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Anotações Poéticas e Outros Elementos Só Texto

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Arlindo! Maravilhosas poesias

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AnotAções Poéticas

ARLindo e outros elementos

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Sumário

Sou CaipiraMeu LugarO ConviteCasinha BrancaMedicinaisMeu Pé de JatobáO CaipiraHino da Agricultura UrbanaDia do Encontro da TEIAMúsica da TEIAHomenagem ao MSTDefesaSem NomeComunidade EsquecidaHomenagem aos atingidos por barragensMedicinaisA Agricultura FamiliarA DesobediênciaRadicalAssombraÁ CoragemCTA e a Sorte

Conversas sobre nossas futuras atividadesNão vou sair do campoMovimentoEssa é a nossa escolA educação do campoEIV 2oo5 / 2007Sobre ser TEIASem NomePrevisão do tempo para hojeSol da/do Encanto PopularMeio AmbientePrevisão do tempo para amanhãA PerseverançaSem NomeA ComunicaçãoA TEIAPoema para RibeirãoAbençoado TerreiroSem NomeMuita Alegria

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Eu não me importo que me chamem de caipira Nem de morar em uma casa de bambuE a minha comida ser couve rasgada, feijão, arroz E um pedacinho de angu.

O por-do-sol é a coisa mais belaA noite vejo as estrelas da minha janela

Aqui quem manda é este agricultor Neste cenário Sou o principal ator.

Sou CaipiraJosé Arlindo

Eu sou aqui do campo Gosto muito do sertão Carrego comigoMuito amor no coração

Tudo aqui Irradia beleza Dando um colorido Na natureza

Tenho várias plantaçõesAté de morangoNosso mestre foi traído Vendido por trinta mangos

E agora no fim Peço por gentilezaSeja inteligente Ame a natureza.

Meu LugarJosé Arlindo

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Me convidaram para um cursoResolvi participar Cheguei em cima da hora Perto dele começar.

Quando as pessoas me viram Falaram com muito amor Este é Arlindo Um humilde agricultor.

Os trabalhos começaram Disseram que eu era um professor Ai eu respondi Organicamente falando

Arlindo da Silva Tem muito valor Eu protejo a natureza E além de tudo sou agricultor

O ConviteJosé Arlindo

Casinha brancaPrazer em te rever Castigada com o tempo Veio a envelhecer.

Pois de você Nunca tenho esquecido Foi ai com vocêQue hoje eu estou crescido.

Casinha brancaLá no meio da palhadaGosto muito de você E por mim é a mais amada

Casinha BrancaSempre minha há de serTu és a inspiração Para o meu viver.

O ar lindo

Casinha BrancaJosé Arlindo

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O mundo foi criado Pelos seres celestiais Desde os nossos ancestraisAte os dias de hojeCultiva-se o poder das plantas medicinais.

No planeta terra No campo Ou na cidade Seu poder emanaCultivada com amorNa agricultura urbana

MedicinaisJosé Arlindo

Meu pé de jatobá Te Semeei com carinhoEm um humilde saquinho

Meu pé de jatobá Agora já germinou Faz parte do meu cultivoTe mudarei para um lugar definitivo

Meu pé de jatobáVocê vai me ajudar Com este sol de lascar Embaixo de te vou descansar.

Meu pé de jatobá Você é uma beleza É um dos orgulhos da natureza

Meu Pé de JatobáJosé Arlindo

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Nois é da roça Mais é maneroNois tem boi e café E muito porco no chiqueiro

Nois é caipiraMais nois é gente Se faltar gasolinaNois coloca aguardente

Nois tem fogão a lenha E cavalo alazãoMuita alegria E amor no coração

Vivemos aquiDaqui ninguém nos tira Somos assim Orgulhosamente ser caipira.

0 CaipiraJosé Arlindo

Pra você Que gosta de plantarMas que não tem coragem De começar

Tem um projeto Em ViçosaQue esta prontoA te ajudar

Na liderança Alguns estudantes Com muita seriedadeAuxiliados com muita competência Por alguns agentes da comunidade

vou falar o nome a você por favor não vá esquecer é a agricultura urbanade braços abertos a te receber.

