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AGOSTO/2013
“Formação de Preço no Mercado Livre"
Paulo Cezar C. Tavares Presidente da SOLenergias
Vice-Presidente da Abraceel
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
FORMAÇÃO DE PREÇO
PRODUTO “NORMAL”
LEI OFERTA X DEMANDA
O > D O < D
PREÇO CAI PREÇO SOBE
PENALIDADES NORMALMENTE MAIORES PARA OS COMPRADOS
(PRODUTOS “PERECÍVEIS”) 4
FORMAÇÃO DE PREÇO
PRODUTO
CARACTERÍSTICA Comprador/Vendedor de
“última instância” a Preço = PLD
PREÇO Depende pouco do Balanço Oferta X Demanda
Depende muito da percepção da curva futura do PLD
Energia no ACL
PLD
Depende do Balanço Oferta X Demanda global de
energia (ACL + ACR); da Hidrologia; dos Riscos
Regulatórios, Institucionais e Judiciais
PENALIDADES Posição vendida é fortemente penalizada (maior valor
entre PLD e VR mais 1/12 do VR, etc.) 5
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
13.000
13.500
14.000
14.500
15.000
15.500
16.000
jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12
Média móvel 12 meses
8.000
8.200
8.400
8.600
8.800
9.000
9.200
9.400
9.600
9.800
10.000
Consumidores Livres (MW médios)
Consumidores Livres Média Móvel 12 meses
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
Consumidores Especiais (MW médios)
Consumidores Especiais Média Móvel 12 meses
4,0 %
2,5 %
35 %
Consumo no ACL (MW médios)
Desindexa os contratos de energia elétrica, pois os preços passam a ser livremente negociados entre vendedores e compradores.
Permite maior competitividade da economia, principalmente na indústria, pois os comercializadores criam produtos mais adequados aos processos produtivos e a competição entre os vendedores (geradores e comercializadores) reduz preços.
É um mercado opcional. Os consumidores podem escolher os fornecedores de energia, negociando livremente o prazo, preços, variação do preço ao longo do tempo e serviços associados à comercialização.
Todo contrato do mercado livre tem lastro físico, conforme determina a Lei.
Atualmente, cerca de 60% do PIB industrial brasileiro adquire energia no mercado livre.
Mercado Livre de Energia
Potencial do Mercado Livre (legislação vigente)
ACL 27%
ACR 73%
C. Livres/Especiais APE
Eletrointensivos Exp-Imp
(25%)
Consumidor especiais (2%)
Situação atual
Potencial Livres 5%
Potencial Especiais
14%
O potencial máximo do Mercado Livre atual é de 46% da Carga
Nacional
46%
Prazo de contratação no ACL
*Lei 9.074/95 só permite o retorno de consumidores livres (e especiais) com aviso prévio de 5 anos.
1 mês 9,7%
2 a 5 meses 5,7%
6 meses a 1 ano 7,9%
acima de 1 até 2 anos 7,7%
acima de 2 até 4 anos
11,8%
acima de 4 anos 57,0%
Contratos registrados dos Consumidores Livres e Especiais (em volume)
Fonte: InfoMercado CCEE setembro/2012
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
Lei 12.783/13 (MP 579/12)
Não isonômico com o mercado livre, pois a amortização das usinas foi paga igualmente por todos os consumidores. Acesso à energia mais barata das usinas depreciadas somente para o mercado cativo (de R$ 95 / MWh para 27 R$/MWh).
Isonômico entre consumidores livres e cativos (aporte do Tesouro Nacional)
Isonômico entre todos os consumidores (redução das tarifas de transmissão - Tust)
Lei º 12.783/13 reduz tarifas por três efeitos:
Encargos Setoriais
Concessões de Transmissão
Concessões de Geração
Como três concessionárias não optaram por aderir à oferta do Governo, houve a edição da MPV 605/13 para aportar os recursos (do Tesouro Nacional) necessários para obter a redução original de preços prometida. É transitório pois as usinas serão futuramente licitadas.
