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Alana Aline Aluiziane Ernesto Rebecca ANTROPOLOGIA FORENSE

Antropologia forense

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Page 1: Antropologia forense

AlanaAlineAluizianeErnestoRebecca

ANTROPOLOGIA FORENSE

Page 2: Antropologia forense

“A Antropologia Forense é uma especialidade dentro da Medicina Legal que aplica os métodos da antropologia física e arqueologia para coleta e análise de evidências legais a partir de restos humanos, buscando estabelecer a identidade do sujeito através da individualização de características intrínsecas à situação.”

Page 3: Antropologia forense

Conceito

Conjunto de caracteres que individualiza uma pessoa ou

uma coisa, fazendo-a distinta das demais

É um elenco de atributos que torna alguém ou alguma coisa

igual apenas a si próprio

IDENTIDADE

Page 4: Antropologia forense

Objetiva: permite-nos afi rmar tecnicamente que

determinada pessoa é ela mesma por apresentar um

elenco de elementos positivos e mais ou menos

perenes que a faz distinta das demais

Subjetiva: é a sensação que cada indivíduo tem de

que foi, é e será ele mesmo, ou seja, a consciência da

sua própria identidade, ou do seu “eu”.

IDENTIDADE

Page 5: Antropologia forense

Processo pelo qual se determina a identidade de uma

pessoa ou uma coisa, ou um conjunto de esforços

cuja finalidade é levantar uma identidade.

Identificar uma pessoa é determinar uma

individualidade e estabelecer caracteres e conjunto

de qualidades que a fazem diferente de todas as

outras e igual apenas a si mesma.

Valor da identificação

IDENTIFICAÇÃO

Page 6: Antropologia forense

Técnica da perícia

Primeiro registro: dispõe-se de certos caracteres imutáveis

do indivíduo, e que possam distingui-los dos outros

Segundo registro: faz-se um novo registro dos mesmos

caracteres, comparando-o com o anterior

Identificação propriamente dita: nega-se ou afirma-se a

identidade procurada, comparando os dois primeiros

registros

IDENTIFICAÇÃO

Page 7: Antropologia forense

Os fundamentos que qual ifi cam ou que preenchem as condições para o

método de identifi cação ser considerado aceitável são:

Unicidade ( individual idade): determinados elementos que são específi cos

daquele indivíduo e diferentes dos demais

Imutabi l idade: são as característ icas que não mudam e não se alteram ao

longo do tempo

Perenidade: elementos que permanecem durante toda a vida, e até após a

morte

Praticabi l idade: processo que é prático/simples na obtenção de no

registro dos caracteres

Classifi cabi l idade: permite metodologia no arquivamento, assim como,

rapidez e faci l idade

FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS OU TÉCNICOS

Page 8: Antropologia forense

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Page 9: Antropologia forense

Identificação médico-legal

Identificação judiciária ou policial

IDENTIFICAÇÃO

Page 10: Antropologia forense

Processo efetuado por peritos em identificação

Independe de conhecimentos médicos

Fundamenta-se no uso de dados antropométricos e

antropológicos

Útil para identidade civil e caracterização de

criminosos

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 11: Antropologia forense

Processos antigos

Ferrete

Mutilação

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 12: Antropologia forense

Assinalamento sucinto: estatura, cor dos olhos, raça, cor dos cabelos, idade

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 13: Antropologia forense

Fotografia simples Incovenientes: dificuldade de classificação, alterações dos

traços fisionômicos no decorrer dos anos, problema de sósias

(fotos da turma)

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 14: Antropologia forense

Retrato falado

Baseados na memória humana

Formar uma fisionomia -> coincidir com o real

Cabelo, cor do olho, forma e dimensão do nariz,

configuração do crânio, lábios, queixo, sobrancelhas,

bigode

Não inserido como meio de prova

Útil no sentido de apontar indivíduos suspeitos

Pode ser feito por meio artístico, ident-kit, photo-kit

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 15: Antropologia forense

Retrato falado

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 16: Antropologia forense

Sistema antropométrico de Bertillon Sistema geométrico de Matheios Sistema dermográfi co de Bentham Sistema craniográfico de Anfosso Sistema Otométrico de Frigério Sistema oftométrico de Capdeville Sistema oftalmoscópico de Levinsohn Sistema radiológico de Levinsohn Sistema Flebográfico de tamassia Sistema flebográfico de Ameuille Sistema palmar de Stockes e Wild Registro inicial de identifi cação (RN) Fotografi a Sinalética

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 17: Antropologia forense

“Fotografia sinalética: é uma forma de identificação. Eita... Filosofei!!!”

