Apostila - Agente de Endemias

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CONCURSO DE CAMPO FORMOSO

AGENTE DE ENDEMIAS

APOSTILA DE CONHECIMENTOS ESPECFICOSDE ACORDO COM O EDITAL 001/2012

SUMRIO

Polticas de Sade no Brasil -----------------------------------------------------------------------------------------------------03 SUS Sistema nico de Sade ------------------------------------------------------------------------------------------------ 03 Meio Ambiente ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 06 Saneamento Bsico ------------------------------------------------------------------------------------------------------------12 Poluio atmosfrica e sonora ---------------------------------------------------------------------------------------------- 13 Lixo: Coleta, transporte e destinao -------------------------------------------------------------------------------------- 22 Vigilncia Nutricional e Sanitria ------------------------------------------------------------------------------------------------ 22 Produo de Alimentos --------------------------------------------------------------------------------------------------------22 Armazenagem, conservao, distribuio e qualidade dos Alimentos --------------------------------------------23 Condies Nutricionais da populao ------------------------------------------------------------------------------------- 23 Enfermidades causadas por alimentos ------------------------------------------------------------------------------------24 Condies Higinico-Sanitria de unidades hospitalares de uso coletivo --------------------------------------------25 Sade do Trabalhador -------------------------------------------------------------------------------------------------------------26 Equipamentos de segurana-------------------------------------------------------------------------------------------------26 Situaes de Risco -------------------------------------------------------------------------------------------------------------27 Sade Pblica ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 Notificao compulsria -------------------------------------------------------------------------------------------------------31 Imunizao Ativa e Passiva --------------------------------------------------------------------------------------------------32 Visitao domiciliar -------------------------------------------------------------------------------------------------------------32 Inquritos epidemiolgicos ---------------------------------------------------------------------------------------------------32 Busca Ativa ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 33 Controle de Zoonose -----------------------------------------------------------------------------------------------------------33 Referncias --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 33

Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaCONHECIMENTOS ESPECFICOS PARA AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS 1 POLTICAS DE SADE NO BRASIL: Evoluo Histrica A busca na melhoria a sade aconteceu em diversos momentos na histria do pas e esse o tema do documentrio Polticas de sade no Brasil: Um sculo de luta pelo direito sade que mostra a evoluo da sade desde a revolta da vacina at a atualidade mostrando como foi o surgimento do sistema nico de sade (sus) e os ideais que levaram a sua implantao, pois ele representa uma conquista daqueles que lutaram pela sade do povo brasileiro por uma sade onde h como ideal a universalidade, equidade e integralidade. O filme inicia com o surto de vrias epidemias, criao de vacinas para lutar contra as diversas doenas sendo instituda a lei de vacinao obrigatria contra a varola. Era de grande interesse controlar as doenas, pois prejudicavam a produo e a exportao do caf, para se manter boas relaes comerciais com o exterior, alm de manter a poltica de imigrao. Em 1923 foi criando as Caixas de Aposentadoria e Penso, essas instituies eram mantidas pelas empresas que passaram a oferecer esses servios aos seus funcionrios. A primeira delas foi a dos ferrovirios. Elas tinham entre suas atribuies a assistncia mdica ao funcionrio e a famlia, aposentadorias e penses. Quando Getlio Vargas toma o poder criado o Ministrio da Educao e Sade e as caixas so substitudas pelos Institutos de Aposentadoria e Penses (IAPs), que, por causa do modelo sindicalista de Vargas, passam a ser dirigidos por entidades sindicais e no mais por empresas como as antigas caixas. O primeiro IAP foi o dos martmos. Com incio da ditadura militar no Brasil, uma das discusses sobre sade pblica brasileira se baseou na unificao dos IAPs como forma de tornar o sistema mais amplo. Em 1960, ocorreu a unificao dos IAPs em um regime nico para todos os trabalhadores regidos pela Consolidao das Leis Trabalhistas (CLT), o que exclua trabalhadores rurais, empregados domsticos e funcionrios pblicos. Aconteceu em 1967 pelas mos dos militares a unificao de IAPs e a conseqente criao do Instituto Nacional de Previdncia Social (INPS). Surgiu ento uma demanda muito maior que a oferta. A soluo encontrada pelo governo foi pagar a rede privada pelos servios prestados populao. A estrutura foi se modificando tendo a criao do Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social (Inamps) em 1978, que ajudou nesse trabalho nos repasses para iniciativa privada. Um pouco antes, em 1974, os militares j haviam criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), que ajudou a remodelar e ampliar a rede privada de hospitais, por meio de emprstimos com juros subsidiados. A 8 Conferncia Nacional de Sade foi um marco na histria do SUS. Foi aberta em 17 de maro de 1986 por Jos Sarney, o primeiro presidente civil aps a ditadura, e foi a primeira conferncia a ser aberta sociedade, tambm, foi importante na propagao do movimento da Reforma Sanitria. A 8 Conferncia Nacional de Sade resultou na implantao do Sistema Unificado e Descentralizado de Sade (SUDS), um convnio entre o INAMPS e os governos estaduais, A Constituio de 1988 foi um marco na histria da sade pblica brasileira, ao definir a sade como "direito de todos e dever do Estado". 2 SUS SISTEMA NICO DE SADE Antes da criao do SUS, que completa 20 anos em 2008, a sade no era considerada um direito social. O modelo de sade adotado at ento dividia os brasileiros em trs categorias: os que podiam pagar por servios de sade privados; os que tinham direito sade pblica por serem segurados pela previdncia social (trabalhadores com carteira assinada); e os que no possuam direito algum. Assim, o SUS foi criado para oferecer atendimento igualitrio e cuidar e promover a sade de toda a populao. O Sistema constitui um projeto social nico que se materializa por meio de aes de promoo, preveno e assistncia sade dos brasileiros. O Sistema nico de Sade (SUS) foi criado pela Constituio Federal de 1988 para que toda a populao brasileira tenha acesso ao atendimento pblico de sade. Anteriormente, a assistncia mdica estava a cargo do Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social (INAMPS), ficando restrita aos empregados que contribussem com a previdncia social; os demais eram atendidos apenas em servios filantrpicos. Do Sistema nico de Sade fazem parte os centros e postos de sade, hospitais incluindo os universitrios, laboratrios, hemocentros (bancos de sangue), os servios de Vigilncia

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaSanitria, Vigilncia Epidemiolgica, Vigilncia Ambiental, alm de fundaes e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ -Fundao Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil. A histria do SUS Antes do advento do Sistema nico de Sade (SUS), a atuao do Ministrio da Sade se resumia s atividades de promoo de sade e preveno de doenas (por exemplo, vacinao), realizadas em carter universal, e assistncia mdico-hospitalar para poucas doenas; servia aos indigentes, ou seja, a quem no tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social. O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdncia Social (INPS), que hoje o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministrio da Previdncia e Assistncia Social (hoje Ministrio da Previdncia Social), e tinha a finalidade de prestar atendimento mdico aos que contribuam com a previdncia social, ou seja, aos empregados de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos prprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convnios estabeleciam a remunerao por procedimento.

O movimento da Reforma Sanitria nasceu no meio acadmico no incio da dcada de 1970 como forma de oposio tcnica e poltica ao regime militar, sendo abraado por outros setores da sociedade e pelo partido de oposio da poca o Movimento Democrtico Brasileiro (MDB). Em meados da dcada de 70 ocorreu uma crise do financiamento da previdncia social, com repercusses no INAMPS. Em 1979 o general Joo Baptista Figueiredo assumiu a presidncia com a promessa de abertura poltica, e de fato a Comisso de Sade da Cmara dos Deputados promoveu, no perodo de 9 a 11 de outubro de 1979, o I Simpsio sobre Poltica Nacional de Sade, que contou com participao de muitos dos integrantes do movimento e chegou a concluses altamente favorveis ao mesmo; ao longo da dcada de 1980 o INAMPS passaria por sucessivas mudanas com universalizao progressiva do atendimento, j numa transio com o SUS.

A 8 Conferncia Nacional de Sade foi um marco na histria do SUS por vrios motivos. Foi aberta em 17 de maro de 1986 por Jos Sarney, o primeiro presidente civil aps a ditadura, e foi a primeira CNS a ser aberta sociedade; alm disso, foi importante na propagao do movimento da Reforma Sanitria. A 8 CNS resultou na implantao do Sistema Unificado e Descentralizado de Sade (SUDS), um convnio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seo "Da Sade" da Constituio brasileira de 5 de outubro de 1988. A Constituio de 1988 foi um marco na histria da sade pblica brasileira, ao definir a sade como "direito de todos e dever do Estado". A implantao do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporao do INAMPS ao Ministrio da Sade (Decreto n 99.060, de 7 de maro de 1990); e por fim a Lei Orgnica da Sade (Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lanada a Lei n 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais caractersticas: o controle social, ou seja, a participao dos usurios (populao) na gesto do servio. O INAMPS s foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei n 8.689. PRINCPIOS DO SUS O Sistema nico de Sade teve seus princpios estabelecidos na Lei Orgnica de Sade, em 1990, com base no artigo 198 da Constituio Federal de 1988. Os princpios da universalidade, integralidade e da eqidade so s vezes chamados de princpios ideolgicos oudoutrinrios, e os princpios da descentralizao, da regionalizao e da hierarquizao de princpios organizacionais, mas no est claro qual seria a classificao do princpio da participao popular. Universalidade

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahia"A sade um direito de todos", como afirma a Constituio Federal. Naturalmente, entende-se que o Estado tem a obrigao de proverateno sade, ou seja, impossvel tornar todos sadios por fora de lei. Integralidade A ateno sade inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de sade das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em considerao mesmo que no sejam iguais s da maioria. Equidade Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de sade; como, no entanto, o Brasil contm disparidades sociais e regionais, as necessidades de sade variam. Por isso, enquanto a Lei Orgnica fala em igualdade, tanto o meio acadmico quanto o poltico consideram mais importante lutar pela eqidade do SUS. Participao da comunidade O controle social, como tambm chamado esse princpio, foi melhor regulado pela Lei n 8.142. Os usurios participam da gesto do SUS atravs das Conferncias de Sade, que ocorrem a cada quatro anos em todos os nveis, e atravs dos Conselhos de Sade, que so rgos colegiados tambm em todos os nveis. Nos Conselhos de Sade ocorre a chamadaparidade: enquanto os usurios tm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto. Descentralizao poltico-administrativa O SUS existe em trs nveis, tambm chamados de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com comando nico e atribuies prprias. Os municpios tm assumido papel cada vez mais importante na prestao e no gerenciamento dos servios de sade; as transferncias passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua populao e no tipo de servio oferecido, e no no nmero de atendimentos. Hierarquizao e regionalizao Os servios de sade so divididos em nveis de complexidade; o nvel primrio deve ser oferecido diretamente populao, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando necessrio. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referncia e contra-referncia entre os servios de sade, melhor a sua eficincia e eficcia. Cada servio de sade tem uma rea de abrangncia, ou seja, responsvel pela sade de uma parte da populao. Os servios de maior complexidade so menos numerosos e por isso mesmo sua rea de abrangncia mais ampla, abrangncia a rea de vrios servios de menor complexidade. Ser eficiente e eficaz, produzindo resultados com qualidades. A Lei Orgnica da Sade estabelece ainda os seguintes princpios: Preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral; Direito informao, s pessoas assistidas, sobre sua sade; Divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios de sade e sua utilizao pelo usurio; Utilizao da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica; Integrao, em nvel executivo, das aes de sade, meio-ambiente e saneamento bsico;

