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Roteiro para estudo prático da Anatomia – Unitau Professor: Ricardo Ferreira Salles ROTEIRO PARA ESTUDO PRÁTICO APARELHO LOCOMOTOR 2

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Roteiro para estudo prático da Anatomia – UnitauProfessor: Ricardo Ferreira Salles

ROTEIRO PARA ESTUDO PRÁTICO

APARELHO LOCOMOTOR

AUTOR: PROFº. RICARDO F. SALLES

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APARELHO LOCOMOTOR

O MEMBRO SUPERIOR

O membro superior apresenta uma grande amplitude de movimento (ADM). O movimento interdependente de suas articulações possibilita deslocar a mão em diversas direções no espaço, permitindo o posicionamento adequado para a manipulação de objetos de maneira geral (habilidade manual). O complexo articular do ombro é responsável por fixar o membro superior ao esqueleto axial. Apresenta grande mobilidade, conferida pelos ossos do cíngulo do membro superior (escápula e clavícula). A articulação do cotovelo e as articulações radiulnares (proximal e distal) conferem a liberdade de movimento ao antebraço. Articulações do punho e mão são movimentadas por músculos que apresentam uma grande quantidade de unidades motoras (relação entre número de fibras nervosas inervadas por um motoneurônio inferior). Convém destacar a articulação carpometacarpal do polegar, responsável pelo movimento de oponência (a polpa do polegar toca a polpa dos outros dedos = pinça), tornando possível a apreensão e manipulação de objetos, garantindo a habilidade manual e funcional do membro superior.

ARTICULAÇÃO DO OMBRO

A articulação do ombro, ou complexo articular do ombro, é formada pelos ossos: escápula, clavícula e úmero. A escápula não se prende diretamente ao tórax, estando imersa na massa muscular do dorso, que a sustenta e movimenta. A clavícula se articula com a escápula, tornado-se o único elo ósseo direto entre o membro superior e o esqueleto axial, fornece também uma proteção óssea para o feixe vasculonervoso que trafega pelo canal cérvico-axilar.O úmero se articula com a escápula (cabeça do úmero com a cavidade glenoidal). A cabeça do úmero é cerca de três vezes maior que a cavidade glenoidal, que apesar de ser denominada de cavidade, sua profundidade não é uma de suas características, apresentando-se quase que plana em alguns casos.Esses dois fatores: liberdade do cíngulo e, cavidade glenoidal rasa que permite movimentação livre do úmero, tornam a articulação do ombro a mais móvel do corpo humano. Funcionalmente o movimento do cíngulo acompanha o movimento do úmero a partir de aproximadamente 30º de abdução, estabelecendo o ritmo escapuloumeral, isto significa que para cada 3º de movimentos que ocorrem na articulação do ombro, 2º ocorrem na articulação entre a escápula e o úmero e, 1º restante, resulta do movimento concomitante dos ossos do cíngulo (ritmo de 2:1), assim podemos exemplificar que um braço abduzido a 120º, 80º deste movimento ocorreram na articulação entre a escápula e o úmero, enquanto que os 40º restantes são produzidos pelo movimento do cíngulo do membro superior. Devido sua grande mobilidade a articulação do ombro sacrificou sua estabilidade, tornando-a suscetível a lesões.Podemos dividir didaticamente a articulação do ombro em: três articulações anatômicas (verdadeiras) e duas articulações funcionais (falsas).

Articulações verdadeiras:

Articulação esternoclavicular: entre a incisura clavicular do osso esterno e a extremidade esternal da clavícula. Essas faces articulares são revestidas por cartilagem articular hialina e, interposto a essas faces encontramos um disco articular fibrocartilagíneo, que divide a cavidade articular em dois compartimentos: medial e lateral. A articulação possui uma cápsula articular, reforçada pelos ligamentos: esternoclaviculares anterior, posterior, interclaviculares e costoclavicular (estendendo-se da primeira costela até a face inferior e medial da clavícula).

Classificação morfofuncional: articulação sinovial do tipo selar, não axial.Movimentos: deslizamento.

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Articulação acrômioclavicular: entre a extremidade acromial da clavícula e o acrômio da escápula. As faces articulares são revestidas por cartilagem articular. Em alguns casos, é encontrado nessa articulação um disco fibrocartilagíneo de forma triangular. A cápsula articular é reforçada pelo ligamento acrômioclavicular. O ligamento coracoclavicular é dividido em duas partes: ligamento conóide (medial, estende-se do processo coracóide até o tubérculo conóide) e o ligamento trapezóide (lateral, estende-se do processo coracóide até a linha trapezóidea), assegura a estabilidade da articulação.

Classificação morfofuncional: articulação sinovial do tipo plana, não axial.Movimentos: deslizamento.

Articulação do ombro (= “escapuloumeral”): formada pela cabeça do úmero e a cavidade glenoidal da escápula, que são revestidas por cartilagem articular. A articulação do ombro possui uma desproporção entre o tamanho da cabeça do úmero, cerca de três vezes maior que a cavidade glenoidal. Essa arquitetura óssea garante muita mobilidade à custa de estabilidade. Para melhorar o encaixe ósseo, nas margens da cavidade glenoidal está inserido uma fita com cerca de 1,5cm de altura, formada por tecido fibrocartilagíneo, denominada de lábio glenoidal. A cápsula articular envolve ambos os ossos e possui reforços ligamentares em suas regiões: superior e anterior. Superiormente a cápsula é reforçada pelo ligamento coracoumeral; anteriormente, reforçada pelos ligamentos glenoumerais (superior, médio e inferior). Acima da articulação do ombro se estende uma faixa ligamentar do processo coracóide para o acrômio, formando o ligamento coracoacromial. A parte inferior da cápsula articular apresenta uma folga, denominada de recesso axilar. Devido à conformação instável da articulação do ombro, dois mecanismos auxiliam sua estabilidade: os mecanismos passivos (formados pelos ligamentos descritos acima) e os mecanismos ativos (função exercida pelo manguito rotador – ver adiante).A cápsula articular do ombro é perfurada pelo tendão da cabeça longa do bíceps braquial, passa entre os tubérculos maior e menor do úmero, permanecendo no sulco intertubercular, devido à presença do ligamento transverso do úmero.

Classificação morfofuncional: articulação sinovial do tipo esferóidea, triaxial.Movimentos: Flexão (180º)/extensão (45º) – eixo transversal (plano sagital);Abdução (180º)/adução* – eixo sagital (plano frontal);Rotação medial (110º)/rotação lateral (80º) – eixo longitudinal (plano horizontal);Flexão horizontal (140º): o braço é abduzido até 90º e o segmento se desloca em direção anterior ao plano sagital mediano;Extensão horizontal (40º): o braço é abduzido até 90º e o segmento se desloca em direção posterior;Circundução – combinação dos movimentos nos três eixos (flexão, extensão, abdução, adução; rotação medial e rotação lateral).* O movimento de adução é limitado pelo tronco (posição de 0º). Pode ser combinado com uma pequena flexão e, o braço ser levado cerca de 30º em direção ao plano sagital mediano.

Articulações falsas:As articulações falsas são aquelas que não envolvem diretamente o contato entre dois ossos. Na articulação do ombro as articulações falsas são: entre a escápula e a caixa torácica (“articulação escapulotorácica”) e, entre a cabeça do úmero e o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial e o músculo supra-espinal (“articulação subacromial”).

“Articulação escapulotorácica”: não apresenta contados ósseos diretos devido à interposição dos músculos toracoapendiculares. Mas durante os movimentos do ombro a escápula necessita realizar movimentos de deslizamento sobre a caixa torácica,

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aumentando a amplitude de movimento da articulação do ombro, possibilitando grande deslocamento do membro superior no espaço (ritmo escapuloumeral). O movimento escapular é extremamente perceptível após movimentos de abdução acima de 60º.

