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A Agência Nacional de Vigilância Sa- nitária (Anvisa) prorrogou o prazo para os laboratórios clínicos implantarem o sistema de autenticidade digital para a emissão de seus laudos. Por meio da resolução da Diretoria Cole- giada (RDC) nº 58 da Anvisa, publicada em 21 de janeiro, os estabelecimentos têm agora mais 180 dias para se adaptarem às normas da RDC nº 30/2015, cujo prazo original iria até o fim de janeiro. A resolução determina que todos os laudos laboratoriais emitidos passem antes pelo processo de autenticação digital, deven- do os estabelecimentos buscar formas para viabilizar a medida. O texto altera ainda a RDC nº 302/2005 da Anvisa, que trata das normas para funcionamento dos laboratórios. Com o novo prazo, os serviços labora- toriais têm até julho deste ano para se adequarem. A prorrogação estabelecida pelo governo é fruto de encontros com a Anvisa e inten- so trabalho das entidades representativas do setor, como o Comitê de Laboratórios da FEHOESP, associações e sociedades científicas, em conjunto com empresas desenvolvedoras de softwares para au- tenticação digital. INFORMATIVO Nº 175 - FEVEREIRO DE 2016 IMPRESSO E ON-LINE - TIRAGEM 15.400 CFO baixa norma sobre informações cadastrais Pág. 2 Tempo gasto para troca de uniformes Pág. 3 Um novo capítulo da guerra fiscal do ICMS Pág. 4 ANVISA PRORROGA PRAZO PARA AUTENTICIDADE DIGITAL EM LAUDO

ANVISA PRORROGA PRAZO PARA AUTENTICIDADE DIGITAL EM LAUDO · A Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) prorrogou o prazo para os laboratórios clínicos implantarem

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A Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) prorrogou o prazo para os laboratórios clínicos implantarem o sistema de autenticidade digital para a emissão de seus laudos.

Por meio da resolução da Diretoria Cole-giada (RDC) nº 58 da Anvisa, publicada em 21 de janeiro, os estabelecimentos têm agora mais 180 dias para se adaptarem às normas da RDC nº 30/2015, cujo prazo original iria até o fim de janeiro.

A resolução determina que todos os laudos laboratoriais emitidos passem antes pelo processo de autenticação digital, deven-do os estabelecimentos buscar formas

para viabilizar a medida. O texto altera ainda a RDC nº 302/2005 da Anvisa, que trata das normas para funcionamento dos laboratórios. Com o novo prazo, os serviços labora-toriais têm até julho deste ano para se adequarem. A prorrogação estabelecida pelo governo é fruto de encontros com a Anvisa e inten-so trabalho das entidades representativas do setor, como o Comitê de Laboratórios da FEHOESP, associações e sociedades científicas, em conjunto com empresas desenvolvedoras de softwares para au-tenticação digital.

INFORMATIVO Nº 175 - FEVEREIRO DE 2016 IMPRESSO E ON-LINE - TIRAGEM 15.400

CFO baixa norma sobre informações cadastrais

Pág. 2

Tempo gasto para troca de uniformes

Pág. 3

Um novo capítulo da guerra fiscal do ICMS

Pág. 4

ANVISA PRORROGA PRAZO PARA AUTENTICIDADE DIGITAL EM LAUDO

EDITORA: Ana Paula Barbulho (MTB 22170)

REDAÇÃO E REVISÃO: Fabiane de Sá, Aline Moura e Rebeca Salgado

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Felipe Fonseca

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: Eriete Ramos Dias Teixeira, superin-tendente Jurídica; Durval Silverio de Andrade, Lucinéia Nucci e Carlos To-manini, advogados; Patrícia Molina, analista SUS; Silvia Maria Garcia de Lucca, bibliotecária.

FOTO MATÉRIA CAPA: Thinkstock

CORRESPONDÊNCIAS PARA:Assessoria de Imprensa R. 24 de Maio, 208 - 9º andarCEP: 01041-000 - São Paulo - SPTel. (11) [email protected]

Expediente

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SINDHOSP x CRF

Uma batalha judicial antiga, garantiu aos associados do SINDHOSP a liberação de manter um farmacêutico como responsável técnico nos “dispensários de medicamen-tos” mantidos em hospitais, clínicas, casas de saúde e demais estabelecimentos que possuam até 200 leitos, assim considerados “pequena unidade hospitalar”.

A conquista deu-se na ação declaratória promovida em 1995, que tramitou na 12ª Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo e a sentença tornou-se definitiva, não podendo mais ser modificada.

