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18 o Encontro Espírit Capítulo III – "O Patrono: François-Mar “(...) Entretanto, o mal ex (...) Deus só quer o Bem; somen 1 ta sobre A Gênese Bem e o Mal" rie Gabriel Delanne xiste e tem uma causa. nte do homem procede o Mal.” (A Gênese, capítulo III, itens 4 e 7.)

Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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Page 1: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

Capítulo III – " O Bem e o Mal

Patrono: François-Marie

“(...) Entretanto, o mal existe e tem uma causa. (...) Deus só quer o Bem; somente do homem procede o Mal

1

Encontro Espírita sobre A Gênese

O Bem e o Mal "

Marie Gabriel Delanne

, o mal existe e tem uma causa. (...) Deus só quer o Bem; somente do homem procede o Mal.”

(A Gênese , capítulo III, itens 4 e 7.)

Page 2: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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Coordenação Geral:

Jane Sodré

Coordenação Imediata:

Lúcia Turazzi

Organização de Conteúdo:

Equipe do Encontro

Diagramação e Finalização:

Setor Editorial do CELD

Page 3: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

Queridos encontristas,

Sejam todos bem-vindos ao 18Gênese. Este ano nosso Tema Central será o intitulado: "O Bem e o Mal" . Nosso Objetivo Principal é:

� Compreender o Bem e o Mal à L

Abordaremos os seguintes

� Origem do Bem e do Mal

� O Instinto e a Inteligência

� Destruição dos Seres Vivos uns pelos

Bom Estudo!

Grupo de Estudo do Encontro Espírita

sobre A Gênese

3

Encontro Espírita sobre A Gênese

8o Encontro Espírita sobre o livro A ema Central será o capítulo III da obra citada,

Luz da Doutrina Espírita.

Abordaremos os seguintes subtemas :

Destruição dos Seres Vivos uns pelos Outros

Grupo de Estudo do Encontro Espírita

Page 4: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Introdução

A crença em um poder superior é instintiva nos homens, por isso a

encontramos, sob diferentes formas, em todas as épocas no mundo. Se hoje, com o grau de adiantamento intelectual a que os homens chegaram, eles ainda discutem sobre a natureza e os atributos desse poder, quanto mais imperfeitas deviam ser as suas noções a esse respeito no começo da humanidade! (...)

Quanto mais o homem se aproxima do estado natural, mais o instinto o domina como se pode verificar ainda entre os povos selvagens e bárbaros dos nossos dias; o que mais o preocupa, ou melhor, o que exclusivamente o ocupa, é a satisfação das necessidades materiais, porque outras ele não tem. (...) a alma tem sua infância, sua adolescência e sua virilidade, assim como o corpo humano; mas, para atingir a virilidade que a torna apta a compreender as coisas abstratas, quanto de evolução ela deve realizar. Quanto de existências lhe é necessário cumprir! (...)

Durante muito tempo, o homem concebeu apenas o bem e o mal físicos; o sentimento do bem moral e do mal moral marcou um adiantamento na inteligência humana; somente então o homem entreviu a espiritualidade, e compreendeu que o poder sobre-humano está fora do mundo visível, e não nas coisas materiais. Esse foi o trabalho de algumas inteligências de alta qualidade, mas que não puderam, no entanto, superar certos limites. (...)

Como se via uma luta incessante entre o bem e o mal, e, frequentemente, o mal suplantar o bem; (...) chegou-se à conclusão de que existiam dois poderes rivais governando o mundo. Daí nasceu a doutrina dos dois princípios: o do bem e o do mal (...)

Como poderia ele compreender que o mal é apenas um estado momentâneo de onde pode surgir o bem, e que os males que o afligem devem conduzi-lo à felicidade, ajudando-o no seu adiantamento?

O duplo princípio do bem e do mal foi, durante muitos séculos e sob diferentes nomes, a base de todas as crenças religiosas.

Os Atributos da Divindade são o ponto de partida, a base de todas as doutrinas religiosas; (...) Se a essência íntima de Deus ainda é um mistério para a nossa inteligência, nós, entretanto, o compreendemos melhor do que ele jamais foi compreendido, graças aos ensinamentos do Cristo. O Cristianismo, de acordo com a razão, nos ensina que: Deus é único, eterno, imutável, imaterial, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, infinito em todas as suas perfeições.

(O Céu e o Inferno , capítulo X, itens de 1 a 6.)

Page 5: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Tema I — Origem do Bem e do Mal

O Bem e o Mal

629. Que definição se pode dar da moral?

“A moral é a regra para bem se conduzir, isto é, para a distinção entre o bem e o mal. Ela está fundamentada na observância da Lei de Deus . O homem procede bem, quando faz tudo intencionalmente para o bem de todos, porque, então, cumpre a Lei de Deus.”

(O Livro dos Espíritos , Terceira Parte: Leis Morais — O Bem e o Mal.)

Page 6: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

(1) — Objetivos Específicos:

� Compreender sobre a origem do bem e do mal no processo de evolução do espírito imortal

� Identificar as causas do mal

� Refletir sobre a relatividade do mal no processo de espiritualização ser)

135 — Se o determinismo divino é o do bem, criou o mal?

(O Consolador

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6

Encontro Espírita sobre A Gênese

Compreender sobre a origem do bem e do mal no processo de

Refletir sobre a relatividade do mal no processo de espiritualização (do

o determinismo divino é o do bem, quem

O Consolador , Emmanuel / F.C. Xavier.)

