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Espécie ameaçada de extinção, o boto - cor - de - r osa (Iniageofrensis) pode chegar aos 2,5 metros. Trecho da Carta de Achamento do Brasil, de Pero Vaz de Caminha (1500) História – Amazônia pré-histórica pg. 02 História – As grandes navegações e a conquista do Brasil pg. 04 Geografia – A transição demográfica pg. 06 Geografia – Aspectos da população mundial pg. 08 Português – Regência verbal 1 pg. 10

Apostila Aprovar Ano04 Fascículo04 Hist Geo

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Espécie ameaçada de extinção, o boto-cor-de-rosa (Iniageofrensis) pode chegaraos 2,5 metros.

Trecho da Carta de Achamento do

Brasil, de Pero Vaz de

Caminha

(1500)

•• História – Amazônia pré-histórica pg. 02

•• História – As grandes navegaçõese a conquista do Brasil pg. 04

•• Geografia – A transiçãodemográfica pg. 06

•• Geografia – Aspectos dapopulação mundial pg. 08

•• Português – Regência verbal 1 pg. 10

Amazônia pré-histórica1. Uma discussão teórica sobre a Amazônia

Há uma questão sempre posta quando sebusca explicar a Amazônia durante a pré-história(utilizaremos esse termo para significar operíodo anterior à escrita), período mais longo emenos estudado da Amazônia: como se podecomprovar a veracidade do que se diz sobre aeconomia, a organização social e a divisão dotrabalho na Região (DOS SANTOS, FranciscoJorge. História do Amazonas. Amazonas: EditoraNovo Tempo, 2000, p. 19.) Quando teria iniciadoo processo de ocupação da Amazônia?Os estudos sobre a pré-história da Amazôniavêm sendo feitos por vários pesquisadores(arqueólogos, etno-historiadores, historiadores ecientistas sociais) desde o século XIX. Maisrecentemente, importantes pesquisadoresdesenvolveram trabalhos sobre a pré-história daAmazônia com o apoio institucional daUniversidade Federal do Amazonas e de outrasinstituições acadêmicas. Entre esses estudiososdo tema, podemos citar: Bety Meggers, AnnaRoosevelt, André Proust, Pedro Ignácio Smith,Eduardo Góes Neves, Charles Hart entre outros.Os primeiros trabalhos amazônicos afirmavamque o processo de ocupação pré-histórica daAmazônia ocorreu dos Andes até o Atlântico. Ajustificativa para essa afirmativa era que aAmazônia possuía um meio ambiente pobre eincapaz de produzir uma cultura complexa edensa devido ao solo ácido pouco fértil. Por outrolado, os Andes possuíam um ambiente propíciopara o desenvolvimento de uma densapopulação e uma complexa cultura. Asdescobertas feitas por Roosevelt em MonteAlegre, no Pará, vêm mostrar que na Amazôniadesenvolveram-se culturas complexas há muitomais tempo do que se supunha, os chamadosCacicados Complexos, na parte oriental daregião.

2. Fases de ocupação da Amazônia

Os arqueólogos e cientistas sociais apresentamuma periodização específica para o processo deocupação da Amazônia:a) Paleoindígena (11.200 – 8.500 a.C.):Nesse período, os povos paleoindígenas viviamda coleta de moluscos, de plantas e da caça deanimais de pequeno porte (SANTOS, FranciscoJorge. História do Amazonas. Manaus: EditoraNovo Tempo, 2000, p. 19). As descobertas daarqueóloga Anna Rooselvelt, em Monte Alegre,Pará, levam-nos a acreditar que havia a práticada pesca e da caça de animais, pois era comumo uso de pontas de lanças feitas de pedra. Nãohá registros dessa época de habitações maiselaboradas, o que nos sugere que esse povohabitava grutas e cavernas.

Fig. 1 – Ponta de lança feita de pedra lascada.Pesquisa Fapesp: Revista Ciência e Tecnologia noBrasil. Outubro, 2003.

b) Arcaica (7.500–1000 a.C.):Nesse período, ocorre o desenvolvimento daprodução agrícola, especialmente na várzea,depois em terra firme, propiciando asedentarização do homem amazônico. SegundoAntônio Porro, a agricultura surgiu a partir dofeijão, da abóbora e do milho.Os arqueólogos descobriram diversossambaquis (sítios arqueológicos recobertos porcamadas de conchas e de vegetação fluvial) quecomprovam esse período nas regiões do delta,do baixo Amazonas, da Guiana e do Orenoco.

Fig.2 – Agricultura na fase paleoindígena

2. Periodo Formativo ou Pré-história Tardia(1.000 a. C.-1540):

Surgiram, nessa época, em determinadasregiões amazônicas, os chamados CacicacosComplexos. Uma cultura com um grau decomplexidade significativo em vários campos,tais como a produção de alimentos, aorganização social do trabalho, a jornada detrabalho reduzida, o sistema de organizaçãoreligiosa, as organizações festivas, etc.Os Cacicados ComplexosOrganização econômica – A principal atividadeeconômica era a agricultura em grandequantidade, pois havia técnica de plantio a partirda coivara (a derrubada das árvores, seguida dequeimada em uma área de terra firme onde erafeito o plantio; na várzea, a plantação ocorrialogo após a vazante). Praticavam-se tambémtécnicas de terraplenagem para a construção deviveiros para a criação de quelônios. Em deter-minados lugares, o milho era o alimentoprincipal, seguido da mandioca, do peixe e deanimais silvestres. A jornada de trabalho giravaem torno de 4 horas diárias. O trabalho para asubsistência era desenvolvido por todos osmembros de uma comunidade.Os produtos manufaturados, como tecidos,cerâmicas, armas, etc., eram comercializadosnum movimento intertribal feito a longa distânciae realizado periodicamente.Organização social e política – Havia estratifi-cações sociais que determinavam também aorganização política dos Cacicados Complexos:no topo, estava o grande chefe, que tinha seupoder justificado a partir de uma origem divina.Havia um estrato subordinado ao grande chefe,a quem se pagavam tributos, e os escravosconquistados em guerra.

3. Os povos das águas do século XVI

A seguir, apresentaremos alguns povos a partirde suas localizações geográficas e dasrespectivas províncias (categoria utilizada parasituar os domínios territoriais de cada umdesses povos).Província de Aparia – Localizava-se na regiãodo baixo Napo, estendendo-se até o atualmunicípio de São Paulo de Olivença. NessaProvíncia, havia vinte povoados compostos deaté cinqüenta grandes casas. O destaque era agrande plantação de milho. Aparia Grande ouAparia, o Grande, consistia na sede provincial,na região da boca do rio Javari.Província dos Omáguas – Seus domínioscomeçavam a partir de 120km acima da foz do

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HistóriaProfessor Francisco MELO de Souza

Um acervo de DVDs e de imagensespecializado em artes visuais já está àdisposição de professores do EnsinoFundamental e Médio do Amazonas.Lançada na última semana de setembro,a Midiateca Arte na Escola, do Pólo daUniversidade do Estado do Amazonas(UEA), é voltada à qualificação e aoapoio de docentes de arte.A Dvdteca é constituída de exemplarescom qualidade e informação atualizada,abrangendo os principais elementos dahistória da arte, da linguagem visual e daleitura da obra, bem como do fazerartístico, da natureza da arte e da suarelação com o meio social. Fonte dereferência em se tratando de arte brasileira,o acervo tem como foco a arte contempo-rânea, contemplando, em parte, apluralidade e a diversidade das raízesexistentes no País.De acordo com a coordenadora do PóloArte na Escola da UEA, Ítala Clay, ocatálogo do projeto Arte na Escola estáestruturado em temáticas comoconexões transdisciplinares, formação doeducador, forma-conteúdo, linguagensartísticas, materialidade, mediaçãocultural, patrimônio cultural, processo decriação e saberes estéticos e culturais.A Midiateca também é constituída poruma coleção de materiais de apoio aosDvds e por um Banco de Imagens Fixas.A proposta é subsidiar o Projeto deEducação Continuada, que tem porobjetivo apoiar o professor e qualificar oensino da arte. A previsão é que, comesse material de apoio, os professorespossam organizar ciclos e mostras aopúblico em geral.A inauguração da Midiateca aconteceudurante o II Encontro Regional Norte Artena Escola, no fim de setembro, noauditório da Reitoria da UEA. Na oportuni-dade, Gisa Picosque, doutora em artescênicas, ministrou curso sobre o uso daDvdteca, que estará disponível aos profes-sores cadastrados no Pólo da UEA.Aberto a professores de artes das escolaspúblicas e particulares, além deestudantes de licenciatura, o II EncontroRegional Norte da Rede Arte na Escola,com o tema Diversidade na Amazônia,reuniu representantes de pólos do Acre,Amazonas, Amapá, Pará e de Roraima.Para efetuar o cadastro de utilização damidiateca, os interessados devem procurara Escola de Artes e Turismo, na RuaLeonardo Malcher, 1728, Praça 14 deJaneiro.

Midiateca ofereceacervo de artesvisuais

Javari, estendendo-se até o Mamoria, entre oJutaí e o Juruá. Os omáguas apresentavam doistraços importantes que chamavam a atenção: adeformação artificial do crânio e o fato depossuírem técnicas de produção de roupastecidas com algodão e em cores.

Fig. 3 a)Índio Omágua com cabeça em forma de mitra.b) Busto de um índio Cambeba. Fonte: Expedição deAlexandre Rodrigues Ferreira à Amazônia.

