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WtCOS: p.O CIO»5CÕ MOS E5TAPCS._«600 ANNO XXXV RIO DE JANEIRO. 15 DE JUNHO DE 1938 N." 1706 IDEIAGgKIIAL- gg Duduca andava com von- L^f^J Então Duduca resolveu jí^ I f Totó iria fa^T^Td7> 5^. tade ae passear de car- +fazer uma de tabuas ve_ -s burrQ g ^ foi.atre> ^V roça. mas seu pai nao que- +|has. Duduca improvisou =< '-do na pequena carro* O ria leva-lo. -, jmiaearrocinha. J -^v> ça. -A-- -J*B1 K ¦ ' æææ' Z>^²\<f A———____ ——————_—_____ .- i. ^i 'ni ^ S] l ¦ 1 '•-. "^ xÚ( ...do Totó. O resultado/ ^_5 Porém. Duduca teve uma hp. c^ pc- quando Duduca teve > ^Aj nSo sc *ez MpW-r," Totó, -*~> -jr^~ decepção, porque Totó era *" uma ideia genial, pegou Jl^r W^ r velho inimigo do gato, saiu '72, -^ muito .teimoso, não saía do ,<=*_, o gatinho de casa e n _ como uma bala e até co- iig^~^ mesmo lugar.^-S? amarreu-o na frente . . . iS2> r-^i_- queiros galgava. *-*-.

ANNO IDEIAXXXV RIO DE JANEIRO. 15 GgKIIAL-DE JUNHO DE …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01706.pdfcipal, que é o Sol. Esses corpos celestes são os cometas, cons-tituidos

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WtCOS:p.O CIO »5CÕMOS E5TAPCS._«600

ANNO XXXV RIO DE JANEIRO. 15 DE JUNHO DE 1938 N." 1706IDEIA GgKIIAL-

gg Duduca andava com von- L^ f^J Então Duduca resolveu jí^ I f Totó iria fa^T^Td7>

5^. tade ae passear de car- fazer uma de tabuas ve_ -s

burrQ g ^ foi.atre>^V roça. mas seu pai nao que- |has. Duduca improvisou =< '-do na pequena carro* Oria leva-lo. , jmiaearrocinha. J -^v> ça. -A---J* 1 K ¦ ' ' Z>^ \<f

———____ ——————_—_____ .- i. ^i 'ni

^ ] l ¦ 1 '•- . "^ xÚ( ...do Totó. O resultado /

^_5 Porém. Duduca teve uma hp. c^ pc- quando Duduca teve > ^Aj nSo sc *ez MpW-r," Totó, -*~>-jr^~ decepção, porque Totó era *" uma ideia genial, pegou Jl^r W^ r velho inimigo do gato, saiu '72,-^ muito .teimoso, não saía do ,<=*_ ,

„ o gatinho de casa e n _ como uma bala e até co-iig^~^ mesmo lugar. ^-S? amarreu-o na frente . . . iS2> r-^i_- queiros galgava.

*-*-.

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O TICO-TICO 2 — 15 — Junho 1038

I bv^*^*^ RECO-j£ ~ m\ RECO.r * 2} _t\

Cê mvm\)XymT~~

\yt7

&JBL10THECA MEãBÜLO melhor presente para ascreanças é um livro. Nos livros.Cujas .miniaturas estão dese-nhadas nesta pagina, ha mo-tivo-? da recreio e de culturapara a Infância. Bons livrosdados ás creanças sãotescolasque lhes (Iluminam a^ntelli^gencia.

p O TICO-TICOEDUCA- ENSINA- DISTRAHE

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QuandoO CEO^SB^ENCHE O

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JOSÉ' DOS SANTOS LIMA

D. ANGELINA LIMA'

Desejando correspondermo-noscom as pessoas acima, que agen-ciam assignaturas no Estado de S.Paulo, agradecemos, a quem as co-nhecer, o obséquio de enviar-nos oseu endereço.

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Reda.or-Chè-íe: Carlos Manhães Diretoi-(_>erente : A. d. Souza s Silva

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G.Q <_©'__¦© ©B V®<?®

Corpos celestesWeus netinhos:

A maioria de vocês, quando se fala da multidão de corpos

que vagueiam nos espaços celestes, não sabe destinguir o que

é um astro e c que é um planeta. A diferença, no entanto, meus

netinhos, entre um e outro é notável e VôvÔ vai estabele-

cc-la aqui, para que vocês a conheçam. Chamam-se astros ou

-N estrelas os corpos celestes que possuem luz própria, como o Sol.

Planetas são os corpos celestes que não possuem luz própria e

que apenas brilham nos espaços siderais em virtude da luz que

recebem do Sol, como sejam Venus, Marte e a Terra. A Ter-

ra, que habitamos, é assim, um planeta e os corpos celestes que

giram em redor dos planetas recebem o nome de satélites. A

Lua, por exemplo, que todos vocês bem conhecem é um satéli-

te da Terra. E é só a Terra que possue satélites ? - Não. Ou-

tros planetas também os possuem, alguns até em numero consi-

deravel. Ha ainda, meus netinhos, outros corpos celestes que,' escrevendo curvas muito longas, giram em redor do astro prin-

cipal, que é o Sol. Esses corpos celestes são os cometas, cons-

tituidos de uma parte central, ou cabeça do cometa, e de uma

cauda, muito longa, formada de gazes. Todos os astros, todos

os planetas, todos os cometas não estão, um minuto siquer, imo-

veis' no espaço. Andam sempre a girar na amplidão celeste,

acompanhando outros. Nesse caminhar incessante descrevem to-

das orbitas mais ou menos diferentes, tudo numa velocidade es-

pantosa, muitas vezes impossível de ser calculada.

E' dos mais interessantes e dos mais dificeis o estudo dos

corpos celestes, da astronomia, da mecânica celeste. Mas vocês,

que estão estudando com afinco, hão de ter ocasião de devassar,

com a obtenção de conhecimentos, iodos os segredos que cercam

os corpos que povoam os ecos.

VÔVÔ

Brasil!De pé e perfilados, meninos! Co-

lunas de almas e de músculos, debrio e de honra, da terra ao ceu!Divina esperança da Pátria muitoquerida! Nem gestos, nem palavras,que pertubem a paz do mundo! Queuma única palavra nos reúne, sobo palio da auri-verde bandeira, nap__ o na guerra! Palavra de ho-mem livre!

BRASIL!

No lar e na escola, na ciaaüe eno campo, na imensidade do mar,seja, ainda, essa a palavra de uni-ão e de fraternidade, simbolo danossa força e do nosso amor pelaliberdade!

BRASIL!

Que nossos corações, reunidos,pulsem como um só coração — omaior e mais fervoroso de toda aAmerica! Belos e fortes, radiantesde alegria e felicidade, da terra aoceu! Na luz e na treva, por umapalavra sagrada nos reconheça-mos!

BRASIL !

Hino e prece, luz e perfume, sejaalto e grande o nosso canto o hinotriumphal da união indissolúvel detodos os brasileiros!

Hoje, o Brasil se levanta,como um só homem, de pé!A mocidade é que cantahinos de amor e de fé!

João de Camargo

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O TICO-TICO15 -.. .Junho — 1938

ii miopiaA miopia é

uma lesão que,embora incura-

vel, pôde serfacilmente ale-

nuada pcl0 us')%de óculos con-vciiientes. Nãoé bom forçara vista, paraver ou para ler.

Quando a visãocomera a fallar

d c v c - se usar

ocnlos.

(.niiiiii"'•iii

a** * ,„-"*h /jillf V#<«IÍ*W r

"TIV

A casa que vocês vêem na gravura acima parece estar abandonada.Mas tal nao acontece. Tem ela tres mordores que facilmente serão encon-trados no desenho. Onde estão eles?

X

'iSz^- __ _.

Nunca te ar-rependas dc terfeito o bem,mesmo quando,em paga do teubeneficio, rece-bas uma ingra-tidão.

••

Nunca prati-ques ação daqual te enver-gonhes.

A gratidão éuma das pri-meiras vir-tudes.

Rodeada dos cincos netinhos louroòa avózinha lia tremulamente uma vc-lha folha de papel, amarelada pelotempo.

Através os grossos vidros do óculoviam-se em seus olhinhos já gastos,um brilho de alegria luzir, e no sem-blante alegre das crianças que ouvi-am atentamente, estampava-se o pra-zer e a ancíedade com que acompa-nhavam a graciosa historia que a avo-zinha contava.

E a velhinha animada lia, lia, pa-recendo rejuvenescer, em suas pala-vras ditas em tom prazenteiro a his-toria desenrolava-se cada vez, maisinteressante e bela.

O que a vovosinhaescreveu...

No enredo genuinamente iní.transparecia o valor precioso do cc-rebrozinho juvenil que a creara.

Quem visse a avózinha lendo as-sim feUz vislumbraria em seu vene-ravel semblante u mreflexo de sa-.-dade, ligeiramente abreviado pelaalegria e atenção que ali em seu re-dor reinava.

E finalmente num ultimo suspiro desatisfação terminou a avózinha a lin-da historia recebendo em paga uma

chuva dc aplausos entre beijos cabraços ternos.

Súbito, um semblante anuviou-õee deixou transparecer uma tristezasaudosa, e acariciando com os tre-mulos dedos o papel amarelo, deixourolar silenciosamente sobre a faceenrugadinha uma lagrima teimosa,que significava saudade... e pra-zer...

Aquele conto floreado de belaspalavras, e vivido com gracioso e mo-desto realce, íôra ela quem escre-vc.:. ..

Odetc de Souza Pereira

Como são tristes os dias do Iu-\ tinof

Mal desponta o dia, principiámosa sentir a sua influencia melauco-tica !