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Page 7: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Item 2. Se o mal estivesse nas atribuições de um ser especial (...) de duas coisas, uma: ou esse ser seria igual a Deus, ou lhe seria inferior .

Mal

Um Ser especial

= DEUS DEUS

Duas potências rivais Criado e subordinado a DEUS

1a hipótese 2a hipótese

Inconciliável com a Negação da Bondade

Organização do Universo Divina

Page 8: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

Item 4. Entretanto, o mal existe e tem uma causaespécies. Inicialmente há o mal físico e o moralhomem pode evitar e os que são independentes da sua vontadeestes últimos devem ser incluídos os flagelos naturais

O homem, cujas faculdades são limitadas,abranger o conjunto dos desígnios do Criador. (...) Eis por que muitas vezes ele acha ser mau e injusto (desconhecimento)justo e admirável (conhecimento) , se conhecesse a objetivo e o resultado final.

Faculdades

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Objetivo? Resultado

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632. O homem, estando sujeito ao erro, não pode enganardo bem e do mal e acreditar que faz o bem quando, na realidade, faz o mal?

“Jesus vos disse: vede o que quereríeis que vos fizessem, ou não vos fizessem: tudo se resume nisso. Não vos

8

Encontro Espírita sobre A Gênese

Entretanto, o mal existe e tem uma causa . O mal é de várias o mal físico e o moral , depois os males que o

homem pode evitar e os que são independentes da sua vontade . Entre os flagelos naturais .

limitadas, não pode compreender nem o conjunto dos desígnios do Criador. (...) Eis por que muitas vezes

(desconhecimento) aquilo que consideraria se conhecesse a sua causa , o seu

Faculdades limitadas?

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Causa?

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Resultado final?

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O homem, estando sujeito ao erro, não pode enganar-se na apreciação do bem e do mal e acreditar que faz o bem quando, na realidade, faz o mal?

“Jesus vos disse: vede o que quereríeis que vos fizessem, ou não vos fizessem: tudo se resume nisso. Não vos enganareis. ”

(O Livro dos Espíritos)

Page 9: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Destruição Necessária e Destruição Abusiva

728. A destruição é uma lei da Natureza?

“É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar; pois o que chamais destruição é apenas uma transformação, que tem como objetivo a renovação e a melhoria dos seres vivos.”

(O Livro dos Espíritos)

Item 5. O homem recebeu como herança uma inteligência e, com a sua ajuda, ele pode desviar, ou pelo menos atenuar os efeitos de todos os flagelos naturais. (...) Assim, para esses mesmos flagelos que têm sua utilidade na ordem geral da natureza para o futuro, mas que afligem no presente, Deus deu ao homem, pelas faculdades com que dotou seu espírito, os meios de paralisar seus efeitos.

Como o homem tem que progredir, os males aos quais está exposto são um estímulo para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o à procura dos meios de se preservar deles.

A dor é o aguilhão que compele o homem

a avançar na estrada do progresso .

Page 10: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

Item 6. Porém, os males mais numerosos são aqueles por seus próprios vícios, os que provêm do egoísmo , da sua ambição , da sua cobiçaas coisas : aí está a causa das guerras e das calamidades que elas acarretam, das dissensões, das injustiças,enfim, da maior parte das enfermidades.

Item 7. Entretanto, Deus, pleno de bondade, colocou o reméd io ao lado do mal, quer dizer, do próprio mal fez sair o bem.que o excesso do mal moral torna- se intolsinta a necessidade de mudar de vida.

(...) Que remédio, então, receitar para aqueles que foram atingidos por obsessões cruéis e males pungentes?olhos para Deus. (...) A fé, é o remédio mostra os horizontes do infinito diante dos quais desaparecem os poucos dias sombrios do presente. (...) Lembraifortaleceu com o remédio da fé (...)

(O Evangelho Segundo o E spiritismo,

O que força o homem, a se melhorar moralmente (...), do mesmo modo que o força a melhorar as condições materiais da sua existência?

Item 8. (...) A questão, portanto, consiste em saber qual é, no homem, a origem da mal.

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Encontro Espírita sobre A Gênese

, os males mais numerosos são aqueles que o homem cria os que provêm do seu orgulho , do seu sua cobiça e dos seus excessos em todas

aí está a causa das guerras e das calamidades que elas injustiças, da opressão do fraco pelo forte,

da maior parte das enfermidades.

Entretanto, Deus, pleno de bondade, colocou o reméd io ao lado do mal, quer dizer, do próprio mal fez sair o bem. Chega um momento em

se intol erável e faz com que o homem

Que remédio, então, receitar para aqueles que foram atingidos por obsessões cruéis e males pungentes? Só um é infalível: a fé, voltar os

A fé, é o remédio certo para o sofrimento; ela sempre mostra os horizontes do infinito diante dos quais desaparecem os poucos

embrai-vos de que aquele que crê se

spiritismo, cap. V, item 19, Santo Agostinho.)

O que força o homem, a se melhorar moralmente (...), do mesmo modo que o força a melhorar as condições materiais da sua existência?

A questão, portanto, consiste em saber ual é, no homem, a origem da propensão para o

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Page 11: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Item 9. Estudando-se todas as paixões , e mesmo todos os vícios , vê-se que eles têm sua origem no instinto de conservação . Esse instinto se encontra em toda a sua força nos animais e nos sere s primitivos que mais se aproximam da animalidade; ali ele domina sozinho, porque neles ainda não há, para equilíbrio, o senso moral; o ser ainda não nasceu para a vida intelectual.

