Upload
hoangdan
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
ANO 6 Nº 276 SÃO PEDRO DO SUL, SÁBADO 29 DE OUTUBRO DE 2011 [email protected] R$ 1,50
Página 08
Página 04
Página 05
Página 03
Conheça os ganhadores doProfissionais Destaque 2011
Página 03
Um presente para São Pedro do SulApós o encontro com
Claudio Einfloft, na Ale-manha, Irmela von Hoy-ningen-Huene, 98 anos,uma das filhas do cientistaalemão Friederich vonHuene se inspirou e man-dou um desenho de recor-dação ao povo sãopendren-se. A ilustração faz referên-cia ao Stahleckeria Potens,fóssil que foi encontradopelo seu pai em uma expe-dição na localidade de Chi-niquá, interior do municí-pio, no início do séculopassado, nas terras quehoje pertencem à Claudio.
Amor ànatureza
O prazer em ver as florestodas as manhãs colorindoas ruas do Bairro Gaúcha,faz com que Célis Elene daSilva Martins cuide de cadauma como se fossem seustesouros.
Apesar do pouco apoiodos moradores, ela nãodesiste de deixar o localmais bonito.
Formada comissão parareestruturar o CONSEPRO
No último domingo o GrêmioSãopedrense perdeu devirada para o Palmeiras deSanta Maria no estádiomunicipal, com dois gols doatacante Tiaguinho (foto).Neste final de semana,somente com vitória o timecontinua na disputa pelotítulo da Copa A Razão 2011.
Sábado, 29 de outubro de 2011Geral GAZETA REGIONAL0505050505
Em recente viagem àAlemanha, da qual retor-nou no último dia 20 deoutubro, o são-pedrenseClaudio Einloft teve aoportunidade de visitar aUniversidade de Tuebin-gen. No Museu de Paleon-tologia daquela universi-dade, que foi fundada em1477, está exposto o es-queleto do ‘Stahleckeriapotens’, sáurio herbívoroque viveu há cerca de 220milhões de anos. Em 1928/29 uma equipe de cientis-tas alemães, tendo à frenteFriedrich von Huene eRudolph Stahlecker, reali-zou na localidade de Chi-niquá escavações que re-sultaram na descoberta dofóssil que colocou SãoPedro do Sul no mapamundial dos principaisachados do Triássico.
Durante sua estadia detrês dias na cidade situadano sul do Estado de Baden-Wür t temberg ,Claudio contou com opermanente apoio e a hos-pitalidade do Prof. RainerRadtke. Este professor daUniversidade de Tuebin-gen vem desde 1985 comcerta frequência ao Brasile desde 2006 traz alunosde Biologia e de Geologiapara São Pedro do Sul,como parte das atividadesde sua disciplina de Geoe-cologia. Participam alunosde Tuebingen e de outrasuniversidades de Baden-Württemberg, estadoparceiro do Rio Grande doSul, bem como alunosgaúchos de universidadesparceiras.
Rainer Radtke e Clau-dio Einloft conheceram-seem São Pedro do Sul no
ano de 2008, durante osimpósio sobre paleonto-logia organizado por TianaCabral, então diretora domuseu municipal, alusivoaos 80 anos da expediçãocientífica chefiada por vonHuene. Reencontraram-seem 2009, quando Radtkeentregou a réplica docrânio do ‘Stahleckeria’ aoMuseu Paleontológico eArqueológico Walter Ilha.Conforme a Gazeta Regio-nal mostrou em reporta-gem da época, foi umasolenidade que lotou aCasa de Cultura e quecontou com a presença doprefeito municipal, Mar-cos Ernani Senger, alémde professores de algumasuniversidades brasileiras,bem como de professoresalemães e vinte alunos deTuebingen e de Rotten-burg, que se encontravamem São Pedro do Sul paraparticipar de aulas práticasde Geoecologia com oProf. Radtke. Na ocasião,o grupo de alemães lidera-dos por Radtke visitou emChiniquá o local exato emque foi achado e desenter-rado o ‘Stahleckeria’, emterras hoje pertencentes aClau- dio. Havia chegadoa vez de ele visitar o fa-moso Museu de Paleonto-logia da Universidade deTuebingen com um obje-tivo bem claro: conhecero sáurio que Friedrich vonHuene e sua equipe ha-viam encontrado em esca-vações realizadas em1928/29, em terras adqui-ridas por seu avô Guilher-me Einloft.