Em 30 de dezembro de 2010, esse conceito de pequena unidade hospitalar com até 200 leitos sofreu uma alteração, por força da portaria do Ministério de Saúde nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010, diminuindo o parâmetro para 50 leitos. Assim, os estabe-lecimentos com 51 leitos ou mais passaram a ser obrigados a manter o profissional far-macêutico como responsável técnico nos dispensários de medicamentos.

A decisão trouxe uma tranquilidade aos associados do SINDHOSP, já que impedia o Conselho Regional de Farmácia do Esta-do de São Paulo (CRF-SP) de fiscalizar e autuar os estabelecimentos que estivessem dentro desse patamar, seja em relação aos 200 ou 50 leitos, respectivamente.

Com a chegada da lei nº 13.021, de 10 de agosto de 2014, que apenas tratou de nor-mas sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas, foi alterado o conceito de “farmácia”, no gênero de “ma-nipulação” e da “hospitalar”, nada modifi-cando o então conceito de “dispensário de medicamentos”, setor de fornecimento de

DE OLHO NA NOTÍCIAmedicamentos industrializados, privativo de pequena unidade hospitalar ou equiva-lente, previsto no art. 4º, inciso XIV, da lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973.

Ciente da decisão judicial definitiva, o CRF-SP entendeu que mesmo os serviços de saúde com até 50 leitos e que mantém apenas um dispensário de medicamentos, estão sujeitos à lei nº 13.021, exigindo, des-ses, a imediata contratação de farmacêutico como responsável técnico.

Preocupado com essa situação, que vinha causando tamanha insegurança jurídica a seus filiados, o SINDHOSP imediatamente tratou de noticiar o fato ao juiz da causa, pedindo urgentes providências nesse sen-tido. O pedido foi prontamente atendido pelo juiz federal substituto Bruno Cesar Lorencini, que, em 2 de dezembro de 2015, determinou a intimação do CRF-SP para que dê efetivo cumprimento à decisão in-formada acima, não podendo, deste modo, exigir a presença do farmacêutico nos es-tabelecimentos com até 50 leitos e que mantém, tão somente, um dispensário de medicamentos.

Até o fechamento desta edição, o CRF-SP não havia sido formalmente intimado so-bre a decisão do juiz. Contudo, alertamos os representantes dos estabelecimentos de saúde que havendo qualquer atitude do re-ferido órgão de fiscalização, com impacto no exercício da atividade, que seja imedia-tamente comunicado ao SINDHOSP, para que se possa adotar outras medidas, visan-do fazer prevalecer a ordem judicial.

DECLARAÇÃO DE ÓBITO

No último dia 13 de janeiro, o Diário Ofi-cial da União (DOU) publicou a resolução

do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 2.132, de 12 de novembro de 2015, que alterou o artigo 23 da resolução CFM nº 2.110/2014, prevendo que o médico inter-vencionista, quando envolvido em circuns-tância de óbito de suposta causa violenta, deverá obrigatoriamente constatá-la, mas não atestá-la, devendo comunicar o fato ao médico regulador, que adotará as me-didas necessárias para o encaminhamento do corpo para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), desde que haja concordância da família, pois em caso contrário, o médi-co declarará a morte como “desconhecida”.

Se o paciente for acometido de morte na-tural, com diagnóstico conhecido, a reso-lução prevê que o médico intervencionista que assistiu ao paciente emitirá a declara-ção de óbito.

CFO BAIXA NORMA SOBRE INFORMAÇÕES CADASTRAIS

Por meio da resolução nº 168/2015, de 16 de dezembro de 2015, o Conselho Fede-ral de Odontologia (CFO) estabeleceu aos cirurgiões-dentistas a obrigatoriedade de apresentação de informações dos profis-sionais sob sua responsabilidade funcional, sejam eles cirurgiões-dentistas e/ou profis-sionais auxiliares.

Aprovada em sessão plenária em 9 de de-zembro de 2015, visando atualizar a base cadastral do sistema dos conselhos federal e regionais, a medida estabeleceu também que o cirurgião-dentista deverá apresentar, até 30 de abril de 2016, a relação de pro-fissionais cirurgiões-dentistas e auxiliares sob sua responsabilidade, com dados fun-cionais atualizados, bem como comprovar a regularidade financeira destes, sob pena de incorrer em infração ética.

NR32REGISTRO INDIVIDUAL DO TRABALHADOR DE INSTALAÇÃO RADIATIVA

DEVE SER CONSERVADO POR 30 ANOSA NR32 trata de radiações ionizantes no item 32.4. O monitoramento individual de trabalhadores da área de radiação ionizante consta em diversas oportunidades.

