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גלינא- Gilyahna Revelação (Apocalipse) 12 – Uma guerra do diabo contra Yashuru “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz. E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho. E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para UL e para o seu trono. E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por UL, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso UL, e o poder do Seu Mashiach; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso UL os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo. E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. E a terra ajudou a mulher; e a

Apocalipse 12 – Uma guerra do diabo contra Israel · habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já ... descer uma tela c heia de toda

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Gilyahna Revelação (Apocalipse) 12 – Uma guerra do - גלינאdiabo contra Yashuru

“E viu-se um grande

sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma

coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com

dores de parto, e gritava com ânsias de

dar à luz. E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão

vermelho, que tinha sete cabeças e dez

chifres, e sobre as suas cabeças sete

diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho. E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara

de ferro; e o seu filho foi arrebatado para UL e para o seu trono. E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por UL, para que ali fosse alimentada durante mil

duzentos e sessenta dias. E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos

foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso UL, e o poder do Seu Mashiach; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso UL os acusava de dia e de noite. E eles

o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que

habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo. E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que

dera à luz o filho homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher,

água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. E a terra ajudou a mulher; e a

terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca. E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os

mandamentos de Yahuh, e têm o testemunho de Yahushua Há Mashiach” .[Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 1-17 - גלינא]

O modo singular com que Yahuchanan (João) apresenta esta visão parecesse sugerir, entre outras coisas, que o diabo esteve no céu junto com suas hostes guerreando ferozmente contra as hostes comandadas pelo arcanjo Miguel. Segundo a visão a intenção principal do dragão era devorar o menino que estava a ponto de nascer, ao qual Miguel com suas hostes se opunha. A cena final mostra o arcanjo obtendo uma total vitória pela qual o dragão é violentamente derrotado e lançado a terra com suas hostes. Trata-se de uma cena única em toda a Palavra de Yahuh, pois nenhum outro relato profético demostra cenas tão terríveis como essa, e desperta o desejo de conhecer o que aconteceu, como sucedeu realmente, e quais foram os resultados. O leitor mediano da Palavra cai em confusão a respeito dessa visão, e trata de entender como pode ser possível que cenas tão violentas tenham ocorrido no céu onde mora Yahuh. Essas incoerências estão bem fundamentadas, assim sendo Revelação em seu capítulo 12 requer uma explicação que a faça coerente com a razão, de outra maneira a visão em sua totalidade se converte num mistério difícil de resolver. As cenas são tais que se tornam inexplicáveis mesmo nos aspectos mais singelos, um dos quais se refere a que o filho da mulher, o qual é Yahushua Há Mashiach, nasceu na terra, enquanto que a batalha ocorreu no céu, tornando-se necessário que uma adequada e razoável explicação deva ser dada, de outra forma, o significado correto da visão não será entendido. Explicar, o mais amplamente possível a cada fato é precisamente o propósito deste estudo, o qual foi elaborado com bases nas escrituras da Palavra de Yahuh, deixarão claros vários elementos que não são do domínio público, ainda que ali estejam para que todos os entendam e glorifiquem a UL pela determinação de prover à humanidade o meio que pode lhes trazer a salvação e a vida eterna, contidos em suas promessas feitas ao nosso ascendente Avracham.

Esquematizando a visão É necessário deixar claro que as ocorrências apresentadas em Apocalipse 12 podem ser explicadas tomando como base o restante da Palavra de Yahuh, mas há algumas cujo conteúdo é demasiado misterioso e não existem bases sobre as quais as entender, ainda que por suposição, mas essa dificuldade não nos impede tentar procurar dentro das Escrituras, e na história da humanidade/arqueologia, os elementos que se aproximem, e dessa maneira apresentar uma narração completa dos eventos que foram apresentados a Yahuchanan a maneira de visão que mistura elementos reais com simbólicos e proféticos. Disso nasce a necessidade de criar um esquema para observar a visão para facilitar seu entendimento.

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Ler Apocalipse 12:1-17 somente pelo ângulo literal, isto é, sem aplicar os sentidos correspondentes segundo as cenas se apresentam, complica o entendimento de toda a visão, surgindo, portanto, as dificuldades já mencionadas quando disse: “O leitor mediano da Palavra cai em confusão a respeito dessa visão”. Já que o conceito literal possui dois pontos de vista, que são a saber: Entender as coisas desde o ponto de vista do significado próprio da cada palavra; e entendê-lo aplicando-lhe o sentido literal e figurado segundo os símbolos que a própria Palavra proporciona, sucedendo de modo que o literal não deixa de o ser quando os símbolos que aparecem nas escrituras lhe são agregados. É isto verdade e válido? Com certeza o é! Tenho aqui um exemplo: A palavra “água” é literal, e imediatamente projeta em nossa mente o que significa. Contudo, seu aspecto literal não muda quando lhe são agregados símbolos como o de Apocalipse 17: 15 “Também disse-me: “As águas que tens visto, onde se assenta a grande prostituta, são povos, multidões, nações e línguas”. Neste texto Yahuchanan viu água literal, mas lhe é explicado que possui um significado que deve entender. Assim então, o leitor deste estudo não deve cair em confusão ao ler a visão de Apocalipse 12, a qual sendo literal, alguns elementos devem ser entendidos lhes aplicando os símbolos que encontramos nas próprias escrituras que lhes sejam correspondentes. As personagens e as cenas são totalmente reais, mas para entendê-las há que lhes aplicar o significado simbólico correspondente, de outra maneira teria que dar por verdadeiro que no céu teve uma mulher que deu a luz, e que o diabo, cheio de ira, causava quanto tropeço desejava. Se fossem sido literais teria que pensar se as personagens viviam lá (no céu) ou só subiram para realizar as cenas. Que tipo de lugar teria sido o céu? Porque se no céu onde mora Yahuh pode acontecer qualquer coisa como estas, então estaria totalmente longe de ser o lugar que a Palavra tanto pondera como de extrema santidade. A situação para o céu, como lugar extremamente imaculado, abundaria em contradições se à cena da mulher que dá a luz se lhe agrega o mais vulgar e sujo que jamais na criação inteira exista, isto é, o diabo. Uma última nota antes de começar a explicação indica que naqueles tópicos onde a Escritura cala, eu também me calo. E onde algumas possibilidades de explicar o texto existem, então as explico. PARTE 1 O grande sinal no céu “Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, com a lua embaixo de seus pés e sobre sua cabeça uma coroa de doze estrelas”. [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 1] O espetáculo que se apresenta aqui é único ainda desde as primeiras palavras com que a narração

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começa, pois a aparência da mulher é assombrosamente impressionante, sem igual em toda a Palavra, e significa que se trata de um símbolo especial; inclusive o majestoso esplendor de sua vestimenta, e a coroa sobre sua cabeça, encerram significados que merecem ser comentados. No céu Ao começar a ler Apocalipse 12, o leitor de um momento para outro encontra-se defronte a um lugar maravilhoso, – o céu, o qual causa-lhe surpresa já que esse é o lugar onde Yahuh habita. A surpresa imediatamente o leva ao desejo de saber por que um acontecimento semelhante aconteceu num lugar onde habita a santidade em sua máxima expressão. Na realidade, os quadros podem ser entendidos razoavelmente, para isso, é importante ter em conta que Apocalipse 12 é só uma visão. O que significa isso? Significa que ao invés de terem sido narrados a Yahuchanan os acontecimentos, foram-lhe apresentadas imagens em movimento. Pelo qual, sendo uma visão, temos que procurar à cada cena o significado apropriado. Sim, a visão de Apocalipse 12 foram representações na profundidade dos céus, que corresponderam a acontecimentos que ocorreram aqui na Terra, nos quais os seres espirituais, os seres simbólicos e os humanos estiveram envolvidos para mostrar a Yahuchanan o que sucedeu e o que estava por suceder.

Isto que se diz com respeito ao céu que se abre para mostrar coisas que sucedem na terra, é similar à visão de Kefa (Pedro), a qual diz assim: “E no dia seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Kefa ao terraço para orar, quase à hora sexta. 10 E tendo fome, quis comer; e, enquanto lhe preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos, 11 E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas

quatro pontas, e vindo para a terra. 12 No qual havia de todos os animais quadrúpedes e répteis da terra, e aves do céu. 13 E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Kefa, mata e come. 14 Mas Kefa disse: De modo nenhum, Yahuh, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. 15 E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que UL purificou. 16 E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se ao céu. 17 E estando Kefa duvidando entre si acerca do que seria aquela visão que tinha visto, eis que os homens que foram enviados por Cornélio pararam à porta, perguntando pela casa de Simão. [שליכים [Maaseh Shlichim (Atos dos Emissários) 9: 9-17 - מעשה