Movimentos realizados pela escápula:Elevação: movimento em que os ombros são direcionados para cima;Abaixamento: movimento em que os ombros voltam para posição inicial ou ocorre um pequeno direcionamento inferior;Protração: movimento que desloca a escápula anteriormente;Retrusão: movimento que desloca a escápula posteriormente;Rotação superior: deslocamento superior da cavidade glenoidal;Rotação inferior: deslocamento inferior da cavidade glenoidal.

“Articulação subacromial”: durante os movimentos do ombro, principalmente de abdução, para que a cabeça do úmero não role para fora da cavidade glenoidal (rolamento superior), os tendões dos músculos supra-espinal e da cabeça longa do músculo bíceps braquial promovem o deslizamento da cabeça do úmero inferiormente, mantendo-a orientada no centro da cavidade glenoidal.

Bolsas sinoviais da articulação do ombro

Para que não ocorra atrito entre certos tendões musculares com estruturas adjacentes, encontram-se bolsas sinoviais. As bolsas sinoviais mais importantes são: - bolsa subtendínea do músculo subescapular, localizada entre o tendão do músculo subescapular e o colo da escápula, essa bolsa comunica-se com a cavidade glenoidal; - bolsa subacromial, é uma grande bolsa localizada sob o acrômio e o ligamento coracoacromial, acima do tendão do músculo supra-espinal;- bolsa subdeltóidea, frequentemente é um prolongamento da bolsa subacromial, mas pode ser encontrada isolada abaixo do músculo deltóide, sobre a cápsula articular do ombro.

PARTE PRÁTICA DAS ESTRUTURAS ÓSSEAS E ARTICULARES DA ARTICULAÇÃO DO OMBRO

- Estruturas ósseas:Clavícula: identificar – extremidade acromial, face articular acromial, corpo

da clavícula, tubérculo conóide, linha trapezóidea, extremidade esternal e face articular esternal;

Escápula: identificar – cavidade glenoidal, tubérculo supra-glenoidal, tubérculo infra-glenoidal, margem lateral, ângulo inferior, margem medial, ângulo superior, margem superior, espinha da escápula, fossa supra-espinal, fossa infra-espinal, acrômio, fossa subescapular e processo coracóide;

Úmero: identificar – cabeça do úmero, tubérculo maior, crista do tubérculo maior, tubérculo menor, crista do tubérculo menor, sulco intertubercular, corpo do úmero, tuberosidade para o músculo deltóide, epicôndilo medial, epicôndilo lateral, crista supraepicondilar medial, crista supraepicondilar lateral, tróclea, capítulo e fossa do olecrano, fossa radial e fossa coronóidea.

- Estruturas articulares:1- Cápsula articular da articulação esternoclavicular2- Ligamento interclavicular3- Ligamentos esternoclaviculares* anterior e posterior4- Disco articular da articulação esternoclavicular5- Cápsula articular da articulação acromioclavicular6- Ligamento acromioclavicular

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7- Ligamento conóide8- Ligamento trapezóide9- Ligamento coracoumeral10- Cápsula articular do ombro11- Ligamentos glenoumerais* (superior, médio e inferior) 12- Cartilagem articular (na cavidade glenoidal e na cabeça do úmero)

13- Lábio glenoidal (articular)14- Ligamento coracoacromial15- Ligamento transverso do úmero16- Recesso axilar da cápsula articular do ombro

* ter idéia da localização destas estruturas.

MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO OMBRO Os músculos do ombro podem ser divididos de acordo com seus pontos de fixação. Músculos que se prendem no tronco e se direcionam para o membro superior (úmero ou escápula) são denominados de toracoapendiculares (anteriores e posteriores). Os músculos que se fixam no cíngulo do membro superior e se direcionam para o úmero são denominados de escapuloumerais. A musculatura pode ser dividia em monoarticular (que atua em apenas uma articulação) e biarticular (que atua em duas articulações), os músculos biarticulares do braço são os músculos: bíceps braquial e tríceps braquial (cabeça longa).Os músculos toracoapendiculares posteriores são: m. trapézio, m. levantador da escápula, m. rombóide menor, m. rombóide maior, e m. latíssimo do dorso. Os músculos toracoapendiculares anteriores são: m. peitoral maior, m. peitoral menor, m. serrátil anterior e m. subclávio.

PARTE PRÁTICA DOS MÚSCULOS QUE ATUAM NA ARTICULAÇÃO DO OMBRO

Músculos toracoapendiculares posteriores

Músculos trapézio: Músculo triangular, localizado na parte posterior do pescoço e superior do tronco. Constituído de três partes: 17- parte descendente do m. trapézio; 18- parte transversa do m. trapézio; 19- parte ascendente do m. trapézio.Origem: Parte descendente: protuberância occipital externa, linha nucal superior e ligamento nucal;Parte transversa: processos espinhos das seis primeiras vértebras torácicas;Parte ascendente: processos espinhosos das seis últimas vértebras torácicas.Inserção: Parte descendente: terço lateral da clavícula;Parte transversa: acrômio e espinha da escápula;Parte ascendente: espinha da escápula.Ação: parte descendente – elevação da escápula;

parte transversa – retrusão da escápula e extensão horizontal (as partes descendente e ascendente auxiliam nesse movimento, com uma menor intensidade);

parte ascendente – abaixamento da escápula;partes descendente e ascendente – rotação superior da escápula.

Inervação: nervo acessório (nervo craniano XI)

20- Músculo levantador da escápula:Localizado profundamente ao m. trapézio.Origem: processo transverso das quatro primeiras vértebras cervicais.Inserção: ângulo superior da escápula.

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Ação: elevação da escápula.Inervação: nervo dorsal da escápula (plexo braquial)

21- Músculo rombóide menor:Localizado profundamente ao m. trapézio, posicionado inferiormente ao m. levantador da escápula.Origem: processos espinhosos de CVI, CVII e TI.Inserção: margem medial da escápula, na altura da espinha da escápula.Ação: elevação e retrusão da escápula.Inervação: nervo dorsal da escápula (plexo braquial)

22- Músculo rombóide maior:Localizado profundamente ao m. trapézio, posicionado inferiormente ao m. rombóide menor.Origem: processos espinhosos de TI até TVI.Inserção: margem medial da escápula, da espinha até o ângulo inferior.Ação: elevação e retrusão da escápula.Inervação: nervo dorsal da escápula (plexo braquial)

23- Músculo latíssimo do dorso:Prende-se na parte inferior do dorso, recobrindo grande área e, direciona-se para o úmero.Origem: processo espinhoso das seis últimas vértebras torácicas, aponeurose toracolombar e crista ilíaca.Inserção: sulco intertubercular do úmero.Ação: extensão, extensão horizontal, adução e rotação medial do braço.Inervação: nervo toracodorsal (plexo braquial – fascículo posterior)

Músculos toracoapendiculares anteriores

Músculo peitoral maior:Músculo em forma de leque, que recobre grande parte da região superior do tórax, formando a elevação denominada de peito. Constituído por três partes:24- Parte clavicular;25- Parte esternocostal;26- Parte abdominal.Origem: Parte clavicular do m. peitoral maior: terço medial da clavícula;Parte esternocostal do m. peitoral maior: face anterior do esterno e cartilagens costais;Parte abdominal do m. peitoral maior: aponeurose do músculo obliquo externo do

abdome.Inserção: as fibras convergem para se inserirem no sulco intertubercular.Ação: adução, flexão horizontal e rotação medial do braço (todas as partes), flexão do braço (partes clavicular e esternocostal).Inervação: nervos peitorais medial e lateral (plexo braquial – fascículos medial e lateral)

27- Músculo peitoral menor:Músculo triangular que se localiza profundamente ao m. peitoral maior.Origem: face externa da terceira, quarta e quinta costelas.Inserção: processo coracóide da escápula.Ação: protrusão e abdução da escápula.Inervação: nervo peitoral lateral (plexo braquial – fascículo lateral)

28- Músculo serrátil anterior:Esse músculo recobre a região lateral do tórax.Origem: face externa das oito primeiras costelas.Inserção: margem medial da escápula, do ângulo superior até o ângulo inferior.

