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ANO XVI – N° 190 – JUNHO 2015 Integrante do Sistema CONTAG de Comunicação Órgão da Federação e dos Sindicatos dos Trabalhadores na Agricultura no RS FETAG-RS JORNAL DA FETAG-RS GRITO REÚNE 3 MIL EM PORTO ALEGRE ais de três mil trabalhadores rurais estiveram no dia 1º de julho em Porto Alegre e M percorreram a zona central da cidade participando da 21ª edição do Grito da Terra Brasil numa mobilização contra o arrocho das finanças para o setor, contra a corrupção, pelo crédito fundiário, saúde, habitação, educação, infraestrutura, preços mínimos, entre outras políticas públicas que proporcionem uma melhor qualidade de vida para os agricultores familiares, assalariados rurais e pecuaristas familiares. Nunca é demais lembrar que o trabalhador rural responde por mais de 70% dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros. Melhor do que as respostas do governador José Ivo Sartori à pauta dos trabalhadores foi a visibilidade que a manifestação proporcionou à Fetag e ao conjunto do movimento sindical. Dezenas de emissoras de televisão, rádios, jornais e demais veículos de comunicação acompanharam de perto e deram uma total cobertura a todos os movimentos – extremamente organizados – dos agricultores. Nos telejornais (muitos ao vivo) espectadores de todo o Estado e, inclusive fora daqui, as pessoas puderam ver que a Capital parou. O ponto de partida foi a sede da Federação, na Rua Santo Antônio, 121; novo deslocamento até o Largo Glênio Peres, Mercado Público, Secretaria Estadual da Fazenda e, por último, caminhada até o Palácio Piratini. NESTA EDIÇÃO Agricultores ocupam pista da Rua da Conceição Trabalhadores apresentam produção na frente do Mercado Público Governador Sartori e presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva Jovem leva «livrão» às ruas Comparativo de preços no ato do Mercado REGISTROS PÁGINA 2 AGORA É HORA DE FAZER O CAR PÁGINA 3 PLANO SAFRA CASTIGA AGRICULTOR PÁGINA 4 MARGARIDAS FLORESCEM EM AGOSTO PÁGINA 5 A VISIBILIDADE DA FETAG NO GRITO PÁGINA CENTRAL JOVENS: AVALIAÇÃO E OFICINA PÁGINA 8 NOTÍCIAS DAS REGIONAIS PÁGINA 9 VENÂNCIO ENTREGA 192 CASAS PÁGINA 10 MUNDO SUSTENTÁVEL PÁGINA 11 OFICINA: SAÚDE FINANCEIRA MSTTR PÁGINA 12

ANO XVI – N° 190 – JUNHO 2015 FET JORNALAG-RS DA · percorreram a zona central da cidade participando da 21ª edição do Grito da Terra Brasil ... (muitos ao vivo) ... degustação

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ANO XVI – N° 190 – JUNHO 2015

Integrante do Sistema CONTAG de ComunicaçãoÓrgão da Federação e dos Sindicatos dos Trabalhadores na Agricultura no RS

FETAG-RSJORNAL DA

FETAG-RSGRITO REÚNE 3 MILEM PORTO ALEGRE

ais de três mil trabalhadores rurais estiveram no dia 1º de julho em Porto Alegre e Mpercorreram a zona central da cidade participando da 21ª edição do Grito da Terra Brasil numa mobilização contra o arrocho das finanças para o setor, contra a corrupção, pelo

crédito fundiário, saúde, habitação, educação, infraestrutura, preços mínimos, entre outras políticas públicas que proporcionem uma melhor qualidade de vida para os agricultores familiares, assalariados rurais e pecuaristas familiares. Nunca é demais lembrar que o trabalhador rural responde por mais de 70% dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros. Melhor do que as respostas do governador José Ivo Sartori à pauta dos trabalhadores foi a visibilidade que a manifestação proporcionou à Fetag e ao conjunto do movimento sindical. Dezenas de emissoras de televisão, rádios, jornais e demais veículos de comunicação acompanharam de perto e deram uma total cobertura a todos os movimentos – extremamente organizados – dos agricultores. Nos telejornais (muitos ao vivo) espectadores de todo o Estado e, inclusive fora daqui, as pessoas puderam ver que a Capital parou. O ponto de partida foi a sede da Federação, na Rua Santo Antônio, 121; novo deslocamento até o Largo Glênio Peres, Mercado Público, Secretaria Estadual da Fazenda e, por último, caminhada até o Palácio Piratini.

NESTA EDIÇÃO

Agricultores ocupam pista da Rua da Conceição

Trabalhadores apresentam produção na frente do Mercado Público

Governador Sartori e presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva Jovem leva «livrão» às ruas

Comparativo de preços no ato do Mercado

REGISTROS PÁGINA 2 AGORA É HORA DE FAZER O CAR PÁGINA 3 PLANO SAFRA CASTIGA AGRICULTOR PÁGINA 4

MARGARIDAS FLORESCEM EM AGOSTO PÁGINA 5A VISIBILIDADE DA FETAG NO GRITO PÁGINA CENTRAL JOVENS: AVALIAÇÃO E OFICINA PÁGINA 8 NOTÍCIAS DAS REGIONAIS PÁGINA 9 VENÂNCIO ENTREGA 192 CASAS PÁGINA 10 MUNDO SUSTENTÁVEL PÁGINA 11OFICINA: SAÚDE FINANCEIRA MSTTR PÁGINA 12

JORNAL DA FETAG-RS PÁGINA 2

EDITORIAL REGISTROS

ExpedienteJornal da Fetag-RSÓrgão da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do SulAno XVI - JUNHO 2015 - Nº 190 - mensalFetag-RS - Rua Santo Antônio, 121 - CEP 90220-011 - Porto Alegre - RSTelefone (51) 3393-4866 - Fax (51) 3393-4871 - www.fetagrs.org.br

Diretoria Efetiva Jornalistas responsáveis Presidente Carlos Joel da Silva Luiz Fernando Boaz (MTb/RS 5416)Vice-Presidente Nelson Wild Izabel Rachelle (MTb/RS 6208)2ª Vice-Presidente Juliana Dullius Wingert Impressão: Gazeta do SulSecretária-Geral Elisete Kronbauer Hintz Tiragem: 15 mil exemplares1ª Secretária Josiane Cristina Einloft [email protected]º Secretário Agnaldo Barcelos da Silva [email protected] Sérgio de Miranda www.fetagrs.org.br1º Tesoureiro Nestor Bonfanti2ª Tesoureira Lérida Pivoto PavaneloCoordenadora de Mulheres Inque Schneider

Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da Fetag.

A essência do movimento sindical continua sendo as mobilizações. O Grito da Terra Brasil, que neste ano alcançou sua 21ª edição em todo o país, mostrou um novo rumo para as manifestações. Pelo menos por aqui – Rio Grande do Sul – esse foi o entendimento. E o que isso quer dizer?Bem, parece que todos estavam cansados de vir para Porto Alegre e, muitas vezes, não se conseguiam os resultados esperados. E, mais do que isso, imediatos. Como diz o ex-assessor de Política Agrícola da Fetag, José Lourenço Cadoná, hoje assessor da Regional Sul da Contag, de nada adianta se fazer uma imensa lista de supermercado com reivindicações. Para ele, é preciso concentrar os gargalos em eixos. Com menos itens e mais força nos embasamentos.

Diante da conjuntura que o Brasil atravessa de uma forte crise, tanto econômica como política, e dentro deste contexto o RS está inserido, não havia boas perspectivas de se realizar um Grito vitorioso, pelo menos em termos de reivindicações de políticas públicas. No entanto, o motivo do GTB sempre é buscar melhor qualidade de vida para todos que estão no meio rural. E não apenas do Grito, mas sim do movimento sindical como um todo.Então, era preciso manter a “pauta”, mesmo que enxuta, ao governo gaúcho. No entanto, a grande vitória do 21° Grito da Terra Brasil, aqui no Rio Grande do Sul, foi a visibilidade que proporcionou uma grande valorização da agricultura familiar. E tal visibilidade foi conquistada devido ao empenho de todos que trabalham na Fetag, que pensaram e tocaram o GTB, bem como de diversas lideranças, que colaboraram antes e no dia. Soma-se a isso a cobertura da imprensa, que bem cedo já colocava no ar as primeiras informações. Em todos os meios de comunicação foram veiculadas notícias sobre 1° de julho: o dia em que a Capital parou.As manifestações foram vitoriosas. Mas, como dizem por aí, a luta continua. E tem muita pauta pela frente: crédito fundiário, habitação, preços mínimos, juros excessivos e por aí vai...

Vamos ficar atentos, pois a qualquer momento poderemos desfraldar as nossas bandeiras e realizar novas ações!

Quando você abrir a sua página no Facebook, na coluna à esquerda, bem abaixo, tem um link chamado PÁGINAS. Clique ali e em seguida digite a palavra FETAG-RS que a nossa página no Facebook irá se abrir. A finalidade é usar essa ferramenta de comunicação das redes sociais e fazer chegar ao movimento sindical as notícias da Federação. Não perca tempo e curta a nossa página!

