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www.escoladominical.com.br dicas de lições bíblicas Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores. www.escoladominical.com.br Pag. 1 LIÇÕES JUVENIS CPAD TERCEIRO TRIMESTRE DE 2007 TEMA: Fundamentos da nossa Fé COMENTARISTA: Israel de Santana Brito LIÇÃO 6 OS SERES ANGELICAIS TEXTO BÍBLICO Hebreus 1.57, 13,14 ENFOQUE BÍBLICO “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1.14). OBJETIVOS Descrever a natureza dos anjos Classificar os anjos em seus ofícios Analisar as principais diferenças entre os anjos de luz e os anjos das trevas. Quem são os anjos? A palavra anjo significa “mensageiro”, portanto, eles não são independentes fazem a vontade de Deus, cumprem Seus propósitos. Um mensageiro é aquele que é enviado por alguém para cumprir determinada atividade: “Bendizei ao Senhor todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra” (Sl 103.21 ARA). Os seres angelicais obedecem a Deus. São enviados para missões específicas. Os anjos são seres espirituais criados antes do Universo, ou seja, antes do mundo material. Os anjos não foram criados como o homem (Gn 2.7). A referência aos anjos como “filhos de Deus, em (Jó 1.6; 2.1), significa que a criação desses seres foi distinta de outras criaturas “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito de sua boca” (Sl 33.6). OBS: Quanto à expressão “filhos de Deus” em Gênesis 6, cumpre esclarecer que se refere aos homens da descendência piedosa de Sete, que se uniram às mulheres ímpias da descendência de Caim. Na passagem citada (Gn 6.2), os filhos de Deus não aludem aos anjos, pois como esclareceu Jesus: “Porque na ressurreição nem casam nem se dão em casamento; são, porém , como os anjos no céu” (Mt 22.30). Os anjos são “espíritos ministradores”. São espíritos, não estão limitados como homem, assim não estão sujeitos às leis da gravidade; podem locomoverse com incrível rapidez.

Anjos

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LIÇÕES JUVENIS ­ CPAD TERCEIRO TRIMESTRE DE 2007 TEMA: Fundamentos da nossa Fé COMENTARISTA: Israel de Santana Brito

LIÇÃO 6 ­ OS SERES ANGELICAIS

TEXTO BÍBLICO

Hebreus 1.5­7, 13,14

ENFOQUE BÍBLICO

“Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1.14).

OBJETIVOS

Descrever a natureza dos anjos Classificar os anjos em seus ofícios Analisar as principais diferenças entre os anjos de luz e os anjos das trevas.

Quem são os anjos?

A palavra anjo significa “mensageiro”, portanto, eles não são independentes fazem a vontade de Deus, cumprem Seus propósitos.

Um mensageiro é aquele que é enviado por alguém para cumprir determinada atividade: “Bendizei ao Senhor todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra” (Sl 103.21 ­ ARA). Os seres angelicais obedecem a Deus. São enviados para missões específicas.

Os anjos são seres espirituais criados antes do Universo, ou seja, antes do mundo material. Os anjos não foram criados como o homem (Gn 2.7). A referência aos anjos como “filhos de Deus, em (Jó 1.6; 2.1), significa que a criação desses seres foi distinta de outras criaturas “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito de sua boca” (Sl 33.6).

OBS: Quanto à expressão “filhos de Deus” em Gênesis 6, cumpre esclarecer que se refere aos homens da descendência piedosa de Sete, que se uniram às mulheres ímpias da descendência de Caim. Na passagem citada (Gn 6.2), os filhos de Deus não aludem aos anjos, pois como esclareceu Jesus: “Porque na ressurreição nem casam nem se dão em casamento; são, porém , como os anjos no céu” (Mt 22.30).

Os anjos são “espíritos ministradores”. São espíritos, não estão limitados como homem, assim não estão sujeitos às leis da gravidade; podem locomover­se com incrível rapidez.

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Ao serem criados os anjos, seu número ficou completo: “Assim, os céus e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Gn 2.1). A quantidade de anjos é impressionante (Hb 12.22; Dn 7.10; Ap 5.11). Os anjos são denominados de “o exército do céu” (1 Rs 22.19; 2 Cr 18.18; Ne 9.6).