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahia Conjugao dos recursos financeiros, tecnolgicos, materiais e humanos da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, na prestao de servios de assistncia sade da populao; Capacidade de resoluo dos servios em todos os nveis de assistncia; e Organizao dos servios pblicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idnticos.

rea de atuao do SUS Segundo o artigo 200 da Constituio Federal, compete ao SUS: Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a sade e participar da produo de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos, hemoderivados e outros insumos; Executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como as de sade do trabalhador; Ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade; Participar da formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento bsico; Incrementar em sua rea de atuao o desenvolvimento cientfico e tecnolgico; Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e guas para consumo humano; Participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos; Colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

FINANCIAMENTO Um bom trabalho est sendo feito, principalmente pelas prefeituras, para levar assistncia sade aos mais distantes sertes, aos mais pobres recantos das periferias urbanas. Por outro lado, os tcnicos em sade pblica h muito detectaram o ponto fraco do sistema: o baixo oramento nacional sade. Outro problema a heterogeneidade de gastos, prejudicando os Estados e os municpios, que tm oramentos mais generosos, pela migrao de doentes de locais onde os oramentos so mais restritos. Assim, em 1993 foi apresentado uma Emenda Constitucional visando garantir financiamento maior e mais estvel para o SUS, semelhante foi ao que a educao j tem h alguns anos. Proposta semelhante foi apresentada no legislativo de So Paulo (Pec 13/96).

3 NOES DE MEIO AMBIENTE O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e no-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma regio dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. o conjunto de condies, leis, influncias e infra-estrutura de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes: Completo conjunto de unidades ecolgicas que funcionam como um sistema natural, mesmo com uma massiva intervenohumana e de outras espcies do planeta, incluindo toda a vegetao, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera efenmenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Recursos naturais e fenmenos fsicos universais que no possuem um limite claro, como ar, gua, e clima, assim como energia,radiao, descarga eltrica e magnetismo, que no so originados por atividades humanas.

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaNa Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: "O meio ambiente o conjunto de componentes fsicos, qumicos, biolgicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas." A Poltica Nacional do Meio Ambiente (PNMA) brasileira, estabelecida pela Lei 6938 de 1981, define meio ambiente como "o conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas". Em Portugal, o meio ambiente definido pela Lei de Bases do Ambiente (Lei n 11/87) como "o conjunto dos sistemas fsicos, qumicos, biolgicos e suas relaes, e dos factores econmicos, sociais e culturais com efeito directo ou indirecto, mediato ou imediato, sobre os seres vivos e a qualidade de vida do homem.". COMPOSIO As cincias da Terra geralmente reconhecem quatro esferas, a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera, correspondentes respetivamente s rochas, gua, ar e vida. Alguns cientistas incluem, como parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo) como uma poro distinta da hidrosfera, assim como a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa. Cincias da Terra um termo genrico para as cincias relacionadas ao planeta Terra. H quatro disciplinas principais nas cincais da Terra: geografia, geologia, geofsica e geodsia. Essas disciplinas principais usam fsica, qumica, biologia, cronologia ematemtica para criar um entendimento qualitativo e quantitativo para as reas principais ou esferas do "sistema da Terra". ATIVIDADE GEOLGICA A crosta da Terra, ou litosfera, a superfcie slida externa do planeta e qumica e mecanicamente diferente do manto do interior. A crosta tem sido gerada largamente pelo processo de criao das rochas gneas, no qual o magma (rocha derretida) se resfria e se solidifica para formar rocha slida. Abaixo da litosfera se encontra o manto no qual aquecido pela desintegrao dos elementos radioativos. O processo de conveco faz as placas da litosfera se moverem, mesmo lentamente. O processo resultante conhecido como tectonismo. Vulces se formam primariamente pelo derretimento do material da crosta da zona de subduco ou pela ascenso do manto nas dorsais ocenicas e pluma mantlica. GUA NA TERRA Oceanos Um oceano um grande corpo de gua salina e um componente da hidrosfera. Aproximadamente 71% da superfcie da Terra (uma rea de 361 milhes de quilmetros quadrados) coberta pelo oceano, um contnuo corpo de gua que geralmente dividido em vrios oceanos principais emares menores. Mais da metade dessa rea est numa profundidade maior que trs mil metros. A salinidade ocenica mdia por volta de 35 partes por milhar (ppt) (3,5%), e praticamente toda a gua do mar tem uma salinidade de 30 a 38 ppt. Apesar de geralmente reconhecidos como vrios oceanos 'separados', essas guas formam um corpo global interconectado de gua salina por vezes chamado de Oceano Global. Esse conceito de oceano global como um corpo contnuo de gua com um intercmbio [10] relativamente livre entre suas partes de fundamental importncia para a oceanografia. As principais divises ocenicas so definidas em parte pelos continentes, vrios arquiplagos, e outros critrios: essas divises so (em ordem decrescente de tamanho) o Oceano Pacfico, o Oceano Atlntico, o Oceano ndico, o Oceano Antrtico e o Oceano rtico. Rios Um rio um curso de gua natural, geralmente de gua doce, fluindo em direo a umoceano, lago, mar, ou outro rio. Em alguns poucos casos, o rio simplesmente flui para o solo ou seca completamente antes de alcanar outro corpo de gua. Rios pequenos podem ser conhecidos por vrios outros nomes, incluindo crrego, angra e ribeiro.[4]

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaNos Estados Unidos um rio classificado como tal se tiver mais de dezoito metros de largura. A gua do rio geralmente est em um canal, formado por um leito entre bancos. Em rios mais largos h tambm muitas zonas sujeitas a inundaes formadas pelas guas de enchente atingindo o canal. Essas zonas podem ser bem largas em relao ao tamanho do canal do rio. Rios so parte do ciclo da gua. A gua do rio geralmente coletada daprecipitao atravs da bacia hidrogrfica e por reabastecimento da gua subterrnea, nascentes e liberao da gua armazenada nasgeleiras e coberturas de neve. Crrego Um crrego um corpo de gua fluindo com uma corrente, confinado entre um bero e bancos. Em alguns pases ou comunidades, um crrego pode ser definido por seu tamanho. Nos Estados Unidos um crrego classificado como um curso de gua com menos que dezoito metros de largura. Crregos so importantes corredores que conectam habitats fragmentados e assim conservam a biodiversidade. O estudo de crregos e caminhos de gua em geral conhecido como hidrologia de superfcie. Os crregos incluem angras, os afluentes que no alcanam um oceano e no se conectam com um outro crrego ou rio, e os ribeiros que so pequenos crregos geralmente originrios de uma nascente ou escoam para o mar. Lagos O lago (do latin lacus) um acidente geogrfico, um corpo de gua que est localizado no fundo de uma depresso. O corpo de gua considerado um lago quando est cercado por terra, no faz parte de um oceano, mais largo e mais profundo que uma lagoa e alimentado por um rio. Lagos naturais da Terra so geralmente encontrados em reas montanhosas, riftes, e reas com glaciao em andamento ou recente. Outros lagos so encontrados embacias endorreicas ou ao longo do curso de rios maduros. Em algumas partes do mundo, h muitos lagos por causa do catico padro de drenagem deixado pela ltima Era do Gelo. Todos os lagos so temporrios em relao a escalas geolgicas de tempo, pois eles so lentamente preenchidos com sedimentos ou so liberados da bacia que os contm. Lagoa Uma lagoa um corpo de gua estagnada, natural ou criada pelo homem, que geralmente menor que um lago. Uma grande variedade de corpos de gua feitos pelo homem podem ser classificados como lagoas, incluindo jardins de gua criados para ornamentao esttica, lagoas de pesca criadas para reproduo comercial de peixes, e lagoas solares criadas para armazenar energia trmica. Lagoas e lagos podem se diferenciar de crregos pela velocidade da corrente. Enquanto a corrente de crregos so facilmente observadas, lagos e lagoas possuem microcorrentes guiadas termicamente e correntes moderadas criadas pelo vento. ATMOSFERA, CLIMA E TEMPO A atmosfera da Terra serve como um fator principal para sustentar o ecossistema planetrio. A fina camada de gases que envolve a Terra mantida no lugar pela gravidade do planeta. O ar seco consiste em 78% de nitrognio, 21% oxignio, 1% rgon e outros gases inertes como o dixido de carbono. Os gases restantes so geralmente referenciados como "trace gases", entre os quais se encontram os gases do efeito estufa como o vapor d'gua, dixido de carbono, metano, xido nitroso e oznio. O ar filtrado inclui pequenas quantidades de muitos outros compostos qumicos. O ar tambm contm uma quantidade varivel de vapor d'gua e suspenses de gotas de gua e cristais de gelo vistos como nuvens. Muitas substncias naturais podem estar presentes em quantidades mnimas em amostras de ar no filtrado, incluindopoeira, plen e esporos, maresia, cinzas vulcnicas e meteoroide. Vrios poluentes industriais tambm podem estar presentes, como cloro(elementar ou em compostos), compostos de flor, mercrio na forma elementar, e compostos de enxofre como o dixido de enxofre [SO]. A camada de oznio da atmosfera terrestre possui um importante papel em reduzir a quantidade de radiao ultravioleta (UV) que atinge a superfcie. Como o DNA facilmente danificado pela luz UV, isso serve como proteo para a vida na superfcie. A atmosfera tambm retm calor durante a noite, assim reduzindo os extremos de temperatura durante o dia.