Província de Machifaro – Localizava-se namargem direita do Solimões, entre os rios Tefé eCoari. Recebeu vários nomes, tais como:Curuzirari, Carapuna e Aisuari. Essa provínciaficou conhecida como “Aldeia do Ouro”, pelofato de que indivíduos dessa população usavampingentes de ouro, trocados em comérciointertribal.Província de Yoriman – Dominava cerca de250km, a partir das proximidades de Coari,estendendo-se até o Purus, na margem direitado Solimões. Ficou conhecida como “Aldeia daLouça” devido à belíssima cerâmica policrômicaproduzida por eles. Era conhecida ainda comoSolimões. Tida como uma nação guerreira,atemorizava os portugueses.Província de Paguana – Localizava-se doPurus, na margem direita, até o encontro daságuas. Havia dois povoados: o dos Bobos e odos Viciosos.Província dos Tarumãs – Iniciava seusdomínios na Barra e estendia-se até o rio Urubu.Os tarumãs eram povo do tronco lingüistaAruaque.Província dos Tapajós – Situava-se da regiãodo Nhamundá até a foz do rio Tapajós. Ocronista da expedição de Francisco de Orellana,frei Gaspar de Carvajal, batizou as várias aldeiasde “grandes cidades”. Outro cronista, Cristóbalde Acuña, da expedição de Pedro Teixeira,afirmou que se tratava de uma nação belicosa etemida pelas demais nações vizinhas, poisusavam em suas flechas venenos que vitimavamos inimigos atingidos.

Fig. 5 – Território Cambeba nos séc. XVI e XVII.

4 – Grupos Lingüísticos e Tribais

A lingüística classificou cerca de 1492 línguasfaladas em toda a América do Sul. NaAmazônia, cerca de 718 línguas procediam dostroncos lingüísticos dos seguintes povos:Aruaque – Dominava a bacia do Alto Amazonase a região do baixo Negro. Habitava também osrios Uatumã, Jatapu e Urubu.Tupi – Dominava a costa atlântica do Pará,

Maranhão e baixo Amazonas. Sua presença éassinalada na Ilha Tupinambarana. Os omáguas,cocamas e cocamilas são desse tronco tribal.Caribe – Centralizava-se no extremo norte, nasGuianas.Tucano – Estava a noroeste da Amazônia.Pano – Localizava-se nas cabeceiras dos riosPurus, Juruá e Uayali.Catuquina – Localizava-se a sudoeste, entre orio Purus e o Juruá.Jê – Estava na região sul do atual Estado doPará e norte de Mato Grosso.Tucuna – A oeste do Negro, pelo Içá e peloJapurá.Tucano – A noroeste do Uaupés.Xiriâna – No extremo norte, em Roraima.

5. Demografia

O etno-historiador William Denevan,reconhecendo a importância histórica doprocesso de despovoamento, fez um levanta-mento demográfico da Amazônia pré-históricalevando em consideração a distinção entre osdois maiores ecossistemas: terra firme e várzea.Estabeleceu, para terra firme, 98% do territórioamazônico, 0,2 hab/km², o que corresponde àcifra de um milhão de habitantes. Para a várzea,reconheceu a alta concentração de recursosnaturais explorados pela tecnologia indígena: 14hab/km², correspondendo a 950 mil habitantes.

Exercícios

01. (Positivo) Niède Guidon foi a primeirapesquisadora a afirmar que no Brasilestão os mais antigos restosarqueológicos a registrarem apresença humana no:a) Sítio Arqueológico da Pedra Furada, na

Serra da Capivara, interior do Piauí.b) Sítio Arqueológico da Pedra Lascada na

Amazônia.c) Estado do Acre, no sítio arqueológico de

Pedra Furada.d) Planalto Goiano, nas proximidades de

de Brasília.e) Rio Grande do Sul, à beira da Lagoa

dos Patos.

02. (UFAM) O trabalho desenvolvido pelaarqueóloga franco-brasileira NièdeGuidon no sítio arqueológico da PedraFurada, no Piauí, reacendeu asdiscussões sobre a origem do homemamericano. Sobre os achadosarqueológicos e suas respectivasconclusões pode-se afirmar que:a) foram encontradas, em sambaquis,

centenas de pinturas rupestres, quepermitem identificar nossos primeiroshabitantes;

b) foi encontrado o crânio de “Luzia” com adatação de 9.000 anos, acreditando-setratar dos restos humanos mais antigosdas Américas;

c) foram encontrados artefatos líticos, emsambaquis, que comprovam atradicional hipótese de penetraçãoterrestre do Estreito de Behring;

d) foram encontrados restos de fogueira efósseis com datação aproximada de50.000 anos, que contrariam a teoria dascorrentes australiana e malaio-polinésio;

e) foram encontrados restos de fogueiracom datação aproximada de 50.000anos, que indicam que o homem podeter chegado à América, a esse tempo,via oceano Pacífico.

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01. (UFAM) “Havia nesse povoado umacasa de diversões, dentro da qualencontramos louças das maisvariadas: havia vasos e cântarosenormes, de mais de vinte e cincoarrobas, e outras vasilhas pequenascomo pratos, tigelas e castiçais, deuma louça de melhor que já se viu nomundo, mesmo a de Málagua não secompara a ela, porque é todavitrificada e esmaltada com todas ascores, tão vivas que espantavam,apresentando além disso, desenhose figuras tão compassadas quenaturalmente eles trabalhavam edesenhavam como os romanos”. Frei Gaspar de Carvajal, cronista da expediçãode Francisco de Orellana, 1542.

O relato acima refere-se à:a) Aldeia que os membros da expedição

de Orellana batizaram de “Aldeia daLouça”, localizada na região deCodajás e pertencente à Província deYoriman.

b) Província de Solimões, localizada naregião que compreendia “um poucoacima do rio Coari estendendo-se atéquase a foz do rio Purus”.

c) Missão de Nuestra Senhora de lasNeves de los Yurimáguas, que osmembros da expedição de Orellanabatizaram de “Aldeia do Ouro”.

d) Província de Conduris, na região quemedeia os rios Nhamundá e Tapajós,onde os espanhóis no século XVIteriam se defrontado com as lendáriasAmazonas.

e) Aldeia de Aissuari, que os membros daexpedição de Pedro Teixeiraapelidaram de “Aldeia do Ouro”,localizado na Província de Machifaro.

02. (UFAM–PSC–III) A pesquisaarqueológica na Amazônia aindacarece de muitos estudos. Entretantojá existe uma periodização provisóriapara o estudo da região amazônica,diferente daquela empregada nospaíses europeus, e que vem sendoutilizada pelos arqueólogos. Essaperiodização compreende as fasesdenominadas de:

a) Paleolítico, Cacicados Simples eCacicados Complexos.

b) Paleolítico, Mesolítico e Neolítico. c) Idade da Pedra Lascada, Idade da

Pedra Polida e Idade dos Metais.d) Paleozóico, Cenozóico e Mesozóico. e) Paleoindígena, Arcaica, Pré-História

Tardia.

DesafioHistórico

As Grandes Navegações ea conquista do Brasil

A Europa na época das Grandes Navegações jáera capitalista na fase comercial (XV-XVIII).Nessa fase, já havia relações assalariadas deprodução, e a atividade comercial constituía-sena princípal fonte de acumulação de capital.A economia da Europa era conduzida por umconjunto de práticas econômicas conhecidocomo mercantilismo, que ficou marcado pelasseguintes características:• Acumulação de ouro e prata determinando o

poder de uma nação.• Desenvolvimento do comércio como principal

atividade.• Balança comercial superavitária.• Protecionismo alfandegário.• Intervenção estatal na economia.• Monopólio comercial.• Exploração colonial.O que se costuma chamar usualmente de“descobrimento” na verdade representa umprocesso de conquista de novas áreas queviessem atender à expansão do capitalismo. Erapreciso acumular metais preciosos, já que haviauma escassez desses metais na Europa. Erapreciso conquistar novas regiões que pudessemser, ao mesmo tempo, exportadoras de matérias-primas e produtos agrícolas e consumidoras dosprodutos manufaturados europeus. A chegadados portugueses ao Brasil, no fim do século XV,e sua permanência nos séculos seguintes,devem ser entendidas tanto sob o aspectopolítico como o econômico de uma Europa queestava em expansão capitalista e necessitava denovos mercados que atendessem à sua políticamercantilista.

A Europa antes das Grandes Navegações(XIII e XIV)

Nessa época, o Mar Mediterrâneo constituía umeixo econômico por meio de rotas marítimaspelas quais chegavam à Europa produtos vindosdo Oriente – perfumes, tapetes, seda e principal-mente as especiarias (pimenta, gengibre, noz-moscada, cravo, etc.) –, que eram utilizados napreparação e conservação de alimentos.Esses produtos oriundos do Oriente (Índia,Pérsia, China e Japão) vinham por rotasmonopolizadas pelos árabes, que realizavamcomércio no principal centro, Constantinopla(atualmente Istambul, Turquia). Os produtoscomercializados em Constantinopla eramtransportados por comerciantes e mercadoresitalianos, principalmente genoveses e venezianos.Podemos dizer que os comerciantes detinham omonopólio da revenda das especiarias e deoutros produtos na Europa. Por isso, era precisobuscar um novo caminho para conseguir osprodutos orientais que não fosse via Mediter-râneo, e assim quebrar o monopólio italiano. Aícomeça uma nova etapa na vida dos comercian-tes da Europa, enfrentando o “Mar Tenebroso”para chegar diretamente à fonte de riquezas,mudando o eixo econômico da Europa. Seria oadeus ao domínio italiano. Mas quem reuniria ascondições para desbancar os italianos?