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Segundo estes versículos, o emissário Kefa teve uma visão na qual o céu se abriu para descer uma tela cheia de toda a classe animais imundos. A pergunta é: Há animais imundos? Ou seja: Há animais imundos no céu, ou esses animais eram só representações visuais de elementos sobre a terra? Notoriamente, o texto diz que aquela tela, com todos os animais imundos, foi recolhida novamente ao céu. Outra pergunta é: Na realidade essa tela com todos esses animais existiu ou existe lá onde mora a toda a divindade ou essa visão, sendo real, correspondia a elementos conhecidos por Kefa aqui na terra? A resposta proporciona-a o próprio Kefa já que mais tarde explica qual era exatamente o significado do que viu. É óbvio o porquê Kefa de forma alguma entendeu que a tela e todos os animais que lhe foram mostrados habitavam no lugar onde se lhe mostraram. De acordo ao modo com que Kefa estava a pensar, claramente se vê que não dá por verdadeiro que essa tela com os animais em verdade existisse no céu de Yahuh. Prova disso é o que o relato diz: “Enquanto Kefa estava perplexo dentro de si sobre o que significaria a visão que tinha visto”. Sim, para ele todo o espetáculo ante seus olhos não foi mais que uma visão, uma visão cujos elementos correspondiam a elementos que pertenciam à terra. Por isso que quando digo que a visão de Yahuchanan e a de Kefa foram reais, estou dizendo que não foram produto de sua imaginação, mas sim que realmente eles viram imagens em movimento. Quando digo que foram reais não digo que eram físicas ou materiais senão só uma representação percebida por meio dos olhos na qual lhes foram representados eventos correspondentes a realidades sobre a terra. Soa isto difícil de entender? Possivelmente sim, mas estas palavras são as que posso usar para explicar o que entendo respaldando-me em outras ocorrências nas Escrituras. Portanto, seria dificílimo, ou impossível de explicar como a visão de Kefa, a qual viu quando o céu lhe foi aberto; e a de Yahuchanan, a qual também viu no céu, possuam diferente natureza. Sendo que ambas possuem a mesma origem, então o leitor deve procurar na terra os elementos materiais correspondentes a cada visão. A Mulher O livro de Apocalipse menciona duas mulheres simbólicas, que historicamente nunca têm tido amizade devido à natureza de seus antecedentes. Uma delas é a mulher montada sobre uma besta [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 17:3 – “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres”], a qual é identificada como prostituta, embriagada com o sangue dos santos. Obviamente, essa mulher, sendo simbólica, representa a

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um poder religioso mundial, cuja história está repetidamente manchada pelo sangue daqueles que não se submeteram a seus caprichos idolátricos, e observem que ela se assenta sobre uma besta que tem 10 chifres, ou seja sobre uma nação líder que com mais dez aliados a ajudarão no seu intento maldito, mas que fazendo parte do plano de UL ajudará a desencadear a irá de Yahuh. A outra mulher é a que menciona Apocalipse 12 da qual estamos a falar aqui. A mulher que Yahuchanan vê na visão é uma representação simbólica da nação Yashuru. E à verdade, é que a nação Yashuru, em vários versículos das Escrituras, é representada como uma mulher, prova disso é:

“Passei outra vez junto a ti e te olhei, e tenho aqui que teu tempo era tempo de amores. Então estendi meu manto sobre ti e cobri tua desnudez; fiz-te juramento e entrei em pacto

contigo, diz Yahuh UL, e foste minha. Lavei-te com água, lavei teus sangues de em cima de ti e te ungi com azeite. Depois pus-te um vestido bordado, calcei-te de sandalinhas de couro,

cingi-te de linho e cobri-te de seda. Te ataviei com adornos, pus braceletes em teus braços e um colar em teu pescoço. Pus joias em teu nariz, brincos em tuas orelhas e uma formosa

coroa em tua cabeça” [Yechezkel (Ezequiel) 16: 8-12 - יחזקאל]

Por este modo com que Yahuh compara a Yashuru se pode entender que quando a Santa Escritura fala a respeito de uma mulher por meio de símbolos, ou profeticamente, tem de se entender que se refere ou bem ao povo de Yashuru ou a qualquer organização como aquela sentada sobre uma besta escarlata. Por conseguinte, quantas vezes seja mencionada aqui a mulher de Apocalipse 12, saiba-se que se está a mencionar à nação de Yashuru, o povo escolhido de Yahuh. Conforme as cenas vão sendo explicadas vai-se entendendo que todas elas são uma história levada a cabo ao longo de vários séculos, porque a visão deste capítulo, ainda que refere-se diretamente a acontecimentos tocante a Yashuru, maravilhosamente mostram como, que se relacionam com o plano de redenção divina para o povo de Yahuh cujas raízes profundas originaram-se no povo das promessas—Yashuru. Maravilhosamente mostram como o desenvolvimento da história conduz a ver que a humanidade inteira também esteve envolvida e será bendita no final por causa da descendência de Avracham. Seu Vestido Como foi dito acima, “a aparência da mulher é assombrosamente impressionante, sem igual em toda a Palavra de Yahuh”. Ela é apresentada coberta completamente pelo brilho do sol ou, como diz o texto, “vestida do sol”. O sol é o símbolo da justiça divina, a qual vem quando está-se obedecendo a lei de Yahuh. Coloquemos cuidadosa atenção ao seguinte texto com o

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qual isso fica comprovado: “Mas para vocês, os que temeis meu nome, nascerá o sol de justiça e em suas asas trará salvação. Saireis e saltareis como bezerros da manada. Pisoteareis aos maus, os quais serão cinza baixo as plantas de vossos pés no dia em que eu atue, diz Yahuh dos exércitos. Lembrem da lei de Moshe, meu servo, ao qual encarreguei, em Horebe, ordens e leis para todo Yashuru” [מלאכי - Malachi (Malaquias) 4:2-4] Assim, que a mulher seja apresentada vestida do sol, significa que está coberta da justiça divina proveniente da lei; pois como pudemos observar Malaquias menciona o sol de justiça mencionando ao mesmo tempo a lei que lhes foi dada em Horebe. Que a nação yashurum foi vestida, ou coberta com a justiça divina, foi verdade a partir do momento em que foi estabelecido o pacto no monte do Sinai; porque a partir desse então Yashuru esteve a ser justificado por Yahuh de todas as suas transgressões uma vez ao ano na grandiosa solenidade do dia das expiações (dia 10 do sétimo mês Lunissolar), ficando refulgente ante os olhos divinos ao ser-lhes apagadas todas as suas transgressões. Em Romanos 9:31 Shaul refere-se a essa lei precisamente sob esse qualificativo, isto é de lei de justiça. “...enquanto Yashuru, que ia depois de uma lei de justiça, não a atingiu...”. E certamente, a nação nunca pôde se cobrir da justiça por si mesma, mas a justiça a cobriu. Desta maneira entende-se que as vestiduras da mulher são refulgentes porque são um símbolo da justiça que atingiu ao se ter aliado a Yahuh por meio do pacto/aliança feito no Sinai. Sua Coroa A coroa sobre a cabeça da mulher não representa realeza, mas sim honra, um estado especial, que por ser exclusiva, nenhuma outra nação a possui. Um exemplo para provar isso encontramos em [ירמיהו - Yirmeyahu (Jeremias) 13: 18 – “Dize ao rei e à rainha: Humilhai-vos, e assentai-vos no chão; porque já caiu todo o ornato de vossas cabeças, a coroa das vossas cabeças”] A coroa de glória caiu do reino de Yahudah quando foi levada em cativeiro a Babilônia; e esse evento serve para demonstrar que a palavra “coroa” nem sempre significa realeza senão também uma elevada posição. Por conseguinte, ao ser-lhe apresentada a Yahuchanan a visão de uma mulher com uma coroa sobre sua cabeça, é-lhe mostrada a gloriosa categoria outorgada divinamente à nação de Yashuru. As Doze Estrelas As doze estrelas da coroa simbolizam os doze patriarcas de onde a nação se formou. Em carácter de povo, Yashuru atingiu sua elevada posição por meio de seus fundadores, isto é,

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devido a quem serviram de base para sua existência. Observe, [דברים - Devarim (Deuteronômio) 7:7-8 – “Yahuh não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos; 8 Mas, porque Yahuh vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, Yahuh vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito”] isso testemunha que o povo foi posto no alto por Yahuh devido às promessas feitas a Avracham, Isaac e Yakov, de onde nasceram os doze patriarcas. (Embora saibamos que depois foram agregados mais dois filhos de Yosef aos filhos de Yakov, tornando Yashuru, 12 tribos mais os Levitas separados para o sacerdócio e sem herança). O registo escritural fortemente sugere que os doze patriarcas encaixam como as doze estrelas da coroa. Isto está testificado em [בראשית - Bereshit (Gênesis) 37: 9 cujo texto diz: “E teve Yosef outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim”]. Yosef, o que foi vendido no Egito, teve um sonho relacionado a ele e a sua família, nele viu ao sol (Yakov), à lua (Raquel, a esposa de Yakov), e a onze estrelas (seus irmãos). Neste último, os irmãos de Yosef ainda somavam onze, e ele seria o décimo segundo para completar as doze estrelas da coroa. A LUA Não há dentro da Palavra de Yahuh um texto no qual a lua esteja posta como símbolo profético, pelo qual, muito pouco se pode falar dela. Com as reservas do caso poderia dizer-se que é uma representação simbólica de Raquel.

