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Realizado por: Ana Isabel Ferreira Pais Mamede Estudante de

Enfermagem 4ºAno 1ºSemestre Turma2

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Resumindo…

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Estrutura do tegumento (pele)

O tegumento humano, mais conhecido como pele, é formado por duas camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme e a derme.

Epiderme

A epiderme é um epitélio multiestratificado, formado por várias camadas (estratos) de células achatadas (epitélio pavimentoso) justapostas. A camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída por células que se multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas células geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo. À medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas, e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável, a queratina. As células mais superficiais, ao se tornarem repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento resistente ao atrito e altamente impermeável à água, denominado camada queratinizada ou córnea.

Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são especializados na recepção de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza distinta. Porém na epiderme não existem vasos sangüíneos. Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sangüíneos da derme.

Nas regiões da pele providas de pêlo, existem terminações nervosas específicas nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de Ruffini. As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as forças mecânicas aplicadas contra o pêlo. Os terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores térmicos de calor.

Na pele desprovida de pêlo e também na que está coberta por ele, encontram-se ainda três tipos de receptores comuns:

1) Corpúsculos de Paccini

Captam especialmente estímulos vibráteis e táteis.São formados por uma fibra nervosa cuja porção terminal, amielínica, é envolta por várias camadas que correspondem a diversas células de sustentação. A camada terminal é capaz de captar a aplicação de pressão, que é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros nervosos correspondentes.

2) Discos de Merkel

De sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeam o estímulo.

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3) Terminações nervosas livres

Sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal.

Na pele sem pêlo encontram-se, ainda, outros receptores específicos:

4) Corpúsculos de Meissner

Táteis. Estão nas saliências da pele sem pêlos (como nas partes mais altas das impressões digitais). São formados por um axônio mielínico, cujas ramificações terminais se entrelaçam com células acessórias.

5) Bulbos terminais de Krause

Receptores térmicos de frio. São formados por uma fibra nervosa cuja terminação possui forma de clava.Situam-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas mucosas (por exemplo: ao redor dos lábios e dos genitais).

RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA

Receptores de Krause Frio

Receptores de Ruffini Calor

Discos de Merkel Tato e pressão

Receptores de Vater-Pacini Pressão

Receptores de Meissner Tato

Terminações nervosas livres Principalmente dor

Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem melanina, pigmento que determina a coloração da pele.

As glândulas anexas – sudoríparas e sebáceas – encontram-se mergulhadas na derme, embora tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um pouco de uréia) é drenado pelo duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pêlos) sai pelos poros de onde emergem os pêlos.

A transpiração ou sudorese tem por função refrescar o corpo quando há elevação da temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe, devido, por exemplo, ao aumento da atividade física.

Derme

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A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados.

A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sangúíneos e nervos.

Tecido subcutâneo

Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico.

Unhas e pêlos

Unhas e pêlos são constituídos por células epidérmicas queratinizadas, mortas e compactadas. Na base da unha ou do pêlo há células que se multiplicam constantemente, empurrando as células mais velhas para cima. Estas, ao acumular queratina, morrem e se compactam, originando a unha ou o pêlo. Cada pêlo está ligado a um pequeno músculo eretor, que permite sua movimentação, e a uma ou mais glândulas sebáceas, que se encarregam de sua lubrificação.

Fonte: www.afh.bio.br

SISTEMA Tegumentar

Sistema tegumentar é o sistema de proteção dos corpos dos seres vivos e engloba a pele, pêlos e unhas. Ele é composto por camadas como derme e epiderme (parte mais externa). Reveste todos os órgãos vivos e constitui barreira de proteção contra a entrada de micro-organismos no ser vivo.

Funções

Revestimento

pêlos penas escamas

Proteção

queratina(impermiabilizante)

Secreção

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gordura(glândulas sebáceas)

Derme

A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados.

Epiderme

Anexos da epiderme:

dentes chifres esgalhos unhas pêlos

A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sangúíneos e nervos.

Tecido subcutâneo

Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico.

Unhas e pêlos

Unhas e pêlos são constituídos por células epidérmicas queratinizadas, mortas e compactadas. Na base da unha ou do pêlo há células que se multiplicam constantemente, empurrando as células mais velhas para cima. Estas, ao acumular queratina, morrem e se compactam, originando a unha ou o pêlo. Cada pêlo está ligado a um pequeno músculo eretor, que permite sua movimentação, e a uma ou mais glândulas sebáceas, que se encarregam de sua lubrificação.

Fonte: pt.wikipedia.org

SISTEMA Tegumentar

O sistema Tegumentar é formado pela "pele" e seus acessórios (glândulas, pêlos e unhas).

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A pele é o maio órgão do corpo humano, tanto no tamanho quando no peso. Também é o órgão mais exposto.

As funções da pele são:

termo regulação corporal proteção sensação excreção imunidade síntese de vitamina D.

A pele possui duas camadas:

Epiderme

É a camada mais externa. É formada pelo epitélio escamoso estratificado. Sua constituição é feita por 90% de Queratinócitos (produtores de queratina), Melanócitos (produtores de melanina), Células Langherans e Células Mervel.

Derme

É a segunda camada, porem principal parte da pele. É composta por fibras colágenas e elásticas, tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo e tecido conjuntivo denso irregular. Mais espessa na palma das mãos e plantas dos pés. Possui papilas dérmicas e corpúsculos de Meissner (do tato) e outros contém capilares sanguíneos.

A Melanina dá a cor do amarelo ao negro para a pele. A quantidade de um indivíduo para o outro é a mesma, o que diferencia a tonalidade da pele é o Pigmento Caroteno.

Os pêlos são acessórios da pele. São responsáveis manutenção da temperatura corporal. São células fundidas, mortas e queratinizadas, formada por uma parte externas (haste) e uma interna (raiz). A base do folículo é o bulbo que contém a papila (vascularização responsável pela nutrição) e a matriz (que tem a função de formar novos pêlos).

As Glândulas Sebáceas se concentram no folículo piloso, onde abrem-se diretamente no canal do pêlo. Estas glândulas não existem nas palmas das mãos e na planta dos pés. Estas secretam sebo, que impede o ressecamento do elo, a evaporação excessiva de água, mantém, a pele macia e evitam a proliferação de certas bactérias.

As Glândulas Sudoríparas é responsável pela produção e transporte do suor, atuando como regulador térmico.

Apócrinas

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Abrem-se nos folículos e são estimuladas durante o estresse emocional e excitação sexual.

Écrinas

Compõem toda a pele com exceção da margem dos lábios, leitos ungeais e tímpanos.

As Glândulas Ceruminosas produzem cerume. São presentes única e exclusivamente no meato acústico externo. Seus ductos abrem-se diretamente na superfície ou nos ductos das glândulas sebáceas. Uma barreira viscosa é formada por pêlos e cerume.

As unhas são células da epiderme, firmemente aderidas, duras e queratinizadas. Possuem corpo, margem livre e raiz. Seu corpo é rosado devido à capilarização. Tem a função de possibilitar a manipulação de pequenos objetos e proteção da extremidade dos dedos.

Fonte: www.anatomiaweb.com

SISTEMA Tegumentar

O pele é dividida em 3 camadas: Epiderme, Derme, Hipoderme.

A epiderme é dividida em:

Extrato córneo (superfície da pele) Extrato Granuloso Extrato Espinhoso Extrato Germinativo

A epiderme começa com o extrato germinativo, tendo formatos diferentes, pois se tivessem formatos iguais, elas se juntariam fazendo com que a mesmas não se renovassem.

Com a renovação do extrato germinativo, as células irão subir transformando-se no extrato espinhoso, seguindo o mesmo processo, as células irão subir transformando-se no extrato granuloso, seguindo a seqüência transforma-se no extrato córneo (sem núcleo). Por isso que a pele escama ( renovação da pele ), pois a célula não vive muito tempo sem núcleo.

As células da pele são labeis ( tempo de vida curto, se reproduzem rapidamente ).

A Derme é dividida em:

Vasos Sangüíneos

Glândulas Sudoríparas Glândulas Sebáceas

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Folículo Espinhoso Vasos Linfáticos Melanócito

A derme possui muito colágeno e elastina que suporta a epiderme

A pele tem várias funções como:

Permeabilidade seletiva H2O Proteção dos raios UVB e UVA Impacto mecânico Sensorial Sistema imonológico Órgão excretor Sistema Endócrino

PERMEABILIDADE SELETIVA DE H2O

A pele e o rins são responsável pela regulação do líquido corporal. A queratina que se encontra no extrato córneo impede parcialmente que a água penetre na pele ( absorvendo normalmente poucas quantidades de água, ou através de produtos químicos ).