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Ação: protrusão e abdução da escápula. Esse músculo mantém a escápula contra a parede do tórax.Inervação: nervo torácico longo (plexo braquial)

29- Músculo subclávio:Pequeno músculo localizado no primeiro espaço intercostal medialmente.Origem: face superior da primeira costela.Inserção: face inferior da clavícula.Ação: abaixa a clavícula, auxiliando em seu reposicionamento após movimentação da articulação do ombro.Inervação: nervo subclávio (plexo braquial).

Músculos escapuloumerais

Músculo deltóide:Músculo que reveste o ombro, proporcionando a forma arredondada para o ombro. Constituído de três partes: 30- Parte clavicular do m. deltóide;31- Parte acromial do m. deltóide;32- Parte espinal do m. deltóide;Origem:Parte clavicular: terço lateral da clavícula;Parte acromial: acrômio;Parte espinal: na espinha da escápula.Inserção: suas fibras se convergem para se inserirem na tuberosidade para o músculo deltóide (no corpo do úmero).Ação:Parte clavicular: flexão, flexão horizontal e rotação medial do braço;Parte espinal: extensão, extensão horizontal e rotação lateral do braço;Partes acromial, clavicular e espinal: abdução do braço (acima de 30º).Inervação: nervo axilar (plexo braquial – fascículo posterior)

33- Músculo supra-espinal*:Localizado profundamente às fibras descendentes do m. trapézio.Origem: fossa supra-espinal.Inserção: tubérculo maior do úmero.Ação: abdução do braço (nos primeiros 30º).Inervação: nervo supra-escapular (plexo braquial – fascículo posterior)

34- Músculo infra-espinal*:Origem: fossa infra-espinal.Inserção: tubérculo maior do úmero.Ação: rotação lateral do braço.Inervação: nervo supra-escapular (plexo braquial – fascículo posterior)

35- Músculo redondo menor*:Origem: margem lateral da escápula.Inserção: tubérculo maior do úmero.Ação: rotação lateral do braço.Inervação:

36- Músculo redondo maior:Origem: ângulo inferior da escápula e margem lateral.Inserção: tubérculo menor do úmero.Ação: adução, rotação medial e extensão do braço.Inervação:

37- Músculo subescapular*:

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Origem: fossa subescapular.Inserção: tubérculo menor do úmero.Ação: rotação medial do braço.Inervação: nervo subescapular (plexo braquial – fascículo posterior)

*Os referidos músculos (supra-espinal, infra-espinal, redondo menor e subescapular) compõem o manguito rotador. Esse grupo desempenha um papel importante para a estabilidade da articulação do ombro. Apesar da cabeça longa do m. bíceps braquial não fazer parte do manguito rotador (para muitos autores), ela desempenha um papel importante em manter a cabeça do úmero coaptada na cavidade glenoidal da escápula.

Músculos do braço que atuam na articulação do ombro

38- Músculo coracobraquial:Localiza-se na axila, profundamente ao músculo bíceps braquial.Origem: processo coracóide da escápula.Inserção: face anterior do terço médio do corpo do úmero.Ação: flexão e adução do braço.Inervação: nervo musculocutâneo (plexo braquial – fascículo lateral)

Músculo bíceps braquial*:É um músculo localizado no compartimento anterior do braço. Possui duas origens e uma inserção. Considerado um músculo bi-articular (movimenta duas articulações: ombro e cotovelo). Sua origem medial é denominada de cabeça curta e, a origem lateral é a cabeça longa. O ventre de ambas as cabeças convergem na parte distal do braço, próximo ao cotovelo, formando o tendão do m. bíceps braquial (tendão bicipital).Origem:39- Cabeça longa do m. bíceps braquial: tubérculo supra-glenoidal;40- Cabeça curta do m. bíceps braquial: processo coracóide da escápula.Inserção: tuberosidade do rádio (inserção profunda) e fáscia muscular do antebraço lateralmente, pela aponeurose bicipital (inserção superficial).Ação: flexiona o braço e realiza a depressão da cabeça do úmero (articulação do ombro). Na articulação do cotovelo realiza o movimento de flexão e supinação do antebraço.Inervação: nervo musculocutâneo (plexo braquial – fascículo lateral)

Músculo tríceps braquial*: Localiza-se no compartimento posterior do braço. É constituído de três cabeças de origem e uma inserção. As cabeças são denominadas: longa, lateral e medial. Também é um músculo bi-articular (movimenta as articulações do ombro e cotovelo).Origem:41- Cabeça longa do m. tríceps braquial: tubérculo infra-glenoidal;42- Cabeça lateral do m. tríceps braquial: face posterior do úmero, proximalmente ao sulco do nervo radial;43- Cabeça medial do m. tríceps braquial: face posterior do úmero, distalmente ao sulco do nervo radial.Inserção: olecrano.Ação: extensão do braço e antebraço.Inervação: nervo radial (plexo braquial – fascículo posterior)

*Os músculos citados atuam sobre a articulação do cotovelo, promovendo movimento do antebraço e, serão estudados novamente adiante.

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Articulação do cotovelo

É uma articulação sinovial composta, formada por três ossos (úmero, rádio e ulna), todos eles envolvidos pela mesma cápsula articular. Funcionalmente a articulação do cotovelo é considerada como uma articulação do tipo gínglimo (dobradiça) descrevemos no cotovelo três diferentes tipos de articulação:

Articulação umerorradial: articulação entre o capítulo do úmero e a fóvea da cabeça do rádio. Ambas superfícies ósseas são revestidas por cartilagem articular.

Classificação morfológica: sinovial do tipo esferóidea (contudo não possui a liberdade de movimento que outras articulações eferóideas, sendo limitada por outras estruturas do próprio cotovelo. Essa classificação se aplica devido as formas das faces articulares)

Articulação umeroulnar: formada pelo encaixe da tróclea do úmero na incisura troclear da ulna. Essas faces articulares são revestidas por cartilagens articulares.

Classificação morfológica: sinovial do tipo gínglimo.

Articulação radioulnar proximal: articulação entre a incisura radial da ulna e a cabeça do rádio. Recobrindo as faces articulares a cartilagem articular.

Classificação morfológica: sinovial do tipo trocóidea.

A cápsula articular do cotovelo envolve as três articulações citadas acima. Suas regiões anterior e posterior são frouxas, mas lateralmente recebe reforços de ligamentos capsulares: colateral ulnar (estende-se do epicôndilo medial do úmero até a face medial e proximal da ulna) e ligamento colateral radial (estende-se do epicôndilo lateral do úmero até o ligamento anular do rádio). Os ligamentos colaterais (ulnar e radial) garantem a estabilidade látero-lateral da articulação do cotovelo, impedindo os movimentos de abdução e adução, que não existem nesta articulação, podemos ressaltar apenas que um grau de mobilidade passivo no eixo sagital pode ocorrer na articulação do cotovelo.O ligamento anular do rádio é uma faixa resistente que circunda a cabeça do rádio e a mantém em contato com a incisura radial da ulna. Além de unir os ossos, esse ligamento permite o livre movimento de rotação da cabeça do rádio, servido também de inserção para as fibras do ligamento colateral radial.