A troca do servidor da Fetag que manteve os serviços de internet indisponíveis para Federação e sindicatos entre os dias 26 e 29 vai propiciar mais robustez e velocidade no processamento de dados, além de maior espaço de armazenamento. C o n f o r m e A l e x a n d r e Rodrigues, essa melhoria abre espaço para futuros projetos e sistemas a serem disponibilizados aos STR’s.

Novo servidoragiliza site

Desde março de 2015, o STR de Santo Antônio da Patrulha está realizando o Cadastro Ambiental Rural (CAR), tendo ultrapassado a marca de 200 efetivados e transmitidos. Através de um sistema de agendamento, o associado pode realizar o CAR sem custo adicional. Segundo o presidente Arnaldo Bühler, mesmo sendo um trabalho difícil e complexo não se pode onerar mais os agricultores. Ao mesmo tempo, continua o dirigente, a deliberação de diretoria nos autoriza a realizar o cadastro apenas para associados em dia com suas contribuições. Ele explica que o CAR possibilita renegociar atrasados e atrair novos sócios para a entidade, sem desfocar o compromisso com os trabalhadores rurais.

A audiência pública que discutiu Mercados e perspectivas para o futuro da produção leiteira no Brasil lotou o Salão de Atos da Unijuí, no noroeste do Estado. Promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA), que é presidida pela senadora Ana Amélia Lemos, o evento que reuniu lideranças do setor, r e p r e s e n t a n t e s d o g o v e r n o , senadores, deputados, especialistas na área e produtores teve como um dos painelistas o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.Em sua fala, Joel reforçou os pleitos que o movimento sindical vêm fazendo desde novembro de 2014 e pediu mais agilidade por parte do governo federal para atender as reivindicações dos agricultores, principalmente a criação de uma linha de crédito especial para a agricultura familiar assegurando a manutenção

Fetag reitera pleitos em Ijuí

Paulo

Mar

tins

na atividade e possibilitando o investimento na infraestrutura dos estabelecimentos. Ao Ministério da A g r i c u l t u r a , P e c u á r i a e Abastecimento – Mapa, o pedido é para que representantes da Fetag possam participar das discussões sobre o preço mínimo do leite. Para a indústria, o recado do dirigente diz respeito ao enquadramento por qualidade e não por quantidade, além da manutenção dos produtores independente da litragem entregue por eles.Aproveitando a presença de inúmeros congressistas, o presidente da Fetag solicitou a aprovação imediata de dois p r o j e t o s : o p r i m e i r o , q u e r e g u l a m e n t a a r e l a ç ã o produtor/empresa integradora e; o segundo, que trata de mudanças na lei de falências. Aos representantes da Assembleia Legislativa, Joel requereu a a p r o v a ç ã o d o p r o j e t o q u e regulamenta o transporte de leite entre produtor e indústria. O dirigente fez um apelo às entidades para uma organização coletiva a fim de sensibilizar a presidente Dilma Rousseff para que ela não vete a emenda que isenta o óleo diesel e a energia elétrica da tributação do PIS/Cofins para a agricultura.

Expointer 2015: inscrições abertas

As inscrições para participar da 17ª Feira da Agricultura Familiar, que ocorrerá durante a 38ª Expointer, estão abertas e se encerram no dia 17 de julho. Os interessados devem entrar em contato com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais filiados à Fetag, preencher a ficha de inscrição e encaminhar para o e-mail de [email protected].

ExpotchêA Fetag apoiou e organizou a participação de 16 empreendimentos da agricultura familiar na 23ª Expotchê, de 2 a 12 de julho, no Parque das Cidades, em Brasília. Considerada uma das maiores feiras de produtos típicos do Rio Grande do Sul, a exposição teve por objetivo difundir a cultura e as tradições gaúchas através da divulgação de danças e músicas típicas, a gastronomia, o artesanato, shows e espaços para a promoção do turismo.Conforme Jocimar Rabaioli, assessor de Política Agrícola e Agroindústrias da Fetag, as praças de alimentação foram montadas em locais para a degustação de vinhos, queijos, salames, cucas, pães, licores, cachaças e diversos outros produtos e artesanatos da agricultura familiar. Além da Fetag, a presença gaúcha teve o apoio da Contag, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e Sicredi.

Diana Corazza assessora Alto JacuíFilha de agricultores e moradora em Alto Alegre, Diana Corazza é a nova assessora da Regional Sindical Alto Jacuí. Com 22 anos de idade, cursa Ciências Biológicas licenciatura, na Universidade de Passo Fundo - UPF. Já trabalhou no STR de Alto Alegre, como a u x i l i a r d e s e r v i ç o s g e r a i s . Recentemente esteve participando do 21° Grito da Terra Brasil com os STR's de sua regional.

STR intensifica realização do CARSegundo agendamentos da entidade já superam um espaço maior do que 60 dias e neste ritmo até maio de 2 0 1 6 , q u a n d o s e e n c e r r a a prorrogação do prazo, o STR terá realizado quase todos os cadastros de agricultores pertencentes ao quadro social. A grande dificuldade, conta Bühler, é localizar as propriedades nas imagens de satélite disponíveis para a realização do levantamento, havendo em muitos casos a necessidade de visita por parte da equipe do STR nas p r o p r i e d a d e s p a r a c o n f e r i r a l o c a l i z a ç ã o e d a d o s a s e r e m informados. Os agendamentos devem serem feitos diretamente no balcão do STR.

Joel (D) pediu agilidade ao governo

Agroindústrias são o «xodó» em Esteio

Um total de 16 empreendimentos

Diana

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JORNAL DA FETAG-RSPÁGINA 3

ENTREVISTA

com GUILHERME VELTEN JÚNIOR

Agora é hora de fazer o CARNo momento em que a Fetag e o conjunto do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (MSTTR) decidem pela retomada da realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), cujo lançamento no Rio Grande do Sul ocorreu no dia 28 de setembro de 2013 pela ministra Izabella Teixeira, no auditório da Fetag, em Porto Alegre, o Departamento de Política Agrícola e Meio Ambiente inicia um roteiro de treinamento de elaboração do CAR para funcionários de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) garante segurança jurídica aos proprietários de imóveis rurais. Ele está na Lei 12.651/2012, que instituiu o novo Código Florestal Brasileiro. Além disso, representa um importante instrumento para gerar e integrar as informações ambientais das propriedades, bem como compor as bases de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, inclusive no combate ao desmatamento, regularizando as propriedades da agricultura familiar frente a legislação ambiental.

Guilherme Velten Júnior, assessor de Política Agrícola e Meio Ambiente da Fetag, explica de forma didática, neste entrevista, a importância do agricultor familiar fazer o CAR.

Jornal da Fetag – O que é e qual o objetivo do Cadastro Ambiental Rural (CAR)?

Guilherme Velten Júnior – É o registro público eletrônico das informações ambientais dos imóveis rurais. Ele tem por objetivo promover a identificação e a integração das informações ambientais das propriedades de posses rurais visando o planejamento ambiental, o monitoramento e a própria regularização ambiental.

Jornal da Fetag – A inscrição é obrigatória?

Guilherme – Sim. Ela é obrigatória para todos os imóveis rurais, propriedades ou posses, sejam eles públicos ou privados. As áreas de povos ou comunidades tradicionais, que façam uso coletivo do seu território.

Jornal da Fetag – Que tipo de informações o agricultor familiar precisa cadastrar?

Guilherme – A identificação dos proprietários ou possuidor de imóveis, a informação de documentos comprobatórios de propriedade de posse ou não, identificação do imóvel rural, delimitação do perímetro do imóvel, das áreas de remanescente vegetação nativa, bem como das áreas de preservação permanente e reserva legal, além de uso restrito e consolidadas.

Jornal da Fetag – O agricultor pode fazer sozinho o CAR?

Guilherme – Na verdade, o CAR é autodeclaratório. Sendo assim, qualquer pessoa que tenha um computador com internet pode fazer, a exemplo do

Imposto de Renda. Hoje, a Fetag e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais são facilitadores, embora não sejam os responsáveis pela elaboração do CAR, mas sim auxiliar na busca de ferramentas que ajudem o agricultor em realizar o cadastro.

Jornal da Fetag – É uma espécie de serviço prestado aos associados?

Guilherme – Exatamente. Ele pode procurar o seu sindicato, sendo que muitos estão fazendo. Sempre como facilitadores do programa.

Jornal da Fetag – Qual é o prazo estipulado pelo governo federal?

Guilherme – Inicialmente encerrava em 5 de maio deste ano. No entanto, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, prorrogou por mais um ano, isto é, 5 de maio de 2016.

Jornal da Fetag – É necessária a averbação da reserva legal em cartório?

