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APOSTILA Academia de Musica Voices Prof. Estela Vargas [APOSTILA AULA CANTO] Está apostila contem todo conteúdo que iremos usar em aula, tanto na teórica quanto na prática.

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    Academia de Musica Voices

    Prof. Estela Vargas

    [APOSTILA AULA CANTO] Est apostila contem todo contedo que iremos usar em aula, tanto na terica quanto na

    prtica.

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    Sumrio

    01 - Introduo do Canto..................................................03

    02 - Relaxamento................................................................10

    03 - Postura..........................................................................11

    04 - Aquecimento...............................................................12

    05 - Respirao e Apoio.....................................................14

    06 - Articulao Vocal........................................................21

    07 - Vocalizes.......................................................................32

    08 - Classificao Vocal.....................................................37

    09 - Dinmica.......................................................................38

    10 - Como estudar em casa...............................................40

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    01 - INTRODUO AO CANTO

    APARELHO FONADOR

    Como funciona o aparelho fonador?

    Graas s cordas vocais, podemos falar, cantar, chorar e dar aqueles berros em

    momentos de fria. Se tomarmos como base a dimenso pequena do nosso sistema

    vocal, jamais poderamos mensurar a enorme potncia que tem. Ele formado apenas

    pela laringe e seus componentes, entre eles as cordas (PREGAS) vocais, faringe e

    cavidades oral e nasal. Se fosse colocado numa orquestra, ele certamente estaria

    posicionado lado a lado com os instrumentos mecanicamente mais simples. Nosso

    aparelho fonador, onde fica o sistema vocal, no possui rgos genunos e fez uma

    espcie de permuta com os sistemas respiratrio e digestivo do corpo para conseguir se

    formar. At pouco tempo, cientistas no sabiam explicar como a voz de um cantor

    poderia ser to potente e verstil quanto o som de um instrumento milimetricamente

    construdo pelo homem. Mas, usando fibra tica, os pesquisadores conseguiram "entrar"

    na laringe e identificar elementos presentes no sistema vocal com funes semelhantes

    aos de aparelhos de som.

    NS E OS INSTRUMENTOS

    Assim como a voz humana, a maioria dos instrumentos musicais contam com

    trs elementos bsicos:

    1. Uma fonte de som que vibra no ar e cria uma freqncia fundamental e

    outras harmnicas relacionadas e que definem o timbre (a "cor" do som)

    2. Um aparelho que refora ou amplifica a freqncia fundamental e suas

    harmonias

    3. Um irradiador de som que transfere o som para um espao livre de ar e

    para os ouvidos

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    A MECNICA DAS CORDAS VOCAIS

    Diferentemente das cordas de um violino, as nossas tm uma estrutura formada por trs

    partes, que permitem a diversidade de freqncias que um cantor capaz de

    alcanar. Em cada corda h uma espcie de ligamento, onde esto os msculos

    contrativos, cobertos por uma membrana mucosa. Msculos que cobrem a cartilagem

    anexa s cordas alongam os ligamentos e ajudam a produzir freqncias mais altas.

    Quando se contrai, esse msculo aumenta a tenso da corda, o que gera uma

    variedade ainda maior de freqncia. Quando o ar dos pulmes passa pela membrana,

    ela oscila e troca energia vibracional com essa corrente, criando ondas de som.

    O som produzido na laringe seria inaudvel se no fosse amplificado. A estratgia que o

    corpo usa para intensific-lo a seguinte: uma ao "empurra-puxa" do ar na laringe

    aumenta o balano das cordas vocais. Quando as cordas comeam a se separar, o ar

    dos pulmes sobe e faz presso contra o ar que est parado no vestbulo da laringe(1). A

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    inrcia desse ar estacionrio aumenta a presso na abertura entre as cordas (a glote) e

    as deixa mais separadas (2). Conforme o movimento das colunas de ar, as cordas voltam

    a se fechar e cortam a corrente de ar que sobe dos pulmes (3). Essas aes do

    organismo ocorrem rapidamente e criam um vcuo na glote, que age para que as

    cordas vocais se batam com fora, criando ressonncia. Numa criana, o ciclo vibratrio

    se repete mais de 250 vezes por segundo, fazendo com que a vibrao do ar seja grande

    e gerando sons mais agudos. Nas mulheres, as cordas se movimentam at 220 vezes por

    segundo, e nos homens, cerca de 110 vezes

    Veja os rgos envolvidos na produo do som.

    Dentro da laringe, uma cpsula formada por vrios ossos e cartilagens interligados, o som

    produzido pela vibrao das pregas vocais que em repouso encontram-se separadas

    em forma de "V", e quando falamos, passam a se aproximar, ficando apenas uma

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    pequenssima fresta para que o ar passe e com o atrito faa as mesmas vibrarem

    produzindo o som.

    O comprimento e espessura das pregas (que nos homens aproximadamente de 17 a 24

    mm e nas mulheres de 13 a 17 mm) JUNTO COM FATORES ANATOMICOS QUE ENVOLVEM

    ACSTICA que vai determinar se o som produzido por uma pessoa mais agudo ou mais

    grave. Pregas vocais mais longas e espessas produzem sons mais graves (grosso), pregas

    vocais com espessura menor e mais curtas, produzem sons mais agudos (fino). Isso a

    natureza das pessoas (gentica) que vai determinar. Desta forma a tipo de voz da pessoa

    esta ligado entre outros fatores, principalmente a este do formato das pregas vocais.

    (Falaremos mais, quando falarmos sobre diviso das vozes e ressonncia em outra

    postagem).

    Na figura acima vemos o movimento das pregas que se afastam, quando inspiramos ar e

    se unem quando falamos, cantamos, ou deglutimos algo. No caso da fonao para o

    canto as pregas podem alm de se unirem atravs dos msculos adutores da laringe,

    tambm se alongarem ou contrarem, devido ao msculo vocal (TA) tireoaretenideo que

    na verdade faz parte da prega vocal que composta de duas partes, o TA e a mucosa

    que o recobre, essa que entra em vibrao. Ela est ligada a freqncia sonora, ou

    seja, se o som mais agudo ou grave, pois vibra mais (sons agudos) ou menos (sons

    graves) vezes, dependendo da fora da culuna de ar e tambm do posicionamento do

    msculo TA, que mais alongado, junto com a coluna de ar, faz a mucosa vibrar mais

    rapidamente e contrado, mais lentamente. Isso porque alm de alongar e contrair, ele

    tambm faz a pregas se unirem mais ou menos. Quanto mais unidas as pregas, maior a

    vibrao devido a presso que o ar far sobre elas.

