no art. 1º, Par ágrafo único, inciso II, e no art. 10, todos do Decreto nº. 3.931/2001, abaixo transcritos: "Art.1°, Parágrafo Único, II. Ata de Registro de Preços - documento vinculativo, obrigacional, com característica de compromisso para futura contratação, onde se registram os preços, fornecedores, órgãos participantes e condições a serem praticadas, con forme as disposições contidas no instrumento convocatório e propostas a presentadas". "Art.10. Homologado o resultado da licitação, o órgão gerenciador, respeitada a ordem de classificação e a quantida de de fornecedores a serem registrados, convocará os interessados para assinatura da Ata de Registro de Preços que, após cumpridos os requis itos de publicidade, terá efeito de compromisso de fornecimen to nas condições

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estabelecidas". Por conseguinte, face à inexistência de Ata, dei xam de ser cumpridos os requisitos de publicidade e outras providê ncias pertinentes ao registro do preço, conforme preceitua o inci so I do art. 6°, que dispõe: "O preço registrado e a indicação dos respectivos fornecedores serão

divulgados em órgão oficial da Administração e f icarão disponibilizados durante a vigência da Ata de Regis tro de Preços".

Convém ressaltar que, com a ausência da Ata de Re gistro de Preços e a conseqüente inexistência de divulgação do pre ço registrado, fica comprometido um dos benefícios advindos da ad oção do SRP, que é a utilização da Ata por outros órgãos da Ad ministração, sem a necessidade da realização de nova licitação. A Entidade foi questionada acerca da ocorr ência por meio da Solicitação de Auditoria nº. 22/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A CPL instruiu e o Gestor homologou processo licitatório contendo falhas em sua composição e condução, sem atenta r para as exigências específicas do Sistema de Registro de Preços. CAUSA: Inobservância dos dispositivos legais que r egem as licitações realizadas para registro de preços. JUSTIFICATIVA: A UFPA se manifestou por meio do Memo. 46/2007-CPL , nos termos abaixo: "Da ausência da Ata de Registro de Preços no Proces so 019003/2006. Dispõe o § 1° do art. 27, do Dec. 5.450/ 2005 que 'após a homologação referida no caput, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato ou ata de registro de preços no prazo definido no edital' (grifo nosso). Neste passo, esta Comissã o, em conjunto com a Procuradoria Geral desta Instituição, a qual é responsável pela assessoria e consultoria jurídica, adotavam o e ntendimento de que o instrumento que deveria constar no edital seria ou o contrato ou a ata de registro de preços, sem qualquer prejuízo, tendo-se em vista a equivalência do conteúdo de ambos, dispondo em s eus editais apenas o contrato-ata. Deste modo, não se pode falar em ausência da referida ata, já que, como dito acima, o contrato-ata utiliz ado possui caráter semelhante ao da ata de registro de preços. Por fim, frisa-se que esta Comissão, a part ir deste mês, já vem fazendo constar em seus editais a ata de registro de preços, bem como o instrumento que formalizará a contratação."

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ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: A UFPA vem adotando o Sistema de Registro de Preços de forma equivocada, sem atentar para as peculiaridad es dessa forma de contratação. Aqui na justificativa da Entidade, fica clar o que a CPL não está distinguido claramente a diferença entre Ata de Registro de Preços e Contrato. A Ata de Registro de Preços é documento obriga tório nas licitações realizadas mediante SRP, conforme dispõe o Dec reto n°. 3.931/2001, possuindo características próprias e distintas do contrato. Sem Ata não há que se falar em SRP. Uma das vantagens da Ata é que nela se pode registrar mais de um fornecedor, e outros órgãos da Administração dela podem fazer uso, na condição de órgão interessado. Por outro lado, o contrato formal, aqui no seu sen tido mais estrito, é documento opcional, dentre os diversos listados n o Art. 11 do Decreto supra, abaixo transcrito: "A contratação com os fornecedores registrados, ap ós a indicação pelo órgão gerenciador do registro de preços, será fo rmalizada pelo órgão interessado, por intermédio e instrumento contrat ual, emissão de nota de empenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Lei 8.6 66, de 1993". Não existe portanto, a figura de contrato-ata . Ata de Registro de Preços é um instrumento, contrato é outro. A existência de um não supre a ausência do outro. Por fim, a justificativa da IFES se pautou, equivocadamente, no Decreto n°. 5.450/2005, que regulamenta o pregão n a forma eletrônica. Este deve ser utilizado de forma subsidiária nas licitações para registro de preços, quando realizadas na mo dalidade de pregão eletrônico. O correto é observância do Decr eto n°. 3.931/2001, aplicando-se, supletivamente, no que couber, a Lei n°. 8.666/1993 e outros dispositivos legais aplicados às contrataçõ es públicas. Constatação mantida, face ao não acatamento da jus tificativa. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA DA PROAD 209.327.582-15 OTAVIO SOCORRO MACHADO BAIA PRE GOEIRO OFICIAL 271.453.102-44 CELSO ROSIVALDO DE MELO PEREIR EQU IPE DE APOIO RECOMENDAÇÃO: 001 Lavrar, dar publicidade e fazer constar nos processos a Ata de Registro de Preços, de acordo com os mandamento s estabelecidos pelo Decreto nº. 3.931, de 2001, observando em espe cial os contidos nos

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seguintes dispositivos: art. 1°, Parágrafo único, inciso II; art. 3°, § 2°, inciso VI; art. 6º, inciso I e art. 10. 3.1.2 ASSUNTO - ANÁLISE DA EFICÁCIA E EFICIÊNCIA 3.1.2.1 CONSTATAÇÃO: (030) Ausência de critério de aceitabilidade dos preço s unitário e global em editais de licitação. Constatamos que a UFPA não vem incluindo em seu s editais, cláusulas que contenham critérios de aceitabilidade dos preç os unitário e global (preço máximo aceitável), nas licitações do tipo m enor preço. Nas licitações analisadas pela equipe de Auditori a, verificamos que a ausência de critérios de aceitabilidade dos preç os unitário e global nos editais tem retirado da Comissão de Licit ação a capacidade de julgamento objetivo das propostas. É o que obse rvamos, por exemplo, nos processos n°s 013572/2006 (Tomada de Preços 08 /2006) e 021673/2006 (Concorrência SRP 04/2006), nos quais a CPL remete à área de engenharia (DEINFRA/DEMEF) a análise e classifi cação das propostas, delegando a outro órgão um papel que lhe é exclusi vo. Ao DEINFRA/DEMEF a análise deveria ficar adstrita aos testes de exe qüibilidade de preço e/ou aos aspectos técnicos da proposta, quando per tinentes. O estabelecimento de critérios de aceitabilid ade dos preços nos editais, além de propiciar objetividade ao julga mento das propostas, busca se evitar a possibilidade futura de aditame nto de contratos com base em itens que estão com sobrepreço, acarre tando com isso lucro excessivo à contratada e rompendo o equilíbrio ini cial do contrato. Nesse aspecto, além de ser exigência contida na Lei n°. 8.666/1993, esse dispositivo editalício possui um ca ráter preventivo e acautelatório. Essa linha de entendimento vem sendo adotada reit eradamente pelo TCU, que já decidiu que o estabelecimento de critéri os de aceitabilidade dos preços é obrigatório nos casos de contratação de obras e serviços de engenharia. Por exemplo, as Decisões TCU 10 28/2001 e 1419/2002, ambas do Plenário, e o Acórdão 11/2006-P, dent re outros, vão nesse sentido. Em outro exemplo, destacamos o voto condutor do Ministro Relator da Decisão 179/2002 - Plenário: "(...) Nessas circunstâncias, têm sido freqüente na Administração o aditamento de contratos com o aumento dos quanti tativos dos itens de preços unitários elevados e a diminuição dos qua ntitativos dos itens de preços inferiores, que, embora respeitem o limi te legal de 25% para acréscimos contratuais, introduzem ganhos abusivos para os contratados. (...) Por isso, entendo que se pode adotar a mesma providência determinada pela Decisão 1054/2001 do Plenário, proferida em 11.12.2001, ao julgar o TC 004.742/2001-5. Naq uela oportunidade, o Tribunal entendeu que deveria determinar à Comdep i que fossem fixados critérios de aceitabilidade de preços unitários , com a definição de preços máximos, conforme dispõe o artigo 40, inciso X, da Lei

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8.666/93." A mesma Decisão determinou, no item 8.2.1., q ue o DNIT "observe o disposto no art. 40, inciso X, c/c o art. 4 3, inciso IV, da Lei 8.666/93, no sentido de fixar em edital critéri os de aceitabilidade dos preços unitário e global" . A ausência de critérios de aceitabilidade dos preç os unitário e global nos editais da UFPA contraria ampla jurisprudê ncia do TCU e atenta contra dispositivo contido na Lei n°. 8.666/1993, que estabelece: "Art. 40. O Edital conterá no preâmbulo o númer o de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para iníci o da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguint e: (...) X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatíst icos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressa lvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48." ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A Comissão Permanente de Licitação elaborou edita is sem a inclusão de critérios de aceitabilidade dos preços e os ges tores homologaram os processos contendo a impropriedade. CAUSA: Inobservância dos ditames da Lei n°. 8.666/19 93, em especial do disposto no art. 40, inciso X. JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA DA PROAD 271.453.102-44 CELSO ROSIVALDO DE MELO PEREIR PRE SIDENTE DA CPL 116.703.472-49 NEILA DE NAZARE GOMES DE OLIVE MEM BRO DA CPL 209.327.582-15 OTAVIO SOCORRO MACHADO BAIA MEM BRO DA CPL 047.732.092-91 MARCO ANTONIO BENTES SOUZA COS MEM BRO DA CPL 056.312.892-53 LEILA MARIA COSTA ARANTES MEM BRO DA CPL

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RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à Entidade que, doravante, faça cons tar em seus editais, nas contratações por menor preço, critérios d e aceitabilidade dos preços unitário e global, em atendimento ao disposto no art. 40, inciso X, da Lei n°. 8.666/1993. 3.1.2.2 CONSTATAÇÃO: (053) Aquisição de bens por preços superiores aos pratica dos no mercado. Na dispensa de licitação nº130/2006 (Processo nº23 073.004142/2006-57), realizado para a aquisição de material de expedi ente e processamento de dados, constatamos que foram adquiridos m ateriais da Empresa Fernandes Rodrigues & Rodrigues Ltda. (CNPJ: 05.080.680/0001-14 / 2006OB903105 / NF3123) que ofertou valores superio res aos apresentados pelas demais empresas participantes do processo, conforme cotações de preços a seguir:

EMPRESAS

MATERIAL Loja e Comércio do

Cartucho Ltda

P.L.F. Comércio Ltda

Fernandes Rodrigues & Rodrigues Ltda

Descrição Und Valor Unitário

(R$) Valor Unitário

(R$) Valor Unitário (R$)

Percevejo Metálico

Cx 2,50 1,30 2,50

Toner Imp. HP 1015

Und 240,00 260,00 259,00

Toner Cop. Minolta 1052

Und 419,00 166,00 419,00

Revelador Cop. Minolta

Und 419,00 326,00 419,00

Grampeador 24x6

Und 1,00 4,50 35,00

No Convite 18/2005, também foi constatada a compra de uma estufa bacteriológica da empresa Silex Comércio de Serviços Ltda (CNPJ 14.031.850/0001-61) por preço superior aos of ertados por outras empresas participantes, conforme quadro abaixo:

EMPRESAS CNPJ Valor (R$)

Aaker Soluctions Com e Man de Inst 06.022.999 0001- 56 2.255,00

Itasul Imp e Instrumental Tec Ltda 92.690.338 0001- 30 2.639,00

Silex Com e Serv Ltda ME 14.031.850 0001-61 2.023 ,00

Cirunorte Com e Rep Ltda 04.759.346 0001-29 2.634 ,13

Alpax Com de Produtos para Lab Ltda 65.838.344 0001 -10 1.963,00

Cirubel Belem Com e Rep Ltda 05.323.167 0001-07 1.600,00

Bunker Comercial Ltda 03.213.418 0001-75 2.290,00

Doctormed Sup Hospitalar Ltda 05.659.606 0001-57 6.283,00 Biosystems Com Imp de Equip p Lab Ltda 82.296.062 0003-19 5.197,52

Marte Equip Lab Ltda 68.886.605 0001-65 1.930,50

Astral Científica Com Artigos Lab 03.574.184 0001-9 1 1.944,00

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Bloco Cirúrgico Loc e Vendas Ltda 83.879.312 0001-4 4 2.729,93 ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Os membros da CPL propugnaram pela contratação de empresas que não ofertaram o menor preço, sem justificar a ocorrênc ia. O Chefe do setor de compras adquiriu bens acima dos preços ofertados pelo mercado local. A Diretora do Centro Agropecuário autorizou a comp ra. CAUSA: Inobservância aos Princípios da Economicidade e F ormalização dos atos legais. Inobservância ao art. 26, parágrafo único, i nciso III, da Lei n°. 8.666/93. JUSTIFICATIVA: A Instituição, por meio do MEMO nº. 50/CCA, de 18/ 10/06, informou: "A escolha pela aquisição de materiais da Empresa Fernandes Rodrigues & Rodrigues Ltda (CNPJ:05.080.680/0001-14)com p reços superiores aos demais participantes do processo conforme cotação de preços ocorreu em virtude da mesma apresentar, na ocasião da solici tação, materiais com melhor qualidade e durabilidade." Não houve justificativa para a contratação i rregular ocorrida no Convite 18/2005. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não acatamos a justificativa apresentada, pois em toda contratação direta, mediante dispensa, deve o gestor verifica r sua adequabilidade aos preços praticados no mercado, instruindo os r espectivos processos com a devida justificativa de preço, nos termos d o art. 26, parágrafo único, inciso III da Lei 8.666/93. Em relação à alegação da Instituição de que a e scolha do fornecedor foi pela melhor qualidade e durabilidade dos se us materiais, também deixamos de acatá-la, pois não restou evidenciad o no processo que os materiais ofertados pelas demais empresas participantes eram tecnicamente inferiores aos da empresa contratada. Ademais, considerando que a contratação por pa rte da Administração Pública, visa a obtenção da proposta mais vantajos a, ou seja, a melhor contratação sob o ponto de vista da economicid ade, a partir de uma relação custo-benefício conjugada em critérios d e custo e qualidade, entendemos que a qualidade técnica requerida dos bens a serem adquiridos deve estar perfeitamente especifica da na pesquisa de preços, e, no caso de desatendimento daquela por p arte dos proponentes que ofertaram preços menores, este fato deve rá ser expressamente

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evidenciado no processo de compra, em observâ ncia ao Princípio da Formalização dos atos legais. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 012.792.382-91 MARIA DE NAZARE ANGELO MENEZES DIR ETORA CCA 145.412.202-10 TOMAZIA CLIVIA DA FONSECA FIGU CHE FE SETOR COMPRAS 396.526.882-15 CLEIDY APARECIDA ALVES LOPES PRE SIDENTE CPL 593.230.602-59 ROBERTO BRILHANTE CORREA MEM BRO CPL 637.293.342-04 ETEILLA FERREIRA VIEIRA MEM BRO CPL RECOMENDAÇÃO: 001 Providenciar e fazer constar em todos os pro cessos de compras da Entidade a razão da escolha do fornecedor ou executante e a justificativa do preço, conforme preceitua o art. 26, parágrafo único, incisos II e III, da Lei 8.666, de 1993. 3.1.2.3 CONSTATAÇÃO: (069) Ausência de ampla pesquisa de mercado, nas licitaçõ es para registro de preços. Constatamos que as contratações de bens e ser viços realizadas por intermédio do Sistema de Registro de Preços - SRP não foram precedidas de ampla pesquisa de mercado, conforme análise ef etuada nos processos relativos à Concorrência n°. 04/2006 (Processo n °. 021673/2006) e ao Pregão Eletrônico SRP n°. 49/2006 (Processo n°. 0 19003/2006), ferindo previsão legal contida no art. 3°, caput, do Dec reto n°. 3.931/2001, que versa, ipsis litteris : "A licitação para registro de preços será realiza da na modalidade de concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos das Leis 8.666, de 21 de junho de 1993, e 10.520, de 17 de julho de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado " .(grifamos) A ausência de ampla pesquisa de mercado ate nta contra um dos princípios basilares do Sistema de Registro de Preços, que é identificar o preço máximo que a Administração s e dispõe a pagar por cada contratação efetuada. É o que dispõe o art. 9° e seu inciso III do Decreto n°. 3.931/2001, in verbis : "Art.9°. O edital de licitação para registro de pre ços contemplará, no mínimo: (...) III - o preço unitário máximo que a Administraçã o se dispõe a pagar, por contratação, consideradas as regiões e as estimativas de quantidades a serem adquiridas." Diz, ainda, o referido Decreto, no seu § 2°, incis o IV: "§ 2° Caberá ao órgão gerenciador a prática d e todos os atos de controle e administração do SRP, e ainda o seguint e:

