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Anna Barbara dos Santos e Mariana Siqueira
Constituído pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, em 2002
Desenvolver um plano de ação concreta para que o mundo reverta o quadro de pobreza, fome e doenças opressivas que afetam bilhões de pessoas
Órgão consultivo independente
Corresponde à “Um Plano Global para Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”
O Plano Global propõe soluções diretas para que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio sejam alcançados até 2015.
Entre 1990 e 2015:
Reduzir pela metade o número de pessoas que ganham quase nada;
Reduzir a ¼ a proporção da população com renda inferior a 1 dólar/dia;
Alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos, incluindo mulheres e jovens;
Reduzir pela metade a proporção da população que sofre de fome;
Erradicar a fome.
Organizar e promover atividades de educação alimentar, visando o aproveitamento integral dos alimentos.
Aproveitar ao máximo os alimentos, cuidando de sua correta conservação, usando receitas alternativas e promovendo o não desperdício.
Sensibilizar supermercados, restaurantes e quitandas para o não desperdício, informando-os sobre locais para onde podem ser encaminhados os alimentos excedentes.
Buscar parcerias que ajudem a enriquecer a alimentação oferecida por escolas e organizações sociais.
Valorizar o desenvolvimento local, comprando e promovendo o uso de produtos do comércio solidário.
Até 2015:
Garantir que todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino básico;
Garantir que as crianças de todas as regiões do país, independentemente de cor/raça e sexo, concluam o ensino fundamental.
Mostrar que atividades recreativas e esportivas também são educativas. Disciplina, respeito e cooperação podem ser reforçados nesses momentos.
Organizar ou participar de campanhas de doação de livros e de materiais didáticos para instituições e bibliotecas.
Incentivar a leitura.
Acolher e respeitar os alunos especiais, além de denunciar professores e escolas que não promovam a inclusão dos portadores de deficiências.
Fazer o acompanhamento de uma criança incentivando-a e monitorando seu desempenho.
Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, a mais tardar até 2015.
Visitar a câmara municipal, entrevistar as vereadoras e conhecer suas propostas para ajudar as mulheres de sua cidade.
Divulgar que existem, nas grandes cidades, centros de atendimento para mulheres, onde elas podem denunciar a violência e ter um acompanhamento físico e psicológico.
Identificar e divulgar novas oportunidades de trabalho para mulheres e incentivar ações que estimulem as mulheres a buscar alternativas de geração de renda.
Educar filhos e filhas para que eles realizem, com igualdade, o trabalho do dia a dia em casa.
Denunciar casos de violência, abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes e contra mulheres.
Reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos.
Brasil: reduziu a mortalidade infantil (crianças com menos de 1 ano) de 4,7 óbitos/mil nasc, em 1990, para 25 em 2006;
mas a desigualdade ainda é grande: crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer do que as ricas, e as nascidas de mães negras e indígenas têm maior taxa de mortalidade;
por região, o Nordeste apresentou a maior queda nas mortes de 0 a 5 anos, mas a mortalidade na infância ainda é o quase o dobro da média nacional, de acordo com o relatório Situação Mundial da Infância 2008, do Unicef.
Fazer campanhas das vacinas protegem o bebê, de como a higiene pode evitar algumas doenças, de qual a nutrição adequada para o bebê, da importância do aleitamento materno.
Ajudar no dia da vacinação, garantindo que as crianças do bairro sejam vacinadas.
Realizar todas as consultas e o acompanhamento do pré-natal, além de sensibilizar outras mães a fazerem o mesmo.
Incentivar a criação de creches que impactam na saúde e na redução da mortalidade infantil.
Entre 1990 e 2015:
Reduzir em ¾ a taxa de mortalidade materna;
Alcançar o acesso universal à saúde reprodutiva;
Promover, na Rede do Sistema Único de Saúde (SUS), cobertura universal por ações de saúde sexual e reprodutiva;
Até 2015, ter detido o crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo de útero, invertendo a tendência atual.
Fazer campanhas sobre: planejamento familiar, prevenção do câncer de mama e de colo de útero, gravidez de risco, importância do exame pré-natal, nutrição da mãe e aleitamento materno.
Propiciar um ambiente agradável, afetivo e pacífico às gestantes em casa, no trabalho, no dia a dia, dando prioridade a elas, cedendo a vez em filas, auxiliando-as em seu deslocamento e no carregamento de pacotes.
Acompanhar uma gestante, garantindo a realização do pré-natal, oferecendo transporte para as consultas e facilitando a aquisição de medicamentos, quando necessário.
Divulgar informações sobre saúde para gestantes e articular palestras em Postos de Saúde, Centros Comunitários e instituições como a Pastoral da Criança.
Até 2015, ter detido a propagação do HIV/Aids e começado a inverter a tendência atual.
Alcançar, até 2010, o acesso universal ao tratamento de HIV/Aids.
Até 2015, ter detido a incidência da malária, tuberculose de outras doenças importantes e começado a inverter a tendência atual.
Até 2015, ter reduzido a incidência da malária e da tuberculose.
Até 2010, ter eliminado a hanseníase.
O Brasil foi o 1º país em desenvolvimento a proporcionar acesso universal e gratuito para o tratamento de HIV/AIDS na rede de saúde pública. A sólida parceria com a sociedade civil tem sido fundamental para a resposta à epidemia no país. De acordo com a UNAIDS, a prevalência de HIV no Brasl é de 0,5%.
Fazer visitas domiciliares para mostrar os locais que podem favorecer a dengue, principalmente no verão, época de epidemias de dengue.