    Para cantarmos ou falarmos, alm do som que sai da nossa laringe, devemos DAR

    FORMA ao mesmo, para que possamos atravs disso formarmos os diversos fonemas que

    nos proporcionam nos comunicar uns com os outros seja por meio da voz falada ou

    cantada. Essa necessidade de darmos forma a boca quando cantamos fundamental,

    pois precisamos emitir o som que projetado dos ressonadores orofarngeo e faciais

    principalmente nos sons agudos, em vez do som que sai simplesmente da garganta, para

    que ele (som) se torne mais belo, tanto no aspecto da dico, quanto com relao s

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    sua propriedades (timbre, altura, intensidade, que a potncia, etc). Para tanto, deve-se

    ovalar a boca, conforme a forma de cada pronncia. Isso nos auxilia pelo fato, de que

    nesse processo de ovalar a boca, o ar sofre uma certa presso para sair, com isso, aliado

    presso que sofre tambm pelo diafragma, que o empurra, o ar levado para a

    CAIXA DE RESSONNCIA ALTA atravs do palato mole, de onde ser ento, projetado.

    Isso fundamental para que o som seja emitido com toda a beleza que desejamos.

    Existem alguns rgos que esto direta ou indiretamente ligados ao processo da

    articulao do som e os chamamos de "ARTICULADORES FACIAIS".

    Os articuladores, que so vrios msculos da face e rgos da boca, so os responsveis

    por produzirem uma barreira sobre o ar que vem da laringe para que possamos produzir

    sons consonantais, ou simplesmente dar forma s vogais, dando assim, origem aos diversos

    fonemas que conhecemos.

    SONS VOCLICOS (VOGAIS)

    So os fonemas gerados a partir da corrente de ar que passa livremente pela cavidade

    bucal. Dependem do posicionamento da lngua, dos lbios e do palato mole

    (Articuladores Faciais). Podem ser Orais e Nasais.

    - Vogais Orais:

    Nessas, a corrente de ar passa somente pela cavidade bucal sem encontrar barreira. So

    elas: a, , , i, , , u.

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    Sua forma depende do posicionamento da lingua principalmente, que atua como

    msculo tracionados da laringe, juntamente com os msculos ligados diretamente a

    laringe.

    - Vogais Nasais:

    Nessas, a corrente de ar passa ao mesmo temo pelas cavidades bucal e nasal e conta

    com o trabalho do palato mole, que fecha parcialmente a passagem do ar pela boca,

    mandando parte desse para as fossas nasais. So elas no total de cinco: nha, nhe, nhi,

    nho, nhu.

    FORMA DA BOCA EM RELAO S VOGAIS.

    - , , : Sons abertos e verticais: - Ovalamento da boca, projeo do som na ressonncia

    alta.

    - , : Sons fechados e verticais.

    Ovalamento da boca e projeo dos lbios para frente. Nos agudos extremos, o queixo

    desce para a ampliao do som.

    - , : Sons fechados e horizontais no grave e verticais no agudo.

    - Um leve sorriso necessrio para que o som projete-se melhor no grave. Ao atingirmos

    notas mais agudas a boca vai se ovalando, (posio vertical) e o som passa para a

    ressonncia alta, para que possa continuar limpo. Na medida do possvel o sorriso

    continua.

    SONS CONSONANTAIS

    J nos fonemas consonantais, o ar encontra uma barreira na cavidade bucal, como j

    vimos, dependendo da posio dos lbios e lngua. D-se o nome de Zona de

    Articulao, ao ponto onde ocorre a barreira do ar na cavidade bucal. Por exemplo,

    quando pensamos em falar "dedo", a lngua sobe at os dentes incisivos superiores,

    impedindo a passagem de ar e som. Esse ponto a zona de articulao linguodental.

    Quando ela desce o ar sai e da-se a forma de "D", ao som que foi solto.

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    Veja o quadro abaixo:

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    2 - RELAXAMENTO

    Antes de cantar, muitas pessoas se lembram de checar a postura, respirao, fazem o

    aquecimento da voz, mas se esquecem do elemento mais importante para se cantar

    bem: o RELAXAMENTO.

    Em nossa rotina diria e em muitos momentos, somos incapazes de expressarmos nossas

    emoes e isso se transforma em energia acumulada, ou seja, ns ficamos tensos. Essas

    tenses vo se acumulando no nosso corpo e em muitas pessoas nos ombros e pescoo.

    Temos ento, duas opes: liberar essas tenses atravs de exerccios de relaxamento ou

    deix-las se acumularem nos msculos.

    importante lembrar que no cantamos apenas com a voz; cantamos tambm com

    nosso corpo. A melhor maneira para relaxar a voz, relaxar o corpo.

    Exerccios de Relaxamento:

    PESCOO:

    Movimente sua cabea em crculos. Gire lentamente para um lado e depois para o outro.

    Faa trs vezes para cada lado;

    Agora, deite a cabea no ombro esquerdo e com a mo esquerda, segure a cabea

    nessa posio durante quinze segundos. Faa o mesmo para o lado direito;

    Abaixe a cabea, encostando o queixo no peito; cruze as mos e coloque na parte de

    trs da cabea. Fique assim por quinze segundos;

    Desta forma, voc estar alongando os msculos do pescoo e da nuca.

    OMBROS:

    Deixe os braos relaxados e comece a girar os ombros lentamente para trs (cinco vezes)

    e depois para frente (cinco vezes).

    Tente encostar os ombros nas pontas das orelhas; fique assim por quinze segundos e

    depois relaxe. Repita trs vezes esse exerccio.

    OBSERVAES:

    Use o bom senso! Mova-se com cuidado e devagar em cada exerccio, v ao seu prprio

    ritmo;

    No force nem se machuque tentando relaxar. Se voc tem algum problema nas costas

    ou qualquer outro problema de sade, consulte o mdico antes de praticar qualquer tipo

    de exerccio fsico.

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    3 - POSTURA

    "Cerca de dois teros da comunicao humana no-verbal, transmitida por meio de

    gestos de mo, expresses faciais ou outras formas de linguagem. A boa imagem corporal

    comea com a postura - o modo como voc se posiciona. (Extrado do livro: Sucesso

    profissional- Como fazer apresentaes - pg. 40 - Publifolha).

    Geralmente quando falamos em postura, logo vem mente aquela imagem de um

    soldado totalmente rgido. Ter uma boa postura na hora de cantar essencial para se ter

    uma boa produo vocal. Mas isso no tem nada a ver com rigidez. Na verdade, a boa

    postura vai nos auxiliar na hora da respirao. Portanto, devemos fazer com que a postura

    no seja uma barreira na hora da respirao.