As Grandes Navegações (XV)

Vários fatores econômicos, políticos e culturaisimpulsionaram as Grandes Navegações.Vejamos alguns desses fatores.O monopólio italiano sobre as especiarias faziaque os comerciantes impusessem preços altos,e isso prejudicava os interesses comerciais dequem comprava dos italianos, pois pararevender iriam cobrar mais caro ainda. A ação do Estado (monarquia) que desejava aconsagração do poder político abre umprocesso de centralização que começa nos finsdo século XIV, com Portugal. Esse Estado sealiou à camada mercantil, a quem garantiumonopólio do comércio sobre as áreasconquistadas. A burguesia mercantil viu apossibilidades de aumentar muito seus lucros seeles conquistassem o Oriente. Nesse caso, oacordo entre o Estado e a burguesia mercantilfoi importante para garantir o sucesso naconquista do além-mar e tornar Portugal senhordos domínios orientais.As inovações tecnológicas foram importantes nodomínio das navegações. O aperfeiçoamento dabússola e do astrolábio e a invenção dacaravela garantiram o sucesso para a expansãomarítima. O domínio do canhão, da pólvora ede outras armas fez que os europeus seimpusessem sobre os povos do Oriente e, comisso, vantagens econômicas e políticas foramgarantidas aos europeus.A primazia de iniciar as Grandes Navegaçõescoube aos ibéricos, primeiro Portugal e depois aEspanha. Você imagina por que Portugal foi opioneiro nas Grandes Navegações? Veja querazões o fizeram iniciar esse processo deconquista de além-mar.• Apoio financeiro da burguesia mercantil

interessadíssima em conquistar o Oriente parater seus lucros quadruplicados.

• Boa localização geográfica.• Domínio sobre o mar.• Conhecimentos náuticos.• Paz interna e externa.• Centralização do poder nas mãos do rei.

Para que Portugal fosse o destaque era precisoexercer um poder centralizado. E como se deuesse processo de centralização política? EmPortugal, ocorreu por meio de lutas. ARevolução de Avis (1383-85) trouxe ao poder D.João I, que se aliou aos interesses burguesespara fortalecer o Estado moderno.O início das Grandes Navegações deu-se em1415, quando os portugueses conquistaramCeuta, no norte da África. Isso nos leva a refletirsobre o plano de navegação portuguesa paraalcançar o Oriente. Os portugueses, senhoresdos mares, pretendem viajar contornando ascostas africanas e atingir o Oriente.Na luta para alcançar seus objetivos, osportugueses conquistam as Ilhas do Atlântico:Madeira, em 1419; Açores, em 1431 e CaboVerde, em 1456. Nessa região, os portuguesesdesenvolveram o cultivo da cana-de-açúcar,que, no século XVI, será a principal economiado Brasil.Por volta de 1488, o conquistador portuguêsBartolomeu Dias chega ao extremo-sul daÁfrica. Devido às condições do local, ele obatiza de Cabo das Tormentas. O Estado mudao nome para Cabo da Boa Esperança, poiscertamente tinha esperança de concretizar seussonhos navegadores de conquistar o Oriente.Com essa conquista ao extremo-sul da África,os portugueses já se julgavam donos do

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01. (FGV) O metalismo, a doutrina dabalança comercial favorável, oindustrialismo, o protecionismo e ocolonialismo constituem ascaracterísticas básicas do: a) Neoliberalismo. b) Intervencionismo. c) Socialismo. d) Liberalismo e) Mercantilismo.

02. (UFSM) O ano de 1998 marcou osquinhentos anos do Descobrimentodo Brasil, pois, “Em 1498, D. Manuelordenava que Duarte Pacheco Pereiranavegasse pelo Mar Oceano, a partirdas ilhas de Cabo Verde até o limitede 370 léguas [estipuladas peloTratado de Tordesilhas]. É esta aprimeira viagem, efetivamenteconhecida pelos portugueses, àscostas do litoral norte do Brasil” (FRANZEN, Beatriz. A presençaportuguesa no Brasil antes de 1500. In:ESTUDOS LEOPOLDENSES. SãoLeopoldo: Unisinos, 1997. p. 95.).Esse fato fez parte:a) da expansão marítimo-comercial

européia, que deslocou o eixoeconômico do Mediterrâneo para oAtlântico;

b) da expansão capitalista portuguesa,em sua fase mercantil-colonialplenamente consolidada no Brasil;

c) do avanço marítimo português, tendoDuarte Pacheco Pereira papelrelevante na espionagem e piratariano Atlântico;

d) do processo de instalação de feitoriasno Brasil, pois Duarte Pacheco Pereirainstalou a primeira feitoria, ou seja,São Luiz do Maranhão;

e) das expedições exploradas do litoralbrasileiro, cujo papel de reconheci-mento econômico e geográfico coubea Duarte Pacheco Pereira.

03. (Mackenzie) As razões dopioneirismo português na ExpansãoMarítima dos séculos XV e XVI foram:a) A invasão da Península Ibérica pelos

árabes e a conquista de Calicute pelosturcos.

b) A assinatura do Tratado de Tordesilhaspor Portugal e pelos demais paíseseuropeus.

c) Um Estado Liberal centralizado,voltado para a acumulação de novosmercados consumidores.

d) As guerras religiosas, a descentrali-zação política do Estado e ofortalecimento dos laços servis.

e) Uma monarquia centralizada,interessada no comércio de especiarias.

HistóriaProfessor DILTON Lima

DesafioHistórico

Atlântico, e não admitiriam concorrência pelocontrole do novo eixo econômico.A Espanha foi o segundo país a se lançar embusca do caminho para as Índias orientais. Suacentralização monárquica ocorreu com ocasamento de Fernando de Aragão com Isabelde Castela. Resolvida essa situação, a Espanhacontratou os serviços do italiano CristóvãoColombo para garantir sucesso nas navegações.Mas Colombo adotou um plano diferentedaqueles projetados pelos portugueses: elepretendia navegar pelo Ocidente (oeste) paraatingir o Oriente (leste). Convicto de que a Terraera redonda, fundamentado nos postulados dePtolomeu, cujos cálculos reduziam as medidasde circunferência do Planeta, Colombo partiucom três caravelas: Santa Maria, Pinta e Nina. Nodia 12 de outubro de 1492, chegaram à ilha deGuanaani (hoje República Dominicana). Colombopensou ter alcançado as Índias orientais, echamou os nativos de índios, erro que se cometeaté hoje. Cristóvão Colombo ainda realizou outrasviagens no que seria chamado de Novo Mundo.Mais tarde, outro navegador italiano, AméricoVespúcio, no século XVI, a serviço da Espanha,retorna às terras “descobertas” por Colombo efaz novas conclusões: Cristóvão Colombo nãoteria realmente chegado ao Oriente, haviachegado a novas terras. Em homenagem a esseconquistador, colocou-se o nome de América nonovo continente.A chegada de Cristóvão Colombo à América, em1492, gerou divergências entre as naçõesibéricas (Portugal e Espanha), pois a Espanhametera-se numa região da qual Portugal seconsiderava dono: Atlântico. Na visão dosportugueses, ou a Espanha se retira do Atlânticoou será expulsa pela força das armas. Será quePortugal e Espanha entraram em guerra? O papada época, Alexandre VI, em 1493, propôs umacordo para impedir o conflito armado. Esteacordo ficou conhecido como Bula InterCoetera.Ficou decidido que seria traçada uma linhaimaginária a 100 léguas a oeste das ilhas deCabo Verde. As terras que fossem conquistadasa oeste seriam da Espanha, e a leste seriam dePortugal. O Estado português não aceitou esseacordo, ainda mais porque o papa era espanhol.Somente em 1494, foi assinado o acordo queacalmou os ânimos belicosos entre os ibéricos: oTratado de Tordesilhas, que estabeleceu um novomeridiano, 370 léguas a oeste de Cabo Verde.Este tratado já atendia aos interessesportugueses no oceano Atlântico.Dez anos após chegar ao Cabo da Boa Espe-rança, a expedição portuguesa comandada porVasco da Gama, em 1498, chega ao Oriente.Conquista a cidade de Calicute, na Índia. A sua

volta para Portugal trazia boas perspectivas parao Estado e para a classe mercantil. A expediçãolevou para Portugal um carregamento deespeciarias maior do que se vendia anualmenteem Gênova. Essas especiarias vendidas naEuropa geraram um lucro aos comerciantesportugueses de aproximadamente 6.000%.Nessa mesma época, uma expediçãocomandada por Duarte Pacheco veio investigarterras no Atlântico Sul (futuras terras brasileiras) eretornou a Portugal dizendo da existência de taisterras. Era preciso que o Estado mandasse umanova expedição para tomar posse das terras“descobertas”.Para alcançar os objetivos sobre o comérciooriental e as terras no Atlântico sul, o Estadomandou a expedição de Pedro Álvares Cabral,que partiu de Lisboa em 9 de março de 1500com duas metas:• Tomar posse das terras no Atlântico Sul

(futuras terras brasileiras).• Consolidar o comércio das especiarias

orientais garantindo monopólio para Portugal.As Grandes Navegações apresentaram comoconseqüências:• Hegemonia dos países ibéricos.• Novo eixo econômico: oceano Atlântico.• Formação das áreas coloniais.

E A AMAZÔNIA?

Pelo Tratado de Tordesilhas, assinado entrePortugal e Espanha, em 1494, grande parte doque hoje é a Amazônia pertenceria à Espanha.No fim do século XV, Vicente Yañez Pinzonchega à foz do rio Amazonas. No século XVI,duas expedições financiadas pela Espanhaconseguem descer por completo o rioAmazonas, chegando até o Oceano Atlântico. Aprimeira, por volta de 1542, foi a expedição deFrancisco Orellana, que na verdade representouum desdobramento da expedição de GonçaloPizarro, governador da província de Quito. Asegunda, por volta de 1561, foi a expedição dePedro de Ursua e Lopo de Aguirre.A expedição de Orellana desbravou a região embusca do El Dorado e do País da Canela. Osacontecimentos foram registrados pelo freiGaspar de Carvajal. A expedição de Ursua-Aguirre, quase vinte anos depois, desbrava aregião em busca do El Dorado e do Lago Paititi.Essa expedição desceu o Marañon e todo oAmazonas até o Atlântico. Os relatos dessaaventura foram registrados pelo capitãoAltamirano, por Francisco Vasquez e Pedrariasde Almesto.

