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Representação de uma típica cidade medieval da Inglaterra Barcos regionais representam o sustento de inúmeras famílias de ribeirinhos dos rios da Amazônia História – A Era Vargas (1930–1945) pg. 02 História – A Idade Média pg. 04 Geografia – A Amazônia Legal pg. 06 Geografia – Os domínios fitogeográficos pg. 08 Português – Regência verbal 4 pg. 10

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Representação de uma típica

cidade medieval da Inglaterra

Barcos regionais representam osustento de inúmeras famílias deribeirinhos dos rios da Amazônia

•• História – A Era Vargas(1930–1945) pg. 02

•• História – A Idade Média pg. 04•• Geografia – A Amazônia Legalpg. 06•• Geografia – Os domínios

fitogeográficos pg. 08•• Português – Regência verbal 4pg. 10

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A Era Vargas (1930–1945)

1. REVOLUÇÃO DE 1930

Golpe de estado que aniquilou o grupooligárquico dominado pela elite cafeeira paulista,trazendo para o poder uma junta militar, quepassa o governo a Getúlio Vargas.

2. FASES DO GOVERNO VARGAS

• Provisória (1930-1934).• Constitucional (1934-1937).• Ditatorial (1937-1945). Também chamado de

Estado Novo.

3. PRIMEIRAS MEDIDAS DE GETÚLIOVARGAS

• Nomeação de interventores para governar osEstados. Este cargo político foi cedido aostenentes, grupo da jovem oficialidade quehavia participado da Revolução de 1930 e,portanto, desejava participar do “bolo” dopoder.

• Criação do Ministério da Educação e Saúde.• Criação do Ministério do Trabalho, da Indústria

e do Comércio.

4. POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO

O Governo Federal adota uma nova política devalorização do café, diferente do Convênio deTaubaté, assinado em 1906, no governoRodrigues Alves. A partir dos anos de 1930, ogoverno Vargas passa a intervir diretamente naprodução. O Estado comprava toda a produçãoexcedente de café e destruía-a. Cerca de 80milhões de sacas de café foram queimadas oujogadas ao mar.

5. REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE1932

• Ocorreu em São Paulo.• Tinha por objetivo a elaboração de uma nova

constituição para o País.• Foi uma tentativa da velha oligarquia paulista

para voltar ao poder.• Movimento MMDC – Conflito envolvendo

rebeldes e forças do governo. Nesseconfronto, morreram quatro estudantes decujos sobrenomes (Martins, Miragaia, Dráusioe Camargo) proveio essa sigla.

6. CONSTITUIÇÃO DE 1934

• Elaborada por uma Assembléia Constituinte.• Inspirada na Constituição de Weimar

(Alemanha).• Eleições diretas: voto direto e secreto para

ambos os sexos (maiores de 18 anosalfabetizados).

• Extinção do cargo de vice-presidente daRepública.

• Mandato presidencial de 4 anos, vedado odireito à reeleição.

• Mandato classista.• Leis trabalhistas: jornada de trabalho de oito

horas, descanso semanal obrigatório eremunerado, férias remuneradas, proteção aotrabalho da mulher e do menor, indenizaçãopor dispensa sem justa causa, assistência elicença remunerada a gestantes.

• Nacionalização das riquezas minerais.• Eleição indireta do primeiro presidente da

República.

7. GRUPOS POLÍTICOS

a) Ação Integralista Brasileira – (A.I.B.)

• Líder: Plínio Salgado.• Inspiração: nazi-fascismo (direita).• Ponto defendido: Estado ditatorial e

nacionalista, governado pelas elites.• Visavam defender as riquezas nacionais, a

propriedade privada e visava combater ocomunismo.

• Conhecidos como “camisas verdes”.• Saudação: anauê.

b) Aliança Nacional Libertadora – (A.N.L.)

• Líder: Luís Carlos Prestes, conhecido como“Cavaleiro da Esperança”.

• Inspiração: socialismo-comunismo, nas idéiasmarxistas (esquerda).

• Pontos defendidos: governo popular,rompimento com o capital estrangeiro, não-pagamento das dívidas externas, reformaagrária, nacionalização das empresasestrangeiras, etc.

8. Intentona Comunista (1935)

Movimento armado também conhecido como“Revolta Vermelha”, visava derrubar o governoVargas e implantar o comunismo no Brasil,levando a A.N.L. ao poder. O governo sufocou arevolta e prendeu os líderes, incluindo LuísCarlos Prestes.

9. Plano Cohen (1937)

Forjado por militares integralistas liderados pelocapitão Olímpio Mourão Filho. O plano ficouassim conhecido porque fora assinado por umfictício comunista de nome Cohen.

O plano era falso, mas criou as condições para ogolpe que foi desfechado no dia 10 denovembro de 1937. Serviu de pretexto paraGetúlio Vargas implantar o Estado Novo.

10.DITADURA VARGAS – ESTADO NOVO(1937–1945)

Constituição de 1937

• Elaborada por Francisco Campos, um dosidealizadores do Estado Novo. Possuíacaracterísticas fascistas.

• Ficou conhecida como “Polaca”, porque seuconteúdo mesclava elementos fascistas epoloneses.

• Garantia a Getúlio Vargas o poder de dissolverqualquer casa legislativa.

• Os governadores-interventores seriamnomeados pelo Governo Federal.

• Dava ao presidente o controle das ForçasArmadas.

• Garantia ao governo o direito de invadirdomicílios e violar o sigilo de correspondência.

• Pregava a extinção dos partidos políticos,inclusive da Ação Integralista Brasileira (AIB),facção de extrema direita.

• Suspendia as eleições em todo o territórionacional.

Órgãos repressores (1938)

Departamento Administrativo do ServiçoPúblico (DASP) – Órgão a que ficavamsubmetidos todos os serviços públicos do Brasil.

Departamento de Imprensa e Propaganda(DIP) – Órgão responsável pela censura, pelapropaganda do governo, pelo culto à pátria epela personificação do presidente Vargas. Foicriado o programa de rádio Hora do Brasil parafuncionar como instrumento de propaganda dogoverno Vargas.

IndustrializaçãoApoiado na sua política nacionalista, o governoexplorou as riquezas brasileiras, amparado emgrupos nacionais, contrariando os grupos

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A coordenação do Programa Educampo,desenvolvido pela Universidade do Estado doAmazonas (UEA) em parceria com o InstitutoNacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra) e Programa Nacional de Educação eReforma Agrária (Pronera), encerrou mais umaetapa do projeto, chegando à marca de 2.077alunos alfabetizados.Participaram desta etapa 97 monitores, 15bolsistas e 15 coordenadores locais de 10municípios. Em 2006, durante 10 meses, jovense adultos de assentamentos localizados nosmunicípios de Alvarães, Tefé, Canutama, FonteBoa, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Jutaí eParintins participaram de aulas de alfabetização. Para se adequar à realidade dos assentamentos,a equipe desenvolveu uma metodologia deaprendizagem diferenciada. O alfabetizador,também chamado de monitor, por exemplo, éselecionado entre os assentados. As aulas foramministradas semanalmente, sob orientação deacadêmicos do curso Normal Superior, de Letrase de Ciência Política da UEA. Além disso, cada assentamento conta com umcoordenador local, responsável porsupervisionar as atividades do Programa, alémde um supervisor que acompanhamensalmente as ações de alfabetização.História – A origem do Programa Nacional deEducação na Reforma Agrária (Pronera) deu-seno contexto do I Encontro Nacional deEducadoras e Educadores da Reforma Agrária(ENERA), realizado em Brasília, no ano de1997, promovido pelo MST em parceria com aUnB, a Unesco, o Unicef e a CNBB.No ano seguinte, o MST e seus parceirosconcretizam, na cidade de Luziânia (GO), a IConferência Nacional: por uma educação básicado campo. Essa mobilização dos trabalhadoresresultou na implementação do Proneraenquanto política pública do Ministério doDesenvolvimento Agrário.Expressão de uma parceria estratégica entre oGoverno Federal, as instituições de ensinosuperior e os movimentos sociais do campo, oPronera representa um instrumento contra oalto índice de analfabetismo e a baixaescolaridade dos assentados, realidadeapresentada pelo I Censo da Reforma Agráriado Brasil de 1996.A realização e a certificação do EnsinoFundamental desenvolvido pelo Pronera estãogarantidas pela Lei de Diretrizes e Bases daEducação (LDB 9394/96). A Educação deJovens e Adultos – EJA é objeto específico doartigo 37, § 1.° da LDB: “Os Sistemas de ensinoassegurarão gratuitamente aos jovens e adultosque não puderam efetuar os estudos na idaderegular oportunidades educacionaisapropriadas, consideradas as características doalunado, seus interesses, condições de vida ede trabalho, mediante cursos e exames”.

Educampo chega àmarca de 2.077alunos alfabetizados

HistóriaProfessor DILTON Lima

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estrangeiros. Destaca-se, neste período, aextração mineral, a exportação de minérios e asiderurgia.

Realizações do governo Vargas nesse período:• Criação do Conselho Nacional de Petróleo, em

1938. No ano seguinte, foi aberto o primeiropoço de petróleo em Lobato, na Bahia.

• Construção da Companhia SiderúrgicaNacional (CSN), em 1941, empresa instaladaem Volta Redonda, Rio de Janeiro, paraprodução de aço.

• Criação da Companhia Vale do Rio Doce(CVRD), em 1942, com a meta de cuidar daextração das riquezas minerais.

• Criação da Companhia Nacional de Álcalis,em 1943.

• Criação da Fábrica Nacional de Motores, em1943.

• Criação da Companhia Hidroelétrica do SãoFrancisco, em 1945.

Política trabalhista

A relação capital e trabalho ficou bem acentuadanesse período governista. Nesse sentido, asprincipais medidas do governo ditatorial foram:1. Controle dos sindicatos – Os sindicatos,

que deveriam defender os trabalhadores, nãocumpriam sua função histórica, comportando-se como mecanismo a favor do governo.Estava oficializado o “peleguismo”, ou seja, apolítica de “amaciamento” das massastrabalhadoras pelos burocratas sindicais(conhecidos como “pelegos”) a serviço dogoverno e dos empresários.

2. Criação do salário mínimo (1940) – Osalário mínimo foi criado a partir de pesquisaspara averiguar o mínimo que a família de umoperário deveria ganhar para atender às suasnecessidades elementares (alimentação,transporte, habitação e vestuário), garantindoa sobrevivência de 4 pessoas. Na prática, amedida governamental só atendeu aotrabalhador urbano (operário), nãobeneficiando o trabalhador rural.

3. Criação da Consolidação das LeisTrabalhistas – CLT (1943) – Consistia naregulamentação das relações entre patrões eempregados.

BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL(1942)

Para os Estados Unidos, a participação do Brasilna guerra ao lado dos aliados era fundamental,devido ao seu vasto litoral e, especialmente, pelaimportância estratégica do Nordeste, Regiãoapropriada para a instalação de bases aéreas enavais. Em troca de vultosos empréstimos, oBrasil declarou guerra ao Eixo (Alemanha, Itália eJapão), prova de que o País não podia viver semos Estados Unidos.Em junho de 1944, o Brasil passou a participarefetivamente da guerra, enviando a ForçaExpedicionária Brasileira (FEB), cujo lema era “Acobra vai fumar”, e da Força Aérea Brasileira(FAB), cujo lema era “Senta a pua”. Sob ocomando do general Zenóbio da Costa, astropas brasileiras enfrentaram sucessivasderrotas. Sob o comando do generalMascarenhas de Morais, em meados denovembro de 1944, os pracinhas venceramvárias batalhas; a mais célebre foi a de MonteCastelo, na Itália.

MEDIDAS DEMOCRÁTICAS

Os acontecimentos obrigaram o presidenteGetúlio Vargas a tomar uma série de medidastidas como democráticas:

1. Eleições presidenciais para governadores deEstado, para o Congresso Nacional e para asAssembléias Legislativas Estaduais (todasmarcadas para 2 de dezembro de 1945).

2. Anistia política a centenas de presos políticos,entre eles Luís Carlos Prestes.

3. Livre organização partidária ao PartidoComunista Brasileiro (PCB), que viviaclandestinamente desde 1927.

4. Organização de novos partidos políticos.Destaques para a União DemocráticaNacional (UDN), Partido Social Democrático(PSD) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

11. QUEREMISMO

Movimento realizado por grupos que desejavama continuação de Vargas no poder. Ossimpatizantes ao movimento saíam às ruasgritando “queremos Getúlio!”. O velho ditador,deposto em outubro de 1945, voltaria ao podermáximo da República nas eleições presidenciaisde 1950, para tristeza da UDN e do capitalestrangeiro.

Exercícios

01. (PUCRS) Considere o contexto depolarização das forças políticas doEntre-Guerras no Brasil, relacionandoas agremiações políticas mencionadasna coluna I com as característicasarroladas na coluna II.COLUNA I(1) Aliança Nacional Libertadora(2) Ação Integralista BrasileiraCOLUNA II( ) Tinha como base política setores

conservadores da intelectualidade,da classe média urbana, doexército e das elites.

( ) Defendia um Estado autoritário,nacionalista, corporativista,antiliberal e anticomunista, dirigidopelas elites esclarecidas.

( ) Tinha características de uma frentepopular antifascista, composta porex-tenentes, democratas,sindicalistas, socialistas ecomunistas.

( ) Defendia a constituição de umgoverno popular nacional.

( ) Defendia o não-pagamento dadívida externa e a luta contra oimperialismo.

A correta numeração da segundacoluna, de cima para baixo, éa) 1 - 1 - 2 - 2 - 2b) 1 - 2 - 2 - 1 - 2c) 1 - 2 - 1 - 1 - 1d) 2 - 2 - 1 - 1 - 1e) 2 - 1 - 2 - 2 - 1

02. (FATEC) O Departamento de Imprensae Propaganda (DIP), criado em 1930por Getúlio Vargas,a) era um órgão que garantia a liberdade

artística, jornalística e dos demais meiosde comunicação do Brasil na eraVargas;

b) promovia manifestações cívicas, nasquais os sindicatos de esquerda tinhamum papel importante de conscientizaçãodas massas;

c) estimulava a produção de filmesnacionais e concursos de música edefendia o direito de os sindicatosrealizarem seus comícios e suas greves;

d) aproveitou-se do programa Hora doBrasil, que, além de transmitir notíciaspolíticas e informações, servia comoporta de entrada para as idéias liberaisde Vargas;

e) era responsável por controlar os meiosde comunicação e promover apropaganda do Estado Novo.

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DesafioHistórico

01. (APROVAR) “A orientação de acordocom os ensinamentos dos regimesopressivos – o nazismo e o fascismo –,que se multiplicavam na Europa nesseperíodo, as autoridades federaisprocurariam tirar o máximo proveito dastécnicas de propaganda e dos meios decomunicação social, muitoespecialmente do rádio”.

O texto refere-se a que período daHistória do Brasil?

a) Estado Novo

b) Governo Provisório de Vargas

c) Governo populista varguista ( 1951–54)

d) Intentona Integralista

e) Revolução de 1930

02. (UFRS) Considere as seguintesafirmações sobre o Estado Novo noBrasil:

I. Foi produto da Aliança NacionalLibertadora (ANL), que estabeleceu umgoverno popular e cancelou a dívidaexterna.

II. Extinguiu os partidos políticos eobjetivava um Estado Nacionalcentralizado.

III. Sua base de sustentação foi alegislação trabalhista, incorporandoburocraticamente a classe operária.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e III.

e) Apenas II e III.

03. (FAAP) Todos os fatos enunciados aseguir assinalaram o governo de GetúlioVargas, exceto:

a) desenvolvimento econômico, caracterizado

pela penetração intensa do capital

estrangeiro;

b) incorporação do proletariado urbano ao

Estado, através dos sindicatos controlados

pelo Ministério do Trabalho;

c) crescimento da participação do Estado

nos setores fundamentais da economia

nacional;

d) modernização da máquina burocrática

estatal (DASP, planejamentos econômicos,

tecnocratas);

e) estabelecimentos de censura à imprensa e

de um amplo serviço de propaganda.

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A Idade Média

OS BÁRBAROS

Os bárbaros eram povos assim denominadospelos romanos por não falarem a língua latina.Imigraram e conquistaram as terras do Império.Os grupos de bárbaros que se destacaram:

1. Germanos – Origem indo-européia,habitavam a Europa Ocidental. As principaisnações eram: visigodos, ostrogodos,vândalos, bretões, saxões francos, etc.

2. Eslavos – Provenientes da Europa Oriental eda Ásia, compreendiam russos, tchecos,poloneses, sérvios, etc.

3. Tártaros-Mongóis – Origem asiática. Faziamparte desse grupo as tribos dos hunos,turcos, búlgaros, entre outros.

1. Germanos

Organização política simples – Os germanosforam os mais importantes para a formação daEuropa Feudal. Sua organização política erabastante simples. Eram governados por umaAssembléia de Guerreiros, no período de paz,que tinha funções legislativas, vinculadas aodireito consuetudinário. Em época de guerra,escolhiam um rei, chefe guerreiro, que recebiaum juramento de fidelidade dos demaisguerreiros, o comitatus. Base econômica – A base da economiagermânica era a agricultura, a caça e apesca. Viviam em constante migração embusca de terras férteis. A propriedade daterra era coletiva, e o trabalho, quase todo,era executado por mulheres.Casamento – A sociedade era patriarcal, e ocasamento monogâmico, sendo o adultérioconsiderado crime e severamente punidoaquele que o cometia. Em algumas tribos,era proibido o casamento das viúvas.Religião – A religião era politeísta: adoravama força da natureza. Os seus deuses eram:Odin, protetor dos guerreiros; Tor, deus dotrovão; e Fréia, a deusa do amor. AsValquírias eram as mensageiras de Odin,visitavam os campos de batalha, levando osmortos.

2. Os Reinos

Os principais reinos que se formaram naEuropa foram:

Reino dos Visigodos – Situado na PenínsulaIbérica, era o mais antigo e extenso.Ocupava, estrategicamente, a ligação doMediterrâneo com o Atlântico que lhesgarantia a supremacia comercial entre oContinente europeu e a Europa Insular.Reino Ostrogodo – Estava localizado naPenínsula Itálica. Restauraram váriosmonumentos, no sentido de garantir viva amemória do Império Romano.Reino dos Vândalos – Estava fixado nonorte da África. Conhecidos pelas pilhagense destruições (vandalismo) que realizam emsuas incursões, dominam o Mediterrâneo.Em 455, invadem Roma e roubam-lhe ostesouros. Em 534, o reino vândalo da África édestruído pelo general bizantino Belisário.Reino Suevo – Localizado a oeste daPenínsula Ibérica. Viviam da pesca e daagricultura. Esse reino foi absorvido pelosvisigodos.Reino Burgúndio – Estava localizado naEscandinávia. No século VI, eles foramdominados pelos francos.

Reino Anglo-Saxão – Os saxões venceramos bretões e estabeleceram-se na Bretanha.

3. O Reino Francônio

Ocupou a região da Gália. A primeira dinastia,a merovíngia, foi fundada por Clóvis Meroveu.Em 496, Clóvis foi convertido ao cristianismoe, com a ajuda do Papa, conquistou a Gália.No seu governo, ocorreu a expansão territorialdo reino. Após a sua morte, o reino estendia-se da Gália Setentrional até a Central.Os reis que sucederam Clóvis eram fracos eindolentes. O poder político passou a serexercido por funcionário do governo: oprefeito do paço. O principal foi Carlos Martel(714–741), que venceu os Árabes na batalhade Poitiers, em 732.Com a morte de Carlos Martel, o filho dele,Pepino, “O Breve”, assumiu o poder e, com oapoio do papa Zacarias, deu um golpe deEstado, depondo o rei Childerico III,coroando-se Rei e iniciando a dinastiaCarolíngia. Conquistou os Lombardos e doouas terras deles à Igreja, consolidando aaliança. Seu sucessor foi Carlos Magno, queteve o amplo apoio da Igreja em seugoverno. Carlos Magno estendeu osdomínios do império nos estados atuais daFrança, Bélgica, Holanda, Luxemburgo,Alemanha parte da península Ibérica, Áustria,Iugoslávia, Suíça e Itália.No reino de Carlos Magno, o império foidividido em:

Condados: no interior do império;governados por condes.

Ducados: nas fronteiras; governados porduques.

Marcas: vulneráveis a ataques, eramgovernados por marqueses.

As leis instituídas em seu governo foram ascapitulares. Além das leis, elaborou outrasreformas: educacionais, culturais e científicas,que ficaram conhecidas como o renasci-mento carolíngio.

4. A Fragmentação do Império

Com a morte de Carlos Magno, em 814, oreino foi sucedido por Luís, “O Piedoso”.Depois de Luís, o reino foi fragmentado, apósuma sucessiva guerra civil entre os herdeiros.Com o Tratado de Verdum, em 843, o reinofoi divido entre:

Carlos, “O Calvo”: ficou com a FrançaOcidental.

Luís, “O Germânico”: ficou com a FrançaOriental, atual Alemanha.

Lotário: ficou com a Itália.

O FEUDALISMO

Em seu processo de formação, o Feudalismo foiafetado por fatores internos, recebendo influên-cias tanto da civilização romana como dospovos germânicos.

A civilização romana contribuiu para a formaçãodo Feudalismo com as seguintes instituições:

Vilae: grandes propriedades rurais que deramorigem aos feudos.

Colonato: regime que vinculava o camponês àterra que cultivava.

