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ANO XXXI - 2020 - 1ª SEMANA DE ABRIL DE 2020 BOLETIM INFORMARE Nº 14/2020 ASSUNTOS SOCIETÁR ASSUNTOS SOCIETÁR ASSUNTOS SOCIETÁR ASSUNTOS SOCIETÁRIOS IOS IOS IOS SOCIEDADE LIMITADA - REGISTRO - ORIENTAÇÕES GERAIS ................................................................................................. Pág. 267 IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA RECOLHIMENTO MENSAL OBRIGATÓRIO (CARNÊ-LEÃO) - CÁLCULO E RECOLHIMENTO - ANO-CALENDÁRIO 2020........ Pág. 279

ANO XXXI - 2020 - 1ª SEMANA DE ABRIL DE 2020 BOLETIM ...A sociedade é constituída por meio de contrato escrito registrado na Junta Comercial ou no Cartório de Registro das Pessoas

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ANO XXXI - 2020 - 1ª SEMANA DE ABRIL DE 2020

BOLETIM INFORMARE Nº 14/2020

ASSUNTOS SOCIETÁRASSUNTOS SOCIETÁRASSUNTOS SOCIETÁRASSUNTOS SOCIETÁRIOSIOSIOSIOS SOCIEDADE LIMITADA - REGISTRO - ORIENTAÇÕES GERAIS ................................................................................................. Pág. 267

IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICAIMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA RECOLHIMENTO MENSAL OBRIGATÓRIO (CARNÊ-LEÃO) - CÁLCULO E RECOLHIMENTO - ANO-CALENDÁRIO 2020 ........ Pág. 279

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ASSUNTOS SOCIETÁRIOSASSUNTOS SOCIETÁRIOSASSUNTOS SOCIETÁRIOSASSUNTOS SOCIETÁRIOS

SOCIEDADE LIMITADA - REGISTRO Orientações Gerais

Sumário 1. Introdução; 2. Capacidade Para Ser Sócio; 3. Impedimentos Para Ser Sócio; 4. Impedimentos Para Ser Administrador; 5. Contrato Social; 5.1 - Preâmbulo do Contrato Social; 5.2 - Cláusulas Obrigatórias do Contrato Social; 5.2.1 – Cláusula Sobre as Pessoas Naturais Incumbidas da Administração da Sociedade, Seus Poderes e Atribuições; 5.3 - Cláusulas Facultativas do Contrato Social; 5.4 - Fecho do Contrato Social; 6. Nome Empresarial 7. Enquadramento Como Microempresa/Empresa de Pequeno Porte; 8. Capital; 8.1 - Quotas de Capital; 8.1.1 - Valor de Quota Inferior a Centavo; 8.2 - CoPropriedade de Quotas; 8.3 - Sócio Menor de 18 Anos, Não Emancipado; 8.4 - Utilização do Acervo do Empresário; 8.5 - Realização do Capital Com Lucros Futuros; 8.6 - Integralização Com Bens; 8.7 - Contribuição Com Prestação de Serviços; 8.8 - Integralização de Capital Com Quotas de Outra Sociedade; 9. Local da Sede, Endereço e Filiais; 10. Objeto Social; 10.1 – Restrições e Impedimentos Para Certas Atividades; 11. Participação Nos Resultados; 12. Foro; 13. Assinatura do Contrato Social; 13.1 Analfabeto; 14. Visto De Advogado; 15. Empresas Sujeitas a Controle de Órgãos de Fiscalização de Exercício Profissional; 16. Sociedades Cujos Atos de Constituição, Para Arquivamento, Dependem de Aprovação Prévia Por Órgão Governamental; 17. Sociedade de Propósito Específico – SPE; 18. Regência Supletiva da Lei nº 6.404/76 (Lei Das Sociedades Anônimas); 19. Publicações Determinadas em Lei (Art. 1.152 do Código Civil); 20. Participação de Estrangeiro; 21. Administração; 21.1 – Administrador; 21.1.1 - Administrador Sócio Designado em Ato Separado; 21.1.2 - Administrador Não Sócio; 21.2 - Administrador – Estrangeiro; 21.3 - Conselho de Administração; 22. Documentação Exigida; 23. Modelo. 1. INTRODUÇÃO A sociedade limitada é uma sociedade empresária, mas nas omissões da lei rege-se pelas normas da sociedade simples, podendo o contrato social prever regência supletiva pelas normas de sociedade anônima. De acordo com o § 1º do Art. 1.052 da Lei nº 10.406/2002, incluído pelo o Art. 7º da Lei nº 13.874/2019, a sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas cotas, mas todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital. A sociedade é constituída por meio de contrato escrito registrado na Junta Comercial ou no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas, conforme o ramo de atividade explorado.

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Nos itens a seguir abordaremos os procedimentos para elaboração do contrato social de acordo com as normas previstas no Código Civil (Lei nº 10.406/2002), Anexo II da IN DREI nº 38/2017 e alterações posteriores, e outras fontes citadas no texto. Observação: a matéria foi publicada no boletim de acordo com a legislação vigente à época de sua publicação, estando sujeita a sofrer alterações posteriores a publicação em nosso site. 2. CAPACIDADE PARA SER SÓCIO Pode ser sócio de sociedade limitada, desde que não haja impedimento legal: a) o maior de 18 (dezoito) anos, brasileiro (a) ou estrangeiro (a), que estiverem em pleno gozo da capacidade civil; b) o menor emancipado; c) os relativamente incapazes a certos atos ou à maneira de exercê-los, desde que assistidos; d) os menores de 16 (dezesseis) anos (absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil), desde que representados; e) pessoa jurídica nacional ou estrangeira; f) O Fundo de Investimento em Participações - FIP, desde que devidamente representado por seu administrador (Incluído pela Instrução Normativa nº 58, de 22 de março de 2019). Notas: 1) A prova da emancipação do menor deverá ser comprovada exclusivamente mediante a apresentação da certidão do registro civil, a qual deverá instruir o processo ou ser arquivada em separado. 2) A capacidade dos índios é regulada por lei especial (Estatuto do Índio). 3) Conforme art. 1.690 do Código Civil compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os sócios menores de 16 (dezesseis) anos, bem como assisti-los até completarem a maioridade. É desnecessário, para fins do registro, esclarecimento quanto ao motivo da falta. 4) A representação do FIP deve se dar por meio da pessoa jurídica que administra o fundo (Incluído pela Instrução Normativa nº 58, de 22 de março de 2019). 3. IMPEDIMENTOS PARA SER SÓCIO A pessoa impedida por norma constitucional ou por lei especial não pode ser sócia de sociedade limitada. São exemplos de impedimentos: a) o português, ainda que no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, não pode participar de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; b) os cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens ou de separação obrigatória, não podem contratar sociedade, entre si ou com terceiros. 4. IMPEDIMENTOS PARA SER ADMINISTRADOR Não pode ser administrador de sociedade limitada a pessoa: a) menor de 16 (dezesseis) anos e a relativamente incapaz; b) pessoa Jurídica; c) condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação;