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(...) IV - realizar a necessária pesquisa de mer cado com vistas à identificação dos valores a serem licitados." Com efeito, é na pesquisa de mercado que a Administração busca elementos e dados suficientes para subsidiar não s ó a fixação do preço máximo, mas também para examinar a compatibilid ade entre o preço de mercado e aquele a ser contratado pelo poder públi co. No caso dos processos analisados, a ausência da re alização da pesquisa de mercado, ou a falta de evidências de que t enha sido realizada, fragiliza as contratações procedidas mediante SR P, pois deixa de ser evidenciada a vantagem econômica da adoção desse procedimento licitatório. A Entidade foi questionada acerca da ocorr ência por meio da Solicitação de Auditoria nº. 18/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A CPL instruiu e o Gestor homologou processo licitatório contendo falhas em sua condução, sem atentar para as exigê ncias específicas do Sistema de Registro de Preços. CAUSA: Inobservância dos dispositivos legais que r egem as licitações realizadas para registro de preços. JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA PROAD 271.453.102-44 CELSO ROSIVALDO DE MELO PEREIR PRE SIDENTE DA CPL 116.703.472-49 NEILA DE NAZARE GOMES DE OLIVE MEM BRO DA CPL 209.327.582-15 OTAVIO SOCORRO MACHADO BAIA MEM BRO DA CPL 047.732.092-91 MARCO ANTONIO BENTES SOUZA COS MEM BRO DA CPL 056.312.892-53 LEILA MARIA COSTA ARANTES MEM BRO DA CPL RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos: a) À CPL, instruir os processos de licitação par a registro de preços com a pesquisa de mercado, e incluir em seus editais, com base no resultado da pesquisa, o preço unitário máxi mo dos itens a serem contratados;

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b) À Procuradoria-Federal na UFPA, observar os ditames legais pertinentes ao SRP, em especial a obrigatori edade da pesquisa de mercado e a inclusão do preço máximo por item nos editais de SRP, devolvendo para correção os processos licitatório s em desconformidade com a legislação; c) Aos gestores responsáveis pela aprovação e homologação dos processos, que se abstenham de aprovar e homologar processos licitatórios contendo falhas e irregularidades. 3.1.2.4 CONSTATAÇÃO: (076) Desclassificação de proposta mais vantajosa para a Administração, em face do formalismo excessivo na análise e julgamen to da mesma. A licitação Tomada de Preços n°. 10/2006, do tipo menor preço global, cujo objeto foi a "conclusão da reforma dos pavil hões de sala de aula do setor profissional I e II", apresentou as seguintes propostas, dentre as empresas que foram consideradas habilita das pela Comissão: Empresa Valor da Proposta (R$) 1. WMG Engenharia. Ltda. 677.370,97 2. MGM Engenharia Ltda. 749.883,07 3. Multisul Const. Ltda. 799.979,69 4. Encitel Eng. Civil Ltda. 767.812,06 5. 3 Engenharia Ltda. 834.081,17 6. Porto Melo Eng. Ltda. 795.192,31 7. HP Constr. Civil Ltda. 771.849,85 8. MAZ Construções Ltda. 888.083,26 Com base na análise e parecer técnico emitido pelo Departamento de Meio Físico - DEMEF, a Comissão desclassific ou as propostas das empresas ENCITEL, por não apresentar os itens 3. 4 (imposto de renda) e 3.5 (contribuição social na planilha do BDI) , WMG ENG. LTDA. por apresentar o item 3.4 (imp. de renda) abaixo da tabela de retenção, bem como por não ter apresentado barras no cronograma físico- financeiro, e MULTISUL pela inobservância do item 7.2 do instrumento convocatório (planilha de BDI). Dessa forma, foi declarada vencedora da licitação a empresa M GM Engenharia Ltda., detentora do segundo menor preço. Constatamos que a Comissão agiu aqui com rigor excessivo, ao acatar integralmente o parecer do DEMEF, desclassific ando a proposta mais vantajosa em termos de preço global, a da em presa WMG Engenharia Ltda., atendo-se em sua análise a itens de custos que não são representativos no preço global e uma falha no cr onograma apresentado pela empresa, que de forma alguma comprometeria a lisura do certame e tampouco a execução contratual. Alega a Comissão que a WMG Engenharia Ltda. aprese ntou na sua planilha da composição do BDI a alíquota do imposto de rend a de 0,38%, quando a tabela de retenção da Secretaria da Receita Federa l determina que essa alíquota seja de 1,2%. Ora, seja 0,38% como cotou a licitante, ou seja, 1 ,2% como determina a SRF, o fato é que esse item de custo é irrelevant e no preço global da

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proposta. Entendemos que a simples indicação de pe rcentual na planilha não tem o condão de alterar as obrigações a que a empresa está imposta, por lei, a seguir. É o que dispõe dive rsos julgados do TCU nesse sentido. A Decisão TCU n°. 577/2001 - Plenário, por exe mplo, já assentou no sentido de que, em caso de impropriedade na planilha, a proposta deveria ser acatada e a empresa vencedora teria qu e suportar o ônus de seu erro. O relatório da decisão também esclarec e que "o critério de avaliação das propostas foi claramente definido: menor preço global, sendo essa a perspectiva em que as propostas seriam avaliadas. A planilha de custos tinha, assim, um caráter subs idiário: foi exigida para fornecer à Administração os elementos nec essários a avaliar a viabilidade da proposta, mas teve uma import ância relativa, para evitar a desclassificação de licitantes em r azão de formalismo excessivo', apesar de, eventualmente, apre sentarem propostas perfeitamente exeqüíveis e competitivas em termos de preços" . De forma análoga, o Acórdão 963/2004 - Plenário v ai no mesmo sentido, conforme dispõe o voto do Ministro Relator, em seu item 6: "Sobre a desnecessidade de detalhamento dos i tens que compõe os encargos sociais e trabalhistas na planilha de p reços utilizada como modelo no edital, penso que a presumida omissã o não traz problemas para o órgão contratante, pois, segundo expl icado pela unidade técnica, o contratado é obrigado a arcar com as conseqüências das imprecisões na composição dos seus custos". Outro motivo alegado pela Comissão - com base n o parecer do DEMEF - para desclassificar a proposta da WMG Engenhari a Ltda. foi esta não ter apresentado barras no seu cronograma físico-financeiro, contrariando os itens 7.2d e 7.2h do edital. Entendemos que aqui também houve um formalismo excessivo na anál ise e julgamento da proposta nesse quesito, visto que a falta de barr as no cronograma não comprometeria a oferta da empresa, por não se tratar de omissão de dados, e não representaria risco algum à execução do futuro contrato, bastando para tanto que fosse solicitado à empresa vencedora o saneamento da impropriedade apresentada no seu cro nograma. A Entidade foi instada a se manifestar sobre a oc orrência por meio da Solicitação de Auditoria Final. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A CPL limitou-se a adjudicar proposta com base em parecer técnico, que não levou em consideração o julgamento objeti vo das propostas e a vantagem econômica para a Entidade. CAUSA: Ausência de objetividade no julgamento das propost as, desclassificando oferta mais vantajosa para a Administração com f undamento em fatores irrelevantes, comprometendo a eficácia do certame.

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JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 271.453.102-44 CELSO ROSIVALDO DE MELO PEREIR PRE SIDENTE DA CPL 116.703.472-49 NEILA DE NAZARE GOMES DE OLIVE MEM BRO DA CPL 209.327.582-15 OTAVIO SOCORRO MACHADO BAIA MEM BRO DA CPL 047.732.092-91 MARCO ANTONIO BENTES SOUZA COS MEM BRO DA CPL 056.312.892-53 LEILA MARIA COSTA ARANTES MEM BRO DA CPL RECOMENDAÇÃO: 003 Recomendamos à UFPA que, no julgamento de lici tações do tipo menor preço, quando o critério de adjudicação for o menor preço global, selecione a proposta efetivamente mais vantajosa p ara a Administração, observando a objetividade no julgamento das propostas, conforme preceitua o art. 45 da Lei n°. 8.666/1993, sem pr ejuízo dos critérios previamente estabelecidos no ato convocatório. 3.1.2.5 CONSTATAÇÃO: (082) Erro na elaboração de Edital e conseqüente d esclassificação de proposta mais vantajosa para a Administração. A UFPA promoveu a licitação, na modalidade de Concorrência, SRP nº. 04/2006 para Registro de Preços em Ata com vis tas à contratação de serviços de natureza freqüente relativos à m anutenção predial do Campus Guamá e demais unidades da Entidade em Bel ém/PA - Campus Guamá I, II, III e IV, CCS, EMUFPA, ETDUFPA, ICA, NMUT, NPI e SERNI - Processo nº. 021673/2006-50. Preliminarmente, da análise do Edital do cer tame, verificamos a ausência de critérios de aceitabilidade de pre ços unitários, dando margem à adjudicação do objeto com proposta de preços com alguns valores unitários depreciados e outros sobreva lorizados, o que vem sendo sistematicamente reconhecido pelo TCU como irregular, conforme demonstramos em item específico. O certame foi realizado no dia 27/10/06 quando ap resentaram propostas 8 (oito) empresas, tendo sido todas considera das habilitadas pela Comissão de Licitação, conforme Ata de Abertura e resumo de licitação lavrada no mesmo dia. Ocorre que 2 (duas) empresas impetraram recursos em face das demais, alegando que as mesmas haviam cotado os preços do s itens 3.10, 3.11 e 3.12 em metro linear e não em metros cúbic os como constante da planilha da Entidade. Porém, na verdade, aquelas empresas cotaram os preços em metros

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cúbicos, de acordo com o Edital, só que seguindo valores apresentados pela própria UFPA, como se pode observar do trec ho referente àqueles itens da planilha de cada empresa licitante: Planilha da UFPA

Item Discriminação unidade quant Preço unit parcial 3.10 estaca mega m3 100 68,75 6.875,00 3.11 estaca raiz m3 100 68,75 6.875,00 3.12 estaca pré-

moldade de concreto

m3 100 56,25 5.625,00

1. Planilha Maz Construções Ltda.

Item Discriminação unidade quant Preço unit Parcial 3.10 estaca mega m3 100 2.000,00 200.000,00 3.11 estaca raiz m3 100 2.200,00 220.000,00 3.12 estaca pré-

moldade de concreto

m3 100 1.500,00 150.000,00

2. Sinetel Engenharia e Comércio Ltda.

Item Discriminação unidade quant Preço unit parcial 3.10 estaca mega m3 100 38,00 3.800,00 3.11 estaca raiz m3 100 71,95 7.195,00 3.12 estaca pré-

moldade de concreto

m3 100 50,71 5.071,00

3. Palladium Engenharia

Item Discriminação unidade quant Preço unit parcial 3.10 estaca mega m3 100 75,00 7.500,00 3.11 estaca raiz m3 100 75,00 7.500,00 3.12 estaca pré-

moldade de concreto

m3 100 65,00 6.500,00

4. Engenharia e Comércio Constrol Ltda

Item Discriminação unidade quant Preço unit parcial 3.10 estaca mega m3 100 67,08 6.708,00 3.11 estaca raiz m3 100 60,29 6.028,80 3.12 estaca pré-

moldade de concreto

m3 100 62,22 6.222,00

5. HP Construção Civil

Item Discriminação unidade quant Preço unit parcial 3.10 estaca mega m3 100 55,21 5.521,00 3.11 estaca raiz m3 100 55,21 5.521,00

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3.12 estaca pré-moldade de concreto

m3 100 41,88 4.188,00

6. Lest Engenharia Ltda.

Item Discriminação unidade quant Preço unit parcial 3.10 estaca mega m3 100 68,00 6.800,00 3.11 estaca raiz m3 100 68,00 6.800,00 3.12 estaca pré-

moldade de concreto

m3 100 65,00 6.500,00

7. MGM Arquitetura, Construções e Serviços

Item Discriminação unidade quant Preço unit parcial 3.10 estaca mega m3 100 79,00 7.900,00 3.11 estaca raiz m3 100 92,00 9.200,00 3.12 estaca pré-

moldade de concreto

m3 100 71,00 7.100,00

8. Encitel Eng Civil e Telecomunicações Ltda.

Item Discriminação unidade quant Preço unit Parcial 3.10 estaca mega m3 100 2.466,20 246.620,00 3.11 estaca raiz m3 100 1.530,46 153.046,00 3.12 estaca pré-

moldade de concreto

m3 100 1.477,36 147.736,00

Em função dos recursos, a UFPA solicitou àq uelas empresas que apresentassem a composição dos custos unitários do s referidos itens, o que foi feito por três delas, que afirmaram tere m utilizados valores próprios como referência, no caso em metro linear, sendo que a empresa Palladium Engenharia solicitou a composição de cus tos unitários tomada como base para constituir o anexo II do Edital ref erente ao orçamento- base da Entidade, apresentando sua composição em metro cúbico. Não consta no processo que a empresa tenha sido atendi da. Diante das respostas e com base em avaliação de e ngenheira do DEINFRA da Prefeitura do Campus, a UFPA desclassificou as 6 (seis) licitantes por apresentarem preços em unidade em desacord o com o Edital e por serem inexeqüíveis. Examinando-se, porém, a planilha de custos unitá rios da UFPA, no que diz respeito aos itens 3.10, 3.11 e 3.12, verif icamos que a própria Entidade utilizou valores semelhantes aos apresen tados pelas empresas desclassificadas, embora os tenha cotado em metro cúbico. Em função disso solicitamos que a UFPA apresenta sse a sua composição de custos para os referidos itens, o que não ocorr eu. Preliminarmente, consideramos que os itens de est acas, usualmente são

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cotados em metro linear, porém em havendo a cota ção em metro cúbico, se os valores das empresas desclassificadas são inexeqüíveis, o são, também, os constantes do orçamento da própria Enti dade. Dos erros nos Editais de Licitação devem decorrer sua correção e nova divulgação quando afetaram a elaboração das propos tas, nos termos do § 4º do art. 21 da Lei nº. 8.666/93. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Elaboração de Edital com erro na composição dos custos da obra, sem respectiva correção e nova divulgação. Elaboração de Edital sem previsão dos critérios d e aceitabilidade dos custos unitários dos serviços. CAUSA: Inobservância ao § 4º do art. 21 e art. 40, inciso X, da Lei n°. 8.666/1993.

Erro no Edital que conduziu a elaboração d as propostas pelas licitantes. JUSTIFICATIVA: A Entidade não se manifestou. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: A Entidade não se manifestou. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRO -REITORA DA PROAD 271.453.102-44 CELSO ROSIVALDO DE MELO PEREIR PRE SIDENTE DA CPL 116.703.472-49 NEILA DE NAZARE GOMES DE OLIVE MEM BRO DA CPL 209.327.582-15 OTAVIO SOCORRO MACHADO BAIA MEM BRO DA CPL 047.732.092-91 MARCO ANTONIO BENTES SOUZA COS MEM BRO DA CPL 056.312.892-53 LEILA MARIA COSTA ARANTES MEM BRO DA CPL RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à Entidade que faça constar em seus editais, nas contratações por menor preço, critérios de aceit abilidade dos preços unitário e global, em atendimento ao disposto no a rt. 40, inciso X, da Lei n°. 8.666/1993. Recomendamos à Entidade que quando da verifica ção de ocorrência de vícios no Edital que afete a elaboração d as propostas pelos licitantes, promova o seu desfazimento, nos termo s do § 4º do art. 21 da Lei nº. 8.666/93.