Classificação morfofuncional: sinovial do tipo gínglimo, uniaxial.Movimentos:Flexão (145º)/extensão (0º) – eixo transversal (plano sagital)Os movimentos de flexão e extensão envolvem as articulações umeroulnar e umerorradial. A articulação radioulnar proximal atua em conjunto com a articulação radioulnar distal promovendo os movimentos de pronação e supinação (descritos mais adiante).

PARTE PRÁTICA DAS ESTRUTURAS ÓSSEAS E ARTICULARES DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO

- Estruturas ósseas:Rádio identificar – fóvea da cabeça do rádio, circunferência articular da

cabeça do rádio, cabeça do rádio, tuberosidade do rádio, corpo do rádio, processo estilóide do rádio, incisura ulnar, tubérculo dorsal e face articular carpal;

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Ulna: identificar – olécrano, incisura troclear, processo coronóide, tuberosidade da ulna, crista do músculo supinador, incisura radial, corpo da ulna, processo estilóide da ulna e cabeça da ulna;

Úmero: já identificado anteriormente (revisar).

- Estruturas articulares:44- Cápsula articular do cotovelo45- Cartilagem articular (na tróclea e capítulo do úmero, cabeça do rádio e

incisura troclear da ulna)46- Ligamento colateral radial 47- Ligamento colateral ulnar48- Ligamento anular do rádio

PARTE PRÁTICA DOS MÚSCULOS QUE ATUAM NA ARTICULAÇÃO DO OMBRO

Músculo bíceps braquial: 7- cabeça longa do m. bíceps braquial.8- cabeça curta do m. bíceps braquial.Sua descrição se encontra na articulação do ombro (revise origem e inserção).Ação: supinação e flexão do antebraço (revise a ação deste músculo na articulação do ombro).

9- Músculo braquial:Localizado na parte anterior do braço em sua região média e distal, profundamente ao m. bíceps braquial.Origem: face anterior do terço médio do corpo do úmero.Inserção: tuberosidade da ulna.Ação: flexão do antebraço.

Músculo tríceps braquial:10- cabeça longa do m. tríceps braquial.11- cabeça lateral do m. tríceps braquial.12- cabeça medial do m. tríceps braquial.Descrito anteriormente na articulação do ombro (revise origem e inserção).Ação: extensão do antebraço (revise a ação deste músculo na articulação do ombro).

13- Músculo braquiorradial:Apesar deste músculo se localizar na parte lateral do antebraço sua ação é na articulação do cotovelo.Origem: crista supraepicondilar lateral do úmero.Inserção: parte distal do rádio, próximo ao processo estilóide.Ação: flexão do antebraço.

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ARTICULAÇÕES DO ANTEBRAÇO

14- Membrana interóssea do antebraçoA membrana interóssea do antebraço (sindesmose radioulnar) é formada por fibras que se dispõem de maneira oblíqua entre o rádio e a ulna, transferindo forças que são aplicadas nas mãos para ambos os ossos do antebraço. Os músculos que se localizam anteriormente à membrana interóssea do antebraço são flexores e pronadores, enquanto que os que se localizam posteriormente são extensores e supinadores.

Classificação: articulação fibrosa do tipo sindesmose.

Articulação radioulnar distalFormada pela articulação da cabeça da ulna com a incisura ulnar do rádio. Essas faces articulares são recobertas por cartilagem articular.A cápsula articular é reforçada por ligamentos e, principalmente pelo: 15- disco articular do punho.

Classificação: sinovial do tipo trocóidea, monoaxial.Movimentos: rotação*.Articulações: radioulnar proximal e distalAs articulações radioulnares atuam juntas para que ocorra o movimento de pronação e supinação no antebraço.

Classificação: sinovial do tipo plana.Movimentos: deslizamento*.

* Movimentos especiais: os movimentos de pronação e supinação são realizados pelas articulações radioulnares proximal e distal, concomitantemente. Na articulação radioulnar proximal, a cabeça do rádio gira em torno de seu eixo (rotação), enquanto que, na articulação radioulnar distal, a extremidade distal do rádio desliza em torno da cabeça da ulna (translação).Supinação (90º) – com a articulação do cotovelo posicionada à 90º, a palma da mão se orienta para cima.Pronação (85º) – com a articulação do cotovelo posicionada à 90º, a palma da mão se orienta para baixo.

MÚSCULOS QUE REALIZAM OS MOVIMENTOS DO ANTEBRAÇO

16- Músculo pronador redondo: Origem: epicôndilo medial do úmero;Inserção: metade da face lateral do radio;Ação: pronação do antebraço e auxilia o movimento de flexão do cotovelo.

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17- Músculo pronador quadrado:Localizado na região distal do antebraço, profundamente.Origem: face distal da ulna;Inserção: face distal do rádio;Ação: pronação do antebraço.

18- Músculo bíceps braquial:Reveja sua descrição e ações deste músculo nas articulações do ombro e cotovelo.Ação: supinação do antebraço.

19- Músculo supinador:Músculo profundo, localizado na região posterior e proximal do antebraço.Origem: epicôndilo lateral e face proximal da ulna;Inserção: terço proximal do rádio;Ação: supinação do antebraço.Articulação radiocarpal (do punho)A articulação radiocarpal conecta a mão com o antebraço. É formada pela face articular carpal do rádio, disco articular do punho e, os ossos escafóide, semilunar e piramidal (do carpo).Sua cápsula articular é reforçada por ligamentos colaterais radial e ulnar do carpo.Classificação: sinovial do tipo elipsóidea, biaxial.Movimentos: Flexão (85º)/extensão (85°) – eixo transversal (plano sagital);

Abdução (15º)/adução (15º) – eixo sagital (plano frontal).* A abdução é restrita devido ao bloqueio ósseo imposto pelo processo estilóide do rádio (que se encontra cerca de 1cm mais distal em relação ao processo estilóide da ulna). Durante a adução, o osso piramidal se articula com o disco articular do punho.

PARTE PRÁTICA DAS ESTRUTURAS ÓSSEAS E ARTICULARES DA ARTICULAÇÃO RADIOCARPAL

- Estruturas ósseas:Rádio já identificado anteriormente (no cotovelo);Ossos do carpo: Fileira proximal: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme;Fileira distal: trapézio, trapezóide, capitato e hamato.Ossos metacarpais: do primeiro ao quinto e Falanges: proximal, média e

distal.

- Estruturas articulares:20- Cartilagem articular (na face articular carpal e nos ossos do carpo)

21- Cápsula articular do punho22- Disco articular (entre a ulna e o osso piramidal)23- Ligamento colateral radial do carpo24- Ligamento colateral ulnar do carpo

PARTE PRÁTICA DOS MÚSCULOS QUE ATUAM NA ARTICULAÇÃO RADIOCARPAL

25- Músculo flexor ulnar do carpo:Origem: epicôndilo medial do úmero;Inserção: osso pisiforme;Ação: flexão e adução da articulação radiocarpal.

26- Músculo palmar longo:Origem: epicôndilo medial do úmero;Inserção: aponeurose palmar;Ação: flexão da articulação radiocarpal. Tensiona a aponeurose palmar.

27- Músculo flexor radial do carpo:Origem: epicôndilo medial do úmero;

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Inserção: segundo metacarpo;Ação: flexão e abdução da articulação radiocarpal.

28- Músculo extensor radial longo do carpo:Origem: epicôndilo lateral do úmero;Inserção: segundo metacarpo;Ação: extensão e abdução da articulação radiocarpal.

