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 Apontamentos História Módulo 8 - Portugal e o mundo da segunda guerra mundial ao início da década de 80 – opções internas e contexto internacional 2. Portugal: Do autoritarismo à democracia 2.1 Imobilismo político e crescimento económico do pós-guerra a 1974. a !arateri"ar a economia portuguesa entre 194# e o início da d$cada de 7%. &: I.  ' estagna()o do *undo &ural +o ,im da 2 uerra *undial a agricultura continua/a a ser a ati/idade dominante em Portugal 0pouco desen/ol/ida e com baios índices de produti/idade Portugal era dos países mais atrasados da 3uropa. setor prim5rio 0agropecu5ria6 pescas6 sil/icultura emprega/a cerca de 4% da popula()o e proporciona/a menos de 2# da ri8ue"a nacional. obeti/o da autossu,icincia continua/a por alcan(ar e Portugal continua/a a importar grandes 8uantidades de produtos agrícolas.  'ssimetria na dimens)o e titular idade da propriedade +o rte;<ul: no +orte predomina/a o mini,=ndio6 8ue pela sua pe8uene"6 n)o possibilita/a a mecani"a()o6 no <ul estendiam-se propriedades imensas6 8ue6 de t)o grandes6 se encontra/am subapro/eitadas. >ma parte da 5rea agrícola era culti/a em regime de arrendamento prec5rio e6 por isso6 pouco propício ao in/estimento. go/erno prop?e algumas altera(?es à estrutura ,undi5ria: +o +orte - constitui()o de propriedades mais /astas6 atra/$s da a8uisi()o de pe8uenas propriedades pelo 3stado6 8ue seriam emparceladas6 e /endidas a o/ens dotados de espírito empreendedor e dispostos a in/estir em no/as t$cnicas e produtos agrícolas6 de 8ue o país era de,icit5rio. +o <ul @ tentou-se estimular a constitui()o de propriedades mais pe8uenas entregues a o/ens rendeiros. Aoi incenti/ada a di/ersi,ica()o da produ()o6 a ,loresta()o e o lan(amento do plano de rega para o 'lenteo.

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Apontamentos História

Módulo 8 - Portugal e o mundo da segunda guerra

mundial ao início da década de 80 – opções internas

e contexto internacional

2. Portugal: Do autoritarismo à democracia

2.1 Imobilismo político e crescimento económico do pós-guerra a1974.

a !arateri"ar a economia portuguesa entre 194# e oinício da d$cada de 7%.

&:I.  ' estagna()o do *undo &ural +o ,im da 2 uerra *undial a agricultura continua/a a ser a ati/idade

dominante em Portugal 0pouco desen/ol/ida e com baios índices deproduti/idade

Portugal era dos países mais atrasados da 3uropa. setor prim5rio

0agropecu5ria6 pescas6 sil/icultura emprega/a cerca de 4% dapopula()o e proporciona/a menos de 2# da ri8ue"a nacional.

obeti/o da autossu,icincia continua/a por alcan(ar e Portugal

continua/a a importar grandes 8uantidades de produtos agrícolas.  'ssimetria na dimens)o e titularidade da propriedade +orte;<ul: no

+orte predomina/a o mini,=ndio6 8ue pela sua pe8uene"6 n)opossibilita/a a mecani"a()o6 no <ul estendiam-se propriedadesimensas6 8ue6 de t)o grandes6 se encontra/am subapro/eitadas.

>ma parte da 5rea agrícola era culti/a em regime de arrendamento

prec5rio e6 por isso6 pouco propício ao in/estimento.

go/erno prop?e algumas altera(?es à estrutura

,undi5ria: +o +orte - constitui()o de propriedades mais /astas6 atra/$s da

a8uisi()o de pe8uenas propriedades pelo 3stado6 8ue seriamemparceladas6 e /endidas a o/ens dotados de espíritoempreendedor e dispostos a in/estir em no/as t$cnicas e produtosagrícolas6 de 8ue o país era de,icit5rio.

+o <ul @ tentou-se estimular a constitui()o de propriedades mais

pe8uenas entregues a o/ens rendeiros. Aoi incenti/ada adi/ersi,ica()o da produ()o6 a ,loresta()o e o lan(amento do plano de

rega para o 'lenteo.

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&esultados:

1. 's medidas n)o contaram com a ades)o dos propriet5rios2. +o +orte pre,eriam continuar com as pe8uenas terras Berdadas e

8ue mantinBam a sua subsistncia

C. +o <ul continua/am a /i/er à custa dos baios sal5rios. sgrandes propriet5rios ,undi5rios esta/am contra.

 'ssim6 $ de,initi/amente a,astada da Bipótese da moderni"a()o da agriculturaportuguesa com base numa re,orma da estrutura ,undi5ria. país /olta/a-seent)o para um processo de desen/ol/imento industrial6 onde o com$rcio6 oturismo e o in/estimento estrangeiro come(am a ter um papel preponderante.

b '/aliar o surto da emigra()o6 no mesmo período&:II.  ' emigra()o @ /eri,ica-se o despo/oamento 8uase total de algumas

regi?es do país.

Causas:

1. Pobre"a em 8ue algumas popula(?es /i/iam6 con,rontadas com oconBecimento dos ele/ados ní/eis salariais praticados nos paísesindustriali"ados.

2. ' ,uga de muitos o/ens à incorpora()o militar obrigatória econse8uente a/an(o para as ,rentes de combate na guerracolonial.

C. ' repress)o político-ideológica do regime.4. ' promo()o6 por parte do poder político6 da ocupa()o dos

territórios ultramarinos com popula()o branca.

Destinos:

D$cada de #% - Aran(a

D$cada de % - Aran(a6 'lemanBa6 E$lgica6 <uí(a6 Folanda6Inglaterra6 Guemburgo

Da *adeira e dos '(ores @ 3>'6 !anad56 H,rica do <ul

As formas:

Predomina/am os o/ens entre os 1 e 29 anos6 dispostos a aceitar

8ual8uer tipo de trabalBo 8ue proporcionasse um sal5rio superior ao

8ue tinBam no seu país.

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3migra()o clandestina 0Ja saltoK @ com grandes bene,ícios para os

JpassadoresK 8ue condu"iam os emigrantes por roteiros ,ronteiri(osmediante o pagamento de a/ultadas 8uantias.

3ram enormes as di,iculdades: pagamentos a/ultados para a

passagem6 a deten()o pela PID3 ou pela +& ou uarda-Aiscal6 atotal ausncia de prote()o ci/il nos locais de destino6 aloamento embarracas6 Jbairros de lataK6 procura de emprego atra/$s de ,amiliaresou amigos.

go/erno portugus mais tarde passou a inter/ir institucionalmente naprote()o dos emigrantes portugueses nos seus países de destino6 8uandocome(ou a receber as Jremessas dos emigrantesK6 o 8ue contribuiu para oe8uilíbrio da balan(a comercial e para o aumento do consumo interno @despenali"a()o de emigra()o clandestina.

c !arateri"ar o surto industrial e urbano /eri,icado apartir de 194#&:

Gei do ,omento e reorgani"a()o industrial de 194# @ o reconBecimento daimportLncia do incremento da produ()o industrial para a redu()o daimporta(?es e da dependncia eterna e a reali"a()o do obeti/o do e8uilíbrio

da balan(a comercial.M

1N Aase @ 'nos #% e at$ meados dos anos %:

I PG'+ D3 A*3+O @ 19#C-19#D5 prioridade à cria()o das in,raestruturas6 concretamente aodesen/ol/imento dos setores el$trico6 dos transportes e dascomunica(?es.

II PG'+ D3 A*3+O @ 19#9 @ 194Desen/ol/imento da ind=stria pesada 0siderurgia6 metalomecLnica6petro8uímica6 adubos6 celulose. o arran8ue da política de ,omento das colónias.Integra()o de Portugal na economia internacional: 19% @ Portugalpassa a integrar a 3AO'6 o go/erno assina o acordo com o EI&D e oA*I. 3m 192 assina um protocolo com o 'OO.

2N Aase @ *eados dos 'nos %

 'bertura ao eterior e o re,or(o da economia pri/ada. condicionamento da economia e a autarcia re/ela-se desaustado

com a economia eterna marcada pela concorrncia.

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3ra o ,im do ciclo conser/ador e ruralista e a a,irma()o de no/as

op(?es para a economia e a autarcia re/ela-se desaustado com aeconomia eterna marcada pela concorrncia.

3ra o ,im do ciclo conser/ador e ruralista e a a,irma()o de no/as

op(?es para a economia nacional6 de,endida por o/ens políticos como*arcello !aetano.

CN Aase @ Depois de 19 - *arcello !aetano nomeado Presidente do!onselBo

III PG'+ D3 A*3+O @ 19 @ 1974

rienta()o liberali"ante em contraponto com a orienta()o económica de

autarcia tradicionalmente seguida pelo regime. 3sta no/a op()o políticaeconómica tradu"iu-se:

o +o aumento da concorrncia no mercado nacionalo +a concentra()o empresarialo +um apoio mais e,ica" à moderni"a()o industrial e às

eporta(?eso +uma estrat$gia de aproima()o à 3uropao Aomento das eporta(?es de produtos nacionaiso  'bertura aos in/estimentos estrangeiros

o Aorma()o de grandes grupos económicos: compleo de <ines ea <iderurgia +acional

o !rescimento do setor terci5rioo Incremento urbano

<>&O >&E'+:

+o desen/ol/imento industrial estimulou o odo rural e o crescimento

global da popula()o portuguesa e das cidades em particular nolitoral;oeste6 entre Eraga e <et=bal

+a d$cada de % assistiu-se a uma eplos)o urbana  's cidades de Gisboa e Porto manti/eram o seu domínio o tempo das J5reas peri,$ricasK6 dos JdormitóriosK das popula(?es 8ue

diariamente passam a dirigir-se para os locais de trabalBo6 tornandomuito di,ícil o sistema dos transportes p=blicos

Ai"eram sentir a ,alta de estruturas Babitacionais6 de transportes6 de

sa=de6 de educa()o6 de abastecimento6 de degrada()o da 8ualidade de/ida6 de marginalidade6 de clandestinidade.

d Qusti,icar o es,or(o de desen/ol/imento económico

das colónias.&:

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 'nos 4% - o colonialismo portugus no continente a,ricano seguia opadr)o tradicional das rela(?es económicas entre as metrópoles e ascolónias - o sistema de troca desigual. 's colónias ,orneciam mat$rias-primas a baio pre(o e m)o-de-obranegra barata e submissa. 'd8uiriam os produtos trans,ormados nametrópole a pre(os ele/ados. 3istiam para promo/er odesen/ol/imento dos países coloni"adores.

o <ala"ar promo/eu uma política de ,ia()o de colonos portugueses nas

duas principais colónias portuguesas 0'ngola e *o(ambi8ueo 3ntre 194%-19% em 'ngola a popula()o branca mais 8ue triplicou6 mas

era uma percentagem pe8uena da popula()o residente.o  'umentaram os in/estimentos 8uer nacionais 8uer estrangeiros nas

colónias.

1944 @ Promo/er a industriali"a()o nas colónias6 com ,ator dedesen/ol/imento da metrópole e de atra()o de colonos brancos: cria()odas ,5bricas de algod)o6 eplora()o mineira6 constru()o de linBas decaminBo-de-,erro.

D$cadas de #% e % @ 3m 'ngola e *o(ambi8ue ,oram ,eitos grandesin/estimentos em:

In,raestruturas de transportes e comunica(?es 0estradas6 pontes6

portos6 caminBos de ,erro6 aeroportos e no setor da energia 0centrais

Bidroel$tricas @ 3: Earragem de !aBora Eassa em *o(ambi8ue. 3plora()o de mat$rias-primas 0minas6 algod)o6 ca,$6 petróleo6

tabaco6 sal6 diamantes Ind=stria 0cimentos6 cer/ea6 conser/as6 celulose <er/i(os 0bancos6 seguros

Durante a guerra colonial (1961-1974) - ,oram intensi,icados os in/estimentosnas colónias a,ricanas para:

o &e,or(ar a coloni"a()o brancao Promo/er a eplora()o das ri8ue"as dos solos e subsolos para

compensar o es,or(o da guerra colonial e redu"ir o d$,ice da balan(acomercial

o &e,or(ar a integra()o das colónias do 33P 03spa(o 3conómico

Portugus criado em 191o !onstruir in,raestruturas 0portos6 estradaso Passar para o eterior a imagem declarada pelo regime de um interesse

real na promo()o do desen/ol/imento dos territórios coloniais.

e 3plicar a aparente abertura do regime após a<egunda uerra *undial.

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&:1. Carta do ispo do !orto - D. 'ntónio Aerreira omes6 te/e a coragem

de tecer6 com toda a ,rontalidade6 críticas contundentes relati/as asitua()o político-social e religiosa do país. ' conse8uncia ,oi o seueílio em 199.

2. " e#ilio e o assassinato de Hum$erto Delgado % !ontinuou a ,renteda oposi()o6 acabando por ser destituído de todas as suas ,un(?esmilitares e retirou-se para o Erasil. 3m 19C ,ia-se na 'rg$lia ondepassa a dirigir a ,rente Patriótica de Giberta()o +acional. ' sua a()olesa/a a imagem internacional do regime6 e em Ae/ereiro de 19#6<ala"ar ordena 8ue o matem6 tendo sido atraído para um armadilBa emEadao"6 onde ,oi assassinado.

&' Assalto ao aio *+anta ,aria (.aneiro de 1961) % o na/io portugus$ assaltado e ocupado pelo comandante Fenri8ue al/)o6 como ,orma

de ,orma de protesto pela ,alta de liberdade cí/ica e política em Portugal.!om os obeti/os alcan(ados o comandante entregou-se à armadaamericana 8ue condu"iu os rebeldes ao eílio no brasil.

4. Desio de um ai/o da 0A! (1961) @ um grupo de oposicionistasliderados por Palma In5cio tomam de assalto um a/i)o da O'P e inundaGisboa de propaganda anti,ascista.

#. 'ssalto a dependncia do Eanco de Portugal6 le/ada a cabo pelomesmo Palma In5cio em *aio de 197.

. Oomar a cidade da !o/ilB) 019 @ Palma In5cio @ ,alBa e $ preso.