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3.2 SUBÁREA - CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇO S 3.2.1 ASSUNTO - FORMALIZAÇÃO LEGAL 3.2.1.1 CONSTATAÇÃO: (031) Publicação de aditivos fora do prazo legal. Verificamos que a Entidade publicou aditamentos d e contratos fora dos prazos definidos na Lei n°. 8.666/1993, conforme d emonstrado abaixo: 1. Contrato n°. 017/2006, Primeiro Termo Ad itivo: assinado em 28/06/2006, foi publicado em 02/10/2006; 2. Contrato n°. 017/2006, Segundo Termo Aditivo: as sinado em 27/09/2006, publicado em 24/11/2006;

3. Contrato n°. 160/2006, Primeiro Termo Ad itivo: assinado em 11/10/2006, publicado em 22/12/2006.

A publicação do contrato ou de seus aditamentos é condição necessária para que estes produzam seus efeitos, deven do a Administração providenciá-la no prazo estipulado no Parágrafo único do art. 61 da referida Lei, conforme os termos abaixo: "A publicação resumida do instrumento de con trato ou de seus aditamentos na Imprensa Oficial, que é condição in dispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração a té o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para oc orrer no prazo de 20 (vinte) dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta L ei". A Entidade foi instada a se manifestar sobre a oc orrência por meio da Solicitação de Auditoria nº. 22/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Deixaram de adotar providências para publicação do s aditamentos dentro dos prazos estabelecidos pela lei. CAUSA: Inobservância da legislação, em especial do art. 61 da lei n°. 8.666/1993.

JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade.

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RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA DA PROAD 377.567.962-68 DANIELA VIANNA CORTEZ DE SOUZA COO RD. DE CONTRATOS RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à UFPA que oriente os setores respon sáveis pela rigorosa observância do disposto no art. 61 da Lei n°. 8. 666/1993, quanto aos prazos de publicação do contrato e de seus aditame ntos. 3.2.2 ASSUNTO - CONTRATOS SEM LICITAÇÃO 3.2.2.1 CONSTATAÇÃO: (032) Contratação de serviços de telecomunicações sem lic itação. Reincidência. A Universidade Federal do Pará realizou desp esas com serviços de telecomunicações no valor de R$ 2.902.541,76 (dois milhões, novecentos e dois mil, quinhentos e quarenta e um rea is, setenta e seis centavos), cuja liquidação apresentou a segui nte composição, por operadora: 1.TELEMAR: R$ 1.347.022,71 2.EMBRATEL: R$ 1.339.019,15 3.AMAZÔNIA CELULAR: R$ 216.499,90 Entretanto, verificamos que a Entidade conti nua contratando os serviços das operadoras sem a devida real ização de processo licitatório, contrariando as normas que regem as c ontratações do setor público, em especial a Lei n° 8.666/93 e a ampla j urisprudência do TCU sobre o tema, já assentada em diversas decisões, e m especial a Decisão 196/2001-Plenário e a Decisão 1230/2002-Plenário. A IFES contrata esses serviços por intermédi o de processos de dispensa, com fundamento no inciso IV do art. 24 d essa Lei, aquele que permite a contratação direta nas situações emergenciais ou de calamidade pública, ou seja, em situações basta nte específicas e em caráter excepcional. Além de utilizar impropriamente esse instituto da Lei de Licitações e Contratos Administrativos na contratação de serviço s de telecomunicações, a Entidade o faz com base em processos que foram

instruídos em exercícios bem anteriores ao da re alização da despesa, conforme demonstrado a seguir: 1. Processo 004086/2002: TELEMAR (serviços de te lefonia convencional local e locação de circuitos de dados/teleprocessa mento); 2. Processo 001222/2001: EMBRATEL (serviços de te lefonia convencional interurbana);

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3. Processo 000381/2003: Amazônia Celular (se rviços de telefonia móvel). Em que pese a CGU já ter recomendado à UF PA a realização de procedimento licitatório para contratação dos s erviços de telefonia fixa e telefonia móvel celular, verificamos que a IFES vem protelando a correção da irregularidade. A entidade ins taurou os Processos Licitatórios n°.s 002903/2006 e 002094/2006, e m 31/01/2006, para contratação de serviços de telefonia móvel celul ar e telefonia fixa, respectivamente, mas desde o dia 23/02/2006 os referidos processos estão no Departamento de Infra-estrutura - DEINFRA para elaboração das especificações técnicas, não tendo sido dado o de vido andamento desde então. A Entidade foi questionada acerca da ocorr ência por meio da Solicitação de Auditoria nº. 23/2007. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Os gestores vêm procrastinando a adoção de provid ências efetivas para a realização de licitação, autorizando despesa com base em instrumento impróprio (dispensa de licitação) e em proc essos já bastantes defasados. CAUSA: Afronta à legislação e à jurisprudência do TCU, relativamente à obrigatoriedade de licitar contratação de serviços de telecomunicações.

JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA PROAD RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à Entidade que proceda à imediata rea lização de licitação para contratação de serviços de telecomunicaç ões (telefonia fixa, telefonia móvel celular e aluguel de circuit os de dados), dando andamento aos processos já instaurados, sem prejuízo de outras providências necessárias para a correção da irregu laridade.

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3.2.2.2 CONSTATAÇÃO: (077) Uso impróprio do instituto da dispensa, com fund amento em situações emergenciais não caracterizadas. 1. Processo n°. 007959/2006 A UFPA instruiu o Processo n°. 007959/2006 para efetivar contratação em caráter emergencial de serviços de telefo nia móvel, mediante dispensa de licitação com fulcro no inciso IV d o art. 24 da Lei n°. 8.666/93. Decorrente desse procedimento, foi firmado o contr ato n°. 152/2006 com a Amazônia Celular, no valor estimado de R$ 39.8 40,84 e com prazo de validade de 90 dias, contados a partir de 27/09/20 06. Entretanto, verificamos que os argumentos que justificaram a contratação emergencial são insubsistentes e não estão perfeitamente demonstrados nos autos do processo, como veremos a seguir. Primeiramente, verificamos que a situação emergencial ficou descaracterizada, haja vista que a solicitação pa ra a contratação dos serviços é datada de 18/04/2006, porém o contrato foi assinado somente em 27/09/2006. Decorreram assim 162 (cento e se ssenta e dois) dias, tempo mais que suficiente para a realização de um procedimento licitatório normal. Além do mais, foi descumprido um dos requisitos do inciso IV do art. 24 da referida Lei, que limita a contratação d ireta para "obras e

serviços que possam ser concluídos no prazo má ximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, conta dos da ocorrência da emergência". Ora, se acrescentarmos os 162 dias ac ima demonstrados aos 90 (noventa) dias do prazo contratual, verificam os que essa condição legal foi amplamente desatendida. Outro argumento utilizado pela IFES é que a con tratação emergencial seria realizada enquanto se aguardava a concl usão da licitação em andamento, para contratação de serviços de telefon ia móvel celular. No entanto, verificamos que o Processo Licitat ório n°. 002093/2006 encontra-se parado desde 23/02/2006, no DEINFRA, sem que tenham sido tomadas providências para o andamento da li citação, tais como elaboração das minutas do edital e contrato, espe cificações técnicas, etc. A UFPA também argumentou que a paralisação d os serviços causaria "transtornos imprevisíveis à instituição" , sem, no entanto, restarem comprovados nos autos a demonstração dos ditos tr anstornos. Na instrução e composição do processo de dispens a, verificamos que o posicionamento da Procuradoria Geral foi no sent ido da legalidade do procedimento, conforme consta na folha 03 do processo o Parecer n°. 572/2006-PG, datado de 03/05/2006. O re ferido parecer foi homologado pelo Reitor no dia 04/05/2006 e o ratificado no dia 05/05/2006, ato que está contido no processo em su a folha 06. A Procuradoria voltaria a se manifestar novament e no dia 07/07/2006,

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quando emitiu o Parecer n°. 857/2006-PG, a respei to análise do futuro contrato n°. 152/2006. Vê-se que a Procuradoria, apesar da insubsistê ncia dos motivos que ensejaram a dispensa, emitiu pareceres favorá veis à contratação emergencial conduzida de forma irregular. Ressaltamos que é passível de penalidade o agente público que "dispensar ou inexigir licitação fora das hipótese s previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertine ntes à dispensa ou à inexigibilidade" (Art. 89 da Lei n°. 8.666/1993). A Entidade foi questionada acerca da ocorr ência por meio da Solicitação de Auditoria nº. 23/2007. 2. Processo nº. 007809/2006 A UFPA instruiu o Processo n°. 07809/2006 para efe tivar contratação em caráter emergencial de serviços de recuperação dos Laboratórios de Histologia e Embriologia, mediante dispensa de lic itação com fulcro no inciso IV do art. 24 da Lei n°. 8.666/93, tendo em vista ocorrência de incêndio naqueles Laboratórios, situados no Tercei ro pavimento do CCB, em 15/03/2006. Decorrente desse procedimento, foi elaborada a Especificação dos Serviços nº. 032/2006-PCU/DENFRA/UFPA, a plani lha orçamentária e firmado o contrato n°. 143/2006, em 28/08/20 06, com a empresa Palladium Engenharia Ltda., no valor de R$ 224.2 72,45 e com vigência de 4 (quatro) meses, a partir da data de sua assin atura. Primeiramente, verificamos que a situação emergencial ficou descaracterizada, haja vista que a solicitação pa ra a contratação dos serviços é datada de 12/04/2006, o parecer ju rídico favorável foi concedido em 24/04/2006 e ratificado pelo Reitor em 25/04/2006, porém o contrato foi assinado somente em 28/08/2006, perfazendo um total, nesse período, de 138 (cento e trinta e oito) dias, tempo mais que suficiente para a realização de um procedimento li citatório normal. Além do mais, foi descumprido um dos requisitos d o inciso IV, do art. 24 da referida Lei, que limita a contratação direta para "obras e serviços que possam ser concluídos no prazo má ximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, conta dos da ocorrência da emergência". O dispositivo mencionado refere-s e a casos em que o decurso do tempo necessário ao procedimento licitatório normal impediria a adoção de medidas indispensáveis para evitar danos irreparáveis. Ocorre que, a obra ainda não foi formalmente ent regue até o presente momento, ou seja, há 255 (duzentos e cinqüenta e cinco dias) desde a assinatura do contrato que previa uma entrega no prazo de 4 (quatro) meses. De modo que a dispensa é cabível para a tomada de medidas essenciais à segurança das pessoas, mas não aplicável para a r ealização da reforma dos laboratórios que poderiam ser normalmente, co mo foram, executadas em prazo superior, portanto mediante o devido p rocesso licitatório,

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solucionando de forma mais ampla o problema. Marçal Justen Filho nos ensina: "A contratação de emergência assemelha-se, portanto, a uma espécie de ativid ade acautelatória do interesse público.(...) Nos campo das contrataç ões administrativas, isso se manifesta pelo dever de restringir o o bjeto do contrato ao mínimo necessário para afastar a concretização do dano. Daí a previsão de prazo máximo." Salientamos para o fato de que ocorreu um incêndi o no mesmo pavimento do prédio do CCB em setembro de 2003, tendo havi do a destruição de 3 (três) laboratórios, o que retira, em parte, a imprevisibilidade da ocorrência em 2006, até porque, a partir de inspe ção física do local, verificamos que os laboratórios encontravam-se e m situação precária, como pode-se observar de locais não reformados, exigindo uma atitude preventiva por parte da administração no sentid o manter a segurança corporativa das áreas e instalações da Entidade. A Entidade foi questionada acerca da ocorr ência por meio da Solicitação de Auditoria Final. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O gestor homologou processos de dispensa, fundam entados em pareceres da Procuradoria-Federal na UFPA, relativos às d espesas que poderiam ser contratadas mediante a realização de procedime nto licitatório. CAUSA: Afronta à legislação, no tocante aos dispositivos contidos no art. 24, inciso IV da Lei n°. 8.666/1993. JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação formal por parte da UFPA. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação formal por parte da UFPA. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRó -REITORA PROAD 377.567.962-68 DANIELA VIANNA CORTEZ DE SOUZA COO RD. DE CONTRATOS 024.616.502-25 MARIA DO ROSARIO DE FATIMA SAN PRO CURADORA FEDERAL RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à Entidade abster-se de realizar despesas mediante dispensa de licitação, com fulcro no art. 24, incis o IV, da Lei n°. 8.666/1993, quando não estiverem presentes e devi damente comprovados

todos os pressupostos e elementos que caracteriz am esse procedimento excepcional.

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3.2.2.3 CONSTATAÇÃO: (086) Irregularidades em processos de dispensa de licitaç ão. Da análise de dispensas de licitação promovidas pela Entidade, no exercício de 2006, para a realização de reformas no âmbito das unidades do Campus Guamá, constatamos uma série de irregularidades às quais detalhamos abaixo:

a) Ausência de verificação da regularidade fiscal d as empresas contratadas anteriormente a cada pagamento

Constatamos que não foi verificada a regularidade f iscal das empresas contratadas previamente aos pagamentos efetuados, e m detrimento do disposto no art. 27 da Lei nº 8.666/93 e na Instruç ão Normativa nº. 05/1995, nos casos a seguir:

Nº. Processo Objeto

23073.018736/2006-08 serviço de reforma e adaptação do espaço físico da Prefeit ura para abrigar a gerência de meio ambiente

23073.010677/2006-49 serviço de reforma do telhado e rede hidráulica do atelier de arte

23073.009640/2006-31 serviço de reforma e recomposição do sistema central de ar condicionado do prédio da Reitoria

23073.006083/2006-61 obra do Laboratório de Anatomia Patológica e Neuropatologia experimental do Dep de Morfologia do CCB.

23073.009339/2006-19 Reforma auditório centro de ed ucação A Entidade foi instada a apresentar justificativas por meio da SA Final.

b) Ausência de elaboração de orçamento básico estim ativo previamente à pesquisa de preços:

Verificamos que não foi elaborado orçamento básico estimativo de custos dos serviços a serem contratados, contrarian do o disposto no § 2º, do art. 7º, da Lei nº. 8.666/93, nos casos a se guir:

Nº. Processo Objeto

23073.024311/2006-75 reforma de Laboratórios do CCB .

23073.009640/2006-31 serviço de reforma e recomposição do sistema central de ar condicionado do prédio da Reitoria

23073.006083/2006-61 obra do Lab oratório de Anatomia Patológica e Neuropatologia experimental do Dep de Morfologia do CCB.

23073.009339/2006-19 Reforma auditório centro de ed ucação

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c) Ausência de especificação dos serviços a serem c ontratados: Verificamos que os serviços contratados não foram devidamente especificados, contrariando o § 2º, do artigo 7º c/ c o art. 14, da Lei nº. 8.666/93:

Nº. Processo Objeto

23073.009640/2006-31 serviço de reforma e recomposição do sistema central de ar condicionado do prédio da Reitoria

23073.009339/2006-19 Reforma auditório centro de ed ucação 23073.024311/2006-75 reforma de Laboratórios do CCB .

d) Indícios de execução de serviços previamente à c ontratação Da análise do processo nº. 23073.010677/2006-49, q ue trata de dispensa de licitação para contratação de serviço de reforma do telhado e rede hidráulica do atelier de arte, constatamos indícios de que os serviços tenham sido iniciados anteriormente à contratação d a empresa, tendo em vista que a NE 901676 foi emitida no dia 06/07/06 p ara a realização dos serviços com previsão de execução no prazo de 4 0 dias, conforme Especificação dos Serviços nº. 058/2006 PCU/DEMEF/U FPA, porém os serviços foram recebidos por meio de Termo de receb imento definitivo de serviços, em 13/07/2006. A impropriedade afronta o art. 60 da Lei nº. 4.320/64.

e) Ausência de proposta da empresa contratada no p rocesso Do exame dos autos do processo nº. 23073.024552/200 6-41 constatamos a ausência da proposta de preços da empresa que foi s elecionada para a realização dos serviços, o que além de demonstrar u ma instrução irregular do processo, prejudica a formalização con tratual, no que se refere aos documentos que devem compor a Nota de em penho, nesse caso, instrumento contratual.