29- Músculo extensor radial curto do carpo:Origem: epicôndilo lateral do úmero;Inserção: terceiro metacarpo;Ação: extensão e abdução da articulação radiocarpal.

30- Músculo extensor ulnar do carpo:Origem: epicôndilo lateral do úmero;Inserção: quinto metacarpo;Ação: extensão e adução da articulação radiocarpal. MÃOA mão é uma região complexa do membro superior, anatomicamente e funcionalmente. Não faremos o estudo pormenorizado desta região, devemos apenas identificar os principais locais das articulações:- entre os ossos carpais (articulações intercárpicas), - entre os ossos carpais e metacarpais (articulações carpometacarpais); - entre os ossos metacarpais (articulações intermetacarpais), - entre os metacarpos e falanges proximais (articulações metacarpofalangianas)- entre as falanges (interfalangianas).

A musculatura que age na mão humana é dividida em:

Músculos extrínsecos: (apenas identificar)

31- m. flexor superficial dos dedos32- m. flexor profundo dos dedos33- m. flexor longo do polegar34- m. extensor dos dedos35- m. extensor longo do polegar36- m. extensor curto do polegar37- m. abdutor longo do polegar

Músculos intrínsecos: (apenas identificar)38- mm. tênares39- mm. hipotênares40 – mm. interósseos

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O MEMBRO INFERIOR

O membro inferior assim como o membro superior, está ligado ao tronco por um cíngulo. É menos móvel quando comparado ao membro superior, devido à formação do seu cíngulo ser exclusivamente óssea. O cíngulo do membro inferior é um anel ósseo formado pelos dois ossos do quadril e pelo sacro, o que lhe proporciona rigidez e estabilidade. Este membro é especializado em sustentar o peso corporal, controle da gravidade e principalmente locomoção (capacidade de se deslocar de um ponto para outro e manter o equilíbrio). Alguns dos músculos que agem no membro inferior se originam do cíngulo, do sacro e da coluna vertebral.

ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

A articulação do quadril ocorre entre as superfícies articulares da cabeça do fêmur e o acetábulo (cavidade no osso do quadril), ambas revestidas por cartilagem articular. A cabeça do fêmur é formada por 2/3 de uma esfera, o acetábulo por sua vez é uma cavidade hemisférica que possui sua porção periférica mais proeminente, a qual possui uma superfície articular semilunar revestida por cartilagem articular, a denominada face semilunar do acetábulo. Encontramos no acetábulo o lábio do acetábulo (fibrocartilagem) que aumenta a região articular entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, fazendo com que o encaixe entre os dois ossos ocorra de maneira mais resistente.A articulação do quadril é revestida por uma cápsula articular forte, porém frouxa. Esta articulação é a mais estável, devido às formas de suas superfícies articulares, cápsula articular e os músculos que envolvem esta articulação.

Classificação: articulação sinovial do tipo esferóide, triaxial.Movimentos: Flexão: 90º (joelho estendido) e 120º (joelho flexionado); (eixo transversal - plano sagital).Extensão: 20º (joelho estendido) e 10º (joelho flexionado); (eixo transversal - plano sagital).Abdução: 45º (eixo antero-posterior - plano frontal)Adução: Este movimento não ocorre quando o sujeito se encontra na posição anatômica, uma vez que os membros inferiores estão justapostos. Existem movimentos de adução relativa, a partir de um movimento de abdução o membro então realiza a adução. Pode ocorrer também a adução combinada com extensão ou flexão de quadril (30º). (eixo antero-posterior - plano frontal)Rotação medial: 35º (eixo longitudinal – plano horizontal).Rotação lateral: 60º (eixo longitudinal – plano horizontal).Circundação: combinação dos movimentos nos três eixos (flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral).

PARTE PRÁTICA DAS ESTRUTURAS ÓSSEAS E ARTICULARES DA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

- Estruturas ósseas: Osso do quadril: Acetábulo, fossa do acetábulo e face semilunar.Ílio: Espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-inferior, crista ilíaca, espinha

ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca póstero-inferior, fossa ilíaca, face glútea.Ísquio : Túber isquiático, ramo do ísquio e espinha isquiática.

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Púbis: corpo do púbis, tubérculo púbico, face sinfisial, ramo superior, ramo inferior do púbis e linha pectínea.

Fêmur: cabeça do fêmur, fóvea da cabeça do fêmur, colo do fêmur, trocanter maior, trocanter menor, linha intertrocantérica, crista intertrocantérica, linha pectínea, tuberosidade glútea, linha áspera, face poplítea, côndilo medial, epicôndilo medial, côndilo lateral, epicôndilo lateral e face patelar.

- Estruturas articulares:1 – Cápsula articular do quadril2 – Lábio do acetábulo3 – Cartilagem articular da cabeça do fêmur e da face semilunar4 – Ligamento iliofemoral5 – Ligamento pubofemoral6 – Ligamento isquiofemoral7 – Ligamento sacrotuberal8 – Ligamento sacroespinal9 – Ligamento da cabeça do fêmur

MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

Os músculos do quadril podem ser classificados de acordo com a região em que se encontra. Podemos assim ter um grupo medial, grupo lateral e grupo adutor. Este último por razões funcionais, apesar de serem músculos da coxa, são classificados como músculos do quadril porque atuam principalmente na articulação do quadril. Outros músculos da coxa que também atuam na articulação do quadril serão listados abaixo, dentre eles podemos citar o músculo reto femoral, sartório e o grupo posterior da coxa, estes músculos são considerados biarticulares, pois atuam nas articulações do joelho e do quadril.

Músculos mediais do quadril (compartimento anterior da coxa)

10 – Músculo psoas maior*:Está situado ao lado da região lombar da coluna vertebralOrigem: face lateral das vértebras T12 – L5, processos transversos de L1 - L5

Inserção: trocanter menor do fêmurAção: flexão da articulação do quadrilInervação: ramos anteriores dos nervos lombares L1, L2 e L3

11 – Músculo psoas menor*:Músculo longo e delgado situado na região ventral do músculo psoas maiorOrigem: face lateral dos corpos vertebrais de T12 – L1 e do respectivos disco intervertebralInserção: trocanter menor do fêmurAção: flexão da articulação do quadril Inervação: ramos anteriores dos nervos lombares L1, L2 e L3

12 – Músculo ilíaco*:Este músculo recobre a fossa ilíaca do osso do quadrilOrigem: fossa ilíaca e crista ilíacaInserção: trocanter menor do fêmurAção: flexão da articulação do quadrilInervação: nervo femoral

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13 – Músculo Iliopsoas:*em conjunto estes músculos são denominados de músculo iliopsoas, que é o mais importante flexor desta articulação, o qual se insere no trocanter menor. Quando o membro inferior permanece fixo este músculo realiza a flexão do tronco sobre o quadril.

