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Ponto de Vista Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano ISSN 1415-8426 ANTROPOMETRIA EM BIOMECÂNICA: CARACTERÍSTICAS, PRINCÍPIOS E MODELOS ANTROPOMÉTRICOS. ANTHROPOMETRY AND BIOMECHANICS: CHARACTERISTICS, PRINCIPLES AND ANTHROPOMETRIC MODELS. ABSTRACT Due to the importance of the inter and multidisciplinarity in the complex analysis of human movement and in order to seek the approximation of Cineanthropometry and Biomechanics, through anthropometry, this revision study was made in order to present the historical evolution of anthropometry and the theoretical presupposition of its anthropometric models; to present anthropometry as a measuring method in biomechanics; to describe the role and reach of anthropometry in biomechanics by discussing some applications and its contributions. Initially, a study of the historical and conceptual aspects is made and the anthropometric models that characterize and present their theoretical presuppositions and limitations are presented. Secondly, anthropometry is analyzed in the context of the different measuring methods in biomechanics, studying their insertion in the analysis process of human movement as a prerequisite of cinemetry and dynamometry as well as synchronized analysis. What follows then, is a reflection of the role and reach of anthropometry in the analysis of movement, exemplifying them in different studies and identifying their contribution, respectively. At last, some considerations resulting from this reflection are presented, where the development stages of the anthropometric models and the constant pursuit for improvement in the last years are confirmed by using more and more sophisticated techniques. Key words: anthropometry, biomechanics, kinanthropometry Sebastião Iberes Lopes Melo 1 Saray Giovana dos Santos 2 1 Prof. Doutor, CEFID/UDESC. 2 Profª NuPAF/DEF/CDS/UFSC - Doutoranda em Ergonomia. RESUMO Face à importância da inter e da multidisciplinariedade na complexa análise do movimento humano e no intuito de buscar a aproximação da Cineantropometria e da Biomecânica, através da antropometria, realizou-se este estudo de revisão com o objetivo de apresentar a evolução histórica da antropometria e os pressupostos teóricos de seus modelos antropométricos; apresentar a antropometria enquanto método de medição em biomecânica; descrever o papel e o alcance da antropometria na biomecânica comentando algu- mas aplicações e suas contribuições. Inicialmente se faz uma abordagem dos aspectos históricos, conceituais e são apresentados os modelos antropométricos caracterizando-os e apresentando seus pressupostos teóri- cos e limitações; num segundo momento a antropometria é analisada no contexto dos diferentes métodos de medição em biomecânica, estudando sua insersão no processo de análise do movimento humano tanto como pré-requisito da cinemetria e da dinamometria como na análise sincronizada. Segue então, uma reflexão sobre o papel e o alcance da antropometria na análise do movimento, exemplificando-os com diferentes estudos e identificando suas respectivas contribuições; por fim são apresentadas algumas considerações resultantes desta reflexão, onde se constata o estágio de desenvolvimento dos modelos antropométricos e a busca constante do aprimoramento nos últimos anos, utilizando-se técnicas cada vez mais sofisticadas. Palavras-chave: antropometria, biomecânica, cineantropometria. Volume 2 – Número 1 – p.97-105– 2000

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Ponto de Vista

Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano ISSN 1415-8426

ANTROPOMETRIA EM BIOMECÂNICA: CARACTERÍSTICAS,PRINCÍPIOS E MODELOS ANTROPOMÉTRICOS.

ANTHROPOMETRY AND BIOMECHANICS: CHARACTERISTICS, PRINCIPLES ANDANTHROPOMETRIC MODELS.

ABSTRACT

Due to the importance of the inter and multidisciplinarity in the complex analysis of human movementand in order to seek the approximation of Cineanthropometry and Biomechanics, through anthropometry, thisrevision study was made in order to present the historical evolution of anthropometry and the theoreticalpresupposition of its anthropometric models; to present anthropometry as a measuring method in biomechanics;to describe the role and reach of anthropometry in biomechanics by discussing some applications and itscontributions. Initially, a study of the historical and conceptual aspects is made and the anthropometric modelsthat characterize and present their theoretical presuppositions and limitations are presented. Secondly,anthropometry is analyzed in the context of the different measuring methods in biomechanics, studying theirinsertion in the analysis process of human movement as a prerequisite of cinemetry and dynamometry as wellas synchronized analysis. What follows then, is a reflection of the role and reach of anthropometry in theanalysis of movement, exemplifying them in different studies and identifying their contribution, respectively. Atlast, some considerations resulting from this reflection are presented, where the development stages of theanthropometric models and the constant pursuit for improvement in the last years are confirmed by using moreand more sophisticated techniques.

