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Antropologia da Saúde ou Antropologia Médica pode ser definida como o estudo da doenças e saúde humana, sua adaptação biocultural e sistemas de s 1966). e!undo "elman, (#$$9) inte!rante do %ational "ealth er&ic de '$ anos, a antropolo!ia m dica estuda a forma como as pessoas, culturas e !rupos sociais, e plicam as causas dos problemas de saú tratamento nos *uais elas acreditam e a *uem recorrem *uando adoec ressaltando ainda *ue tamb m o estudo de como essas crenças e pr se com as alteraç-es biol !icas, psicol !icas e sociais no or!anis saúde *uanto na doença. (o.c) / antropolo!ia m dica ou da saúde, cu0a opção de desi!nação parece em um ou outro aspecto do processo saúde doença, corresponde a ou aplicação da antropolo!ia ao estudo do comportamento humano par manutenção da saúde atra& s de pr+ticas culturais. %aturalmente, t di&isão com fins did+ticos pois não h+ como isolar um 4fato5 socia realidade constru da pelas sociedades humanas com sua lin!ua!em e caracter stica. 7al ci2ncia aplicada pode ser melhor compreendida tanto pela an+li trabalhos produ3idos por antrop lo!os e demais cientistas sociais especificidades da +rea de aplicação e suas interfaces com demais conhecimento. / antropolo!ia da saúde pode se distin!uir da antropolo!ia m dica *ue essa última se det m no estudo das racionalidades m dicas, e n patolo!ias e sistemas terap2uticos 8 a medicina, tal com conhecemos em nossa sociedade estabelecendo limites difusos com a antropolo!ia biol !i f sica ou pode se deter no conceito ampliado de saúde tal como de medicina social, epidemiolo!ia e estudo da saúde pública. ara :rançois ;aplantine, o autor de Antropologia da doença , esta ci2ncia estuda a percepção e resposta de um !rupo social patolo!ia, elabora e an etiol !icos e terap2uticos. <m modelo = uma construção te rica, c (hip tese ) e tamb m uma construção metacultural, ou se0a, *ue &isa analisar as formas elementares da doença e da cura sua estrutur tornando o compar+&el a outros sistemas (;aplatine). >utra contribuição rele&ante de nossos dias &ieram de /rthur ?lei autor, obser&ando se a tra0et ria de pacientes e curadores no con se na or!ani3ação social o sistema cultural de cuidados de saúde ( Health Care System ) correspondendo a estas pr+ticas= a o setor ou medicina popular @ f praticada por todosA a medicina tradicional, *ue e i!e um especia relação mestre@ disc pulo e finalmente o setor m dico profissiona por possuir escolas formais e he!emonia social. (?leinman apud <c Currer). / esses setores correspondem modelos e plicati&os dos profissionai suas fam lias, al!uns autores *ue a interação de tais s mbolos e corresponde construção de realidades m dicas *ue con0u!am, norm