A pele realiza seleção de substâncias que são absorvidas por ela, ou podemos induzir a pele a absorção de produtos através da Eletroterapia.

PROTEÇÃO DE RAIOS UVB E UVA

Temos em nosso corpo células chamadas de Melanócitos que produz melanina. A pele ao receber raios solares UVB e UVA estimulam os Melanócitos que produzem a melanina que é um protetor natural ( filtro ) da pele, possibilitando a forma seletiva e gradativa da radiação solar.

IMPACTO MECÂNICO

Ajuda a amortecer os impactos externos do corpo.

SENSORIAL

Parte sensorial da pele recebe os sinais externos através dos sensores corporal que transformam este estímulo em P.A que irá pela medula espinhal até o SNC, que processa e retorna com uma resposta, podendo assim nos moldar conforme o estímulo; Adaptando-se. Os sinais podem ser: Tato, Pressão, Vibração, Sensações Sexuais, Cócegas, Prurido (coceira), Dor, Frio, Calor, Cinestesia.

SISTEMA IMUNOLÓGICO

A pele conforme as demais partes do corpo também possui seu sistema de defesa, tendo a função de combater os agentes patogênicos (micoses, alergias e

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etc). Para combater seus agentes patogênicos a pele recebe do sistema circulatório oxigênio e nutrientes para as células de defesa; podendo no local haver vasodilatação e rubor.

Células de Langehans

São células especiais na defesa que captam o agente patogênico na superfície da pele, enviando-o para a derme, que contém vasos linfáticos captando o agente patogênico que foi pré-transformado por fagocitose, este será encaminhado pelos canais linfáticos até os linfonócitos que destroem o agressor.

Tanto a derme como a epiderme possuem as células de langehans.

ORGÃO EXCRETOR

Glândulas Sudoríparas

Suor

Termoregulação Excreção de produtos químicos e de dietas

Glândulas Sebáceas

Sebo

Protege contra agentes patogênicos Sofre menos agressão Protege de alterações climáticas Hipermeabilidade (água)

A temperatura do corpo humano é geralmente de 36 a 37 graus. Quando a temperatura do ambiente é de 40 graus ou superior, e como sempre o processo é sempre do mais concentrado para o menos concentrado a pele serve como sensor, que ao aumento da temperatura envia um P.A para o SNC, que por sua vez envia um P.A que estimula as glândulas sudoríparas a secretar suor que irá resfriar a pele ( sensorial setorial ) conforme a temperatura normal do corpo.

Além da termoregulação pelo suor, podemos controlar a temperatura através do centro vasomotor localizado no hipotálamo (núcleo de controle de temperatura).

Ao estímulo do aumento da temperatura a pele manda um P.A para o hipotálamo que envia um sinal para o córtex parietal, que reenvia um outro sinal para o hipotálamo que envia um P.A para as veias que fazem uma vasodilatação nos vasos periféricos da pele, resfriando o sangue, sem aumento do fluxo sangüíneo.

O hipotálamo possui um núcleo composto por neurônios que possuem seus axônios que servem como sensor regulador da temperatura ( fazendo vasodilatação ou vasoconstrição ).

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Excreção de produtos químicos

Dependendo de alguns produtos químicos e da necessidade corporal de absorver as substâncias, pode haver quantidade excessiva destes produtos no organismo que é secretado pelas glândulas sebáceas dependendo da afinidade com a substância, que vem pelo sistema venoso capilar; quando estas glândulas fazem a troca de CO2 e resíduos metabólicos para O2 e nutrientes, estes nutrientes além de sais minerais, proteínas trazem junto os produtos químicos em excesso que irá entrar em contato com os sebos e o suor, que serão eliminados conforme a secreção das glândulas.

SISTEMA ENDÓCRINO

Ao receber os raios solares a pele forma hormônios (vitamina D3) que irá atuar no intestino grosso através da corrente sangüínea, que ajuda o intestino na absorção de cálcio e fósforo dos alimentos que irão alimentar as células do corpo e depositar-se nos ossos.

Outra função do sistema endócrino é o estrogênio na pele.

HANSENíASE

É uma mancha na pele onde se perde a sensibilidade ou a função sensorial da pele.

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Feridas e Respectivos Tratamentos:

Breve nota introdutória:

No tratamento de doentes/utentes com feridas crónicas a mudança constante do tipo de penso, a impaciência face aos resultados e conhecimentos insuficientes sobre a fisiologia do processo de cicatrização por parte dos profissionais, levam á não aplicação correcta dos produtos.

Não sendo os únicos, são factores que contribuem para tratamentos muito prolongados que por sua vez originam grande sofrimento para os utentes e desmotivação para quem deles cuida.

Uma ferida é uma interrupção na continuidade de um tecido corpóreo. Tal interrupção pode ser provocada por algum trauma, ou ainda ser desencadeada por uma afecção que acione as defesas do organismo.

1. FERIDASUma ferida é um traumatismo dos tecidos do organismo.

1.1. Classificação das feridasFeridas abertas – feridas em que a epiderme, derme e outras camadas sub-cutâneas profundas podem ser afectadas em vários graus.(ex. incisas; contusas, provocadas por armas de fogo, etc.)Feridas fechadas – feridas em que não há solução de continuidade na epiderme (ex. hematomas)- As feridas podem ainda ser crónicas ou não consoante o tempo de cicatrização e esta se faça por 1ª ou 2ª intenção.- Feridas não crónicas, são aquelas em que a aproximação das bordas promove a cicatrização por 1ª intenção (ex. feridas cirúrgicas)- Feridas crónicas, nestas a destruição tecidular não permite a aproximação dos bordos. São exemplo de Ulceras de perna; a Úlcera de pressão; Úlcera diabética. A cicatrização e feita por 2ª intenção, ou seja gradualmente o tecido de granulação vai preenchendo o espaço de ferida até á completa cicatrização.

1.2. Fisiopatologia da Úlcera CrónicaO aspecto ou estádio da ferida crónica e a sua profundidade ou grau variam consoante a evolução da mesma.Aspecto ou estádioEste dá-nos a indicação da fase de cicatrização em que se encontra a ferida, bem como da presença ou não de alguma complicação.As Úlceras crónicas quanto ao aspecto podem ser classificadas em:Úlceras Necrosada

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Úlcera com células mortasÚlcera em fase de granulaçãoÚlcera em fase de epitelização

Úlcera Necrosada – quando uma área de tecido sofre esquémia por algum período de tempo surge a necrose tecidular. Torna-se uma Úlcera necrosada que apresenta cor preta ou castanha. Alguns tecidos necrosados podem apresentar-se como uma camada dura de tecido morto com exsudado que pode ser castanho, verde ou branco.

Úlceras com Células Mortas – a Úlcera apresenta-se com coloração triplicamente esbranquiçada ou amarelada, que representa células mortas que se acumulam na forma de exsudado.Ocupa habitualmente uma mancha na superfície da Úlcera, no entanto pode cobrir largas áreas. Pode estar relacionada com o fim da fase inflamatória do processo de cicatrização.

Úlcera em fase de Granulação – relacionada com a fase de reconstrução no processo de cicatrização. Tem coloração vermelha com aspecto granuloso devida á presença de nós capilares. É extremamente friável sangrando com facilidade.

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Úlcera em fase de epitelização – apresenta uma coloração rosa pálida e a Úlcera apresenta um aspecto mais superficial. O epitélio aparece nas margens da Úlcera espalhando-se ao longo de toda a superfície da mesma. O processo de epitelização pode ser avaliado através da observação de novas células do tecido adjacente.

Classificação quanto á profundidade (graus)É a classificação da Úlcera em função das camadas de tecidos lisados ou destruídos. Esta classificação quanto á profundidade é feita em graus – Grau I; Grau II;Grau III e Grau IV e destina-se principalmente á classificação das Úlceras de Pressão.

1º Grau – Eritema cutâneo e ou hiperémia não reversível ao alivio da pressão (em doentes de pele escura observa-se edema, tumefacção e descoloração bem como calor local)

2º GRAU- Destruição da epiderme ou derme e presença de flictenas.3º GRAU – Extensa destruição tecidular envolvendo músculo, tendões, e às

vezes osso, com presença de tecidos necrosados

2. ÚLCERA DE PRESSÃO; ÚLCERA DE PERNA E ÚLCERADIABÉTICA

São lesões localizadas na pele provocadas por deficiente irrigação sanguínea e/ou associadas à pressão contínua. Incluem-se nas feridas crónicas por serem de difícil

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cicatrização associada aos factores de risco que as originam e pela frequente recorrência.

