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Estatuto da Juventude: Declaração de Direitos e Sistema Nacional

Ângela Guimarães - 3ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude de Minas Gerais

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Apresentação realizada pela Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Juventude, Ângela Guimarães.

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Estatuto da Juventude: Declaração de Direitos e Sistema

Nacional

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Breve Histórico

Anos 1980

– Foco das preocupações e mobilizações centrado na

proteção integral das crianças e adolescentes em

condição de risco social.

Constituição de 1988 / Estatuto da Criança e Adolescente (1990)

Meados dos Anos 1990 e início dos Anos 2000

– juventude problema X jovem sujeito de direitos;

– Movimentos e organizações juvenis, academia,

juventudes partidárias pautam o tema;

– Conselhos de Juventude e órgãos gestores de políticas.

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2004 – Criação do Grupo de Trabalho Interministerial

de Juventude O grupo identificou a frágil institucionalidade, fragmentação e superposição das políticas federais de juventude.

Identifica 09 desafios que deveriam pautar a Política Nacional de Juventude:

Ampliar o acesso e a permanência na escola de qualidade; Erradicar o analfabetismo entre os jovens; Preparar para o mundo do trabalho; Gerar trabalho e renda; Promover vida saudável; Democratizar o acesso ao esporte, ao lazer, à cultura e à

tecnologia da informação; Promover os direitos humanos e as políticas afirmativas; Estimular a cidadania e a participação social; e Melhorar a qualidade de vida dos jovens no meio rural e nas

comunidades tradicionais.

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2004 – Resultado dos trabalhos da Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre Políticas Públicas de Juventude

Marco Legal da Política Nacional de Juventude

1 – Proposta de Emenda Constitucional, que inclui o jovem como sujeito de direitos na Constituição Federal;

2 - PL 4529/2004 (LEI Nº 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE

2013.) que trata do Estatuto da Juventude;

3 – PL 4530/2004 – institui o Plano Nacional de Juventude.

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• 2005: criação de uma institucionalidade nacional específica para políticas de juventude (Lei 11.129/2005)

Secretaria Nacional de Juventude, com a missão de articular as políticas desenvolvidas pelos diferentes ministérios;

o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), órgão de participação e diálogo entre sociedade e o poder público; e

O Projovem, Programa Nacional de Inclusão de Jovens.

Política Nacional de Juventude

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Altera o Capítulo VII do Título VIII da Constituição Federal:

“Da Família, da Criança, do Adolescente, do

Jovem e do Idoso”

Prevê que a lei estabelecerá:

I – o Estatuto da Juventude, destinado a regular os

direitos dos jovens;

II – Plano Nacional de Juventude, de duração decenal,

visando à articulação do poder público para execução das

políticas públicas.

Emenda Constitucional nº65

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Estatuto da Juventude

- 2011 – aprovado pela Câmara dos Deputados;

- 2012 – aprovado no Senado;

- 2013 – novamente aprovado na Câmara e sancionado pela Presidenta Dilma em agosto, demanda conjunto de regulamentações.

Direitos da Juventude;

Diretrizes das Políticas Públicas de Juventude;

Marco inicial do Sistema Nacional de Juventude.

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Promoção da autonomia e emancipação

dos jovens;

Valorização e promoção da participação

social e política da juventude, direta e por

meio de suas representações;

Promoção da criatividade e da

participação da juventude no

desenvolvimento do país.

Reconhecimento do jovem como sujeito de

direitos universais, geracionais e

singulares;

Princípios

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Promoção do bem estar, da experimentação e

do desenvolvimento integral do jovem; Respeito à identidade e à diversidade

individual e coletiva da juventude; Promoção da vida segura, da solidariedade e

não discriminação; Valorização do diálogo e convívio do jovem com as demais gerações;

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Diretrizes

Desenvolver a intersetorialidade das políticas estruturais, programas e ações da política pública de juventude;

Viabilizar a ampla participação juvenil na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas de juventude;

Ampliar as alternativas de inserção social do jovem, promovendo programas que priorizem o seu desenvolvimento integral e participação ativa nos espaços decisórios;

Garantir meios e equipamentos públicos que promovam o acesso e produção cultural, a prática esportiva, a mobilidade territorial e a fruição do tempo livre.

