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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Bacharel em Educação Física Alex Sander Sussai Isabela Rodrigues Juliana Patrícia Franco Pereira ANÁLISE DE OBESIDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM UNIVERSITÁRIOS SEDENTÁRIOS DO UNISALESIANO LINS SP 2015

ANÁLISE DE OBESIDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ... · Índice de Massa Corporal como um cálculo que tem a finalidade de avaliar se uma pessoa está com peso excessivo

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Bacharel em Educação Física

Alex Sander Sussai

Isabela Rodrigues Juliana

Patrícia Franco Pereira

ANÁLISE DE OBESIDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA

CORPORAL EM UNIVERSITÁRIOS SEDENTÁRIOS DO

UNISALESIANO

LINS – SP

2015

Page 2: ANÁLISE DE OBESIDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ... · Índice de Massa Corporal como um cálculo que tem a finalidade de avaliar se uma pessoa está com peso excessivo

Alex Sander Sussai

Isabela Rodrigues Juliana

Patrícia Franco Pereira

Análise de obesidade através do Índice de Massa Corporal em

universitários sedentários do Unisalesiano

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à banca examinadora

do Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium, curso de

Educação Física sob a orientação da

Prof.ª Ma. Giseli Barros Silva e

orientação técnica da Prof.ª Ma.

Jovira Maria Sarraceni.

LINS-SP

2015

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Sussai, Alex Sander; Juliana, Isabela Rodrigues; Pereira, Patrícia Franco Análise de obesidade através do Índice de Massa Corporal em

universitários sedentários do Unisalesiano/ Alex Sander Sussai; Isabela

Rodrigues Juliana; Patrícia Franco Pereira. – – Lins, 2015.

41p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Bacharel em Educação Física, 2015.

Orientadores: Giseli de Barros Silva; Jovira Maria Sarraceni 1. Obesidade. 2. Índice de Massa Corporal. 3. Universitários

Sedentários. I Título.

CDU 796

S963e

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ALEX SANDER SUSSAI

ISABELA RODRIGUES JULIANA

PATRICIA FRANCO PEREIRA

ANÁLISE DE OBESIDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL

EM UNIVERSITÁRIOS SEDENTÁRIOS DO UNISALESIANO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Aprovada em:__/__/__

Banca Examinadora:

Prof.ª Orientadora: Giseli de Barros Silva

Titulação: Mestre em Educação Física pela Universidade Metodista de

Piracicaba (UNIMEP)

Assinatura:_____________________________________

1º Prof.(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

Assinatura:_____________________________________

2º Prof.(a)_______________________________________________________

Titulação________________________________________________________

Assinatura:______________________________________

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos familiares,

em especial nossos pais.

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AGRADECIMENTO

Primeiramente agradecemos a Deus pelo dom da vida e por ter nos

possibilitado chegar aonde chegamos.

Aos nossos familiares que nos acompanharam e nos deram suporte

neste período de 4 anos para que essa jornada fosse concluída.

Agradecemos também a orientação técnica da Prof.ª Ma. Jovira Maria

Sarraceni e a nossa orientadora Prof°. Ma. Giseli de Barros Silva que nos

auxiliou em trabalhos e pesquisas, fazendo nos conhecer a área científica.

Por fim, agradecemos aos amigos que fizeram parte dessa trajetória e

obrigado à todas essas pessoas especiais que trilharam nosso caminho e que

de algum modo contribuíram para que essa etapa fosse concluída.

Page 7: ANÁLISE DE OBESIDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ... · Índice de Massa Corporal como um cálculo que tem a finalidade de avaliar se uma pessoa está com peso excessivo

RESUMO

A Obesidade é definida como uma doença crônica, distúrbio nutricional e metabólico caracterizado pelo aumento de massa adiposa no organismo, resultando no aumento de peso corporal. Um dos métodos para se avaliar o excesso de peso é o Índice de Massa Corporal (IMC), onde este é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está ou não no peso ideal. A presente pesquisa teve por objetivo avaliar e classificar o Índice de Massa Corporal apresentado por Universitários sedentários do Unisalesiano de Lins, com idade compreendida entre 18 à 24 anos. Para a pesquisa foram avaliados o que diz respeito ao peso e altura de 181 universitários. Para apresentação dos dados foi realizado a média e desvio padrão, para as variáveis de idade, peso, altura e IMC, e apresentado em forma de tabelas e gráfico. Para os dados individuais de cada classificação, foram calculados as Frequências Absolutas (FA), e as Frequências Relativas (FR). Sendo assim observou-se que os universitários estão classificados em 49,7% acima do normal, e 13,8% dentro do índice de obesidade. Diante destes resultados, fica evidenciado que o sedentarismo, pode ser um aliado ao aumento da população obesa.

Palavras Chave: Índice de Massa Corporal. Obesidade. Universitários Sedentarismo.

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ABSTRACT

Obesity is defined as a chronic disease, nutritional and metabolic

disorder characterized by increased adipose mass in the body, resulting in

increased body weight. One method to evaluate excess weight is the Body

Mass Index (BMI), where this is an international measure used to calculate

whether a person is or is not in the ideal weight. This study aimed to evaluate

and classify the Body Mass Index presented by sedentary University of

Unisalesiano Lins, aged 18 to 24 years. For the study were evaluated with

regard to the weight and height of 181 college. For presentation of the data was

carried out means and standard deviations for the variables of age, weight,

height and BMI, and presented in tables and graphics. For individual data for

each classification, the Absolute Frequency (FA) were calculated, and the

Relative Frequency. Thus it is observed that the students are divided into 49.7%

above normal, and 13.8% in the obesity index. Given these results, it is evident

that a sedentary lifestyle can be an ally to increased obese population.

Keywords : Body Mass Index . Obesity. Sedentary university . .