    Devemos procurar manter o equilbrio do corpo. Para isso:

    os ps devem estar ligeiramente afastados, dividindo assim o peso do seu corpo;

    os braos relaxados e soltos;

    as costas eretas;

    os ombros relaxados, eretos e para trs (sem exagero);

    o pescoo deve estar relaxado. Cuidado para no coloc-lo para frente nem para trs,

    pois isso ir interferir diretamente na emisso da voz;

    a cabea tambm deve estar ereta. Uma boa dica fazer com que seu olhar esteja

    paralelo ao cho (no olhar para cima nem para baixo); imagine um ponto na parede na

    altura de seus olhos; essa a postura correta.

    Todas essas orientaes foram dadas partindo do princpio de que estar cantando em

    p, que a melhor forma. Mas cantores altamente treinados conseguem cantar

    praticamente em qualquer posio.

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    4 AQUECIMENTO

    Como o nome j diz, o aquecimento prvio da voz a preparao da voz para o seu uso

    por um tempo prolongado e intenso. Podemos aquecer a voz atravs de sons que iro

    "massagear" nossas pregas vocais, que como todo msculo, precisa ser preparado e

    aquecido antes de ser utilizado na sua plenitude. importante lembrar que o pr-

    aquecimento pode e deve ser feito no s pelos cantores, mas por todas as pessoas que

    trabalham falando.

    EXERCCIO 1:

    1) Inspire (armazenando o ar na regio abdominal) at que a barriga esteja repleta de ar.

    2) Agora solte o ar aos pouco utilizando o som: Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr......

    Observe que neste exerccio a lngua deve vibrar bastante!!!! Caso a sua lngua no vibre

    e voc esteja forando para emitir este som, PARE! Pois estar fazendo da forma errada.

    Mas se voc conseguiu emitir o som com a vibrao constante da lngua, repita este

    exerccio todos os dias pelo menos durante 10 minutos. Se for cantar em uma

    apresentao ou videok ou ensaiar com sua banda por muito tempo, pr-aquea sua

    voz durante 20 minutos (no mnimo) antes de comear a cantar.

    Pode-se tambm utilizar outras consoantes que possibilitaro o mesmo efeito como, por

    exemplo, o som: Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr... Como se voc fosse imitar o som do

    telefone('TRRRRRIM!!!), mas lembrando de prolongar bastante os erres (RRRR...) at acabar

    o ar.

    EXERCCIO 2:

    Repita o exerccio anterior com uma diferena. No final de cada som acrescentar as

    vogais A,E,I,O,U.

    Exemplo1:

    Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Exemplo2:

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    Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

    IMPORTANTE!!!

    Assim como nos exemplos acima, o som que voc estiver produzindo para pr-aquecer,

    dever estar no mesmo volume, intensidade e tom.

    ***NO BRINQUE COM ESTE EXERCCIO FAZENDO SONS MUITO AGUDOS, MUITO GRAVES OU

    MISTURANDO OS DOIS TONS.***

    Repita os exerccios SEMPRE no seu tom natural, ou seja, sem forar a garganta.

    Se no conseguiu fazer estes exerccios at acabar o ar armazenado, ou seja, voc

    comeou bem, mas no meio do exerccio o som falhou, Pare! Respire fundo por 3 vezes,

    relaxe um pouco e s ento recomece.

    muito comum, no incio, no conseguirmos emitir estes sons at o final, pois trata-se de

    sons que ns no estamos habituados a produzir, mas com o treino dirio, fica cada vez

    mais fcil.

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    5 RESPIRAO

    A respirao est extremamente ligada ao ato de cantar, pois a voz produzida quando

    o ar passa pelas cordas vocais, fazendo-as vibrar e produzir som. No basta encher os

    pulmes de ar para cantar. Temos que saber controlar a sada do ar, aprender a respirar

    corretamente. Saber respirar um grande passo para cantar bem.

    Algumas vezes, encontramos uma certa dificuldade para respirar enquanto cantamos

    (uma msica muito rpida por exemplo) pois temos pouco tempo para respirar. Portanto,

    temos que desenvolver a capacidade de respirar em um curto espao de tempo. Apesar

    de a inspirao nasal ser melhor, pois o ar filtrado, aquecido e umedecido antes de

    chegar aos pulmes, a respirao deve ser nasobucal (pelo nariz e pela boca

    combinados). Ento, no se preocupe em respirar s pelo nariz ou s pela boca. Use os

    dois. O importante deixar o maior espao possvel para que a passagem de ar seja feita

    em menos tempo.

    A voz e a respirao esto extremamente ligadas. Quando falamos em respirao, no

    podemos nos esquecer do diafragma. Esse "famoso" msculo que separa a cavidade

    torcica da abdominal, muito nos auxilia na inspirao (entrada de ar nos pulmes) e na

    expirao (sada de ar dos pulmes).

    Durante a inspirao, o diafragma se contrai para baixo, dando mais espao para a

    entrada de ar nos pulmes. Na expirao ele volta para sua posio normal.

    Ao cantar uma msica, o objetivo deve ser o de manter o diafragma em baixo, pois isso

    auxiliar no controle da sada de ar. importante usar corretamente o diafragma durante

    a respirao para no sobrecarregar as cordas vocais.

    Antes de apresentarmos alguns exerccios, lembre-se de fazer os exerccios de

    relaxamento.

    Exerccios de Respirao

    Antes de comear os exerccios, lembre-se:

    Inspire sem levantar os ombros; imagine que apenas a base do pulmo est sendo

    inflada.

    Durante os exerccios, no vamos trabalhar apenas com o diafragma, mas tambm com

    os msculos abdominais e intercostais. Quando trabalhamos com esses msculos, temos

    condies de armazenar uma maior quantidade de ar pois, as costelas se afastam, o

    diafragma desce , aumentando a cavidade torcica para os lados e para baixo.

    Mantenha a postura adequada

    Faa no mnimo 3 vezes cada exerccio.

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    Exerccios 1:

    Em p, coloque as mos no ventre, abaixo do umbigo, e inspire lentamente. Se voc

    estiver trabalhando com o diafragma, voc notar uma pequena salincia no abdmen

    (a barriga "enche" de ar). Expire lentamente controlando a sada do ar.

    Inspire novamente e expire em forma de S... (o som deve ser o mesmo de um pneu

    vazando ar). Procure manter o som reto. Para isso, lembre-se de usar o apoio do

    diafragma e no deixe que o ar saia de uma vez. Calcule o tempo que voc permanece

    soltando o ar sem inspirar. Comece com 5 segundos e v aumentando gradativamente.