O Museu de Paleontolo-gia de Tuebingen está emprocesso acelerado de
obras de modernização eserá reinaugurado noinício de novembro. O‘Stahleckeria’, entretanto,já está no seu novo lugar,tendo ao seu lado o‘Chiniquodon theotoni-cus’, um sáurio carnívorotambém extinto há mi-lhões de anos. Como o ou-tro, foi encontrado por vonHuene em Chiniquá, numjazigo que foi soterradopela BR 287, em terras quepertenciam a TheotônioXavier e que hoje estão nomeio da propriedade doseu neto Bento Fragoso.Embora seja de dimensõesbem menores do que o‘Stahleckeria’, o‘Chiniquodon’ igualmentetem uma importânciacientífica enorme. Ambossão exemplares-tipo, ouseja, as duas espéciesforam pela primeira vezdescritas cientificamenteatravés desses dois exem-plares.
Na manhã de 11 de outu-bro, uma terça-feira, umdia depois da chegada deClaudio Einloft emTübingen, ele foi recep-cionado oficialmente noMuseu de Paleontologiada universidade local. Arecepção foi organizadapelo Prof. Rainer Radtke,que faz parte do “Baden-W ü r t t e m b e r g i s c h e sBrasilien-Zentrum” daUniversidade de Tuebin-gen, e nela compareceram,entre outros convidados, oProf. Frank Westphal, pa-leontólogo aposentado, eHans Luginsland, prepara-dor do Instituto de Geolo-gia. Ambos trabalharamcom von Huene ainda nosanos sessenta do século
passado. Também estevepresente a preparadoraAstrid Preuschoft-Güttler,responsável pela confec-ção da réplica do crânio do‘Stahleckeria’, que Radtkeentregou em 2009 aomuseu de São Pedro doSul.
No evento realizado nasdependências do museuem Tuebingen, o Prof.Radtke apresentou ovisitante ao público pre-sente e falou sobre a antigarelação entre Tuebingen eSão Pedro do Sul , iniciadacom a expedição científicade von Huene na décadade vinte do século passa-do, até chegar aos contatosrecentes através das aulasde Geoecologia. A seguir,o curador da coleção defósseis, Philip Havlik, fezuma rápida explanaçãosôbre a história do museu.Depois foi a vez de Clau-dio Einloft dirigir-se àstrinta e cinco pessoas pre-sentes ao evento, paraagradecer pela atenção deque estava sendo alvo epara manifestar a suaalegria pela visita ao mun-dialmente famoso Museude Paleontologia da Uni-versidade de Tübingen.Aliás, não era a primeiravez que ele estava sendovisitado por um são-pedrense. Há alguns anos,quando o ‘Stahleckeria’ainda estava nas antigasinstalações do museu, ocasal Arthur e Nair Polenzestivera em Tuebingen.
Após a recepção oficial,uma confraternizaçãoacompanhada de chá ecafé com salgadinhos tí-picos da região(“Brezeln”)ofereceu a oportunidadepara uma conversa infor-
mal, mas bastante intensa,entre Claudio e os con-vidados presentes, inclu-sive muitos estudantes. Naocasião, o Prof. MartinEbner, que acompanhouRadtke já várias vezes emsuas viagens para SãoPedro do Sul, deu valiosasexplicações a respeito doprocesso de fossilização na área de Chiniquá. Co-mo coroamento de suavisita à Universidade deTuebingen, Claudio podeusufruir de um ‘tour’personalizado pelas de-pendências do seu fabulo-so Museu de Paleontolo-gia. Serviu de guia odoutorando WolframSchinko, que se mostrouextremamente gentil e quepor mais de três horas,com profundo conheci-mento sobre o assunto,proporcionou ao visitanteuma visão geral sobre oincrível material emexposição. É interessanteregistrar que Wolfram,como aluno do curso deGeologia, esteve algumasvezes no Brasil, sobre oqual versou o seu trabalhode diplomação.