Key words: anthropometry, biomechanics, kinanthropometry

Sebastião Iberes Lopes Melo1

Saray Giovana dos Santos2

1 Prof. Doutor, CEFID/UDESC.2 Profª NuPAF/DEF/CDS/UFSC - Doutoranda em Ergonomia.

RESUMO

Face à importância da inter e da multidisciplinariedade na complexa análise do movimento humanoe no intuito de buscar a aproximação da Cineantropometria e da Biomecânica, através da antropometria,realizou-se este estudo de revisão com o objetivo de apresentar a evolução histórica da antropometria e ospressupostos teóricos de seus modelos antropométricos; apresentar a antropometria enquanto método demedição em biomecânica; descrever o papel e o alcance da antropometria na biomecânica comentando algu-mas aplicações e suas contribuições. Inicialmente se faz uma abordagem dos aspectos históricos, conceituaise são apresentados os modelos antropométricos caracterizando-os e apresentando seus pressupostos teóri-cos e limitações; num segundo momento a antropometria é analisada no contexto dos diferentes métodos demedição em biomecânica, estudando sua insersão no processo de análise do movimento humano tanto comopré-requisito da cinemetria e da dinamometria como na análise sincronizada. Segue então, uma reflexãosobre o papel e o alcance da antropometria na análise do movimento, exemplificando-os com diferentesestudos e identificando suas respectivas contribuições; por fim são apresentadas algumas consideraçõesresultantes desta reflexão, onde se constata o estágio de desenvolvimento dos modelos antropométricos e abusca constante do aprimoramento nos últimos anos, utilizando-se técnicas cada vez mais sofisticadas.

Palavras-chave: antropometria, biomecânica, cineantropometria.

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INTRODUÇÃO

Hoje, mais do que nunca, a inter e amultidisciplinariedade são requisitos indispen-sáveis na complexa análise do movimento hu-mano.

Neste sentido existe a necessidade daconvergência de esforços dos responsáveispara que as diferentes áreas de pesquisa e seuspesquisadores sejam “grandes” o suficientepara compreender a importante contribuição decada área/disciplina no desvendar dos mistéri-os da organização e manifestação motora.

Em uma análise temporal daantropometria e suas interfaces com aBiomecânica e Cineantropometria, podem serconsiderados diferentes parâmetros comum emambas. Na cronologia, parte-se da semânticada palavra, seguindo-se então para a sua evo-lução histórica, finalidades, características eaplicações.

Muito embora à antropometria tenhasua sustentação feita modernamente, a histó-ria mostra, ser antiga a preocupação do homemem mensurar o corpo, e, ao longo do tempo asproporções do corpo foram estudadas por filó-sofos, artistas, teóricos, e arquitetos.

No que diz respeito a atuação integra-da de diferentes profissionais na área daantropometria, De Rose, et al. (1984, p. 11) ci-tam que “ no Congresso Internacional da Ciên-cias da Atividade Física, realizado em Montrealem 1976, foi feita uma tentativa para que os es-pecialistas interessados no estudo do ser hu-mano em função do movimento – biometristas,antropólogos, biólogos e biotipologistas, fossemreunidos em uma nova disciplina; e, ainda, fa-lam do desenvolvimento da Cineantropometria”.

A importância desta aproximação, tam-bém se justifica na colocação de Matsudo (1983),quando se refere que a avaliação antropométricaapresenta potencial de informações valiosas,particularmente no que se refere à predição eestimação de vários componentes do corpo, poismuitos estudos são realizados no sentido de es-tabelecer padrão para avaliar crescimento, apti-dão física e saúde, entre outros.

Por fim, para enfatizar o papel daantropometria na Biomecânica e naCineantropometria, destaca-se a necessidadede trabalhos que abranjam e relacionem mutu-amente os aspectos antropométricos e

biomecânicos com as características pessoaisdos indivíduos, tais como faixa etária, estadosde crescimento e desenvolvimento, atividadesfísicas desportivas entre outras.