Là fora, tudo é silencio. Atravéso vidro transparente da janela, avis-tarn-se as arvores, despidas de suasbelas folhas quc, outr'ora, benéfica-das pela graciosa Primavera, vibra-ram, viçosas.

Não mais se ouve o alegre rhil-rear dos pássaros ; dentro do ninho,bem agasalhadinlii.s, í-les se protegemcontra o frio.

O céo, turv0 e nublado, nos faz re-cordar o puro azul celeste dos diasde Verão, em quc a atmosfera, im-

INVERNOpregnada do delicado poifuine dasflores, proporcionava-nos as B(veis horas a0 ar livre.

... E os dias, longos, vão passan-do, lentamente, mergulhados na lugi:-bre e triste jornada, desse Inverno'•severo", que espalha nalma da gentereflexos de sua monótona melancolia.

Meu coração tanibeni está triste !Por que será ?

Manuseando vagarosamente as pa-ginas amareleeidas de um velho li-vro de Poesia*, deparo com um sen-

timental verso quc tem por titulo :"Saudades".)í verdade ! Saudades ! ... O In-

\erno lambem nos traz saudades, rc-cordações ! . . . dc quem ? De ai-gum ente querido, quc esteja lon-gc ... talvez ! — porém, quem nãotem ninguém ausente, tambem sentesaudades, mas saudades dos dias ale-gres do Verão, da benfazeja mã0 daPrimavera gentil, dos maviosos gor-geios dos rouxinóis c d> s cintilantes

Inhos dc sol;

Inverno ... Tristeza ... Saudade ..,

Odette de SoüZA PEnrirjí

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~w »---"«—| ————— g-r-, ç j^ __ N-Q tendam receio! Um \ C^j^Jf" í (/

'

~ Uú! - Coragem, meus amigos' J^^ °" tlois ursos nSo nOS ****** «T // , ^<i• j Uú! Vamos atacar o urso! // O »«*»¦> __^_^__^ /^ /& H 7 l ÍS&&

I llHINl ^gjj^í^*"—"^—" muiI- «• —) <^n I - Olhem o "inimigo"! N.ior

; -lUl,lil1 j

-Uú! Uú! -Vamo, avançando^o) ^0 fè ,^;rso ! l-V " ™ < »"»}

//'"p f* _ ^ Ufl |

• ti* f./glr-^^— 1—^tm_m_________x____mmMam-ta-maa-- —- — "* ' ~*

vento* chamava-se Zachanas jansen. e a ele SC deve tambem microsc0pioS sem defeitos, ^^

do oeulo de alcance.

I

O

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O TICO-TICO G — 15 — Junho 1933

RíUtE BUNTING HISTORIA DE AVENTU-RAS EMPOLGANTES

(CONTINUA ÇÃ O N.° 5 5 )

— Logodepois deBenjy tervoltadopura juii-to dc Ba-lie, F c t-leis con-duz o bar-co - r e s i-dencia pa-ra o meiodo canal.

— Creio (jue oestamos vendopela u 11 i in ;ivez . . .

— Mas ha de viver bemcom aquele dinheiro querecebeu, pelo menos du-rante os primeiros tempos.

— Liem, voutrabalhai* . . .Verei vo-cê logomais?

— Engraçado . . .Fetters não quiz queeu entrasse no barcodele, c agora Benjydá-me o fora . . .

Sil / — Estou ficando dis- DN I 7 %^g Ul I traida, deixei meu ca- IppS___=?!€ V derninho em cima da 1;7 I *^

do h o t e 1, ^gffl//jk i'\^( K-furf mj^É — Chegando ao alto da escada, Babe vêuma hora J_^f| [ iV^B_*jj_f*[|ff. __> Benjy a sair do quarto de sua mãe.

to. '".'fJm. :^_f ~ Lá es'á ° caderninho em cima da se-JlÍBg7 cretária. Quando Babe vai apanhá-lo,

(CONTINUA N O PRÓXIMO N U M E R O )

cToTc^ ik i _%_ nr ^ m MO;!Os dias que vão tão Un. «jue não voltam, jamais !Minhas bonecas, meus livrosc 0 tugurio de meus pais.

Meus passarinhos sem penas ;borboletas que falais,estrelas que em vindo á Terraem novos céos fulgurais ;

Quem me dera a vossa idad.vossos brincos infantis,que nie trazem á lembrançao tempo em que fui feliz !

Quizera a vossa alegria,vossa graça, vossa idade !Mas, em vez de tudo issosó mo chega esta saudade !

LlLl N II A F-RNAKDB.

0 VENDEDOR DE AMENDOINSSob uma chuva

torrencial, aquelegurisinho, todo en-colhido, numa vo_d c b i 1, apregoavasem cesssar :

A m e n d o i m,torradinho, a cemréis o pacote . . .

Mas os transeuntespassavam indiferer.-tes, sem lhe conce-der, siquer, umolhar.

Uma ou outracriança ainda cha-mava a atenção dosprogenitores, pediu-do :

'Mamãe, con.-pra-me amendoim ?

Mas os pais delica-damente puxaram amãosinha da crian-ça sem se dignaremolhar o pequenovendedor.

E êle sem dartempo que a triste-za lhe ensombreassoo rosto, ia já maisadiante oferecer osseus amendoins.

Sem me poderconter, aproximei-me do pequeno e,antes que eu pu-desse dizer algo, foilogo dizendo :

Amendoim ! Acem réis o pacote !

Estendi, então, amão c dei-lhe algu-mas pratas que coma mais visível sur-presa, indagou-me :

Quantos paço-tes, deseja ?

Fiz-lhe, então, umgesto negativo, dan-do a compreenderque nenhum pacotequeria.

Ele, então, muitoadmirado, e em tomaltivo, entregou-nii"as moedas, dizendo-me :

Agradeço, mastrabalho e não care-ço de esmolas.

Abaixou, então.envergonhadamente

a cabeça, compre-endendo que eu 0humilhara, pois ten-tara dar-lhe o di-nheiro que êle nãotrabalhara paia ça-nhá-lo, pois fora so-mente movida pelacompaixão que dera-lhe, porque, apesardele ser um simplesvendedor de amou-doim, também pos-suia o seu orgulho eamor próprio.S. OLCA JANISZF.

WSKA

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O TICO-TICO 8 — 15 — Junho — 193SfgrjL > ia

fytâpP ^@ . ^^yA |

Terminada a lutalem que "Pernambuco", demonstrando

suas grandes qualidades como "boxeur" derrotou com faci-lidada um monstruoso adversário, êle e o ex-comandante fica-

, ram parados á porta do estádio . . .

... do circo sem poderem sair, porque uma multidão os espe-rava para lincha-los, para vingar-se do comandante, devidoao barulho que esteifizera na platéa. Agora os mexicanos que-riam desforrar-se daquele velho audacioso.

O comandante, apelar de correr como um louco atraide "Pernambuco", ainda lavou umas cacetadas, emquanto"Pernambuco",

qua não podia contar o riso. devido á car*apavorada do velho lobo do mar diante daquela multidão...

. . . enfurecida. Corria para a estação já com o dinheiro daspassagens no bolso. A pequena bolsa que

"Pernambuco" ti.nha qanho na luta, recebera-a no circo. Pegaram o trem emmovimento porque este ia saindo.

r á =\ P P^M£E§yh~. yjyg

Depois da algumas ttorai da viagem. Viram cheios dataudides o mar onda ta sentiam tão a vontade como sa es-tivessem chegando os; próprios lares. O porto .. .

. . . pertencia a uma pequena cidade do "litoral

mexicano foivisto e os dois marujos acharam um navio para voltarem átaventuras nos mares, a procura da noiva da "Pernambuco.'*

(Continua no próximo número].

W^"E."^

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i pedra encantadaAVENTURAS ARREBATADO-

"

RAS DE BARREAUX

[Continuação do numero 32)

^yc*yfíU/MARIO E MARIA, OCAS CRIANÇAS DA

ÉPOCA MODERNA, FORAM A1>0-TADAS POR l.MA TRIBU PRE*

HISTÓRICA

— Está na hora da lição, Sun I Os teus ami-guinhos podem tambem praticar.

,4ty~®» ^^^ ií M jiü3^fc *-¦ "- y^*-~-.y

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w i.ii Mi A

f — Rela idéa !»[, — Tambem

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Atenção, para não errar o alvo

Tp -/ fSí

— Penso q u c — Penso quenão atirarei tão voei- atirarabem bem.

- Fazendo bem a mira, acer-tara no alvo.

— Comoacertou?

..•*,—.—

— Foi per-feito.

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w^yAmir^ [

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MiNO DIA SEGUINTE — Vamos caçar ur-

sos.

— Para onde vão vo-|cês 1

MIM»

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teRV' 7ÍMÉÍ

íi«fe'Jp °$/J^f^n: e r o)

K£^Al\ O » * 5

(Continua no p r ó x

TODA SOMBRA É UMA GENEROSIDADE DA ARVO

O HOMEM

VALE PELO

•***S*SS^S*^SS*S**m»*J •/•*-*"-*-•¦•.

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15 — Junho — lír3S — 9 O T . t: 0 . T 1 c o

^——— I .

^^ /,' __^_VV. ÍMl -tf _______W r"d:5ens co Rio Ni;o, em grandeTf ;'¦ y \J!m^^\\\y WÊn Cimãradaçem com os crocodi-M ^4^^ V\ j__________B los. Estes passarcs chegam a pe-

urras lendárias banhadas pelo Ni!o cVaçrcso,

ra urra infin dade de animais curiosos adorados pelas

pcpJaqoes primitivas como divindades poderosas. Aqui

e d.reita, vemos uma espécie de grcu coroado que é

um verdadeiro Deus em certas regiões do Egito !