    Faa o mesmo exerccio nas formas: F... e CH...

    Exerccio 2:

    Inspire;

    Pausa (retenha o ar por 2 ou 3 segundos);

    Expire suavemente, os lbios em posio de assobio, fazendo com que a sada de ar seja

    o mais constante possvel.

    Exerccio 3:

    Inspire;

    Pausa;

    Expire com um sopro longo e forte (como se fosse apagar uma vela). No deixe o ar sair

    todo de uma s vez, controle a sada do ar.

    Exerccio 4:

    Inspire;

    Pausa;

    Expire soltando o ar em sopros curtos. Cuidado para no inspirar entre um sopro e outro,

    use apenas o ar que voc inspirou inicialmente.

    Exerccios de Respirao II

    Exerccio 5:

    Inspire;

    Pausa;

    Expire em "S". A sada do ar deve ser constante, sem oscilaes. No deixe o ar sair todo

    de uma vez (imagine o som de um pneu esvaziando). Faa tambm em: "F" e "CH"

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    Exerccio 6:

    Inspire;

    Pausa;

    Expire em sopros curtos, mas com o som de "ts", como se fosse uma bombinha de encher

    pneu de bicicleta. ( ts, ts, ts, ts, ...) Controle o movimento do diafragma .

    Exerccio 7:

    Inspire;

    Pausa;

    Comece expirando com um sopro e transforme em "s". Tente fazer com que a metade do

    ar que voc inspirou, saia atravs do sopro e a outra metade saia em "s".

    Apoio Diafragmtico

    O apoio diafragmtico responsvel pela sustentao do som, bem como a

    durabilidade e potncia do mesmo. Ouvimos muito acerca dele, mas s vezes ficamos

    confusos na hora de aplicar a tcnica. Quero com esta matria elucidar um pouco mais o

    assunto.

    O que apoio diafragmtico? uma tenso aplicada musculatura abdominal que faz

    com que o ar permanea por mais tempo nos pulmes, no sendo emitido todo de uma

    vez, isso porque o diafragma (membrana que separa os rgos inferiores dos superiores)

    provoca uma presso dentro do corpo, formando a coluna de ar que permitir a sada

    controlada do ar.

    Como aplico o apoio diafragmtico?Existem vrias formas de compreendermos e

    aplicarmos a tcnica. Vrias escolas ensinam de forma diferente, no que uma seja

    melhor que a outra, mas alguns adaptam-se melhor a uma determinada forma mais que

    outros. Vou colocar as trs formas que compreendo serem possveis de exercitar:

    Forma 1

    1 - Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmes e infl-

    los, a ponto de sentir a ampliao da regio abdominal e intercostal.

    2 - Encolha a barriga (como se estivesse escondendo-a)

    3 - Solte o ar em "zzz" - note que fica difcil at pra falar quando encolhe-se a barriga.

    que forma-se uma coluna de ar que impede o ar de ser solto de uma vez.

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    Forma 2

    1 - Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmes e infl-

    los, a ponto de sentir a ampliao da regio abdominal e intercostal.

    2 - Empurre a barriga (como se estivesse aumentando-a)

    3 - Solte o ar em "zzz" - esta forma eu particularmente acho mais desconfortvel, porm

    alguns preferem us-la.

    Forma 3

    1 - Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmes e infl-

    los, a ponto de sentir a ampliao da regio abdominal e intercostal.

    2 - Tensione o abdmen (como se fosse pegar peso, ou como se estivesse protegendo o

    estmago de um possvel golpe. Veja se est bem tenso dando pequenos golpes na

    barriga, pra sentir que est bem endurecida a musculao - se no conseguir, faa o

    seguinte teste: inspire e sopre com bastante fora. Enquanto estiver soprando, note como

    a musculatura abdominal fica tensa. Agora tente tension-la sem soprar, ento segure a

    tenso e apalpe o abdmen pra senti-lo firme. Quando estiver firme, o apoio est ativo)

    3 - Solte o ar em "zzz" - esta forma, apesar de parecer um pouco mais complexa, acredito

    que a que se aproxima mais de um bom apoio diafragmtico, pois a sua execuo no

    interfere nos rgos internos de forma direta, ele acontece de fora pra dentro, no o

    contrrio.

    Escolha uma das trs formas (apenas uma das trs, ok?) e exercite bastante o movimento

    abdominal. Quando notar que est controlando bem o apoio, exercite a emisso

    aplicando o apoio da seguinte forma:

    1) Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmes e infl-

    los, a ponto de sentir a ampliao da regio abdominal e intercostal.

    Solte o ar lentamente em "sss"

    Assim que comear a soltar, aplique o apoio e mantenha-o firme at o fim da emisso.

    Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmes e infl-los,

    a ponto de sentir a ampliao da regio abdominal e intercostal.

    Solte o ar em "sss" aos "soquinhos", cortando a emisso (S - S - S - S - S - S)

    Note que a cada "S" emitido, o abdmen faz um pequeno movimento ou contrao. Isto

    sinal de que ele est comandando a emisso do ar. Valorize bem este movimento e, se

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    possvel, procure de fato for-lo. Quanto mais controle se tem sobre esta musculatura,

    maior o controle sobre a emisso.

    Faa os exerccios acima em "SSS", "XXX", "FFF", "ZZZ", "VVV", "GGG". Cronometre a

    evoluo.

    A CINTA ABDOMINAL (Apoio Diafragmtico)

    VOC PODE LOCALIZAR OS MSCULOS NAS FIGURAS ABAIXO

    8 - A cinta abdominal composta de vrios msculos, dos quais os principais so: o

    transverso do abdmen 1 (figura A) , e na (figura B) o grande oblquo 6, o pequeno

    oblquo 5 e o grande reto 4 e 9 na (figura C), que garantem a esttica e participam,

    tambm, na sua totalidade da dinmica respiratria e da sustentao da voz.

    preciso lembrar do grande dorsal 10, na regio lombar, (Figura D) que utilizado na

    inspirao, mas principalmente na expirao.

    O trabalho desta musculatura poderosa indispensvel a firmeza das costelas durante o

    canto. A atividade deste conjunto de msculos permite modular, regular a presso

    expiratria, segundo as exigncias da msica, por um controle consciente e permanente.

    A capacidade pulmonar varia de indivduo para indivduo, segundo a idade e o sexo. Ela

    difere tambm conforme a posio: menos importante na posio deitada, mais

    profunda quando se est de p e um pouco menos quando sentado.