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CAMADAS DA TERRA Principais camadas A atmosfera terrestre pode ser dividida em cinco camadas principais. Essas camadas so determinadas principalmente pelo aumento ou reduo da temperatura de acordo com a altura. Da mais alta a mais baixa, essas camadas so: Exosfera, Termosfera, Mesosfera, Estratosfera, Troposfera, Outras camadas: Ozonosfera, Ionosfera, Homosfera e heterosfera, Camada limite atmosfrica

EFEITOS DO AQUECIMENTO GLOBAL O aquecimento global est sendo estudado por um grande consrcio global de cientistas, que esto cada vez mais preocupados com os seus efeitos potenciais a longo prazo em nosso ambiente natural e no planeta. De especial preocupao como a mudana climtica e o aquecimento global causados por fatores antropognicos, como a liberao de gases do efeito estufa, mais notavelmente o dixido de carbono, podem interagir e ter efeitos adversos sobre o planeta, seu ambiente natural e a existncia humana. Esforos tm sido focados na mitigao dos efeitos dos gases de estufa, que esto causando mudanas climticas, e no desenvolvimento de estratgias de adaptao para o aquecimento global, para ajudar homens, espcies de animais e plantas, ecossistemas, regies e naes a se adequarem aos efeitos deste fenmeno. Alguns exemplos de colaborao recente em relao a mudana climtica e aquecimento global incluem: O tratado e conveno da Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre a Mudana do Clima sobre Mudana Climtica, para estabilizar as concentraes de gases estufa na atmosfera em um nvel que [13] iria prevenir uma perigosa interferncia antropognica no sistema climtico. O Protocolo de Quioto, que o acordo internacional com o objetivo de reduzir os gases de estufa, em [14] um esforo de prevenir mudanas climticas antropognicas. A Iniciativa Climtica Ocidental, para identificar, avaliar, e implementar meios coletivos e cooperativos [15] para reduzir os gases de estufa, se focando em um sistema de mercado de captao-e-troca.

Um desafio significante identificar as dinmicas do ambiente natural em contraste com as mudanas ambientais que no fazem parte das variaes naturais. Uma soluo comum adaptar uma viso esttica que negligencia a existncia de variaes naturais. Metodologicamente, essa viso pode ser defendida quando olhamos processos que mudam lentamente e sries de curto prazo, apesar do problema aparecer quando processos rpidos se tornam essenciais no objeto de estudo. CLIMA O clima incorpora as estatsticas de temperatura, umidade, presso atmosfrica, vento, chuva, contagem de partculas atmosfricas e muitos outros elementos meteorolgicos em uma dada regio por um longo perodo de tempo. O clima pode se opor ao tempo, na medida em que esse a condio atual dos mesmos elementos em perodos de no mximo duas semanas. O clima de um local afetado pela sua latitude, terreno, altitude, cobertura de gelo ou neve, assim como corpos de gua prximos e suas correntezas. O clima pode ser classificado de acordo com o valor mdia e tpico de diferentes variveis, as mais comuns sendo temperatura e precipitao. O mtodo mais usado de classificao foi desenvolvido originalmente por Wladimir Kppen. O sistema Thornthwaite, em uso desde 1948, incorpora evapotranspirao em adio informao sobre temperatura e precipitao e usado para estudar no estudo da diversidade de espcies animais e os impactos potenciais das mudanas

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahiaclimticas. Os sistemas de classificao de Bergeron e o Spatial Synoptic Classification se focam na origem de massas de ar definindo o clima em certas reas. TEMPO Tempo o conjunto de fenmenos ocorrendo em uma dada atmosfera em um certo tempo. A maioria dos fenmenos de tempo ocorrem na troposfera, logo abaixo da estratosfera. O tempo se refere, geralmente, a temperatura e atividade de precipitao no dia-a-dia, enquanto oclima um tempo para as condio atmosfrica mdia em um longo perodo de tempo. Quando usado sem qualificao, "tempo" entendido como o tempo da Terra. O tempo ocorre pela diferena de densidade (temperatura e mistura) entre um local e outro. Essa diferena pode ocorrer por causa do ngulo do sol em um local especfico, que varia de acordo com a latitude dos trpicos. O forte contraste de temperaturas entre o ar polar e tropical d origem a correntes de ar. Sistemas de temperatura em altitudes medianas, como ciclones extratropicais, so causados pela instabilidade no fluxo das correntes de ar. Como o eixo da Terra inclinado relativo ao seu plano de rbita, a luz solar incide em diferentes ngulos em diferentes pocas do ano. Na superfcie da terra, a temperatura normalmente varia de 40 C anualmente. Ao passar de milhares de anos, mudanas na rbita da Terra afetou a quantidade e distribuio de energia solar recebida pela Terra e influenciou o clima a longo prazo. A temperatura da superfcie difere, por sua vez, por causa de diferena de presso. Altas altitudes so mais frias que as mais baixas por causa da diferena na compresso do calor. A previso do tempo uma aplicao da cincia e tecnologia para predizer o estado da atmosfera da Terra em uma determinada hora e lugar. A atmosfera da Terra um sistema catico, ento pequenas mudanas em uma parte do sistema podem causar grandes efeitos no sistema como um todo. Os homens tem tentado controlar o clima ao longo da histria, e h evidncias que atividades humanas como agricultura e indstria tenham inadvertidamente modificado os padres climticos. VIDA As evidncias sugerem que a vida na Terra tenha existido a 3.7 bilhes de anos. Todas as formas de vida compartilham mecanismos moleculares fundamentais, e baseando-se nessas observaes, teorias sobre a origem da vida tem tentado encontrar um mecanismo explicando a formao do organismo de clula nica primordial de onde toda a vida se originou. H muitas hipteses diferentes sobre o caminho que pode ter levado uma simples molcula orgnica, passando por vida pr-celular, at protocelular e metabolismo. Na biologia, a cincia dos organismos vivos, "vida" a condio que distingue organismos ativos da matria inorgnica, incluindo a capacidade de crescimento, atividade funcional e a mudana contnua precedendo a morte. Um diverso conjunto de organismos vivos (formas de vida) pode ser encontrado na biosfera da Terra, e as propriedades comuns a esses organismos -plantas, animais, fungos, protistas, archaea e bactria - so formas celulares baseadas em carbono e gua com uma complexa organizao e informaes genticas hereditrias. Organismos vivos passam por metabolismo, mantm homeostase, possuem a capacidade decrescimento, responder a estmulo, reproduo e, atravs da seleo natural, se adaptar ao seu ambiente em sucessivas geraes. Organismos de vida mais complexa podem se comunicar atravs de vrios meios. ECOSSISTEMA Um ecossistema uma unidade natural consistindo de todas as plantas, animais e micro-organismos (fatores biticos) em uma rea funcionando em conjunto com todos os fatores fsicos no-vivos (abiticos) do ambiente. Um conceito central do ecossistema a ideia de que os organismos vivos esto continuamente empenhados em um conjunto altamente interrelacionado de relacionamentos com cada um dos outros elementos constituindo o ambiente no qual eles existem.Eugene Odum, um dos fundadores da

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahiacincia da ecologia, afirmou: "Any unit that includes all of the organisms (ie: the "community") in a given area interacting with the physical environment so that a flow of energy leads to clearly defined trophic structure, biotic diversity, and material cycles (ie: exchange of materials between living and nonliving parts) within the system is an ecosystem." O conceito humano de ecossistema baseado na desconstruo da dicotomia homem / natureza, e na promessa emergente que todas as espcies so ecologicamente integradas com as outras, assim como os constituintes abiticos de seu bitipo. Um maior nmero ou variedade de espcies ou diversidade biolgica de um ecossistema pode contribuir para uma maior resilincia do ecossistema, porque h mais espcies presentes no local para responder a mudanas e assim "absorver" ou reduzir seus efeitos. Isso reduz o efeito antes da estrutura do ecossistema mudar para um estado diferente. Esse no sempre o caso e no h nenhuma prova da relao entre a diversidade de espcies em um ecossistema e sua habilidade para prover um benefcio a nvel de sustentabilidade. Florestas tropicais midas produzem muito pouco benefcio e so extremamente vulnerveis a mudana, enquanto florestas temperadas rapidamente crescem de volta para seu estado [carece de anterior de desenvolvimento dentro de um lifetiome aps cair ou a floresta pegar fogo. fontes] Algumas pradarias tem sido exploradas sustentavelmente por milhares de anos (Monglia, turfa [carece de fontes] europia, e mooreland communities). O termo ecossistema pode tambm ser usado para ambientes criados pelo homem, como ecossistemas humanos e ecossistemas influenciados pelo homem, e pode descrever qualquer situao na qual h uma relao entre os organismos vivos e seu ambiente. Atualmente, existem poucas reas na superfcie da terra livres de contato humano, apesar de algumas reas genuinamente wildernesscontinuem a existir sem qualquer forma de interveno humana. BIOMAS Bioma , terminologicamente, similar ao conceito de ecossistemas, e so reas na Terra climtica e geograficamente definidas com condies climticas ecologicamente similares, como uma comunidades de plantas, animais e organismos do solo, geralmente referidos como ecossistemas. Biomas so definidos na base de fatores como estrutura das plantas (como rvores, arbustos e grama), tipo de folha (como broadleaf e needleleaf), e clima. Ao contrrio das ecozonas, biomas no so definidos pela gentica, taxonomia, ou similaridades histricas. biomas so normalmente identificados com padres particulares de sucesso ecolgica e vegetao clmax. CICLOS BIOQUMICOS Um ciclo biogeoqumico o percurso realizado no meio ambiente por um elemento qumico essencial vida. Ao longo do ciclo, cada elemento absorvido e reciclado por componentes biticos(seres vivos) e abiticos (ar, gua, solo) da biosfera e, s vezes, pode se acumular durante um longo perodo de tempo em um mesmo lugar. por meio dos ciclos biogeoqumicos que os elementos qumicos e compostos qumicos so transferidos entre os organismos e entre diferentes partes do planeta. Os mais importantes so os ciclos da gua, oxignio, carbono, nitrognio e fsforo. [27]

O ciclo do nitrognio a transformao dos compostos contendo nitrognio na natureza. O ciclo da gua, o contnuo movimento da gua na, sobre e abaixo da superfcie da Terra. A gua pode mudar de estado entre lquido, vapor e gelo em suas vrias etapas. O ciclo do carbono o ciclo biogeoqumico no a biosfera, pedosfera, geosfera, hidrosfera e a atmosfera. qual o carbono passado entre

O ciclo do oxignio o movimento do oxignio dentro e entre os trs maiores reservatrios: a atmosfera, a biosfera e a litosfera. O principal fator do ciclo do oxignio a fotossntese, que responsvel pela composio atmosfrica e pela vida na Terra.