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d) impedida por norma constitucional ou por lei especial, com destaque para: d.1) brasileiro naturalizado há menos de 10 (dez) anos, em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens; d.2) imigrante: (Redação dada pela Instrução Normativa nº 56, de 12 de março de 2019) d.2.1) em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e imagens; d.2.2) em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com assentimento prévio do órgão competente; d.2.3) português, ainda que no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; e) o cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; f) o funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário estadual e municipal, observar as respectivas legislações; g) o magistrado; h) os membros do Ministério Público da União, que compreende: h.1) Ministério Público Federal; h.2) Ministério Público do Trabalho; h.3) Ministério Público Militar; h.4) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; j) os membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva; k) o falido, enquanto não for legalmente reabilitado; l) o leiloeiro. 5. CONTRATO SOCIAL O Contrato Social não poderá conter emendas, rasuras e entrelinhas, admitida, porém, nesses casos, ressalva expressa no próprio instrumento, com assinatura das partes. Nos instrumentos particulares, não deverá ser utilizado o verso das folhas do contrato, cujo texto será grafado na cor preta ou azul, obedecidos os padrões de indelebilidade e nitidez para permitir sua reprografia, microfilmagem e/ou digitalização. 5.1 - Preâmbulo do Contrato Social Deverá constar do preâmbulo do contrato social a qualificação dos sócios e de seus representantes: a) Sócio pessoa física (brasileiro ou estrangeiro) residente no País ou no exterior: a.1) nome civil, por extenso; a.2) nacionalidade; a.3) estado civil (indicar, se for o caso, a união estável); a.4) data de nascimento, se solteiro; a.5) profissão;

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a.6) documento de identidade, número e órgão expedidor/UF; a.7) CPF; a.8) endereço (tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, unidade federativa e CEP, se no País); b) sócio pessoa jurídica com sede no País: b.1) nome empresarial; b.2) qualificação do titular ou representante conforme item “a”; b.3) endereço da sede (tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, unidade federativa e CEP); b.4) número de inscrição no Cartório competente; (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 69, 18 de novembro de 2019) b.5) CNPJ; c) sócio pessoa jurídica com sede no exterior: c.1) nome empresarial; c.2) qualificação do titular ou representante conforme item “a”; c.3) nacionalidade; c.4) endereço da sede; c.5) CNPJ; d) Sócio Fundo de Investimento em Participações – FIP: d.1) Denominação do Fundo; d.2) Número de inscrição no Cartório competente; d.3) CNPJ do Fundo; d.4) Qualificação do administrador, contendo nome empresarial, endereço completo e CNPJ; e (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 69, 18 de novembro de 2019) d.5) Qualificação Diretor ou sócio-gerente responsável pela administração conforme item “a”. (Incluído pela Instrução Normativa nº 58, de 22 de março de 2019) Observação: quanto a participação de estrangeiros residentes e domiciliados no Brasil, pessoas físicas, brasileiras ou estrangeiras, residentes e domiciliadas no exterior e pessoas jurídicas com sede no exterior, vide Instrução Normativa DREI nº 34/2017. 5.2 - Cláusulas Obrigatórias do Contrato Social O corpo do contrato social deverá contemplar, obrigatoriamente, o seguinte: a) nome empresarial; (vide Instrução Normativa DREI nº 15/2013) b) capital da sociedade, expresso em moeda corrente, a quota de cada sócio, a forma e o prazo de sua integralização; c) endereço da sede, bem como o endereço das filiais, quando houver; d) objeto social;

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e) prazo de duração da sociedade; f) data de encerramento do exercício social, quando não coincidente com o ano civil; g) as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; h) qualificação do administrador não sócio, designado no contrato; i) participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; e j) foro. Observação: não é obrigatória a indicação da data de início da atividade da sociedade. Se não indicada, considerar-se-á a data do registro. 5.2.1 – Cláusula Sobre as Pessoas Naturais Incumbidas da Administração da Sociedade, Seus Poderes e Atribuições Sendo os administradores nomeados no contrato, é obrigatória a indicação de seus poderes e atribuições. Caso não haja nomeação dos administradores, deverá constar no contrato que o serão em ato separado. Oportunidade em que deverá averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade. (art. 1.012 do CC) Caso não haja designação de administrador, competirá separadamente a todos os sócios. (art. 1.013 do CC) 5.3 - Cláusulas Facultativas do Contrato Social Exemplos: a) aquelas que disciplinem as regras das reuniões de sócios (art. 1.072 CC/2002); b) as que disciplinem sobre a previsão supletiva das sociedades limitadas pelas normas de sociedades anônimas (art. 1.053, parágrafo único); c) as que preverem a exclusão de sócios por justa causa (art. 1.085 CC/2002); d) as que preverem expressamente autorização da pessoa não sócia ser administrador (art. 1.061 CC/2002); e) instituição de conselho fiscal (art. 1.066 CC/2002); f) outras, de interesse dos sócios. 5.4 - Fecho do Contrato Social Do fecho do contrato social deverá constar: a) local e data do contrato; e b) nomes dos signatários e respectivas assinaturas. Notas: 1) Não há necessidade de assinaturas de testemunhas. 2) De acordo com o Art. 4º da IN DREI nº 40/2017, os documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de empresários individuais, empresas individuais de responsabilidade limitada, sociedades empresárias e cooperativas levados a arquivamento nas Juntas Comerciais deverão estar assinados na forma da lei, sendo as demais folhas rubricadas. 6. NOME EMPRESARIAL