Cristianismo: forneceu as bases da culturamedieval.

Os povos germânicos contribuíram principal-mente com:

Comitatus: juramento de mútua fidelidade entreguerreiros e seu comandante.Suserania e vassalagem.Direito consuetudinário, leis baseadas noscostumes e nas tradições.

O feudo, unidade básica de produção dofeudalismo, era uma grande propriedade rural.

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DesafioHistórico

HistóriaProfessor Francisco MELO de Souza

01. (Faap) "Ordena-se pela autoridade doParlamento, que ninguém leve, ou façalevar, para fora deste Reino ou qualquerparte do mesmo, qualquer forma dedinheiro da moeda deste Reino, ou dedinheiro e moedas de outros reinos,terras ou senhorias, nem bandejas,vasilhas, barras ou jóias de ouroguarnecidas ou não, ou de prata, sema licença do Rei."A medida do governo inglês só podeestar fazendo a defesa do sistema:a) medieval;b) mercantilista;c) socialista;d) comunista;e) anarquista.

02. (FGV) A batalha de Poitiers (732) é umdos momentos cruciais da evoluçãopolítica da Europa, poisa) terminou com a influência que o Império

de Bizâncio exercia sobre a cultura daFrança;

b) deteve a expansão das forças muçulma-nas, graças à enérgica ação de CarlosMartel;

c) representou a derrota naval dos turcosque ameaçavam a primazia militar deRoma;

d) significou o fim da influência dos gover-nantes merovíngios, com a implantaçãodo feudalismo;

e) unificou a Gália Cisalpina, que passou aser governada pelos Carolíngios impostospela Igreja.

03. (FGV) As principais características dofeudalismo eram:a) Sociedade de ordens, economia levemen-

te industrial, unificação política e mentali-dade impregnada pela religiosidade.

b) Sociedade estamental, economiatipicamente artesanal, organizaçãopolítica descentralizada e mentalidademarcada pela ausência do cristianismo.

c) Sociedade de ordens, economia terciáriae competitiva, centralização política ementalidade hedonista.

d) Sociedade de ordens, economia agrária eauto-suficiente, fragmentação política ementalidade fortemente influenciada pelareligiosidade.

e) Sociedade estamental, economia voltadapara o mercado externo, fragmentaçãopolítica e ausência de mentalidadereligiosa.

04. (Unesp) "Na sociedade feudal, ovínculo humano característico foi o eloentre subordinado e o chefe maispróximo. De escalão em escalão, osnós assim formados uniam, tal como setratasse de cadeias infinitamenteramificadas, os mais pequenos aosmaiores. A própria terra só parecia seruma riqueza tão preciosa por permitirobter 'homens' remunerando-os."(Marc Bloch, "A SOCIEDADE FEUDAL")

O texto descreve a:a) hierarquia eclesiástica da Igreja Católica;b) relação de tipo comunitário dos

camponeses;c) relação de suserania e vassalagem;d) hierarquia nas Corporações de Ofício;e) organização política das cidades

medievais.

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Cada feudo possuía geralmente um castelofortificado ou burgo (residências do senhorfeudal) e uma vila ou aldeia – onde se realizavamas trocas semanais.

As terras do feudo eram formadas com aseguinte divisão:1 Manso senhorial – Era a terra mais fértil e

pertencente ao senhor feudal.2. Manso servil – Onde estavam as glebas

cultivadas pelos servos.3. Terras comuns – Correspondiam ao bosque,

à floresta e ao pântano.

Escambo – Na economia feudal, não existia ocomércio como atividade permanente eorganizada; os produtos eram trocadosdiretamente, por meio do escambo, sem autilização de dinheiro.

A relação de trabalho baseava-se na servidão,ou relação servil de produção, que consistia nosseguintes impostos: 1. Corvéia – Consistia nos dias de trabalho

gratuito que o servo realizava no mansosenhorial.

2. Talha – Consistia na entrega obrigatória aosenhor feudal de metade da produção obtidaem sua gleba.

3. Banalidades – Impostos suplementares,pagos em espécies, pela utilização deinstrumentos pertencentes ao senhor feudal.

A Desagregação do Feudalismo

O sistema feudal começou a desmoronar apartir do século XI, dando origem ao capitalismoou sistema capitalista de produção.

A desagregação do feudalismo e as origens docapitalismo decorreram de um conjunto defatores, tais como:

1. crescimento populacional europeu;2. desenvolvimento das técnicas agrícolas de

produção;3. renascimento comercial.

Isso ocorreu de forma lenta e contínua, poisnenhum sistema é substituído por outrorepentinamente.O crescimento do mercado consumidor exigiu oaumento da produtividade da terra e, para isso,foi necessário aumentar as áreas de produção edesenvolver as técnicas agrícolas.Com o tempo, a comercialização do excedenteproduzido nos feudos provocou profundasmudanças nas relações entre servos e senhoresfeudais. Muitos senhores, interessados noslucros provenientes da comercialização doexcedente produzido no feudo, aumentaram aexploração dos servos, provocando a fuga emmassa desses para as cidades, em busca deliberdade e de melhoria de vida.Como conseqüências dos fatos acima citados,ocorreram violentas revoltas camponesas, quepressionaram os senhores feudais a mudar oseu comportamento com relação aos servos.Dessa maneira, o servo foi o principal agente detransformação das relações de produção servil.Todo esse processo de mudanças acentuou-secom o renascimento comercial que, por sua vez,acelerou-se com as cruzadas.As cruzadas tiveram um papel importante nacrise do feudalismo e nas origens docapitalismo, na medida em que foramresponsáveis pela reabertura do MarMediterrâneo ao comércio internacional e peloconseqüente restabelecimento das relaçõesmercantis da Europa com a África e a Ásia. Apartir do século XI, o povo turco passou acontrolar o governo de Bagdá, avançou nadireção dos domínios bizantinos e do Egito e,em 1071, conquistou Jerusalém. Foi diantedessa expansão que o imperador Aleixo I pediuajuda à Igreja Católica.Atendendo aos insistentes apelos do imperadorbizantino e interessado em unificar as igrejasCatólica e Ortodoxa, o Papa Urbano II, no

Concílio de Clermont, na França, convocou aPrimeira Cruzada para libertar a “Terra Santa”.Com o desenvolvimento das relações mercantis,o comércio do sul da Europa passou a sermonopolizado pelas cidades italianas, principal-mente Gênova e Veneza, as mais importantesdistribuidoras das especiarias orientais.

Para maior intercâmbio entre os principaiscentros de comércio, foram criadas rotascomerciais, como as seguintes:

1 Rota do Mediterrâneo – Ligava as cidadesitalianas a Constantinopla e a outros pontosdo litoral oriental do Mediterrâneo.

2. Rota de Champagne – Ligava a Itália aFlandres, passando por Champagne, naFrança.

3. Rota do Mediterrâneo-Atlântico Norte –Ligava o Mediterrâneo a centros comerciaisdo Atlântico Norte, como Inglaterra, França eoutros.

O renascimento comercial foi acompanhadopelo desenvolvimento urbano. Como conse-qüência disso, surgiu, na Europa medieval, umanova classe social, a burguesia.Os burgueses ligados às atividades comerciaiscriaram as guildas, associações de mercadores,para defender seus interesses mercantis eestender seu comércio a outras regiões.

A Guerra dos Cem Anos

O longo período de luta entre a França e aInglaterra, que foi de 1337 a 1453, é conhecidocomo a Guerra dos Cem Anos.

Os principais fatores que desencadearam essaguerra foram:

1 A disputa pela posse de Flandres (atuaisBélgica e Países Baixos), rica regiãoprodutora de tecidos.

2. As pretensões de Eduardo III, rei daInglaterra, ao trono francês.

Até 1380, os ingleses conseguiram uma série devitórias, conquistando uma parte do territóriofrancês. Mas o rumo da guerra mudou com oaparecimento da jovem Joana D’Arc, cujacoragem despertou o patrimônio francês.O exército francês reanimou-se, libertou Orleanse conquistou muitas vitórias até que, em 1453,os ingleses foram definitivamente expulsos daFrança.

Exercícios

01. (Faap) Durante a Idade Média, naEuropa Ocidental, predominava osistema feudal, cujos fundamentoseram:a) o trabalho servil, a família patriarcal e o

Estado Nacional.b) o trabalho servil, a família patriarcal e a

posse da terra pela nobreza.c) o trabalho servil, a família igualitária e a

posse da terra pela burguesia.d) o trabalho livre, a família patriarcal e a

posse da terra pelos nobres.e) o trabalho escravo, a família patriarcal e

a posse da terra pelos camponeses.

02. (Faap) "O tempo não pertence aninguém para que possa ser vendido;o tempo pertence a Deus e ninguémtem o direito de vendê-lo."Pensamento medieval contra o (a):a) moedab) comércioc) usurad) guerrae) paganismo

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DesafioHistórico

01. (Fuvest–GV) O sistema feudal caracteri-zava-se:a) pela inexistência do regime de proprie-

dade da terra, predomínio da economiade comércio e organização dapropriedade pública;

b) pelo cultivo da terra por escravos comprodução intensiva e grandes benefíciospara os vassalos;

c) pela aplicação do sistema assalariado etrabalho forçado dos vilões nas pequenaspropriedades senhoriais;

d) pela divisão da terra em pequenaspropriedades e utilização de técnicasavançadas de cultivo;

e) pela propriedade senhorial da terra,regime de trabalho servil e basesessencialmente agrárias.

02. (Puccamp) Valendo-se de suacrescente influência religiosa, a Igrejapassou a exercer importante papel emdiversos setores da vida medieval,a) como por exemplo nas Universidades,

onde disseminaram o cultivo das línguasnacionais;

b) inclusive estimulando o avanço daciência, sobretudo da medicina.

c) impedindo a divulgação de conhecimen-tos científicos através do estabelecimentodo Index;

d) pois, enriquecida com as grandesdoações de terras feitas pela burguesia,passou a se omitir, não se preocupandomais com a construção de Igrejas eMosteiros;

e) servindo como instrumento de homoge-neização cultural diante da fragmentaçãopolítica da sociedade feudal.

03. (Puccamp) A Igreja integrou-se aoSistema Feudal através dos mosteiros,cujas características se assemelhavamàs dos domínios dos senhores feudais.Como tinhaa) o controle do destino espiritual, procurou

combater a usura entre os integrantes doclero e entre os judeus, no que foi rigoro-samente obedecida.

b) o monopólio da cultura, tinha também omonopólio da interpretação da realidadesocial;

c) grande influência na formação da mentali-dade, insistia no ideal do preço justo,permitindo que na venda dos produtos secobrasse a mais apenas o custo dotransporte;

d) o controle da realidade social, exigia queos cristãos distribuíssem os excedentesentre seus parentes mais próximos paraauferir lucros;

e) a fiscalização sobre a distribuição dosexcedentes em épocas de calamidade,inibia a atuação dos comerciantes ines-crupulosos, ameaçando-os com multasou com a perda de suas propriedades.