2.1.- Úlcera de Pressão (U.P.)

2.1.1- ETIOLOGIA:A U.P. surge geralmente em áreas localizadas sobre proeminências ósseas sujeitas a pressão intensa, de duração curta, moderada ou prolongada, contra uma superfície (cama, cadeira, aparelho gessado, etc.). Toda a superfície corporal pode ser atingida conforme a posição do doente. As localizações mais frequentes são A região sagrada, trocantérica, maléolar, isquiática calcanhares, ombros, orelhas, região occipital e face interna do terço médio da perna.O indivíduo saudável sente o desconforto devido à pressão prolongada e procura mudar voluntariamente de posição permitindo o restauro da irrigação sanguínea. A falta de mudança de posição no indivíduo doente ou com diminuição da sensibilidade origina U.P.. O tempo de pressão contínua em que pode originar lesão irreversível varia de pessoa para pessoa, mas geralmente vai de duas a quatro horas e os factores de risco são os seguintes:

Externos:Pressão- É o mais importante dentro dos factores externos para o desenvolvimento de U.P..A pressão contínua exercida por um período de tempo prolongado é suficiente para desencadear um processo de esquémia que impede o aporte de oxigénio e nutrientes aos tecidos provocando alterações cutâneas que por sua vez podem originar necrose e morte celular.Fricção- A fricção dos tecidos pode levar à esquémia por destruição das arteríolas e músculos superficiais. A fricção pode também ser causada por movimentos espásticos no caso de doentes com patologia neurológica.Humidade- A humidade excessiva criada pela transpiração e pela incontinência (fecal ou urinária) ou ainda por uma secagem inadequada da pele após a higiene é um factor de risco importante pois diminui a resistência da pele conduzindo à maceração dos tecidos.

Internos:Idade- à medida que o processo de envelhecimento avança a pele torna-se fina e menos elástica devido à redução do colagénio que é um promotor de protecção.Poderá haver diminuição da massa corporal com consequente diminuição da elasticidade da pele. Existe geralmente uma maior probabilidade de surgiram doenças crónicas muitas das quais podem predispor ao desenvolvimento de U.P.(doenças descamativas, exantemas...).Limitação da mobilidade- A imobilidade é o factor de risco mais importante a considerar já que o aparecimento e desenvolvimento das U.P. depende da força e capacidade para aliviar a pressão. Por isto se compreende que se o doente estiver acamado ou numa cadeira de rodas há uma maior predisposição para o desenvolvimento das U.P.. A diminuição da mobilidade pode estar também associada a um défice neurológico como o caso de uma paraplegia ou de uma neuropatia periférica no caso de um doente com diabetes. Sendo nestes casos a perda ou diminuição da sensibilidade o facto mais importante a considerar.

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Desidratação- O desequilíbrio polielectrolítico contribui para o agravamento do estado geral do doente aumentando a predisposição à formação de U.P.Desnutrição- Doentes desnutridos com hipoproteinémia, anemia, e deficiências vitamínicas estão mais sujeitos à formação de U.P:.É importante promover a adequada concentração de proteínas séricas uma vez que favorecem o processo de cicatrização deU.P. e ajudam a prevenir a formação das mesmas. O ácido ascórbico é essencial para a formação de colagénio e este um elemento essencial para a cicatrização dos tecidos.Peso corporal- Os doentes emagrecidos por se encontrarem desprovidos de gordura localizada sobre as proeminências ósseas têm uma maior predisposição paraU.P. Também os doentes obesos por apresentarem grandes dificuldades na mobilidade apresentam igual risco de desenvolverem U.P. habitualmente originadas por fricção.Outro problema nestes últimos é o excesso de humidade na pele resultante da sudorese que tende a acumular-se nas pregas cutâneas causando maceração.Incontinência- A incontinência e a consequente maceração da pele faz aumentar o risco de desenvolver U.P. para além disso as lavagens constantes também provocam a remoção dos óleos naturais da pele secando-a excessivamente. O peso adequado é um factor extremamente importante par a prevenção de U.P.Deficiente irrigação sanguínea- Com um deficiente aporte de sangue periférico observa-se uma diminuição da pressão capilar local com consequente má nutrição dos tecidos. Esta deficiente irrigação local pode estar associada a doenças cardíacas ou vasculares periféricas como é o caso da Diabetes ou outras.Existem ainda algumas patologias que constituem factor de risco para o desenvolvimento de U.P. nomeadamente Anemia, Insuficiência Renal, Diabetes já referida, alterações neurológicas, patologia neoplásica e lesões ortopédicas.

AVALIAÇÃO DE RISCOS DE U.P.Para fazer uma avaliação objectiva dos factores de risco do doente para o

desenvolvimento de U.P. existem instrumentos de trabalho de fácil utilização e muita utilidade especialmente para os enfermeiros. Estes instrumentos, as escalas de avaliação são várias e informam-nos acerca do grau de risco existente (Norton, Waterlow, Braden,etc.). Entre nós a que utilizamos é a Escala de Norton que é também a recomendada pelaD.G.S..

Escala de Norton (1962) : Permite pontuar de uma forma objectiva um somatório de características referenciadas no âmbito da patogenia da úlcera. São quantificados diferentes níveis dos parâmetros de avaliação tais como a condição física, o estado mental, actividade e a incontinência.

Pontuação verificada:05-09 Nível de Risco I- Alto Risco de desenvolver U.P.10-15 Nível de Risco II- Médio Risco de desenvolver U.P.16-20 Nível de Risco III- Baixo Risco de desenvolver U.P.

Segundo a Circular Informativa da D.G.S. nº 25/DSPCS de 19998, um score menor ou igual a 14 é sempre sinónimo de risco de U.P.Esta escala apresenta a vantagem de ser conhecida por muitos profissionais, sendo de aplicação rápida e fácil.

2.1.3- INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO

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O alívio da pressão- É a medida preventiva mais importante. Estabelece-se um esquema de mudanças frequentes de posição do doente acompanhadas de cuidadosa inspecção da pele para despiste de sinais precoces de isquémia. Recomenda-se a mudança de posição de qualquer doente acamado, cada duas horas pelo menos até que demonstre tolerância a maiores intervalos o que pode também ser conseguido pelo uso criterioso de acessórios anti-escara. Muito importante- na presença de áreas ruborizadas que correspondem a hiperémia local poderá aplicar-se gelo com as devidas precauções. Mas sobretudo não voltar a exercer pressão ou seja decúbito enquanto o rubor persistir. É igualmente importante a mobilização suave dos membros e articulações através de movimentos activos e passivos. Esta reduz a estase e edemas consequentes à diminuição da actividade muscular que são muitas vezes os factores desencadeantes das U.P.

O uso de colchões e almofadas de ar ou gel, carneiras de lã, e outros materiais para proteger proeminências ósseas como calcanhares, cotovelos, trocanteres, etc. não despensa a mudança e alternância de decúbito que é assim a medida mais eficaz na prevenção das U.P.

A manutenção de posturas correctas em decúbito ou sentado são medidas também importantes na prevenção de contraturas e anquiloses que também elas conduzem ao aparecimento de U.P. Os segmentos articulares deverão estar sempre apoiados e sobretudo deverão ser eleitos posicionamentos que se tornem confortáveis para os doentes.

Levante e deambulação precoce- É necessário encorajar o levante para o cadeirão e a deambulação precoce porque preserva o tónus muscular melhoram a circulação e sobretudo evitam a pressão prolongada nas áreas de maior risco.

Evitar a fricção- É necessário uma técnica correcta para voltar, posicionar e transferir o doente. Deve utilizar-se a técnica do resguardo para movimentar o doente no leito. Enrolando as partes laterais do resguardo procede-se primeiro à movimentação do doente para um dos lados da cama e posteriormente lateraliza-se. O ideal é que este procedimento seja efectuado por duas pessoas. Na impossibilidade de assim ser poderá ser feito por uma pessoa só afastando ligeiramente as pernas e com as costas direita fará a força com os braços em extensão. A qualidade da roupa da cama deve ser em algodão bem como o cuidado em manter os lençóis bem esticados e sem rugas são também importantes neste contexto.

Higiene da pele- A pele deverá manter-se limpa sem humidade nem secura excessiva. É preciso evitar a maceração principalmente na zona das fraldas se o doente for incontinente. A pele e sobretudo as pregas cutâneas, virilhas ou outras deverão serb cuidadosamente secas absorvendo sem esfregar.

