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CNEPC Centro Nacional de Estudos em Psicanálise Clínica http://cnepc.blogspot.com CURSO DE PSICANÁLISE Disciplina ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO Assunto da aula Introdução ao Aconselhamento Indiretivo Professor Dr. David J. P. Pecis Psicólogo Clínico de abordagem Psicanalítica Especialista em Terapias Integrativas e Complementares http://davidpecis.blogspot.com [email protected]

Apostila - Aconselhamento Indiretivo - Aula 01

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CNEPCCentro Nacional de Estudos em Psicanálise Clínica

http://cnepc.blogspot.com

CURSO DE PSICANÁLISE

DisciplinaACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO

Assunto da aulaIntrodução ao Aconselhamento Indiretivo

ProfessorDr. David J. P. Pecis

Psicólogo Clínico de abordagem PsicanalíticaEspecialista em Terapias Integrativas e Complementares

http://[email protected]

Rio de Janeiro, 2012.

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INTRODUÇÃO AO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO

O ato de dar e receber conselhos é muito antigo e remonta os primórdios da vida em sociedade.

Esta prática no passado era desempenhada pelos anciãos, pelos sábios da tribo, que aconselhavam os mais novos, orientando-lhes em suas dificuldades e limitações para que conseguissem superar os obstáculos inerentes a vida.

Ainda hoje vemos esta prática muito comum e bem difundida em todas as sociedades humanas, sobretudo no Brasil, que devido as suas características de proximidade entre as pessoas, o que não se vê em outros países, as pessoas acabam exacerbando esta característica de contar suas vidas pra outrem e esperar destes um bom conselho.

O conselheiro por sua vez precisa estar numa esfera a qual convencionaremos chamar de “campo do suposto saber”, afinal, ninguém em sã consciência pediria conselhos aquele que sabidamente acreditamos não ter condições de nos orientar.

Este “campo do suposto saber” é o local ideal onde se encontram os médicos, os psicólogos, os psicanalistas, os pastores e todos os outros profissionais aos quais recorremos quando estamos com conflitos ou dificuldades.

Não necessariamente eles possuem este conhecimento, ou têm a resposta que procuramos, mas precisamos acreditar que eles possuem, e isso ameniza nossa angústia.

Muitas vezes imputamos sobre eles a função de nos dar uma idéia brilhante ou mostrar um caminho que nós não conhecíamos para podermos sair daquela situação conflitante.

Para que sejam bons conselheiros é de extrema relevância que procurem manter uma conduta que reforce este status de suposto saber, para tal, se espera do que aconselha, que ele (ou ela) seja integro, sábio, tenha habilidades para o ouvir, que seja paciente, honesto e respeitoso.

Dar conselhos faz parte do processo psicoterapêutico praticado por Psicólogos e Psicanalistas, inclusive sendo utilizada na terapêutica Freudiana.

O aconselhamento representa em si uma síntese de várias diretrizes correlatas que se desenvolveram nos campos da educação, saúde mental, serviço social e psicologia.

Entre as várias definições dadas por diferentes autores, eles parecem concordar que o aconselhamento se destina a proporcionar ajuda a indivíduos normais, a fim de remover obstáculos ao seu ótimo desenvolvimento. O aconselhamento pretende ajudar o indivíduo a lidar satisfatoriamente com os problemas reais, a solução para conflitos plenamente conscientes, acompanhados da chamada ansiedade normal.

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Neste aspecto devemos ter em mente que o aconselhamento só será eficaz para tratar de conteúdos conscientes, e jamais será empregada com sucesso num processo mental inconsciente.

TIPOS DE ACONSELHAMENTO

Dentre os mais diversos tipos de aconselhamento existentes, que envolve desde ordenar, proibir, exortar, sugerir e orientar, as formas mais comuns de aplicação são:

MÉTODO DIRETIVO:

O orientador dirige a entrevista, seleciona os tópicos, define os problemas, sugere soluções e planos de ação, sendo o indivíduo agente expectador de seu próprio aconselhamento. Este modelo não se faz o mais indicado se aplicado terapeuticamente, pois facilita a dependência do sujeito à figura do conselheiro, perdendo, ao longo do tempo, a capacidade de resolver seus problemas sozinhos.

