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Rio de Janeiro São Paulo Tóquio | lickslegal.com 1
Composição do PlenárioO Plenário do Tribunal do CADE começa o ano de 2018 com
uma cadeira vaga devido ao término do mandato de Gilvandro
Araújo. O lugar do ex-conselheiro deve ser ocupado pela
advogada indicada pelo Presidente Michel Temer, Paula Farani
de Azevedo Silveira, após a saba�na agendada para o dia 06 de
fevereiro no Senado.
A indicação de Paula Silveira representa uma verdadeira
mudança de direção nas indicações presidenciais que abriram
agora maior espaço para a atuação de mulheres e da classe de
advogados atuantes na incia�va privada.
O Plenário do CADE em 2018 contará com uma composição
inédita: (possivelmente 03) mulheres, duas advogadas de
carreira e desejada estabilidade, tendo em vista a inexistência
Institucional
O ano de 2017 foi bastante movimentado na
defesa da concorrência no Brasil. O Conselho
Administra�vo de Defesa Econômica (CADE) julgou
um total de 639 processos, sendo 379 Atos de
Concentração (59,3%), 13 Processos
Administra�vos (2%), 75 Requerimentos de TCC
(11,8%) - 72 homologados e 3 rejeitados, além de
ter analisado outros 72 diversos �pos de
procedimentos (inves�gações, consultas, recursos e
pedidos de autorização precária).
O CADE gerou a expecta�va de recolhimento de
R$ 976,0 milhões para o Fundo de Defesa de
Direitos Difusos (FDD), sendo R$ 846,7 milhões
ob�dos por meio de contribuições pecuniárias em
sede de Termos de Compromisso de Cessação (TCC)
homologados e R$ 129,2 milhões por meio de
condenações pecuniárias aplicadas por condutas
an�compe��vas.
Antitruste no Brasil:perspectivas para 2018
Processos por tipo (2017)
Processos julgados por mês e tipo (2017)
0
4754
46 48 47
69
5061
5146
68
52
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
115
28
166
31
19
27
99
28
13
34
20
22
25
14
36
18
41
810
32
817
28
21
44
15
33
Dez
Ato de Concentração
Processo Administrativo
Requerimento de TCC
Outros Procedimentos
Ato de Concentração379 (59,4%)
Processo Administrativo13 (2%)
Requerimento de TCC75 (11,7%)
Outros Procedimentos172 (26,9%)
TOTAL639
Fonte: CADE
Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
de encerramentos de mandatos previstos para este ano.
As novas indicações somadas à composição jovem e com
experiência profissional e linhas de atuação diversas
certamente enriquecerão ainda mais os debates
jurídico-econômicos que vem sendo travados nas Sessões de
Julgamento.
Fortalecimento do Ministério Público FederalO Ministério Público Federal (MPF) que já vinha reforçando
a sua atuação no controle de condutas an�concorrenciais e na
prevenção da concentração de mercado, ganhou um
importante reforço no final de 2017 com a nomeação de
Amanda Athayde Linhares Mar�ns para o cargo de assessora
chefe do Gabinete do Membro do MPF junto ao CADE.
Amanda Athayde, ex-chefe de gabinete da
Superintendência Geral (SG) e ex-coordenadora do programa
de leniência do CADE, é uma das grandes responsáveis pelo
aprimoramento de toda a estrutura dos acordos de leniência
e negociações de Termos de Cessação de Conduta (TCC) no
CADE, tendo liderado importantes frentes de trabalho,
inclusive na edição e atualização de documentos
ins�tucionais pela Autarquia, a exemplo dos guias de
leniência e de TCC.
Melhoria da Estrutura de Trabalho do CADEO Orçamento Anual do CADE para 2018 ganhou aumento. A
expecta�va é que o órgão comece o ano com R$ 66,163
milhões, valor aproximadamente 1,82 vezes maior do que o
disponibilizado no ano passado. O aumento vem em resposta
ao histórico de queixas do CADE e de órgãos não
governamentais compostos por advogados atuantes na defesa
da concorrência no Brasil (como OAB CECORE/SP, OAB
CECORE/DF e IBRAC) para incremento das verbas.
Com esse aumento de orçamento, o CADE pretende inves�r
na contratação e qualificação de servidores e na busca de
ferramentas que permitam intensificar a sua atuação
inves�ga�va.
A melhoria de estrutura de trabalho também virá no âmbito
de recursos humanos. O CADE pretende regulamentar as
regras para viabilizar o teletrabalho (home office) por seus
servidores, a �tulo de experiência-piloto, no ano de 2018.
O projeto está previsto para ser executado pelo prazo de 12
meses, com início em 15 de janeiro de 2018. Segundo o CADE, a
evolução das tecnologias de informação e de comunicação impõe
uma redefinição do espaço de trabalho, notadamente a par�r da
implantação do processo eletrônico, viabilizando o trabalho
remoto ou à distância e gerando bem-estar aos seus servidores.
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Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
Composição do PlenárioO Plenário do Tribunal do CADE começa o ano de 2018 com
uma cadeira vaga devido ao término do mandato de Gilvandro
Araújo. O lugar do ex-conselheiro deve ser ocupado pela
advogada indicada pelo Presidente Michel Temer, Paula Farani
de Azevedo Silveira, após a saba�na agendada para o dia 06 de
fevereiro no Senado.
A indicação de Paula Silveira representa uma verdadeira
mudança de direção nas indicações presidenciais que abriram
agora maior espaço para a atuação de mulheres e da classe de
advogados atuantes na incia�va privada.
O Plenário do CADE em 2018 contará com uma composição
inédita: (possivelmente 03) mulheres, duas advogadas de
carreira e desejada estabilidade, tendo em vista a inexistência
Investigações & JulgamentosAtos de Concentração
O ano de 2017 foi o que o CADE mais reprovou Atos de
Concentração sobre a vigência da Lei 12.529/2011. Foram três
casos reprovados diante de uma média de 1,8 operações
rejeitadas nos 5 anos anteriores (2012-2016).
As reprovações refletem não apenas a complexidade das
transações que passaram pelo crivo do Conselho em 2017,
mas, também, o amadurecimento da Autarquia para efetuar
análises mais técnicas, menos flexíveis e mais sistema�zadas
de grandes concentrações.
Prova disso foi a edição pelo CADE, no meio do ano
passado, do Manual Interno da Superintendência-Geral para
Atos de Concentração apresentados sob rito ordinário que
formalizou os procedimentos a serem seguidos para esse �po
de encerramentos de mandatos previstos para este ano.
As novas indicações somadas à composição jovem e com
experiência profissional e linhas de atuação diversas
certamente enriquecerão ainda mais os debates
jurídico-econômicos que vem sendo travados nas Sessões de
Julgamento.
Fortalecimento do Ministério Público FederalO Ministério Público Federal (MPF) que já vinha reforçando
a sua atuação no controle de condutas an�concorrenciais e na
prevenção da concentração de mercado, ganhou um
importante reforço no final de 2017 com a nomeação de
Amanda Athayde Linhares Mar�ns para o cargo de assessora
chefe do Gabinete do Membro do MPF junto ao CADE.
Amanda Athayde, ex-chefe de gabinete da
Superintendência Geral (SG) e ex-coordenadora do programa
de leniência do CADE, é uma das grandes responsáveis pelo
aprimoramento de toda a estrutura dos acordos de leniência
e negociações de Termos de Cessação de Conduta (TCC) no
CADE, tendo liderado importantes frentes de trabalho,
inclusive na edição e atualização de documentos
ins�tucionais pela Autarquia, a exemplo dos guias de
leniência e de TCC.
Melhoria da Estrutura de Trabalho do CADEO Orçamento Anual do CADE para 2018 ganhou aumento. A
expecta�va é que o órgão comece o ano com R$ 66,163
milhões, valor aproximadamente 1,82 vezes maior do que o
disponibilizado no ano passado. O aumento vem em resposta
ao histórico de queixas do CADE e de órgãos não
governamentais compostos por advogados atuantes na defesa
da concorrência no Brasil (como OAB CECORE/SP, OAB
CECORE/DF e IBRAC) para incremento das verbas.
Com esse aumento de orçamento, o CADE pretende inves�r
na contratação e qualificação de servidores e na busca de
ferramentas que permitam intensificar a sua atuação
inves�ga�va.
A melhoria de estrutura de trabalho também virá no âmbito
de recursos humanos. O CADE pretende regulamentar as
regras para viabilizar o teletrabalho (home office) por seus
servidores, a �tulo de experiência-piloto, no ano de 2018.
O projeto está previsto para ser executado pelo prazo de 12
meses, com início em 15 de janeiro de 2018. Segundo o CADE, a
evolução das tecnologias de informação e de comunicação impõe
uma redefinição do espaço de trabalho, notadamente a par�r da
implantação do processo eletrônico, viabilizando o trabalho
remoto ou à distância e gerando bem-estar aos seus servidores.
de caso e apresentou regras sobre a organização das reuniões
de submissão prévia.
Apesar da preocupação causada pelas reprovações, 2017
também foi um ano de vitórias para a análise de operações
mais simples (Atos de Concentração sumários) que
con�nuaram a ser analisadas de forma célere (média de 15
dias), consolidando a determinação da Resolução nº 16/2016
que estabeleceu o prazo máximo de 30 dias para a análise e
aprovação pela Superintendência Geral desse �po de
transação.
