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UNIDADE DIDÁTICA - I 1 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO DO ESTADO E DA PMMG 1.1 O Sistema Estadual de Orçamento e Finanças A Polícia Militar como Órgão Autônomo – art. 8º, inciso II. e art. 9º da Lei 9.520, de 29/12/87, não vive isolada. É um dos órgãos integrantes da Administração Direta do Estado e possui as seguintes características: a) Subordina-se ao Governador do Estado; b) Vincula-se à Secretaria Estadual de Defesa Social; c) Reporta-se e deve interagir com os órgãos que dirigem os vários sistemas administrativos estaduais. Na área orçamentária, a PM faz essa interação ligando-se, basicamente, com a Secretaria de Estado do Planejamento e Gestão de Minas Gerais (SEPLAG), através de várias Superintendências, sendo que a Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária (SCPPO) interage diretamente com a PM-6, no que se refere a planejamento e execução do orçamento. No aspecto financeiro, a PMMG relaciona-se diretamente com a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), através da Superintendência Central de Administração Financeira (SCAF) e Superintendência Central de Contadoria Geral (SCCG), que se comunicam diretamente com a Diretoria de Finanças. A PMMG integra também o Sistema Estadual de Auditoria, ligando-se diretamente ao Controlador Geral do Estado, através da Auditoria Setorial da PMMG (Aud Set). Para regulamentar, internamente, essa interação, o art. 2º do Regulamento de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria da Polícia Militar (R-AFCA/PM) estabelece o seguinte: “O Sistema de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria da Polícia Militar (AFCA PM), respeitadas as suas peculiaridades, integra o sistema estadual correspondente, ficando sujeito a orientação normativa, a supervisão técnica e a fiscalização do Órgão Central desse sistema, sem prejuízos de sua subordinação hierárquica à Polícia Militar.” Na Polícia Militar, o sistema AFCA PM tem como Órgão Central do Sistema, a Diretoria de Finanças (art. 4º, inciso I do R-AFCA/PM), sendo que o Estado-Maior tem a responsabilidade de assessorar ao Comandante-Geral (Art. 4º, § único do R-AFCA/PM). 1.2 A ESTRUTURA A Polícia Militar de Minas Gerais é estruturada, hoje, combinando-se, basicamente, dois tipos de organização: a) Estrutura em linha/assessoria - é estruturada em linha/assessoria (ou linha/Estado- Maior) ao se considerar a divisão, nos diversos níveis, desde o Comando-Geral até os Batalhões, em Comandantes, a assessoria do Estado-Maior e as Unidades Subordinadas (estratégico, tático e operacional). b) Organização Sistêmica - é estruturada sistemicamente ao se considerarem os vários sistemas que a compõem. Nos sistemas administrativos, de apoio, as Diretorias 2

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UNIDADE DIDÁTICA - I

1 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO DO ESTADO E DA PMMG

1.1 O Sistema Estadual de Orçamento e Finanças

A Polícia Militar como Órgão Autônomo – art. 8º, inciso II. e art. 9º da Lei 9.520, de 29/12/87, não vive isolada. É um dos órgãos integrantes da Administração Direta do Estado e possui as seguintes características:

a) Subordina-se ao Governador do Estado;b) Vincula-se à Secretaria Estadual de Defesa Social;c) Reporta-se e deve interagir com os órgãos que dirigem os vários sistemas

administrativos estaduais.Na área orçamentária, a PM faz essa interação ligando-se, basicamente, com a

Secretaria de Estado do Planejamento e Gestão de Minas Gerais (SEPLAG), através de várias Superintendências, sendo que a Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária (SCPPO) interage diretamente com a PM-6, no que se refere a planejamento e execução do orçamento.

No aspecto financeiro, a PMMG relaciona-se diretamente com a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), através da Superintendência Central de Administração Financeira (SCAF) e Superintendência Central de Contadoria Geral (SCCG), que se comunicam diretamente com a Diretoria de Finanças.

A PMMG integra também o Sistema Estadual de Auditoria, ligando-se diretamente ao Controlador Geral do Estado, através da Auditoria Setorial da PMMG (Aud Set).

Para regulamentar, internamente, essa interação, o art. 2º do Regulamento de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria da Polícia Militar (R-AFCA/PM) estabelece o seguinte: “O Sistema de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria da Polícia Militar (AFCA PM), respeitadas as suas peculiaridades, integra o sistema estadual correspondente, ficando sujeito a orientação normativa, a supervisão técnica e a fiscalização do Órgão Central desse sistema, sem prejuízos de sua subordinação hierárquica à Polícia Militar.”

Na Polícia Militar, o sistema AFCA PM tem como Órgão Central do Sistema, a Diretoria de Finanças (art. 4º, inciso I do R-AFCA/PM), sendo que o Estado-Maior tem a responsabilidade de assessorar ao Comandante-Geral (Art. 4º, § único do R-AFCA/PM).

1.2 A ESTRUTURA

A Polícia Militar de Minas Gerais é estruturada, hoje, combinando-se, basicamente, dois tipos de organização:

a) Estrutura em linha/assessoria - é estruturada em linha/assessoria (ou linha/Estado-Maior) ao se considerar a divisão, nos diversos níveis, desde o Comando-Geral até os Batalhões, em Comandantes, a assessoria do Estado-Maior e as Unidades Subordinadas (estratégico, tático e operacional).

b) Organização Sistêmica - é estruturada sistemicamente ao se considerarem os vários sistemas que a compõem. Nos sistemas administrativos, de apoio, as Diretorias

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assumem o papel de "cabeças" e se responsabilizam perante a Corporação pela homogênea e adequada execução de cada atividade. Esses sistemas são chamados de sistemas de apoio.

1.3 OS SISTEMAS DE APOIO

Assim como na atividade fim, a atividade administrativa da PMMG, também, desenvolve-se segundo os três níveis da estrutura de Comando da Corporação: ESTRATÉGICO, TÁTICO e OPERACIONAL (ou de EXECUÇÃO).

No nível estratégico está o Comandante-Geral que, assessorado pelo EM/PM, formula a política e estabelece as diretrizes gerais para pessoal, orçamento, finanças, logística, saúde, educação, assistência social, ensino profissional e tecnologia e sistemas.

Neste nível também encontra-se a Auditoria Setorial, ligada diretamente ao Comandante Geral, com subordinação técnica a Auditoria Geral do Estado.

No nível tático encontram-se as Diretorias que se ocupam da direção setorial dos sistemas de Pessoal (DRH), Finanças (DF), Material e Serviços (DAL), Saúde (DS), Diretoria de Sistemas e Tecnologia (DTS), Formação de Recursos Humanos (APM), Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito (DMAT) e Diretoria de Ensino Educacional e Assistência Social.

No nível de execução estão os órgãos responsáveis pelas tarefas administrativas, segundo as diretrizes emanadas das Diretorias: os Centros e as demais Unidades Executoras.

Os sistemas de apoio são os vários sistemas existentes na PMMG para o desenvolvimento das atividades de cada área, como por exemplo, sistema de Recursos Humanos, Sistema de Saúde, Sistema AFCAPM, Sistema de Comunicação Social e etc. É importante lembrar que tais sistemas são funcionais e seus integrantes são definidos de acordo com as funções que ocupam na PMMG.

Além dos sistemas funcionais temos os sistemas informatizados que são utilizados como ferramentas para o desenvolvimento das atividades de cada setor nos sistemas funcionais. Dentre os sistemas informatizados utilizados pela PMMG, pode-se citar o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), utilizado nas áreas orçamentária, financeira e contábil; o Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços (SIAD); o Sistema de Comunicação Interna (Intranet); o Sistema Integrado de Recursos Humanos (SIRH); Sistema de confecção de Boletim de Ocorrência (REDS), etc.

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ESTA PAGINA É UM ARQUIVO DO POWER POINT – ESTRUTURA DA PMMG.

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1.4 LEGISLAÇÃO

A PMMG é um órgão autônomo que integra a administração do Estado de Minas Gerais. E assim sendo, todas as despesas da PMMG devem ser previstas e executadas de acordo com as leis e normas que regulam a execução orçamentária e financeira. Vejamos os principais instrumentos legais que regulam a execução das despesas.

1.4.1 No âmbito federalConstituição Federal, Título II, Capítulo II.A Lei 4.320, de 17mar64, regula a execução orçamentária em todos os níveis

governamentais, isto é, para os órgãos federais, estaduais e municipais;Lei 8.666, de 21jun93, estabelece normas para licitações e contratos;Lei Complementar nº 101/2000- Lei de Responsabilidade Fiscal.Lei Federal 10.520, de 17jul2002 – Regulamenta o Pregão como modalidade de licitação.Decreto Federal nº 3.931/01 – Regulamenta o Registro de Preço

1.4.2 No âmbito estadual, têm-se os seguintes ordenamentos jurídicos

Constituição Estadual – (1989)Capítulo II, Subseção VI – Da Fiscalização e dos Controles art. 73 a 76, Capítulo III, das

Finanças Públicas art. 153 a 164.

Lei Delegada nº 180, de 20jan2011. Dispõe sobre a estrutura orgânica da Administração Pública do Poder Executivo do estado de Minas Gerais.

Lei Estadual do PMDI – É editada de quatro em quatro anos e revisa o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado. Tem como objetivos o desenvolvimento socioeconômico integrado do Estado; a racionalização e a coordenação das ações do governo; o incremento social das atividades produtivas do Estado; a expansão social do mercado consumidor; a superação das desigualdades sociais e regionais do Estado; expansão do mercado de trabalho; o desenvolvimento dos municípios de escassas condições e propulsão socioeconômica e a promoção econômica e social dos indivíduos menos favorecidos, mediante ações governamentais integradas que visem à superação da miséria e da fome.

Lei Estadual nº 14.167, de 10 de janeiro de 2002.Dispõe sobre a adoção, no âmbito do Estado, do pregão como modalidade de licitação para a aquisição de bens e serviços comuns e dá outras providências.

Lei Estadual Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). É expedida de quatro em quatro anos.

Dispõe Sobre o Plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG, para o período de quatro anos. Este Plano estabelece de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas a programas de duração continuada.

Lei Anual de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Deve ser compatível com o Plano Plurianual; compreende as metas e prioridades da

Administração Pública Estadual, inclui as despesas correntes e de Capital para o exercício financeiro subsequente e orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual.

Lei Orçamentária Anual (LOA ou LO),

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A Constituição Estadual estabelece no artigo 157 que a Lei Orçamentária Anual compreenderá:

a) O orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta;b) O orçamento de investimento das Empresas que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do Capital social com direito a voto.

Decreto Anual de Execução Orçamentária- dispõe sobre a programação orçamentária e financeira do estado de Minas Gerais para cada exercício.

Decreto 37.924, de 16maio96 - Dispõe sobre a execução orçamentária e financeira, estabelece normas gerais de gestão das atividades patrimonial e contábil de órgãos e entidades integrantes do Poder Executivo e dá outras providências.

Decreto Estadual nº 44.786, de 18 de abril de 2008. - Contém o Regulamento da modalidade de licitação denominada pregão nas formas presencial e eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.

Decreto Estadual nº 44.787, de 18 de abril de 2008 - Regulamenta o Sistema de Registro de Preços disciplinado no art. 15 da Lei Federal nº 8.666/93, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências.

Decreto Estadual nº 43.320, de 08 de maio de 2004 - Dispõe sobre processos de dispensa, de inexigibilidade e de retardamento de licitações.

Decreto Estadual nº 43.699/2003 - Instituiu o Sistema SIAD no âmbito do Estado.

Decreto Estadual nº 44.431/2006 - Dispõe sobre o cadastro geral de fornecedores - CAGEF, previsto no art. 34 da lei federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e regulamenta a lei nº 13.994, de 18 de setembro de 2001, que institui o cadastro de fornecedores impedidos de licitar e contratar com a administração pública estadual – CAFIMP.

1.4.3. No âmbito da Polícia Militar, as principais normas são:

Regulamento de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria da Polícia Militar (R-AFCA/PM), aprovado através da Resolução nº 3.316/CG, de 06set1996. Este regulamento está sendo revisado por uma comissão, devido às mudanças introduzidas pela criação da Auditoria Setorial e ao SIAD.

O PARO (Plano de Aplicação dos Recursos Orçamentários), editado e aprovado anualmente mediante Resolução do Comandante-Geral, estabelece as condições para a aplicação dos recursos orçamentários; fixando as normas e diretrizes reguladoras da execução orçamentária e financeira na Corporação durante um determinado exercício.

Resolução 4.029 Comando Geral – Estabelece normas para celebração de convênios na PMMG.

Demais Resoluções do Comando Geral;

Instruções da Diretoria de Finanças – São editadas de acordo com a necessidade de se regulamentar procedimentos relativos à execução orçamentária e financeira. Atualmente são 19 Instruções e mais 13 Instruções Conjuntas com as demais Diretorias.

Instruções da Diretoria de Apoio Logístico;

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Instruções da Diretoria de Recursos Humanos;

Instruções da Diretoria de Tecnologia e Sistemas;

Notas Técnicas da Auditoria Setorial.

2 CONCEITOS NECESSÁRIOS

A área orçamentária e financeira exige a explicação de alguns conceitos e procedimentos, sem os quais o entendimento da disciplina pode ficar comprometido. Os principais foram listados a seguir.

2.1 CRÉDITOS

2.1.1 Conceito

É a autorização para se efetuar determinada despesa. A liberação do crédito não significa liberação do recurso financeiro para o pagamento da despesa. Significa apenas que determinado órgão do Estado pode realizar a despesa, isto é, está autorizado a realizar determinada despesa.

2.1.2 Tipos de Créditos

A consignação orçamentária de recursos para determinado órgão do sistema estadual pode se dar por quatro tipos de créditos: orçamentário e suplementar, especial e extraordinário, sendo os três últimos definidos como créditos adicionais, segundo o artigo 40 da Lei 4.320/64.