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PARTE 2 AS DORES DE PARTO

“E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz”

[Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 2 - גלינא] Só por meio dos olhos do entendimento é que pode se olhar com clareza as razões pelas quais a nação é apresentada num quadro extremamente comovedor. Porque certamente o momento em que uma mulher está a ponto de dar à luz reveste profundo respeito em quem a observa. Essa é a causa pela qual a nação yashurum é apresentada em tão comovedora cena, precisada, indubitavelmente, de uma mão que lhe fosse estendida em sinal de ajuda. O quadro é apresentado para mostrar a uma nação necessitada de entendimento e de força, que ninguém, exceto um, podia lhe dar, um de quem está escrito: “Esquecer-se-á a mulher do que deu a luz, para deixar de compadecer-se do filho de seu ventre? Ainda que ela o esqueça, eu nunca esquecer-me-ei de ti!”. [ישעיהו - Yeshayahu (Isaías) 49:15] Nos momentos mais difíceis UL nunca abandona a Yashuru porque ainda que em repetidas vezes o povo tem caído em transgressões, a misericórdia divina nunca lhe faltou, nem faltar-lhe-á. E quando os problemas lhe são extremamente críticos como o foram as “dores de parto”, Yahuh esteve extremamente atento ao desenvolvimento dos acontecimentos. Assim, os fatos históricos estiveram ausentes desse momento tão angustioso, com tudo, os resultados seriam de sublime valor para toda a humanidade, porque o filho da mulher alumiaria ao mundo com a luz das boas novas do Reino. Yahuh foi sombra e escudo protetor para Yashuru quando as profecias que guardam estreita relação com o momento de “dar à luz” vieram a seu cumprimento, para que nada nem ninguém estorvasse os planos divinos que deviam se cumprir. Essas profecias foram resumidas por Shaul ao dizer: “Mas quando veio o cumprimento do tempo, Yahuh enviou a seu Mashiach...”. [גלטיא (Gálatas) 4: 4] Sim, Yahuh esteve atento a um acontecimento sumamente importante que estava para ocorrer, assistindo a Yashuru em seus momentos espiritualmente difíceis porque o tempo em que o Mashiach devia nascer na terra tinha chego. As “dores de parto” estavam presentes, mas

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por ser esta uma visão simbólica, têm de se procurar os significados equivalentes, mesmo porque se encontram em duas formas: na forma religiosa e na política. No religioso pode ver-se que Yashuru tinha caído numa rede da qual não podia se livrar; era uma rede fabricada pelo pensamento humano, que tinha posto de lado a lei divina e tinha dado lugar a que o pobre raciocínio humano tomasse o lugar principal. Os “mandamentos de homem” e o lucro das autoridades yahudim eram o tema predominante; bem que no espiritual o povo sofria convulsões. Por disposições divinas que nunca entenderemos, Yashuru se encontrava sofrendo, espiritualmente falando, uma situação que apesar de ser penosa, era a necessária para que as profecias tocantes ao Mashiach, que teria de nascer da descendência de Dauid, se cumprissem. Na política, Yashuru estava numa encruzilhada que décadas mais tarde conduzi-lo-iam a sofrer horríveis massacres e o desterro. Porque antes que o Mashiach estivesse por nascer, a nação tinha caído baixo o domínio romano do qual não podia se livrar. De ambas situações não podia sair, e Yahuh as tomou como sendo o momento apropriado para que o Mashiach prometido desde Bereshit (Gênesis) 3: 15 nascesse na terra no meio de situações angustiosas. Seguramente para UL esses momentos de abatimento espiritual eram adequados para que seu Mashiach viesse a nascer. Assim, a vinda do renovador da aliança por fim tinha chegado. Para o Altíssimo, a grande oportunidade de salvação para todo o Yashuru em diáspora por todo o mundo estava por iniciar-se; mas no mundo dos espíritos a situação era fortemente convulsiva, pois o diabo trataria de impedir os planos divinos, sem êxito é claro. A semelhança de uma cena que tinha acontecido uns milhares de anos dantes, a situação estava para se repetir. A história na Palavra diz: “E viveu Lameque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho, 29 A quem chamou Noah, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que Yahuh amaldiçoou” [Bereshit (Gênesis) 5: 28, 29] Uns três mil anos antes do nascimento do Mashiach Yahushua, a humanidade antediluviana estava numa terrível situação de desesperança, de dor e de angústia devido ao pecado, precisada de ajuda para fazer que as coisas horríveis chegassem a seu fim. Indubitavelmente Lamek, o pai de Noah, esperava que UL pusesse fim àquela situação não porque tivesse escassez de alimentos ou porque tivessem dirigentes despóticos que estivessem a fazer sofrer aos débeis, senão porque os que temiam a UL tinham caído em pecado. Lamek gemia em seu interior, e sabia que por fim tinha chegado o momento em que a caótica situação espiritual ia terminar bem, com grande satisfação e calmaria: “Este aliviar-nos-á de nossas obras e do trabalho de nossas mãos na terra que Yahuh amaldiçoou”. Seguramente, as palavras de Lamek foram uma profecia que seu filho Noah ia cumprir, o qual assim foi, o tempo da redenção veio para os temerosos de Yahuh. A situação dos tempos quando o Mashiach estava para nascer não era diferente, como nos dias de Lamek, outros temerosos de UL que estavam vivos quando a mulher “estava para dar à luz”, também gemiam esperando o

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momento em que UL enviasse àquele que ia pôr fim ao penoso estado espiritual no qual Yashuru tinha caído. Um servo de Yahuh exclamou: “Agora, Yahuh, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; 30 Pois já os meus olhos viram a tua salvação, 31 A qual tu preparaste perante a face de todos nossos irmãos entre todos os povos; 32 Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Yashuru” [לוקא - Luka (Lucas) 2: 29-32] Era necessário a Yashuru ter algum alívio para a penosa situação que durante séculos tinha estado padecendo devido a ter se afastado da vontade divina, pelo qual o momento tinha chegado. O piedoso sacerdote Zecharyah (Zacarias) teve a grande mordomia de ver nos últimos momentos de sua vida que a solução que poria fim aos problemas da nação tinha chegado. Desta maneira, as palavras do sacerdote Zecharyah (Zacarias) encaixam justamente após que a mulher gritava devido a suas dores de parto.

<<<<<>>>>> PARTE 3 O GRANDE DRAGÃO VERMELHO

“E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres,

e sobre as suas cabeças sete diademas” [Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 3 - גלינא]

A cena com o diabo presente imediatamente diz quão perigosa era a situação que se estava a dar em ambos aspectos, o material e o espiritual. E na verdade semelhante convulsão nunca foi conhecida pelos moradores da terra no passado, e provavelmente também não é conhecida pelos moradores na época, ainda que devido a eles é que a situação estava terrivelmente convulsionada; porque o momento tinha vindo em que o renovador da aliança teria de vir a vencer com sua morte ao diabo para pôr o perdão divino e a salvação ao alcance de todas as

ovelhas perdidas da casa de Yashuru. A convulsão religiosa e política têm sido em todo momento as armas com que Satanás causa confusão para tirar o perdão divino e a salvação ao alcance de todo o povo de Yahuh. A convulsão religiosa e política têm sido em todo momento as armas com que Satanás causa confusão para tirar o melhor proveito. Satanás é mau porque assim foi criado, a imagem sinistra, agressiva e repulsiva, grotesca e mal intencionada, cheio de ódio insaciável e sempre pronto para danificar tudo à sua volta. Como vemos em Apocalipse 12 é sua real natureza desde que foi criado. O diabo nunca foi um anjo celestial dotado de extraordinária beleza como a tradição o coloca, mas sim um ser

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essencialmente mau em todo o sentido do significado. Em Apocalipse 12, o diabo é visto em forma de dragão, o qual tem estreita semelhança com sua figura original de serpente roliça; ao mesmo tempo são-lhe agregados uns símbolos: “E eu disse ao anjo que falava comigo: Que são estes? E ele me disse: Estes são os chifres que dispersaram a Yahudah, a Yashuru e a Yahushalayim” [זכריה - Zecharyah (Zacarias) 1: 19] Yashuru do norte (Efrayim) foi a diáspora quando conquistado pela Assíria, Yashurum do sul (Yahudah) foi conquistada e varrida de sua terra pela Babilônia, nações que o profeta descreve como cornos (chifres), de onde podemos entender que ao ser descrito o dragão possuindo dez cornos esses representam dez nações guerreiras cuja força possui sua base em Satanás. Estas sete cabeças identificam a sete reis; e resulta intrigante ver que sendo sete reis sejam dez cornos, o qual significa que há três reis com dois cornos a cada um. Em verdade, a história da humanidade é demasiada intrincada para identificarmos acertadamente quem podem ser esses sete reis e esses dez cornos ainda que tentativas para os identificar têm sido feitas por muitos, mas podemos interpretar isso da seguinte forma: Observe que no capítulo 17 de Apocalipse encontramos novamente a mesma fera: [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 17:3 – “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres”] Sabemos que os Hunos/Assírios (Alemanha) criaram a União Europeia, e que a lideram, tendo total controle sobre esses países por causa da crise financeira de toda a Europa. Mas sabemos que esta união é formada hoje por 23 países e caindo de número. Terão que chegar a 10. Retornaremos a esse assunto mais adiante. Voltemos a cena do dragão querendo tragar o filho. O leitor da Palavra de Yahuh deve se aprofundar nesta cena para ver como o diabo estava preparando-se para o momento em que o filho da mulher ia nascer, pois sua preparação incluía, como já se disse, a desestabilização de Yashuru tanto na parte religiosa como na política. É importante que o leitor recorde que as cenas do diabo cheio de ira vistas “no céu”, foram apresentadas a Yahuchanan apenas como um reflexo das realidades que ocorreram e ocorrerão aqui na terra. Recorde-se que a mulher é a nação de Yashuru, e o filho que ia nascer é Há Mashiach Yahushua. Yashuru estava na Terra, e o Mashiach nasceu na terra, tendo pais terrenos. Portanto, o dragão é visto no céu preparado para matar ao menino só como parte da visão de uma realidade que estava por ocorrer na terra, já que o trabalho diabólico estava em seu apogeu aqui na terra que foi o lugar onde tentou impedir que o menino nascesse.