IMPACTO DA LEI Nº 12.783 NO
MERCADO LIVRE
Vendedores Geradores de Serviço Público, Autoprodutores,
Produtores Independentes e Comercializadores
Ambiente de Contratação
Regulada
(ACR)
Distribuidores que
compram energia para os
consumidores cativos - BT
Contratos resultantes de leilões públicos
Ambiente de Contratação
Livre
(ACL)
Consumidores livres e
especiais,
Comercializadores
Contratos livremente negociados
Lei nº 12.783/13
Cria o regime de cotas
destinadas ao ACR
Redução Tarifária MPV 579 (R$/MWh)
Geração
Todas as usinas: 22,59
Renovação Antecipada: 13,56
Transmissão
RAP consumo:
12,85
Encargos
CCC: 7,8
CDE: 6,7
RGR: 3,6
TOTAL: 18,1
Cativos Cat. e Livres Cat. e Livres
• 53,54 / 44,51 R$/MWh Cativos
• 30,95 R$/MWh Livres
Mercado Livre: só transmissão + encargos
-16%
-14%
-27%
-23%
-30%
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
A2 A4
Consumidor Livre Consumidor Cativo
Grande – A2 Médio – A4
LEI º 12.783/13 – REDUÇÃO TARIFÁRIA ACR/ACL
Geração (ACR/ACL) +Transmissão + Encargos
-27%
-23%
-17% -16%
-14%
-24%
-20%
-15%
-30%
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
A2 A4 BT
ACR (MP) ACL (MP) Isonomia
Grande – A2 Médio – A4 Residencial - BT
Prejuízo do Consumidor Livre por não receber a cota da Lei 12.783
Consumidor
de
10 MW Médios
Em 2013/ JAN-JUN -> R$ 1,8 Milhões
Prejuízo por Ano -> R$ 1,4 Milhões/Ano
VPL (10%) -> R$ 15,8 Milhões/Ano
Valor da Cota R$ 27/MWh
Volume 15% da Carga
PLD + SPREAD Médio JAN a JUN de 2013 -> R$ 300/MWh
PLD + SPREAD Longo Prazo R$ 130 MWH
Premissas
Valor das cotas para a Indústria Exemplo numérico
Demanda (MW) 10
Fator de Carga 80%
Consumo Anual (MWh) 70.080
Preço do Contrato no ACL (R$/MWh) 130
Valor da Cota (R$/MWh) 30
% da Energia em Regime de Cotas 20%
VPL da cota R$ 15.778.909,13
* Taxa de desconto de 8%.
Benefício da cota de energia para o Consumidor Livre
Para uma indústria com demanda de 10 MW, a alocação das cotas de energia traria um GANHO de R$ 15,7 milhões em 30 anos. Equivale a 20 meses de energia grátis.
Consumo (MWmed) 15.000
Consumo Anual (MWh) 131.400.000
Preço do Contrato no ACL (R$/MWh) 130
Valor da Cota (R$/MWh) 30
% da Energia em Regime de Cotas 20%
VPL da cota R$ 29.585.454.625,74
* Taxa de desconto de 8%.
Benefício da cota de energia para o Consumidor Livre
Considerando toda a indústria brasileira do mercado livre (60% do consumo industrial nacional), o PREJUÍZO é de R$ 30 bilhões.
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
Resolução CNPE 03
1. Determina que a Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP) desenvolva e implemente metodologia para internalização de mecanismos de aversão a risco nos programas computacionais para estudos energéticos e formação de preço até 31 de julho de 2013.
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) deverá implementar a metodologia internamente aos programas computacionais até 31 de maio de 2013.
2. Cria um período de transição de abril a julho de 2013.Cria o PLD e PLDf
3. ESS por segurança energética passa a ser rateado entre todos os agentes de mercado, proporcionalmente à energia comercializada nos últimos doze meses, inclusive o mês corrente.
Resolução CNPE 03
Impactos da RES CNPE 03
PLD Não há definição sobre qual mecanismo de aversão ao risco será internalizado nos modelos.
Onera os agentes/consumidores expostos no MCP.
Efeito final será a elevação do PLD e redução do ESS_SE.
ESS_SE Resolução cria um novo custo para as operações realizadas por todos agentes de mercado nos últimos 12 meses (retroatividade do ESS_SE).
Custos de segurança energética arcados pelos agentes serão repassados no médio prazo aos consumidores via preço/tarifas dos novos contratos (ACR e ACL).
Resolução CNPE 03
Despacho fora da ordem de mérito: mecanismo atual
Custo total do despacho termelétrico
Agentes expostos no MCP
ESS_SE pago por todos os
CONSUMIDORES
Resolução CNPE 03
Despacho fora da ordem de mérito: mecanismo de transição
Custo total do despacho termelétrico
ESS_SE pago por todos os AGENTES
Acima do PLD
ΔPLD - Agentes expostos no MCP
Até o valor do PLD Agentes expostos
no MCP
Resolução CNPE 03
Valores relativos à 1ª semana operativa de Abril
Custo total do despacho termelétrico
Até o valor do PLD Agentes expostos
no MCP
ESS_SE pago por todos os AGENTES
Acima do PLD
ΔPLD - Agentes expostos no MCP
R$ 256 milhões
ΔPLD = 87,51 R$/MWh
PLD1 = 302,27 R$/MWh
R$ 128 milhões
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
PERSPECTIVAS
“... Se não chover nunca teremos racionamento...”
Presidente Lula – 2008
“... Não tem nenhum risco de falta de energia no curto, médio e longo prazo...”
Presidenta Dilma - 2013
HIDROLOGIA 2012/2013
Hidrologia :
Hidrologia do período úmido abaixo da média, refletindo chuvas irregulares e de menor energia natural afluente.