Guilherme – Não. Com a inscrição do imóvel no CAR, o proprietário ou possuidor rural legal fica desobrigado, uma vez que ela já estará registrada automaticamente no cadastro. Uma vez aprovada a localização da reserva legal pelo órgão competente, não poderá mais ser alterada.

Jornal da Fetag – E ainda no que diz respeito às áreas de reserva legal, elas podem ser regularizadas e quem aprova?

Guilherme – O produtor poderá optar por ações isoladas ou conjuntas, de regeneração, recompor ou compensar a reserva legal, sendo que a localização deve ser aprovada pelo órgão ambiental competente estadual ou municipal.

Jornal da Fetag – Quando o imóvel é considerado regularizado ambientalmente?

Guilherme – O CAR é a porta de entrada para a regularização ambiental do imóvel rural. De acordo com a Lei Nº 12.651/2012, após a análise do órgão competente, quando não apresentar passivo ambiental referente à reserva legal, Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e as Áreas de Uso Restrito apresentar passivo ambiental e o proprietário ou possuidor rural tenha firmado compromisso de recuperar o dano causado, podendo aderir ao Programa Regularização Ambiental (PRA).

Jornal da Fetag – Quais as vantagens que o agricultor tem em fazer o CAR?

Guilherme – O CAR, além de ser obrigatório, é um instrumento para o planejamento do imóvel rural, além de ser a comprovação de regularidade ambiental, segurança jurídica para o produtor, acesso ao PRA, comercialização de cota de reserva ambiental, maior competitividade de mercado e acesso ao crédito agrícola, que define após cinco anos de sua publicação, ou seja, a partir de 28 de maio de 2017, as instituições financeiras, principalmente, não poderão conceder crédito agrícola para os agricultores que não possuírem o CAR.

Jornal da Fetag – A Fetag inicia nos próximos dias uma agenda de treinamento do Cadastro Ambiental Rural. A quem se destina e como participar?

Guilherme – A Fetag está marcando os treinamentos do CAR através de ofícios que os próprios coordenadores regionais estão enviando à secretar ia da Federação. Em seguida, o Departamento de Política Agrícola e Meio Ambiente providencia o agendamento e a possibilidade de todos os STR's participarem, através de seus funcionários. O treinamento é uma atividade bastante prática em que se informa o que precisa constar no CAR – mencionado anteriormente – e procuramos sanar todas as dúvidas para que os funcionários tenham condições de auxiliar os associados.

Jornal da Fetag – Já existe uma agenda definida?

Guilherme – Na primeira semana de julho estivemos em São Luiz Gonzaga. A partir do dia 13 de julho iremos na Regional Sinos Serra, depois Litoral, Vale do Caí, Alto Taquari e Vale do Taquari. Ainda gostaria de destacar que o decreto do Bioma Pampa é uma conquista do movimento sindical e reiteramos nos treinamentos que a equipe do Departamento de Política Agrícola e Meio Ambiente da Fetag está à disposição dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais para que tudo ocorra da melhor forma possível e, principalmente, para que os agricultores familiares não saiam prejudicados nesse processo do CAR.

Guilherme: o CAR é a porta de entrada para a regularização ambiental do imóvel rural

JORNAL DA FETAG-RS PÁGINA 4

POLÍTICA AGRÍCOLA

Plano Safra castiga agricultor com juros mais altos O anúncio de R$ 28,9 bilhões em recursos para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 feito no dia 22 de junho, em Brasília, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, em cerimônia com a participação da presidente Dilma Ro u s s e f f, a g r a d o u e m p a r t e à F e t a g . A contrariedade, conforme o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva, fica por conta da alta de juros com variação entre 50% e 66%, de acordo com as faixas. E é exatamente sobre a menor faixa de financiamento, de até R$ 10 mil, que incidem os juros mais altos, de 66%. De R$ 10 mil a R$ 30mil, os juros passam de 3% para 4,5%, ou 57% e acima de R$ 30mil, os 3,5% atuais saltam para 5,5%, numa alta de 57%.Outra expectativa dos agricultores que foi frustrada diz respeito à regulamentação do crédito fundiário. A medida é esperada desde o 3° Festival Nacional da Juventude, no final de abril e, por isso, era dado como certo seu anúncio, o que acabou não acontecendo. Segundo Joel, os novos tetos de enquadramento e financiamento devem ser divulgados ainda em julho.

Também os preços mínimos, em muitos casos, continuam a não cobrir sequer os custos da produção. No caso do arroz, diz o dirigente, o preço médio é de R$ 27,00 a saca de 50kg; o governo acena com R$ 29,00, mas o custo é de R$ 39,00. No balanço do anúncio do Plano Safra, a Fetag entende que os recursos de R$ 28,9 bi mantêm o cenário igual ao do ano passado. O percentual de 20% a mais para a agricultura familiar deve compensar o incremento do custo de produção, como energia, diesel, ureia, defensivos agrícolas, entre outros. Ele também vê como positivo o aumento de R$ 1,6 milhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), bem os recursos para o cooperativismo e assistência técnica, além da regulamentação do artigo 7° do Suasa e a obrigatoriedade de que os órgãos federais (administração direta e indireta) deverão destinar pelo menos 30% dos recursos aplicados na aquisição de alimentos para a compra de produtos da agricultura familiar.

Tendo por tema Custos d e P r o d u ç ã o e Modernização: o Futuro da Vitivinicultura, mais d e 50 0 p r o d u t o r e s devem participar da XVI Jornada da Viticultura G a ú c h a , q u e s e r á realizada no dia 15 de ju lho, a part i r das 8h30min, no Clube Ideal, em Ipê/RS. A exemplo das jornadas anteriores, o objetivo é integrar os viticultores, além de disponibilizar i n f o r m a ç õ e s e conhecimentos que os auxiliem na qualificação e na agregação de valor à atividade, através da

VITIVINICULTURA

XVI Jornada da Viticultura enfoca futuro da atividade

adoção de tecnologias de produção sustentáveis. A jornada é promovida pela Comissão Interestadual da Uva, pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Prefeitura Municipal de Ipê, Secretaria da Agricultura e Pecuária e Emater/RS.O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, também presidente do STR de Flores da Cunha e Nova Pádua, explica que a intenção é refletir sobre o atual momento que atravessa a vitivinicultura, práticas para uma produção sustentável com enfoque nos custos de produção e na modernização da atividade. Logo após a abertura, o diretor técnico do Ibravin, Leocir Bottega, vai mostrar os dados da safra de 2015. Em seguida, o extensionista rural Gledes Forneck irá apresentar resultados de oficinas. Ainda pela manhã a Embrapa e o Ibravin enfocarão o Programa de Modernização da Viticultura, respectivamente nas visões técnica e estratégica.O almoço será servido às 12h30min, no Clube Ideal. Logo após, a partir das 13h30min, inúmeras atividades simultâneas, em locais diferentes, foram preparadas, tais como Poda de Outono, Produção Orgânica e Biodinâmica, Custo de Produção, Equipamentos: Experimentos e Inventos e Modervitis – Pilares do Programa de Modernização da Viticultura. As inscrições para cada tema serão realizadas na Recepção e Credenciamento, de acordo com interesse. As vagas para cada tema são definidas levando em consideração o espaço disponível nas salas. Às 15h serão apresentados vídeos de máquinas em funcionamento, seguido de visita à exposição do maquinário e encerramento.

A C o m i s s ã o d e A g r i c u l t u r a , Pe c u á r i a e Cooperativismo debateu no dia 15, na Assembleia Legislativa, a qualidade da energia elétrica no meio rural. Parlamentares e entidades destacaram a necessidade de ampliação dos investimentos no setor. O tema volta ao debate no Parlamento gaúcho em 6 de julho, quando acontece o seminário "Energia, a qualidade que o Brasil precisa". A secretária-geral da Fetag, Elisete Hintz, representou a Federação e relatou a ocorrência de aviários que chegam a ficar 48 horas sem eletricidade e produtores de leite que precisam desligar todos os equipamentos para usar a ordenhadeira.Para o proponente da discussão, deputado Elton Weber (PSB), é preciso aumentar os investimentos para qualificar a energia elétrica fornecida aos produtores rurais. Segundo ele, deve haver tratativas junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no sentido de mudanças na legislação sobre o fornecimento de energia elétrica no meio rural. Igualmente, entende, deve ser buscada maior agilidade na liberação de licenças ambientais à obras que envolvam energia elétrica, além de maior rapidez por parte das concessionárias em atender as demandas dos agricultores."A qualidade da energia no meio rural afeta milhares de famílias", concordou o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, informando que o governo gaúcho, por meio das secretarias, trabalha em conjunto no planejamento para que sejam encontradas formas de superar os gargalos do setor.Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Mineto deve ser construída uma ação conjunta que envolva o poder público, concessionárias de energia