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01. (FATEC) Sobre o Tratado deTordesilhas, assinado em 1494,podemos dizer que:

a) foi de imediato desrespeitado porPortugal, que ultrapassou os limitesestipulados por ele;

b) Portugal e Espanha eram os únicosdonos das terras da América, fato nãocontestado pelos demais povos daEuropa, pois esses países eramconsiderados superiores;

c) foi totalmente aceito por todas asnações européias;

d) não foi bem recebido pela França,Inglaterra e Holanda, que o acharamrisível e não concordavam com adivisão do mundo entre Portugal eEspanha;

e) foi desrespeitado pela Espanha, que seassociou à França e invadiu o Brasil.

02. (PUC)“Quem quer passar além do Bojador,Tem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismodeu,Mas nele é que espelhou o céu.”Fernando Pessoa, Mar Português, in(“Obra poética”. Rio de Janeiro, EditoraJosé Aguilar, 1960, p.19.)O trecho do poema fala da expansãomarítima portuguesa. Para entendê-lo, devemos saber que

a) “Bojador” é o ponto ao extremo sul daÁfrica e que atravessá-lo significavaencontrar o caminho para o Oriente;

b) a “dor” representa as doenças,desconhecidas dos europeus, masexistentes nas terras a seremconquistadas pelas expedições;

c) o “abismo” refere-se à crença, entãogeneralizada, de que a Terra era planae que, num determinado ponto,acabaria, fazendo caírem os navios;

d) a menção a “Deus” indica a suposição,à época, de que o Criador era contrárioao desbravamento dos mares e quepuniria os navegadores;

e) o “mar” citado é o Oceano Índico,onde estão localizadas as Índias,objetivo principal dos navegadores.

03. Dentre os fatores determinantes dasGrandes Navegações, o queapresentou característica principal foi:

a) domínio sobre o mar;b) conhecimentos náuticos;c) ascensão da burguesia;d) formação do Estado Moderno;e) posição geográfica privilegiada.

DesafioHistórico

A transição demográficaNas décadas de 1950 e 1960, a maior parte dospaíses subdesenvolvidos registrou taxas elevadasde incremento populacional. No mundo inteiro, aexpressão “explosão demográfica” passou a fazerparte do vocabulário corrente dos especialistas eda opinião pública. No Brasil, as taxas de cresci-mento populacional batiam recordes históricos,projetando a duplicação da população a cada 25anos. Muitos analistas acreditavam estar diante deuma verdadeira bomba demográfica

Mortalidade e expectativa de vida

O saneamento da periferia das grandes cidades,principalmente a construção de sistemas deabastecimento de água, a expansão da redepública e conveniada de hospitais e outrosserviços públicos de saúde contribuíram para aqueda das taxas de mortalidade no Brasil: em1940, registravam-se 20,6 óbitos anuais paracada mil habitantes do país; em 2002, a mortali-dade era de aproximadamente 6,3%, menor doque na maioria dos países desenvolvidos.Isso não significa que as condições de saúde dapopulação brasileira sejam melhores que as dospaíses desenvolvidos. É provável, até, que astaxas de mortalidade voltem a subir no Brasil,mesmo se as condições de saúde e de sanea-mento do país apresentarem melhora significa-tiva e se a mortalidade infantil continuar caindo.A taxa de mortalidade infantil vem sendo siste-maticamente reduzida no Brasil nos últimosdecênios: 115% em 1970; 82% em 1980; 41%em 1990 e 27,8% em 2002. Porém ela continuabastante elevada em relação aos padrõesmundiais: no conjunto dos países desenvolvidos,a cada mil crianças que nascem, apenas 9morrem antes de completar um ano.

Natalidade em declínio

Entre 1940 e 1970, enquanto as taxas de morta-lidade declinavam, as taxas de natalidade perma-neciam em patamares bastante elevados. Comovimos, a maior parte da população vivia na zonarural, em pequenas propriedades familiares. Ascrianças participavam desde cedo dos trabalhosna lavoura. Uma família numerosa dispunha demais trabalhadores e, portanto, podia produzirmais.O resultado da discrepância crescente entre amortalidade e a natalidade foi o aumento dastaxas de crescimento vegetativo da populaçãobrasileira. Em 1940, a população total do paísera de 41,2 milhões; em 1970, de 93,1 milhões –um crescimento de cerca de 130% em apenastrinta anos.

A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO

A estrutura etária da população é, de modogeral, retratada por meio de gráficos em formade pirâmides. Na ordenada, são colocados osgrupos de idade; na abscissa, o contingentepopulacional (em números absolutos oupercentuais) é enquadrado em cada um dosgrupos de idade.A forma da pirâmide etária de um país éconstantemente associada ao seu grau dedesenvolvimento. As pirâmides etáriasreferentes a países subdesenvolvidos costumamapresentar base larga (resultado das altas taxasde natalidade) e topo estreito (conseqüência dabaixa expectativa de vida da população).Em 1970, a pirâmide etária brasileira exibiaforma típica de um país subdesenvolvido. Os jo-vens (0-19 anos) constituíam 41,9% dapopulação. No ano 2000, porém, a base havia-se estreitado e o topo se alargado (fig. 1).

Pirâmide etária da população (em 1970 e 2000)

Figura 01. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil2002. Rio de Janeiro, IBGE. 2003.

As modificações da estrutura etária confirmamas mudanças no comportamento reprodutivo dapopulação brasileira que acabamos de estudare revelam uma tendência demográfica para aspróximas décadas: o Brasil terá deixadodefinitivamente de ser um país jovem em 2025.Em breve, quando a transição demográfica dospaíses subdesenvolvidos tiver terminado, aspirâmides etárias de base estreita deixarão deser privilégio dos países ricos (fig. 2).Pirâmide etária da população (Projeção para2025)

Figura 02. Fonte: IBGE.Tendências demográficas: Umaanálise dos resultados da sinopse preliminar do sensodemográfico 2000. Rio de Janeiro, IBGE. 2001.

A transição demográfica completa-se em ritmosdesiguais entre as populações urbana e rural. Adiminuição da natalidade é menor no campo quena cidade. Assim, a pirâmide etária da popu-lação rural brasileira revela uma significativapreponderância de crianças e jovens, enquantoa pirâmide etária da população urbana já mostraos resultados da queda da fecundidade (fig. 3). Pirâmide etária da população rural e urbana

Figura 03. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil2002. Rio de Janeiro, IBGE. 2003.

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Geografia do Brasil

Professor Paulo BRITO

01. (UFSM–RS) A cara do Brasil é feita comtodas as cores. A riquíssima fotografiaétnica vem sendo revelada no decorrerdo processo histórico que formou nossopovo. Quanto à composição étnica dapopulação brasileira, pode-se afirmar:

I. Em números absolutos houve umadiminuição da população indígena,desde o descobrimento até hoje,provocada pela morte em conflitos epelas epidemias.

II. Os brancos que compõem apopulação brasileira possuem, emsua maioria, origem européia; nesseconjunto, italianos e alemãesformam os grupos mais numerososna formação étnica do Brasil.

III. A população brasileira passa por umprocesso de "embranquecimento"motivado pelos cruzamentos entrebrancos e outras etnias, diminuindoprogressivamente o número denegros e mestiços.

Está(ão) correta(s):

a) apenas I;

b) apenas II;

c) apenas III;

e) apenas I e III.

d) apenas I e II;

02. (UFSM–RS) Sobre o contingente dapopulação indígena brasileira a partirdo século XX, pode-se afirmar que:

I. se verifica uma tendência deaumento desse contingente,principalmente em função dadelimitação de reservas indígenas;

II. essa população, hoje muito reduzida(menos de 0,5%), está concentrada,principalmente, nas regiões Norte eCentro-Oeste;

III. a superfície total das terrasindígenas equivale a um percentualpouco significativo da área do Brasil;

IV. Ocorre um etnocídio no modo devida, nos hábitos, nas crenças, nalíngua, na tecnologia e noscostumes.

Estão corretas:

a) apenas I e II.

b) apenas II e III.

c) apenas I e IV.

d) apenas III e IV.

e) I, II, III e IV.

DesafioGeográfico

As diferenças regionais também são marcantes:enquanto nos estados das regiões Sul, Sudestee Centro-Oeste a taxa de fecundidade situa-seentre 1,9 e 2,2 filhos por mulher, nas regiõesNorte e Nordeste, marcadas pela disseminaçãoda pobreza rural, essa taxa varia entre 2,4 e 3,3filhos por mulher.

OS INVESTIMENTOS DEMOGRÁFICOS

A estrutura etária da população tem reflexosimportantes na economia de um país. Umagrande porcentagem de crianças e jovens napopulação total gera uma grande demanda porinvestimentos estatais em educação e emprogramas de saúde voltados para a populaçãoinfantil. No extremo oposto, a existência de umnúmero relativamente alto de idosos napopulação também gera demandas financeirasao Estado, principalmente em aposentadorias eprogramas específicos de saúde e assistênciasocial.Como vimos, a estrutura etária da populaçãobrasileira está em rápida mutação. Em 1980, 38%da população brasileira tinha entre 0 e 14 anosde idade; em 2000, esse percentual já havia de-caído para 29% e, de acordo com as projeçõesdo IBGE, em 2020 as crianças e os jovensmenores de 14 anos serão apenas 23% da po-pulação do país. Em paralelo, a participaçãorelativa dos idosos na população total vemaumentando significativamente: em 1980, aspessoas com mais de 60 anos de idaderepresentavam apenas 6% da populaçãobrasileira, em 2000 já eram 7,1% e, em 2020,serão 13% (fig. 4).Mudanças na estrutura etária da população

Figura 04. Fonte: IBGE.Tendências demográficas: Umaanálise dos resultados da sinopse preliminar do sensodemográfico 2000. Rio de Janeiro, IBGE. 2001.