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahia O ciclo do fsforo o movimento do fsforo pela litosfera, hidrosfera e biosfera. A atmosfera no possui um papel significativo no movimento do fsforo porque o fsforo e componentes fosfricos so normalmente slidos nos nveis mais comuns de temperatura e presso na Terra.

DESAFIOS O ambientalismo um largo movimento poltico, social, e filosfico que advoca vrias aes e polticas com interesse de proteger a natureza que resta no ambiente natural, ou restaurar ou expandir o papel da natureza nesse ambiente. Objetivos geralmente expressos por cientistas ambientais incluem: Reduo e limpeza da poluio, com metas futuras de poluio zero; Reduzir o consumo pela sociedade dos combustveis no-renovveis[28]

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Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco carbono ou de energia renovvel; Conservao e uso sustentvel dos escarsos recursos naturais como gua, terra e ar; Proteo de ecossistemas representativos ou nicos; Preservao de espcie em perigo ou ameaadas de extino; O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos de proteo; e, mais geralmente, a proteo da biodiversidade e ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra dependem.

Grandiosos projetos de desenvolvimento - megaprojetos - colocam desafios e riscos especiais para o ambiente natural. Grandes represas e centrais energticas so alguns dos casos a citar. O desafio para o ambiente com esses projetos est aumentando porque mais e maiores megaprojetos esto sendo construdos, em naes desenvolvidas e em desenvolvimento. 3.1 SANEAMENTO BSICO Saneamento bsico a atividade relacionada com o abastecimento de gua potvel, o manejo de gua pluvial, a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o manejo de resduos slidos e o controle de pragas e qualquer tipo de agente patognico, visando a sade das comunidades. Trata-se de uma especialidade estudada nos cursos superiores de Engenharia Sanitria, de Engenharia Ambiental, de Sade Coletiva de Tecnlogo em Saneamento e de Tecnlogo em gesto ambiental. Trata-se de servios que podem ser prestados por empresas pblicas ou, em regime de concesso, por empresas privadas, sendo esses servios considerados essenciais, tendo em vista a necessidade imperiosa desse por parte da populao, alm da importncia para a sade de toda a sociedade e para o meio ambiente. A falta de saneamento bsico aliada a fatores scio-econmico-cultural so determinantes para o surgimento de infeces por enteroparasitoses, tendo as crianas o grupo que apresenta maior susceptibilidade s doenas infecto-contagiosas. Nos pases mais pobres ou em regies mais carentes as doenas decorrentes da falta de saneamento ( virticas, bacterianas e outras parasitoses) tendem a ocorrer [1] de forma endmica e no Brasil figuram entre os principais problemas de sade pblica e ambiental . O saneamento bsico geralmente uma atividade econmica monopolista em todos os pases do mundo, j que seu monoplio um poder tpico do Estado, sendo que este pode delegar empresas o direito de explorar estes servios atravs das chamadas concesses de servios pblicos. Tendo em vista a dificuldade fsica e prtica em se assentar duas ou trs redes de gua e/ou esgotos de empresas diferentes no equipamento urbano, geralmente, apenas uma empresa, seja pblica ou privada, realiza e explora economicamente esse servio.

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaO setor de saneamento bsico tambm se caracteriza por necessidade de um elevado investimento em obras e constantes melhoramentos, sendo que os resultados destes investimentos, na forma de receitas e lucros, so de longa maturao. Por este motivo e outros, a concesso dos servios de saneamento a empresas privadas deve ser muito bem fiscalizada pelo Estado, uma vez que o objetivo de uma companhia privada sempre o lucro mximo o que pode inviabilizar um bom servio em certos casos de comunidades carentes. Saneamento bsico um conjunto de procedimentos adotados numa determinada regio que visa proporcionar uma situao higinica saudvel para os habitantes. Entre os procedimentos do saneamento bsico, podemos citar: tratamento de gua, canalizao e tratamento de esgotos, limpeza pblica de ruas e avenidas, coleta e tratamento de resduos orgnicos (em aterros sanitrios regularizados) e materiais (atravs da reciclagem). Com estas medidas de saneamento bsico, possvel garantir melhores condies de sade para as pessoas, evitando a contaminao e proliferao de doenas. Ao mesmo tempo, garante-se a preservao do meio ambiente. Devido sua grande atuao em todo o Brasil o Engenheiro Francisco Saturnino de Brito foi escolhido como o Patrono do Saneamento no pas. 3.2 A POLUIO ATMOSFRICA E SONORA Pode-se considerar poluio atmosfrica qualquer contaminao do ar oriunda de desperdcios gasosos, lquidos, slidos ou outros produtos que podem pr em risco a sade humana, animal ou vegetal. A atmosfera tem uma certa capacidade depuradora que garante a eliminao, em condies naturais, dos materiais nela descarregados pelos seres vivos. O desequilbrio deste sistema natural, levado a cabo pelo Homem, conduz acumulao na atmosfera de substncias nocivas vida. A actividade industrial e a circulao rodoviria, so os principais promotores de poluio atmosfrica. As indstrias termoelctricas, refinarias e fbricas de cimento libertam grandes quantidades de gases (xidos de enxofre e de carbono) e poeiras que saturam o ar. No caso das indstrias qumicas, de curtumes e de fertilizantes so particularmente notrios os gases de cheiro nauseabundo. Os veculos motorizados, por seu lado, libertam para a atmosfera uma infinidade de gases e outras substncias qumicas como o monxido (CO) e dixido de carbono (CO2), gs sulfuroso, hidrocarbonetos gasosos, etc., para alm dos fumos. A formao destes gases e poeiras tem vrias origens. O CO 2 surge atravs da combusto de materiais de origem orgnica, como os derivados de petrleo, carvo ou madeira, na presena de quantidades suficientes de oxignio. tambm produzido na respirao do homem, animais, plantas e microorganismos. O CO forma-se na combusto incompleta. As maiores fontes de CO so os veculos motorizados, quando trabalham em marcha lenta, e os fornos e fornalhas, quando no esto devidamente regulados. Paralelamente poluio da atmosfera com xidos de carbono crescem tambm as emisses cidas, ou seja, emisso de gases capazes de formar cidos e que possuem eles prprios caractersticas cidas. So caractersticos destas emisses os gases: dixido de enxofre (SO2), formados no aquecimento de minrios do grupo dos sulfuretos e na fabricao de fertilizantes, celulose e cido sulfrico; fluoreto de hidrognio (HF), libertado nas fundies de metais pesados e alumnio, indstrias de vidro, esmaltes, porcelanas e fertilizantes; e cloreto de hidrognio (HCl), que se forma nas indstrias de fertilizantes,

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahiaesmaltao de porcelanas, electroqumica e na combusto de materiais contendo cloro, como o cloreto de polivinila (PVC). Dentro do grupo de partculas que constituem as poeiras destacam-se as partculas de origem no metlica, como as que so libertadas nas fbricas termoelctricas alimentadas a carvo, siderurgias, indstrias de cimento e alguns ramos da indstria qumica e, as partculas de origem metlica. O chumbo (Pb) , dos txicos metlicos, o que mais afecta o Homem. Grandes quantidades de chumbo so libertadas por fundies de chumbo e por alguns ramos da indstria qumica (por exemplo, fabricao de plastificantes para a indstria de plsticos). A maior propagao de chumbo tem por responsveis os veculos motorizados movidos a gasolina, isto porque a gasolina contm tetraetilchumbo como antidetonante, que pode permanecer na atmosfera por um razovel perodo de tempo. O chumbo finamente dividido e espalhado nas estradas, transportado pelas guas da chuva tendo como grave consequncia, a contnua contaminao de campos hortcolas e outras culturas situadas junto s estradas. O aumento da poluio atmosfrica, tem vindo a acentuar o "Efeito de Estufa" com o consequente e indesejvel aumento da temperatura na troposfera (camada atmosfrica mais superficial). Do aumento de temperatura resultaro modificaes ao nvel do regime das precipitaes e no ciclo natural da gua, bem como a fuso do gelo dos grandes glaciares, o que provocar profundas alteraes na fauna e na flora e a subida do nvel dos oceanos. Este aumento do nvel do mar provocar a migrao de dezenas de milhes de pessoas, a reduo das reas de cultivo e a salinizao das fontes de gua doce. A eminncia de uma mudana drstica como a alterao da temperatura global do planeta trs consigo perigos que deviam estar a preocupar muito os diversos governos. Estes deveriam diminuir as taxas de emisso de gases de Efeito de Estufa (CO2, Metano, xido de Azoto e os CFCs) para a atmosfera, pelo menos ao nvel das actividades industriais e nos automveis particulares, encarando o problema com a seriedade que este merece. Um outro problema grave, resultante da poluio do ar, a destruio progressiva da camada de ozono. Essa destruio provocada por produtos qumicos libertados pela actividade humana, especialmente os que contm cloro e, em particular, os chamados clorofluocarbonetos (CFC), gases constitudos por cloro, flor e carbono, muito utilizados em frigorficos, aparelhos de ar condicionado, indstria electrnica, artigos de limpeza, etc. Os CFCs podem subir at estratosfera sem se modificar, mas, ali chegando, a radiao ultravioleta quebra as suas molculas e liberta os tomos de cloro que reagem com o ozono, destruindo-o. O enfraquecimento da camada de ozono, facilita a passagem das radiaes ultravioletas, que passam a atingir a superfcie do Globo em maior quantidade, provocando anomalias nos seres vivos, como o cancro de pele, deformaes, atrofia, etc. Reduzir a poluio , apesar de tudo, uma das principais preocupaes da maioria dos pases na actualidade. evidente que no se podem fechar as fbricas e mandar parar os automveis e os avies. Por isso, a diminuio da poluio tem de passar por um conjunto muito vasto de medidas como por exemplo: 1. instalao nas fbricas de dispositivos (catalizadores) que retenham os fumos e os gases, podendo estes ser at reutilizados como fontes energticas. Esta medida tem j um carcter obrigatrio em vrios pases industrializados, relativamente a muitas indstrias; 2. utilizao de tecnologias alternativas, ou seja, de tecnologias diferentes, que reduzam o consumo de energia, tornem a indstria menos poluidora e valorizem os resduos; 3. aplicao de catalisadores em todos os automveis novos, de modo a diminuir o

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahiamximo de emisso de fumos e gases e a reduo da quantidade de chumbo e enxofre nos combustveis; 4. obrigatoriedade de inspeces peridicas a todos os tipos de veculos automveis no que respeita aos nveis de poluio atmosfrica e sonora, como j acontece em muitos pases; 5. substituio de alguns produtos qumicos industriais perigosos como, por exemplo, os que tm levado destruio da camada de ozono. bvio que tais medidas no se esgotam por aqui e todas elas contribuiriam para uma atmosfera mais limpa, mas a sua aplicao tem custos elevados, incomportveis para muitas empresas. No entanto, as novas fbricas podero adoptar, logo na fase inicial de instalao, essas tecnologias alternativas como acontece com os automveis, em que s os que saem agora das fbricas vm equipados com sistemas antipoluio (catalisadores) e adaptados ao consumo de gasolina sem chumbo. A poluio atmosfrica provoca problemas srios de sade na populao humana a nvel do aparelho respiratrio, nomeadamente, bronquite, asma e cancro do pulmo. Tambm as plantas e os animais so gravemente afectados pela poluio do ar. Os gases txicos perturbam o normal desenvolvimento da vegetao, provocando a queda das folhas e diminuindo, assim, a fotossntese, a respirao e a transpirao, o que tem como consequncia um crescimento mais lento das plantas e uma menor resistncia s intempries, s doenas e aos parasitas. A sade dos animais igualmente bastante afectada no s pelo contacto directo com o ar poludo como pela ingesto de vegetais envenenados. ... se todos tm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado, tm tambm o dever de o defender (DL n 239/97).