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O TICO-TICO 10 - 15 ___ Junh© — 19.3

As aventuras do Camondongo Mickey'{Desenhos dt Walter Disney . M. B. /u-r-j. exclusividade pira £> %~ICO-TICO em todo o Brasília

Para onde terá ido aquele endemo-ninhado ? Hei de espatif.i-lo quando Oencontrar !!!

Tenho de ter cuidado ! Pôde ser c.ueêle não esteja muito longe.. < '

Este é um bom loí|ar par. ._

...aquele velho truc indiano,., Tomeagora, seu malvado '!!

O senhor venecu-me,.. ..

...concordo!'! Mas nunca suppulque um atirador armado quizesse...

;. ..levar vantagem sobre um suieitocom uma espingarda vasta ü!

Sc o senhor quizesse lutar braço abraço, como de homem para homem—.

' S ^*_ ííil 0SL. i^s ff^A^m.,"A .*** -—- • ' -AçAA^ -~^ _____ ______ :""__—.—_____

. . .eu não me importaria de arriscarfosse o que losse. ..

...mas... — Está bem. seu excomun dc qualquer maneira... Ah. ah'Ügado... acceito brigarei com você., apar.liei-te agora ! Tome. tome !!! hem?...

r" _.. i rz 1 •* I} \ °A) lio [A 5 r/-

~7-^<rrT\ ^*S£»_ ¦ * 1 í^^^J^A^Z W<* '''Al ¦^-Ggí3"*~^_ .__. .^«Oh.céos!!! está sem bala !!! — Ea Farei tudo para agradar-lhe. seu ban-go. Bem atraz de você, seu patife !'J Ve|ara defenda se. seu rato !!l Tome _eu di sc pôde brigar com nsmãps. seu covarde! dido !oado ' Tome mais esta — Mas certamente qrfe posso [Continua no próximo numero)¦_

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* ' ( r— "

| — Aqui vou encontrar

a ' Kc--3^/ /L-C**'.'-- /"7l o, I VvV°sVvo 1 um melo de entrar no -,As í h%, '^W, , / W^H [""Ij i—• x^

iiidicu. /M/WiiM ^áfo^^lk&v Mor,lcpapeis-: peor -^"^®^™-^ J--^m~ Ms&s' ^ ^-^rPFl

CONCLUSÃO DO ^^}~W^. \*^^'''&£^ ^^

I^M ^1^4^^'

episódio ;| Tí$^1&A^ffi- %-m)\ 1/ / H——? ,r^ _ij. ¦¦¦¦¦lafiT i^ ¦ J'i"' ^ - ._/' --tS»t&r--^r*---~^-*----^A *-**^WM S^-fe^T^- ¦"•"*

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1Í_____ "'

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A CAUDA D O PAVÃOA cauda do pavão é belíssima. Não se poderia porém tirr.r ns tintas

da cauda do pavão e aplicn-las na b if. r* de um quadro, porque não ha ma-teria ou pigmento corante na mesma. Isso se poderá provar facilmente se-gurando uma pena do pavão, tirada da cauda, paralelamente aos raios da luz.Verificar-se-á, então, c-nc rsâas peno- são inteiramente pretas. As partes

de còr são formadas por listras de pequenos

compartimentos, cobertos por uma camada transparente que age como sefosse constituída por um numero extraordinário de prismas, produzindo assimo belo efeito irisado. A ausência de matéria corante não se encontra limitadaás penas do pavão.

As bolhas de sabão, que parecem nr.uis no ar, não têm cor de espéciealguma.

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O í i C i! - T l C — 12 —

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS

15 _ Junho — I!)3S

(Desenho de l héo)

Tinoco mostrou a Mister Brown . . .bctume c contou-lhe uma hi Uma vez transportava um dessesum tambor dc ferro, desses de toria curiosa que se passara com tambores quando, do alto dc umaguardar... c!c. colina, avistou...

...um urso que avançava para ele. Meteu-se no tambor c lançou-se, ...esmagada! Mister Brown, mes-Sem armas, tomou uma resolução rolando, sobre a fera desprevenida mo vendo o tambor dc ferro, nãodesesperada! que ficou... acreditou muito na historia.

«•«•¦«•¦'•ii'-*V*w^*w»V,V%^i«íN*'*gr*V»«r' «l'**l«^^^^*^*^^W-*W*rf**^,^i

ROBLE MM. Jm\& I1WTERES§AIV'E,ES

Oferecemos aos nossos amiguinhos um motivosoberbo dc ginástica dc inteligência. E' uma modalidadedos problemas de palavras cruzadas.

,[T[ ís]R 0 M D U

a->MM-aaaaaaaaaaaaaaaaaaa- _.. HBBaH|

_l_ H|N |B 1 |a[c|T

Em lugar das letras precisa encontrar algarismosde 1 até 15, que tanto nas linhas horizontais como nasverticais dêem a soma de 27. Para facilitar a soluçãodamos abaixo uma chave :

11.S.8.14.15.13.7.4.10.4.2 ~ 6.7.4.15.11.8.5.11.7.4 — Primeira revista de arte e literatura no\rasil,

2.1.4.8.9.2 — Revista cm rotogravura e offset.10.11.12.5.4.7.13.5 — A revista cinematogra-

phica dc maior tiragem no Brasil.1.2.3.4 — 5 — 6.2.7.3.4.3.2 — A preferida

revivta das Senhoras Brasileiras.4.7.13.5 -- 3.5 — 6.2.7.3.4.7 — Revista femi-

nina que ensina trabalhos artísticos.2 — 13.11.10.2 — 13.11.10.2 — A mais antiga

e a mais interessante revista para crianças no Brasil.Note bem :

ã corresponde ao mesmo algarismo que at* f» i» N

c

As "chaves", para completa elucidação do pro-

blcma, são as que se seguem. Conhecidas, terão osnossos amiguinhos facilidade de compor ou resolveroutros problemas :12 3 4 5 8 7 -S ÍI 10 11 12 13 14 15

u s1 D

5 9 11 S 1 12 2 7 13 13 14

modacbrl ti c i n ta 1> c d e h i 1 "i n o r •;

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MING FOO Novela de Brandon WalshContinuação n. 56

GOU A BRECA, .UNGI OS PlflA- - CONTINUAREI A SUSTKNTAI! QUÊARMARAM-NOS UMA RATOEI- A SABEDORIA TEM REiÉSDIO PARA

TUDO.CIA.

— TUDO ESTA PRONTO. — SÁBIO 6 o DITADO :QUANDO OS COVARDES NAO Ê COM 0 VICIO QUEAQUI CHEGAREM, OS SE ENGANA A VIRTUDE,NOSSOS TAM - TAMS LAN- MAS, PELO CONTRA»ÇARÃO O SINAL DE R I O.GUERRA.

wy__z~wmm

y^~ ___ *^_V-r——. "^FÕGLi'r~*F- **__ JmttLJ&*í}sZ^Stf& S

J^^^_^

-____SÍ____________

0 PIRATA CHANG-HO JÁ MATOU MUITOS DE NÓS,LEVOU OUTROS COMO

i '

v '..:'¦¦ '..-.. ° ^-

(Continua no próximo número)

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O TICO-TICO

Rotaçãoda Terra

A Tata gira emtorno de si mearas,na direção d- oestepara este. Ern vintee quatro ho.'i£ dáuma volta ccmpíet.?sobre si mesma. Avelocidade dessemovimento üt> ro;r:-ção é, no equador,

ce quatrocentos esessenta metros porsegundo

— 14 —

1 " :** .^ ^ ° s * & ° ? F

———'—*•'' -. - iO garoto que vocês vêem na gravura acima está, nu-ma aldeia da America, onde cae neve, a formar um bo-neco que, pensa ê!e, irá amedrontar suas oito irmázinhas

que estão em casa. Mas está enganado o garoto. As oitoirmazinhas estão no desenho, a espia-lo. Onde estão elas'

15 — Junho — 1Í138

BiologiaChama-se biolo-

gia ao estudo da dis-trjbuição da vidasobre a superficieco palneta, onde vi-vemos. Essa vida,como é facii de vo-cês saberem, tanto

pode ser animal co-mo vegetal e na suadistribuição inter-vêem vários fatorescomo seja o ambien-te físico.

-I,-"ll--ll-llllll-,,1-**™*a__R_^MHniM__M__»__A bondade, a delicadeza, a polidez,são as chaves de curo de toda a ri-queza, de todo o poder e de toda afelicidade na terra.

Muito mais do que um nome il-lustre, do que o saber e a fortuna,conquistam essas qualidades, todo osecrações.

Entre um carregador de pesadosfardos, que nos serve com solicitude,interessando-se pela sorte de nosso;ar e de nossos negocio-, e o compa-rheiro seco e frio de trabalho, colo-cado lá em cima dois degraus, espe-rendo um cumprimento- ningu-.m du-vida crde está o homem de confian-ça e nosso am:go.

O primeiro, apesar do rude aspe-cio, ainda é mais rnbio e intelite, sem duvida. Ficou no sou postode trabalho mam-a!, apenas, cr.de,ás vezes, com mais ampla visão esensatez, vê as cousas mais precio-sas do mur.do. O outio leu, mas, aãoentendeu cs :.eus livros. E nunca i,-ve ás mãos um tratado de bon senso,de poiidcz e da verdadeira ciência daVida.

Raramente, durante o dia, oi.n umalinguagem mais ed.vada e instrutivarica de conhecimentos e bons precei-

Bondade e mf ..jcm pretenção, do que a do meu

engraxate, risonho e polido, írr.dian-do felicidade.