De acordo com as estatísticas oficiais, 97% dapopulação entre 7 e 14 anos freqüentavam aescola em 2002. Como a população nessa faixaetária tende a diminuir em termos relativos e apermanecer estável em termos absolutos, nãoserá necessário ampliar o número de vagas jáexistentes nas escolas de ensino fundamentaldo país. Agora, o problema reside na melhoriada universalização do ensino médio e namelhoria da qualidade das escolas, em todos osníveis.

A POLÍTICA DEMOGRÁFICA

Historicamente, o estado brasileiro estimulou ocrescimento demográfico. A Constituição de 1934afirmava o dever do Estado de “socorrer asfamílias de prole numerosa”; a Constituição de1937 assegurava às famílias numerosas compen-sações na proporção de seus encargos”. Em1941, Getúlio Vargas assinava um decreto-leiobrigando solteiros e viúvos maiores de 25 anos,de ambos os sexos, a pagar um adicional de 10%sobre o imposto de renda, certamente inspiradopela política natalista italiana. O “amparo àsfamílias de prole numerosa” manteve-se comouma obrigação legal na Constituição de 1946, quegarantia um abono especial aos pais de mais deseis filhos.Nessa época, o governo acreditava que o altocrescimento vegetativo era um fator de progresso.Começavam o desenvolvimento industrial e aurbanização, e acreditava-se que a alta natalidadegeraria um fluxo contínuo de mão-de-obraabundante e barata. Com a “marcha para oOeste”, a ocupação dos vazios demográficosinteriores constituía um objetivo nacional deordem geopolítica.

A política demográfica dos governos militarespós-1964 foi marcada por atos contraditórios. AConstituição de 1967 instituiu o salário-família:um adicional de 5% no salário dos pais paracada filho menor; já o presidente Médicicostumava-se referir ao peso dos grandesinvestimentos demográficos a que o país seobrigava em razão do alto incremento vegetativoda população. Nenhuma política estatal decontrole da natalidade foi adotada, mas oEstado apoiava os programas de redução danatalidade patrocinados por entidades civis.A Sociedade Brasileira de Bem-Estar Familiar(Bemfam), fundada em 1965, é a mais importantedessas entidades. Ela é uma espécie de matrizbrasileira da Federação Internacional de Planeja-mento Familiar (IPPF), um organismo destinado apromover programas de controle da natalidadeem todo o mundo subdesenvolvido. Asfundações Ford e Rockefeller, a United StatesAgency for International Development (Usaid),ligada ao Departamento de Estado dos EUA, e oBanco Mundial são os principais agentesfinanciadores da IPPF.A distribuição de pílulas anticoncepcionais, aesterilização em massa de mulheres em idadereprodutiva (muitas vezes sem o consentimentodelas) e a introdução de dispositivos intra-uterinos (DIUs) fazem parte do programa dessasentidades no Brasil. Laboratórios farmacêuticos,interessados em popularizar o uso de métodosanticoncepcionais, oferecem a elas polpudosdonativos. Em muitos casos, os métodos sãoaplicados sem o acompanhamento médiconecessário, acarretando graves problemas desaúde às mulheres que participam do programa.A contraditória política demográfica dos governosmilitares revela a existência de interesses diver-gentes no aparelho de Estado, fruto dasdiferenças de opiniões entre forças poderosas nasociedade. A aliança dos militares com o capitalmultinacional explica o incentivo aos programasde redução da natalidade promovidos porentidades civis (subsidiadas por organismosinternacionais). Assumir uma posição oficialantinatalista e difundir, por meio do sistemapúblico de saúde, métodos anticoncepcionaistais como a pílula e o DIU significava romper comos dogmas da Igreja Católica. A Constituição de 1988, em vigor, refere-se aoplanejamento familiar (determinação do númerode filhos por casal) como “uma livre decisão dopróprio casal”. Entretanto determina que“compete ao Estado propiciar recursoseducacionais e científicos para o exercício dessedireito de livre decisão sobre o planejamentofamiliar”. Pelo menos na letra da lei, o Brasiladotou o caminho correto: a família tem o direitode decidir, mas o Estado tem o dever defornecer os meios necessários para que essedireito seja exercido.

Exercício

01. (UFV–MG) Em 2003, o governobrasileiro propôs mudanças nosistema da Previdência Social queculminaram numa ampliação do tempode contribuição do trabalhadorbrasileiro para a Previdência Social. Assinale a mudança na dinâmicapopulacional brasileira que foi utilizadacomo argumento pelo governo parajustificar o aumento do tempo decontribuição do trabalhador.a) Crescimento da população jovem.b) Crescimento da população infantil.c) Aumento na expectativa de vida.d) Queda das taxas de fecundidade.e) Diminuição da taxa de crescimento

vegetativo.

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01. (UFES) É correto afimar que “transiçãodemográfica” refere-se ao período de:a) alto crescimento natural, devido à

elevação das taxas de natalidade e demortalidade;

b) baixo crescimento natural, situado entredois períodos de grande crescimentodemográfico;

c) baixo crescimento populacional, devido abaixas taxas de natalidade e demortalidade;

d) elevado crescimento demográfico, devidoà alta das taxas de natalidade e demortalidade;

e) elevado crescimento natural, situadoentre dois estágios de pequenocrescimento demográfico.

02. (Enem) O quadro a seguir mostra ataxa de crescimento natural dapopulação brasileira no século XX.

Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil.

Analisando os dados, podemoscaracterizar o período entre:a) 1920 e 1960, como de crescimento do

planejamento familiar; b) 1950 e 1970, como de nítida explosão

demográfica;c) 1960 e 1980, como de crescimento da

taxa de fertilidade;d) 1970 e 1990, como de decréscimo da

densidade demográfica;e) 1980 e 2000, como de estabilização do

crescimento demográfico.

03. (Enem) Ao longo do século XX, ascaracterísticas da população brasileiramudaram muito. Dentre os fatores quecontribuiram para essa mudançadestacam-se:a) o aumento relativo da população rural é

acompanhado pela redução da taxa defecundidade;

b) quando predominava a população rural,as mulheres tinham em média três vezesmenos filhos do que hoje;

c) a diminuição relativa da população ruralcoincide com o aumento do número defilhos por mulher;

d) quanto mais aumenta o número depessoas morando em cidades, maiorpassa a ser a taxa de fecundidade;

e) com a intensificação do processo deurbanização, o número de filhos pormulher tende a ser menor.

DesafioGeográfico

Aspectos da População Mundial

Uma evolução irregular

“O crescimento da população mundial não foiregular e uniforme. O equilíbrio entre a produçãoeconômica e a população tornou-se precário efrágil em muitos locais por causa de terríveis erepentinas hecatombes [...]”. (Poursin, J.-M..L’Homme stable, Gallimard, Paris, 1989).

ASPECTOS DA POPULAÇÃO MUNDIAL

No estudo sobre a população, é necessário teratenção a alguns conceitos. Quando nosreferimos à população de um país, estado oucidade, estamos referindo-nos ao conceito depopulação absoluta (número total dehabitantes). Entretanto igualmente importante éo conceito de população relativa (número dehabitantes por quilômetro quadrado). Assim,podemos perceber que alguns países são maispopulosos ou mais povoados do que outros.Ásia, América e Europa são muito maispopulosos do que a África e a Oceania.

TABELA: 01

Fonte: L’état du monde, 2001 e Calendário Atlante DeAgostini, 2000.

“A densidade demográfica varia segundo ascondições ambientais, o desenvolvimentotecnológico e a organização social, sendo, aomesmo tempo, efeito e causa” (Madagascar, ileentre toutes. In Géographie universelle,Belin/Reclus, 1994). Se por um lado esseconceito é essencial, quando estudamos adistribuição da população pelo espaçogeográfico, por outro, é preciso ter bom sensopara perceber que estamos lidando com dadosnuméricos que escondem as diferenças entreregiões, o nível de vida, as necessidades e acultura de cada povo e de cada lugar.Para calcular a densidade de um lugar, épreciso dividir a população pela área disponível(em quilômetros quadrados).

Fórmula: 01

PopulaçãoDensidade absoluta

demográfica = ––––––––––––– = N.º hab/km²Área (em km²)

Por ordem decrescente em densidade demo-gráfica ou população relativa, temos os continen-tes Ásia, Europa, África, América e Oceania. Pode-se perceber que a densidade mundial escondegrandes contrastes. A Ásia apresenta mais que odobro da densidade mundial e concentra cercade 60% da população do Planeta. Países-continentes (grande extensão territorial)apresentam baixa densidade populacional.Enquanto que outros de dimensões reduzidasestampam altas densidades demográficas.