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Classificação do IMC....................................................................... 14

Tabela 2: Características biométricas dos universitários avaliados................ 28

Tabela 3: Classificação do IMC (abaixo do peso, normal e sobrepeso)......... 28

Tabela 4: Classificação do IMC (Obeso I, Obeso II e Obeso III)..................... 29

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estadiômetro(SANNY)...................................................................... 26

Figura 2: Balança(TANITA).............................................................................. 26

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

1 CONCEITOS PRELIMINARES ............................................................ 13

1.1 Obesidade ............................................................................................ 13

1.1.2 Obesidade e Doenças .......................................................................... 15

1.1.2.1 Obesidade e Diabetes...........................................................................14

1.1.2.2 Obesidade e Dislipidemia......................................................................14

1.1.2.3 Obesidade, Doenças Cardiovasculares e Hipertensão.........................15

1.2.3.1 Efeitos Diretos da Obesidade sobre o coração.....................................15

1.1.2.4 Obesidade e Asma................................................................................16

1.2 Antropometria (Composição Corporal) ................................................. 17

1.2.1 Índice de Massa Corporal .................................................................... 19

1.2.1.1 Índice de Massa Corporal em Sedentários...........................................18

1.2.1.2 Índice de Massa Corporal e Atividade Física........................................18

1.2.1.3 Índice de Massa Corporal e Alimentação..............................................18

1.3 Universitários e Sedentarismo ............................................................. 23

1.4 Importância da Atividade Física ........................................................... 23

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS .............................................................. 24

2.1 Procedimentos metodológicos ............................................................. 24

2.2 Condições ambientais .......................................................................... 25

2.3 Participantes da Pesquisa .................................................................... 25

2.4 Critérios de Inclusão e Exclusão .......................................................... 25

2.4.1 Inclusão ................................................................................................ 25

2.4.2 Exclusão ............................................................................................... 25

2.5 Materiais para coletas de dados .......................................................... 26

2.6 Protocolo (Antropometria) .................................................................... 26

2.7 Procedimentos ..................................................................................... 26

2.8 Riscos e Benefícios .............................................................................. 27

2.8.1 Riscos .................................................................................................. 27

2.8.2 Benefícios ............................................................................................ 27

2.9 Análise Estatística ................................................................................ 27

2.10 Resultados ........................................................................................... 27

Page 11: ANÁLISE DE OBESIDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ... · Índice de Massa Corporal como um cálculo que tem a finalidade de avaliar se uma pessoa está com peso excessivo

2.11 Discussão ............................................................................................. 29

2.12 CONCLUSÃO ...................................................................................... 33

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 34

APÊNDICES ..................................................................................................... 39

ANEXOS ........................................................................................................... 42

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12

INTRODUÇÃO

A prevalência da obesidade vem crescendo acentuadamente nos últimos

anos. De acordo com dados da World Health Organization (WHO), 1,6 bilhão

de pessoas acima de 15 anos foram classificadas em sobrepeso e 400 milhões

estavam obesas em 2005. As projeções para 2015 são de aproximadamente

2,3 bilhões de pessoas acima do peso e mais de 700 milhões obesas.

A Obesidade tem sido considerada a doença crônica mais comum entre

crianças e adolescentes de países industrializados, mesmo nos grupos

socioeconômicos de renda mais baixa, fato que faz dela um grande desafio aos

sistemas de saúde pública. O risco aumentado de mortalidade e morbidade

associado à obesidade tem sido alvo de muitos estudos que tentam elucidar os

aspectos da síndrome como consequência da obesidade (ABRANTES, 2002).

Após o final do primeiro ano de vida, começa a ocorrer uma perda de

gordura fisiológica, de tal sorte que uma criança de cinco a seis anos de idade

deveria ser (do ponto de vista fisiológico) magra. No período pré-puberal,

recomeça o ganho de gordura. Nos meninos, no período puberal ocorre ganho

de massa magra. Nas meninas, essa gordura permanece e tende a ser

distribuída mais no quadril e menos na cintura, configurando a distribuição

ginecoide, com evidente participação hormonal.

Para Dâmaso (2003) o atendimento dessa população, é de fundamental

importância à adoção de uma abordagem multiprofissional a fim de promover

benefícios comportamentais de grande amplitude, atingindo os diferentes

fatores que contribuem para o quadro da obesidade, como educação alimentar,

atividade física, apoio psicológico e social em busca de uma maior qualidade

de vida.

Sendo assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS), considera o

Índice de Massa Corporal como um cálculo que tem a finalidade de avaliar se

uma pessoa está com peso excessivo para a sua altura. Ou seja, ele relaciona

o peso e a altura para avaliar o grau de obesidade (WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 1998).

De acordo com Dâmaso (2003) a antropometria é considerada o método

mais útil para rastrear a obesidade por ser barato, não-invasivo, universalmente

aplicável e com boa aceitação pela população. Índices antropométricos são

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obtidos a partir da combinação de duas ou mais informações antropométricas

básicas (peso, sexo, idade, altura).

A obesidade pode trazer consigo algumas doenças relacionadas com

seu desenvolvimento que são: Diabetes, Dislipidemia, Asma, doenças

Cardiovasculares e Hipertensão, entre outras complicações.

Sendo assim, em vista do pressuposto apresentado, a presente

pesquisa tem como objetivo avaliar e classificar o índice de massa corporal

(IMC) dos Universitários Sedentários do Unisalesiano.

Diante disso, para apresentação dos resultados obtidos através do

cálculo do IMC, os mesmos foram apresentados em Frequência absoluta (FA)

e Frequência relativa (FR), para todos avaliados, e expostos em tabela os

resultados do grupo e divididos por cada curso envolvido.

Definidos os objetivos o estudo será norteado pela questão abaixo:

O sedentarismo é um fator que tem como consequência a Obesidade

em Universitários?

O sedentarismo tem aumentado muito com a evolução da tecnologia e

suas facilidades, porém existem vários outros fatores que acarretam problemas

de obesidade. É cada vez mais comum ver as pessoas ingerindo fastfood pela

praticidade que oferecem, entre outros alimentos ricos em gorduras e

conservantes. Algumas doenças também podem levar à obesidade, entre

outros fatores.

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Obesidade

A Obesidade é uma enfermidade multicausal, que pode ser

consequência de diversos fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e

psicológicos, proporcionando o acúmulo excessivo de energia sob a forma de

gordura no organismo (YADAV et al., 2000)

De acordo com Dâmaso (2003) o aumento do número de pessoas com

sobrepeso e obesidade pode ser determinado através de uma das três

situações a seguir:

a) a ingestão calórica tem-se tornado maior a cada geração, sem

alterações consideráveis no gasto calórico;

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b) diminuição do gasto energético diário sem alteração da ingestão

calórica; e

c) contraditoriamente, tem-se especulado que a ingestão calórica

percapita tem declinado através das gerações, contudo o gasto

energético teve uma diminuição média mais acentuada.

A Obesidade é divida em vários estágios e são determinados pelo IMC –

Índice de Massa Corpórea, relação peso e altura de um indivíduo, conforme a

Tabela 1.