Agora, felizmente, tenho em casa,mais do que nunca, um modelo vivoe lindo de meiguice e de polidez.Delicada como uma princeca. E' aSilvia Helena, minha netinha, aosdois anos de idad^.

Quando o dia vem clareando, nãoconsegue mais dormir. Acorria can-tarolando e dizendo coisas meigaspara acordar-me. Enquanto o Uras ofazem chorando, gritando.

MT1

— Bom dia, vovó! Diz, sor;indo, esacudindo a cabecinha loira, tiran-do, com a mãozinha, os cabelos se-dosos dos olhos. Onde tá vovó? Es-crevendo? Vou lá com vôvô..J

Lá vem o anjinho, ao primeiro cia-rão do dia, qual um beijo do cou.Nem sabe como fazer para agra-dar-me de tanta solicitude. Fassa-mea mãozirha de veludo pela calva,pelo rosto, dadivosa e ansiosa de ca-ricias.

Depois, vai em busca dos pais edo maninho. A todos dá bom dia ecarinhos.

Ao lhe carem uma bala, uin doce,até um brinquedo, quer dois, quertres, perque olha em torno, põe-st. apensar, e diz: Outro para Babá, a suaama; outro, pro maninho.

E' uma dádiva constante de bele-za, de meiguice, de polidez e de bon-dade.

Não precisará ser grande, nem sa-bia, nem milionária, a Sifvia Hele-na, minha loira e querida netinha,que já leva consigo a chave de ourode sua felicidade na teria.

João de Caniurjo

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15 — Junho — 1938

JLYEIVTU

— 15 — O TICO-TICO

CMIQUiraHO

// 11 r7-1 ***3kt, r

^W ü_ -_ 1Chiquinho improvisou um dia um ele- bo a peor parte ao Jagunça <;ue tinha do com cs^e esforço, mas um trabalha-

vador. Mas, como em todas as travessuras que "bancar" o motor paia puxar. O ca- dor que viu a cena resolveu libertar o po-dele, ha sempre uma vitima, desta vei coti- chorro estava verdadeiramente sacrifica- bre animal.

B cortou o cabo do "elevador". Jagunço con o peso dos passageiros que se arrepen- Jagunço, dtrr*.i.s de libertado, ainda estáücnii radiante, mas o elevador despencou deram sinceramente da prova. rindo!

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O TICO-TICO J." — ..imlin — •

¦ . £J, àtVF ji_* ____¦_'"_ \ » _''<-"-* _____________

t "^ "*i X"B _r/v'--^''X**-xB

~~"~*---' B'" ***--. '¦ 'l^fim\ Wrmi

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\m\Jm 1" ' ______-»^^___É ; ¦—.« , \ <***=>¦**•>¦ : x*xxJj x.._

Os selvaqens amarraram SPOT e iam pendura-lo no mesmo luga- em que estava Miquimba. Mas quando . . .

...passa-am-lhe uma corda no.pescc^o SPOT pensou que se não

re_-9--.se a femno seria fatalmente sacrificado com . . . uB_fcT "^ -______S "^in

/- / bÍ> <>Jm\\\m

' .- Vx ^'~ <sm\ f '¦' ' ~fl

\X* (/X .! X .:¦'J| ^A

. . . Miquimba por aquele» selvagens, b, rápido como um raio,

deu um bi'__ ro req-o ou- estava atrai dele e |oqou o n-»s-mo e— c - 1 do» o_'-_¦ tei .-1 o . . .

. incansável , rio SPOT _¦1. i S?OT e Miquimba.

1 io próilmo núme-c'.

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O Mistério dosri Diamantes amarelos - A ii ;ií.-;!í\.i ri- vyy yiy~ -- por Aloysio <^)

... vira dois negros aue me osprf^-ivam 40 lon-Como um guarda fiol. o elefante Jambo acompa ...

gr;t0 de alarme era ouvido a aproximação do menor perigo Certa vez, eu ge . . (Continua no próximo número).'nhava sempre os meus passos e seu formidável ... fng afastava descuidado, procurando ovos do avestruz pelostaic_'S imensos, quan-. ^^^___.....í.üü.s_____________________^_______

' ^^^ _f_8S___*____rl do a voi de Jambo anunciou aflito: um perigo !'Ele .. HR^Ni

_P£\«vE -_t*_j_\\à Ml JÁ'JBB¥Ls. I \***w»^^

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n TICO-TICO 18 — lõ — Junho — 1ÍI3S

CuriosidadesO carroussel ou

"cavalinhos", segundo a designa-ção popular, f«_iinventado porum alemão fabri-cante de brinque-dos, ha uns cemanos, mais ou me-nos, que consc-guiu, assim,transforma r-se em figura mui-to popular dotempo.

O c a r r o u s-sei teve um êxitoimpressionante a-través da Europainteira. Adultose crianças acha-ram-no uma obraprima e uma sur-presa fenomenal.Da Europa, ocarroussel passoupara a America,primeiro para osEstados Unidos.Os c a r r o u s-seis mais ricos daAlemanha e daÁustria aprescn-tam cavalos depáu, magnífica-mente ajaezados,e havia muitagente que se ves-tia com ricas fan-tasias, á moda decruzados e de fi-dalgos da Renas-cença.

ialogo d« pescadores

^sk&J^ÍÉfêslkijjâ — Por que será que o Zéca não

está prestando atenção á pesca-ria ?

J_>> #_*__

~f**v_JÜti

— Ê porque as fériasestão próximas e êle

quer deixar alguns pei-xes para quando vier

pescar todos os dias.

nlhi ca W <?.k y^\''

O álcoolSão incontáveis

os malefícios pro-duzidos pela In-gestão do álcool.O indivíduo queingere álcool,sem ser por pres-c r i ç ão medica,vai, pouco a pou-co, embrutccendoo cérebro, per-dendo a iniclati-va, a diligencia, avontade, tornan-do-se improduti--vo, s o n o 1 c n-to, doente, inde-sejavel. O bebe-dor habitualadoenta o orga-nismo e sofre osmaiores padeci-mentos, transmi-tindo à prole ospeores males quese podam imagi-nar, como sejama epilepsia e aloucura. 0 álcooldeve ter a suaaplicação c o n ocombusti-vel ou remédio,quando receitadopelo medico.

Vanda — Estavas lendo ?Aríete — Sim. . . cultivando o e. pi-

rito.Vanda — Algum romance Policial ?Aríete — Não Vanda... nunca gos-

tei de lêr romances, quanto mais policial.Vanda — Pois é a minha leitura pre-

Ferida.Aríete — Que gosto!... Exi.tem tantos

livros bons para lermos,Vanda — Quaes são ?Aríete — Este por exemplo, que eu

leio...Vanda — Que livro é este ?Aríete — Historias e Fábulas.VanJa — Fábulas 1Aríete — Sim... porque te admiras?Vanda — São as fábulas a tua lei-

tura preferida ?Aríete — Sim... e tambem gosto de

lir os contos dc carochinha.Vanda —¦ Tem graça!..,Aríete — Porque tu ris ?Vanda — Nada — acho interessante

¦ tua escolha.

DIALOGOArlote — E nâo é uma leitura bôa ?Vanda — Mas... tu ainda acreditas

•m contos de carochinha e fábulas ?Aríete — E o que dizes tu de taes

romances policiaeí.Vanda — S.nsacionalista, emocio»

nante...Aríete — Sim... inteiramente noci-

vas, essas historias de crimes, esses contosde bandidos, leituras que formam espíritosdoentios.

Vanda — E as fábulas que dizes.tanto gostar de lêr e os contos de carochi-nha... fantasias impossíveis... não é?

Aríete — Nem tnnto... os contos decarochinha sim... mas próprios para crian-ças e as fábulas encerram sempre boas li-çCcs.

Vanda — Qucr dizer que detestas osromances.

Aríete — Sim... e todas Iiacionalistas.

Vanda — Porque tAríete — Prejudicam o sen3_te_to...

principalmente para nós criança., q ¦da estudamos.

Vanda — Não creio.Aríete — Minha amiga, dizem os bons

mestres que as amizades t as leituras de-vera ser escolhidas.

Vanda — Póde ser que tenhas ra-zâo mas... vou pensar no que acabas deme dizer... até amanhã.

Aríete — Até amanhã Vanda, sê me-nos stnsacionalista e volta.

YOLANDA RIBEIRO

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AS AVENTURASDO

CAZUZINHAHISTORIA MUDA

DESWINNERTON

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^^>^ OJ*^' (^ " ; Menino!

V-^_£§3* « ' '—g Q^^^^^w^^fe>»^ «^J__^_^_L SOCIEDA-I3^ü) »\y|i 1 pT. ~FZ7 \w% 1 DE" QUEM È;T>~1 Jl '' X~^^ lt\X\ {DISCIPL1-

rí^ W/^SBi JBfcZ^**^^ «*«*««-«*»-. II í^^S^S£Tlf_, r-„.tif..t) 7.?x5 :; li \i :

A O R D E M E A PRIMEIRA LEI DO CEO. * [

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i vM 111 " ! dAMJ ¦I

Ia o Chaves en

E, na véspera, o Jatfão."Seu

filhinho pequerL!ie pediu: — Dà-me um tostão?...

O Chaves remexe 03 bolsos...— Os meus níqueis acabe:.

Porém, não fiques zanpad

Amanhã eu te d*rei...

No dia seguinte, á tar.'.í,

Na hora da despedida.1 viva junto do chefeA familia comovida...

Embota todo- ¦

Pelo pai que se ausentava.De iodos, ali reunidos,

Er3 o João quem mais chor*

0 tostão do JoãosinhQ(CASO VERIDIC

Ao ver tanto... sentir: ¦

Do seu travesso Joãozir.