Hino da Agricultura UrbanaJosé Arlindo

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Vivo sempre a escreverPenso a semana inteiraMas fico alegre mesmo Quando chega a sexta-feiraCalço um sapato com meiaE vou para o Encontro da TEIA

Aqui neste encontroDe pessoas legaisSempre buscam soluçõesPara novos ideais

Neste belo diaEstamos aqui reunidosE Deus abençoeQue permaneceremos unidos

E para terminarSomos todos humildes.Na direção deste encontro, A Irene e o Rafildez.

Dia do Encontro da TEIAJosé Arlindo

Gosto da gente Mineira, Baiana e Pernambucana!Eu agradeço à Deus pela Agricultura Urbana

Dê um belo sorriso Visite a Mata do Paraíso

Trabalha o produto orgânico, temos até picolésE para falar de solo vem a galera do PES

Um alô para vocêConheça a galera do MST

Gostamos de muitas coisas, dentre elas as viagensNão podemos esquecer dos atingidos por Barragens

Nesta vida com amor tudo que se planta dáFique bem informado procure a galera do CTA

Sou um rapaz alegre e vivo um grande momentoMando um alô para outros movimentosE para terminar temos sangue forte na veiaE através da união construímos a grande TEIA.

Música da TEIA“Os Filhos da Terra” JOSÉ ARLINDO e APOLÔNIONAU – Núcleo de Agricultura Urbana

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Sofrimento igual a esteVocês não vão quererIgual aos nossos companheiros Lá do MST

Um povo trabalhadorFilhos de Nosso SenhorLutam a todo momentoBuscando o seu sustento

Este povo não faz guerrasLutam apenas por suas terrasUm povo forte e guerreiroQue são nossos companheiros

Agora para terminarAutoridades, falo a vocêsRespeite este povo querido do Nosso amado MST

Homenagem ao MST“Os Filhos da Terra” JOSÉ ARLINDO e APOLÔNIONAU – Núcleo de Agricultura Urbana

Violentos? Quem és tu para julgar? Viveram a vida inteira sendo explorados; Sustentam o País e foram roubados, Tiveram arruinada a vida que tinham... Acaso sabe se têm vida? Não os conhece para julgares.Alguns nunca tiveram pouso.Outros tiveram, mas foram expulsos.Só procuram um chão para viver,É um direito, não podes negar;Não podes os julgar. Invasores? Não, não são. Acaso são eles que mandam seus capangas Armados até os dentes para tirar alguém de sua casa? Acaso são eles que derrubam milhares de hectares de florestas, Terras da União, Para seu próprio benefício? São eles que falsificam documentos, Mandam e desmandam em governos, E se tornam donos de animais, Terras e pessoas improdutivas? Não podes os acusar.Democracia não é apenas nas urnas,Eles a buscam no campo também.Os latifundiários e grileiros,

DefesaMaurílio

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Donos também dos meios de comunicação,Querem que tu penses o contrário.Não é exportando grãos para animais europeus, americanos e asiáticosQue nos tornaremos uma potência mundial;Não é com um povo morto de fome que alcançaremos o desenvolvimento;Portanto, não os julgue. Não os julgue, Pois não conheces o Movimento; Não os julgue, Porque não sabes o que é viver da terra E não conseguir teu sustento; Não os julgue, Porque não sabes o que é ver batalhões massacrando E tua família entre os massacrados. Não os julgue.A Reforma Agrária é urgente.Se com tanta luta os avanços são poucos,Imagine se não houvesse luta!Se existem milhões de hectares atracando o desenvolvimento,Porque não pô-los para produzirem?Não são invasores, são ocupadores.Não os julgue de forma errônea. Porque não julgas o grileiro que toma a força a terra alheia? Porque não julgas o fazendeiro que explora o trabalho infantil? Porque não julgas os poucos massacres que

conheces? Bem verdade, só te lembras do último, Já te fizeram uma lavagem cerebral. Seja ao menos tu mesmo E não julgue por pensamentos dos outros; Afinal de contas, Teu julgamento recai sobre ti mesmo.