14 – Músculo sartório (este músculo pertence ao grupo anterior da coxa, no entanto é biarticular e possui sua ação na articulação do quadril):Músculo longo que atravessa a articulação do quadril e do joelho. Segue um trajeto oblíquo na região anterior da coxa.Origem: espinha ilíaca ântero-superiorInserção: medialmente a tuberosidade da tíbiaAção: flexão, abdução e rotação lateral da articulação do quadril. No joelho este músculo realiza a flexão e rotação medialInervação: nervo femoral

15 – Músculo reto femoral (este músculo pertence ao grupo anterior da coxa, no entanto é biarticular e possui sua ação na articulação do quadril):Músculo pertencente ao grupo denominado de quadríceps femoral. Músculo longo que possui trajeto longitudinal na região anterior da coxa.Origem: espinha ilíaca ântero-inferiorInserção: tuberosidade da tíbia por meio do ligamento patelarAção: flexão da articulação do quadril. No joelho atua na extensãoInervação: nervo femoral

Músculos laterais do quadril (região glútea)

16 – Músculo glúteo máximo**:É o músculo quadrilátero da região glútea e o mais superficial e recobre todos os outros músculos desta regiãoOrigem: face dorsal do sacro e face glútea do ílio.Inserção: as fibras mais superiores no trato iliotibial e as fibras mais inferiores na tuberosidade glútea do fêmurAção: extensão e rotação lateral da articulação do quadrilInervação: nervo glúteo inferior

17 – Músculo glúteo médio:Está situado profundamente ao m. glúteo máximo. Possui suas fibras em forma de leque.Origem: face glútea do ílioInserção: face lateral do trocanter maiorAção: abdução da articulação do quadril e estabilização da pelve no plano frontalInervação: nervo glúteo superior

18 – Músculo glúteo mínimo:É o mais profundo dos músculos glúteos, assim como o músculo glúteo médio possui suas fibras arranjadas como um leque.Origem: face glútea do ílioInserção: face ântero-lateral do trocanter maiorAção: abdução da articulação do quadril e estabilização da pelve no plano frontalInervação: nervo glúteo superior

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19 – Músculo piriforme: Está situado distalmente ao glúteo mínimo.Origem: face pélvica do sacroInserção: trocanter maior do fêmurAção: rotação lateral, abdução e extensão do quadril e estabilização da pelve no plano frontal.Inervação: ramos anteriores S1 e S2

20 – Músculo gêmeo superior:Está localizado distalmente ao músculo piriformeOrigem: espinha isquiáticaInserção: trocanter maiorAção: rotação lateral, extensão e abdução da articulação do quadrilInervação: L5 e S1

21 – Músculo obturador interno:Está localizado distalmente ao músculo gêmeo inferior e proximal em relação ao músculo quadrado femoralOrigem: face pélvica da membrana obturatória e seus limites ósseosInserção: trocanter maiorAção: rotação lateral, adução e extensão da articulação do quadrilInervação: nervo para o músculo obturador interno L5 e S1

22 – Músculo gêmeo inferior:Está localizado distalmente ao músculo gêmeo superiorOrigem: túber isquiáticoInserção: trocanter maiorAção: rotação lateral, extensão e abdução da articulação do quadrilInervação: L5 e S1

23 – Músculo quadrado femoral:Músculo quadrilátero e plano, localizado distalmente do músculo gêmeo inferiorOrigem: túber isquiáticoInserção: crista intertrocantérica do fêmurAção: rotação lateral e adução da articulação do quadrilInervação: L5 e S1

24 – Músculo tensor da fáscia lata**: (grupo anterior da coxa)Este músculo se encontra entre a espinha ilíaca ântero-superior e o trocanter maior do fêmur na região lateral da coxa.Origem: espinha ilíaca ântero-superiorInserção: fáscia lata**Ação: tenciona a fáscia lata e estabiliza a articulação do joelho durante a marchaInervação: glúteo superior

25 – Trato iliotibial:** Os músculos glúteo máximo e tensor da fáscia lata juntamente com a fáscia lata formam o denominado trato iliotibial. Este trato se fixa na face ântero-lateral do côndilo lateral da tíbia e auxilia na estabilização do joelho durante a marcha.

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Músculos do grupo adutor

26 – Músculo pectíneo:Músculo de forma achatada localizado na região anterior da coxaOrigem: linha pectínea do púbisInserção: linha pectínea do fêmurAção: adução, rotação lateral e leve flexão do quadrilInervação: nervo femoral, pode receber um ramo do nervo obturatório

27 – Músculo adutor longo:Do grupo adutor este é o músculo mais lateral, possui forma de leque.Origem: ramo superior do púbisInserção: linha áspera (1/3 médio do corpo do fêmur)Ação: adução e flexão da articulação do quadrilInervação: ramo da divisão anterior do nervo obturatório

28 – Músculo adutor curto:Situado profundamente ao músculo pectíneo e adutor longo.Origem: ramo inferior do púbisInserção: linha áspera no terço superior do fêmurAção: adução e flexão do quadril até 70º e extensão do quadril quando este se encontra com mais de 80º de flexãoInervação: ramo da divisão anterior do nervo obturatório

29 – Músculo adutor magno:É o mais forte e mais posterior dos músculos do grupo adutor, possui forma triangular. E dependendo da posição da articulação do quadril este músculo sofre uma inversão de sua ação. Temos então uma “parte adutora” e uma “parte extensora”.Origem: Parte adutora: ramo inferior do púbis e ramo do ísquioParte extensora: túber isquiáticoInserção:Parte adutora: tuberosidade glútea, linha áspera e linha supracondilar medialParte extensora: tubérculo adutor do fêmurAção:O músculo de forma geral realiza a adução da articulação do quadrilParte adutora: flexão da articulação do quadrilParte extensora: extensão da articulação do quadrilInervação:Parte adutora: ramos da divisão posterior do nervo obturatórioParte extensora: nervo isquiático – parte tibial

30 – Músculo grácil:Este é o músculo mais superficial do grupo adutor. É um músculo longo que cruza a articulação do quadril e do joelho (biarticular).Origem: ramo inferior do púbisInserção: tuberosidade da tíbiaAção: adução e flexão do quadril. No joelho atua na flexão e rotação medial.Inervação: nervo obturatório

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31 – Músculo obturador externo:É um músculo plano e triangular que reveste a superfície externa da membrana obturatóriaOrigem: face externa da membrana obturatória e seus limites ósseosInserção: fossa trocantérica do fêmurAção: rotação lateral e adução da articulação do quadrilInervação: nervo obturatório

Músculos do grupo posterior da coxaEstes músculos atuam nas articulações do quadril e do joelho.

Músculo bíceps femoral:32 – Cabeça longa33 – Cabeça curtaEste músculo como o próprio nome indica possui duas cabeças (cabeça longa e cabeça curta). A cabeça longa é biarticular, uma vez que passa pelo eixo de movimento da articulação do quadril e da articulação do joelho. O bíceps femoral é o músculo mais lateral do grupo posterior da coxa.Origem:Cabeça longa: túber isquiáticoCabeça curta: linha áspera (terço médio do corpo do fêmur)Inserção: cabeça da fíbulaAção: Cabeça longa: extensão da articulação do quadril. No joelho atua na flexão e rotação lateralCabeça curta: flexão e rotação lateral do joelhoInervação:Cabeça longa: nervo isquiático – parte tibialCabeça curta: nervo isquiático – parte fibular comum

34 – Músculo semitendíneo:Este músculo fusiforme com um tendão muito longo, o que caracteriza o nome do músculo. É o se encontra medialmente ao m. bíceps femoralOrigem: túber isquiáticoInserção: face medial da tuberosidade da tíbiaAção: extensão da articulação do quadril. No joelho atua na flexão e rotação medialInervação: nervo isquiático – parte tibial

35 – Músculo semimembranáceo:Músculo longo que recebe o seu nome devido a forma membranácea de seu tendão. É o músculo mais medial do grupo posterior da coxa.Origem: túber isquiáticoInserção: côndilo medial da tíbiaAção: extensão da articulação do quadril. No joelho atua na flexão e rotação medialInervação: nervo isquiático – parte tibial

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ARTICULAÇÃO DO JOELHO

O joelho é uma articulação muito frágil do ponto de vista mecânico e está propensa a vários tipos de lesões, quando flexionada possui certo grau de estabilidade para ganho de mobilidade; e quando em extensão, ganha estabilidade, porém há perda da mobilidade. A estabilidade depende de inúmeros músculos e ligamentos, sendo um dos principais músculos que proporcionam a estabilidade desta articulação o denominado quadríceps femoral.A articulação do joelho envolve as superfícies articulares dos côndilos lateral e medial do fêmur e as superfícies articulares superiores medial e lateral da tíbia. Há também a articulação entre a face articular da patela (osso sesamóide) e a face patelar do fêmur. Portanto a articulação do joelho constitui-se de três articulações e três ossos: fêmur, tíbia e patela, não fazendo parte desta articulação o osso fíbula. A articulação do joelho possui uma cápsula articular fina, porém resistente, reforçada por quase toda sua extensão por ligamentos. A cápsula não recobre o tendão do músculo quadríceps, patela e ligamento patelar, fixando-se nestas estruturas em suas bordas mediais e laterais. A articulação do joelho apresenta em sua constituição dois meniscos (lateral e medial) que aumentam o encaixe entre o fêmur e a tíbia, o que estabiliza e direciona a articulação durante os movimentos, além de participarem da distribuição da força peso neste segmento corporal.