(Continua no próximo numere

Diz-lhe o Chaves, com vo;[tre*

Não chores mais, meu[filhinho '. ..

Teu papai não se demoraMuito breve voltaráTra;endo-te um papagaioE um macaco do Pará. . .

O Joãozinho, entre soluçosPergunta, na mesma hora :

Pensa, então, que eu fon[chr

Porque você... vai-se emboi

E acrescentou, com franqu :Esta ingênua explicação :— Eu rou chorando perVocê não deu... meu tosta

EUSTORGIO WANDERI

O R D E fl É A PRIMEIRA LEI DO CÉO.

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ANO IV

Orgío doj leitore»dO TICO-TICO MEU JORNAL

DIRETOR : — Chiquinho — Colaboradores — Iodes que quizerem

S." 2 1

A creança diz nojcnial o que que*

Nem tudo que reluz éouro

D. Maria é professora deuma grande classe, c nestaestada uma menina de dc/

apenas, chamada Lu-cia.

Esta é uma pequena :nore-na, de olhos castanhos, ca-belos pretos, e as faces ro*

is ; é muito mimosa.Todos os dias, a professo-

j.i passa trabalho para casat- ela é uma «Ias que tira no-tas mais altas.

lluje, foi dia de exame c-,pôr isso, Lúcia estava mui-to nervosa, pois não sabianada dc matéria alguma ;chegou, porém, a hora de\èr quem era estudioso ; Lu-

deixou a prova toda eu*branco, só assinara seu no-me.

Depois de corrigidas ,sprovas, a i professora iiceuna incerteza, p<us a meninaera a mais adiantada, entre

c< ilesas e fora repro--. ..«Ia.

N i dia cm que todas ascrianças se reuniram úo pa-fee «ia escola, Lúcia era ama• Ias mais tristes, pois não ha-via passadd c tinha que re-pi tir outro ano na mesmaiciic.

Foi para casa* No anovindouro, sua mãe foi mã-triculú-la e a professora in-dágou se a ensinavam emcasa ; a mãe disse que a ma-na fazia os exercícios queila passava para fazer oiu

. D. Maria, então, dissj nuefoi por iss„ que ela não foropromovida, e que sempre eladizia a todos que Lúcia eraa aluna mais estudiosa deMia classe.

As aparências enganam cpara justificar isso é que«xiste o grande rifão :

— Nem tudo que reluz écuro,

Piii.i.armixa Diniz

Jdéas, livros e autoresReconheço que já perdi

tempo, lendo aventuras ba-nais, quando ainda tateavaentre a pouca cultura e odesejo de progredir.

Depois, fui alargando mi-nha compreensão, e a vonta-dc dc conhecer os grandesmestres da pena, criou ral-zes em meu espirito.

\ biblioteca «le meu paifo] sendo pesquisada pormim, á medida da minhacapacidade intelectual.

Primeiro travei conheci-mento com os grandes cscii-tores c poetas da nossa lin-gua, passando, então, após,ao conhecimento dos valo-rt-s estrangeiros.

Que horas de estudo e deprazer eles me proporciona-ram !

Muito tenho aproveitadocom as boas leituras, e possoafirmar que conhecendo ascbras alheias, muito mais fa-cilidade teremos em Julgaras nossas. ',

Amo os livros, e conside-ro-os preciosos amigos, di-gnos de carinho e admira-ção !

Seus autores são bcmfei-tens da humanidade.

£les dão ao mundo os seusesforços, o seu talento, a suaimaginação, a sua vida, assuas obras — produto deseus cérebros elevados !

ÍHes são a idéa ; o pensa-mento.

São os artistas, que, no pai-co da vida, celebram a suaprópria consagração, en-tre os aplausos da imortali-dade :

AollNÔRA DE CaRVOLIVA

O INGLESINHOO ingk-sinho bem vestido

parou na avenida Rio Branco.

Seus olhinhos claros e vi-vos, extasiaram-se dianteda bela metrópole que seerguia triunfalmente á suafrente ; ao lado direito, aCinelandia, na sua alegresinfonia multicôr vibrava ;uo fim da avenida ; junto àpraça Paris, avistava-se abaia de Guanabara, tin todo

seu esplendor, refulginoo. i»s raios do sol. Ao ladoesquerdo, o magestoso edifi-cio da Biblioteca Nacionalcontribuía Para a reuniãoembelezado» da avenida.

ogo ao centro, no belo jai-dim que ali se encontra, aselva fresca e verdinha, gra-ciosamente ornada por ou-trás flores, contornava a be-Ia estatua do Marechal deFerro.

O dia era lindo ; um «lês-se-* «lias dc Verão, em queo céo é puro e azul, e a ei-dade dourada pelos raios desol vibra ainda mais sob ainfluencia festiva da Niitu-reza ; um dia ardente, comosó Casimiro de Abreu pode-ria descrever !

Os ônibus passavam, ve-lozes, na sua incansável jor-uada, e o barulho ènsurde-cedor <h>s carros e bondes

cenfundia-se com a voz cá-lida e forte de Carmen deMiranda, entoando uma ale-gre batucada.

O inglesinho continuavaolhando, obsecado com aagitação febril da cidade ea beleza da benéfica Nature-za abençoada pela mão sa-crosanta de Deus 1

Em dado momento, em seurostinho claro e sedento,uma sombra de tristeza pai-rou. Êle sentia saudades!...Embora admirasse este Bra-sil hospitaleiro c amigo, sen-tia saudades de sua queridaLondres ! Era justo !

Quem é que não tem sau-dades de sua Pátria, quandoestá longe do solo querido,onde nasceu ? E o estran-Beiro, pensativo, seguiu, va-garosamente, seu caminho,"mergulhado no bulicio fe-bril da Cidade Maravilhosa...

Cidade Maravilhosa, quecomo capital do nosso que-rido Brasil, deslumbra csseus gentis amigos e hospe-dis, e aumenta aos nossosolhos a sua imensa riquezade acatamento e hospitali-dade, honrando cada vezmais a nossa bandeira, ecreando ardorosamente umJ.iro forte c indissolúvel defraternidade universal.

Odette de Souza Pereira

Um coração que valepor mil

Era uma vez um meninopobre. Era órfão c só tinhaum amigo que lhe fazia com-panhia. Tinham seis anos.

Todos os dias, êle ganha-va uma lata de comida quea cozinheira lhe dava e èlerepartia irmãmente com seuamigo.

Certa vez, a0 bater á por-ta da cozinheira e, depoisdc ouvir-lhe a recusa, voltou,com a lata vazia na mão, eo estômago tambem vazio,mas os olhinhos cheios dc la-grimas . . .

Êle sentou-se no banco dojardim, quando, de repente,vê, no chão, um saco. Apa-nhou-o e dentro só haviapérolas ! Mas o seu únicotesouro era — um pão. Nès-se instante, passa unia mu-lher, dizendo que havia per-dido um saco com pérolas.O menino pobre, de cora-

ção de ouro, entregou-o. Amulher ficou tão contente...e \endo o bom coração domenino, deu-lhe a metade. Oórfão foi correndo e tambemdeu ao seu companheiro ...

Alick Gui (12 anos;

MESTRA!

A Mestra - soldado valeu-te que luta contra as hostesescuras do analfabetismo.

Mestra 1 Santa e bendit/»p a 1 a v r a 1 1 Ela encerra :abnegação», amor ás sciencias, amor aos pequeninosque, refugiando-se no seuseio bendito c fecundo, re-cebem dela, da Mestra, o sa-ber, a grande luz que os con-duzirá gloriosamente na sen-da terrena !

A Mestra é, por assim «li-zer, quem fôrma uma Nação:é ela quem ensina aos seusdiscípulos o amor á Pátria ;ás tradições nacionais ; aReligião ¦ á Familia ; á Mo-íal e á Virtude.

As crianças brasileiras se-rão o Brasil glorioso de ama-nhã ; o Brasil de amanhãque assombrará as naçõesuniversais com sua grande-za, com seus homens, comseus sábios, com sua fecun-didade.

Assim sendo, élcs devemdesde hoje, amar o estudo,- orque, amando o estudo,Eles prestarão uma honiena-gem ás Mestras e formarãoísse Brasil que assombraráá Humanidade.

Não ha uma criança querão tenha um ideal. Umasaspiram ser um giaiule aJ-vogado, um sábio, uni geó-grafo, um scientista ; outrosaspiram ser um poeta, u-ngranile general, como Xapo-leio, Anibal, etc., enfim, encada um desses pequeninospeitos, repousa um ideal,um doce e sublime ancd"para a realização desse ane-lo é necessário que as criah-ças tenham uma admiraçãoprofunda pelas Mestras eprocurem, por todos osmeios, seguirem seus sabio:>ensinamentos.

Que as crianças brasileirasentoem um hino de amor creconhecimento ás Mestrase esse hino abrange todoo espaço e se transforme nu-ma dulcissima Ave-Maria !

Ave-Maria ! ! !Eu guardo uma afeiça ¦

sincera pela minha Mestrado 5.* ano do Grupo.

Esta humilde pagina e ii".iátomo de minha gratidãopara com ela.

Que estas linhas cheguei*até aos Pampas gaúchos cleve á America Achutl a mi-nha obscura admiração.

Que assim seja.

Lygia Povoas I)ns(13 ancsl

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SUPLEMENTO DO "MEU JORNAL

GÂVETINHÃf _ •"^*fiM-----w---r

SABEO "Onze de Ju-

nho" é uma data (pra-ta á Marinha brasi-leira : recorda a ba-t ilha dc Riachuelocm que as armas na-vais patrícias colho-ram uma linda vitó-ria,

•"Quem trabalha,

trata da sua vida ;quem está ocioso tra-ta da vida alheia".Padre A n t o n i oVieira.