Além da operação referente à aquisição dos negócios de
u�lidades domés�cas de vidro da Owens-Illinois Brasil pela
Nadir Figueiredo que já recebeu sinal vermelho da
Superintendência-Geral logo no início do ano, podemos ainda
mencionar pelo menos 03 grandes casos do estoque de Atos
de Concentração complexos que devem ser analisados no
começo de 2018:
Ato de Concentração No. 08700.002155/2017-51Requerentes: Companhia Ultragaz S.A. e Liquigás Distribuidora
S.A.
Data de no�ficação: 07/04/2017.
Objeto: Aquisição, pela Ultragaz, de 100% das ações
representa�vas do capital social da Liquigás, atualmente
de�das pela Petrobrás.
Mercado(s) impactado(s): Distribuição de gás liquefeito de
petróleo.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (28/08/2017).
Relatoria: Caso distribuído por sorteio para a relatoria da
Conselheira Cris�ane Alkmin em 29/08/2017.
Ato de Concentração No. 08700.002165/2017-97Requerentes: Votoran�m Siderurgia e ArcelorMi�al.
Data de no�ficação: 08/04/2017.
Objeto: Aquisição do controle da Votoran�m Siderurgia S.A.
pela ArcelorMi�al Brasil S.A.
Mercado(s) impactado(s): Aços longos comuns.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (05/09/2017).
Relatoria: Caso redistribuído por sorteio para a relatoria da
Conselheira Polyanna Vilanova em 07/11/2017.
Ato de Concentração No. 08700.001097/2017-49Requerentes: Bayer Ak�engesellscha� e Monsanto Company.
Data de no�ficação: 20/04/2017 (Emenda).
Objeto: Aquisição global da Monsanto pela Bayer, através da
aquisição de controle unitário da empresa.
Mercado(s) impactado(s): Sementes em diversas culturas,
biotecnologia em algodão, soja e defensivos agrícolas.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (03/10/2017).
Relatoria: Caso distribuído por sorteio para a relatoria do
Conselheiro Paulo Burnier em 05/10/2017.
A esperada retomada da economia em 2018 deve incrementar
o movimento das operações no Brasil. Espera-se que o aumento
do rigor demonstrado pelo CADE em 2017 na análise de casos
complexos sirva de alerta para que as partes que desejem
consumar esse �po de transação, neste ano, estreitem a sua
comunicação com o órgão e iniciem a negociação de remédios o
quanto antes, aso preocupações an�truste sejam iden�ficadas.
Condutas Unilaterais Apesar da atuação modesta do CADE em 2017 na análise de
condutas unilaterais (somente três casos foram julgados), esse
�po de inves�gação deve ganhar força em 2018. Isso porque o
tema foi eleito como pauta pelo novo Superintendente-Geral,
Alexandre Cordeiro Macedo, nomeado em outubro de 2017.
Do estoque de casos envolvendo condutas unilaterais
pendentes de julgamento, podemos aguardar a análise, no
começo do ano, do famoso caso envolvendo a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (Correios) acusada pelo Sindicato das
Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região de
discriminação de rivais e de abusar de sua posição dominante
através de estratégias para estender o seu monopólio legal a
outros itens.
A Superintendência Geral já emi�u parecer nesse caso em
20/04/2017, oportunidade em que se posicionou favoravelmente
à condenação dos Correios por prá�ca de ações judiciais repe�das
e sem fundamento obje�vo (sham litigation), restrição pura à
concorrência (naked restraint) e discriminação de preços e
condições de contratação.
A inves�gação de condutas unilaterais an�compe��vas é de
suma importância para a manutenção de um ambiente
compe��vo saudável. Sendo a bandeira do mandato de
Alexandre Cordeiro, espera-se que questões concorrenciais que
já estão em amplo debate pela Federal Trade Commission (FTC)
e pela Comissão Europeia (EC) comecem a ser monitoradas pelo
CADE com mais rigor, tais como restrições à distribuição e à
revenda no mercado de luxo, cláusulas de nação mais
favorecida, privacidade e big data.
Cartéis O ano de 2017 terminou com 08 casos de cartel julgados,
diante de 20 analisados no ano de 2016. A redução
considerável pode encontrar jus�fica�va no direcionamento
de esforços do CADE para a análise de grandes concentrações.
A defasagem em relação aos demais anos certamente será
recompensada em 2018, considerando os diversos
procedimentos de busca e apreensão deflagrados pela
Autarquia em 2017.
Como resultado, aguarda-se a instauração de diversos
procedimentos administra�vos com a retomada pelo CADE de
seu protagonismo nas inves�gações ex officio que vinham
sendo ofuscadas nos úl�mos anos pelas inves�gações
baseadas em acordos de leniências.
O assunto deverá ser, inclusive, uma das prioridades da
gestão do Presidente Alexandre Barreto que pretende
imprimir ritmo à instrução de diversos casos relacionados ao
setor de autopeças e à Lava Jato.
Outros casos que estão atualmente no estoque também
devem encontrar o seu desfecho em 2018, tais como: a
inves�gação dos gigantes das telecomunicações por conduta
coordenada (Claro, Oi e Telefônica) em licitação promovida pelos
Correios e a inves�gação do suposto cartel do sal que aguarda
inserção em pauta de julgamentos desde março de 2017,
quando a Superintendência Geral emi�u parecer opinando pela
condenação de 19 empresas e 3 sindicatos por colusão no
mercado de sal marinho entre 1984 e 2012.
Cartel em licitaçõesO ano de 2018 também promete fortes frentes
inves�ga�vas em cartel em licitações, principalmente em vista
da recomendação de condenação pela SG, logo no início do
ano, de um suposto cartel envolvendo seis empresas
prestadoras de serviços terceirizados de tecnologia da
informação em licitações no Distrito Federal realizadas entre
os anos de 2005 e 2008.
Novos acordos de leniência envolvendo concorrências públicas
também devem ser firmados ao longo de 2018, seguindo o
exemplo de 2017 que contou com 14 acordos firmados
(divulgados) no âmbito da operação Lava Jato, com o destaque
para duas leniências envolvendo as obras do metrô de São Paulo
que implicaram a instauração de 2 inquéritos administra�vos no
final do ano de 2017.
As inves�gações de cartéis em licitações também contam
com o crescente auxílio do banco de dados ob�dos pelos
diversos acordos de cooperação firmado entre o CADE e
en�dades da Administração Pública e os algoritmos e técnicas
de detecção de combinações de preços fornecidos pelo
Programa Cérebro.
Para 2018, também se espera a integração do Programa
Cérebro com o sistema Comprasnet - u�lizado na realização
de pregões eletrônicos em licitações. Com a integração, o
CADE visa a iden�ficar padrões de oferta duvidosos online
durante a própria realização do pregão.
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Atos de ConcentraçãoO ano de 2017 foi o que o CADE mais reprovou Atos de
Concentração sobre a vigência da Lei 12.529/2011. Foram três
casos reprovados diante de uma média de 1,8 operações
rejeitadas nos 5 anos anteriores (2012-2016).
As reprovações refletem não apenas a complexidade das
transações que passaram pelo crivo do Conselho em 2017,
mas, também, o amadurecimento da Autarquia para efetuar
análises mais técnicas, menos flexíveis e mais sistema�zadas
de grandes concentrações.
Prova disso foi a edição pelo CADE, no meio do ano
passado, do Manual Interno da Superintendência-Geral para
Atos de Concentração apresentados sob rito ordinário que
formalizou os procedimentos a serem seguidos para esse �po
de caso e apresentou regras sobre a organização das reuniões
de submissão prévia.
Apesar da preocupação causada pelas reprovações, 2017
também foi um ano de vitórias para a análise de operações
mais simples (Atos de Concentração sumários) que
con�nuaram a ser analisadas de forma célere (média de 15
dias), consolidando a determinação da Resolução nº 16/2016
que estabeleceu o prazo máximo de 30 dias para a análise e
aprovação pela Superintendência Geral desse �po de
transação.
Além da operação referente à aquisição dos negócios de
u�lidades domés�cas de vidro da Owens-Illinois Brasil pela
Nadir Figueiredo que já recebeu sinal vermelho da
Superintendência-Geral logo no início do ano, podemos ainda
mencionar pelo menos 03 grandes casos do estoque de Atos
de Concentração complexos que devem ser analisados no
começo de 2018:
Ato de Concentração No. 08700.002155/2017-51Requerentes: Companhia Ultragaz S.A. e Liquigás Distribuidora
S.A.
Data de no�ficação: 07/04/2017.
Objeto: Aquisição, pela Ultragaz, de 100% das ações
representa�vas do capital social da Liquigás, atualmente
de�das pela Petrobrás.
Mercado(s) impactado(s): Distribuição de gás liquefeito de
petróleo.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (28/08/2017).
Relatoria: Caso distribuído por sorteio para a relatoria da
Conselheira Cris�ane Alkmin em 29/08/2017.
Ato de Concentração No. 08700.002165/2017-97Requerentes: Votoran�m Siderurgia e ArcelorMi�al.
Data de no�ficação: 08/04/2017.
Objeto: Aquisição do controle da Votoran�m Siderurgia S.A.
pela ArcelorMi�al Brasil S.A.
Mercado(s) impactado(s): Aços longos comuns.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (05/09/2017).
Relatoria: Caso redistribuído por sorteio para a relatoria da
Conselheira Polyanna Vilanova em 07/11/2017.
Ato de Concentração No. 08700.001097/2017-49Requerentes: Bayer Ak�engesellscha� e Monsanto Company.
Data de no�ficação: 20/04/2017 (Emenda).
Objeto: Aquisição global da Monsanto pela Bayer, através da
aquisição de controle unitário da empresa.
Mercado(s) impactado(s): Sementes em diversas culturas,
biotecnologia em algodão, soja e defensivos agrícolas.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (03/10/2017).