    Seguem os nmeros recolhidos por vrios autores e aps numerosos exames

    espiromtricos.

    Aps uma inspirao profunda, a capacidade mxima (JAMAIS UTILIZADO NO CANTO)

    varia de uma pessoa para outra. Para os homens, entre 3,50 e 5,30 litros (Caruso tinha 4,50

    litros). Para as mulheres, entre 1,80 e 3,70 litros. Normalmente, na voz cantada, a

    capacidade oscila entre 1 e 1,50 litros, dependendo do comprimento da frase.

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    19

    9 - Grande Reto 10 - Grande Dorsal _11 - Coluna Vertebra

    10 -

    Ela varia tambm conforme o tipo de respirao. Na respirao costal superior ela

    mnima, porque a parte mais estreita da caixa torcica, permitindo pouco

    desenvolvimento e provocando contraes intempestivas da regio do pescoo e dos

    msculos larngeos. Ainda, a subida do diafragma fica limitada devido ausncia de

    movimentos abdominais. J a respirao costo-abdominal facilita o alargamento no

    sentido antero-posterior, aumentando assim a capacidade respiratria, sem esforo, e

    possibilitando a subida do diafragma. A capacidade no a principal razo da eficcia

    respiratria. O mais importante e o controle do sopro, do modo como ele economizado,

    disciplinado e utilizado conscientemente, a fim de fornecer a presso que corresponde s

    necessidades da msica.

    Quaisquer que sejam as dificuldades de adaptao da respirao a fonao,

    importante que os movimentos abdominais e torcicos estejam sempre relacionados a

    quantidade de ar inspirado. Muitas vezes, o cantor no percebe que ele toma ar demais

    ou, ao contrrio, pouco ar.

    Se usarmos o espirmetro durante o treinamento respiratrio, poderemos obter

    informaes interessantes com dois testes: um que mede a capacidade pulmonar e outro

    que demonstra a eficcia do trabalho muscular.

    Quando o sopro no e disciplinado, existe uma diminuio no tempo de expirao

    mesmo quando h uma capacidade pulmonar maior e j foi comprovado em testes

    realizados que, a capacidade no e o elemento mais importante, e sim o domnio da

    tonicidade e a agilidade dos msculos que so os fatores que realmente importam.

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    1 - Msculo transverso

    do abdome

    2 - Pbis

    3 - Osso Ilaco

    4.Grande Reto

    _ _ 5 - Pequeno Oblquo

    _ _ 6 - Grande Oblquo

    _ _ 7 - Cpula diafragmtica esquerda

    _ _ 8 - Cpula diafragmtica direita

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    6 ARTICULAO VOCAL

    Articulao e Clareza do Som

    Cantar um elemento da articulao. As palavras da msica devem ser muito claras e

    objetivas, para causar um processo de ao e reao imediata. Para que isto acontea,

    deve-se levar em conta dois processos:

    Articulao: processo pelo qual os rgos da fala moldam o som vocal em sons

    reconhecveis da fala.

    Interpretao: processo pelo qual se carrega o esprito ou significado da msica atravs

    do modo como se executa.

    O primeiro passo para uma boa interpretao o domnio de uma boa articulao. Tanto

    no canto, quanto na fala (a muitas pessoas), os movimentos articulares devem ser mais

    acentuados do que na conversao usual.

    Os elementos na figura acima esto intimamente envolvidos no que se refere

    articulao e clareza do som. Qualquer alterao no funcionamento deles ir interferir no

    som emitido.

    Lbios

    H pessoas que possuem um problema de excessiva tenso labial, o que impede a boa

    mobilidade e flexibilidade. Por outro lado, existem pessoas que possuem um tnus labial

    baixo, ou seja, flcido.

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    A posio ideal para os lbios, aquela que ajuda o rosto a Ter uma expresso

    agradvel, feliz. Deve-se evitar pux-los exageradamente para os cantos ou para frente

    quando se estiver cantando ou falando, pois isto pode modificar a qualidade sonora.

    Para aqueles com problema de tenso ou flacidez labial, existe um procedimento muito

    simples e bastante eficaz, sugerido pelo fisioterapeuta e fonoaudilogo Nolio Duarte.

    Primeiramente, deve-se visualizar a boca e seus pontos-chave:

    Quem tem excessiva tenso, deve relaxar os lbios, apertando com o indicador e o

    polegar nos pontos indicados acima, seguindo a ordem numrica referida. Deve apertar

    cada ponto com firmeza, no entanto, sem exageros, durante 5 a 10 segundos. Pode ser

    incmodo, mas, ao final, os resultados vo valer pena.

    J quem tem lbios flcidos, precisa de tonificao. O procedimento o mesmo, s que

    ao invs de apertar demoradamente, d-se ligeiros apertes (apertando e soltando

    imediatamente) no mesmo sentido numrico do esquema. Estas pessoas tambm podem

    fazer exerccios do "i" ou do "u", torcendo a boca para um lado e para o outro.

    De um modo em geral, neste exerccio das vogais, pode-se utilizar o "p" e o "b" para treino

    labial, pois estas consoantes so totalmente dependentes dos lbios.

    Lngua

    A lngua o principal rgo da articulao, pois interfere na formao das vogais e

    consoantes. Em mdia, a lngua trabalha numa velocidade de 370 movimentos por

    minuto.

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    Cerca de 90% dos problemas que envolvem a lngua so de tenso. Isso causa o

    ressecamento da boca pela retrao constante da lngua. Este posicionamento no

    estimula muito a produo de saliva em termos fisiolgicos, e tambm interfere

    consideravelmente na emisso do som, por razes explicadas mais adiante quando

    falarmos da faringe.

    Existem, tambm, aqueles que precisam tonificar a lngua, sendo caracterizados pelo

    acmulo excessivo de saliva.

    A lngua deve permanecer numa determinada posio, chamada de "posio de

    repouso", ao longo do "assoalho" da boca tocando os dentes inferiores. Veja os seguintes

    exerccios de relaxamento.

    - colocar a lngua um pouco para fora da boca e morder levemente a pontinha da lngua

    - pressionar a lngua fortemente contra os dentes fechados por 5 segundos;

    Em seguida, deve-se associar os dois exerccios lentamente. Alguns problemas da

    pronncia do "S" podem ser resolvidos com a colocao da lngua na posio de

    repouso.

    Maxilar

    A tenso um grande fator limitante da boa atuao dos maxilares. Pode-se perceber a

    tenso existente ao se fechar os dentes e engolir a saliva. Quando se canta de boca

    fechada ocorre isto. Por isso, aparecem dores aps o ensaio ou apresentao, ou mesmo

    aps a fala.