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A Amazônia legal

O ecossistema da floresta equatorial – associadoaos climas quentes e úmidos e assentado, nasua maior parte, no interior da bacia fluvialamazônica – permite delimitar uma região natural.Essa região é a Amazônia Internacional, queabrange cerca de 6,5 milhões de quilômetrosquadrados em terras de nove países.Do ponto de vista do Estado contemporâneo, oexercício da soberania exige a apropriaçãonacional do território. As áreas pouco povoadase caracterizadas pelo predomínio de paisagensnaturais, especialmente quando adjacentes àsfronteiras políticas, são consideradas espaços desoberania formal, mas não efetiva. A consoli-dação do poder de Estado sobre tais espaçossolicita a sua “conquista”: povoamento,crescimento econômico, desenvolvimento deuma rede urbana, implantação de redes detransportes e comunicações. O empreendimentode “conquista” envolve, portanto, um conjuntode políticas territoriais.No Brasil, o estabelecimento de políticasterritoriais coerentes associou-se à centralizaçãopolítica iniciada com a Revolução de 1930 edesenvolveu-se no quadro da industrializaçãoacelerada do pós-guerra. O planejamentoregional na Amazônia foi deflagrado em 1953,com a criação da Superintendência do Plano deValorização Econômica da Amazônia (SPVEA).Com o SPVEA, surgiu a Amazônia Brasileira,que correspondia, grosso modo, à porção daAmazônia Internacional localizada em territóriobrasileiro. Não era, contudo, uma região natural,mas uma região de planejamento, pois a suadelimitação decorria de um ato de vontadepolítica do Estado. As regiões naturais sãolimitadas por fronteiras zonais, ou seja, por faixasde transição entre ecossistemas contíguos. Asregiões de planejamento, ao contrário, sãodelimitadas por fronteiras lineares, que definemrigorosamente a área de exercício dascompetências administrativas.O planejamento regional para a Amazôniaganhou novo impulso após a transferência dacapital federal e a construção da RodoviaBelém-Brasília. Em 1966, o SPVEA era extinto e,no seu lugar, criava-se a Superintendênciapara o Desenvolvimento da Amazônia.(Sudam). A lei que criou a Sudam redefiniu aAmazônia Brasileira, que passava a sedenominar Amazônia Legal. A região deplanejamento perfaz superfície de 5,2 milhõesde quilômetros quadrados, ou cerca de 61% doterritório nacional.

A “conquista” da Amazônia

As políticas territoriais para a Amazônia, sob oregime militar, concebiam a região como espaçode fronteira, num triplo sentido.Na condição de fronteira política, o GrandeNorte abrangia largas faixas pouco povoadasadjacentes aos limites do Brasil com sete paísesvizinhos. Essas faixas configuravam “fronteirasmortas”, ou seja, áreas de soberania formal,mas não efetiva do Estado brasileiro. Oempreendimento da “conquista da Amazônia”tinha a finalidade de construir as bases para oexercício do poder nacional nas faixas defronteiras.Na condição de fronteira demográfica, oGrande Norte deveria ser povoado por exce-dentes populacionais gerados no Nordeste e noCentro-Sul.As rodovias de integração – a Belém–Brasília, aTransamazônica, a Brasília–Acre e a Cuiabá-Santarém – destinavam-se a orientar os fluxos

migratórios para a “terra sem homens”.Instalações do Exército brasileiro foramimplantadas em lauaretê (AM), na faixa defronteira com a Colômbia, 1991. Nas “fronteirasmortas”, as bases militares funcionam comosignos essenciais da soberania nacional.Na condição de fronteira do capital, o GrandeNorte deveria atrair volumosos investimentostransnacionais e nacionais voltados para aagropecuária, a mineração e a indústria. Sob acoordenação da Sudam, a Amazônia Legaltransformou-se em vasto cenário de investimen-tos incentivados por recursos públicos. Osprojetos privados viabilizavam-se por meio demecanismos de renúncia tributária e concessãode empréstimos subsidiados.Os projetos minerais e industriais concentraram-se em Belém e seus arredores e na Zona Francade Manaus (ZFM). Os projetos florestais eagropecuários, mais numerosos, concentraramse no Mato Grosso e sobre o eixo da Belém-Brasília, abrangendo o Tocantins, o sul do Pará eo oeste do Maranhão. Os incentivos totalizavam,em geral, metade dos recursos necessários paraos projetos agropecuários. O desmatamento e aformação de pastagens extensivas era classi-ficado como benfeitoria, assegurando o direitoaos incentivos. Em meados da década de 1970, a Sudarnpassou a aprovar somente megaprojetos, emglebas gigantes. Sob essa política de incentivos,multiplicaram-se os latifúndios com áreassuperiores a 300 mil hectares. Até 1985, mais de900 projetos foram aprovados pela Sudam. Alegislação vigente nesse período determinavaque a devolução dos recursos públicosrecebidos por projetos cancelados nãoenvolveria juros ou correção monetária.Desse modo, em ambiente econômicoinflacionário, abandonar projetos incentivadostomou-se negócio altamente lucrativo!As políticas que orientaram a “conquista daAmazônia” geraram um conflito entre dois tiposde ocupação do espaço geográfico. O povoa-mento tradicional, gerado pelo extrativismo,consistia numa ocupação linear e ribeirinha,assentada na circulação fluvial e na rede naturalde rios e igarapés. O novo povoamentoconsistia numa ocupação areolar, polarizadapêlos núcleos urbanos em formação e pêlosprojetos florestais, agropecuários e minerais.Esse conflito expressou-se, de um lado, comotensão social envolvendo índios, posseiros egrileiros. Desde a década de 1970, as disputaspela terra configuraram um “arco de violência”nas franjas orientais e meridionais da Amazônia.De outro lado, o conflito expressou-se peladegradação progressiva dos ecossistemasnaturais. Um “arco da devastação”, queapresenta notáveis sobreposições com o “arcode violência”, assinala os vetores da ocupaçãorecente do Grande Norte. Nos estados deTocantins, do Pará e do Maranhão, a devastaçãoantrópica atinge formações de cerrados, daFloresta Amazônica e da Mata dos Cocais. NoMato Grosso e em Rondônia, manifesta-se comintensidade nos cerrados, na Floresta Amazônicae nas largas faixas de transição entre essesdomínios, onde se descortinam manchas deflorestas com babaçu.

O planejamento em ação

Carajás e ManausA Amazônia Oriental é constituída pêlos estadosdo Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e pelooeste do Maranhão. Ela abrange as maisextensas áreas de modificação antrópica daspaisagens naturais. Essas áreas concentram-seprincipalmente no Estado de Mato Grosso e emtorno do eixo de transportes formado pelaBelém-Brasília e pela E.F. Carajás.No fim da década de 1950, a transnacional norteamericana U.S. Steei, por intermédio da suasubsidiária Companhia Meridional deMineração, deflagrou um ambicioso plano depesquisas na Amazônia, com a finalidade de

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Geografia do Brasil

Professor Paulo BRITO

01. (UFPA) A definição das fronteiras internas noBrasil esteve associada à expansão dopovoamento, ao controle da terra e/ou doacesso de recursos ou ainda a estratégiasgeopolíticas de ocupação e organizaçãoterritorial. Na Amazônia, em particular, adefinição dos limites político-administrativosestaduais teve certamente várias motivações.A criação dos territórios federais do Amapá,Roraima e Rondônia em 1944:a) foi motivada por preceitos geopolíticos

de ocupação e controle territorial dasáreas de fronteiras da Região Norte doBrasil;

b) foi motivada por movimentos separatistasque tiveram como base a estruturação eorganização da(s) sociedade(s) local(is);

c) foi motivada por conflitos entre diferentesgrupos sociais, pelo controle da terra epelo acesso aos recursos naturais eflorestais existentes nesses territórios;

d) foi motivada por conflitos entre osgovernos estaduais do Amazonas e doPará e governo federal pela apropriaçãodo excedente econômico gerado pelaexploração extrativista da borracha;

e) foi motivada por conflitos fronteiriçosentre o Brasil e os países vizinhos,Guiana Francesa (Amapá), Venezuela(Roraima) e Bolívia (Rondônia).

02. (Fuvest–SP) Entre as últimas alteraçõesda divisão regional oficial do Brasil,podem-se destacar:a) a extinção dos territórios federais e a

criação do Distrito Federal;b) a criação de Fernando de Noronha e a

do território federal de Roraima;c) a extinção do Distrito Federal e a criação

do território federal de Tocantins;d) a extinção do território de Roraima e a

criação do território de Rondônia;e) a extinção dos territórios e a criação do

Estado de Tocantins.

03. (Fuvest–SP) Considerando o desenvol-vimento econômico da Amazônia, nosúltimos trinta anos, assinale aafirmação correta:a) A integração da Amazônia à economia

nacional baseou-se nas atividadesagrícolas e minerais que promoveram odesenvolvimento sustentável da Região.

b) O desenvolvimento das atividadesmineradoras esteve relacionado àsempresas estrangeiras com altacapacidade de investimentos.

c) As atividades econômicas desenvolve-ram-se sem exigência de vultososinvestimentos.

d) A abundância de água não foiaproveitada, como recurso energético,devido às baixas altitudes regionais.

e) A inexistência de institutos de pesquisana região comprometeu a exploração deseus recursos minerais.