Sobre o exposto, citamos o ilustre doutrinador Mar çal Justen Filho: “A contratação direta se submete a um procedimento administrativo como regra. Ou seja, a ausência de licitação não equival e a contratação informal, realizada com quem a Administração bem en tender, sem cautelas nem documentação. Ao contrário, a contrata ção direta exige um procedimento prévio, em que a observância de etapas e formalidades é imprescindível (...) Definirá um objeto a ser contr atado, inclusive adotando providências acerca da elaboração de proje tos, apuração da compatibilidade entre a contratação e as previsões orçamentárias. Tudo isso estará documentado em procedimento administra tivo, externando-se em documentação constante dos respectivos autos .”(grifo nosso)

Foram solicitadas justificativas para todas as irre gularidades apontadas por meio da SA Final.

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ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O Diretor do DEFIN efetuou os pagamentos das empr esas contratadas sem prévia verificação de sua regularidade fiscal. A Pró-reitora da PROAD não tomou providências para que os processos de dispensa de licitação fossem devidamente instruíd os, com as propostas das empresas pesquisadas, o orçamento básico estim ativo de custos e as especificações dos serviços a serem contratados. CAUSA: Inobservância a vários dispositivos da Lei nº. 8.6 66/93, quais sejam: § 2º, do art. 7º; art 27 c/c inc.XIII, art. 55 e ar t. 14.

Inobservância à Instrução Normativa nº. 05/1995 e ao art. 60 da Lei nº. 4.320/64.

Controles internos deficientes. JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRO -REITORA PROAD 019.618.372-34 FRANCISCO JORGE RODRIGUES NOGU DIR ETOR DO DEFIN RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que nas dispensas de licitação a Entidade adote procedimentos formais de composição processual e e xecução operacional, de modo a revestir o ato de dispensa das formalidades legais estabelecidas no § 2º, do art. 7º; art. 27 c/c inc. XIII, art. 55 e art. 14, todos da Lei nº. 8.666/93.

Recomendamos, ainda, que a Entidade abstenha-se de realizar despesa sem prévio empenho, nos termos do art.60 da Lei nº . 4.320/64. 3.2.2.4 CONSTATAÇÃO: (087) Contratação de Fundação por meio de dispensa de li citação, sem amparo legal. Em análise, por amostragem, de contratos firma dos entre a UFPA e a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa - FADESP, verificamos que a Universidade continua firma ndo esses contratos, mediante dispensa de licitação, com fundament o no art. 24, inciso XIII, da Lei nº. 8.666/93.

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Ocorre que alguns dos objetos desses contratos não se enquadram no dispositivo legal retromencionado, como já apont ado, reiteradamente, por esta CGU, como nos casos de contratos para desenvolvimento dos Planos de Desenvolvimento Institucional das d iversas unidades da Entidade. Como já enfatizado, os repasses à FADESP constituem -se, essencialmente, na transferência do gerencia mento de recursos financeiros decorrentes de receita própria ou do p róprio orçamento da Entidade, não havendo motivação para a não e xecução dos mesmos diretamente pela UFPA, com a devida movimenta ção orçamentária e financeira no SIAFI.

Verificamos, ainda, que os pagamentos vêm ocas ionando distorção na execução de despesas correntes, tendo em vist a que os repasses de recursos são efetuados com a classificação 3.3.3.9 0.39.65 - Serviço de Apoio ao Ensino, contudo são para realizar despesa s diversas de acordo com plano de trabalho dos contratos (serviços pess oa física, jurídica, compra de material de consumo e diárias), entre ou tros. Ocorre que para que a Universidade possa contratar a Fundação por meio de dispensa de licitação baseada no inciso XIII, d o art. 24, da Lei nº. 8.666/93 é requisito básico o enquadramento d o objeto da contratação no art. 1º da Lei nº. 8.958/94, in verbis :

"Art. 1º As instituições federais de ensino sup erior e de pesquisa científica e tecnológica poderão contratar, nos t ermos do inciso XIII do art. 24 da Lei nº. 8.666, de 21 de junho de 1993, e por prazo determinado, instituições criadas com a final idade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico de intere sse das instituições federais contratantes." No entanto, o que se observa é que está o correndo a simples transferência à FADESP da prática de atos de comp etência exclusiva de unidade integrante da própria estrutura da UFPA, d evendo ser executada diretamente ou mediante a contratação de empres a especializada, por meio do devido procedimento licitatório, não se en quadrando, portanto, nos objetos de ajuste amparados na Lei nº. 8.958/9 4. Por outro lado, a Lei nº. 8.958/94 estipulou que o s contratos entre as IFES e as fundações de apoio teriam objetivos a serem cumpridos em prazos determinados, portanto, é totalmente ir regular o repasse em decorrência dos projetos de desenvolvimento instit ucional dos Centros, tendo em vista o caráter permanente dos mesmos, a cada novo exercício. A Entidade foi questionada acerca da ocorr ência por meio da Solicitação de Auditoria Final. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Contratação de Fundação de Apoio por meio de dispe nsa de licitação sem amparo na Lei nº. 8.666/93 c/c Lei nº. 8.958/94.

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CAUSA: Inobservância às recomendações desta Controladoria . JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a UFPA restrinja o objeto dos ajustes a serem firmados com a FADESP, com base no art. 24, XIII, da Lei 8.666/93 ao previsto no art. 1º da Lei 8.958/94, ou seja, quan do, comprovadamente, houver nexo entre esse dispositivo, a natur eza da instituição contratada e o objeto contratual, este necess ariamente relativo a ensino, pesquisa ou desenvolvimento institucio nal, abstendo-se de transferir a prática de atos de competência exclusiva de unidade integrante da estrutura da Universidade, ante a absoluta falta de amparo legal, como é o caso dos PDIs. 3.2.3 ASSUNTO - FISCALIZAÇÃO INTERNA 3.2.3.1 CONSTATAÇÃO: (034) Fiscalização deficiente de obra. Da análise do processo nº 23073.024311/2006-75 ref erente à contratação de empresa para realização de reforma nos Labor atórios do Centro de Ciências Biológicas - CCB, verificamos que não fo i emitido o Termo de recebimento dos serviços executados, e t endo em vista as irregularidades apuradas conforme relatado e m item específico, constata-se a deficiência na fiscalização dos me smos, contrariando o art. 67 da Lei nº. 8.666/93. Importa ressaltar que a fiscalização não é uma d iscricionariedade da Administração, mas um poder-dever desta, para afa star a ocorrência de prejuízos ao erário. Foi solicitada justificativa para a irregularida de apontada por meio da SA Final. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): A Pró-reitora da PROAD e o Prefeito do Campus não tomaram providências para que houvesse a fiscalização dos serviços co ntratados, objeto do Processo nº. 23073.024311/2006-75.

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CAUSA: Inobservância ao art. 67 da Lei nº. 8.666/93. Controles internos deficientes. JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRO -REITORA DA PROAD 153.389.322-53 MARCUS VINICIUS MENEZES NETO PRE FEITO DO CAMPUS RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a Entidade observe a exigência le gal imposta quanto à obrigatoriedade de designação de fiscal para acomp anhar a execução dos contratos firmados e tome providências para que haja o efetivo cumprimento dessa fiscalização, em atenção ao art. 67 da Lei nº. 8.666/93. 3.2.4 ASSUNTO - PAGAMENTOS CONTRATUAIS 3.2.4.1 CONSTATAÇÃO: (037) Impropriedades nos processos de pagamentos contratu ais. Verificamos a ocorrência de impropriedades nos pro cessos de pagamentos relativos aos seguintes contratos: 1. No Contrato n°. 220/2006, firmado com a emp resa MAZ CONSTRUÇÕES LTDA., relativo à prestação de serviços de ma nutenção predial nas dependências da UFPA, verificamos a inobserv ância de cláusulas contratuais, denotando que existem deficiências n o acompanhamento por parte dos órgãos envolvidos: a) No Processo de Pagamento n°. 003586/2007 a orde m de serviço emitida em 30/01/2007 não contém número de ordem e nem co ntém o número da Ata de Registro de Preços a qual está vinculada, co nforme estipulado na Cláusula Sexta, Sub-cláusula Primeira do r eferido instrumento contratual;

b) A referida OS não indica o local e o prazo de execução, com as respectivas datas de início e término dos servi ços, de acordo com o previsto nos dispositivos contratuais supramencion ados; c) A OS não está assinada pelas partes, co nforme estipulado na Cláusula Terceira, Sub-cláusula Terceira;

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d) No referido processo constatamos a ausê ncia de Termos de Recebimento dos serviços, configurando descump rimento da Cláusula Sétima do instrumento contratual; e) No processo de pagamento n°. 005749/2007 nã o constam a Ordem de Serviço e tampouco os Termos de Recebimento, impos sibilitando qualquer conferência entre os valores pagos e os se rviços efetivamente realizados. 2. No Contrato n°. 152/06, firmado em 27/09/2006, mediante dispensa de licitação, com a Amazônia Celular, verific amos que ocorreram pagamentos de linhas telefônicas em quantidade di versa da prevista no referido instrumento. A UFPA solicitou e a op eradora de telefonia móvel encaminhou proposta para prestação de serviços para 50 (cinqüenta) linhas telefônicas, durante 90 ( noventa) dias, sendo nessas condições que foi assinado o referido Con trato. Entretanto, a quantidade de acessos (linhas) pagos pela Entidad e não corresponde às quantidades efetivamente contratadas, conforme dem onstramos abaixo: a) Quantidade de acessos pagos na conta 10/ 2006 (Processo n°. 026400/2006): 53 (cinqüenta e três); b) Quantidade de acessos pagos na conta 11/ 2006 (Processo n°. 028846/2006): 59 (cinqüenta e nove); c) Quantidade de acessos pagos na conta 12/ 2006 (Processo n°. 031003/2006): 59 (cinqüenta e nove). Verificamos, ainda, que no caso do Contra to n°. 152/2006, a Administração da Entidade deixou de observar dispositivo legal previsto no § 2° do art. 54 da Lei n°. 8.666/93, a baixo transcrito: "Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato q ue os autorizou e da respectiva proposta". A Entidade foi questionada acerca da ocorrê ncia por meio das Solicitações de Auditoria nº. 23/2007 e Final. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Autorizaram pagamentos com base em processos incompletos ou em desacordo com as condições estipuladas em contrato . CAUSA: Inobservância e/ou descumprimento das cláusulas co ntratuais. JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação por parte da UFPA.

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RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 019.618.372-34 FRANCISCO JORGE RODRIGUES NOGU DIR ETOR DO DEFIN 105.485.562-53 JOSE OSMAR DA ROCHA MACHADO DIR ETOR DO DEMEF 066.192.742-34 ANA BEATRIZ FERNANDES GALENDE GER ÊNCIA DE ENGENHARIA RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos aos setores responsáveis pelo acompa nhamento da execução contratual, que se abstenham de autorizar pagame ntos cujos processos estejam em desacordo com os dispositivos contra tuais pertinentes ou que apresentem flagrantes indícios de irregularida des. 3.2.5 ASSUNTO - INSPEÇÃO FÍSICA DA EXECUÇÃO 3.2.5.1 CONSTATAÇÃO: (038) Pagamentos à FADESP de percentual sobre os cont ratos firmados para execução dos PDI's, a título de custo operacional não comprovado. Constatamos a reincidência da prática de repas sar para a FADESP, a título de "custos operacionais", o percentual de 5% sobre o total dos valores provenientes das atividades de prestaç ão de serviços, sem haver a devida comprovação do efetivo custo operacional daquela Fundação, conforme disposto no inciso II, do art. 8º da Resolução CONSAD nº1132/2003 e contrariamente às reiteradas determinações do TCU e recomendações desta Controladoria. A Decisão TCU/Plenário nº.321/2000 é clara ao defi nir que as Fundações de apoio devem ser remuneradas somente por seu s custos oriundos da execução do contrato. Para dar cumprimento à Decisão TCU/Plenário nº. 321/2000, devem ser elaboradas planilhas de custo mensal demonstrando as horas trabalhadas em cada setor administrativo da Fundação pa ra atender à cada contratação, informando, por exemplo, um custo m ensal de mão-de-obra direta, isso relativamente à despesa direta, d evendo, no tocante à despesa variável, haver o rateio com base no total de horas trabalhadas, detalhando a quantificação estimada d e cada componente . Ressaltamos que a exigência do cumprimen to de apresentação discriminada pela Fundação dos seus custos operacionais para gerenciamento de contratos firmados com a UFPA é obrigação da própria UFPA, que é a contratante. A Entidade foi questionada acerca da ocorr ência por meio da Solicitação de Auditoria Final. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Pagamento de percentuais sobre os contratos (PDI ) à FADESP, a título de custo operacional, não discriminados adequadame nte em planilhas que expressem os custos oriundos dos mesmos.

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CAUSA: Inobservância às recomendações desta Controladoria . JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR 019.618.372-34 FRANCISCO JORGE RODRIGUES NOGU DIR ETOR DO DEFIN RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a UFPA ao contratar com a FADESP exija a apresentação pela mesma de planilhas de custo mensal dem onstrando as horas trabalhadas em cada setor administrativo da Fun dação para atender à cada contratação, de forma que o pagamento a título de custo operacional esteja fundamentado naqueles oriundos da execução efetiva de cada contrato. 3.2.5.2 CONSTATAÇÃO: (083) Pagamento por serviços não executados. Da inspeção física da execução de obras no Campu s Guamá, constatamos que alguns serviços contratados e pagos, não foram realizados, conforme abaixo: Dispensa de Licitação nº. 0181/2006 - Processo nº. 23073.006083/06-61. Em inspeção física à obra realizada no Laboratóri o de Neuropatologia Experimental do CCB objeto da Dispensa de Licita ção nº. 0181/2006 - NE900579, de 06/04/06 - cuja empresa contratada fo i a JL Construções Ltda., constatamos que alguns serviços previ stos no orçamento aprovado pela UFPA, não foram executados, poré m o valor pactuado foi pago integralmente, conforme verificação ao SI AFI. O valor do referido contrato era de R$ 14.6 81,32 (quatorze mil, seiscentos e oitenta e um reais e trinta e dois centavos) e foi pago em parcela única, conforme NF 063, de 13/04 /06 e OB 902867, de 18/04/06. Foi emitido o Termo de Recebimento de obras e Se rviços, em 13/04/06, atestando acerca da conclusão da totalidade dos s erviços contratados, sendo assinado pelo Chefe do Laboratório em referê ncia. Em nossa verificação à obra, constatamos, po rém, que alguns dos serviços constantes da proposta aprovada não f oram executados, são eles:

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Item 5.3 - Fechamento das bancadas em alumínio - 6,80 m2, no valor de R$ 1.768,00; Item 6.1 - Bancada em concreto armado, com estrutu ra de sustentação de alvenaria, tampo em granito, pia de aço ino x, com revestimento cerâmico interna e externamente. Este item foi par cialmente executado, tendo em vista que das 6 bancadas previstas, apena s 3 foram executadas contendo pias de aço inox - valor total do item R$ 5.970,00; Item 6.3 - Bancada com estrutura de sustentaçã o metálica, tampo em granito, solta da parede come estrutura pintad a com coralit na cor preta - valor total do item R$ 700,00; Item 7.2 - Pintura externa em acrílica com selado r e massa - 16,14 m2 no valor de R$ 227,57. Ressaltamos para o fato de que a Especificação nº . 026/06 - DEMEF/PCU não estabelece adequadamente os serviços a serem executados, bem como o orçamento contratado não foi devidamente detalha do com a inclusão de todos os itens de custos, sendo agrupado em ite ns, como no caso das bancadas que prevêem elementos que não foram orçad os: pia de aço inox, tampo em granito, revestimento cerâmico. Há indícios, ainda, da ocorrência de pagamento antecipado, tendo em vista que o Prof. Antonio Pereira declarou que os serviços somente foram entregues em meados de julho de 2006. Embora o pagamento antecipado não seja, termina ntemente vedado pela legislação, não pode, é claro, representar prejuíz o à Administração. A defesa do interesse público conduz a que o p agamento se faça, em regra, após comprovada a execução da prestação a cargo do particular contratado. Dispensa de Licitação nº. 1411/2006 - Processo nº. 23073.024311/06-75 Em inspeção física à obra realizada em Laboratór ios do CCB objeto da Dispensa de Licitação nº. 1411/2006 - NE903919, de 08/11/06 – cuja empresa contratada foi a Construtora Canaã Ltda , constatamos que alguns serviços previstos no orçamento aprovado p ela UFPA, não foram executados, porém o valor pactuado foi pago inte gralmente, conforme verificação ao SIAFI. O valor do referido contrato era de R$ 14.8 38,00 (quatorze mil, oitocentos e trinta e oito reais) e foi pa go em parcela única, conforme NF 0434, de 13/11/06 e OB 910928, de 27/1 1/2006. Em nossa verificação à obra, constatamos, po rém, que alguns dos serviços constantes da proposta aprovada não f oram executados, são eles: Item 2.2 - Divisória Divilux com porta - 2 8 m2, no valor de R$ 5.040,00; Item 5.5 - Revisão em instalação hidro-sanitária - valor total do item R$ 1.955,00.