Tabela 1 – Classificação do IMC

Classificação IMC (kg/m2

Abaixo do peso <18,5

Faixa Normal 18,5 a 24,9

Sobrepeso 25 a 29,9

Obesidade Nível I 30 a 34,9

Obesidade Nível II 35 a 39,9

Obesidade Nível III > 40

Fonte: ACSM, 2002 e OMS (1997).

O primeiro estágio da doença é a Obesidade grau 1, onde é considerado

o IMC de 30,0 – 34,9 sendo o início da obesidade tendo um aumento de massa

adiposa corporal sem concentração isolada. Isso significa que a pessoa atingiu

um grau alto de gordura corpórea, desencadeando para diversos

comprometimentos em sua saúde, como: falta de ar, cansaço, fraqueza,

palpitações e distúrbios alimentares.

O segundo estágio, ou seja, Obesidade grau 2, o índice de massa

corporal apresentado é de 35,0 – 39,9, onde se tem um acúmulo de gordura

subcutânea no tronco e na região abdominal.

Pelo fato do aspecto corporal que o corpo desenvolve é também

conhecida como obesidade tipo androide ou “maça”. Nesse estágio é

considerado grave, onde o organismo sofre algumas implicações como: falta de

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ar, refluxo esofágico, sonolência, trombose pulmonar, cancro de cólon, uterino

e mamário, entre outras implicações.

Com tantas mudanças que ocorrem além de implicações no organismo

há também algumas mudanças psicológicas, stress, aceitação pela sociedade,

depressão, entre outros fatores.

1.1.2 Obesidade e Doenças

1.1.2.1 Obesidade e Diabetes

A Diabetes Mellitus (DM), que se caracteriza por uma desordem

metabólica associada à deficiência absoluta ou relativa de insulina e que possui

como consequência clínica alterações metabólicas e complicações vasculares

e neuropáticas.

O indivíduo diabético possui excesso de glicose no

sangue(hiperglicemia) devido à falta ou à ineficácia da insulina, hormônio

produzido pelo pâncreas endócrino . A insulina é um hormônio multifuncional

que possui propriedade anabólica e anticatabólica, e participa na regulação do

metabolismo dos carboidratos, das gorduras e proteínas. A resistência à

insulina é causada tanto por fatores genéticos quanto por fatores exógenos,

como obesidade, tabagismo e algumas drogas. (DÂMASO, 2003)

1.1.2.2 Obesidade e Dislipidemia

A Dislipidemia é quando altos níveis de gordura circulam pelo sangue e

ocorre o aumento nos níveis de triglicérides e do colesterol ruim (LDL), além da

redução do colesterol bom (DHL). Um grande risco para desenvolvimento de

cardiopatias é onde se fica acumulado a gordura no organismo, onde a

deposição de gordura no corpo fez com que se classificasse a Obesidade em

alguns tipos:

a) Obesidade androide (masculina) – é caracterizada pelo acúmulo na

região abdominal, sobretudo na região intra-abdominal – não só de

gordura visceral profunda, mas também conhecida como abdominal,

da parte superior do corpo ou obesidade da parte inferior do tronco.

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b) Obesidade ginóide (feminina) – é caraterizada pelo acúmulo de

gordura na região glúteo-femoral-quadril, nádegas e coxa. É

conhecida também como obesidade da parte inferior do corpo.

(DÂMASO, 2003)

A medida usada para classificar a Obesidade android e ginóide é a

relação cintura – quadril.

A proporção da cintura e quadril estão relacionadas a gordura visceral.

Alguns pesquisadores (DESPRES et al., 1991) mostram que a circunferência

da cintura sozinha, é um melhor preditor de depósito da gordura visceral que a

relação cintura quadril (RCQ). Esses achados sustentam a hipótese de que a

deposição de gordura abdominal poderia aumentar a circunferência da cintura

a despeito de o tecido se acumular em pontos profundos ou superficiais

(BUSETTO et al.,1992). A circunferência do quadril, porém, é influenciada

apenas pela deposição de gordura subcutânea; assim, a precisão da RCQ em

avaliar a gordura visceral diminui com o aumento dos níveis de gordura.

1.1.2.3 Obesidade, Doenças Cardiovasculares e Hipertensão.

1.2.3.1 Efeitos Diretos da Obesidade sobre o coração

Em decorrência do aumento do peso corporal, o coração é predisposto a aumentar o rendimento cardíaco, principalmente para atender as necessidades metabólicas corporais. Vários são os mecanismos que, em associação com a obesidade, atuam na agressão miocárdica, tendo como resultado final uma disfunção ventricular. Os primeiros trabalhos sugerindo associação entre obesidade e disfunção cardíaca, datam de 1933, realizados por Smith e Willius, que observaram um crescente aumento do peso cardíaco em corações de obesos, hipertrofia miocárdica e aumento da gordura epicárdica. A insuficiência cardíaca congestiva é complicação frequente e uma das principais causas de óbito em obesos, em especial quando o IMC é superior a 40kg/m2. (DÂMASO, 2003, p.69)

1.1.2.4 Obesidade e Asma

A asma é uma Doença inflamatória das vias aéreas inferiores (Traquéia/

Pulmão).

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17

De acordo com Camilo et al. (2010) o grau de obesidade determina

níveis diferentes de inflamação, levando ao aumento das citocinas, que

participam de diversas funções metabólicas, endócrinas, além de modular o

processo inflamatório e a resposta do sistema imune. Uma dessas substâncias

inflamatórias mais estudadas na obesidade é a leptina. É uma proteína

endógena cujo papel se relaciona com o controle da saciedade, regulação da

resposta imune, função pulmonar, regulação do metabolismo e de

micronutriente.

Algumas pesquisas mostram que a Obesidade reduz a função pulmonar,

especialmente a capacidade vital e o volume expiratório forçado, fazendo com

que ambas tenham relação, sendo associada então à prevalência de Asma

(TEIXEIRA et al, 2009).