O período de guarda e conservação pelo es-

tabelecimento de serviço de saúde do regis-tro individual do trabalhador da instalação radiativa é de 30 anos após o término de sua ocupação, conforme dispõe o item 32.4.7.

O registro individual deve conter a identi-

ficação do trabalhador, sua escolaridade, o número de seu registro junto ao órgão que o habilita para exercer a profissão, os dados relativos à admissão e saída do emprego, o nome e endereço do responsável pela prote-ção radiológica de cada período trabalhado.

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NR32Este responsável pelo Programa de Prote-ção Radiológica não necessariamente deve ser empregado do serviço de saúde, bastan-do que o vínculo seja formalizado com um contrato de prestação de serviços, já que tal responsável pela proteção radiológica, em geral, é um físico (32.4.6, letra b).

No registro individual devem estar descritas as funções associadas às fontes de radiação com as respectivas áreas de trabalho, os ris-cos radiológicos a que está ou esteve expos-

to, data de início e término da atividade com radiação, horários e períodos de ocupação.

Relacionar qual o tipo de dosímetro utiliza-do pelo trabalhador, seus registros de doses recebidas mensal e anualmente, com relató-rio de investigação de doses.

Descrever as capacitações realizadas, as es-timativas de incorporações. Incluir, se hou-ver, relatórios sobre exposições de emer-gência e de acidente.

Por fim, é parte integrante do relatório indi-vidual as exposições ocupacionais anterio-res a fonte de radiação.

Ressalte-se que o prontuário clínico do trabalhador elaborado pelo médico do Tra-balho que executa o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) também deve ser mantido e conservado por 30 anos após o término da ocupação do pro-fissional (32.4.8).

JURISPRUDÊNCIA COMENTADATRABALHISTA

Turma admite médico atuando como pessoa jurídica

A juíza convocada Heliana Neves da Rocha, na composição da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), ao analisar os recursos apresentados pelo Minis-tério Público do Trabalho e por uma empresa da área da saúde, modificou a decisão de primeira instância e permitiu a manutenção dos contratos de pessoa jurídica celebrados entre a empresa e os profissionais médicos, para várias especialidades.

A juíza entendeu que não houve terceirização ilícita, muito menos que a forma contratada pela empresa tenha causado prejuízo à coleti-vidade, afirmando, com isso, não ter ocorrido violação ao dispositivo legal, justamente porque os médicos declararam, expressa-mente, sua vontade de não se sujeitarem à contratação em regime CLT, ou seja, como empregados.

Em seu voto, a juíza se pautou nos princípios da “livre iniciativa” (art. 1º, IV, da Constitui-ção Federal) e da “liberdade de contratar” (art. 421 do Código Civil), ressaltando ainda que, tomar outra decisão seria “ingerência descabida do Judiciário no direcionamento da atividade empresarial” e que “seria falta de bom senso obrigar alguém a ser empregado contra a vontade”.

Por fim, os julgadores lembram que “a inter-pretação do Direito pelo julgador não pode funcionar como um elemento de engessa-mento da economia”. “Ao revés, embora um dos princípios do Direito do Trabalho seja a busca pelo juiz do sentido da norma trabalhista mais favorável ao hipossuficiente, a atividade jurisdicional não deve se constituir em um óbice ao desenvolvimento econômico e social.” Recurso ordinário nº 0001466-25.2013.5.05.0611.

Tribunal mantém justa causa de empregada gestante

O juiz federal da 6ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte (MG), Alexandre Wagner de Morais Albuquerque, convencido da situação apresentada nos autos do processo, deu razão à empresa que havia dispensado por justa causa uma trabalhadora gestante, por ter apresentado atestado para justificar sua ausência ao emprego. Porém, no período em que deveria repousar, viajou a passeio para o Rio de Janeiro para ficar em companhia de seu namorado, o que foi afirmado pela trabalhadora e confirmado pelo acesso à página oficial do Facebook de seu namorado.

A empresa havia comprovado, também, que a trabalhadora já havia sofrido outros adver-tências e suspensões em razão das repetidas ausências sem justificativa ao trabalho, o que motivou o término do contrato de trabalho por justo motivo.