(Aluiziane)

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Page 18: Antropologia forense

Sistema dactiloscópico de Juan Vucetich

Método exclusivo e mais eficiente de identidade -> impressão

digital genética do DNA

Dactiloscopia:

Desenho digital: conjunto de cristas e sulcos que existem nas

polpas dos dedos

Impressão digital: ajuntamento de linhas brancas e pretas sobre

determinado suporte

Três sistemas lineares: Nuclear, basilar e marginal

Delta: ângulo formado pelo encontro dos três sistemas

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 19: Antropologia forense
Page 20: Antropologia forense

Sistema dactiloscópico de Juan Vucetich

Quatro tipos fundamentais:

Verticilo

Presilha externa

Presilha interna

Arco

Importante: apresenta unicidade, praticabilidade,

imutabilidade, classificabilidade. Exceto: perenidade.

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

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Page 22: Antropologia forense

(imagem elvis)“isso ai é uma casca de cebola”

(Aluiziane)

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

Page 23: Antropologia forense

Sempre fe i t a po r l eg i s tas

Pode se r e fe tuada quanto a :

Raça

Sexo

Idade

Estatura

Sinais individuais

Malformações

Sinais profi ssionais

Tatuagem

Cicatr izes

Identifi cação pelos dentes

Palatoscopia

Quei loscopia

Identifi cação por superposição de imagens

Identifi cação pelo pavi lhão auricular

Identifi cação por radiografi as

Superposição craniofacial por vídeo

Impressão digital genética do DNA

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 24: Antropologia forense

• Raça

Tipos étnicos fundamentais: caucásico, mongólico, negroide,

indiano, australoide

Elementos de caracterização racial

Forma do crânio

Índice cefálico

Índice tibiofemoral

Índice radioumeral

Ângulo facial: sua importância está na determinação do prognatismo,

constituindo-se num valioso elemento da distinção racial

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 25: Antropologia forense

• Sexo

Morfológico: fenótipo do indivíduo

Cromossomial: pela avaliação do cariótipo: 46XX (mulher); 46XY (homem)

Gonadal: ovários e testículos

Cromatínico: corpúsculos de Barr (positivo: feminino; negativo: masculino)

Sexo da genitália interna: desenvolvimento de ductos de Müller (feminino); ductos

de Wolff (masculino)

Sexo da genitália externa: pênis e escroto; vulva, vagina e mamas

Sexo de identifi cação (psíquico ou comportamental): é aquele cuja identifi cação o

indivíduo faz de si próprio e que se refl ete no comportamento (sexo moral)

Sexo jurídico: designado no registro civil

Sexo médico-legal: é aquele constatado numa perícia médica nos portadores de

genitália dúbia ou sexo aparentemente duvidoso

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 26: Antropologia forense

Sexo

Fácil diferenciação: pessoa viva ou morta recentemente

Situações complicadas:

Cadáver mutilado ou em estado avançado de putrefação:

abertura da cavidade abdominal -> presença de útero e ovários

ou próstata

Esqueleto: discriminação dos ossos (crânio, mandíbula, tórax,

pelve)

Estados intersexuais e no pseudo-hermafroditismo: pesquisa de

cromatina sexual e do corpúsculo de Barr

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 27: Antropologia forense

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Page 28: Antropologia forense

• Idade Vida intrauterina: aspecto morfológico do feto ou embrião, pela

estatura e por raio-X Pós nascimento (vivo, morto, esqueleto):