Item 10. O destino do espírito é a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, ele só tem carências materiais a satisfazer, e, para tal, o exercício das paixões é uma necessidade para a conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Mas, saindo desse período, ele tem outras necessidades, a princípio semimorais e semima-teriais, depois, exclusivamente morais .

(...) O mal é, portanto, relativo, e a responsabilidade é proporcional ao grau de adiantamento. Todas as paixões têm, assim, uma utilidade providen -cial , se assim não fosse Deus teria feito coisas inúteis e nocivas (...)

A lei de Amor

“O amor resume inteiramente a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso alcançado. Na sua origem o homem só tem instintos , mais avançado e corrompido, só tem sensações ; mais instruído e purificado, tem sentimentos ; e o ponto mais delicado do sentimento é o amor (...) Eu disse que, no seu início, o homem só tem instintos, portanto aquele em que os instintos dominam está mais perto do ponto d e partida do que do objetivo a alcançar . Para avançar em direção ao objetivo é preciso vencer os instintos em proveito dos sentimentos, isto é, aperfeiçoar estes últimos, reprimindo os germes latentes da matéria (...)”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo , cap. XI, item 8. Lázaro. Paris, 1862.)

Page 12: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

Segundo Kardec, por que o mal não pode provir de DEUS?

Item 1. Sendo Deus o princípio de todas as coisase sendo este princípio todo todo justiça, tudo o que dele procede deve participar desses atributos, uma vez que, o que é sábio, justo e bominsensato mau e injusto. vamos não pode ter sua origem nele.

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Encontro Espírita sobre A Gênese

Segundo Kardec, por que o mal não pode provir de DEUS?

Sendo Deus o princípio de todas as coisas , e sendo este princípio todo sabedoria , todo bondade ,

tudo o que dele procede deve participar desses atributos, uma vez que, o que é infinitamente sábio, justo e bom , não pode produzir nada que seja insensato mau e injusto. Portanto, o mal que obser-vamos não pode ter sua origem nele.

(A Gênese , cap. III.)

Page 13: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

Tema II — O Instinto e a Inteligência

"(...) A mônada vertida do Plano Espiritual sobre o Plano Físico atravessou os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores da organização, da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão."

(André Luiz,

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Encontro Espírita sobre A Gênese

O Instinto e a Inteligência

mônada vertida do Plano Espiritual sobre o Plano Físico atravessou os crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores múltiplos

da organização, da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais

(André Luiz, Evolução em Dois Mundos. )

Page 14: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

(2) — Objetivos Específicos:

� Definir e diferenciar instinto de inteligência � Reconhecer o papel do livre-arbítrio e do senso moral no processo de

evolução do espírito � Diferenciar a paixão do instinto

� Compreender o Mecanismo Divino no processo de evolução do espírito

71. A inteligência é um atributo do princípio vital?

“Não, visto que as plantas vivem e não pensam: elas só possuem a vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes, já que um corpo pode viver sem a inteligência; mas, a inteligência só pode manifestar-se por meio dos órgãos materiais; é necessária a união do espírito para intelectualizar a matéria animalizada.”

(O Livro dos Espíritos)

73. O instinto é independente da inteligência?

“Não, precisamente, pois é uma espécie de inteligência. O instinto é uma inteligência não raciocinada. É através dele que todos os seres proveem às suas necessidades.”

(O Livro dos Espíritos)

Page 15: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

� Que diferença existe entre o instinto e a inteligência?

� Onde termina um e onde começa o outro?

� O instinto é uma inteligência rudimentar uma faculdade distinta, um atributo exclusivo da matéria?

Item 11. O instinto é a força oculta que incita espontâneos e involuntários, tendo em vista

Nos atos instintivos

� Não há nem reflexão

� Nem intenção

� Nem premeditação

(...) É pelo instinto que os animais são advertidos do que lhes é útilnocivo.

(...) É assim também que manejam habilmente as armas ofensivas e defensivas de que são providos. É ainda pelo instinto que os sexos se aproximam, que a mãe protege seus filhotes e que estes procurmaterno.

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Encontro Espírita sobre A Gênese

Que diferença existe entre o instinto e a inteligência?

Onde termina um e onde começa o outro?

O instinto é uma inteligência rudimentar ou faculdade distinta, um atributo exclusivo da

(Cap. III, item 11, A Gênese. )

que incita os seres orgânicos a atos tendo em vista a sua conservação .

Nos atos instintivos :

são advertidos do que lhes é útil ou

(...) É assim também que manejam habilmente as armas ofensivas e defensivas de que são providos. É ainda pelo instinto que os sexos se

a mãe protege seus filhotes e que estes procur am o seio

Page 16: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

No homem, o instinto domina exclusivamente no começo da vida; (...) certos atos são instintivos , como os movimentos espontâneosevitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio, ou ainda o piscar das pálpebras para regular o brilho da luz, o abrir automático da boca para respirar, etc.

O Instinto

O instinto é a mais baixa forma mediante a qual manifestaanimal tem uma tendência para reagir contra o meio exterior e que a sensação lhe determina emoções de prazer ou de dor. Procurando umas e fugindo doutras, ele realiza que se traduzem por pode ter consciência sem poder, muitas vezes, impedi-las, mas que se adaptam admiravelmente à sua existência. Assim, na lebre que dispara ao menor ruído, é involuntário, inconsciente, em parte

reflexo, em parte instintivo , mas é, sobretudo, vida do animal, tendo porfinalidade a sua conservaç ão.