Menor armazenamento no Sudeste e Nordeste desde o ano 2001
CENÁRIO ENERGÉTICO – SUDESTE
• Armazenamento Sudeste – Projeção de armazenamento para o final do período
úmido (30/abril /2013) é a pior desde o racionamento de 2001
CENÁRIO ENERGÉTICO – NORDESTE
• Armazenamento Nordeste – Projeção de armazenamento para o final do período
úmido (30/abril /2013) é a pior desde o racionamento de 2001
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
CENÁRIO – AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO LIVRE DE ENERGIA EM 2013
Oferta x Demanda: Menor oferta de geradores (CESP, Emae e Chesf) em virtude da conversão das concessões em cotas
Demanda de lastro adicional de geradores devido a Res 003/2013 do CNPE
Atraso na entrada de projetos hidro (Santo Antonio e Jirau) e eólicos (ICG´s)
Cancelamento projetos térmicos (Multiner e Bertim)
Preços: Forte oscilação do PLD em virtude do nível de armazenamento
Custo adicional para compradores de curto prazo em virtude do PLD2 (Res 03/2013 CNPE)
PREÇOS – PLD SUDESTE
• A partir de 01/abr/2013, o PLD passou a ser composto de PLD + PLD2 (rateio parcial dos encargos ESS segurança energética – Res. 03/2-13 CNPE)
Curva Forward Convencional Sudeste
Evolução do ESS
• Impacto da CNPE 003 reduziu encargos sobre o perfil consumo, mesmo com o rateio parcial devido à liminares e a queda do PLD junho13
Obs: Consumidores que com flexibilidade de modular seus contratos pela carga não incorrem no custo do delta PLD (valores estimados no gráfico) 37
Novo modelo CVAR
• Impactos esperados – Aumento da segurança, com maior
armazenamento esperado e redução de risco de déficit
– Eliminação ou redução expressiva do despacho fora da ordem de mérito por razões energéticas (baixo nível de armazenamento)
– Aumento do valor esperado do custo marginal, com impacto direto no PLD
– Redução da faixa de valores mais baixos de CMO
38
• Estudo da CPAMP: aumento da energia armazenada
Novo modelo CVAR
39
• Estudo da CPAMP /CCEE indica impactos de até R$ 150/MWh no CMO
Novo modelo CVAR
40
1. Formação de preços
2. Situação Atual do Mercado Livre (ML)
3. Fatores de incerteza 3.1 - Impacto da Lei 12.783 no ML
3.2 - Impacto da Resolução Nº 3, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
3.3 - Situação Energética
3.4 - Evolução dos Preços
4. Conclusões
ÍNDICE
CONCLUSÃO
Não isonomia na alocação das cotas para o ACL implica em perdas de:
R$ 30 Bilhões para a Indústria Nacional
Cadê as Associações Setoriais?
FIESP, FIRJAN, ... CNI, ETC.
CONCLUSÃO
Sem isonomia na alocação das cotas (“Energia 27 R$/MWh) o ML fica estruturadamente desequilibrado (perde cerca de 27% de 8256 MW Médios de energia a 27 R$/Mês). Provável redução acentuada do ML no médio prazo.
Perda de competitividade da indústria nacional
Resolução nº 3 do CNPE resultou em:
judicialização do setor ( nunca antes........)
Redução acentuada da taxa de retorno dos atuais projetos de geração
Aumento da incerteza para os novos projetos de geração com provável aumento nos preços da energia nova.
CONCLUSÃO
A energia elétrica tem uma participação razoável no custo final do produto de diversos segmentos e aproximadamente 60% do PIB industrial adquire energia no mercado livre. A destinação das cotas de energia depreciada também para o mercado livre reduzirá em mais 8% o custo de energia para a indústria, reduzindo o preço do produto final (controle à inflação), aumentando a competitividade da indústria nacional, gerando empregos e renda.
SEGMENTO PESO NO PREÇO DO PRODUTO FINAL
ALUMÍNIO 35% - 40%
SIDERURGIA 15% - 20%
CIMENTO 20% - 25%
PETROQUÍMICO E QUÍMICO 8% - 12%
MINERAÇÃO 18% - 22%
FERROLIGAS 25% - 30%
GASES INDUSTRIAIS 70% - 75%
CONCLUSÃO
Destinar as cotas das usinas depreciadas a todos os consumidores ACR/ACL, conforme proposto pela Emenda 14 do deputado Vanderlei Siraque, restabelece a isonomia não contemplada na Lei 12.783/2013.
Justificativa: todos pagaram pela amortização e depreciação das usinas ao longo dos anos e a o restabelecimento da isonomia amplia a competitividade da indústria brasileira, objetivo primordial das medidas tomadas sobre redução de tarifas e preços, o que tem o amplo e irrestrito apoio da Abraceel.
AGOSTO/2013
OBRIGADO
Paulo Cezar C. Tavares Presidente da SOLenergias
Vice-Presidente da Abraceel