!inco meses depois6 Palma In5cio recebeu um código morse ,eito pela bu"inade um carro6 nas imedia(?es de !aias6 a primeira notícia de 8ue um golpemilitar est5 em curso. +o dia seguinte6 2 de 'bril6 cBegou a ordem deliberta()o dos presos políticos. Palma In5cio ,oi o =ltimo a sair6 pois algunsmilitares6 8ue recusa/am /er o assalto à Aigueira da Ao" como uma opera()opolítica6 resistiram a sua liberta()o.

,   '/aliar o impacto da campanBa do eneral FumbertoDelgado no descredito do regime.&:

19# @ 'no de elei(?es para a presidncia da rep=blica  ' oposi()o apresenta o candidato @ eneral Fumberto Delgado @

8ue concorria contra o candidato do regime - 'm$rico Oom5s. *o/imento de apoio muito amplo 8ue ,e" tremer o regime pela primeira

/e"6 de ,orma con/incente. Ge/ou a candidatura at$ ao ,im resultado ,oi uma /itória esmagadora do candidato do regime6 mas a

credibilidade do regime ,icou abalada.

<ala"ar te/e conscincia 8ue come(a/a a ser di,ícil continuar a enganar aopini)o p=blica e subtrair-se às press?es de comunidade internacional.

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Por isso6 introdu"iu uma altera()o na !onstitui()o: o Presidente da&ep=blica deia de ser eleito por su,r5gio direto e passa a ser eleito por umcol$gio eleitoral restrito.

g De,inir as linBas orientadoras da política colonialportuguesa nas d$cadas de #% e %.&: ' partir de 194#6a 8uest)o colonial passa a constituir mais um serioproblema para Portugal. ' no/a ordem internacional instituída pela !artadas +a(?es e a primeira /aga de descoloni"a(?es ti/eram importantesrepercuss?es na política colonial do 3stado +o/o. ' partir do momento em 8ue a +> reconBece o direito àautodetermina()o dos po/os e em 8ue as grandes potncias coloniaiscome(am a negociar a independncia das suas possess?es

ultramarinas6 torna-se di,ícil para o go/erno portugus manter a políticacolonial instituída com a publica()o do 'to !olonial6 em 19C%. ' simples mística imperial come(a/a a re/elar-se ultrapassada. <ala"artem de procurar no/as solu(?es para a,irmar a /oca()o colonial dePortugal e para recusar 8ual8uer cedncia às crescentes press?esinternacionais.

+olu2es preconi3adas:

0ese do lusotropicalismo:

  <egundo a 8ual era con,irmada a ideia6 presente no 'to !olonial de

19C%6 de 8ue a presen(a portuguesa em H,rica se re/estia decaratersticas particulares e n)o podia ser considerada uma presen(acolonial /isando interesses meramente económicos6 tal como apresen(a das grandes potencias europeias. ' presen(a portuguesaportugus em H,rica6 acima de tudo era6 uma mani,esta()o da etens)o6a outros continentes6 da 5istórica miss/o ciili3adora de !ortugaleplicada pelas boas rela(?es estabelecidas com as popula(?esindígenas e pela ausncia de contesta()o a presen(a portuguesa.

Oorna/a-se necess5rio6 clari,icar uridicamente as rela(?es da metrópolecom os seus espa(os ultramarinos.

m estado pluricontinental e multirracial

  +a re/is)o constitucional6 de 19#16 em pleno processo internacional de

descoloni"a()o6 <ala"ar re/oga o 'to !olonial e insere um estatuto dascolónias por ele abrangido na !onstitui()o. Oodo o território portugus,ica/a abrangido pela mesma lei ,undamental.Desaparece o conceito de colónia6 8ue $ substituído pelo conceito de

pro/íncia6 e desparece tamb$m o conceito de Imp$rio Portugus6 8ue $substituído pelo conceito de >ltramar Portugus.

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  + apr5tica6 a !onstitui()o portuguesa passa a apresentar os espa(os

ultramarinos como legtimas e#tens2es do território continental6assim6 se apresenta/a como um 8stado pluricontinental e multirracialJ do *inBo ' OimorK. Portugal deia/a6 institucionalmente6 de ter 5reas

de ocupa()o colonial.  <eria este6 o grande argumento apresentado à comunidade internacional

pelo go/erno portugus sempre 8ue interpelado sobre a 8uest)o dascolónias e era com base neste argumento 8ue a diplomacia portuguesase recusa/a a prestar in,orma(?es sobre esses territórios6 sobretudo apartir de 19##6 8uando Portugal passou a ter assento na +>.

As primeiras diergncias

3m 1916 no seguimento da eclos)o das primeiras re/oltas em 'ngola e

da in/as)o dos territórios da Rndia 0oa6 Dam)o e Diu pelos e$rcitosda >ni)o indiana6 come(am a notar-se algumas diergncias nasposi2es a tomar sobre a 8uest)o do >ltramar.

  s setores mais conser/adores persistem na integra/o plena e

incondicional dos territórios ultramarinos no 3stado portugus6 o 8ueimplica/a a resistncia armada à luta considerada terrorista6 entretantoiniciado pelos mo/imentos independentistas.

  utra tese6 de,endida n)o só pela oposi()o ao regime6 mas tamb$m por 

altos 8uadros da Bierar8uia militar e por alguns membros do go/erno6pre/endo as di,iculdades Bumanas e materiais em manter um guerra

com trs ,rentes6 propunBa concess/o de uma autonomiaprogressia 8ue condu"isse à ,orma()o de uma ,edera()o de estados.s de,ensores desta tese federalista cBegaram a propor ao Presidenteda &ep=blica a destitui()o de <ala"ar.

  Destituídos acabaram por ser eles6 saindo re,or(ada a tese de <ala"ar

8ue6 irredutí/el na sua posi()o6 ordenou 8ue o e$rcito portugusa/an(asse para 'ngola6 dando inicio a uma guerra ue se prolongouat; < ueda do regime em 1974'

B Qusti,icar o aumento do isolamento internacional.&:

 ' D' P'&O3 D' +>→  'pós a 2 * os países europeus ,oram reconBecendo6 um após outro6

a ine/itabilidade do processo de descoloni"a()o. Portugal6 ao in/$s6permaneceu irredutí/el.

→  ' 8uest)o colonial ganBou dimens)o internacional com a entrada de

Portugal na +>6 em 19##. go/erno de <ala"ar continua/a ade,ender uma política de re,or(o da autoridade portuguesa sobre os

espa(os ultramarinos e de indiscutí/el recusa 8ual8uer negocia()o 8uepudesse por em causa essa autoridade.

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→ 3sta posi()o le/ou a 'ssembleia - eral da +>6 sob ,ortes press?es

dos países do terceiro mundo6 a colocar sobre a mesa a 8uest)ocolonial portuguesa. ' 8uest)o ganBa ainda mais pertinncia 8uando<ala"ar trans,ormar colónias em pro/íncias integrantes do território

portugus. Para n)o se submeter às disposi(?es da !arta da +a(?es @8ue obriga/a todos os países 8ue administrassem territórios n)oautónomos a ter em conta as aspira(?es políticas das suas popula(?es.

→  ' 'ssembleia-eral n)o só6 n)o permitiu esta tese6 8ue tamb$m n)o era

de/idamente compro/ada com o pleno eercício da cidadania nacionalpela comunidades indígenas6 como condenou sistematicamente aatitude colonialista portuguesa e apro/ou sucessi/as resolu(?es parapressionar Portugal a arrancar com um e,eti/o programa dedescoloni"a()o.

→  ' condena()o internacional do colonialismo portugus culminou na

apro/a()o da &esolu()o de 1#146 8ue con,irmou as possess?esportuguesas plenamente inseridas no conceito pre/isto pela !arta da+>.

→ início da uerra !olonial em 191 le/ou a +> a condenar Portugal

pelo n)o cumprimento continuado dos Princípios da !arta das&esolu(?es entretanto tomadas6 situa()o 8ue desprestigiou o país6 lBe/aleu a Bostilidade internacional e le/ou à sua eclus)o de /5rios órg)osda +>.

E D' P'&O3 D< 3>'→ +o início dos anos %6 Portugal /iu-se a bra(os com a Bostilidade da

administra()o SennedT. s americanos esta/am con/encidos 8ue acontinua()o da guerra ogaria a ,a/or dos interesses so/i$ticos pois6a,astaria os territórios a,ricanos de Portugal e dos seus aliados da+'O. Para al$m de ,inanciarem sub-repticiamente gruposnacionalistas6 os 3>' propuseram a Portugal6 di/ersos planos dedescoloni"a()o6 procurando /encer a resistncia de <ala"ar comcBorudas propostas de auílio económico.

<ala"ar persistiu na política do *"=>?H"+A,808 +@+'

  Portugal nunca desistiu de 8uebrar o isolamento a 8ue era /otado pelos

nossos aliados. &ecorrendo a agncias de comunica()o6 atra/$s dedi/ersas campanBas de propaganda6 procuraram melBorar a imagem dopaís unto da opini)o p=blica americana6 transmitindo a ideia de 8ue as,or(as JterroristasK 8ue atua/am nos territórios portugueses eramagentes a soldo do comunismo.

  regime6 conseguindo sustentar a sua posi()o colonial. Internamente6

contudo6 as d=/idas sobre a legitimidade do con,lito iam-se a/olumando.

i !arateri"ar a Jprima/era marcelistaK.

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&:→ &e,ormismo político n)o sustentado  3m 196 perante a intensi,ica()o da oposi()o interna e das

den=ncias internacionais do colonialismo portugus6 oa,astamento de <ala"ar6 finalmente a$rir as portas do regime <li$erali3a/o democrtica' ' presidncia do !onselBo de *inistros ,oi entregue a *arcello

!aetano 8ue subordinou a sua a()o política a um princípiooriginal de renoa/o na continuidade' no/o go/ernantepretendia conciliar os interesses polticos dos setoresconseradores com as crescentes e#igncias dedemocrati3a/o do regime'+uma primeira ,ase da sua a()o go/ernati/a6 a cBamada

Jprima/era marcelistaK.

o campo politico:

   'lguma descompress/o na repress/o policial e na censura  Aoi permitido o regresso de alguns e#ilados políticos   ' PID3 muda de nome para D< 0Dire()o-eral de <eguran(a6 para

dar uma imagem de uma polícia mais moderna e institucional.   ' >ni)o +acional muda de nome para '+P 0'()o +acional Popular e

abre-se a no/as sensibilidades políticas6 onde se destaca oaparecimento de uma o/em gera()o de deputados adeptos da

liberali"a()o do regime.  +as elei(?es de 1996 ,oi concebido o direito de oto a todas as

mul5eres alfa$eti3adas6 ,oram legali3ados moimentos polticos n/ocomunistas opositores ao regime e ,oi-lBes autori"adCa a consulta doscadernos eleitorais e a fiscali3a/o das mesas de oto para 8ue aselei(?es ,ossem legítimas.

  s mo/imentos oposicionistas organi3aram alguns congressos6 onde6

apesar da /igilLncia e repress)o6 conseguiram algum sucesso naden=ncia no carater ditatorial do regime.

 

Iniciou-se uma reforma democrtica do ensino.!edo *arcello !aetano come(a a dar sinais de esuecer a eolu/o epriilegiar a continuidade:

  3m 1996 sob a in,luncia dos acontecimentos de *aio de 19 em

Aran(a6 eclode o moimento da contesta/o estudantil nasuni/ersidades de Gisboa e !oimbra e 8uando o mo/imento gre/ista seestende ao setor la$oral o regime entendeu 8ue tin5a ido *longe demais na tentatia li$erali3adora'

+o seguimento desta mani,esta()o6 o go/erno inicia um /iolento ata8ueaos mo/imentos eleitorais entretanto constituídos6 a !D3 0!omiss)o

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Democr5tica 3leitoral6 onde prepondera/am desde elementos dees8uerda comunista at$ católicos progressistas6 e a !3>D 0!omiss)o3leitoral de >nidade Democr5tica6 8ue inclui muitos dos ,undadores dopartido socialista.

 

3m conse8uncia6 a oposi()o pura e simplesmente n/o elegeuualuer deputado' ' assembleia nacional continua/a dominada peloseleitos na lista do regime6 incluindo apenas uma ala liberal de o/ensdeputados cu.a o3 era a$afada pelas foras conseradorasacabando6 por abandonarem a 'ssembleia.

  Bntensifica-se de noo a repress/o policial e as deten(?es aumentam

a partir de 197%.  Perante a intensi,ica()o da contesta()o estudantil6 as associa(?es de

estudantes s)o encerradas e as uniersidades s/o inadidas pelos*gorilas uma polícia recrutada entre e-combatentes nas tropas de

elite.  Intensi,icam-se as denncias internacionais da inusti(a da uerra

!olonial6 a oposi/o reorgani3a-se com a ,orma()o do partidosocialista6 em 197C6 a 'lemanBa6 8ue se aproima do partido comunistana eigncia da democrati"a()o do país6 e os moimentosclandestinos armados intensificam as a2es iolentas com assaltosa bancos e atentados a setores estrat$gicos do regime.

II.2 Da re/olu()o à estabili"a()o da democracia

a  &elacionar o Jimpasse colonialK com a 8ueda doregime.

b  38uacionar ra"?es para a reali"a()o da &e/olu()oem 2# de 'bril de 1974

c  Descre/er as opera(?es militares de 2# de 'bril de1974&:

24 De 'bril

5EEmin @ telo e mais cinco o,iciais instalam-se no &egimento de 'rtilBaria16 na PontinBa6 onde ,uncionar5 o Posto de !omando.

5FFmin @ di,undida a primeira senBa @ 3 D3PI< D 'D3>< - pelos3missores 'ssociados de Gisboa.

2# De 'bril

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E5Fmin @ Oransmite-se na &5dio &enascen(a e segunda senBa - rLndola6Uila *orena. 's unidades come(am a sair dos 8uart$is.

&5EEmin @ J'cab5mos de ocupar o *ónaco sem incidentesK @ primeiracomunica()o de cumpri mento de obeti/os ao P!

456min - J'8ui6 Posto de !omando do *o/imento das Aor(as 'rmadasK @leitura do primeiro comunicado do *A' ao país atra/$s da &5dio !lubePortugus. s comunicados suceder-se-)o ao longo do dia.

45&Emin % 3st)o concluídas as ocupa(?es das emissoras de r5dio e tele/is)o6do aeroporto da portela e do Vuartel-eneral da &egi)o *ilitar de Gisboa6 entreoutras.

65EEmin @ 3,eti/os da 3P! de <antar$m6 sob o comando de <algueiro *aia6

cBegam ao Oerreiro do Pa(o.95EEmin - <algueiro *aia procura e/itar con,rontos parlamentando com as,or(as ,i$is ao &egime.