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PARTE 4 TRABALHO PREPARATIVO DO DIABO PARA SUA GRANDE TENTATIVA “E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do

céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou

diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho”

Gilyahna - גלינא](Revelação/Apocalipse) 12: 4]

O diabo é apresentado nesta visão desenvolvendo um trabalho bastante ativo;

mas deve saber-se que esse trabalho o esteve preparando durante séculos antes do nascimento de Yahushua Há Mashiach, de fato, este texto também pode ser corretamente vertido como dizendo que com a sua cauda o diabo arrastava essas estrelas, o qual corretamente diz que o trabalho de arrastar e derrubar essas estrelas ocorreu durante um tempo bastante prolongado. A cauda do dragão tem uma explicação que deve ser analisada à luz da Palavra porque seu significado é bastante surpreendente. De fato, há que pesquisar dentro da Palavra de que maneiras é que o diabo, com sua cauda, tinha estado derrubando grande quantidade de estrelas. E também, há que procurar na Palavra que são essas estrelas e como foram derrubadas. A CAUDA Se a interpretação que estou a fazer de Apocalipse 12 fosse controversa, minha interpretação do que entendo que é a cauda da serpente poderia o ser mais. Com tudo, seja o amável leitor o que decida. Possivelmente um dos aspectos mais difíceis de entender de Apocalipse 12 seja a informação na qual o diabo é apresentado levando a cabo três atividades numa mesma cena, são a saber: 1. Estava em frente à mulher esperando que o menino nascesse para o devorar. 2. Junto com seus anjos estava a sustentar uma grande batalha contra o arcanjo Miguel e seus anjos. 3. Com sua cauda arrastava a terceira parte das estrelas do céu até derrubá-las na terra. A simples vista entende-se que as três ações se desenvolvem num tempo bastante

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curto, mas não foi assim, devemos recordar que esta é uma visão de breves momentos; porém o desenvolvimento da cada ação na terra tomou um tempo bastante prolongado. Quanto tempo pôde ter estado o diabo esperando que o Mashiach nascesse para o matar? Por incrível que pareça, ele o esteve a esperar a partir do momento em que lhe foi declarado que a seu devido tempo nasceria o Mashiach, cujo relato está em [בראשית - Bereshit (Gênesis) 3: 15 – “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”] Quanto tempo pôde ter tomado o desenvolvimento da batalha? Se toma-se em conta que ao que parece a batalha se relaciona com o aparecimento do Mashiach de UL, então pôde ter durado uns três anos e meio, em cujo tempo seu propósito consistiu em pôr tropeços ao trabalho de Yahushua Há Mashiach por meio de tentações e das tentativas do querer matar valendo-se de alguns escribas e fariseus.

Quanto tempo lhe tomou derrubar as estrelas do céu? Possivelmente tomou-lhe não menos de trezentos anos. É importante observar detidamente o texto em consideração para chegar à conclusão de que as três ações não se levaram a cabo na ordem em que o texto as coloca. Pelo qual, possivelmente, a ação que o diabo levou a cabo com sua cauda ocupa o primeiro lugar, o segundo o ocupa o nascimento do menino junto com a batalha

com o arcanjo Miguel. Sendo pois sua cauda um símbolo, vamos agora ao que entendo dela... “Assim Yahuh cortará de Yashuru a cabeça e a cauda, o ramo e o junco, num mesmo dia 15 O ancião e o homem de respeito é a cabeça; e o profeta que ensina a falsidade é a cauda. 16 Porque os guias deste povo são enganadores, e os que por eles são guiados são destruídos”. [Yeshayahu (Isaías) 9: 14-16 - ישעיהו] Que relação tem Yeshayahu (Isaías) 9: 14-16 com Apocalipse 12? Nenhuma com certeza, mas cito-o para mostrar ao leitor o significado que Yahuh dá aos falsos profetas e dirigentes. A cauda do diabo na visão de Apocalipse possui um significado que deve ser decifrado para entender como foi que com sua cauda “arrastou a terceira parte das estrelas do céu”. Ao longo dos séculos, Satanás golpeou duramente a Yashuru valendo-se de diversos meios, um dos quais foi a utilização de gente de dentro do povo que lhe serviu. Essa gente foram os falsos profetas e os líderes que repetidamente desviaram ao povo para a idolatria. Teve profetas que fomentaram a idolatria no povo e influíam sobre os reis para fazer pecar a Yashuru. Temos que recordar que simultaneamente dos genuínos profetas de Yahuh sempre existiram pessoas que pretendiam o ser, eles se dedicavam a enganar o povo e a torcer seus caminhos até fazê-los cair. Distinguir entre os genuínos profetas e os falsos na verdade era difícil; e tão grave veio a ser a situação que inclusive Yahuh instruiu ao povo sobre que fazer para evitar cair

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em confusão. “Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. 21 E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que Yahuh não falou? 22 Quando o profeta falar em nome de Yahuh, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que Yahuh não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele” [דברים -Devarim (Deuteronômio) 18: 20-22] Sim, estes falsos profetas abundavam, e causavam muito mal ao povo porque o desviavam de sua obediência ao Altíssimo, acarretando com seu mau proceder morte e desolação. Ainda com toda a prevenção divina, essas pessoas foram exitosas em seu empenho enganador. É impossível rastrear na Escritura o número deles; mas sim é verdade que existiram desde muito cedo na vida de Yashuru como nação, e existem até o presente. Pois bem, esse tipo de profetas, que existiam aos montes entre o povo, chegou a ter um qualificativo pouco honroso, aos quais Yahuh identifica como “cauda”. Essa é a cauda com a qual Satanás arrastava a terceira parte das estrelas; porque toda a pessoa que fala em nome de Yahuh, tendo propósitos de maldade, não é de UL senão do maligno. O diabo se vale deles para danificar a fé e estragar a obediência do povo. Assim, uns sacerdotes fizeram tropeçar ao povo lhe orientando por maus caminhos, enganando-os e colaborando para que o paganismo fosse introduzido na crença do povo, o qual era uma oferenda que lhe apresentavam ao diabo. A história regista um caso que sucedeu uns séculos antes do nascimento de Yahushua Há Mashiach, no qual um rei pagão se valeu de alguns dirigentes para dominar o povo; esses indivíduos, servindo ao maligno, foram também a cauda de Satanás. O profeta Daniyahu declarou o que ocorreria ao povo quando fosse invadido pelo rei idólatra Antíoco IV Epífanes que, se valendo da desonestidade de alguns yahudim, golpeou severamente aqueles que viviam em obediência à voz divina; o modo tão curioso com que é mencionado serve efetivamente entender coisas interessantes com relação à Apocalipse 12: 4 “E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho” [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 4]. Observem as palavras de Daniyahu com relação à Antíoco: “E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou” [Daniyahu (Daniel) 8: 10]. Esta profecia claramente faz menção à atitude altiva com que aquele rei sírio arremeteu em seu sonho de conquistar a Yahudah, e como focou sua atenção destruidora contra “o exército do céu”, o que significa que Antíoco não só arremeteu na contramão do povo senão que sua meta destruidora focou contra os sacerdotes Levitas, sabendo que ao atacar aos Levitas, que eram os encarregados do serviço no Templo, fácil lhe era destruir a adoração a Yahuh. Segundo a história, sua maldade blasfema levou-o a sacrificar uma porca sobre o altar de UL e a profanar o Templo com toda a sorte de maldades e imundices e a até introduzir ídolos nele, e fez tudo isso tendo ao seu lado a sacerdotes e dirigentes do povo.

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A cauda de Satanás, ou sejam os líderes yahudim que enganavam ao povo pervertendo o direito, fez a milhares se desviarem do reto caminho até os fazer cair do caminho no qual tinham sido postos por seu UL. O modo com que Antíoco é descrito nesta profecia é uma mistura de elementos reais e simbólicos, chegando ao nível de descrevê-lo como “crescendo até atingir as estrelas do céu e derrubá-las”; o que significa que suas ações as conduziu até Yashuru onde saqueou o Templo e matou muito povo. As estrelas do céu eram os yashurum, e o exército do céu eram os sacerdotes levitas, aos quais jogou por terra, isto é os golpeou severamente até anular suas funções sacerdotais, e o fez por meio de pessoas que lhe prestaram seus serviços porque desejavam a liderança em Yashuru. Tanto o historiador judeu Flavio Josefo, como o Primeiro Livro dos Macabeus, conta com grandeza de detalhes como o povo sofreu destroços, e como o sacerdócio Levita foi golpeado severamente, tudo, porque a cauda do diabo arremeteu com violência. Quando Daniyahu em seu livro no capítulo 8: 10 diz que Antíoco “cresceu até”, significa que pôs seu olhar destruidor contra o povo de Yashuru incluindo ao sacerdócio e ao Templo para causar dano. Assim mesmo, ao ler o que fez, e como procedeu para roubar os tesouros do Templo, e como depôs aos sacerdotes legítimos para colocar a burladores, se conclui facilmente que as “estrelas do céu”, e o “exército do céu” são o povo e os sacerdotes de Yahuh. Na realidade não é requerida nenhuma interpretação profunda para entender quem são os designados pelo profeta com tão elevados títulos. A interpretação dos símbolos mencionados em Daniyahu 8: 10 deve-se levar em conta no momento de interpretar as cenas de Apocalipse doze onde o diabo, com sua cauda, arrastava a terceira parte das estrelas e derrubava-as. E leva a entender que o propósito de Satanás contra o povo das promessas tem sido sempre de destruição, de encantamentos e misticismo. E dessa forma, ou seja, ocorrendo no material e não no espiritual, como muitos místicos querem nos dizer, agora nos aproximamos da grande terceira guerra mundial o que nos levará a guerra do Armagedom, guerra na qual Satanás, com a sua cauda levantará, isto é, a todos os povos da terra a ir contrário ao povo escolhido. Portanto, simbolicamente, observe “simbolicamente” não misticamente, cauda é um qualificativo respectivo para aqueles que são instrumentos diabólicos que levam mensagens falsas ao povo para torcer seu caminho. A intervenção desse tipo de pessoas não ocorreu só nos tempos antes de Yahushua Há Mashiach, mas em todos os tempos. Assim, quando a boas novas do reino começaram a ser pregadas nas nações, para o ajuntamento de todo o povo Yashuru em diáspora, Satanás causou dano aos líderes yahudim aos quais confundiu e os fez trabalhar a seu favor, o qual pode se ver lendo os escritos apostólicos que narram como alguns sacerdotes, impulsionados por ele (Satanás), se opuseram totalmente aos ensinos do reino.