Relatoria: Caso distribuído por sorteio para a relatoria do
Conselheiro Paulo Burnier em 05/10/2017.
A esperada retomada da economia em 2018 deve incrementar
o movimento das operações no Brasil. Espera-se que o aumento
do rigor demonstrado pelo CADE em 2017 na análise de casos
complexos sirva de alerta para que as partes que desejem
consumar esse �po de transação, neste ano, estreitem a sua
comunicação com o órgão e iniciem a negociação de remédios o
quanto antes, aso preocupações an�truste sejam iden�ficadas.
Condutas Unilaterais Apesar da atuação modesta do CADE em 2017 na análise de
condutas unilaterais (somente três casos foram julgados), esse
�po de inves�gação deve ganhar força em 2018. Isso porque o
tema foi eleito como pauta pelo novo Superintendente-Geral,
Alexandre Cordeiro Macedo, nomeado em outubro de 2017.
Do estoque de casos envolvendo condutas unilaterais
pendentes de julgamento, podemos aguardar a análise, no
começo do ano, do famoso caso envolvendo a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (Correios) acusada pelo Sindicato das
Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região de
discriminação de rivais e de abusar de sua posição dominante
através de estratégias para estender o seu monopólio legal a
outros itens.
A Superintendência Geral já emi�u parecer nesse caso em
20/04/2017, oportunidade em que se posicionou favoravelmente
à condenação dos Correios por prá�ca de ações judiciais repe�das
e sem fundamento obje�vo (sham litigation), restrição pura à
concorrência (naked restraint) e discriminação de preços e
condições de contratação.
A inves�gação de condutas unilaterais an�compe��vas é de
suma importância para a manutenção de um ambiente
compe��vo saudável. Sendo a bandeira do mandato de
Alexandre Cordeiro, espera-se que questões concorrenciais que
já estão em amplo debate pela Federal Trade Commission (FTC)
e pela Comissão Europeia (EC) comecem a ser monitoradas pelo
CADE com mais rigor, tais como restrições à distribuição e à
revenda no mercado de luxo, cláusulas de nação mais
favorecida, privacidade e big data.
Cartéis O ano de 2017 terminou com 08 casos de cartel julgados,
diante de 20 analisados no ano de 2016. A redução
considerável pode encontrar jus�fica�va no direcionamento
de esforços do CADE para a análise de grandes concentrações.
A defasagem em relação aos demais anos certamente será
recompensada em 2018, considerando os diversos
procedimentos de busca e apreensão deflagrados pela
Autarquia em 2017.
Como resultado, aguarda-se a instauração de diversos
procedimentos administra�vos com a retomada pelo CADE de
seu protagonismo nas inves�gações ex officio que vinham
sendo ofuscadas nos úl�mos anos pelas inves�gações
baseadas em acordos de leniências.
O assunto deverá ser, inclusive, uma das prioridades da
gestão do Presidente Alexandre Barreto que pretende
imprimir ritmo à instrução de diversos casos relacionados ao
setor de autopeças e à Lava Jato.
Outros casos que estão atualmente no estoque também
devem encontrar o seu desfecho em 2018, tais como: a
inves�gação dos gigantes das telecomunicações por conduta
coordenada (Claro, Oi e Telefônica) em licitação promovida pelos
Correios e a inves�gação do suposto cartel do sal que aguarda
inserção em pauta de julgamentos desde março de 2017,
quando a Superintendência Geral emi�u parecer opinando pela
condenação de 19 empresas e 3 sindicatos por colusão no
mercado de sal marinho entre 1984 e 2012.
Cartel em licitaçõesO ano de 2018 também promete fortes frentes
inves�ga�vas em cartel em licitações, principalmente em vista
da recomendação de condenação pela SG, logo no início do
ano, de um suposto cartel envolvendo seis empresas
prestadoras de serviços terceirizados de tecnologia da
informação em licitações no Distrito Federal realizadas entre
os anos de 2005 e 2008.
Novos acordos de leniência envolvendo concorrências públicas
também devem ser firmados ao longo de 2018, seguindo o
exemplo de 2017 que contou com 14 acordos firmados
(divulgados) no âmbito da operação Lava Jato, com o destaque
para duas leniências envolvendo as obras do metrô de São Paulo
que implicaram a instauração de 2 inquéritos administra�vos no
final do ano de 2017.
As inves�gações de cartéis em licitações também contam
com o crescente auxílio do banco de dados ob�dos pelos
diversos acordos de cooperação firmado entre o CADE e
en�dades da Administração Pública e os algoritmos e técnicas
de detecção de combinações de preços fornecidos pelo
Programa Cérebro.
Para 2018, também se espera a integração do Programa
Cérebro com o sistema Comprasnet - u�lizado na realização
de pregões eletrônicos em licitações. Com a integração, o
CADE visa a iden�ficar padrões de oferta duvidosos online
durante a própria realização do pregão.
Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
Rio de Janeiro São Paulo Tóquio | lickslegal.com 4
Atos de ConcentraçãoO ano de 2017 foi o que o CADE mais reprovou Atos de
Concentração sobre a vigência da Lei 12.529/2011. Foram três
casos reprovados diante de uma média de 1,8 operações
rejeitadas nos 5 anos anteriores (2012-2016).
As reprovações refletem não apenas a complexidade das
transações que passaram pelo crivo do Conselho em 2017,
mas, também, o amadurecimento da Autarquia para efetuar
análises mais técnicas, menos flexíveis e mais sistema�zadas
de grandes concentrações.
Prova disso foi a edição pelo CADE, no meio do ano
passado, do Manual Interno da Superintendência-Geral para
Atos de Concentração apresentados sob rito ordinário que
formalizou os procedimentos a serem seguidos para esse �po
de caso e apresentou regras sobre a organização das reuniões
de submissão prévia.
Apesar da preocupação causada pelas reprovações, 2017
também foi um ano de vitórias para a análise de operações
mais simples (Atos de Concentração sumários) que
con�nuaram a ser analisadas de forma célere (média de 15
dias), consolidando a determinação da Resolução nº 16/2016
que estabeleceu o prazo máximo de 30 dias para a análise e
aprovação pela Superintendência Geral desse �po de
transação.
Além da operação referente à aquisição dos negócios de
u�lidades domés�cas de vidro da Owens-Illinois Brasil pela
Nadir Figueiredo que já recebeu sinal vermelho da
Superintendência-Geral logo no início do ano, podemos ainda
mencionar pelo menos 03 grandes casos do estoque de Atos
de Concentração complexos que devem ser analisados no
começo de 2018:
Ato de Concentração No. 08700.002155/2017-51Requerentes: Companhia Ultragaz S.A. e Liquigás Distribuidora
S.A.
Data de no�ficação: 07/04/2017.
Objeto: Aquisição, pela Ultragaz, de 100% das ações
representa�vas do capital social da Liquigás, atualmente
de�das pela Petrobrás.
Mercado(s) impactado(s): Distribuição de gás liquefeito de
petróleo.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (28/08/2017).
Relatoria: Caso distribuído por sorteio para a relatoria da
Conselheira Cris�ane Alkmin em 29/08/2017.
Ato de Concentração No. 08700.002165/2017-97Requerentes: Votoran�m Siderurgia e ArcelorMi�al.
Data de no�ficação: 08/04/2017.
Objeto: Aquisição do controle da Votoran�m Siderurgia S.A.
pela ArcelorMi�al Brasil S.A.
Mercado(s) impactado(s): Aços longos comuns.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (05/09/2017).
Relatoria: Caso redistribuído por sorteio para a relatoria da
Conselheira Polyanna Vilanova em 07/11/2017.
Ato de Concentração No. 08700.001097/2017-49Requerentes: Bayer Ak�engesellscha� e Monsanto Company.
Data de no�ficação: 20/04/2017 (Emenda).
Objeto: Aquisição global da Monsanto pela Bayer, através da
aquisição de controle unitário da empresa.
Mercado(s) impactado(s): Sementes em diversas culturas,
biotecnologia em algodão, soja e defensivos agrícolas.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (03/10/2017).
Relatoria: Caso distribuído por sorteio para a relatoria do
Conselheiro Paulo Burnier em 05/10/2017.
A esperada retomada da economia em 2018 deve incrementar
o movimento das operações no Brasil. Espera-se que o aumento
do rigor demonstrado pelo CADE em 2017 na análise de casos
complexos sirva de alerta para que as partes que desejem
consumar esse �po de transação, neste ano, estreitem a sua
comunicação com o órgão e iniciem a negociação de remédios o
quanto antes, aso preocupações an�truste sejam iden�ficadas.
Condutas Unilaterais Apesar da atuação modesta do CADE em 2017 na análise de
condutas unilaterais (somente três casos foram julgados), esse
�po de inves�gação deve ganhar força em 2018. Isso porque o
tema foi eleito como pauta pelo novo Superintendente-Geral,
Alexandre Cordeiro Macedo, nomeado em outubro de 2017.
Do estoque de casos envolvendo condutas unilaterais
pendentes de julgamento, podemos aguardar a análise, no
começo do ano, do famoso caso envolvendo a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (Correios) acusada pelo Sindicato das
Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região de
discriminação de rivais e de abusar de sua posição dominante
através de estratégias para estender o seu monopólio legal a
outros itens.
A Superintendência Geral já emi�u parecer nesse caso em
20/04/2017, oportunidade em que se posicionou favoravelmente
à condenação dos Correios por prá�ca de ações judiciais repe�das
e sem fundamento obje�vo (sham litigation), restrição pura à
concorrência (naked restraint) e discriminação de preços e
condições de contratação.