DesafioGeográfico

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descobrir reservas de manganês. Atransnacional atuava numa moldura mais ampla,formada pêlos acordos de cooperação técnicaentre os Estados Unidos e o Brasil, cuja raiz erao interesse de Washington de controlar fontesde suprimentos de matérias-primas industriaisescassas.A descoberta dos minérios da Serra dos Carajásdeve-se a Breno Augusto dos Santos, um dosgeólogos brasileiros contratados pelaCompanhia Meridional de Mineração. Em 1967,em meio a pesquisas de campo no Pará, ohelicóptero que conduzia o geólogo pousounuma clareira da Serra Arqueada, que é parteda formação de Carajás.Ali, ele descobriu uma extensa camada superficialde hematita, que indicava o incomensurávelpotencial mineral da área. Nos dois mesesseguintes, o reconhecimento de diversas clareirassinalizou a presença da maior reserva de minériode ferro do mundo. Então, o Estado brasileirodesencadeou uma operação destinada aimplantar um vasto programa de desenvolvimentoregional baseado nos fantásticos recursosnaturais daquela província mineral. Em 1970, foiformado um consórcio entre a CVRD e a U.S.Steei para a exploração dos minérios de Carajás.Sete anos depois, divergências entre os sócios eum certo desinteresse da transnacional pelasjazidas de ferro provocaram a dissolução doconsórcio. Sob controle da então estatal CVRD,era lançado o Programa Grande Carajás (PGC).O PGC assinalou uma inflexão na economia ena organização do espaço geográfico do lestedo Pará e no oeste do Maranhão. As grandesobras de infra-estrutura construídas em poucosanos – a E.F. Carajás, através de 890quilômetros, o Porto de Itaqui, capaz de recebergraneleiros de até 280 mil toneladas, em SãoLuís, e a Hidrelétrica de Tucuruí, no RioTocantins – atraíram significativos fluxosmigratórios e geraram o surgimento de diversosnovos núcleos urbanos.No coração do PGC estão as instalações deextração dos minérios, o terminal ferroviário decarga e os núcleos urbanos da Serra dosCarajás. A Vila de Carajás, no topo da serra, foiprojetada para abrigar os funcionários da CVRD.Paraupebas, no sopé da serra, foi projetadapara servir de residência à mão-de-obratemporária: os trabalhadores braçais queconstruíram os dois núcleos e as estradas deacesso. Ao lado do núcleo de Paraupebas,planejado para 5 mil habitantes, os fluxosmigratórios impulsionaram o crescimentoespontâneo do povoado de Rio Verde, que jáabriga mais de 20 mil habitantes.O Projeto Ferro Carajás é a ponta de lança doPGC. Gerenciado pela CVRD, ele produz cercade 35 milhões de toneladas anuais de minério,exportadas principalmente para o Japão. Aolongo da ferrovia, foram aprovados diversosprojetos de instalação de indústrias siderúrgicasprimárias, de ferro-gusa e ferro-liga. Assim,embrionariamente, aparecem núcleos industriaisnas are as de Marabá (PA), nas proximidadesdas reservas de matérias-primas, e nas áreas daBaixada Maranhense, nas proximidades doPorto de Itaqui. Esses projetos beneficiam-se dos vastos exce-dentes regionais de mão-de-obra, inicialmenteatraídos pelas grandes obras de infra-estrutura eque hoje demandam empregos. Contudo, nafalta de adequado planejamento dos impactosambientais, tendem a gerar inúmeros focos depoluição do ar e dos rios. Além disso, emfunção da opção pelo uso de carvão vegetalpara queima nos fornos siderúrgicos, aimplantação dos núcleos industriais previstosdeve acarretar aceleração do desflorestamento.

A metrópole da Amazônia Ocidental

A Amazônia ocidental é constituída pelos estadosdo Amazonas, Acre, de Rondônia e Roraima. Nasua maior parte, exibe paisagens naturais poucomodificadas pela intervenção antrópica. A

metrópole regional de Manaus, na confluênciados rios Negro e Solimões, desempenhaimportantes funções industriais e comerciais.No contexto das políticas territoriais definidaspelo regime militar, Manaus tomou-se umenclave industrial localizado em pleno centro daAmazônia ocidental. O empreendimento,iniciado no fim da década de 1960 com a ZonaFranca, teve forte impacto sobre a organizaçãodo espaço amazonense.Os empregos diretos e indiretos gerados pelasindústrias e pelo comércio do enclaveprovocaram intenso êxodo rural e umcrescimento urbano explosivo da capital.Manaus agregou à sua função tradicional deporto fluvial as funções de pólo industrial ecomercial. O esvaziamento demográfico dasvárzeas e a decadência da pequena agriculturaribeirinha tradicional tiveram como contrapartidao inchaço da periferia de Manaus, com aexpansão acelerada dos bairros de palafitas,casas flutuantes e ocupações.A década de 1970 também assinalou o avançoda fronteira agrícola através do Mato Grosso e,sob o influxo de projetos oficiais de colonização,a ocupação tumultuosa das terras que margeiama BR-364, em Rondônia. O crescimento urbanoacelerado de Porto Velho foi explicado, em graumenor, nos núcleos instalados junto à rodovia,como Vilhena, Caçoaí, Ji Paraná e Ariquemes.Com o tempo, a concentração fundiária expulsouos pequenos agricultores das melhores terras,nos projetos de colonização originais situadosnas proximidades da via de circulação. Oscamponeses, familiares e suas roças de milho earroz foram empurrados para terras de difícilacesso, nos limites das reservas indígenas. Umatrama de conflitos fundiários passou a envolverfazendeiros, posseiros e índios.Durante a fase derradeira da ocupação deRondônia, a descoberta de ouro aluvionalprovocou um intenso, mas efêmero, fluxomigratório para Roraima. Na década de 1980, asua população cresceu à taxa média anualassombrosa de 9,6%. A febre do garimpo foicortada abruptamente em 1991, quando ogoverno federal sancionou a demarcaçãodefinitiva da reserva dos ianomâmis, onde selocalizam os grandes veios auríferos.A “corrida do ouro” para Roraima foi facilitadapela pavimentação da BR-174. que conectaManaus a Boa Vista e atravessa a fronteirasetentrional do País, interligando-se às rodoviasda Venezuela. Ao longo do seu eixo, na porçãocentral de Roraima e nas proximidades deManaus, surgiram, em poucos anos, largas faixasde devastação. A construção dessa estrada e aconcomitante implantação do imenso reservatórioda Hidrelétrica de Balbina desfiguraram a reservaindígena Waimiri Atroari.A BR-174 foi a primeira rodovia pavimentada aalcançar Manaus, que até então só podia seratingida por via fluvial ou aérea. O novo eixodestina-se a projetar a influência da Zona Francapara os países vizinhos. A produção industrialdo enclave amazonense pode encontrarmercados na Venezuela e na região do Caribe,ativando os fluxos de comércio do Brasil com aseconomias dessa área.Mas o isolamento físico do enclave de Manausestá sendo rompido em outra direção. O projetode pavimentação da BR-319 (Porto Velho/Manaus)e a Hidrovia do Madeira preparam a conexãoentre a metrópole da Amazônia Ocidental e ovetor de ocupação estabelecido em Rondônia.Essas obras de infra-estrutura viária têm afinalidade de criar um longo corredor deexportação para os produtos agrícolas deRondônia e Mato Grosso, através do RioAmazonas. Com esse corredor de exportação, asoja cultivada em Mato Grosso chega aomercado europeu a custos bastante inferioresàqueles proporcionados pelos portos de Santosou Paranaguá. O eixo em implantação teminegável significado econômico, mas podeacarretar novos desastres ambientais.

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01. (FGV–SP) O Projeto (l) consiste nainstalação de bases militares, na porção(II) dos vales dos rios (III) com o objetivode controlar militarmente a região,defender fronteiras, combater o contra-bando de ouro e exercer ações nosconflitos entre garimpeiros, indígenas,empresários e fazendeiros. Algumasbases já foram instaladas. No entanto oProjeto prevê uma área de 6.500km deextensão por 160 km de largura, aolongo das fronteiras com a GuianaFrancesa, Suriname, Guiana, Venezuelae Colômbia. Os termos que melhorpreenchem a seqüência carreta daslacunas l, II e III do texto acima são:a) Calha Norte / Meridional / Solimões e

Madeira.b) Jari / Oriental / Jari e Amazonas.c) Calha Norte / Setentrional / Solimões e

Amazonas.d) Marabá / Oriental / Xingu e Tocantins.e) Jari / Meridional / Jari e Tocantins.

02. (Puccamp–SP) Sobre a FlorestaAmazônica, assinale a alternativa queapresenta informações corretas sobrea área.a) A floresta tem muito a oferecer para o

extrativismo. Mas, freqüentemente,desconsidera-se a capacidade dosecossistemas.

b) O mais grave problema dessa área éconseqüência do desmatamento, devidoà Amazônia ser o “pulmão do mundo”.

c) O desmatamento não interfere na evapo-transpiraçao, portanto, as queimadas nãotêm a importância que lhes é atribuída.

d) O horizonte orgânico dos solos dafloresta é bastante profundo devido aosnutrientes orgânicos advindos dasespécies florestais.

e) A decantada biodiversidade desta florestaé mais um dos mitos sobre essa Região.

06. (UFF–RJ) Com o agravamento dodesemprego e da fome, acentuou-se oproblema dos desequilíbrios regionais noBrasil. Tais desequilíbrios tiveram suaorigem no processo que estabeleceu opapel de cada região na divisão territorialdo trabalho, ao longo dodesenvolvimento industrial brasileiro.Considere o desenvolvimento desigualocorrido no Brasil e numere a colunada direita de acordo com a daesquerda, associando cada região aopapel econômico que lhe coube nadivisão territorial do trabalho.

Assinale a opção que apresenta anumeração na ordem carreta:a) 1, 2, 4, 3b) 2, 1, 3, 4c) 2, 3, 1, 4d) 3, 1, 4, 2e) 4, 3, 2, 1

DesafioGeográfico

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Os domínios fitogeográficos

“Quase metade das floresta tropicais domundo já foi destruída. Conhecendo suaincalculável diversidade, seus enormesbenefícios potenciais e as conseqüências deseu desaparecimento para o clima mundial, éuma loucura deixar que essa destruiçãocontinue. Ma uma área de florestas tropicaisdo tamanho de seis campos de futebol aindaé destruída por minuto a cada dia. Em poucasdécadas, mais de três quartos das florestasoriginais podem ter desaparecido parasempre”. (Porrit, Jonathon. Salve a Terra. SãoPaulo, Globo/Círculo do Livro).“A diversidade climática da Terra traduz-se emuma ampla gama de tipos de solos e depaisagens vegetais. Essas paisagens, oudomínios fitogeográficos, assinalam as áreas deabrangência dos biomas. Os domíniosfitogeográficos são produtos de condiçõesclimáticas razoavelmente homogêneas eapresentam aspecto geral contínuo. Por isso,facilitam a identificação dos biomas.Evidentemente, as fronteiras entre os domíniosnão são, jamais, rigidamente delimitadas. Naverdade, devem ser encaradas como fronteiraszonais, ou seja, faixas de transição mais oumenos vastas nas quais se desenvolvemespécies típicas de ambos os biomas limítrofese, ainda, espécies exclusivas dessa zona.As temperaturas médias e a amplitude térmica,a pluviosidade média e a distribuição daschuvas definem limites naturais à expansão dasespécies e, portanto, são elementosfundamentais à compreensão dos grandesdomínios fitogeográficos do Planeta.Os ecossistemas terrestres refletem, comgrande clareza, as condições climáticas. Assim,climas semelhantes estão associados a biomassemelhantes. Contudo a semelhança de biomasnão significa que eles apresentem as mesmasespécies.” Texto adaptado de: MAGNOLI, D. eARAÚJO, Regina. Projeto de ensino degeografia: Natureza, tecnologias e sociedade.Moderna, São Paulo, 20000.Existem alguns fatores que podem serobservados e concorrem para a caracterizaçãodas formações vegetais. O clima do lugar exerceuma influência vital, pois em cada porção daatmosfera do globo existem condições específi-cas. Isso decorre da interação da atmosferacom a posição geográfica do lugar (latitude), daestação do ano, da presença ou não devolumosos cursos d’água, do tipo de solo, doperfil topográfico, entre outros. No que concerneà radiação solar, além de interferir em outroselementos da natureza, tem marcada influênciasobre as funções e estruturas das plantas. Elatambém varia no curso do próprio dia. Doamanhecer ao meio-dia, ela aumenta. A partirdeste para o fim da tarde a radiação diminui. A latitude, a estação do ano, a altitude somadasàs condições meteorológicas do lugarinterferem na quantidade de energia recebidapor unidade de tempo e de área. Isso, por si só,começa a interferir nas condições ambientais decada lugar, tornando-os singulares. Há locais noPlaneta que apresentam uma elevada incidênciada radiação solar durante o ano. Exemplo dissosão as áreas de baixa latitude. Nelas aparecemformações vegetais exuberantes, como afloresta equatorial e a floresta tropical. Nasproximidades dos Pólos, onde a radiação é maisoblíqua e varia muito ao longo do ano, avegetação quando não é homogênea eespaçada (pinheiros) é rasteira e sazonal(tundra).A temperatura interfere na organização do corpovegetal e é um fator básico de distribuição dasfloras. Cada espécie vegetal está adaptada asuportar um valor mínimo de temperatura, abaixodo qual ela paralisa o seu crescimento. Acima dovalor máximo, a planta suspende suas atividadesvitais. É exatamente no intervalo entre a mínimae a máxima temperatura suportável que se dá a

