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Apostila Aprovar Ano05 Fascículo13 Geo Qui

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mação em áreas como estruturas de infor-mação, algoritmos, linguagens de progra-mação, desenvolvimento e análise de siste-mas, entre outras. É uma área que trabalha,essencialmente, com software e que temum forte embasamento em fundamentosmatemáticos e em cálculo. O estudante deCiência da Computação é preparado pararesolver problemas reais, aplicando solu-ções que envolvam computação, indepen-dente de qual seja o ambiente (comercial,industrial ou científico). Quem se formanessa área tem uma variedade de carreirasprofissionais a seguir, uma vez que a com-putação é aplicada a diversas áreas do co-nhecimento.Engenharia da Computação – esse cursotem muitas semelhanças com o curso deCiência da Computação, tendo, inclusive,disciplinas em comum. Alguns países che-gam a não fazer distinção desse curso coma Ciência da Computação. No entanto, nospaíses que a fazem, a Engenharia da Com-putação é diferenciada por se destacar noprojeto, no desenvolvimento e na imple-mentação de equipamentos e de dispositi-vos computacionais. Grossamente falando,é uma área que trabalha mais com hardwa-re, o que a torna, até certo ponto, tambémsemelhante a cursos como EngenhariaElétrica. Quem se forma nesse curso torná-se apto a projetar e a implementar sistemasde hardware e software em equipamentos,em aplicações industriais, em redes de co-municação, entre outros.Sistemas da Informação – focado no pla-nejamento e no desenvolvimento de siste-mas de informação e de automação. Alémdisso, o estudante de Sistemas da Informa-ção recebe preparo para atuar no desenvol-vimento e no suporte de softwares. Tam-bém são aplicados conhecimentos de ad-ministração, negócios e relações humanas.O profissional dessa área é mais focado emaplicar recursos de informática na soluçãode problemas das empresas do que desen-volvê-las. Na UEA, existem quatro cursos que ofere-cem conhecimentos distintos na área de in-formática. O de Licenciatura Plena em Infor-mática, Engenharia da Computação, Tecno-logia em Análise e Desenvolvimento de Sis-temas e Tecnologia em Processamento deDados. Por se tratar de uma ferramenta fundamen-tal na formação dos estudantes, a UEA con-templou o ensino da informática com a ins-tituição de um curso de Licenciatura Plena.O objetivo é graduar educadores na áreada computação para os níveis de EnsinoFundamental, Médio e Profissionalizante,com critérios de excelência, ética, pertinên-cia social e identidade profissional. Vincula-do à Escola Superior de Tecnologia, o cur-so é oferecido em Manaus.Além de atuar na docência, os profissionaisformados nesse curso poderão exercer ati-vidades de pesquisa em tecnologia e infor-

mática; realizar planejamento e execuçãode currículos que empreguem a informáti-ca; elaborar e participar de projetos de en-sino a distância; organizar e administrar la-boratórios de informática; e elaborar mate-riais informativos sobre recursos tecnológi-cos.A UEA oferece, ainda, o curso de Engenha-ria da Computação, uma das habilitaçõesdo curso de Engenharia, que possibilitauma sólida formação técnico-científica eprofissional, que capacita a especificar,desenvolver, implementar, adaptar, industri-alizar, instalar e manter sistemas computa-cionais, bem como perfazer a integração derecursos físicos e lógicos necessários parao atendimento das necessidades informa-cionais, computacionais e da automaçãode organizações em geral.Por meio de Sistema Presencial Mediadopela Tecnologia, a UEA oferece, ainda, ocurso de Tecnologia e Análise de Desenvol-vimento de Sistemas, que funciona nos mu-nicípios de Boca do Acre, Carauari, CareiroCastanho, Coari, Eirunepé, Humaitá, Lá-brea, Manacapuru, Manicoré, Maués, Presi-dente Figueiredo e São Gabriel da Cachoei-ra.Ao final do curso, o tecnólogo estará apto atrabalhar como desenvolvedor de sistemasem linguagem comercial e científica, naoperação e manutenção de sistemas decomputadores e na programação, análise eprojetos de software. Além disso, pode de-finir, elaborar e implementar programas decomputação e sua estrutura de apoio,supervisionar e orientar o trabalho de pro-fisssionais da área na implantação e gerên-cia de redes de computadores.Com plataforma idêntica, mas realizado pe-lo sistema presencial, o curso de Tecnólogoem Processamento de Dados, compostopor seis períodos, foi desenhado especial-mente para aqueles que desejam ingressarmais rapidamente no mercado de trabalho.Tem por objetivo formar profissionais aptosa projetar e desenvolver softwares aplicati-vos para empresas em geral, bem como fa-zer uso da informática e da computação co-mo ferramenta e apoio na geração de infor-mação. É um curso inteiramente voltadopara o mercado de sistemas de informação,isto é, o mercado que absorve profissionaisna área de aplicação da tecnologia compu-tacional no uso e desenvolvimento desistemas de informação.