Para a tarde daquelaterça-feira, 11 de outubro,pontualmente a partir das16h, estava reservada aparte mais emocionante davisita de Claudio aTuebingen: o encontrocom Irmela von Hoynin-gen-Huene, uma das cincofilhas de Friedrich vonHuene. Ela está com 98anos, começou a pintarquadros aos 70 e recente-mente realizou sua últimaexposição em Tuebingencom o título “Ouvir com olápis”, já que ela se deixainspirar pela música para
realizar suas pinturas. Estámorando na cidade comuma filha, que convidouRadtke e Einloft para umcafé da tarde em sua casa.Dona Irmela está comple-tamente lúcida e ficoumuito feliz e visivelmenteemocionada com a visita.Participou de uma gratifi-cante conversa com osvisitantes - entre os quaistambém se encontravaGisele Lenz, aluna deintercâmbio provenienteda UNIVATES, de Lajea-do (RS), contribuindocom interessantes comen-tários a respeito de seu paie falando sobre os diáriosainda inéditos dele, emque deixou registradas assuas atividades diárias,incluindo o tempo em quepermaneceu em São Pedrodo Sul.
Dona Irmela deve tergostado tanto da visita aponto de servir-lhe deinspiração para, em pou-cos dias, elaborar maisuma obra artística. Dezdias depois da primeiravisita, o Prof. Radtke eGisele estiveram a convitemais uma vez em sua casapara um café da tarde epuderam apreciar emprimeira mão o novoquadro, cujo título é “InErinnerung derAusgrabumg meinesVaters 1928/29 inBrasilien” (Lembrando asescavações de meu pai em1928/29 no Brasil).
Uma das netas de Frie-drich von Huene, Helga,anunciou que está complanos de visitar SãoPedro do Sul no ano quevem.
Encontro na Universidade de Tuebingen reune o presente e o passado de São Pedro do Sul
Claudio Einloft participou do evento no Museu de Paleontologia e destacou sua alegria emestar visitando o local
O professor Rainer Radtke foi o anfitrião na visita de Claudio Einloft ao Museu de Paleontologia
Foto: Friedhelm Albrecht ©
Universität Tübingen
Foto: Friedhelm Albrecht ©Universität Tübingen
KREIS TÜBINGEN20MITTWOCH, 12. OKTOBER 2011 – REUTLINGER GENERAL-ANZEIGER
Mit besonderer Beziehung zum Saurier Stahleckeria potens (hinten): Rainer Radtke vom Bra-silienzentrum der Uni Tübingen, Claudio Einloft, heutiger Besitzer des Landes, auf dem derSaurier gefunden wurde, und Museumsleiterin Professor Madeleine Böhme. GEA-FOTO: AL
TÜBINGEN. Eigentlich sind die 80 Jahre,die der Saurier mit dem wissenschaftli-chen Namen Stahleckeria potens nun inTübingen ist, nur ein winziger Bruchteilder 220 bis 230 Millionen Jahre, die erauf dem Buckel hat. Für die Tübinger Pa-läontologen ist das aber ein bedeutenderTeil ihrer Geschichte. Denn in den Jah-ren 1928/29 hat Friedrich Freiherr vonHuene im Herzen der brasilianischenProvinz Rio Grande do Sul diesen sensa-tionellen Fund gemacht, der nun dasPrunkstück des Museums der Paläonto-logen ist, das neu gestaltet am 2. Novem-ber offiziell eröffnet wird.
Jetzt gab es erst einmal einen Besu-cher, der eine ganz besondere Beziehungzum Saurier hat. Auf seinem Land – da-mals natürlich das seines Großvaters –wurde das fast vollständig erhaltene Ske-lett des Tiers ausgegraben. Der 63-jähri-ge Claudio Einloft, Nachfahre in fünfter
Generation von deutschen Auswande-rern, hat es sich nun bei seinem zweitenDeutschlandbesuch in Tübingen im Ori-ginal angeschaut. Und dabei viele Be-kannte getroffen. Denn das Brasilienzen-trum der Uni hält regen Kontakt. RainerRadtke hat seit 1989 15 vierwöchige zoo-logische Exkursionen in Brasilien gelei-tet, seit 2002 gibt es auch noch geoökolo-gische Praktika. 2006 war Radtke zumersten Mal auf den Spuren von Huenes inSao Pedro do Sul, wo es zwei Jahre spä-ter ein großes Symposium gab anlässlichdes 80. Jahrestags der Grabungen. Einein Tübingen hergestellte Nachbildungdes Saurierkopfs wurde dem dortigenMuseum überreicht.