•ARe publica de

Haiti, que fica naAmerica Central, foifundada por umam u 1 h c r. Chamava-se cia Anno Me-xandre Sabes Pétione foi a autora de suaCarta Constitucional.

•Ama a teus irmãos.

Eles são parte deteus pais e de ti

ILLU.STRAÇAO

BRASILEIRA

Mensario de luxo

_4^/S-*>_---*'4_'-^-**W'*-A--~*i-^-'>->*_^-*N-A-A-»V

mesmo. São teu san-gue.

•O rio Paraguai

tem 2.500 quilome-troa de extensão ebanha o Brasil, a IV'-li via. o Paraguai e aArgentina.

•Juan dc Ia Cierra

foi um engenheiroespanhol que mor-rcu em Dezembro de1930. Distinguiu-sena história da avia-<-ão mundial por teridealisado e constru!-do O primeiro auto-

OAntes da aluai ban-

detra, o Brasil tevepor pavilhão umaoutra, com listrashorizontais verdes camarelas, tendo aum canto 21 cstrek.sde prata em um cam-po azul.

•A cidade dc Sicre

fica na Bolívia, auma altitude de

2.844 metros sob>-e onivel do mar.

•O inventor da lito-

grafia foi Aloys Se-nefelder, que nasceucm Praga (Boêmia),em 1771. Êssc in-vento teve lugar em1790. E Aloys mor-reu em 1834.

•A Libéria é uma

Republica indepen-dente, da África.Tem 2.7H0.000 habi-tantes.

•O ar liquido foi oh-

tido por Linde, noano de 189G.

•O galão, medida

para liquides, equi-vale a 3,785 litr,os.

•A guerra Russo-Ja-

ponèsa começou cm1904, no dia 0 de Fe-vereiro.

•O nome Erncstina

significa : excelente.Inteligência v i v a,resposta pronta, ca-rater franco, leal,mas violento. Natu-reza afetuosa, masmuito propensa aosinteresses materiais.

•"Nada pôde matar

o amor-próprio, masquasi tudo o pode fe-rir". — De S-OOB.

•Respire sempre pe-

Io nariz. O ar aspi-rado pela boca nãopenetra nós pulnip.esconveniente-m ente aquecido ecausa .esfriados. Pe-netrando pelo nariz,que é seu caminhonatural, ao chegaraos pulmões estaráaquecido como deveser.

•Os feriados nã >

são feitos apenas pa-ra que os menin. snão \;.p> á escola.São datas em que secomemoram f á t o sD O laveis da nossaHistória c os meni-nos devem meditarsobre cies.

•Nio escreva n >s

seus livros escola-

MOÜA E BORDA-DO é o melhor fi--[urino que se ven-de no Brasil.

res. Não os rasguenem ponha fora. Haniuiia criança pobreque nâo pôde com-prar livros. Procureconservar os seus eofereça-os, quandonão precisar maisdeles, aos menino,pobres que voe. co-nhece, para que elespossam estudar.

•Chama-se passo, ou

desfiladeiro, a umainta apertada en-

tre duas montanhas.•

Em 1804, o Senadofrancês pr0cln-mou Napoleão impe-rador. O generalque o venceu em \Ya-terlôo foi Wellii-gton,do exercito inglês.

•Nâo se deve pôr,

distraidamente, qual-quer objeto pa boca.Ha meninos nue tèraesse fei() vicio. Masnão só feio : preji:-dicial á saúde, poismuita doença gravesc adquire assim.

•A capital da Irlar-

da é Dublin, c.uu430.000 habitantes.Essa cidad. c umporto á margem dorio I.iffey. Outrascidades importantes :Cork. Bclfast, lis-ter, etc.

•O ar atmosférico,

como todo corpo,tem peso.

•Ha eincoenta anos

nio ha mais escravosno Brasil.

As quintas - feirascircula

O M A I. 11 O

O domingo 6 con-sagrado ao descanso.Daí se deriva o ter-nio freqüentementeusado : descanso do-minical.

•O peru e o pavão

pertencem á mesmafamília.

•A Primavera co*

meça a 21 de Setem-bro e termina a 20de Dezembro. É amais bela es'ação doano.

Goethe definiu apétala como sendo'•uma folha diferen-ciada".

•O romance "Os

tres Mosqueteiros" é<lc autoria dc Alexan-dre Dumas (pai).

•Os frutos podem

ser classificados emcamosos e secos.

•A capital de Santa

Catarina, como a doMaranhão, fica situa-da em uma ilha.

•Nisia Floresta foi

uma das primeirasinuheres, em culturaintelectual, do seutempo.

•(is portugueses fo-

ram definitivamenteafastados do Brasilcm 2 de Julho de1823.

•As raizes das plan-

tas podem ser -Ipl-cm, atípicas ou ad-venticias.

•A a 1 fIf a é uma

planta forrageira.•

A foca é um manu-fero.

A U-nte concavadispersa os ralos lu-miimsos qua a atra--ressam e, por isso, scdiz que é divergente.

•A lente convexa

reúne cm um pontoos raios que por elapassam, e é chamada

rergenie.

Galileu foi quemaperfeiçoou o bino-eulo.

•O professor Miguel

Couto era um sábioe um homem de óti-mo coração.

•Os daltonicos con-

fundem o verde como vermelho, isto »',não distinguem essascores uma da outra.Vêm tudo verde.

•Os meninos canho-

tos devem exercitara mão direita tantoquanto a esquerda.quer na escrita, querna realização dc OU-tros misteres.

•O Dr. Afranio Pei-

\olo, da AcademiaBrasileira de Letra-,,escreve tão bem coma mão direita comocom a esquerda.

MEU LIVRO DE

HISTÓRIAS

presente de valorpara as crianças

A venda

A ilha Tinha. —morro de São Pau. >— é uma das maislindas da costa d<>Brasil. Fica naBaía.

•Não ponha as mãos

c o n s t a n t c m e 11-te na boca: éfeio e é perigosoNa rua, sem nolnr,você põe a mão cn:lugares (pie foram h-c;pi|pps por pessoasdoentes, e levando-aá boca, está condu-rindo micróbios àentrada principal doseu organismo.

•Co 11 h e c etc B ti

mesmo.•

Nio se deve con-fundir circulo comcircunferência. Aquè-It o a porção depaio pleno compre-endido entre os con-tornos desta. Cir-conferência 6 apenasuma linha.

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15 — Junho — 1933 — 23 — O TICO-TICO

Às proezas de Gafo helix{Desenho de l'ot Sullivan — Exclusividade d'0 TICO-TICO porá o Brasil)

A^^K f\ ( JcAA^^°^\^/^ M" -— AAA .A--- \ **&*> M

— Oh ! O pequeno e o Gato Felix — Mas vou tentar um socorro! Que — A taboleta avisa que não de-estão no meio da floresta em fogo.' Que nuvens negras de fumo vêem contra verei avançar ! Voltarei, portan-hei de fazer ? mim to !

— Ai vem o fogo me perseguindo! — Vamos. Üanr.y. fugindo ate enecuj- — Mas como ha de ser. se náo sabe-Toca a lugir a toda forra tramos o rio O fogo não arde na agua ! mos nadar ?

— Ei- aqui a salvação. Essas toras de madeira estão empilhadas para se-rem atiradas ao rio Vamos fa.ê-las rolar .

— Depressa. Danny. que o fogo estáganhando incremento'.'

P3 3 cd P^~Ç^CiNvv ¦

^—¦",,'*a-* _| plL- ' —^'¦ ^^"^ - -ífjF "*^<è^

~ Ei-las a rolar ! Subiremos numa dessastoras c flutuaremos !

— Fuiamos. que vamos ser esmagados! Parece o mundo a se2:abar!

(Continua no próximo numero).

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U T I C O - T I C O 15 _ Junho — 1938

""N I • M \

ÍpJ"V4 |) |w iW-—'

BICHINHOS PARA ARMARColem todas as figuras em sortolina fina, antes de recortar, tarefa que de*

ve ser feita com cuidado para que não desapareça o cartão de cada figura que,como se vê, tem frente e costas. As Alétas servem de base para que as figuras,,

depois de coladas, se mantenham de pi.

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].-, _ lunlifl — 1938

w euTro/vwNDo

/ ^ ~~ ~o '« i.j ¦] Hbfl9Bi*.*to'J''^^B —>«*T**Jn

Levados ao palácio do rei da Lua. os tres habitantes da Terra foram introduiidos num palácio, de construção vetusts

mas de aspecto.soberbo. Ao -fundo de um grande salão estava sentado Sua Magestade nunn trono de pedra. O rei. sorriu,

maravilhado pela pequenês dos visitantes. Al Punjo e seus companheiros já sa iam habituando á vida no satélite dl Terra, na

famosa Lua.

MMMj AjJjii jj/i ImVMj.jkf jflM-y™*^^»^ .^^¦B___________ÈÈ_W_fc ^--fcL-K \ ^^^^^^^^

fm\/Jlá^mmf àt timmmwmmr' ^1SJ*?^**W ^^^B HfeÉi\« \X \ ^^^^^m^a^^M

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.^ ,.,— .. ^-

fAhoras depois da lauta ceia que foi servida aos tres hospedes, o ret colocou-os em cima da mesa. ties começara-»' acantar • s dansar. O re* divertiu-se bastante com isso e. soltava de quando a quando estrepitosas qargalhadas tJM fatiintremer o palácio de pedra.