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O nome empresarial obedecerá ao princípio da veracidade e da novidade, incorporando os elementos específicos ou complementares exigidos ou não proibidos em lei. O nome empresarial pode ser de dois tipos: DENOMINAÇÃO SOCIAL ou FIRMA SOCIAL. A denominação social deve designar o objeto da sociedade, de modo específico, não se admitindo expressões genéricas isoladas, como: comércio, indústria, serviços. Havendo mais de uma atividade, deverá ser escolhida qualquer delas. É facultativa a indicação do objeto no nome, se a sociedade for Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte (art. 72 da Lei Complementar nº 123/06). É permitido figurar na denominação social o nome de um ou mais sócios. 7. ENQUADRAMENTO COMO MICROEMPRESA/EMPRESA DE PEQUENO PORTE O enquadramento, reenquadramento e desenquadramento de microempresa e empresa de pequeno porte serão efetuados mediante declaração sob as penas da lei, de que a empresa se enquadra na situação de microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos do art. 3º, caput e parágrafos, da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, constante de: (IN DREI nº 36/2017) a) cláusula específica, inserida no ato constitutivo ou sua alteração, hipótese em que o instrumento deverá ser assinado pela totalidade dos sócios; ou b) instrumento específico a que se refere o art. 32, II, alínea d, da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, assinada pela totalidade dos sócios. Notas: 1) No caso de empresário individual, o enquadramento será feito no próprio requerimento, mediante indicação de campo específico. 2) Na hipótese de que trata a letra “a” do item 7, fica vedada a cobrança de preço público para o arquivamento do ato. 3) Nos atos posteriores ao enquadramento ou reenquadramento, a empresa deverá acrescentar ao nome empresarial a expressão ou partícula designativa de seu porte. 4) Caso o enquadramento seja efetuado no momento da constituição, no ato constitutivo, o nome empresarial já poderá conter a respectiva partícula designativa do porte. 5) a comprovação do enquadramento/reenquadramento ou desenquadramento como de microempresa ou empresa de pequeno porte será efetuada mediante certidão expedida pela Junta Comercial (Incluído pela Instrução Normativa DREI nº 69, 18 de novembro de 2019). 6) É dispensado o visto de advogado nos atos constitutivos das microempresas e das empresas de pequeno porte. 8. CAPITAL 8.1 - Quotas de Capital As quotas de capital poderão ser: a) de valor desigual, cabendo uma ou diversas a cada sócio; e b) de valor igual, cabendo uma ou diversas a cada sócio. 8.1.1 - Valor de Quota Inferior a Centavo Não é cabível a indicação de valor de quota social inferior a 1 (um) centavo. 8.2 - CoPropriedade de Quotas Embora indivisa, é possível a co-propriedade de quotas (condomínio de quotas).

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No caso de condomínio de quotas, deverá ser qualificado o representante do condomínio e indicada a sua qualidade de representante dos condôminos. 8.3 - Sócio Menor de 18 Anos, Não Emancipado Participando da sociedade sócio menor, não emancipado, o capital social deverá estar totalmente integralizado. 8.4 - Utilização do Acervo do Empresário Implica o cancelamento do registro do empresário. O cancelamento deverá ser feito concomitantemente com o processo de arquivamento do ato da sociedade em constituição. 8.5 - Realização do Capital Com Lucros Futuros Não poderá ser indicada como forma de integralização do capital a sua realização com lucros futuros que o sócio venha a auferir na sociedade. 8.6 - Integralização Com Bens Poderão ser utilizados para integralização de capital quaisquer bens, desde que suscetíveis de avaliação em dinheiro. No caso de imóvel, ou direitos a ele relativo, o contrato social por instrumento público ou particular deverá conter sua descrição, identificação, área, dados relativos à sua titulação, bem como o número de sua matrícula no Registro Imobiliário. No caso de sócio casado, salvo no regime de separação absoluta, deverá haver a anuência do cônjuge no contrato ou declaração arquivada em separado. A integralização de capital com bens imóveis de menor depende de autorização judicial. 8.7 - Contribuição Com Prestação de Serviços É vedada a contribuição ao capital que consista em prestação de serviços. 8.8 - Integralização de Capital Com Quotas de Outra Sociedade A integralização de capital com quotas de outra sociedade implicará a correspondente alteração contratual modificando o quadro societário da sociedade cujas quotas foram conferidas para integralizar o capital social, consignando a saída do sócio e ingresso da sociedade que passa a ser titular das quotas. Se as sedes das empresas envolvidas estiverem situadas na mesma unidade da federação, os respectivos processos de constituição e de alteração tramitarão vinculados. Caso as sociedades envolvidas estejam sediadas em unidades da federação diferentes, deverá ser primeiramente, promovido o arquivamento da alteração contratual, para, em seguida, promover o arquivamento do contrato social com o ingresso do sócio, juntando para comprovação, a alteração contratual já arquivada. Não é exigível a apresentação de laudo de avaliação para comprovação dos valores dos bens declarados na integralização de capital de sociedade limitada. 9. LOCAL DA SEDE, ENDEREÇO E FILIAIS Deverá ser indicado, no contrato social, o endereço completo da sede (tipo e nome do logradouro, no, complemento, bairro/distrito, município, UF e CEP). Havendo filiais, para cada uma delas, também deverá ser indicado o respectivo endereço completo. 10. OBJETO SOCIAL O objeto social não poderá ser ilícito, impossível, indeterminado ou indeterminável, ou contrário aos bons costumes, à ordem pública ou à moral. O contrato social deverá indicar com precisão e clareza as atividades a serem desenvolvidas pela sociedade.

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O objeto social poderá ser descrito por meio de código integrante da estrutura da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. Observação: é vedado o arquivamento na Junta Comercial de sociedade cujo objeto inclua a atividade de advocacia. O objeto social não poderá ser ilícito, impossível, indeterminado ou indeterminável, ou contrário aos bons costumes, à ordem pública ou à moral. O contrato social deverá indicar com precisão e clareza as atividades a serem desenvolvidas pela sociedade, sendo vedada a inserção de termos estrangeiros, exceto quando não houver termo correspondente em português ou já incorporado no vernáculo nacional. Entende-se por precisão e clareza a indicação de gêneros e correspondentes espécies de atividades. São exemplos de gêneros e espécies:

GÊNEROS ESPÉCIES - comércio - de veículos automotores

- de tratores - de bebidas - de armarinho

- indústria - de laticínios - de confecções

- serviços - de reparação de veículos automotores - de transportes rodoviários de cargas

10.1 – Restrições e Impedimentos Para Certas Atividades É vedado o arquivamento na Junta Comercial de sociedade cujo objeto inclua a atividade de advocacia, inclusive cobrança judicial. 11. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS Não é permitida a exclusão de sócio na repartição de lucros ou prejuízos. 12. FORO Deve ser indicado o foro para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações resultantes do contrato. 13. ASSINATURA DO CONTRATO SOCIAL Todos os sócios, ou seus representantes, deverão assinar o contrato. As assinaturas serão lançadas com a indicação do nome do signatário, por extenso, de forma legível, podendo ser substituído pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1º do art. 4º da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006. Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida fundada de autenticidade (art. 22, § 2º da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999). 13.1 Analfabeto Se o sócio for analfabeto, o contrato social, se por instrumento particular, deverá ser assinado por procurador, nomeado através de procuração passada por instrumento público, contendo poderes específicos para assinar o contrato social (§ 2º do art. 215 do Código Civil). 14. VISTO DE ADVOGADO O contrato social deverá conter o visto de advogado, com a indicação do nome e número de inscrição na Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.