Claudio Einloft, der sechs Jahre langin der Schule Deutsch lernte, führte dieTübinger an den Fundort und gab ihnenauch die Erlaubnis, wieder nach Fossi-lien auf seinem 1 200 Hektar großen
Land zu suchen. Ein Schildkrötenspezia-list der Uni hat sich schon interessiert ge-zeigt, erzählt der Geologe Martin Ebner.Schließlich gilt es, die Frage zu klären,
warum die Saurier nach dem Meteoriten-einschlag vor etwa 65 Millionen Jahrenausgestorben sind, die Schildkröten aberüberlebt haben. (al)
Begegnung – Der Brasilianer Claudio Einloft hat den auf dem Land seines Großvaters gefundenen Saurier besucht
Alte Knochen, neue Freundschaften
Mittwoch, 12. Oktober 2011 Begegnung - Der Brasilianer Claudio Einloft hat den auf dem Land seines Großvaters gefundenen Saurier besucht
Brasilianer besucht in Tübingen einen Saurier TÜBINGEN. Eigentlich sind die 80 Jahre, die der Saurier mit dem wissenschaftlichen Namen Stahleckeria potens nun in Tübingen ist, nur ein winziger Bruchteil der 220 bis 230 Millionen Jahre, die er auf dem Buckel hat. Für die Tübinger Paläontologen ist das aber ein bedeutender Teil ihrer Geschichte. Denn in den Jahren 1928/29 hat Friedrich Freiherr von Huene im Herzen der brasilianischen Provinz Rio Grande do Sul diesen sensationellen Fund gemacht, der nun das Prunkstück des Museums der Paläontologen ist, das neu gestaltet am 2. November offiziell eröffnet wird.
Mit besonderer Beziehung zum Saurier Stahleckeria potens (hinten): Rainer Radtke vom Brasilien-Zentrum der Uni Tübingen, Claudio Einloft, heutiger Besitzer des Landes, auf dem der Saurier gefunden wurde, und Museumsleiterin Professor Madeleine Böhme. FOTO: Arnfried Lenschow
Jetzt gab es erst einmal einen Besucher, der eine ganz besondere Beziehung zum Saurier hat. Auf seinem Land - damals natürlich das seines Großvaters - wurde das fast vollständig erhaltene Skelett des Tiers ausgegraben. Der 63-jährige Claudio Einloft, Nachfahre in fünfter Generation von deutschen Auswanderern, hat es sich nun bei seinem zweiten Deutschlandbesuch in Tübingen im Original angeschaut. Und dabei viele Bekannte getroffen. Denn das Brasilien-Zentrum der Uni hält regen Kontakt. Rainer Radtke hat seit 1989 15 vierwöchige zoologische Exkursionen in Brasilien geleitet, seit 2002 gibt es auch noch geoökologische Praktika. 2006 war Radtke zum ersten Mal auf den Spuren von Huenes in Sao Pedro do Sul, wo es zwei Jahre später ein großes Symposium gab anlässlich des 80. Jahrestags der Grabungen. Eine in Tübingen hergestellte Nachbildung des Saurierkopfs wurde dem dortigen Museum überreicht.
Claudio Einloft, der sechs Jahre lang in der Schule Deutsch lernte, führte die Tübinger an den Fundort und gab ihnen auch die Erlaubnis, wieder nach Fossilien auf seinem 1 200 Hektar großen Land zu suchen. Ein Schildkrötenspezialist der Uni hat sich schon interessiert gezeigt, erzählt der Geologe Martin Ebner. Schließlich gilt es, die Frage zu klären, warum die Saurier nach dem Meteoriteneinschlag vor etwa 65 Millionen Jahren ausgestorben sind, die Schildkröten aber überlebt haben. (al)
http://www.gea.de/region+reutlingen/tuebingen/brasilianer+besucht+in+tuebingen+einen+saurier.2237062.htm#