Assim sendo, este trabalho de revisão,tem por objetivo apresentar a evolução históri-ca da antropometria e os pressupostos teóricosde seus modelos antropométricos; caracterizara antropometria enquanto método de mediçãoem biomecânica; descrever o papel e o alcan-ce da antropometria na biomecânica, comen-tando algumas de suas aplicações e suas con-tribuições.

ASPECTOS HISTÓRICOS CONCEITUAISDA ANTROPOMETRIA E SEUS MODELOSDE ESTUDO EM BIOMECÂNICA

Segundo Roebuk, Kroemer e Thomson(1975) a origem da antropologia física é relata-da nas experiências das viagens de Marco Polode 1273 a 1295, as quais revelaram um grandenúmero de raças humanas que se diferencia-vam pelo tamanho do corpo e altura. Segundoeles, os estudos de Linne, Buffon e White, inau-guraram a ciência que foi mais tarde chamadade antropometria racial comparativa. Nela, émostrada a existência de diferentes proporçõescorporais entre as várias raças humanas.

A literatura especializada naCineantropometria e Biometria, dos tratadosmais antigos aos mais recentes, apresenta asua evolução histórica e conceitual, indicandoas mudanças de paradígmas, muito ricas emdetalhes. Neste referencial teórico se tem livros,artigos, monografias, dissertações e teses. Atítulo de ilustração cita-se algumas obras queapresentam estes conteúdos, tais como: Sá(1975); De Rose, Pigatto e De Rose (1984);Beunes e Borms (1990), Petroski (1999),Guedes (1994).

Nestas obras, estão contidas informa-ções desde a origem do termo até relatos dosantecedentes históricos; reportam-se sobre asdiferentes escolas antropométricas, da introdu-ção do termo Cineantropometria, o qual segun-do De Rose, Pigatto e De Rose (1984,p. 11) “foiapresentado pela primeira vez como especiali-dade emergente no Congresso Internacional daCiências da Atividade Física, realizadao emMontreal em 1976”.

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No contexto da biomecânica, a histó-ria da Antropometria, na qual se tenta determi-nar o centro de massa ou de gravidade do cor-po ou de um segmento e o momento principalde inércia, de acordo com Nigg e Herzog (1995)começou com Borelli em 1679, passando porHarless (1860); Braune e Fischer (1889);Weinback em 1938, até Dempster (1955). Sen-do este último, segundo Amadio (1996) o mé-todo mais utilizado em biomecânica e acrescen-ta que, depois de Havanan (1964); Clauser(1969); Hatze (1980); Zatziorsky (1983) e Martin(1989) dentre outros, usaram o método analíti-co para o mesmo fim.

Portanto, na Biomecânica, a evoluçãohistórica da antropometria está associada àevolução de seus métodos de investigação paraa determinação das características e proprie-dades da massa corporal humana.

Do ponto de vista teórico, aantropometria em biomecânica se vale de mo-delos que possam representar o corpo huma-no, e independente do modelo adotado, estesdevem possibilitar o cálculo de três parâmetrosfundamentais que são: massa, centro de mas-sa (CM), ou centro de gravidade (CG) e mo-mento principal de inércia (I). Segundo Nigg eHerzog (1995), estas três propriedades inerciaissão freqüentemente requisitadas para as análi-ses quantitativas do movimento humano. Paraestes autores tais fundamentos se concentramem considerações teóricas, métodos experimen-tais e métodos teóricos.

Diferentemente, na evolução históricados métodos antropométricos, Zatsiorsky et al.(citado por Sacco, 1995 e Amadio, 1996) clas-sificam estes em categorias e apresentam emforma de tabelas: a) investigações em cadáve-res; b) investigações “in vivo” e investigaçõesanalíticas diretas. Para maiores detalhes, reco-menda-se consultar Sacco(1995) - Tabelas naspáginas 145 e146 e Amadio (1996) – Tabelasnas páginas 52 a 54.

a) Investigações em cadáveres: nes-tes métodos após o fracionamento do corpo emseus segmentos, determinam-se as caracterís-ticas e propriedades da massa corporal huma-na, ou seja, a massa, seu ponto de equilíbrio eo momento de inércia. Apesar destas serem in-vestigações exaustivamente praticadas e seusdados ainda serem muito utilizados, segundoAmadio (1996) a comparação de seus resulta-dos com estudos “ in vivo”, apresenta um alto

grau de dispersão face a fatores como: padrãode segmentação de membros e escolha deamostra em cadáveres, entre outros. Os princi-pais estudos desta categoria foram: Borelli em1979; Meyer em 1863; Weber em 1865; Harlessem 1860; Braune & Fischer em 1889; Fisher em1906; Dempster em 1955; Clauser et al., em1969.

