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ANTIBIÓTICOS ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS PROFILÁTICOS

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS. OBJETIVOS Definir Profilaxia Antibiótica Fazer uma descrição histórica sobre a evolução do tema Estabelecer as considerações

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ANTIBIÓTICOS ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSPROFILÁTICOS

OBJETIVOSOBJETIVOS

•Definir Profilaxia Antibiótica•Fazer uma descrição histórica sobre a evolução do tema•Estabelecer as considerações para o uso de profilaxia

antibiótica•Indicações e Princípios para o uso de antibióticos profiláticos•Sugestões e Recomendações (Manual)•Níveis de Evidência para o uso de antibióticos profiláticos

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSDefinição

•Profilaxia

Aplicação do antibiótico antes que a contaminação ocorra

•Terapia Precoce

Aplicação imediata de um antibiótico, tão logo o

diagnóstico de contaminação seja realizado

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSHistória

Semmelweis, Ignaz Philipp

Nasceu: 1 de julho de 1818 (Buda)Morreu: 13 de agosto de 1865 (Viena)

Descobriu a causa da febrepuerperal

Introduziu a lavagem das mãos

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSHistória

Sir Joseph Lister

1827 - 1912

Precursor da medicina anti-séptica

“...as bactérias nunca devem atingir a ferida cirúrgica”

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSHistória

•Jensen (Feridas Abertas) 1939•Meleney (Feridas Cirúrgicas) 1945•Profilaxia Antibiótica 1954•Clínicos - Cirurgiões 1960•Quando aplicar ???

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSConsiderações

•Considerações Farmacológicas

•Considerações Microbiológicas

•Considerações Cirúrgicas

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSConsiderações Farmacológicas

•Farmacodinâmica•Sítio potencial de infecção•Microrganismos a cobrir•Dose mínima efetiva•Meia-vida

•Via de excreção•Concentração tecidual•Efeitos colaterais•Custos•Durante a indução

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSConsiderações Microbiológicas

•Flora Residente•Inócuo em sua localização normal•Não são essenciais, porém, há “interferência microbiana”•Potencialmente patogênicos

•Flora Transitória

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSConsiderações Cirúrgicas

•Ferida limpa 1 - 5 %

•Ferida limpa-contaminada 3 - 11 %

•Ferida contaminada 10 - 40 %

•Ferida suja Infectada

MEDIDAS PRÉ-OPERATÓRIAS

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSIndicações

•Quando há alto risco de contaminação bacteriana (trato GI, GU, respiratório, etc.)

•Quando a contaminação não é freqüente, mas os riscos de infecção são muito altos(revascularização de uma extremidade, colonização de válvulas, enxertos, transplantes, procedimentos neuro-cirúrgicos)

•Quando a contaminação não é freqüente, porém o hospedeiro encontra-se imunocomprometido

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSPrincípios para o Uso

•O AB deve ser ativo contra a possível bactéria que causa a infecção.•O perigo de infecção deve ser maior do que os riscos do uso do AB.•O AB não deve ser selecionado entre os de “primeira linha”

ou mais potentes.•A meia-vida do AB deve ser suficiente para proporcionar cobertura da cirurgia.•Deve ser administrado antes que ocorra contaminação•Deve ser suspenso precocemente.

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSProfilaxia em Cirurgia de Hérnia e Mama

Platt R. Perioperative antibiotic prophylaxis for herniorraphy andbreast surgery. N Eng J Med 1990; 322 (3) Jan.

•1218 pacientes•48 % menos possibilidades de infecção•6.6 % Mama X 12.2 % placebo•2.3 % Hérnia X 4.2 % placebo•Benefícios

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSDose única

•Novos antimicrobianos•Antimicrobianos comuns + Farmacodinâmica•Diversos estudos•Dose única X Dose múltipla•Dose única cefalosporinas

•Cirurgia gástrica•Biliar•Transuretral•Histerectomia•Cesariana•Apendicectomia

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSEnterococo Vancomicina-Resistente

•Recomendações para evitar a disseminação de VRE

•Uso prudente de vancomicina•Programas de educação•Detecção precoce e informações por microbiologia•Medidas de controle para prevenir dispersão de pessoa a pessoa

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Controvérsia•Ferida mínima•Profilaxia da ferida•Interface•Contaminantes•Medicina Baseada em Evidência

Cirurgia Minimamente Invasiva

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSCirurgia Minimamente Invasiva

Illig KA, Schimdt E, Cavanugh J, Krisch D, Sax HC:Are prophylactic antibiotics required for electivelaparoscopic cholecystectomy ? J Am Coll Surg1997; 184: 353-356.