Classificação: articulação sinovial do tipo condilar, biaxial.Movimentos:Flexão: 140º com o quadril em leve flexão e 120º com quadril em extensão (eixo transversal – plano sagital);Extensão: em alguns casos este movimento ocorre além da posição anatômica.Rotação medial: 30º (eixo longitudinal – plano transverso);Rotação lateral: 40º (eixo longitudinal – plano transverso);

PARTE PRÁTICA DAS ESTRUTURAS ÓSSEAS E ARTICULARES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO

- Estruturas ósseas:

Fêmur: cabeça do fêmur, fóvea da cabeça do fêmur, colo do fêmur, trocanter maior, trocanter menor, linha intertrocantérica, crista intertrocantérica, linha pectínea, tuberosidade glútea, linha áspera, face poplítea, côndilo medial, epicôndilo medial, côndilo lateral, epicôndilo lateral e face patelar.

Patela: ápice da patela, base da patela e face articular da patela.Tíbia: Face articular superior, côndilo medial, côndilo lateral, eminência interarticular,

tuberosidade da tíbia, linha do músculo sóleo, corpo da tíbia, maléolo medial, face articular inferior e face articular do maléolo medial.

- Estruturas articulares:

36 – Cápsula articular do joelho37 – Ligamento da patela38 – Ligamento cruzado anterior39 – Ligamento cruzado posterior40 – Ligamento menisco femoral posterior41 – Ligamento colateral tibial42 – Ligamento colateral fibular

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43 – Menisco medial44 – Menisco lateral

MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO

Os músculos que atuam nesta articulação estão localizados no compartimento anterior, compartimento posterior e compartimento medial da coxa, além de músculos localizados no compartimento posterior superficial e profundo da perna. Alguns músculos atuam em conjunto de maneira a estabilizar a articulação durante a marcha ou a postura

Músculos do grupo posterior da coxa

OBS: Estes músculos já foram descritos no texto relacionado com a articulação do quadril. Por este motivo serão listados abaixo seguindo a mesma numeração utilizada na articulação do quadril.

Músculo bíceps femoral: números 32 e 33Este músculo como o próprio nome indica possui duas cabeças, cabeça longa e cabeça curta. Na articulação do quadril somente a cabeça longa atua na articulação do quadril. É o músculo mais lateral do grupo posterior da coxa.Origem:Cabeça longa: túber isquiático Cabeça curta: linha áspera (terço médio do corpo do fêmur)Inserção: cabeça da fíbulaAção: extensão da articulação do quadril. No joelho atua na flexão e rotação lateral

34 – Músculo semitendíneo:Este músculo fusiforme com um tendão muito longo, o que caracteriza o nome do músculo. É o se encontra medialmente ao m. bíceps femoralOrigem: túber isquiáticoInserção: face medial da tuberosidade da tíbiaAção: extensão da articulação do quadril. No joelho atua na flexão e rotação medial

35 – Músculo semimembranáceo:Músculo longo que recebe o seu nome devido a forma membranácea de seu tendão. É o músculo mais medial do grupo posterior da coxa.Origem: túber isquiáticoInserção: côndilo medial da tíbiaAção: extensão da articulação do quadril. No joelho atua na flexão e rotação medial

Músculos do grupo anterior da coxaEste grupo muscular atua essencialmente na extensão da articulação do joelho.

Músculo quadríceps femoral – formado por quatro cabeças musculares o que lhe proporciona o nome. Formado pelos músculos vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio e pelo reto femoral (único biarticular). O músculo quadríceps insere-se por meio do ligamento da patela na tuberosidade da tíbia.

15 – Músculo reto femoral: (este músculo já foi descrito na art. do quadril)Músculo longo que possui trajeto longitudinal na região anterior da coxa.

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Origem: espinha ilíaca ântero-inferiorInserção: tuberosidade da tíbia por meio do ligamento patelarAção: Extensão da articulação do joelho. No quadril atua na flexão.Inervação: nervo femoral

45 – Músculo vasto medial:Localizado medialmente ao corpo do fêmur.Origem: linha intertrocantérica e linha áspera do fêmurInserção: tuberosidade da tíbiaAção: extensão da articulação do joelho. O vasto medial tem a função de estabilizar a patela medialmente durante a extensão da perna.Inervação: nervo femoral

46 – Músculo vasto lateral:Localizado lateralmente ao corpo do fêmur. É o maior dos músculos do quadríceps.Origem: trocanter maior e linha ásperaInserção: tuberosidade da tíbiaAção: extensão da articulação do joelhoInervação: nervo femoral

47 – Músculo vasto intermédio:Localizado profundamente ao músculo reto femoral, entre os vastos lateral e medial.Origem: face anterior do corpo do fêmurInserção: tuberosidade da tíbiaAção: extensão da articulação do joelhoInervação: nevo femoral

48 – Músculo articular do joelho:Músculo pequeno ocasionalmente está fundido com o vasto intermédio.Origem: superfície anterior da parte distal do corpo do fêmurInserção: recesso suprapatelar da cápsula articular do joelhoAção: tração da cápsula articular durante o movimento de extensão do joelho, o que evita seu aprisionamento Inervação: nervo femoral

Músculo sartório: (este músculo já foi descrito na art. do quadril)

Músculo longo que atravessa a articulação do quadril e do joelho. Segue um trajeto oblíquo na região anterior da coxa.Origem: espinha ilíaca ântero-superiorInserção: medialmente a tuberosidade da tíbiaAção: flexão e rotação medial da articulação do joelho. No quadril atua na flexão, abdução e rotação lateral.Inervação: nervo femoral

Músculos do compartimento medial da coxa

Músculo grácil: (este músculo já foi descrito na art. do quadril)

Este é o músculo mais superficial do grupo adutor. É um músculo longo que cruza a articulação do quadril e do joelho (biarticular).Origem: ramo inferior do púbis

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Inserção: tuberosidade da tíbiaAção: adução e flexão do quadril. No joelho atua na flexão e rotação medial.Inervação: nervo obturatório

Músculos do compartimento posterior da perna

49 – Músculo gastrocnêmio cabeça medial:Músculo mais superficial do grupo posteriorOrigem: epicôndilo medial do fêmur Inserção: tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do calcâneoAção: Na articulação do joelho este músculo auxilia na flexãoInervação: nervo tibial

50 – Músculo gastrocnêmio cabeça lateral:Músculo mais superficial do grupo posteriorOrigem: epicôndilo lateral do fêmur Inserção: tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do calcâneoAção: Na articulação do joelho este músculo auxilia na flexãoInervação: nervo tibial

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ARTICULAÇÃO DO TALOCRURAL (TORNOZELO)

A articulação talocrural é formada pela superfície articular inferior da tíbia, a face articular do maléolo da tíbia, a face articular do maléolo da fíbula e a face articular superior da tróclea do tálus. As partes distais da tíbia e da fíbula apreendem a tróclea do tálus, ao mesmo tempo em que a permite se mover entre os dois maléolos. No entanto a tróclea é mais larga anteriormente o que ocasiona maior estabilidade quando a articulação talocrural se encontra em dorsiflexão (apoiado sobre o calcanhar), ao contrário da posição de flexão plantar (apoiado sobre a ponta do pé) onde a porção posterior da tróclea, mais estreita, fica entre os dois maléolos com mais instabilidade. Este fator anatômico é dos principais fatores para que as entorses de tornozelo ocorram em flexão plantar. A articulação talocrural possui cápsula articular frágil, no entanto reforçada por ligamentos colaterais.