Estado nutricional- É necessário vigiar o estado nutricional do doente, proceder à correcta reposição hídrica e monitorizar a ingestão de líquidos. As necessidades hídricas são de aproximadamente de 30 cc de água dia/kg. As necessidades nutricionais são de 30 a 35 kcal por Kg/dia enquanto que as necessidades proteicas são de 1.5 a 2 gr dia/kg. Igualmente importante é fornecer legumes ricos em fibras e vitaminas.

2.2- Úlcera da perna; úlcera diabética

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- Etiologia: São úlceras que ocorrem por compromisso ou défice circulatório arterial ou venoso.

Úlcera arterial- Ocasionada como o nome indica por um défice circulatório periférico. Esta úlcera caracteriza-se por apresentar bordos regulares, mantendo a integridade da pele circundante. Aparece sobretudo nos pés.

Úlcera venosa- Habitualmente conhecida por úlcera varicosa tem como causas a estase venosa associada ao défice da circulação de retorno. É uma úlcera com bordos irregulares e na pele circundante revela-se uma dermatite típica. Habitualmentelocalizam-se nos membros inferiores entre o joelho e o maléolo.Pelo que foi referido, o enfaixamento compressivo adequado é uma medida de grande eficácia que não deverá ser esquecida no tratamento destas úlceras, tornando-se mesmo de uso obrigatório desde que o doente deambule.

Úlcera diabética- Ocorre por défice da circulação arterial associado à neuropatiaperiférica. Os factores de risco destas úlceras são os que estão associados ao défice circulatório entre eles o excesso de peso, diminuição da actividade física, exposição prolongada a fontes de calor (sol e água quente) e uso de peças de vestuário que dificultem a circulação. Também o consumo do tabaco é igualmente responsável pela deficiência circulatória periférica.

2.2.1- INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO

As intervenções de enfermagem na prevenção destas úlceras, dirigem-se sobretudo ao incentivo em modificar comportamentos de risco. Este incentivo pode ocorrer de duas formas: Formalmente através de acções organizadas de sensibilização e incentivos dirigidos a grupos (diabéticos, fumadores, alcoólicos) e informalmente enquanto se avalia uma T.A. ou se administra um injectável e que na presença de um comportamento menos saudável aproveitamos a oportunidade para sugerir formas de o corrigir.

3- FISIOPALOGIA DA CICATRIZAÇÃO

A cicatrização é um processo de elevada complexidade. É importante termos o conhecimento do processo fisiológico envolvido, por várias razões, nomeadamente : o conhecimento do processo fisiológico normal facilita o reconhecimento do anormal; o conhecimento das diferentes etapas de restabelecimento da integridade cutânea permite seleccionar os pensos apropriados.

A cicatrização consiste numa série de etapas encadeadas interdependentes e de elevada complexidade. São elas: a fase da inflamação; fase da reconstrução; fase deepitelização e a fase da maturação.

- A fase inflamatória varia entre zero e cinco dias, é uma reacção local nãoespecífica à destruição do tecido e/ou invasão bacteriana. Constitui uma parte importante dos mecanismos de defesa do organismo sendo essencial no processo da cicatrização. Nesta fase o organismo recorre à energia e reservas nutricionais. Se estafase se prolongar por maior período normalmente por factores externos à ferida como seja a infecção, presença de corpo estranho ou lesões causadas pelo penso, este facto irá

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atrasar o processo da cicatrização podendo originar granulação excessiva num estádio posterior.

- Fase da reconstrução: Os macrófagos têm um papel “pivot” na passagem da fase inflamatória para a de reconstrução. Estes produzem os factores de crescimento que atraem os fibroblastos para a lesão e estimulam a sua divisão e posterior produção de fibras de colagénio. O colagénio pode ser visto na ferida ao segundo dia. A actividade dos fibroblastos depende do grau de oxigénio. Se os tecidos estão deficientemente irrigados a cicatrização não se irá processar normalmente. Ao macrófagos aceleram a actividade dos fibroblastos ao estimularem o crescimento de novos vasos sanguíneos –Angiogénese. Os capilares não lesados que estão por baixo da ferida produzem nós que crescem ao longo da superfície dos capilares. Os nós capilares formam uma rede que fornecem oxigénio e nutrientes à ferida. Alguns fibroblastos têm um papel acrescido, eles são especializados em favorecer a contracção da ferida. Assim que a ferida está preenchida com novo tecido uma nova rede de capilares está formada, gradualmente o número de fibroblastos e macrófagos diminui. O tecido de granulação consiste numa densa malha de macrófagos, fibroblastos e nós capilares, envolvidos por uma matriz defibropectina, colagénio e ácido hialurónico- fase de granulação.

- Fase de epitelização: Nesta fase a ferida está já coberta com células epiteliais. As células escamosas da ferida e à volta dos folículos pilosos migram e posteriormente proliferam sobre a superfície da lesão num processo designado por “salto de rã”.Quando as células se encontram, quer no centro da úlcera, quer nas margens param, num processo denominado inibição por contacto. As células epiteliais só podem deslocar-se por tecidos viáveis e necessitam de um ambiente húmido.

- Fase de maturação: Durante a maturação a úlcera torna-se menos vascularizada uma vez que há menor necessidade de levar oxigénio às células. As fibras de colagénio estão organizadas de forma a disporem-se em ângulos certos em relação aos ângulos da ferida, em vez de se disporem arbitrariamente. O tecido reconstruindo torna-se comparável ao tecido normal após m longo período de tempo e a ferida diminuigradualmente.

3.1-Características do penso ideal

Durante muito tempo considerou-se o penso como uma simples barreira de protecção impedindo a infecção da úlcera. Com os pensos tradicionais verifica-se uma predisposição para a formação de crosta o que constitui uma barreira mecânica para a migração das células dificultando a cicatrização. Igualmente a adesão do penso à ferida prejudicava as tecidos novos e acarretava dor para o doente. Após vários estudos Turner no início dos anos 80 enumerou sete critérios aos quais deveria obedecer o penso ideal:

Manter a humidade da úlcera contrariamente ao que inicialmente se pensou a úlcera húmida coberta desenvolve mais facilmente tecido de granulação e epitelização. Isto porque as células epiteliais se movem mais rapidamente ao longo da superfície da úlcera do que sobre a crosta. Assim o processo da cicatrização realiza-se mais rápida eeficazmente. Apesar de se ter sugerido que o ambiente húmido ´é o meio ideal para odesenvolvimento bacteriano e que os pensos oclusivos poderiam promover a infecção

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da úlcera, estudos feitos ao exsudado mostram que o fluído que fica colectado sobre alesão é rico em neutrófilos com actividade bactericida e elevados níveis de lisoenzimas.

Remover o excesso de exsudado: O penso deve ser adequado à quantidade deexsudado. Apesar da superfície da lesão se dever manter húmida o excesso de exsudadopode causar maceração da pele adjacente.

Permitir trocas gasosas: As necessidades de oxigénio não são constantes ao logo do processo de cicatrização. Na fase da reconstrução deverá existir uma área de baixa tensão de oxigénio na superfície da lesão estimulando os macrófagos a produzir o factorestimulante para a angiogénese. UM aumento moderado da tensão de oxigénio estimulaos fibroblastos mas aumentos grandes podem reduzir a sua actividade. O oxigénio énecessário para uma cicatrização rápida e eficaz mas a sua presença em excesso podeinibir o tecido conjuntivo.

Promover insolação térmica: Uma temperatura próxima dos 37º C promove a macrofagocitose e a actividade mitótica. Arrefecer a úlcera através de mudançasconstantes de penso reduz a temperatura superficial da mesma em vários graus.

Estar livre de partículas e contaminantes tóxicos: Muitos dos antigos pensos como o tecido de gaze libertavam partículas nas lesões abertas. Estas partículas têmdemonstrado serem responsáveis pelo reaparecimento ou prolongamento da faseinflamatória influenciando o processo da cicatrização de forma negativa.

Ser facilmente removível sem causar trauma para a ferida: O uso de pensos secos directamente sobre a superfície da úlcera, para além de doloroso provoca a emoção dos tecidos jovens que se formaram. A prática de uso de pensos secos deve ser desencorajada. Sempre que se imponha necessidade de uma compressa seca esta não deve ser removida sem primeiro ser humedecida.

3.1.1- TIPOS DE PENSOS PARA TRATAMENTO DE ÚLCERAS

Penso em película.Penso hidrocolóide.Penso de hidropolímero.Penso de carvão activado.Hidrogel ( carbometilcelulose sódica e alginato de cálcio).