2.1.2.1 Crédito ordinário (orçamentário): a autorização dada pelo Governo para seus agentes efetuarem despesas, expressa no Orçamento Geral do Estado ou em legislação específica sobre créditos adicionais;

2.1.2.2 Créditos Adicionais: as autorizações de despesa não computadas, por imprevistas ou excepcionais, ou insuficientemente dotadas, na Lei do Orçamento anual. Classificam-se em suplementares, especiais e extraordinários;

2.1.2.2.1 Créditos Especiais: os créditos adicionais destinados a atender despesas para as quais não tenha havido dotação orçamentária específica;

2.1.2.2.2 Créditos Extraordinários: os créditos destinados a despesas excepcionais e urgentes, em caso de guerra, subversão interna ou calamidade pública;

2.1.2.2.3 Créditos Suplementares: os créditos adicionais destinados a reforço de dotações previstas na lei anual de orçamento.

2.1.3 Mecanismos de Descentralização de Créditos

Após a descentralização da cota pela SCPPO – SEPLAG à PM-6, o crédito é liberado para a execução das despesas aos gestores e às unidades executoras da seguinte forma.

Descentralização de Cota Orçamentária: é a distribuição da cota orçamentária pela

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SEPLAG (SCPPO) à PM-6, bem como da PM-6 aos gestores de Projetos e Atividades, dos créditos que devam administrar, segundo o PARO. Esta descentralização, assim como a sua anulação, são efetivadas através do SIAFI e podem ser feitas no nível de elemento da despesa ou de item da despesa, quando assim for determinado, de acordo com o PARO.

Repasse de cota Descentralizada: é o instrumento de que dispõem os Gestores de Projetos e Atividades para descentralização de créditos às UE, até o nível de subelemento de despesa, nas épocas em que se tornarem exigíveis ou nas ocasiões oportunas, segundo os seus planos específicos; entretanto, sempre a tempo de serem aplicados no trimestre para o qual estejam programados.

Tanto a concessão como a anulação de cotas são processadas no SIAFI, cabendo ao Gestor comunicar às UE.

2.2 RECURSO FINANCEIRO

2.2.1 Conceito

É o dinheiro liberado pela Secretaria da fazenda, advindo das receitas arrecadadas pelo Estado, para cada órgão da Administração. O recurso financeiro é liberado de acordo com um cronograma de desembolso financeiro, confeccionado por cada órgão, com base na programação de pagamentos das unidades executoras.

É muito importante não confundir crédito com dinheiro. A liberação do crédito é afeta à PM-6 e aos gestores, enquanto que o recurso financeiro é responsabilidade da Diretoria de Finanças.

2.2.2 Mecanismos de Descentralização de Numerário

A liberação do recurso é realizada de forma virtual e, no caso da PMMG, se dá em dois momentos distintos, a saber:

Limite de saque- É a liberação do dinheiro no sistema SIAF/2002 para o pagamento das despesas. Ocorre no sistema eletrônico, não havendo contato físico com o dinheiro. O recurso financeiro é repassa do virtualmente à Diretoria de Finanças.

Esta liberação ocorre da seguinte forma:a Superintendência Central do Tesouro Estadual (SCT), da Secretaria da Fazenda

processa o limite de saque à PMMG, dentro das disponibilidade de caixas, com base nas respectivas obrigações liquidadas a pagar, observados os valores das cotas orçamentárias aprovadas pela JPOF.

A outra liberação é feita pela Diretoria de Finanças, Órgão Central do Sistema AFCA PM, que fixará a descentralização de cota financeira escritural às subcontas escriturais das Unidades Executoras, de acordo com as liquidações das despesas de cada uma, com o cronograma de desembolso e com a disponibilidade financeira.

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2.3 RECEITAS

2.3.1 Conceito

Receita pública é todo recolhimento feito aos cofres públicos, a qual o governo tem direito em virtude de leis, contratos ou qualquer título legal, para fazer face às despesas de manutenção dos serviços obrigatórios.

2.3.1 Estágios da Receita

PrevisãoCorresponde às estimativas de receitas que se originam de estudos de previsão, antes

de comporem o projeto de lei orçamentária.LançamentoÉ o ato da repartição competente que inscreve o crédito fiscal ou proveniente de

outras rendas, previstas em lei, normas ou regulamentos.

ArrecadaçãoIngresso da receita nos cofres públicos, através da rede bancária ou de tesouraria

regularmente constituídas.

RecolhimentoAção pela qual os agentes arrecadadores transferem para o tesouro, nos prazos

fixados pela autoridade competente, o produto das receitas por eles arrecadadas.

2.3.2 Classificação das receitas

As receitas constituem os recursos arrecadados ou a serem arrecadados, necessários às aplicações programadas.

2.3.2.1 Quanto ao tipo

Receita Orçamentária – aquela que deve constar do orçamento e que engloba também os valores oriundos de operações de crédito autorizadas por lei. Recebem essa designação genérica todas as receitas detalhadas na Lei Orçamentária Anual, observada a especificidade no artigo 11 da Lei nº 4.320/64 (a receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital).

Receita Extra-orçamentária – correspondente a meras entradas compensatórias e que não devem ser consideradas no orçamento. Designação atribuída aos valores que dão entrada no Caixa do Erário sem se enquadrarem nas categorias de receitas previstas no orçamento ou nas rendas típicas do Estado. Seu trânsito pelo Caixa do setor público é marcado pela ocasionalidade e transitoriedade, não constituindo, propriamente, receitas públicas, mas sim depósitos de terceiros. Tais receitas são constituídas pelos valores que o setor público é obrigado a arrecadar, mas que não lhe pertencem, figurando o erário apenas como um depositário temporário dos ingressos a esse título. São exemplos típicos dessas receitas: as cauções, as fianças, os depósitos judiciais e as consignações.

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2.3.2.2 Quanto à aplicaçãoSão classificadas em dois grandes grupos: as Categorias Econômicas, representadas,

respectivamente, pelos dígitos 1 e 2, da seguinte forma:a) Receitas Correntes - 1.0.0.0.00 - englobam as receitas Tributárias Patrimoniais,

Industriais, Diversas e Transferências Correntes.b) Receitas de Capital - 2.0.0.0.00 - são as provenientes de operações de crédito

externas e internas (empréstimos financeiros) e emissão de títulos públicos: da alienação de bens móveis ou imóveis; e da amortização de empréstimos concedidos.

A conceituação das receitas de capital é mais precisa e dirime, por exclusão, eventuais dúvidas em relação às receitas correntes: mormente quanto a generalidades como a Subcategoria Econômica “Diversas”.

Para classificar as Receitas de maneira genérica, deve-se consultar o Classificador de Receitas e Despesas.

2.4 DESPESAS

2.4.1 Conceito

- Despesas são gastos efetuados para manutenção dos serviços públicos obrigatórios e para a gestão do patrimônio governamental. Qualquer gasto de qualquer órgão público é considerado despesa e por menor que seja deve ser procedido de acordo com as normas específicas.

2.4.2 Tipos de despesa

Despesas Correntes: categoria econômica da despesa relativa à manutenção dos órgãos e serviços, compreendendo as subcategorias "despesas de custeio", e "transferências correntes".

Despesas de Custeio: as destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis, provendo a continuidade do funcionamento das organizações e da conservação do patrimônio;

Despesas de Capital: categoria econômica das despesas relativas à criação ou desenvolvimento de bens ou de capacidade de prestar serviço, compreendendo as subcategorias "investimentos", "inversões financeiras" e "transferências de capital".

2.5 GESTÃO

Por gestão entende-se o conjunto de ações destinadas a consecução dos objetivos propostos durante a programação dos projetos e atividades, ou seja, o poder de receber créditos, distribuí-los para os órgãos executores, cancelar e suplementar dotações, acompanhar e dirigir a execução e providenciar as suplementações necessárias.

Há três tipos de gestão:a) Centralizada – o próprio gestor encarrega-se da execução dos créditos

através de sua própria Unidade Executora;b) Semi-centralizada – parte dos créditos é executada centralizadamente (na

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forma da letra a) e parte é distribuída para os órgãos de execução;c) Descentralizada – delegação da execução de todos os créditos às diversas

Unidades Executoras.A opção da PMMG é pela descentralização na maior amplitude, podendo,

eventualmente e por conveniência do serviço, ocorrer a centralização, parcial ou não, de alguns créditos. Contudo alguns produtos e serviços são contratados e adquiridos de forma centralizada, como por exemplo, viaturas computadores, pneus e medicamentos.

3 - SISTEMA AFCA/PM

3.1 ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES

O Sistema AFCA PM tem a seguinte estrutura:

3.1.1 Supervisor - Ao Supervisor (Cmt Geral), assessorado pelo Estado-Maior, compete a coordenação geral, além do controle das atividades do sistema AFCA/PM.

O Estado-Maior participa das atividades do Sistema AFCA PM como órgão de assessoramento do Comandante-Geral.

3.1.2 Órgão de Direção - Diretoria de Finanças.

Como Órgão Central do Sistema tem as seguintes atribuições:

a) integrar setorialmente o sistema estadual correspondente;

b) superintender as atividades do Sistema AFCA PM, visando aos objetivos constantes do RAFCAPM;

c) realizar o acompanhamento da execução financeira do orçamento, bem como de Projetos e Atividades à conta de recursos extra-orçamentários no âmbito da Corporação;

d) encarregar-se da administração dos recursos correspondentes a Projetos e Atividades que lhe forem atribuídos;

e) emitir parecer sobre assuntos que exijam interpretação de atos administrativos em matéria financeira e contábil;

f) gerenciar o processamento das dívidas de exercícios anteriores das Unidades Executoras;

g) acompanhar e/ou registrar os atos e fatos da gestão ou com a mesma correlacionados, sob os aspectos orçamentário, financeiro, patrimonial e de custos;

h) encaminhar os documentos destinados aos Órgãos de Controle Interno e de Controle Externo;

i) determinar as tomadas de contas normais dos elementos de execução, através dos respectivos processos de prestação de contas e outras informações pertinentes;

j) manter um rol de responsáveis, atualizado com a baixa dos elementos que tenham sido exonerados das respectivas responsabilidades, após julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de Contas do Estado;

l) inscrever, na conta apropriada de responsabilidade, os elementos que a isto estejam sujeitos em decorrência das tomadas de contas efetuadas e das normas pertinentes;

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m) executar a etapa semifinal do controle interno das atividades econômico-financeiras no âmbito da instituição;

n) prestar assessoramento sobre normatização e técnicas financeiras e contábeis a todos os órgãos do Sistema, de modo a ser obtida a racionalização progressiva e a ser alcançada a eficácia do controle interno;

o) propiciar as condições indispensáveis para assegurar a eficácia do controle externo;

3.1.3 Órgãos Gestores: são os órgãos da Polícia Militar encarregados da gestão superior de Projetos ou Atividades em consonância com as políticas setoriais da Corporação e outras diretrizes afins. Atualmente os gestores da PMMG são: Diretoria de Apoio Logístico (DAL), Diretoria de Recursos Humanos (DRH), Diretoria de Saúde (DS) e Academia de Polícia Militar (APM), a Diretoria de Sistemas e Tecnologia (DTS), a Diretoria de Ensino Educacional e Assistência Social (DEEAS) e Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito (DMAT). As atribuições dos Gestores estão elencadas no RAFCAPM, contudo foram listadas abaixo as mais importantes:

a) conduzir a execução dos Projetos e/ou Atividades a seu cargo, dentro das normas do Sistema, integrando-os sectariamente;

b) coordenar as atividades dos Órgãos de Apoio, relacionadas com o Sistema;

c) realizar, com referência aos Projetos e/ou Atividades de sua gestão, os controles internos necessários ao seu acompanhamento financeiro, de forma a produzir as informações necessárias ao Órgão Central e aos diversos escalões.

3.1.4 Órgãos de Execução – São as Unidades Executoras que realizam as despesas desde a sua preparação até o pagamento. São todos os Batalhões, Companhias Independentes; Centros de Apoio Administrativo; Centro de Motomecanização e Intendência, Centro de Material Bélico, Centro de Administração de Pessoal, Centro de Tecnologia e Sistemas, Centro de Tecnologia em Telecomunicações, Ajudância Geral, HPM, Centro Odontológico, Centro Farmacêutico, Centro de Recrutamento e Seleção, Centro de Promoção Social, Colégio Tiradentes de Belo Horizonte, Centro de Apoio ao Ensino, Corregedoria, Diretoria de Saúde, Diretoria de Finanças, Comando de Policiamento Especializado).

Para melhor orientação, a lista de unidades executoras encontram-se no Anexo “A” do PARO. As principais atribuições das unidades executoras são as seguintes:

a) observar os preceitos do Sistema nas ações decorrentes da execução dos Projetos ou Atividades, consultando, quanto aos casos omissos, os órgãos competentes do Sistema;

b) registrar os atos e fatos decorrentes da execução dos Projetos e/ou Atividades a seu cargo, ou com os mesmos correlacionados, sob os aspectos orçamentário, financeiro, patrimonial e de custos;

c) elaborar informações contábeis a seu nível;

d) organizar e enviar, aos órgãos competentes, os documentos onde se evidencie a administração dos recursos sob sua responsabilidade;

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e) manter em arquivo, durante os prazos legais, a documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos praticados pela Administração da UE para fins de exame pelos órgãos de controle interno e externo.

O Estado-Maior, como órgão de supervisão e coordenação geral, participa das atividades do Sistema AFCA PM, através da PM4 e PM6, com as seguintes atribuições:

a) assessorar o Comandante-Geral nos assuntos referentes às atividades de Administração Financeira e Orçamentária;

b) supervisionar, coordenar e controlar a execução orçamentária da Polícia Militar, promovendo as medidas necessárias ao cumprimento dos programas administrativos expressos pelo Orçamento.

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ESTRUTURA DO SISTEMA AFCA PM

SUPERVISORCMT GERAL

COORDENADORES DE PROJ E ATV

(EMPM)

UNIDADES EXECUTORAS(BATALHÕES, CIA IND, CA, CENTROS, CTPM-BH, DS, DF, AJG,

CPE, HPM, CORREGEDORIA)

ÓRGÃO DE DIREÇÃO CENTRAL

DFDRH

G

DTS

G

APMDAL

G

DS

G

DEEAS

G

DMAT

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4 SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA (SIAFI)

O sistema SIAFI foi implantado em quase todos os órgãos do Estado de Minas Gerais, em 1994, e na PMMG substituiu o SM08, com muitas inovações.