MÉTODO INDIRETIVO (ou não diretivo):

O conselheiro/orientador dirige a entrevista que visa o amadurecimento emocional e não apenas soluções de problemas imediatos, focaliza o conteúdo emocional expresso pelo cliente, proporciona atmosfera propícia para autodeterminação por parte do orientado.

Nada impede que durante o curso normal de um aconselhamento, um ou outro método seja empregado de acordo com situações reais para o momento, todavia, é extremamente indicado que a ênfase do processo se dê no método indiretivo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO ACONSELHAMENTO

O Aconselhamento como forma de terapia (Aconselhamento Terapêutico) baseia-se nos estudos e nas obras de Kurt Lewin em sua Psicologia Topológica, em Allport e sua Interpretação Social no desenvolvimento da personalidade e no conceito bio-social da personalidade (Situacionismo) proposto por Gardner Murphy.

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ATUAÇÃO DO ORIENTADOR

O orientador/conselheiro deve afastar-se do autoritarismo e da vaidade, ambos são enganos que corrompem a essência do aconselhamento e cegam aquele que orienta.

A neutralidade deve ser praticada, de modo que as decisões sejam tomadas pelo orientando e respeitadas pelo orientador.

Não cabe ao orientador dizer “faça” ou “não faça”, estas conclusões devem ser alcançadas pelo próprio sujeito que está sendo orientado.

Não cabendo em hipótese alguma, qualquer interferência do conselheiro, que baseando-se em suas opiniões pessoais contrarie as decisões do orientando, ainda que naquele momento, a decisão lhe pareça negativa. Por exemplo, se o orientando concluir que ira divorciar-se, não cabe ao terapeuta, nem ao Psicólogo ou Psicanalista dizer “não faça isso” ou induzir que não faça, impondo o que achamos que seria o melhor para o cliente.

Espera-se que o orientador tenha uma atitude de gestor, onde ele é quem administra a sessão, investigando as causas dos problemas, sugerindo pausas, argumentando, expondo possíveis soluções etc, porém jamais colocando sua opinião ou sua vontade diante da do orientando.

ETAPAS DO ACONSELHAMENTO

1 – Rapport – é o ponto de partida.

2 – Obtenção de auto-conhecimento – orientando através dos testes feitos pelo orientador conhece suas limitações, fraquezas, etc.

3 – Conselho de Planos de Ação – O orientador só da sua opinião se o orientando pedir, ou quando este toma um caminho prejudicial a ele.

4 – Encaminhamento – Indicação de Instituição especializada para melhor ajustar o indivíduo.

TECNICAS APLICADAS

1- PERSUASIVAS

2- INTERPRETATIVAS

3- EXPLANATÓRIAS

4- INFORMATIVAS

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DESENVOLVIMENTO DO ACONSELHAMENTO TERAPEUTICO

Obtenção exaustiva de dados, interpretação dos dados pelo orientador, ênfase no diagnóstico e prognóstico.

FASES

a) Análiseb) Síntesec) Diagnósticod) Prognósticoe) Aconselhamentof) Seguimento

CARACTERÍSTICAS

Sequência flexível, interdependência.

TÉCNICAS ANALÍTICAS

Recursos usados para colher dados de várias fontes do orientando. Neste caso, nossa principal técnica analítica será a escuta Psicanalítica.

FONTES

Questionários, testes de conhecimentos gerais ou específicos, informações de professores, pais, colegas e do próprio orientando.

INSTRUMENTOS

Fichas cumulativas, autobiografias, entrevistas e questionários

AVALIAÇÃO

É o processo de procura de um padrão de características.Estabelece relações significativas entre os dados coletados; formula interpretações, investiga fatores etiológicos em caso de desajustamento.

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FASES DA AVALIAÇÃO

Identificação de problemática, descobertas das causas, indicação de ação.

PROBLEMÁTICAS

Problemas Profissionais, educacionais, pessoais, familiares, econômicos, dependência física/química/afetiva, conflitos psíquicos, falta de conhecimento, angústia da escolha e outros.

ERROS DA AVALIAÇÃO

Conhecimento inadequado da natureza do comportamento, erros de mensuração, ou de interpretação dos instrumentos, influência das condições pessoais do orientador.