Aparência Pele Pelos Globo ocular Dentes (a partir de 5 meses: cronologia de erupção dentária) Radiografia dos ossos Suturas do crânio Ângulo mandibular

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 29: Antropologia forense

• Estatura

No vivo: indivíduo em perfeita posição de verticalidade

Cadáver: régua especial, em que hastes tocam ponto mais alto

da cabeça e face inferior do calcanhar

Somente ossos longos: estatura baseada nas tabelas de Étienne-

Rollet, Lacassagne e Martin, entre outros

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 30: Antropologia forense

• Sinais individuais

Servem para identificar ou excluir uma pessoa

Todo sinal apresentado por alguém é útil na busca da

identificação

Manchas, verrugas, nevos

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 31: Antropologia forense

• Malformações Lábio leporino Pé torto Mama supranumerária Desvio de coluna Polidactilia Sindactilia

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 32: Antropologia forense

• Sinais profissionais Características deixadas por um tipo de trabalho

Calosidade -> sapateiro e alfaiate Alterações das unhas -> fotógrafos e tipógrafos Calo dos lábios -> trompetistas e sopradores de vidro

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 33: Antropologia forense

• Tatuagem

“Cicatrizes que falam” (Lacassagne)

Motivo de escolha:

Amoroso

Político

Profissionais

Históricos

Afetivos

Religiosos

Patrióticos

Imorais

Acidentais

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 34: Antropologia forense

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Page 35: Antropologia forense

• Cicatrizes Forma, região, dimensões, colorido, resistência, mobilidade Importância: identificação e fatos ocorridos anteriormente Podem ser:

Traumáticas: agente mecânicos, queimaduras, agentes cáusticos Patológicas: vacinas e varíola Cirúrgicas

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 36: Antropologia forense

Identificação pelos dentes

Identificação de carbonizados e esqueletizados

Necessário ficha dentária anterior

Importante: localização de cáries, escurecimento dos

dentes (fumantes), aparelhos ortodônticos ou próteses,

detalhe de restauração, cimentose, erosão, arco dentário,

impressões dentárias deixadas no corpo da vítima ou do

agressor.

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 37: Antropologia forense

Palatoscopia

Inspeção das pregas palatinas transversas encontradas na

abóbada da boca

Ficha palatoscópica (material plastiforme) -> adere a toda a

mucosa palatina -> vestígios registrados nas fichas ->

Impressão palatina

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 38: Antropologia forense

Queiloscopia

Utiliza sulcos da estrutura anatômica dos lábios, por meio

de:

Pintura ou batom comum: impressões visíveis

Impressões deixadas pelos lábios cobertos apenas pela saliva:

impressões latentes

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 39: Antropologia forense

Identificação por superposição de imagens

Superposição de negativos de fotos do indivíduo tiradas em

vida sobre as do esqueleto do crânio

Não é de grande segurança

Quando outros métodos falharem

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 40: Antropologia forense

Identificação por radiografias

Por falta de opções confiáveis

Comparação de radiografias antigas com as obtidas do

indivíduo questionado

O tempo decorrido entre uma e outra não tem muita

importância

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 41: Antropologia forense

Impressão digital genética do DNA

Investigação de paternidade e identificação criminal

Uso de marcadores genéticos e de aplicação do

polimorfismo do DNA

Técnica sofisticada

Manchas de sangue, sêmen, pelos, saliva e partes

cadavéricas podem ser objetos de identificação dos

indivíduos

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Page 42: Antropologia forense

“De fato, há uma eloquência silenciosa na mudez do

cadáver.”

(Genival Veloso)

Page 43: Antropologia forense

FRANÇA, Genival Veloso de . Medicina legal. 9. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan. 2011.

Francisco RA, Velloso APS, Silveira TCP, Secchieri JM, Guimarães MA. Antropologia forense no Centro de Medicina Legal da FMRP/USP, estudo comparativo de casos de 1999-2009. in Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. 2011. Disponível em: <http://www.fmrp.usp.br/revista>

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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