(Continua no próximo númerol

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O TICO-TICO 20 _.. — Junho — I :>•->>

JkV _»M «_T_____TA_,-iiftw_f J_T o «; s* 1.r— —_E33^H^HB IB H_l

Chovia. Salpico conversava comAlicate. Em dado momento, Salpicolevanta-se e sae a correr. Alicate,embora sem compreender o gesto deSalpico, saiu correndo, também.

Como uma bala, enfurecido, vinha"chispado", um homem fazendo ges-

A meia-noite chegava e ainda ia

-encontrar o gato, Acadêmico de Di-

reito, sob a luz broxuleante de um

lampeão, perserutando os mistérios

quaze sempre insondaveis da scien-.

cia.Era preciso... Aproximava-se a ul-

tima prova.E diga-se de passagem os Dichos

eram estudiosos... Excépto o maça-

co: este era o menos estudioso da

turma... e, emquanto podia, mar-

cava passo até... que:Amigo Gato: sabes, estou amea-

çado! A ultima prova aproxima-se...

Preciso tirar o primeiro logar na pro-xima thése... Quero mostrar aos

meus parentes que quando quero, fa-

ço alguma coisa... Assim falava o

macaco.i— Depois, quero realisar um dos

meus maiores sonhos: a viagem —

premio ao famoso reino dos KA-

UANS...Quer realisar tudo isso? — estu-

da — ponderou-lhe o gato... —

Não tenho tempo, caro collega...Pretendo... pretendo comprar umaThése... SI não tenho "tempo," te-

pho dinheiro... E isso vale.Caso eu vença, iremos juntos

àquele reino, pois eu custearei as

despesas,

tos dc grande irritabilidade. Saliii-co e Alicate corriam.

No dia seguinte, o pai de Salpicoé intimado a ir á Delegacia, afim dedar explicações necessárias. Salpi-co, querendo distrair-se um pouco, te-

jj Biografia— do— ÜGato

Isso não são expressões jurídicas— respondeu o gato.

Mas é opportunidade inadiávelretrucou o macaco. Você é pobre,precisa de fundos para o segundo se-mestre...

O gato era, na verdade, um es- •é elle o animalzinho filósofo.

narios de inteligência, talento e bôavontade. E assim, todos o tinham co-mo um sábio...

E na "hora H", era sempre lem-brado... Só não podia contar comelle, para noitadas... Mas ali esta-va para tudo, concernente ao estu-do. Ele ali estava para dizer se Lit-

tré fora filólogo ou filósofo... Ou

ambas as cousas...A Necessidade obriga. Foi ella

quem obrigou o gato aceitar a pro-

_ 0 _ i_ - _ ,. t"m^- «¦_=-*

lefonou para a casa daquele senhor,dizendo que a sua casa pegava :

O pai de Salpico, além da grandecontrariedade que teve, foi obrigadoa pagar u'a multa, bem vultosa, pordano moral.

posta do macaco. E, enquanto este

carnavalescava na alegria dos clu-

bes, aquele queimava pestanas, de-

bruçado sobre os livros, perserutan-do sob a luz broxuleante de um lam-

peão, os mistérios quaze sempre in-

sondaveis da ciência.

Que bella figura fez o maça-

co! — diziam uns. Elle dissertou com

erudição incomparavel; diáiam ou-tros...

Talvez entusiasmados também, osexaminadores deram o primeiro lu-

gar ao macaco — na.qv.elle ultima

prova do ano.Os dias passaram. Preparativos

para embarque, etc, mas o pobre do

gato; o macaco "vitorioso", não

mais procurou e... dia do embarque,

já no cães, o gato foi procural-o!Então!!! a promessa, e o nos-

so trato? Então ao envez da viagem,

fico á ver navios?...

Ouça, amigo gato, isso não são

expressões jurídicas... Adeus!...

Até hoje o gato é o mais indiíeren-.

te dos animaes. Não é amigo do

ninguém. Está sempre triste. Des-

gostosos, não continuou os estudos.

E, para quem quizer compreender,,

elle o animalzinho filósofo.

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Isaventuras

capitão

jmuf .yi—¦¦j^.,.y ' ' . *" L-" *¦ " ¦ ¦ ''*****_?¦*»•»

— O navio guarda-costas está de novo navegando nos bancos dcíireia, levando o Capitão Cloud e Cluirlie.

i ¦¦ i i '

NOVELA

DE

R O B E R T

WEINSTEN

Continuaçãodo N.° 32

— Um pedaço de papel escritoriu inglês, já roto c quasi ilegi-vel.

__ Que 6 isto, Capi-tão?

!•-*-?_*•fo

¦ Esta ai, senhor, oque achei a bortlo ^^ U

da escuna V"^*1" ___

'

I

— Infelizmente, nada se deduz»do que está escrito ! Vou ten-tar lêr c traduzir.

Sim

Pstf*

(Continua no próximo número)

mj mm. EiwcorvTRoOutro dia encontrei-me com o Chiquinho, e ele dlssi-me coisas da sua

casa que é o maravilhoso TICO-TICO.Disse-me que o Jagunço havia feito muitas travessuras, e que o Benja-

mim havia roubado as laranjas da feira, e que a Faustina estava prosa porquetinha um marido detetive.

Vocês devem saber da mania de Zé Macaco.

Disse também que a Babe Bunting havia sido espulsa do teatro ílutuan-te ou (A RAINHA DO RIO), que o Al Punjo tinha ido á lua. ,

E pensam caros leitores que íoi só isso? Estão enganados, contou-memais.

Contou-me que o Kaximbown e o Pipoca tinham inventado uma ratoeira.E que o gato Felix estava triste porque disseram que ele era um ladrão.E muitas coisas ainda. Mas não tenho tempo de contar tudo, tenho de ir

a escola. Maria Leonor (9 anos)>»^tA<^/S/\/S/S^A/VS.'*VV*v^»«S<V*St*Nt^>/S/»>^/^

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O TICO-TICO lõ J.II..H) li!'»'

_C A P I TÃO JB_L tJ_F F ~ Continuação n. 12CAPITÃO BLÜFF

rAdlHEY ! LARGA, 3ESTALHA0\550 E.' COMIGO

/£,&& A A'"' AEUjW'^ fí\

503 O IMPULSO DO»_5r_X_UEO MISE.rc^.VEU.FALHí_»MDO-O PE' PRECIPITOU PELOROCHEDO NO MAR. .ANTESQUE O D1NO-3AURIO OEST.? ACA.L H ASSE

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EmÈ?Jr(EU

NÃO ESPERAVA POr3.|| ÇOHTANTO QUEESTE DESFE.-""CHO.VOTAH.^£cVAMOS APA- f tiNHARNOSSAil**^;/''ROUPA ENOiV^AJ--^AFASTAÍ^/^T^- > x

! - /1"

05 SELVAGENSNAO NOSVEcJAM

DAQUI (\ f

JaE..._y,4A£w.A

i

O DlNOSAURlOAinca ncou ACONTEMPLAIS. ASUA OBRA .T"^"

i 5E MÃO H' ENGANO [AQUELA E A| ^A>

ILHA, DE [yOí/ANiKAO \UAjTf&E DEVE ES^DW fru -^

A /f|_/tíi{ Ja

CAPITÃO. S E PUDESSE -MOS ALCANÇAR AQUELAILHA,ACHO QUE ESTA-

RIAMOS MAIS SE-

NUNCA NA Mt NHA UIDlA l_-EU SONHEI COM UM AUTOMÓVEL 1DESTA MARCA - ATE.'/—T^i ~^U\DISPENSA

- -JSk^i ^^l^OP^OSV

<x_V20UMÁ

E VERDADE .MASPNEUMAT1C0S DE*VIAM SER, MAIS

A~yv?^

rr* JíiX)* -ç9* i Al Al Al H.' POR! ESTA

^T? )/ IACI.OBACIA EU NAO

-Hèê^tW m^^^>A

BONITO. O AUTO- IMOVELTRANSTOR-lMCU-SE EM HIATE/

SEGURE F1RMEY0T-.HNUNCA CCMANDEI NA*

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IS — Junho — 1!>38 29 — O TICO-TICO

AVEMTU-RAS DE.ZE MACAOOi

E

FAUSTIMA

tina havia anunciado uma grande conferência.O tema tinha por titulo : De como se prova que ohomem tem instintos animais. Ela prometia provarcòin fatos as teorias da sua notável palestra.

Apesar, porém, da grandepropaganda, só apareceramIres pessoas, que se sentaramnas tres cadeiras da frente.

Faustina começou a sua con-ferencia, dizendo que todosos indivíduos tinham instin-tos dc animais. Como exem-

pio, apresentava o própriomarido. Zé Macaco, porexemplo, tinha momentoque se sentia um verdadeiro

macaco. Nesta altura,Zé Macaco trepou cm ei-ma da mesa c deu tre-m c n d o pulo sobre a

escassa assistência 1 . . . Masa prova causara péssimoefeito, e Faustina junto como seu marido teve que

fugir depressa, senão sc-riam fatalmente ma?sa-crados, pelos instintosanimais da assistência.

Perita cosinheiraNo colégio que eu freqüentoMe efiamam de extraordináriaPor ser perita nas letrasE também na culinária.

Sei íazer com o mesmo acertePerfeita "composição",Como um bello arrôs de forno,Ou sopa de camarão.

Sou mestra em pratos artísticosDe fôrmas originaisNas "mayonéses" sou únicaCom Imitação de animais.

Com duas folhas de alfaceAzeitonas e um talinhoImito a forma perfeitaDe um engraçado coelhinho.

Sou especialista em massas,Nas empadas e croquettes;Já tive um primeiro prêmioNum concurso... de "omelcttes'.