Por essa e outras razões, o juiz se conven-ceu de que a gestante praticou falta grave o suficiente para ensejar a rescisão contratual por justo motivo. “Não é admissível que a reclamante possa estar impossibilitada de exercer suas atividades laborais regulares, por conta dos problemas de saúde em co-mento, mas, ao mesmo tempo, viaje para local turístico”, destacou na decisão. “Se os transtornos relacionados com a gravidez lhe impediam de comparecer ao trabalho, por certo lhe afastariam também das viagens de lazer, principalmente em se considerando que a capital fluminense dista aproximadamente 350 quilômetros de Belo Horizonte, tratando--se, pois, de cansativa viagem para quem se encontra nestas condições”, ponderou.

No seu modo de entender, a confiança antes depositada pelo empregador foi quebrada, inviabilizando a continuidade do contrato de trabalho.

Nesse contexto, os fundamentos legais para a dispensa, nos termos do art. 482 da CLT, que enumera de forma taxativa os motivos para a justa despedida, foram reconhecidos e os pe-didos da reclamante julgados improcedentes. Houve recurso, mas o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de MG confirmou a decisão. Vale lembrar que a estabilidade da gestante, nos termos da alínea b do inciso II do artigo 10 do ADCT da CF/88, não permanece diante de conduta faltosa da empregada que caracte-riza a justa causa para a dispensa. Processo: 0000074-08.2015.5.03.0006.

ARTIGOSTEMPO GASTO PARA A TROCA DE UNIFORMES

Por Rodrigo Sanazaro Marin*

A utilização de uniformes durante a jorna-da de trabalho pode ser determinada pelo empregador, desde que este fique respon-sável pelo fornecimento deste material aos empregados.

Entretanto, quando o empregador exige a utilização de uniforme, deverá observar que o tempo gasto pelo empregado para a troca não pode ultrapassar a jornada de tra-

balho diária. Vale dizer que, quando exigi-do que o empregado trabalhe de uniforme, deverá ser tolerado o tempo gasto para tro-car de roupa dentro do horário de trabalho. Caso contrário, o empregador será conde-nado ao pagamento de horas extras, caso o empregado seja obrigado a se trocar antes ou depois do horário, pois é considerado tempo à disposição do empregador. A dou-trina (Alice Monteiro de Barros, in Curso de Direito do Trabalho, Ed. LTr, 9ª Edição, São Paulo, 2013, p. 524; Sérgio Pinto Mar-

tins, in Comentários à CLT, Ed. Atlas, 17ª Edição, São Paulo, 2013, p. 27, n. 2) e a jurisprudência (TRT-01ª R. – RO 0010954-34.2013.5.01.0055 – 6ª T. – Rel. Jose Anto-nio Teixeira da Silva – DOERJ 29/6/2015; TRT-02ª R. – RO 00016509420145020007 – (20150667056) – 2ª T. – Relª Sônia Maria Forster do Amaral – Dje 7/8/2015; TRT-03ª R. – RO 02156/2014-176-03-00.0 – Rel. Des. Fernando Luiz G. Rios Neto – Dje 7/7/2015 – p. 185) já estão pacificadas quanto a este entendimento. Ressalva-se a

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ARTIGOS

UM NOVO CAPÍTULO DA GUERRA FISCAL DO ICMSPor Alessandro Barreto Borges*

Como amplamente divulgado há alguns meses, com advento da EC 87/2015 e Con-vênio ICMS 93/2015, desde o início deste ano as operações de venda a consumidores finais não contribuintes, estabelecidos em unidade da federação diversa do remetente da mercadoria, passaram a se sujeitar a uma nova dinâmica de recolhimento de ICMS. Até o fim de 2015, estas operações eram tributadas pela alíquota interna do Estado de origem da mercadoria. Neste cenário, nada era devido a título deste imposto para o Estado de destino com encerramento da tributação deste imposto na unidade fede-rativa de origem. Essa sistemática fazia com que muitos go-vernos estaduais cortejassem empresas em busca de benefícios fiscais e/ou financeiros para a constituição de estabelecimentos voltados à realização de vendas não presen-ciais (centros de distribuição). Ofertavam--se regimes especiais com a concessão de créditos presumidos, substituição da não--cumulatividade por regimes de tributação com alíquota fixa, financiamento do ICMS a longo prazo, com redução significativa do valor a ser pago no momento de sua li-quidação por meio de leilões, entre outros tipos de facilidades. Contudo, desde o início do ano, a nova me-cânica de tributação determina que o parte do imposto seja recolhido no Estado em que se encontra estabelecido o remetente do produto, utilizando-se para tanto a alí-quota interestadual aplicável (4%, 7% ou 12%). Já a parcela remanescente deve ser implementada pelo vendedor ao Estado de destino, por meio de recolhimento do diferencial de alíquotas do ICMS ao con-sumidor final não contribuinte (Difal) – ao diferença entre a alíquota interna do Estado