Classificação: articulação sinovial do tipo gínglimo, biaxial.Movimentos:Flexão plantar: 30º (eixo transversal – plano sagital);Flexão dorsal ou dorsiflexão: 50º (eixo transversal – plano sagital);

PARTE PRÁTICA DAS ESTRUTURAS ÓSSEAS E ARTICULARES DA ARTICULAÇÃO TALOCRURAL (TORNOZELO)

- Estruturas ósseas:

Tíbia: Face articular superior, côndilo medial, côndilo lateral, eminência interarticular, tuberosidade da tíbia, linha do músculo sóleo, corpo da tíbia, maléolo medial, face articular inferior e face articular do maléolo medial.

Fíbula: Cabeça da fíbula, ápice da cabeça da fíbula, colo da fíbula, corpo da fíbula, maléolo lateral, fossa do maléolo lateral, face articular do maléolo lateral.

Tálus: Cabeça do tálus, colo do tálus, tróclea do tálus, processo lateral do tálus e processo posterior do tálus.

- Estruturas articulares:

Cápsula articularCartilagem articular das superfícies articulares

Ligamento talofibular anteriorLigamento talofibular posterior ligamento colateral lateralLigamento calcaneofibular

Ligamento colateral Parte tibiotalar anteriorMedial Parte tibionavicular

(ligamento deltóide) Parte tibiocalcâneaParte tibiotalar posterior

MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO TALOCRURAL (TORNOZELO)

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Os músculos que atuam na articulação talocrural estão localizados nos compartimentos anterior, lateral e posterior da perna. Estes músculos além de atuarem na articulação talocrural possuem ações no pé e nos dedos, por esta razão são na maioria “multiarticualares”.Em suma os músculos do compartimento anterior são dorsiflexores, os músculos do compartimento lateral são eversores e os que estão presentes no compartimento posterior são flexores plantares.

Músculos do compartimento anterior da perna

Músculo tibial anterior:Este músculo está localizado lateralmente à tíbia, sua porção proximal é carnosa e a poção distal é tendínea.Origem: 2/3 superiores da face lateral da tíbiaInserção: face medial e plantar do cuneiforme medial e base do primeiro metatarsalAção: dorsiflexão da articulação talocrural. Na articulação subtalar atua na inversãoInervação: nervo fibular profundo

Músculo extensor longo dos dedos:É um músculo mais lateral do compartimento anterior.Origem: côndilo lateral da tíbia, cabeça da fíbula e margem anterior da fíbulaInserção: bases das falanges distais do segundo ao quinto dedosAção: dorsiflexão da articulação talocrural. Na articulação subtalar atua na eversão e realiza a extensão de todos os dedos, exceto o háluxInervação: nervo fibular profundo

Músculo extensor longo do hálux:Músculo fino localizado entre os músculos extensor longo dos dedos e tibial anteriorOrigem: terço médio da fíbulaInserção: base da falange distal do háluxAção: dorsiflexão da articulação talocrural. Atua na inversão e eversão da subtalar, dependendo da posição inicial do pé e realiza a extensão háluxInervação: nervo fibular profundo

Músculo fibular terceiro:Pode ser contínuo ao músculo extensor longo dos dedos na parte mais lateral do compartimento anterior da perna. Este músculo pode estar ausente em cerca de 10% da população.Origem: terço distal da fíbulaInserção: base do quinto e/ou quarto metatarsalAção: dorsiflexão da articulação talocrural. Atua na eversão da subtalarInervação: fibular profundo

Músculos do compartimento lateral da perna

Músculo fibular longo:É o músculo mais superficial do compartimento lateral.Origem: cabeça da fíbula e 2/3 proximais da fíbulaInserção: cuneiforme medial (face plantar) e base do primeiro metatarsalAção: flexão plantar da articulação talocrural. Atua na eversão da subtalar e sustenta o arco transverso do pé

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Roteiro para estudo prático da Anatomia – UnitauProfessor: Ricardo Ferreira Salles

Inervação: nervo fibular superficial

Músculo fibular curto:É o mais profundo do compartimento lateral.Origem: metade distal da fíbulaInserção: tuberosidade do quinto metatarsalAção: flexão plantar da articulação talocrural. Atua na eversão da subtalarInervação: nervo fibular superficial

Músculos do compartimento posterior da pernaEste compartimento é subdividido em grupo superficial e grupo profundo, como será visto abaixo:

Grupo superficial (é formado pelo músculo tríceps sural, que é formado pelas partes descritas abaixo)

Músculo gastrocnêmio cabeça medial:Músculo mais superficial do grupo posteriorOrigem: epicôndilo medial do fêmur Inserção: tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do calcâneoAção: flexão plantar da articulação talocrural. Na articulação do joelho este músculo auxilia na flexãoInervação: nervo tibial

Músculo gastrocnêmio cabeça lateral:Músculo mais superficial do grupo posteriorOrigem: epicôndilo lateral do fêmur Inserção: tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do calcâneoAção: flexão plantar da articulação talocrural. Na articulação do joelho este músculo auxilia na flexãoInervação: nervo tibial

Músculo sóleo:Está localizado profundamente em relação aos gastrocnêmiosOrigem: cabeça e colo da fíbula e linha do músculo sóleo da tíbiaInserção: tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do calcâneoAção: flexão plantar da articulação talocrural

Músculo plantar:Músculo pequeno que se localiza entre o gastrocnêmio e o sóleo. Possui ventre muscular pequeno e um tendão fino e longo que passa obliquamente ao tríceps sural.Origem: proximal à cabeça lateral do gastrocnêmioInserção: tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do calcâneoAção: flexão plantar da articulação talocruralInervação: nervo tibial

Grupo profundo

Músculo flexor longo do hálux:Está localizado no lado fibular do compartimento posterior.Origem: 2/3 distais da fíbula

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Roteiro para estudo prático da Anatomia – UnitauProfessor: Ricardo Ferreira Salles

Inserção: base da falange distal do háluxAção: flexão plantar da articulação talocrural. Atua na inversão da subtalar e realiza a flexão do háluxInervação: nervo tibial

Músculo flexor longo dos dedos:Está localizado no lado tibial do compartimento posterior.Origem: terço médio da tíbiaInserção: bases da segunda à quinta falanges distaisAção: flexão plantar da articulação talocrural. Atua na inversão da subtalar e realiza flexão do segundo ao quinto dedosInervação: nervo tibial

Músculo tibial posterior:Está situado entre os músculos flexor longo do hálux e o flexor longo dos dedos, além de ser o mais profundo deste grupo.Origem: margens adjacentes da tíbia e da fíbula e da própria membrana interóssea da pernaInserção: tuberosidade navicular, nos três cuneiformes e nas bases do segundo ao quarto metatarsaisAção: flexão plantar da articulação talocrural. Atua na inversão da subtalar e sustenta os arcos longitudinal e transverso do péInervação: nervo tibial

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