Energia no meio rural em debate na ALe os próprios produtores na solução para a falta de qualidade da energia no meio rural. De sua parte, o secretário-adjunto de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, ressaltou a importância do programa "Luz Para Todos", desenvolvido pelo governo federal, mas reafirmou a necessidade de se avançar na qualidade da energia fornecida aos agricultores gaúchos. Adiantou que a pasta atua na identificação dos gargalos do setor e as potencialidades de cada região, estabelecendo um plano de ação para enfrentar a questão.O presidente executivo da Federação das C o o p e r a t i v a s d e E n e r g i a , Te l e f o n i a e Desenvolvimento Rural do RS (Fecoergs), José Zordan, apresentou um panorama do trabalho desenvolvido pelas cooperativas desde 1941 e observou que elas se destacam pela qualidade do serviço que oferecem, "sendo melhores que aquelas existentes nos Estados Unidos e no Reino Unido". Já Gustavo Arend, representante da Companhia Estadual de Energia Elétrica (Ceee), sublinhou que a maioria dos usuários do meio rural atendidos pela empresa possuem apenas redes monofásicas e que a empresa tem perspectiva de investimentos de R$ 270 milhões nos anos de 2015, 16 e 17, além de melhorias internas referentes ao atendimento a clientes.O representante da AES Sul, Leandro Nascimento, também reafirmou que mais da metade da rede operada pela empresa no meio rural é monofásica e que são realizados investimentos na qualificação dos serviços a partir da construção de subestações e manutenção de redes antigas. O presidente em exercício da Agergs, Carlos Martins, reconheceu que, em alguns pontos do Estado, existem sérias deficiências na distribuição de energia, mas que, em parte, este problema se deve não às concessionárias, mas à própria escassez de energia. Disse que deve haver trabalho conjunto com a Aneel na busca de uma política regulatória específica para a energia no meio rural.Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

Joel concedeu várias entrevistas sobre o plano

Olir exibe cartaz da jornada

Elisete representou a Fetag no parlamento

Acesse a página da Fetag www.fetagrs.org.br

JORNAL DA FETAG-RSPÁGINA 5

Um Grupo de Trabalho organizado pela Comissão Estadual de Saúde da Fetag está estudando a viabilidade de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais organizar farmácias em suas dependências, a exemplo da Regional Quarta Colônia, através dos STR`s de Faxinal do Soturno, Nova Palma e Pinhal Grande. Na última sexta-feira, dia 5, o GT visitou as três entidades em busca de informações sobre o funcionamento das farmácias, bem como os trâmites para sua implantação. De acordo com Inque Schneider, diretora responsável pela área de Saúde na Fetag, as informações obtidas junto aos dirigentes foram claras, precisas e objetivas, dando uma visão de como proceder para realizar esta tarefa. Foram debatidos amplamente os objetivos da implantação de farmácias e todos afirmaram a importância deste investimento, pois beneficia o associado e, em especial, o aposentado, que permanece ligado à entidade fortalecendo o movimento sindical. Além disso, ela propicia uma boa receita aos STR`s.Inque reitera que o processo de implantação não é simples, tem regras estabelecidas a serem seguidas, mas nada que não possa ser feito. Participaram da visita dirigentes, advogados e contadores dos STR`s de Rolante, Taquara, Santa Maria do Herval, São Luís Gonzaga e Santo Ângelo.

Margaridas precisam de sol e, muitas vezes, no inverno, ficam dormentes, voltando a florescer na primavera. Esta afirmativa refere-se às flores, não às mulheres. A 5ª Marcha das Margaridas, que vai ocorrer nos dias 11 e 12 de agosto, em Brasília, em pleno inverno no Hemisfério Sul – a agenda começa no dia 11, mas a marcha em si é no dia 12 – vem sendo preparada há quase dois anos, segundo a coordenadora de mulheres da Fetag, Inque Schneider.Desde o início de 2014, na retomada das reuniões da Comissão Estadual de Mulheres, o tema tem sido pano de fundo de todos os encontros. De lá para cá, seja em Brasília ou no interior do Estado, e ainda no vizinho estado de Santa Catarina para “afinar” o discurso da Região Sul do país, as margaridas estão em marcha. Inque vai mais longe e acrescenta que as margaridas “permanecem em marcha, até que todas sejam livres”.As principais reivindicações, curiosamente, estão nos versos do Canto da Margaridas, de 2003, com música e letra de Loucas de Pedra Lilás. “Terra sadia pra lucrar, saúde antes de adoecer, punição para quem abusa do bastão” estão nas estrofes e na pauta elencada por Inque: a luta pela terra, em especial as questões agrárias pendentes no Estado; a saúde; o combate à violência, tendo em vista que “parecemos um povo manso, mas o Rio Grande do Sul é um dos campeões em violência, inclusive no meio rural” e; a educação do campo.A dirigente conta que, além das inúmeras reuniões das comissões nacional e estadual de mulheres, a caravana das margaridas percorreu as 23 regionais sindicais da Fetag, chegando ao número aproximado de 1.700 mulheres, e discutiu o papel feminino no MSTTR. À pauta que foi entregue à presidente Dilma Rousseff em 3 de julho ainda foram acrescentadas as proposições unificadas da Região Sul – Florianópolis sediou, na semana do dia 22 de junho, a Jornada das Margaridas, quando a delegação gaúcha foi composta por 32 mulheres.A importância da participação das mulheres ao longo dos anos é proporcional à quantidade de políticas públicas específicas. A marcha de 2011 reuniu cerca de 70 mil mulheres e a expectativa é de superar essa marca. Das edições anteriores, Inque recorda os programas específicos de saúde da mulher; o Pronaf Mulher que, apesar de ter ser uma conquista histórica da marcha, esbarra em muitas dificuldades na prática e; as unidades móveis que divulgam a Lei Maria da Penha e combatem a violência. As trabalhadoras rurais gaúchas estão mobilizadas, diz Inque, que assegura a presença de 500 mulheres em Brasília. Ela conta que algumas regionais vão fazer o deslocamento de ônibus, enquanto outras optaram pelo transporte aéreo. O certo é que agosto é época de margaridas em Brasília.

Margaridas florescem em agosto

Parque da Cidade Sarah Kubitschek, no Eixo Monumental Sul foi concentração de 2011

Palco da Marcha das Margaridas 2015Estádio Nacional de Brasília – Mané Garrincha, Asa Norte

MULHERESSAÚDE

GT visita farmácias em STR’s

Aconteceu de 15 a 18 o segundo módulo do projeto Formação de Lideranças para Gestão Participativa da Política Nacional de Saúde do Campo, Floresta e das Águas da Região Sul. Mais de 40 participantes, sendo nove do Paraná e o restante dirigentes sindicais, coordenadoras de mulheres, conselheiros de saúde, gestores municipais da saúde, representação da Vigilância da Saúde do Trabalho e do educador popular Alexandre Botelho estiveram reunidos no Instituto de Formação Sindical Irmão Miguel - IFSIM, em Porto Alegre. Os trabalhos foram coordenados por Juliana Acosta, à frente do projeto, acompanhada do diretor de Políticas Sociais da Contag, José Vilson Gonçalves e da coordenadora de Mulheres e diretora responsável pela área de Saúde da Fetag, Inque Schneider, que destaca a importância do planejamento, seja para revelar forças ou aflorar fraquezas.

Saúde em pauta no IFSIM

A Câmara dos Deputados está florida pelo querer das Margaridas. Representantes da Comissão Nacional de Mulheres da Contag e das entidades parceiras da 5a Marcha das Margaridas participam no dia 1º de julho de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias. A violência contra as mulheres, a luta pela soberania alimentar, a implementação do Plano de Agroecologia e Produção Orgânica, a ampliação da participação das mulheres nos espaços de decisão, luta por políticas para a autonomia econômica das mulheres e também pelo direito de decisão sobre o próprio corpo: esses foram os principais temas apresentados durante a audiência, para um plenário de deputados e deputadas que expressaram compromisso com a causa das mulheres rurais.Para a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag, Alessandra Lunas, a disputa do modelo de desenvolvimento é um dos grandes focos da pauta construída conjuntamente com

Pauta foi entregue em 1/7

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a mulheres do MSTTR de todo o Brasil e com as companheiras das entidades parceiras, pois a desigualdade social, a concentração de terras, de renda, o uso de agrotóxicos e a falta de estrutura para a agricultura familiar afeta não apenas as jovens e idosas mulheres rurais, mas também toda a população brasileira.Alessandra Lunas também destacou a importância da aprovação do Projeto de Lei que institui o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência, pois as agressões físicas, psicológicas e de outras natureza são o principal problema enfrentado por mulheres de todo o Brasil. "Já temos unidades móveis e duas Casas da Mulher Brasileira para dar apoio, mas infelizmente ainda é pouco. Fazemos um apelo ao Congresso Nacional para que aprove o Fundo até o dia 12 de

agosto", afirmou a secretaria.Ocupando a maior parte das cadeiras do plenário 9 da Câmara dos Deputados, as mulheres encheram de lilás e de palavras de ordem a Casa do Povo - como é conhecida a Câmara dos Deputados. "Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!": a força e a fibra dessas mulheres vão ocupar cada vez mais espaços para modificar nossa sociedade.