A inves�gação de condutas unilaterais an�compe��vas é de
suma importância para a manutenção de um ambiente
compe��vo saudável. Sendo a bandeira do mandato de
Alexandre Cordeiro, espera-se que questões concorrenciais que
já estão em amplo debate pela Federal Trade Commission (FTC)
e pela Comissão Europeia (EC) comecem a ser monitoradas pelo
CADE com mais rigor, tais como restrições à distribuição e à
revenda no mercado de luxo, cláusulas de nação mais
favorecida, privacidade e big data.
Cartéis O ano de 2017 terminou com 08 casos de cartel julgados,
diante de 20 analisados no ano de 2016. A redução
considerável pode encontrar jus�fica�va no direcionamento
de esforços do CADE para a análise de grandes concentrações.
A defasagem em relação aos demais anos certamente será
recompensada em 2018, considerando os diversos
procedimentos de busca e apreensão deflagrados pela
Autarquia em 2017.
Como resultado, aguarda-se a instauração de diversos
procedimentos administra�vos com a retomada pelo CADE de
seu protagonismo nas inves�gações ex officio que vinham
sendo ofuscadas nos úl�mos anos pelas inves�gações
baseadas em acordos de leniências.
O assunto deverá ser, inclusive, uma das prioridades da
gestão do Presidente Alexandre Barreto que pretende
imprimir ritmo à instrução de diversos casos relacionados ao
setor de autopeças e à Lava Jato.
Outros casos que estão atualmente no estoque também
devem encontrar o seu desfecho em 2018, tais como: a
inves�gação dos gigantes das telecomunicações por conduta
coordenada (Claro, Oi e Telefônica) em licitação promovida pelos
Correios e a inves�gação do suposto cartel do sal que aguarda
inserção em pauta de julgamentos desde março de 2017,
quando a Superintendência Geral emi�u parecer opinando pela
condenação de 19 empresas e 3 sindicatos por colusão no
mercado de sal marinho entre 1984 e 2012.
Cartel em licitaçõesO ano de 2018 também promete fortes frentes
inves�ga�vas em cartel em licitações, principalmente em vista
da recomendação de condenação pela SG, logo no início do
ano, de um suposto cartel envolvendo seis empresas
prestadoras de serviços terceirizados de tecnologia da
informação em licitações no Distrito Federal realizadas entre
os anos de 2005 e 2008.
Novos acordos de leniência envolvendo concorrências públicas
também devem ser firmados ao longo de 2018, seguindo o
exemplo de 2017 que contou com 14 acordos firmados
(divulgados) no âmbito da operação Lava Jato, com o destaque
para duas leniências envolvendo as obras do metrô de São Paulo
que implicaram a instauração de 2 inquéritos administra�vos no
final do ano de 2017.
As inves�gações de cartéis em licitações também contam
com o crescente auxílio do banco de dados ob�dos pelos
diversos acordos de cooperação firmado entre o CADE e
en�dades da Administração Pública e os algoritmos e técnicas
de detecção de combinações de preços fornecidos pelo
Programa Cérebro.
Para 2018, também se espera a integração do Programa
Cérebro com o sistema Comprasnet - u�lizado na realização
de pregões eletrônicos em licitações. Com a integração, o
CADE visa a iden�ficar padrões de oferta duvidosos online
durante a própria realização do pregão.
Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
Rio de Janeiro São Paulo Tóquio | lickslegal.com 5
Atos de ConcentraçãoO ano de 2017 foi o que o CADE mais reprovou Atos de
Concentração sobre a vigência da Lei 12.529/2011. Foram três
casos reprovados diante de uma média de 1,8 operações
rejeitadas nos 5 anos anteriores (2012-2016).
As reprovações refletem não apenas a complexidade das
transações que passaram pelo crivo do Conselho em 2017,
mas, também, o amadurecimento da Autarquia para efetuar
análises mais técnicas, menos flexíveis e mais sistema�zadas
de grandes concentrações.
Prova disso foi a edição pelo CADE, no meio do ano
passado, do Manual Interno da Superintendência-Geral para
Atos de Concentração apresentados sob rito ordinário que
formalizou os procedimentos a serem seguidos para esse �po
Acordos, Resoluções e GuiasSEAE fortalecida e alinhada com o CADE
O CADE deve firmar um acordo para estabelecer o protocolo
de atuação conjunta com a Secretaria de Acompanhamento
Econômico (SEAE), órgão responsável pela promoção da
concorrência entre en�dades governamentais e a sociedade.
O acordo certamente reforçará ainda mais a atuação da SEAE
que vem ganhando força nos úl�mos anos ao se envolver em
discussões an�truste de grande relevância para além da esfera
administra�va.
Como exemplos dessa atuação, podemos citar o ú�l
Relatório de Promoção da Concorrência lançado pela SEAE em
janeiro de 2018, sumarizando todas as ações adotadas pelo
órgão no ano anterior, bem como fornecendo um compêndio
das principais ações de promoção para a defesa da
concorrência no Brasil.
Vale também ressaltar o grande número de casos em que as
diversas Coordenações da SEAE emi�ram pareceres legais e
econômicos para suportar análises de setores diversos da
economia (ex. distribuição de gás liquefeito de petróleo,
correspondência bancária, etanol, transporte rodoviário e
ferroviário etc.).
A SEAE também atuou em diversas ações judiciais como
amicus curiae, além de ter se pronunciado, por meio do Sr.
Subsecretário Ângelo José Mont’Alverne Duarte, na Audiência
Pública do Senado ocorrida em 20/09/2017, para tratar sobre
a regulamentação do transporte individual privado de
passageiros.
Segundo pronunciamentos do Presidente do CADE,
Alexandre Barreto, a minuta do acordo já foi concluída,
aguardando apenas assinatura para ser publicada.
Resolução CADE/BACENO Grupo de Trabalho ins�tuído em 2017 deve concluir, ainda
no início do 1º trimestre deste ano, a redação da resolução
conjunta que estabelecerá os limites de atuação e de
coordenação entre CADE e Banco Central (BACEN) em matérias
que envolvam defesa da concorrência no âmbito do Sistema
Financeiro Nacional (SFN).
A incia�va representará um grande progresso na
aproximação dos dois órgãos que vêm arrastando um
intrincado li�gio judicial desde 1990, sobre a definição de
competência para analisar e aprovar Atos de Concentração
entre ins�tuições financeiras.
Atualmente, tanto o CADE quanto o BACEN emitem
opiniões sobre os aspectos concorrenciais de Atos de
Concentração. Ambos os pareceres são independentes e não
vincula�vos.
Em relação a condutas, embora o BACEN também tenha
de caso e apresentou regras sobre a organização das reuniões
de submissão prévia.
Apesar da preocupação causada pelas reprovações, 2017
também foi um ano de vitórias para a análise de operações
mais simples (Atos de Concentração sumários) que
con�nuaram a ser analisadas de forma célere (média de 15
dias), consolidando a determinação da Resolução nº 16/2016
que estabeleceu o prazo máximo de 30 dias para a análise e
aprovação pela Superintendência Geral desse �po de
transação.
Além da operação referente à aquisição dos negócios de
u�lidades domés�cas de vidro da Owens-Illinois Brasil pela
Nadir Figueiredo que já recebeu sinal vermelho da
Superintendência-Geral logo no início do ano, podemos ainda
mencionar pelo menos 03 grandes casos do estoque de Atos
de Concentração complexos que devem ser analisados no
começo de 2018:
Ato de Concentração No. 08700.002155/2017-51Requerentes: Companhia Ultragaz S.A. e Liquigás Distribuidora
S.A.
Data de no�ficação: 07/04/2017.
Objeto: Aquisição, pela Ultragaz, de 100% das ações
representa�vas do capital social da Liquigás, atualmente
de�das pela Petrobrás.
Mercado(s) impactado(s): Distribuição de gás liquefeito de
petróleo.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (28/08/2017).
Relatoria: Caso distribuído por sorteio para a relatoria da
Conselheira Cris�ane Alkmin em 29/08/2017.
Ato de Concentração No. 08700.002165/2017-97Requerentes: Votoran�m Siderurgia e ArcelorMi�al.
Data de no�ficação: 08/04/2017.
Objeto: Aquisição do controle da Votoran�m Siderurgia S.A.
pela ArcelorMi�al Brasil S.A.
Mercado(s) impactado(s): Aços longos comuns.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (05/09/2017).
Relatoria: Caso redistribuído por sorteio para a relatoria da
Conselheira Polyanna Vilanova em 07/11/2017.
Ato de Concentração No. 08700.001097/2017-49Requerentes: Bayer Ak�engesellscha� e Monsanto Company.
Data de no�ficação: 20/04/2017 (Emenda).
Objeto: Aquisição global da Monsanto pela Bayer, através da
aquisição de controle unitário da empresa.
Mercado(s) impactado(s): Sementes em diversas culturas,
biotecnologia em algodão, soja e defensivos agrícolas.
Análise Concorrencial da SG: Impugnou a operação com
recomendação de reprovação pelo CADE (03/10/2017).
Relatoria: Caso distribuído por sorteio para a relatoria do
Conselheiro Paulo Burnier em 05/10/2017.
A esperada retomada da economia em 2018 deve incrementar
o movimento das operações no Brasil. Espera-se que o aumento
do rigor demonstrado pelo CADE em 2017 na análise de casos
complexos sirva de alerta para que as partes que desejem
consumar esse �po de transação, neste ano, estreitem a sua
comunicação com o órgão e iniciem a negociação de remédios o
quanto antes, aso preocupações an�truste sejam iden�ficadas.