OBJETIVOS DO ACONSELHAMENTO NÃO-DIRETIVO

1 – Lidar com o orientando como pessoa e não como problema.

2 – Proporcionar maior independência, integração e amadurecimento.

FUNDAMENTOS BÁSICOS DO ACONSELHAMENTO

1 – Concepção filosófica positiva e otimista da natureza humana.

2 – Concepção filosófica democrática no setor das relações humanas.

3 – Convicção nos recursos do indivíduo para solucionar seus próprios problemas.

CARACTERÍSTICAS:

1 – O orientando assume a responsabilidade.

2- O orientando dirige a entrevista.

3 – Segue-se o centro de referência do orientando.

4 – Ênfase no conteúdo emocional e na relação (rapport)

ATITUDE DO ORIENTADOR:

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AceitaçãoCompreensãoRespeitoPermissivaObjetivando confiança nas possibilidades de autodeterminação do orientando.

ATUAÇÃO DO ORIENTADOR:

CompreendeClarificaSente e percebe com o orientandoReflete o conteúdo emocionalPenetra no mundo psicológico do orientando

UTILIZA-SE QUANDO O ORIENTANDO APRESENTA:

1 – Estado de tensão emocional

2 – Capacidade de lidar com os elementos de sua situação vital

3 – Desejo de receber ajuda

4 – Inexistência de deficiências orgânicas

CAMPOS DE APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO NÃO-DIRETIVA

1- Administração2- Ensino3- Psicoterapia Individual4- Psicoterapia em grupo5- Ludoterapia6- Aconselhamento – Profissional, Educacional e Vital

CATEGORIA DAS RESPOSTAS DO ORIENTADOR E REFORÇAMENTO

As respostas dadas pelo Orientador/Conselheiro não devem ser dadas ao acaso, pois elas constituem parte vital do aconselhamento e devem ser empregadas meticulosamente com fins de promover reflexões e estimular o cliente a encontrar a solução do problema.

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AS RESPOSTAS PODEM SER CLASSIFICADAS COMO:

AVALIATIVAS – Expõem a avaliação do orientador sobre o conteúdo apresentado pelo cliente.

INTERPRETATIVAS – Auxiliam o cliente a interpretar uma situação ou questionamento.

INTERROGATIVAS – Promovem o prolongamento do debate e levam o cliente a buscar uma resposta a questão proposta pelo orientador.

ANIMATIVAS / SUPORTATIVAS – Promovem ânimo no cliente.

COMPREENSIVAS – Transmitem sua compreensão ao que o cliente está passando, vivendo ou relatando.

REFORÇAMENTO

Segundo a teoria de Skinner, pai do comportamentalismo, comportamentos adequados necessitam ser reforçados e comportamentos inadequados necessitam ser punidos, a fim de condicionar-mos alguém a reproduzir os comportamentos que desejamos.

Skinner criou a teoria do estímulo-resposta em Psicologia e, apesar de suas idéias estarem um tanto quanto ultrapassadas, ainda podem ser utilizadas para compreender o mecanismo mais rudimentar do aprendizado e, a idéia do reforçamento ainda se mostra bastante eficaz na educação.

Um reforço pode ser: Positivo ou Negativo, e visam atenuar um comportamento, enquanto que a punição é sempre negativa e visa reduzir um comportamento.

Num exemplo de uma criança que não quer comer sua comida, podemos empregar um reforço positivo dando a ela uma bala caso ela coma tudo, ou podemos dar uma chinelada caso ela não coma.

Em ambos os casos buscamos que ela realize a ação de comer.

A punição é comumente associada ao reforço negativo, pois ambos são vinculados à estímulos negativos, todavia, a finalidade do reforço negativo é reproduzir um comportamento, enquanto que a punição busca reduzi-lo.

Este conceito de REFORÇAMENTO pode e deve ser empregado como ferramenta do aconselhamento, levando o cliente a compreender os comportamentos que ele precisa evidenciar e reproduzir, ao mesmo tempo que evidencia aqueles que ele precisa evitar ou suprimir.

Exemplo de resposta INDIRETIVA INTERROGATIVA que visa promover um reforço negativo:

“Então segundo o que você está me dizendo você é um incapaz, ou seja, fraco demais para conseguir superar essa dor?”