A poluio atmosfrica caracteriza-se basicamente pela presena de gases txicos e partculas slidas no ar. As principais causas desse fenmeno so a eliminao de resduos por certos tipos de indstrias (siderrgicas, petroqumicas, de cimento, etc.) e a queima de carvo e petrleo em usinas, automveis e sistemas de aquecimento domstico. O ar poludo penetra nos pulmes, ocasionando o aparecimento de vrias doenas, em especial do aparelho respiratrio, como a bronquite crnica, a asma e at o cncer pulmonar. Esses efeitos so reforados ainda pelo consumo de cigarros. Outra importante conseqncia da poluio atmosfrica o surgimento e a expanso de um buraco na camada de oznio, que se localiza na atmosfera - camada atmosfrica situada entre 20 e 80 Km de altitude. O oznio um gs que filtra os raios ultravioleta do Sol. Se esses raios chegassem superfcie terrestre com mais intensidade provocariam queimaduras na pele, que poderiam at causar cncer, e destruiriam as folhas das rvores. O gs CFC - clorofluorcarbono -, contido em sprays de desodorantes ou inseticidas, parece ser o grande responsvel pela destruio da camada de oznio. Por sorte, esses danos foram causados na parte da atmosfera situada acima da Antrtida. Nos ltimos anos esse buraco na camada de oznio tem se expandido constantemente. Os Problemas Ambientais dos grandes centros De modo geral, os problemas ecolgicos so mais intensos nas grandes cidade que nas pequenas ou no meio rural. Alm da poluio atmosfrica, as metrpoles apresentam outros problemas graves:

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahia Acmulo de lixo e de esgotos. Boa parte dos detritos pode ser recuperada para a produo de gs (biogs) ou adubos, mas isso dificilmente acontece. Normalmente, esgotos e resduos de indstrias so despejados nos rios. Com freqncia esses rios morrem (isto , ficam sem peixe) e tornam-se imundos e malcheirosos. Em algumas cidades, amontoa-se o lixo em terrenos baldios, o que provoca a multiplicao de ratos e insetos. Congestionamentos freqentes, especialmente nas reas em que os automveis particulares so muito mais importantes que os transportes coletivos muitos moradores da periferia das grandes cidades dos pases do Sul, em sua maioria de baixa renda, gastam trs ou quatro horas por dia s no caminho para o trabalho. Poluio sonora, provocada pelo excesso de barulho (dos veculos automotivos, fbricas, obras nas ruas, grande movimento de pessoas e propaganda comercial ruidosa). Isso pode ocasionar neuroses na populao, alm de uma progressiva diminuio da capacidade auditiva. Carncia de reas verdes (parques, reservas florestais, reas de lazer e recreao, etc.). Em decorrncia de falta de reas verdes agrava-se a poluio atmosfrica, j que as plantas atravs da fotossntese, contribuem para a renovao do oxignio no ar. Alm disso tal carncia limita as oportunidades de lazer da populao, o que faz com que muitas pessoas acabem passando seu tempo livre na frente da televiso, ou assistindo a jogos praticados por esportistas profissionais (ao invs de eles mesmos praticarem esportes). Poluio visual, ocasionada pelo grande nmero de cartazes publicitrios, pelos edifcios que escondem a paisagem natural, etc. Na realidade, nos grandes centros urbanos que o espao construdo pelo homem, a segunda natureza, alcana seu grau mximo. Quase tudo a artificial; e, quando algo natural, sempre acaba apresentando variaes, modificaes provocadas pela ao humana. O prprio clima das metrpoles - o chamado clima urbano - constitui um exemplo disso. Nas grandes aglomeraes urbanas normalmente faz mais calor e chove um pouco mais que nas reas rurais vizinhas; alm disso, nessas reas so tambm mais comuns as enchentes aps algumas chuvas. As elevaes nos ndices trmicos do ar so fceis de entender: o asfaltamento das ruas e avenidas, as imensas massas de concreto, a carncia de reas verdes, a presena de grandes quantidades de gs carbnico na atmosfera (que provoca o efeito estufa), o grande consumo de energia devido queima de gasolina, leo diesel querosene, carvo, etc., nas fbricas, residncias e veculos so responsveis pelo aumento de temperatura do ar. J o aumento dos ndices de pluviosidade se deve principalmente grande quantidade de micropartculas (poeira, fuligem) no ar, que desempenham um papel de ncleos higroscpicos que facilitam a condensao do vapor de gua da atmosfera. E as enchentes decorrem da dificuldade da gua das chuvas de se infiltrar no subsolo, pois h muito asfalto e obras, o que compacta o solo e aumenta sua impermeabilizao. Todos esses fatores que provocam um aumento das mdias trmicas nas metrpoles somados aos edifcios que barram ou dificultam a penetrao dos ventos e canalizao das guas - fato que diminui o resfriamento provocado pela evaporao - conduzem formao de uma ilha de calor nos grandes centros urbanos. De fato, uma grande cidade funciona quase como uma ilha trmica em relao s suas vizinhanas, onde as temperaturas so normalmente menores. Essa ilha de calor atinge o seu pico, o seu grau mximo, no centro da cidade.

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaA grande concentrao de poluentes na atmosfera provoca tambm uma diminuio da irradiao solar que chega at a superfcie. Esse fato, juntamente com a fraca intensidade dos ventos em certos perodos, d origem s inverses trmicas. O fenmeno da inverso trmica - comum, por exemplo, em So Paulo, sobretudo no inverno - consiste no seguinte: o ar situado prximo superfcie, que em condies normais mais quente que o ar situado bem acima da superfcie, torna-se mais frio que o das camadas atmosfricas elevadas. Como o ar frio mais pesado que o ar quente, ele impede que o ar quente, localizado acima dele, desa. Assim, no se formam correntes de ar ascendentes na atmosfera. Os resduos poluidores vo ento se concentrando prximo da superfcie, agravando os efeitos da poluio, tal como irritao nos olhos, nariz e garganta dos moradores desse local. As inverses trmicas so tambm provocadas pela penetrao de uma frente fria, que sempre vem por baixo da frente quente. A frente pode ficar algum tempo estagnada no local, num equilbrio momentneo que pode durar horas ou at dias. Poluio Sonora Existe, na natureza, um equilbrio biolgico entre todos os seres vivos. Nesse sistema em equilbrio os organismos produzem substncias que so teis para outros organismos e assim sucessivamente. A poluio vai existir toda vez que resduos (slidos, lquidos ou gasosos) produzidos por microorganismos, ou lanados pelo homem na natureza, forem superior capacidade de absoro do meio ambiente, provocando alteraes na sobrevivncia das espcies. A poluio pode ser entendida, ainda, como qualquer alterao do equilbrio ecolgico existente. A poluio essencialmente produzida pelo homem e est diretamente relacionada com os processos de industrializao e a conseqente urbanizao da humanidade. Estes so os dois fatores contemporneos que podem explicar claramente os atuais ndices de poluio. Os agentes poluentes so os mais variveis possveis e so capazes de alterar a gua, o solo, o ar, etc. Poluio , portanto, uma agresso natureza, ao meio ambiente em que o homem vive. Os efeitos da poluio so hoje to amplos que j existem inmeras organizaes de defesa do meio ambiente. Poluio Sonora qualquer alterao das propriedades fsicas do meio ambiente, causada por som puro ou conjugao de sons, admissveis ou no, que direta ou indiretamente seja nociva sade, segurana e ao bem. O som a parte fundamental das atividades dos seres vivos e dos elementos da natureza. Cada um tem um significado especfico, conforme as espcies de seres vivos que os emitem, ou que conseguem perceb-los. Os seres humanos, alm dos sons que produzem para se comunicar e se relacionar, como as palmas, voz, assobios e passos, tambm produzem outros tipos de sons, decorrentes de sua ao de transformao dos elementos naturais. Somente depois que o homem se tornou gregrio e desenvolveu suas qualidades criadoras, que o rudo se transformou de aliado, nos primrdios da Civilizao, em inimigo, nos ltimos tempos. O tempo foi passando, centenas e centenas de anos, at que no af do prosseguir melhorando as condies de vida do Ser Humano, a indstria, em desenvolvimento constante, trouxe consigo o rudo intensivo e nocivo, intoxicando-nos aos poucos, lesando-nos lenta, constante e irreversivelmente. H cerca de 2500 anos a humanidade conhece os efeitos prejudiciais do rudo sade. Existem textos relatando a surdez dos moradores que viviam prximos s cataratas do Rio Nilo, no antigo Egito. O