    O maxilar interfere nos msculos da face, modificando o poder de contrao. Portanto,

    deve-se relaxar esses msculos, facilitando a abertura e a flexibilidade da boca e

    liberando os msculos da garganta.

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    Nunca se deve usar posies foradas, tais como empurrar o maxilar para frente, pux-lo

    para trs ou tranc-lo numa posio. A sonoridade vai depender, em parte, da abertura

    que for dada ao maxilar. Em relao tenso ao maxilar inferior, pode-se realizar alguns

    exerccios, lembrando que devem ter maior cuidado ao realiz-los aqueles com

    tendncia luxao do maxilar.

    1. Lateralizao

    Abrindo a boca e movimentando o maxilar para a direita e para a esquerda.

    2. Abertura total

    Abrindo bem a boca por alguns segundos.

    3. Projeo anterior

    Com a lngua na posio de repouso, projetando-se o maxilar para a

    frente, permanecendo assim por alguns segundos.

    4. Projeo posterior

    Com a ajuda de um dedo, fazendo-se um recuo do maxilar por

    alguns segundos.

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    Faringe

    A faringe tem a funo de ampliar o som, e embora no seja essencial para a

    articulao, est intimamente ligada posio assumida pela lngua. Seu melhor

    desempenho depender do comportamento da lngua.

    A ampliao do som ser tanto melhor quanto melhor for o espao que o som puder

    ocupar dentro da boca.

    Como se pode ver neste esquema, a voz ter uma melhor ampliao na posio 1, a

    qual tem o dobro do tamanho da posio 2. Deve-se notar como o hbito to comum da

    posio 3 diminui consideravelmente o espao para a ampliao da voz.

    Existem exerccios que facilitam a aquisio do hbito da posio 1:

    - sabe-se que ao se fazer o movimento de engolir, a lngua inicialmente sobe e em

    seguida, sua parte posterior desce. Ento, com o dedo indicador e o polegar em cada

    extremo do maxilar inferior, faz-se o movimento de engolir. Quando a parte posterior da

    lngua estiver descendo, mantm-se uma presso para baixo, forando os dedos, sem

    esquecer que a ponta da lngua deve estar no padro de repouso.

    - pode-se escolher um tom mdio, e com as vogais "a", "o", e "u" as pessoas podem cantar

    variando o padro de lngua na posio 2 (representado pela vogal em minsculo) e

    posio 1 (representada pela vogal em maisculo).

    Palato

    O palato se divide em 2 partes: o palato duro (cu da boca) e o palato mole (vula,

    conhecida como campainha).

    O palato duro est envolvido com a projeo da voz, e o palato mole com a formao

    de sons orais e nasais.

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    26

    O som, na verdade, formado por ondas. As ondas s se propagam em linha reta, da a

    importncia do palato duro aliado a uma boa postura da cabea:

    Sabe-se que as narinas so responsveis pela ressonncia nasal. Porm, o som nasal s

    ser emitido com a "permisso" do palato mole (a vula).

    Sons nasais

    Sons orais

    Para emitir esses sons nasais, a vula desce. Caso suba, os sons emitidos sero orais.

    O excesso ou a falta de nasalidade podem representar srios problemas de voz,

    afastando-se da normalidade e modificando o som original que deveria ser produzido.

    A origem dos problemas pode estar no hbito de colocao errada da voz, at

    problemas mais srios, como tumores, sinusite, adenide e excesso de muco.

    RESSONADORES VOCAIS E OS RGOS ARTICULADORES

    O som produzido na laringe seria praticamente inaudvel se no fosse amplificado

    e modificado pelas caixas de ressonncia prximas laringe. Para a tcnica vocal (o

    canto), daremos especial ateno aos ressonadores da face. So eles: cavidade da

    boca, cavidades do nariz e os seios paranasais, chamando-os de ressonadores faciais ou

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    voz facial. esta voz facial que o cantor, seja qual for sua voz, deve e precisa desenvolver.

    Uma voz que no explora essas ressonncias, mesmo sendo uma voz forte, ser uma voz

    sem brilho e sem qualidade sonora. A voz bem colocada tem penetrao, beleza e

    qualidade.

    A voz no impostada, no trabalhada, geralmente apoiada na garganta, emitindo,

    assim, sons imperfeitos, sem brilho, mesmo que o timbre seja muito bonito e agradvel.

    Voc j deve ter ouvido falar em cantar na mscara, ou seja, utilizar os ressonadores

    faciais. Observe os ressonadores faciais fazendo este simples teste: coloque uma das mos

    encostadas no Pomo de Ado, que a salincia da laringe e a outra entre o lbio

    superior e o nariz, apenas encoste a mo. No faa fora nem aperte. Com a boca

    fechada produza um som qualquer, como um HUM. Se observar uma vibrao no

    Pomo voc est apoiando a voz na garganta e no nos ressonadores faciais, caso a

    vibrao maior seja abaixo do nariz voc estar no caminho certo, utilizando esses

    ressonadores faciais. No se preocupe, faremos outros exerccios para tal

    desenvolvimento.

    Uma voz que no utiliza os ressonadores faciais tende a provocar um desgaste obrigando

    o cantor a um esforo desnecessrio e, sem dvida, sua voz ser envelhecida

    prematuramente.

    Impor a voz na face no significa for-la nos ressonadores faciais com excessos de

    emisso e sim emiti-la de forma fisiolgica sabendo explor-la de maneira natural.

    Os rgos articuladores so: os lbios, os dentes, a lngua, o palato duro, o vu palatar e a

    mandbula e so encarregados de transformar a voz em voz falada ou cantada. Qualquer

    deficincia de articulao ir dificultar o entendimento do que se canta.

    importantssimo saber pronunciar bem as palavras de acordo com o idioma e suas

    regras, explorando os articuladores na forma correta dos vocbulos. A cavidade bucal

    sofre diversas alteraes de tamanho e forma pelos movimentos da lngua, considerada

    como o principal rgo da articulao, pois apresenta uma enorme variabilidade de

    movimentos pela ao dos seus msculos.

    CAVIDADES DE RESSONNCIA

    Elas esto situadas frente da coluna cervical, isto atrs da parte ssea e do maxilar e

    segem laringe. Elas so compostas pelo baixo ou oro-faringe, limitada embaixo pelas

    cordas vocais, frente pela epiglote e a base da lngua, e atrs pela parde anterior da

    coluna vertebral que recoberta pelos msculos constritores. Ao lado esto os pilares,

    prolongados acima pelo vu palatino. Acima e atrs das fossas nasais, o cavum, ou rino-

    faringe (figura A).