Deste conjunto de estudos, destaca-se como de grande repercussão para a época,os de Braune e Fisher em 1889, que determi-naram os pesos parciais dos segmentos e o CGgeral e relativo ao eixo proximal e distal da arti-culação em termos percentuais. Em 1906,Fischer (citado por Sacco, 1995) utilizando umcadáver masculino determinou o CM, pela téc-nica de suspensão dos segmentos e o CG docorpo pelo método de balanço simples; o mo-mento de inércia pelo método do pêndulo físi-co. Entretanto, nos dias de hoje, os dados quesão mais utilizados foram obtidos por Dempsterem 1955, mesmo que sua amostra não tenhasido tão representativa, pois os cadáveres ana-lisados tínham idades de 52 a 83 anos, commassas entre 49,66 a 72,5 Kg.

b) Investigações “in vivo”: estes tiposde estudos, foram desenvolvidos a partir devários métodos, dentre os quais podem ser ci-tados: pesagem hidrostática, fotogrametria, pên-dulo físico, aceleração de segmentos eradiosótopos, entre outros. Destes métodos, omais comum usado em Cineantropometria é apesagem hidrostática, que segundo Nigg eHerzog (1995), foi desenvolvido por Harless em1860, quando utilizou o método da imersão paradeterminar a massa, a localização do centro demassa e os momentos de inércia dos segmen-tos do corpo.

Mesmo utilizando indivíduos vivos, se-gundo Rodrigues et al. (1998) a maioria dospesquisadores ainda se baseia em valores mé-dios de dados de densidade corporal obtidosem cadáveres, cujas limitações se devem àamostra limitada de adultos homens idosos, oque segundo Amadio (1996) não representa ossujeitos comumente estudados emBiomecânica.

Diversos métodos foram desenvolvi-dos, objetivando quantificar as característicase propriedades da massa em indivíduos vivos,dentre os quais lista-se, conforme cita Sacco(1995, p. 146), os seguintes: Meyer em 1863;Fisher em 1906; Scheidt em 1922; Basler em

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1930; Bernstein em 1930; Dempster em 1955;Barter em 1957; Hering em 1965; Drillis & Continiem 1966; Bouisset e Pertuzon em 1967.

c) Investigações analíticas indiretas:nesta categoria os estudos usam como base pro-cedimentos analíticos para cálculos das carac-terísticas e propriedades inerciais da massa cor-poral, construídos com base em corpos rígidoscom características de sólidos de densidade uni-forme, formas geométricas simples, com seuseixos articulares fixos substituíveis por móveis epermitem simular posições e movimentos huma-nos. De um modo geral aplicam as leis da mecâ-nica na construção de modelos matemáticos docorpo humano, possibilitando assim cálculos demomentos de inércia, translação e rotação docorpo.

Para Amadio (1996) nestas investiga-ções em Biomecânica, são utilizados computa-dores de alta performance para resolver equa-ções matemáticas que representam o movimen-to. Na maioria dos trabalhos de modelagem ma-temática do corpo, adota-se densidades cons-tantes para os segmentos igual à densidade cor-poral, exceto o modelo de Hatze criado em 1980.

Dentre os diferentes modelos desta ca-tegoria, Nigg e Herzog (1995) descrevem o mo-delo de Hanavan, criado em 1964, sendo utiliza-do pela simplicidade de suas formas e equações,que é constituído de 15 segmentos cujas for-mas geométricas consistem em cilindros, cones

truncados e elipsóides, baseado em 25 medidasantropométricas de indivíduos vivos tomadasexperimentalmente. Nesta concepção, estes só-lidos possuem densidade uniforme, cuja distri-buição de massa em cada parte do modelo seaproxima aos valores obtidos em cadáveres, porDempster em 1955. Existem também modelosmais complexos, cujas formas são muito próxi-mas das humanas, como o de Hatze criado em1980, que consiste de um modelo físico-mate-mático baseado em 242 medidasantropométricas, para definir as formas combi-nadas, de 17 segmentos corporais; na definiçãodeste modelo, Hatze usou quatro sujeitos paratestá-lo e obteve um erro de medida variando de0.26% a 0,52%. Os referidos modelos apresen-tam-se na Figura 1.