1E5EEmin @ 's ,or(as militares estacionadas na &ua do 'rsenal passam-separa o lado dos re/oltados.

12BC%min - <algueiro *aia cerca o Vuartel da +&6 no Gargo do !armo6 onde*arcello !aetano se re,ugiara.

145&Emin @ Aor(as ,i$is ao regime cercam os re/oltosos no Gargo do !armo.<endo6 por sua /e"6 cercadas por outra coluna do *A'6 acabam por retirar ouaderir ao *o/imento

175&Emin @ eneral <pínola cBega ao 8uartel6 onde recebe a rendi()o de*arcello !aetano.

195&Emin @ e-cBe,e do o/erno $ retirado do 8uartel dentro de um carroblindado.

195FEmin @ 'tra/$s da &OP6 um comunicado do *A' anuncia a 8ueda doregime.

E5Emin @ 2#% agentes da D< 8ue se encontram cercados na sededisparam sobre os mani,estantes ,a"endo 4 mortos e cerca de trs de"enas de,eridos. *ais tarde ser5 abatido um agente 8ue tenta ,ugir.

5EEmin @ <pínola e !osta omes re=nem na PontinBa com a coordena()odo *A'.

6 De A$ril

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%1B2#min @ ' unta de <al/a()o +acional apresenta-se ao País /ia &OP. eneral <pínola6 seu presidente6 l o Programa do *A'.

9BC%min @ ' polícia política rende-se. *arcello !aetano6 'm$rico Oomas ealguns ministros cBegam à ilBa da *adeira6 de onde6 dias depois6 partir)o para

o Erasil.

d Demonstrar o desmantelamento do 3stado +o/o&:  'pós a re/olu()o o poder ,icou a cargo de uma unta de <al/a()o

+acional6 constituído por 7 o,iciais de alta patente das ,or(asarmadas.+a noite de 2# para 2 de 'bril6 o seu presidente 'ntónio de<pínola leu aos portugueses o Jprograma do *A'K no 8ual setoma/am as primeiras medidas para democrati"ar o país:Política dos trs dWs:

• Democrati"ar • Desen/ol/er• Descoloni"ar

, Distinguir as ,or(as políticas em con,ronto noperíodo pr$-constitucional

&:

Durante estes dois anos o poder estee entregue ao:

• *A' 0e6 dentro deste *o/imento6 à #. Di/is)o6 mais etremista

• Primeiro-ministro Uasco on(al/es 0do II ao U go/erno pro/isórios

• !P!+ 0!omando peracional do !ontinente @ ,or(a de inter/en()o

militar sob a cBe,ia de telo <arai/a de !ar/alBo6 constituído comoinstrumento político-militar de ideologia radical6 e com apoio do Partido!omunista

• !onselBo da &e/olu()o 0Xrg)o político e legislati/o em mat$ria militar6

8ue representa/a *A'6 cuas ,un(?es eram legislar e regulamentar aorgani"a()o e o ,uncionamento das Aor(as 'rmadas e super/isionaracordos internacionais militares tinBa competncia para licenciar os

partidos políticos emergentes e para elaborar re,ormas na economia daí

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a ocorrncia das nacionali"a(?es6 da &e,orma 'gr5ria e do processo dedescoloni"a()o ent)o /eri,icados...

" !"D8= !"?G0BC"

=ACCB"A-+8 8, D"B+ !@?"+ "!"+0"+:

• grupo a,eto ao eneral <pínola @ grupo mais moderado6 de,endia

uma solu()o ,ederalista para a 8uest)o colonial e procura/a controlar omo/imento popular 8ue poderia ,a"er o poder atingir uma no/a ditadura6desta /e" de etrema-es8uerda

•  ' comiss)o coordenadora do *A' e pelo brigadeiro Uasco on(al/es

0primeiro-ministro do II ao U go/ernos pro/isórios @ de,endia a

independncia das colónias sem contrapartidas e a orienta()o doregime segundo o ide5rio do socialismo re/olucion5rio.

Aa()o progressista6 radical6 dos Jcapit)esK apoiados pelos sectores de

es8uerda6 de,endiam a ado()o de um modelo de democracia direta eparticipada6 a constru()o de uma sociedade socialista6 um cessar-,ogoimediato nas ,rentes de combate e a abertura de negocia(?es para adescoloni"a()o 0Uasco on(al/es e telo <arai/a de !ar/alBo

Aa()o conser/adora ,ormada pelas altas patentes militares6 liderada

pelo eneral <pínola e sectores do centro-direita6 de,endiam um modelode democracia liberal6 a manuten()o do capitalismo e uma solu()o,ederalista para o ultramar.

g  38uacionar o alcance das medidas económicastomadas em 197#.

&:

Inter/encionismo estatal @ em todos os sectores da economia6 o3stado inter/eio e regulamentou6 usti,icando-se este acr$scimode inter/en()o como política antimonopolista 8ue permitiaatender às necessidades dos trabalBadores

 's nacionali"a(?es @ o 3stado apropriou-se dos bancos6 dos

seguros6 das empresas mais produti/as 0por eemplo6petrolí,eras6 taba8ueiras da O'P e de outros meios de transporte

 ' re,orma agr5ria @ o país ,icou di/idido em duas "onas distintas:o +orte mais conser/ador e de propriedade retalBada6 e o sul6

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8ue em 197-19776 construiu a Yona de Inter/en()o da &e,orma 'gr5ria 0YI&' a re,orma agr5ria consistia numa eperincia decoleti/i"a()o dos lati,=ndios6 retirando os campos aos seuspropriet5rios e entregando J a terra a 8uem a trabalBaK

 ' legisla()o social @ o pós-2# de 'bril correspondeu a um

alargamento das regalias sociais tendentes a uma mais ustadistribui()o da ri8ue"a 0atra/$s6 nomeadamente6 a ,ia()o de umsal5rio mínimo.

B !omentar a op()o constitucional de 197 e a suaprimeira re/is)o.

&:

+a =ltima sess)o da 'ssembleia !onstituinte6 em 2 de 'bril de 1976 ,oiapro/ada a !onstitui()o da &ep=blica Portuguesa 8ue entrou em /igorno dia 2# de 'bril de 197.

!ontinua a ser esta a !onstitui()o portuguesa6 com as altera(?es 8ue

lBe ,oram introdu"idas pelas Geis de re/is)o constitucional apro/adasem 1926 1996 1992 e 1997.

A "IA C"+0B0BJK"

!onsagrou:

s direitos ,undamentais dos cidad)os6 assegurando a todos a

igualdade de tratamento >m 3stado de direito democr5tico6 unit5rio6 pluripartid5rio e

descentrli"ado 0reconBecimento da autonomia política às regi?esinsulares da *adeira e dos '(ores e dos poderes locais

>m modelo de sociedade e economia em transi()o para o socialismo

0de,esa das nacionali"a(?es e da re,orma agr5ria @ +o domínio da

política eterna6 as orienta(?es dominantes do pensamento e dasinstLncias internacionais da $poca @ direitos do Fomem6 direito dospo/os à autodetermina()o6 recurso à media()o nos con,litos e àcoopera()o internacional.

3laborada pelos 2#% deputados eleitos em 2# de 'bril de 197# para a

 'ssembleia !onstituinte6 a !onstitui()o portuguesa de 197 ,oiapro/ada a 2 de 'bril apenas com os /otos contra do !D<6 e entrou em/igor a 2# de 'bril.

seu teto original re,lete o período em 8ue ,oi elaborada6 pelo 8ue n)o

s)o de estranBar as marcas ideológicas de um período políticoconturbado6 em 8ue muitos de,endiam o rumo ao socialismo sem

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classes. 3sta $6 de todas as constitui(?es portuguesas6 a mais compleae /asta6 pois $ uma carta de direitos e um modelo de trans,orma()o dasociedade.

*as se a !onstitui()o institui um regime democr5tico de sociedade de

tipo europeu6 aponta para um Zsistema económico-social misto decolecti/ismo marista6 socialismo autogestion5rio e social- democracia[6segundo um dos constituintes6 Qorge *iranda6 apontando para ummodelo de socialismo democr5tico.

Para al$m do PreLmbulo e dos Princípios Aundamentais6 a !onstitui()o

$ composta por 8uatro partes: Direitos e De/eres Aundamentais6rgani"a()o 3conómica6 rgani"a()o do Poder Político6 arantia e&e/is)o da !onstitui()o. 3 encerra com as disposi(?es ,inais etransitórias.

 ' !onstitui()o de 197 pre/ia cinco órg)os de soberania6 a saber: o

presidente da &ep=blica6 o !onselBo da &e/olu()o6 a 'ssembleia da&ep=blica6 o go/erno e os tribunais. !om a re/is)o de 192 ,oi etinto o!onselBo da &e/olu()o e criados: o !onselBo de 3stado e o Oribunal!onstitucional.

Presidente da &ep=blica6 eleito por su,r5gio uni/ersal6 representa a

&ep=blica Portuguesa6 desempenBa o cargo de !omandante <upremodas Aor(as 'rmadas6 e6 at$ 1926 desempenBa/a6 por inerncia6 as,un(?es de Presidente do !onselBo da &e/olu()o. !ada mandato $ decinco anos6 podendo o Presidente da &ep=blica cumprir dois mandatos

consecuti/os.  'o !onselBo da &e/olu()o competia a ,un()o consulti/a unto do

Presidente da &ep=blica6 garante do cumprimento da !onstitui()o eórg)o político e legislati/o em mat$ria militar.

3leita por su,r5gio uni/ersal6 a 'ssembleia da &ep=blica $ o órg)o

legislati/o por ecelncia. 's elei(?es legislati/as ocorrem de 8uatro em8uatro anos. ' 'ssembleia pode ser dissol/ida pelo presidente da&ep=blica6 mas marcando no/as elei(?es no pra"o de 9% dias. n=mero de deputados à 'ssembleia da &ep=blica tem /indo a redu"ir-se: 5 ,oram 2C6 passaram a2#% e6 atualmente s)o 2C%.

go/erno $ presidido pelo primeiro-ministro6 por nomea()o doPresidente da &ep=blica6 tendo em conta os resultados das elei(?espara a 'ssembleia Gegislati/a. go/erno tem competncias políticas6legislati/as e administrati/as e responde perante a 'ssembleia e peranteo Presidente da &ep=blica.

poder udicial6 com o 2# de 'bril6 re,or(ou a sua posi()o de

independncia. s tribunais especiais ,oram abolidos e as estruturas udici5rias desgo/ernamentali"adas.A nel económico:

De,endia como Jcon8uistas irre/ersí/eis das classes trabalBadorasK

0art.N C a coleti/i"a()o Jdos principais meios de produ()o e solos bem

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como dos recursos naturaisK 0art.N %6 pre/endo Jepropria(?es delati,undi5rios e dos grandes propriet5rios e empres5rios ou acionistas J0art.N 2 com a possibilidade de n)o conceder indemni"a(?es.

 ' !onstitui()o de 197 pre/ re/is?es ordin5rias de cinco em cinco

anos6 sendo a competncia constituinte da 'ssembleia da &ep=blica6 ere/is?es etraordin5rias6 por decis)o do Presidente da &ep=blica 8uecon,ere à 'ssembleia poderes constituintes ou por decis)o de 8uatro8uintos dos deputados em ,un(?es. ' !onstitui()o de 197 5 ,oi re/ista8uatro /e"es6 em 1926 1996 1992 e 1997.=eis/o de 19L

!om a re/is)o de 192 ,oi etinto o !onselBo da &e/olu()o6 cuas

,un(?es de órg)o auiliar do Presidente da &ep=blica ,oram trans,eridaspara o !onselBo de 3stado6 e criado um no/o tribunal - o Oribunal!onstitucional - composto por 1C uí"es6 1% dos 8uais eleitos pela

 'ssembleia da &ep=blica6 a 8uem compete a /eri,ica()o daconstitucionalidade das leis.

i Descre/er o ,uncionamento das institui(?esdemocr5ticas.

&:

@rg/os de so$erania

• Presidente da &ep=blica @ 8ual8uer cidad)o pode concorrer a estecargo6 na condi()o de ter mais de C# anos e ter reunido 7#%%assinaturas.

• regime político portugus $ semipresidencialista6 mas o Presidente da

&ep=blica possui poderes importantes6 nomeadamente6 tem poder de/eto suspensi/o sobre as leis6 pode demitir o o/erno e dissol/er a 'ssembleia da &ep=blica. 3istem /5rios cargos p=blicos 8ue resultamda nomea()o do Presidente6 como embaiadores ou o Procurador-geralda &ep=blica. \ Desde 192 o !onselBo da &e/olu()o ,oi etinto6 dando

lugar ao !onselBo de 3stado6 8ue auilia o Presidente nas decis?es,undamentais. \ s Presidentes da segunda &ep=blica ,oram6 at$ àatualidade: &amalBo 3anes6 *5rio <oares6 Qorge <ampaio6 !a/aco<il/a.

 ' 'ssembleia da &ep=blica @ $ o órg)o legislati/o composto pelos

deputados dos partidos mais /otados. !abe-lBe6 durante 8uatro anos6legislar nas di,erentes mat$rias6 apro/ar o Plano e o r(amento de3stado.

o/erno @ $ o órg)o eecuti/o6 encabe(ado pelo primeiro-ministro6 e

composto pelos ministros e secret5rios de 3stado. !ompete-lBe condu"ir 

a política interna e eterna e legislar 0atra/$s de decretos-lei durante os8uatro anos do mandato.

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s Oribunais @ os uí"es s)o independentes do ministro da Qusti(a6 de

maneira a tornar a usti(a independente do poder político. tribunal !onstitucional6 criado em 1926 assegura o cumprimento da

!onstitui()o da &ep=blica.  's regi?es autónomas da *adeira e dos '(ores disp?em de órg)os de

,uncionamento próprios:  @ 'ssembleia Gegislati/a &egional @ o/erno &egional  @ *inistro da &ep=blica.

II.C <I+IAI!'D I+O3&+'!I+'G D' &3UG>]^ P&O>>3<'

a 3/idenciar o impacto da re/olu()o portuguesa na

rela()o do país com a 3uropa e o *undo.&: <I+IAI!'D I+O3&+'!I+'G D' &3UG>]^ P&O>>3<' ' re/olu()o democr5tica em Portugal ,oi acompanBada pelacomunidade internacional6 pelas repercuss?es 8ue poderia ter nae/olu()o política de outros países submetidos a iguais regimes esobretudo de/ido ao colonialismo 8ue persistia em H,rica

1'  " impacto da reolu/o !ortuguesa na 8uropa→  ' ní/el da 3uropa6 o triun,o da democracia em Portugal

constitui um preciso estimulo para os opositores ao regimemilitarista.