Trata-se de um sistema de rotinas “on line” que integra, em um único processo, o sistema de execução orçamentária e financeira do Estado. Tem como principal finalidade o processamento eletrônico das atividades de programação e execução orçamentária e financeira, com registros contábeis gerados automaticamente no instante em que são praticados os atos administrativos atinentes à previsão e execução das receitas e despesas públicas.

Foi constituído sob a forma de um sistema de informação, contendo uma única base de dados, acessível a todos os usuários. Esse sistema permite maior controle e transparência dos gastos públicos e o fornecimento de informações mais rápidas e precisas a todos os gestores e órgãos de controle interno e externo, permitindo ainda a otimização da gestão do orçamento e do caixa, simplificando os processos de escrituração.

O SIAFI inovou os procedimentos das atividades de administração financeira, eliminando as contas bancárias dos órgãos e entidades, substituindo-as por contas escriturais que são operadas apenas no âmbito do sistema, permitindo ao Tesouro um relacionamento exclusivo com os agentes financeiros que servem ao Estado. Assim sendo, os pagamentos são processados de forma compartilhada entre as Unidades Executoras setoriais e o Tesouro do Estado, cabendo a essas a geração das ordens de pagamentos segundo os compromissos organizados a partir dos registros das liquidações das despesas. Compete a este, efetuar as liberações escriturais às entidades executoras e a transmissão, por via magnética, das informações relativas às ordens de pagamento para crédito em conta dos fornecedores do Estado.

O sistema foi desenvolvido em “arquitetura de banco de dados relacional, com gerenciador DB-2 da IBM, em linguagem “natural”, que oferece aos usuários, facilidades de diálogo e de navegação no sistema, tendo como concepção lógica a elaboração do orçamento, programação orçamentárias da receita, execução orçamentária da despesa, execução financeira da receita, execução financeira da despesa e contabilidade.

Em janeiro de 2002, o SIAFI sofreu alterações substanciais, a partir da concepção de uma nova organização das rotinas, visando, principalmente, à adequação do sistema para a emissão de informações exigidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e à agilização das transações.

O acesso ao SIAFI só é autorizado aos servidores detentores de senha, devidamente cadastrados através do sistema de segurança. A senha é definida de acordo com o local e a função exercida pelo militar e pelo servidor.

5 SIAD

O Sistema Integrado de Administração de Material e Serviços foi instituído na Administração do Estado de Minas Gerais pelo Decreto Estadual 43.699, de 11dez03, sendo obrigatória a sua utilização para proceder à execução orçamentária. O SIAD entrou em operação em fevereiro de 2004 e sendo um sistema novo trouxe alguns contratempos para a execução da despesa, tendo-se em vista a falta de treinamento dos servidores e a sua complexidade.

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5.1 CONCEITO

O SIAD é um sistema informatizado desenvolvido pela Administração do Estado para proceder aos registros das aquisições de materiais e contratações de serviços de todos os órgãos da Administração Direta e Indireta, bem como para propiciar mecanismos de controle mais eficientes e eficazes, com vistas a atingir uma execução de recursos mais efetiva.

O SIAD está programado para, futuramente, estabelecer interface com o SIAFI, executando as transferências de informações de forma automática.

O Sistema é composto por vários Subsistemas que, em breve, estarão totalmente ativados, permitindo o abandono de sistema utilizados somente na PMMG, cujos custos são mais altos. Dentre os Subsistemas do SIAD destacam-se os seguintes:

Contratos - SISCON; Material Permanente - MATPEM; Material de Consumo - MATCON; Alienação- SISALI; Bolsa de Material - BOLMAT; Frota de Veículos - SISFROV.

Tais Subsistemas permitem controlar o ciclo dos materiais e serviços desde a requisição até o momento em que os Materiais de Consumo são distribuídos, os Bens Permanentes baixados do patrimônio e os Serviços realizados.

O SIAD funciona integrado entre si, com o SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira) e com outros Sistemas do Estado (SICAF, FFAK, DETRAN, ETC). Inclusive, trabalhos estão sendo desenvolvidos objetivando integrá-lo também ao Sistema de Recursos Humanos da PMMG (SIRH).

Considerado como um marco administrativo para o Estado, o SIAD irá proporcionar a gerência, o planejamento e controle de materiais e em todos os níveis do Estado. O SIAD se propõe a “padronizar e automatizar processos de compra / licitação / contrato / estoque / patrimônio, além de classificar os materiais e serviços mantendo um cadastro único no Estado, gerando informações consolidadas em nível Estadual e contabilizando os eventos administrativos automaticamente no SIAFI.”

5.2 PORTAL DE COMPRAS

Em 2009 foi criado o Portal de compras do Estado, no qual todos os órgão executam seus processos de compras, quer seja através de licitação ou através de COTEP.

Por conta dessa alteração todos os procedimentos ligados a compras foram migrados para o Portal de Compras, que está inteiramente ligado ao SIAD, com os seguintes subsistemas

Cadastro Geral de Fornecedores- CAGEF; Catálogo de Materiais e Serviços- CATMAS; Compras- SISCOM; Cotação Eletrônica de Preços - COTEP; Pregão Presencial - SISPREP; Pregão Eletrônico - SISPREP; Registro de Preços -REGPRE;

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Melhores Preços - SISMP;.

5.3 OBJETIVOS

Alcançar melhores resultados com custos menores, maior agilidade e máxima qualidade. Estas têm sido metas constantemente perseguidas pelas empresas em todo o mundo, nos mais diversos segmentos produtivos.

São metas da administração pública estadual em Minas Gerais, que possui um grande aliado quando o assunto é a administração de materiais e serviços: o SIAD – Sistema Integrado de Administração, cujo principal objetivo é o de instituir uma linguagem única de entendimento entre todas as unidades da administração estadual.

5.4 LEGISLAÇÃO

O Decreto nº 43.699 de 11dez03 dispõe sobre a utilização obrigatória do Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços do Estado de Minas Gerais- SIAD-MG, pelos Órgãos e Entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo Estadual. Além dele, existem outras normas afins que merecem ser consultadas, das quais estão elencadas as seguintes:

Decreto Estadual nº 43.053, de 28nov02, regulamenta, no âmbito da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo, a aquisição, a incorporação, a armazenagem, a movimentação, o Reaproveitamento, a alienação e outras formas de desfazimento na gestão de material.;

Decreto Estadual nº 43.693, de 11dez03, altera o decreto acima;

Decreto Estadual nº 43.699, de 11dez03, dispõe sobre a utilização obrigatória do Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços do Estado de Minas Gerais- SIAD-MG;

Decreto Estadual nº 44.431/ 2006, regulamenta o Cadastro Geral de Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar com a Administração Pública Estadual;

Decreto Estadual nº 43.698, de 11dez03, regulamenta o Sistema de Cotação Eletrônica de Preços no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta;

Decreto Estadual nº 43653, de 12nov03, regulamenta a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito do Estado de Minas Gerais;

Memorando nº 60.122.1/2004 - EMPM - Procedimentos a serem adotados pelas Unidades para efetuar o módulo compras no Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços do Estado de Minas Gerais (SIAD - MG).

Memorando Circular nº 40.164. de 09fev04 define diversas responsabilidades, visando à implementação do SIAD na Polícia Militar.

Vários comunicados expedidos quando ocorrem alterações operacionais.

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6.1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES

O orçamento, como um ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar em um exercício, é um instrumento da moderna administração pública. Entretanto, em outras épocas foram aplicados diversos procedimentos rudimentares de controle dos gastos realizados pelo Estado ou pelo príncipe.

6.2 CONCEITOS BÁSICOS DE ORÇAMENTO

Orçamento é o ato ou ação de orçar, ou seja, de prever, de calcular, comparativamente, o que se pode gastar com o que se pode arrecadar.

O orçamento público é o processo mediante o qual o governo traça um programa de atividades, estimando as suas receitas e planejando a sua aplicação, com prévia fixação das despesas.

O orçamento é, ainda, a Lei de Meios que estabelece todos os parâmetros para gestão do patrimônio, traçando o seu rumo, tendo como função básica estimar as receitas e fixar as despesas.

A programação de qualquer atividade ou conjunto de atividades em que estejam envolvidos recursos financeiros pressupõe, basicamente, a busca ou arrecadação dos recursos necessários (receitas) e as políticas e diretrizes para o consumo desses recursos (despesas).

6.3 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Basicamente o orçamento público demonstra a receita a ser arrecadada e a despesa que deverá ser fixada para manutenção, controle e desenvolvimento do patrimônio governamental.

O artigo 2º da Lei Federal 4.320/64 estabelece o seguinte: “A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa, de

forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.”

Dentro das suas características de controle, portanto limitativa e imperativa, o orçamento funciona como forma de conduta do administrador, devendo assim, atender às regras e princípios, gerais e específicos para sua execução.

6.3.1 Princípios Orçamentários Gerais.

Estes princípios abrangem as receitas e despesas e podem ser considerados como substanciais e formais, a saber:

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6 ORÇAMENTO

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6.3.1.1 Substanciais- Estão previstos na Lei 4.320/64

a- Anualidade ou Periodicidade: estabelece que o orçamento deve ter vigência limitada ao período de um ano - o orçamento é anual. Art. 165, inciso III, CF/88; art. 2º e 34 da Lei 4.320.

b- Unidade ou Totalidade: estabelece que todas as receitas e despesas devem estar contidas num só orçamento - uma só lei orçamentária, considerando-se todos os poderes do nível governamental (União, Estados membros e Municípios) (Art. 165,§ 5º da CF/88 e art. 2º da Lei 4.320/64);

c- Universalidade: estabelece que todas as receitas e despesas devem constar do orçamento pelo seu valor total, ou seja sem qualquer dedução - nada deve ser estranho ao orçamento 9 art. 2º da Lei 4.320/64);

d- Exclusividade: estabelece que a lei do orçamento deve ser específica, não devendo conter dispositivos estranhos à sua natureza, ou seja receita e despesa (Art. 34, § 1º da CF/88 e art. 7º da Lei 4.320/64).

6.3.1.2 Formais:

a- Especificação/especialização/discriminação: estabelece as regras sobre a apresentação das despesas no orçamento. "A Lei de Orçamento não consignará dotações globais para atender indiferentemente as despesas...”. (Art. 5º da 4.320/64). O §4º do art. 5º - LRF estabelece a vedação de consignação de crédito orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa. As exceções a esse princípio orçamentário são os programas especiais de trabalho e a reserva de contingência (art. 5º, III da LRF).

b- Publicidade: estabelece que os orçamentos devem ser transparentes, ou seja, dar conhecimento ao povo dos atos praticados na gestão da coisa pública (Art. 37, CF/88) ;c- Clareza/simplicidade/Simplificação: estabelece que o orçamento deve ser claro e compreensível a qualquer cidadão. Esse princípio dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa, embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração.

d- Uniformidade ou Consistência: estabelece que os orçamentos devem ser consistentes durante vários exercícios, de modo a permitir comparações ao longo do tempo. Os dados devem ser homogêneos nos exercícios, no que se refere à classificação e demais aspectos envolvidos na metodologia de elaboração do orçamento (Art. 165, § 8º - CF/88).

6.3.2 Princípios Orçamentários Específicos:

São os princípios que dizem respeito, especificamente, às receitas provenientes de tributos, sendo:

6.3.2.1 Não-afetação da receitaÉ o princípio que postula o recolhimento de todos os recursos a um caixa único do

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tesouro, sem discriminação quanto à sua destinação, ou seja, as receitas de tributos não devem estar vinculadas a determinado órgão, fundo ou despesa. (Art. 167, IV- CF/88)

A constituição normalmente estabelece ressalvas a este princípio quando trata:a) da repartição do produto da arrecadação de certos impostos (Imposto de Renda,

por exemplo);b) de recursos destinados à manutenção e ao desenvolvimento de certas atividades

(ensino);c) Destinação de recursos para a Saúde.

6.3.2.1 Legalidade da tributaçãoÉ o princípio que diz respeito às limitações que o Estado possui quanto ao seu poder

de tributar e inclui as seguintes vedações:a) exigir ou aumentar tributo sem que a lei estabeleça;b) cobrar tributo no mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que o

instituir ou aumentar;c) cobrar tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei que

os houver instituído ou aumentado;d) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação

equivalente.

6.3.2.3 EquilíbrioPor este principio almeja-se que em cada exercício financeiro o montante da despesa

não deve ultrapassar a receita prevista para o período, para que não haja um desequilíbrio acentuado nos gastos públicos. Uma das finalidades da adoção deste princípio é a tentativa de limitar os gastos públicos sem previsão de receitas, com a finalidade de se impedir o endividamento estatal. (Art. 167, II,IV e V; art. 166, § 3º, inciso II e art. 4º, I, alínea “a”, da LRF).

6.3.2.4 Orçamento brutoEste princípio clássico surgiu juntamente com o da universalidade, visando ao

mesmo objetivo. Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução (Art. 6º da Lei 4.320/64 e art. 167, IV da CF/88.

As exceções estão descritas nos art. 158,159 e 212 da CF/88A intenção é a de impedir a inclusão de valores líquidos ou de saldos resultantes do

confronto entre receitas e as despesas de determinado serviço público.Lei 4.320/64 consagra este princípio em seu art. 6º: "Todas as receitas e despesas constarão da Lei do Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Reforçando este princípio, o § 1º do mesmo artigo estabelece o mecanismo de transferência entre unidades governamentais"

6.4 ORÇAMENTO-PROGRAMA

O aumento da complexidade de funções de algumas instituições notadamente do setor governamental, fez com que fosse desenvolvido novo método de planejamento e programação, em que a ênfase é para a finalidade do gasto feito, relacionando-se as diferentes funções desempenhadas pelas unidades organizacionais com os objetivos gerais da organização.

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Assim, o que hoje se chama de Orçamento-Programa deve ser entendido como um dos instrumentos de administração em que os esforços (obtenção e dispêndio de recursos) são estabelecidos, normalmente projetados para períodos anuais, mas em alguns casos projetados para períodos superiores a um ano.