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Diretrizes

Promover o território como espaço de

integração da política pública de juventude;

Fortalecer as relações institucionais com os

entes federados e as redes de órgãos, gestores e

conselhos de juventude.

Estabelecer mecanismos que ampliem a

gestão de informação e produção de conhecimento sobre juventude.

Promover a integração entre os jovens da

América Latina e a cooperação

internacional;

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Unifica dois

objetivos

Declaração de Direitos Direito à participação;

Direito à educação;

Direito à profissionalização, ao trabalho e à renda;

Direito à diversidade e à igualdade;

Direito à saúde;

Direito à cultura,

Direito à comunicação e à liberdade de expressão;

Direito ao desporto e ao lazer;

Direito à sustentabilidade e ao meio;

Direito ao território e à mobilidade;

Direito à segurança pública e ao acesso à justiça

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Direitos das novas gerações

Estatuto da Criança e do Adolescente

(1990)

Direito à Vida e à Saúde

Direito à Liberdade, ao Respeito e à

Dignidade

Direito à Convivência Familiar e

Comunitária

Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte

e ao Lazer

Direito à Profissionalização e à Proteção

no Trabalho

Estatuto da Juventude (2013)

Direito à participação;

Direito à educação;

Direito à profissionalização, ao trabalho e

à renda;

Direito à diversidade e à igualdade;

Direito à saúde;

Direito à cultura;

Direito à comunicação e à liberdade de

expressão;

Direito ao desporto e ao lazer;

Direito à sustentabilidade e ao meio

ambiente;

Direito ao território e à mobilidade;

Direito à segurança pública e ao acesso à

justiça.

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Sistema Nacional de Juventude

O Estatuto da Juventude indica sua criação, mas remete seu funcionamento para regulamentação posterior;

Aponta a integração e divisão de responsabilidades entre União, Estados e Municipios;

Disporá sobre instrumentos comuns de informação, acompanhamento e avaliação das PPJs;

Trata das atribuições e competências dos

Conselhos de Juventude.

Prevê a realização das Conferências em um

Intervalo de, no mínimo, quatro anos.

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Princípios do Sinajuve:

I – promoção da autonomia e emancipação dos jovens;

II - respeito à identidade, a não discriminação e à diversidade da juventude;

III - promoção do bem-estar, da experimentação e do desenvolvimento integral do jovem;

IV- primazia da responsabilidade do Estado na condução da política pública de juventude em cada esfera de governo;

V – universalização dos direitos, com o objetivo de tornar o

jovem alcançável pelas demais políticas públicas a partir do reconhecimento das singularidades da condição juvenil;

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VI - descentralização das ações e cooperação intergovernamental entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com comando único em cada esfera de governo;

VII - promoção da participação social, especialmente dos

jovens, na formulação, acompanhamento, avaliação e controle social das políticas e dos planos de juventude em todos os níveis;

VIII - territorialização das políticas públicas de juventude; IX – transparência e ampla divulgação dos programas, ações e

recursos contidos nos orçamentos públicos para as políticas públicas de juventude.

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Diretrizes do Sinajuve:

I – promoção da intersetorialidade e da transversalidade das políticas estruturais, programas e ações governamentais e não-governamentais voltadas à população jovem;

II - articulação com o ciclo de planejamento e orçamento público, com o objetivo de integrar a gestão das políticas públicas de juventude nas diferentes esferas de governo bem como na definição das prioridades para alocação de recursos públicos;

III – igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza e considerando as especificidades dos jovens perante os órgãos prestadores de serviços à população;

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IV – estabelecimento de mecanismos que ampliem a gestão de informação, formação e produção de conhecimento sobre juventude;

V - interlocução permanente com os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como com o Ministério Público e as Defensorias Públicas da União, dos Estados e do Distrito Federal;

VI – elaboração e efetivação dos planos de juventude nos respectivos entes da federação.

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DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE JUVENTUDE

Integram o Sistema Nacional de Juventude:

I – as Conferências de juventude;

II – os Conselhos de juventude;

III – as Interfaces e ambientes virtuais de participação;

IV – os Órgãos gestores de juventude;

V – os Comitês ou câmaras intersetoriais de juventude;

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VI – os Planos de juventude;

VII – as Reuniões intergestores tripartite e bipartites;

VIII – as Unidades de juventude;

IX – Subsistema de informação, monitoramento e avaliação.