É bom destacar que os anjos não são oniscientes; eles desconhecem o dia e a hora da Vinda de Jesus para buscar a Sua Igreja (Mt 24.36).

Criados para o louvor da glória de Deus

Os anjos louvam o Criador. No Salmo 148, toda a criação é convidada a louvar ao Senhor, inclusive os anjos: “Louvai­o, todos os seus anjos; louvai­o, todos os seus exércitos” (Sl 148.2). Os anjos adoram ao Criador: “Tu só és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há; e tu os guardas em vida a todos, e o exército dos céus te adora” (Ne 9.6).

Os anjos se alegram com a criação de Deus: “Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze­mo saber, se tens inteligência”; Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam” (Jó 38.4,7).

Por que preciso conhecer os anjos?

Necessitamos conhecer a doutrina sobre os anjos, tal como se encontra na Bíblia. Assim, podemos destacar dois aspectos: a adoração dos anjos a Deus e seu serviço em favor dos santos. Eles adoram a Deus e O servem. Também, estudando a ação dos anjos na Bíblia, podemos evitar muitos erros, pois em muitos casos, Deus deixa de ser o centro da adoração.

Sabemos, contudo, que não devemos considerar os anjos como intermediários. Nossos pedidos devem ser feitos a Jesus. Ele é nosso Único Mediador: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (2 Tm 2.5). Ele é Quem determinará a ação angelical no momento em que julgar apropriado.

O apóstolo Paulo adverte: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gl 1.8). Por isso, precisamos estudar os fundamentos da nossa Fé.

Vamos estudar como a Bíblia se refere à organização dos anjos.

O Anjo do Senhor

O Anjo do Senhor se destacava no Antigo Testamento. Era denominado “O Anjo da sua presença” (Is 63.9b). Também conhecido como “o Anjo de Deus”. É também chamado o “anjo do concerto” (Ml 3.1b).

O Anjo do Senhor impediu que Abraão sacrificasse seu filho: “Então, o Anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda vez desde os céus e disse: Por mim mesmo, jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único” (Gn 22.16).

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Quanto ao Anjo do Senhor, o livro de Êxodo faz algumas considerações: “Nele está o meu nome” (Êx 23.21b). O Anjo do Senhor guiaria Israel à Terra Prometida (Êx 23.23).

Enquanto que os anjos não aceitam adoração, ao Anjo do Senhor foi permitida. Antes da destruição de Jericó, Josué viu um homem com uma espada. Este se apresentou: “Venho como príncipe do exército do Senhor. Então, Josué se prostrou sobre o seu rosto na terra, e o adorou, e disse­lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo?” (Js 5.14). Josué necessitava de orientação e ajuda: iria enfrentar inimigos fortes para poder destruir Jericó. Josué seguiu Suas ordens.

Outro fato a ser destacado ocorreu na época dos juízes. O Anjo do Senhor apareceu à mulher de Manoá, comunicando que ela teria um filho. Mais tarde, apareceu a Manoá, que perguntou o nome do mensageiro angelical: “Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?” (Jz 13.18). Maravilhoso é um termo também aplicado a Jesus (Is 9.6).

Assim, o Anjo do Senhor corresponde a aparições visíveis de Jesus antes de Ele vir a este mundo.

Arcanjo Miguel

Está em foco, a elevada posição de Miguel, denominado na Bíblia de “o arcanjo” (Jd 9). Seu nome significa: “Quem é semelhante a Deus”.

Obs: A palavra arcanjo é assim formada (arc+anjo). O prefixo arc indica posição

superior. (Em nossa língua temos a palavra arcebispo, na qual encontramos também o

prefixo que aponta para o superior ao bispo).

No Antigo Testamento, Miguel é relacionado a Israel, protegendo­o. O arcanjo é descrito como “o grande príncipe” (Dn 12.1a). Seu trabalho é demonstrado em relação a Israel: “que se levanta pelos filhos do teu povo” (Dn 12.1b – ARC); “o defensor dos filhos de teu povo” (Dn 12.1­ ARA). Também Miguel é considerado “um dos primeiros príncipes” (Dn 10.13); “Miguel, vosso príncipe” (Dn 10.21).

Na epístola de Judas, constata­se a atitude sábia e equilibrada de Miguel. Ele não discutiu com Satanás, não perdeu tempo “jogando” maldição contra ele, “mas disse: O Senhor te repreenda” (Jd 9).