Antropologia Da Saúde

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Antropologia da Sade ou Antropologia Mdica pode ser definida como o estudo das doenas e sade humana, sua adaptao biocultural e sistemas de sade (McElroy, 1966). Segundo Helman, (2009) integrante do National Health Service (NHS) por mais de 30 anos, a antropologia mdica estuda a forma como as pessoas, em diferentes culturas e grupos sociais, explicam as causas dos problemas de sade, os tipos de tratamento nos quais elas acreditam e a quem recorrem quando adoecem. (p. 11) ressaltando ainda que tambm o estudo de como essas crenas e prticas relacionam-se com as alteraes biolgicas, psicolgicas e sociais no organismo humano, tanto na sade quanto na doena. (o.c)A antropologia mdica ou da sade, cuja opo de designao parece se referir nfase em um ou outro aspecto do processo sade - doena, corresponde a uma especializao ou aplicao da antropologia ao estudo do comportamento humano para obteno e manuteno da sade atravs de prticas culturais. Naturalmente, trata-se de uma diviso com fins didticos pois no h como isolar um fato social do seu contexto ou realidade construda pelas sociedades humanas com sua linguagem e cultura caracterstica.Tal cincia aplicada pode ser melhor compreendida tanto pela anlise da produo de trabalhos produzidos por antroplogos e demais cientistas sociais como pela especificidades da rea de aplicao e suas interfaces com demais ramos do conhecimento.A antropologia da sade pode se distinguir da antropologia mdica se considerarmos que essa ltima se detm no estudo das racionalidades mdicas, e no estudo das patologias e sistemas teraputicos a medicina, tal com conhecemos em nossa sociedade estabelecendo limites difusos com a antropologia biolgica e antropologia fsica ou pode se deter no conceito ampliado de sade tal como desenvolvido pela medicina social, epidemiologia e estudo da sade pblica.Para Franois Laplantine, o autor de Antropologia da doena, esta cincia estuda a percepo e resposta de um grupo social patologia, elabora e analisa modelos etiolgicos e teraputicos. Um modelo : uma construo terica, carter operatrio (hiptese) e tambm uma construo metacultural, ou seja, que visa fazer surgir e analisar as formas elementares da doena e da cura - sua estrutura seus invariantes tornando-o comparvel a outros sistemas (Laplatine).Outra contribuio relevante de nossos dias vieram de Arthur Kleinman. Segundo esse autor, observando-se a trajetria de pacientes e curadores no contexto cultural distingue-se na organizao social o sistema cultural de cuidados de sade (Health Care System) correspondendo a estas prticas: a o setor ou medicina popular / familiar, conhecida e praticada por todos; a medicina tradicional, que exige um especialista formador a relao mestre/ discpulo e finalmente o setor mdico profissional que se caracteriza-se por possuir escolas formais e hegemonia social. (Kleinman apud Uchoa; Vidal e Currer).A esses setores correspondem modelos explicativos dos profissionais e dos pacientes e suas famlias, alguns autores que a interao de tais smbolos em uma rede semntica corresponde construo de realidades mdicas que conjugam, normas, valores, expectativas individuais e coletivas, comportamentos ou formas especficas de pensar e agir em relao doena e sade. (Uchoa; Vidal)Uma outra maneira de entender as regras e tcnicas e rituais que emergem da vida prtica de distintas sociedades (incluindo a nossa) sua abordagem enquanto processo cognitivo (epistme) ou racionalidades.