melhor condição de desenvolvimento dasplantas. Nesse sentido, se olharmos para a Terra,podemos perceber que a temperatura variaconforme a latitude e a altitude. Por extensão,podemos concluir que cada espécie estarátambém melhor adaptada ao ambiente que lhefor mais favorável. É por isso que podemosorganizar as formações vegetais segundo atolerância e a exigência térmica. As formaçõesmegatérmicas são aquelas adaptadas aoambiente onde há o predomínio das altastemperaturas. As microtérmicas, por sua vez,habitam faixas zonais onde as temperaturas sãomuito baixas o ano todo. Como exemplo disso,temos as áreas próximas dos Pólos e as altasmontanhas. Àquelas formações vegetais queestão adaptadas ao ambiente onde temosvalores medianos de temperaturas chamamosde mesotérmicas.A água é outro fator fundamental na caracteri-zação das formações vegetais. Na natureza, elaestá sempre em movimento. Do mar para aatmosfera, ela é transferida em função doaumento da temperatura que provoca aevaporação. Na atmosfera, a água é levada nadireção do vento para os mais variados lugaresdo Planeta. Ao pecipitar-se sobre o continente,ela acaba determinando a presença ou não davegetação. Uma formação vegetal é tanto maisdensa e diversificada quanto maior for a ofertade água. Há locais na superfície da Terra onde ovolume de água superficial e pluvial é bastantesignificativo. Estas áreas estão em baixaslatitudes, nas proximidades do Equador, ou nascostas orientais dos continentes onde apresença de correntes marinhas quentesfavorece a ocorrência de chuvas no litoral. Assim, podemos perceber que nessas áreasaparecem formações como a florestaAmazônica, a floresta do Congo, a mataAtlântica e outras formações tropicais. Onde aoferta de água, é pouco significativa, nota-seque a vegetação é menos densa. Em algunslugares, o baixo índice pluviométrico é quem vaicaracterizar fortemente o arranjo vegetal. Ondehá falta de água a vegetação tende a apresentarum perfil mais baixo. Resultam em formaçõesque podes ser rasteiras, arbustivas e/oucaducifólias. Uma gama enorme de espéciesxerófitas marcam presença nesses locais áridose semi-áridos. Exemplo disso é a Caatinganordestina, a Estepe africana e os Maquis eGarrigues tão presentes na orla mediterrânea. Aumidade atmosférica é fundamental para a vidadas plantas. Ela serve como mecanismo queajuda a regular a perda de água pelo organismovegetal para o ambiente.O vento tem um efeito menos significativo doque a água, os nutrientes e a luminosidade.Mesmo assim, a sua força abrasiva podedeterminar o retardamento do crescimento dealgumas plantas. Nos extremos de latitude,próximo dos círculos polares, as plantasabrigadas da ação do vento crescem mais doque aquelas que estão expostas. “O ventotambém é importante dispersor de diásporos, oque facilita a migração, e polens de muitasplantas. Também exerce influência sobre atemperatura e a evaporação, interferindo dessaforma no conteúdo hídrico do solo e natranspiração do vegetal.” (RIZZINI, Carlos Toledo.Tratado de fitogeografia do Brasil. 2ª ed.Ambiente Cultural Edições Ltda. São Paulo.2000. p. 33).Podemos classificar as formações vegetais apartir de certos aspectos que elas apresentam.Quanto ao tamanho das espécies que compõemas formações vegetais, podemos distinguir asarbóreas, que são as formações que apresentamespécies de alta estatura, ou seja, árvores altas;as arbustivas, são aquelas que sustentam asespécies de média estatura, com troncos curtose tortuosos e copa esgalhada; e as herbáceas,que compõem o cenário de uma formaçãorasteira como os campos e a tundra.Na paisagem, podemos ter ainda valores deumidade e de oferta de água que traduzemcondições de adaptabilidade das formaçõesvegetais. Sabemos que a umidade e apluviosidade variam em função da latitude e daaltitude. Locais de menor latitude e os de menoraltitude tendem a ser mais generosos na ofertade água e umidade. Elas também sãosignificativas nas regiões circunvizinhas dosCírculos Polares. Mas são rarefeitas na altura dostrópicos e nos Pólos. Nesse sentido, existem

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Geografia Geral

Professor HABDEL

01. (Cesgranrio) Que tipo de clima/vegeta-ção ocorre entre os paralelos 55° e 70°Lat. Norte, com verões curtos e frios,além de precipitações escassas (de 300a 600mm), quase sempre em forma deneve?a) Clima polar/tundra.b) Clima temperado continental/pradaria.c) Clima temperado oceânico/florestas de

faias e carvalhos.d) Clima subpolar/taiga.e) Clima temperado continental/estepe.

02. (Fuvest) A diversidade de vegetação queacontece em cada um dos sistemasindicados no mapa se dá principalmenteem relação às diferenças de

Fonte: Adapt. HUDSON, 1999a) continentalidade;b) longitude;c) maritimidade;d) idade geológica;e) altitude.

03. (Faap) Tipo de vegetação predominante-mente rasteira, com ocorrência dearbustos esparsos, característica deregiões semi-áridas.a) Licuri.b) Coníferas.c) Oiticica.d) Estepe.e) Tundra.

04. (Fatec) Considere as característicasseguintes:I. As florestas abrigam enorme

biodiversidade, e é incalculável seuvalor para as futuras gerações.

II. O desmatamento agrava o processoerosivo, com conseqüenteempobrecimento do solo.

III. O desmatamento aumenta os índicespluviométricos, em conseqüência dofim da evapotranspiração.

IV. Há elevação das temperaturas locaise regionais, como conseqüência damaior irradiação de calor para aatmosfera a partir do solo exposto.

Referem-se, corretamente, às florestastropicais as características contidassomente ema) I e II. b) I e III.c) I, II e IV.d) II e III.e) II, III e IV.

DesafioGeográfico

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formações plenamente adaptadas e dependentesde boa condição de umidade. Essas formaçõessão classificadas como higrófilas. A MataAtlântica, a Floresta Amazônica e a do Congo sãodestaques desse tipo de formação. Existemtambém aquelas que se adaptam às variações noteor de umidade ao longo do ano. Estãoassociadas aos climas que apresentam estaçõesdo ano bem marcadas, com um período secobem marcado. Essas formações são as tropófilas.Há ainda aquelas que emolduram os ambientesáridos e os semi-áridos. São as xerófilas queapresentam mecanismos que as possibilitamenfrentar o longo período de estiagem. Elaspodem acumular água nos seus reservatóriosinternos ou perder as folhas com a chegada daestação seca.Folhas – O tamanho das folhas é outro aspectovisível na vegetação. Há formações que exibemfolhas grandes ou largas (latifoliadas), pois, ondehabitam há oferta de luz e água suficientes.Podemos encontrar espécies latifoliadas emlugares menos providos de água. Mas essasfolhas não são perenes (perenifólias ou sempreverde). Elas desabam ao menor sinal de que aoferta de água diminuiu (caducifólias). É possívelencontrar folhas finas (aciculifoliadas) emambientes extremamente úmidos. Desta feita,não são as condições climáticas o elementodeterminante. A resposta pode estar no solo. Odesenvolvimento de uma capa ferruginosa(canga ou laterita) no solo, lençóis de águasubterrâneos muito rentes à superfície ou quandoestão muito profundos são fatores limitantes aocrescimento das grandes árvores nos ambientesde muita umidade. Nesse local, asparrama-sesobre o solo uma formação rasteira, o campo.Suas folhas finas espelham não só ascaracterísticas genéticas como também sãoresultantes das adaptações que tiveram quedesenvolver para sobreviver nesses lugares.Formação Vegetal – Uma formação vegetal podeter variável quantidade de plantas por unidade deárea. A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e aFloresta do Congo apresentam uma densidadevegetal enorme. Por isso, são chamadas deformações fechadas ou densas. Elas protegem osolo das intensas e freqüentes chuvas. Regulamo fluxo das águas pluviais para as baciashidrográficas. Ao dificultar o escoamentosuperficial da água, permitem que parte dela sejaevaporada e reincorporada ao processo deconvecção da água (chuvas convectivas). Maiordensidade vegetal significa maior aporte de águaque retorna à atmosfera através da transpiraçãodos vegetais. Mas, algumas formações exibemmenor densidade. O Cerrado, a Caatinga, noBrasil; a Taiga siberiana, os Lhanos venezuelanose a Savana africana, assim como a vegetaçãodesértica podem servir como exemplo da menorconcentração de plantas por unidade de área. Asrazões para esse fato podem estar na menordisponibilidade de água presente na região ondeessas formações ocorrem. Podem ainda serresultantes da falta de nutrientes ou luminosi-dade. Nas regiões próximas ao Círculo PolarÁrtico, a radiação solar incide sobre a superfícieterrestre de forma mais oblíqua. Isso obriga ummaior espaçamento entre as plantas para quetodas possam melhor aproveitar a luminosidade.A copa dos pinheiros adquire forma cônica(coníferas) para uma otimização no aproveita-mento da luz do Sol.Outro aspecto que deve ser destacado é o fatode que algumas formações vegetais apresentam-se extremamente diversificadas (heterogêneas).Isso ocorre em razão de que plantas diferentesabsorvem quantidades diferentes de nutrientes,águas e luminosidade. A estabilidade daformação depende dessa multiplicidade. Já emoutras formações, ocorre o contrário. Há opredomínio de uma espécie (formaçõeshomogêneas). Isso pode acontecer em funçãode fatores limitantes. O predomínio de pinheirosna Taiga siberiana decorre do fato desse vegetalsuportar os rigores climáticos daquela região.Temperaturas baixíssimas ao longo da maioriados meses do ano, luminosidade variável a cadaestação e a água que na maioria das vezes estána forma de neve ou gelo podem muito bem sertoleradas pelos pinheiros, mas resultam emsérias limitações às outras espécies.Principais formações vegetais do PlanetaSavana: vegetação complexa que surge sobinfluência do clima tropical, alternadamente