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahiadesenvolvimento da indstria e o surgimento dos grandes centros urbanos acabaram com o silncio de boa parte do planeta. O primeiro decreto que se conhece para a proteo humana contra o rudo no Brasil de 6 de maio de 1824, no qual se proibia o "rudo permanente e abusivo da chiadeira dos carros dentro da cidade", estabelecendo multas que iam de 8 mil ris a 10 dias de cadeia, que se transformavam em 50 aoites, quando o infrator era escravo. A poluio sonora difere bastante da poluio do ar e da gua quanto aos seguintes aspectos: a) O rudo produzido em toda parte e, portanto, no fcil control-lo na fonte como ocorre na poluio do ar e da gua; b) Embora o rudo produza efeitos cumulativos no organismo, do mesmo modo que outras modalidades de poluio, diferencia-se por no deixar resduo no ambiente to logo seja interrompido; c) Diferindo da poluio do ar e da gua, o rudo apenas percebido nas proximidades da fonte; d) No h interesse maior pelo rudo, nem motivao para combat-lo; o povo mais capaz de reclamar e exigir ao poltica acerca da poluio do ar e da gua do que a respeito do rudo; e) O rudo, ao que parece, no tem mais efeitos genricos, como acontece com certas formas de poluio do ar e da gua, a exemplo da poluio radioativa. Entretanto, o incmodo, a frustrao, a agresso ao aparelho auditivo e o cansao geral causados pela poluio sonora podem afetar as futuras geraes. Fontes de rudo O som um fenmeno fsico ondulatrio peridico, resultante de variaes da presso num meio elstico que se sucedem com regularidade. O som pode ser representado por uma srie de compresses e rarefaes do meio em que se propaga, a partir da fonte sonora. No h deslocamento permanente de molculas, ou seja, no h transferncia de matria, apenas de energia. Uma boa analogia a de uma rolha flutuando em um tanque de gua. As ondas da superfcie da gua se propagam e a rolha apenas desce, sem ser levada pelas ondas. Rudo "qualquer sensao sonora indesejvel". H quem v alm, que considera o rudo como "um som indesejvel que invade nosso ambiente, ameaando nossa sade, produtividade, conforto e bem-estar". A ao perturbadora do som depende: De suas caractersticas, como intensidade e durao; Da sensibilidade auditiva, varivel de pessoa para pessoa; Da necessidade de concentrao, como estudar; Da fonte causadora, que pode ser atrativa, como uma discoteca. Rudo nas Ruas

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaO trnsito o grande causador do rudo na vida das grandes cidades. As caractersticas dos veculos barulhentos so o escapamento furado ou enferrujado, as alteraes no silencioso ou no cano de descarga, as alteraes no motor e os maus hbitos ao dirigir - aceleraes e freadas bruscas e o uso excessivo de buzina. Nas principais ruas da cidade de So Paulo, os nveis de rudo atingem de 88 a 104 decibis. Isto explica por que os motoristas profissionais so o principal alvo de surdez adquirida. Nas reas residenciais, os nveis de rudo variam de 60 a 63 decibis - acima dos 55 decibis estabelecidos como limite pela Lei Municipal de Silncio. Rudo nas Habitaes Condicionadores de ar, batedeiras, liquidificadores, enceradeiras, aspiradores, mquinas de lavar, geladeiras, aparelhos de som e de massagem, televisores, secadores de cabelo e tantos outros eletrodomsticos que podem estar presentes numa mesma residncia, funcionando simultaneamente e somando seus indesejveis decibis. Rudo nas Indstrias dos mais importantes o papel da indstria na poluio sonora. Depois da Primeira Grande Guerra, foi que se verificou o aumento das doenas profissionais, notadamente a surdez, alm do aparecimento de outras molstias, devidas ao desenvolvimento espantoso trazido pelo surto industrial. Em alguns pases europeus, como a Sucia e a Alemanha, onde os dados estatsticos retratam fielmente a realidade, impressionante o nmero de operrios que, nas indstrias, devido ao rudo, vm sofrendo perda de audio. Visando a proteo dos trabalhadores das fbricas, em 1977 os Estados Unidos estabeleciam o rudo mximo de 90 dB para a durao diria de 8 horas. Verificou-se com a adoo desse limite, um quinto dos operrios ficava sujeito a deficincias auditivas. Por isso a Holanda e outros pases baixaram o limite para 80 dB. Rudo dos Avies A partida e a chegada de avies a jato so acompanhadas de rudos de grande intensidade que perturbam sobremaneira os moradores das imediaes. Efeitos na audio do homem A capacidade auditiva de um indivduo pode limitar-se a 60%. Todavia, por ser ele ainda capaz de ouvir a prpria voz e certos barulhos rotineiros, no se preocupa com a surdez. A perda total de audio pode acontecer se a pessoa fica sujeita diariamente, durante 8 horas seguidas, a sons com intensidade superior a 85 dB, como os registradores em discotecas fbricas de armamentos e aeroportos. O rudo de 140 dB pode destruir totalmente o tmpano, provocando o que se denomina "estouro do tmpano". Quando o nvel de rudo atinge 100 dB pode causar o "trauma auditivo" e a conseqente surdez. Ao nvel de 120 dB, alm de lesar o nervo auditivo, provocam, no mnimo, zumbido constante nos ouvidos, tonturas e aumento do nervosismo.

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaLimites de intensidade * Rudo com intensidade de at 55 dB no causa nenhum problema. * Rudos de 56 dB a 75 dB pode incomodar, embora sem causar malefcios sade. * Rudos de 76 dB a 85 dB pode afetar a sade, e acima dos 85 dB a sade ser afetada, a depender do tempo da exposio. Uma pessoa que trabalha 8 horas por dia com rudos de 85 dB ter, fatalmente, aps 2 anos, problemas auditivos. Surdez Profissional Sua ocorrncia depende de caractersticas ligadas ao homem (hospedeiro), ao meio e ao agente (barulho). Para que ocorram casos de surdez profissional, necessrio que haja uma exposio considervel ao rudo, isto , a exposio a nveis elevados durante um longo perodo, sendo dois fatores interligados. As perdas auditivas causadas pelo barulho excessivo podem ser divididas em trs tipos: * Trauma Acstico - Embora esta denominao seja polmica, adota-se o conceito de trauma acstico como sendo a perda auditiva de instalao repentina, causada pela perfurao do tmpano, acompanhada ou no da desarticulao dos ossculos do ouvido mdio, ocorrida geralmente aps a exposio a barulhos de impacto, de grande intensidade (tiro, exploso, etc.), com grandes deslocamentos de ar. * Surdez temporria - Tambm conhecida como mudana temporria do limiar de audio, ocorre aps uma exposio a um barulho intenso, por um curto perodo de tempo. * Surdez permanente - A exposio repetida dia aps dia, a um barulho excessivo, pode levar o indivduo a uma surdez permanente. * Obs.: importante lembrar que um fator de grande importncia, em qualquer tipo de perda de audio, a suscetibilidade individual. Indivduos que se encontram num mesmo local ruidoso podem se comportar de maneira diferente. Alguns so extremamente sensveis ao rudo e outros parecem no ser atingidos pelo mesmo. Deve ser considerado que h perda natural de audio com a idade. (presbiacusia) Efeitos na sade a) Reaes generalizadas ao stress A Organizao Mundial de Sade (OMS) considera que o incio do estresse auditivo se da sob exposies d 55 dB. b) Reaes fsicas Os rudos aumentam a presso sangnea, o ritmo cardaco e as contraes musculares. So capazes de interromper a digesto, as contraes do estmago, o fluxo da saliva e dos sucos gstricos. Provocam maior produo de adrenalina e outros hormnios, aumentando, no sangue, o fluxo de cidos graxos e glicose. No que se refere ao rudo intenso e prolongado ao qual o indivduo habitualmente se expe, resultam mudanas fisiolgicas mais duradouras, at mesmo permanentes, incluindo desordens cardiovasculares, de ouvido-nariz-garganta e, em menor grau, alteraes sensveis na secreo de hormnios, nas funes gstricas, fsicas e cerebrais.

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaEm casos de estresse crnico (permanente) nos trabalhadores, tem sido constatado efeitos psicolgicos, distrbios neurovegetativos, nuseas, cefalias, irritabilidade, instabilidade emocional, reduo da libido, ansiedade, nervosismo, hipertenso, perda de apetite, sonolncia, insnia, aumento de prevalncia da lcera, distrbios vitais, consumo de tranqilizantes, perturbaes labirnticas, fadiga, reduo de produtividade, aumentos dos nmeros de acidentes, de consultas mdicas e do absentesmo. c) Alteraes mentais e emocionais As reaes na esfera psquica dependem das caractersticas do agente, do meio, e das condies emocionais do hospedeiro, no momento da exposio. As reaes podem manifestar-se atravs de irritabilidade, ansiedade, excitabilidade, desconforto, medo, tenso e insnia. Efeitos sobre o rendimento no trabalho Tem sido observado que em certos tipos de atividades, como as de longa durao e que requerem contnua e muita ateno, um nvel acima de 90 dB afeta desfavoravelmente a produtividade, bem como a qualidade do produto Calcula-se que um indivduo normal precisa gastar aproximadamente 20% de energia extra para realizar uma tarefa, sob efeito de um rudo perturbador intenso. Efeitos sobre a comunicao Um dos efeitos do barulho facilmente notado sua influncia sobre a comunicao oral. O barulho intenso provoca o mascaramento da voz. Este tipo de interferncia atrapalha a execuo ou o entendimento de ordens verbais, a emisso de avisos de alerta ou perigo e pode ser causa indireta de acidentes. Para acontecer que um operrio no entenda bem as instrues essenciais para o funcionamento adequado de certo equipamento e, em conseqncia sofra um acidente. Pode tambm ocorrer o caso de impossibilidade de avisar uma pessoa prestes a se acidentar. Em locais com muito rudo h, muitas vezes o problema de interferncia com os sinais de alarme, o que pode ocasionar srios acidentes. Efeitos dos rudos em plantas e animais Segundo os zologos, as maiores dificuldades de adaptao dos animais ao cativeiro decorrem principalmente do barulho artificial das grandes cidades. Por outro lado, comprova-se que nos locais de muito rudo mais acentuada a presena de ratos e baratas, agentes potenciais de transmisso de doenas. As vibraes sonoras produzidas por motores de avio provocam a mudana de postura das aves e diminuio de sua produtividade. Pesquisadores dos EUA, estudando os efeitos do rudo sobre as plantas, fizeram uma experincia com as do gnero Coleus, possuidoras de grandes folhas coloridas e flores azuis. Doze dessas plantas, submetidas continuamente ao rudo de 100 dB, aps seis dias apresentaram a reduo de 47% em seu crescimento por causa, segundo os cientistas, da estridncia persistente, que as fez perder grande quantidade de gua atravs das folhas.