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ÍndiceFÍSICA

Óptica geométrica .................... Pág. 03

(aula 73)

GEOGRAFIA

Clima e hidrografia ................... Pág. 05

(aula 74)

BIOLOGIA

Gametogênese e sistema reprodutor

................................................... Pág. 07

(aula 75)

LITERATURA

Romantismo IV – Prosa II ......... Pág. 09

(aula 76)

QUÍMICA

Teoria atômico-molecular ........ Pág. 11

(aula 77)

GEOGRAFIA

O relevo terrestre e sua dinâmica

................................................... Pág. 13

(aula 78)

Referências bibliográficas ...... Pág. 15

Guia de Profissões

Genericamente, denomina-se infor-mática o conjunto das ciências dainformação, estando incluídas

nesse grupo: a ciência da computação, ateoria da informação, o processo de cálcu-lo, a análise numérica e os métodos teóri-cos da representação dos conhecimentos ede modelagem dos problemas. Não é raroencontrar estudantes que se interessampela área, mas que não sabem exatamentequal curso fazer, justamente por não conhe-cerem as diferenças entre eles.A computação está para as ciências exatasassim como a medicina está para as ciên-cias biológicas. Ambas são áreas comple-xas e que se dividem em diversos outrossegmentos. Isso significa que existem vá-rios caminhos a seguir e, por isso, é impor-tante optar por algo que realmente lhe a-grade; do contrário, frustração e prejuízoserão apenas algumas das conseqüênciasde uma escolha errada.Ciência da Computação – aborda, de ma-neira aprofundada, os conceitos e as teo-rias da computação, dando uma sólida for-

Informática

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Óptica geométricaEstuda as leis que descrevem o comportamentogeométrico da luz nos fenômenos ópticos.

Reflexão da luz – Fenômeno óptico que ocorrequando a luz, ao incidir em uma superfície quesepara dois meios, volta ao meio original.

a) Reflexão difusa – Efetua-se em todas as dire-ções, como a reflexão produzida por todos oscorpos que não apresentam uma superfíciepolida como um espelho (esta página que vo-cê está lendo, por exemplo).

b)Reflexão especular – Ocorre quando um feixeincide numa superfície polida e volta regular-mente para o meio original; por exemplo, se ofeixe incidente é paralelo, o refletido também éparalelo. A reflexão especular permite a for-mação de imagens.

AS LEIS DA REFLEXÃO

1.a O raio incidente, a normal à superfície refletorano ponto de incidência e o raio refletido per-tencem a um mesmo plano.

2.a O ângulo de incidência é igual ao ângulo dereflexão.

ESPELHO PLANO

Qualquer superfície lisa e plana que reflita espe-cularmente a luz.

Figura 2 – Imagem conjugada por espelho plano.

Características da imagem em um espelhoplano:

a) Imagem virtual – Forma-se atrás do espelho,na interseção dos prolongamentos dos raiosrefletidos.

b) Imagem de um objeto extenso – Tem o mes-mo tamanho do objeto e é simétrica dele emrelação ao espelho: invertem-se os lados es-querdo e direito. A distância da imagem ao es-pelho é igual à distância do objeto ao espelho.

Aplicação

Que altura deve ter um espelho plano para queuma pessoa possa ver-se por inteiro, quandoolha para o espelho colocado verticalmente dian-te dela?

Solução:

Como d1 = d2, os triângulos OAB e OCD são se-melhantes. Então seus lados são proporcionais àssuas alturas:AB d1(altura OAB)––– = ––––––––––––––––––––CD d1+d2(altura de OCD)x d1 h

––=–––– ∴ x=––h 2d1 2

O espelho deve ter a metade da altura da pessoa.

ESPELHO ESFÉRICO

Qualquer superfície lisa, de formato esférico, quereflete especularmente a luz.

Elementos de um espelho esférico

C = centro de curvatura do espelho;V = vértice do espelho;CV = raio de curvatura;EP = eixo principal;ES = eixo secundário;

αα = abertura do espelho (obedeceremos às con-dições de Gauss: espelhos com abertura menorque 10° e raios incidentes próximos ao eixo prin-cipal).

Foco imagem de um espelho esférico – É oponto de encontro dos raios refletidos ou de seusprolongamentos.

a) O foco do espelho côncavo é real (espelhoconvergente); do convexo, virtual (espelho di-vergente);

b)A distância entre o foco e o vértice do espelho

01. Três raios luminosos, A, B e C, incidemnum espelho plano. O raio A incide per-pendicularmente ao espelho; B incide for-mando 80° com o seu raio refletido; C inci-de formando 30° com o espelho. Os ângu-los de incidência são, respectivamente:a) 0°, 40° e 60° b) 60°, 40° e 0°c) 40°, 60° e 0° d) 90°, 60° e 30°e) 30°, 90° e 60°

02. Uma pessoa olha-se em um espelho esfé-rico e vê que sua imagem, virtual, apareceampliada e direita. Quanto ao tipo de es-pelho e à posição da pessoa em relaçãoao espelho:a) convexo; defronte o espelho;b) côncavo; entre o foco e o vértice;c) côncavo; sobre o foco;d) côncavo; entre o foco e o centro de curvatu-

ra;e) côncavo; sobre o centro de curvatura.