úmido e seco. Apresenta estrato arbóreo,arbustivo e herbáceo. Ocorre na África Centro-Oriental, no Brasil central e, em menoresextensões, na Índia. Na áfrica, essa vegetaçãotem grande importância, por abrigar animais degrande porte, como os leões, os elefantes, asgirafas, as zebras, etc.Floresta tropical: formação higrófila e latifoliada,extremamente heterogênea, típica de climaquentes e úmidos. Surge, portanto, em baixaslatitudes na América, na África e na Ásia, ondepredominam climas tropicais e equatoriais. É aformação mais rica em espécies do Planeta,possuindo um enorme e ainda desconhecidobanco genético ou biodiversidade. Nela ocorremárvores de grande e médio porte, como omogno, o jacarandá, a castanheira, o cedro, aimbuia, a peroba, entre outras, além depalmáceas, arbustos, briófitas, bromélias, etc.Estepe: é uma vegetação herbácea, como aspradarias, porém mais esparsas e ressecadas.Surge em climas semi-áridos, portanto na faixade transição de climas úmidos (temperados outropicais) para os desertos.Floresta temperada: é uma formação típica dazona climática temperada, surge, diferentementedas coníferas, em latitudes mais baixas e sobmaior influência da maritimidade. Dominavaextensas porções da Europa Centro-Ocidental,mas ainda ocorre na Ásia, na América do Nortee em pequenas extensões da América do Sul eda Austrália. Na Europa, restam apenaspequenos bosques, como a Floresta Negra(Alemanha) e a floresta de Sherwood(Inglaterra). O que restou dessa florestacaducifólia é uma formação secundáriaconhecida como landes, na qual aparecemespécies como abetos, faias, carvalhos, etc.Floresta de conífera: trata-se de uma formaçãovegetal típica da zona temperada. Ocorre emaltas latitudes, em climas temperadoscontinentais. Abrange principalmente parte doterritório do Canadá, Noruega, Suécia, Finlândiae Rússia. Nesse último país, cobre mais dametade do território e é conhecida como taiga.Formação bastante homogênea, na qualpredominam pinheiros, é importante para aeconomia desses países como fonte de matéria-prima para a indústria madeireira e de papel ecelulose.Pradaria: formação herbácea, compostabasicamente de capim, que aparece em regiõesde clima temperado continental. Surge naEuropa central e no oeste da Rússia, nasGrandes Planícies americanas, nos Pampasargentinos e na Grande Bacia Australiana.Embora tenha sido muito usada comopastagem, essa vegetação é muito importantepelo solo rico em matéria orgânica queacondiciona. Um dos solos mais férteis domundo, denominado tchernozion, surge sob aspradarias da Rússia e da Ucrânia.Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetativoextremamente curto. Por encontrar-se nasregiões polares, desenvolve-se apenas duranteaproximadamente três meses, quando ocorre odegelo de verão. As espécies típicas são osmusgos, nas baixadas úmidas, e os liquens, nasporções mais altas do terreno, onde o solo émais seco.Formações desérticas: estão adaptadas àescassez de água, situação típica dos climasáridos e semi-áridos, tanto em regiões friasquanto quentes. Por isso, as espécies sãoxerófilas, destacando-se entre elas ascactáceas. Aparecem nos desertos da América,África, Ásia e Oceania. Vê-se, assim, queocorrem em todos os continentes, com exceçãoda Europa.Vegetação mediterrânea: desenvolve-se emregiões de climas mediterrâneos, que apresentaverões muito quentes e secos e invernosamenos e chuvosos. Surge no sudoeste dosEUA, na região central do Chile, no sudoeste daÁfrica do Sul e no sudoeste da Austrália. Mas asmaiores ocorrências estão no sul da Europa eno norte da África. Trata-se de uma vegetaçãoesparsa, que possui três estratos: um arbóreo,um arbustivo e outro herbáceo. Apresentacaracterísticas xerófilas, e as duas formaçõesdominantes são os garrigues e os maquis.

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01. (Mackenzie) São vastas regiões domina-das por gramíneas que, em latitudessubtropicais e temperadas, apresentam-se naturalmente férteis, transformando-se em campos de cultivo. Trata-se das:a) savanas;b) tundras;c) taigas;d) pradarias;e) landes.

02. (Mackenzie) A presença de um estratoabóreo-arbustivo e outro herbáceo, asfolhas coriáceas e peludas e emalgumas espécies semidecíduas e ostroncos tortuosos caracterizam:a) as florestas latifoliadas;b) as pradarias;c) a tundra;d) as florestas de coníferas;e) as savanas.

03. (Mackenzie) O extremo norte doCanadá, da Escandinávia e da Rússia éocupado:a) por cadeias montanhosas recentes,b) por florestas de coníferas,c) por planaltos sedimentares recentes,d) pela tundra,e) pelas pradarias.

04. (Mackenzie) Observe o mapa daEuropa e assinale a associação correta.

a) I. Estepesb) II. Floresta Borealc) III. Floresta Caducifoliadad) IV. Floresta Temperadae) V. Tundra

05. (Puc–MG) Leia com atenção o texto aseguir.“É formação vegetal característica dasáreas em torno do paralelo 40°, ocor-rendo em áreas de clima com quatroestações bem definidas. As espéciesapresentam alto porte e são de folhasdecíduas”.O texto se refere a:a) coníferas;b) florestas temperadas;c) tundra;d) florestas pluviais;e) taiga.

DesafioGeográfico

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10

Regência Verbal 4

VERBOS ESPECIAIS II

1. ASPIRAR

a) Aspirar = desejar ardentemente;pretender

1. É verbo transitivo indireto; o comple-mento vem regido pela preposição a.

2. Não admite construção com opronome lhe(s). No lugar dele,emprega-se a ele, a ela, a eles, aelas, a isso.

3. Não admite voz passiva.

b) Aspirar = sorver, inalar, inspirar.

1. É verbo transitivo direto; pedecomplemento sem preposição.

2. Não admite construção com opronome lhe(s).

3. Admite voz passiva.

4. Aceita para complemento ospronomes o, a, os, as e as variaçõeslo, la, los, las; no, na, nos, nas.

Aplicação 1

Julgue as construções seguintes com overbo aspirar.

a. ( ) Os políticos, no afã de se tornaremfamosos, aspiram cargos públicoscada vez mais altos.

b. ( ) Ser eleito governador do estado: eraessa a maior dignidade queaspirava.

c. ( ) As mulheres brasileiras aspiramcargos políticos compatíveis com opainel internacional.

d. ( ) O povo do interior amazônico aspiraa uma vida melhor

e. ( ) É esse o ar poluído que os operáriosaspiram diariamente.

2. AVISAR, CERTIFICAR, INFORMAR,NOTIFICAR, PROIBIR

São todos verbos transitivos diretos eindiretos; pedem dois complementos: umcom preposição (objeto indireto), outrosem (objeto direto). Um é pessoa, outrocoisa. Não há vinculação obrigatória compessoa ou coisa. Por isso, há sempre duasmaneiras corretas para a construção defrases.

Veja construções certas e erradas:

1. Avisei-lhe do ocorrido. (errado)2. Avisei-lhe o ocorrido. (certo)3. Avisei-o o ocorrido. (errado)4. Avisei-o do ocorrido. (certo)5. Proíbo-lhe de falar sobre isso. (errado)6. Proíbo-o de falar sobre isso. (certo)7. Proíbo-lhe falar sobre isso. (certo)

3. CHAMARa) Chamar = apelidar, xingar, dar nome.

1. Admite qualquer construção. Pode sertransitivo direto ou indiretoindiferentemente.

2. Vem acompanhado de predicativo doobjeto (com ou sem preposição).

3. Tem predicado verbo-nominal.

b) Chamar = convidar, convocar, fazer vir.

1. É transitivo direto: exigecomplemento sem preposição.

2. O complemento pode virrepresentado pelos pronomes átonoso, a, os, as, me, te, nos, vos.

3. Não aceita o pronome lhe(s) paracomplemento.

4. Tem predicado verbal.

Veja construções certas e erradas:

1. No bairro, chamavam-no de corrupto.(certo)

2. No bairro, chamavam-lhe de corrupto.(certo)

3. No bairro, chamavam-lhe corrupto.(certo)

4. No bairro, chamavam-no corrupto.(certo)

5. Ele chamou-lhe para jantar. (errado)6. Ele chamou-a para jantar. (certo)

Aplicação 2

Escolha a alternativa em que a norma cultada língua NÃO foi respeitada.

a) Chamei-lhe de covarde, mas ele nãoreagiu.

b) Chamei-o de covarde, mas ele nãoreagiu.

c) Avisei-lhe de que a tragédia era iminente,mas ele não me ouviu.

d) No interior, todos lhe chamavam de sábio.e) Criei coragem e chamei-lhe para sair

comigo.

4. CHEGAR, IR, VOLTAR, RETORNARa) São todos intransitivos (sem

complemento) quando associados àidéia de lugar.

b) O adjunto adverbial de lugar vem regidopela preposição a, nunca pelapreposição em.

c) Para representar a idéia de lugar, usa-seaonde (nunca onde).

Veja construções certas e erradas:

1. Na hora do almoço, ele nuncam vem emcasa. (errado)

2. Na hora do almoço, ele nuncam vem acasa. (certo)

3. Ela sempre chega em casa depois dameia-noite. (errado)

4. Ela sempre chega a casa depois dameia-noite. (certo)

5. A casa em que chegamos parecia mal-assombrada. (errado)

6. A casa a que chegamos parecia mal-assombrada. (certo)

7. Quero saber onde você vai todas asnoites (errado)

8. Quero saber aonde você vai todas asnoites (certo)

5. ESTAR, FICAR, MORAR, RESIDIR,SITUAR-SEa) São todos intransitivos (sem comple-

mento) quando associados à idéia delugar.

PortuguêsProfessor João BATISTA Gomes

01. (FGV) Assinale a alternativa que nãoé abonada pela norma culta, quantoà regência.

a) Tratou-o com fidalguia, como a umpadre.

b) Não lhe perguntou nada, apenasconcordou com o que ele dizia.

c) É claro que Jesus a ama!d) José agradeceu o homem que lhe

trouxera o presente e retirou-se.e) O chefe não lhe permitiu atender o

cliente.