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Todo o dia, sob a justificativa de promoção do desenvolvimento, milhões de pessoas no mundo são seriamente afetadas em seus modos de subsistência, suas culturas, sua dignidade, perdem suas moradias, assistem o empobrecimento, o deslocamento de famílias e a degradação do meio ambiente, em decorrência da construção de barragens.

Atingidos e Barrados, 2004

O lugar que tanto amo, histórias interessantesSonhos que sonhamos em cima de montanhas

Vão ficar debaixo d'água...Tenho que ir para a cidade.

Lá eu não serei feliz, pois não terei liberdadeNão andarei tranqüila,como em minha

comunidade.Meus vizinhos sempre risonhos

Hoje andam tão tristonhos, de saber que o amanhãEstarão como pássaros sem sonhos.

Mas com todo esse sofrimento não perdi a Esperança

Na organização do povo Para lutar e ser feliz de novo.

Comunidade EsquecidaNeuza Carlos AdrianoMaynart - Mariana, MG

Como vocês podem ver “a sensibilidade ferida também se transforma em Movimento e arte” em canto de lembranças, de revolta da empresa que não assegurou o direito de uma vida mais digna a tod@s.

Publicação informativo Fio da Teia – 2006

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Pra acabar com mato grande basta apenas uma foiceNunca vi tanta tristeza igual vi em Rio DoceUm sistema corrupto está fazendo uma sacanagemFazendo o povo humilde sofrer com a barragem.Este povo queridoTem um coração dentro do peitoEles não exigem nada além do que é seu direito.Governantes criem juízo e deixem de vaidadeLembre-se que foi Jesus CristoQue criou a humanidade.Vendo aquelas cenas tristesMe partiu o coraçãoMas fiquem tranquilos, amigosSozinhos vocês não estarão.

Homenagem aos atingidos por barragens

"Os Filhos da Terra" JOSÉ ARLINDO e APOLÔNIONAU – Núcleo de Agricultura Urbana

Nesta vidaTudo padeceMas cada dia que passaO poder das plantas medicinais Cresce e floresce.

MedicinaisJosé Arlindo

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Quem vai mandar no mundo Eu vou falarÉ a agricultura familiar

Porque nesta agricultura Os produtos são uma belezaFazemos com carinhoNão prejudicamos a natureza Mas a do agronegócio Nos traz grande tristeza.

Feita nas escolas No campo e na cidadeE cada um pode praticarNão é como lá na outra Onde há um grupo a comandar

Aqui se valoriza O pequeno agricultorFazemos tudo com carinho E também com grande amor.

A Agricultura FamiliarJosé Arlindo

Eu conheço um camaradaUm cara até legal Entrou numa de usar randap E acabou se dando mal.

Foi fazer consulta Em um hospitalO doutor disse pra ele Infelizmente meu amigo O seu problema é renal.

Maltrato o soloMaltrato o soloMaltrato o soloAgora se adoentou

A mulher dele dizia Mas ele não ouvia Nunca quis saber da agroecologiaAgora está lá Fazendo quimioterapia

Maltrato o soloMaltrato o soloMaltrato o soloAgora se adoentou

A DesobediênciaJosé Arlindo

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Não és uma rainha para me coroar, Nem sou um cavaleiro para te defender. Não tens poder sobre mim, Nem movo uma palha por ti.Não precisas fingir,Conheço teu pensar.Não se importa com ninguém. Sei que minhas palavras não te atingem, Nem tua tirania irá me afetar. Mostre tuas garras E mostrei-te minha espada.Não vou defender teu poder,Assim como não me representas.Abaixo a ditadura!Sorrisos não me compram.Abaixo o absolutismoE viva a democracia! (Grande merda).