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Exemplo de resposta INDIRETIVA ANIMATIVA que visa promover reforço positivo:

“Parabéns! É isso aí, eu tenho certeza que você consegue!”

DIAGNÓSTICO E TESTES PSICOLÓGICOS

Em alguns países do mundo, sobretudo na Europa, a questão do DIAGNÓSTICO não se evidencia prelazia de nenhuma categoria profissional, sendo permitido ao Psicanalista diagnosticar NEUROSES, PSICOSES e PERVERSÕES, todavia no Brasil, essa questão é bastante polêmica, pois ainda que exista este direito, outras classes, sobretudo a dos médicos e psicólogos, tentam a todo custo limitar a ação dos demais profissionais, que acabam por se tornar subordinados deles.

O Projeto de Lei do Ato Médico, Projeto de Lei do Senado Nº 268/2002 (PLC nº 7.703-C/2006) diz o seguinte:

Art. 4º - São atividades privativas do médico:

§ 1º Diagnóstico nosológico privativo do médico, para os efeitos desta Lei, restringe-se à determinação da doença que acomete o ser humano, aqui definida como interrupção, cessação ou distúrbio da função do corpo, sistema ou órgão, caracterizada por no mínimo 2 (dois) dos seguintes critérios:     I – agente etiológico reconhecido;     II – grupo identificável de sinais ou sintomas;     III – alterações anatômicas ou psicopatológicas.

§ 2º Não são privativos do médico os diagnósticos funcional, cinésio-funcional, psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva.

§ 7º O disposto neste artigo será aplicado de forma que sejam resguardadas as competências próprias das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia.

No Brasil, o uso de testes psicológicos e o diagnóstico psicológico constituem funções privativas do psicólogo, conforme dispõe a lei 4.119/62.

Desse modo, a fim de evitar problemas jurídicos é aconselhável ao Psicanalista e ao Terapeuta de modo geral, não realizar Diagnóstico nem Aplicar Testes Psicológicos para qualquer fim.

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A PUNIÇÃO É A PARTE DA TEORIA COMPORTAMENTALISTA DE SKINNER QUE NÃO DEVE SER EMPREGADA NUM

ACONSELHAMENTO INDIRETIVO, PELO SIMPLES FATO DE QUE NO MODO INDIRETIVO O ORIENTADOR É EXPECTADOR DA

RELAÇÃO E NÃO DEVE JAMAIS ORDENAR, MANDAR OU PUNIR.

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Ao invés de empregar a palavra DIAGNÓSTICO sugerimos o termo substituto “AVALIAÇÃO” ou “ANAMNESE”.

ALGUNS PROBLEMAS E POSSÍVEIS SUGESTÕES

A entrevista de aconselhamento representa uma relação sui generis, cujo significado para cliente pode ter inúmeras conotações; dessas dependem, frequentemente, o sucesso ou o fracasso do caso. As percepções do indivíduo com relação a pessoa do orientador, o significado das suas comunicações não-verbais e a simbolização de suas experiências devem ser considerados e compreendidos.

O conhecimento a respeito do responsável pela indicação ou encaminhamento fornecem uma pista para se conhecerem as expectativas do cliente.

PROBLEMAS:

Pessoas que trazem expectativas positivas, tendo como exemplo o tratamento de algum conhecido;

Estudante mandado pelo Diretor do colégio por causa de indisciplina; Pessoas com fracasso amoroso, traz consigo medo, apreensão etc; Indivíduos dependentes, se o conselho o agrada então é seguido,

senão é desprezado e o orientador passa a ser visto como incapaz; Pais que esperam receber uma “fórmula mágica” para transformarem

seus filhos dá noite para o dia.

SUGESTÕES:

Seja discreto; Fale somente o necessário; Ouça com atenção; Procure deixar o orientando à vontade; Conquiste paulatinamente a confiança do orientando antes de dar-lhe

conselhos; Mantenha uma postura imparcial e de aceitação do problema trazido

pelo orientando; Seja sábio e sobretudo; Jamais aconselhe com base no “faça o que eu falo mas não faça o

que eu faço”, seja o exemplo.

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