6.4.1 Fases do Orçamento-Programa

6.4.1.1 Elaboração - Ocorre anteriormente ao ano orçamentário no âmbito do Poder Executivo;6.4.1.2 Aprovação - Ocorre no exercício anterior ao ano orçamentário no âmbito do Poder Legislativo;6.4.1.3 Expressão - É a publicação dos documentos aprovados no Poder Legislativo;6.4.1.4 Execução - Ocorre no âmbito dos três poderes, dentro do ano orçamentário;6.4.1.5 Avaliação e Controle - É o acompanhamento da execução orçamentária pelos órgãos responsáveis.

6.5 Elaboração da Proposta Orçamentária na PMMG - Fluxo de Informações.

A Polícia Militar, como órgão integrante da Administração Direta do Estado e componente, portanto, do sistema administrativo estadual, tem a elaboração do seu Orçamento orientada pelas normas e índices de reajustamento geral fixados para os demais órgãos, com limitações que evidenciam as prioridades estabelecidas pelo governo para suas várias áreas de interesse: saúde, saneamento, educação, obras públicas, desenvolvimento industrial, segurança pública, etc.

A elaboração da proposta orçamentária da PMMG, cabe ao Estado-Maior, especificamente à PM-6.

6.5.1 Como a Proposta Orçamentária é confeccionada atualmente?

No mês de abril de cada exercício financeiro, todos os órgãos que são unidades orçamentárias, inclusive a PMMG, remetem à SCPPO (Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária) a estimativa de recursos a serem arrecadados através de convênios e de doações.

No mês julho, de posse dos dados de cada órgão, a SCPPO define e informa o limite orçamentário para cada um. A partir dessa definição, cada órgão planeja suas despesas, com base nesse limite. Vê-se então o motivo pelo qual sempre faltam recursos para todas as necessidades de cada órgão, uma vez que o orçamento é definido com base na estimativa de receita e não de despesas.

A PMMG elabora sua proposta orçamentária, a partir do limite estabelecido pela SCPPO e com base nas estimativas de gastos de anos anteriores, observando as despesas com gastos obrigatórios nas respectivas atividades e projetos. Dessa forma, a PM6 confecciona a proposta orçamentária da PMMG, distribuindo o limite estabelecido pela SCPPO em todas as atividades e projetos, em todas as fontes e em todos os tipos de despesas, planejados para o próximo exercício, sem a participação das unidades executoras, observando os seguintes critérios:

diretrizes do Comandante-Geral, quanto a política econômico- financeira da Corporação;

prioridades entre os objetivos a serem alcançados;

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confronto das necessidades setoriais com os índices de execução do exercício anterior;manutenção das propostas dentro dos parâmetros estabelecidos pelos sistemas federal

e estadual de planejamento.A proposta orçamentária é confeccionada em sistemas informatizados do Estado

gerenciados pela SEPLAG. Esses sistemas são o SIGPLAN (Sistema de Planejamento do Estado) e o SISOR (Sistema de Orçamento do Estado).

O SIGPLAN está relacionado ao planejamento e execução do PPAG e é inteiramente interligado ao SISOR, que gerencia a elaboração da Lei Orçamentária Anual e suas alterações. Esses dois sistemas são acessados por militares da PM-6, credenciados para essas atribuições.

Após a confecção, a proposta fica à disposição da SCPPO, marcando o encerramento da elaboração da proposta orçamentária no âmbito da PMMG.

A SCPPO, após consolidar as proposta de todos os órgãos do Estado, encaminha a proposta orçamentária ao Governador, com a devida exposição de motivos. Então a proposta orçamentária anual é encaminhada pelo Governador à Assembléia Legislativa, a fim de se transformar na Lei Orçamentária Anual.

7 - EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO, APÓS A APROVAÇÃO DA LOA

A Superintendência de Orçamento da Secretaria de Planejamento e Gestão (SCPPO) alimenta o SIAFI com o Orçamento Anual aprovado pela Assembléia Legislativa. As alterações Orçamentárias ocorridas ao longo do exercício também são registradas, “on-line”, tão logo os decretos são aprovados. Estas informações são transmitidas automaticamente através do SIAFI.

A Superintendência Central do Orçamento (SCPPO/SEPLAG) consulta esta programação consolidada e, depois de analisá-la, encaminha à Junta de Programação Orçamentária e Financeira (JPOF) para aprovação.

A SCPPO/SEPLAG registra no sistema a aprovação da programação, dentro do limite da dotação orçamentária anual, com as possíveis alterações realizadas pela Junta.

Atualmente as cotas orçamentárias são liberadas mensalmente pela SCPPO.O EM/PM consulta a programação aprovada e faz a distribuição das cotas

Orçamentárias para os Gestores. Estes as redistribuem para as Unidades Executoras.Em princípio, as descentralizações de cotas Orçamentárias ocorrem mensalmente, de

acordo com orientações da SCPPO.O Orçamento Anual aprovado pela Assembléia Legislativa é ativado no sistema

SIAFI. A Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária (SCPPO), da Secretaria de Planejamento e Gestão, no início do exercício. As alterações Orçamentárias ocorridas ao longo do exercício também são registradas, “on-line”, tão logo os decretos são aprovados. Estas informações são transmitidas automaticamente através do SIAFI.

A Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária (SCPPO) encaminha as cotas previstas para cada órgão à Junta de Programação Orçamentária e Financeira (JPOF) para aprovação.

A SCPPO registra no sistema a aprovação da programação, dentro do limite da dotação orçamentária anual, com as possíveis alterações realizadas pela Junta.

O EM/PM consulta a programação aprovada e faz a distribuição das cotas Orçamentárias para os Gestores. Estes as redistribuem para as Unidades Executoras.

Em princípio, as descentralizações de cotas Orçamentárias ocorrem mensalmente ou

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de acordo com orientações da SCPPO.

Fixadas as cotas orçamentárias pela Junta de Programação Orçamentária e Financeira (JPOF) e liberadas, mensalmente, através do SIAFI, pela SCPPO, o Supervisor, através da PM-6, descentraliza os créditos aos gestores de projetos e Atividades. Estes, obedecendo à programação orçamentária mensal, descentralizam às Unidades Executoras, no nível de subelemento ou de item da despesa. As UE executam os créditos disponíveis, no nível de itens de despesa.

7.1 PROVIDÊNCIAS ANTES DA EXECUÇÃO DA DESPESA

Antes de se proceder ao empenho de qualquer despesa com serviço ou aquisição de bens, é necessário registrar vários procedimentos no SIAD. Tais procedimentos se iniciam com o pedido de compra/contratação do serviço e termina com o resultado da proposta mais vantajosa através de licitação, no PORTAL DE COMPRAS, ou de Cotação Eletrônica de Preços (COTEP) no próprio SIAD.

Os procedimentos licitatórios serão estudados na última unidade didática.Só depois de se determinar qual é a proposta mais vantajosa para a

Administração é que a Seção de Orçamento e Finanças poderá iniciar a execução da despesa propriamente dita, com a confecção do empenho.

7.2 A EXECUÇÃO DA DESPESA PROPRIAMENTE DITA

7.2.1 Empenho: é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Não será realizada despesa sem que haja empenho prévio, o qual não poderá exceder o limite dos créditos conhecidos. O Empenho será determinado pelo Ordenador de Despesas e formalizado pela emissão da Nota de Empenho, sendo classificado segundo a sua natureza ou finalidade em:

a) Empenho ordinário: entende-se aquele destinado a aquisição de bens ou contratação de serviços cujo montante seja determinado previamente.

b) Empenho por estimativa: entende-se aquele destinado a cobrir despesas cujo montante não possa ser previamente determinado.

c) Empenho global: entende-se aquele destinado a cobrir despesas contratuais, sujeitas a parcelamentos de entregas de material e prestação de serviços, correspondendo a pagamentos periódicos. Aqui se enquadram também as despesas com a folha de pagamento.

7.2.2 Liquidação: é a verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, objetivando apurar:

a) a origem e o objeto do que se deve pagar;b) a importância exata a ser paga;d) a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.Por fornecimentos feitos ou serviços prestados, a liquidação da despesa terá por base a

verificação da nota de empenho, a comprovação da entrega do material ou efetiva prestação do serviço de acordo com as especificações, prazos e outras condições combinadas.

Em operações sujeitas à tributação não haverá liquidação da despesa sem a anexação

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da nota fiscal correspondente ou documento equivalente ao processo de despesa.

7.2.3 Pagamento: é a remuneração feita ao credor pelo fornecimento do material ou prestação de serviço, que extingue a obrigação emanada da emissão da nota de empenho.

Este pagamento somente se efetivará, através da rede bancária, após a sua regular liquidação, depois da autorização formal do Ordenador de Despesa, mediante a emissão de ordem de pagamento - OP via SIAFI, que deverá ser assinada obrigatoriamente, pelo Ordenador de Despesa e pelo Chefe do Setor de Finanças da UE (Chefe da SOFI ou equivalente).

A ordem de pagamento da despesa somente será possível após a liberação do valor correspondente à conta escritural da UE, pela Diretoria de Finanças, tendo como base a despesa liquidada. Confeccionada a Ordem de Pagamento, o Tesouro Estadual providenciará, junto ao banco credenciado, através de fita magnética, o crédito na conta bancária do credor.

O empenho, liquidação e pagamento são processados no SIAFI/MG.Estas são as fases da despesa, entretanto, não podemos deixar de mencionar

as medidas preliminares à fase do empenho, ou seja, a coleta de preços, identificação de fabricantes, fornecedores, revendedores, etc., que são, em última análise, orientadoras de um processo licitatório que objetiva fornecer à Administração condições de optar por propostas mais vantajosas, produtos de melhores qualidades, bem como proporcionar ao Ordenador de Despesa, condições decisórias favoráveis ao Estado.

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UNIDADE DIDÁTICA II – EXECUÇÃO DA DESPESA

1 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

As classificações orçamentárias visam uniformizar os conceitos e estabelecer os códigos numéricos que representam as tomadas de decisões no processo de formulação, apresentação e execução do orçamento.

Ao longo de todo esse processo, questões relacionadas à destinação do dinheiro público devem estar perfeitamente explicitadas, tais como: "quem vai gastar", "com que finalidade", "o que se vai adquirir". Dessas indagações originam-se três tipos de classificações orçamentárias, aperfeiçoadas através dos tempos e ainda em processo dinâmico: Institucional, Funcional-Programática e Econômica.

1.1 CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

Aparece em função da necessidade do governo de identificar os órgãos e unidades orçamentárias participantes do orçamento.

Por Unidade Orçamentária entende-se um órgão ou um agrupamento de serviços identificados dentro de um mesmo órgão e sob uma administração única, ao qual são consignadas dotações orçamentárias próprias. Um órgão pode, pois, constituir-se em uma única Unidade Orçamentária (é o caso presente da Polícia Militar) ou pode contar mais de uma.

A representação numérica na classificação institucional é feita com 4 dígitos: o primeiro identifica que o órgão pertence à administração direta ou indireta do Estado. Se o dígito for 1 identifica que o órgão pertence à Administração direta. Se este dígito for 2 indica que o órgão é da administração indireta do Estado. Os dois dígitos seguintes identificam o órgão propriamente dito. O último dígito, a Unidade Orçamentária.

Assim, a classificação da Polícia Militar é 1251. O primeiro dígito 1 indica que a PMMG é órgão da Administração Direta Estadual. Os dígitos 25 identificam o órgão Polícia Militar no contexto dos outros órgãos do Estado. O segundo dígito 1 é unidade orçamentária única de que se compõe a Corporação.

1.2 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL-PROGRAMÁTICA

“A importância do orçamento público, no processo de desenvolvimento nacional, bem como a necessidade de contínuo aperfeiçoamento desse instrumento de administração tem levado os órgãos por ele responsáveis a buscar técnicas destinadas a torná-lo mais eficiente, não só sob o ponto de vista formal, mas, sobretudo, no que diz respeito ao seu aspecto programático.

Constituindo-se o orçamento num plano de trabalho, ele tem a faculdade de mostrar à comunidade em geral de que forma o Poder Público pretende utilizar os recursos que dele recebe.

Com o advento da Portaria Nr 42, de 14 de abril de 1999, do Ministério do Estado do Planejamento e Orçamento, as Funções foram divididas em Subfunções, sendo extintos os subprogramas.

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1.2.1 Função A Função pode ser conceituada como o nível máximo de agregação das ações do governo, através das quais se procuram alcançar os objetivos governamentais (federais, estaduais ou municipais). É representada por dois dígitos.

A Polícia Militar é participante das seguintes funções no Orçamento do Estado, a saber:

a) 06 - Segurança Pública

Compreende a maior parte das despesas da PMMG, com exceção dos Colégios Tiradentes.

b) 10 – Saúde

Nesta função incluem-se as despesas com o sistema de Saúde da PMMG.

c) 12 - Educação (voltada para os CTPM)

Esta função está voltada à formação intelectual, moral, cívica e profissional do homem, visando a sua preparação para o exercício consciente da cidadania, assim como sua habilitação para a participação eficaz no processo de desenvolvimento econômico e social.

d) 20 – Agricultura

Voltada para a atividade agrícola, sendo que a PMMG atua em ações fiscalizadoras e de meio ambiente.

1.2.2 Subfunções

As Funções de desdobram em Subfunções, sendo que a PMMG é contemplada com as sete subfunções seguintes:

122 – Administração Geral - Compreende as ações de caráter administrativo, exercidas continuamente, que garantem o apoio necessário à execução de diversos programas;

126 – Tecnologia da Informação – Compreendem as ações de caráter administrativo e operacional, exercidas continuamente, que promovem o acesso aos sistemas de informações pelas unidades operacionais, com vistas à melhoria e agilidade no registro e consulta de dados de interesse operacional;

128 – Formação de Recursos Humanos - Compreende as ações necessárias ao aprimoramento técnico, funcional e acadêmico dos empregados ou servidores dos diversos órgãos da administração, bem como a preparação e seleção de candidatos a cargos públicos, visando aumentar a eficiência e produtividade dos serviços prestados;

181 – Policiamento - Compreende as ações desenvolvidas pela Polícia Militar com vistas à preservação da ordem pública, nos termos de sua missão constitucional;

302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial - Compreende as ações relacionadas com a criação e manutenção de infra-estrutura para a prestação de serviços médicos pela rede hospitalar, ambulatórios e postos de saúde;

272 – Previdência do Regime Estatutário - Compreende as ações desenvolvidas com vistas à manutenção do sistema de pagamento dos proventos de inativos e pensionistas do Estado;

361 – Ensino Fundamental - Conjunto de ações que objetivam atender às

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necessidades educacionais da população na faixa de obrigatoriedade escolar;

362 – Ensino Médio - Compreende as ações desenvolvidas pelas escolas cujo ensino objetiva a formação genérica, porque ainda não se encontram estruturadas de forma a atender ao ensino setorializado, ou porque o seu sistema de funcionamento não possibilita a formação com este nível de detalhe.