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3.3 LIXO: COLETA, TRANSPORTE E DESTINAO O lixo coletado ou pelas prefeituras ou por uma companhia particular e levado a um depsito, juntamente com o lixo de outras residncias da rea. L pode haver uma certa seleo - sobras de metal, por exemplo, so separadas e reaproveitadas. O resto do lixo enterrado em aterros apropriados. O lixo coletado ou pelas prefeituras ou por uma companhia particular e levado a um depsito, juntamente com o lixo de outras residncias da rea. L pode haver uma certa seleo - sobras de metal, por exemplo, so separadas e reaproveitadas. O resto do lixo enterrado em aterros apropriados. A grande So Paulo descarta 59% de seu lixo por esse processo e para os lixes seguem 23%. Alm dos aterros sanitrios existem outros processos na destinao do lixo, como, por exemplo, as usinas de compostagem, os incineradores e a reciclagem. 4. VIGILNCIA NUTRICIONAL E DE ALIMENTOS "A alimentao e a nutrio constituem requisitos bsicos para a promoo e a proteo da sade, possibilitando a afirmao plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. No plano individual e em escala coletiva, esses atributos esto consignados na Declarao Universal dos Direitos Humanos, promulgada h 50 anos, os quais foram posteriormente reafirmados no Pacto Internacional sobre Direitos Econmicos, Sociais e Culturais (1966) e incorporados legislao nacional em 1992." Os riscos nutricionais, de diferentes categorias e magnitudes, permeiam todo o ciclo da vida humana, desde a concepo at a senectude, assumindo diversas configuraes epidemiolgicas em funo do processo sade/doena de cada populao. Para o monitoramento da situao alimentar e nutricional, utilizado o Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional (SISVAN). Este sistema no Estado da Bahia est sendo ampliado e aperfeioado, de modo a agilizar os seus procedimentos e a estender sua cobertura a todos os municpios. Aps essa reformulao a atuao do SISVAN compreender a descrio contnua e a predio de tendncias das condies de alimentao e nutrio da populao, bem como de seus fatores determinantes. No monitoramento da situao alimentar e nutricional, o SISVAN no Estado da Bahia dever concentrar sua ateno na gestante e no crescimento e desenvolvimento das crianas, servindo de eixo para todo trabalho empreendido na rede de servios, de forma especial na ateno bsica de sade, inclusive considerando o compromisso de sua universalizao. At o segundo semestre de 2000, o SISVAN encontrava-se implantado em 412 municpios, em relao ao acompanhamento nutricional, com dados obtidos atravs do carto da criana e carto da gestante, com uma cobertura de 99,3%. Destes, 347 (84,2%) encaminharam informaes antropomtricas de Crianas de 0 a 59 meses e 268 (65,0%) de Gestantes. 4.1 Produo de alimentos o setor responsvel pela produo de alguns dos alimentos consumidos pelos animais do Zo Braslia, dos quais alguns no podem ser encontrados no comrcio ou seriam muito caros para serem adquiridos.

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaProduo Vegetal: Alm de suprir as necessidades nutricionais dos herbvoros e onvoros mantidos em exposio, dispomos tambm de uma horta para o cultivo de plantas medicinais (exposta ao pblico visitante, localizada prxima da administrao) de uso pela medicina veterinria. Produo Animal; So os alimentos vivos de origem animal criados no Biotrio do Zoolgico pela aplicao das tcnicas de manejo e produo de animais, dentre eles os camundongos, coelhos, cobaias, preas, codornas, moluscos (escargot), insetos (tenbrios), peixes, etc., sempre visando suprir a dieta com protena animal viva. 4.2 Armazenagem, conservao, distribuio e qualidade dos alimentos

H vrios empecilhos que podem impedir a armazenagem e a conservao dos alimentos. Venda de alimentos Os agricultores podem vender uma grande parte ou todos os alimentos que produzem imediatamente porque: Eles podem precisar de dinheiro urgentemente por exemplo, para pagar taxas escolares, impostos, emprstimos, um casamento. Eles no tm boas reas de armazenagem e sabem que perdero muitos alimentos se os armazenarem. Aps a colheita, no entanto, os preos dos alimentos geralmente so baixos porque muitos agricultores vendem ao mesmo tempo. Mais tarde durante o ano, os preos geralmente sobem. Pragas ou bolor Muitos alimentos podem ser perdidos ou estragados durante a armazenagem devido ao bolor, insetos, ratos e camundongos porque: Os mtodos de armazenagem so ruins. Os alimentos no so bem secos antes de serem armazenados. Falta de equipamentos ou de conhecimentos Muitos alimentos podem ser perdidos, porque as famlias no tm o equipamento certo para conservar alimentos, ou porque elas no sabem quais os melhores mtodos para conserv-los especialmente os cultivos mais novos, para os quais no h uma tradio de conservao em suas culturas. Como fazer melhorias H vrias maneiras de ajudar as pessoas. Por exemplo: Mostrar s famlias como lidar com os alimentos colhidos e melhorar as reas e os mtodos de armazenagem de alimentos. especialmente importante assegurar-se de que as pessoas sequem os cereais, razes e legumes adequadamente e que elas usem produtos qumicos de maneira segura. Desenvolvendo, melhorando ou incentivando mtodos simples de conservao de alimentos tais como secar vegetais ou coalhar leite ou mingau de aveia. Demonstrando melhores mtodos para a conservao de peixes e desenvolvendo melhores transportes e instalaes para a armazenagem de peixes. Informaes adaptadas da publicao Nutrition for Developing Countries, de autoria de Felicity Savage King e Ann Burgess (veja Recursos). 4.3 Condies Nutricionais da Populao Um dos problemas que a populao brasileira enfrenta a m qualidade nutricional, principalmente se tratando das crianas. Os altos ndices de mortalidade infantil, consequncia dos baixos ndices de nutrio. Isso reflete na parte da educao da criana, pois crianas desnutridas passam por muitas dificuldades na hora da aprendizagem. Este problema reflete tambm no desenvolvimento da criana. Com todos esses problemas, o Brasil criou alguns projetos de programas nutricionais para famlias de baixa renda.

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Agente de Endemias Campo Formoso, BahiaForam feitas duas pesquisas no Brasil para saber quais as condies nutricionais da populao. Essas pesquisas foram feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de geografia e Estatstica). As duas pesquisas mostram que os nveis de desnutrio reduziram mais de 33%. As crianas do nordeste com menos de 5 anos apresentam um nvel de desnutrio de aproximadamente 45%, j o sudeste apresenta aproximadamente 20%. Esses projetos criados pelo Brasil ajudaram muito a diminuir a taxa de desnutrio no pas. muito importante ressaltar que a educao alimentar das famlias caracterizada como pobre, sendo assim muita quantidade e pouco nutriente necessrio para uma alimentao saudvel. 4.4 Enfermidades causadas por alimentos. O que ? Doenas transmitidas por alimentos so causadas pela ingesto de alimentos ou bebidas contaminadas com patgenos, em quantidades que afetam a sade do consumidor. Alm destes patgenos, estas doenas tambm podem ser causadas por produtos qumicos venenosos e outras substncias nocivas. Qual o microrganismo envolvido? No Brasil, a maioria das doenas transmitidas por alimentos so causadas pela Salmonella, Escherichia coli patognica e Clostridium perfringens, pelas toxinas do Staphylococcus aureus eBacillus cereus. Quais os sintomas? Os sintomas mais comuns para as doenas transmitidas por alimentos so falta de apetite, nuseas, vmitos, diarria, dores abdominais e febre (dependendo do agente etiolgico). Podem ocorrer tambm afeces extra-intestinais em diferentes rgos e sistemas como no fgado (Hepatite A), terminaes nervosas perifricas (Botulismo), m formao congnita (Toxoplasmose) dentre outros. Como se transmite? As pessoas adoecem aps ingerir gua ou alimentos contaminados. Como tratar? As doenas que causam diarria e vmitos podem levar desidratao, caso o paciente perca mais fluidos corporais e sais minerais (eletrlitos) do que a quantidade ingerida. A reposio destes fluidos e eletrlitos extremamente importante para evitar a desidratao. Quando a diarria aguda, devese ingerir sal de reidratao oral, disponibilizado gratuitamente pelo Sistema nico de Sade, ou outras solues de reidratao oral. As bebidas esportivas no compensam corretamente as perdas de fluidos e eletrlitos e no devem ser utilizadas para tratamento de doena diarrica. Como se prevenir? As recomendaes que seguem so de aplicao geral, tanto para os alimentos comprados de vendedores de rua em postos fixos ou ambulantes, como tambm para os hotis ou restaurantes bem conceituados: Lave as mos regularmente: - antes, durante e aps a preparao dos alimentos; - ao manusear objetos sujos; - depois de tocar em animais; - depois de ir ao banheiro ou aps a troca de fraldas; - antes da amamentao; - entre outras situaes. Assegure-se que o alimento servido esteja bem cozido e quente (aproximadamente 60C); Selecione alimentos frescos com boa aparncia, e antes do consumo os mesmos devem ser lavados e desinfetados; No coma alimentos crus, com exceo das frutas e verduras que podem ser descascadas, cujas cascas estejam ntegras; Para desinfeco, os alimentos crus como frutas, legumes e verduras devem ser mergulhados durante 30 minutos em uma soluo preparada com 1 colher de sopa de hipoclorito de sdio a 2,5% para cada litro de gua tratada; Lave e desinfete todas as superfcies, utenslios e equipamentos usados na preparao de alimentos; Alimentos prontos que sero consumidos posteriormente devem ser armazenados sob refrigerao (abaixo de 5C) e aquecidos no momento do consumo (centro do produto 72C); No coma alimentos que tenham estado em temperatura ambiente por mais de quatro horas, isso representa um dos maiores riscos de ter uma DTA;

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahia Reaquecer bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumi-los; Compre alimentos seguros verificando prazo de validade, acondicionamento e suas condies fsicas (aparncia, consistncia, odor). No compre alimentos sem etiqueta que identifique o produtor; Os pescados e mariscos de certas espcies, e em alguns pases em particular, podem estar contaminados com toxinas que permanecem ativas, apesar de uma boa coco. Solicite orientao aos moradores do lugar; Consumir leite pasteurizado, esterilizado (UHT) ou fervido. No beba leite nem seus derivados crus; Sorvetes de procedncia duvidosa so de risco. Evite-os! Evite preparaes culinrias que contm ovos crus (Ex. gemada, ovo frito mole, maionese caseira); Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos/assados (saladas, carnes, dentre outros); Evitar o contato entre alimentos crus e cozidos; Evitar comidas vendidas por ambulantes; Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais; No tomar banho/nadar em rios, lagos, piscinas com gua contaminada; evitar praias poludas Beber gua e/ou gelo apenas de procedncia conhecida; Quando estiver em dvida quanto potabilidade da gua de beber, ferva ou trate a gua com produtos especficos que podem ser obtidos em farmcias; A gua tambm pode ser tratada com hipoclorito de sdio a 2,5%. Coloque 2 gotasem 1 litro de gua e aguarde por 30 minutos antes de consumir. Cuidado para no comprar solues comerciais com hipoclorito de sdio 2,5% que tambm tenham alvejantes na composio.