1.2 Antropometria (Composição Corporal)

A antropometria é a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as

proporções do corpo humano, usando medidas de rápida e fácil realização, não

se necessitando de equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro. Essas

medidas devem ser feitas de forma correta, seguindo uma metodologia

definida, a fim de que os resultados sejam entendidos e utilizados por outros

autores. (FERNANDO FILHO, 2003)

O desenvolvimento humano é composto por várias fases, desde a

concepção até a velhice. Diversos fatores nutricionais, genéticos,

socioeconômicos e a prática de exercícios físicos interferem no crescimento

humano. (FILARDO et al., 2001)

Para Guedes e Guedes (2003), as medidas antropométricas devem ser

realizadas com instrumentos específicos, procedimentos rigorosamente

padronizados e, principalmente, determinadas dentro de erros de medidas

conhecidas.

A antropometria é um recurso muito importante para análise completa de

um indivíduo, pois suas informações estão ligadas ao crescimento,

desenvolvimento e envelhecimento, sendo indispensável na avaliação do

estado físico e no controle das diversas variáveis que estão envolvidas durante

uma prescrição de treinamento. (MARINS; GIANNICHI, 2003)

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18

Para Costa (2001), a composição corporal é a proporção entre diferentes

componentes corporais e a massa corporal total, sendo normalmente expressa

pela porcentagem de gordura e massa magra. Os valores de tais porcentagens

são de grande importância para os profissionais de educação física, visto que

as quantidades dos diferentes componentes corporais, principalmente gordura

e massa muscular, apresentam estreita relação com a aptidão física,

relacionando-se tanto à saúde como ao desempenho esportivo. Pela avaliação

da composição corporal, pode-se, além de determinar os componentes do

corpo humano de forma quantitativa, utilizar os dados obtidos para detectar o

grau de desenvolvimento dos componentes corporais de adultos e idosos.

Pode-se também, a partir desses dados, prescrever exercícios.

Na visão de Pitanga (2004), a elaboração de estudos sobre os

parâmetros da composição corporal justifica - se à medida que, para o

desenvolvimento de avaliações mais criteriosas sobre os efeitos de qualquer

tipo de programa de atividade física, acompanhado ou não por dietas

alimentares, existe a necessidade de fracionar o peso corporal em seus

diversos componentes na tentativa de analisar, em detalhes, as modificações

ocorridas nas constituições de cada um de seus componentes.

De acordo com Guedes e Guedes (2003), a massa corporal recebe

influência imediata dos programas de atividade física, mas nem sempre os

mesmos irão proporcionar uma visão mais abrangente sobre os efeitos desses

programas pelo organismo, considerando que seus valores dependem de um

aglomerado de componentes como: ossos, gordura, músculos e outros tecidos

e que, dependendo da dieta e do tipo de atividade física, podem sofrer

diferentes modificações em suas constituições.

A avaliação do corpo como um todo é aquela que está mais próxima da

realidade dos profissionais que atuam na área clínica ou em testes de campo;

as características físicas a que se refere podem ser analisadas a partir de

medidas de estatura, massa corporal, perímetros, diâmetros e espessura de

dobras cutâneas, por exemplo, que não exigem equipamentos sofisticados ou

procedimentos laboratoriais. (COSTA, 2001)

Por outro lado, pesquisas realizadas por Guedes e Guedes (2003)

afirmam que um método antropométrico alternativo para análise da composição

corporal consiste nas medidas de circunferências em regiões específicas do

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19

corpo. A princípio, as medidas de circunferências apresentam as mesmas

vantagens de simplicidade, facilidade e aceitabilidade das espessuras de

dobras cutâneas. Contudo, tem sido demonstrada sua fragilidade como variável

preditora da gordura corporal, em razão de os valores incluírem outros tecidos

e órgão, além do tecido adiposo.

Segundo Rocha (2004), a classificação anatômica inclui tecido adiposo,

músculos, ossos, órgãos e o residual. O tecido adiposo é o repositório de

triglicerídeos, forma pela qual a gordura se estoca. Além da gordura estocada,

o tecido adiposo inclui também a matriz de tecido conectivo, onde as células de

gordura estão estocadas, e água. Em outras palavras o tecido adiposo consiste

em adipócitos em conjunto de fibras de colágeno e elastina. Ele é

predominantemente encontrado na região subcutânea do corpo, mas pode ser

também localizado recobrindo órgãos, dentro dos músculos e na medula

óssea.

O tecido adiposo modela a superfície do nosso corpo e ajuda no

isolamento térmico do organismo. Além disso, tem a importante função de

servir como depósito de energia: os triglicerídeos acumulados nos adipócitos

são usados para fornecer energia no intervalo entre as refeições. Em um ser

humano de massa normal, o tecido adiposo corresponde a 20-25% da massa

corporal nas mulheres e 15-20% nos homens.

1.2.1 Índice de Massa Corporal

O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada

para calcular se uma pessoa está ou não no peso ideal. Ele foi desenvolvido

pelo polímata Lambert Quételet no fim do século XIX. Trata-se de um método

fácil e rápido para a avaliação do nível de gordura de cada pessoa, adotado

pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A avaliação do Índice de Massa Corporal, ou seja, antropometria é

considerado o método mais utilizado para designar a obesidade, por ser barato,

não invasivo, aplicável e com boa aceitação pela sociedade. (DÂMASO, 2003)

Os índices antropométricos são realizados por duas ou mais

combinações de informações antropométricas básicas como: peso, idade, sexo

e altura.

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20

Um método simples utilizado para avaliar a obesidade é a relação peso

e altura, onde se tem mais resultado de massa corporal total do que massa de

gordura.

Fernando Filho (2003) afirma que o IMC não diferencia peso de gordura

de peso livre de gordura, não sendo sensível às respectivas contribuições de

massa muscular e gordurosa na massa corporal. O IMC possui uma moderada

correlação (r=0,70) com o percentual de gordura predito a partir da pesagem

hidrostática. Uma interpretação cautelosa dos valores IMC deve ser realizada

como uma medida direta do grau de gordura. As regras do IMC podem implicar

que, quanto maior for o valor do IMC, maior será o percentual de gordura. Este

pode não ser o caso de indivíduos com grandes quantidades de massa magra.

(FERNANDO FILHO, 2003)

1.2.1.1 Índice de Massa Corporal em Sedentários

O sedentarismo tem andado lado a lado com a sociedade devido ao

avanço da tecnologia e suas facilidades. Muitas pessoas passam mais tempo

em frente a uma televisão, ou em frente a um computador vendo as

atualizações de redes sociais do que se exercitando.