→  ' r$cia desde 197 tem um regime militarista e em

+o/embro de 1974 o eercito entrega a cBe,ia do go/ernoao democrata conser/ador Sonstantin Saramalis 8ueestabelece um regime democr5tico.

→ +a 3spanBa só após 197#6 com a morte do general Aranco

$ 8ue se consumou a proclama()o da democracia com a

proclama()o do &ei Quan !arlos 8ue marca o regresso ademocracia.

'  " impacto da descoloni3a/o portuguesa em Mfrica ' descoloni"a()o portuguesa pro/ocou importantestrans,orma(?es na situa()o política em H,rica:

o  ' /itória do poder negroo  ' /itória dos mo/imentos nacionalistas 0minorias negras

8ue luta/am pela legitimidade democr5tica na &od$sia do<ul 0Yimbabu$6 na H,rica do <ul e +amíbia.

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 ' descoloni"a()o portuguesa e a /iragem política na &od$sia puseram emmaior e/idencia a desumanidade do regime do apartBeid sul @ a,ricano 8ue6resistiria ainda mais de uma d$cada. <ó se organi"aram as primeiras elei(?esem 1994 se organi"aram as primeiras elei(?es sob o princípio de um Bomem6um /oto6 8ue ,i"eram de +elson *andela 0contra o apartBeid o primeiropresidente negro de H,rica do <ul.

C. 's trans,orma(?es sociais e culturais do terceiro 8uarteldo s$culo __

C.1 - 'rtes6 Getras6 !incia e O$cnica.

a 3plicar o dinamismo cultural dos polos culturaisanglo-americanos.

&: A B,!"=0NCBA D"+ !"?"+ C?0=AB+ A>?"-A,8=BCA"+-'t$ ao início da II uerra *undial - P'&I< @ papel de centro irradiadordas artes.- ,im da II uerra *undial consumou o ,im da 3uropa nas rela(?es

internacionais e consagrou os 3>' na lideran(a do *undo cidental.-' cultura anglo-saónica tornou-se dominante.-+os anos 4% e #% +o/a Ior8ue6 grande metrópole económica e,inanceira6 torna-se o maior centro de produ()o artística internacional0deiou de ser Paris e Gondres.

atores da 5egemonia cultural e artstica norte-americana-' ,uga para os 3>' 0em especial +o/a Ior8ue de artistas e intelectuaiseuropeus re,ugiados durante os regimes totalit5rios ,ascista e na"i e da2. uerra *undial 03.: !Bagall6 *ondrian6 DucBamp6 ropius6 ` @ em+o/a Ior8ue respira/a-se liberdade-' situa()o económica ,a/or5/el dos 3>' 8ue ,a/orecia os artistasatra/$s do mecenato-' di/ulga()o da produ()o artística americana.

-"IA B"=O8-Aunda()o de galerias-Aunda()o de grandes museus 03.: *o*' @ *useum o, *odern 'rtAunda()o <olomon &. uggenBeim-3spa(os de proe()o e /isibilidade para os talentos /anguardistas-Giberdade de epress)o @ permite acolBer e incenti/ar muitosintelectuais europeus emigrados-Erotou a 3<!G' de +U' I&V>3 @ grande respons5/el peladinami"a()o das artes no pós-guerra.

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b Descre/er a re,le)o sobre a condi()o Bumana nasartes e nas letras&:!orrentes artísticas pós- segunda guerra mundial

-3pressionismo abstrato -'ction painting6-Pop art6-'rte conceptual

3_P&3<<I+I<* 'E<O&'!O- 3pressionismo 'bstrato ,oi um mo/imento 8ue ,loresceu em +o/aor a partir de 194% e acabou eercendo ,orte in,luncia sobre a3uropa nas d$cadas de #% e % desse s$culo.-Aoi o primeiro mo/imento 8ue seguiu o caminBo in/erso do tradicional:em /e" de seguir da 3uropa para a 'm$rica6 ,oi da 'm$rica para a3uropa.-'s principais características do 3pressionismo 'bstrato eram a re/oltacontra a pintura tradicional6 a liberdade e a espontaneidade.<urgiu nos 3>'6 em 1947-Pintores 8ue se destacam: 'rsBile orT e illem de Sooning

!'&'!O3&R<OI!'<:- Aus)o entre o epressionismo6 en8uanto transmissor de emo(?es6 e oabstracionismo6 en8uanto linguagem n)o ,igurati/a- In,luncia de Areud6 do surrealismo e de artistas como Picasso6

SandinsT6 Paul Slee e Qoan *iró3press)o de emo(?es e estados de espírito 0ang=stia6 dor6 rai/a/i/idos no pós-guerra>tili"a()o de mancBas de cores /i/as uso de telas grandes e aplica()ode tintas de ,orma r5pida+)o representar nada 8ue pudesse ser reconBecido à primeira /ista mais importante n)o era a mensagem 8ue o 8uadro transmitia6 mas o8ue ele desperta/a no obser/ador 'pela/a-se à ,antasia6 à re,le)o6 aos sentidos6 à capacidade de8uestionamento do p=blico

 ' aparente ,alta de conte=do desa,ia/a o obser/ador a re,lectir sobre sipróprio e o *undo e sob o ponto de /ista est$tico.Sooning come(ou a de,inir seu estilo nos anos C% 8uando come(ou autili"ar abstra()o e ,ormas biomór,icas em composi(?es geom$tricassimples. !Begou à maturidade com a ,amosa s$rie *ulBeres6 onde s)omostradas ,ormas ,emininas cBocantes e ,antasmagóricas em meio apinceladas sel/agens e cores ner/osas.

 'rsBile orT iniciou-se como ,igura ati/ista. +asceu na 'rm$nia6 em19%4. !ome(ou a pintar na d$cada de 2%6 8uando se ,iou nos 3stados

>nidos. <eus primeiros trabalBos mostram a in,luncia de Picasso. 3m19446 seu encontro com os surrealistas determina uma mudan(a

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decisi/a em sua obra. orT segue6 ent)o6 por um no/o caminBo: um 'bstracionismo muito próimo ao de Qoan *iró 019C-19C.

 '!OI+ P'I+OI+ 0PI+O>&' D3 '!]^+asceu nos 3>'

Pintor 8ue se destaca: Qacson Palloc

!'&'!O3&R<IOI!'<:In,luncia do surrealismo6 apropriando-se do conceito de automatismopsí8uico 0rela()o entre o inconsciente e o ato criati/o e considerando apintura en8uanto /eículo para transmitir o inconsciente 0sonBos6pesadelos6 traumasPretendia6 paralelamente6 tradu"ir o ato de pintarIdeia de mo/imento6 a()oDerrame da tinta6 utili"ando bisnagas6 baldes6 pinc$is sobre a tela

estendida no cB)o 0drippingPintura li/re6 espontLnea e instinti/a6 em 8ue ocaso determina/a ae/olu()o da pintura 'pelo à interpreta()o pessoal da mensagem da tela<ucess)o de rabiscos e mancBas coloridas.

!om a t$cnica do dripping6 estabeleceu as bases do action painting6um modo de pintar com meios muito rigorosos 8ue deia margem para aespontaneidade.\!onsiste em deiar 8ue a tinta6 contida em recept5culos per,urados

suspensos em pndulos6 caia sobre as telas estendidas no solo.\ Polloc deu seus primeiros passos inserido na tradi()o da pinturarealista6 mas6 depois de entrar em contacto com a arte abstracta da/anguarda europeia6 elaborou os próprios meios de epress)o.\' partir de 1946 renunciou completamente aos elementos ,igurati/osem seus 8uadros. 's obras de Polloc caracteri"am-se por redes delinBas coloridas entrela(adas 8ue6 pela transparncia6 des/iam aaten()o para o ,undo do 8uadro 0!atedral6 1974 &itmo utonal e +$/oa '"ul-Ga/anda6 19#%.\+as =ltimas obras6 reali"adas nos anos de 19#% at$ sua morte por

acidente6 aprecia-se certa redu()o de colorido6 o 8ue $ interpretadocomo re,leo de seus problemas psí8uicos relacionados com oalcoolismo.

PP '&O\<urgiu em +o/a Ior8ue e Gondres6 em meados dos anos #%\Pintores 8ue se destacaram: 'ndT arBol e &oT GicBenstein

!'&'!O3&R<OI!'<:>tili"a()o de símbolos6 ,iguras e obectos característicos do 8uotidianocitadino

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0e.: garra,as de coca-cola6 latas6 embalagens de produtos 8uetrans,ormam em obras de arteOem5tica simples e precisa ,acilmente interpret5/el>so das imagens retiradas de banda desenBada6 das re/istas6 dos ornais6 da ,otogra,ia6 do cinema e da tele/is)o

&eprodu()o de imagens em s$rie>tili"a()o da ,otogra,ia e da serigra,ia

Ironi"a a sociedade industrial contemporLnea e a cultura de massas.

Gema @ J'll is pretTK 0Oudo $ bonito @ $ interpretado como uma

glori,ica()o da sociedade de consumo e ao mesmo tempo uma ,ormaB5bil de crítica a esse mesmo modelo de sociedade.

 '+D '&FG\3ra artista pl5stico e produtor cinematogr5,ico6 tornando-se o principalrepresentante do pop art6 8ue a audou a impor e a ,a"er respeitar-se

nos anos %.\'s suas obras representam6 por trans,igura()o6 a sociedade6 imagens eobetos produ"idos em massa6 ,iguras conBecidas e temas dapublicidade6 numa crítica à cultura comercial massi,icada dos 3stados>nidos e do cidente.\'ndT tem uma pintura agressi/a6 contundente trabalBa o obeto 8uetrans,orma em obra de arte.\Oem um estilo próprio onde ,a" uso de conceitos de publicidade com ouso de tintas acrílicas6 o 8ue re,or(a nas cores ,ortes e brilBantesgeralmente tra" um en,o8ue nos obectos de consumo e temas do

8uotidiano tamb$m trabalBou na produ()o de rostos em s$rie depersonalidades da $poca 0*arilTn *onroe6 !Be ue/ara6 3l/is PresleT6entre outros ,a"endo uso da t$cnica da serigra,ia.

&oT GicBenstein\+a sua obra procurou /alori"ar os clicB$s das Bistórias aos8uadradinBos como ,orma de arte6 colocando-se dentro de ummo/imento 8ue tentou criticar a cultura de massa.\!om essas obras6 o artista pretendia o,erecer uma re,le)o sobre alinguagem e as ,ormas artísticas. s seus 8uadros6 des/inculados do

conteto de uma Bistória6 aparecem como imagens ,rias6 intelectuais6símbolos ambíguos do mundo moderno. resultado $ a combina()o dearte comercial e abstra()o.\&oT Ao GiecBtenstein usa/a cores como: a"ul-marinBo6 amarelo6/ermelBo e branco. Aa"ia contornos em preto6 para real(ar mais as suaspinturas.

 '&O3 !+!3PO>'G\+asceu na d$cada de % e estendeu-se at$ aos anos 7%.\Pintores 8ue se destacaram: QosepB SosutB6 Fans Faace

!'&'!O3&R<IO!'<

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\Inspira()o no dadaísmo de *arcel DucBamp\<obre/alori"a()o da conce()o da obra 0ideia6 conceito em detrimentoda obra acabada\>tili"a()o de suportes como a ,otogra,ia6 películas6 /ídeo6 gra/a(?es6tele,onemas6 documentos escritos6 telegramas en8uanto espelBo do

processo criati/o do autor\3n,o8ue na re,le)o sobre a arte\'rte encarada como sinónimo de comunica()o e ,orma()o depensamento\Oentati/a de integrar o mais possí/el o obser/ador na produ()oartística6 mediante a sua colabora()o mental6 intelectual @ des/alori"a oobeto ,ace à ideia\' obra de arte perde o seu car5cter tradicional.

QosepB SosutB

\Imps-se muito o/em na cena mundial da /anguarda com uma obradesconcertante 0one and tBree cBairs6 19#-6 onde apresenta/a umacadeira /erdadeira6 ao lado de uma ,otogra,ia da mesma cadeira e untodesta um teto escrito em 8ue se podia ler a de,ini()o de cadeira6 tiradade um dicion5rio. ra(as a uma importante obra ensaística $ um dosmaiores animadores no actual debate sobre o papel do artista nasociedade contemporLnea.\ Dono de uma obra 8ue en,ati"a a linguagem e a ideia em detrimentoda ,orma.

Fans Faace\Fans Faace6 artista alem)o instalado desde 19# nos 3stados >nidos6pertence a uma gera()o de artistas 8ue de modos muito di,erenciadostra(am o processo pelo 8ual o es,or(o industrial $ trans,ormado emilus)o 0a retórica publicit5ria e o es,or(o artístico em mercadoria6 umgrati,icando o outro.\'s contradi(?es 8ue muitas /e"es se ocultam debaio do tapete daspolíticas culturais s)o a mat$ria-prima deste artista. 3ste obser/adorcrítico e impertinente do bem-estar pensante e /isual desen/ol/e uma

produ()o 8ue causa s$rios embara(os e6 diríamos mesmo6 sabota ascumplicidades de gabinete 8ue se organi"am entre a est$tica e o campopolítico.\' nossa iniciati/a n)o de/e ser contemplati/a mas reati/a. Aicamos asaber e a partir desse momento n)o podemos consumir a in,orma()osem 8uestionarmo-nos sobre o 8ue ,icou por di"er e por re/elar einterrogarmo-nos sobre a rede de interesses 8ue garantiu a oculta()o do8ue n)o ,oi dito.