Xam dos povos Tunguses da Sibria, 1883.Racionalidade mdica, na terminologia proposta por Luz (1988), essencialmente til para quem pretende comparar elementos (o que uma exigncia do mtodo estrutural). Segundo essa autora, uma racionalidade mdica ou sistema lgico e teoricamente estruturado, tem como condio necessria e suficiente para ser considerado como tal, a presena dos seguintes elementos:1. Uma morfologia (concepo anatmica);2. Uma dinmica vital ("fisiologia");3. Um sistema de diagnsticos;4. Um sistema de intervenes teraputicas;5. Uma doutrina mdica (cosmologia).ndice[esconder] 1 Um sculo de contribuies 2 Antropologia da Sade no Brasil 3 Bibliografia 4 Ver tambm 5 Ligaes externasUm sculo de contribuies[editar | editar cdigo-fonte]Assim como a prpria antropologia, tais estudos se iniciaram com as descries etnogrficas do sculo XIX, assim temos descries do xamanismo, e das medicinas tradicionais e medicinas populares entre as proposies tericas do comeo do sculo XX destacamos as contribuies de Marcel Mauss (1872 1950) em especial a criao da noo de tcnica do corpo, entendendo o corpo humano como o primeiro e mais natural instrumento do homem nos permitindo comparar as intervenes obsttricas, cuidados de puericultura, higiene, sexualidade etc. e as distines que faz entre magia, religio situando a prtica dos curandeiros, analisando o poder dos enfeitiamentos e crenas incluindo as clebres descries de morte sugerida ou induzida por feitiaria na Austrlia e Nova Zelndia fenmeno psicossomtico posteriormente estudado pelo fisiologista Cannon W. B. (1942) nas suas descries da relao crebro - emoo.As prticas mgicas e simpatias em seus aspectos sociais e psicolgicos esto entre os objetos de estudo de Mauss, que mais produziram ecos e at hoje permanecem na lista de interesses do antroplogo voltado para as questes do processo sade doena, repleto de excelentes descries obras clssicas com Bruxarias, Orculos e Magia entre os Azande de E. E. Evans-Pritchard com sua cuidadosa descrio da farmacopia mgica e outras caractersticas religioso-tnicas desses povos da frica Central ou Pensamento Selvagem de Claude Levi-Strauss, que nos prope um caminho da compreenso do pensamento mgico e mitologia a partir da comparao das operaes deste com o pensamento cientfico delimitando suas relaes com a intuio sensvel, predominante nas analogias do primeiro, e com a percepo observao na lgica do pensamento cientfico.Tambm objeto da antropologia mdica o modo como se formam os distintos agentes de cura, o modo como estes modificam a realidade institucional/ cultural em distintos pases e organizaes scio-econmicas e o modo como se produzem e distribuem (consomem) aes e servios de sade, alis a OMS, Organizao Mundial de Sade, tem estimulado desde sua fundao a associao das medicinas tradicionais prestao de servios primrios de sade a exemplo da bem sucedida criao dos mdicos de ps descalos na China.Antropologia da Sade no Brasil[editar | editar cdigo-fonte]Pesquisas sobre as contribuies da antropologia Medicina, Fisioterapia, Psicologia / Psicanlise, Enfermagem, Odontologia e outras reas da sade em estudos especficos sobre essa produo em peridicos e congressos cientficos nos revelam que o Brasil, centenas de estudos exploram as relaes entre sade, doena e cura na religiosidade popular, nos sistemas etnomdicos indgenas e religies - medicinas de matriz africana (candombls e prticas mdico religiosas de afro-descendentes) versam sobre representaes do corpo e cuidados corporais, categorias de alimentao, condies de vida da classe trabalhadora, sade mental e mesmo sobre as prticas mdicas alternativas ou complementares.Os estudos mais antigos tentam relacionar as prticas populares (folclore) s tradies formadoras de nossa cultura, analisando inicialmente segmentos tnicos e a cultura no meio rural e os estudos mais recentes, voltam-se para o meio urbano e as distintas classes sociais que caracterizam os conflitos da sociedade capitalista em transformao. As pesquisas mais recentes tendem a integrar as teorias que do conta dos dados etnogrficos (o particular) ao processo socioeconmico e cultural mais amplo (o geral) (Canesqui, 94; Queiroz; Canesqui, 86).Bibliografia[editar | editar cdigo-fonte] Canesqui, Ana Maria. Notas sobre a produo acadmica de antropologia e sade na dcada de 80. in: Alves, P.C.; Minayo, M.C.S. (org.) Sade Doena, um olhar antropolgico. RJ, FIOCRUZ, 1994 Evans Pritchard, E.E. Bruxarias, Orculos e Magia entre os Azande, RJ, Zahar, 1978 Helman, Cecil G. Cultura, sade e doena Porto Alegre, Artmed, 2009. ISBN 978-85-363-1795-3 Laplatine, Franois. Antropologia da Doena. SP, Martins Fontes, 1991 Levi-Strauss, Claude. Pensamento Selvagem SP, Cia Ed Nacional, 1976 Luz, Madel T. Natural, Racional, Social; Razo Mdica e Racionalidade Cientfica Moderna, Rio de Janeiro, Ed. Campus, 1988 McElroy, A. "Medical Anthropology", in D. Levinson & M. Ember, Encyclopedia of Cultural Anthropology. New York 1996 PDF Acesso Dez. 2014 OMS Organizacion Mundial de La Salud. Atencion primaria de salud. La experincia china, Informe de um seminrio iterregional. Ginebra, OMS, 1984 Kleinman, Arthur Concepts and a Model for the comparison of Medical Systems as Cultural Systems. IN: Currer,C e Stacey,M / Concepts of Health, Illness and Disease. A Comparative Perspective, Leomaington 1986 Queiroz, Marcos S.; Canesqui, Ana M. Contribuies da antropologia medicina: Uma reviso de estudos no Brasil. Revista de Sade Pblica, SP, v 20 (2); 141-151, 1986 Uchoa, Elizabeth; Vidal, Jean Michel. Vidal Antropologia Mdica: Elementos conceituais e metodolgicos para uma abordagem da sade e da doena. CAD. Sade Pblica, RJ, 10 (4); 497-404, out-dez,1994 So Paulo, Fernando. Linguagem mdica popular no Brasil; 2v. Rio de Janeiro: Barretto, 1936.

Mscara africana da Costa do MarfimVer tambm[editar | editar cdigo-fonte] Etnomedicina Medicina indgena Medicina tradicional Medicina tradicional chinesa Mdicos de ps descalos Histria da medicina Medicina Ayurveda Antropologia mdica Direito consuetudinrio/ Costumes Plantas medicinais / Relao de espcies (farmacopeia)Ligaes externas[editar | editar cdigo-fonte] Associao Brasileira de Etnopsiquiatria Revista de Psicoanlisis y Cultura Racionalidades Mdicas Comunidade Virtual de Antropologia Histria, Cincias, Sade Manguinhos Sociedade Brasileira de Histria da Medicina (SBHM) WHO / Fact sheet - Traditional Medicine Society for Medical Anthropology Um estudo sobre as religies afro-brasileiras e a Sade Coletiva - SUS La coleccin de libros electrnicos de Antropologa Mdica de 'Publicacions URV REDAM Red Latina de Antropologa Mdica

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