Para ele não há que escolher, foge fatalmenteantepassados outro tanto fizeram em milhões de gerações;que pode encontrar salvação. (...) todos os movimentos reflexos de conjunto, a conduta, a atitude dos animais, neles encontraríamos sempre os dois característicos da ação reflexa simples

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Encontro Espírita sobre A Gênese

No homem, o instinto domina exclusivamente no começo da vida; (...) Nele, os movimentos espontâneos para

evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio, ou ainda o piscar das pálpebras para regular o brilho da luz, o abrir automático da boca

O Instinto

O instinto é a mais baixa forma mediante a qual manifesta -se a alma . Já vimos que o animal tem uma tendência para reagir contra o meio exterior e que a sensação lhe determina emoções de prazer ou de dor. Procurando umas e fugindo doutras, ele realiza atos instintivos, que se traduzem por ações reflexas de que

er consciência sem poder, muitas vezes, las, mas que se adaptam admiravel-

mente à sua existência. Assim, na lebre que dispara ao menor ruído, o movimento de fuga é involuntário, inconsciente, em parte , mas é, sobretudo, um movimento adaptado à

vida do animal, tendo porfinalidade a sua conservaç ão.

(Evolução Anímica , Gabriel Delanne.)

foge fatalmente , porque os seus fizeram em milhões de gerações; e é só na fuga

que pode encontrar salvação. (...) todos os movimentos reflexos de conjunto, a conduta, a atitude dos animais, neles encontraríamos sempre os dois

ação reflexa simples : a fatalidade e a finalidade .

Page 17: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Segue-se daí que ações e reações são sempre as mesmas, mais ou menos, para uma espécie e, por consequência, que provocam as mesmas operações intelectuais obscuras .

A luta pela vida, por mais impiedosa nos pareça, é o meio único, natural e lógico para obrigar a alma infantil a manifestar as suas faculdades latentes, (...)

Era indispensável passasse o princípio espiritual por essas tramas sucessivas, a fim de fixar no invólucro as leis que inconscient emente regem a vida, e entregar-se, depois, aos trabalhos de aperfeiçoamento intelectual e moral, que o devem elevar à condição superior .

(Evolução Anímica , Gabriel Delanne.)

702. O instinto de conservação é uma lei da Natureza?

“Sem dúvida ; é dado a todos os seres vivos, qualquer que seja o grau de sua inteligência ; em uns, ele é puramente maquinal, em outros, ele é raciocinado .”

(O Livro dos Espíritos )

Page 18: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Item 12. A inteligência se revela:

� Por atos voluntários

� Refletidos

� Premeditados e calculados , segundo a oportunidade das circuns-tâncias

É incontestavelmente um atributo exclusivo da alma .

74. Pode-se demarcar um limite entre o instinto e a inteligência, isto é, precisar onde termina um e onde começa a outra?

“Não, pois, frequentemente, eles se confundem; porém, podem-se distinguir, muito bem, os atos que advêm do instinto daqueles que derivam da inteligência.” (O Livro dos Espíritos )

Item 12. Todo ato maquinal é instintivo, aquele que denota reflexão e intenção é inteligente. Um é livre, o outro não é . O instinto é um guia seguro, que não se engana jamais. A inteligência, só porque é livre, está, por vezes, sujeita ao erro.

Page 19: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

Com que objetivo Deus deu a todos os seres vivos o o instinto de sua conservação?

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Se, no círculo humano, a inteligência é seguida pela ra zão e a razão pela responsabilidade , nas linhas da civilização, sob os signos da cultura, observamos que, na retaguarda do transformismo, o reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido ptransmissão incessantes, nos milhares de milênios em que espiritual atravessa lentamente os círculos element ares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurarhumano, em trânsito para maturaçã o sublimada no campo angélico.

(Evolução em Dois Mundos

19

Encontro Espírita sobre A Gênese

Com que objetivo Deus deu a todos os seres vivos instinto de sua conservação?

(Questão 703 , O Livro dos Espíritos. )

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no círculo humano, a inteligência é seguida pela ra zão e a , nas linhas da civilização, sob os signos da

cultura, observamos que, na retaguarda do transformismo, o reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede à atividade refletida, que é base da inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido por recapitulação e transmissão incessantes, nos milhares de milênios em que o princípio espiritual atravessa lentamente os círculos element ares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar -se no indivíduo

o sublimada no campo angélico.

Evolução em Dois Mundos , André Luiz/F.C. Xavier.)

Page 20: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

585. Que pensais da divisão da Natureza em três reinos, ou melhor, em duas classes: os seres orgânicos e os seres inorgânicos? Para alguns, a espécie humana constitui uma quarta classe. Qual dessas divisões é preferível?

(O Livro dos Espíritos)

Do ponto de vista material

� Só há seres orgânicos e inorgânicos

Do ponto de vista moral

� Há, evidentemente, quatro graus

Esses quatro graus têm, efetivamente, caracteres determinados , embora seus limites pareçam confundir-se:

� A matéria inerte , que constitui o reino mineral , só tem em si uma força mecânica.

� As plantas, o reino vegetal , compostas de matéria inerte , são dotadas de vitalidade.

� Os animais, animal inferior , compostos de matéria inerte , dotados de vitalidade , possuem, além disso, uma espécie de inteligência instintiva, limitada, com a consciência de sua exis tência e de sua individualidade.

� O homem, animal superior , tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes , através de uma inteligência especial, indefinida, que lhe dá a con sciência de seu futuro, a percepção das coisas extramateriais e o c onhecimento de Deus.