Depois6 acentuou-se a crítica política6 neste caso aos monopólioseconómico-,inanceiros e aos m$dia

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 ' re,le)o sobre a condi()o Bumana nas letras - a literaturaeistencialista -\+o pós-II uerra *undial6 a literatura6 abalada pelos Borrores 8uetinBam ensombrado o *undo nos =ltimos C% anos6 decidiu re,letir sobre

a eistncia Bumana.\<urge a corrente ,ilosó,ica 8ue epressa/a a pro,unda crise de /alorese o sentimento de desencanto predominantes no pós-194#

3_I<Of+!I'GI<*.\ Qean-Paul <artre\<imone de Eeau/oir\'lbert !amus

Q3'+-P'>G <'&O&3

\ eistencialismo ateu de <artre proclama a liberdade total e indi/idualde todo o ser Bumano6 nos seus atos6 nas suas decis?es6 ou sea6 $ oprimado da eistncia6 da liberdade6 da /ontade própria.\+ega a eistncia de Deus\!ada um tem o direito de ser li/re6 escolBer o 8ue melBor lBe aprou/erpara ser ,eli"6 sendo respons5/el por si e por todos os seus atos.\' liberdade obriga o ser Bumano a encontrar so"inBo um sentido para asua eistncia6 situa()o 8ue6 por /e"es6 desencadeia ang=stias6in8uieta(?es6 so,rimento6 a designada ang=stia eistencial.\ eistencialismo abrange o mundo ,ilosó,ico e in,luenciou a psicologia6

a psi8uiatria6 o cinema6 a arte e mesmo o modo de /ida dos o/ens.

c <alientar o desen/ol/imento cientí,ico e tecnológicono terceiro 8uartel do s$c. __&: P&&3<< !I3+ORAI! 3 ' I+U']^ O3!+GXI!'\+o pós II-uerra *undial6 cincia e tecnologia continuam a caminBarlado a lado\s progressos cientí,icos epandem-se em a/an(os tecnológicos 8ue6rapidamente se colocam ao ser/i(o da Fumanidade e 8ue6 na maioria

das /e"es6 contribuíam para a melBoria das condi(?es de /ida dasmassas.\!onstante competi()o entre empresas das duas superpotncias: 3>' e>&<<

 'nos 4% e #% @ in/en(?es dos domínios das cincias:-Aísica-Vuímica-EiologiaProdu()o e utili"a()o:

- 3nergia nuclear6- 3letrónica6

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- In,orm5tica6- !ibern$tica6- Progressos m$dicos e alimentares6- +o prolongamento da /ida

C. &3UG>]^ I+D><O&I'G\>tili"a()o da energia atómica para ,ins pací,icos 0produ()o deeletricidade6 aplica()o em meios de transporte - submarinos6 a/i?es @ namedicina 0O'!\!ria()o do 1.N computador inteiramente eletrónico @ 3+I'! @ 194\In/en()o do transístor\Distribui()o por cabo de sinais de tele/is)o 0anos #%\*icroprocessador\Desen/ol/imento da cibern$tica 0liga()o entre a in,orm5tica e

eletrónica permitiu a constru()o de robs e a automati"a()o daprodu()o e abriu no/as perspeti/as 5 eplora()o do espa(o 0anos 7%Oelecomunica(?es por sat$lite -K'ldeia lobalK!ria()o de uma J<ociedade de !omunica()oK

3m 192C - tele/is)o eletrónica.\ primeiro sistema semi-mecLnico de tele/is)o analógica ,oidemonstrado em Ae/ereiro de 1924 em Gondres.\imagens em mo/imento em C% de utubro de 192#.\>m sistema eletrónico completo - 1927.\ primeiro ser/i(o analógico - 192.

\ primeiro ser/i(o de alta de,ini()o apareceu na 'lemanBa em *ar(ode 19C#.\>ma das primeiras grandes transmiss?es de tele/is)o ,oi a dos Qogoslímpicos de Eerlim de 19C.\ uso da tele/is)o aumentou enormemente depois da <egunda uerra*undial de/ido aos a/an(os tecnológicos surgidos.\' tele/is)o a cores surgiu em 19#46 na rede norte-americana +E!.\P&O>'G @ surgiu em 19#7 a cores - 1979

 ' 3UG>]^ D< *3DI'

\Aorte crescimento económico nas sociedades ocidentais\'umento dos rendimentos\&edu()o das Boras de trabalBo\'umento dos tempos li/res.\!riaram condi(?es para 8ue as pessoas encarassem a /ida de outra,orma

Q5 n)o trabalBa/am apenas para JganBar o p)oK6 mas para des,rutar a/ida\+o/a atitude ,ace ao 8uotidiano\Progressos t$cnicos 0domínio do som e domínio da imagem\Desen/ol/imento dos meios de comunica()o de *assa *3DI'

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C.2 - *$dia e F5bitos socioculturaisa Destacar a e/olu()o cinematogr5,ica a partir dos anos #%6 a

importLncia da tele/is)o e da m=sica no 8uotidiano.

&:

" CB8,A

 Depois da 2. uerra *undial o cinema continua/a a arrastar milB?es de ,)s68ue nas salas de cinema eperimenta/am as mais /ariadas emo(?es en8uantoassistiam à película 8ue passa/a no ecr).

randes empresas cinematogr5,icas:

- OentietB !enturT Ao

- **

- Paramount

• s 3>' n)o permitiam 8ue um ,ilme ,i"esse eco da ideologia so/i$tica,osse eibido

• +o bloco so/i$tico n)o eram permitidos os ,ilmes de índole capitalista• cinema americano produ"ia6 na $poca6 grandes musicais   J*=sica no

cora()oK• Ailmes 8ue /eiculam o estilo e os B5bitos dos o/ens americanos6encarados como Beróis cuos eemplos de/iam de ser seguidos

 'tores:

- *arlon Erando

- Qames Dean

- *arilTn *onroe

>O&< !3+O&< D3 P&D>]^ !I+3*'O&HAI!'

• It5lia @ cinema neorealista J&oma6 !idade 'bertaK6 ou JGadr?es deEicicletasK6 retratam uma It5lia consumida pela guerra

• Aran(a @ no/o mo/imento @ +ou/elle Uague @ abordagem mais realista• <u$cia @ Ingmar Eergman @ temas intimistas6 ,orte carga emocional e

teatral• Portugal @ *anoel de li/eira J'nii-EóbóK Paulo &ocBa JUerdes 'nosK• Rndia @ os ,ilmes espelBa/am as emo(?es e preocupa(?es deste país.

• Qap)o @ para en,ati"ar a identidade nacional• Erasil @ problemas sociais

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O IMPACTO DA TV NO QUOTIDIANO

 '+< #%

•  ' tele/is)o con8uista rapidamente um espa(o importante no 8uotidiano

8uer do cidad)o mais in/ulgar 8uer do mais not5/el• s progressos t$cnicos e a produ()o em massa ,i"eram baiar os

pre(os dos aparelBos tornando a sua a8uisi()o acessí/el para umn=mero crescente de ,amílias6 ao mesmo tempo 8ue eram alargadas asBoras de emiss)o \ ' tele/is)o ganBa no/os p=blicos econse8uentemente6 mais importLncia no dia-a-dia das pessoas:

•• Aonte principal de notícias• De entretenimento• De negócios 0publicidade6 mareting

•  Oransmiss)o de grandes acontecimentos 0discursos políticos6con,erncias de imprensa6 primeiros passos do Bomem na lua6 aetrema /iolncia da guerra no Uietname

•  's tare,as dom$sticas e as agendas dos políticos passam a estarcondicionadas pelo Jpe8ueno ecr)K  Poderosa6 manipuladora6 di/erte6in,orma6 JalimentaK emo(?es e suscita rela(?es a,eti/as

•  ' OU mant$m a ,amília unida e dialogante• &etirou poder à leitura6 à ,re8uncia das salas de cinema6 à r5dio6 `

I*P'!O D' *h<I!' + V>OIDI'+

• na segunda metade do s$culo __ de todas as mani,esta(?es culturaisa mais di,undida

•  *eados da d$cada de #% @ nascimento do roc and roll @ o ritmo e airre/erncia do roc atraem massi/amente os o/ens

•  Oocar6 ou/ir6 dan(ar o roc torna-se uma ,orma de epress)o da Jre/oltada u/entudeK contra as con/en(?es sociais repressi/as dos mais idosos

I*P'!O D' *h<I!' + V>OIDI'+

•   na segunda metade do s$culo __ de todas as mani,esta(?es culturaisa mais di,undida

• *eados da d$cada de #% @ nascimento do roc and roll @ o ritmo e airre/erncia do roc atraem massi/amente os o/ens

• Oocar6 ou/ir6 dan(ar o roc torna-se uma ,orma de epress)o da Jre/oltada u/entudeK contra as con/en(?es sociais repressi/as dos mais idosos

 ' partir de 197%

• roc torna-se mais arti,icial e comercial.

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•  'comoda-se à sociedade de consumo. \ +asceram no/as correntesmusicais inspiradas no a"" e nos blues onde as letras ganBam maisimportLncia @ car5cter radical e libert5rio das composi(?es musicais.

•  ' can()o con/erteu-se em instrumento de crítica social e política6denuncia a pobre"a6 o racismo6 a destrui()o da nature"a. \ ' m=sica

permite aos adolescentes uma oportunidade de a,irma()o e liberdade.

b Destacar a Begemonia dos B5bitos socioculturais norte-americanos.&:

modelo ci/ili"acional norte-americano domina:

• Gíngua inglesa

• Giteratura• *=sica• Programas de OU• Ailmes• 3strelas de cinema• F5bitos alimentares 0,ast-,ood6 re,rigerantes• Uestu5rio 0eans

J'*3&I!'+ ' A GIA3

3sta Bomogenei"a()o da cultural e ci/ili"acional dos 3>' n)o deiou desuscitar mo/imentos de reei()o tanto na própria sociedade norte-americanacomo na 3uropa e noutras partes do *undo.

C.C. 'ltera(?es na estrutura social e nos comportamentos

a !ontetuali"ar a terciari"a()o da sociedade.&:

 'ltera(?es da estrutura social e nos comportamentos

 ' O3&!I'&IY']^ D' <!I3D'D3

Do ,inal da 2. uerra *undial at$ 197C6 o *undo te/e um ,orte crescimentoeconómico @ ,oi um boom económico @ acompanBado pelo aumento dosrendimentos das pessoas 8ue condu"iu a mudan(as socioeconómicas:

-&edu()o do peso da agricultura-Incremento da urbani"a()o-Oerciari"a()o da economia @ ,orte desen/ol/imento das ati/idades do

sector do com$rcio e ser/i(os 0sa=de6 educa()o6 usti(a6 turismo6transportes6 distribui()o e /enda6 desporto e la"er6 etc.

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 ' terciari"a()o da economia 0d$cadas de 4% e 7%

&epercuss?es na estrutura social e nos comportamentos:

 - Aa/oreceu o crescimento das classes m$dias- s assalariados obti/eram melBores sal5rios e ele/aram o poder decompra- 'ltera(?es nos ní/eis e padr?es de consumo estimulados pelapublicidade e mareting- 'bundLncia da sociedade de consumo- +o/o estilo de /ida epresso nos padr?es da moda6 mobili5rio6 gostopela m=sica6 cinema6 /iagens e desporto6 con,ian(a na tecnologia6intolerLncia com a tradi()o e conser/adorismo.

b Distinguir6 nos anos %6 a eistncia de no/os re,erentes

ideológicos e de grupos 8ue p?em em causa os estereótiposdas sociedades desen/ol/idas

&:< '+< % 3 ' 3<O']^ D3 >*' +U'*3+O'GID'D3-*o/imento FIPPI3-<urgimento da pílula contraceti/a-+o/o tipo ,eminino @ *arTlin *onroe @ 8ue simboli"a o ideal

esteticamente agrad5/el e pleno de sensualidade-*inissaia- penteado à paem @ Eeatles-Discrimina()o racial come(a a ser contestada pelos negros @ *artinGuter Sing @ JI Ba/e a dreamK @ rea()o pací,ica-&e/olu()o musical @ letras 8ue criticam a sociedade6 a religi)o6 aBipocrisia6 o go/erno- *o/imentos de contesta()o u/enil @ J*aio de K

*o/imento de contracultura dos anos %-*uitos o/ens passaram a contestar a sociedade e a pr em causa os/alores tradicionais e a de,ender a pa" e o amor uni/ersais-&oupas coloridas e alguns estilos incomuns 0cal(as à boca de sino6camisas tingidas6 roupas de inspira()o indiana-Predile()o por certos estilos musicais-'mor li/re\Uida em comunidade: todos os moradores eercem uma ,un()o dentroda comunidade6 as decis?es s)o tomadas em conunto- incenso e a medita()o->so de drogas

-'deptos do paci,ismo

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J*'I D3 K-&e/olta u/enil @ Paris-*o/imento estudantil tem como obeti/os: a de,esa dos direitos cí/icosa condena()o da guerra no Uietname a recusa das ideologias tanto dasdemocracias do cidente como da >&<<.-!onsiste numa insurrei()o democr5tica 8ue n)o 8uer mudar o poderpela /iolncia6 mas sim no decurso da /ida 8uotidiana6 paci,icamente.-P?em em causa o poder autorit5rio6 a rigide" das rela(?es ,amiliares6 opoder macBista6 a repress)o das rela(?es seuais6 a inade8ua()o daescola à /ida real6 o car5cter desumano do taTlorismo.

3!>*3+I<*-!oncílio Uaticano II @ 0192-19# @ Papa Qo)o __III e Papa Paulo UI-' tentati/a de concilia()o e di5logo entre todas as Igreas !rist)s. 'igrea !atólica mostrou alguma abertura: celebra()o da missa em línguanacional6 di/ulga()o da Eíblia nas línguas nacionais6 `

3!GI'- *undo come(ou a conscienciali"ar-se 8ue os a/an(os tecnológicos6nomeadamente a contínua utili"a()o de pesticidas e de energia nuclear6n)o tra"iam apenas conse8uncias positi/as6 mas podiam serrespons5/eis por terrí/eis cat5stro,es ambientais.-'ssim6 muitos ambientalistas abra(am a ecologia6 a partir da d$cada de%6 untando-se em organi"a(?es 0e.: reenpeace6 8ue luta/am contra

os testes nucleares6 assim como pela preser/a()o das esp$ciesanimais6 /egetais e da atmos,era.

 'AI&*']^ D< DI&3IO< D' *>GF3&-D$cada de % @ a mulBer ainda n)o tinBa igualdade de direitos emrela()o ao Bomem. seo ,eminino continua/a a ser al/o dedescrimina()o.

 's ,eministas6 ent)o6 luta/am pela:

-Igualdade ci/il: uridicamente 8ueriam estar ni/eladas com o Bomem6n)o sendo obrigadas a subugarem-se aos maridos-Igualdade na /ida acad$mica e laboral: rei/indicando idntico acessoao ensino e ao mundo do trabalBo6 au,erindo o mesmo sal5rio 8ue oBomem6 o trabalBo passa a ser /isto como ,orma de reali"a()o pessoale pro,issional-Giberdade e,eti/a @ 8ueria ser ela a escolBer se 8ueria casar ou n)o e8uando desea/a ser m)e6 situa()o para 8ue muito contribuiu adi/ulga()o da pílula contraceti/a.