Penso em película:Indicações: Prevenção de úlceras de pressão, eritema, flictena, e U.P. com tecido deepitelização. Este penso é permeável ao vapor de água e ao oxigénio mas impermeável àágua e às bactérias.

Penso hidrocolóide prevenção:Indicações: prevenção de úlceras de pressão; eritema e flictena e U.P. com tecido deepitelização.

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Contra-indicações: úlceras de pressão infectadas; úlceras de pressão com tecidonecrosado e úlceras de pressão com exsudado.

Penso hidrocolóide:Indicações: úlceras de pressão com tecido de granulação e epitelização; úlceras depressão com moderado e/ou pouco exsudado.Formas de aplicação: apósito- para U.P. superficial e pasta para U.P. profunda egrânulos para U.P. profunda com exsudado moderado.Contra-indicações: U.P. infectada e U.P. com tecido necrosado.

Penso de hidropolímero:Indicações: U.P: com pouco a moderado exsudado e U.P. com tecido de granulação ouepitelização.

Penso de carvão activado:Indicações: U.P. com odor intenso; U.P. infectadas e U.P. com exsudado elevado amoderado. Aplica-se penso suplementar de compressa absorvente e adesivo ou ligadura.Frequência da mudança do penso: diariamente se feridas infectadas; três a quatro diasdependendo do exsudado.

Hidrogel:Indicações: U.P. com tecido necrosado duro ou viscoso e U.P. com tecido morto. Pensosuplementar de compressa absorvente apropriada à quantidade de exsudado e adesivo ou ligadura.

3.2- Intervenções de enfermagem no tratamento de doentes com úlcerascrónicas

O sucesso do tratamento de úlceras crónicas assenta em dois aspectosfundamentais:

Avaliação correcta da úlcera pelos profissionais que cuidam dos doentes.Continuidade do tratamento instituído.

Esta avaliação que engloba a úlcera e o estado do doente tem por objectivos fornecer informação inicial sobre o estado da úlcera e o modo de monitorizar o seu progresso e assegurar a selecção apropriada dos produtos a utilizar. É muito importante conhecer as diferentes fases da cicatrização a fim de seleccionar o penso apropriado. Os critérios de selecção do penso baseiam-se também na da localização da úlcera, tamanho e forma da mesma.

Localização da úlceraA localização da úlcera pode ser um factor indicativo de potenciais problemas

como por exemplo o risco de contaminação de feridas localizadas na região sagrada ou de problemas de mobilidade pela presença de úlceras nos pés.

Forma e tamanho da úlcera crónica

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Estas variam ao longo do processo de cicatrização. Nas fases iniciais, quando o tecido necrosado ou o exsudado são removidos a ferida aparentemente aumenta de tamanho. Isto acontece porque a verdadeira extensão da úlcera encontra-se mascarada pelo tecido necrosado. Para avaliar o processo da evolução da úlcera são necessários registos precisos. Estes registos devem incluir o tamanho, a presença ou não de exsudado, a presença ou não de sinais inflamatórios ou infecção, o grau e ainda a fase de cicatrização.Em úlceras de aspecto regular pode-se fazer a medição da maior largura e do maior comprimento e ainda da profundidade se possível. Nas de aspecto irregular este método é pouco preciso embora seja o mais usado pelas enfermeiras por ser de conhecimento universal e de fácil utilização. Por exemplo: ferida grau III; com 3x4 cm sem exsudado; sem odor em fase de granulação.

Delineadores de feridasPodem ser utilizados acetatos ou películas transparentes estéreis onde se

demarca a forma da úlcera.A fotografia também possibilita a avaliação da ferida sobretudo em relação ao aspecto e ao tamanho. Convém utilizar uma régua com escala para uma avaliação mais objectiva.

Aspecto das U.P. (ver em classificação de úlceras crónicas)Se a úlcera se apresenta com tecidos necrosados e antes de proceder à sua

medição é importante proceder à remoção do tecido necrosado. Se este não for removido a lesão continuará a crescer permitindo a proliferação de microorganismos anaeróbios assim torna-se imperioso recorrer ao desbridamento. Este consiste na eliminação do tecido necrosado presente nas feridas.

Desbridamento enzimático ou autolítico- Realizado mediante agentes enzimáticos com capacidade de destruir os tecidos desvitalizados sem lesionar os tecidos viáveis. Trata-se do processo de desbridamento mais natural e a sua acção acentua-se se mantiver a lesão em ambiente húmido. O seu uso requer uma vigilância constante porque se usados continuamente não só poderão destruir os tecidos viáveis como ainda originar reacções sistémicas, Logo que a ferida se apresente limpa deve ser utilizado outro tipo de tratamento.

Desbridamento cirúrgico- Indicado na presença de tecidos desvitalizados em úlceras muito extensas. Requer o uso de técnicas cirúrgicas assim como a utilização de analgesia em alguns casos.

Desbridamento químico- Durante muito tempo foi o método de eleição porque para além do baixo custo era de fácil utilização. São vários os utilizados mas o mais usado entre nós é o Hipoclorito de sódio a 0.48% (Soluto de Dakin), porém estes produtos para além de provocarem a destruição de tecido vão impedindo que o processo de cicatrização avance, em contacto com a matéria orgânica perdem a actividade. Daí que actualmente não se preconize a sua utilização.

3.2.1- REGISTO E MONITORIZAÇÃOÉ muito importante o registo de todos os factores que identificam as feridas,

tamanho; presença ou não de exsudado e sua coloração; presença ou não de sinais de inflamação ou infecção; estadio de evolução; grau e tratamento utilizado. Por tudo

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aquilo que foi dito o tratamento de feridas crónicas é demorado, requer paciência e persistência. É importante que cada serviço adopte um instrumento de registos de fácil utilização e que se adapte às necessidades dos doentes do serviço.

Não menos importante é a existência de normas e protocolos que permitam aos profissionais não só uma orientação técnica como também a continuidade dos tratamentos instituídos, que como já vimos a não continuidade do tratamento e a mudança constante dos produtos são os dois aspectos que mais contribuem para o aumento do insucesso e do tempo de cura.

3.2.2- NORMAS DE INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NAPREVENÇÃO DE

ÚLCERAS DE PRESSÃO EM UTENTES DEPENDENTESAvaliação escrita do grau de risco – Escala de Norton – Circular normativa daD.G.S. N.º 25/ DSPcs de 23/06/98- Se score 14 – Factores de Risco planear MEDIDAS DE PREVENÇÃO:Hidratação adequada 30 c.c. de H2O / Dia ´ Kg pesoEx.: Peso corporal 50 Kg 1.500 c.c./ DiaCorrecção NutricionalNecessidades Nutricionais- Calorias 30-35 Kcal ´ Kg peso / Dia- Proteínas 1.5-2g / Kg peso / DiaEx: Peso corporal 50 Kg 100g de carne ou peixe /Dia- Legumes – fibras- VitaminasHigiene- Banho 2semana- Lavagem diária do rosto, genitais, pregas cutâneas- Limpar e secar bem- Aplicar óleo de amêndoas doces- Mudança de fraldas 4Dia e S.O.S. lavagem dos genitais também á noitePermanência no leito- Mudança de decúbito de 3/3H- Vigiar superfícies de apoio Se rubor, aplicar Hidrocoloide de prevenção por um período de 7 Dias, precedido de aplicação de geloNão fazer Decúbito ou pressão sobre a área ruborizada.- Levante diário 2 períodos de 3H no inicio podendo posteriormente ser alargado. Vigiar região isquiática- Alinhamento dos segmentos articulares utilizar almofadas- Colocar pele de carneira no leito- Evitar quedas colocação de grades no leito e/ou faixa na cadeira para imobilizarObservação e vigilância Diária de proeminências ósseas, sacro, calcanhares, região trocantérica direita e esquerda, tornozelos, cotovelos, occipital e omoplatas.

NORMAS PARA TRATAMENTO DE ULCERAS DE PRESSÃO

Avaliação de úlceras de pressão

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Grau Grau I Aspecto ou Estádio Ferida NecrosadaGrau II Úlcera com células mortasGrau III Úlcera em fase de granulaçãoGrau IV Úlcera em fase de epitelização

- Presença ou não de exsudado- Diâmetro e profundidade

Ex: Úlcera grau II, com células mortas, exsudativa com 24 e 2 deprofundidadeInstituir tratamento em função da avaliação feita segundo protocoloNão fazer decúbito sobre feri da, e em caso algum exercer qualquer tipo de pressão sobre a área de ferida antes da sua completa cicatrizaçãoImplementar normas de prevençãoReavaliar ao 5º Dia (Grau, estadio, diâmetro, exsudado)Reavaliar de 5 em 5 dias, mantendo ou readequando o tratamentoRegistar nos impressos próprios.