Incentivar a população a participar das campanhas de vacinação.
Fazer campanhas de informação, mobilização e prevenção à AIDS e de outras doenças epidêmicas.
Usar preservativo, exigir sangue testado e não compartilhar seringas e agulhas, prevenindo-se do HIV.
Incentivar o debate entre a universidade, as escolas e a comunidade para atingir mais amplamente esse objetivo.
Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
Reduzir a perda de diversidade biológica e alcançar, até 2010, uma redução significativa na taxa de perda.
Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável a água potável segura e esgotamento sanitário.
Até 2020, ter alcançado uma melhora significativa nas vidas de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados.
Fazer campanhas de uso racional de água e energia.
Implementar a coleta seletiva nas escolas, no condomínio ou no bairro e divulgar o benefício de produtos biodegradáveis ou recicláveis.
Reutilizar a água consumida.
Incentivar o uso de sacolas reutilizáveis para compras.
Incentivar o uso de produtos feitos com material reciclado.
Participar de ações de preservação e projetos sociais.
Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro aberto, baseado em regras, previsível e não discriminatório.
Atender as necessidades especiais dos países menos desenvolvidos Inclui: um regime isento de direitos e não sujeito a quotas para as exportações dos países menos desenvolvidos; um programa reforçado de redução da dívida dos países pobres muito endividados (PPME) e anulação da dívida bilateral oficial; e uma ajuda pública para o desenvolvimento mais generosa aos países empenhados na luta contra a pobreza.
Atender às necessidades especiais dos países sem acesso ao mar e dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento
Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento, mediante medidas nacionais e internacionais de modo a tornar a sua dívida sustentável a longo prazo.
Organizar cursos de inclusão digital e geração de renda.
Divulgar o que já está sendo feito pela comunidade, compartilhando experiências.
Formar parcerias com setor público, empresas, associações e conselhos, a fim de resolver os problemas locais mais relevantes.
Promover ações voluntárias na comunidade, contribuindo para o desenvolvimento urbano e para o alcance dos Objetivos do Milênio.
O Brasil já cumpriu o objetivo de reduzir pela metade o número de pessoas vivendo em extrema pobreza até 2015: de 8,8% da população em 1990 para 4,2% em 2005. Mesmo assim, 7,5 milhões de brasileiros ainda têm renda domiciliar inferior a um dólar por dia. Em 2005 o governo se comprometeu a reduzir o número de brasileiros em pobreza extrema a 25% do total existente em 1990 e a acabar com a fome no Brasil até 2015. Diversos programas governamentais estão em curso com o objetivo de alcançar estas metas.
No Brasil, os dados são de 2005: 92,5% das crianças e jovens entre 07 e 17 anos estão matriculados no ensino fundamental. Nas cidades, o percentual chega a 95%. O objetivo de universalizar o ensino básico de meninas e meninos foi praticamente alcançado, mas as taxas de frequência ainda são mais baixas entre os mais pobres e as crianças das regiões norte e nordeste. Outro desafio é com relação à qualidade do ensino recebida.
No Brasil, as mulheres já estudam mais que os homens, mas ainda têm menos chances de emprego, recebem menos do que homens trabalhando nas mesmas funções e ocupam os piores postos. Em 2005, a proporção de homens trabalhando com carteira assinada era de 35%, contra 26,7% das mulheres. A participação nas esferas de decisão também é pequena: as mulheres representam 8,8% dos deputados e 14,8% dos senadores.
O Brasil reduziu a mortalidade infantil (crianças com menos de um ano) de 4,7 óbitos por mil nascimentos, em 1990, para 25 em 2006. Mas a desigualdade ainda é grande: crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer do que as ricas, e as nascidas de mães negras e indígenas têm maior taxa de mortalidade. Por região, o Nordeste apresentou a maior queda nas mortes de zero a cinco anos, mas a mortalidade na infância ainda é o quase o dobro da média nacional, de acordo com o relatório Situação Mundial da Infância 2008, do Unicef.
Segundo o Relatório Nacional de Acompanhando dos ODMs do governo, houve uma redução de 12,7% na mortalidade materna entre 1997 (61,2 óbitos para 100 mil nascidos) e 2005 (54,3 óbitos para 100 mil nascidos), mas o próprio relatório admite que há subnotificações. Nas regiões Norte e Sudeste houve redução da mortalidade materna, mas ela aumentou no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul no país, segundo o Unicef.
O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a proporcionar acesso universal e gratuito para o tratamento de HIV/AIDS na rede de saúde pública. Mais de 180 mil pessoas recebem tratamento com antiretrovirais financiados pelo governo. A sólida parceria com a sociedade civil tem sido fundamental para a resposta à epidemia no país. De acordo com a UNAIDS, a prevalência de HIV no Brasil é de 0,5% e há 620 mil pessoas infectadas.
O país reduziu o índice de desmatamento, o consumo de gases que provocam o buraco na camada de ozônio e aumentou sua eficiência energética com o maior uso de fontes renováveis de energia. Acesso à água potável deve ser universalizado, mas a meta de melhorar condições de moradia – saneamento básico, vai depender dos investimentos realizados.
O Brasil foi o principal articulador da criação do G-20 nas negociações de liberalização de comércio da Rodada de Doha da Organização Mundial de Comércio. Também se destaca no esforço para universalizar o acesso a medicamentos para a Aids. O país é pró-ativo e inovador na promoção de parcerias globais usando a Cooperação Sul-Sul como veículo.
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento:
http://www.pnud.org.br/odm
OBJETIVOS DO MILÊNIO:http://www.objetivosdomilenio.org.br