Condutas Unilaterais Apesar da atuação modesta do CADE em 2017 na análise de
condutas unilaterais (somente três casos foram julgados), esse
�po de inves�gação deve ganhar força em 2018. Isso porque o
tema foi eleito como pauta pelo novo Superintendente-Geral,
Alexandre Cordeiro Macedo, nomeado em outubro de 2017.
Do estoque de casos envolvendo condutas unilaterais
pendentes de julgamento, podemos aguardar a análise, no
começo do ano, do famoso caso envolvendo a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (Correios) acusada pelo Sindicato das
Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região de
discriminação de rivais e de abusar de sua posição dominante
através de estratégias para estender o seu monopólio legal a
outros itens.
A Superintendência Geral já emi�u parecer nesse caso em
20/04/2017, oportunidade em que se posicionou favoravelmente
à condenação dos Correios por prá�ca de ações judiciais repe�das
e sem fundamento obje�vo (sham litigation), restrição pura à
concorrência (naked restraint) e discriminação de preços e
condições de contratação.
A inves�gação de condutas unilaterais an�compe��vas é de
suma importância para a manutenção de um ambiente
compe��vo saudável. Sendo a bandeira do mandato de
Alexandre Cordeiro, espera-se que questões concorrenciais que
já estão em amplo debate pela Federal Trade Commission (FTC)
e pela Comissão Europeia (EC) comecem a ser monitoradas pelo
CADE com mais rigor, tais como restrições à distribuição e à
revenda no mercado de luxo, cláusulas de nação mais
favorecida, privacidade e big data.
Cartéis O ano de 2017 terminou com 08 casos de cartel julgados,
diante de 20 analisados no ano de 2016. A redução
considerável pode encontrar jus�fica�va no direcionamento
de esforços do CADE para a análise de grandes concentrações.
A defasagem em relação aos demais anos certamente será
recompensada em 2018, considerando os diversos
procedimentos de busca e apreensão deflagrados pela
Autarquia em 2017.
Como resultado, aguarda-se a instauração de diversos
procedimentos administra�vos com a retomada pelo CADE de
seu protagonismo nas inves�gações ex officio que vinham
sendo ofuscadas nos úl�mos anos pelas inves�gações
baseadas em acordos de leniências.
O assunto deverá ser, inclusive, uma das prioridades da
gestão do Presidente Alexandre Barreto que pretende
imprimir ritmo à instrução de diversos casos relacionados ao
setor de autopeças e à Lava Jato.
Outros casos que estão atualmente no estoque também
devem encontrar o seu desfecho em 2018, tais como: a
inves�gação dos gigantes das telecomunicações por conduta
coordenada (Claro, Oi e Telefônica) em licitação promovida pelos
Correios e a inves�gação do suposto cartel do sal que aguarda
inserção em pauta de julgamentos desde março de 2017,
quando a Superintendência Geral emi�u parecer opinando pela
condenação de 19 empresas e 3 sindicatos por colusão no
mercado de sal marinho entre 1984 e 2012.
Cartel em licitaçõesO ano de 2018 também promete fortes frentes
inves�ga�vas em cartel em licitações, principalmente em vista
da recomendação de condenação pela SG, logo no início do
ano, de um suposto cartel envolvendo seis empresas
prestadoras de serviços terceirizados de tecnologia da
informação em licitações no Distrito Federal realizadas entre
os anos de 2005 e 2008.
Novos acordos de leniência envolvendo concorrências públicas
também devem ser firmados ao longo de 2018, seguindo o
exemplo de 2017 que contou com 14 acordos firmados
(divulgados) no âmbito da operação Lava Jato, com o destaque
para duas leniências envolvendo as obras do metrô de São Paulo
que implicaram a instauração de 2 inquéritos administra�vos no
final do ano de 2017.
As inves�gações de cartéis em licitações também contam
com o crescente auxílio do banco de dados ob�dos pelos
diversos acordos de cooperação firmado entre o CADE e
en�dades da Administração Pública e os algoritmos e técnicas
de detecção de combinações de preços fornecidos pelo
Programa Cérebro.
Para 2018, também se espera a integração do Programa
Cérebro com o sistema Comprasnet - u�lizado na realização
de pregões eletrônicos em licitações. Com a integração, o
CADE visa a iden�ficar padrões de oferta duvidosos online
durante a própria realização do pregão.
competência legisla�va para apurar abusos à livre
concorrência come�dos por ins�tuições financeiras, o CADE
ainda con�nua sendo o órgão de referência na instauração de
processos administra�vos para inves�gações dessa natureza,
bem como para assinatura de acordos de leniência.
Especula-se que o texto da resolução a ser emi�da
proponha a análise conjunta de Atos de Concentração,
resguardando ao CADE a competência exclusiva para apreciar
os aspectos concorrenciais e ao BACEN a competência
exclusiva para apreciar os aspectos regulatórios.
A minuta da resolução também deve coordenar esforços
conjuntos entre os órgãos para inves�gação de condutas
an�compe��vas e deverá ser subme�da à consulta pública
antes de ser publicada.
Resolução sobre compar�lhamento de informações
O CADE deve colocar em votação, durante as primeiras
sessões de julgamento do ano, a resolução sobre o
compar�lhamento de informações e provas oriundas de
processos administra�vos e inves�gações internas com
terceiros.
A resolução, criada com o escopo de fomentar as Ações de
Reparação de Danos em Cartéis (ARDC) e regulamentar os
procedimentos no órgão para acesso a documentos nessas
situações, vem sendo idealizada desde dezembro de 2016,
quando uma minuta foi publicada no site da Autarquia para
consulta pública.
Em paralelo à minuta da resolução, esforços legisla�vos
também foram iniciados visando a fomentar esse �po de
demanda judicial no país. Dentre eles, o maior destaque é o
Projeto de Lei nº 283/2016 que tramita no Senado e que
aguarda inclusão em pauta desde 21/09/2017.
A aprovação da resolução e, no futuro, das demais medidas
legisla�vas, representará um importante passo para o
incipiente enforcement an�truste privado no país.
Novos GuiasEspera-se que o CADE edite 2 novos guias em 2018: o de
Remédios Concorrenciais e o de Dosimetria de Multas, dando
sequência à importante inicia�va promovida pela Autarquia
nos úl�mos anos que já promoveu a publicação de 5 guias
temá�cos: Gun Jumping em 2015 e Análise de Concentrações
Horizontais, Compliance, Termo de Compromisso de Cessação
e Leniência em 2016, além de 3 guias de procedimentos
internos lançados em 2017: Diligências de Busca e Apreensão
Cíveis, Guia de Fluxos de Gestão e Fiscalização de Contratos e
Manual Interno da Superintendência-Geral para Casos
Ordinários.
Os guias editados têm como obje�vo conferir mais
transparência aos trâmites dos procedimentos adotados pelas
autoridades e têm servido de referência para servidores,
advogados e para a sociedade.
O Guia de Remédios Concorrenciais, aguardado para o 1º
semestre, deve trazer orientações sobre a aplicação de
remédios estruturais e comportamentais em Atos de
Concentração como condições necessárias à eliminação de
possíveis impactos an�concorrenciais advindos de operações
para viabilizar a concre�zação do negócio pelas partes
envolvidas.
Espera-se que o Guia de Dosimetria de Multas, a ser
possivelmente publicado no 2º semestre de 2018, confira mais
segurança jurídica aos administrados e traga alento para as
calorosas discussões que muitas vezes tomaram conta do
Plenário do CADE sobre a u�lização do critério de cômputo da
vantagem auferida na definição de multas por condutas
an�compe��vas.
O inciso I do art. 37 da Lei An�truste Brasileira (Lei nº
12.529/2011) estabelece que a multa a ser aplicada pela
autoridade an�truste será de 0,1% a 20% do faturamento da
empresa condenada, com a ressalva de que o valor resultante
“nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível
sua es�mação”.
A jurisprudência do CADE se consolidou, ao longo dos anos, no
sen�do de basear o cômputo das multas em alíquotas incidentes
sobre a base de cálculo do faturamento bruto registrado pelas
empresas no ramo de a�vidade em que a conduta
an�compe��va ocorreu. Usualmente, as alíquotas estabelecidas
são de até 2% em casos de condenações por condutas unilaterais
e de 15 a 20% - chegando cada vez mais próxima do limite
máximo -, em casos de condenações por cartéis hardcore.
No entanto, discussões iniciadas em 2015 pelos
conselheiros Cris�ane Alckmin e João Paulo Resende passaram
a defender a elaboração do cálculo da multa com base na
es�ma�va da vantagem auferida pelos infratores. Embora
suportadas por racional econômico e bases legais, a posição
de Alckmin e Resende não conquistou a simpa�a dos demais,
criando verdadeira bipolarização de teses entre os
conselheiros do CADE.
As discussões �veram o seu ápice durante a 98ª Sessão de
Julgamento, ocorrida em 01/02/2017, quando o Plenário do
CADE rejeitou a homologação de um Termo de Cessação de
Conduta (TCC) em virtude da falta de consenso entre os
conselheiros pelo melhor método de aferição da contribuição
pecuniária.
Durante a 109ª Sessão de Julgamento, ocorrida em
16/08/2017, o presidente Alexandre Barreto e o conselheiro
Maurício Bandeira Maia, então recém empossados,
posicionaram-se publicamente para apoiar a manutenção dos
parâmetros tradicionalmente u�lizados para a definição das
sanções com base no percentual do faturamento.
A Conselheira Polyanna Vilanova, apesar de ter tomado
posse em 06/11/2017, já teve oportunidade de se manifestar
a respeito e também acompanhou o entendimento tradicional
pela manutenção dos percentuais de faturamento.