Um dos modelos antropométricos inte-ressante pela sua concepção é o de Jensen, noqual o corpo humano é modelado usando zonaselípticas descobertas em estudos de 1976, 1978,1986 e 1989. Nestes estudos, Nigg e Herzog(1995) citam a utilização do métodofotogramétrico, no qual o corpo é seccionado noplano transversal, em zonas de dois em dois cen-tímetros e é representado em 16 segmentos,conforme o modelo de Jensen de 1978, mostra-do na Figura 1. Neste método, a divisão dos seg-mentos foi baseada nos procedimentos descri-tos por Dempster em 1955, mas com modifica-ções do corte no plano transversal.

Figura 1 – Evolução de modelos antropométricos biomecânicosFonte: Amadio (1996, p. 51)

WHITSETT(1963)

JENSEN (1981)HANAVAN(1964)

ZATSIORSKY (1984)

HATZE (1964)

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Outro modelo antropométrico do cor-po humano, foi o desenvolvido por Zatsiorsky eSeluyanov em 1983. Este é um modelo mate-mático sofisticado que mede a absorção dosraios pelos tecidos e determina a distribuiçãode massa e densidade dos segmentos. No de-senvolvimento do método, os autores mediram100 sujeitos usando a técnica de escaneamentopor raios gama, cujos resultados das massasegmentares são semelhantes aos dados obti-dos por Dempster em 1955, exceto para a coxa,na qual a densidade foi considerada alta (Nigg& Herzog, 1995).

A ANTROPOMETRIA NO CONTEXTO DOSMÉTODOS DE MEDIÇÕES EMBIOMECÂNICA

A biomecânica, por se tratar de umadisciplina que segundo Amadio (1996), depen-

Fonte: Amadio e Serrão (1997, p. 55)

Na complexa análise do movimentohumano, estes métodos, dependendo do temaestudado, podem ser utilizados isoladamente ouem conjunto, mediante sistemascomputadorizados que possibilitam aquisição dedados de forma sincronizada. Dentre estes sis-temas podem ser citados, o Peak Motus e oSpica.

de basicamente de resultados experimentais, éessencial que esta apresente uma grande pre-ocupação nos seus métodos de medição e se-gundo ele, somente desta forma, torna-se pos-sível buscar métodos e medidas mais acuradase precisas para a modelagem do movimentohumano.

Assim os métodos utilizados pelabiomecânica para abordar movimento humanosão: antropometria, cinemetria, dinamometria eeletromiografia (Winter, 1979; Baumann, 1995;Amadio, 1996), também como suporte para es-tes, ocorre a aplicação dos conhecimentos damicroeletrônica e informática (Melo, 2000).

Segundo Amadio (1996), utilizando-sedestes métodos, o movimento pode ser descri-to e modelado matematicamente, permitindo amaior compreensão dos mecanismos internosreguladores e extensores de movimento, con-forme ilustrado na Figura 2.

FIGURA 2 - Áreas para complexa análise Biomecânica do movimento humano, segundo Baumann (1995).

Neste tipo de intervenção, os dadosmedidos antropométricos são utilizados, princi-palmente, como elementos importantes na de-finição de modelos antropométricos a seremutilizados pela cinemetria, quando dapersonalização do sujeito analisado, para pos-sibilitar o cálculo das variáveis cinemáticas re-presentativas do movimento, tais como: deslo-

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Cinemetria Dinamometria Antropometria EMG

Posição e orientaçãodos

segmentos coporais

Forças externase

distribuição de pressão

Parâmetros parao

modelo corporalAtividade Muscular

Modelo Modelo

Forças de gravitaçãoEnergia mecânica

Inércia

Momentos líquidose

forças internas

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camentos, trajetórias, velocidades, acelerações,todos lineares e angulares.