Page 21: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Evolução no Tempo

É assim que dos organismos monocelulares aos organismos com-plexos, em que a inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do plano superior, tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, segundo o molde mental que traz consigo, dentro das leis de ação, reação e renovação em que mecaniza as próprias aquisições..., através da reflexão automática das sensações e impressões em milhões e milhões de anos, pelo qual, com Auxílio das Potências Sublimes que lhe orientam a marcha, configura os demais centros energéticos do mundo íntimo, fixando-os na tessitura da própria alma.

(Evolução em Dois Mundos , André Luiz/F.C. Xavier.)

Item 17. Todas essas maneiras de encarar o instinto são necessariamente hipotéticas e nenhuma tem uma característica suficiente de autenticidade, para ser tida como a solução definitiva. A questão, por certo, será resolvida um dia, quando estiverem reunidos os elem entos de observação que ainda faltam . Até lá, é preciso nos limitarmos a submeter as diversas opiniões ao cadinho da razão e da lógica e esperar que a luz se faça. A solução que mais se aproxima da verdade será, com certeza, a que melhor corresponda aos atributos de Deus, isto é, à soberana bondade e à soberana justiça. (Cap. II, item 19.)

Page 22: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

18o Encontro Espírita sobre

Qual a diferença entre instinto e paixão?

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907. Já que o princípio das paixões está na Natureza, será ele mau em si mesmo?

“Não; a paixão está no excesso acrescentado à vontade, pois o para o bem, e as paixões podem levárealizar grandes coisas; é o abuso que delas se faz que causa o mal.”

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Encontro Espírita sobre A Gênese

Qual a diferença entre instinto e paixão?

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Paixões

Já que o princípio das paixões está na Natureza, será ele mau em si mesmo?

; a paixão está no excesso acrescentado à vontade, pois o princípio foi dado ao homem para o bem, e as paixões podem levá-lo a realizar grandes coisas; é o abuso que delas se faz que causa o mal.”

(O Livro dos Espíritos)

Page 23: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

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18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Item 18. Como o instinto é o guia e as paixões são as impulsoras da alma no período inicial do seu desenvolvimento, por vezes, instinto e paixões se confundem nos seus efeitos, sobretudo na linguagem humana que nem sempre se presta suficientemente à expressão de todas as nuanças. Há, contudo, entre esses dois princípios, diferença s que é essencial considerar.

Analisemos o quadro a seguir

Instinto Paixões

O instinto é um guia seguro, sempre bom

Nas primeiras idades da alma, têm em comum com o instinto (...) as

criaturas serem induzidas a elas por uma força igualmente inconsciente.

Se enfraquece com a predominância da inteligência

As paixões nascem mais particularmente das necessidades do

corpo e dependem do organismo mais do que o instinto.

Produzem, efeitos gerais e uniformes

Elas são individuais (...) variam de intensidade e de natureza, segundo

os indivíduos.

Em um determinado tempo, ele pode se tornar inútil, porém,

jamais nocivo

São úteis, como estimulante, até à eclosão do senso moral.

Elas se abrandam com o desenvolvimento da razão.

Page 24: Apostila 18º Encontro Espírita sobre a Gênese

24

18o Encontro Espírita sobre A Gênese

Item 19. Aquele que não domina as suas paixões pode ser muito inteligente, mas, ao mesmo tempo, muito mau. O instinto se extingue por si mesmo; as paixões são domadas somente pelo esforço da vontade .

As paixões são alavancas que decuplicam as forças d o homem, e o ajudam na realização dos desígnios da Providência ; mas, se em vez de dirigi-las, o homem se deixa dirigir por elas, cai nos excessos e, a mesma força que, em sua mão, poderia fazer o bem, recai sobre ele e o esmaga. Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio das paixões não é, portanto, um mal, visto que repousa numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão, propriamente dita, é a exageração de uma ne cessidade ou de um sentimento; ela está no excesso, não na causa; e este excesso se torna um mal, quando tem como consequência um mal q ualquer. Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual. Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota a predominância do Espírito sobre a m atéria e o aproxi-ma da perfeição.

(Comentário de Kardec à questão 908, O Livro dos Espíritos. )

Na Segunda Parte, do livro O Céu e o Inferno, Allan Kardec encerra inúmeros exemplos em apoio à teoria, ou melhor, que serviram para estabelecer a teoria (...) Cada um desses exemplos é um estudo, onde todas as palavras têm o seu valor para aquele que nelas refletir com atenção.

(Kardec no Prefácio da obra citada.)

Os exemplos que vamos citar apresentam os espíritos nas diferentes fases de felicidade e de infelicidade da vida espiritual. Esses exemplos poderiam ser multiplicados ao infinito, mas, forçado a limitar seu número, escolhemos aqueles que poderiam dar mais esclarecimentos sobre o estado do mundo espiritual, seja pela posição do espírito, seja pelas explicações que ele estaria em condições de dar.