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Ressaltamos para o fato de que não foi elaborada a Especificação dos serviços por parte da Prefeitura do Campus, be m como não consta do processo o Termo de Recebimento dos Serviços, emb ora os mesmos tenham sido integralmente pagos. A liquidação irregular das despesas, tendo e m vista que as Notas Fiscais 0434, de 13/11/06 e 063, de 13/04/06, for am atestadas sem que os serviços tivessem sido integralmente conclu ídos, evidenciando a ausência dos requisitos legais previstos no art. 6 3 da Lei n° 4.320/64 e no Decreto n°. 93.872/86, em especial o § 2º do art. 36. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Liquidação irregular de despesas. Emissão de declaração falsa constante do Term o de Recebimento dos serviços objeto da Dispensa de Licitação nº. 0181/ 2006 Pagamento antecipado sem a respectiva contrapres tação dos serviços e com prejuízo ao erário. CAUSA: Negligência quanto ao dever de fiscalização das ob ras durante e após a entrega dos serviços de modo a permitir a re gular liquidação das despesas. JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve justificativa. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 208.367.322-00 IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMAN PRO -REITORA DA PROAD 153.389.322-53 MARCUS VINICIUS MENEZES NETO PRE FEITO DO CAMPUS 402.880.722-00 WALLACE GOMES LEAL PRO FESSOR RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos aos setores responsáveis pelo acompa nhamento da execução contratual, que se abstenham de autorizar pa gamentos sem regular liquidação, apresentando flagrantes indícios d e irregularidades na composição dos processos. RECOMENDAÇÃO: 002 Recomendamos que seja apurado o montante do p rejuízo para fins de ressarcimento aos cofres públicos e a responsabili dade das pessoas que deram causa à irregularidade, inclusive do contr atado, nos termos do art. 70 da Lei nº. 8.666/93.

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3.3 SUBÁREA - CONVÊNIOS DE OBRAS, SERVIÇOS E DE SUP RIMENTO 3.3.1 ASSUNTO - PRESTAÇÃO DE CONTAS 3.3.1.1 CONSTATAÇÃO: (051) Ausência de prestação de contas de contratos firmad os com a FADESP. Da análise da prestação de contas de Contratos fir mados entre a UFPA e a FADESP, verificamos a ausência de document os comprobatórios da execução de despesas, conforme abaixo relacionado: Contrato 1183 - Implantação de estratégias de jor nalismo científico e de comunicação na assessoria de imprensa da U FPA - no valor de R$ 238.322,00, firmado em 01/10/04, publicação d o ato, na Imprensa Oficial, em 06/10/04 e vigência, prorrogada por meio de 4 Termos Aditivos, no período de 01/10/04 a 30/09/06. Ausência dos Processos Licitatórios na modalidade C onvite nº. 181 e nº. 182/05 relativos à aquisição de materiais de in formática e contratação de serviços de cópias, impressão e enca dernação, respectivamente;

Despesas efetuadas:

Convite Data

Empresa contratada Valor pago NF objeto

181 29/4/2005 PLP Ltda 24.500,00 633 material informática

182 29/4/2005 Maia Pinto Com

e Serv. Ltda 8.958,50 438

serviço de cópias, impressão,

encadernação Os documentos acima relacionados foram solici tados por meio da Solicitação de Auditoria nº. 09/2006, de 01/09/ 06, reiterada pelas Solicitações de Auditoria nº. 17 e 36, de 12/0 9/2006 e 13/10/2006, respectivamente. Contrato 1025 - Criação do Caititu Tayassu Tajacu como pecuária alternativa para a agroindústria na Amazônia, objeto do Convênio SECTAM/FADESP/UFPA nº. 101/2003, no valor de R$ 4 5.145,00, firmado em 28/01/2004, publicação do ato, na Imprensa Ofic ial, em 26/04/2004 e vigência, prorrogada por meio de 1 (um) Termo Ad itivo, no período de 26/04/2004 a 30/06/2006. Ausência de comprovação do trabalho executado por Silvia C G de Garcia; Valor recebido - R$ 6.000,00 O documento acima foi solicitado por meio da Soli citação de Auditoria nº. 12/2006, de 04/09/06, reiterada pelas Solicita ções de Auditoria nº. 17 e 36, de 12/09/2006 e 13/10/2006, respectiva mente.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Os responsáveis pela coordenação, acompanhamen to, fiscalização e execução dos contratos não exerceram a devida g erência dos recursos

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aplicados. CAUSA: Fiscalização inadequada e controles internos inefi cientes. JUSTIFICATIVA: Por meio do Ofício nº. 114/2007, a Entidade apres entou justificativas como segue. "AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CONTRATOS FIRMADOS COM A FADESP. Acerca do item em tela, inicialmente consider a-se relevante fazer alguns comentários, em relação à forma dirigida à FADESP pela equipe da CGU ao transcrever as ocorrências no relatór io de auditoria, uma vez que em muitas situações colocou a Fundação n a condição de ré que por "dolo", descumpriu as regras e legislaçõ es obrigatórias no cumprimento da gestão da "coisa pública". De sde os inícios dos trabalhos de auditoria, em 2000 até 2005, a FA DESP recebia em suas instalações a equipe da CGU, e os procedimentos d e trabalho visavam a análise de atos e fatos relativos ao exercí cio anterior, sejam contratos ou convênios, independente de suas vig ências de modo que a fundação para atendimento da equipe de 2006 real izou planejamento de pessoal e documentação dentro das rotinas até entã o estabelecidas. Desta forma, respeitando o livre arbítrio dos senhores auditores a definir novas metodologias de trabalho, a part ir do ano de 2006 os trabalhos passaram a ser desempenhados nas dependê ncias da UFPA, sem o acompanhamento dos profissionais da FADESP. Es te novo procedimento dificultou a comunicação entre a equipe de aud itoria e a fundação, aumentando o tempo de recebimento das solicitaçõe s de auditorias pela FADESP. Em conseqüência os prazos de respostas es tabelecidos deixaram de ser cumpridos em virtude da falta de tempo h ábil à elaboração de respostas, ocasionando transtornos tanto a FAD ESP quanto à própria CGU, uma vez que em sua maioria as solicitações foram recebidas pela fundação com prazo já extrapolado. Neste sent ido, a equipe da CGU devido à falta de informações foi obrigada a con cluir o relatório de auditoria com grande quantidade de pendências , que poderiam ser esclarecidas com simples contato pessoal ve rbal e depois ser transcrito. Em relação à não apresentação da prestação de contas, descrita no relatório da CGU, esclarece esta fun dação que em virtude da mudança de procedimentos e práticas desta equ ipe de auditoria não se tinha tempo hábil para adaptação, posto que a equipe de prestação de contas da FADESP encaminhou inicialment e as documentações referentes ao exercício de 2005, a exemplo das metodologias de trabalhos de auditoria pretéritas, que consi deravam análise da execução de projetos ao exercício anterior ao a no de sua visita. No entanto, com esta alteração da forma de trabalh o da atual equipe de auditoria, foi solicitada a documentação referen te a toda à vigência dos contratos a serem analisados, os quais muito s eram de exercícios pretéritos. Reconhece-se que a própria legislação faculta a equipe em apreciá-los, se lhe aprouver. Porém esta alt eração implicou em necessidade de tempo hábil adicional á FADESP pa ra disponibilizar as informações exigidas, levando ainda em consideraçã o que a Fundação por estar em reforma interna, teve dificuldades de se parar a documentação

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de exercícios anteriores. Quanto à ausência de pr ocessos e documentos de determinados contratos, cabe ressaltar que em 21 de dezembro de 2006, por meio do oficio nº 075/2006, protoc olado na UFPA, sob o número 030681/2006, a Fadesp esclareceu à Admin istração Superior da UFPA, que posteriormente encaminhou à equipe da CGU, fatos ocorridos no Centro de Documentação e Informação (CDI ), da Fadesp, que ocasionaram a perda de processos do exercíci o de 2004 e 2005, evidentemente não excluindo a responsabilidade desta fundação. Na mesma época foram tomadas providências severas, constituindo-se uma equipe multi-setorial, com o objetivo de apurar os fatos ocorridos e ao mesmo tempo efetuar a procura da documentação e xigida. Infelizmente, os esclarecimentos colocados não foram compreendidos pela equipe de auditoria, pois em seu relat ório esta procedeu a análise de nossa justificativa de forma a ent ender que tais fatos foram praticados com "dolo" considerando um ato falho e alheio à vontade do Diretor Executivo da FADESP, como soneg ação de informações, uma falta gravíssima cometida por gestor públ ico. Portanto não se concorda com a interpretação da equipe da au ditoria em relação a possíveis constatações de sonegação de informaç ão, uma vez que esta Fundação encaminhou à equipe de auditoria re latório de execução físico-financeira, relações de pagamentos e ex tratos bancários das movimentações dos contratos. Esta document ação possibilitaria identificar a falta de documentos citados no rel atório de auditoria, documentos estes que não puderam ser disponibiliza dos devido aos fatos acima relatados. Assim, entende-se que a FADES P colaborou e sempre colaborará com os trabalhos de quaisquer audi torias, não cabendo, portanto a afirmativa de "irregularidades praticad as pelos gestores ou fiscais de contrato", em face de termos a co nvicção que todas as atividades e ações propostas nos projetos foram pl enamente executadas, conforme descreveu o relatório técnico de cada projeto. Portanto, a seguir prestam-se esclarecimentos pontualmente a os contratos citados no relatório de auditoria: .................................................. .................... ... Contrato 1183: Quanto aos convites Nº. 181/20 05 e 182/2005, têm a informar que os mesmos não foram encontrados no ce ntro de documentação e informação. .................................................. .................... ... 8. Convênio 1025: Ausência de comprovação do trab alho - Cabe informar que os trabalhos efetuados por Silva C. G de Garc ia, foram executados em campo, na coleta de material necessário a análi se para obtenção dos resultados propostos pela UFPA e acatados pela SEC TAM. Desta forma, os senhores auditores hão de entender que a natureza do trabalho, embora de suma importância ao objeto, não decorre de ex periência e formação acadêmica para tal exercício da atividade, o u mesmo necessite a apresentação de relatórios de atividades a e xemplo de serviços especializados como é o caso de "Consultoria ". A comprovação das despesas dar-se-á conforme determina a própri a IN 01/97, ou seja, recibo certificado e atestado que a execução foi r ealizada. Neste caso em especial, o atesto para FADESP que a ativ idade foi executada, ocorreu quanto o solicitante "Coordenador Téc nico", por meio de solicitação on-line requereu o pagamento dos serviços dentro das

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condições previstas no formulário apresentados a e quipe de auditoria. (doc 14) Como já esclarecido em auditorias passadas, a FAD ESP visando melhoria de agilidade do atendimento ao cliente, buscou at ravés da informática recursos como solicitação de pagamento on-line de aquisição de bens e serviços, por meio de sua homepage, www.fade sp.org.br, na qual o coordenador técnico tem acesso a rede mediante c ertificação de senha pessoal para utilizar os serviços disponibilizados ." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Com relação ao contrato 1183 a FADESP informa que os convites nº.s 181/2005 e 182/2005 não foram encontrados no Cent ro de Documentação e Informação. No que se refere ao contrato 1025 a FADESP, também, não apresenta relatórios ou documentos similares que evidenciem ou demonstrem os resultados dos vários trabalhos exec utados por Silva C. G de Garcia ao longo dos anos de 2004 a 2006. Dessa forma, diante da ausência de documento s que comprovem as despesas acima indicadas e de acordo com o caput d o art. 8º da Lei nº. 8.443/92, a autoridade administrativa compet ente, sob pena de responsabilidade solidária, deverá imediatamente adotar providências com vistas à apuração dos fatos, identificaçã o dos responsáveis e quantificação do dano diante das seguintes ocorrên cias: a) omissão no dever de prestar contas; b) não comprovação da aplicação dos recursos repas sados pela União; c) ocorrência de desfalque ou desvio de dinhe iros, bens ou valores públicos; ou

c) prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou anti-econômico de que resulte dano ao Erário.

Nesse sentido, inicialmente as etapas a serem seg uidas pela UFPA para a instauração da TCE são as seguintes: 1. Notificação do responsável, objetivando a re gularização do fato, assim: em se tratando de omissão de contas ou não comp rovação da aplicação dos recursos repassados mediante convênio, acor do, ajuste ou outros instrumentos congêneres, o responsável será n otificado para que apresente a prestação de contas ou que proc eda à devolução dos recursos recebidos, acrescidos dos encargos legais ; e no caso de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou a nti-econômico de que resulte dano ao Erário, o responsável será notific ado para que recolha o valor do débito a ele imputado, acrescido de c orreção monetária e juros de mora, bem como para que apresente as justificativas e as alegações de defesa julgadas necessárias, nos caso s em que a prestação de contas não tenha sido aprovada.

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2. Expedida a notificação e concedido prazo para sua regularização, a autoridade competente cientificará a CGU respe ctiva, informando as providências adotadas. 3. Esgotado o prazo e não apresentada a pres tação de contas, nem devolvidos os recursos financeiros desviados, será providenciada a instauração da tomada de contas especial e a inscrição da responsabilidade pelo débito em conta específica. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 055.885.702-78 MARIA DE LOURDES RODRIGUES DA FIS CAL CONTRATO 1183 098.636.482-72 GILSON DIAS FARIA COO RD CONTRATO 1183 109.101.582-15 WALTER PINTO DE OLIVEIRA COO RD CONTRATO 1183 134.975.452-87 ANA CRISTINA PANTOJA TRINDADE COO RD CONTRATO 1183 264.912.812-72 DIVA ANELIE DE ARAUJO GUIMARAE COO RD CONTRATO 1025 RECOMENDAÇÃO: 001 1. Recomendamos à UFPA notificar os responsáve is pela gerência dos contratos 1025 e 1183 com vistas à regularização da omissão no dever de prestar contas dos recursos recebidos ou devolu ção dos mesmos. 2. Comunicar a CGU acerca das providências ad otadas e resultados alcançados. 4 CONTROLES DA GESTÃO 4.1 SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS 4.1.1 ASSUNTO - Atuação do TCU/SECEX no EXERCÍCIO 4.1.1.1 INFORMAÇÃO: (001) O TCU proferiu determinações à UFPA, por meio do A córdão nº 2366/2006- 1ª Câmara, por ocasião do julgamento das contas do exercício de 2003. Da análise do Ofício nº. 011/2006, da AUDIN/UFPA, contendo informações acerca da implementação das mesmas, verifica mos que as abaixo relacionadas não foram atendidas: 1.2 imprima maior eficácia na condução de sind icâncias e processos administrativos disciplinares, instalando, efet ivamente, a Comissão Permanente de Processos Administrativo-disciplin ares, instituída por meio da Portaria nº. 1461/2003, em consonância com as regras dos arts. 143 a 182, da Lei nº. 8.112/90; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Não implementado, a impropriedade se man tém. 1.6 atente para a exigência de comprovação dos efetivos custos operacionais decorrentes de contratos de presta ção de serviços, por