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Módulo 9 - Alterações geoestratégicas, tensões

políticas e transormações socioculturais no mundo

atual!

1. ,im do sistema internacional da guerra ,ria e a persistnciada dicotomia norte-sul.1.1 ,im do modelo so/i$tico.

a Destacar a importLncia de orbatcBe/.

&:

*iBail &E'O!F3U ,oi o =ltimo secret5rio-geral do !omit$ !entral doPartido !omunista da >ni)o <o/i$tica de 19# a 19916 ou sea6 o =ltimo líderda era >&<<.

!ondu"iu o ,im da uerra Aria com os 3stados >nidos e o seu go/ernomarcou a perda de poder do Partido !omunista6 e a consagra()o de umproeto de transparncia política e reestrutura()o económica do país.

&ecebeu o Pr$mio +obel da Pa" em 199%.

!Begou a ser deposto do cargo numa tentati/a de golpe em 1991.

 'cabou renunciando em 2# de de"embro do mesmo ano.3m termos gerais6 orbacBe/ $ bem /isto no mundo cidental gra(as à

sua contribui()o para o ,im da uerra Aria. !ontudo6 na &=ssia6 a suareputa()o n)o $ t)o ,a/or5/el de/ido à crise económica e social 8ue seinstalou logo após a 8ueda da >&<<.

orbatcBe/ ao contr5rio dos antigos líderes tinBa conscincia dasdi,iculdades da economia so/i$tica e sentiu 8ue o sistema socialista precisa/ade uma re,orma e do mesmo modo entendeu os anseios de liberdademani,estados pela popula()o.

+este conteto orbatcBe/ inicia uma política de di5logo e aproima()oao cidente propondo aos 3>' o início das con/ersa(?es sobre odesarmamento.

líder so/i$tico apercebendo-se 8ue era impossí/el acompanBar os3>' e de igualar o programa de de,esa nuclear criado pelo presidenteamericano &onald &eagan em 19C conBecido como Jguerra das estrelasK /aiprocurar criar um clima internacional est5/el6 iniciando as con/ersa(?es em+o/embro de 19#. <ó assim o líder so/i$tico poderia empenBar-se no

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progresso de reconstruir país sem ter 8ue despender grandes /erbas emarsenal b$lico.

orbatcBe/ tinBa como obeti/o ultrapassar o processo de estagna()o eacelerar o progresso social e económico.

 'ssim procedeu a uma reestrutura()o económica6 a perestroia e emsimultLneo implementou uma política de transparncia6 a glasnost.

 ' perestroia constituiu num proeto de adapta()o da economiaplani,icada aos mecanismos da economia de mercado. s grandes monopóliosestatais seriam eliminados e seria reconBecida a li/re iniciati/a e a li/reconcorrncia entre empresas6 abertas a capitais pri/ados nacionais eestrangeiros

Perestroia ambiciona/a ultrapassar o processo de estagna()o6 eliminar os blo8ueios6 criar sistemas ,i5/eis e e,ica"es para acelerar o progresso sociale económico.

JperestroiaK @ a Jreestrutura()oK da sociedade

!*

estado so/i$tico deia/a de inter/ir t)o ati/amente na economia6possibilitando6 assim6 uma maior autonomia na gest)o das empresas6 o 8uesigni,ica/a 8ue estas deia/am de estar aos rígidos planos 8uin8uenais6 como

tamb$m deia/am de usu,ruir de a/ultados subsídios do estado. 'ssim6 asempresas tinBam de se empenBar para ,a"er crescer a sua rentabilidade.

s grandes monopólios ,oram eliminados.

estado so/i$tico considera/a importante criar um setor pri/ado6 emboraapenas parcialmente6 para desen/ol/er a concorrncia e produ"ir em maiorescala bens de consumo essenciais6 8ue rarea/am entre as massas.

 'briu a possibilidade do cr$dito pri/ado e tentou aliciar o in/estimento

estrangeiro.&edu"ir o or(amento destinado ao setor militar.

!aminBar pouco a pouco para uma economia de mercado.

desen/ol/imento económico melBorar as condi(?es de /ida e de trabalBo dopo/o so/i$tico: melBor educa()o melBores cuidados m$dicos6 mais la"er `

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 ' glasnost a/isa/a a participa()o mais ati/a dos cidad)os na /ida política.Oradu"iu-se no ,im da persegui()o dos dissidentes políticos6 no lan(amento decampanBas contra a corrup()o e na aboli()o da censura.

3sta política de transparncia propunBa-se ainda ao reconBecimento da

liberdade de epress)o o 8ue resultou na publica()o de obras proibidas. 'partir de 19# a >&<< come(ou a ter uma maior abertura democr5tica o 8uepermitiu 8ue se reali"assem as primeiras elei(?es li/res em 199 para eleger o!ongresso dos Deputados do Po/o.

JglasnostK @ a transparncia6 a crítica

!omo

- po/o so/i$tico passaria a aceder li/remente à in,orma()o.

-Giberdade de epress)o e de in,orma()o6 sendo a censura abolida.

-!ertos assuntos: corrup()o6 criminalidade6 problemas económico-sociais6 a participa()o so/i$tica na uerra do ',eganist)o6 a era estalinista6 `8ue6 outrora6 eram aba,ados e reprimidos pelo estado so/i$tico6 passaramagora a ser amplamente discutidos e al/o de re,le)o por parte dos massmedia 0a crítica a e a autocrítica em todos os domínios da nossa sociedade.

-3ram postas à /enda obras 8ue6 at$ ent)o6 esta/am interditas peloestado.

-Aoram libertados di/ersos presos políticos e eilados políticos puderamregressar ao país.

!ontudo6 a 2 de 'bril de 19aconteceu um gra/e acidente nuclear em!Bernobil 0na actual >crLnia. 3plodiu um dos reatores da central de!Bernobil6 o 8ue originou a liberta()o de uma enorme nu/em radioati/a6pro/ocando a contamina()o de pessoas6 animais e o meio ambiente.

3sta nu/em radioati/a cBegou a atingir alguns países do centro europeu6 dos

países nórdicos e da própria >&<<. 3ste desastre ambiental /eio pro/ar 8ue odesanu/iamento político imposto por orbatcBe/ atra/$s da glasnost ainda n)oesta/a consolidado. ' notícia deste terrí/el acontecimento só /iria a sertransmitida ao território so/i$tico e ao eterior dias depois. s protestos n)otardaram a cBegar6 acusando o 3stado so/i$tico de n)o dar importLncia aoassunto6 situa()o 8ue coloca/a em causa a transparncia da glasnost.

!om isto o cBe,e so/i$tico demonstrou a sua determina()o em prosseguir coma política da glasnost no sentido de ampliar a liberdade de epress)o

!onsciente 8ue n)o tinBa recursos económicos para continuar com oprograma de armamento 0Juerra das 3strelasK @ Iniciati/a de De,esa

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3strat$gica6 delineado por &onald &eagan6 para ,a"er ,rente ao 2imp$rio domalK 0a >&<<j6 orbatcBe/ decidiu esbater o clima de tens)o com o cidente. nesta política de di5logo com o cidente 8ue a >&<< e os 3>' entramcon/ersa(?es sobre a destrui()o das armas atómicas e em 197 $ assinado oOratado de asBington. assim estipulada a elimina()o dos mísseis de m$dioalcance na 3uropa.

 ' >&<< acaba por retirar-se do território a,eg)o dois anos depois 0199.

orbatcBe/ e &eagan6 Oratado de asBington entre os 3>' e a >&<< em197

199 @ 3lei(?es li/res para o !ongresso dos Deputados do Po/o ,oram,inalmente li/res.

199% @ Aoi ,ormali"ada a possibilidade de instituir um sistema pluripartid5rio6sendo cancelado o artigo da !onstitui()o so/i$tica 8ue con,ia/a a miss)odirigente ao P!><.

colapso do bloco so/i$tico

!om a cBegada de orbatcBe/ ao poder6 as re,ormas 8ue imps demarcaram-se dos outros líderes 8ue a >&<< ti/era.

 ' sua opini)o acerca das democracias populares tamb$m era di,erente à 8ueera de,endida pelos antigos líderes.

s países-sat$lites do bloco comunista 8ue eram encarados como um trun,onas m)os dos so/i$ticos6 sendo impens5/el a >&<< /ir a abdicar deles6 agoracom orbatcBe/ a situa()o ,icaria in/ertida. 3stes países do lado comunistaeram sinónimo de despesa militar sendo 8ue era um pesado ,ardo económicopara a >&<< manter estes países na es,era so/i$tica. <eria assim ben$,ico sea >&<< se liberta-se desses países. !omo tal6 orbatcBe/ deia de en/iartropas para reprimir 8ual8uer mani,esta()o 8ue Bou/esse. 3m conse8unciadisto a popula()o do leste percebe 8ue esta/am reunidas as condi(?es paraderrubar os regimes comunistas.

 ' doutrina da Jsoberania limitadaK ,oi assim posta de lado e os países-sat$litesda >&<< puderam ,inalmente escolBer o seu regime político. +este sentidotamb$m orbatcBe/ de,endeu 8ue o leste europeu pudesse escolBer o rumopolítico 8ue acBasse melBor. a esta política de 8ue cada país de/eria seguir oseu próprio caminBo 8ue o líder so/i$tico d5 o nome de Doutrina <inatra do,amoso cantor americano com a can()o J*T aTK.

+o ano de 199 após 8uatro anos de lideran(a do cBe,e so/i$tico6 uma /agademocrati"adora /arre com os regimes comunistas dos países de leste ereali"am-se as primeiras elei(?es li/res nos países da Jcortina de ,erroK6

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Polónia6 !Becoslo/58uia6 Eulg5ria6 &om$nia6 Fungria6 &D' 0&ep=blicaDemocr5tica 'lem) e Qugosl5/ia. +estes países ,ormam-se no/os partidospolíticos6 e antigos líderes da oposi()o 8ue esta/am presos assumem alideran(a política.

3m *aio de 1996 este processo culmina com a abertura da Jcortina de ,erroK6epress)o 8ue o líder ingls inston !BurcBill tinBa populari"ado em 194. 'Jcortina de ,erroK 8ue se estendia de <tettin6 no E5ltico6 a Orieste no 'dri5tico6come(a/a a cair. 's primeiras massas populacionais come(am a poder circular li/remente para o cidente

=++

• rumo político seguido por orbatcBe/ colocou-o numa situa()o de

etrema ,ragilidade6 dado 8ue recebia críticas de /5rios 8uadrantes de

opini)o.• s mais conser/adores /iam com maus olBos a implementa()o da

perestroia6 deseando regressar à linBa dura de 3staline e Erene/.• s mais liberais considera/am 8ue estas re,ormas n)o eram su,icientes6

sendo necess5ria uma rutura dr5stica e de,initi/a com as ,or(asconser/adoras.

•  'ssim6 orbatcBe/ /ia-se cada /e" mais isolado na política so/i$tica.• >m dos seus maiores ad/ers5rios ,oi E&I< I3GO<I+6 seu antigo

colaborador6 unta/a os 8ue de,endiam uma liberali"a()o maior e o

po/o.•  ' credibilidade política de orbatcBe/ ,icou ainda mais abalada no início

de 19916 8uando recorreu às armas para silenciar os ímpetosindependentistas dos 3stados E5lticos 03stónia6 Getónia e GituLnia.3stas trs rep=blicas B5 muito 8ue desea/am a independncia emrela()o a *osco/o. 'pro/eitando o espírito liberali"ador de orbatcBe/6decidiram reclamar6 nos anos de 199 e 199%6 a autonomia económica epolítica. Ooda/ia o líder so/i$tico respondeu com /iolncia6 situa()o 8uelBe /aleu a repro/a()o dos mais liberais6 cuo cBe,e era I3GO<I+.

• 1991-unBo de 1991 I3GO<I+ ocupa o cargo de Presidente da &ep=blica

da &=ssia6 a mais importante rep=blica da >&<<.•  'gosto 1991 @ s mais conser/adores tentaram um golpe de estado

8ue pretendia retirar o poder a orbatcBe/. Por$m6 gra(as à inter/en()ode I3GO<I+ esta ousadia dos conser/adores ,oi um ,racasso.

+estas alturas a ascens)o de I3GO<I+ era 5 irre/ersí/el. De,ensor dademocracia para os &ussos e da autodetermina()o para as rep=blicas 8ueintegra/am a >&<<6 I3GO3<I+ ganBou muito apoio.

I3GO<I+ a,ronta/a ,re8uentemente orbatcBe/6 portanto6 na se8uncia do

golpe de estado conser/ador6 acabou por suspender o Partido !omunista

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&usso6 declarando a soberania da &=ssia. <eguiram-se as declara(?es deindependncia da maioria das rep=blicas 8ue constituíam a >&<<.

 ' Dissolu()o da >ni)o <o/i$tica resultou no ,im do socialismo real e naindependncia de 1# rep=blicas so/i$ticas:

&=ssia6 >crLnia6 *oldo/a6 Eielorr=ssia6 3stónia6 Getónia6 GituLnia6 eórgia6  'rm$nia6

 '"erbai)o6 !a"a8uist)o6 Our8uemenist)o6 Vuirguist)o6 >"be8uist)o Oai8uist)o.

• +o Geste 3uropeu6 os países socialistas6 como a: Polónia6

!Becoslo/58uia6 &om$nia6 Fungria6 Qugosl5/ia6 'lbLnia6 Eulg5ria e 'lemanBa riental6 ,oram gradati/amente declarando a independnciado partido socialista e todos tornaram-se capitalistas e de go/ernosdemocr5ticos 0eceto na Qugosl5/ia onde Bou/e guerra ci/il eseparatista.

 ' 21 de de"embro de 19916 representantes das e-rep=blicas so/i$ticasreuniram-se para o,iciali"ar o nascimento da !3I 0!omunidade de 3stadosIndependentes e declarar 8ue a >&<< terminaria o,icialmente a C1 dede"embro de 1991. 0'rm$nia6 '"erbai)o6 Eielorr=ssia6 !a"a8uist)o6

Vuirguist)o6 *old5/ia6 &=ssia6 Oai8uist)o6 Our8uemenist)o6 >crLnia6>"be8uist)o6

• Vuatro dias depois orbatcBe/ demitiu-se.

b 3/idenciar o colapso do bloco so/i$tico e o ,im da >&<<6 ono/o mapa político do Geste 3uropeu e as di,iculdadesen,rentadas pelos antigos países comunistas na transi()opara o sistema económico.