RadicalMaurílio

Na vida tem coisa Que assombra

Este mercado ConsumistaAssombra

Esta falta de solidariedadeassombra

Muitas pessoasAssombram

Crianças crescemOuvindo historiasQue assombram

Mas hojeO que mais Gusto é daquilo Que dá sombre

A sombre do ingá

Assombra"Os Filhos da Terra" JOSÉ ARLINDO e APOLÔNIONAU – Núcleo de Agricultura Urbana

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Que sombreia o cafezal

A sombre e as flores do ipe queenfeita o meu chão A sombre do angico Que sombreia oPastoE as vacasSe coçam em seuTronco

Hoje o que mais me assombraé a possibilidade da falta de sombresombre da árvoressombre que contornameu olhar de solidariedade

SombraA sombre doenteE assombração

Nossa ação É promover ao solA sombre …. Ação

Da agroecologiaDa solidariedadeOnde possamos acordar à sombra De um árvore,E nos deitarNo calor do solDe teus braços

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Pessoas nos prejudicamMas não estamos nem aíAmeaças não adianta!Nós vamos prosseguir

E pela ajuda divinaNós vamos conseguir!Nós vamos conseguir!

Aqui não fazemos guerraNós apenas lutamosPor nosso espaço na Terra

E para terminarSomos de muita sorte A cada dia que passaNosso movimento fica mais forte!

Á Coragem"Os Filhos da Terra" JOSÉ ARLINDO e APOLÔNIONAU – Núcleo de Agricultura Urbana

Nesse dia de verãobem no começo da estaçãonão sei bem se me lembropra fazer essa apresentação

Da história tão bonitaque aprendi a respeitare assim como uma fitavou tentar desenrolar

Houve um tempo lá atrásque pensaram ser o fimachando que não teria maisarroz, feijão, comida, enfim

Resolveram trazer da guerratecnologias de mortepra mudar como eraque o povo tocava sua sorte

Para a agricultura propuseramaquele tal do agrotóxicoe os que sempre plantaramse envenenaram com o tóxico

A natureza que sempre feznos dar o que precisávamos

O CTA e a Sorte(Martola, 2010)

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para alimentar até freguêscom aquilo que plantávamos

Se entristeceu com essa novaforma de cultivarbotando a vida à provae Mãe Gaia a chorar

Mas a sorte veio logocom a força populare mesmo contra o fogoo povo pôs-se a lutar

Nas CEBS começouo burbúrio a questionarque também se iniciouem outros lugar

Na universidade também tinhagente boa a refletirquestionando o que vinhase mexendo para intervir

Articulando com agricultoras,técnicas e universitárias,professoras e doutorasartistas e revolucionárias

Pra tocar uma nova idéiaQue começava a surgirtornando-se na odisséia

para a agroecologica construir

E aquelas almas boascontra o tóxico e a guerraconstruíram de altas prosasa resistência ao lado da Serra

E se formou o CTAque das prosas se fez fortehoje sendo realidademudando a nossa sorte

Chegando a emolduraruma nova visão de mundopara poder sustentaralgo que é bem mais profundo

Essa vontade de podercom carinho e amorda terra sobreviversem à ela causar dor

Essa é a históriaque continuamos a contarde vitórias e de glóriasque estamos a caminhar...

Pelos próximos anosenquanto CTAvamos seguir lutandopara a vida preservar

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“Impregnar os saberes de valores”

Conversas sobre nossas futuras atividades

IsabelMarço, 2007 Não vou sair do campo pra poder ir pra escola,

Educação do campo é direito e não esmola.

O povo camponês, o homem e a mulher,O negro quilombola com seu canto de afroxé,De cuna caeté, castanheiros, seringueiros,Pescadores e posseiro com certeza estão de pé.

Cultura e produção, sujeitos da cultura,A nossa agricultura pro bem da população.Construir uma nação, construir soberania,Pra viver um novo dia com mais humanização.