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meio de planilha circunstanciada dos disp êndios efetivamente realizados, abstendo-se da realização de despes as a título de custo operacional, a exemplo dos celebrados com a FA DESP, em respeito ao disposto no art. 1º, da Lei nº. 8.958/1994; ar t. 8º, inciso II, da Resolução UFPA/CONSAD nº. 1.132/2003; e, delibera ções do TCU (Decisão 777/2000 -TCU - Plenário; Acórdãos 226/2001, 14 12/2003 e 483/2005 - TCU - Plenário); Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Não implementado. A irregularidade p ermanece e vem sendo apontada reiteradamente em relatórios da CGU. 1.10 observe o princípio da unidade de caixa consubstanciado nos normativos legais reguladores da matéria, reg istrando as receitas próprias no SIAFI - art. 56, da Lei 4.320/64; 74 , do Decreto-lei nº. 200/67; 1º, do Decreto nº. 93.872/86; 1º e 2º, do Decreto nº. 4.950/2004; Decisão nº. 1.458/2002-TCU-Plenári o; e, Acórdão nº. 483/2005-TCU-Plenário; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Não implementado. A irregularidade p ermanece e vem sendo apontada reiteradamente em relatórios da CGU. 1.17 implemente medidas visando à atualização das fichas cadastrais de seus servidores, a fim de evitar que a desatualiza ção desses registros comprometa a fidedignidade dos indicadores de dese mpenho exigidos pelo TCU - art. 117, inciso XV, da Lei nº. 8.112/90; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Não implementado, foi verificada novamen te a impropriedade. 1.18 observar o princípio constitucional da legal idade e se abster de contratar professores sem a realização de concurso público ou processo seletivo simplificado - art. 37, caput, da Constit uição Federal; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Não implementado, foi verificada novamen te a impropriedade. 1.20 obedeça estritamente, na contratação de prof essores substitutos, às especificações contidas no edital do processo seletivo, observando as disposições legais sobre a matéria - Lei nº. 8. 745/93; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição"

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Situação: Não implementado, foi verificada novamen te a impropriedade. 1.22 promova o ressarcimento aos cofres da Univers idade, por parte dos servidores adiante indicados, dos valores res pectivos, recebidos indevidamente, pelo exercício de atividades ine rentes a seus cargos exercidos no DAVES: NOME CARGO VALOR (R$) Arquimimo Barroso de Almeida Filho Professo r c/FG 1.500,00 Constância da Silva Santos Analista de Sistema 2.100,00 Ivanilson da Costa Araújo Assisten te de Adm 500,00 Luciléia Rosa da Silva Digitado r 2.000,00 Maria da Conceição G. Ferreira Analista de Sistema 2.100,00 Nelma Conceição das Dores Almeida Secretár ia Exec. 1.570,00 Otávio Roberto Ferreira Mendes Analista de Sistema 2.100,00 Paulo César Costa Martins Analista de Sistema 900,00 Sebastião de Lima Cerdeira Químico/ FG 1.200,00 Vanner Fernandes Vasconcellos Operador Computador 1.700,00 TOTAL 15.670,00 Informação da Entidade: "as providências estão sendo tomadas junto aos servidores relacionados, conforme documento de n otificação, expedido pela Auditoria Interna da UFPA, anexo." Situação: Não implementado. 1.23 institua mecanismos de controle eficaz so bre a freqüência dos servidores para fins de cumprimento dos norm ativos referentes à jornada de trabalho, em obediência ao disposto no Decreto nº 1.590/95; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Não implementado. 1.25 cumpra, na aquisição de passagens aéreas, o s ditames da Lei nº. 8.666/93 e Portaria nº. 47/2003 do Ministéri o do Planejamento, Orçamento e Gestão; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Não implementado, a impropriedade foi no vamente verificada. 2.1 resultado da apuração das irregularidades praticadas no Campus Universitário de Santarém; Informação da Entidade: "em que pese que orientações, foram encaminhadas ao Campus de Santarém (nota explica tiva-anexo) bem como outros expedientes tratando do assunto em te la (anexos), porém a Comissão da TCE, não concluiu os trabalhos, ent retanto a AUDIN está planificando para o início do próximo exercício vi sita técnica naquela unidade para tomada de medidas que o caso requer."

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Situação: Não implementado, conforme justificativa apresentada. 2.3 avaliação conclusiva da tomada de contas espe cial instaurada pela UFPA, nos termos do Processo nº. 014297/20 04 e enviada pela Universidade à CGU por meio do Ofício nº 010/2005- AS/AUDIN-GR; Informação da Entidade: "o processo nº. 014297/2004 retornou em OUTUBRO/2006 para a AUDIN, que encaminhará à Divisão de Análise e Prestação de Contas para cumprimento ao Ofício nº. 28547/2006/DPTCE/DP/SFC/CGU-PR - cópia anexa."

Situação: Implementação parcial, conforme justific ativa apresentada. 2.4 cumprimento do princípio da unidade de caixa, previsto na Lei nº. 4.320/64 e demais disposições sobre a matéria; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Não implementado. A irregularidade p ermanece e vem sendo apontada reiteradamente em relatórios da CGU. 2.5 resultados das ações adotadas pela Universid ade ante a recusa da ADUFPA, SINTUFPA e ANDES em formalizar os contr atos de concessão de direito real de uso de bem público, exigidos na e spécie, e em fase de notificação extrajudicial; Informação da Entidade: "esgotadas as providências administrativas por esta administração e até mesmo com a manifesta ção da Controladoria Geral da União no Pará, os processos encontra m-se na Procuradoria Geral da UFPA, para as medidas judiciais cabíveis" Situação: Não implementado. 2.7 andamento das medidas adotadas pela UFPA para regularizar a utilização de seus espaços físicos via forma lização de contrato administrativo, com as exigências da Lei nº. 8.666 /93, evitando também que terceiros ocupem seus espaços em detrime nto das atividades acadêmicas; Informação da Entidade: "como se trata de estrita observância aos dispositivos legais, foi dado ciência ao s dirigentes desta Instituição" Situação: Implementação parcial. 4.1.1.2 CONSTATAÇÃO: (079) Arquivamento Parcial das Declarações de Bens e Rend as. Em nossos exames verificamos que houve o descumpri mento do disposto na Lei nº. 8.730/93 quanto ao arquivamento no S etor de Pessoal das Declarações de Bens e Rendas dos servidores ab rangidos pelo citado instrumento legal.

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Ressaltamos ainda que apesar da ausência da declaração de alguns servidores ocupantes de função, consta no processo de contas declaração expressa da unidade de pessoal acer ca do cumprimento da obrigação prevista na Lei nº. 8.730/93 e que esta impropriedade é reincidente, tendo sido apontada no Relatóri o de Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2005. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Os servidores ocupantes de função não encami nharam à Unidade de Pessoal suas declarações de bens e rendas relat ivas ao exercício de 2006. A Unidade de Pessoal apresentou declaração falsa. CAUSA: Inobservância à Lei nº. 8.730/93. JUSTIFICATIVA: A Entidade não apresentou justificativas para a oc orrência apontada na Solicitação de Auditoria Final. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRO -REITORA DO PROGEP RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos à Unidade que observe o disposto na L ei nº. 8.730/93 e na IN/TCU nº. 05/94, no tocante à entrega anual da declaração de bens e rendas pelos servidores ocupantes de função de con fiança. RECOMENDAÇÃO: 002 Abstenha-se de consignar informações desprovi das de veracidade, conforme constatou-se na declaração, constante às fls. 370 do processo de prestação de contas, de que os integrantes do rol de responsáveis estariam em dia com a apresentação da declaraç ão de bens e rendas, para não ferir o princípio da moralidade, que deve nortear as ações do administrador público. 4.1.2 ASSUNTO - Atuação das Unidades da CGU - NO E XERCÍCIO 4.1.2.1 CONSTATAÇÃO: (078) Restrição aos trabalhos em decorrência da nã o apresentação de processos/informações/justificativas solicitadas. Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2 006.

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Os trabalhos de campo, na UFPA, foram iniciado s no dia 09/04/2007, tendo sido encaminhada a Solicitação de Audi toria Prévia, no dia 03/04/2007, com prazo para atendimento, o dia do i nício dos trabalhos. Posteriormente, foram emitidas mais 25 (vinte e ci nco) Solicitações de Auditoria no decorrer de 3 (três) semanas de traba lho, dentre as quais 4 (quatro) não foram atendidas e 10 (dez) foram parcialmente atendidas, conforme quadro abaixo:

SA

ITENS NÃO ATENDIDOS OU PARCIALMENTE

ATENDIDOS:

STATUS:

Relacionar as recomendações efetuadas pela CGU- Regional/PA, relativa s ao relatório de avaliação da gestão de 2005 e de acompanhamento da gestão de 2006 e juntar documentos acerca das providências adotadas para o seu atendimento ou justificativas para a não implementação

PARCIALMENTE ATENDIDO

Apresentar o RAINT de 2006 e especificar, se nele não constar, as recomendações formuladas pela unidade de auditoria interna, informando sobre suas implementações

NÃO ATENDIDO

01

Apresentar relação de processos de provimento de pessoal realizados em 2006

Somente apresentados os provime ntos por concurso e processo seletivo simplificado

02 Solicitação de 6 (seis) processos referentes a Convênios e Convites

Apresentados 3 (três) processos

04 Diversos questionamentos acerca de impropriedades nos processos de concessão de diárias e passagens

PARCIALMENTE ATENDIDO

05 Solicitação de 8 (oito) processos referentes à Tomada de Preços, Concorrência, Pregão eletrônico e presencial

foram entregues 7 processos

07 Devolução da Prestação de Contas apresentada para inclusão de informações exigidas p ela DN/TCU 81/2006

NÃO ATENDIDO

10 Diversos questionamentos efetuados referentes a impropriedades verificadas na folha de pagamentos

PARCIALMENTE ATENDIDO

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11 Solicitação de 7 (sete) processos referentes a denúncias feitas na Ouvidoria

Apresentados 4 (quatro) processos

13 Solicitação do plano de providências referentes às constatações descritas no relatório de auditoria de gestão de 2005

NÃO ATENDIDO

16 Solicitação de 7 (sete) processos referentes a Termos Aditivos de Contratos

Apresentados 6 (seis) processos

20 Diversos questionamentos relativos à análise dos processos de provimento

PARCIALMENTE ATENDIDO

21 Solicitação de 3 (três) processos relativos a Convênios

Apresentado 01 (um) processo

22 Diversos questionamentos relativos à processos de pagamen tos e licitatórios

Apresentadas respostas relativas às licitações

23 Diversos questionamentos relativos à análise do contrato de telefonia móvel

NÃO ATENDIDO

24 Diversos questionamentos relativos à análise da folha de pagamentos

PARCIALMENTE ATENDIDO

Em virtude da não apresentação pela Entidade dos

processos/documentos/informações solicitados, os trabalhos ficaram prejudicados, tanto no que se refere à impossibil idade de execução de todos os procedimentos de auditoria previstos na Ordem de Serviço nº. 189705 e exigidos pelo TCU, reduzindo significa tivamente o escopo da auditoria, quanto no que se refere ao necessá rio aprofundamento das análises.

Esta restrição também ocorreu por ocasiã o da auditoria de acompanhamento realizada no segundo semestre do ano de 2006 (OS nº. 183944), inviabilizando quase que integralmente o planejamento feito, em decorrência da não disponibilização de process os/documentos que só vieram a ser entregues no corrente ano. Especificamente com relação ao atendimento parc ial da SA nº. 02, de 10/04/07, este fato restringiu e comprometeu a a nálise dos Convênios firmados pela Entidade. Oportunamente, informamos, também, que o atraso no atendimento da SA n°. 15, de 19/04/2007, prejudicou o exame m ais aprofundado dos processos de pagamentos relativos aos 13 (treze) contratos solicitados, bem como inviabilizou a realização da inspeção física dos mesmos, principalmente os relativos às obras e ser viços de engenharia. Com prazo de atendimento fixado para 23/04/200 7 (dois dias úteis a contar da data de recebimento da solicitação pela Entidade), a referida SA foi atendida somente no dia 25/04/2007 , já próximo da data de encerramento de nossos trabalhos em campo (27/04/2007),

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comprometendo o planejamento e a execução dos exam es. Cabe ressaltar que, além do atraso no encaminhame nto dos processos, a solicitação não foi atendida na sua totalida de, pois faltou o encaminhamento do Contrato n°. 204/2006, firmado com a empresa AIRES TURISMO LTDA e os seus respectivos proce ssos de pagamentos solicitados. As Solicitações de Auditoria nº.s 22 e 24, parcialm ente atendidas, só o foram, também, por ocasião do prazo de resposta r elativa à SA final.

Auditoria de Acompanhamento da Gestão do exercício de 2006. Durante a auditoria de acompanhamento de ges tão na UFPA, foram solicitados, reiteradamente, diversos processos e documentos, os quais não foram encaminhados à equipe de auditoria, dur ante os trabalhos de campo: 1) Todos os processos existentes na Entidade, rel acionados à apuração de irregularidades ocorridas no Campus de Santaré m, conforme processo 00190.003483/2002-84 - Solicitação de Auditor ia nº. 11/2006, de 04/09/2006 reiterada pelas Solicitações de Audito ria nº.s 17 e 36, de 12/09/2006 e 13/10/2006, respectivamente. 2) Documentos/informações/justificativas requerida s pelas Solicitações de Auditoria nº. 04/2006, 05/2006, 06/2006, 07/200 6, 08/2006, 09/2006, 10/2006, 12/2006, 13/2006, 15/2006, 16/2006, 20/2006, 22/2006, 24/2006, 27/2006, 28/2006, 38/2006, 41/2006, 42/2006, 43/2006, 44/2006, 46/2006, 47/2006, 49/2006, 50/2006 e 54/2 006 Todas as requisições foram reiteradas pelas Solic itações de Auditoria nº. 17 e 36, de 12/09/2006 e 13/10/2006, respectiv amente. Ressaltamos que, embora já tenham sido atendida s as Solicitações de Auditoria nº.s 04, 05, 06, 08, 10, 15, 20, 22, 28, 38, 42, 43, 44, 46, 49, 50 e 54, todas de 2006, o foram após o período de campo da auditoria, restringindo significativamente os trab alhos realizados. Não foram disponibilizadas as prestações de conta s dos contratos nº.s 700, 751, 950, 1146, 1257, 1260 e 1999, sol icitadas pela SA nº. 50/2006, a qual foi somente parcialmente atendida. Desse modo, permanecem pendentes de atendimento, integral ou parcial, as Solicitações de Auditoria nº.s 07/2006, 09/200 6, 12/2006, 13/2006, 16/2006, 24/2006, 27/2006, 41/2006, 47/200 6 e 50/2006 e as Solicitações de Auditoria nº.s 01, 02, 04, 05, 07, 10, 11, 13, 16, 20, 21, 22, 23 e 24, todas de 2007. A não disponibilização de processos/documentos à equipe de auditoria prejudica os trabalhos de auditoria, visto que inviabilizam a verificação da legalidade, conformidade e efeti vidade dos processos disciplinares e de sindicância em andamento, b em como da aplicação regular de recursos públicos por meio de Contratos , Convênios e outros instrumentos congêneres. A omissão contraria o artigo 26, § 1º, da Lei nº. 10.180/01 que assim dispõe:

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"Art. 26. Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade F ederal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no exerc ício das atribuições inerentes às atividades de registros contáb eis, de auditoria, fiscalização e avaliação de gestão. § 1º O agente público que, por ação ou omissã o, causar embaraço, constrangimento ou obstáculo à atuação dos Siste mas de Contabilidade Federal e de Controle Interno, no desempenh o de suas funções institucionais, ficará sujeito à pena d e responsabilidade administrativa, civil e penal." ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Não foram tomadas as devidas providências par a a apresentação dos processos e documentos solicitados pela CGU. Omissão no dever de prestar contas ao Controle Int erno. CAUSA: Inobservância ao artigo 26, § 1º, da Lei nº. 10.18 0/01. JUSTIFICATIVA: Por ocasião da auditoria de acompanhamento da gestão de 2006, foi apresentada a Circular Informativa nº. 001/2006- AS/AUDIN, datada de 21/09/2006, expedida pela AUDIN, com visto do R eitor da Entidade, a todos os dirigentes das Unidades Acadêmicas e Administrativas, com respectivos comprovantes de recebimento nos d ias 25 e 26/09/2006, comunicando que: "...a partir desta circular, todo dirigente que não cumprir o prazo estabelecido nas solicitações de auditoria para apresentar as informações nelas requeridas, implicará em sa nções disciplinares, conforme o disposto nos seguintes regulamentos: Art. 116, inciso III, Art. 117, incisos III e I V, Art. 124 todos da Lei 8.112/90. Art. 11, incisos II e VI da Lei 8.429/92. Art. 26, § 1º, da Lei 10.180/2001." Em 15/09/2006, após inúmeras cobranças feitas pel a AUDIN, a FADESP se manifestou por meio do processo nº. 20373.0220 55/2006-36 contendo justificativa da lavra de seu Diretor executivo, n os seguintes termos: 1. Que foi feita uma avaliação no Centro de Documentação de Informações (CDI) da Entidade para imprimir melh or operacionalização ao Setor em julho do corrente ano; 2. Que o resultado da avaliação apontou falh as e procedimentos inaceitáveis no que se refere à organização, acondicionamento e controle de entrada e saída de documentos do setor ; 3. Que em decorrência da gravidade das falhas a coordenadora foi