O placar de teses antagônicas tem, no momento, o
Presidente Barreto e os Conselheiros Burnier, Maia e Vilanova
a favor da manutenção dos critérios de faturamento,
enquanto segue com Resende e Alckmin a favor da vantagem
auferida. Resta saber a posição que o(a) futuro(a)
conselheiro(a) que ocupará a cadeira de Gilvandro Araújo
adotará.
As paixões despertadas pelo tema culminaram em trata�vas
legisla�vas para lidar com a controvérsia, principalmente em
situações em que a vantagem auferida ultrapassar os 20% do
faturamento da empresa infratora. Nesse contexto,
destacam-se o Projeto de Lei nº 7.238/2017 da Câmara dos
Deputados que aguarda designação de relator na Comissão de
Cons�tuição e Jus�ça e de Cidadania (CCJC) e o já mencionado
Projeto de Lei nº 283/2016 do Senado.
Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
Rio de Janeiro São Paulo Tóquio | lickslegal.com 6
SEAE fortalecida e alinhada com o CADEO CADE deve firmar um acordo para estabelecer o protocolo
de atuação conjunta com a Secretaria de Acompanhamento
Econômico (SEAE), órgão responsável pela promoção da
concorrência entre en�dades governamentais e a sociedade.
O acordo certamente reforçará ainda mais a atuação da SEAE
que vem ganhando força nos úl�mos anos ao se envolver em
discussões an�truste de grande relevância para além da esfera
administra�va.
Como exemplos dessa atuação, podemos citar o ú�l
Relatório de Promoção da Concorrência lançado pela SEAE em
janeiro de 2018, sumarizando todas as ações adotadas pelo
órgão no ano anterior, bem como fornecendo um compêndio
das principais ações de promoção para a defesa da
concorrência no Brasil.
Vale também ressaltar o grande número de casos em que as
diversas Coordenações da SEAE emi�ram pareceres legais e
econômicos para suportar análises de setores diversos da
economia (ex. distribuição de gás liquefeito de petróleo,
correspondência bancária, etanol, transporte rodoviário e
ferroviário etc.).
A SEAE também atuou em diversas ações judiciais como
amicus curiae, além de ter se pronunciado, por meio do Sr.
Subsecretário Ângelo José Mont’Alverne Duarte, na Audiência
Pública do Senado ocorrida em 20/09/2017, para tratar sobre
a regulamentação do transporte individual privado de
passageiros.
Segundo pronunciamentos do Presidente do CADE,
Alexandre Barreto, a minuta do acordo já foi concluída,
aguardando apenas assinatura para ser publicada.
Resolução CADE/BACENO Grupo de Trabalho ins�tuído em 2017 deve concluir, ainda
no início do 1º trimestre deste ano, a redação da resolução
conjunta que estabelecerá os limites de atuação e de
coordenação entre CADE e Banco Central (BACEN) em matérias
que envolvam defesa da concorrência no âmbito do Sistema
Financeiro Nacional (SFN).
A incia�va representará um grande progresso na
aproximação dos dois órgãos que vêm arrastando um
intrincado li�gio judicial desde 1990, sobre a definição de
competência para analisar e aprovar Atos de Concentração
entre ins�tuições financeiras.
Atualmente, tanto o CADE quanto o BACEN emitem
opiniões sobre os aspectos concorrenciais de Atos de
Concentração. Ambos os pareceres são independentes e não
vincula�vos.
Em relação a condutas, embora o BACEN também tenha
competência legisla�va para apurar abusos à livre
concorrência come�dos por ins�tuições financeiras, o CADE
ainda con�nua sendo o órgão de referência na instauração de
processos administra�vos para inves�gações dessa natureza,
bem como para assinatura de acordos de leniência.
Especula-se que o texto da resolução a ser emi�da
proponha a análise conjunta de Atos de Concentração,
resguardando ao CADE a competência exclusiva para apreciar
os aspectos concorrenciais e ao BACEN a competência
exclusiva para apreciar os aspectos regulatórios.
A minuta da resolução também deve coordenar esforços
conjuntos entre os órgãos para inves�gação de condutas
an�compe��vas e deverá ser subme�da à consulta pública
antes de ser publicada.
Resolução sobre compar�lhamento de informações
O CADE deve colocar em votação, durante as primeiras
sessões de julgamento do ano, a resolução sobre o
compar�lhamento de informações e provas oriundas de
processos administra�vos e inves�gações internas com
terceiros.
A resolução, criada com o escopo de fomentar as Ações de
Reparação de Danos em Cartéis (ARDC) e regulamentar os
procedimentos no órgão para acesso a documentos nessas
situações, vem sendo idealizada desde dezembro de 2016,
quando uma minuta foi publicada no site da Autarquia para
consulta pública.
Em paralelo à minuta da resolução, esforços legisla�vos
também foram iniciados visando a fomentar esse �po de
demanda judicial no país. Dentre eles, o maior destaque é o
Projeto de Lei nº 283/2016 que tramita no Senado e que
aguarda inclusão em pauta desde 21/09/2017.
A aprovação da resolução e, no futuro, das demais medidas
legisla�vas, representará um importante passo para o
incipiente enforcement an�truste privado no país.
Novos GuiasEspera-se que o CADE edite 2 novos guias em 2018: o de
Remédios Concorrenciais e o de Dosimetria de Multas, dando
sequência à importante inicia�va promovida pela Autarquia
nos úl�mos anos que já promoveu a publicação de 5 guias
temá�cos: Gun Jumping em 2015 e Análise de Concentrações
Horizontais, Compliance, Termo de Compromisso de Cessação
e Leniência em 2016, além de 3 guias de procedimentos
internos lançados em 2017: Diligências de Busca e Apreensão
Cíveis, Guia de Fluxos de Gestão e Fiscalização de Contratos e
Manual Interno da Superintendência-Geral para Casos
Ordinários.
Os guias editados têm como obje�vo conferir mais
transparência aos trâmites dos procedimentos adotados pelas
autoridades e têm servido de referência para servidores,
advogados e para a sociedade.
O Guia de Remédios Concorrenciais, aguardado para o 1º
semestre, deve trazer orientações sobre a aplicação de
remédios estruturais e comportamentais em Atos de
Concentração como condições necessárias à eliminação de
possíveis impactos an�concorrenciais advindos de operações
para viabilizar a concre�zação do negócio pelas partes
envolvidas.
Espera-se que o Guia de Dosimetria de Multas, a ser
possivelmente publicado no 2º semestre de 2018, confira mais
segurança jurídica aos administrados e traga alento para as
calorosas discussões que muitas vezes tomaram conta do
Plenário do CADE sobre a u�lização do critério de cômputo da
vantagem auferida na definição de multas por condutas
an�compe��vas.
O inciso I do art. 37 da Lei An�truste Brasileira (Lei nº
12.529/2011) estabelece que a multa a ser aplicada pela
autoridade an�truste será de 0,1% a 20% do faturamento da
empresa condenada, com a ressalva de que o valor resultante
“nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível
sua es�mação”.
A jurisprudência do CADE se consolidou, ao longo dos anos, no
sen�do de basear o cômputo das multas em alíquotas incidentes
sobre a base de cálculo do faturamento bruto registrado pelas
empresas no ramo de a�vidade em que a conduta
an�compe��va ocorreu. Usualmente, as alíquotas estabelecidas
são de até 2% em casos de condenações por condutas unilaterais
e de 15 a 20% - chegando cada vez mais próxima do limite
máximo -, em casos de condenações por cartéis hardcore.
No entanto, discussões iniciadas em 2015 pelos
conselheiros Cris�ane Alckmin e João Paulo Resende passaram
a defender a elaboração do cálculo da multa com base na
es�ma�va da vantagem auferida pelos infratores. Embora
suportadas por racional econômico e bases legais, a posição
de Alckmin e Resende não conquistou a simpa�a dos demais,
criando verdadeira bipolarização de teses entre os
conselheiros do CADE.
As discussões �veram o seu ápice durante a 98ª Sessão de
Julgamento, ocorrida em 01/02/2017, quando o Plenário do
CADE rejeitou a homologação de um Termo de Cessação de
Conduta (TCC) em virtude da falta de consenso entre os
conselheiros pelo melhor método de aferição da contribuição
pecuniária.
Durante a 109ª Sessão de Julgamento, ocorrida em
16/08/2017, o presidente Alexandre Barreto e o conselheiro
Maurício Bandeira Maia, então recém empossados,
posicionaram-se publicamente para apoiar a manutenção dos
parâmetros tradicionalmente u�lizados para a definição das
sanções com base no percentual do faturamento.
A Conselheira Polyanna Vilanova, apesar de ter tomado
posse em 06/11/2017, já teve oportunidade de se manifestar
a respeito e também acompanhou o entendimento tradicional
pela manutenção dos percentuais de faturamento.
O placar de teses antagônicas tem, no momento, o
Presidente Barreto e os Conselheiros Burnier, Maia e Vilanova
a favor da manutenção dos critérios de faturamento,
enquanto segue com Resende e Alckmin a favor da vantagem
auferida. Resta saber a posição que o(a) futuro(a)
conselheiro(a) que ocupará a cadeira de Gilvandro Araújo
adotará.
As paixões despertadas pelo tema culminaram em trata�vas
legisla�vas para lidar com a controvérsia, principalmente em
situações em que a vantagem auferida ultrapassar os 20% do
faturamento da empresa infratora. Nesse contexto,
destacam-se o Projeto de Lei nº 7.238/2017 da Câmara dos
Deputados que aguarda designação de relator na Comissão de
Cons�tuição e Jus�ça e de Cidadania (CCJC) e o já mencionado
Projeto de Lei nº 283/2016 do Senado.
Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
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SEAE fortalecida e alinhada com o CADEO CADE deve firmar um acordo para estabelecer o protocolo
de atuação conjunta com a Secretaria de Acompanhamento
Econômico (SEAE), órgão responsável pela promoção da
concorrência entre en�dades governamentais e a sociedade.
O acordo certamente reforçará ainda mais a atuação da SEAE
que vem ganhando força nos úl�mos anos ao se envolver em
discussões an�truste de grande relevância para além da esfera
administra�va.
Como exemplos dessa atuação, podemos citar o ú�l
Relatório de Promoção da Concorrência lançado pela SEAE em
janeiro de 2018, sumarizando todas as ações adotadas pelo
órgão no ano anterior, bem como fornecendo um compêndio
das principais ações de promoção para a defesa da
concorrência no Brasil.
Vale também ressaltar o grande número de casos em que as
diversas Coordenações da SEAE emi�ram pareceres legais e
econômicos para suportar análises de setores diversos da
economia (ex. distribuição de gás liquefeito de petróleo,
correspondência bancária, etanol, transporte rodoviário e
ferroviário etc.).
A SEAE também atuou em diversas ações judiciais como
amicus curiae, além de ter se pronunciado, por meio do Sr.
Subsecretário Ângelo José Mont’Alverne Duarte, na Audiência
Pública do Senado ocorrida em 20/09/2017, para tratar sobre
a regulamentação do transporte individual privado de
passageiros.
Segundo pronunciamentos do Presidente do CADE,
Alexandre Barreto, a minuta do acordo já foi concluída,
aguardando apenas assinatura para ser publicada.
Resolução CADE/BACENO Grupo de Trabalho ins�tuído em 2017 deve concluir, ainda
no início do 1º trimestre deste ano, a redação da resolução
conjunta que estabelecerá os limites de atuação e de
coordenação entre CADE e Banco Central (BACEN) em matérias
que envolvam defesa da concorrência no âmbito do Sistema
Financeiro Nacional (SFN).
A incia�va representará um grande progresso na
aproximação dos dois órgãos que vêm arrastando um
intrincado li�gio judicial desde 1990, sobre a definição de
competência para analisar e aprovar Atos de Concentração
entre ins�tuições financeiras.
Atualmente, tanto o CADE quanto o BACEN emitem
opiniões sobre os aspectos concorrenciais de Atos de
Concentração. Ambos os pareceres são independentes e não
vincula�vos.
Em relação a condutas, embora o BACEN também tenha
Setores em evidênciaPropriedade Industrial
O CADE deve finalmente concluir, no 1ª semestre de 2018, o
julgamento do processo administra�vo mais emblemá�co
envolvendo an�truste e propriedade industrial no Brasil:
Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças (ANFAPE)
vs. montadoras Fiat, Ford e Volkswagen.
A inves�gação tramita no CADE há mais de 10 anos e apura
o suposto abuso de direito de propriedade industrial
competência legisla�va para apurar abusos à livre
concorrência come�dos por ins�tuições financeiras, o CADE
ainda con�nua sendo o órgão de referência na instauração de
processos administra�vos para inves�gações dessa natureza,
bem como para assinatura de acordos de leniência.
Especula-se que o texto da resolução a ser emi�da
proponha a análise conjunta de Atos de Concentração,
resguardando ao CADE a competência exclusiva para apreciar
os aspectos concorrenciais e ao BACEN a competência
exclusiva para apreciar os aspectos regulatórios.
A minuta da resolução também deve coordenar esforços
conjuntos entre os órgãos para inves�gação de condutas
an�compe��vas e deverá ser subme�da à consulta pública
antes de ser publicada.
Resolução sobre compar�lhamento de informações
O CADE deve colocar em votação, durante as primeiras
sessões de julgamento do ano, a resolução sobre o
compar�lhamento de informações e provas oriundas de
processos administra�vos e inves�gações internas com
terceiros.
A resolução, criada com o escopo de fomentar as Ações de
Reparação de Danos em Cartéis (ARDC) e regulamentar os
procedimentos no órgão para acesso a documentos nessas
situações, vem sendo idealizada desde dezembro de 2016,
quando uma minuta foi publicada no site da Autarquia para
consulta pública.
Em paralelo à minuta da resolução, esforços legisla�vos
também foram iniciados visando a fomentar esse �po de
demanda judicial no país. Dentre eles, o maior destaque é o
Projeto de Lei nº 283/2016 que tramita no Senado e que
aguarda inclusão em pauta desde 21/09/2017.
A aprovação da resolução e, no futuro, das demais medidas
legisla�vas, representará um importante passo para o
incipiente enforcement an�truste privado no país.
Novos GuiasEspera-se que o CADE edite 2 novos guias em 2018: o de
Remédios Concorrenciais e o de Dosimetria de Multas, dando
sequência à importante inicia�va promovida pela Autarquia
nos úl�mos anos que já promoveu a publicação de 5 guias
temá�cos: Gun Jumping em 2015 e Análise de Concentrações
Horizontais, Compliance, Termo de Compromisso de Cessação
e Leniência em 2016, além de 3 guias de procedimentos
internos lançados em 2017: Diligências de Busca e Apreensão
Cíveis, Guia de Fluxos de Gestão e Fiscalização de Contratos e
Manual Interno da Superintendência-Geral para Casos
Ordinários.
Os guias editados têm como obje�vo conferir mais
transparência aos trâmites dos procedimentos adotados pelas
autoridades e têm servido de referência para servidores,
advogados e para a sociedade.
O Guia de Remédios Concorrenciais, aguardado para o 1º
semestre, deve trazer orientações sobre a aplicação de
remédios estruturais e comportamentais em Atos de
Concentração como condições necessárias à eliminação de
possíveis impactos an�concorrenciais advindos de operações
para viabilizar a concre�zação do negócio pelas partes
envolvidas.
Espera-se que o Guia de Dosimetria de Multas, a ser
possivelmente publicado no 2º semestre de 2018, confira mais
segurança jurídica aos administrados e traga alento para as
calorosas discussões que muitas vezes tomaram conta do
Plenário do CADE sobre a u�lização do critério de cômputo da
vantagem auferida na definição de multas por condutas
an�compe��vas.
O inciso I do art. 37 da Lei An�truste Brasileira (Lei nº
12.529/2011) estabelece que a multa a ser aplicada pela
autoridade an�truste será de 0,1% a 20% do faturamento da
empresa condenada, com a ressalva de que o valor resultante
“nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível
sua es�mação”.
A jurisprudência do CADE se consolidou, ao longo dos anos, no
sen�do de basear o cômputo das multas em alíquotas incidentes
sobre a base de cálculo do faturamento bruto registrado pelas
empresas no ramo de a�vidade em que a conduta
an�compe��va ocorreu. Usualmente, as alíquotas estabelecidas
são de até 2% em casos de condenações por condutas unilaterais
e de 15 a 20% - chegando cada vez mais próxima do limite
máximo -, em casos de condenações por cartéis hardcore.
No entanto, discussões iniciadas em 2015 pelos
conselheiros Cris�ane Alckmin e João Paulo Resende passaram
a defender a elaboração do cálculo da multa com base na
es�ma�va da vantagem auferida pelos infratores. Embora
suportadas por racional econômico e bases legais, a posição
de Alckmin e Resende não conquistou a simpa�a dos demais,
criando verdadeira bipolarização de teses entre os
conselheiros do CADE.
As discussões �veram o seu ápice durante a 98ª Sessão de
Julgamento, ocorrida em 01/02/2017, quando o Plenário do
CADE rejeitou a homologação de um Termo de Cessação de
Conduta (TCC) em virtude da falta de consenso entre os
conselheiros pelo melhor método de aferição da contribuição
pecuniária.
Durante a 109ª Sessão de Julgamento, ocorrida em
16/08/2017, o presidente Alexandre Barreto e o conselheiro
Maurício Bandeira Maia, então recém empossados,
posicionaram-se publicamente para apoiar a manutenção dos
parâmetros tradicionalmente u�lizados para a definição das
sanções com base no percentual do faturamento.
A Conselheira Polyanna Vilanova, apesar de ter tomado
posse em 06/11/2017, já teve oportunidade de se manifestar
a respeito e também acompanhou o entendimento tradicional
pela manutenção dos percentuais de faturamento.
O placar de teses antagônicas tem, no momento, o
Presidente Barreto e os Conselheiros Burnier, Maia e Vilanova
a favor da manutenção dos critérios de faturamento,
enquanto segue com Resende e Alckmin a favor da vantagem
auferida. Resta saber a posição que o(a) futuro(a)
conselheiro(a) que ocupará a cadeira de Gilvandro Araújo
adotará.
As paixões despertadas pelo tema culminaram em trata�vas
legisla�vas para lidar com a controvérsia, principalmente em
situações em que a vantagem auferida ultrapassar os 20% do
faturamento da empresa infratora. Nesse contexto,
destacam-se o Projeto de Lei nº 7.238/2017 da Câmara dos
Deputados que aguarda designação de relator na Comissão de
Cons�tuição e Jus�ça e de Cidadania (CCJC) e o já mencionado
Projeto de Lei nº 283/2016 do Senado.
(desenhos industriais) por parte das montadoras ao exercerem
o seu direito de registro no mercado secundário (reposição)
de peças automo�vas.
Após todos os órgãos instrutórios terem emi�do parecer
opinando pela condenação das montadoras1 , o início do
julgamento do caso, ocorrido durante a 115ª Sessão de
Julgamento do CADE em 21 de novembro de 2017, trouxe
esperança de reviravolta às representadas, após o Procurador
Geral do CADE, Walter Agra, ter revogado o parecer anterior
emi�do pela ProCADE para sugerir o arquivamento do caso.