Até a locomoção e a alimentação passaram por um processo de

mudança. Segundo Frank Booth (2007), os homens que viveram a cerca de 10

mil anos a.C. necessitavam da caça, da luta e da fuga para se alimentar e

sobreviver. Com a modernidade e avanço tecnológico os homens se tornaram

cada vez mais sedentários. A caça passou a não ser necessária pela facilidade

em se encontrar alimentos, a locomoção passou a ser auxiliada pelo uso de

veículos automotores e o sedentarismo foi se espalhando pela sociedade

drasticamente.

Segundo estudo de Pedro Curi Hallalet al, realizado em 2008, a cada

cinco brasileiros, um não pratica qualquer Atividade Física, e um em cada três

assistem em média, três horas ou mais de televisão por dia. (KNUTH et al.,

2011).

Atualmente, a obesidade é um problema de saúde pública mundial, que

acontece em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, e é cada dia mais

prevalente. A crescente epidemia do sedentarismo representa um momento de

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21

reflexão para os profissionais da Educação Física, já que são responsáveis

pela conscientização e combate desse problema.

1.2.1.2 Índice de Massa Corporal e Atividade Física

As pessoas são motivadas em suas vidas, atualmente, pelas conquistas

pessoais, que envolvem na maioria dos casos a vida profissional e financeira

do indivíduo. Esse sistema que tem beneficiado o aspecto financeiro,

socioeconômico e até social, pode ter grande influência quanto à qualidade de

vida. Cada vez mais as pessoas dedicam o tempo que possuem para

atividades profissionais e deixam a desejar na hora de cuidar da saúde ou de

outros aspectos.

De modo geral, as extensas jornadas de trabalho desgastam não só o

físico, mas também o psicológico do indivíduo. Isso faz com que o mesmo se

preocupe mais em ter um horário de descanso ou com a família, do que usar o

tempo livre para praticar atividades físicas.

Sabe-se que a atividade física provoca vários benefícios à saúde, entre

eles a diminuição nos riscos de desenvolvimento de doenças coronárias,

hipertensão, melhora da força e da resistência física, auxilia na diminuição da

gordura corporal entre vários outros fatores. Possui relação direta com a

qualidade de vida das pessoas.

Segundo Bouchard et al. (1990), a atividade física é qualquer

movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que produz gasto

energético. Resulta em moderada perda de peso, de moderada a grande perda

de gordura corporal, e pequeno a moderado ganho de massa livre de gordura.

Partindo deste mesmo pressuposto Santarém (1998) e Ceddia (1996)

também afirmam que exercícios anaeróbios podem promover alta mobilização

de ácidos graxos livre e, consequentemente, controle sobre os níveis teciduais

de gordura, uma vez que a manutenção e/ou aumento da massa magra através

de exercícios resistidos tendem a manter o metabolismo basal elevado por

várias horas após os esforços anaeróbios, pelo fato de o tecido muscular se

manter metabolicamente mais ativo mesmo em estado de repouso.

Quanto maior for a prática da atividade física, menor será o índice de

gordura corporal. A prevalência dos casos de sobrepeso e obesidade tem

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22

aumentado proporcionalmente à diminuição progressiva da energia gasta em

atividades de trabalho e afazeres domésticos.

A Organização Mundial de Saúde aconselha à prática de atividade física

de intensidade moderada de 30 minutos na maioria dos dias da semana para a

prevenção de doenças, e praticar também atividades aeróbias para a perda de

gordura.

1.2.1.3 Índice de Massa Corporal e Alimentação

O ato de se ingerir alimentos é essencial para que o humano sobreviva.

Segundo Dos Anjos (1983), o homem lutava pela sua sobrevivência e ia à

busca do seu alimento. Com o decorrer dos tempos, o homem se tornou

escravo da comida. O ato de se alimentar deixou de ser realizado para saciar a

necessidade humana da ingestão dos nutrientes, e passou a ser compulsivo.

Segundo Carneiro (2005), o costume de se alimentar pode revelar

características de uma civilização, desde costumes sociais, econômicos e

morais, e tem significado histórico comercial. Uma criança que vive em um

ambiente onde os pais ingerem alimentos gordurosos e não praticam

exercícios físicos, tem grande tendência a ser obesa na sua fase adulta.

O sobrepeso e a obesidade são facilmente reconhecidos. Sabe-se que o

excesso de peso pode ser acarretado por um alto consumo energético, onde o

indivíduo ingere mais calorias do que necessita, e gasta menos do que está

consumindo. Porém podem ser acarretados também, por um fator genético,

problemas com o metabolismo ou até mesmo por doenças, como o

hipotireoidismo.

De acordo com autores como Mourão et al., (2005) prevenção e o

tratamento da obesidade vem sendo um grande desafio para toda a área da

saúde, já que as indústrias de fármacos e alimentos oferecem cada vez mais

variedade em seus produtos.

Pessoas obesas podem usar a alimentação compulsiva para lidar com

seus problemas pessoais e internos. Problemas geralmente apresentados por

pessoas obesas: alto-estima baixa, insegurança, carência afetiva, autopiedade,

vergonha, culpa, não aceitação de um problema, entre outros.

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23

A educação alimentar tem papel importante em relação ao excesso de

peso, porém pode ser um processo difícil se o indivíduo possui esses hábitos

alimentares desde a infância. É necessário que essa atitude parta da própria

pessoa, e que ela seja conscientizada da importância da reeducação alimentar

e dos seus benefícios.

1.3 Universitários e Sedentarismo

Segundo Rocha (2008), estudos tem demonstrado que pessoas

fisicamente ativas estão mais protegidas contra o aparecimento de certas

doenças, mas o que assusta é o fato de que a cada dia, os jovens estão menos

motivados a praticar exercícios físicos. Dedicam maior parte do tempo para

curtirem festas, deixando a desejar na hora de cuidar da saúde.

Muitos universitários não moram com seus pais, moram em repúblicas, o

que facilita para um estilo de vida inadequado. Não possuem hora para comer,

nem para dormir. Seguem um ritmo de alimentação sem controle e

inconsciente.

O estilo de vida dos universitários tem uma vasta gama de influências que

ocorrem após a entrada na universidade, podendo levar à níveis precários

nutricionais e de atividade física. Vieira e Koenig (2002), afirma que a maioria

dos universitários que não residem com os pais, fazem uso de bebidas

alcoólicas e drogas, não fazem a refeição principal e não consomem hortaliças.

É considerado sedentário o indivíduo que tem um gasto energético inferior

a 500 Kcal na semana. (NAHAS, 2006). O sedentarismo é identificado como o

maior fator de risco para o desenvolvimento de doenças coronárias.