Digo-o sem falsa modéstia:Sem que ninguém me ensinasseSei fazer com gosto e geitoUma salada de alface.

Em doces já nem se íala,Para mim não têm segredos:Sei fazer pudins e tortasDa gente lamber os dedos...

Nãj q^ero dizer mais nada,O que eu disse é coisa poucaFalando em mais iguariasFicarão... de água na boca...

Como sou nacionalistaVou agora, na carreiraPreparar um prato nosso:Um peru* á brasileira

E quando ele estiver pronto-Voltarei, a convidarOs senhores para iremDo belo prato provar.

Maurício Aíaia

05 SATÉLITESOs planetas do sistema solar

têm quasi todos satélites.

Esses satélites são corpos que

provavelmente se desagregaram

de outros, cujos movimentos conti-

nuam a executar. A Terra, como

os nossos leitores sabem, tem

satélite, que é a Lua. Outros pia-netas do sistema solar têm satéli-

tes, muitos delles numerosos como

Saturno.

\

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O TICO-TICO 30 IS — Junho — 1933

Nossos /*_Te^\

(__S! s iLbConcursos(CONCURSO X." 47)

i,ara os leitores desta Capital e dos Estados,

-IIIOIII-

Mais um fácil c interessante pro-blcma de palavras cruzadas, consti-luindo um concurso, oferecemos hojeaos nossos leitores. As "chaves" doproblema são as seguintes ;

;

Às soluções dc-vem ser enviadasá esla redação, se-paradas das de ou-tros quaisquer con-concursos e acom-panhndas não-sódo vale que vaipublicado, a se-guir, e tem o nú-mero 47, comolambem das dc-clarações de nome,idade e residênciado concurrente.

Para este con-curso, que será en-cerrado no dia 22de Julho vindou-Jr o, oferecemos,como prêmios, porsorte, entre as so-luções certas, tresluxuosos livros dchistórias infantis.

Horizontais .¦

— Parente próximo— Manto— Achar graça— Oferece— 12 fazem um ano

10 — A primeira, repetida11 — Manso13 — Tratei com cuidado15 — O que o cão faz17 — Não é má18 — Jogar fora.

Verticais :

— Brasil— Gosta— Afastava-se— Serva

Ca — Compor— Quinto mês— Sobrenome— Calçado

10 — Creado12 — Luis Lauro Ildcfonso14 — Urbano Batista16 — Afastar-se.

VALEPAPA OCONCURSO

NJ

= 47CONCURSO N.« 48

Para os leitores desta Capital e dosEstados próximos

Perguntas :1.* — Qual o acidente geográfico

que é tempo de verbo ?(_ silabas) André Costa

2.' — Qual a nota musical que 6conjunção ?

(1 silaba) Martha Vei'ja3.* — Ela é destino. Êle está nas

igrejas. Que é ?(2 silabas) Mario Pinto

4.* — Qual é a moeda estrangeiraque 6 leal 7

(2 silabas) Vdette Lima5.' — Qual a estação do ano que

é tempo de verbo ?(2 silabas) Maria José Pires

-IIIOIII-As soluções devem ser enviadas á

esla redação, separadas das de ou-

Iros quaisquer concursos, e acompa»nhadas das declarações de idade, re-sidencia e nome do concurrente, cainda do vale que vai publicado, aseguir, e tem o número 48.

Para este concurso, que será encer-rado no dia 16 de Julho próximo,daremos como prêmios, por sorte,entre as soluções certas, tres lindoslivros ilustrados de histórias infan-lis.

VALEPARA OCONCURSO

RESULTADO DO CONCURSO N." 33f

. Enviaram soluções certas 296 solucionistas.

Foram premiados com um lindo li*vio de histórias infantis os seguintesconcurrentes :

MARIA IGNEZ LYRA

Residente á rua Acarai, n. 73, Lc-bhm. nesta Capital.

NORMA GRAZIELLA

Residente á rua Justiniano da Ro-cha, n. 113, Vila Isabel, nesta Capi-tal»

MARINA SALGADO CÉSAR

Residente á avenida Nonoai, núinc-ro 216, Porto Alegre, Rio Grande doSul.

RESULTADO DO CONCURSO N.' 30.

Respostas cerlui :

1.' — Morre-2." — Onça3." — Dó4.* — Pará5.' — Cora,

Enviaram soluções certas 240 solriícionistas.

Foram premiados com um lindo li-vro de histórias infantis os seguiutesconcurrentes :

ARY MENDESResidente ú rua Maringá, n. 203,

Jacarépaguá,, nesta Capital.

DARTIIEMIS TELLESPIRES DESOUZA BRASIL

Residente á rua Dr. Mario Viana,n. 589, Niterói, Estado do Rio.

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15 —¦ Junho — 1938 — .TI O TICO-TICO

Nascimento e mortedos grandes músicos

HAENDEL — Nasceu a 23 de Fevereiro de 1685 emorreu a 13 de Abril de 1759, aos 74 annos.

BACH — Nasceu a 16 de Maio de 1685 e falleceua 28 de Julho de 1750, aos 65 annos.

GLUCK — Nasceu a,2 de Julho de 1714 e íailecsua 15 de Novembro de 1787, aos 73 annos.

MOZART — Nasceu a 27 de Janeiro de 1756 c morreua 5 de Dezembro de 1791, aos 35 annos.

BEETHOVEN — Nasceu a 17 de Dezembro de 1770e finou-se a 26 de Março de 1827, aos 57 annos.

WEBER — Nasceu a 17 de Dezembro de 1786 emor-eu a 5 de Junho de 1826, aos 60 annos.

SCHUBERT — Nasceu a 31 de Janeiro de 1797 efinou-se a 17 de Novembro da 1827, aos 30 annos.-

ROSSINI — Nasceu a 19 de Fevereiro de 1792 efalleceu a 13 de Novembro de 1868, aos 76 annos.

MENDELSSOHN — Nasceu a 3 de Fevereiro de1809 e morreu a 4 de Novembro de 1847, aos 38 annos.

CHOPIN — Nasceu a Io de Março de 1809 e «tin-guiu-se a 17 de Outubro de 1849, na edade de 40 annos.

SCHUMANN — Nasceu a 8 de Julho de 1810 efalleceu aos 46 annos de edade (1856),

BERLIOZ — Nasceu a 11 de Dezembro de 1503, ex-tinguindo-se a 8 de Março de 1869, aos 66 annos.

GRIEG— Nasceu a 15 de Junho de 1843-e fal.ecsu a5 de Setembro de 1907, aos 6-4 annos.

PAGANINI — Nasceu a 28 de Fevereiro dc 1784.Morreu a 27 de Maio de 1840, com 56 annos.

CARLOS GOMES — Nasceu a 11 de Julho de 1839e falleceu a 16 de Setembro de 1896, aos 57 annos.

TSCHAIKOWSKI — Nasceu a 25 de Abril de 1840 emorreu a 5 de Novembro de 1893, com 53 annos.

DVORAK — Nasceu a 8 de Setembro de 1841 e fal-hceu em 1904, aos 63 annos.

IDONIZETTI — Nasceu a 29 de Novembro de 1797

ou 1798 e falleceu a 8 ds Abril de 1848, com 51 annos.

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D£VOLVA-LHEA FELICIDADE

A SAUDE.DE-LHE .VLfJÍti

___ lMosca Terê-VerêA mosca chamada 'do somno" é a Tsé-Tsé, diptero

afiicano que tem o aspecto da mosca commum. lem onome scientifico de Glcssina. Observada ao microscópio,apresenta uma tromba rígida, em lugar de molle como at.em as moscas que conhecemos, e por meio dessa trombaé que suga o sangue de suas victimas.

Vive nos lugares humidos, pantanósos, e quentes.

-.ii jm|j _^-___

A "Tse-Tsé" tem as azas muito transparentes e possueum zumbido peculiar. O corpo é um pouco pelludo.

Basta uma simples picada, para que a vitima caiaem torpor profundo, mergulhando lego em demoradosono, de que é difícil ser despertada.

Os exploradores da África vez per v?z têm sidoatacados por esse diptero perigoso, sendo que entre elesse ocuDaram com maior carinho dêsse inseto o inglêsMac Hanus e o alemão Peter Struck.

Mamãe ! Me dá . . . me dá CONTRATOSSE para eu não tossir. E' tão barato . . .

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Aventuras do Chiquinho— A MAQUINA DE P_HTEAR

Desta vez Chiquinho inventou um apa-relho engraçado i A maquina de et--tear. Mediante uma combinação . . .

... de rodas e rodinhas combinadas cc~iduas escovas de cabelo e um pente, de-pc's de iiga-la a . . .

. . . uma tomada elétrica, a maquina dc»envolvia toda atividade, como mesmo o

proveu o próprio Chiquinho.

A idéia do Chiquinho era ver si ccn««egufa pentear o jardineiro que era umbarbado e despenteade . . .

... inveterado. Parecia mais um urso doque um homem. Chiquinho pediu-!r>e pa-ra que se submetesse ao . i. -

. .. tratamento mediante a maquina. OManei sujeitou-se pacientemente 40 ti3,»tamento da maquina do . . , >

m**wm*mmMmmmm*\ ~1tmM

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,.. Chiquinho, e do fato ficou penteadi-(nho e liso que nem um barbeiro. Mas aCuriosidade do Manei não tem limites,».

... e, em plena maquina funcionando .atividade amarrotaram a cara flo

quii vêr de perto como "aquilo" funcio- nel" que ficou em m.sero estado. Nesse

nava, E. iás! es escovas em plena ,,. <Jia mesjrjo eçafcçy a paquma de p*nt«_\-