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Observação: é dispensado o visto de advogado no contrato social da sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte. 15. EMPRESAS SUJEITAS A CONTROLE DE ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO DE EXERCÍCIO PROFISSIONAL O arquivamento do contrato social de empresas sujeitas a controle de órgãos de fiscalização de exercício profissional não dependerá de aprovação prévia desses órgãos. 16. SOCIEDADES CUJOS ATOS DE CONSTITUIÇÃO, PARA ARQUIVAMENTO, DEPENDEM DE APROVAÇÃO PRÉVIA POR ÓRGÃO GOVERNAMENTAL Vide Instrução Normativa DREI nº 14/2013. 17. SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO – SPE O fato de tratar-se de constituição de Sociedade de Propósito Específico não impõe reflexo sobre a análise pela Junta Comercial para fins de registro. A análise deverá ficar adstrita aos aspectos formais aplicáveis ao tipo societário de que o Anexo II da IN DREI nº 38/2017. 18. REGENCIA SUPLETIVA DA LEI Nº 6.404/76 (LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS) O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima, conforme art. 1053, parágrafo único do Código Civil. Para fins de registro na Junta Comercial, a regência supletiva: a) poderá ser prevista de forma expressa; ou b) presumir-se-á pela adoção de qualquer instituto próprio das sociedades anônimas, desde que compatível com a natureza da sociedade limitada, tais com: b.1) quotas em tesouraria; b.2) quotas preferenciais; b.3) conselho de Administração; e b.4) Conselho Fiscal. 19. PUBLICAÇÕES DETERMINADAS EM LEI (art. 1.152 do Código Civil) Cabe à Junta Comercial verificar a regularidade das publicações determinadas em lei. Salvo exceção expressa, as publicações serão feitas no órgão oficial da União ou do Estado, conforme o local da sede do empresário ou da sociedade, e em jornal de grande circulação. Para a publicação no veículo oficial, a sociedade poderá, de forma discricionária, optar entre o Diário Oficial da União (DOU) e o Diário Oficial do Estado onde se localize sua sede. É dispensada a apresentação das folhas quando o instrumento a ser arquivado consignar os nomes, respectivas datas e folhas dos jornais em que foram efetuadas as publicações. 20. PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIRO Quanto a participação de estrangeiros residentes e domiciliados no Brasil, pessoas físicas, brasileiras ou estrangeiras, residentes e domiciliadas no exterior e pessoas jurídicas com sede no exterior, vide Instrução Normativa DREI nº 34/2017. 21. ADMINISTRAÇÃO 21.1 – Administrador A administração da sociedade será exercida por uma ou mais pessoas designadas no contrato ou em ato separado.

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A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade. Não há obrigatoriedade de previsão de prazo do mandato de administrador nomeado no contrato, que, não estando previsto, entender-se-á ser de prazo indeterminado. Não é exigível a apresentação do termo de posse de administrador nomeado, quando do arquivamento do ato de sua nomeação. As funções de administração não podem ser delegadas a representante ou terceiros. A declaração de inexistência de impedimento para o exercício de administração da sociedade, se não constar do contrato, deverá ser apresentada em ato separado, que instruirá o processo. 21.1.1 - Administrador Sócio Designado em Ato Separado Ainda que o administrador seja nomeado em ato separado, este deverá conter seus poderes e atribuições. O administrador sócio designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração. Se o termo de posse não for assinado nos 30 (trinta) dias seguintes à designação, esta se tornará sem efeito. 21.1.2 - Administrador Não Sócio A designação de administrador não sócio dar-se-á no contrato ou em ato separado e dependerá da aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver totalmente integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a integralização. O administrador não sócio designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração. Se o termo de posse não for assinado nos 30 (trinta) dias seguintes à designação, esta se tornará sem efeito. Quando nomeado e devidamente qualificado no contrato, o administrador não sócio considerar-se-á investido no cargo mediante aposição de sua assinatura no próprio instrumento. 21.2 - Administrador – Estrangeiro Administrador estrangeiro não poderá estar enquadrado em caso de impedimento para o exercício da administração (Redação dada pela Instrução Normativa nº 56, de 12 de março de 2019). Os cidadãos dos países dos Estados Partes do Mercosul (República Argentina, República do Paraguai e República Oriental do Uruguai) e dos Estados Associados (Estado Plurinacional da Bolívia e República do Chile) que obtiveram a Residência Temporária de 2 (dois) anos poderão ser titular ou administrador de EIRELI, observadas as disposições da Instrução Normativa DREI nº 34/2017. 21.3 - Conselho de Administração Fica facultada a criação de Conselho de Administração na Sociedade Empresária Limitada, aplicando-se, por analogia, as regras previstas na Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro de 1976. 22. DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA Nos termos do parágrafo único do art. 37 da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, nenhum outro documento será exigido, além dos abaixo especificados: a) requerimento (capa do processo) assinado pelo empresário, procurador, com poderes gerais ou específicos, ou por terceiro interessado obrigatoriamente identificado (nome por extenso, CPF, email e telefone); Observação: no caso de registro digital não é necessária a utilização desse requerimento, podendo o sistema eletrônico utilizado pela Junta Comercial consolidar os dados do ato levado a arquivamento e solicitar a assinatura digital do requerente (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 69, 18 de novembro de 2019).