TABELA: 02

Fonte: L’état du monde, 2001 e Calendário Atlante DeAgostini, 2000. La Découverte, 1999.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO

Áreas anecúmenasA distribuição da população mundial ocorreu deforma desigual no tempo e no espaço. Váriosfatores concorrem para este fato. Um ambientedesfavorável pode ser o motivo de umaocupação rarefeita. Altas montanhas, as regiõespolares e os desertos são exemplos desseslugares. Essas são áreas conhecidas comoanecúmenas, pois dificultam a fixação dohomem. A disponibilidade de capital etecnologia podem reverter esse quadro.Técnicas como a irrigação ou a drenagem desolos pantanosos, por exemplo, podem tornarestas áreas menos inóspitas.Áreas ecúmenasOutros espaços apresentam características quefacilitam a fixação de populações. Áreas planas,solos férteis ou climas amenos são, entreoutros, os grandes atrativos da população.Essas áreas são chamadas de ecúmenas.Antiguidade do povoamento, decisões políticas,perseguições religiosas, étnicas ou ideológicaspodem se constituir em fatores históricos quedeterminaram este ou aquele povoamento. Umamaior taxa de natalidade associada ou não a umsaldo migratório positivo podem desencadearum processo de ocupação ou esvaziamento deum local. A modernização de uma economia, aexemplo das revoluções industriais,possibilitaram a evasão do campo e o inchaçodas cidades. Assim, cada lugar do Planetavivenciou a conjunção de um ou mais fatoresque vão caracterizar a atual distribuição de suaspopulações.O crescimento demográfico“Com o surgimento das sociedades modernas(caracterizadas por forte urbanização,industrialização, produção sistemática demercadorias, consumo, globalização dasrelações, etc.), a velocidade do crescimentopopulacional tornou-se o centro depreocupações. Esse novo modo de vida passa atransformar ou eliminar as formas naturais desobrevivência dos povos, fundamentalmentedas ligadas à terra.A partir desse marco, grandes massaspopulacionais terão sua sobrevivênciasubordinada à compra e venda de mercadoriasem uma economia monetária (uso do dinheiro),ou seja, ao mercado. É nesse contexto que otamanho maior ou menor de uma populaçãopassa a ser entendido como uma variáveleconômica”, (OLIVA, Jaime e GIANSANTI,Roberto. Espaço e Modernidade: temas daGeografia Mundial. São Paulo: Atual. p. 184,2001).O homem foi, provavelmente, o animal que maisse propagou no Planeta. Sua capacidade deadaptação aos lugares e de desenvolvimento deoutras técnicas proporcionaram um formidávelcrescimento populacional. Esse crescimentotambém se deu de forma diferenciada no tempoe no espaço. “Durante todo o Paleolíticomanteve-se relativamente estável. Com aRevolução Neolítica ocorre um crescimentoacentuado, que se mantém praticamente até osdias atuais (com algumas quedas poucosignificativas). É importante salientar que, com o

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Geografia Geral

Professor HABDEL

01. (PUC–PR) “O governo francês irá pagaruma licença de 750 euros (cerca de R$2.050,00) por mês, durante um ano, afamílias que decidirem ter um terceirofilho, anunciou ontem o primeiro-ministro do país, Dominique de Villepin.”(Folha de S. Paulo, 23/09/2005).A reportagem acima ilustra umapolítica cada vez mais comum entre ospaíses europeus. As alternativasabaixo contém possíveis causas quemotivam a adoção de tais medidas,EXCETO:

a) as baixas taxas de natalidade de muitospaíses europeus;

b) as altas taxas de mortalidade européias,que resultam na diminuição da PEA –população economicamente ativa;

c) a tentativa de evitar que num futuro, emmédio prazo, a população nativa possatornar-se minoritária diante da populaçãoimigrante – cujas taxas de crescimentovegetativo são bem mais altas;

d) o impacto que a diminuição da mão-de-obra ativa está causando ao sistemaprevidenciário europeu;

e) a difícil tarefa dos dirigentes da UniãoEuropéia em administrar a necessidadede manutenção de um fluxo controladode movimentos populacionaishorizontais, ao mesmo tempo em quetenta reprimir o aumento da xenofobia.

02. (Unifor–CE) Após a Segunda Guerra,houve um grande crescimentodemográfico mundial que ocorreu,dentre outros fatores, devido:

a) Ao acentuado aumento das taxas denatalidade e mortalidade nos países daAmérica Latina.

b) À queda das taxas de mortalidade e àmanutenção das altas taxas denatalidade nos paísessubdesenvolvidos.

c) Ao grande aumento do crescimentovegetativo verificado nos EstadosUnidos e Europa.

d) Ao acentuado aumento das taxas denatalidade e queda da mortalidade nospaíses desenvolvidos.

e) À queda das taxas de natalidade emortalidade na Europa e Ásia.

03. Trata-se da diferença entre as taxas denatalidade e de mortalidade. Seuresultado pode ser: positivo (N>M),nulo (N=M) ou negativo (N<M):

a) Explosão demográfica.b) Crescimento vegetativo.c) Teorias demográficas.d) Tempo necessário para uma população

duplicar.e) Desaceleração demográfica.

DesafioGeográfico

crescimento vertiginoso ocorrido nos últimostrezentos anos (de 1650 a 1950), a populaçãomundial cresceu de 500 milhões para 2,5bilhões e que nos últimos quarenta anosduplicou, ou seja, de 1950 a 1990 passou de 2,5bilhões para mais de 5 bilhões”. (PITTE, Jean-Robert (coord). Geografia: a naturezahumanizada. São Paulo: FTD, p. 42, 2000). Hojesomos mais de 6 bilhões.O crescimento de uma população envolve trêscomponentes fundamentais: as taxas denatalidade (e a fecundidade), de mortalidade eas diversas modalidades de migração (queserão abordadas na Apostila n.° 6). A diferençaentre as taxas de natalidade e de mortalidademostra o crescimento vegetativo. Este por suavez pode ser analisado do ponto de vista de trêsfases.A taxa de natalidade é obtida pela relação entreo número de nascimentos ocorridos em um anoe o número de habitantes.

Formula: 02Nascimentos X 1000

N = –––––––––––––––––––Habitantes

A taxa de mortalidade é a relação entre onúmero de óbitos ocorridos em um ano e onúmero de habitantes.

Fórmula: 03Mortes X 1000

M = –––––––––––––––––––Habitantes

O crescimento demográfico ou vegetativo é adiferença entre as taxas de natalidade e a demortalidade. E pode ser obtida da seguinteforma:

Fórmula: 04

CV = Natalidade – Mortalidade

A diferença entre as taxas de natalidade e demortalidade indica o quanto uma populaçãocresceu no período observado. Quandocomparamos esse crescimento com o tempoque uma população precisa para duplicar,estabelecemos a velocidade do seucrescimento. Dependendo da população e docontexto histórico, econômico e social umvolume maior ou menor pode-se configurar ounão em um problema.

TABELA: 03

Fonte: GEORGE, Pierre. Geografia da População. 2. ed.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 84.

Segundo a ONU (Organização das NaçõesUnidas), a população mundial reduzirá bastanteo crescimento a partir de 2050. “Este conceito,transição demográfica, é parte de uma teoriaelaborada para explicar a tendência dapopulação a se equilibrar, na medida em quediminuem as taxas de natalidade e demortalidade”. (Marcos A. Coelho e Lygia Terra.Geografia geral: O espaço natural e sócio-econômico. 4ª ed. São Paulo. Moderna, 2001.).Fases do crescimento demográficoPrimeira: abrange os primórdios dahumanidade até o fim do século XVIII.Apresentou elevadas taxas de natalidade e demortalidade resultando, por isso, em baixastaxas de crescimento vegetativo. A expectativade vida era muito baixa. Neste período, apopulação estava totalmente submetida àsinfluências das forças da natureza. Aconteciamelevadas taxas de mortalidade. A falta dealimentos, as doenças (não havia medicamentosou tratamentos eficientes e, até mesmo, acompreensão sobre o ciclo evolutivo da doença)e as guerras eram seus mecanismos maiseficazes. Os países desenvolvidos superaramesta fase antes dos subdesenvolvidos. Podemosapontar a Revolução Industrial (século XVII)como marco desse período.

Segunda: a “revolução médico-sanitária”provocou a queda das taxas de mortalidade.Enquanto isso, a natalidade manteve-se elevada,resultando numa aceleração do crescimento.Isso ocorreu devido aos avanços na agricultura ena pecuária proporcionando uma melhoriaquantitativa e qualitativa na alimentação. Desde amodernidade, o desenvolvimento das ciências,entre elas a biologia, a medicina e a farmácia,proporcionaram um melhor conhecimento docorpo humano, das doenças e dos tratamentos.A urbanização da população desencadeou umasérie de reformas nas cidades com a instalaçãode esgotos, coleta de lixo, tratamento da água,entre outros. Um ambiente mais saudável reduza proliferação de doenças e pragas.Em 1900, a Europa era o segundo continentemais populoso (em primeiro lugar estava a Ásia),e no ano 2000 já era o penúltimo em população.Os países da Europa ocidental, os chamados“desenvolvidos velhos”, foram os primeiros aatingir essa fase, principalmente durante oséculo XIX. Nos países “desenvolvidos novos”(EUA, Canadá, Rússia, Japão) ela ocorreu naprimeira metade do século XX. Nos subdesenvol-vidos, a partir da segunda metade do século XXe, segundo a ONU, perdurará até 2050.Os países menos desenvolvidos, os mais pobresda África (região do Sahel), da Ásia (sudeste eleste), da América Latina e da Oceania, aindaestão na segunda fase. Apresentam, ainda,grande crescimento populacional, pois amelhoria de suas condições de vida só ocorreudepois da Segunda Guerra Mundial, período emque o mundo assistiu à mais espetacularexplosão demográfica de todos os tempos.Terceira: caracterizada pela ocorrência debaixas taxas de natalidade e mortalidade, e umbaixíssimo crescimento populacional, atransição demográfica encontra-se concluída.Atualmente, estão nessa fase os paísesdesenvolvidos, a maior parte deles com taxasde crescimento muito baixas (geralmenteinferiores a 1%), nula e até negativas.Nos países desenvolvidos, tem ocorrido umatransformação na estrutura familiar. A taxa defecundidade é baixa, permanecendo em tornode 1,5 filho por mulher. Muitos paísesapresentam taxas inferiores a 2,1 filhos pormulher, mantendo, assim, estabilizado otamanho de sua população. Diversos fatores,como a urbanização, o aumento daescolarização e a incorporação das mulheres aomercado de trabalho (dupla jornada detrabalho), contribuem para que as mulherestenham menos filhos.