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    ____Figura A - 1. Sinus; 2. Fossas nasais; 3. Cavum; 4. Vu

    palatino;______ 5. Lngua; 6. Epiglote; 7. Cordas vocais.

    Estas cavidades possuem paredes fixas (maxilar superior e palato duro) e paredes mveis

    (mandbula, lngua, epiglote, lbios e vu palatino). Suas formas e dimenses so variveis

    dependendo das pessoas. Alguns destes rgos tm um sentido muscular (lngua, lbios e

    mandbula) e outros no tm (vu, palatino, laringe e cordas vocais).

    No interior desta cavidade se encontra o vu palatino que se segue ao palato. Ele pode

    ter um dimetro transversal e sagital mais ou menos desenvolvido e ser mais ou menos

    longo e musculoso. Qualquer que seja sua forma, o mais importante sua mobilidade. Sua

    posio depende das atitudes articulatrias e varia, segundo a ausncia ou a presena

    de nasalizao (figura B). Neste caso, ele se abaixa e deixa passar um pouco de ar nas

    cavidades nasais. Ele muda tambm, segundo os movimentos da mandbula, dos lbios,

    da laringe e o alargamento, mais ou menos pronunciado da faringe. Ao nvel dos pilares,

    do vu palatino e da parede farngea, este alargamento sentido como uma atividade

    muscular importante e muito sensvel (figura C ).

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    Figura B 1. Elevao do vu palatino; 2. Abaixamento do vu

    palatino.

    A Lngua

    Ela um rgo muscular mvel, feita de numerosos msculos e ligada epiglote e

    laringe. Ela pode e deve executar movimentos extremamente precisos, em diferentes

    pontos da cavidade bucal. o principal rgo da articulao. Ela encontra pontos de

    apoio sobre diferentes partes da abbada palatina e pode realizar, tanto movimentos da

    ponta em direo s arcadas dentrias inferior ou superior, como elevar a base at a

    parte posterior do palato.

    Atravs dos msculos que a unem aos rgos circunvizinhos, ela intervm na abertura

    bucal, nos movimentos do vu palatino e na tonicidade e firmeza da articulao.

    Como todos os msculos desta regio esto relacionados entre si, diretamente, e se

    continuam por suas fibras musculares com os msculos da hipo-faringe e da laringe, toda

    contrao para baixo e para trs vai desencadear uma ao de outros msculos desta

    regio, enquanto que toda posio normal da base da lngua atenua as contraes

    deste conjunto de msculos.

    Do mesmo modo, toda ao, que procura alargar transversalmente as cavidades de

    ressonncia, ter tendncia a atenuar a ao dos msculos que fecham ou estreitam a

    abertura da hipo-faringe e da parte posterior da boca.

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    ____

    Figura C A cavidade bucal. 1. Vu palatino; 2. vula; 3. Pilar

    anterior; 4. Pilar posterior; 5. Amgdala; 6. Lngua; 7. Parede farngea.

    Ela o rgo mvel da articulao e, tambm, comanda a atitude da laringe, o volume

    das cavidades supra-larngeas em sinergia com os movimentos da lngua. Quanto aos

    lbios, eles regulam a atribuio do ressonador bucal anterior.

    nesta grande cavidade farngea, que o som emitido pela laringe vai desenvolver o

    timbre pessoal do cantor e onde se dar o acordo vocal realizado entre a laringe, rgo

    vibrador, e as cavidades supra-larngeas, rgo ressonador. A tambm so realizados os

    movimentos de articulao, dos quais a voz o suporte. A mandbula tem um papel

    essencial no que diz respeito colorao dos timbres e compreenso do texto cantado.

    , pois, o lugar de uma atividade muscular permanente j que h uma mobilidade

    constante dos rgos contidos nas cavidades supra-larngeas. Suas possibilidades de

    adaptao permitem ao cantor distribuir, a seu bel-prazer, as zonas de ressonncia (figura

    15), ou seja, de modificar a composio acstica das sonoridades, j que no nvel

    destas cavidades que os harmnicos so filtrados, onde alguns sero aumentados e

    outros diminudos. por um automatismo acstico-fonatrio controlado pelo ouvido, pelas

    modificaes muito sutis, muito finas, que se pode obter uma grande variedade de

    sonoridades e adaptar o conjunto destes mecanismos s exigncias do texto, da msica e

    da expresso.

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    ___Figura D 1. Ressonncias farngeas; 2. Ressonncias bucais; 3.

    Ressonncias nasals.

    Esta facilidade de adaptao voluntria ou involuntria explica a realizao de um

    timbre ou de uma emisso particular, conforme o gosto do professor ou do aluno.

    Mas ela no estar obrigatoriamente de acordo com as possibilidades do cantor, nem s

    regras da fisiologia vocal, da fontica, da acstica e da fsica. Cedo ou tarde elas levaro

    s dificuldades de outra natureza.

    Devemos assinalar a importncia desta grande cavidade farngea para o cantor, pois

    este o lugar privilegiado para as infeces e inflamaes. Efetivamente, a face posterior

    da faringe pode estar congestionada pelo muco retro-nasal descendente, pelas

    inflamaes dos sinus que atingem a laringe, por um cavum obstrudo por vegetaes,

    pelas amgdalas infectadas ou pelo catarro tubrio. Todas estas inflamaes ou infeces

    supra-larngeas se transmitem mucosa da faringe e da laringe e modificaro o tipo de

    contrao dos msculos que os recobrem bem como a qualidade das mucosas. Elas,

    tambm, atrapalharo a respirao do cantor, obrigando-o a pigarrear e a modificar as

    sensaes indispensveis ao controle da voz cantada.

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    7 - VOCALIZES

    So exerccios vocais que trabalham com escalas e as vogais. Da o termo "vocalize". As

    consoantes tambm so necessrias, pois quando so bem pronunciadas, ajudam a

    melhorar a dico.

    Os vocalizes tm vrias funes, como para aquecimento vocal. Entretanto, tambm

    contribuem para afinao, dico, dinmica e acentuao.

    Importante: Preste ateno ao pronunciar as slabas, palavras e frases. muito importante

    que o auditrio entenda exatamente o que a letra da msica diz, pois assim, que

    conseguimos transmitir a mensagem que a msica traz. Muitas vezes Deus usa a msica

    para preparar os coraes daqueles que nos ouvem para dar o "recado" que Ele tem

    para elas naquele dia. Portanto, de agora em diante, preste muita ateno naquilo que

    voc canta e como est cantando.