Na sequência, o Conselheiro Relator Paulo Burnier seguiu o
entendimento da SG e votou pela condenação das
montadoras, recomendando a aplicação de multa mínima às
três empresas - equivalente a 0,1% dos seus faturamentos
brutos em 2009, ano anterior à instauração do Processo
Administra�vo.
O caso está sendo revisto pelo Conselheiro Mauricio Maia e
deve ainda ser analisado e votado pelos demais membros do
Plenário até nova inserção em pauta de julgamento. O
desfecho terá grande impacto no sistema nacional de
propriedade intelectual e na polí�ca industrial brasileira e
deve ser acompanhado pelo mercado e pelos especialistas dos
mais diversos setores.
TecnologiaO Departamento de Estudos Econômicos do CADE (DEE),
órgão responsável pela elaboração de estudos e pareceres
econômicos no CADE, deve lançar, em 2018, dois estudos
envolvendo a análise de mercados de tecnologia.
O primeiro, iniciado em fevereiro de 2017, terá como
escopo a organização atual do setor de transporte individual
de passageiros, dando sequência aos outros dois estudos
anteriores lançados pelo DEE sobre o tema: “O mercado de
transporte individual de passageiros: Regulação,
externalidades e equilíbrio urbano” e “Rivalidade após a
entrada: o impacto imediato do aplica�vo Uber sobre as
corridas de táxi”.
Já o segundo, iniciado no final do ano de 2017, deve tratar
do impacto concorrencial das plataformas online para aluguel
de acomodações por temporada na organização do setor
hoteleiro no Brasil.
Ambos os estudos foram demandados pela
Superintendência Geral e se inserem no interesse do DEE e do
CADE em compreender o funcionamento e os impactos
concorrenciais da economia compar�lhada baseada em
plataformas digitais.
Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
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Projetos de Lei Apesar do ano eleitoral, alguns projetos de lei relevantes
envolvendo alterações na legislação concorrencial devem ser
movimentados em 2018. Dentre eles, vale mencionar os
seguintes:
Projeto de Lei do Senado 350/2015Alterações: Leis 4.595/1964 e 12.529/2011.
Escopo: Definir a competência do CADE no âmbito da
concorrência no Sistema Financeiro Nacional.
Status: Em análise pela Comissão de Assuntos Econômicos.
Projeto de Lei do Senado 283/2016 Alterações: Lei 12.529/2011.
Escopo: Tornar a multa à prá�ca de cartel por empresa ou grupo
Propriedade IndustrialO CADE deve finalmente concluir, no 1ª semestre de 2018, o
julgamento do processo administra�vo mais emblemá�co
envolvendo an�truste e propriedade industrial no Brasil:
Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças (ANFAPE)
vs. montadoras Fiat, Ford e Volkswagen.
A inves�gação tramita no CADE há mais de 10 anos e apura
o suposto abuso de direito de propriedade industrial
(desenhos industriais) por parte das montadoras ao exercerem
o seu direito de registro no mercado secundário (reposição)
de peças automo�vas.
Após todos os órgãos instrutórios terem emi�do parecer
opinando pela condenação das montadoras1 , o início do
julgamento do caso, ocorrido durante a 115ª Sessão de
Julgamento do CADE em 21 de novembro de 2017, trouxe
esperança de reviravolta às representadas, após o Procurador
Geral do CADE, Walter Agra, ter revogado o parecer anterior
emi�do pela ProCADE para sugerir o arquivamento do caso.
Na sequência, o Conselheiro Relator Paulo Burnier seguiu o
entendimento da SG e votou pela condenação das
montadoras, recomendando a aplicação de multa mínima às
três empresas - equivalente a 0,1% dos seus faturamentos
brutos em 2009, ano anterior à instauração do Processo
Administra�vo.
O caso está sendo revisto pelo Conselheiro Mauricio Maia e
deve ainda ser analisado e votado pelos demais membros do
Plenário até nova inserção em pauta de julgamento. O
desfecho terá grande impacto no sistema nacional de
propriedade intelectual e na polí�ca industrial brasileira e
deve ser acompanhado pelo mercado e pelos especialistas dos
mais diversos setores.
TecnologiaO Departamento de Estudos Econômicos do CADE (DEE),
órgão responsável pela elaboração de estudos e pareceres
econômicos no CADE, deve lançar, em 2018, dois estudos
envolvendo a análise de mercados de tecnologia.
O primeiro, iniciado em fevereiro de 2017, terá como
escopo a organização atual do setor de transporte individual
de passageiros, dando sequência aos outros dois estudos
anteriores lançados pelo DEE sobre o tema: “O mercado de
transporte individual de passageiros: Regulação,
externalidades e equilíbrio urbano” e “Rivalidade após a
entrada: o impacto imediato do aplica�vo Uber sobre as
corridas de táxi”.
Já o segundo, iniciado no final do ano de 2017, deve tratar
do impacto concorrencial das plataformas online para aluguel
de acomodações por temporada na organização do setor
hoteleiro no Brasil.
Ambos os estudos foram demandados pela
Superintendência Geral e se inserem no interesse do DEE e do
CADE em compreender o funcionamento e os impactos
concorrenciais da economia compar�lhada baseada em
plataformas digitais.
Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
econômico proporcional ao tempo de duração da infração à
ordem econômica; ins�tuir o ressarcimento em dobro aos
prejudicados que ingressarem em juízo, ressalvados os réus que
assinarem acordo de leniência ou termo de compromisso de
cessação de prá�ca, além de outros incen�vos ao acordo de
leniência, desde que este seja feito mediante apresentação de
documentos que permitam ao CADE es�mar o dano causado;
determinar a sustação do termo da prescrição durante a vigência
do processo administra�vo; e tornar a decisão do Plenário do
CADE apta a fundamentar a concessão de tutela da evidência.
Status: Em análise pela Comissão de Cons�tuição e Jus�ça e
Cidadania.
Projeto de Lei da Câmara dos Deputados 7238/2017Alterações: Lei 12.529/2011.
Escopo: Realizar mudança legal no sen�do de assegurar que o
percentual de 20% do faturamento bruto anual previsto pelo
ar�go 37 da Lei seja expressamente declarado como patamar
máximo de punição em casos de condenação por conduta
an�compe��va, ainda que inferior ao valor da vantagem
auferida quando a quan�ficação for possível.
Status: Em análise pela Comissão de Cons�tuição e Jus�ça e
de Cidadania.
1 Superintendência Geral em 15/06/2016, Procuradoria Geral do CADE em 02/03/2017 e Ministério Público Federal em 17/07/2017.
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Apesar do ano eleitoral, alguns projetos de lei relevantes
envolvendo alterações na legislação concorrencial devem ser
movimentados em 2018. Dentre eles, vale mencionar os
seguintes:
Projeto de Lei do Senado 350/2015Alterações: Leis 4.595/1964 e 12.529/2011.
Escopo: Definir a competência do CADE no âmbito da
concorrência no Sistema Financeiro Nacional.
Status: Em análise pela Comissão de Assuntos Econômicos.
Projeto de Lei do Senado 283/2016 Alterações: Lei 12.529/2011.
Escopo: Tornar a multa à prá�ca de cartel por empresa ou grupo
Pauta InternacionalSeguindo o excelente trabalho internacional desenvolvido
nos úl�mos anos, o CADE sediou, em 2017, a 5ª Conferência
Internacional dos BRICS sobre concorrência e recebeu, pelo 5º
ano consecu�vo, 4 estrelas no ranking realizado anualmente
pela revista britânica Global Compe��on Review (GCR),
especializada em polí�ca de concorrência e regulação.
A expecta�va é que em 2018 a Autarquia con�nue ampliando a
sua frente de atuação internacional mediante o prosseguimento da
celebração de acordos de cooperação com autoridades
estrangeiras e intensifique a campanha para adesão do Brasil como
membro permanente do Comitê de Concorrência da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A confirmação, no início de janeiro, de que o Brasil se tornou
membro do programa de Competência e Proteção ao Consumidor
na América La�na (Compal), vinculado à Conferência das Nações
Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), é uma clara
evidência de que o CADE já começou 2018 com o pé direito nas
relações internacionais.
Quais são as perspectivas para a defesa da concorrência no Brasil em 2018?
econômico proporcional ao tempo de duração da infração à
ordem econômica; ins�tuir o ressarcimento em dobro aos
prejudicados que ingressarem em juízo, ressalvados os réus que
assinarem acordo de leniência ou termo de compromisso de
cessação de prá�ca, além de outros incen�vos ao acordo de
leniência, desde que este seja feito mediante apresentação de
documentos que permitam ao CADE es�mar o dano causado;
determinar a sustação do termo da prescrição durante a vigência
do processo administra�vo; e tornar a decisão do Plenário do
CADE apta a fundamentar a concessão de tutela da evidência.
Status: Em análise pela Comissão de Cons�tuição e Jus�ça e
Cidadania.
Projeto de Lei da Câmara dos Deputados 7238/2017Alterações: Lei 12.529/2011.
Escopo: Realizar mudança legal no sen�do de assegurar que o
percentual de 20% do faturamento bruto anual previsto pelo
ar�go 37 da Lei seja expressamente declarado como patamar
máximo de punição em casos de condenação por conduta
an�compe��va, ainda que inferior ao valor da vantagem
auferida quando a quan�ficação for possível.
Status: Em análise pela Comissão de Cons�tuição e Jus�ça e
de Cidadania.