(Kardec no início da Segunda Parte do livro O Céu e o Inferno. )

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Capítulo VI

Criminosos Arrependidos

— Verger — Assassino do arcebispo de Paris

Em 3 de janeiro de 1857, monsenhor Sibour, arcebispo de Paris, saindo da igreja de Saint-Étienne du Mont, foi ferido mortalmente por um jovem padre chamado Verger. O culpado foi condenado à morte e executado no dia 30 de janeiro. Até o último momento ele não demonstrou nem remorso, nem pesar, nem sensibilidade. Evocado no mesmo dia da sua execução, ele deu as seguintes respostas:

3. Arrependei-vos do que fizestes?

R. Errei em matar; mas fui impulsionado pelo meu caráter que não podia sofrer as humilhações...

14. Fostes punido pelo crime que cometestes?

R. Sim; lamento o que fiz e sofro por isso.

15. De que maneira fostes punido?

R. Fui punido, porque reconheço minha falta e por ela peço perdão a Deus; sou punido pela consciência da minha falta de fé em Deus, e porque sei agora que não devemos cortar os dias de vida dos nossos irmãos; sou punido pelo remorso de haver retardado meu adiantamento, criando um modo errado de proceder e não ouvindo o grito de minha consciência que me dizia que não era matando que alcançaria o meu objetivo; mas eu me deixei dominar pelo orgulho e pelo ciúme; enganei-me, e arrependo-me por isso, visto que o homem deve sempre fazer esforços para domar suas más paixões, e eu não o fiz.

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— Lemaire —

Condenado à pena de morte pelo Tribunal Criminal de Aisne e executado no dia 31 de dezembro de 1857; evocado em 29 de janeiro de 1858.

14. A tendência para o mal estava em vossa natureza ou para ele foste arrastado pelo meio em que vivestes?

R. A tendência para o crime estava em minha natureza porque eu era apenas um espírito inferior. Eu quis me elevar rapidamente, porém, pedi mais do que minhas forças para consegui-lo. Eu me acreditava forte, escolhi uma rude prova e cedi às tentações do mal.

15. Se tivésseis recebido bons princípios de educação, poderíeis ser afastado da vida criminosa?

R. Sim, mas escolhi a condição em que nasci.

P. Teríeis podido vos tornar um homem de bem?

R. Um homem fraco, incapaz do bem como do mal. Eu podia corrigir o mal da minha natureza durante minha existência, mas não podia me elevar até fazer o bem.

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— Benoist —

Bordeaux, março de 1862. Um espírito se apresenta espontaneamente ao médium, sob o nome de Benoist, diz ter morrido em 1704 e passar por horríveis sofrimentos.

1. O que fostes quando encarnado?

R. Um monge sem fé.

2. A falta de crença foi vosso único erro?

R. O suficiente para trazer os outros.

3. Podeis nos dar alguns detalhes sobre vossa vida? A sinceridade das vossas confissões será considerada.

R. Sem fortuna e preguiçoso, escolhi a ordem monástica, não por vocação, mas para ter uma posição. Inteligente, consegui um lugar; influente, abusei do poder; vicioso, arrastei para as desordens aqueles a quem eu tinha a missão de salvar; insensível, persegui aqueles que pareciam reprovar meus excessos; as in pace ficaram cheias por conta das minhas decisões. A fome torturou muitas vítimas; seus gritos, frequentemente eram extintos sob a violência. Agora, expio e sofro todas as torturas do inferno; minhas vítimas atiçam o fogo que me devora... Rogai por mim.

8. O que podia ter vos induzido a todas essas infâmias?

R. Os vícios que eu possuía, a brutalidade das paixões.

9. Nunca implorastes o socorro dos bons espíritos para vos auxiliarem a sair dessa situação?

R. Vejo apenas os demônios do inferno.

10. Quando vivo, tínheis medo deles?

R. Não, nenhum, o nada era a minha fé; “a qualquer preço, os prazeres”, esse era o meu culto.

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Paulin, o guia do médium:

As atrocidades que esse espírito cometeu são sem nome e sem número; ele tornou-se muito mais culpado porque possuía inteligência, instrução e a luz para se guiar. Portanto, ele falhou com conhecimento de causa; assim, seus sofrimentos são terríveis(...) Deus o vê no caminho do arrependimento, e concedeu a ele a graça de poder se comunicar para que seja encorajado e sustentado.

— O espírito de Castelnaudary —

Em uma pequena casa perto de Castelnaudary, ouviam-se barulhos estranhos e ocorriam diversas manifestações, que fizeram com que ela fosse considerada como frequentada por alguns fantasmas. Em razão desse fato, a casa foi exorcizada em 1848, sem resultados. O proprietário, senhor D., tendo vindo habitá-la, nela morreu subitamente, alguns anos depois; seu filho, que quis morar nela em seguida, um dia, ao entrar num dos quartos, recebeu uma violenta bofetada dada por uma mão desconhecida.

O espírito que dera a bofetada foi evocado na Sociedade de Paris, em 1859, e manifestou-se com sinais de violência; todos os esforços para acalmá-lo foram inúteis.

São Luís, interrogado a esse respeito

P. Esse espírito é passível de se melhorar?

R. Por que não! Todos não o são? Esse como os outros? Entretanto, é preciso contar com dificuldades; porém, por mais perverso que o espírito seja, o bem, oferecido em lugar do mal, acabará por sensibilizá-lo. Que se ore primeiro, que volte a ser evocado daqui a um mês, e podereis julgar a mudança que nele terá ocorrido.

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Das explicações fornecidas por ele e por outros espíritos, chegou-se à conclusão de que em 1608 ele habitava aquela casa, onde havia assassinado seu irmão por suspeita de ciumenta rivalidade, ferindo-o na garganta, enquanto ele dormia. Alguns anos depois, matou aquela a quem fizera a sua mulher, após a morte de seu irmão. Ele morreu em 1659, com a idade de 80 anos, sem haver sido perseguido por essas mortes, às quais se dava pouca atenção naqueles tempos de confusão. Desde a sua morte, ele não deixara de procurar fazer o mal e havia provocado vários acidentes ocorridos naquela casa.