PAPEL E ALCANCE DA ANTROPOMETRIADA BIOMECÂNICA NA ANÁLISE DOS MOVI-MENTOS BIOMECÂNICOS: APLICAÇÕES ECONTRIBUIÇÕES.

De forma análoga, ao que acontece naCineantropometria, onde a Antropometria apre-senta várias contribuições em diferentes cam-pos de aplicação, desde a análise das propor-ções dos tecidos que integram à composiçãocorporal, passando pelo estudo de parâmetrosde crescimento e desenvolvimento humano, atéa seleção e análise do desempenho atléticodesportivo. Na biomecânica não é diferente,neste sentido, Winter (1990) realizou estudospara verificar o alcance da Antropometria emmovimentos biomecânicos e constatou que elaé o maior braço ou ramificação da antropolo-gia, tanto que estudos premeditados de materi-al medido no corpo humano são realizados paradeterminar diferenças em indivíduos ou grupos,em termos de características de raça, sexo, ida-de e espécie de formação. Contudo, mais re-centemente, o maior impulso tem caminhado nadireção do desenvolvimento tecnológico com oobjetivo de adequar cada vez mais homem emáquina.

A partir das colocações de Winter(1990), os movimentos humanos detalhados,passaram ser analisados com precisão, reque-rendo para isso medições cinéticas, igualmen-te: massas, momentos de inércia e suas locali-zações, começando aí as modificações do co-nhecimento do saber relativo à junção da maté-ria no centro de rotação, a origem e a inserçãodos músculos, os ângulos, os esforços de tra-ção dos tendões, a extensão e cruzamentoseccional da área muscular, a densidade dossegmentos de massa e centro de massa do sis-tema multissegmentar.

Especialmente, na Biomecânica, aAntropometria, preocupa-se com a determina-ção das características e propriedades do apa-relho locomotor, como as dimensões e formasgeométricas do corpo e de seus diferentes seg-mentos, distribuição de massas, braços de ala-vancas, posições articulares, entre outros, naconfecção de um modelo antropométrico, con-tendo parâmetros necessários para a constru-ção e representação biomecânica da estruturaanalisada. Como analogia, respeitando-se as

especificidades das áreas, cita-se o modelo de“phanton” que também serve como um modeloreferencial.

Neste particular o alcance daAntropometria, na análise do movimento emBiomecânica, caracteriza-se pela possibilidadede utilizar estes modelos para representar ocorpo humano, personalizando-se matematica-mente assim um modelo físico-geométrico quemelhor se adeqüe à tarefa a ser analisada.

Acrescenta-se que a literatura apre-senta diferentes modelos que diferem quantoao número de segmentos que fracionam o cor-po, as formas geométricas que adotam na re-presentação destes segmentos e aos procedi-mentos matemáticos utilizados, os quais conhe-cidos os deslocamentos segmentares podemser derivadas suas velocidades e aceleraçõeslineares e angulares.

Sabendo das possibilidades de cadamodelo, Zatsiorky et al.(citado por Rodrigues etal., 1998), afirmam que os resultados obtidos,nestas análises, a partir de diferentes modelosantropométricos oscilam de 30% a 100% nosvalores dos movimentos cinéticos encontrados.Sendo assim, a escolha do modeloantropométrico é um fator determinante no su-cesso da análise biomecânica.

Para ilustrar o papel da Antropometriana Biomecânica, destacamos alguns estudos,realizados especificamente no Brasil, que alémda exemplificação servem para mostrar o esta-do de arte da Antropometria inerente aBiomecânica, tais como: Machado (1994) emsua dissertação de mestrado, analisou as ca-racterísticas dinâmicas do caminhar humano,em função dos diferentes tipos de calçados. Noestudo utilizou medidas antropométricas do pé,sendo algumas padronizadas por diferentes au-tores e outras pelo LAPEM/CEFD/UFSM, ob-tendo-se: 9 comprimentos, 12 perímetros, 9 lar-guras e 14 alturas. Este estudo, assim como osdesta linha, contribuíram para demonstrar queo padrão da caminhada tem relação com o pro-cesso de adequação do pé ao calçado utiliza-do.