Exercícios01. Assinale a alternativa que apresenta o

motivo que pode ser consideradocomo responsável pela redução docrescimento vegetativo nos paísesdesenvolvidos:a) Um rígido controle de natalidade.b) A distribuição gratuita de pílulas

anticoncepcionais e incentivos àsfamílias para terem menos filhos.

c) As multas aplicadas às famílias commais de três filhos.

d) A melhoria dos padrões de vida dapopulação em geral.

e) A Primeira Revolução Industrial.

02. Atualmente, a maioria dos paísessubdesenvolvidos encontra-se nessafase. Estamos nos referindo a:a) Transição demográfica concluída.b) Terceira fase do crescimento vegetativo.c) Primeira fase do crescimento

demográfico.d) Etapa inicial ou do crescimento lento.e) Aceleração demográfica.

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01. (Unesp) Em 1990, as maiores taxas decrescimento natural da populaçãoocorriam no oeste e leste da África(3,0%) e na América Latina (2,1%). Deacordo com a tendência geralapresentada pelos diversos países, éverdadeiro afirmar que:a) as taxas de crescimento natural da

população independem do nível dedesenvolvimento econômico do país.

b) quanto maior o nível de desenvolvimentode um país, maior é a taxa decrescimento natural de sua população.

c) quanto maior o nível de desenvolvimentode um país, mais elevada é a taxa denatalidade de sua população.

d) a taxa de crescimento natural dapopulação tende a diminuir com odesenvolvimento econômico.

e) quanto maior o nível de desenvolvimentode um país, maior a tendência deaumento do número de filhos por família.

02. Por crescimento vegetativo ou naturalentende-se:a) Um fluxo migratório de entrada de pessoas

em um país qualquer.b) Saída de pessoas de um país.c) A diferença entre as taxas de natalidade

e mortalidade.d) Relação entre o número de óbitos e cada

grupo de mil habitantes.e) Relação entre a emigração e a mortalidade

infantil.

03. Esta fase se caracteriza por apresentarelevadas taxas de natalidade e taxas demortalidade em rápido declínio, o queresulta em grande crescimento dapopulação. Atualmente, a maioria dospaíses subdesenvolvidos encontra-senessa fase. Estamos nos referindo a:a) Etapa inicial ou do crescimento lento.b) Transição demográfica concluída.c) Aceleração demográfica.d) Terceira fase do crescimento vegetativo.e) Primeira fase do crescimento

demográfico.

04. (PUC-MG) Observe atentamente asituação a seguir:

Analisando os quadros demográficosdados, assinale a opção INCORRETA:a) O país A caracteriza-se por reduzidas

taxas de natalidade e mortalidade.b) O país B caracteriza-se por apresentar

significativo crescimento demográfico.c) A e B representam reflexos da Revolução

Médico-Sanitária, que reduziu os índicesde mortalidade.

d) O Quadro B é típico dos países maisdesenvolvidos e com controledemográfico rigoroso.

e) O quadro B é característico dos paísessubdesenvolvidos e tem perspectiva de

DesafioGeográfico

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Texto

De repenteIntérprete: Lulu Santos

Autores: Lulu Santos e Nelson Mota

De repente a gente senteQue já não sente o que já sentiuDe repente, naturalmente, O que era novo envelheceu, de novo

De repente não há mais sacoPra tanto papo que já se ouviuDe repente a moda mudaO mundo roda e você mudou mais uma vez

Não há nada a perderNão há nada a ganharA não ser o prazer de ser o mesmo masmudarNão há nada só bomNem ninguém é só mauSe o início e o final de nós todos é um sóEu digo: só!

De repente a gente sacaQue só não passa o que já passouSem vergonha e sem orgulhoNós somos feitos do mesmo pó

Regência Verbal 1

1. Classificação dos verbos quanto àpredicaçãoQuanto à regência (relação entre o verbo eos termos ou expressões que lhe comple-tam o sentido ou a ele atribuem uma circuns-tância), podemos dividir todos os verbos dalíngua portuguesa em três categorias:

a) transitivos;b) intransitivos;c) de ligação.

Os transitivos podem ser:

a) diretos;b) indiretos;c) diretos e indiretos.

2. Vocabulário técnicoa) Transitivo – Que requer um ou mais com-

plemento; complemento.

b) Intransitivo – Que não aceita comple-mento; sem complemento.

c) Direto – Que se liga ao verbo sem pre-posição; complemento direto.

d) Indireto – Que se liga ao verbo por meiode preposição; complemento indireto.

e) De ligação – Que liga o predicativo aosujeito. Antônimo: verbo significativo.

3. Verbo transitivo diretoEntende-se por transitivo o verbo que pre-cisa de complemento. Vamos observar asseguintes construções:

a) De repente, a gente sente isso.Função de “isso”: objeto direto.

b) A gente já não sente aquilo.Função de “aquilo”: objeto direto.

c) De repente não há mais saco.Função de “saco”: objeto direto.

Observe que não há preposição intermedi-ando os verbos e seus respectivos comple-mentos. Diz-se, então, que os complemen-tos ligam-se aos verbos diretamente, ou se-ja, sem auxílio de preposição. São, por isso,verbos transitivos diretos.

4. Objeto direto preposicionadoSe o verbo transitivo direto vier preposicio-nado, com certeza a preposição não é exi-gida pelo verbo. O complemento recebe,então, o nome de objeto direto preposicio-nado.

a) Ela só ouve a mim.Regência de ouvir: transitivo direto.Função sintática da expressão “a mim”: objeto direto preposicionado.

b) Venceu ao pai o filho.Regência de vencer: transitivo direto.Função sintática da expressão “ao pai”: objeto direto preposicionado.

c) Em casa, ele não respeitava a ninguém.Regência de respeitar: transitivo direto.Função sintática da expressão “a nin-guém”: objeto direto preposicionado.

5. Objeto direto X pronomes átonosAo lado de verbos transitivos diretos, na fun-ção de complemento, só podem aparecer osseguintes pronomes átonos:

a) o, a, os, as – Só podem ser objeto dire-to. Podem aparecer antes (próclise), nomeio (mesóclise) ou depois (ênclise) doverbo, representando pessoas ou coisas.

Exemplos:

1. Sempre a ouço.2. Convivendo com ela, eu a mudei.3. Convivendo com ela, eu mudei-a.4. O dinheiro, passei-o a você.

b) lo, la, los, las – Variantes de o, a, os, asquando enclíticos (depois do verbo) oumesoclíticos (no meio do verbo); só po-dem ser objeto direto. Devem ser acres-centados a verbos transitivos diretos queterminem por r, s ou z.

Exemplos:

1. Vou ouvi-la sempre.2. As testemunhas? Ouvimo-las ontem. 3. As planilhas de custo? Refi-las à noite.

c) no, na, nos, nas – Variantes de o, a, os,as quando enclíticos (depois do verbo);só podem ser objeto direto. Devem seracrescentados a verbos transitivos dire-tos que terminem por ão, õe ou m.

Exemplos:

1. Com relação ao dinheiro, ele repõe-noainda hoje.

2. Lições de esperança? Eles dão-nastodos os dias.

3. Obstáculos da vida? Transpõe-nosnaturalmente.

6. Verbo transitivo direto x lheSe o pronome lhe estiver ao lado de verbotransitivo direto, com certeza estará no pa-pel de pronome possessivo: pode ser tro-cado por seu (dele), sua (dela), seus (deles),suas (delas). A função sintática, nesse caso,é de adjunto adnominal.

Exemplos:

1. Ouço-lhe muito as opiniões.= Ouço muito as suas opiniões.Pronome lhe = adjunto adnominal.

PortuguêsProfessor João BATISTA Gomes

01. Assinale a alternativa em que a cons-trução NÃO está de acordo com anorma culta da língua escrita.

a) Não parece, mas eu a amo muito.b) Não parece, mas eu amo-a muito.c) Não parece, mas eu lhe amo muito.d) Não parece, mas eu te amo muito.e) Não parece, mas eu amo muito você.

02. Em que item o conjunto verbo + lheestá de acordo com a norma culta dalíngua?

a) Pode esperar-me; vou visitar-lheamanhã.

b) Há muito tempo, não lhe visito a casa.c) Acredite em mim: não lhe odeio.d) Você nem notou, mas eu lhe vi no

cinema.e) Porque lhe conheço muito bem, sei

que você está mentindo.

Arapuca

03. Assinale a alternativa em que háequívoco quanto ao emprego dospronomes o e lhe?

a) Minha avó, visitei-a na semanapassada.

b) Visitei-lhe a avó na semana passada.c) Você é simples; eu a admiro muito.d) Admiro-lhe muito a simplicidade.e) Lembro-me bem do dia em que lhe

conheci.

04. Há uma construção errada quanto àregência verbal; identifique-a.

a) Na rua, todos lhe chamavam decabeção.

b) Na rua, todos o chamavam decabeção.

c) Na rua, todos lhe chamavam cabeção.d) Na rua, todos o chamavam cabeção.e) Todos lhe chamaram, mas ele não

quis participar.

Caiu no vestibular05. (FGV) Leia a frase: “A lei de lucros extraor-

dinários foi detida no Congresso”.Assinale a alternativa que correspondeexatamente a essa frase.

a) O Congresso deteve a lei de lucrosextraordinários.

b) Deteu-se no Congresso a lei de lucrosextraordinários.

c) O Congresso deteu a lei de lucrosextraordinários.

d) Deteve-se no Congresso a lei de lucrosextraordinários.

e) A lei de lucros extraordinários eradetida no Congresso.