Inque reforçou a importância do planejamento

Grupo teve mais de 40 participantes

Alessandra entrega pauta na Comissão de Direitos Humanos

21º GRITO DA TERRA BRASIL

PÁGINA CENTRALJORNAL DA FETAG-RS

FETAG GARANTE VISIBILIDADE À AGRICULTURA FAMILIAR g r a n d e m a s s a h u m a n a d e Aagricultores familiares percorreu a Avenida Farrapos, passou pela

Estação Rodoviária e ingressou na Avenida Mauá até o Mercado Público e ouviu com atenção as frases proferidas pelos dirigentes da Fetag no carro de som, bem como a parábola do semeador lida pelo tio Zé: “Certo homem saiu para semear. Enquanto semeava, uma parte das sementes caiu à beira do caminho e os pássaros vieram e as comeram. Outra parte caiu no meio de pedras, onde havia pouca terra. Outra parte das sementes caiu no meio de espinhos, os quais cresceram e as sufocaram. Uma outra parte ainda caiu em terra boa e deu frutos, produzindo 30, 60 e até mesmo 100 vezes mais do que tinha sido plantado. Quem pode ouvir, ouça”. A dirigente Lérida Pivoto Pavanelo, o tesoureiro da Fetag Sérgio de Miranda e o presidente da Coohaf Juarez da Rosa Cândido gritavam palavras de ordem durante a grande caminhada do 21º Grito da Terra Brasil, em Porto Alegre, no dia 1º de julho.No Mercado Público, uma exposição de produtos da agricultura familiar com dados comparativos dos preços recebidos pelos agricultores e daqueles pagos pelo consumidor atraiu a população, que circulou desde cedo até o meio da tarde no Largo Glênio Peres. Lá, assessores regionais e da Fetag, além de trabalhadores rurais, distribuíram panfleto explicativo sobre os motivos da mobilização.

MOBILIZAÇÃO GANHA ASRUAS DE PORTO ALEGRE

ACOLHIDA NO AUDITÓRIODA FEDERAÇÃO

ESQUENTA OCORREU EMFRENTE À SEDE DA FETAG

A CHEGADA AO MERCADO

E ao final, na Praça Marechal Deodoro ou simplesmente Praça da Matriz, que os agricultores aguardaram quase três horas, das 14h às 17h, pelo pronunciamento do governador Sartori. Numa passagem meteórica, cerca de cinco minutos, no carro de som da Fetag, ele pouco disse e encarregou os secretários de Agricultura, Ernani Polo, e do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, de a n u n c i a r a s r e s p o s t a s à p a u t a d e reivindicações. O povo cansado, depois de um dia inteiro de mobilização, muitos viajaram toda a noite, não perdoou e vaias se misturavam com aplausos. Numa avaliação preliminar das respostas do governo, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que houve avanços quanto à sanidade animal, a garantia de recursos nos programas do Feaper, a distribuição do protetor solar e a discussão de mais recursos para a agricultura. Por outro lado, não veio nada de concreto no que diz respeito à infraestrutura. “Agora vamos fazer uma análise de todas as respostas para saber o que falta avançar e aí retomar junto às secretarias as negociações. Em relação à pauta nacional, entre os pontos em aberto, como a regulamentação do crédito fundiário e habitação rural, estipulamos o prazo até o dia 20 de julho à presidente Dilma Rousseff. Caso contrário, retomaremos com força as mobilizações”, adiantou o dirigente.

RUMO À FAZENDA

GRANDE EXPEDIENTE NA AL

IDA à PRAÇA DA MATRIZ

À ESPERA DE RESPOSTAS

OS DETALHES

TEXTO: IZABEL RACHELLEFOTOS: LUIZ FERNANDO BOAZ, ELAINE WAMMES, WALMOR MACHADO E CÁSSIA SARATE

POLÍTICAHEITOR SCHUCH

Um golpe na agricultura familiar

O governo federal anunciou com pompa e circunstância o Plano Safra para a Agricultura Familiar, destinando R$ 28,9 bilhões para as mais diversas linhas de financiamento, em especial do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a mais importante política pública do Brasil voltada à agricultura familiar. O montante de recursos ficou muito aquém do que foi reivindicado pela Contag, que reivindicava R$ 53,6 bilhões, sendo R$ 30 bilhões no Plano Safra e mais R$ 23,66 bilhões para as demais políticas públicas e programas, entre os quais verba para a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O aumento de 20% nos recursos na verdade permite apenas a compra da mesma quantidade de insumos da safra passada, já que houve alta no preço dos produtos utilizados na lavoura. Um setor gerador de emprego e renda como é a agricultura familiar merece muito mais apoio para continuar se desenvolvendo. O governo precisa ter o entendimento que os recursos para esse setor não são despesas e sim investimentos. Até porque são financiamentos que serão pagos pelos agricultores, que produzem 70% dos alimentos que chegam à mesa do povo brasileiro e ainda geram excedentes para as exportações.Ainda por cima, a ameaça de aumento de juros se confirmou e o governo elevou drasticamente para até 5,5% mais 3% no Seguro Agrícola na maioria das linhas do Pronaf, o que vai sugar parcela significativa da renda da agricultura familiar. E, como consolo, a presidente Dilma argumentou que os juros estariam ainda abaixo da inflação. Ora, no Mais Alimento o aumento foi entre 125% e 175%, demonstrando o descaso com a fatia mais carente do campo. Queira Deus que chova, tenhamos safras cheias, boa produção, preços compatíveis para que os agricultores possam pagar os financiamentos. Porque senão o resultado será redução dos investimentos e aumento de inadimplência. O governo comprova assim a sua opção pela agricultura empresarial, cujos taxas dos recursos tiveram aumento médio de 33%. Não podemos concordar em nenhuma hipótese com a elevação de juros para quem produz comida. Outros países mais desenvolvidos protegem sua agricultura, inclusive com a concessão de generosos subsídios. No Brasil, os agricultores são chamados a ajudar a pagar uma conta que não fizeram.

JORNAL DA FETAG-RS PÁGINA 8

JUVENTUDE RURAL

Jovens participam da Oficina de Formação em Gestão Financeira

e-mail

A Comissão Estadual de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CEJTTR) da Fetag esteve reunida nos dias 24, 25 e 26 de junho na sede da Federação, em Porto Alegre. No primeiro dia, os jovens participaram da Oficina Estadual de Formação em Gestão Financeira, uma atividade conjunta desenvolvida pelos Departamentos Financeiro e de Comunicação com os tesoureiros das regionais sindicais do Estado. Um dos temas enfocados na oficina foi a formação, por sinal um trabalho que é desenvolvido a cada encontro da CEJTTR visando o despertar de novas lideranças sindicais.Nos dias 25 e 26 houve debate de assuntos gerais, entre eles uma avaliação da participação dos jovens gaúchos no 3° Festival da Juventude Rural, ocorrido durante os dias 27 a 30 de abril, em Brasília. Ele foi avaliado de forma positiva e considerado por todos como de grande importância, como por exemplo os debates, que proporcionou o aprimoramento de conhecimentos e vivenciando as demais realidades da agricultura familiar brasileira e latino-americana. Outro ponto abordado foi sobre a Conferência Nacional da Juventude, que acontecerá durante os dias 5 a 8 de dezembro, em Brasília. Para que os jovens possam participar é necessário que se habilitem como delegados

nas Conferências Municipais e Estadual a serem desenvolvidas. A Conferência Estadual está prevista para os dias 30, 31 de outubro e 1º de novembro. É importante ressaltar que as conferências municipais serão convocadas através de decretos. A próxima reunião da CEJTTR está marcada para os dias 25 e 26 de agosto, a partir das 9h, na sede da Fetag, em Porto Alegre.

UMC

A Fetag promoveu nos dias 7 e 8 de julho a segunda etapa, de um total de quatro, do Programa de Capacitação para Funcionários dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais Atuarem nas Unidades Municipais de Cadastro (UMC) a serem instaladas nos respectivos STR's. Para a instalação das novas UMC's nos sindicatos é necessária a autorização do Executivo municipal. Os funcionários serão habilitados a operarem o sistema de Certificados de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR). Atualmente, 92 STR's possuem UMC's instaladas e, ao término das atuais capacitações, mais de 125 STR's possuirão unidade no Estado.Conforme Josiane Einloft, 1ª secretária da Fetag, é importante ressaltar a função que as UMC's no sentido de deixar em dia as propriedades rurais. “Elas desenvolvem um papel fundamental quanto a inscrição, alteração, atualização e, principalmente, a regularização dos imóveis rurais.