Quem vive da floresta, dos rios e dos mares,E de todos os lugares onde o sol abriu a festa,Quem a sua força empresta nos quilombos e aldeiasE quem na terra semeia vem aqui fazer a festa.

Não vou sair do campoGilvan Santos

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O movimento do Saber, O movimento do Conhecimento, O movimento da Liberdade; Todos pela Educação.

O movimento da Indepedencia,O movimento da Valorização,O movimento da Sustentabilidade;Todos pela Educação.

Busca por uma luz, Busca por democracia, Busca por si mesmo; Busca por Educação.

Muito mais que transmissão de conhecimento,Muito mais que apenas aprender.Todos temos com que colaborar,Todos temos o que conhecer...

MovimentoMaurílio

nosso lema é organizar, refletir e transformar

Pedagogia da alternância Escola que todos desejam Faz brotar vida no campo Pras famílias camponesas

Pedagogia da alternância Veio para nos libertar,É preciso caminhar juntos,Libertar e transformar

É a famílias camponesaNessa organizaçãoConstruindo nova história Construída na palma da mão

Da prática pra teoria,Para nova educação,Transformando a realidade, Construindo em mutirão.

Pedagogia da alternância A educação é libertária,Aprendendo e ensinando Na escola comunitária

Essa é a nossa escolaAndré Luiz (EFAP) Gilmar Souza Oliveira (AMEFA) e Rogemar Dias (EFAP)

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Unindo escola e família Promovendo a integração,Pai e mãe se tornam mestre No futuro da nação.

Aprendizagem vem da vidaPaulo Freire vem falarAlternância e natureza O lema é participar.

Juventude camponesaEsta bandeira levantarProtagonistas da história E da cultura popular.

Músicas para o Curso de Solos e Percepção Ambiental EFA de Camões 4 a 6 de julho de 2008

A educação do campo, do povo agricultor Precisa de uma enxada, de um lápis e de um trator.Precisa educador pra trocar conhecimento, O maior conhecimento é a vida e seu valor.

Nessa história nós somos o sujeito,Lutamos pela vida, pelo que é de direito.As nossas marcas se espalham pelo chão, A nossa escola vem do coração.

Se a humanidade produziu tanto saber,O radio, a ciência, a cartilha do ABC.Falta empreender a solidariedade,Soletrar esta verdade esta faltando acontecer.

A educação do campo Gilvan Santos

Músicas para o Curso de Solos e Percepção Ambiental EFA de Camões 4 a 6 de julho de 2008

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Se a juventude do campo e da cidade se unir!!!! A burguesia não vai resistir!!!!

EIV 2005

EIV 2007Estagiário do X EIV

É a partir do EIV, do momento em que você experimenta a realidade, se apropria e se identifica

com a mesma, é que se luta para modificá-la.

diálogocochichos histórias experiências faladas

as crianças cirandas os sonhos de mãos dadas

in- (p)ARTEs o tempo reinventar a ação

agroecologia economiasolidariedade educação!

O que faz esse SER complexo múltiplo etéreo dizer – olhar –sentir ? se TECE feira – palavra – poesia

Sobre o Ser TEIAAmanda Couto Araújo Relatoria da Avaliação do Ser do Teia 2008

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O TEIA está se tecendo... temos que abraçar as dificuldades para ajudar o

próximo, é isso a vida! TEIA é a razão, TEIA é a multiplicação

e a cor é a vida de cada um de nós.

Pedrinho

uma tentativa

o que é que mundo? AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO

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Hoje tirei um tempoOlhei pro tempoE vi a formaçãoDe belas nuvens, Indicando tempo bomPara semear solidariedade.

Chove na minha TeiaE a água se ajuntouCom outras correntes formando não umCurso, mas um encontro.

Encontro do Programa Teia - 10 a 12 de dezembro de 2005

Previsão do tempo para hoje:Amauri

A inspiração veio pra mimassim como veio pra vocêe meio que assim....deu vontade de escrever.