1.4 Importância da Atividade Física

Nos últimos anos, tem sido muito ressaltada a importância de se manter

com saúde e hábitos saudáveis, e a prática da atividade física é um dos

assuntos mais falados em relação à saúde. Essa prática tem relação direta

com vários fatores, como os fatores físicos, psicológicos e sociais.

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24

O inicio da prática regular de atividade física necessita de incentivo. O

incentivo pode partir da família, de amigos, da mídia e da própria busca pelos

objetivos do indivíduo.

A atividade física contribui para a melhora da aptidão física, aumenta a

disposição para à prática das atividades realizadas na rotina diária e previne

inúmeras doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (1995), a

qualidade de vida se define com a visão em que a própria pessoa tem da sua

situação de vida, nos parâmetros culturais, considerando seus objetivos e

expectativas. Para Nahas (2001), vários fatores determinam a qualidade de

vida, como: satisfação, prazer, estado de saúde, espiritualidade e longevidade.

Na busca da melhora da qualidade de vida, as pessoas praticam os

exercícios físicos por serem um grande recurso para a diminuição de vários

fatores que afetam o estilo de vida, como o sedentarismo, má alimentação e

até mesmo o estresse causado para quem vive em grandes cidades (TAHARA;

SCHWARTZ, SILVA 2003).

Estudos mostraram que o Exercício Físico, quando é praticado

regularmente, apresenta melhora na saúde de quem o pratica. Proporciona

melhora da eficiência do metabolismo, aumentando o catabolismo lipídico e o

gasto calórico, o que consequentemente diminui os níveis de gordura corporal

e facilita para o aumento de massa magra. Promove também o aumento de

força, aumento da densidade óssea, aumento da flexibilidade, aumento do

volume sistólico, entre outros. Diminui a pressão arterial, diminui o estresse,

ansiedade, depressão, tensão muscular. Aumenta a autoestima, ajuda no

tratamento contra a depressão e etc. (MATSUDO, 2003; SANTAREM, 1996;)

Segundo estudo, as pessoas procuram praticar exercícios físicos na fase

adulta, na maioria das vezes, por ordem médica, lazer, qualidade de vida,

saúde, condicionamento físico e estética. Embora o fator que mais leva à

prática de atividade física não seja a estética, grande parte da população está

preocupada com a aparência corporal. (SANTOS, 2006)

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS

2.1 Procedimentos metodológicos

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25

Este estudo se caracterizou como uma pesquisa quantitativa

experimental, pois buscou avaliar o IMC de universitários matriculados do

Unisalesiano. O levantamento de dados foi realizado no Laboratório de Esforço

físico da Clínica de Educação Física do Unisalesiano, situado à rua nove de

Julho, 265, centro da cidade de Lins.

2.2 Condições ambientais

As avaliações foram realizadas no Laboratório de Esforço Físico da

Clínica de Educação Física, do Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium, no período entre os meses de agosto e setembro de 2015, em horário

da aula no período noturno entre 19:15h as 22:30h, com temperatura

controlada a 24ºC.

2.3 Participantes da Pesquisa

Para o inicio da pesquisa, foi determinado o número de 200

universitários, desta forma foi realizado um convite para todos os alunos em

salas de aula, e aberto a todos os cursos.

Diante de algumas dificuldades de avaliação para esta pesquisa foram

obtidos apenas 181 universitários. Os quais todos foram avaliados o peso e

estatura, e realizado o calculo do Índice de Massa Corporal (IMC).

2.4 Critérios de Inclusão e Exclusão

2.4.1 Inclusão

Para o critério de inclusão da pesquisa, foram selecionados

universitários alunos do Centro Universitário Salesiano Auxílium, sedentários,

com idade entre 18 a 24 anos.

2.4.2 Exclusão

Os universitários que não estiver com idade dentro do indicado, não

estiverem matriculados e não forem sedentários.

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26

2.5 Materiais para coletas de dados

Figura 1: Figura 2:

Estadiômetro (SANNY) Balança (TANITA)

Fonte: www.sanny.com.br Fonte: www.comprafari.com

2.6 Protocolo (Antropometria)

Os sujeitos foram submetidos às avaliações antropométricas.

Peso - para se medir o peso corporal, o avaliado deve ficar em pé de

frente para o monitor da balança, sem calçado e com o mínimo de roupa

possível.

Estatura - Distância entre o vértex e a região plantar, o avaliado deve

estar sem calçado, com os pés unidos, colocando em contato com a escala de

medida as superfícies posteriores dos calcanhares, a cintura pélvica, a cintura

escapular e a região occipital, deve estar em apnéia respiratória (GUEDES;

GUEDES, 2003).

2.7 Procedimentos

Antes de iniciar a pesquisa, o trabalho foi encaminhado para o comitê de

Ética e pesquisa, e solicitado à dispensa do Termo de Consentimento Livre e

esclarecido (TCLE), justificando que haveria um gasto extremo por a pesquisa

envolver um numero alto de avaliados, e não ser invasiva.

Para a seleção, foi avisado em todas as salas de aula de todos os

cursos, e sugerido que os interessados procurassem os representantes da

pesquisa, sendo assim foram agendados os horários para cada um. Foram

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anotados os dados de peso, altura e idade, e preenchido um questionário de

classificação do nível de atividade física (IPAQ), no momento da avaliação era

chamado um aluno por vez.

2.8 Riscos e Benefícios

2.8.1 Riscos

O possível risco da pesquisa seria de constrangimento ao universitário,

para tal, que não ficar satisfeito com o resultado do IMC, podendo ocasionar

em traumas psicológicos. Devido esse motivo, foram avaliados um de cada

vez.

2.8.2 Benefícios

Essa pesquisa poderá contribuir para estudos futuros sobre as demais

causas da obesidade e sobrepeso, além de servir como conscientização e

alerta para a população.

2.9 Análise Estatística

Para apresentação dos dados analisados, foram feitos a média e desvio

padrão, e apresentado em forma de tabelas e gráfico. Para os dados

individuais de cada curso, foram calculados as Frequências Absolutas (FA), e

as Frequências Relativas (FR), para cada classificação.

2.10 Resultados

Para apresentação dos resultados de peso, altura, IMC e idade, os

mesmos foram expressos em forma de tabelas e apresentados em cálculos de

média e desvio padrão.