de destino para a mercadoria e a alíquota interestadual, tal como já acontecia nas operações interestaduais destinadas a con-tribuinte acerca de aquisição material de uso e consumo e ativo imobilizado. Diante desta nova realidade, muitos Esta-dos no apagar das luzes de 2015 passaram a modificar os benefícios fiscais e/ou finan-ceiros originalmente concedidos a empre-sas cujos estabelecimentos destinam mer-cadorias a consumidores finais localizados em outras unidades da federação. Estados como Minas Gerais e Espírito San-to, por exemplo, por meio de decretos lo-cais, passaram a fazer com que os favores fiscais ficassem adstritos somente a parcela da alíquota interestadual incidente nas ope-rações para consumidor final. Todavia, tais alterações têm sido concretizadas de forma unilateral sem qualquer consulta ao Conse-lho Nacional de Política Fazendária (Con-faz), órgão ligado ao Ministério da Fazenda responsável por congregar os interesses dos Estados em matéria de ICMS. Diante desta nova realidade, a questão que passou a se colocar em pauta era se este tipo de manobra seria ou não retaliada pelos Es-tados de destino, tal qual ocorre nas con-cessões de incentivos fiscais em operações interestaduais envolvendo contribuintes do imposto, em que o adquirente faz crédito em sua escrita de imposto destacado no documento fiscal emitido pelo remetente de mercadoria, sem que o mesmo tenha sido efetivamente recolhido no Estado de origem por conta de benefício concedido à margem do Confaz. Parte do mercado entendia que pelo fato de as operações de venda ao consumidor final não gerar crédito ao adquirente, não haveria porque os Estados de destino se insurgirem contra eventual renúncia fiscal

promovida pela origem quanto a parcela do ICMS de sua titularidade, qual seja, a alí-quota interestadual. Ocorre que a Fazenda do Estado de São Paulo, com base no Convênio ICMS 153/2015, publicou espécie de perguntas e respostas sobre a aplicação da EC 87/2015, posicionando-se expressamente sobre o tema. Em uma das respostas publicadas manifestou o entendimento de que "caso haja, no Estado de origem, incentivo ou benefício fiscal concedido sem anuência do Confaz, a alíquota interestadual a ser utili-zada será aquela que corresponda à carga tributária efetivamente cobrada pelo Esta-do de origem". Importante ressaltar, que os Estados de destino terão facilmente como fiscalizar os vendedores localizados em outras unidades da federação, uma vez que a possibilidade de recolhimento mensal de ICMS para es-tas operações, fica condicionado a obten-ção de inscrição estadual nas administra-ções fazendária de destino, caso contrário há a obrigatoriedade de recolhimento do Difal por nota. Como se pode perceber, um novo tipo de litígio começa a surgir, envolvendo incen-tivos fiscais concedidos a empresas que montem estabelecimentos para vendas a consumidor final localizados em outras unidades da federação, sendo que nos pró-ximos anos, salvo eventual alteração legis-lativa, tribunais administrativos e judiciais irão avaliar se o tratamento a ser dispensado a este tido de discussão é o mesmo que já encontra praticamente pacificado nos tribu-nais superiores acerca da validade da glosa pelas unidades fazendárias de destino.

* Alessandro Barreto Borges é advogado do Benício Advogados Associados

previsão do artigo 58, §1º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), quanto às va-riações de até cinco minutos na entrada ou saída, no total (não cumulativos) de dez minutos por dia. Esta tolerância não pode ser ampliada, mesmo por meio de conven-ção coletiva (súmula 449 do TST).

Posto isso, o ideal é que o tempo para a

troca de roupa seja programado dentro da rotina de jornada e horário de trabalho de-sempenhada. O empregador deve, na maior medida possível, fixar os horários para que os empregados façam as trocas, levando em conta o tempo razoável que se dispende neste processo, para que o empregado não seja prejudicado e para que o empregador não tenha de fazer o pagamento de horas

extras. O estabelecimento de regras quanto aos horários facilita o andamento do traba-lho, protege o direito do empregado, coíbe eventuais abusos e evita prejuízos para o empregador.

* Rodrigo Sanazaro Marin é advogado do departamento jurídico do SINDHOSP

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Portaria MS-GM nº 62, de 12/1/16, pu-blicada no DOU nº 8, de 13/1/16, Seção 1, página 36 – Designa os representantes da Sala Nacional de Coordenação e Controle, para o enfrentamento da dengue, do vírus chikungunya e do zika vírus.