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Um aspecto interessante de Apocalipse 12, que deve ser levado em conta, é que tanto as personagens como suas ações, giram ao redor de três principais: Yashuru, o diabo, e Yahuh. Yashuru, sendo o povo das promessas, cumprindo tudo quanto deles está profetizado. O diabo, sendo o inimigo, sempre tratando de impedir que as profecias se cumpram, sobretudo aquelas que contêm promessas. Yahuh, por sua vez, sempre defendendo a seu povo, evitando que o maligno anule, modifique ou impeça todo quanto deve se levar a cabo segundo os planos divinos, tanto no céu como na terra. Desta maneira é como através dos séculos Satanás, com sua cauda, vem infligindo severos golpes ao povo de Yashuru, e tentou dar seu grande golpe quando tentou matar àquele ia a nascer no seu seio do povo, provindo da tribo de Yahudah isto é, Yahushua Há Mashiach, filho de Yosef e Miriam.

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PARTE 5 PREPARADO PARA O GRANDE GOLPE

“... e o dragão parou diante da mulher que

havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe

tragasse o filho...” Gilyahna (Revelação - גלינא]

/Apocalipse) 12: 4b]

Como dissemos no capítulo anterior, o elemento tempo tem um papel importante no

desenvolvimento histórico dos acontecimentos que são demonstrados em Apocalipse 12, assim é com esta passagem. Satanás estava consciente que ao tempo assinalado a mulher daria a luz a seu filho, pelo qual ele estava atento, vigilante, sendo serpente, pronta para atacar a sua vítima. Ele sabia que os profetas, ainda desde o patriarca Yakov, em [בראשית - Bereshit (Gênesis) 49:10 = “E aconteceu que, vendo Yakov a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe, chegou Yakov, e revolveu a pedra de sobre a boca do poço e deu de

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beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe”], tinham anunciado a chegada desse filho, portanto sempre atacou a Yashuru tentando o destruir para evitar que as profecias se cumprissem. Porque por mais curioso que pareça, se há um ser que ansiosamente vigia o cumprimento das profecias, esse é o diabo, porque suas tentativas são sempre encaminhadas a procurar maneiras de como tirar proveito. Por isso, sabendo que o momento tinha chegado, se preparou para impedir que o menino nascesse e se desenvolvesse sobre a terra. Gloriosamente, o menino nasceu e imediatamente foi posto baixo custodia do Altíssimo UL. Quem senão o diabo pôde ter sentido mais profundamente o terrível impacto das palavras de sentença pronunciadas contra si em [בראשית - Bereshit (Gênesis) 3.15: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”]. O momento do grande confronto mencionado em Bereshit (Gênesis) 3:15 entre a mulher e a serpente por fim tinha chego e um dos dois teria de obter a melhor parte, a qual por justiça correspondeu à mulher. “Ferir na cabeça e ferir no calcanhar” não possuem significados literais senão simbólicos, ambos denotam confronto e golpes, um poderosamente forte e o outro de alcances débeis, ainda que essa debilidade não signifique carência de importância. Ao observar o texto surge a pergunta a

respeito de quem foi designado por UL para ferir a Satanás, isto é, se foi a mulher ou sua semente; por isso, minha interpretação se inclina a dizer que foi o filho da mulher o encarregado de tão grande proeza. Sim, a serpente será golpeada severa e mortalmente pela semente da mulher, enquanto os golpes com que o diabo arremeteu não foram determinantes como para o declarar vencedor, por conseguinte, o momento em que o diabo vai sentir os efeitos de sua derrota já está determinado, o qual será no dia do julgamento final quando vai ser lançado ao lago de fogo para ser consumido.

Com toda a segurança pode dizer-se que nenhum dos homens terrenos anos soube que o diabo estava frente à mulher, esperando que o menino nascesse para o devorar, porque a ação ocorreu no mundo espiritual que unicamente é presenciado pelos anjos e pelas milícias espirituais comandadas por seu príncipe—o diabo. A partir do ano 98 do primeiro século o souberam porque a Yahuchanan foi-lhe revelado, para que se possa ver o perigo em que esteve a humanidade. Este estudo que estou a fazer cumpre esses propósitos informativos para muitos

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que a partir de hoje podem ter a seu alcance uma narração, que apesar de curta bastante verdadeira, dos eventos envolvidos na visão de Apocalipse 12.

<<<<<>>>>> PARTE 6 O GOLPE PODEROSAMENTE IDEALIZADO

“E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi

arrebatado para Yahuh e para o seu trono” [Gilyahna (Revelação /Apocalipse) 12: 5 - גלינא]

Quiçá a porção textual mais maravilhosa de todo este capítulo doze seja a referente ao filho da mulher pois se pode ler: “E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Yahuh e para o seu trono” Yahushua Há Mashiach nasceu de Yashuru, o qual as profecias dão declarações que dissipam qualquer dúvida de que foi a respeito dele de quem estava anunciado que haveria de vir. Isto de que vai reger às nações com vara de fero cumprir-se-á com aquelas nações que o recusem e que estejam vivas ao momento de sua segunda vinda à terra, já que serão regidas com verdadeiro rigor. Com certeza que este verso 5, sendo profético, abraça dois aspectos a respeito de Yahushua Há Mashiach que ainda que lhe correspondem, não têm sido colocados em ordem cronologica, por isso, sua qualidade de Rei de reis e Senhor de senhores que será efetiva em seu Reino de mil anos tem sido colocada em primeiro lugar, depois é mencionada a intenção que o diabo tinha de o matar justamente quando nos dias de seu nascimento se tinham cumprido. Jamais na história do acontecer espiritual se contou de um acontecimento tão glorioso e triunfante como o que se cumpriu quando a mulher deu à luz a seu filho. É glorioso e triunfante porque isso foi sinal de vitória contra o diabo.

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PARTE 7 A MULHER FUGIU

“E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por UL, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e

sessenta dias” [Gilyahna (Revelação /Apocalipse) 12: 6 - גלינא]

Sabendo com antecedência o que ia suceder, Yahuh planejou que a mulher fugisse do confronto que tinha com o diabo, e lhe preparou um lugar no deserto para que lhe servisse de refúgio. Em

verdade, a palavra “fugir” nem sempre significa escapar por medo a algo, ou escapar em retirada devido a uma iminente derrota. Mas como nesse caso, essa fuga era um plano divino para evitar que o diabo continuasse lhe causando danos. Ou seja, essa fuga na realidade não foi outra coisa senão que Yahuh a retirou do lugar onde estava porque tinha planos específicos nos quais ela jogaria um papel determinante. O texto diz que a mulher fugiu ao deserto. Este deserto não é literal senão simbólico, e representa às nações do mundo. Uma referência a esse significado o lemos em [יחזקאל - Yechezkel (Ezequiel) 20: 35 – “E vos levarei ao deserto dos povos; e ali face a face entrarei em juízo convosco”]. Este texto o cito apenas para mostrar o significado simbólico que possui a palavra “deserto”. Porque quando é mencionado em profecia, nem sempre possui sentido literal mas sim um sentido totalmente diferente. Esse significado (nações da terra) é o que possui em Apocalipse 12:6. Portanto essa “fuga”, como se acaba de dizer, fez parte dos planos divinos, e está estreitamente unida a eventos históricos que a levaram às nações porque os exércitos do Império Romano foram os promotores de sua saída ao deserto. A história de Yashuru conta de pelo menos duas dispersões; uma quando os conquistadores assírios (Yashuru do norte) e babilônios (Yashuru do sul) os tiraram de sua terra, e a outra quando os romanos os retiraram e proibiram-lhes regressar a Yahushalayim. Conquanto a história diz que os romanos expulsaram aos yahudim de sua terra, a visão mostra que foi Yahuh quem os retirou pois ele tinha planos que iriam favorecer às nações. Sim, ainda que pareça espantoso o que digo não por isso deixa de ser verdadeiro, já que a saída dos yahudim, e muito antes do Yashuru do norte, são formas de cumprir a Sua promessa feita a Avracham de que na descendência dele todas as nações seriam benditas. Isto que estou a dizer requer de bastante informação, a qual, conquanto está disponível, requer de abundante espaço em vez deste que lhe atribuí. Bastam estas poucas linhas para entender que a fuga da mulher

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ao deserto estava nos planos divinos para um subsequente benefício espiritual para a humanidade. (Quem quiser aprofundar-se nesse assunto leia o estudo “O PACTO” que pode ser lido, impresso ou baixado no endereço web: www.benefrayim.org.br/apostilas.htm )

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Gilyahna Revelação (Apocalipse) 12 – Uma guerra do - גלינאdiabo contra Yashuru

PARTE 8

A história de Yashuru no cativeiro Assírio e Babilônico, narrada pelos profetas, é dolorosa e digna de compaixão; apesar de que eles faltaram com seu compromisso de obediência que juraram ao pé do Monte Tzion pelo qual sofreram intermináveis angústias. No entanto, as consequências que lhes sobrevieram a partir do ano 70 EC. não foram menos angustiosas, mas com certeza foram bem mais dolorosas devido ao prolongado do sofrimento físico e aos contínuos vexames de que foram objeto por parte dos pagãos das nações onde chegaram por vontade própria ou foram levados por ordem do Sacro Império Romano. (Observação a diáspora do Yashuru do norte com certeza muito mais longa, dede 421 AEC. Mas nossos irmãos acabaram perdendo a consciência de serem yashurum e portando puderam viver tranquilamente entre as nações e

assim espalhar a semente de Avracham). Não me é possível precisar quando começaram a se contar os mil duzentos sessenta dias (ou anos proféticos) que a mulher devia permanecer no deserto, o mesmo digo a respeito de quando terminaram. O que sim me é possível saber é que essa mulher é o povo de Yashuru. Porque ainda que alguns historiadores, sugerem que essa mulher seja a “igreja de cristo”; na realidade o relato na Palavra de Yahuh fortemente demonstra ser ela o povo de Yahuh, Yashuru, após tudo, essa nação é a mulher que deu a luz ao restaurador da aliança, enquanto a igreja como sabemos trata-se de uma invenção do Sacro Império Romano. As tentativas de colocarem à igreja de cristo como a mulher no deserto sugere uma metamorfose para a qual não se encontra base ou respaldo na Palavra de Yahuh; e na verdade, o profeta identifica o povo de Yahuh como o remanescente de sua semente "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os