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afastada e substituída, bem como dos demais técnic os do setor; 4. Que foram designados 03 técnicos da Fundaç ão para auxiliarem o CDI na busca dos documentos solicitados pela CGU, mas até aquele momento nada havia sido encontrado. O Coordenador do Setor de Prestação de Contas da FADESP, por sua vez, encaminhou o Ofício 433/06-SPC/FADESP, com as segu intes justificativas:

1. Que a FADESP vem sendo reformada, tendo s ua estrutura física ampliada; 2. Que o CDI foi ampliado e as reformas estrutu rais feitas no setor "implicaram em mudanças de estantes e, quiçá, troca dos ambientes (caixas) onde tais documentos são armazenados" ; 3. Que devido às várias formatações implementa das para otimização dos espaços do setor "existe a possibilidade de determinado documento estar fora de seu respectivo ambiente. Como exe mplo: um contrato do ano de 2006 no ambiente de processos do ano de 19 96; 2005 no ambiente de 1995, vice-versa" ; 4. Que houve em 2005 e início de 2006 várias audito rias "possibilitando, destarte, a troca involuntária de documentos, uma vez que o volume de processos que chegam e que saem d o CDI pode provocar tais substituições indevidas" ;

5. Que para otimizar os espaços ocupados o Centro realizou incineração de documentos cujos prazos para arquivamento eram superiores a 10 anos e "que a possibilidade de trocas de documentação de períodos diferentes é factível e agora c onstatada, pois os documentos necessários para a auditoria, até a presente data, ainda não foram encontrados o que pode sugerir qu e, por um lapso de arquivamento, os documentos de alguns processo s dos anos de 2005 e 2006 foram, também, incinerados" . Por meio do Ofício nº. 176/2007-SPC/FADESP, de 09/04/2007 a FADESP encaminhou à AUDIN/UFPA manifestação constante do Ofício nº. 114/2007- SPC/FADESP, como segue: "Em resposta à Solicitação de Auditoria 053/2 006, inerente aos trabalhos de acompanhamento de gestão da auditor ia CGU realizados na UFPA, ressaltamos que já fora encaminhada respost a parcial através do OF. 002/2007, protocolado nessa AUDIN em 04.01.200 7, os quais seguiram os documentos dos convênios 484, 946 e 1079. Quanto à documentação solicitada dos outros con tratos citados à SA, esclarecemos que a mesma encontra-se disponív el no prédio sede da FADESP, pronta para apresentação, conforme vossa m anifestação. Esclarecemos que esse procedimento dá-se após co nsulta prévia a essa AUDIN que informou-nos da inexistência de local e condições apropriadas para a guarda dos referidos documento s, uma vez tratam-se de contratos com grande volume de documentos comprobatórios de despesas.

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Dessa forma, à medida que nos forem devolvi dos os documentos já apreciados, encaminharemos os restantes. Ressaltamos nossa disposição na melhor colaboração com os trabalhos da auditoria. Ofício nº. 114/2007-SPC/FADESP SONEGAÇÃO DE PROCESSOS E DOCUMENTAÇÃO SO LICITADOS PELA CGU Item 4 - Documentos/informações/justificativa s requeridas pelas Solicitações de Auditoria Conforme citado no início desta justificativa , entende-se que os transtornos causados decorreram da mudança dos pro cedimentos da equipe de auditoria, assim como dificuldades internas da Fundação já citadas. Desta forma, gostaria de expressar as sinceras desculpas da FADESP, pelos problemas que culminaram em dificuldade para o exercício dos trabalhos à equipe da CGU. No entanto, conscient e dos limites de uma Fundação de Apoio, bem como das responsabilid ades da instituição, enquanto gestora da coisa pública, agradece ao empenho que todas as equipes que aqui estiveram, pela contribuição q ue proporcionaram em determinadas ocasiões e a transformação ou readequ ação da FADESP, como Fundação de Apoio, a exemplo da criação da Co missão Permanente de Licitação, adoção de ferramentas como software de gerenciamento de projetos, elaboração de manuais e procedimentos em conjunto com a UFPA (em análise), e o aumento do investimento na capa citação de pessoal e melhoria da infra-estrutura, objetivando do tar a Fundação de capacidade para exercer com excelência sua ati vidade principal, de forma a evidenciar transparência na gestão de rec ursos de projetos da UFPA. Outrossim, tendo consciência do dever, assim como a convicção de que muito temos que melhorar, inclusive na infr a-estrutura, estamos desde o ano de 2006 ampliando nossas instalações, visando melhoria no atendimento, do pesquisador ao auditor, proporcionando-lhes confiabilidade e presteza na informação desejada , descartando de uma vez por todas as indagações como má aplicação, falt a de acompanhamento, entre outras declarações que n ão condizem com a

idoneidade de uma Instituição que durante 30 anos vem apoiando desenvolvimento tecnológico, capacitação do capit al humano e melhoria da qualidade de vida de nossa sociedade." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Embora a FADESP tenha afirmado que a documentação solicitada pela CGU estaria disponível e pronta para apresentação, co nstatamos, em visita in loco, na Sede da FADESP, a ausência, ainda, da prestação de contas dos contratos nº.s 700, 751, 950, 1146, 1257, 1260 e 1999, solicitados pela SA nº. 50/2006. Nesse sentido, tendo em vista que ainda exi stem Solicitações de Auditoria pendentes, apesar de que se passaram de 5 a 10 meses das primeiras solicitações feitas, quando da auditor ia de acompanhamento realizada em 2006, e que não foram apresentadas novas justificativas pela Entidade, salientamos para o fato de q ue com exceção da SA nº41/2006, as demais solicitações pendentes de ate ndimento, referentes à auditoria de acompanhamento, referem-se a pre stações de contas de

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Contratos firmados com a FADESP. Registramos, ainda, que consideramos as justific ativas apresentadas, por parte do Coordenador do CDI e Diretor Executi vo da FADESP, para a não apresentação dos documentos, absolutament e inaceitáveis. As informações prestadas por ambos os dirigentes som ente revelam a total negligência com que vem sendo tratada a coisa públ ica. Ressaltamos, ainda que, embora se verifique q ue os documentos não apresentados, referem-se, sobretudo, a contratos f irmados com a FADESP e que as respectivas prestações de contas fica m arquivadas naquela instituição, tal fato não exime a UFPA na respons abilidade pelo dever de prestar contas dos recursos públicos aplicado s na execução desses contratos, pelo que deverá tomar as devidas pro vidências para que a omissão não se mantenha. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 043.943.802-00 ALEX BOLONHA FIUZA DE MELLO REI TOR 184.511.012-91 SIBELE MARIA BITAR DE LIMA CAE PRO -REITORA PROGEP 019.618.372-34 FRANCISCO JORGE RODRIGUES NOGU DIR ETOR DO DEFIN 017.231.382-15 HUGO DE OLIVEIRA ROCHA CH. DEP. DIR. PENAL E PR 047.044.872-53 JOAO FARIAS GUERREIRO DIR ETOR EXEC DA FADESP RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que todos os processos/documentos solicitados pelas solicitações de auditoria nº.s 07/2006, 09/200 6, 12/2006, 13/2006, 16/2006, 24/2006, 27/2006, 41/2006, 47/2 006 e 50/2006 e Solicitações de Auditoria nº.s 01, 02, 04, 05, 07 , 10, 11, 13, 16, 20, 21, 22, 23 e 24, todas de 2007, sejam imedi atamente apresentados à CGU e, em caso negativo, sejam toma das as devidas providências para responsabilização dos servidores envolvidos, dando cumprimento à Circular Informativa nº. 001/20 06-AS/AUDIN.

RECOMENDAÇÃO: 002 Recomendamos, ainda, face a irregularidade apontada , que a Administração Superior da UFPA tome as devida s providências para manter sob controle os contratos firmados com a FADESP, bem como mantenha o original das prestações de contas dess es contratos no âmbito

da Entidade. 4.2 SUBÁREA - CONTROLES INTERNOS 4.2.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA 4.2.1.1 CONSTATAÇÃO: (081) Inefetividade da atuação da Auditoria Interna. Em análise realizada ao Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna - PAAAI/2006 e ao Relatório das atividades desenvo lvidas pela AUDIN em 2006, encaminhado pelo Ofício nº. 014/2006, de 01/ 12/2006, verificamos

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as seguintes impropriedades: 1) De acordo com o PAAAI/2006 e com o relatório de atividades, foram planejadas 14.616 horas e realizadas 8.096 h oras. Decorre desta análise uma execução de apenas 55% do que foi plan ejado, de acordo com o quadro demonstrativo abaixo: Atividades desenvolvidas nas Unidades em 2006

PLANEJADO REALIZADO Unidade

Escopo Horas Período Período Responsáveis Horas 2.2- Avaliação da aplicação de recursos de conformidade com a legislação vigente – Convênios 3.1- Análise de suprimento de fundos 7.3- Realização de auditorias nos campus

256 abr 08 a

12/05/2006 Elinete e

Mildéia 400

Abaetetuba

7.4- Monitoramento das recomendações de auditoria interna (substituição de Soure)

48 jun 24/10/2006 Elinete e

Mildéia 48

Altamira

7.4- Monitoramento das recomendações de auditoria interna

48 fev 06 a

10/11/2006 Elinete e

Mildéia 400

8.1- Treinamento e cursos

600 fev a

ago AUDIN

8.2- Fórum Nacionais

160 jun

2.2- Avaliação da aplicação de recursos de conformidade com a legislação vigente – Convênios 3.1- Análise de suprimento de fundos

Bragança

7.3- Realização de auditorias nos campus

256 mar 14 a

18/08/2006 Apolinário e

Dergan 400

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2.2- Avaliação da aplicação de recursos de conformidade com a legislação vigente – Convênios 3.1- Análise de suprimento de fundos

Breves

7.3- Realização de auditorias nos campus

256 mar/abr 10 a

14/07/2006 Elinete e

Mildéia 400

7.4- Monitoramento das recomendações de auditoria interna (substituição de Cametá)

48 mai

Castanhal

7.4- Monitoramento das recomendações de auditoria interna

48 ago

31/10 Elinete e

Mildéia 48

CCC

6.1- Análise de emissão de parecer quanto aos aspectos da legalidade e legitimidade - Processos licitatórios e contratos

166 anual

CCS

1.3 - Monitoramento das recomendações da AUDIN

48 fev 13 a

17/03/06 Dergan e Mildéia

320

CGU/TCU/outros 8.3- Reserva Técnica

4880 anual 02/03/06 a

02/06/06

Angela, Ester e Sonia

4880

CG

1.3 - Monitoramento das recomendações da AUDIN

48 ago

CLA

Substituição das atividades que seriam desenvolvidas no CT

318 27 a

31/03/06 Elinete e

Apolinário 400

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2.2- Avaliação da aplicação de recursos de conformidade com a legislação vigente – Convênios

120 fev

3.1- Análise de suprimento de fundos

16 fev

4.2- Verificação entre inventário, existência física e localização do bem e aferição do cumprimento da movimentação, conservação e avaliação dos bens

16 fev

6.1- Análise de emissão de parecer quanto aos aspectos da legalidade e legitimidade - Processos licitatórios e contratos

166 Anual

Substituição das atividades que seriam desenvolvidas no CCJ

558

CSE 1.3 - Monitoramento das recomendações da AUDIN

48 fev

DEFIN

2.1- Avaliação e acompanhamento da aplicação dos recursos de conformidade com plano de contas único da União e da lei orçamentária - Convênios

80 jul

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4.1- Verificação da compatibilidade entre escrituração contábil e o inventário

80 set

4.2- Verificação entre inventário, existência física e localização do bem e aferição do cumprimento da movimentação, conservação e avaliação dos bens

80 fev a

set

DEPAD

4.1- Verificação da compatibilidade entre escrituração contábil e o inventário

80 Set

Marabá

7.4- Monitoramento das recomendações de auditoria interna

48 mar 16 a

20/10/2006 Elinete e Mildéa

400

RU

6.1- Análise de emissão de parecer quanto aos aspectos da legalidade e legitimidade - Processos licitatórios e contratos (substituição PMC)

182 anual 01 a

04/08/2006 Apolinário e Dergan

320

PROAD

1.1- Formalização da prestação de contas

24 mar 03 a

09/03/06 Angela 40

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2.1- Avaliação e acompanhamento da aplicação dos recursos de conformidade com plano de contas único da União e da lei orçamentária- Convênios

80 mar

6.1- Análise de emissão de parecer quanto aos aspectos da legalidade e legitimidade - Processos licitatórios e contratos

166 anual

PROEG 3.2- Análise de conta especial de projeto

80 abr

PROEX 3.2- Análise de conta especial de projeto

80 abr

PROGEP 5.1- Análise de processos de recursos humanos

1494 anual

SDP 5.1- Análise de processos de recursos humanos

1494 anual

2.1- Avaliação e acompanhamento da aplicação dos recursos de conformidade com plano de contas único da União e da lei orçamentária - Convênios

80 nov

PROPLAN

7.1- Acompanhamento das operações e programas

160 jul e

dez

Santarém

7.4- Monitoramento das recomendações de aud. interna

48 set

UFPA 1.2- Avaliação dos controles internos

2016 jan,fev

e mar jan a

dez/06

membros da equipe +coordenação

UFPA 8.2- Fórum de auditoria

240 ago

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interna

Não planejado 22/02/06 a

02/03/06 Angela 40

TOTAL 14616 8096 Resumo

HORAS PLANEJADAS 14616 HORAS REALIZADAS 8096 % HORAS REALIZADAS 55%

2) As seguintes atividades constantes no Plano An ual de Atividades de Auditoria Interna - PAAAI/2006 para serem realizad as no ano de 2006 e não foram executadas:

PLANEJADO Unidade

Escopo Horas Período

8.1- Treinamento e cursos 600 fev a

ago AUDIN 8.2- Fórum Nacionais 160 jun

CCC

6.1- Análise de emissão de parecer quanto aos aspectos da legalidade e legitimidade - Processos licitatórios e contratos

166 Anual

CG 1.3 - Monitoramento das recomendações da AUDIN

48 Ago

Substituição das atividades que seriam desenvolvidas no CCJ

558 CSE

1.3 - Monitoramento das recomendações da AUDIN

48 Fev

2.1- Avaliação e acompanhamento da aplicação dos recursos de conformidade com plano de contas único da União e da lei orçamentária – Convênios

80 Jul

DEFIN

4.1- Verificação da compatibilidade entre escrituração contábil e o inventário

80 Set

4.2- Verificação entre inventário, existência física e localização do bem e aferição do cumprimento da movimentação, conservação e avaliação dos bens

80 fev a

set DEPAD

4.1- Verificação da compatibilidade entre escrituração contábil e o inventário

80 Set

PROAD

2.1- Avaliação e acompanhamento da aplicação dos recursos de conformidade com plano de contas único da União e da lei orçamentária- Convênios

80 Mar

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6.1- Análise de emissão de parecer quanto aos aspectos da legalidade e legitimidade - Processos licitatórios e contratos

166 Anual

PROEG 3.2- Análise de conta especial de projeto

80 Abr

PROEX 3.2- Análise de conta especial de projeto

80 Abr

PROGEP 5.1- Análise de processos de recursos humanos

1494 Anual

SDP 5.1- Análise de processos de recursos humanos

1494 Anual

2.1- Avaliação e acompanhamento da aplicação dos recursos de conformidade com plano de contas único da União e da lei orçamentária – Convênios