Corrêa et al. (1995) compararam resul-tados da energia mecânica (cinética, potenciale rotacional) de diferentes segmentos e o totalexterno, interno e energia potencial, usando osmétodos antropométricos de Zatsiorsky e o deWinter. A colaboração deste estudo, foi deenfatizar a importância de se conhecer os dife-

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rentes modelos antropométricos e suas capaci-dades no cálculo de energia, reconhecendo oque melhor se adeqüe ao tipo de estudo.

Ramiro et al. (s/d) apresentam um guiade recomendações para o modelo de calçados,no qual dedica um capítulo referente à utiliza-ção da antropometria para a determinação demedidas e parâmetros dimensionais do pé. Esteconjunto de medidas (comprimentos, alturas elarguras) é utilizado para a definição da formautilizada na construção de calçados.

Wieczorek, Duarte e Amadio (1997),avaliaram a força de reação do solo durante aexecução do movimento básico de step e iden-tificaram o seu padrão. A Antropometria nesteestudo foi utilizada para selecionar uma amos-tra homogênea, em função do comprimento dosmembros inferiores e massa.

Gonçalves e Cerqueira (1997) analisa-ram eletromiograficamente os músculos reto doabdome, oblíquo externo do abdome, eretor daespinha, bíceps da coxa e reto da coxa duranteo levantamento manual de carga a partir de di-ferentes posições. Neste estudo, aAntropometria contribuiu no sentido de deter-minar a intensidade da carga de trabalho emfunção da massa de cada sujeito, a qual nãodeveria exceder a 25%.

Corrêa et al. (1997) descreveram eanalisaram as diferenças entre o andar no pisofixo e na esteira rolante em termos de variaçãode energia mecânica e das variáveiscinemáticas que contribuem para esta variação.Para a utilização da cinemetria, foi utilizado omodelo antropométrico de Dempster, o qual sebaseia em 13 segmentos corporais, mensuradosem 17 pontos. Neste estudo a Antropometriacontribuiu como suporte à cinemetria, na defini-ção do modelo utilizado no cálculo da variáveiscinemáticas.

Manfio e Ávila (1997), destacaram a im-portância da fabricação de calçados com perfisdiferenciados, para cada numeração. Os perfisencontrados foram mediante a utilização de me-didas antropométricas nas variáveis comprimen-to do pé, perímetro da cabeça dos metatarsose o número do calçado usado pelos sujeitos. Arelevância deste estudo foi de propor à indús-tria calçadista parâmetros para a construção decalçados que atendam a variabilidade das di-mensões do comprimento, da altura e da largu-ra do pé do brasileiro.

Barros e Perin (1997) analisaram a hi-pótese da força ou endurance da musculatura

agonista responsável pelo flexionamento dotronco sobre as pernas influenciar a capacida-de de mobilidade articular do quadril. Os indi-cadores antropométricos de altura do tronco;comprimento das pernas sentado; alcance má-ximo sentado dos dactilóides com o troncofletido sobre as pernas com relação ao planovertical plantar, permitem verificar o desempe-nho do teste, aplicando estes dados na equa-ção criada por Barros em 1995, para medir acapacidade articular do quadril.

Santos e Melo (1997) realizaram umestudo para avaliar a precisão do teste “sentare alcançar de Wells” e propor um método atra-vés de imagens para medição da flexibilidadeda articulação coxo-femural. No experimento, acontribuição da antropometria foi na definiçãodos comprimentos segmentares (tronco, mem-bros inferiores, membros superiores, eixos arti-culares e centro geométrico dos diferentes seg-mentos corporais). Nestes estudos foi verificadaa contribuição dos diferentes segmentos corpo-rais na flexibilidade do testes de “Wells” bemcomo possibilitar medir o verdadeiro ângulo deflexão da articulação coxo-femural.

Rodriguez et al. (1998) desenvolveramuma pesquisa com o objetivo de estabelecer umprotocolo metodológico para avaliação das di-mensões do pé humano. As medidasantropométricas realizadas em ambos os pésforam em termos de: 5 comprimentos, 4 perí-metros, 5 alturas, 4 larguras, além das medidasindiretas do pé (índice do arco longitudinal – 5comprimentos e 3 larguras). Este estudo contri-bui para a indústria calçadista na fabricação decalçados com modelos de pé padrão brasileiro.