DesafioGramatical

2. Conheço-lhe a família há muitos anos.= Conheço a sua família há muitos anos.Pronome lhe = adjunto adnominal.

3. Doíam-lhe todas as partes do corpo.= Doíam todas as partes do seu corpo.Pronome lhe = adjunto adnominal.

4. Admiro-lhe muito as atitudes.= Admiro muito as suas atitudes.Pronome lhe = adjunto adnominal.

7. Verbo transitivo direto e voz passivaOs verbos transitivos diretos aceitam mudan-ça da voz ativa para a passiva e vice-versa.Confira:

a) Da ativa para a passiva analítica:1. Ela ouviu todos os conselhos.

Todos os conselhos foram ouvidospor ela.

2. Ele perdeu dinheiro no jogo.O dinheiro foi perdido por ele no jogo.

b) Da passiva analítica para a ativa:1. A crise está sendo sentida por todos.

Todos estão sentindo a crise.2. A decisão foi mudada pelo diretoria.

A diretoria mudou a decisão.

c) Da passiva sintética para a ativa:1. Ouviram-se muitos conselhos.

Ouviram muitos conselhos.2. Reconstruíram-se os prédios.

Reconstruíram os prédios.

8. VTD e oração subordinadasubstantiva objetiva diretaO complemento do verbo transitivo diretopode ser uma oração inteira: é a oração su-bordinada substantiva objetiva direta.

1. Sinto que ela me ama.Objeto direto de sinto: “que ela me ama”.

2. Saquei que nada é eterno.Objeto direto de saquei: “que nada éeterno”.

9. Verbos transobjetivosOs verbos transitivos diretos que formam opredicado verbo-nominal com predicativo doobjeto merecem atenção especial. São co-nhecidos como transobjetivos. O comple-mento verbal (objeto direto) vem acompa-nhado de predicativo.

1. Julgamos Teotônio incapaz dessa atitude.Função de incapaz: predicativo do objeto.Classificação do predicado: verbo-nomi-nal.

2. Elegeram-na vereadora.Função de vereadora: predicativo do ob-jeto.Classificação do predicado: verbo-nomi-nal.

Principais verbos transobjetivos

Os verbos seguintes, quando empregadosem sentido especial, são transobjetivos:transitivos diretos (raramente indiretos) +predicativo. Vêm acompanhados de predica-tivo do objeto, formando o predicado verbo-nominal.

1. ACHAREu sempre a achei atraente.

2. ACLAMAROs funcionários aclamaram-no líder.

3. ACUSARO povo acusava-o de corrupto.

4. CALCULAROs familiares calculavam-na casada.

5. CHAMAROs moleques chamavam-na de galinhagarnisé.

6. CONSIDERARSempre a considerei infiel.

7. CONSTITUIRNo jornal, constituíram-no revisor-chefe.

8. COROARCoroaram-na rainha caipira.

9. CRERNa infância, todos me criam um santo.

10. DARApesar das evidências, ele não se davapor vencido.

11. DECLARARDepois dos testes, declararam-mehabilitado.

12. DEIXARUsaram o livro e deixaram-no rasgado.

13. ELEGERO povo elegeu-o senador pelo Amazo-nas.

14. ENCONTRARPara minha decepção, fui encontrá-lamuito feliz.

15. FAZERA minha intenção era fazê-la secretária.

16. IMAGINAREu a imaginava menos gorda.

17. INTITULAROs ribeirinhos intitularam-no herói.

18. JULGARTodos o julgavam culpado.

19. NOMEARNomearam meu primo inspetor-chefe.

20. SABERAli, ninguém o sabia bandido.

21. SUPORA família supunha-o íntegro.

22. TACHARPor causa da briga, tacharam-no delouco.

23. TER

Todos o tinham como doido.

Dificuldades da língua

CACHORRO-QUENTE e CACHORRO QUENTE

a) Cachorro-quente (com hífen) é sanduíchefeito com um pão pequeno e salsicha quente.

Formação: composição por justaposição.

Plural: cachorros-quentes.

Exemplos:

1. Boa parte dos jovens de hoje alimenta-sede cachorro-quente.

2. Ela ganha dinheiro explorando uma ban-ca de cachorro-quente na feira livre.

b) Cachorro quente (sem hífen) é cachorrocuja temperatura, por alguma razão, estáelevada. Cachorro voluptuoso, ardente.

Plural: cachorros quentes.

Exemplos:

1. Cachorro quente esse seu. Não podefarejar uma cadela que fica querendo re-bendar a coleira.

2. Cachorro quente, aqui na clínica, tomalogo um banho frio para baixar a tempe-ratura; depois, é medicado.

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PRINCIPAIS VERBOS TRANSITIVOSDIRETOS

Os verbos seguintes, quando empregados emsentido normal, são transitivos diretos: nãoadmitem complemento com preposição nemaceitam o pronome lhe para a função de ob-jeto direto.

1. ABENÇOAREu o abençôo, meu filho.

2. ABORRECEROs bêbados aborreciam-no, mas ele nãose zangava.

3. ABRAÇAREm toda a vida, abracei-o poucas vezes.

4. ACHARAchei-a meio gorda, mas bem interessante.

5. AMARAmo-a muito.Eu sempre a amei, mas em segredo.

6. CONTRARIARPor causa do derrame, evite contrariá-la.

7. CONVIDARVim convidá-la para um passeio de barco.

8. DESCULPAREu já a desculpei.

9. ESTIMAREstimo-a muito, Cristina.

10. ESPERAREspero-a na igreja, na parte de trás, é claro.

11. ELOGIAREu já o elogiei mais do que devia.

12. ENCONTRAREncontrá-la-ei na esquina, pode esperar.

13. FERIRJamais quis feri-la; foi um acidente.

14. IMITARQuanado comecei a atuar, eu o imitava.

15. LEVARSe viajar, eu a levarei comigo.

16. MATARA polícia matou-o equivocadamente.

17. PERSEGUIRPrometo: não vou mais persegui-la.

18. PRENDERAlém de prendê-la, torturaram-na.

19. PREJUDICARJamais o prejudicaria.

20. SAUDARSaúdo-a pela coragem.

21. SOCORRERInstintivamente, eu a socorri.

22. TEREu tive-a em meus braços várias vezes.

23. VerEu a vi ontem, no cinema.

24. VisitarCostumava visitá-la nos fins de semana.

Dificuldadesda língua

ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas em elamazonas: 1660-1684. Iquitos - Peru, 1986.ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionáriobrasileiro da língua portuguesa. São Paulo:Melhoramentos, 1975.ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário dequestões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1996.ARRUDA, José Jobson de A. et ali. Toda aHistória: História geral e História do Brasil, 8ªedição. São Paulo: Editora Ática, 2000.BECHARA, Evanildo. Gramática portuguesa. 31.ed. São Paulo: Nacional, 1987CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do rio deOrellana. São Paulo: Nacional, 1941.COELHO, Marcos A. ; TERRA, Lygia. GeografiaGeral. O espaço natural e socioeconômico.Moderna, 2001.COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil/ Marcos Amorim Coelho, Lígia Terra Soares - 5ªed. Reforme e Atual - São Paulo. Moderna 2003(Série Sinopse)HOORNAERT, Eduardo (Coord.). Comissão deEstudos da Igreja na América Latina. História daIgreja na Amazônia. Petrópolis-RJ: Vozes, 1992.MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Sociedadee Espaço: Geografia geral e do Brasil. Ed. Ática -São Paulo, 2000.MOREIRA, Igor. Construindo o espaço brasileiro.Ed: Ática. 2004. 2ª Edição - 1ª impressão.MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografiageral e do Brasil. Ed. Ática, 2002.MOTA, Myryam Becho e BRAICK, Patrícia Ramos.História das Cavernas ao Terceiro Milênio, 2ª edição.São Paulo: Editora Moderna, 2002.SHMIDT, Mario. Nova História Crítica do Brasil: 500anos de História malcontada. São Paulo: EditoraNova Geração, 2003.SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil, 1ªedição. São Paulo: Editora Moderna, 2000.VESENTINI, José William - 1950. Geografia Crítica: ASociedade Brasileira. São Paulo - Ática 2004. - Oespaço Amazônico e o espaço Brasileiro.

PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 2)

01. A

02. E

03. B

04. E

05. C

06. A

07. B

08. D

09. D

10. C

11. E

12. E

13. B

14. C

DESAFIO GRAMATICAL (p. 3)

01. C

CAIU NO VESTIBULAR (p. 5)

01. C

02. A

03. A

DESAFIO GRAMATICAL (p. 5)

01. B

02. C

03. A

04. B

ARAPUCA (p.5)

01. E

PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 6)

01. B; 02. B; 03. D; 04. C; 05. E; 06. A;

07. B; 08. D; 09. E; 10. E; 11. A; 12. E;

13. A; 14. D; 15. B; 16. A

ARAPUCA (p.7)

01. B

DESAFIO GRAMATICAL (p. 7)

01. B;

DESAFIO LITERÁRIO (p. 9)

01. C; 02. B; 03. C; 04. B ; 05. E; 06. C;

DESAFIO LITERÁRIO (p. 11)

01. E

Governador

Eduardo Braga

Vice-Governador

Omar Aziz

Reitor

Lourenço dos Santos Pereira Braga

Vice-Reitor

Carlos Eduardo Gonçalves

Pró-Reitor de Planejamento e Administração

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Pró-Reitor de Extensão e

Assuntos Comunitários

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Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

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Coordenador de Professores

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Encarte referente ao curso pré-vestibularAprovar da Universidade do Estado doAmazonas. Não pode ser vendido.

Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, ébase para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:

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(22h00 às 22h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)• Rádio Cultura (6h às 6h30 e 12h às 12h30)• Centros e Núcleos da UEA (12h15 às 12h45)

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