02. (FGV) Assinale a alternativa em que aausência da preposição, antes dopronome relativo que, está de acordocom a norma culta.

a) É uma quantia vultosa, que o Estadonão dispõe: falta-lhe numerário.

b) Vi claramente o bolso que você pôs odinheiro nele.

c) Não interessava perguntar qual aagência que o remetente enviou acarta.

d) A garota que eu gosto não estánamorando mais. Chegou a minhaoportu-nidade.

e) Essa era a declaração que o alcaideinsistia em fazer.

03. (FGV) Em cada uma das alternativasabaixo, está sublinhado um termoiniciado por preposição. Assinale aalternativa em que esse termo não éobjeto indireto.

a) O rapaz aludiu às histórias passadas,quando nossa bela Eugênia ainda erapraticamente uma criança.

b) Quando voltei da Romênia, o Brasiltodo assistia à novela da Globo, todosos dias.

c) Quem disse a Joaquina que as batatasdeveriam cozer-se devagar?

d) Com a aterrissagem, o aviador logotransmitiu ao público a melhor dasimpressões.

e) Foi fiel à lei durante todos os anos quepassou nos Açores.

04. (FGV) Assinale a alternativa em que,pelo menos, um verbo esteja sendousado como transitivo direto.

a) Dependeu o coveiro de alguém querezasse.

b) Oremos, irmãos!c) Chega o primeiro raio da manhã.d) Loureiro escolheu-nos como

padrinhos.e) Contava com o auxílio de Marina para

cuidar do evento.

Desafiogramatical

Page 11: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo11 Hist Geo

b) O adjunto adverbial de lugar vem regidopela preposição em, nunca pelapreposição a.

c) Para representar a idéia de lugar, usa-seonde (nunca aonde).

Veja construções certas e erradas:

1. Desde criança, sempre residi à Rua SilvaRamos. (errado)

2. Desde criança, sempre residi na RuaSilva Ramos. (certo)

3. A casa que moro fica no subúrbio.(errado)

4. A casa em que moro fica no subúrbio.(certo)

5. A casa aonde moro fica no subúrbio.(errado)

6. A casa onde moro fica no subúrbio.(certo)

Aplicação 3

Escolha a alternativa em que a norma cultada língua foi respeitada.

a) Finalmente, chegamos em Manaus.b) Finalmente, chegamos à Manaus.c) Onde você pretende chegar com essas

insinuações?d) Até aonde você quer chegar com tudo

isso?e) Por muitos anos, moramos na Praça da

Saudade.

6. CUSTAR

a) Custar = ser difícil ou doloroso;demorar; penar.

1. É verbo transitivo indireto: exige com-plemento regido pela preposição a.

2. O complemento (objeto indireto)pode vir representado pelospronomes átonos me, te, nos, vos,lhe(s), a ele, a ela.

3. Só pode ser usado na terceira pessoado singular, tendo como sujeito umaoração reduzida de infinitivo.

Veja construções certas e erradas:

1. Nós custamos a esquecer as boasações. (errado)

2. Custa-nos esquecer as boas ações.(certo)

3. De madrugada, eu custei a pegar umtáxi. (errado)

4. De madrugada, custou-me pegar umtáxi. (certo)

7. ESQUECER, LEMBRAR, RECORDAR,ADMIRAR

a) Quando estão acompanhados depronome átono (me, te, se, nos, vos),são transitivos indiretos: exigemcomplemento com a preposição de.

b) Quando estão sem pronome átono, sãotransitivos diretos: não aceitampreposição.

Veja construções certas e erradas:

1. Nunca esqueci de minha primeiranamorada. (errado)

2. Nunca me esqueci de minha primeiranamorada. (certo)

3. Nunca esqueci minha primeiranamorada. (certo)

4. Esqueci do nome dele. (errado)

5. Esqueci-me do nome dele. (certo)6. Esqueci o nome dele. (certo)

Caiu no vestibular

(FGV) Assinale a alternativa em que a normaculta de regência verbal admite apreposição de antes da palavra que, nocontexto da frase.

a) Trata-se de livros antigos maravilhosos,com fatos que não podem seresquecidos.

b) Eles ficariam chocados se soubessemque nossos alunos são impedidos deobservar o mundo que os cerca.

c) Os livros, se forem bons, confirmarãoaquilo que você já suspeitava.

d) Hoje nossos alunos são proibidos deobservar o mundo, trancafiados queficam numa sala de aula.

e) Tudo isso são a carga de atitudes evisões incorretas que alguns nosensinam.

Arapuca

Assinale a alternativa em que a norma cultada língua escrita foi respeitada.

a) Maria custou à dar valor à discreção.b) Maria custou a dar valor à discrição.c) Custou à Maria dar valor à discreção.d) Custou a Maria dar valor à discrição.e) Custou à Maria dar valor a discrição.

Dificuldades da língua

VIMOS e VIEMOS

a) Vimos – É forma do verbo vir (presente doindicativo). Veja a conjugação:

Eu venhoTu vensEle vemNós vimosVós vindesEles vêm

b) Viemos – É forma do verbo vir (pretéritoperfeito). Veja a conjugação:

Eu vimTu viesteEle veioNós viemosVós viestesEles vieram

Veja construções certas e erradas:

1. Nós viemos aqui hoje para participar dascomemorações. (errado)

2. Nós vimos aqui hoje para participar dascomemorações. (certo)

3. Nós viemos aqui para brincar ou parabrigar? (errado)

4. Nós vimos aqui para brincar ou para brigar?(certo)

5. Quando vimos aqui, há dois anos, asituação era idêntica. (errado)

6. Quando viemos aqui, há dois anos, asituação era idêntica. (certo)

11

A CONSTRUÇÃO DO PARÁGRAFO

1. DEFINIÇÃO – Parágrafo é uma unidade decomposição constituída de um ou maisperíodos em que se desenvolvem ou seexplanam idéias afins.

2. IMPORTÂNCIA DO PARÁGRAFO

Identificação – No texto, o parágrafo éidentificado por um ligeiro afastamento(cerca de dois centímetros) da primeiralinha da margem esquerda. Sabe-se queum parágrafo terminou e outro foi iniciadopela mudança de linha e pelo retorno àmargem que se convencionou para oparágrafo.

Papel isolador – Uma das funções doparágrafo é isolar as principais idéias queirão compor o texto, ajustando-asadequadamente. Essa organização permiteao leitor a compreensão de cada etapa dacomposição, e facilita ao escritor odesenvolvimento didático do conteúdo.

Papel de organizar idéias – Emdissertações, a divisão em parágrafos érecurso didático que permite ao professoravaliar o grau de organização das idéiaspor parte do aluno. Havendo misturaincoerente de idéias no mesmo parágrafo,conclui-se que o redator é inexperiente. Aseqüência de idéias também pode seravaliada pela seqüência de parágrafos.Quando o redator enumera, no primeiroparágrafo (introdução), três fatores quegeram, por exemplo, um problema social,espera-se que ele fale de cada um delesseparadamente, na mesma ordem em queforam enumerados no parágrafo-introdução.

3. EXTENSÃO DO PARÁGRAFO

Sem tamanho definido – O parágrafo nãopode ter tamanho definido. A sua extensãodepende da explanação da idéia. Háparágrafos de uma, duas linhas, como oshá também de uma página inteira.

Parágrafo de introdução – Em textosdissertativos exigidos em concursos evestibulares, o parágrafo de introdução nãopode estender-se além de 7 ou 8 linhas,levando-se em conta uma letra normal euma folha-padrão de papel. Parágrafo inicialcom exagerada quantidade de linhaspassa, aos olhos do avaliador, a nãocaracterizar a “introdução” do textodissertativo. Impõe-se esse limite porque otexto total contém, quase sempre, nomáximo, 35 linhas.

Parágrafo de conclusão – Ainda pensandoem dissertação de vestibulares econcursos, aconselha-se que o últimoparágrafo (conclusão) também nãoultrapasse 7 ou 8 linhas.

Momento dadissertação

Page 12: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo11 Hist Geo

ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas em el

amazonas: 1660-1684. Iquitos - Peru, 1986.

ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário

brasileiro da língua portuguesa. São Paulo:

Melhoramentos, 1975.

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de

questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1996.

ARRUDA, José Jobson de A. et ali. Toda a

História: História geral e História do Brasil, 8. ed.

São Paulo: Editora Ática, 2000.

BECHARA, Evanildo. Gramática portuguesa. 31.

ed. São Paulo: Nacional, 1987

CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do rio de

Orellana. São Paulo: Nacional, 1941.

COELHO, Marcos A. ; TERRA, Lygia. Geografia

Geral. O espaço natural e socioeconômico.

Moderna, 2001.

COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil

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HOORNAERT, Eduardo (Coord.). Comissão de

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MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Sociedade

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MOREIRA, Igor. Construindo o espaço brasileiro.

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MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia

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História das Cavernas ao Terceiro Milênio. 2. ed. São

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SHMIDT, Mario. Nova História Crítica do Brasil: 500

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SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil. São

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VESENTINI, José William - 1950. Geografia Crítica: A

Sociedade Brasileira. São Paulo: Ática 2004.

EXERCÍCIOS (p. 3)01. A;02. E;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 3)01. C;02. D; 03. B;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 4)01. E02. C03. E04. D

DESAFIO HISTÓRICO (p. 5)01. B;02. D; 03. D;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 6)01. B02. A03. C04. A05. A06. C, F, C, F, C

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7)01. C, A, D, E, B02. D03. C04. C

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8)01. B 02. B 03. D

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 9)01. 02+04+08=1402. A03. E

DESAFIO LITERÁRIO (p. 10)01. D02. C

Governador

Eduardo Braga

Vice-Governador

Omar Aziz

Reitor

Lourenço dos Santos Pereira Braga

Vice-Reitor

Carlos Eduardo Gonçalves

Pró-Reitor de Planejamento e Administração

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Assuntos Comunitários

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Coordenadora Geral

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Projeto Gráfico – Jobast

Alberto Ribeiro

Antônio Carlos

Aurelino Bentes

Heimar de Oliveira

Mateus Borja

Paulo Alexandre

Rafael Degelo

Tony Otani

Editoração Eletrônica

Horácio Martins

Encarte referente ao curso pré-vestibularAprovar da Universidade do Estado doAmazonas. Não pode ser vendido.

Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, ébase para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:

• TV Cultura (7h às 7h30); sábados: reprise às 23h Postos de distribuição:• Amazon Sat (15h10 às 15h40)• RBN (13h às 13h30) - sábados: 5h30 e 7h (satélite) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José • Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I• Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa

(7h às 8h e 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.° • Rádio Panorama de Itacoatiara (23h às 23h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro• Rádio Difusora de Itacoatiara (23h às 23h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João• Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto

(22h00 às 22h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)• Rádio Cultura (6h às 6h30 e 12h às 12h30)• Centros e Núcleos da UEA (12h15 às 12h45)

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