Portaria MS-GM nº 94 de 21/1/16, publi-cada no DOU nº 15, de 22/1/16, Seção 1, página 37 – Altera a portaria nº 3.388/GM/MS, de 30 de dezembro de 2013, que trata da Qualificação Nacional em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito).

Portaria MS-GM nº 111, de 28/1/16, pu-

blicada no DOU nº 20, de 29/1/16, Seção 1, página 104 – Dispõe sobre o Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB).

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Portaria MS-Anvisa-RDC nº 58 de 20/1/16, publicada no DOU nº 14, de

LEGISLAÇÃO

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21/1/16, Seção 1, página 25 – Altera a resolução RDC nº 302, de 13/10/2005, que dispõe sobre o regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR

Resolução Normativa MS-ANS nº 395, de 14/1/16, publicada no DOU nº 10, de 15/1/16, Seção 1, página 27 – Dispõe sobre as regras a serem observadas pelas operado-ras de planos privados de assistência à saúde nas solicitações de procedimentos e/ou ser-viços de cobertura assistencial apresentados pelos beneficiários, em qualquer modalidade de contratação.

Resolução Normativa MS-ANS nº 396, de 25/1/16, publicada no DOU nº 18, de 27/1/16, Seção 1, página 45 – Retificação – Altera a resolução normativa (RN) nº 124, de 30/3/2006, que dispõe sobre a aplicação de penalidades para as infrações à legislação dos planos privados de assistência à saúde.

Instrução Normativa MS-ANS-Difis nº 12, de 25/1/16, publicada no DOU nº 17, de 26/1/16, Seção 1, página 19 – Dispõe sobre o conceito e os procedimentos a serem observados na emissão de entendimento Difis, instrumento oficial da Diretoria de Fiscalização (Difis) para a fixação e unifor-mização dos entendimentos a vigorarem nas ações e atividades de fiscalização e revoga a instrução de serviço (IS) nº 15, de 15/2/2011, da Difis.

SECRETARIA DE ATENÇÃO A SAÚDE

Portaria MS-SAS nº 30, de 14/1/16, publi-cada no DOU nº 10, de 15/1/16, Seção 1, página 32 – Considerando a portaria MS--GM nº 3.388/13, revoga a portaria conjunta MS-SPS-SAS nº 92/01.

Portaria MS-SAS nº 76, de 22/1/16, publi-cada no DOU nº 16, de 25/1/16, Seção 1, página 35 – Institui os prazos para o envio da produção da atenção básica para o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab) referente às competências de janeiro a dezembro de 2016.

Portaria MS-SAS nº 88, de 22/1/16, pu-blicada no DOU nº 16, de 25/1/16, Seção 1, página 51 – Remaneja o limite financeiro anual referente à assistência de média e alta complexidade hospitalar e ambulatorial do Estado de São Paulo.

SECRETARIA EXECUTIVA

Portaria MS-SE nº 12, de 6/1/16, publi-cada no DOU nº 4, de 7/1/16, Seção 1,

página 20 – Subdelega competência ao diretor do Departamento de Informática do SUS (Datasus/SE/MS) para celebrar, com hospitais públicos federais, distritais, esta-duais e municipais, termos de cessão de uso do sistema e-SUS Hospitalar.

SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA

EDUCAÇÃO NA SAÚDE

Portaria MS-SGTES nº 3, de 11/1/16, pu-blicada no DOU nº 7, de 12/1/16, Seção 1, página 35 – Dispõe sobre a implantação de centros colaboradores em processos de quali-ficação de profissionais no plano de resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika.

SECRETARIA CIÊNCIA, TECNOLO-GIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS

Portaria MS-SCTIE nº 1, de 14/1/16, pu-blicada no DOU nº 11, de 18/1/16, Seção 1, página 657 – Torna pública a decisão de não incorporar a fórmula alimentar Impact® para uso enteral ou oral no pré-operatório de cirurgias oncológicas eletivas gastrointes-tinais de grande porte, no âmbito do SUS.

Portaria MS-SCTIE nº 2, de 14/1/16, pu-blicada no DOU nº 11, de 18/1/16, Seção 1, página 657 – Torna pública a decisão de incorporar o uso da risperidona no tratamen-to do comportamento agressivo em adultos com transtorno do espectro do autismo (TEA), no âmbito do SUS.