Nos eventos futuros, (1Ts 4.16) o arcanjo Miguel terá participação específica.

Apocalipse registra a ação de “Miguel e seus anjos” (Ap 12.7), quando, o poder de Satanás, o acusador, será desativado, o que será motivo de extraordinária alegria (Ap 12.10).

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OBS: Dois nomes de seres angelicais são registrados na Bíblia: Gabriel e Miguel. Este é

o único arcanjo mencionado nos livros inspirados (sessenta e seis). Fiquemos com as

coisas reveladas.

Querubins

Diversas vezes a Bíblia Menciona Deus habitando, assentado, entronizado entre os querubins (2 Sm.4.4; 6.2; 2 Rs. 19.15; 2Cr. 13.6; Sl 80.1; 99.1). O termo “querubim” se origina do verbo “querub”, com a significação de “guardar”, “cobrir”.

No livro de Gênesis, eles guardam a entrada do Éden, para evitar que o homem ali retornasse (Gn. 3.24). A glória deste ser angelical à porta do Èden era uma recordação para o homem da glória que perdera.

No propiciatório, que era colocado sobre a Arca, havia dois querubins com asas abertas e suas faces eram voltadas um para o outro (Êx. 25.20). Na peça de ouro batido, o olhar dos querubins era representado em direção ao sangue aspergido ali. O propiciatório junto com os querubins formava uma só peça feita de ouro maciço (Êx. 25.18b). Os querubins representavam a glória de Deus.A figura dos querubins também era vista nas cortinas (Êx. 26.1); no véu que separava o lugar Santo do Santíssimo (Êx. 26.31; 33).

OBS: O propiciatório era colocado sobre a arca. Esta ficava no lugar no lugar Santíssimo. Isto significa que o povo não tinha acesso à figura esculpida dos querubins; assim não pôde fazer dessas representações, motivo de idolatria.

Ezequiel, em sua chamada, recebeu uma visão onde havia quatro seres viventes; aos quais, ele identificou, posteriormente, como querubins: “São estes os seres viventes que vi debaixo do Deus de Israel, junto ao rio Quebar, e fiquei sabendo que eram querubins” (Êx. 10.20). Ezequiel se refere aos querubins dezenove vezes.

Em suma, os querubins são vistos sempre ao redor do trono: Os querubins proclamam a majestade e a glória de Deus (Hb. 9.5).

Serafins

Os serafins são mencionados na Bíblia em Isaias (Is 6) em referência à chamada de Isaías. O Termo “serafins” significa “seres ardentes”. Eles proclamavam a santidade de Deus. A ênfase dos serafins recaía sobre a santidade divina: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória” (Is 6.3 ­NVI). Os alicerces tremeram (Is 6.3), pois seu clamor era forte.

Os serafins permitem que reflitamos sobre a santidade de Deus e sua reverência ao Senhor. Eles não desejavam “aparecer”, encobriam­se diante da majestade divina.

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Os anjos e sua rebelião

Embora criados em estado de perfeição, os anjos tiveram a sua escolha. Como observamos muitos resolveram aderir ao projeto de Satanás. A Bíblia menciona “os anjos que pecaram” (2 Pe 2.4). A Bíblia menciona “Satanás e seus anjos”. Para estes foi destinado o Inferno (Mt 25.41). Somente aqueles que recusarem servir a Cristo terão o mesmo destino. Satanás possui seus mensageiros. Ele mesmo tenta enganar as pessoas (2 Co 4.4). Seus mensageiros pertencem ao reino das trevas, tentam imitar a obra de Deus.

Temos de lutar contra as trevas: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas” (2 Co 10.4). Jesus prometeu: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo , e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19). Contudo, Ele esclareceu qual deveria ser a razão de maior alegria (Lc10.20). Necessitamos do poder de Deus para vencermos “as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11b).

OBS: Na lição 8, será estudada a rebelião de Satanás.

O Caráter dos anjos

A Bíblia salienta a santidade dos seres angelicais, (Ap 14.10), qualidade necessária àqueles que vivem na presença de Deus e O Servem:

Os anjos possuem livre­arbítrio , têm consciência de sua missão: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar­te e dar­te estas alegres novas” (Lc 1.19).

Embora os anjos sejam sábios (2 Sm 14.17), seu conhecimento é limitado: “Tens alguém mais aqui?” (Gn 19.12b).