Fetag realiza nova etapa do programa de capacitação

O deputado Elton Weber garantiu uma emenda que favorece a agricultura familiar no Plano Estadual de Educação, instituído pelo PL 287/2014, em cumprimento ao Plano Nacional de Educação. A Emenda n° 54 assegura como meta a implantação, em regime de colaboração entre Estado e municípios, de ações que adotem a pedagogia de alternância e a interdisciplinaridade, viabilizando convênios e parcerias com Associações de Casas Familiares Rurais e Escola Família Agrícola (Efa), com vista à formação de agricultores familiares. A emenda, aprovada por 52 a 0 no dia 23, na Assembleia Legislativa, é antiga reivindicação do movimento sindical, lembrou o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.Atualmente, o método de alternância para o ensino médio é reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação, mas como essas escolas são consideradas comunitárias há dificuldade de direcionamento de recursos públicos para auxiliar em sua manutenção. Elas sobrevivem, em sua maioria, pelo repasse da comunidade, de entidades setoriais e verbas federais. “Queremos que o governo estadual entenda e valorize a lógica da pedagogia de alternância na perspectiva da formação de agricultores familiares”, explicou o parlamentar.

Pedagogia da alternânciatem emenda no PNE

A Subcomissão para t r a t a r d a I n s t r u ç ã o Normativa 59/2007, que discute regras avícolas, vinculada à Comissão de Agricultura, Pecuária e C o o p e r a t i v i s m o d a Assembleia Legislativa e relatada pelo deputado E l t o n W e b e r, e s t á reunida no dia 13 de julho

Sanidade avícola em debate

no auditório da Fetag. Após encerrada a fase de interiorização (Tupandi, Westfália e Nova Prata), que debateu “in loco” as dificuldades na aplicação da norma sanitária, que desestimula investimentos e pode inviabilizar centenas produtores, neste encontro serão encerrados os debates, adiantou Weber, cujo problema afeta 70 municípios das regiões Noroeste, dos vales do Taquari e Caí e também da Serra. “O relatório que servirá de base para a negociação com o Mapa deve ser concluído até o começo da segunda quinzena de julho, inclusive com o fechamento desta tarde”, enfatizou.O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que a Federação entende a necessidade das revisões das Instruções Normativas Nºs 56 e 59, já que estão na contramão e há necessidade de considerar as diferenças regionais. “As famílias precisam continuar produzindo e mantendo a juventude no campo. A Fetag defende uma agricultura com gente no meio rural. A responsabilidade é de todos, isto é, prefeitos, técnicos, vereadores, entre outros. Temos que encontrar o caminho com responsabilidade para manter a sanidade”, defendeu.Esse problema também repercute em Brasília. A pedido do deputado federal Heitor Schuch, que esteve presente nas discussões, revelou que a Comissão de Agricultura da Câmara Federal fará uma audiência pública sobre o tema. A data ainda será marcada.

Participantes do programa fazem exercícios

Jovens avaliaram 3º Festival da Juventude

Joel: revisões das IN 56 e 59

Aprofundar o debate sobre a Autossustentação do MSTTR será um dos temas do 2º Encontro Estadual de Tesoureiros que a Fetag realizará no dia 21 de julho, a partir das 9 horas, no auditório da Federação (Rua Santo Antônio, 121) em Porto Alegre. O tesoureiro-geral da Fetag, Sérgio de Miranda, adianta que também será enfocado O Papel e a Importância dos Tesoureiros para o bom andamento das atividades sindicais, bem como Os Desafios de sustentabilidade do movimento sindical na atual conjuntura nacional e estadual. Miranda ressalta que os desafios são enormes para que se garanta a continuidade das lutas na busca de novas conquistas para os trabalhadores rurais, sendo a presença fundamental para o sucesso do evento.

Fetag promove 2º EncontroEstadual de Tesoureiros

JORNAL DA FETAG-RSPÁGINA 9

NOTÍCIAS DAS REGIONAIS

SINOS SERRA

O STR de Lagoa Vermelha, com extensão de base no município de Capão Bonito do Sul, iniciou as reuniões, de um total de 35, no interior dos municípios. O objetivo é

ALTO JACUÍ

STR de Não-Me-Toque reúne liderançasO STR de Não-Me-Toque, que é presidido por Pedro Nienow, reuniu no dia 22 de junho sua diretoria e Conselho de Lideranças para um encontro de avaliação do semestre e planejamento de ações até dezembro. Durante o evento, foram apresentados os trabalhos que o sindicato realizou em nível municipal, estadual e nacional, bem como as lutas e as conquistas para os agricultores familiares. Ainda foi avaliado e de forma positiva o encontro de associados realizado no dia 16 de maio, com mais de 650 participantes. Ficou agendado para 5 de outubro – Dia Estadual do Aposentado (a) Rural os Encontros Regional e Municipal de Aposentados na Comunidade de Colônia Vargas. Igualmente foi informado que o STR fará o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para associados. Aos não-sócios será dada a oportunidade de ingressarem no quadro e, com isso, fazer o CAR.

FRONTEIRA

A posse da diretoria e do Conselho Fiscal do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lavras do Sul ocorreu no dia 6 de junho no Clube de Subtenentes e Sargentos da Brigada Militar. A Fetag esteve representada pelo vice-presidente Nelson Wild. Também presentes o coordenador da Regional Fronteira, Milton Brasil, o secretário de Educação, Leandro Lopes, e o chefe do Escritório da Emater, José Lourenço, os quais felicitaram a diretoria empossada e destacaram o trabalho realizado pelo STR, bem como os desafios pela frente. Ainda dirigentes sindicais, autoridades locais, associados, familiares e amigos prestigiaram a cerimônia.A diretoria jurou cumprir os estatutos sociais, a legislação vigente, bem como atuar em favor dos agricultores familiares, pecuaristas familiares e assalariados rurais em conjunto com os demais STR`s da região e Fetag.DiretoriaPresidente: João Rui Dias Nunes1° Secretário: Amilton Cesar Camargo2° Secretário: Vital Francisco Munhos Moreira1ª Tesoureira: Ruth Teresinha Isidoro Farias Teixeira2ª Tesoureira: Josiane Farias PinheiroDiretor de Promoções: Manoel Fernando de Souza GomesConselho FiscalEva Teresinha Lopes da Silveira, Edmundo Lisboa Saraiva e Paulo Rangel SaraivaSuplentesJoão Leite Soares, Maria Rita de Souza Munhos e Walter Rodrigues Vargas

Empossada diretoria noSTR de Lavras do Sul

CAMPOS DE CIMA DA SERRA

Sindicato leva informação à baselevar informações sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), Cadastro do Segurado Especial, habitação rural, linhas de financiamentos do Pronaf, Protetor Solar, Imposto de Renda e demais serviços prestados aos associados, bem como os agricultores com relação aos problemas sentidos e vividos. De acordo com Carina S i l v a , a s s e s s o r a d a r e g i o n a l , a participação ativa dos associados está deixando a diretoria empenhada cada vez mais na defesa da classe e certos de que o sindicato está de fato defendendo os agricultores e prestando um forte trabalho ao meio rural.

Discutir a produção orgânica e agroecologia, ass im como a constituição de grupos para iniciar o processo de entrada na Rede Ecovida para depois certificar os produtos dos agricultores de Santo Antônio da Patrulha e Caraá, foi o tema da reunião na comunidade de Ribeirão, no dia 15 de junho. Conforme o assessor da Regional Sinos Serra, José Teixeira dos Reis Júnior, que também participou do encontro, a reunião foi produtiva, ocorreram avanços no sentido da c o n s t i t u i ç ã o d e a t a p e l o s agricultores de Santo Antônio, que será avaliada pela Rede Ecovida no dia 6 de julho. Os agricultores de Caraá, por sua vez, também estão entusiasmados e, por isso, conta José, existe a possibilidade de constituição de grupo naquele município.

Santo Antônio e Caraádiscutem certificaçãode produtos

A Regional Sindical Litoral iniciou no dia 7 de julho o II Módulo do Curso da ENFOC/Fetag de Formação de Dirigentes Sindicais da Regional Sindical Litoral, em Maquiné, na Pousada Refúgio Verde. Cerca de 25 dirigentes de todos os sindicatos da regional, entre eles homens, mulheres e jovens participaram da programação que vai até amanhã. O diretor de Formação da Fetag, Nestor Bonfanti, enfatiza a importância do processo formativo principalmente neste momento, de dúvidas e de incertezas, para prosseguir organizados na luta do MSTTR. “A Regional Litoral está demonstrando que sempre precisamos acreditar no novo”, observou. Os assessores de Formação Leomar Mattia e Giovani Zortea, educadores da Fetag, e o assessor da Regional Sinos Serra, José Teixeira, e da Litoral, Diana Hahn, participaram do módulo.