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b) contrato social, assinado pelos sócios ou seus procuradores ou Certidão de inteiro teor do contrato social, quando revestir a forma pública; c) caso a Junta Comercial esteja utilizando o sistema da via única de arquivamento, seguir as orientações contidas na Instrução Normativa DREI nº 03/2013; d) fica mantido o sistema convencional de autenticação de documentos até a adequação da Junta Comercial que não estiver apta a utilizar a via única; f) declaração de desimpedimento para o exercício de administração de sociedade empresária, assinada pelo(s) administrador(es) designados no contrato, se essa não constar de cláusula própria; g) original ou cópia autenticada de procuração, com poderes específicos e se por instrumento particular, com firma reconhecida, quando o requerimento, o contrato social ou a declaração de que trata o item anterior for assinada por procurador. Se o outorgante for analfabeto, a procuração deverá ser passada por instrumento público; Observação: as procurações poderão, a critério do interessado, apenas instruir o requerimento ou ser arquivadas em processo separado. Nesta última hipótese, com pagamento do preço do serviço devido. h) cópia autenticada da identidade dos administradores. (vide nota nº 1 abaixo) i) aprovação prévia de órgão governamental, quando for o caso (vide nota nº 2 abaixo); j) ficha de Cadastro Nacional – FCN, que poderá ser exclusivamente eletrônica (vide nota nº 3 abaixo); k) original do documento de consulta de viabilidade deferida em 01 (uma) via ou Pesquisa de Nome Empresarial (busca prévia) até que a Junta Comercial passe a utilizar o sistema que viabilize a integração (vide nota nº 3 abaixo); l) DBE - Documento Básico de Entrada da Secretaria da Receita Federal do Brasil (vide nota nº 3 abaixo); m) Comprovante de pagamento: - Guia de Recolhimento/Junta Comercial (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 69, 18 de novembro de 2019). n) folha do Diário Oficial da União, do Estado, do DF ou do Município que contiver o ato de autorização legislativa, se tiver participação societária de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública (art. 37, inciso XX da CF e art. 2º, § 2º da Lei nº 13.303, de 2016) (Incluído pela Instrução Normativa DREI nº 50, de 11 de outubro de 2018). Notas: 1) Documentos admitidos: Os previstos no art. 2º da Lei 12.037, de 1º de outubro de 2009. Caso a cópia não seja autenticada por cartório, a autenticação poderá ser efetuada: - pelo servidor, no ato da apresentação da documentação, à vista do documento original; ou - pelo advogado ou contador da parte interessada, mediante declaração aprovada pelo DREI (Redação dada pela Instrução Normativa nº 60, de 26 de abril de 2019). 2) Vide Instrução Normativa DREI nº 14/2013. 3) Caso a Junta Comercial utilize sistema de integração entre os órgãos de registro e legalização de empresas, que permita transmissão eletrônica dos dados, fica dispensada a apresentação destes documentos. 23. MODELO CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE: _____________ 1. FULANO DE TAL, nacionalidade, naturalidade, estado civil (se casado indicar o regime de bens), data de nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF, identidade (carteira de identidade, certificado de reservista, carteira de identidade profissional, Carteira de Trabalho e Previdência Social, carteira nacional de habilitação, indicando o seu número, órgão expedidor e Unidade Federativa onde foi emitida) residente e domiciliado na (endereço

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completo: tipo e nome do logradouro, número, complemento, bairro/distrito, município, Unidade Federativa e CEP) e 2. BELTRANO DE TAL .............................................. (art. 997, l, CC/2002) constituem uma sociedade limitada, mediante as seguintes cláusulas: 1ª. A sociedade girará sob o nome empresarial ............................. e terá sede e domicílio na (endereço completo: Tipo e nome do logradouro, número, complemento, bairro/distrito, município, Unidade Federativa e CEP). (art. 997, II, CC/2002) 2ª. O capital social será R$ ...................................... (...................................... reais) dividido em .............. quotas de valor nominal R$ .............. (................ reais), integralizadas, neste ato em moeda corrente do País, pelos sócios: Fulano de Tal .................nº de quotas............. R$.......................... Beltrano de Tal.............. nº de quotas............. R$.....................(art. 997, III, CC/2002) (art. 1.055, CC/2002) 3ª. O objeto será .................................................... 4ª. A sociedade iniciará suas atividades em ................. e seu prazo de duração é indeterminado. (art. 997, II, CC/2002) 5ª. As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço direito de preferência para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente. (arts. 1.056 e 1.057, CC/2002) 6ª. A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. (art. 1.052, CC/2002) 7ª. A administração da sociedade caberá ...................................... com os poderes e atribuições de........................................... autorizado o uso do nome empresarial, vedado, no entanto, em atividades estranhas ao interesse social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização do outro sócio. (arts. 997, Vl; 1.013, 1.015, 1.064, CC/2002) 8ª. Ao término de cada exercício social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apurados. (art. 1.065, CC/2002) 9ª. Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os sócios deliberarão sobre as contas e designarão administrador(es) quando for o caso. (arts. 1.071 e 1.072, § 2º e art. 1.078, CC/2002) 10ª. A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante alteração contratual assinada por todos os sócios. 11ª. Os sócios poderão, de comum acordo, fixar uma retirada mensal, a título de "pro labore", observadas as disposições regulamentares pertinentes. 12ª. Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade continuará suas atividades com os herdeiros, sucessores e o incapaz. 13ª. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes ou do(s) sócio(s) remanescente(s), o valor de seus haveres será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. Parágrafo único - O mesmo procedimento será adotado em outros casos em que a sociedade se resolva em relação a seu sócio. (arts. 1.028 e 1.031, CC/2002) 14ª. O(s) Administrador(es) declara(m), sob as penas da lei, de que não está(ão) impedido(s) de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar(em) sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema

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financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública,ou a propriedade. (art. 1.011, § 1º, CC/2002) Inserir outras cláusulas facultativas desejadas. 15ª. Fica eleito o foro de ............ para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato. E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em _______ vias. _____________, ___ de ___________de 20__ Local e data aa) _____________________ aa) ________________________ FULANO DE TAL BELTRANO DE TAL Visto: ______________ (OAB/MG 0987) Nome Fundamentos Legais: Os citados no texto.

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RECOLHIMENTO MENSAL OBRIGATÓRIO (CARNÊ-LEÃO) Cálculo e Recolhimento - Ano-Calendário 2020

Sumário 1. Introdução; 2. Contribuintes; 3. Determinação da Base de Cálculo; 3.1 - Pensão Alimentícia; 3.2 - Rendimentos Recebidos do Exterior; 3.3 - Rendimentos Recebidos Por Garimpeiros; 3.4 - Rendimentos Decorrentes de Aluguéis de Imóveis; 3.4.1 – Condomínios- Tratamento Tributário Dos Rendimentos Decorrentes de Locação de Partes Comuns; 3.5 - Rendimentos de Serviços de Transporte; 3.5.1 – Rendimentos de Serviços de Transporte de Cargas; 4. Deduções Permitidas; 4.1 - Contribuição Previdenciária; 4.2 – Dependentes; 4.3 - Pensão Alimentícia; 4.4 - Livro Caixa; 4.4.1 - Formalidades na Escrituração do Livro Caixa; 5. Rendimentos Recebidos Acumuladamente; 6. Rendimentos Comuns Produzidos Por Bens ou Direitos; 7. Rendimentos Percebidos Por Menores e Outros Incapazes; 8. Cálculo do Imposto; 9. Compensação do Imposto de Renda Pago no Exterior; 10. Recolhimento; 11. Compensação do Imposto na Declaração de Ajuste Anual. 1. INTRODUÇÃO O recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), das pessoas físicas, relativo aos rendimentos recebidos no ano-calendário 2020, de outras pessoas físicas ou de fontes situadas no Exterior, será calculado com base nos valores da tabela progressiva mensal vigente no mês do recebimento dos rendimentos. Nesse trabalho abordaremos todos os procedimentos para cálculo e apuração do imposto devido na modalidade de carnê-leão, com base nos Arts. 118 a 123 do RIR/2018, Arts. 53 a 57 da Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, com as alterações introduzidas pela IN RFB nº 1.756/2017, e outras fontes citadas no texto. Observação: a matéria foi publicada no boletim de acordo com a legislação vigente à época de sua publicação, estando sujeita a sofrer alterações posteriores a publicação em nosso site. 2. CONTRIBUINTES Está sujeita ao recolhimento mensal obrigatório - carnê-leão - a pessoa física residente ou domiciliada no País que receber qualquer um dos rendimentos abaixo:

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a) emolumentos e custas dos serventuários da justiça como tabeliães, notários, oficiais públicos e demais servidores quando não forem remunerados exclusivamente pelos cofres públicos; b) rendimentos recebidos em dinheiro, a título de pensão judicial, inclusive alimentos provisionais; c) comissões e corretagens pela intermediação de negócios; d) 10% (dez por cento) do rendimento auferido pelo garimpeiro em decorrência da venda, a empresas legalmente habilitadas, de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas; e) aluguéis e arrendamentos de bens móveis e imóveis; f) rendimentos pagos por representações diplomáticas de países estrangeiros e por organismos internacionais localizados no Brasil; g) quaisquer rendimentos pagos por fontes situadas no Exterior, quando não sejam isentos no Brasil; h) remuneração pela prestação de serviços sem vinculação empregatícia, inclusive serviços de transporte de cargas e de passageiros e serviços prestados com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados; i) que tiverem acréscimo patrimonial não justificado pelos rendimentos tributáveis, não-tributáveis, tributados exclusivamente na fonte ou submetidos à tributação definitiva. De acordo o § 2º do art. 53 da IN RFB nº 1.500/2014, com a redação dada pelo o art. 1º da IN RFB nº 1.756/2017, os rendimentos sujeitos ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) recebidos por pessoas consideradas dependentes do contribuinte são submetidos à tributação como rendimentos próprios. 3. DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO A base de cálculo do Imposto de Renda corresponde ao somatório dos rendimentos das espécies mencionadas no item 2 deste trabalho, no mês em que forem efetivamente recebidos pelo beneficiário, considerando-se como recebida a entrega dos recursos, mesmo mediante depósito em instituição financeira em favor do beneficiário (§ 3º do Art. 3º da IN RFB nº 1.500/2014). Como regra geral, o rendimento a computar na base de cálculo corresponde à importância efetivamente recebida, ressalvados tratamentos especiais para algumas espécies de rendimentos, focalizados nos subitens seguintes. 3.1 - Pensão Alimentícia Devem ser computadas, pelo beneficiário, na base de cálculo do imposto devido na forma de carnê-leão, as importâncias recebidas mensalmente a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, em cumprimento de decisão ou acordo judicial, inclusive alimentos provisionais, ainda que sejam descontados em folha de pagamento e repassados ao beneficiário, por pessoa jurídica (Ato Declaratório Normativo nº 11/1993). Estão compreendidas neste rendimento e devem integrar a base de cálculo do imposto as importâncias recebidas a título de despesas médicas e com instrução, desde que fixadas em acordo ou sentença judicial. 3.2 - Rendimentos Recebidos do Exterior De acordo com o artigo 6º da Lei nº 9.250/1995, os rendimentos recebidos de fontes situadas no Exterior, sujeitos à tributação no Brasil na forma de carnê-leão, serão convertidos em reais mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, pelo valor fixado para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do recebimento do rendimento. Notas: 1. Os rendimentos em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo seu valor fixado pela autoridade monetária do país de origem dos rendimentos na data do recebimento e, em seguida, em reais mediante utilização do valor do dólar fixado para compra pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do recebimento do rendimento. 2. Não se sujeitam ao carnê-leão os rendimentos tributados como Ganho de Capital (moeda estrangeira) na forma da Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000.

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3.3 - Rendimentos Recebidos Por Garimpeiros O rendimento tributável corresponde a 10% (dez por cento), no mínimo, dos rendimentos recebidos pelos garimpeiros na venda, a empresas legalmente habilitadas, de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas, por ele extraídos (Art. 40 do RIR/2018). A prova de origem dos rendimentos será feita com base na via da nota de aquisição destinada ao garimpeiro pela empresa compradora, no caso de ouro, ativo financeiro, ou outro documento fiscal emitido pela empresa compradora, nos demais casos. Ressalte-se que o valor excluído da incidência do imposto não poderá justificar acréscimo patrimonial da declaração de rendimento (Art. 20 da Lei nº 8.134/1990). 3.4 - Rendimentos Decorrentes de Aluguéis de Imóveis São considerados rendimentos de aluguéis, tributados na forma do carnê-leão, todas as espécies de rendimentos percebidos pela ocupação, uso, fruição ou exploração dos bens e direitos, inclusive (Art. 41 do RIR/2018 e art. 31 da IN RFB nº 1.500/2014): a) as luvas, prêmios, gratificações pagas ao locador pelo contrato celebrado; b) a indenização pela rescisão ou término antecipado do contrato; c) a correção monetária, os juros de mora e quaisquer outras compensações pelo atraso no pagamento do aluguel; d) o valor das benfeitorias realizadas no imóvel pelo locatário, não reembolsadas pelo locador. Podem ser deduzidos da base de cálculo do imposto os seguintes encargos, desde que o ônus tenha sido exclusivamente do locador (Art. 42 do RIR/2018): a) o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento; b) o aluguel pago pela locação do imóvel sublocado; c) as despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento; d) as despesas de condomínio. Quando o aluguel for recebido por meio de empresas imobiliárias, procurador ou por qualquer outra pessoa designada pelo locador, será considerada como data de recebimento aquela em que o locatário efetuou o pagamento, independentemente de quando o mesmo for repassado para o beneficiário (§ 2º do art. 31 da Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014). Quando o locatário depositar o valor de aluguéis em juízo, tal fato não configura a aquisição da disponibilidade econômica e jurídica da renda ou proventos para o locador, não estando este obrigado a tributar os rendimentos no mês do depósito. Neste caso, o rendimento recebido pelo locador ficará sujeito ao carnê-leão, no mês em que for liberado pela autoridade judicial. 3.4.1 – Condomínios - Tratamento Tributário dos Rendimentos Decorrentes de Locação de Partes Comuns O Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 02, de 27 de março de 2007, diz que na hipótese de locação de partes comuns de condomínio edilício, será observado o seguinte: a) os rendimentos decorrentes serão considerados auferidos pelos condôminos, na proporção da parcela que for atribuída a cada um, ainda que tais rendimentos sejam utilizados na composição do fundo de receitas do condomínio, na redução da contribuição condominial ou para qualquer outro fim; b) o condômino estará sujeito ao cumprimento de todas as exigências tributárias cabíveis, relativamente aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal (SRF), especialmente no que tange às normas contidas