Portaria MS-SCTIE nº 3, de 14/1/16, pu-blicada no DOU nº 11, de 18/1/16, Seção 1, página 657 – Torna pública a decisão de incorporar o uso dos imunossupressores (everolimo, sirolimo e tacrolimo) em trans-plante pulmonar com terapia de resgate e conforme estabelecido em protocolo do Ministério da Saúde, no âmbito do SUS.

Portaria MS-SCTIE nº 4, de 14/1/16, pu-blicada no DOU nº 11, de 18/1/16, Seção 1, página 657 – Torna pública a decisão de excluir o medicamento molgramostrim 300 mcg injetável para o tratamento da anemia aplástica, mielodisplasia, neutropenias cons-titucionais, doença pelo HIV e transplante de medula ou pâncreas, no âmbito do SUS.

Portaria MS-SCTIE nº 5, de 14/1/16, pu-blicada no DOU nº 11, de 18/1/16, Seção 1, página 658 – Torna pública a decisão de excluir o medicamento pancrelipase 4.500UI, 12.000UI, 18.000UI, 20.000UI em cápsulas para o tratamento da insuficiência pancreática exócrina e na fibrose cística com manifestações intestinais, no âmbito do SUS.

Portaria MS-SCTIE nº 7, de 26/1/16, pu-

blicada no DOU nº 18, de 27/1/16, Seção 1, página 57 – Torna pública a decisão de não incorporar a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) para o tratamento de tu-mores de cabeça e pescoço em estágio inicial e localmente avançado, no âmbito do SUS.

Portaria MS-SCTIE nº 8, de 26/1/16, pu-blicada no DOU nº 18, de 27/1/16, Seção 1, página 57 – Torna pública a decisão de não incorporar a rivastigmina adesivo trans-dérmico para o tratamento de demência para doença de Alzheimer, no âmbito do SUS.

Portaria MS-SCTIE nº 9, de 28/1/16, pu-blicada no DOU nº 20, de 29/1/16, Seção 1, página 119 – Torna pública a decisão de incorporar o cloridrato de hidroxocobala-mina na concentração de 5g injetável no tratamento de intoxicações por cianeto no âmbito do SUS.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL

Portaria INTERM-MTPS-MF nº 1 de 8/1/16, publicada no DOU nº 6 , de 11/1/16, Seção 1, página 67 - Dispõe sobre o re-ajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos demais valores constantes do Regulamento da Previdência Social (RPS).

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Resolução SS 133, de 28/12/15, republica-da no DOE nº 3, de 7/1/16, Seção 1, página 26 – Dispõe sobre a constituição da Câmara Técnica Estadual de Bancos de Tecido Ocu-lar Humano (CTEBTOH).

Resolução SS 134, de 28/12/15, republica-da no DOE nº 3, de 7/1/16, Seção 1, página 26 – Dispõe sobre a constituição da Câmara Técnica de Córnea (CTECa).

Resolução SS 135, de 28/12/15, republica-da no DOE nº 3, de 7/1/16, Seção 1, página 26 – Dispõe sobre a constituição da Câmara Técnica de Órgãos Torácicos (CTEOrgT).

Resolução SS 01, de 7/1/16, publicada no DOE nº 4, de 8/1/16, Seção 1, página 44 – Altera a resolução SS 75/15, que indica o rol de Centros Especializados de Referência de Fibrose Cística (Cerfc).

Portaria CVE-2, de 29/12/15, republicada no DOE nº 4, de 8/1/16, Seção 1, página 45 – Dispõe sobre a adoção, em todo âmbito do Sistema de Saúde do Estado de São Paulo, de critério uniforme de identificação das semanas epidemiológicas do ano.

Lei nº 16.109, de 13/1/16, publicada no DOE nº 8, de 14/1/16, Seção 1, página

LEGISLAÇÃO

6

SINDHOSPINPC/IBGEIPC/FIPEFIPE/SAÚDEFIPE/SERVIÇOS MÉDICOSCONTRATO ASS. MÉDICAREMÉDIOS E P. LABORAT.IPCA/IBGE

FONTE DO MÊS DO ANO 12 MESES 6 MESES

0,83%0,90%0,82%0,35%0,43%0,38%0,30%0,96%

1,20%1,11%1,06%0,63%0,35%0,92%0,21%1,01%

12,03%11,28%11,07%9,97%7,91%6,53%11,89%10,67%

11,11%10,28%1,02%9,58%7,44%11,56%6,12%9,62%

12,03%11,28%11,07%9,97%7,91%6,53%11,89%10,67%

11,47%10,97%10,49%10,17%7,64%

12,64%6,23%

10,48%

4,93%4,19%4,93%5,47%3,07%1,17%8,64%4,24%

4,71%4,05%4,56%5,54%3,51%8,83%0,80%4,07%

DEZNOV DEZNOV DEZNOV DEZNOV

ÍNDICES INFLACIONÁRIOS

ACORDOS E CONVENÇÕES

Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e RegiãoMédicos de Santos e RegiãoBiomédicos no Estado de São PauloFarmacêuticos no Estado de São Paulo