PROTOCOLOS DE TRATAMENTO

1. Úlcera Necrosada ou com tecidos Necrosados, ou Células Mortas- Lavagem com solução salina isótonica- Remoção dos tecidos necrosados

a) Desbridamento autolítico- Hidrogel penso semi-oclusivo(ou convencional) substituição - Nu-gel do penso 2 em 2 ou 3 em 3 dias

b) Desbridamento enzimático- Ulcerase + S.F. penso húmido (convencional) substituição do penso diariamente

c) Remoção mecânica dos tecidos necrosados (limpeza cirúrgica)

- Ferida seca penso oclusivo com hidrocoloide ou Hidropolímero (Varihesive, Tielle)- Ferida exsudativa ou com odores Penso com carvão activado* (actissorb) directamente sobre a ferida seguido de penso convencionalDiariamente se a ferida infectada - Substituição do penso 2, 3 ou 4 dias dependendo da quantidade de exsudado

Nota : *Este penso não pode ser cortado, se necessário deve ser dobrado.

2. Úlcera em Fase de Granulação- Lavarem com S.F. esguicho ou seringa- Secar região circundante- Seleccionar apósito que ultrapasse pelo menos 2cm do bordo da ferida- Preencher cavidade da ferida até 1 a 2 mm da superfície com pasta hidrocoloide- Aplicar apósito de hidrocoloide ou hidropolímero plano

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- Substituição do penso entre 4 podendo chegar a 7 dias dependendo do exsudado e fase da cicatrização.

Nota : Se o penso descolar e deixar verter o seu conteúdo, ou se aumentar de tamanho (fizer bolha ) deve ser substituído.No domicilio alertar os familiares para este facto e incentivá-los a comunica- lo á enfermeira.

3. Úlcera/ferida em fase de epitelização (Grau II e Grau III)- Lavagem com S.F. cautelosa e atraumática (para não destruir as células novas)- Secar a região circundante da ferida- Aplicar apósito de hidrocoloide ou hidropolímero

Nota : Nesta fase habitualmente as feridas já não são cavitárias dispensando a pasta de hidrocoloide- Substituição do penso 5-8 dias.

4. Úlcera varicosa – Norma de Actuação.Identificação e caracterização em função de grau e estadio:Protocolo de tratamento segundo identificação feita.Aplicação de ligadura elástica desde a raiz dos dedos até ao joelho.

Ensino sobre a forma de colocar a ligadura:Colocar diariamente antes de sair da cama e retirar ao ditar.Manter o membro elevado e a fazer períodos de repouso.

Fontes:FLANACIAN, Madeleine- Uma Estrutura Prática Para a Determinação de

Ferimentos, Nursing, Lisboa, N.º 131, Março de 1999, pag. 11-18FONTES Ribeiro et al- Feridas e Úlceras Cutâneas, Formasau, Formação e saúde Lda, Coimbra, 1999JEFFREE, Pauline e SCOTT Kenneth- Feridas Fechadas, Nursing, Lisboa

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO- Sub- Grupo Hospitalar Capuchos/Desterro, Ed. Drª Eleine Pina, 2ª edição, Outubro 1999

ROBINSON, Hércules- Úlceras Varicosas, Método de Ligaduras de Compressão em Três Camadas, Nursing, Lisboa, Nº 131, Março 1999, pag. 18-20

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Caracterização e Sistematização do Material de Penso

Deste modo pode-se classificar e caracterizar os materiais de pensos, de forma sucinta, do seguinte modo:

Material Tipo CaracterísticasAbsorvente Alginato Quando colocados na ferida, actuam por troca iónica entre os iões cálcio presentes no penso e os iões sódio

dos tecidos, processo esse, associado à absorção do exsudado por capilaridade. Em contacto com o exsudado o alginato transforma-se num gel viscoso criando um ambiente húmido na superfície da ferida, o qual favorece a sua cicatrização, alivia a dor (por humedecimento das terminações nervosas evitando assim uma propagação de estímulos de grande intensidade), facilita o desbridamento autolítico do tecido necrosado e permite ainda as trocas gasosas.

Duração: 1 a 7 dias.

Hidrofibras Compostas por fibras de carboximetilcelulose, caracterizam-se por apresentarem um mecanismo de absorção vertical, sendo o exsudado absorvido para o interior da fibra, a qual se transforma num gel criando dessa forma, uma ambiente húmido favorável ao processo cicatricial, sem no entanto macerar a pele circundante à ferida.

Duração: 1 a 7 dias.

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Hidrocolóides São constituídos geralmente por duas camadas, uma interna (que contacta directamente com a ferida), composta por substâncias hidrofilicas – carboximetilcelulose, pectinas, gelatina - e uma externa à base de espuma ou filme de poliuretano, oclusiva ou semipermeável (dependendo da marca comercial) aos gases, líquidos e bactérias. Em contanto com o exsudado da ferida, este é absorvido formando um gel que se expande em direcção ao foco da lesão, exercendo uma firme pressão sobre o seu foco, especialmente em feridas mais profundas, estimulando assim a produção de tecido de granulação. Além disso, promovem o desbridamento do tecido necrosado e auxiliam na remoção dos componentes tóxicos provenientes da destruição celular e bacteriana, actuando na limpeza por autólise.

Duração: 1 a 7 dias.

Espumas

Carvão Activado

Fisicamente apresentam-se com estruturas multilaminares. A camada mais interna, que contacta directamente com a superfície da ferida, é adesiva e perfurada, a camada intermédia é composta por uma espuma hidrocelular à base de substâncias hidrofílicas com capacidade de absorção de exsudados, e finalmente a camada mais externa é à base de poliuretano sendo impermeável às bactérias mas permeável ao vapor de água e ao oxigénio.As espumas mantêm o isolamento térmico, mantêm um ambiente húmido e são confortáveis para o doente.

Duração: Máximo de 7dias.

Os apósitos de carvão activado são constituídos por duas camadas (interna e externa) de tecido não tecido no interior das quais existe uma camada intermédia de carvão activado. Este caracteriza-se por apresentar uma elevada capacidade de desodorização uma vez que absorve à sua superfície as moléculas responsáveis pelo mau cheiro. Para além dessas moléculas, absorve água, bactérias e outros componentes presentes no exsudado.

Duração: Poderá permanecer um tempo mais prolongado.

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Desbridante Desbridante Autolítico São compostos essencialmente à base de água (cerca de 80%), a qual é responsável pela hidratação dos tecidos secos, favorecendo assim, a sua dissolução e consequentemente a autólise pelo próprio organismo. Dessa forma, estão indicados em primeira linha em feridas secas com ou sem necrose, ou pouco exsudativas. O facto de fornecerem humidade à ferida, contribui para a promoção da angiogenese e re-epitelização, sendo ainda responsáveis pela diminuição da dor por humedecimento das terminações nervosas.Esse material existe comercializado sob duas formas de apresentação – gel amorfo e apósito

Duração: Máximo até três dias dependendo das características da ferida.

Desbridante Enzimático São assim denominados, devido ao facto de serem compostos por enzimas proteolíticas responsáveis pela destruição com as pontes de colagénio que prendem o tecido necrosado à base da ferida. Os péptidos resultantes da degradação do colagénio, têm um efeito quimiotático sobre os macrofágos e fibroblastos, atraindo-os para a base da ferida com a consequente estimulação do processo de granulação. A colagenase é a única enzima comercializada em Portugal e está disponível sobre a forma de pomada, estando indicada no desbridamento enzimático dos tecidos necrosado ou fibrinoso, sendo que a sua eficácia depende da penetração na crosta. É pois por isso recomendada, a realização de alguns cortes na mesma para facilitar a penetração da pomada através dos tecidos necrosados secos.  Duração: 1dia.

Impregnado Impregnado em Gordura Dentro do primeiro grupo incluem-se as gazes gordas, que podem ser compostas por uma compressa primária natural, à base de algodão hidrófilo, ou sintética de celulose ou viscose, impregnada por uma substância gordurosa – vaselina, parafina ou lanolina - cujo efeito é proteger a aderência da compressa ao leito da ferida, evitando desse modo a destruição dos tecidos neoformados aquando da substituição do penso. Estão por isso indicadas em feridas na fase de granulação, secas ou com baixa quantidade de exsudado, como sejam as queimaduras de 1.º ou 2.º graus, abrasões, enxertos, úlceras, entre outras. 