Os anjos “são magníficos em poder” (Sl 103.20), porém só obedecem às ordens de Deus. Seu poder é exemplificado em (2 Rs 19.35). São mencionados, auxiliando o povo de Deus (1 Rs 19.5­ 6).

Os anjos fornecem encorajamento como a Paulo (At 27.23­24). Os anjos confortaram Jesus: “E apareceu­lhe um anjo do céu, que o confortava” (Lc 22.43); serviram Jesus: “Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram” (Mt 4.11).

Os anjos também são agentes do juízo divino (At 12.23) e no fim dos tempos exercerão severos juízos sobre a terra (Ap 7.1­3; 9.1,14).

Na morte dos salvos, os anjos os conduzem ao Paraíso (Lc 16.22)

No Antigo Testamento, os anjos são mencionados cerca de 108 vezes. Podemos destacar a ação dos anjos:

§ O Anjo do Senhor agiu em favor de Hagar em duas ocasiões: “Então, lhe disse o Anjo do Senhor: Torna­te para tua senhora e humilha­te debaixo de tuas mãos. Multiplicarei sobremaneira a tua semente, que não será contada, por numerosa que será” (Gn.

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16.9.10b). Logo, observa­se que é o Senhor quem está falando com ela (Gn. 16.13). Quando Hagar, saiu da casa de Abraão com Ismael, novamente recebeu notável ajuda: “E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o Anjo de Deus a Agar desde os céus e disse­lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz desde o lugar onde está” (Gn. 21.17).

§ Os anjos anunciam a destruição das cidades (Gn. 19.13) e intervêm para salvação de Ló e sua família: “Ele, porém, demorava­se, e aqueles varões lhe pegaram pela mão de sua mulher, e pela mão de sus duas filhas, sendo­lhe o Senhor misericordioso, e tiraram­no, e puseram­no fora da cidade” (Gn. 19.16).

§ Anjos foram enviados para comunicar­lhe o nascimento de Isaque: “Certamente tornarei a ti por este tempo de vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho” (Gn. 18.10a).

§ O Anjo do Senhor impediu o sacrifício de Isaque: “Mas o Anjo do Senhor lhe bradou desde os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis­me aqui. Então, disse: Não estendas a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada” (Gn. 22.11,12a).

§ Anjos guardaram a Jacó, quando saiu de sua terra: “anjos subiam e desciam pela escada” (Gn. 28.12). A seguir, Deus falou com Jacó (Gn. 28.13­15). Anjos foram enviados para protegê­lo na sua volta a Canaã (Gn. 32.1). A declaração de Jacó: “o Anjo que me livrou de todo o mal” (Gn. 48.16a)

§ Moisés em sua chamada: “E apareceu­lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça, e olhou, e eis que a sarça ardia e não se consumia” (Êx. 3.2).

§ Os israelitas protegidos pelo”Anjo de Deus”: “E o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles e se pôs atrás deles” (Êx. 14.19)

§ O Anjo do Senhor repreendeu os israelitas (Jz.2); também repreendeu a Balaão (Jz. 22. 32­ 33).

§ O profeta Elias diante da ameaça de Jezabel, foi confortado por um anjo: “E deitou­se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então uma anjo de Deus o tocou e lhe disse: Levanta­te e come. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta­ te e come, porque mui comprido te será o caminho” (1Rs. 19.7). Contudo, a grande mensagem entregue ao profeta foi por meio de Deus no monte Horebe (1Rs. 19.8­21).

§ Na época de Eliseu. Diante do cerco de sua casa, o profeta afirmou a seu servo: “Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu e disse: Senhor, peço­te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2 Rs. 6.16­17).

§ Daniel. Neste livro, possuímos várias referências a seres angelicais:1)Agindo para libertação: “O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões” (Dn. 6.22a); 2) Agente de conforto: “Anima­te, sim, anima­te! E, falando ele comigo, esforcei­me e disse: Fala, meu senhor, porque tu me confortaste” (Dn. 10.19b); 3)Enviados para transmitir mensagens especiais (Dn. 9.21). Observamos ainda que “o príncipe da Pérsia (um anjo satânico­ Ef. 6.12). Estava tentando impedir a resposta à oração de Daniel por vinte e um dias. Foi necessária a ação de Miguel para que a resposta chegasse a Daniel (Dn. 10.21).