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28

Tabela 2 – Características dos universitários avaliados, em média e DP.

VARIÁVEIS (n=181)

PESO 67,3 ± 20,3

ESTATURA 1,65 ± 0,06

IMC 26,6 ± 6,05

IDADE 20,54 ± 1,80

Fonte: Elaborada por autores, 2015

Tabela 3 – Classificação do IMC (abaixo do peso, normal e sobrepeso),

apresentado pelos universitários em diferentes cursos avaliados.

Fonte: Elaborada por autores, 2015

Tabela 4 – Classificação do IMC (Obeso I, Obeso II e Obeso III), apresentado

pelos universitários em diferentes cursos avaliados.

Cursos Abaixo do peso Normal Sobrepeso

N

(181) FA FR FA FR FA FR

Administração 24 1 4,2% 14 58,3% 1 4,2%

Agronomia 12 - - 5 41,7% 3 25%

Contabilidade 22 - - 10 45,5% 7 31,8%

Direito 26 1 3,9% 19 73% 3 11,4%

Ed. Física 18 1 5,5% 13 72,3% 2 11,2%

Enfermagem 11 1 9,1% 5 45,4% 1 9,1%

Estética 15 1 6,7% 7 46,7% 4 26,6%

Fisioterapia 25 1 4% 12 48% 6 24%

Pedagogia 14 5 35,7% 4 28,6% 4 28,6%

Psicologia 14 - - 8 57,1% 4 28,6%

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29

Fonte: Elaborada por autores, 2015.

2.11 Discussão

O presente estudo com o proposto em avaliar o índice de massa

corporal de Universitários Sedentários do Unisalesiano de Lins apontou que

49,7% dos participantes avaliados possuem IMC acima do considerado normal,

porém em classificação de obesidade foi observado apenas 13,8%. Segundo

Ramos e Barros Filho (2003), a obesidade é um distúrbio metabólico de fatores

etiopatogênicos múltiplos e complexos , que a correlação de sobrepeso dos

pais e de filhos é grande e decorre do compartilhamento da hereditariedade, e

o peso corpóreo, durante a adolescência, é um forte previsor do peso no

adulto.

As condições de vida que causam a obesidade nas sociedades

desenvolvidas estão ocorrendo também nos países em desenvolvimento como

o Brasil, tendo em vista que a velocidade de ascensão é preocupante. Dietz,

1998 sustenta que a obesidade em adolescentes resulta do desequilíbrio entre

atividade reduzida e excesso de consumo de alimentos densamente calóricos.

Devido ao fato de o índice de massa corporal (IMC) evidenciar uma

proporção em estatura e massa corporal, não quantificando a gordura corporal,

Cursos Obesidade I Obesidade II Obesidade III

N

(181) FA FR FA FR FA FR

Administração 24 1 4,2% 1 4,2% - -

Agronomia 12 4 33,3% - - - -

Contabilidade 22 2 9,1% 2 9,1% 1 4,5%

Direito 26 1 3,9% 1 3,9% 1 3,9%

Ed. Física 18 1 5,5% 1 5,5% - -

Enfermagem 11 2 9,1% 1 9,1% 1 9,1%

Estética 15 3 20% - - - -

Fisioterapia 25 2 8% 3 12% 1 4%

Pedagogia 14 1 7,1% - - - -

Psicologia 14 2 14,3% - - - -

Fonte: Elaborada por autores, 2015.

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a World Health Organization não utiliza mais o termo obesidade e, sim,

sobrepeso I, II e III.

Neste estudo, acreditamos que o maior motivo do alto índice de massa

corporal seja resultado da má qualidade de vida e mudanças de hábitos

alimentares, devido à rotina universitária dos participantes, onde não se há um

horário adequado para alimentação fazendo com que os mesmos acabem

ingerindo alimentos altamente calóricos, por exemplo, próximo ao horário de

dormir aumentando sua reserva de energia que se acumula como gordura

corporal, resultado do baixo gasto calórico do organismo em repouso.

É cientificamente comprovado que mudanças nos hábitos alimentares e

na atividade física podem influenciar fortemente para o não aparecimento de

vários fatores de risco para a questão da obesidade na população. Pesquisas

mostram que a atividade física regular fornece às pessoas de ambos os

gêneros, de todas as idade e condições – incluindo as portadoras de

deficiência – muitos benefícios físicos, sociais e mentais. De acordo com o,

Relatório sobre Saúde no Mundo (2002), da OMS, a pouca atividade física

causa, 1,9 milhão de óbitos por ano no mundo.

Em estudos realizados com animais, Powers e Howley (2000), que

utilizaram restrição dietética isolada apresentou perda de massa corporal

magra de 30% à 40%. Já com o exercício associado a dieta acarretou menor

perda de massa corporal magra e maior perda de gordura.

Estudos realizados em países desenvolvidos, com amostras

representativas de indivíduos adultos de ambos os sexos, demonstraram que o

IMC correlaciona-se bem com indicadores antropométricos de gordura não

visceral (prega cutânea subescapular e prega cutânea triciptal) e de gordura

abdominal ou visceral (circunferência da cintura), além de ter relação direta

com a massa de gordura corporal total. Em idosos, os estudos são escassos,

não existindo, portanto, dados suficientes afirmando que essa associação

permaneça com o envelhecimento (NAVARRO, MARCHINI, 2000).

Com relação ao índice de massa corporal, num estudo transversal, foi

investigada a relação entre o índice de massa corporal (IMC) e os indicadores

de distribuição de gordura entre adultos e idosos. Os resultados foram

analisados dentro de cada grupo de sexo e comparados com estudos, na sua

maioria, realizados em adultos, ou envolvendo análise conjunta de adultos e

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idosos, em razão da escassez de estudos específicos com idosos. Os

resultados do presente estudo evidenciaram forte correlação entre o IMC e a

circunferência da cintura (CC), nos dois grupos etários e em ambos os sexos.

Esses achados coincidem com resultados da literatura. ZAMBONI et al.9

(1997), avaliando indivíduos de 27 a 78 anos, observaram que, nos homens, a

correlação do IMC com a CC foi de r= 0,92 (p<0,001) e nas mulheres foi de r =

0,75 (p<0,001). Em estudos realizados apenas com indivíduos adultos, foram

encontradas correlações entre o IMC e a CC, que variaram de r= 0,76 a r=

0,94, mostrando excelente associação entre essas variáveis, nesse grupo

etário10-12.