Duração: 1 a 3dias.

Impregnado em clorohexidina A clorohexidina é um anti-séptico com espectro de acção inferior ao iodo, tendo apenas actividade sobre bactérias gram positivas e gram negativas.

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O seu uso está portanto indicado na profilaxia e tratamento de feridas infectadas.  A gaze impregnada com clorohexidina deve ser aplicada directamente sobre a ferida previamente limpa requerendo um penso secundário que a fixe. A frequência de mudança está sempre dependente das características da ferida. No entanto se esta estiver infectada, deverá ser diária.

Duração: Diária.

Impregnado em Prata A prata é um potente agente antimicrobiano, que actua por ligação aos grupos sulfidrílicos, carboxílicos, fosfatados, aminados, o que leva à alteração físico-química das proteínas e eventualmente à sua precipitação causando assim alterações estruturais na parede e membranas bacterianas. 

Cicatrização Ester do ácido hialurónico  O ácido hialorónico é de um hidrato de carbono que existe na matriz extracelular da pele, joelhos, olhos - entre outros órgãos e tecidos - e está implicado na migração e proliferação celular, nomeadamente na formação e orientação do tecido de granulação, na modelação da resposta inflamatória e na estimulação da angiogenese.

Duração: 3dias.

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Colagénio  O colagénio é uma proteína endógena presente na pele e que está implicado na divisão e migração dos fibroblastos e no crescimento dos queratinócitos. O colagénio comercializado apresenta-se sob a forma de pó altamente higroscópio, capaz de manter um ambiente húmido na interface ferida/penso favorável ao processo de cicatrização. Estimula ainda a angiogénese e o crescimento dos fibroblastos, promovendo a proliferação e migração dos fibroblastos e criando uma barreira protectora contra as infecções bacterianas. Está indicado em feridas crónicas sem evolução, sem presença de tecido necrosado ou fibrinoso e de infecção, previamente limpas.

Duração: 1 a 3 dias com SF.

Colagénio com Celulose Regenerada Oxidada 

Consiste numa matriz seca congelada e estéril de colagénio (55%) e celulose regenerada oxidada (45%). Na presença de exsudado da ferida, a matriz absorve-o formando um gel biodegradável que se liga às proteases – metaloproteases, elastases e plasminas - enzimas que produzidas em excesso degradam as fibras de colagénio, impedindo desse modo a cicatrização. Para além disso, têm ainda capacidade de ligação a factores de crescimento protegendo-os. Assim sendo, está indicado em feridas crónicas (úlceras de pressão, vasculares e diabéticas).

Duração: 1 a 3dias.

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Filmes Neste grupo incluem-se as películas semi-permeáveis, ou seja, permeáveis ao vapor de água e aos gases, mas impermeáveis à água e aos microorganismos. Podem ser compostos por diversos tipos de materiais, dependendo da marca comercial – poliuretano, silicone, hidrocolóide, copolímero acrílico com ou sem álcool, oxido de polietileno com água. Podem ser usados como apósitos primários na fase final do processo de granulação e epitelização em feridas com pouco ou mesmo nenhum exsudado ou ainda para proteger a pele sã de fricções. Podem igualmente ser usados como apósito secundário na fixação de outro material de penso.  Estão no entanto contra-indicados em feridas infectadas.  

Duração: 7dias.

Referências: DINIS, Ana. – Material de Pensos Parte I e II. 2006. Consultado em 8/10/2010 às 22horas. [em linha] Disponível

em: http:// www.forumenfermagem.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1177:material-de-penso-i-

parte&catid=34:

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Nome Alginato de Cálcio

Grupo Coberturas que absorvem a humidade da ferida.

Composição Fibras originárias de algas marinhas marrons, compostas pelos ácidos gulurônico e manurônico, com íons de cálcio e/ou sódio incorporados em suas fibras.

Apresentação Placa resistente a tracção / Fibra / Cordão.

Geometria Placa Rectangular / Placa Quadrangular / Fibra / Cordão.

Dimensão Placa: aproximadamente 15x15 cm.Cordão: aproximadamente 40 cm.

Acções O sódio presente no exsudado e no sangue interage com o cálcio do curativo de alginato. A troca iónica auxilia no desbridamento autolítico, tem alta capacidade de absorção, resulta na formação de um gel que mantém o meio húmido para cicatrização. Induz a hemostasia.

Indicações - Feridas com exsudação de moderada a elevada sem sinais de infecção, podendo apresentar tecido desvitalizado.- O cordão deve ser utilizado em feridas cavitárias.

Contra-Indicações

- Feridas superficiais com pouca exsudação.- Queimaduras.

AplicaçãoPlaca:

- Proceder a limpeza da ferida conforme técnica

universal.

- Secar a pele adjacente à lesão.

- Aplicar directamente sobre o leito da ferida.

- Fechar com curativo secundário estéril.

Cordão:

- Proceder a limpeza da ferida conforme técnica

universal.

- Secar a pele adjacente à lesão.

- Introduzir nos espaços mortos da lesão.

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Anexo XII

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-Fechar com curativo secundário.

Fibra:

- Modele o alginato no interior da ferida, se

necessário humedeça a fibra com SF 0,9%.

- Não deixe que a fibra ultrapasse a borda da

lesão, devido ao risco de prejudicar a

epitelização.

Periodicidade de Uso (Troca)

- Trocar a cobertura secundária sempre que estiver saturada.- Feridas limpas com sangramento: a cada 48hs, ou quando saturado.- Feridas limpas muito exsudativas: quando saturada a cobertura secundária.

Nome Carvão Activado e Prata

Grupo Coberturas Bactericidas.

Composição - Camada Externa - manta de não tecido (nylon) de baixa aderência, selada nos quatro cantos.- Camada Interna - almofada impregnada por carvão activado e prata a 0,15%.

Apresentação Placa.

Geometria Quadrangular / Rectangular.

Dimensão Aproximadamente 10x10 cm / Aproximadamente 19x10 cm.

Acções O carvão activado absorve o exsudado, filtra odores e provoca a absorção de microrganismos.A prata exerce uma acção bactericida.

Indicações - Feridas infectadas exsudativas com ou sem odor.- Feridas limpas com exsudação de moderada a intensa, localizadas em regiões potencialmente contaminadas (perineal, perianal e sacral).- Lesões de membros inferiores em pacientes diabéticos ou com algum comprometimento vascular periférico.

Contra-Indicações

- Feridas limpas com pouca exsudação.- Queimaduras.

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Aplicação - Aplicar o curativo sobre a ferida.- Fechar com cobertura secundária estéril.

Periodicidade de Uso (Troca)

- Cobertura secundária - sempre que estiver saturada.- Curativo de carvão activado - inicialmente a cada 48 ou 72 hs, dependendo da capacidade de absorção.- Quando a ferida não estiver infectada, a troca deverá ocorrer de 3 a 7 dias.

Nome Colagenio com Alginato

Grupo Coberturas que estimulam os eventos celulares.

Composição Composição de 10% de Alginato e 90% de Colagenio.

Apresentação Placa.

Geometria Quadrangular / Rectangular.

Dimensão Aproximadamente 10 x 10 cm / Aproximadamente 10 x 19 cm.

Acções - Alginato - absorvente e formador de gel, mantém o meio húmido e controla o exsudado.- Colagenio - favorece o crescimento interno dos tecidos e dos vasos sanguíneos.

Indicação Feridas limpas com exsudação de leve a moderada.

Contra-Indicações

- Feridas altamente exsudativas.- Feridas infectadas.

Aplicação - Cobrir o leito da ferida com o curativo de colagenio.- Fechar a lesão com curativo secundário (pode-se associar o curativo não-aderente e posteriormente o absorvente, como a gaze).- Pode ser cortado Ao realizar a troca do curativo será observado o desaparecimento do mesmo do leito da ferida, pois o mesmo foi degradado.

Periodicidade de Uso (Troca)

- Cobertura secundária - sempre que estiver saturada.- Curativo de alginato com colagenio - entre 2 a 4 dias, dependendo da quantidade de exsudado.

Nome Curativo Não-aderente Estéril

Grupo Coberturas que protegem a superfície da ferida.

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Composição Tela de acetato de celulose, impregnada com emulsão de retrodatem, solúvel em água, não aderente e transparente.

Apresentação Placa.

Geometria Rectangular.

Dimensão Aproximadamente 8 x 20 cm.

Acções - Não aderência à ferida.- Permite o livre fluxo de exsudados para a cobertura secundária.