Agora mal fico paradoe já começo a pensarserá que vai dar erradose eu começar a rimar ?

De repente dá certoe não dá pra pararchego a me achar espertoe começo até a cantar.

E sobre aquilo que vivemosnaquele Encanto Culturalnunca mais teremos,foi uma experiência sem igual.

Foi lá no Convívio Portal de LuzOh Gaia, tão lindo estavacheio de vida, fazendo jusà vontade que começava

A despertar dentro de nósa cada sorriso, choro e ternura

Sol da/do Encanto Popular(Martola, 2010)

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como se fosse uma fozdas almas sendo a aberturaAgora temos que propagaraquela sede de disputapor um projeto popularsendo soldados da luta !

Por esse mundo novoque já existe no peitodentro de cada um do povoe do qual somos sujeito

A televisão, você sabe, é podremas não podemos desistiré dela que eu queria falar sobrenós temos que a desconstruir ! E numa nova era de vidapara esse mundo mostrarque surgirá das feridas:sendo a revolução popular !

O caminho cada vez mais eu vejonão será pelas armas e guerraao contrário, meu irmão eu protejoe o ajudo a subir a serra

Pra ver que do outro lado hágente que trabalha e vivede um jeito bom de copiare com carinho sobrevive...

(Terreiro Cultural – casa Amauri, Dezembro 2010)

Amando a terra e a históriadaquele sinhô e sinháque vem de dentro da memóriaa nós todos fazendo chorar....

Hoje escrevo e quase em prantosme dá vontade de viveraqueles mesmos encantosque não vamos voltar a ter

É como eu disse aqui antesnão podemos voltar ao passadomas agora é hora de juntosconstruirmos o novo legado

Há grandes desafios a vencernós não teremos medoem Encanto pudemos vivere perceber assim bem cedo...

Que o mundo precisa de nóscada um no seu lugar de disputaseja eu, tu, ele ou vossomos todos soldados da luta !

Para um novo mundo que hácheio de cor, de som e de cheirodesse Encanto Popularque sentimos naquele Terreiro...

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Gosto de viver no campoContemplar sua belezaAqui eu tenho pazCom a Natureza

Aqui eu cuido da menteProtejo o Meio AmbienteSair daqui jamaisO sossego dos animais

Aqui tem de tudoRios e cataratasTem árvores primitivasFormando belas matas

Se você gostou da letraAgradeço de coraçãoEntre comigo na luta, Pra manter a preservação.

Meio Ambiente“Os Filhos da Terra”JOSÉ ARLINDO e APOLÔNIONAU – Núcleo de Agricultura Urbana

Amanhã será de chuva,Que bom! Pode-se plantar!Que pena! Talvez não dê Para o coral vir cantarE os tambores tocar!Que tal ao invés de cantar e tocar,Plantar! Novas idéias, novos sonhos, nova esperanças...Para podermos então cantar e tocar!

Previsão do tempo para amanhã:Irene

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Se tem chuva a gente planta Se não tem a gente cantaMas ficamos mais bonitos Com o crescimento das plantas.

Muita gente por aiJá está ficando em pânico Depois de ler a notíciaDos nossos produtos orgânicos.

Eu continuarei E não vou parar O negócio, meu amigoÉ agricultura familiar.

E para terminarObrigado de coração Ame a si mesmo E cuide do sertão.

José Arlindo

A Perseverança

...Eu vivo do que eu sonho...

Amauri

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A vida é boa de se viver A deus devemos Sempre agradecer

Muitas vezes Reclamamos sem razão É que nos falta comunicação

É por isso que eu digoAqui sempre comigoOnde não tem comunicação Não se encontra a solução

E agora pra terminar Eu volto a falar Comece a comunicar.

José Arlindo

A Comunicação

Tá pronta? Não.Se apronta? Acho que sim...Apronta? Possivelmente.Tem pontas? Algumas, poucas...Amonta? “A-mon-to-a-se”.Desmonta? Se transforma.Tem forma? Conteúdos não formais.Tem corda? Tem acordar.Tem borda? Recheada com amor.Tem amor? Disso não dá para falar...