5 CONDIES HIGINICO-SANITRIAS DE ESTABELECIMENTOS DE SADE E DE USO COLETIVO Consideram-se estabelecimentos de assistncia sade ou estabelecimentos prestadores de servios de sade, empresas e/ou instituies pblicas ou privadas, que tenham por finalidade a promoo, proteo, recuperao e reabilitao da sade do indivduo ou preveno da doena, tais como: hospitais, clnicas e consultrios de qualquer natureza, ambulatrios, laboratrios, bancos de sangue, de rgos, de leite e congneres, acupuntura, veculos para transporte e pronto atendimento de pacientes e postos de sade, dentre outros. Os estabelecimentos prestadores de servios de sade devem ter responsvel tcnico, de acordo com a legislao sanitria, ainda que mantenham servios conveniados, terceirizados ou profissionais autnomos. A Secretaria de Sade pode estabelecer, complementarmente as normas federais, atravs de normas tcnicas especficas, os padres de programao fsico-funcional e padres de dimensionamento e quantificao dos ambientes dos estabelecimentos prestadores de servios de sade. Os estabelecimentos prestadores de servios de sade, somente podem ser instalados e funcionar desde que possuam todas as dependncias necessrias ao seu funcionamento e que tenham, aps inspees, cumpridas todas as exigncias da legislao vigente. A Qualidade na prestao de servios ofertados populao, bem como a segurana ao profissional, paciente e pblico, nos servios de radioterapia e medicina nuclear, ser medida atravs da atualizao tecnolgica e tempo de uso dos equipamentos, alm da infra-estrutura apresentada. A Secretaria de Sade pode estabelecer, complementarmente as normas federais, atravs de normas tcnicas especficas, os padres de programao fsico-funcional e padres de dimensionamento e quantificao dos ambientes dos estabelecimentos prestadores de servios de sade. Os estabelecimentos prestadores de servios de sade, somente podem ser instalados e funcionar desde que possuam todas as dependncias necessrias ao seu funcionamento e que tenham, aps inspees, cumpridas todas as exigncias da legislao vigente. A Qualidade na prestao de servios ofertados populao, bem como a segurana ao profissional, paciente e pblico, nos servios de radioterapia e medicina nuclear, ser medida atravs da atualizao tecnolgica e tempo de uso dos equipamentos, alm da infra-estrutura apresentada.

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6 SADE DO TRABALHADOR Em vigor desde 2004, a Poltica Nacional de Sade do Trabalhador do Ministrio da Sade visa reduo dos acidentes e doenas relacionadas ao trabalho, mediante a execuo de aes de promoo, reabilitao e vigilncia na rea de sade. Suas diretrizes, descritas na Portaria n 1.125 de 6 de julho de 2005, compreendem a ateno integral sade, a articulao intra e intersetorial, a estruturao da rede de informaes em Sade do Trabalhador, o apoio a estudos e pesquisas, a capacitao de recursos humanos e a participao da comunidade na gesto dessas aes. A Renast, regulamentada pela Portaria n 2.728/GM de 11 de novembro de 2009, uma das estratgias para a garantia da ateno integral sade dos trabalhadores. Ela composta por Centros Estaduais e Regionais de Referncia em Sade do Trabalhador (Cerest) - ao todo, at novembro de 2009, 178 unidades espalhadas por todo o Pas - e por uma rede de 1.000 servios sentinela de mdia e alta complexidade capaz de diagnosticar os agravos sade que tm relao com o trabalho e de registr-los no Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN-NET). Os Cerest recebem recursos financeiros do Fundo Nacional da Sade, de R$ 30 mil para servios regionais e R$ 40 mil para as unidades estaduais, para realizar aes de promoo, preveno, vigilncia, assistncia e reabilitao em sade dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vnculo empregatcio e do tipo de insero no mercado de trabalho. Alm disso, em esfera interinstitucional, o Ministrio da Sade desenvolve uma poltica de ao integrada com os ministrios do Trabalho e Emprego e da Previdncia Social, a Poltica Nacional sobre Sade e Segurana do Trabalho (PNSST), cujas diretrizes compreendem: I - Ampliao das aes, visando a incluso de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoo e proteo da sade; II - Harmonizao das normas e articulao das aes de promoo, proteo e reparao da sade do trabalhador; III - Precedncia das aes de preveno sobre as de reparao; IV - Estruturao de rede integrada de informaes em Sade do Trabalhador; V - Reestruturao da formao em Sade do Trabalhador e em segurana no trabalho e incentivo capacitao e educao continuada dos trabalhadores responsveis pela operacionalizao da poltica; VI - Promoo de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurana e Sade do Trabalhador. 6.1 Equipamentos de segurana Equipamentos de Proteo Individual (EPI) so insumos necessrios segurana do trabalhador durante a aplicao de inseticidas. A indicao do tipo de EPI leva em considerao os riscos inerentes a cada uma das atividades desenvolvidas. As especifcaes tcnicas completas dos diversos EPI, so apresentadas a seguir 1. Mscara semi-facial Indicada durante a preparao da calda e durante as aplicaes de inseticidas residuais. Deve tambm ser utilizada durante o manuseio de caixas de temephs e a colocao do produto em frasco. No necessrio o uso do equipamento durante a aplicao do larvicida. 2. Mscara facial completa Indicada para uso durante a preparao da calda e nas aplicaes de inseticidas espaciais (UBV e termonebulizaes). 3. Luva nitrlica Esse tipo de luva deve ser utilizado durante qualquer atividade que envolva o manuseio de inseticidas (preparao de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicao residual/espacial). No necessrio o uso de luvas durante a aplicao de larvicidas. 4. Capacete de aba larga Esse tipo de capacete deve ser utilizado durante qualquer atividade que envolva o manuseio de inseticidas (preparao de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicao residual/espacial). Esse equipamento poder ser substitudo pela touca rabe, que fornece uma proteo maior.

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahia5. Protetor auricular O protetor auricular indicado para uso durante o manuseio de equipamentos motorizados, no momento de regulagens ou na aplicao de produtos. 6. culos de Segurana Esse equipamento deve ser utilizado durante o manuseio de inseticidas, durante a preparao de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicao de inseticidas (residual/espacial). 7. Avental impermevel O avental impermevel deve ser utilizado apenas durante a preparao de caldas e o abastecimento de equipamentos. 8. Calas de brim Devem ser utilizadas em qualquer atividade que envolva aes de controle vetorial. Devem ser fornecidas em quantidade sufciente para permitir que o trabalhador use sempre uma pea limpa diariamente. 9. Camisas de brim Devem ser utilizadas em qualquer atividade que envolva aes de controle vetorial. Devem ser fornecidas em quantidade sufciente para permitir que o trabalhador use sempre uma pea limpa diariamente. 10. Calados de segurana Devem ser utilizados em qualquer atividade que envolva aes de controle vetorial. Devem ser fornecidas duas trocas anuais, o sufciente para permitir que o trabalhador use sempre uma pea limpa diariamente. 6.2 Situaes de Risco A situao epidemiolgica das doenas transmissveis tem apresentado mudanas significativas, observadas atravs dos padres de morbimortalidade em todo o mundo. Este grupo de doenas continua a oferecer desafios aos programas de preveno, com a introduo de novas doenas, a exemplo da AIDS, ou de agentes que sofrem modificaes genticas e se disseminam rapidamente atravs das populaes de pases e continentes, a exemplo da atual pandemia produzida pelo vrus da Influenza A(H1N1). Doenas antigas, como a Clera e a Dengue, ressurgiram e endemias importantes, como a Tuberculose e as meningites persistem, fazendo com que esse grupo de doenas continuem representando um importante problema de sade pblica, inclusive em pases desenvolvidos. Esse cenrio reflete as transformaes sociais ocorridas a partir da dcada de setenta, caracterizadas pela urbanizao acelerada, migrao, alteraes ambientais e facilidades de comunicao entre continentes, pases e regies, entre outros fatores que contriburam para o delineamento do atual perfil epidemiolgico das doenas transmissveis em todo o mundo. No Brasil, os diversos estudos sobre a situao de sade da populao apontam para a ocorrncia, no final do sculo XX, de declnio nas taxas de mortalidade devido s Doenas Infecciosas e Parasitrias/DIP e, em especial, s Doenas Transmissveis, para as quais se dispe de medidas de preveno e controle. Por outro lado, embora a tendncia verificada para a morbidade por esse grupo de causas seja igualmente decrescente, este declnio no apresenta a mesma intensidade observada na mortalidade. Por exemplo, a mortalidade por DIP, em 1930, era responsvel por 45,7% de todos os bitos do pas. Em 1980, esse percentual era de 9,3% e, no ano de 2006, j se encontrava em 4,9%, enquanto sua taxa de mortalidade cujo valor era de 59,3/100 000 em 1990, reduziu para 48,8/100 000 habitantes em 2006. Por sua vez, as internaes por esse grupo de doenas, entre 1980 e 1990, contribuam com cerca de 10% do total de internaes no pas e, no perodo de 2000 a 2007, ainda se mantinham em torno de 8,4%. Nas regies Norte (13,6%) e Nordeste (11,9%), os valores so ainda mais elevados. consenso que a situao das Doenas Transmissveis no Brasil, no perodo compreendido entre o incio dos anos de 1980 at o presente momento, corresponde a um quadro complexo que pode ser resumido em trs grandes tendncias: doenas transmissveis com tendncia declinante; doenas transmissveis com quadro de persistncia e doenas transmissveis emergentes e reemergentes.

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Agente de Endemias Campo Formoso, Bahia7 SADE PBLICA Medicina conceitua a doena , reduzindo-a ao plano fenomnico e individualizado da causalidade etiolgica. Essa recorre aos mtodos emprico-analticos (estrutural-funcionalistas), popperiano ou fenomenolgico, e admite possibilidades de melhoras pontuais e graduais capazes de ser descritas (enquanto patologia) e/ ou quantificadas (avaliao da eficcia teraputica). A sade pblica centra sua ao a partir da tica do Estado com os interesses que ele representa nas distintas formas de organizao social e poltica das populaes. Na concepo mais tradicional, a aplicao de conhecimentos (mdicos ou no), com o objetivo de organizar sistemas e servios de sade, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo sade-doena controlando a incidncia de doenas nas populaes atravs de aes de vigilncia e intervenes governamentais. No deve ser confundida com o conceito mais amplo de sade coletiva. Evoluo do conceito Uma das mais citadas definies de Sade Pblica foi apresentada por Edward Amory (18771957), nos EUA, 1920 . Assim, foi realizada. "A arte e a cincia de prevenir a doena, prolongar a vida, promover a sade e a eficincia fsica e mental mediante o esforo organizado da comunidade. Abrangendo o saneamento do meio, o controle das infeces, a e