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na legislação do imposto sobre a renda referentes à tributação de rendimentos auferidos com a locação de imóveis. São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os rendimentos recebidos pelos condomínios residenciais constituídos nos termos da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, limitado a R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil reais) por ano-calendário, e desde que sejam revertidos em benefício do condomínio para cobertura de despesas de custeio e de despesas extraordinárias, estejam previstos e autorizados na convenção condominial, não sejam distribuídos aos condôminos e decorram (art. 11, inc. XIV, da IN RFB nº 1.500/2014, com a redação dada pelo o art. 1º da IN RFB nº 1.756/2017): a) de uso, aluguel ou locação de partes comuns do condomínio; b) de multas e penalidades aplicadas em decorrência de inobservância das regras previstas na convenção condominial; ou c) de alienação de ativos detidos pelo condomínio. 3.5 - Rendimentos de Serviços de Transporte O contribuinte que receber de outras pessoas físicas rendimentos da prestação de serviços de transporte, em veículo próprio, locado ou adquirido com reserva de domínio ou alienação fiduciária, deverá considerar como rendimento bruto, para efeito de recolhimento mensal (Art. 39 do RIR/2018 e art. 53 da IN RFB nº 1.500/2014): a) 60% (sessenta por cento) do rendimento total, decorrente do transporte de passageiros. Cabe lembrar ser necessário que o veículo ou a máquina utilizada seja de sua propriedade, locado ou adquirido com reserva de domínio ou mediante alienação fiduciária em garantia e conduzido exclusivamente pelo declarante. O valor excluído da incidência do imposto não poderá justificar acréscimo patrimonial na declaração de bens. 3.5.1 - Rendimentos de Serviços de Transporte de Cargas De acordo com o art. 9º, inc. I da Lei nº 7.713/1988, com a redação dada pelo o art. 18 da Lei nº 12.794/2013, quando o contribuinte auferir rendimentos da prestação de serviços de transporte de cargas, em veículo próprio locado, ou adquirido com reservas de domínio ou alienação fiduciária, o imposto de renda incidirá sobre: a) dez por cento do rendimento bruto, decorrente do transporte de carga; O percentual referido na letra “a” acima aplica-se também sobre o rendimento bruto da prestação de serviços com trator, máquina de terraplenagem, olheitadeira e assemelhados. 4. DEDUÇÕES PERMITIDAS Para determinação da base de cálculo do imposto devido na forma de carnê-leão, poderão ser deduzidos do rendimento bruto os valores relacionados nos subitens seguintes, desde que esses valores não tenham sido utilizados como dedução de outros rendimentos sujeitos à tributação na fonte (Arts. 67 a 72 do RIR/2018, art. 56 da IN RFB nº 1.500/2014, com a redação pelo o art. 1º da IN RFB nº 1.756/2017). Nota: de acordo com o parágrafo único do art. 4º da Lei nº 9.250/1995, com a redação dada pela Lei nº 13.202/2015, a dedução das contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no País, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social aplica-se exclusivamente à base de cálculo relativa aos seguintes rendimentos, assegurada, nos demais casos, a dedução dos valores pagos a esse título, por ocasião da apuração da base de cálculo do imposto devido no ano-calendário: a) do trabalho com vínculo empregatício ou de administradores; e b) proventos de aposentados e pensionistas, quando a fonte pagadora for responsável pelo desconto e respectivo pagamento das contribuições previdenciárias. 4.1 - Contribuição Previdenciária Serão admitidas como deduções as contribuições pagas para a Previdência Social da União, dos Estados, do

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Distrito Federal e dos Municípios, cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que destinadas a seu próprio benefício, e desde que tais valores não tenham sido escriturados como despesa no Livro Caixa. 4.2 – Dependentes Na determinação da base de cálculo do carnê-leão no ano-calendário 2020, poderá ser deduzida do rendimento tributável a quantia equivalente a R$ 189,59 (cento e oitenta e nove reais e cinquenta e nove centavos). É vedada a dedução concomitante de um mesmo dependente por mais de um contribuinte. 4.3 - Pensão Alimentícia Poderão ser deduzidas as importâncias pagas a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou do acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais, devendo-se observar o seguinte: a) a partir do mês em que se iniciar a dedução desses valores, é vedada a dedução relativa ao dependente mencionado no subitem 4.2, beneficiário da pensão; b) o valor da pensão judicial não utilizado como dedução no próprio mês de seu pagamento poderá ser deduzido nos meses subsequentes; c) o valor relativo à pensão ou alimentos abrange as importâncias pagas a título de despesas com instrução e médicas, desde que fixadas em acordo ou sentença judicial e devidamente comprovadas. 4.4 - Livro Caixa O contribuinte que receber rendimentos do trabalho não-assalariado, profissionais liberais e autônomos, inclusive o titular de serviços notariais e de registro e o leiloeiro poderá deduzir, da receita decorrente do exercício da respectiva atividade, as despesas pagas no mês e escrituradas em Livro Caixa. Assim, poderão ser deduzidos os seguintes valores (Art. 104 da Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, com as alterações introduzidas pelo o art. 1º da IN RFB nº 1.756/2017): a) a remuneração paga a terceiros, desde que com vínculo empregatício, e os respectivos encargos trabalhistas e previdenciários; b) os emolumentos pagos a terceiros, assim considerados os valores referentes à retribuição pela execução, pelos serventuários públicos, de atos cartorários, judiciais e extrajudiciais; c) as despesas de custeio pagas, necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora. d) as importâncias pagas, devidas aos empregados em decorrência das relações de trabalho, ainda que não integrem a remuneração destes, caso configurem despesas necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora, observado a nota nº 5 abaixo. Por outro lado, não poderão ser deduzidos os valores relativos a: a) a quotas de depreciação de instalações, máquinas e equipamentos, bem como a despesas de arrendamento; b) a despesas de locomoção e transporte, salvo, no caso de representante comercial autônomo, quando o ônus tenha sido deste; c) em relação aos rendimentos da prestação de serviços de transporte em veículo próprio, locado, arrendado ou adquirido com reserva de domínio ou alienação fiduciária; d) ao rendimento bruto percebido por garimpeiros na venda, a empresas legalmente habilitadas, de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas por eles extraídos. O contribuinte deve comprovar a veracidade das receitas e despesas mediante documentação idônea, escrituradas em livro Caixa, que será mantida em seu poder, à disposição da fiscalização, enquanto não ocorrer a prescrição ou decadência. O excesso de deduções apurado no mês pode ser compensado nos meses seguintes, até dezembro, não podendo ser transposto para o ano seguinte.