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mandamentos de Yahuh, e têm o testemunho de Yahushua Há Mashiach" [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 17] – (Sobre o povo de Yahuh, a descendência, falaremos mais para frente). Só o leitor com suficiente experiência e com olhos abertos por permissão do Pai pode, ainda que com dificuldade, diferenciar entre os yahudim (judeus) e o povo de Yahuh (Todo o Yashuru, todas as tribos) no deserto (nas nações). Porquê enquanto a mulher fugiu ao deserto, ou seja, aos povos do mundo onde continuaram mantendo sua fé na lei e na Palavra de Yahuh (no caso dos yahudim); os outros de sua semente foram espalhados entre as nações e perderam a sua identidade, fé e crença de povo yashurum tornando-se pagãos. Ainda que são dois grupos totalmente opostos, um baseado nas escrituras, a nação criada pelo próprio Criador (Yashuru) e outro baseado na fé do jesus do cristianismo que foi sendo criado pelos gregos e romanos helenistas, a partir do segundo século, sua diferença de jeito nenhum foi objeto de atenção nem pelo Sacro Império Romano nem pela Religião Cristã (Igreja Católica Apostólica Romana) que entre os séculos dois ao quinto teve um grande crescimento; já que ambos grupos possuíam um elemento comum, diziam servir ao Criador da Palavra de Yahuh. Quer seja por desdém, ou por falta de vontade de diferenciar ambos grupos, os “pais” (que prefiro chamar de padrastos) da Igreja que por falta total de entendimento da Palavra e do Plano de Yahuh para a redenção de todo Yashuru, tiveram fortes batalhas verbais contra os yahudim devido à circuncisão que estes queriam fazer prevalecer em um mundo totalmente pagão carente e desprovido do chamamento divino (Yahuchanan (João) 6: 44). Portanto assim começou a confusão, e acabaram por colocar a igreja pagã como tendo herdado o lugar do povo da Nação Yashuru o que se mantém para os cegos até o dia de hoje. Na verdade, algumas seitas “cristãs” de origem yahudim são mencionadas, entre elas duas bens CONHECIDAS: a seita dos Nazarenos e a seita dos Ebionitas. Sempre que são mencionadas não é para ponderá-las senão para as apresentar como grupos de gente herege ( o que na verdade são, pois não são nem do povo Yashuru e nem do Sacro IMpérop Romano, sendo estes uma mescla dessas duas imundices), empenhada em manter um tipo de crenças totalmente discordes com o modo em que a Igreja Mãe interpretava as Escrituras. Sobre essas seitas falaremos em outro estudo.

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PARTE 9 A DERROTA DO DIABO E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres. 8 A besta que viste foi e já não é, e há de subir do

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abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá. 9 Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada” [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 7-9]. Outro aspecto interessante desta visão, e com certeza seja onde se centra a atenção dos leitores da Palavra, o constitui a batalha de Miguel e seus anjos, contra o dragão e os seus. A batalha, ainda que real, não foi literal. Isto é, aconteceu, mas não com o detalhe com que as imagens são configuradas mentalmente (Espero não confundir a leitor com o que disse acima sobre o que consiste uma visão). Porque esse “céu” desde onde o diabo foi lançado não é o céu a moradia de Yahuh, mas sim simboliza o poder que ele tinha de prejudicar à mulher (Yashuru) antes do nascimento de Yahushua Há Mashiach. Porque como provar-se-á nas seguintes linhas, depois que foi derrotado, ou seja derrubado, começou a fazer guerra contra o povo formado pela semente da mulher, o Yashuru de Yahuh. O QUE SIGNIFICA SER JOGADO DO CÉU À TERRA? Existem dentro das Santas Escrituras algumas declarações que por seu significado pouco usual resultam difíceis de entender; uma delas é esta: “DERRUBAR DO CÉU À TERRA”, uma frase que é mencionada duas vezes, mas em nenhuma delas significa derrubar a alguém desde onde está o trono de UL à terra, mas sim possuem significados que devem ser buscados dentro do contexto. O primeiro caso é encontrado em Lamentações 2: 1 – “Como cobriu Yahuh de nuvens na sua ira a filha de Sião! Derrubou do céu à terra a glória de Yashuru, e não se lembrou do escabelo de seus pés, no dia da sua ira”] e o segundo caso o de Apocalipse 12. Ainda que isto sucedeu tal como foi pronunciado pelo profeta, o significado não deve ser tomado ao pé da letra, porque se desde esse ângulo literal tivesse que se entender então incorrer-se-ia em discussões de hermenêutica que seriam incapazes de aclarar; portanto, devemos procurar o significado que deixe claro o

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que foi, que na realidade, aconteceu. Assim, a filha de Tzion, que repetidas vezes é mencionada na Palavra, não é outra senão a cidade de Yahushalayim. Yahuh escolheu-a para fazer habitar ali seu nome. No entanto, a cidade veio a ficar “obscurecida”, como diz o texto, porque a miséria, a desgraça e a morte foram seus hóspedes em repetidas ocasiões devido ao pecado que dominou a seus moradores. A qualidade de estima da qual Yahuh a tinha rodeado lhe foi tirada até vir a encontrar-se num estado verdadeiramente miserável. Vemos precisamente o que significou Yahuh ter “derrubado do céu à terra” a formosura de Yashuru. A linguagem utilizada pelo profeta é comparativa, e denota que Yashuru foi despojado de sua alta posição até cair a níveis de notória miséria. Portanto, “lançar do céu à terra” não possui sentido literal senão simbólico. Isto é, não deve se entender tal como está escrito senão que se lhe deve procurar o significado extra literal correspondente. Se entendeu que esta declaração do profeta não é literal, então fácil será entender que foi o que sucedeu ao diabo quando se diz que foi derrubado do céu à terra, pois ele nunca esteve no céu de Yahuh, nem muito menos esteve lá envolvido em uma terrível guerra, mas assim como disse dantes, essa batalha, mostrada a Yahuchanan como visão simbólica, possui um significado que deve ser buscado aqui na terra. É bom recordar que o problema que geralmente se tem para entender corretamente Apocalipse 12:7-9, é que tradicionalmente se pensou que teve um tempo quando o diabo era um anjo bom e que como se fez mau foi jogado violentamente do céu à terra, o que é uma criação mística e lendária nascida na mente de pessoas não inspiradas por Yahuh que escreveram a esse respeito e cuja literatura circulou em Yashuru por volta de quatro séculos antes do nascimento de Yahushua. A ELEVADA POSIÇÃO DO DIABO Possuía o diabo uma posição elevada na terra? Com certeza a possuía, apesar de tudo, ele é identificado com vários qualificativos pelos quais podemos notar que estava em posição predominante; essa elevada posição é mencionada como: “o deus deste mundo”, em Qorintyah Bet (2 Coríntios) 4:4; também “príncipe deste mundo”, em Yahuchanan (João) 16:11; etc., nestas citações podemos ver que o diabo na verdade dominava a seu desejo à humanidade. Dessa posição de predomínio sobre a humanidade é que foi derrubado. No seguinte texto Yahushua Há Mashiach diz umas palavras que são cruciais para entender como foi que o derrubamento do diabo ocorreu, leiamos o que diz [יוחנן - Yahuchanan (João) 12:31 – “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo”]. De onde ia ser o diabo jogado fora? De seus domínios é claro! Quando é que foi jogado? Isto ocorreu precisamente quando Yahushua o venceu no madeiro cujo evento corresponde/representa à grande batalha que na visão de Yahuchanan o diabo aparece tendo

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Miguel. Sem dúvida alguma, a batalha no céu simboliza o evento do qual Yahushua Há Mashiach, com sua morte no madeiro, começou a sua vitória ao que tinha o império da morte, isto é, ao diabo [עברים - Ivrim (Hebreus) 2: 14 – “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo”]. Em outras palavras, o evento que em visão foi mostrado a Yahuchanan na ilha de Patmos, no qual o diabo é visto sendo derrubado depois de uma feroz batalha contra as hostes celestiais, tinha ocorrido fazia uns sessenta ou mais anos quando Yahushua Há Mashiach com sua morte o venceu.

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PARTE 10 A REAÇÃO DO DIABO

“E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso UL, e o poder do seu Mashiach; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual

diante do nosso UL os acusava de dia e de noite. 11 E eles o venceram pelo

sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. 12 Por isso alegrai-

vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem

grande ira, sabendo que já tem pouco tempo”.

[Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 10-12 - גלינא]

Como acabo de dizer nos capítulos anteriores, a visão foi mostrada a Yahuchanan uns sessenta anos depois que o início da derrota do diabo tinha acontecido, nesse tempo já muitas dezenas de milhares de yashurum tinham sido reunidos pelo sacrifício do Mashiach que possibilitou o início do levantamento do tabernáculo de Dauid por intermédio da revalidação da aliança feita outrora no monte Tzion, dos quais Apocalipse capítulo 7 proporciona a cifra. Deles não podemos precisar quantos estavam dormindo no pó da terra no tempo em que

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Yahuchanan teve a visão, mas uma coisa é certa a respeito deles: “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 6: 10]. Destes é a voz que declarou: “Agora tem vindo a salvação, o poder e o reino de nosso UL e a autoridade de seu Mashiach, porque tem sido expulso o acusador de nossos irmãos, o que os acusava diante de nosso UL dia e noite”. Nessa cena, na qual a cronologia não tem informações como para que fixar o tempo em que estes pronunciaram a sua exclamação, são vistos (simbológicamente) aqueles mártires que ofertaram suas vidas por amor a Yahuh, “olhavam” como o diabo, que se colocava de dia e de noite em seu trabalho de acusar aos santos, tinha sido derrubado de sua posição, e consequentemente, seu trabalho tinha perdido todo o valor. A visão apresenta-os como agradecendo ao UL Celestial porque o acusador de seus irmãos tinha sido vencido. Mas ao mesmo tempo também se lhes escuta advertindo a respeito dos moradores da terra pois a ira do diabo viria contra eles. Sua tentativa destruidora ia ser projetada ao mundo todo porque o arrebanhar as ovelhas perdidas das casas de Yashuru iria ocorrer por todas as nações do mundo. Hoje em dia, mais que nunca, podemos ver e sentir como a ira diabólica convulsiona a todos os moradores da terra por meio 1) da política; 2) das guerras provocadas pela ganância dos políticos e conflitos religiosos; 3) por meio de filmes que ao apresentarem tão fortes cenas de violência, levam o povo a ir se habituando com o que já está ocorrendo em nossas ruas; 4) e por meio de artimanhas materialistas que mentirosamente iludem os cidadãos que acabam por validar a perversão manifestada de muitas maneiras, para atingir-se ter as últimas novidades do mercado. Só quem conhece como atua o diabo contra os moradores da terra podem ver claramente que as palavras de advertência provenientes da grande voz desde o céu estão a cumprir-se pois

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milhões e milhões estão a ser despedaçados material e espiritualmente pela serpente que

sorrateiramente os mordeu e infectando-os com seu veneno. Com esse veneno maligno é que tem vendado os olhos do entendimento ao grau de que não podem olhar ou amar a

luz da verdade. Sabemos que isso também faz parte do plano de redenção de Yahuh leiamos com calma o que nos diz o ravino Shaul em [ב - תםלוניקיאTesloniqyah Bet (2 Tessalonicenses)

2: 8-12 – “E então será revelado o

iníquo, a quem Yahushua desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor do seu retorno; 9 A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, 10 E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.

11 E por isso Yahuh lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; 12 Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade***”] (*** o que é contra a Lei de Yahuh) Na visão, eles alegremente exclamam que o acusador de seus irmãos foi expulso de seu lugar, e que suas acusações perderam todo seu efeito. Recorde-se que para o tempo em que lhe foi mostrada a visão a Yahuchanan, o qual foi no final do século primeiro de nossa era, as boas novas do reino, para arrebanhar as ovelhas perdidas das casas de Yashuru a já várias

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décadas estavam sendo demonstradas com grande sucesso, de onde se infere que essas palavras estão de acordo com aquelas proclamadas vitoriosamente pelo ravino Shaul quando disse: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de UL? É UL quem os justifica. 34 Quem é que condena? Pois foi Há Mashiach quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de UL, e também intercede por nós”. [רומיא - Romiyah (Romanos) 8: 33, 34] O acusador, o que tinha domínio sobre a humanidade aos poucos vem perdendo o poder de conduzir à morte a milhões, com isso também perdeu uma de suas armas mais poderosas com que tinha atingido grandes triunfos contra o povo de Yashuru antes de nascer de Yosef e Miriam seu filho Yahushua Há Mashiach. O acusador, a partir do início de sua derrota, está sendo enfrentado perante seu vencedor, o mesmo que será seu juiz no dia do juízo final... Será declarado culpado e destruído no lago de fogo por aquele que em carácter de advogado defende aos isentados de toda calunia diabólica. Sim estou falando Yahushua Há Mashiach já como rei empossado para governar em nome de Yahuh.

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PARTE 11 A MULHER VOOU PARA O DESERTO

“E, quando o dragão viu que fora lançado na

terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. 14 E foram dadas à mulher duas asas

de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora

da vista da serpente”. ,Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 13 - גלינא]

14]

Vendo frustradas suas tentativas de matar à semente da mulher, e tendo sido vencido no madeiro, o diabo imediatamente arranjou seus planos para desviar-se dessa derrota voltando a suas tentativas de acabar com a mulher. Mas a ela lhe foram dadas as duas asas da grande águia para escapar. As asas de águia é um mistério impossível de entender pois nada se diz dela, exceto o que se diz em Apocalipse 8:13 que as menciona ao dizer: [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 8:13 – “E olhei, e ouvi um anjo

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voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! ai! ai! dos que habitam sobre a terra! por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar”]. Obs: Tenho aqui a versão NVI de 1993, que se diz ter sido traduzida dos manuscritos mais antigos em grego ode o mesmo verso assim diz: “Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que voava pelo meio do céu e dizia em alta vós: Ai, ai, ai dos que habitam a terra, por causa do toque das trombetas que está prestes a ser dado pelos três outros anjos”. O mesmo ocorrendo na versão “NOVO TESTAMENTO JUDAICO” de David Stern segunda edição 2008. Como pudemos observar na grande maioria das versões feitas por padres lê-se “anjo” o texto vertido do hebraico para o grego da Aliança Renovada diz que é uma “águia”. Com as reservas do caso inclino-me fortemente a pensar que se trata de um querubim, pois os únicos seres alados são os querubins os quais tem quatro cabeças, sendo que uma delas é a de uma águia e possuem três pares de asas. “Perseguir à mulher” significa que empreendeu contra o povo yashurum, espalhado por toda a face da terra, uma longa corrente de aflições para o qual se valeu do Sacro Império Romano como já dissemos. Os planos divinos foram traçados antes da criação sem que a mente humana alcance a entender as causas pelas quais devam desenvolver-se dessa maneira. Assim, a mulher fugiu para o deserto para escapar das garras do maligno. Os destroços causados pelo Sacro Império Romano contra o povo de Yashuru tem sido um dos mais severos que nação alguma tenha

podido suportar nos tempos do nascimento do Cristianismo por volta do final do terceiro e início do quarto séculos; primeiro, a violência das hostes que violentamente arremeteram contra a cidade de Yahushalayim destruindo tudo quanto estivesse em seu caminho; ferindo no mais profundo o sentimento yashurum

ao ter incendiado o Templo; causando horrível genocídio e levando em cativeiro a pelo menos um milhão deles. Como se isso tivesse sido pouco, após ter expulsado a todos os que ficaram, o Imperador lhes proibiu que regressassem a sua terra. Dessa maneira deu-se início à última diáspora, ou como demonstra a visão dada a Yahuchanan, “a fuga para o deserto”

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Gilyahna Revelação (Apocalipse) 12 – Uma guerra do - גלינאdiabo contra Yashuru

PARTE 12 O YASHURU DE YAHUH

“E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Yahuh, e têm o testemunho de

Yahushua Há Mashiach” [Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 12: 17 - גלינא]]

Assim, os planos diabólicos forjados contra a inteira nação de Yashuru foram destruídos; porque nenhum ser espiritual ou material possui a suficiência de estragar os planos do Altíssimo UL. Porque ele é o Ser Supremo e o resto seus inferiores, criados por suas mãos e desenhados para cumprir um propósito sobre a face da terra. Satanás não prevaleceu contra a nação de Yashuru porque não possui as forças para a destruir ainda que repetidas vezes o tentou, tenta e tentará. Porque Yashuru é o povo das

promessas, o povo do pacto, o povo que pelas promessas feitas ao pai da fé —Avracham, viverá sob o cuidado divino enquanto não venha a eternidade. Mas o diabo não descansa, pois ainda que seus planos sejam derrubados, sempre tenta obter alguma vitória com a qual satisfazer seus desejos destruidores; por isso procedeu, com a ira que lhe é característica e que nunca abandona por lhe ser inerente, ao tentar destruir a um grupo de yashurum (os yahudim) que ainda que o eram, não eram todo o Yashuru material. Por isso, o texto diz que se foi com grande ira fazer guerra “ao resto da sua descendência, os que guardam os mandamentos de UL e têm o depoimento de Yahushua Há Mashiach”. Em verdade, se destruir ao povo da tribo de Yahudah do povo Yashuru literal é-lhe uma tarefa impossível, destruir aos yashurum que estão sendo ajuntados em todas as partes do planeta pelo Mashiach Yahushua é-lhe mais que impossível; porque estes não só são filhos da promessa feita a Avracham mas após serem chamados por Yahuh dentre todas as nações são eleitos pelo Mashiach. Estes encaixam-se justamente no qualificativo de filhos de Yahuh porque reúnem as duas qualidades requeridas pelo Pai, são a saber: Guardar os Seus mandamentos/leis e serem escolhidos por Yahushua Há Mashiach o possibilitador da renovação da aliança do Sinai. Certamente Há Mashiach Yahushua foi enviado a ajuntar aos das 13 tribos do povo Yashuru, sabemos que a maioria dos quais o recusaram foram da tribo de Yahudah, mas quem entre eles

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creram em sua palavra e lhe

obedeceram, receberam o direito de ser chamados filhos de UL porquanto suas obras foram conhecidas dele ainda dantes de ter nascido. Como se operou isso é explicado no estudo “A Predestinação” que em breve

estaremos desenvolvendo.

