31
Antibióticos: Macrolídeos e Quinolonas Plínio Turine Neto Medicina UFMS – Disciplina de Pediatria 2010

Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Antibióticos: Macrolídeos e Quinolonas

Plínio Turine NetoMedicina UFMS – Disciplina de

Pediatria 2010

Page 2: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

MACROLÍDEOS

ERITROMICINA CLARITROMICINA

AZITROMICINA

Page 3: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

MECANISMO DE AÇÃOALVOS:

1 – CLORANFENICOL2 – MACROLÍDEOS E CLINDAMICINA3 – TETRACICLINAS

Ligação ao RNA ribossomal 50S.

Bloqueio das reações de translocação de aminoacil e da formação de complexos

de iniciação

Inibição da síntese protéica

Page 4: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

ERITROMICINA

Page 5: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

ESPECTRO• GRAM-POSITIVOS (ESPECIALMENTE PNEUMOCOCOS,

ESTREPTOCOCOS, ESTAFILOCOCOS E CORINEBACTÉRIAS)

• MICROORGANISMOS SUSCEPTÍVEIS:– Mycoplasma, Legionella, Chlamydia trachomatis, C.

psittaci, C. pneumoniae, Helicobacter, Listeria e certas micobactérias.

• GRAM-NEGATIVOS:– Neisseria, Bordetella pertussis, Bartonella henselae e

B. quintana (doença de arranhadura do gato e da angiomatose bacilar)

– algumas espécies de Riquétsias, T. pallidum e espécies de Campylobacter são suscetíveis.

– Haemophilus influenzae é ligeiramente sensível.

Page 6: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

AÇÃO ANTIBACTERIANA

• INIBITÓRIA OU BACTERICIDA• AUMENTA EM pH ALCALINO

RESISTÊNCIA• Alteração da permeabilidade da membrana• Produção de esterases• Proteção ribossomal (mudança no sítio de ligação)

Page 7: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

CLARITROMICINA

Page 8: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

ESPECTRO• 4 vezes mais potente que a eritromicina

contra estrepto e S. aureus meticilina-sensível.• C. pneumoniae• Legionella pneumophila• C. trachomatis• Infecções do trato respiratório • Infecções por Mycobacterium avium em

pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida

Page 9: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

AZITROMICINA

Page 10: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

ESPECTRO

• É a mais ativa que as 2 anteriores contra H. influenzae e Moraxella.

• H. parinfluenzae• Legionella pneumophila• C. trachomatis• N. gonorrhoeae• U. urealyticum

Page 11: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

MACROLÍDEOS

• 4 DOSES DIÁRIAS

• ESPECTRO LIMITADO CONTRA H. INFLUENZAE

• MUITOS EFEITOS GASTROINTESTINAIS

• DUD : AZI 2X DIA:CLARITRO

• BOA ATIVIDADE CONTRA H. INFLUENZAE

• MENOS EFEITOS COLATERAIS GI

AZITROMICINACLARITROMICINAERITROMICINA

Page 12: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

AZITROMICINA E CLARITROMICINAAzitromicina• Indicações:

– amigdalites (2ª escolha), – OMA, sinusite e bronquite,– inf. não complicadas de pele, – PNM leve a mod., sem bacteremia, – uretrite ou cervicite por Chlamydia,– Mycobacterium avium e Toxo em

AIDS, – inf. dentária (anaeróbios)

• Particularidades:– Nível tissular 10-100x maior q sérico

(evitar em bacteremias)– Concentração tissular prolongada 5d

ou + após término do tto– Absorção diminuída pelos alimentos

Claritromicina

• Indicações: idem + PNM por Mycoplasma e Chlamydia

Page 13: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

MACROLÍDEOS

EFEITOS COLATERAIS

• Diarréia, náuseas, vômitos• Torsades de pointes• Hepatite colestática (estolato de eritromicina)

Page 14: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

MACROLÍDEOS

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS• Eleva nível plasmático de:

-Teofilina-Digoxina-Warfarim-Carbamazepina-Ciclosporina- Metilprednisolona

Page 15: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

MACROLÍDEOS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

• Prolongamento do intervalo QT:– Anti-histamínicos– Astemizol– Terfenadine

Page 16: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

QUINOLONAS

Page 17: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

QUINOLONAS

Primeira:Ácido

Nalidíxico eOxolínico

Terceira: Ciprofloxacin

Quarta: Levofloxacin

Segunda: Ácido

Pipemídico e Norfloxacin

Page 18: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Farmacocinética

• Bem absorvidas por via oral (90%)• Absorção afetada por uso de anti-ácidos• Biodisponibilidade de 80 - 95 %• Eliminação por mecanismos renais• Ausência de nefrotoxicidade• Comodidade posológica (1 a 2 vezes ao dia)• Novas: boa penetração em tecido ósseo e SNC

Page 19: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Farmacodinâmica

• Inibe a topoisomerase II (DNA girase) e a topoisomerase IV

• Resistência bacteriana: mutação genética e alteração de permeabilidade

• Resistência cruzada (fluorquinolonas)