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O livro Caixa independe de registro. As despesas de custeio escrituradas em livro-caixa podem ser deduzidas independentemente de as receitas serem oriundas de serviços prestados como autônomo a pessoa física ou jurídica. Notas: 1) Na hipótese de convenções e acordos coletivos de trabalho, todas as prestações neles previstas e devidas ao empregado constituem obrigações do empregador e, portanto, despesas necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora. 2) As despesas com vale-refeição, vale-alimentação e planos de saúde destinados indistintamente a todos os empregados, comprovadas mediante documentação idônea e escrituradas em livro Caixa, podem ser deduzidas dos rendimentos percebidos pelos titulares de serviços notariais e de registro para efeito de apuração do imposto sobre a renda mensal e na DAA. 3) Os gastos com a contratação de serviço de carro-forte para transporte de numerários podem ser enquadrados como despesa de custeio, relativamente aos serviços notariais e de registro, sendo possível sua dedução na apuração do IRPF dos titulares desses serviços, desde que escriturados em livro Caixa e comprovados por meios hábeis e idôneos. 4.4.1 - Formalidades na Escrituração do Livro Caixa Em relação ao Livro Caixa, deverão ser observadas as seguintes formalidades: a) as despesas escrituradas em Livro Caixa somente poderão ser deduzidas da receita da respectiva atividade; b) o Livro Caixa não precisa ser autenticado em órgão público; c) o contribuinte deverá comprovar a veracidade das receitas e despesas mediante documentação idônea, que será mantida em seu poder, à disposição da fiscalização, enquanto não ocorrer a decadência ou a prescrição; d) o Livro Caixa pode ser escriturado pelo sistema de processamento de dados, devendo ser encadernado em forma de livro e lavrados os termos de abertura e encerramento; e) quando o valor das despesas superar o valor das receitas escrituradas no Livro Caixa, o excedente poderá ser deduzido nos meses subsequentes, até o mês de dezembro, mas o excedente apurado no final do ano-calendário não poderá ser aproveitado no ano seguinte. 5. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE Os RRA, a partir de 11 de março de 2015, submetidos à incidência do imposto sobre a renda com base na tabela progressiva, quando correspondentes a anos-calendário anteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês, observado do seguinte: (arts. 36 e 38 da IN RFB nº 1.500/2014, com a redação dada pelo o art. 1º da IN RFB nº 1.558/2015) a) aplica-se o disposto acim, inclusive, aos rendimentos decorrentes de decisões das Justiças do Trabalho, Federal, Estaduais e do Distrito Federal; b) os rendimentos abrangem o décimo terceiro salário e quaisquer acréscimos e juros deles decorrentes; c) o disposto acima aplica-se desde 28 de julho de 2010 aos rendimentos decorrentes: c.1) de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; e c.2) do trabalho. 6. RENDIMENTOS COMUNS PRODUZIDOS POR BENS OU DIREITOS Os rendimentos comuns produzidos por bens ou direitos deverão ser tributados da seguinte forma (Arts. 5º a 7º do RIR/2018): a) proporcionalmente à parte que cada um detiver, no caso de propriedade em condomínio;

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b) proporcionalmente à parte que cada um detiver, opcionalmente, em conjunto, em nome de um dos cônjuges, quando decorrentes da sociedade conjugal. 7. RENDIMENTOS PERCEBIDOS POR MENORES E OUTROS INCAPAZES Os rendimentos percebidos por menores e outros incapazes serão tributados em seus respectivos nomes, com o número de inscrição próprio no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF (Art. 3º do RIR/2018). 8. CÁLCULO DO IMPOSTO O Imposto de Renda será determinado mediante aplicação da tabela progressiva vigente no mês em que os rendimentos forem efetivamente recebidos, sobre a base de cálculo (rendimentos brutos recebidos no mês menos as deduções cabíveis), conforme exposto anteriormente. A partir do mês de abril do ano-calendário 2015, a tabela progressiva mensal vigente é a seguinte:

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.903,98 - - De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36

9. COMPENSAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA PAGO NO EXTERIOR A pessoa física que receber rendimentos de fontes situadas no Exterior, e incluir estes rendimentos no cálculo do carnê-leão, poderá compensar o imposto cobrado pela nação de origem daqueles rendimentos, desde que (Art. 115 do RIR/2018): a) em conformidade com o previsto no acordo ou convenção internacional fixado com o país de origem dos rendimentos, quando não tenha sido compensado ou restituído naquele país; b) haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos produzidos no Brasil, no caso de rendimentos provenientes de país com o qual o Brasil tenha firmado acordo ou convenção internacional; c) o valor compensado não poderá exceder à diferença entre o imposto calculado sem a inclusão daqueles rendimentos e o imposto devido com a inclusão dos mesmos rendimentos; d) o valor do imposto a ser compensado deverá ser convertido em reais com base na taxa de compra do dólar dos Estados Unidos da América, fixada para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do recebimento dos rendimentos. 10. RECOLHIMENTO Quanto ao prazo e forma de recolhimento do Imposto de Renda, na forma de carnê-leão, deve ser observado o seguinte: a) o Imposto de Renda apurado deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao da percepção dos rendimentos, em qualquer agência bancária da rede arrecadadora de receitas federais; b) o imposto será recolhido atráves do DARF preenchido em 2 (duas) vias, utilizando-se o código 0190; c) o recolhimento do imposto com atraso será acrescido de juros e multa de mora; d) o pagamento do carnê-leão após o vencimento, sem a inclusão de juros e multa de mora, implica na obrigatoriedade do recolhimento desses encargos, em DARF separado, utilizando-se o código 3244. 11. COMPENSAÇÃO DO IMPOSTO NA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL O imposto recolhido mensalmente no regime do carnê-leão será compensado com o imposto devido apurado na declaração de ajuste anual. Fundamentos Legais: Os citados no texto.

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