1.2.2 Programa

É um instrumento de organização da ação governamental que visa a concretização dos objetivos pretendidos pelo Estado, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano Plurianual, representando um objetivo concreto e global. Os Programas definidos pelo Estado de Minas Gerais são representados por três dígitos. No Orçamento Estadual a PMMG participa de oito programas:

701 – Apoio à Administração Pública;

227 – Educação Profissional de Segurança Pública;

016 – Destinos Turísticos Estratégicos;

034 – Prevenção Social da Criminalidade

141 – Polícia Ostensiva;

170 – Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Médio;

702 – Obrigações Especiais;

171 – Assistência ao Militar;

021 –Gestão Integrada de Ações e Informações de Defesa Social

1.2.3 Projeto

É o instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resultam produtos quantificáveis física e financeiramente, que concorrem para a expansão ou para aperfeiçoamento da ação governamental.

É importante entender que os projetos têm período determinado para o seu desenvolvimento. Após implantado, o projeto deixa de existir e não raramente dá lugar a uma nova atividade para fazer face às despesas com a manutenção do que foi implementado.

Em 2010, a PMMG trabalhará com os seguintes projetos:1.314 – Estruturação e Promoção da Estrada Real – Projeto que visa ações de

preservação da ordem pública e garantia da paz social nos municípios compreendidos na área de influência da Estrada Real, garantindo a segurança a turistas brasileiros e estrangeiros, bem como da população local, através do Policiamento Ostensivo Geral, Rodoviário e de Meio Ambiente;

1.032 – Modernização da Logística de Unidades Prediais Integradas (PM) Projeto que visa implantar unidades prediais adequadas ao funcionamento integrado dos órgãos do sistema de defesa social, potencializando a atividade operacional, a troca de informações e o compartilhamento de responsabilidades;

1.033 – Modernização da Logística de Unidades Operacionais que Compõem as Áreas Integradas (PM) – Projeto que visa dotar as unidades operacionais que estejam inseridas nas áreas integradas de equipamentos necessários ao alcance de metas e

26

Page 26: apostila 612607 Apostila Sostema Fianceiro CEFS 2011

resultados estabelecidos;1.034 – Disseminação de Acesso aos Sistemas de Informação – Projeto que visa

promover o acesso em condições adequadas aos sistemas de informação, pelas unidades operacionais da Polícia Militar, com vistas à melhoria e agilidade no registro e na consulta de dados de interesse operacional;

1.039 – Cinturão de Segurança de Minas Gerais – Projeto que visa a proteção e o fortalecimento das regiões de divisa do Estado de Minas Gerais, inibindo as ações do crime organizado e de quadrilhas especializadas de roubo de cargas, estabelecimentos bancários, tráfico de armas, de drogas e outras modalidades de forma preventiva e repressiva.

1.2.3.1 Subprojeto

É o desdobramento de um projeto que representa o menor nível de programação. Um projeto pode se desdobrar em um ou mais subprojetos. Atualmente são utilizados os dígitos 0001 para todos os subprojetos.

1.2.4 Atividades

É o instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo permanente, necessárias à manutenção da ação Governamental.

A PMMG executa despesas nas 16 atividades seguintes, observadas as mudanças ocorridas nos últimos anos, com as correspondências de responsabilidade de cada Gestor:

• 2.088 – Assistência e Promoção Social - DRH;• 2.063 – Auxílio Transporte, Alimentação, Funeral e Doença para Servidores Militares - DRH;• 2.417 – Remuneração de Pessoal do Estado e Encargos Sociais – DRH;• 2.001 – Direção Superior - DRH e DAL;• 2.002 – Planejamento, Gestão e Finanças – DRH e DAL;• 4.232 – Policiamento Ostensivo Geral – DRH e DAL;• 4.289 – Policiamento Ostensivo de Trânsito – DRH e DAL;• 4.290 – Policiamento Ostensivo de Meio Ambiente – DRH e DAL;• 2.057 – Desenvolvimento do Ensino Fundamental – DRH e DAL;• 2.059 – Desenvolvimento do Ensino Médio – DRH e DAL;• 2.089 – Treinamento Profissional de Segurança Pública – APM;• 4.291 – Manutenção e Ampliação do Sistema de Comunicação – DTS;• 4.265 – Fica Vivo – DAL, APM;• 4.572 – Terceirização da Frota – DAL;• 2.060 – Assistência Médica e Psicológica – DS;• 2.061 – Assistência Odontológica – DS;• 7.007 – Proventos de Inativos Militares – DRH;• 2.427 – Tecnologia da Informação – DTS;

1.2.4.1 Subatividades

É o desdobramento de uma atividade que representa o menor nível de

27

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programação orçamentária. Uma atividade pode se desdobrar em uma ou mais subatividades. Respectivamente a cada subatividade foram instituídas metas que representam o produto ou resultado a ser alcançado com a ação governamental, devidamente quantificado com relação à parcela a ser realizada no exercício fiscal.

São empregados os dígitos 0001 para todas as subatividades.

1.3 CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA

A Classificação Econômica, com base em normas legais, permite identificar, de modo uniforme, as diversas modalidades de Receita e Despesa.

Os gastos públicos compreendem a aplicação planejada dos recursos arrecadados ou a serem arrecadados. É importante considerar que a despesa é enfocada em si mesma, ou seja, para um mesmo objeto de gasto.

Podemos separá-las ou reuni-las em vários grupos, segundo características, que as tornem comum ou que sirvam de diferencial entre elas.

Estas características, diferenciais e comuns, que permitem a análise da despesa, é que determinam a simbologia numérica da Classificação Econômica ou quanto a Natureza da Despesa ou Objeto de Gasto. Os vários níveis da classificação, a que correspondam um ou mais dígitos, identificam exatamente tais características, com a seguinte estrutura e terminologia:

Exemplo:

3 1. 90. 11. XX

A Categoria Econômica identifica a despesa segundo dois grupos:a) Despesas Correntes são as despesas que não contribuem diretamente para

aumentar a capacidade produtiva do próprio Estado ou de entidade a qual transfere recursos. Seus efeitos se diluem geralmente a curto prazo.

b) Despesas de Capital são aquelas que se traduzem na aquisição de bens de caráter duradouro, ou a estes adicionam valor, ou na transferência de recursos para aplicação com igual fim por outras entidades. O conceito de capital aqui é mais amplo que o equivalente contábil no setor privado, já que inclui bens de domínio público, como ruas e estradas (que não são passíveis de contabilização). Das despesas de capital é que origina-se o patrimônio social da coletividade.

Os dois grupos descritos são identificados, ao nível de categoria econômica, por dois dígitos, 3 e 4. Os demais níveis da classificação, por razões metodológicas, são

28

Categoria Econômica – (Despesas Correntes)

Grupo de Natureza de Despesa – (Pessoal e Encargos)

Modalidade de Aplicação – (Aplicações Diversas)

Elemento de Despesa – (Vencim.Vantagens Fixas – Pessoal Civil)

Desdobramento – item da despesa

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complementados com zeros. Assim:Despesas Correntes – 3000.00Despesas de Capital – 4000.00

Estas subdivisões originam o segundo nível da classificação econômica, a o Grupo de Natureza da Despesa, a saber:

1 – Pessoal e Encargos Sociais

2 – Juros e Encargos da Dívida

3 – Outras Despesas Correntes

4 – Investimentos

5 – Inversões Financeiras

6 – Amortização da Dívida

As modalidades de aplicação referem-se em que se pode empregar o recurso orçamentário e são as seguintes:

20 – Transferências à União

30 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal

40 – Transferências a Municípios

50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos

60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos

70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais

80 – Transferências ao Exterior

90 – Aplicações Diversas

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Elemento de DespesaRefere-se ao penúltimo nível de classificação do objeto/serviço da despesa.

01 – Aposentadorias e Reformas

03 – Pensões

04 – Contratação Tempo Determinado

05 – Outros Benefícios Previdenciários

06 – Benefício Mensal Deficiente/Idoso

07 – Contrib. Entidades Fechadas Previdência

08 – Outros Benefícios Assistenciais

09 – Salário – Família

10 – Outros Benefícios de Natureza Social

11 – Vencimentos e Vantagens Fixas - P. Civil

12 – Vencimentos e Vantagens Fixas - P. Militar

13 – Obrigações Patronais

14 – Diárias – Civil

15 – Diárias – Militar

16 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil

17 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar

18 – Auxílio Financeiro a Estudantes

19 – Auxílio Fardamento

20 – Auxílio Financeiro a Pesquisadores

21 – Juros sobre a Dívida por Contratos

22 – Outros Encargos s/ a Dívida por Contrato

23 – Juros, Deságios e Desc. Dívida Mobiliária

24 – Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

25 – Encargos s/ Oper. Créd. Por Antec. Receita

26 – Obrigações Decorrentes de Polit.Monetária

27 – Enc. Honra de Avais, Garantias, Seg. Simil.

28 – Remuneração de Cotas Fundos Autárquicos

30 – Material de Consumo

32 – Material de Distribuição Gratuita

33 – Passagens e Despesas com Locomoção

34 – Outras Deps. Pessoal. Contr. Terceirização

35 – Serviços de Consultoria

36 – Outros Serviços de Terceiros

37 – Locação de Mão-de-Obra

38 – Arrendamento Mercantil

39 – Outros Serv. De Terceiros – Pessoa Jurídica

41 – Contribuições

42 – Auxílios

43 – Subvenções Sociais

45 – Equalização de Preços e Taxas

46 – Auxílio Alimentação

47 – Obrigações Tributárias e Contributivas

48 – Outros Auxílios Financ. A Pessoas Físicas

49 – Auxílio Transporte

51 – Obras e Instalações

52 – Equipamentos e Material Permanente

61 – Aquisição de Imóveis

62 – Aquisição de Produtos para Revenda

63 – Aquisição de Títulos de Crédito

64 – Aquis. Títulos Represent. Capital Integraliz.

65 – Constituição ou Aumento Capital Empresas

66 – Concessão Empréstimos e Financiamentos

67 – Depósitos Compulsórios

71 – Principal da Dívida Contratual Resgatado

72 – Principal da Dívida Mobiliária Resgatado

73 – Corr. Monet. Ou Cambial Dív. Cont. Resg.

74 – Corr. Monet. Ou Cambial Dív. 30óbil. Resg

75 – Correção Monetária Dívida de Operações de

Crédito por Antecipação de Receita

76 – Principal Corrigido Dív. 30óbil. Refinanciado

77 – Principal Corrig. Dív. Contrat.. Refinanciado

81 – Distribuição de Receitas

91 – Sentenças Judiciais

92 – Despesas de Exercícios Anteriores

93 – Indenizações e Restituições

94 – Indenizações e Restituições Trabalhistas

95 – Indeniz. Pela Execução Trabalhos Campo

96 – Ressarcimento de Despesas de Pessoal

requisitado

99 – A Classificar

Os itens podem ser melhor analisados utilizando-se o Classificador de Receitas e Despesas e consultas ao Anexo F ao PARO

30

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São fontes de recursos as origens dos recursos financeiros destinados a proverem as dotações Orçamentárias da Polícia Militar, que permitirão a execução de seus programas de trabalho. Significa de onde vem o recurso financeiro para realizar o pagamento das despesas executadas.

Além da principal fonte, que é o Tesouro do Estado, os recursos originam-se de órgãos federais, estaduais, municipais e entidades particulares, através de vinculação direta ou convênios. Podem, também, originar-se de arrecadações próprias e diretas da Corporação, em algumas atividades específicas, como, por exemplo, cessão de instalações da Polícia Militar, taxas de inscrição a cursos, indenização de alimentação e Taxa de Segurança Pública.

Esses recursos das fontes próprias são, hoje, recolhidos em forma de receitas, através de DAE e contabilizadas no SIAFI.

FONTES DE RECURSOS

RECURSOS ORDINÁRIOS

DENOMINAÇÃO ORIGEM

10 PESSOAL / OUTROS CUSTEIOS / CAPITAL

Tesouro Estadual

RECURSOS VINCULADOS

DENOMINAÇÃO ORIGEM

24OUTROS CUSTEIOS / CAPITAL

Convênios, Acordos, Ajustes: IBAMA, PRF, Banco Central, etc.

25OUTROS CUSTEIOS/CAPITAL

Operações de Crédito Contratuais

27OUTROS CUSTEIOS / CAPITAL

Taxa de Segurança Pública.

31OUTROS CUSTEIOS/CAPITAL

Utilização de Recursos Hídricos

34OUTROS CUSTEIOS / CAPITAL

- Notificações de Infrações de Trânsito

45

OUTROS CUSTEIOS E/CAPITAL

Recursos recebidos como doações realizadas por Instituições privadas nacionais, entidades internacionais e pessoas físicas.

31

2 FONTES DE RECURSOS

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52

OUTROS CUSTEIOS Taxa de Controle de Fiscalização Ambiental

RECURSOS DIRETAMENTE

ARRRECADADOS

DESTINAÇÃO ORIGEM

60OUTROS CUSTEIOS / CAPITAL

- Recursos Diretamente Arrecadados (arrecadação interna): arrendamento de cantina, taxas de inscrições, etc.

61OUTROS CUSTEIOS/CAPITAL

Recursos diretamente arrecadados com vinculação específica – (Recursos repassados de convênio IEF)

INDICADORES DE PROCEDÊNCIA E USOINDICADOR PROCEDÊNCIA/USO

1 Recursos recebidos para livre utilização

2Recursos recebidos de outra unidade orçamentária do Orçamento Fiscal para livre utilização

3Recursos recebidos para contrapartida

5Recursos recebidos da Conta Financeira da Previdência – CONFIP – para o pagamento dos benefícios previstos no art. 39 da Lei Complementar nº 64, de 25 de março de 2002

7Recursos recebidos para auxílios doença, funeral, alimentação e transporte

8 Recursos Recebidos para emendas parlamentares

Acompanhar com o Anexo “E” do PARO.