Page 20: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

QUINOLONAS

1ª GERAÇÃO

1962:

ÁC. NALIDÍXICO ÁC. PIPEMÍDICO

ÁC. OXOLÍNICO

2ª GERAÇÃO

A PARTIR DE 80:

FLUORQUINOLONAS

NORFLOXACIN : PRIMEIRA QUINOLONA FLUORADA

MAIOR ESPECTRO

MAIOR ABSORÇÃO VO

3ª GERAÇÃO

1987:

CIPROFLOXACIN(?): PEFLOXACIN1991:OFLOXACIN1992:ENO/LOME/

TEMA

4ª GERAÇÃO 1997:

ESPARFLOXACIN, LEVOFLOXACIN, TOSU/CLINA

1998: TROVA*, GREVA*, MOXI, GATI

2000: GEMI

Page 21: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Quinolonas de Primeira Geração

Page 22: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Primeira geração

• Ácido nalidíxico, ácido oxolínico e cinoxacina• Uso oral• Espectro de ação: Gram - (enterobactérias)• Sem atividade anti-Pseudomonas e Gram +• Concentração tissular baixa• Bom nível em trato genitourinário• Restrito ao tratamento de ITU

Page 23: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Quinolonas de Segunda Geração

Page 24: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Segunda geração

• Norfloxacina e ácido pipemídico• Uso oral• Espectro de ação: Gram - (enterobactérias)• Ação contra Pseudomonas• Bom nível em trato genitourinário, TGI e

próstata• Tratamento de infecções urinárias,

gastrointestinais e prostáticas

Page 25: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Quinolonas de Terceira Geração

Page 26: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Quinolonas de Quarta Geração

Page 27: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Quinolonas III e IV• Espectro aumentado contra S.pneumoniae

penicilina-resitentes e anaeróbios• Gatifloxacina – mais ativa in vitro contra o

pneumococo• Grepafloxacina – retirada do mercado em

1997 – efeitos cardiovasculares graves

Page 28: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

Quinolonas III e IV• Indicações: Sinusites e otite médias refratárias ao

uso de amoxicilina Episódios agudos de bronquite crônica

quando alergia a outros antibióticos e/ou presença patógenos resistentes

Page 29: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

QUINOLONAS

1ª GERAÇÃO

GRAM NEGATIVOS: ENTEROBAC-TÉRIAS

.CONCENTRA-

ÇÃO TISSULAR BAIXA

.TGU.USO ORAL

2ª GERAÇÃO

GRAM NEGATIVOS: . ENTEROBACTÉRIAS

PSEUDOMONAS

NÃO ATINGEM CONCENTRAÇÃO

TERAPÊUTICA EM DIVERSOS ÓRGÃOS

. BOM NÍVEL EM TGI/APARELHO RENAL E PRÓSTATA

INDICADAS PARA

TRATAMENTO DE

INFECÇÕES:

:URINÁRIAS

.GI

.PROSTÁTICAS

. USO ORAL

3ª GERAÇÃO. GRAM NEGATIVOS

PSEUDOMONAS

AERUGINOSA

GRAM POSITIVOS,

INCLUINDO

ESTAFILOCOCOS

. BOA CONCENTRAÇÃO TISSULAR EM DIVERSOS TECIDOS E LÍQUIDOS ORGÂNICOS,

INCLUSIVE SNC

.USO EM INFECÇÕES SISTÊMICAS

. USO ORAL E PARENTERAL

4ª GERAÇÃO GRAM NEGATIVOS INCLUINDO PSEUDOMONAS

GRAM POSITIVOS

ANAERÓBIOS

PATÓGENOS ATÍPICOS (ALGUMAS)

. BOA CONCENTRAÇÃO TISSULAR EM DIVERSOS TECIDOS DO ORGANISMO

. USO EM INFECÇÕES SISTÊMICAS

. USO ORAL E PARENTERAL

Page 30: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

QUINOLONAS: INDICAÇÕES• PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS

• GASTROENTERITES

• ITU (GERMES RESISTENTES)

• INFECÇÕES PULMONARES DE PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA (OU OUTROS PACIENTES COM INFECÇÕES POR PSEUDOMONAS)

• ARTRITE SÉPTICA; OSTEOMIELITE

• OUTRAS

Page 31: Antibióticos macrolídeos e quinolonas

QUINOLONASEFEITOS ADVERSOS

• EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO (CÃES): LESÃO IRREVERSÍVEL DE CARTILAGEM DE CRESCIMENTO (não relatado em humanos (apenas artralgia)

• TGI: NÁUSEAS, VÔMITOS E ANOREXIA• PELE: FOTOTOXICIDADE• SNC: TONTURA, CEFALÉIA

• INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: AUMENTA OS NÍVEIS DE

TEOFILINA, TEM ABSORÇÃO DIMINUÍDA POR ANTIÁCIDOS

• Outros efeitos: leucopenia e elevação das enzimas hepáticas.