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Dos Planos de Juventude O Plano de Juventude é um instrumento de duração decenal

que visa articular as diversas esferas do Poder Público para a execução de políticas públicas.

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão, com base no Plano Nacional de Juventude, elaborar planos de juventude correspondentes.

A elaboração dos planos de juventude é de responsabilidade dos órgãos gestores da política, que considera as diretrizes e prioridades emanadas das conferências de juventude e o submete à aprovação do respectivo Conselho de Juventude.

Os planos de juventude serão precedidos de um diagnóstico e organizado em descrição de objetivos, metas e ações.

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Os planos de juventude deverão proceder sua revisão e atualização em consonância com os instrumentos de planejamento plurianual dos respectivos entes da federação.

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios empenhar-se-ão na divulgação dos planos de juventude e da progressiva realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade o conheça amplamente e acompanhe sua implementação.

O Plano Nacional de Juventude, nos termos da Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013, será organizado a partir dos seguintes eixos prioritários:

I- Cidadania, Participação Social e Política e Representação

Juvenil;

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II - Educação; III - Profissionalização, Trabalho e Renda; IV - Diversidade e Igualdade; V - Saúde; VI - Cultura, Comunicação e Liberdade de Expressão; VII - Desporto e Lazer; VIII - Território e Mobilidade; IX - Sustentabilidade e Meio Ambiente; X - Segurança Pública e Acesso à Justiça.

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Subsistema de Informação, Monitoramento e Avaliação

O Subsistema utilizar-se-á de instrumentos, metodologias e recursos capazes de articular a produção de conhecimento com informações e indicadores existentes a serem disponibilizados ao público.

No âmbito do Subsistema serão desenvolvidos indicadores relativos à população jovem e à institucionalidade da política pública de juventude, incorporando componentes de tecnologia de informação, comunicação e ambientes informacionais georreferenciados.

Relação com o Participatório - Observatório Participativo da Juventude, integrará o Subsistema e promoverá a produção colaborativa e compartilhada de conhecimento sobre juventude entre jovens, pesquisadores, instituições, observatórios, grupos de pesquisa, gestores e outras organizações da sociedade, no Brasil e no exterior.

O Subsistema fomentará a realização de programas de formação na área de juventude, visando a capacitação de gestores públicos, conselheiros e jovens na gestão das políticas públicas de juventude.

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DO FINANCIAMENTO

Nos termos da Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013, o financiamento das políticas de juventude deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos 3 (três) entes federados.

Serão recursos públicos destinados à manutenção e desenvolvimento do Sistema Nacional de Juventude os originários de:

I – recursos específicos para gestão e manutenção do SINAJUVE, consignados nas respectivas leis orçamentárias anuais.

II - receita de transferências constitucionais e outras transferências;

III - outros recursos previstos em lei.

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Propomos que O CONJUVE e os conselhos estaduais, distrital e municipais de juventude poderão elaborar proposições aos respectivos orçamentos, a serem enviadas ao respectivo Poder Executivo, previamente à elaboração dos projetos da lei do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual, propondo, inclusive, as ações prioritárias.

O Comitê Interministerial da Política de Juventude e as

câmaras ou comitês intersetoriais de juventude dos Estados, Distrito Federal e Municípios, observando as indicações e prioridades apresentadas pelos conselhos de juventude, articular-se-ão com os órgãos da sua esfera de gestão para a proposição de dotação e metas para os programas e ações integrantes do respectivo plano de juventude.

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• Proposta inicial que comporá uma minuta que irá a debate e consulta pública a partir da próxima segunda-feira;

• Outros entes, segmentos e instituições estão realizando o mesmo debate: Forjuve, Conjuve e o Fórum de Gestores Municipais.

• Tornar o Sinajuve uma bandeira popular de juventude o que só nos ajuda a acelerar suas tramitação e convencimento para dentro e para fora.

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Obrigada!

Ângela Guimarães

Secretária-Adjunta Nacional de Juventude- SNJ/SG-PR

Vice-Presidenta do Conjuve

www.juventude.gov.br

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