32

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3 ADIANTAMENTO

3.1 CONCEITO

É o processamento especial da despesa pública orçamentária, através do qual se coloca o numerário à disposição de um servidor, a fim de dar-lhes condições de realizar gastos que, por sua natureza, não possam obedecer ou depender de trâmites normais.

O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Não se faz adiantamento a servidor em alcance nem responsável por dois adiantamentos.

3.2 LEGISLAÇÃO

Lei federal nº 4.320, de 17Mar1964;Instrução nº 07/045 – Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais;Decreto Estadual nº 37.924, de 16Maio1996;Portaria nº 297/96, de 13Jul1996;Resolução nº 3316/96-CG, de 06Set1996 – que aprovou o RFCAPM;Instrução nº 18/2007-DF;Insdtrução03/98;Memorando nº 003.3/2002-DF.

3.3 PRAZOS

3.3.1 Para Aplicação

Aplicação é a utilização do recurso; é a data limite para que se possa gastar o recurso financeiro. O prazo máximo é de trinta dias, podendo o Ordenador fixar prazo menor. Se o prazo estipulado for menor que trinta dias, pode haver prorrogação até o limite máximo, pelo Ordenador. A Unidade executora deve constar na Nota de Empenho os prazos para aplicação e comprovação.

3.3.2 Para comprovação

Comprovação é a prestação de contas do que foi adquirido com o recurso. Compreende:

a) a entrega do processo pelo responsável na SOFI, com toda a documentação exigida;

b) conferência do processo pela SOFI;

c) geração de Nota de Recolhimento no SIAFI, pela SOFI, se houver devolução de numerário pelo responsável;

33

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d) geração de Nota de Lançamento Contábil de lançamento no SIAFI, pela SOFI, para baixar a responsabilidade do servidor que prestou contas.

Prazo para a prestação de contas, após os trinta dias da aplicação é de dez dias. A soma dos prazos de aplicação e comprovação, não pode ultrapassar 40 (quarenta) dias.

3.4 LIMITES E TIPOS DE ADIANTAMENTO

RELAÇÃO DAS DESPESAS EXECUTADAS NA PMMG

ATRAVÉS DO REGIME DE ADIANTAMENTOClassificação Econômica

Descrição Valor

33.90.15.01Diária de viagem pessoal militar (Despesas decorrentes do deslocamento do militar da sede da sua unidade por motivo de serviço, destinadas à indenização das despesas de alimentação e pousada).

R$ 3.000,00

33.90.14.01Diária de viagem pessoal civil (Vantagem devida ao servidor que se deslocar da sede no desempenho de suas atribuições, a título de indenização das despesas de alimentação e pousada).

R$ 1.000,00

33.90.36.10

Eventual de Gabinete (Despesas eventuais de realização exclusiva por Secretário de Estado, Procurador Geral do Estado, Secretário Adjunto, Procurador Geral Adjunto do Estado, Chefe de Gabinete de Secretaria de Estado, e dirigentes máximo de órgãos autônomo, autarquias e fundações publicas, de conformidade com o Decreto nº 37.924/96). Comandante Geral – somente para a Ajudância Geral

R$ 554,32

33.90.36.10

Eventual de Gabinete (Despesas eventuais de realização exclusiva por Secretário de Estado, Procurador Geral do Estado, Secretário Adjunto, Procurador Geral Adjunto do Estado, Chefe de Gabinete de Secretaria de Estado, e dirigentes máximo de órgãos autônomo, autarquias e fundações publicas, de conformidade com o Decreto nº 37.924/96). Chefe do EMPM – somente para a Ajudância Geral.

R$ 388,35

33.90.30.26Combustíveis e lubrificantes para veículos em viagem (Diligência do Serviço Público) – Toda espécie de combustível e lubrificantes para uso em veículos automotor

R$ 150,00

33.90.39.18Reparo de veículos em viagem (DSP) – Despesa com reparos, recuperação e manutenção de veículos, podendo compreender materiais e peças empregadas se adquiridas pelo prestador de serviços.

R$ 150,00

33.90.36.12Despesa miúda de pronto pagamento – Pequenas despesas urgentes para manutenção de serviços, que não permitem emissão de empenho prévio específico, de acordo com a legislação em vigor.

R$ 200,00

33.90.33.01 Passagem -(Transporte Urbano em Viagem). R$1.000,00

As despesas acima listadas são as constantes do Decreto 37.924/96, mas caso seja necessária a execução em outros itens e outros valores, a PMMG pode solicitar a JPOF a aprovação de suas solicitações.

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3.5 PRESTAÇÃO DE CONTAS E MONTAGEM DOS PROCESSOS DE ADIANTAMENTO

3.5.1 O processo de Prestação de Contas de Adiantamento (PPCA), nos termos do Art. 44, § 10, do R-AFCA/PM, compor-se-á de:

a) capa;b) nota de empenho;c) nota de liquidação;d) ordem de pagamento.e) comprovante de despesa (notas fiscais/faturas/relatório DSP/ CQD e CQTP)f) na nota de Recolhimento no SIAFI (no caso de devolução de saldo não aplicado);g) comprovante de depósito bancário (se houver);h) documento de comprovação de adiantamento;i) análise da prestação de contas e termo de baixa de responsabilidade (Anexo “L”);j) Nota de Lançamento Contábil;k) outros documentos (justificativas, autorizações para prorrogação de prazos, etc.).

3.5.2 São, ainda, comprovantes de despesa:

3.5.2.1 Do PPCA de Diárias de Viagem:a) Controle de Quitação de Diárias (CQD);b) Ordem de serviço ou documento correspondente;c) Relatório de viagem;d) Tabela de diárias vigente.

3.5.2.2 Do PPCA de passagens:a) Controle de Quitação de Transporte de Pessoal (CQTP), conforme Anexo “H”,

que será preenchido em duas vias;b) passagens; ou c) comprovante de despesa com passagem, fornecido pela empresa,

excepcionalmente.

3.5.2.3 Do PPCA de Transporte Urbano (Estafeta):

a) Relação de Despesa com Transporte Urbano (RDTU), conforme Anexo “J” e subitem 11.6.

3.5.3 O preenchimento do CQD (Diárias de viagem) obedecerá aos seguintes procedimentos:

a) período – lançar a data inicial e final de aplicação do Adiantamento;b) numeração de folhas – regi star o número da folha considerada e o conjunto total

de folhas usadas. Ex. 1/2 (primeira folhas do conjunto de duas folhas);c) transporte – preencher a partir da Segunda folha, devendo ser aproveitada a

primeira linha para transporte das somas das colunas de “Diárias Vencidas” da folha anterior;

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d) recibo – na partida, o diligencia dor aporá sua assinatura, quitando as diárias adiantadas pelo Responsável por Adiantamento; no regresso, mediante apresentação do relatório completo, será feito o acerto, mencionado-se, no quadro “Diárias vencidas”, o valor efetivamente devido, que poderá ser igual, maior ou menor que o adiantamento feito, após o que, aporá, o beneficiário, assinatura no espaço próprio.

3.5.4 No caso de Adiantamento para transporte, ocorrendo a impossibilidade da apresentação de uma via da passagem, a despesa poderá ser comprovada através de documento fornecido pela empresa. Cada comprovante corresponderá a uma única passagem. Esse procedimento é excepcional não podendo ser utilizado como regra geral.

3.5.5 As despesas de transporte urbano (estafeta) que não puderem ser comprovadas, deverão ser relacionadas obedecendo-se ao modelo constante da Instrução da DF.3.5.6 A comprovação de despesas “Eventuais de gabinete”, mesmo quando o recurso for entregue diretamente às autoridades mencionadas na legislação própria, será feita com a documentação original da despesa, de acordo com o artigo 1º do Decreto nº 30.960, de 28Fev1990.

3.5.7 As eventuais taxas cobradas pelo banco por serviços prestados, em decorrência do Adiantamento, deverão ser apropriadas dentro da prestação de contas, anexando-se o comprovante correspondente (ex.: aviso de débito, cópia do estrato, etc.) que deverá ser relacionado no Documento do Comprovação de Adiantamento, previsto na Instrução da DF.

3.5.8 O saldo não aplicado pelo servidor deverá ser depositado na Conta Única do Estado (27000-3 – Agência 3380, Banco Itaú) se for recurso ordinário (fontes 10, 27 e 34) e em contas específicas se for recursos vinculados (fontes 24 e 60).

3.5.9 Os documentos comprobatórios de tamanho reduzido (passagens, bilhetes, notas de abastecimento, etc.) serão organizados em ordem cronológica e afixados, pelo lado superior, em folhas de papel tamanho ofício, devendo ser numeradas, seqüencialmente, de acordo com o lançamento no Documento de Comprovação de Adiantamento.

3.5.10 Todos os documentos integrantes dos PPCA (CQD, CQTP, Documento de Comprovação de Adiantamento, etc.), produzidos pela Administração ou pelo servidor responsável pelo adiantamento, serão preenchidos a máquina ou em letra de forma legível de cor azul ou preta.

3.5.11 Os documentos integrantes dos PPCA serão numerados seqüencialmente e rubricados pelo Responsável por Adiantamento, exceto os produzidos no SIAFI, após a prestação de contas pelo servidor.

3.5.12 O Adiantamento, ao ser comprovado, deverá ser examinado, com presteza, pela SOFI ou correspondente, quanto aos aspectos formal e legal e pelo Agente Coordenador da Atividade, quanto ao mérito (preenchendo-se o termo constante da Instrução da DF, em duas vias, sendo a primeira destinada ao PPCA e a Segunda ao Responsável por Adiantamento.

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3.5.13 A aplicação do Adiantamento se fará entre a data do crédito em conta bancária e o prazo limite de aplicação fixado pelo Ordenador de Despesa na nota de empenho.

3.5.14 O prazo limite previsto no parágrafo anterior, não se aplica a diárias de vigem, desde que elas vençam até a data de comprovação e tenha sido, o respectivo relatório de viagem, emitido dentro do prazo de aplicação.

3.5.15 Caso não seja apresentado pelo servidor em DSP o relatório para acerto, o Responsável por Adiantamento anexará, ao PPCA, justificativa circunstanciada da ocorrência, para que sejam adotadas medidas visando o ressarcimento das diárias pelo servidor em diligência, além das sanções disciplinares que forem cabíveis.

3.5.16 Caso a falta de apresentação do relatório decorrer de caso fortuito ou motivo de força maior, o responsável por Adiantamento incluirá no processo declaração ou outro documento comprobatório, para que a despesa possa ser aceita ou então impugnada, a critério do Ordenador de Despesa.

3.5.17 Caso o diligenciador faça jus a mais diárias do que as adiantadas, vencido o prazo de comprovação ou inexistindo saldo em poder do Responsável por Adiantamento, a complementação se dará através de processo ordinário, instruído com informação do setor de pessoal da UE ou fração ou, na impossibilidade, do próprio Responsável por Adiantamento, contendo os seguintes dados:

a) número e valor total das diárias vencidas;b) valor da diferença devida;c) número do relatório de viagem e ordem de serviço;d) número do PPCA original;e) cópia do Relatório de Viagem do processo original;f) cópia do Controle de Quitação de Diárias (CQD) do processo original.

3.5.18 As diferenças decorrentes de alteração da tabela de diárias de viagem deverão ser pagas através de processo ordinário, instruído com as mesmas informações do parágrafo anterior, devendo registrado um empenho para cada beneficiário.

3.5.19 Quando uma DSP abranger períodos em que vigorem tabelas de diárias de viagem com valores unitários diferentes, proceder-se-á da seguinte forma:

a) A UE ou o Responsável por Adiantamento verificará o número de diárias vencidas às 24:00 horas do último dia do mês, como se a diligência ali tivesse terminado. Essas serão pagas pela tabela do mês (caso de mudança do valor da tabela);

b) as diárias restantes (obtidas pela diferença entre o total das diárias vencidas em toda a DSP e as já apuradas na forma do subparágrafo anterior) serão quitadas pela tabela do mês a que se referirem;

c) o Responsável por Adiantamento deverá anexar justificativa ao processo esclarecendo o procedimento adotado;

d) nos blocos 4 (quatro) e 5 (cinco) do relatório de viagem, quando for o caso, serão anotados os dois valores unitários de diárias pagas, utilizando-se as entrelinhas do impresso, se necessário.

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3.5.20 O campo 22 do Documento de Comprovação de Adiantamento deverá ser preenchido da seguinte forma:

a) Diárias de viagem:- natureza = CQD- número = s/nº

b) Passagens:- natureza = CQTP- número = s/nº

3.5.21 Para efetuar o pagamento de diária de viagem ou passagem cujo relatório e Ordem de Serviço foram emitidos em data anterior à concessão do adiantamento, o Responsável por Adiantamento fará justificativa circunstanciada nos moldes do Anexo “I”.

3.6 Atribuições do Responsável por Adiantamento

a- Receber o processo;b- executar as despesas de acordo com as normas específicas;c- conferir comprovantes de despesas;d- efetuar depósito de saldo não aplicado na conta bancária respectiva;e- preencher os documentos corretamente;f- montar o processo de prestação de contas;g- entregar o processo na SOFI ou Seção correspondente.

3.7 Responsabilidades do servidor Responsável por Adiantamento

a - Executar as despesas de acordo com as normas vigentes, obedecendo aos prazosprevistos;

b -Prestar contas dos valores aplicados, nos prazos estipulados, de acordo com a legislação vigente..

3.8 Consequências da falta de prestação de contas ou de desvio do recurso.

A não prestação de contas no prazo previsto implica em abertura de:

a- Tomada de Contas Especial (TCE), com inscrição do responsável em DiversosResponsáveis;b - Abertura de IPM;c - Abertura de processo disciplinar, se for o caso.

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UNIDADE IIICONVÊNIOS E CONTRATOS

1 CONVÊNIOS

1.1 CONCEITO

É o acordo firmado por entidades públicas de qualquer espécie ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes (Hely Lopes Meirelles).

O convênio é um ato administrativo e como tal, deve atender aos requisitos de competência, finalidade, forma, motivo ou causa e objeto (conteúdo, manifestação do poder/vontade).