Comentário de Kardec

Deve-se observar que as mesmas faltas, ainda que cometidas em condições idênticas, são punidas por castigos algumas vezes muito diferentes, de acordo com o grau de adiantamento intelectual do espírito. Aos espíritos mais atrasados, e de uma na tureza bruta como aquele de que estamos falando aqui, são aplicadas penas de alguma forma mais materiais que morais , enquanto que ocorre o contrário com aqueles cuja inteligência e sensibilidade são mais desenvolvidas. Aos primeiros é necessária a aplicação de castigos apropriados à sua rudeza, para fazê-los compreender o desprazer da sua situação e inspirar-lhes o desejo de sair dela; é assim que apenas a vergonha, por exemplo, que a eles causaria pouca ou nenhuma impressão, aos outros seria intolerável. Nesse código penal divino...; tudo é proporcionado e combinado com uma admirável solicitude para facilitar aos culpados os meios de se reabilitarem, as mais pequenas e boas aspirações de suas almas que são levadas em consideração.

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Tema III — Destruição dos Seres Vivosuns pelos

(...) A destruição dos seres vivos uns pelos outros não invalida em nada a sabedoria divina, e que tudo se encadeia nas leis da que tantas questões estão insolúveis: se apenas se levar em conta a matéria.

(Nota de Kardec,

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Destruição dos Seres Vivos uns pelos Outros.

destruição dos seres vivos uns pelos outros não invalida em nada a sabedoria divina, e que tudo se encadeia nas leis da Natureza. (...) eis por que tantas questões estão insolúveis: se apenas se levar em conta a matéria.

(Nota de Kardec, cap. III, item 24, A Gênese. )

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(3) — Objetivos Específicos:

� Compreender as leis de Conservação e Destruição como compo

nentes da Lei Divina ou Lei Natural � Refletir sobre a evolução do princípio inteligente neste contexto

� Analisar a harmonia da Criação

� Compreender o objetivo Divino neste processo

� (...) Por que Deus criou neles (Os Seres Vivos) a necessidade de se destruírem, mutuamente, para se alimentarem à custa uns dos outros?

� Que razões teria a Sabedoria Divina para estabelecer entre os seres vivos, como regra da sobrevivência, a destruição recíproca e a destruição pelos flagelos naturais?

� De que ponto de vista devemos observar a lei de

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eis de Conservação e Destruição como compo-Natural

Refletir sobre a evolução do princípio inteligente neste contexto

Compreender o objetivo Divino neste processo

(...) Por que Deus criou neles (Os Seres Vivos) a necessidade de se destruírem, mutuamente, para se alimentarem à custa uns dos outros?

Que razões teria a Sabedoria Divina para estabelecer entre os seres vivos, como regra da Natureza, a luta pela sobrevivência, a destruição recíproca e a destruição pelos flagelos

devemos observar a lei de Destruição?

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728. A destruição é uma lei da Natureza?

“É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar ; pois o que chamais destruição é apenas uma transformação ,que tem como objetivo a renovação e a melhoria dos seres vivos .”

(O Livro dos Espíritos)

Item 20. Dentre as leis da Natureza, a destruição recíproca dos seres vivos é uma das que, à primeira vista, menos parece se conciliar com a bondade de Deus.

Para aquele que só vê a matéria , que limita a sua visão à vida presente , isso parecerá, com efeito, uma imperfeição na obra divina (...)

22a Que definição podeis dar da matéria?

“A matéria é o elo que acorrenta o espírito; é o instrumento que lhe serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, ele exerce sua ação.”

(O Livro dos Espíritos)

É que eles julgam a perfeição de Deus sob o seu ponto de vista (...)

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O ponto de vista 5. A ideia clara e precisa que se faz da vida futura dá uma fé inabalável no futuro, e essa fé tem consequências imensas sobre a moralização dos homens, visto que ela muda completamente o ponto de vista sob o qual eles encaram a vida terrestre. (...) Para aquele que, pelo pensamentna vida espiritual (...) As vicissitudes e as atribulações da vida que incidentes que ele recebe com paciência, porque sabe que são de curta duração (...). Vemos então que a importância que se dá aos bens terrenos está sempre na razão inversa da fé na vida futura.

(O Evangelho

Item 20. (...) Em consequência da sua estreita visão, que não lhes permite apreciar o conjunto, não compreendem que um bem real possa sair de um mal aparente.

Só o conhecimento do princípio espiritualessência, e o da grande lei da unidadecriação , pode (...) mostrar-lhe a sabedoria providencial e a harmonia

� Quando o homem estará apto a conhecer profundamente essa verdade?

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O ponto de vista

ia clara e precisa que se faz da vida futura dá uma fé inabalável no ências imensas sobre a moralização dos

homens, visto que ela muda completamente o ponto de vista sob o qual eles Para aquele que, pelo pensamento, se coloca

As vicissitudes e as atribulações da vida não são mais que incidentes que ele recebe com paciência, porque sabe que são de curta

então que a importância que se dá aos bens terrenos está sempre na razão inversa da fé na vida futura.

vangelho Segundo o Espiritismo , cap. II.)

(...) Em consequência da sua estreita visão, que não lhes permite apreciar o conjunto, não compreendem que um bem real possa sair de um

conhecimento do princípio espiritual , considerado em sua verdadeira grande lei da unidade que constitui a harmonia da

sabedoria providencial e a harmonia (...)

Quando o homem estará apto a conhecer profundamente essa verdade?

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Item 21. A verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal , assim como não está no vestuário.

Ela está no princípio inteligente ( Espíritocorpo .