Toigo et al. (1999) realizaram um estu-do com o objetivo de investigar se o uso de umou outro tipo de pá para um mesmo remador,utilizando a mesma voga em um barco “skiff”provocaria alterações na técnica da remada.Para o cálculo das variáveis cinemáticas, va-leu-se da Antropometria para a definição dospontos anatômicos (ombro, cotovelo, punho,quadril e joelho) as quais serviram como refe-rência para digitalização da escala métrica. Esteestudo contribui demonstrando que a técnica daremada pode não sofrer alterações quando uti-lizam diferentes tipos de pás de remo e sua re-lação com a adaptação do equipamento paraaqueles atletas que não dispõem de equipamen-to próprio e com diferentes dimensões corpo-rais.

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Munis, Moro e Ávila (1999) realizaramum estudo com o objetivo de comparar a curva-tura vertebral do indivíduo na posição sentadae em pé, a partir da reconstrução tridimensional.Para a reconstrução 3D, foi utilizado o sistemaPeak Motus, e foram demarcados pontosanatômicos para que os sujeitos fossem foto-grafados, sendo: 17 ao longo da coluna verte-bral; um ponto em cada crista ilíaca; no pontomédio entre as espinhas ilíacas e póstero su-perior e nos trocânteros maiores. Este estudodemonstrou que a reconstrução 3D na colunavertebral pode avaliar a coluna em diferentessituações.

Leite et al. (1999) desenvolveram ummétodo para identificar e comparar padrões res-piratórios baseado em uma análise do movimen-to da superfície do tronco. Utilizando a análisecinemática para registrar o movimento nas ins-pirações e expirações, demarcaram 14 pontosantropométricos no tronco do sujeito, no senti-do céfalo-caudal. Este estudo contribuiu mos-trando as alterações nos padrões respiratóriosindicados pela prática de yoga.

Nasser (2000) em sua tese de douto-rado, investigou a conformação externa do arcoplantar longitudinal medial e a distribuição deforças anterior e posterior do pé, em diferentesalturas e ângulos de apoio do calcanhar. Ospontos antropométricos demarcados num totalde 15, possibilitaram a aquisição de dados atra-vés da cinemetria, os quais possibilitaram veri-ficar o modelo que melhor representa o contor-no do arco plantar longitudinal medial. Este es-tudo contribuiu para mostrar que o aumento daaltura dos sapatos (nos calcanhares) provocamodificação no padrão de caminhar, no forma-to da curva do arco plantar e na estabilidade,podendo ou não causar patologias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir das considerações anteriores,torna-se evidente que a antropometria, alémde sua importância na mensuração das medi-das corpóreas é útil na determinação de mode-los antropométricos que facilitem os cálculosrelativos às análises cinemáticas e dinâmicas.

Além dessa importância, Riehle (1976)acrescenta que quando se substitui um corpopelo modelo do Centro de Massa (CM), tem-seas vantagens: a) de que a posição do corpopode ser determinada a qualquer instante pelo

ponto de massa; b) que a movimentação doponto de massa é simples, pois são excluídasas rotações; c) os pontos de atuação das for-ças não precisam, ser investigados, uma vezque todas as forças atuantes deixam se reunirnuma única resultante.

No que diz respeito à utilização daantropometria, constata-se que estes modelossão muitos utilizados para testes de resistênciaao impacto, em diferentes ramos industriais,como exemplo no setor automobilístico, na ae-ronáutica e outras atuações em que a utiliza-ção de indivíduos vivos seja impraticável, ou nãorecomendável.

No desenvolvimento das modernastécnicas para quantificar o movimento humano,a antropometria é importante na definição dosmodelos, principalmente, no que diz respeito aosestudos biomecânicos da musculaturaesquelética, que ainda representam um desa-fio para a biomecânica. Acrescendo aos estu-dos das forças e movimentos de inércia, forçasarticulares, que não podem ser medidas direta-mente.

Com relação ao estágio de desenvol-vimento de modelos, Bauman (1995) cita queos métodos de estudos estão cada vez maisaprimorados e nos últimos anos, técnicas deressonância magnética são utilizadas para de-terminar essas características geométricas damassa corporal e suas propriedades mecâni-cas, bem como a tomografia computadorizada,a análise da ativação de neutrons, condutânciaelétrica e outros métodos sugeridos por Lukasiem 1987.

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