§ No livro de Zacarias, são abundantes as manifestações angelicais (Zc. 2.3; 3.3; 4.1; 5.5).

Os anjos no Novo Testamento

No Novo Testamento, os anjos podem ser vistos, em especial, no ministério de Cristo:

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§ O anjo Gabriel foi enviado para anunciar a Maria o nascimento de Jesus (Lc. 1.26). § Os anjos comunicaram o nascimento de Jesus aos pastores (Lc. 2.19); nessa ocasião também

uma “multidão dos exércitos celestiais” apareceu louvando a Deus pelo nascimento de Jesus (Lc. 2. 14­15).

§ Um anjo esclareceu a José o que estava ocorrendo com Maria (Mt. 1.20b). Um anjo foi enviado para mostrar a José que deveria ir ao Egito para que Jesus escapasse da matança de Herodes (Mt. 2.13).

§ Na tentação de Jesus, “os anjos o serviram” (Mt. 4.11); “E vivia entre as feras, e os anjos o serviam” (Mc. 1.13b).

§ No momento de intenso sofrimento, no Getsêmani foi confortado por um anjo: “E apareceu­ lhe um anjo do céu, que o confortava” (Lc. 22.43).

§ Na ressurreição, podemos ver a ação angelical: “E eis que houve um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou removendo a pedra, e sentou­se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste branca como a neve” (Mt. 28.2­3).

Em Seus ensinos, Jesus destacou o papel dos anjos nos eventos futuros: (Mt.13.41, 24.31; Lc. 9.26; 12.9)

A Igreja Primitiva também presenciou em determinados momentos ação dos anjos de modo positivo ou negativo (do ponto de vista humano). Após a ascensão de Jesus, “dois varões vestidos de branco” (At. 1.10), dirigiram­se aos discípulos: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At. 1.11).

Quando os apóstolos foram presos devido à inveja dos saduceus, ocorreu libertação: “Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo para fora, lhes disse: Ide e apresentando­vos no templo, dizei todas as palavras desta Vida” (At. 5.19,20 – ARA).

Pedro foi libertado da prisão devido à intervenção do anjo. O apóstolo reconheceu no episódio a ação de Deus: “Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava” (At. 12.11).

Em resposta à oração se Cornélio, um anjo transmitiu­lhe mensagem. O anjo indicou­lhes Pedro, para que o centurião fosse informado sobre a salvação: “Agora, pois, envia homens a Jope, e manda chamar Simão, que tem por sobrenome Pedro” (At. 10.5). Não era missão do anjo anunciar o Evangelho; Pedro é que seria o pregador.

O evangelista Filipe recebeu a ordem de um mensageiro angelical: “Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe­te e vai para a banda do sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi” (At. 8.26 – ARA). Aqui, os fatos ocorrem de forma diversa do que sucedeu em Atos 10. A Cornélio foram comunicados os detalhes de foram precisa onde se encontrava Pedro; aqui Filipe teve de deslocar­se e aguardar a orientação do Consolador: “Então disse o Espírito a Filipe: Aproxima­te desse carro, e acompanha­o” (At. 8.29 – ARA).

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Gabriel

Seu nome significa” homem de Deus” ou “herói de Deus”. No Novo Testamento, anunciou o nascimento de João Batista: ”Disse, então, Zacarias ao anjo: Como saberei isso? Pois eu já sou velho, e minha mulher, avançada em idade. E, respondendo, o anjo disse­lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar­te e dar­te estas alegres novas” (Lc. 1.18­19). Gabriel tinha consciência de sua posição e missão. O anjo, então, comunicou a Zacarias que este ficaria mudo até o nascimento da criança (Lc. 1.20).

O mesmo anjo anunciou a Maria sobre o nascimento de Jesus: “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc. 1.26,28).