1º/51º/91º/91º/10

2015/20162015/20162015/20162015/2016

Negociações coletivas em discussão com os SindicatosPsicólogos do Estado de São PauloMédicos de São Paulo e RegiãoMédicos de Taubaté e RegiãoEmpregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Jaú e Região

Convenções Coletivas de Trabalho firmadas com os Sindicatos:

LEGISLAÇÃO

1º/91º/91º/91º/1

2015/20162015/20162015/20162016/2017

1 – Torna permanente o auxílio financeiro às Instituições Filantrópicas – Santa Casas SUStentáveis.

Resolução SS 2, de 14/1/16, publicada no DOE nº 9, de 15/1/16, Seção 1, página 46 – Dispõe sobre o “Calendário de Vacinação para o Programa de Imunização do Estado de São Paulo”. Lei nº 16.122, de 18/1/16, publicada no DOE nº 11, de 19/1/16, Seção 1, página 1 – Autoriza a criação de banco de perucas destinadas às pessoas com alopecia decor-rente de quimioterapia.

Resolução SS 5, de 21/1/16, republicada no DOE nº 15, de 23/1/16, Seção 2, página 33 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de ressarci-mento, pelas instituições conveniadas, para a realização de procedimentos relacionados à hemoterapia, dos custos do atendimento hemoterápicos dispensado por seus serviços a pacientes não usuários do SUS e/ou a ou-tras instituições, para uso em pacientes não usuários do SUS, em conformidade com o disposto na portaria MS-GM nº 1.469/06.

Resolução Conjunta SS/SCM 01, de 21/1/16, publicada no DOE nº 15, de 23/1/16, Seção 1, página 33 – Cria a Sala de Situação, Coordenação e Controle para implantação da campanha “Todos juntos contra o Aedes aegypti”.

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Portaria nº 250/2016-SMS.G, publicada no Diário Oficial do Município de São Paulo (DOM) nº 10, de 16/1/16, página 24 – Dispõe sobre a instituição de Grupo Técnico de Trabalho de desinstitucionaliza-ção dos pacientes moradores dos hospitais psiquiátricos do Estado de São Paulo que são nascidos no município de São Paulo.

CONSELHOS PROFISSIONAIS

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

Resolução CFM nº 2.131 de 12/11/15, publicada no DOU nº 8, de 13/1/16, Seção 1, página 66 - Altera o anexo da resolução CFM nº 1.942 de 5/2/2010, que altera a resolução CFM nº 1.766, de 13/5/2005, que estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos e equipe

Resolução CFM nº 2.132 de 12/11/15, pu-blicada no DOU nº 8, de 13/1/16, Seção 1, página 67 - Altera o artigo 23 da resolução CFM nº 2.110 de 25/09/14, que dispõe sobre a normatização do funcionamento dos Ser-viços Pré-Hospitalares Móveis de Urgência e Emergência, em todo o território nacional.

CONSELHO FEDERAL DE FISIOTE-RAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

Resolução Coffito nº 462, de 21/12/15, publicada no DOU nº 2, de 5/1/16, Seção 1, página 101 – Reconhece a prática da Au-riculoterapia pelo fisioterapeuta, e dá outras providências.

Resolução Coffito nº 47, de 07/01/16, pu-blicada no DOU nº 18, de 27/01/16, Seção 1, página 89 – Institui Parágrafo Único, respectivamente, nos Anexos dos arts. 5º das resoluções Coffito-192 e Coffito-193, de 9/12/1998, relativas às Comissões de Ética e Deontologia da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional.

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

Resolução CFFa nº 482, de 12/12/15, publicada no DOU nº 4, de 7/1/16, Seção 1, página 40 - Dispõe sobre a elaboração e emissão de atestados, declarações, laudos e pareceres fonoaudiológicos.

CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA

Resolução CFO nº 167, de 15/12/15, pu-blicada no DOU nº 4, de 7/1/16, Seção 1, página 41 - Normatiza o agendamento e o atendimento prioritário às pessoas portadoras de necessidades especiais ou mobilidade reduzida nas clínicas e consultórios odon-tológicos.