Estes são da semente eleita (prometida desde Bereshit (Gênesis) 3: 15), com tudo, sua menção reveste mais importância que a generalidade de yashurum

porquanto nasceram alinhados a vontade do Criador e Sua misericórdia posou sobre eles. A partir do momento em

que são chamados e eleitos continuam sendo mencionados em diferentes porções dos escritos apostólicos como sendo encontrados em todos os lugares até os confins do mundo, e ainda que estejam envolvidos no qualificativo de povo das promessas, semelhante qualificativo é duplo pois envolve o de herdeiros da vida eterna. Outro versículo onde são mencionados com grande realce é em [מעשה שליכים - Maaseh Shlichim (Atos dos Emissários) 26: 7 – “À qual as nossas doze (treze) tribos esperam chegar,

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servindo a UL continuamente, noite e dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado pelos yahudim”]. Claramente é exposto por Shaul que quem receberá a mensagem de redenção pertence às doze (treze) tribos de Yashuru (as 10 tribos e meia ao norte Efrayim e as duas tribos e meia ao sul Yahudah), e aos que é dado entender que o portador da promessa de receber a Terra e a herdem perpetuamente feita a Avracham e a sua semente, era parte do plano de Yahuh ao enviar as dez e meia tribos do norte à diáspora total em 721 AEC (sendo que muitos yashurum do sul afirmam que estes sumiram para sempre). Essas são as ovelhas perdidas da casa de Yashuru que o Mashiach disse que apenas por elas tinha sido enviado: “"E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Yashuru” notadamente e comprovado nas Escrituras, esses são ,[Mattityahu (Mateus) 15: 24 - מתיתיהו]os chamados “O Yashuru de Yahuh” (Leiam o estudo “O PACTO”). Com isso podemos entender o que quis dizer o ravino Shaul quando disse: “Não que a palavra de Yahuh haja faltado, porque nem todos os que descendem de Yashuru são yashurum” [רומיא - Romiyah (Romanos) 9: 6]. Compreendemos assim que existem yashurum que não são de Yahuh (ou eleitos pelo Mashiach); por isso diz o Mashiach: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” Assim sendo podemos afirmar que as ovelhas que .[Mattityahu (Mateus) 22: 14 - מתיתיהו]compõem o Yashuru de Yahuh são aquelas descendentes da semente que herdará as promessas feitas a Avracham. Os que formam o Yashuru de Yahuh são os mesmos que tempo após ser mencionados por Shaul são vistos por Yahuchanan cheios de vitória ao lado do Cordeiro de Yahuh aos quais o anjo que falou com ele os descreve dizendo: “Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Yahuh e para o Cordeiro. 5 E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Yahuh. [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 14: 4, 5]. São as primícias, os primeiros a serem alcançados pelo Cordeiro em sua busca pelas ovelhas perdidas da casa de Yashuru. Tendo fracassado em suas tentativas de destruir à Yashuru do Sul, passou a tentar destruir a todo Yashuru de Yahuh. Seu trabalho o desenvolveu de duas maneiras: física e espiritualmente. É sumamente interessante ver como a história humana relata semelhante ação, a qual, por ser desconhecida a profecia de Apocalipse capítulo doze é tomada inadvertidamente, vindo desta maneira, a serem declaradas as tentativas diabólicas como

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genuínas e razoáveis. Historicamente é conhecido como o Império Romano ter arremetido atrozmente contra a nação de Yashuru que em mais de uma vez tentou rebelar-se de seu domínio opressor. A arremetida diabólica por meio de Roma chegou ao ponto de proibir-lhes viver em sua terra, e ser lançados à dispersão entre as nações (135 EC.). Lamentavelmente, para Roma não tinham mais que Yahudim; não fazia diferença entre os yahudim em general e o Yashuru de Yahuh porque essa diferença só foi conhecida pelos emissários, e pelo verdadeiro povo do primeiro século e pelo diabo; sim, pelo diabo que arremeteu contra eles. PRIMEIROS VESTÍGIOS Com certeza o leitor dos livros da aliança renovada tem lido em várias ocasiões os livros dos Atos dos Emissários, Gálatas, Colossenses; nos quais se fazem claras referências ao propósito definido dos yahudim (muitos ou poucos) de impedir que a busca pelas ovelhas perdidas da casa de Yashuru avançasse por todas as regiões de Ásia e Europa. No entanto, os emissários também mencionam brevemente aos yahudim que creram e juntaram-se ao Yashuru de Yahuh. Destes, Lukas diz: “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos yashurum” [מעשה שליכים - Maaseh Shlichim (Atos dos Emissários) 11: 19]. Duas coisas são mencionadas neste texto: 1. Aqueles que fugiram devido à perseguição iniciada por Shaul de Tarso, chegaram a três cidades. Entendemos que estas três puderam ter sido mencionadas porque estavam entre as cidades de maior prosperidade económica daquele tempo; o que facilita entender que aqueles que fugiram puderam chegar a muitas outras cidades. 2.Todos os que fugiram eram yahudim que viviam em Yahudah, ou seja, assim podemos afirmar que o Yashuru de Yahuh inicial era composto apenas por yashurum convertidos de Yahudah. Até onde puderam estes ter chegado? Ninguém o pode precisar; o que sim pode se dizer é que seu trabalho consistiu em achar as ovelhas perdidas da casa de Yashuru. Tiveram bom resultado desse trabalho? Com certeza que sim! Os livros da aliança renovada testemunham-no em várias de suas partes, reportando a muitos deles aos quais os yahudim inimigos tratavam de confundir e de fazê-los voltar à justificativa somente pela lei de Moisés. Como no caso da circuncisão em [מעשה שליכים - Maaseh Shlichim (Atos dos Emissários) 15]. Ali percebemos que os yahudim não chamados, ou que ainda não podiam enxergar, achavam que o primeiro passo dado por um yashurum deveria ser o da circuncisão antes de poderem trilhar o caminho, por isso está tão claro no versículo 21 – “Porque Moshe, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada Shabbat é lido nas sinagogas”]. Olhar a profundidade que moveu a Shaul a escrever algumas de suas cartas, entre elas Gálatas e Colossenses; e ao escritor de Ivrim (Hebreus), que possivelmente pôde ter sido ele mesmo, se pode observar a existência de dois grupos de yashurum, uns convertidos ao caminho e outros opositores. A estes que perseveravam nos mandamentos de Yahuh e tinham o testemunho de Yahushua Há Mashiach

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é a quem Yaakov (Tiago) e Kefa (Pedro) identificam ao dizer: “Yaakov, servo de Yahuh, e de Yahushua Há Mashiach, às doze tribos que andam dispersas, saúde”. [Yaakov (Tiago) 1: 1], “Kefa, enviado de Yahushua Há Mashiach, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” [Kefa Alef (1 Pedro) 1: 1]. Yaakov (Tiago) não especifica nenhuma cidade, mas com certeza sua carta está dirigida aos yashurum convertidos e não a todos os yashurum não chamados existente entre as nações, após tudo, careceria de razão pensar que ele tenha escrito a todos os yashurum que residiam fora de Yahudah, sem que fizessem parte do Yashuru de Yahuh, pois de fato estes não recebiam o conselho dos emissários como até o dia de hoje. É interessante observar que as ovelhas perdidas da casa de Yashuru chamados somavam uma quantidade bastante grande antes do final do primeiro século, quantidade essa que Apocalipse capítulo 7 menciona especificamente como de 144.000: “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Yashuru. 5 Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados; 6 Da tribo de Aser, doze mil assinalados; da tribo de Naftali, doze mil assinalados; da tribo de Manassés, doze mil assinalados; 7 Da tribo de Simeão, doze mil assinalados; da tribo de Levi, doze mil assinalados; da tribo de Issacar, doze mil assinalados; 8 Da tribo de Zebulom, doze mil assinalados; da tribo de José, doze mil assinalados; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados” [גלינא - Gilyahna (Revelação/Apocalipse) 7: 4-8]. Como dissemos acima esse são as primícias... Assim como Yaakov (Tiago), Kefa (Pedro) menciona aos expatriados “da dispersão”, fazendo referência àqueles que foram forçados a fugir quando Shaul assolava o povo e foram e nesse êxodo foram levando a Palavra para aqueles que estavam em diáspora desde 721 AEC... Já por volta do quarto século, podemos notar que entre os perseguidos por Constantino não só estiveram os Yashurum em geral mas também os yashurum pertencentes ao Yashuru de Yahuh, que estavam disseminados por todo o império e que zelosamente se dedicavam a obedecer a Yahuh mesmo às custas de pagar com sua vida a desobediência às leis religiosas do Sacro Império Romano ou seja do cristianismo. Dessa maneira, por meio de pressão imperial, ameaças que limitavam a liberdade e em grande parte dos casos até a morte, foi que os outros “da semente da mulher” foram flagelados. Mas mesmo assim Yashuru continua vivo, esperando pelo momento do retorno de Yahushua e do início do milênio. Aqui expusemos brevemente parte do tudo o que significa o capitulo 12 de Apocalipse, sendo que o propósito aqui foi o de demonstrar a que realmente se refere o conteúdo dessas

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profecias sem nos aprofundarmos muito. Mas prometemos que em breve estaremos dando continuidade ao estudo das profecias que dizem respeito ao Yashuru de Yahuh. Fim Ah! Observem que em Apocalipse 7 contamos dos versículos 4-8 contamos 12 tribos de Yashuru, das quais antes do final do primeiro século foram resgatados os 144.000, mas e a promessa feita a Avracham escrita em: “E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz” [Bereshit (Gênesis) 22: 18]? A resposta está no versículo 9, observe que entre as 12 tribos não é mencionada a tribo do primogênito de Yashuru, Efrayim, embora alguns digam que é porque os filhos de Yosef sejam contados em sua descendência, por que então aparece entre as doze tanto Yosef quanto Manasses, mas não aparece Efrayim? Leiamos o versículo 9: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” ... Eis aqui a tribo de Efrayim e o cumprimento da promessa feita a Avracham... Baruque Yahuh!!! [Escrito originalmente por Andres Menjivar em 2005 reescrito e adaptado para a teshuva em novembro de 2014 por Sérgio Tagliavini Júnior] www.benefrayim.org.br/estudos.htm

É incentivada a distribuição e a reprodução desde que gratuita...

www.benefrayim.org.br

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