Indicações Curativo primário:- Lesões superficiais de queimaduras.- Lesões superficiais de úlceras.- Áreas doadoras de enxerto.- Áreas receptoras de enxerto.- Lacerações- Incisões cirúrgicas.- Feridas limpas em uso de carvão activado com prata, para evitar a aderência do mesmo ao leito da ferida.

Contra-Indicações

- Feridas altamente exsudativas.- Feridas infectadas.

Aplicação - Cobrir o leito da ferida com o curativo não-aderente (primário).- Fechar a lesão com curativo secundário.

Periodicidade de Uso (Troca)

Trocar o curativo de contacto sempre que apresentar aderência à lesão (36/36 hs) ou de acordo com a saturação do curativo secundário.

Nome Espuma

Grupo Coberturas que absorvem a humidade da ferida.

Composição - Camada de material polimérico (parte espumosa do curativo), que se expande levemente à medida que absorve o exsudado.- Pode apresentar camada adicional que potencializa a absorção (falso tecido altamente absorvente e hidrogel com alta capacidade de absorção).- Camada adesiva (adere à pele integra)- Camada externa de película de poliuretano (permeável às trocas gasosas e impermeável à água e bactérias).

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Apresentação Placa.

Geometria Quadrangular.

Dimensão Aproximadamente 15 x 15 cm.

Acções - Flexível.- Absorvente (altamente absorvente quando dispõe de camada extra para absorção de fluidos).- Mantém a temperatura em torno de 37º.- Estimula a angiogênese, por gerar uma hipoxia no leito da lesão (característica dos curativos oclusivos).

Indicações - Feridas com baixa a moderada exsudação, sem tecido desvitalizado.- Quando com camada extra-absorvente, possui elevado poder de absorção.

Contra-Indicações

- Feridas que apresentem sinais de infecção ou exsudação.- Se o curativo for com ilha de absorção, este não pode ser cortado.

Aplicação - Fazer a limpeza da ferida conforme técnica universal.- Secar a pele peri-ferida.- Retirar o papel de revestimento interno.- Fixar o curativo abrangendo a lesão e pelo menos 3 cm da pele circunjacente.

Remoção Eleve a borda do curativo e puxe-o cuidadosamente.

Periodicidade de Uso (Troca)

- De 7 em 7 dias, se as bordas estiverem íntegras.- Se no decorrer deste período houver extravasamento de fluidos, este deve ser trocado em período inferior a 7 dias.

Nome Filme Transparente

Grupo Coberturas que protegem a pele íntegra.

Composição Placas muito finas de um polímero (usualmente poliuretano), recobertas em uma face com um adesivo (geralmente acrílico).

Apresentação Placa.

Geometria Rectangular / Oval.

Dimensão Aproximadamente 10 x 15 cm.

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Acções - Permitem visibilidade da área sob o curativo.- São bons curativos secundários.- Adaptam-se aos contornos anatómicos.- Permitem a transferência de vapor de humidade.- São impermeáveis à entrada de agentes externos como água e bactérias.

Indicações - Pele Íntegra.- Áreas de proeminências ósseas na prevenção de úlceras de pressão.- Em local de inserção de cateteres, se não houver sangramento.- Feridas que estejam cicatrizando por primeira intenção, sem exsudação.

Contra-Indicações

Feridas que apresentem qualquer grau de exsudação.

Aplicação Sistema de aplicação em abas:- Limpe e seque a pele.- Abra o centro do papel de revestimento, a fim de expor a superfície do curativo.- Aplique a parte central sobre a área desejada.- Puxe as abas, uma por vez, ao mesmo tempo em que aplica o curativo.- Não estique o curativo ao posicioná-lo. A parte central deve ser removida e o curativo firmado pelos dois papéis remanescentes.

Sistema de aplicação em moldura:- Limpe e seque a pele.- Abra o centro do papel de revestimento a fim de expor a superfície do curativo.- Aplique a parte central sobre a área desejada.- Remova a margem enquanto aplica o curativo.

Remoção Eleve a borda do curativo e estique-o horizontalmente em direcção oposta à área em que está aderido.

Periodicidade de Uso (Troca)

- De 7 em 7 dias.- Se ao 7º dia o curativo estiver íntegro, a permanência poderá ser prolongada.- Em local de inserção de cateter é recomendado a troca pelo menos uma vez por semana.

Nome Hidrocolóide

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Grupo Coberturas que mantém a humidade da ferida.

Composição - Camada Externa: polímeros de poliuretano, semi-permeável (permeável à transferência de vapor e impermeável a agentes externos como água e bactérias).- Camada Interna: Carboximetilcelulose, Gelatina e Pectina ou ambas, formando um gel amarelado, viscoso e de odor acentuado.

Apresentação Placa.

Geometria Rectangular / Oval / Formato Especial para região sacral.

Dimensão Aproximadamente 10x10 cm ou 15x15 cm.

Acções - Flexível.- Altamente aderente.- Absorve pequenas quantidades de fluidos.- Pode estimular o desbridamento autolítico.- Proporciona alívio da dor- Mantém a temperatura em torno de 37º.- Estimula a angiogênese, por gerar uma hipoxia no leito da lesão (característica dos curativos oclusivos).

Indicações Feridas com baixa exsudação, com ou sem tecido desvitalizado.

Contra-Indicações

- Presença de hipersensibilidade aos componentes.- Feridas que apresentem sinais de infecção ou exsudação de moderada a intensa.

Aplicação - Limpe e seque a pele peri-ferida.- Retire o papel de revestimento interno.- Fixe o curativo abrangendo a lesão e pelo menos 3 cm da pele circunjacente.- Pode ser cortado conforme necessidade.

Remoção Eleve a borda do curativo e puxe-o cuidadosamente.

Periodicidade de Uso (Troca)

- De 7 em 7 dias se as bordas estiverem íntegras.- Se no decorrer deste período houver extravasamento de fluidos ou se for observado a formação de uma bolha esbranquiçada no curativo, este deve ser trocado em período inferior a 7 dias.

Nome Hidrogel

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Grupo Coberturas que acrescentam humidade à ferida.

Composição - Predominantemente - água.- Pequena quantidade de polímeros.- Pode conter alginato de cálcio.

Apresentação Gel.

Geometria Amorfo.

Dimensão Tubo de 25 a 30 gramas.

Acções - Oferece a melhor e mais rápida maneira de acrescentar humidade a uma ferida para promoção do desbridamento autolítico.- Se o objectivo for apenas a manutenção da humidade no leito da ferida, uma gaze impregnada com hidrogel amorfo poderá auxiliar na manutenção de uma hidratação adequada.

Indicações - Desbridamento autolítico em feridas necróticas.- Manutenção da humidade no leito da ferida.

Contra-Indicações

- Feridas altamente exsudativas.- Aplicação de quantidades elevadas em lesões com exsudação de leve a moderada, podendo ocasionar maceração tecidual.

Aplicação - Aplique o hidrogel de forma que não ultrapasse as bordas da lesão.- Associar sempre a coberturas secundárias oclusivas ou gaze.

Periodicidade de Uso (Troca)

- Necrose: no máximo a cada 72hs.- Manutenção da humidade: 24/24 hs.

Nome Sulfadiazina de Prata

Grupo Creme antimicrobiano tópico.

Composição Sulfadiazina de prata a 1%, hidrofílica.

Apresentação

Creme.

Geometria Amorfo.

Dimensão Pote.

Acções O íon prata causa precipitação de proteínas e age directamente na membrana citoplasmática da célula bacteriana, exercendo acções bactericidas (imediata) e bacteriostática (residual), pela liberação de

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pequenas quantidades de prata iónica.

Indicações - Feridas que não evoluem com coberturas oclusivas.- Áreas onde as coberturas não estão indicadas como úlcera de pressão sacral em pacientes incontinentes.

Contra-Indicações

Presença de hipersensibilidade aos componentes.

Aplicação - Distribuir o creme de forma asséptica na gaze (usando uma espátula de madeira estéril).- Colocar em contacto com a lesão.- Cobrir com curativo secundário.

Remoção Retirar o excesso de pomada remanescente a cada troca de curativo

Periodicidade de Uso (Troca)

De 12/12 horas ou quando a cobertura secundária estiver saturada

Conclusão:

Realizei esta pesquisa bibliográfica de modo a aumentar o meu conhecimento teórico nesta área.

Bibliografia Consultada:

NURSING CAREER RESOURCES; Tipos de Penso/Tratamento de Feridas; Consult. 25/04/09, 12h:30m; Disponível em:

http://oncare.blogspot.com/search/label/Feridas%20fonte%3A%20http%3A%2F%2Fwww.tratamentodeferidas.com.br

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