Esse princípio (Inteligente = Espírito) tem necessidade do corpo para se desenvolver pelo trabalho que ele tem que realizar sobre a

O corpo se desgasta nesse trabalho , mas o espírito não, ao contrário, sai dele cada vez mais forte, mais lúcido e mais capa

� O que DEUS nos ensina pelo espetáculo incessante da destruição

� DEUSao mesmo resultado por outros meios, sujeitar os seres vivos a se destruírem?

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A verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no ssim como não está no vestuário.

Espírito ) que preexiste e sobrevive ao

) tem necessidade do corpo para se que ele tem que realizar sobre a matéria bruta .

, mas o espírito não, ao contrário, sai forte, mais lúcido e mais capaz (...)

O que DEUS nos ensina pelo espetáculo incessante da destruição?

EUS, dirá alguém, não podia chegar ao mesmo resultado por outros meios, sem

os seres vivos a se destruírem?

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Se tudo é sabedoria na sua obra, devemos supor que essa sabedoria não será maior em um ponto do que em outros; se não o compreendemos, é devido à nossa falta de adiantamento. Contudo, podemos tentar encontrar a razão de tal fato, tomando por base este princípio:

Deus deve ser infinitamente justo e sábio

Procuremos, portanto, em tudo, sua justiça e sua sabedoria , e curvemo-nos diante do que ultrapassa o nosso entendimento .

Item 14. Deus é soberanamente justo e bom. A providencial sabedoria das Leis Divinas se revela tanto nas mais pequenas como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite que se duvide nem da sua justiça, nem da sua bondade. Estas duas qualidades implicam todas as outras; se as supusés-semos limitadas, ainda que fosse em um único ponto, poder-se-ia conceber um ser que as possuiria em um grau mais alto, e que lhe seria superior.

(A Gênese , cap. II.)

Item 22. Uma primeira utilidade , que se apresenta, dessa destruição , sem dúvida puramente física, é esta: os corpos orgânicos só se mantêm com a ajuda das matérias orgânicas, só estas contêm os el ementos nutritivos necessários à sua transformação.

(...) a Providência faz com que sirvam à sua mútua manutenção ; é por isso que os seres se alimentam uns dos outros . Então, é o corpo que se alimenta do corpo, mas o espírito não é destruído nem alterado; ele apenas fica despojado do seu envoltório.

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“As criaturas de Deus são os instrumentos de que ele se serve para chegar aos seus fins. Para se alimentar, os seres vivos se destroem entre si, e isto com duplo objetivo: manter o equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva e utilizar os despojos do envoltório exterior, que sempre é destruído e constitui apenas o acessório, não a parte essencial do ser pensante . A parte essencial, é o princípio inteligente, que é indestrutível e se elabora , nas diferentes metamorfoses que experimenta.”

(Comentários sobre a questão 728 a, O Livro dos Espíritos. )

732. A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos? “Ela é proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos; cessa com um estado físico e moral mais depurado . Nos mundos mais adiantados que o vosso, as condições de existência são completamente diferentes.”

(O Livro Dos Espíritos )

Item 23. Há, além disso, considerações morais de ordem mais elevada.

A luta é necessária para o desenvolvimento do espírito, é na luta que ele exerce suas faculdades.

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Item 24. Nos seres inferiores da criação (...) o senso moral não existe , a inteligência ainda não substituiu o instinto, uma das necessidades materiais mais imperiosa é a da alimentação.

Quando ela alcança o Grau de Maturidade necessária para a sua trans-formação, recebe de Deus novas faculdades: o livre-arbítrio e o senso moral (...) que dão um novo rumo aos seus pensamentos, dotando-a de novas aptidões e novas percepções.

Há um período de transição no qual o homem

muito pouco se diferencia do bruto;

(...) nas primeiras idades o instinto animal domina , e a luta ainda tem por objetivo a satisfação das necessidades materiais .

Mais tarde, o instinto animal e o sentimento moral se equilibra m; o homem então luta, não mais para se alimentar, mas para satisfazer sua ambição, seu orgulho e a necessidade de dominar.

Para isso, ele ainda precisa destruir . Mas, à medida que o senso moral prevalece, a sensibilidade se desenvolve , a necessidade de destruir diminui e acaba mesmo por desaparecer, tornando-se odiosa: o homem tem horror ao sangue.

Através das reencarnações, o Espírito aprende a compreender o que o auxilia na evolução, o que o entorpece e o retarda, assim identificando os mecanismos poderosos para a libertação da psique do primarismo dos instintos (...)

(Em Busca da Verdade , Joanna de Ângelis.)

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Conclusão

Entretanto, a luta é sempre necessária ao desenvolvimento do espírito, porque, mesmo chegado a esse ponto, que nos parece culmi-nante, ele está longe de ser perfeito. Só à custa de sua atividade é que adquire conhecimento, experiência, e se despoja dos últimos vestígios da animalidade. Mas, então, a luta, de sangren-ta e brutal que era, torna-se puramente intelec-tual. O homem luta contra as dificuldades e não mais contra os seus semelhantes.

(A Gênese , cap.III item 24.)

O determinismo divino se constitui de uma só lei, que é a do amor para a comunidade universal. Todavia, confiando em si mesmo, mais do que em Deus, o homem transforma a sua fragilidade em foco de ações contrárias a essa mesma lei, efetuando, desse modo, uma intervenção indébita na harmonia divina. Eis o mal . Urge recompor os elos sagrados dessa harmonia sublime. Eis o resgate.

(O Consolador , Emmanuel/F.C. Xavier.)

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Anotações

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