Tiago Varizzi

A TEIA

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O sol, a conversa, a frutaO tempo, a cachoeira e a chuvaCom veneno, sem venenoMas sempre com culturaSabedoria popularSimples, porém profunda

Terreiro - disse o sujeitoPra fazer barulho na praçaFazer ciranda, som e dançaJuntar toda a criançadaSerá que você pode, meu amigoMe ajudar nessa empreitada?

Conversa vai, conversa vemAprendendo pouco a poucoUma papo com muita vidaOnde se ensinam uns aos outrosA boa conversa é essa, que raramente cessaJá o terreiro, vem depois. não precisamos ter pressa.

Jambo, cacau, cabritoMilho, feijão, romãAcerolas tamanho maçã, Como disse o amigo TaynãSerá que é semente de Itu?

Kim Sá

Poema para Ribeirão 1

1 Poema criado após a primeira visita para construção do Terreiro Cultural de Ribeirão Preto. Dezembro de 2012.

Será que é benção de Yansã?

Nas janelas da naturezaEm sutis momentos, se pode verO sentir e o trocarO rezar e o fazerNem tudo que dá na almaA mente pode perceber

Olha a curva da morteOlha o tempero da vidaAlgumas ideias que surgemNa hora da partidaSerá que tem sabor, a morte?Será que tem curva, a vida?

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E na peleja do congadoQue bailava sob o cruzeiroDemonstrava toda força e belezaDo povo negro

Sua raiz, sua origemSua história e sofrimentoSua alma na espadaEternizada no momento

Da chibata que queima a costaNa terra que sente os dedosNo ar que toca a sanfonaNa pele do brasileiro

E se a dona sabedoriaSe transveste de Dona MariaE coloca na feridaO dedo

E a mão, que pare a criançaQue tremendo aponta a esperançaVem vestida de chitaA agroecologia...

E o vento que corta a cabeçaDo homem que ressucitaCom a espada e com a negra

Abençoado Terreiro 2Kim Sá

Vão fazendo a magiaDe mostrar povo bonitoSua história no terreiroEnergia geradoraVai mudar o mundo inteiro

E deixamos com a sanfonaO povo de ribeirão pretoDe gente que olha nos olhosP agradece o passeio

Pra se lá em terras viçosasChegarmos no fim do diaRenovamos a certezaNa agroecologia...

2 Poema criado após a realização do Terreiro Cultural de Ribeirão Preto. Fevereiro de 2013.

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Abriu-se uma clareira, Apagou-se uma fogueira. Acendeu-se uma lareira. Sinto queimar! Histórias, estórias. Crenças escorias!Abril-se! Já não é mais vermelho. Ainda que ensanguentado. Se achegue!Bem-vindo à reunião do SA.Não se esqueça:Sonhe, brinque,Se presente. Se váNão se esqueça de sonhar!Bem vindo à reunião do SA.

(ou na reta ou na estaçãozinha... Dois mundo que se tocam (não), Um toque pro mundo, Um mundo estampado, fotografado.Ai está a cidade! Ali a universidade... do outro mundo, Da laje mundana, que já não é mais fria. (Mostre aqui o que espia.

Leandro de Souza Lopes

Bate-papo, Conversada fiada, Música e Prosa, PoesiaAgricultura Orgânica, Natureza e Pássaros, CantoriaAgua, Cana, Cachaça, AgroecologiaConhecimentos e frutos da terra, Quanta Sabedoria.

Mato, Cachorro, Criança e Cavalo, Pura OusadiaRespeito, Dedicação e Luta, Todo Santo DiaFelicidade na Simplicidade, Quem DiriaFamília AMADA reunida na terra, Muita Alegria.

Lucas Salgado

Muita Alegria

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papel capapapel miolo

tipografia

cartão supremo 300g/m2

pólen soft 80g/m2

allegreya e desyrel

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