II Módulo de Formaçãode Dirigentes em Maquiné

LITORALO Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vanini comemorou no dia 30 de maio os seus 27 anos de fundação. Na mesma noite, no salão paroquial de Vanini,

STR de Vanini reelege LenirPASSO FUNDO

aconteceu o 14° Encontro de Associados e Associadas e a posse da nova diretoria e Conselho Fiscal. À presidência foi reeleita Lenir P i l o n e t o F a n t o n , t a m b é m secretária de Mulheres da CTB-RS e integrante da direção plena da nacional. Lenir já ocupou cargos diretivos na Fetag. A eleição ocorreu no dia 20 de abril para um mandato de quatro anos. O tesoureiro-geral da Fetag, Sérgio de Miranda, presidiu a solenidade de posse das lideranças. Miranda é vice-presidente da CTB-RS e diretor de Política Agrícola e Agrária da Central. “O STR de Vanini se destaca ao longo dos anos pela sua participação e representação no município, sendo uma entidade de r e f e r ê n c i a p a r a t o d o s o s trabalhadores e trabalhadoras do município”, disse. Ele ainda destacou o importante trabalho realizado pela presidente Lenir e sua diretoria em decorrência da atuação em âmbito estadual e nacional. Cerca de 400 associados, f a m i l i a r e s , l i d e r a n ç a s e representantes da maioria dos

S T R ` s d a Re g i o n a l P a s s o F u n d o prestigiaram o evento e o jantar de confraternização.

DiretoriaPresidente: Lenir Piloneto FantonVice-presidente: Carlitos Natalino ColeSecretário: Severino Vicensi1ª secretária: Maria Castagnera TrevisanTesoureiro: Ivonir Colle1ª Tesoureira: Iracema Benedetti Lusa SuplentesArlete Dagnese TrichesClaudir Vicensi Juarez Eduardo MotterCleusa Poltronieri DuranteLaurindo Vicensi Luan Piloneto Conselho Fiscal Mauro Mezzomo Marisa Natalina dos Santos TibolaPedro Benedetti Suplentes Eledir Procópio Cerbaro Odair Vicensi Valtair Nissola

Em reunião de base realizada no dia 16 de junho na Comunidade de Solitária Alta, o STR de Igrejinha recebeu representantes da Secretaria Municipal de Saúde que abordaram o tema Câncer de Pele e Protetor Solar. Na ocasião, houve resgate do papel do MSTTR, com ê n f a s e p a r a a i m p o r t â n c i a d o trabalhador rural ser associado ao sindicato. Para o presidente do STR Gerson Nath, o encontro foi importante porque divulgou informações aos agricultores e, em contrapartida, recebeu suas reivindicações.

Protetor solar napauta em Igrejinha

Nienow: STR fará CAR a associados

Reuniões em 35 comunidades

Nath:troca de informações

Lenir é secretária de Mulheres da CTB-RS

Dirigentes na foto oficial, para recordação

Momento de homenagem a dirigente falecido

HABITAÇÃO RURALESPAÇO JURÍDICO

JANE LUCIA WILHELM BERWANGER

JORNAL DA FETAG-RS PÁGINA 10

Muitos trabalhadores rurais ainda enfrentam dificuldades na busca dos benefícios previdenciários. Os agricultores familiares, enquadrados como segurados especiais, têm mais facilidade porque ao longo dos anos foram documentando sua atividade. Além de documentos da terra, como INCRA ou ITR, também possuem contratos de financiamento, contribuição sindical, registros onde consta a profissão, e assim por diante. Mesmo não sendo proprietários, eles têm mais condições de produzirem provas. Já os empregados rurais, quando têm a carteira assinada, possuem importante prova, ainda que por vezes os empregadores não recolhem contribuições. Isso porque a responsabilidade pelo desconto e recolhimento da contribuição previdenciária é do empregador e o empregado não pode ser penalizado quando está obrigação não foi cumprida. Quem mais sofre para garantir o seu direito é o diarista, que também é chamado de boia-fria ou eventual. No Rio Grande do Sul, é mais comum mesmo que seja tratado como diarista. Esse trabalhador exerce a atividade rural de forma não habitual para o mesmo produtor. O contratante pode ser tanto um grande proprietário, como um agricultor familiar. É importante esclarecer que desde a edição da Lei 11.718/08, o segurado especial (agricultor familiar) não perde o vínculo com a previdência se contrata trabalhadores temporariamente. A lei permite que o segurado especial contrate até 120 dias no ano civil. Poderia, por exemplo, contratar um empregado por 120 dias ou dois empregados por 60 dias ou, ainda, quatro empregados por 30 dias. O que importa é que o total de dias pagos não pode ultrapassar os 120 dias. Esse contrato pode ser tanto de empregado, com carteira assinada, como também de diarista. Por trabalhar de forma eventual e geralmente sem qualquer formalização, o diarista tem enormes dificuldades de encontrar provas da sua atividade. Entre os documentos que mais são apresentados neste caso, encontramos a profissão em registros civis, como certidões de casamento, nascimento de filho... e ficha de associado em sindicato. Assim, o documento (ou a falta dele) é um obstáculo quase intransponível para os diaristas. Mas, outra questão também gera enormes dificuldades para os diaristas: ele é um segurado especial? Ele é um empregado? Ou ele é um contribuinte individual? Nesse sentido, há muita divergência de interpretação. O INSS exige, desde 2011, que ele apresente comprovante de recolhimento de contribuições para poder se aposentar. Para outros benefícios, já exigia isso antes dessa data. Assim, de nada adianta, perante a Previdência Social, que esse trabalhador apresente documentos de prova. Não será concedido o benefício. Quando um benefício é negado pelo INSS, o segurado inconformado pode adotar duas opções: ou faz um recurso administrativo, ou uma ação judicial. Em muitos casos, é importante usar primeiro a hipótese do recurso administrativo. Quando a decisão for essa, é fundamental que sejam juntados documentos para comprovar o direito, pedir Justificação Administrativa, se for o caso, e fazer sustentação oral no dia do julgamento, para que destacar os principais pontos do processo e reforçar os argumentos. No caso dos diaristas, o Judiciário tem um posicionamento extremamente favorável ao reconhecimento da atividade rural, ainda que com poucas provas. O Superior Tribunal de Justiça decidiu em 2012, que para os diaristas (boias-frias) são enquadrados como segurados especiais Mais que isso: o STJ decidiu também que deve se exigir início de prova material, mas uma prova em qualquer momento da vida de trabalho do segurado é suficiente. No julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.321.493, o STJ negou provimento a um recurso do INSS, em que a segurado tinha como prova apenas a Carteira assinada como trabalhadora rural: “No caso em apreço, para fazer prova do exercício de atividade rural foi acostado aos autos a CTPS da autora, constando vínculo rural pelo período de 01/06/1981 a 24/10/1981”. Essa decisão deve ser seguida pelos Tribunais em todo Brasil, o que é um importante avanço para esses trabalhadores, que geralmente trabalham na informalidade.

Advogada. Doutora em Direito Previdenciário. Professora de diversas instituições. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário. Consultora Jurídica da FETAG. Autora de obras como “Segurado Especial”, pela Editora Juruá.

A SITUAÇAO DO DIARISTA RURAL NA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Um grande encontro de beneficiários, lideranças sindicais e autoridades marcou o encerramento, no dia 12 de junho, do trabalho técnico, social e de engenharia das 192 unidades habitacionais da Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (Coohaf), da Fetag, que foram divididos em 18 grupos e executados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires. Do total, 96 projetos de casas novas e 54 projetos de reformas estão localizados em Venâncio Aires, sendo que outros 28 projetos de casas novas beneficiaram agricultores de Mato Leitão e 14 em Vale Verde, extensões de base.O recurso total do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) disponibilizado pelo governo federal foi de R$ 4.861800,00. Os contratos foram assinados no final do ano de 2013 e executados em 2014/2015, sendo que houve atraso na execução das obras devido a falta de repasse de recursos por parte do governo Federal.O presidente da Coohaf, Juarez da Rosa Cândido, destacou a organização do STR de Venâncio Aires como referência no Estado na administração do programa. Ao mesmo tempo, Elemar Walker, presidente do STR de Venâncio Aires, enfatizou as parcerias firmadas entre STR, Coohaf, CEF e prefeituras dos três municípios contemplados com os projetos.Já a diretora do STR de Venâncio Aires, Sandra Wagner, uma das coordenadoras do projeto, salientou o trabalho em equipe para o sucesso na execução do programa. Sandra disse que a entidade está acompanhando a construção de mais 59 unidades habitacionais no município e que outros 88 projetos aguardam contratação para iniciar as obras. “Temos uma lista de inscritos que ultrapassa 200 pessoas,

STR de Venâncio Aires entrega192 casas da Coohaf

sendo que a metade tem interesse em fazer a reforma de suas c a s a s ” , o b s e r v o u . Venâncio Aires é o s e g u n d o m a i o r município gaúcho com p r o p r i e d a d e s d a agricultura familiar, cerca de oito mil, o que explica a demanda pelo projeto. Ao final da cerimônia, Cândido recebeu de Walker (foto ao lado) um dossiê das 192 obras executadas dentro do PNHR.