&: colapso do bloco so/i$tico

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• !om a cBegada de orbatcBe/ ao poder6 as re,ormas 8ue imps

demarcaram-se dos outros líderes 8ue a >&<< ti/era.•  ' sua opini)o acerca das democracias populares tamb$m era di,erente à

8ue era de,endida pelos antigos líderes.

•s países-sat$lites do bloco comunista 8ue eram encarados como um

trun,o nas m)os dos so/i$ticos6 sendo impens5/el a >&<< /ir a abdicardeles6 agora com orbatcBe/ a situa()o ,icaria in/ertida. 3stes paísesdo lado comunista eram sinónimo de despesa militar sendo 8ue era umpesado ,ardo económico para a >&<< manter estes países na es,eraso/i$tica. <eria assim ben$,ico se a >&<< se liberta-se desses países.!omo tal6 orbatcBe/ deia de en/iar tropas para reprimir 8ual8uermani,esta()o 8ue Bou/esse. 3m conse8uncia disto a popula()o doleste percebe 8ue esta/am reunidas as condi(?es para derrubar osregimes comunistas.

•  ' doutrina da Jsoberania limitadaK ,oi assim posta de lado e os países-sat$lites da >&<< puderam ,inalmente escolBer o seu regime político.+este sentido tamb$m orbatcBe/ de,endeu 8ue o leste europeupudesse escolBer o rumo político 8ue acBasse melBor. a esta políticade 8ue cada país de/eria seguir o seu próprio caminBo 8ue o líderso/i$tico d5 o nome de Doutrina <inatra do ,amoso cantor americanocom a can()o J*T aTK.

• +o ano de 199 após 8uatro anos de lideran(a do cBe,e so/i$tico6 uma

/aga democrati"adora /arre com os regimes comunistas dos países de

leste e reali"am-se as primeiras elei(?es li/res nos países da Jcortina de,erroK6 Polónia6 !Becoslo/58uia6 Eulg5ria6 &om$nia6 Fungria6 &D'0&ep=blica Democr5tica 'lem) e Qugosl5/ia. +estes países ,ormam-seno/os partidos políticos6 e antigos líderes da oposi()o 8ue esta/ampresos assumem a lideran(a política.

• 3m *aio de 1996 este processo culmina com a abertura da Jcortina de

,erroK6 epress)o 8ue o líder ingls inston !BurcBill tinBa populari"adoem 194. ' Jcortina de ,erroK 8ue se estendia de <tettin6 no E5ltico6 aOrieste no 'dri5tico6 come(a/a a cair. 's primeiras massaspopulacionais come(am a poder circular li/remente para o cidente

 ' V>3D' D *>& D3 E3&GI*&A'k&D' 'G3*'+F'

• cBe,e político da &D' -3ricB Fonecer -mostrou-se intransigente6

recusando proceder a 8ual8uer liberali"a()o política.• 3m 1996 a Fungria decide abrir a ,ronteira com a Hustria6 o odo dos

alem)es da &D' ganBou propor(?es inesperadas. 3sta debandada parao cidente desestabili"ou o regime.

• +as /$speras das comemora(?es dos 4% anos 8ue a &D' conta/a

en8uanto país comunista6 a polícia /iu-se obrigada a en,rentar osmani,estantes 8ue clama/am pela liberali"a()o política. líder do

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go/erno acabou deposto. 's mani,esta(?es continuaram @ reclama/amelei(?es li/res.

• +este processo a 9 de +o/embro de 1979 o símbolo mais marcante da

uerra Aria6 o *uro de Eerlim 8ue Ba/ia sido construído em 191 $derrubado.

• +os ,inais de 1996 o cBanceler da &A'6 Felmut SoBl6 tinBa 5

apresentado uma proposta 8ue /isa/a uni,icar as duas 'lemanBas0&A'k&D'. 3m maio de 199%6 a 'lemanBa de Geste ,oi palco deelei(?es li/res6 saindo /itoriosa uma coliga()o liderada pelosdemocratas crist)os6 ,or(a 8ue se encontra/a no poder na &A'.

• 3m maio de 199% as duas 'lemanBas assinam um tratado 8ue

estipula/a a uni)o monet5ria e económica.• Aace à 8ueda do *uro e ao colapso do bloco so/i$tico a di/is)o alem)

deiaria de ,a"er sentido. Depois de uma ronda de negocia(?es6 em

<etembro de 199%$ assinado o Oratado 2k46 entre as duas 'lemanBasno 8ual a Aran(a6 a Inglaterra6 os 3>' e a >&<< abdica/am do direitode ocupa()o da 'lemanBa na se8uncia da derrota na"i na 2N uerra*undial. ' &A' 0&ep=blica Aederal 'lem) e a &D' 0&ep=blicaDemocr5tica 'lem) puderam ,inalmente untar-se tornando a 'lemanBano/amente num só país arrecadando assim a soberania total doterritório. 3m utubro do mesmo ano6 a 'lemanBa encontra/a-se unidapoliticamente por uma no/a !onstitui()o.3ricB Fonecer Felmut SoBl3m 199% @ ,oi o grande obreiro da

reuni,ica()o alem).

!F3!<GUHV>I'

• +o/embro de 199 @ o Aórum !í/ico6 mo/imento democr5tico opositor

ao regime comunista6 liderou as mani,esta(?es populares de cari"pací,ico 8ue se ,i"eram sentir no país. Perante este cen5rio decontesta()o os comunistas cBecos abandonaram o poder6 deiando de/igorar o regime uni partidarista.

• 3sta/a consagrada a Jre/olu()o de /eludoK.

• De"embro de 199 @ assumiu ,un(?es um go/erno democr5tico6 tendocomo líder do Aórum !í/ico6 U'!G'U F'U3G6 8ue ,oi escolBido paraPresidente da &ep=blica.

• 199C -separa()o amig5/el da &ep=blica !Beca e da 3slo/58uia6

etinguindo-se a !Becoslo/58uia. 3ste capítulo da Bistória do país ,icouconBecido como J<epara()o ou Di/órcio de UeludoK6 de/ido ao seucar5ter pací,ico.

• 3m 2%%46 ambas as rep=blicas entraram para a >ni)o 3uropeia 0>3.-ust5/ Fus5

U5cla/ Fa/el -Aoi o =ltimo presidente da !Becoslo/58uia e o primeiropresidente da &ep=blica !Beca.

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E>GH&I'

• +o dia subse8uente à 8ueda do *uro de Eerlim6 o ditador comunista

OD& QIUSU deiou de estar à ,rente dos destinos da Eulg5ria.

• 199% @ 3lei(?es li/res em regime de pluripartidarismo. go/ernocomunista terminou em 199%6 8uando o país te/e elei(?es com aparticipa()o de di/ersos partidos. 's elei(?es multipartid5rias de 199%deram a /itória ao Partido <ocialista 0a no/a designa()o do anteriorPartido !omunista. *as6 nas elei(?es de 19916 a >ni)o das Aor(asDemocratas cBegou ao poder e ,ormou o primeiro go/erno democrata daEulg5ria desde 194.

•  ' >ni)o das Aor(as Democr5ticas con8uistou o poder.•  ' Eulg5ria $ membro da O'+ desde 2%%4 e aderiu à >ni)o 3uropeia

em 2%%7.

-Oodor YBi/o/ Petar *ladeno/ QelTu Qele/

&*+I'

• go/erno ditatorial do presidente +icolau !eauescu 019#-199 ,oi

derrubado com a &e/olu()o &omena de 199• !eauescu nunca ps em pr5tica 8ual8uer medida liberali"ante6 sendo a

/iolncia a arma utili"ada para calar as /o"es 8ue pediam re,ormas. 'intransigncia do regime comunista acabou por resultar num golpe 8ue

retirou o ditador do poder6 em de"embro de 199. ,im de !eauescuacabou por ser o ,u"ilamento. !eauescu e sua mulBer s)o condenadosà morte por /5rios crimes6 incluindo genocídio6 e eecutados.

•  ' &om$nia ,oi o =nico país do Eloco do Geste europeu com um ,im

/iolento do regime comunista.• 3m maio de 199% o país te/e elei(?es democr5ticas.• 3m 1 de Qaneiro de 2%%76 a &om$nia adere à >ni)o 3uropeia.• +icolau !eausescuIon Iliescua reuni,ica()o alem) 0199% DesenBo do

 ornal OBe <pectator. ' ,isionomia representada pelo cBanceler alem)oocidental Felmut SoBl

Polónia

• +o início da d$cada de % do s$culo __6 nasceu o primeiro sindicato

independente @ o <GID'&I3D'D3 -,undado em C1 de 'gosto de 19%nos 3staleiros Genin6 em das6 sendo originariamente liderada porGecB asa.

• Aoram membros deste sindicato 8ue encabe(aram as gre/es e

mani,esta(?es6 situa()o 8ue pro/ocou a passagem à clandestinidade.• 3m 199 o país ,oi palco de pro,undas altera(?es.

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• regime aceitou 8ue outras ,or(as políticas participassem no processo

político6 sendo abandonado o regime de partido =nico6 para dar lugar aopluripartidarismo.

• QunBo de 199 @ reali"am-se elei(?es para o parlamento6 sendo 8ue

alguns lugares ,oram li/remente disputados @ ,icaram todos nas m)osdo <GID'&I3D'D36 entretanto trans,ormado em partido.• <etembro de 199 @ tomou posse um go/erno de coliga()o6 dominado

pelo <GID'&I3D'D3 e dirigido por um primeiro-ministro n)ocomunista.

• +o ,inal desse ano a &ep=blica Popular da Polónia tinBa desaparecido

para dar lugar à &ep=blica da polónia.• 3m de"embro 199%6 GecB alesa ,oi eleito Presidente da &ep=blica da

Polónia.• GecB alesa ,oi agraciado com o +obel da Pa" de 19C.

>&<<

• rumo político seguido por orbatcBe/ colocou-o numa situa()o de

etrema ,ragilidade6 dado 8ue recebia críticas de /5rios 8uadrantes deopini)o.

• s mais conser/adores /iam com maus olBos a implementa()o da

perestroia6 deseando regressar à linBa dura de 3staline e Erene/.• s mais liberais considera/am 8ue estas re,ormas n)o eram su,icientes6

sendo necess5ria uma rutura dr5stica e de,initi/a com as ,or(asconser/adoras.

•  'ssim6 orbatcBe/ /ia-se cada /e" mais isolado na política so/i$tica.• >m dos seus maiores ad/ers5rios ,oi E&I< I3GO<I+6 seu antigo

colaborador6 unta/a os 8ue de,endiam uma liberali"a()o maior e opo/o.

•  ' credibilidade política de orbatcBe/ ,icou ainda mais abalada no início

de 19916 8uando recorreu às armas para silenciar os ímpetosindependentistas dos 3stados E5lticos 03stónia6 Getónia e GituLnia.3stas trs rep=blicas B5 muito 8ue desea/am a independncia em

rela()o a *osco/o. 'pro/eitando o espírito liberali"ador de orbatcBe/6decidiram reclamar6 nos anos de 199 e 199%6 a autonomia económica epolítica. Ooda/ia o líder so/i$tico respondeu com /iolncia6 situa()o 8uelBe /aleu a repro/a()o dos mais liberais6 cuo cBe,e era I3GO<I+.

• 1991-unBo de 1991 I3GO<I+ ocupa o cargo de Presidente da &ep=blica

da &=ssia6 a mais importante rep=blica da >&<<.•  'gosto 1991 @ os mais conser/adores tentaram um golpe de estado 8ue

pretendia retirar o poder a orbatcBe/. Por$m6 gra(as à inter/en()o deI3GO<I+ esta ousadia dos conser/adores ,oi um ,racasso.

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• +estas alturas a ascens)o de I3GO<I+ era 5 irre/ersí/el. De,ensor da

democracia para os &ussos e da autodetermina()o para as rep=blicas8ue integra/am a >&<<6 I3GO3<I+ ganBou muito apoio.

• I3GO<I+ a,ronta/a ,re8uentemente orbatcBe/6 portanto6 na se8uncia

do golpe de estado conser/ador6 acabou por suspender o Partido!omunista &usso6 declarando a soberania da &=ssia. <eguiram-se asdeclara(?es de independncia da maioria das rep=blicas 8ueconstituíam a >&<<.

•  ' Dissolu()o da >ni)o <o/i$tica resultou no ,im do socialismo real e na

independncia de 1# rep=blicas so/i$ticas:• &=ssia6• >crLnia6• *oldo/a6• Eielorr=ssia6

• 3stónia6• Getónia6• GituLnia6• eórgia6•  'rm$nia6•  '"erbai)o6• !a"a8uist)o6• Our8uemenist)o6• Vuirguist)o6

• >"be8uist)o• Oai8uist)o.

• +o Geste 3uropeu6 os países socialistas6 como a: Polónia6

!Becoslo/58uia6 &om$nia6 Fungria6 Qugosl5/ia6 'lbLnia6 Eulg5ria e 'lemanBa riental6 ,oram gradati/amente declarando a independnciado partido socialista e todos tornaram-se capitalistas e de go/ernosdemocr5ticos 0eceto na Qugosl5/ia onde Bou/e guerra ci/il e

separatista. ' 21 de de"embro de 19916 representantes das e-rep=blicas so/i$ticasreuniram-se para o,iciali"ar o nascimento da !3I 0!omunidade de 3stadosIndependentes e declarar 8ue a >&<< terminaria o,icialmente a C1 dede"embro de 1991. 0'rm$nia6 '"erbai)o6 Eielorr=ssia6 !a"a8uist)o6Vuirguist)o6 *old5/ia6 &=ssia6 Oai8uist)o6 Our8uemenist)o6 >crLnia6>"be8uist)o6

• Vuatro dias depois orbatcBe/ demitiu-se.