No Antigo Testamento, também encontramos Gabriel em missões específicas: auxiliou a Daniel na revelação de mistérios do céu: “Gabriel, dá a entender a este a visão” (Dn. 8.16b). Daniel, ao compreender pelas Escrituras, que estava próximo o fim do cativeiro babilônico dedicou­se à oração, ao jejum (Dn. 9.3); também fez confissão de pecados (Dn. 9.20). Daniel foi certificado do regresso de seu povo à sua terra. Antes de terminar a oração, Daniel recebeu resposta rápida: “Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou­me à hora do sacrifício da tarde. E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora, saí para fazer­te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; toma, pois, bem, sentido na palavra e entende a visão” (Dn. 9.21­ 23). Daniel obteve a luz necessária para compreender a profecia das setenta semanas: uma profecia vital para Israel (Dn. 9.24) e para o tempo do fim (Dn. 9.27). Observe: “Saiu a ordem”. Gabriel não poderia ir ao encontro de Daniel sem receber a ordem de Deus! Ele obedeceu: “Eu vim”. É natural para um santo anjo, realizar a vontade de Deus.

A ação dos anjos

Quanto à ação dos anjos, reconhecemos que eles são enviados por Deus para realizar uma missão conforme a Sua vontade. Toda honra e louvor devem ser atribuídos a Deus. Assim, declarou Pedro: “Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava” (At 12.11b). Pedro relatou “como o Senhor o tirara da prisão” (At 12.17b).

Embora Jacó em seu sonho observasse “anjos de Deus”, sua reação ao acordar foi: “Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia” (Gn 28.16b).

Em Colossenses Paulo advertiu do perigo de os anjos serem cultuados (Cl.2.18,19). Esses seriam mediadores, porém nosso Ùnico Mediador é Cristo (1 Tm. 2.5).

Em Apocalipse são abundantes s referências ao ministério angelical. Eles são descritos em atos de louvor: “Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap. 5.11); “Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e, ante o trono se prostraram sobre os seus rostos e adoraram a Deus” (Ap. 7.11).

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OBS: Quanto aos vinte e quatro anciãos, observemos: “Não são anjos, pois cantavam o cântico da redenção, como participantes dela (Ap. 5.8­10). Eram santos já coroados, ‘em cujas cabeças estão coroas de ouro’. Coroa e trono são prometidos aos salvos; nunca a anjos” (Ler Mateus 19.28; 1Pedro 5.4; Apocalipse 3.21)” (Antonio GILBERTO. Daniel e Apocalipse, p. 117).

A Superioridade de Jesus

O livro de Hebreus entre outros fatos destaca a superioridade de Jesus em relação aos anjos. As criaturas angelicais eram consideradas de alta importância para os judeus. O autor de Hebreus salienta a superioridade de Jesus em relação aos anjos, ressaltando Sua posição única. Jesus foi “Feito mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles” (Hb 1.4).

A superioridade de Cristo em relação aos anjos é acentuada: “Pois a qual dos anjos alguma vez disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei?”; “Todos os anjos de Deus o adorem”; “A qual dos anjos Deus alguma vez disse: Senta­te à minha direita, até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés?” (Hb1.5, 6b,13 – NVI). Em síntese, Jesus deve ser adorado pelos anjos; nenhum anjo foi convidado a sentar­se ao lado direito de Deus, uma honra sem igual, apenas concedida ao Filho de Deus. Essa posição e honra só pertencem a Jesus. Nós também devemos adorar a Jesus!

Pedro descreve a posição atual de Jesus e a subordinação dos anjos a Ele: “o qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo­se­lhe sujeitado os anjos, e as autoridades e as potências” (1 Pe 3.22).

Os anjos não devem ser objeto de adoração, conforme ensinam as Escrituras. Em certa ocasião, João quis adorar o anjo, mas foi por este repreendido: “Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Ap 19.10b); “E, quando as ouvi e vi, prostrei­me ante aos pés do anjo que me mostrou essas cousas, para adorá­lo. Então ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22. 8b­9 – ARA). Quem deveria ser adorado era Quem enviou o anjo, não o mensageiro).

CONCLUSÃO

Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele faz por nós. Louvemos ao Senhor por Sua providência em nossa vida. Os anjos são seres que Ele colocou a nosso favor, contudo Ele é Quem tudo determina. As palavras deste hino incentiva­nos à verdadeira adoração a Ele: “A Cristo coroai!/De todos, o Senhor,/A quem a multidão dos céus aclama com fervor!/Eis o Cordeiro ali, que sobre o trono está!/Que vive e reina lá por nós, e cedo voltará” (última estrofe do hino 41 da Harpa Cristã).

Colaboração para o Portal EscolaDominical: Profª Ana Maria Gomes de Abreu.