O Departamento de Assalariados Rurais da Fetag realizou nos dias 11 e 12 de junho mais uma edição do Curso de Legislação Trabalhista e Prática de Rescisão de Contrato de Trabalho, que foi ministrado pelos assessores do departamento, Eloy Santos Leon e Nathália Sarate, e ainda pelo diretor Nelson Wild. Um total de 26 pessoas participaram, entre eles funcionários e diretores de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, muitos deles pela primeira vez.Durante o curso foram discutidos os principais direitos individuais e coletivos dos empregados rurais, prática de cálculos das verbas rescisórias, atualização da legislação, mudanças ocorridas ultimamente, entre outras. O programa foi avaliado pelos participantes como de extrema importância para adquirir e aprimorar conhecimentos sobre o tema para que os trabalhadores tenham seus direitos preservados na hora da rescisão de contrato de trabalho, bem como obtenham informações corretas no dia a dia sempre que

ASSALARIADOS RURAIS

Curso garante informação a associados

procurarem o STR. Wild adianta que, pela importância do tema e por solicitação dos participantes, a segunda etapa do curso está prevista para ocorrer ainda na primeira quinzena de agosto.

Beneficiários, lideranças e autoridades...

... participaram de cerimônia...

... que marcou o encerramento...

... de entrega de 192 casasElemar e Juarez satisfeitos

Funcionários dos STR’s atualizam conhecimentos

JORNAL DA FETAG-RSPÁGINA 11

MUNDO SUSTENTÁVEL

Utilizados para otimizar o transporte de cargas, os pallets são opção econômica, reciclável e sustentável. Nessa edição, apresentamos uma série de sofás feitos com esse material que dão um ar rústico a sua casa.O primeiro passo é limpar bem o pallet, retirando toda a poeira acumulada - isso pode ser feito com a vassoura de piaçava ou escova de cerdas duras, para tirar o bruto, e finalizado com aspirador de pó.Depois de limpa, a madeira deve ser lixada para eliminar as felpas. Retirar ou martelar pregos salientes é muito importante a fim de não perfurar o estofamento ou até mesmo machucar alguém. É hora, então, de pintar os pallets, seja com verniz ou tinta colorida.Com os pallets já coloridos e acabados, basta empilhá-los até a altura desejada de acordo com o formato do sofá imaginado. Eles podem ser dispostos em linha, para um estilo chaise longue, ou ainda em L, para um sofá de canto. Para que os pallets se mantenham firmes, use barras chatas de 4 furos na parte de trás do sofá, aparafusando um pallet ao outro. Para o sofá de canto, use também uma mão francesa na quina que ficará virada para a parede. Assim, o acabamento fica invisível e a estrutura bem firme! Se o objetivo é ter um sofá com mais mobilidade você ainda pode instalar rodinhas nos pallets. Para finalizar com estilo, as almofadas que ficarão por cima dos pallets são muito importantes. Elas devem ser de espuma mais grossa para dar mais conforto na hora de se acomodar no sofá. Você pode ainda usar colchões, ou fazer um sob-medida para o seu sofá. Dá também pra abusar da criatividade com capas multicoloridas e muitas almofadas menores para compor a decoração. A quantidade das almofadas, assim como seu estilo, só depende do seu gosto e vontade!Com tanta criatividade seu ambiente ficará lindo, aconchegante e versátil. Além disso, móveis sustentáveis estão super na moda!

A hora e a vez dos pallets

Sugestões de reciclagem podem ser enviadas para [email protected] e [email protected]

Os sofás com rodinhas facilitam na hora de limpar

Pallets possibilitam sofá de canto

Modelo mais rústico com almofadas soltas

Pallets roubam a cena na sala de TV

Além de sofá, móvel serve demesa auxiliar

Mesa de centro moderna efuncional

oficina proposta pela Contag às federações para avaliar a saúde Afinanceira dos sindicatos e sua relação com a formação e a comunicação aconteceu entre os dias 23 a 26 de junho no

auditório da Fetag, em Porto Alegre. Intitulada “Oficina Estadual de Autoformação em Gestão Administrativa e Financeira”, o evento reuniu cerca de 40 representantes dos sindicatos e regionais, em sua maioria tesoureiros.A ideia, segundo o tesoureiro-geral da Fetag, Sérgio de Miranda, foi abordar o tema complexo de forma leve, distensionada. E parece que deu certo! A mística de abertura, com apresentação da missão da Fetag, do trabalho no meio rural e do produto foi embalada pela música Os trabalhadores e sua lida, uma paródia feita pelos assessores de Formação Giovane Zortea e Leomar Fernando Mattia da música de ofertório da igreja católica Os grãos que formam a espiga... No lugar do dinheiro, os participantes da oficina pegavam um papel com duas perguntas: o que o grupo tem para ofertar para o MSTTR e o que o grupo espera do MSTTR. Depois de respondidas, o papel era depositado novamente na pequena cesta de vime e, numa nova rodada, um novo bilhete era colhido aleatoriamente... Assim, em voz alta, cada um leu o que outro colega escreveu, integrando e animando a dinâmica dos trabalhos.Dedicação, trabalho, tempo, compromisso, luta, militância, ações, empenho, contribuição financeira, vida... são algumas das respostas para a primeira pergunta. Em relação à expectativa do grupo, um maior número de ideias foi elencado: conquistas, reconhecimento, fortalecimento, renovação, organização, integração, valorização, manutenção do agricultor no campo com qualidade de vida, consciência de classe, referência para o agricultor, respeito, militância dos dirigentes, defesa, representação e trabalho conjunto de STR's, Fetag e Contag. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, em sua fala, ofereceu ao movimento sindical a “minha parte nessa luta, sou mais um”, diz. E questionou: quem vem primeiro, a luta ou a situação financeira? Joel falou da importância da origem dos recursos, associados ou fomento? Disse que o MSTTR não pode perder a essência de representação dos agricultores e, por isso, a luta pela elevação do número de associados aos STR's. O 1º tesoureiro e diretor responsável pela Formação, Nestor Bonfanti, destacou a importância do encontro, que reuniu um dos grupos pensantes do movimento sindical. Ele ressaltou que, como há diferença entre as federações, existe também entre as regionais e assim a necessidade do trabalho coletivo de Contag e Fetag. Ainda sobre o que esperar do MSTTR, Bonfanti reiterou que “é feito por nós, é um compromisso de cada um”. Representando o deputado federal Heitor Schuch, o chefe de gabinete Anselmo Piovesan defendeu a necessidade de organização para enfrentar novos desafios. Lembrou que há problema de gestão, mas que o MSTTR já atravessou fases difíceis e a situação foi contornada, sendo necessárias alternativas para manter sua saúde financeira.Falando sobre cenários futuros, o assessor de Formação Leomar Fernando Mattia lançou um questionamento para ser respondido em tarjeta pelos participantes, ocasião em que cada um se apresentou. “Como o MSTTR vai ser daqui há 15 anos”? O resultado desse trabalho participativo e opinativo foi variado: muita gente confiante, outros nem tanto e alguns achando que não vai mudar muita coisa.A análise da conjuntura do movimento sindical apresentada por Miranda contemplou três fases distintas: o assistencialismo das décadas de 60 até meados de 80, quando o que o associado esperava do sindicato era assistência médica e odontológica, Funrural, assistência técnica e bolsas de estudo; na década de 80, o sindicalismo vive a sua essência reivindicatória. O movimento cresceu, houve reconhecimento da atividade da trabalhadora rural, as primeiras mobilizações, aposentadoria rural, política agrícola diferenciada para a agricultura familiar, preços mínimos, organização dos assalariados e, com a Constituição Federal em 1988, a ampliação dos direitos dos trabalhadores rurais, especialmente na área de previdência e assalariados rurais. A terceira fase, conta Miranda, é a vivenciada até os dias atuais, com a implementação das políticas públicas.A oficina teve a participação efetiva dos Departamentos Financeiro, Formação e Comunicação.

PÁGINA 12JORNAL DA FETAG-RS

OFICINA TRATA DA SAÚDEFINANCEIRA DO MSTTR

PROJETO SUSTENTAR

“Eu gostaria de destacar que a Fetag-RS tem sido uma referência para a Contag em várias políticas. Começando pela informatização dos STR's, que trabalham no sistema há um bom tempo, o que representa uma base com mais informação, facilitando a atividade. Do ponto de vista do Plano Sustentar, nos inspiramos muito nas experiências do RS, o que ajuda a compreensão. Então, a Federação gaúcha não apenas tratou do Plano Sustentar, mas ainda foi buscar uma base bastante consistente, tanto avaliando o passado como projetando o futuro. Diante deste contexto, a oficina cumpriu com seu papel e, além disso, irá nos ajudar com o debate com as Federações nos próximos detalhamentos e definições neste processo de ajustes em determinadas questões. Vejo que por aqui já está tudo organizado no que diz respeito a campanhas, premiações e os STR's envolvidos para encarar todo o processo”.

Aristides Veras dos Santos, secretário de Finanças e Administração da Contag

Nos inspiramos no RS

Miranda coordenou oficina no auditório

Exercício: o que vai acontecer até 2030?

Finanças atrai público nos eventos

Apresentação dos trabalhos em grupo

Comissão de Jovens participou nos primeiros dias