Eoris eltsin 01991 a 1999

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Eoris +iolaie/itcB eltsin ,oi o primeiro presidente da &=ssia em 19916 após o,im da >ni)o <o/i$tica6 e o primeiro eleito democraticamente na Bistóriada8uele país. eltsin comandou a transi()o do socialismo para o capitalismo6 eseu go/erno ,oi marcado por trans,orma(?es económicas e políticas na &=ssiae em outros países da e->ni)o <o/i$tica. +a se8uncia do colapso do blocoso/i$tico6 o Pacto de Uarsó/ia ,oi dissol/ido 0C1 de *ar(o de 19916

• !*3!+ 0!ouncil ,or *utual 3conomic 'ssistance6 !onselBo para

 'ssistncia 3conmica *=tua etinguiu-se em 1991.• Aim das institui(?es do comunismo.• ,im do Pacto de Uarsó/ia representou6 tamb$m6 o ,im da uerra Aria.• ,im da Jcortina de ,erroK.

c  '/aliar o impacto do desmoronamento da >ni)o <o/i$tica

&:

 ' dissolu()o do bloco so/i$tico signi,icou um reu/enescimento doe8uilíbrio de ,or(as ao ní/el mundial. mundo desen/ol/ido concentra-se6 na /iragem para o s$culo __ e o s$culo __I em C "onas:

1 3>'

2 >ni)o 3uropeia

C Hsia paci,ico ' tríade 8ue representa a maior parte das eporta(?es mundiais e omais ele/ado produto nacional 0P+E. 3ntre os 8uais est)o C regi?es6 os3>' 8ue na ausncia do ri/al so/i$tico trans,ormou-se na 1N potencia aoní/el mundial.

1.2 s polos de desen/ol/imento económico.

! Identi,icar as etapas da constru()o da >ni)o 3uropeia.&:

C8CA - 19F1

• !*>+ID'D3 3>&P3I' D !'&U^ 3 D ']:

beti/os @ organi"arem em comum a gest)o dos recursos do car/)o e do,erro

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• !ontribuir para a ele/a()o do ní/el de /ida dos Babitantes dos estados @membros.

Países: Aran(a &A' E$lgica Folanda Guemburgo It5lia

3>&P' D< <3I<

Dia 2# de *ar(o de 19#7 - 'ssinatura do Oratado de &oma

 @ !ria()o da !omunidade 3conómica 3uropeia q!33j @

qJ3uropa dos <eisKj

 Países Aundadores:

Aran(a

It5lia

&ep=blica Aederal 'lem)

E$lgica

Países Eaios;Folanda

Guemburgo.

- < 'G'&'*3+O< -

Dia 1 de Qaneiro de 197C

1.N 'largamento da !33

qJ3uropa dos +o/eKj

Países 'derentes:

Dinamarca

 &ep=blica da Irlanda

&eino >nido.

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Dia 1 de Janeiro de 1981

2.º Alargamento da C

qJ3uropa dos De"Kj

País 'derente:

r$cia.

Dia 1 de Qaneiro de 19

C.N 'largamento da !33

qJ3uropa dos Do"eKj

Países 'derentes:

Portugal 3spanBa.

d &econBecer a importLncia dos tratados europeus.&:

0ratado de =oma•  'ssinatura: 2# De *ar(o de 19#7 - 'ssinado pela E$lgica6 Folanda6

Guemburgo6 Aran(a It5lia e 'lemanBa• Instituía a !33 a integrar a economia dos países membros com o

estabelecimento da uni)o aduaneira e de um mercado comum• Instituía a 3>&'O* a ,omentar a coopera()o no desen/ol/imento e

utili"a()o da energia nuclear e ele/a()o da /ida dos países membros.

Ato Pnico 8uropeu

•  'ssinatura: 17 de Ae/ereiro de 19 0Guemburgo ; 2 de Ae/ereiro de19 0Faia

• 3ntrada em /igor: 1 de QulBo de 197• beti/os: proceder à re,orma das institui(?es para preparar a ades)o

de Portugal e de 3spanBa e simpli,icar a tomada de decis?es nasperspeti/a do mercado =nico.

• Principais mudan(as: etens)o da /ota()o por maioria 8uali,icada no

conselBo 0tornando assim mais di,ícil 8ue um =nico país possa /etar uma proposta legislati/a introdu()o de processos de coopera()o e decomum acordo 8ue con,eriram maior peso ao parlamento6

0ratado de ,aastric5t

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•  'ssinatura: 7 de ,e/ereiro de 1992• 3ntrada em /igor: 1 de no/embro de 1999• beti/os: preparar a uni)o monet5ria europeia e introdu"ir elementos

para uma uni)o política 0cidadania6 politica comum em mat$ria de

politica eterna e assuntos internos• Principais mudan(as: cria()o da Juni)o europeiaK e introdu()o do

procedimento de co @ decis)o6 no/as ,ormas de coopera()o entre osgo/ernos da >.36 nomeadamente no 8uadro de de,esa6 da usti(a e dosassuntos internos.

Oratado de 'mesterd)o

•  'ssinatura: 2 de utubro de 1997

• 3ntrada em /igor: 1 de maio de 1999• beti/os: proceder à re,orma das institui(?es para preparar a ades)o

de mais países da >3.• Principais mudan(as: altera()o6 renumera()o dos artigos e

consolida()o dos tratados da >.3. e da !33 re,or(o da transparnciado processo de tomada de decis?es 0maior utili"a()o do processo de/ota()o por codecis)o.

Oratado de +ice

•  'ssinatura: 2 de Ae/ereiro de 2%%1• 3ntrada em /igor: 1 de Ae/ereiro• beti/os: proceder à re,orma das institui(?es para preparar a

ades)o de mais países à >.3.• Principais mudan(as: m$todos para alterar a composi()o da

comiss)o6 rede,ini()o do sistema de /ota()o do conselBo

Oratado de Gisboa

•  'ssinatura: 1C de De"embro de 2%%7• 3ntrada em /igor: 1 de de"embro de 2%%9• beti/os: tornar a >.3. mais democr5tica e,ica" e mais apta a

resol/er problemas a ní/el mundial. !omo as altera(?esclim5ticas6 permitindo-lBe ,alar uma só /o".

• Principais mudan(as: re,or(o dos poderes do parlamento

3uropeu6 altera()o dos procedimentos de /ota()o no conselBo6

introdu()o da iniciati/a de cidadania6 cria()o dos corpos depresidente permanente do conselBo europeu e de 'lto

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representante para os negócios estrangeiros e de um no/oser/i(o diplom5tico da >.3. Oratado de Gisboa clari,ica a reparti()o de competncias:

• !ompetncias da >.3.• !ompetncias dos países da >.3.

• !ompetncias partilBadas.

 

e Identi,icar os principais órg)os do poder da >.3.&:

I+<OIO>I]3< 3>&P3I'<

o Parlamento 3uropeu

o &epresenta os cidad)os e $ por eles eleito. 's sess?es

plen5rias mensais tm lugar em 3strasburgo6 as reuni?esdas comiss?es reali"am-se em Eruelas e o secretariado-geral tem sede no Guemburgo.

o !omiss)o 3uropeia

o De,ende os interesses de toda a >ni)o. Oem sede em

Eruelas.

o !onselBo da >ni)o 3uropeia

o &epresenta os 3stados-*embros. &e=ne-se em Eruelas6

eceto em 'bril6 QunBo e utubro6 meses em 8ue asreuni?es passam a ser reali"adas no Guemburgo.

o Oribunal de Qusti(a das !omunidades 3uropeias

o arante 8ue as leis europeias s)o respeitadas. Oem sede

no Guemburgo.

o Oribunal de !ontas 3uropeu

o Aiscali"a as contas da >ni)o 3uropeia. Oem sede no

Guemburgo.

o Pro/edor de Qusti(a 3uropeu

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o Protege os cidad)os e as empresas da >3 contra a m5

administra()o.

X&^< 3>&P3><

o Eanco !entral 3uropeu

o ere o 3uro e a política monet5ria da >3. Oem sede em

Aran,urt 0'lemanBa.

o !omit$ das &egi?es

o 3mite pareceres sobre 8uest?es 8ue a,etam diretamente

os poderes locais e regionais. &e=ne-se 7 /e"es por ano6em Eruelas.

o !omit$ 3conómico e <ocial 3uropeu \ 3mite pareceres

sobre 8uest?es de política económica e social.

&e=ne mensalmente em Eruelas.

, Destacar a integra()o das no/as democracias de Geste&:

!+DI]3< D3 !'+DID'O>&' >+I^ 3>&P3I'

o &espeitar os princípios da democracia

o &espeitar os direitos Bumanos e a prote()o das minorias

o Possuíram uma economia de mercado

o Disporem da capacidade necess5ria para assumir as obriga(?es

decorrentes da ades)o6 incluindo a partilBa dos obeti/os da /idapolítica6 económica6 monet5ria q`j

Depois do colapso do bloco so/i$tico6 os países sat$lites da >&<<0Polónia6 !Becoslo/58uia6 &om$nia6`. n)o tardaram a ,ocar aten(?esna >.3.6 /isto 8ue desea/am integrar este organismo.s estados membros aceitaram na cimeira de !openBaga em 199C 8ueos países da 3uropa !entral e de Geste se tornassem membros doorganismo europeu.+esta cimeira ,icaram estipulados os re8uisitos 8ue tinBam de sercumpridos para a ades)o destes países.

g Ponderar as di,iculdades de uma plena >ni)o militar.

&:

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Depois do colapso do bloco so/i$tico6 os países sat$lites da >&<<0Polónia6 !Becoslo/58uia6 &om$nia6`. n)o tardaram a ,ocar aten(?esna >.3.6 /isto 8ue desea/am integrar este organismo.s estados membros aceitaram na cimeira de !openBaga em 199C 8ueos países da 3uropa !entral e de Geste se tornassem membros doorganismo europeu.+esta cimeira ,icaram estipulados os re8uisitos 8ue tinBam de sercumpridos para a ades)o destes países. tratado *aastricBt estendeu o entendimento 3uropeu à Barmoni"a()ode políticas comuns para a usti(a e para os assuntos internos6 a políticaeterna e de seguran(a6 a cidadania europeia.Oodos os assuntos inter,erem com as políticas nacionais6 logo apol$mica instalou-se.

 'lguns países: &>6 Dinamarca6 <u$cia recusaram adotar a moeda =nica 0o

euro. ' entrada de no/os países para a >.3. da 8ual resultou a europa dos 276colocou-nos desa,ios como:

o  ' ní/el político: eistem resistncias das popula(?es à perda da sua

soberania.o Di,iculdades de carater económico e social: como a incapacidade da

>.3. resol/er o problema do desemprego6 ,alta de sentimento 3uropeístademonstrado6 nos ele/ados ní/eis de absten()o para o parlamentoeuropeu.

o &esistncia a ado()o de uma política eterna: com um6 como o caso da

inter/en()o militar no Ira8ue.

B Destacar as no/as perspeti/as para o ,uturo da >.3.&:+os =ltimos #% anos6 os europeus tm-se di/idido no 8ue toca ao ,uturodo seu continente: B5 os 8ue se op?em a toda e 8ual8uer ,orma deuni)o europeia6 os 8ue a de,endem eclusi/amente num 8uadro decolabora()o entre estados soberanos 0unionistas e os 8ue apostam nacria()o de uma esp$cie de 3stados >nidas da 3uropa6 com um go/erno

,ederal =nico e supranacional 0,ederalistas. país 8ue maistena"mente tem reeitado a ideia de uma 3uropa ,ederal $ o &eino>nido.

euroceticismo e a resistncia a todas as medidas 8ue impli8uemtrans,erncias de soberania n)o s)o eclusi/os da Inglaterra.

Oratado criou a cidadania europeia e alargou a a()o comunit5ria8uest?es como o direito de asilo6 a política de emigra()o e a coopera()onos assuntos internos. &e,or(ou tamb$m os mecanismos para a cria()o

de uma política eterna e de,esa comum.

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!idadania 3uropeia !riada pelo tratado da uni)o europeia6 a cidadaniada uni)o e cumulati/a com a cidadania nacional e eprime-se pelodireito de /oto nas elei(?es europeias e aut5r8uicas na "ona deresidncia do cidad)o6 independentemente desta se situar no seu paísde origem.3sta estabelece o direito de: apresentar propostas6 peti(?es aoparlamento6 apresentar 8ueias e bene,iciar de prote()o diplom5tica.

s europeus tem-se di/idido no 8ue toca ao ,uturo do seu continente: B5os 8ue se op?em a toda e 8ual8uer ,orma de >ni)o europeia6 os 8ue ade,endem eclusi/amente num 8uadro de colabora()o entre os estadossoberanos 0unionistas e os 8ue apostam na cria()o de uma esp$cie de3stados >nidos da 3uropa6 com um go/erno ,ederal =nico esupranacional 0,ederalistas

país 8ue mais tena"mente tem reeitado a ideia de uma 3uropa,ederal $ o &eino >nido. 3ste paradoo6 particularmente e/identedurante o longo go/erno de *argaretB OBatcBer 01979-199%. euroceticismo e a resistncia a todas as medidas 8ue impli8uemtrans,erncias de soberania n)o s)o eclusi/as da Inglaterra. tratadocriou a cidadania europeia e alargou a a()o comunit5ria a 8uest?escomo o direito de asilo6 a política de imigra()o e a coopera()o nosassuntos internos.

oas perspetias:

 's di,iculdades de uma uni)o política /iram-se substancialmenteacrescidas pelos sucessi/os alargamentos da !omunidade6 8ue obrigama conugar os interesses de países muito di,erentes e a re/er o,uncionamento das institui(?es6 concebidas para um n=mero demembros bem mais redu"ido

Da !on/en()o para o Auturo da 3uropa 8ue` Proeto de constitui()oeuropeia6 8ue pre/ia entre outras solu(?es ino/adoras6 a cria()o de um

ministro dos negócios estrangeiros da 3uropa6 respons5/el pelasposi(?es em mat$ria de política eterna6 e o prolongamento do mandatodo presidente do !onselBo 3uropeu 8ue passaria de seis meses a doisanos e meio. Oais decis?es tinBam como ,inalidade dar Jum rostoK à>ni)o6 graneando-lBe um lugar na política mundial e no cora()o dosseus cidad)os.

Oratado de Gisboa ampliou ainda6 signi,icati/amente6 o direito departicipa()o dos cidad)os na política comunit5ria6 no claro intuito deaproimar os europeus das suas institui(?es.

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3mbora6 mais consensual6 o tratado de Gisboa ,oi6 mesmo assim6reeitado pela Irlanda6 o =nico pais 8ue o re,erendou. !aso esta posi()o/enBa a ser alterada6 a 3uropa ter5 /encido mais uma etapa do caminBopara a uni)o política6 8ue6 embora longín8ua6 se tornar5 mais /i5/el. Oalcomo disse Qean *onnet6 a J3uropa ,a"-seK.