80 Nov PROPLAN

7.1- Acompanhamento das operações e programas

160 jul e

dez

Santarém 7.4- Monitoramento das recomendações de auditoria interna

48 Set

UFPA 8.2- Fórum de auditoria interna 240 Ago TOTAL 5822

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): Não cumprimento das metas fixadas no PAAAI 2006. CAUSA: Ineficiência operacional e falta de priorizaç ão das atividades de auditoria. JUSTIFICATIVA: Transcrevemos abaixo a justificativa encaminhada p or meio do Ofício n°. 014/2006, de 01/12/2006:

"Considerando que a CGU no Pará, deve ter percebi do o universo desta Instituição em relação ao contingente técnico da Unidade de Auditoria Interna, mesmo que envide esforços para cumprim ento ao planejamento das atividades que devemos realizar a cada exercíc io, algumas unidades constantes no plano por necessidades que surgem at emporais são adiadas para o próximo exercício. Cabe a observância dessa equipe, quanto ao apoio prestado durante os trabalhos das auditorias da CGU, quer de avaliaçã o de gestão, quer de acompanhamento, a Auditoria Interna fica na ativ idade de demandar as Sas junto as inúmeras unidades da UFPA, e ao mesmo tempo, tem que atuar nas suas atividades internas, ressaltam os ainda que toda e qualquer dificuldade enfrentada pelos r. auditor es, a AUDIN entra em campo para tentar resolver. Nestes três últimos exercícios com muita dif iculdade e empenho é

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visível a melhora na atuação da AUDIN, tendo em v ista a aprovação das contas do exercício de 2003 pelo TCU. Outra questão a ser considerada por essa r. equ ipe, a administração superior da UFPA tem solicitado junto ao MEC vagas para concurso público para atender ao Campus Belém, pois os tr ês últimos concursos que já aconteceram foram para estruturar o quadro funcional dos campi do interior, para minimizar as dificuldades, qu e durante vinte anos enfrentou e ainda enfrenta na área administrativa. Apresentamos anexo o quadro das atividades real izadas pela AUDIN em 2006, entendemos que planejamento é um processo dinâmico podendo ser alterado se houver uma necessidade que deva ser pr iorizada. Como já citado acima, com o quadro funcional di sponível, bem como o apoio que é disponibilizado para a equipe da CG U, a partir de março foi tomada a decisão de reprogramar as ativ idades planejadas da Auditoria Interna. As auditorias previstas para o Centro de Ciên cias Jurídicas-CCJ e Centro Tecnológico-CT, como a CGU iria atuar nessas unidades, não seria viável a concomitância com a Auditoria Interna, então foi decidido atuar em outras unidades. Em todas as auditorias que se vai realizar em qualquer unidade da UFPA, são efetuadas verificações previamen te na AUDIN, nos inventários, nos processos de suprimentos d e fundos, diárias, passagens, dispensa de convênios e contratos ( se for o caso), para então proceder aos trabalhos in loco (Unidade p lanejada), já que os processos são executados pelas unidades centr ais da administração (PROAD/DEFIN/DEPAD/CCC/SDP e PROEX, PROGEP, PR OGEP), tanto para os Campi como do campus Belém. Há também, os processos que cotidianamente trami tam por esta unidade para manifestação e parecer tais como: Apose ntadorias (inclusive revisões), pensões, processos administrati vos disciplinares, sindicância, contratos de serviços com as Prefei turas de Municípios, prestação de contas de suprimento de fundos, tomadas de conta especial, licitações, entre outros assuntos administrativos que solicitam orientação sobre os impedimentos le gais ao gestor para atender ações da Universidade, pois não devemos esquecer que uma das atribuições desta Unidade de Controle é assesso rar no que couber ao dirigente, visando uma gestão efetiva e regu lar da aplicação dos recursos públicos e lembrar mais uma vez o nosso insuficiente quadro funcional." ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: É verdade que a variedade e a complexidade dos trabalhos de uma auditoria interna exigem um planejamento e con trole adequados, bem como uma infra-estrutura que permita a realizaç ão dessa natureza de atividade, sob o risco de se perder a perspec tiva de sua missão e deixar de lado elementos essenciais às suas tarefa s. É verdade, também, que a auditoria interna re aliza um trabalho de

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apoio às auditorias realizadas por esta CGU, mas os trabalhos da auditoria interna consistem, primordialmente, em fazer análises, revisões e avaliações independentes e objetivas, dos procedimentos e atividades da Entidade, informando acerca das sit uações encontradas e recomendando, quando necessário, medidas de a justes, corretivas e saneadoras. De acordo com art. 14 do Decreto nº. 3.591/ 00, "as entidades da Administração Pública Federal indireta deverão or ganizar a respectiva unidade de auditoria interna, com o suporte ne cessário de recursos humanos e materiais, com o objetivo de fort alecer a gestão e racionalizar as ações de controle. " Deste modo, revelam-se os objetivos normativos da unidade: fortalecer a gest ão e racionalizar as ações de controle. O Capítulo X do Manual do Sistema de Contr ole Interno do Poder Executivo Federal (IN nº. 01/01), intitulado, t ambém, disciplina as atividades da auditoria interna: "A auditoria interna constitui-se em um conjunt o de procedimentos, tecnicamente normatizados, que funciona por me io de acompanhamento indireto de processos, avaliação de resultados e proposição de ações corretivas para os desvios gerenciais da ent idade à qual está vinculada. Os trabalhos de auditoria interna são executados por unidade de auditoria interna, ou por auditor in terno, especialmente designado para a função, e tem como carac terística principal assessoramento à alta administração da entida de, buscando agregar valor à gestão ." (grifo nosso) Ocorre que os trabalhos realizados pela AUDIN não têm, ao contrário do que deveria ser, sido direcionados para a execuçã o de auditorias, com a análise de processos e procedimentos de modo a contribuir efetivamente para a melhoria da gestão da Entida de. A realização, no ano de 2006, de um percentual de, somente, 55% do planejamento feito, revela a ineficiência nos trabalhos, com a ex istência de recursos humanos subutilizados. Por outro lado a eficácia dos trabalhos, também , é prejudicada pela falta de atendimento pelas diversas unidades da U FPA às recomendações e demandas feitas pela AUDIN, o que evidenc ia a importância da autonomia técnica que a AUDIN deve ter, dispondo de recursos humanos, tecnológicos e materiais para um pleno cumprimento de sua missão. Nesse sentido, verifica-se que a AUDIN não tem f ocalizado suas ações de modo a cumprir sua missão institucional, contribuir com a organização dentro de suas atribuições, fortalec er e agregar valor à gestão. Adicionalmente, planejamento sem execuçã o, acompanhamento ou controle não permite que haja retroalimentaçã o com direcionamento prospectivo com base no aprendizado gerado. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 098.673.502-78 ANGELA MARIA RODRIGUES SANTOS COO RDENADORA DA AUDIN

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RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a AUDIN priorize a realizaç ão de atividades de auditoria nas unidades da UFPA, de modo a cumpr ir o PAINT elaborado anualmente e sua missão institucional. RECOMENDAÇÃO: 002 Recomendamos que a UFPA estruture a AUDIN de recursos materiais, tecnológicos e humanos adequados, sobretudo com profissionais capacitados para a função, de modo a permitir à unidade de auditoria interna o desenvolvimento de suas atividades, com o previsto no artigo 14 do Decreto n°. 3.591, de 06/09/2000. 4.2.2 ASSUNTO - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS 4.2.2.1 CONSTATAÇÃO: (004) Impropriedades na formalização da Prestação de Contas, em desconformidade com a DN TCU nº. 81/2006. Da análise da Prestação de Contas da UFPA, consta tamos impropriedades no ROL de RESPONSÁVEIS e no Relatório de Gestão da Entidade, às fls. 05 a 125 e 126 a 358, respectivamente, da Prestação de Contas Anual do

exercício de 2006 - Processo nº. 23073.004969/2007 -86. A seguir demonstramos as impropriedades detectadas no processo: - Rol de Responsáveis: existência de gesto res respondendo por períodos integrais de 01 de janeiro a 31 de dezem bro, o que evidencia a ausência de lançamento de suas férias, com respe ctivos substitutos; - Relatório de Gestão: verificamos que o m esmo não se encontra estruturado da forma prevista e com o conteúdo esp ecificado nos anexos II e X da DN TCU nº. 81/2006, contrariando o caput e o § 1º do art. 5º da citada Decisão Normativa. Ausência dos seguintes documentos/informações:

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m DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES GERAIS A CONSTAR DO RELATÓRIO

DE GESTÃO

01 Dados gerais de identificação da unidade jurisdicionada, compreendendo nome, sigla, CNPJ, natureza jurídica, vinculação, endereço completo, gestões e unidades gestoras (UGs) utilizadas no SI AFI, norma de criação, finalidade, normas que estabelece ram a estrutura organizacional adotada no período, funç ão de governo predominante, tipo de atividade e situaç ão da unidade (se em funcionamento, em liqüidação, em extinção, extinta no exercício etc.);

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m DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES GERAIS A CONSTAR DO RELATÓRIO

DE GESTÃO

02 Descrição dos objetivos e metas (físicas e financeiras) pactuados nos programas sob sua gerênc ia, previstos na Lei Orçamentária Anual, e das ações administrativas (projetos e atividades) contidas no seu plano de ação;

03 Descrição dos indicadores e o utros parâmetros utilizados para gerenciar a conformidade e o desempenho dos programas governamentais e/ou das aç ões administrativas;

04 Avaliação dos resultados da execução dos programas governamentais e/ou das ações administrativas, levando-se em conta os resultados quantitativos e qualitativos alcançados e a eficácia, eficiência e efetividade no cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos, com esclarecimentos, se for o caso, sobre as causas que inviabilizaram o pleno cumprimento;

05 Medidas implem entadas e a implementar com vistas ao saneamento de eventuais disfunções estruturais ou situacionais que prejudicaram ou inviabilizaram o alcance dos objetivos e metas colimados, inclusive aquelas de competência de outras unidades da administração pública;

06 Discriminação das transferências e recebimentos de recursos mediante convênio, acordo, ajuste, termo d e parceria ou outros instrumentos congêneres, bem com o a título de subvenção, auxílio ou contribuição, destacando, dentre outros aspectos, a correta aplicação dos recursos repassados ou recebidos e o atingimento dos objetivos e metas colimados, parcia is e/ou totais, sendo que, nas hipóteses do art. 8º da Lei nº. 8.443/92, deverão constar, ainda, informaçõ es sobre as providências adotadas para a devida regularização de cada caso, inclusive sobre a instauração da correspondente Tomada de Contas Especial;

11 Demonstrativo sintético dos valores gastos com cart ões de crédito, discriminando o total de despesas pagas mediante fatura e saques no período a que se referem as contas, apresentando, sempre que possível, uma série histórica desses valores considerando o exercício a que se referem as contas e os dois exercícios anteriores.

12 Informação quanto ao efetivo encaminhamento ao órgã o de controle interno d os dados e informações relativos aos atos de admissão e desligamento exigíveis no exercício a que se referem as contas, nos termos do art. 8º da IN/TCU n°. 44/2002.

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m DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES GERAIS A CONSTAR DO RELATÓRIO

DE GESTÃO

13 Informação quanto ao efetivo encaminhamento ao órgã o de controle interno dos dados e in formações relativos aos atos de concessão de aposentadoria, reforma e pensão exigíveis no exercício a que se referem as contas, nos termos do art. 8º da IN/TCU nº. 44/2002 .

14 Providências adotadas para dar cumprimento às determinações do TCU expedidas no exercício ou as justificativas para o caso de não cumprimento;

15 Demonstrativo sintético das Tomadas de Contas Especiais, cujo valor seja inferior àquele estabelecido pelo Tribunal em normativo específico, emitido pelo setor competente, conforme inciso I do art. 7º da Instrução Normativa TCU nº. 13, de 4 de dezembro de 1996 (Deve ser apresentado e capeado em volume destacável das contas com numeração própria de suas folhas).

16 Demonstrativo relacionando as Tomadas de Contas Especiais em que, antes de serem encaminhadas ao Tribunal, tenha ocorrido a aprovação da prestação d e contas dos recursos financeiros repassados, mesmo q ue apresentada intempestivamente, ou tenha ocorrido o recolhimento do débito imputado, desde que comprova da a ausência de má-fé d o responsável, conforme inciso II do art. 7º da Instrução Normativa TCU nº. 13, de 4 de novembro de 1996.

17 Demonstrativo contendo informações relativas às ocorrências de perdas, extravios ou outras irregularidades em que o dano foi imediatamente ressarcido, sem que tenha sido caracterizada a má- fé de quem lhe deu causa, tendo, assim, ficado a autoridade administrativa competente dispensada da instauração de tomada de contas especial., conforme § 3º do art. 197 do RI/TCU.

Necessário salientar para o disposto no caput e § 1º do art. 11 da IN TCU nº. 47/2004, abaixo ipsis litteris : “Art. 11. Os processos de contas somente serão co nsiderados

entregues ao Tribunal se contiverem todas as peç as e conteúdos exigidos nesta instrução normativa, formalizados de acordo com o estabelecido no Título III desta Instrução Normativ a.

§ 1º Nos casos de inadimplemento das condições previstas no caput deste artigo, o processo será devolvido ao órgão de controle interno competente, para comunicação aos responsáveis e adoção das medidas necessárias, em até quinze dias do recebimento d o processo recusado, permanecendo os respectivos responsáveis em situa ção de inadimplência no dever de prestar contas .” (grifos nossos) Ressaltamos, ainda, que foi encaminhada a Solicita ção de Auditoria nº. 189705/07, concedendo prazo para a Entidade p roceder às correções necessárias, o que não ocorreu, limitando-se, a mesma, a informar o

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que segue: "Atendendo à SA CGU nº. 189705/07, encaminhamos e m anexo, o Plano de Gestão 2005-2009 - UFPA XXI e a Lei Orçame ntário Anual (LOA), referente ao exercício de 2006, onde estão explici tados os Indicadores e Metas pactuados por esta UFPA. Esses docu mentos vêm atender o estabelecido no ANEXO II da DN/TCU nº 81/2006, em seus itens 2, 3 e 4. Informamos ainda, que o preconizado no item 4 se e ncontra parcialmente contemplado no Relatório de Gestão.” A Unidade foi, novamente, solicitada a apresent ar justificativas ou proceder as correções necessárias com vistas à ad equação do relatório de gestão aos ditames da DN/TCU nº. 81/2006, por me io da Solicitação de Auditoria Final, porém não obtivemos resposta.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O Pró-Reitor da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional - PROPLAN não observou as exig ências da DN/TCU nº. 81/2006 na elaboração do relatório de gestão da un idade e não promoveu as devidas correções no mesmo, conforme recomendad o pela CGU. O Diretor do Departamento de Finanças não obser vou as exigências da DN/TCU nº. 81/2006 na organização e formalização g lobal do processo de prestação de contas da Entidade. A Coordenadora da AUDIN emitiu parecer sobre o p rocesso de prestação de contas da Entidade, sem apontar as desconformid ades existentes face a DN/TCU nº. 81/2006. CAUSA: Inobservância das disposições da DN/TCU nº. 81/2006 quanto à elaboração do relatório de gestão da unidade e comp osição do rol de responsáveis.

JUSTIFICATIVA: A Unidade não apresentou novas justificativas ou p rocedeu as correções devidas no relatório de gestão. ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA: Tendo em vista que a Unidade não se manife stou ou atendeu as recomendações sugeridas pela equipe de audito ria, nada temos a acrescentar. RESPONSÁVEL(IS): CPF NOME CARGO 055.487.212-91 SINFRONIO BRITO MORAES PRO -REITOR PROPLAN 098.673.502-78 ANGELA MARIA RODRIGUES SANTOS COO RDENADORA DA AUDIN 019.618.372-34 FRANCISCO JORGE RODRIGUES NOGU DIR ETOR DO DEFIN

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RECOMENDAÇÃO: 001 Recomendamos que a UFPA, ao elaborar a pres tação de contas da Entidade, atenda os requisitos de forma e co nteúdo exigidos pela Decisões Normativas do Tribunal de Contas da União ; Proceda as necessárias alterações no relatório d e gestão e no rol de responsáveis, referente às contas de 2006, d e modo a atender as determinações expressas da DN/TCU nº. 81/2006.