1.2 LEGALIDADE

A Lei Federal nº 8.666/93 diz que aplicam-se aos convênios as disposições relativas a contratos, no que couber. Assim, os elementos essenciais devem estar presentes naqueles, quais sejam capacidade das partes, objeto lícito e possível, forma prescrita e não defesa em lei e a vontade, que no caso convênio é comum.

Convênio é acordo, mas não é contrato. No contrato, as partes têm interesses diversos e opostos, que se convergem, por força de negociação das cláusulas. No convênio, os partícipes tem interesses comuns e coincidentes.

1.3 LEGISLAÇÃO

Lei Federal º 8.666/93;Lei Estadual nº12.207, de 23 dez97 (Estipula que somente o Comandante Geral pode

assinar convênio para doação, construção ou cessão de uso de imóveis, ou os Comandantes de CRPM por delegação do Cmt Geral).

Resolução nº 4.029 - Comando Geral, de junho 09

1.4 PRESSUPOSTOS BÁSICOS

3.1 O convênio é regido por normas do direito público.3.2 Pode ser estabelecido não só entre entidades estatais, mas também entre quaisquer pessoas ou organizações públicas ou particulares que disponham de meios para realizar os objetivos comuns, de interesse recíproco dos partícipes.3.3 Não possuem forma própria, já determinada, mas devem, tal como os contratos, contemplar cláusulas essenciais.3.4 A autorização legislativa é dispensável, pois decisão do Supremo Tribunal Federal (STF, RTJ 94/95) e diversas jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais consideram inconstitucional tal exigência, por ferir a independência dos poderes.3.5 os pressupostos básicos do convênio são os que informam o ato administrativo e o contrato administrativo, pelos quais o Administrador Público deve se orientar, fiel aos princípios básicos da Administração Pública: legalidade, moralidade, publicidade, finalidade, impessoalidade e razoabilidade.

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1.5 Fases do Convênio

1.5.1 Proposição

É a fase inicial do convenio onde se identifica as necessidades existentes e o tipo de ação que a administração poderá tomar.

O convenio será proposto pela parte interessada e terá diferentes origens:

– Proposta ou projeto formulado pela PMMG diretamente ao órgão ou à entidade que disponha de recursos aplicáveis ao objeto pretendido.– Proposição de órgãos ou entidades que apresentem a existência denecessidades ou desejem implementar programas.– Apresentação de emenda ao Orçamento Fiscal Federal por parlamentar.

1.5.2 Celebração

É a segunda fase do convenio, onde será feita a apresentação do projeto de convenio e de toda a documentação solicitada, aprovação do plano de trabalho e posteriormente a assinatura do termo de convenio pelas partes.

Para que o convenio seja formalizado ele devera fundamentar-se nos princípios básicos do direito administrativo, conforme o art. 37 da constituição federal, ou seja, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e o foco principal será sempre o interesse publico.

Todo projeto que visa a celebração de convenio envolvendo a transferência de recursos financeiros de órgãos e entidades publicas na esfera federal e estadual para a PMMG serão submetidos a avaliação previa da Acessória de Gestão para Resultados (AGR). Quando envolverem transferência de recursos dos municípios e entidades privadas, deverão ser avaliados pelos respectivos comandos intermediários.

O termo de convenio será assinados pelos participes e por duas testemunhas devidamente qualificadas e o interveniente, se houver.

O objeto do convenio jamais poderá ser alterado, todavia ele aceita termos de aditamentos.

Toda documentação referente a celebração do convenio devera ser encaminha ate 30 dias antes do inicio do evento para a EMPM6 que procedera a avaliação por meio de nota técnica, para deliberação junto ao Comandante Geral.

1.5.3 Execução

Celebrado o convênio, acordo, ajuste ou instrumento congênere, a sua execução física deverá se pautar pela estrita observância das normas legais aplicáveis, bem como guardar plena consonância com o plano de trabalho previamente pactuado, sob pena de responsabilização da autoridade competente, além da devolução dos recursos aplicados indevidamente.

A liberação dos recursos financeiros e os procedimentos para a realização das despesas somente poderão ter início após a assinatura e a publicação do extratode convênio no órgão oficial dos Poderes do Estado.

Para cada convênio celebrado deverá estar designado pelo menos um preposto pela PMMG, que atuará como gerente do respectivo instrumento jurídico.

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Quando o convênio compreender a aquisição de equipamentos e materiais permanentes será obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens remanescentes na data da extinção do acordo ou ajuste.

1.5.4 Prestação de contas:

É a demonstração ao concedente de que os recursos, disponibilizados por ele, foram devidamente utilizados de acordo com o avençado no convênio.

A falta de prestação de contas pode ser considerada como um desvio do recurso, o que ensejará medidas específicas, de acordo com cada situação.

Além da rescisão/denúncia do convênio, pode ocorrer a instauração de IPM, Tomada de Contas Especial e impedimento para receber recursos novos.

Cada convênio deve prever especificamente as condições para prestação de contas.

1.5.4.1 Quando há transferência de recurso financeiro par a PMMG.

A forma de prestação de contas de um determinado convênio está estipulada em suas cláusulas ou em legislação especificada no próprio instrumento de estabelecimento do convênio.

Quando há transferência de recurso financeiro, a Diretoria de Finanças é responsável pela adoção de medidas necessárias à formalização e encaminhamento para a concedente da prestação de contas parcial e final relativas aos convênios dentro do prazo legal, devendo estes prazos serem firmados no respectivo convenio levando-se em consideração a legislação em vigor adotada pela concedente.

O Relatório de Cumprimento do Objeto deverá fazer parte da prestação de contas final e deverá estar de acordo com constante com as normas da PMMG, salvo os casos em que a concedente estabelecer modelo próprio.

O Ordenador de Despesa e o Preposto/Gerente serão responsáveis solidários pela consolidação em processo de toda a documentação necessária à prestação de contas parcial e final dos recursos recebidos e da contrapartida aplicada por meio de convênio e do seu encaminhamento à DF,

A DF deverá enviar cópia das prestações de contas para a Aud Set.

1.5.4.2 Quando há somente transferência de material para a PMMG

A PMMG conta com inúmeros convênios com Prefeituras, CONSEP, Associações e até empresas privadas, nos quais uma das atribuições dos convenentes é disponibilizar materiais ou serviços à determinada fração.

Para tais convênios, a prestação de contas se dará, normalmente, através do preenchimento do Anexo “D”, da Instrução 06 Conjunta nº06 DAL/DFO.

O material recebido por convênio nesta circunstância deverá ser lançado, mensalmente, pela fração, no anexo “D” da Instrução Conjunta 06 DAL/DF e remessa ao Almoxarifado da Unidade (Batalhão ou Cia Ind).

Após o recebimento do Anexo “D”, o Almoxarife determinará o lançamento do material no SIAD, de acordo com os procedimentos, já regulamentados.

Para registrar a saída material indicado pela fração como efetivamente recebido no mês, o Almoxarife fará, também mensalmente, a requisição no SIAD em nome do Comandante da fração, para o necessário ajuste do estoque.

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1.6. Conteúdo do convênio

É bastante diversificado o conteúdo do convênio, desde que atendidos os seus pressupostos.

1.6.1 Cláusulas obrigatórias - devem definir ou estabelecer o seguinte:

- objeto e seus elementos característicos, com a descrição sucinta, clara e precisa do que se pretende realizar ou obter;

- a contribuição dos convenentes, especificando-se a participação de cada um;- a classificação funcional-programática e econômica das despesas das partes (se

forem instituições públicas);- a faculdade aos participantes para denunciá-lo ou rescindi-lo, a qualquer tempo,

imputando-se-lhes a responsabilidade das obrigações decorrentes do prazo em que tenha vigido e creditando-lhes, igualmente, os benefícios adquiridos no mesmo período;

- as obrigações dos convenentes;- a indicação do foro para dirimir dúvidas decorrentes de sua execução. No caso da

PMMG, o foro deve ser sempre o de Belo Horizonte, conforme art. 55 parágrafo 2º, da Lei 8.666/93.

1.6.2 Cláusulas circunstanciais - são as cláusulas particulares de cada convênio, que indicam as peculiaridades envolvidas em cada situação, como por exemplo: prestação de contas; custeio de despesas com energia, água e telefonia; comodato de imóvel; doação de terreno para construção de quartéis e etc.

1.6.3 Outras exigências sobre conteúdo

- devem ser redigidos em língua portuguesa;- os valores expressos em moeda nacional, com indexadores, se houver, permitidos

legalmente;- A vigência não pode ter prazo indeterminado;- Não pode ter cláusula que permita convalidação dos atos antes da

assinatura/publicação do instrumento do convênio ou aditivo.

1.7 Competência para celebração na PMMG

1.7.1 Comandante Geral

O Comandante Geral (Chefe do Estado Maior quando substituto eventual) tem competência exclusiva de celebrar convênios nas seguintes situações:

- Quando ocorrer dispêndio financeiro pela PMMG para execução;- Quando o objeto pretendido envolver Unidades subordinadas a diferentes

Comandos Intermediários;- No âmbito Federal ou Estadual, o instrumento for assinado pela Autoridade titular

desses órgãos, com vistas à preservação de equivalência de representatividade;- Quando ocorrer transferência de recursos financeiros à PMMG, ainda que a título

de indenização;- Quando celebrado com o município de Belo Horizonte;

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- Ou quando o objeto consistir na construção, reforma ou cessão de prédio visando ao funcionamento ou à melhoria de serviços policiais.

1.7.2 Os Comandantes, Diretores e Chefes em nível de Comando Intermediário

São competentes para a celebração de convênios com órgãos da Administração Pública direta ou indireta, nas esferas Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal, ou organizações particulares, desde que não conflitem com as situações mencionadas anteriormente, quando:

- o objeto envolver reflexos exclusivos na esfera de sua responsabilidade;- o objeto pretendido envolver mais de uma Unidade Executora lotada no âmbito de sua responsabilidade;- a Unidade interessada for apoiada por Centro de Apoio Administrativo (CAA), Centro de Administração de Ensino (CAE) ou unidade equivalente a estas;- celebrado com o município sede da RPM;- o objeto consistir na construção, reforma ou cessão de prédio visando ao funcionamento ou à melhoria de serviços

1.7.3 Aos Comandantes, Diretores e Chefes de Unidades de Execução (UE)

Ficou subdelegada a competência para celebrar convênios com os municípios, desde que não conflitem com as competências das autoridades anteriormente mencionadas

1.8 Plano de trabalho

Plano de trabalho é um instrumento integrante do convênio que deverá especificar o estudo de viabilidade econômica e social, as metas a serem atingidas, os respectivos prazos de execução, os critérios objetivos de avaliação. É o conjunto de elementos necessários e suficientes para caracterizar, de modo preciso, aoobjeto do convênio, sua viabilidade técnica, custos, fases ou etapas e prazos de execução.

O plano de trabalho é parte integrante de um convênio, sendo que sua exigência está prevista no art. 116, da Lei 8.666/93.

A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

- identificação do objeto a ser executado; - metas a serem atingidas; - etapas ou fases de execução; - plano de aplicação dos recursos financeiros; - cronograma de desembolso; - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das

etapas ou fases programadas;- se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os

recursos próprios para complementar à execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.

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- Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos.

A resolução de convênios da PMMG prevê ainda que o Plano de trabalho de um convênio deve conter os seguintes elementos:

1.Razões que justifiquem a celebração do convênio;2. descrição completa do objeto a ser executado; 3. descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativamente;4.Etapas ou fases da execução do objeto com previsão de início e fim;5. plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pela concedente e a

contrapartida financeira do proponente, se for o caso, para cada projeto ou evento;6. cronograma de desembolso;7. declaração do convenente de que não está em situação de mora ou de inadimplência

junto a qualquer órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta;8. comprovação do exercício pleno de propriedade do imóvel, mediante certidão de

registro no cartório de imóvel, quando o convênio tiver por objeto a execução de obras ou benfeitorias no mesmo;

9. licença ambiental prévia, quando o convênio envolver obras, instalações ou serviços que exijam estudos ambientais, na forma disciplinada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA;

10. especificação completa do bem a ser adquirido e de obras e serviços e serem executados,

11. comprovação de que os recursos referentes à contrapartida para complementar a execução do projeto estão devidamente assegurados.

1.9 Preposto

1.9.1 Conceito

Prepor vem do Latim prae-ponere = pôr algo, ou alguém, antes (ou à frente) de algo ou alguém.Então preposto significa aquele que foi posto em lugar do responsável para atuar em seu nome. Preposto será aquele designado pelo convenente para atuar naquele ajuste específico.

O preposto será designado pela autoridade da PMMG signatária na avença, ficando inclusive acordado em cláusula específica

1.9.2 Atribuições

De acordo com a Resolução, vigente na PMMG, o preposto tem as seguintes atribuições:

- primar pelo cumprimento de todas as cláusulas acordadas;- acompanhar toda execução de todo o convênio;

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– primar para que a execução da avença, bem como todos os estágios das despesas previstas, ocorram dentro de sua vigência;– propor, até 30 dias antes de vencer o instrumento, alterações das cláusulas por meio de termo aditivo, quando representar medida imprescindível à sua boa execução, providenciando inclusive as reformulações do plano de trabalho, quando for o caso;- produzir relatórios específicos necessários, inclusive o Relatório de Cumprimento do Objeto quando da prestação de contas;- Conferir e assinar o Relatório de Atividades de Contrapartida, constante do anexo F desta Resolução;– remeter à DF toda a documentação indispensável ao processo de prestação de contas parcial e final;- propor a denúncia e rescisão, quando for o caso.- instituir equipe que o auxilie na gerência do convênio, quando necessário;- Comunicar seu impedimento para prosseguir no papel de preposto, principalmente quando movimentado ou transferido de função, solicitando à autoridade PM competente a sua substituição por outro militar;– avaliar a eficácia do convênio, ajuste, acordo ou instrumento congênere em vigor, a cada meta/fase cumprida, constante do Cronograma de Execução, para propor ajustes necessários ou denúncia do instrumento, se for o caso, evitando-se a manutenção de parceria ineficaz que possa redundar em ônus operacional, logístico ou qualquer outro desgaste à PMMG.

1.10 Contrapartida

Contrapartida significa a contribuição dos envolvidos no convênio para consecução dos objetivos e o consequente cumprimento do objeto.