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    Exerccio 04

    Exerccio 05

    Exerccio 06

    Nesse exerccio, vamos utilizar uma tcnica chamada "boca chiusa". Voc dever realizar

    esse exerccio com a boca fechada, mas os dentes no podem estar cerrados.

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    Observaes:

    Lembre-se que todos os exerccios devem ser feitos dentro de uma oitava, subindo de

    meio e meio tom Associe aos vocalizes tudo o que foi visto sobre respirao.

    Exerccio 10

    O objetivo desse exerccio trabalhar a colocao de voz.

    Segure por quatro tempos a mesma nota e d um intervalo tambm de quatro tempos.

    Comece pela nota mais aguda e v at o mais grave (lembre-se que estamos

    trabalhando apenas dentro de uma oitava).

    Exerccio 11

    Nesse exerccio voc vai perceber que estaremos cantando algumas notas que

    normalmente no usamos em outros exerccios, que sero utilizados para aprimorar a

    percepo musical. Esta uma escala cromtica, isto , uma escala formada por

    semitons. Primeiro, cante "I A", e depois "OH".

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    Durante a prtica desses exerccios tudo deve funcionar em conjunto: respirao, postura,

    ritmo e tudo o que j vimos anteriormente. No vocalize 12, voc dever cantar a primeira

    linha das vogais (uma em cada nota) e em seguida, repita o mesmo exerccio cantando

    a segunda linha das vogais. No vocalize 13, voc dever cantar primeiro "d..." em todas

    as notas de exerccio. S depois que voc deve passar para a prxima slaba.

    Exerccio 14

    Esse exerccio deve ser feito cantando as vogais, usando apenas uma nica respirao

    para todo o exerccio, sem pausas. O objetivo trabalhar a extenso da sua respirao e

    a sua capacidade de sustentar notas sem desafinar. Voc no deve se sentir cansado

    aps esse exerccio. Se isso acontecer, preciso praticar mais os exerccios de respirao!

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    Exerccio 15

    Esse exerccio vai ajud-lo a desenvolver sua mobilidade vocal. Cante cada nota da

    escala; sem atropelar nenhuma. Voc pode cantar alternando as vogais "A" e "O" cada

    vez que subir o tom.

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    8 - CLASSIFICAO VOCAL

    Na msica clssica vemos uma diviso bem clara e rgida para cada tipo de voz. Isso

    ocorre por que o cantor (a) deve seguir uma partitura que j trs definidos o ritmo, a

    tonalidade e o andamento da msica que foram determinados pelo compositor.

    Acredito que para o canto popular no h necessidade de uma classificao como no

    canto lrico (clssico). Por exemplo: se uma pessoa que contralto quiser cantar uma

    msica que foi composta originalmente para soprano, basta alterar a tonalidade da

    msica para adequ-la sua tessitura.

    Quando falamos em grupos vocais (corais, madrigais, etc) a sim essa classificao vocal

    existe e tanto na msica popular como na msica clssica pode-se perceber claramente

    a diviso das vozes.

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    9 - DINAMICA

    muito desagradvel quando paramos para ouvir uma msica e percebemos que ela

    comea e termina sem dinmica alguma; ou seja, no se percebe nenhuma variao de

    volume durante toda a msica. Para trabalhar com dinmica, primeiramente preciso

    que o cantor(a) esteja integrado com os msicos que executaro o instrumental. No

    adianta o cantor se esforar em demonstrar uma certa "emoo" enquanto canta e os

    msicos no acompanharem a mesma idia. Para quem canta com play-back, deve-se

    ouvir com muita ateno seu instrumental antes de cantar. Para entendermos como

    funciona a dinmica numa msica, vamos observar duas coisas importantes:

    1. O que diz a letra - Esse o ponto de partida. A partir do momento que decidimos passar

    uma mensagem, devemos nos lembrar de usar todos os recursos disponveis para que isso

    acontea (cada um a seu tempo). Portanto, leia a poesia antes e reflita naquilo que voc

    ir cantar interpretando-a durante a execuo.

    2.Volume - o recurso que pode ser usado para se trabalhar com a dinmica da msica.

    Grande o Senhor

    Grande o Senhor

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    10 - COMO ESTUDAR EM CASA

    RELAXAMENTO

    POSTURA

    RESPIRAO

    VOCALIZES

    REPERTRIO

    O relaxamento e a postura esto extremamente ligados. Lembre-se que cantamos com

    nosso corpo todo, no apenas com a voz!

    Saber como trabalhar a respirao na tcnica vocal, como j vimos em aulas anteriores,

    muito importante para desenvolver a capacidade de cantar bem. Para isso,

    necessrio praticar os exerccios que foram dados com muita dedicao e aos poucos, ir

    aumentando a intensidade deles.

    Os vocalizes tem muitas finalidades. Uma delas o aquecimento vocal, que deve ser feito

    sempre antes da aula ou apresentao. Tambm devemos praticar os vocalizes com a

    inteno de se melhorar a afinao, ritmo, etc.

    Esquema de estudo 1 hora/aula por dia:

    Os dez minutos iniciais so para o relaxamento. Faa todos os exerccios que esto na

    aula e outros que voc souber que sirvam para relaxar os ombros, pescoo e costas.

    Aproveite tambm para verificar a postura.

    Nos dez minutos seguintes, faa exerccios de respirao. V aumentando

    gradativamente a repetio de cada exerccio at fazer cinco vezes cada um.

    Nos prximos dez minutos, invista nos exerccios de vocalizes, que servem para afinao,

    aquecimento, ritmo, etc.) No incio do estudo, prefervel trabalhar apenas em uma

    escala, isto , faa apenas dentro de uma oitava. (Ex: comeando no d central do

    piano/teclado siga as notas indo para a direita (agudo), fazendo os exerccios at o

    prximo d).

    O tempo restante poder ser aplicado no repertrio. Essa a hora de aplicar tudo que

    voc tem feito nos exerccios. Procure escolher msicas com ritmos variados.

    " A voz um cdigo de expresso da alma, pois revela nossas impresses mais profundas

    atravs de seu timbre, seu volume, sua forma de emisso, enfim. Quando trabalhamos

    com a voz de algum, colocamos em jogo o seu esquema de valores, toda a sua filosofia

    de vida e toda a sua cosmoviso."

  • Academia de Musica Voices

    APOSTILA AULA CANTO

    41

    ACADEMIA DE MUSICA

    VOICES

    PROF. ESTELA VARGAS