NÃO SÃO NECESSÁRIOS !!!

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•A Boa evidência para suportar uma recomendaçãopara seu uso

•B Moderada evidência para suportar uma recomendação para seu uso

•C Pobre evidência para suportar uma recomendaçãoa favor ou contra seu uso

•D Moderada evidência para suportar uma recomendação contra seu uso

•E Boa evidência para suportar uma recomendaçãocontra seu uso

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência - Categoria -

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSPadrão de Qualidade Segundo a Evidência - Grau -

•I Evidência em pelo menos um estudo clínico randomizado e controlado

•II Evidência em pelo menos um estudo clínico bem planejado, não-randomizado do tipo coorte ou casos e controles (preferencialmente, de mais de 1 centro) ou de diversos estudos de séries com resultados de experimentos não-controlados

•III Evidência em opiniões de peritos, baseada em experiência clínica, em estudos descritivos ouem informes de comissão de peritos

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•AB Profilático parenteral deve ser administrado em (A,I):

•Procedimentos que penetram no TGI, seja esofágico, gástrico, intestinal, biliar, colônico ou do apêndice•Procedimentos de cabeça e pescoço que penetram na orofaringe •Procedimentos vasculares abdominais ou de extremidades, com inserção de prótese•Procedimentos cardíacos com esternotomia mediana •Histerectomia, Cesariana•Implante de prótese (B, III)

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Profilaxia antibiótica é opcional

•Cirurgia de Mama e Hérnia (B,I)•Outros procedimentos “limpos” (B, III)•Procedimentos habituais, limpos com contaminação (C, III)•Procedimentos gástricos ou biliares de baixo risco (B, III)

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Profilaxia antibiótica é opcional

•Procedimentos de Cirurgia Minimamente Invasiva (C, III) (Como não há evidência de como se deve utilizar a profilaxia nesses casos, é melhor optar pelo esquema que se utiliza para cirurgia aberta)•Procedimentos urológicos abertos (B, III)•Procedimentos em recém-nascido (C, III)

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Escolha do Antibiótico

•Cefazolina na maioria dos casos•Cefuroxima ou Cefoxitina para operações que comprometem íleo distal, apêndice ou cólon (A,I)•Vancomicina pode substituir Cefazolina em pacientes alérgicos a cefalosporinas ou em situações com risco de MRSA•Quando se usa Vancomicina e se suspeita de Gram (-), deve-se associar um AB contra esses

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Escolha do Antibiótico

•Quando se usa Vancomicina para MRSA, pode-se adicionar cefazolina•Quando se usa devido a alergia às cefalosporinas, pode-se adicionar Aztreonam ou Aminoglicosídeo•Aminoglicosídeos podem ser adicionados a Clindamicina ou a Metronidazol•Aztreonam pode ser adicionado a Clindamicina para substituir a Cefoxitina ou Cefuroxima, em pacientes alérgicos com Cirurgia de Cólon

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Escolha do Antibiótico

•Aztreonam não deve ser utilizado em combinação com Metronidazol porque sua administração não cobre Gram (+) e pode causar superinfecção por S. aureus. Caso seja usado, deve-se adicionar uma terceira droga contra Gram (+) (C, III)

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Tempo de administração

•Preferencialmente, o mais próximo possível do momento da incisão (A, I)

•Na Cesariana, a profilaxia deve ser iniciada imediatamente após a ligadura do cordão (A, I)

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Tempo de administração

•Não está documentado o tempo de duração mais indicado. Recomenda-se dose única (B, II)•Administração POP não é recomendada (C, III)•Deve-se suspender dentro das 24 horas após o procedimento (B, III)•Há discussão em cirurgia cardíaca: Alguns achamque é necessária dose adicional (C, III); não é adequado o uso até que os catéteres ou drenos sejam retirados

Padrão de Qualidade Segundo a Evidência

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSPadrão de Qualidade Segundo a Evidência

•Doses repetidas durante o mesmo procedimento

•Não está bem definida a necessidade de administrar doses repetidas durante o mesmo procedimento de longa duração. Atualmente, aplica-se dose adicional em intervalos de uma ou duas vezes a meia-vida do antimicrobiano (C, III)

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Profilaxia: AB antes que ocorra a contaminação

•Deve-se analisar:

•Considerações Farmacológicas•Considerações Microbiológicas•Considerações Cirúrgicas

Resumo

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS

•Indicações claras

•Princípios fundamentais

•Dose única•Administração pré-operatória•Suspender precocemente

Resumo

ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOSResumo

•Casos especiais (controversias)

•Cirurgia de Hérnia e Mama Opcional

•Cirurgia Minimamente Invasiva Não