No estudo realizado por Silva et al (2008) que avaliou 2044 rapazes e

2984 moças na faixa etária de 15 à 19 anos das escolas públicas estaduais do

estado de Santa Catarina, a prevalência de excesso de peso corporal foi maior

nos rapazes quando comparado as moças. Em relação a atividade física, 21%

dos rapazes e 37% das moças foram classificados como pouco ativos; para os

comportamentos sedentários, mais de 70% dos adolescentes assistiam TV ou

usavam o computador/games por tempo igual ou superior a duas horas por dia,

não sendo observadas diferenças estatísticas entre os sexos.

No presente estudo que foram avaliados 181 participantes de ambos os

sexos do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins,

praticamente metade destes apresentaram índice acima do normal. Verificou-

se que 5,52% estão abaixo do peso normal; 44,75% peso normal; 35,91%

sobrepeso; 9,95% obesidade I; 2,21% obesidade II; e 1,66% obesidade III.

Acredita-se que o motivo do alto número de participantes acima do peso

normal, deve-se ao grande período de tempo dedicado aos estudos, nas

dependências da Universidade, o que faz com que os mesmos pulem

refeições, levando ao consumo de lanches com alto teor calórico e não tão

saudáveis. Devido à rotina corrida, também não se tem tempo para a prática de

exercícios físicos. Sabe-se que alto consumo calórico associado à falta de

exercício gera o aumento de peso.

A maioria dos universitários não moram na cidade de Lins. É provável

também que, ao chegar em casa, muitos deles ainda jantem. Com isso,

presumi-se que uma boa parte destes dormem com a barriga cheia, outro fator

que contribuiu para o aumento da gordura corporal.

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Também deve ser levada em consideração a pressão exercida pela

sociedade nos estudantes, que vivem em busca da capacitação para ingressar

no mercado de trabalho. Com tantas coisas a serem pensadas e decisões a

serem tomadas, muitas vezes a saúde acaba sendo deixada de lado.

Recomenda-se a prática regular da atividade física para manutenção da

saúde e boa forma, auxiliando também de forma positiva os fatores

psicológicos.

Quando um exercício é comparado diretamente com a dieta ou com a

restrição calórica, o resultado é a preservação da massa magra e diminuição

de gordura. Um programa de redução de massa corporal realizado somente

com dieta, ou seja, sem exercício o resultado é a perda de mais musculatura e

menos gordura.

Diversos estudos vêm evidenciando a relação positiva entre a prática

regular da atividade física e a saúde, de forma que a primeira pode possibilitar

benefícios como: prevenção e tratamento da osteoporose, redução da

adiposidade corporal, diminuição da pressão arterial, melhora do perfil lipídico e

da sensibilidade à insulina, aumento do gasto energético, da massa e da força

muscular, da capacidade cardiorrespiratória, da flexibilidade e do equilíbrio.

Diante desses fatores, a prática regular da atividade física apresenta-se como

um dos principais fatores da promoção e manutenção da saúde e qualidade de

vida da população.

Fernandez (2001), que avaliou 28 adolescentes obesos dividindo-os em

grupo aeróbio, anaeróbio e controle, concluiu que os exercícios anaeróbios

também são eficientes para a diminuição de gordura.

Partindo deste mesmo pressuposto Santarém (1998) e Ceddia (1996)

também afirmam que exercícios anaeróbios podem promover alta mobilização

de ácidos graxos livre e, consequentemente, controle sobre os níveis teciduais

de gordura, uma vez que a manutenção e/ou aumento da massa magra através

de exercícios resistidos tendem a manter o metabolismo basal elevado por

várias horas após os esforços anaeróbios, pelo fato de o tecido muscular se

manter metabolicamente mais ativo mesmo em estado de repouso.

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33

2.12 CONCLUSÃO

Concluiu-se que o sedentarismo pode sim, ser um forte aliado ao índice

de obesidade, neste caso avaliado em universitários. Apesar do percentual de

obesidade ter sido 13,8%, não se pode deixar de lado o valor de sobrepeso

que pode estar ligado ao futuro obeso. O que podemos salientar ainda é o fato

que não avaliamos o percentual de gordura, e isso pode ser presente não

somente nos indivíduos sedentários como bem os fisicamente ativos. Diante

disso, o trabalho vai além da atividade física, há necessidade de participação

no controle de alimentação, o qual pode ser aliado à má alimentação

hipercalórica em horários indevidos e ingerido em quantidades exageradas e

erradas, no caso dos universitários.

Com o avanço da tecnologia levam ao aumento de peso, onde as

pessoas fazem menos atividade física e elevam o índice de massa corporal,

acumulando gordura corporal e diminuindo o gasto energético.

De acordo, com os resultados que foram apresentados nesta pesquisa,

sugere-se que para pesquisas futuras, necessidade também de avaliação do

percentual de gordura. Entretanto, a obesidade com relação á alimentação,

sedentarismo e atividade física precisa-se de estudos aprofundados, pois há

grandes informações a serem discutidas e apresentadas.

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APÊNDICES

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APÊNDICES A - Ficha para avaliação

TCC – Classificação do Índice de Massa Corporal em Universitário

Sedentários Unisalesiano de Lins

Avaliação – Clínica de Educação Física

DATA: / / AVALIADOR:

NOME:

DATA DE NASCIMENTO: / / IDADE:

PESO: ALTURA:

Obs: Alunos entres 18 a 24 anos; Para avaliação trajes leves.

Figura: Balança Digital (TANITA)

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Fonte: Laboratório de Esforço Físico do Unisalesiano de Lins.

Figura: Estadiômetro (SANNY)

Fonte: Laboratório de Esforço Físico do Unisalesiano de Lins

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ANEXOS

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Gráfico 1 – Classificação do IMC, apresentado pelos 181 universitários

avaliados.

Classificação N %

Abaixo do normal 10 5,5%

normal

81 44,8%

sobrepeso 65 35,9%

Obeso I 18 9,9%

Obeso II 4 2,2%

Obeso III 3 1,7%

ANEXO B - CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA IPAQ

5,52%

44,75%

35,91%

9,95%

2,21% 1,66%

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Fonte: MATSUDO, 2001

Avaliação: Estadiômetro (SANNY)

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Fonte: elaborada por autores, 2015.

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Avaliação: Balança Digital (TANITA)

Fonte: elaborada por autores, 2015.