Todos os convênios da PMMG devem ter contrapartida, que pode ser financeira ou através de prestação de serviço. Contudo a prestação de serviço deve ser uma atividade diversa da missão institucional da PMMG, ou seja, não se pode registrar como contrapartida o policiamento ostensivo, de trânsito, de meio ambiente ou qualquer outra atividade que já se constitua como missão da PMMG.

Se a contrapartida for financeira, ficará a cargo da PM-6 providenciá-la junto à SEPLAG.

Quando a contrapartida referir-se a serviço, podem ser desenvolvidas palestras sobre uso de entorpecentes, de proteção pessoal, de proteção patrimonial, de relacionamento visando evitar a violência doméstica, etc.

A contrapartida em prestação de serviço pela PMMG deve ser registrada em BOS e arquivada na pasta de controle do convênio, visando ao controle para prestação de contas e controle da própria PMMG, nos termos da legislação vigente. Esse procedimento proporciona transparência confiança nas ações da PMMG.

1.11 Atuação do Comandante do destacamento como preposto de convênios.

Verifica-se que o Comandante de um Destacamento, quando designado como preposto de um convênio, na fração, terá a responsabilidade de desenvolver todas as atribuições elencadas acima. Contudo alguns procedimentos precisam ser observados de forma mais atenciosa. Dentre eles destacam-se os seguintes:

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- Ter cópia do convênio e conhecer todas as suas cláusulas;- acompanhar a execução do convênio e preencher os documentos exigidos;- verificar se as cláusulas específicas da outra parte estão sendo cumpridas;- cumprir as atribuições relativas à PMMG especificadas no convênio;- manter contato com o convenente para os ajustes necessários;- comunicar, imediatamente, ao escalão superior, todas as alterações relevantes

sobre a execução do convênio.

2 CONTRATOS

2.1 CONCEITO

“Contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com o particular ou outra entidade administrativa, para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições desejadas pela Administração”. Meirelles (1999).

2.2 CARACTERÍSTICAS

- Bilateral - é um acordo de vontades, não impositivo pela Administração.- Formal - sempre por escrito, com requisitos especiais.- Oneroso - remunerado.- Comutativo - estabelece compensações recíprocas e equivalentes.- intuito personae - exige a pessoa do contratado para a sua execução.- Administração, no Contrato Administrativo, participa em relação jurídica bilateral com supremacia de poder.

2.4 CLÁUSULAS NECESSÁRIASArt. 55, da Lei 8.666/93.

2.5 ELEMENTOS ESSENCIAIS- Acordo de vontades;-.Capacidade das partes;- Objeto lícito e possível;- Forma prescrita em lei.

2.6 COMPETÊNCIA PARA FORMALIZAÇÃO NO PODER EXECUTIVO

- Governador do Estado;- Chefes do órgãos da Administração Direta e Indireta (Dec. 43.320, de 08/05/2003)- Comandante Geral (Dec. 43.320, de 08/05/2003).- Ordenadores de Despesas - por delegação (Dec. 43.320, de 08/05/2003).

2.7 CARACTERES DIFERENCIAIS ENTRE CONVÊNIO CONTRATO

2.7.1 “O contrato é todo acordo de vontades, firmado livremente pela partes, para criar obrigações e direitos recíprocos” (Hely Lopes Meirelles); é um acordo entre duas ou mais pessoas que transferem entre si algum direito ou sujeitam a alguma obrigação.

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2.7.2 O convênio e o contrato administrativo apresentam características comuns, quais sejam: revelam o poder de império da administração, prestam-se a fins sociais e possuem forma semelhante (ementa, preâmbulo, cláusulas (obrigatórias e circunstanciais- e fecho).

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CONVÊNIO E CONTRATOCONTRATO CONVÊNIO

Vontade individual Vontade funcional (do Estado/do Município/ do cidadão)

Interesses diferentes. Interesses comuns, reciprocamente convergentes; ajuste de conveniências; diversificação na forma de cooperação

Normalmente é decorrente de licitação. Não há licitação tendo em vista o objeto (PODE GERAR UM PROCEDIMENTO LICITATÓRIO)

Formalizado por duas partes. Não há partes e sim partícipes, com as mesmas pretensões.

A denúncia tem de ser em comum acordo, aceita pelos dois contratantes ou vai gerar ônus para um deles.

Qualquer partícipe pode denunciá-lo; não contém cláusula obrigatória da permanência ou sancionadora dos denunciantes.Tem papel de um protocolo de intenções, cooperação mútua, associativa.Configura, às vezes, um instrumento de delegação na Administração Pública.Documento hábil para transferência de recursos.Igualdade jurídica dos signatários.

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UNIDADE IV

1 -LICITAÇÕES,

1.1 CONCEITO

É o procedimento administrativo mediante o qual a administração pública seleciona a proposta mais vantajosa para contrato de seu interesse, pagando-se o menor preço.

O vocábulo significa oferecer, arrematar fazer preço sobre a coisa, disputar, concorrer.

Do Latim Licitatione- Ato ou efeito de licitar, oferta de concessão num leilão ou hasta pública.

1.2 ORIGEM

A licitação surgiu da necessidade de se buscar da proposta mais vantajosa para se adquirir um bem ou contratar um serviço, tal o particular faz antes de adquirir ou contratar. No entanto, como o Estado gerencia recursos públicos, o procedimento deve obedecer aos princípios que regem a Administração pública.

Os procedimentos licitatórios, ao longo dos anos, mereceu tratamento legislativo metódico - lisura dos negócios públicos, efetiva prestação de contas, emprego regular do dinheiro público;

Nos Estados medievais da Europa utilizava-se um procedimento denominado Vela e Pregão.

Os procedimentos foram sendo detalhados através de várias normas federais e estaduais. Os últimos documentos no âmbito federal foram a Lei de licitações nº 8.666/93 e suas modificações e a Lei do Pregão, de nº 10.520, de 17 de junho de 2002.

No âmbito estadual foi editada a Lei nº 9.444/87, que vigorou até 16 dez2003 e a Lei nº 14.167, de 10 de janeiro de 2002, que instituiu a modalidade pregão no âmbito do Estado de Minas Gerais.

A Lei nº 9.444/97 foi revogada pela Lei nº14.868, de 16/12/03, que trata das parcerias público-privadas.

1.3 LEGISLAÇÃO

Atualmente, a legislação vigente sobre licitação é baseada na Lei Federal 8.666/93, na Lei Federal nº10.520 e nas leis estaduais de cada estado membro.

No caso do Estado de Minas Gerais, utiliza-se a Lei nº 14.167 para o pregão e a Lei Federal para as demais modalidades.

1.4 PRINCÍPIOS

1.4.1 – Legalidade (art. 5º, 84, 49,103 CF)1.4.2 - Moralidade (art. 3º, 4º da Lei)1.4.3 – Igualdade (art. 3º e seus incisos da lei)

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1.4.4 - Impessoalidade (art. 5º,7º, 19, 206 da CF)1.4.5 – Publicidade (art. 5º,21 da lei) 1.4.6 - Probidade Administrativa (art. 3º, 4º, 50 da lei)1.4.7 - Vinculação ao Instrumento Convocatório (art. 3º, 40 inciso VII, 41, 43 inciso V, 44 da lei)1.4.8 - Julgamento Objetivo (art. 3º, 40 inciso VII, 43 inciso V, 44, 45 da lei)

1.5 MODALIDADES

As modalidades de licitação estão definidas nos art. 22 da Lei 8.666/93 a modalidade pregão está definida na Lei 10.520/2002. As modalidades são definidas, sobretudo, considerando-se o valor e a caracterização do serviço a ser contratado (obra ou outros serviços) e da aquisição. Assim tem-se as seguintes modalidades e valores:

- Concorrência (art. 22,§1º);- tomada de preço (art. 22, § 2º);- convite (art. 22, § 3º);- concurso (art. 22, § 4º);- leilão (art. 22, § 5º).

PARA OUTROS SERVIÇOS E AQUISIÇÕES

PARA OBRAS

Convite Até R$80.000 Convite Até R$150.000,00Tomada de Preços Até R$650.000,00 Tomada de Preços Até R$ 1.500.000,00Concorrência acima de

R$650.000,00Concorrência Acima de

R$1.500.000,00

1.6 A MODALIDADE PREGÃO

1.6.1 CONCEITO

“É a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública”. (DI PIETRO, 2006).

Essa modalidade caracteriza-se diferentemente das demais por alguns aspectos primordiais, dentre os quais destacam-se: - inversão das fases;- a forma de se apresentar as propostas, com cessão de lances;- a obrigatoriedade de um pregoeiro devidamente habilitado;

No pregão, a Administração tem a possibilidade de contratar a compra de produto ou prestação de serviço por preço mais baixo, uma vez que a competição entre os licitantes ocorre ao vivo (pregão presencial) ou “on line” (pregão eletrônico), incentivando-os a baixar o preço a cada lance dado.

A base do processo licitatório através de pregão é a Lei 8.666/93 no que diz respeito aos princípios a serem obedecidos, ao conteúdo do edital e outros aspetos não abordados na Lei nº 10.520/02 OU Lei Estadual nº 14.167/2002.

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1.7 REGISTRO DE PREÇO

O Sistema de Registro de Preços - SRP deve ser encarado como uma importante ferramenta de auxílio que se consubstancia num procedimento especial a ser adotado nas compras do Poder Público quando os objetos forem materiais, produtos ou gêneros de consumo freqüente, e, ainda, em situações especialíssimas, nas contratações de serviços.

O Registro de Preços, antes levado a efeito somente através Concorrência, agora, felizmente, pode ocorrer por intermédio da inovadora modalidade licitação Pregão, em função da autorização legal estabelecida no art. 11 da Lei nº 10.520/2002.

A adoção do SRP determina, com absoluta certeza, flagrante economia, além de ganho em agilidade e segurança, como determina em linha de ação o Governo Lula, sendo o mais inovador sistema para compras e contratação de serviços pela Administração, principalmente quando adotado em conjunto com o pregão, a também mais inovadora modalidade licitatória.

Algumas definições importantes:- Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de procedimentos para registro

formal de preços relativos à prestação de serviços, aquisição e locação de bens, para contratações futuras;

- Ata de Registro de Preços - documento vinculativo, obrigacional, com característica de compromisso para futura contratação, onde se registram os preços, fornecedores, órgãos participantes e condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e propostas apresentadas;

- Órgão Gerenciador - órgão ou entidade da Administração Pública responsável pela condução do conjunto de procedimentos do certame para registro de preços e gerenciamento da Ata de Registro de Preços dele decorrente; e

- Órgão Participante - órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e integra a Ata de Registro de Preços.

O SRP Será adotado, preferencialmente, nas seguintes hipóteses: - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de

contratações freqüentes; - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas

parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições;

- quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; e

- quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração

2 DISPENSA DE LICITAÇÃO E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÕES E COTEP

2.1 DISPENSA DE LICITAÇÃO

A dispensa de licitação pode ocorrer quando existe a possibilidade de concorrência entre os licitantes, mas esta concorrência está, de alguma forma, prejudicada.

Diferentemente do art. 25. O art. 24 da Lei 8.666/93 é exaustivo, não admitindo outras hipóteses de dispensa que não sejam as elencadas nos seus incisos.

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Há que se ressaltar que os incisos I e II do art. tratam da licitação dispensada, não exigindo a formulação de um processo, no entanto os incisos III a XX exigem ratificação.

É importante observar art. 26, e § único, que tratam da formalização do processo de dispensa de licitação.

2.2 INEXIGIBIIDADE

Ocorre somente quando não for possível existir concorrência para a aquisição do material ou contratação do serviço. O art. 25 da Lei 8.666 trata do assunto e exemplifica algumas situações. Como a Administração é dinâmica, não é possível ao legislador prever todas as situações, por isso, nem todos os casos estão relacionados no artigo situações não elencadas que caracterizam a necessidade de se formalizar o processo de inexigibilidade.

Deve-se ter atenção especial com os parágrafos do referido artigo.O processo de inexigibilidade exige, sempre, a ratificação por autoridade

superior.No caso de serviço técnico profissional, deve ser observado o art. 13 da Lei

8.666/93, que define o que é considerado serviço técnico profissional.Na PMMG, os processos de dispensa de licitação e de inexigibilidade são

aprovados pelo gestor (DAL, APM, DRH, DS) e ratificados pelo Comandante Geral. A Resolução do Cmdo Geral nº 3.720, de 09julho03, estabelece todos os procedimentos a serem adotados para se fazer tais processos.

2.3 COTAÇÃO ELETRÔNICA DE PREÇO – COTEP

A COTEP é realizada para aquisições e contratações que não ultrapassem o limite de licitação dispensada previsto nos incisos I e II do art. 24, da Lei Federal 8.666/93.

Ocorre como se fosse um pregão, no qual as necessidades de cada órgão são lançadas no Sistema, através de um processo de compras e procedimentos devidamente regulamentados, e o fornecedor, devidamente cadastrado na SEPLAG, acessa essa solicitação de compra para efetuar lances de preços sobre o produto ou serviço desejado. Ao final do tempo estipulado para os lances, o órgão da Administração verifica o menor preço ofertado e entra em contato com o fornecedor para a aquisição do produto/serviço.

Esse Sistema foi implantado no Estado de Minas Gerais em 2004, através da Resolução nº 55 da SEPLAG, que foi substituída pela Resolução nº 61/2005, e tem por objetivo controlar, de maneira informatizada, as aquisições de materiais e contratações de serviços em todos os órgãos do Estado de Minas Gerais.

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BIBLIOGRAFIA

Bibliografia obrigatóriaApostila fornecida pelo Instrutor;PARO;Lei nº Federal 8.666/93;Lei Complementar 101/2000.Lei nº Federal 10.520/02;Lei Estadual nº 14.167/02;Lei Estadual nº 12.207/97;Decreto nº 44.786/08;Decreto nº 44.787/2008Resolução nº 4.029/09 – Cmdo Geral;

Bibliografia complementar

BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. 32. Ed. Rio de Janeiro: Saraiva.2003.

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Regulamento do Sistema de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria da PMMG (RAFCA PM)

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Instrução Normativa nº07/2003–Tribunal de Contas do Estado;

Outras Obras

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