03. (UECE) Quando um homem se aproximadiretamente de um espelho plano, comvelocidade de 1,2m/s, ele:a) afasta-se de sua imagem com velocidade de

1,2m/s;b) aproxima-se de sua imagem com velocidade

de 1,2m/s;c) aproxima-se de sua imagem com velocidade

de 2,4m/s;d) mantém uma distância constante de sua

imagem.

04. Sobre a imagem formada em um espelhoplano:

I) É real.II) É virtual.III) Tem o mesmo tamanho do objeto.IV)É menor que o objeto.V) É invertida.VI)Não é superponível ao objeto.

São falsas:

a) II e V b) IV, V e VI c) II e IVd) I, IV e V e) II, III, IV e VI

05. Um raio de luz monocromática propagan-do-se no ar (meio 1) incide na superfícieplana e polida de um bloco de vidro (meio2), como mostra a figura.

Dados: n1= 1,00; n2= 1,41≅ ;c= 3,0 .108m/s; θ1=45°

a) Calcule o ângulo de refração.

b) Calcule o desvio Δ do raio incidente aorefratar-se.

c) Calcule a velocidade da luz refratada

Aula 73

FísicaProfessor Carlos Jennings

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01. Uma pessoa, de 1,70m de altura, posta-se diante de um espelho plano colocadoa 1,5m dela. A altura da imagem e a dis-tância que separa a pessoa de sua pró-pria imagem são: (1,60m; 3,0m)

a) 85cm e 3m

b) 1,70m e 3m

c) 1,70m e 75cm

d) 1,70m e 1,70m

e) 3m e 1,5m

02. Analise as sentenças abaixo, indicandoas falsas e as verdadeiras:

I) Toda imagem real é sempre invertidaem relação ao objeto.

II) Toda imagem virtual é sempre direitaem relação ao objeto.

III) Um espelho que produz uma imagemvirtual e menor que o objeto é, certa-mente, côncavo.

IV)Os espelhos convexos só podem pro-duzir, de objetos reais, imagens vir-tuais.

V) Um espelho esférico produz uma ima-gem real, invertida e maior que o obje-to. Podemos afirmar que o objeto estáentre o foco e o raio de curvatura.

a) Todas são verdadeiras.

b) Todas são falsas.

c) Apenas a III é falsa.

d) I, II e III são falsas.

e) Apenas V é verdadeira.

03. (Unifor–CE) Um espelho esférico tem raiode curvatura 40cm. Um raio luminoso, pa-ralelo ao eixo principal, incide próximo aovértice e sofre reflexão, passando por umponto P do eixo principal. A distância deP ao espelho vale, em cm:

a) 10

b) 20

c) 30

d) 40

e) 80

04. (UFMT) A um objeto colocado a 90cm deum espelho esférico de pequena abertu-ra, corresponde uma imagem que é real esituada a 60cm do espelho. Baseado nes-ses dados, deduza a distância focal, emcm, e reconheça a natureza do espelho.(36cm; côncavo)

a) 50, convexo;

b) 45, convexo;

c) 40, côncavo;

d) 30, côncavo;

e) 36, côncavo.

é chamada distância focal (f) – nos espelhosde Gauss, consideramos f = R/2, onde R é oraio de curvatura.

Raios fundamentais:

1. Todo raio paralelo ao eixo principal de um es-pelho esférico reflete-se passando pelo foco.

2. Todo raio que passa pelo centro de curvaturareflete-se sobre si mesmo.

3. Todo raio que passa pelo foco reflete-se para-lelamente ao eixo principal.

4. Todo raio que atinge o vértice, formando certoângulo com o eixo principal, reflete-se forman-do ângulo igual.

Imagem de um objeto extenso

1.° caso – espelho côncavo; objeto colocadoalém de C:

Imagem: real, invertida e menor que o objeto.

2.° caso – espelho côncavo; objeto colocado so-bre C:

Imagem: real, invertida e do mesmo tamanho doobjeto.

3.° caso – espelho côncavo; objeto colocado en-tre F e C:

Imagem: real, invertida e maior que o objeto.

4.° caso – espelho côncavo; objeto colocado so-bre F:

Neste caso, não haverá formação de imagem(imagem imprópria).

5.° caso – espelho côncavo; objeto colocado en-tre V e F:

Imagem: virtual, direita e maior.

6.° caso – espelho convexo:

No espelho convexo, a imagem de um objeto realé sempre virtual, direita e menor que o objeto.Equação dos espelhos esféricos (Equação deGauss)1 1 1

–– = ––– + –––f di do

Equação da ampliação (A)Hi di

––– = ––– Ho do

Nas equações acima:f = distância focal (positiva para espelho cônca-vo; negativa para convexo);di = distância da imagem ao vértice (positiva pa-ra imagem real; negativa para virtual);Hi = altura da imagem (positiva para imagem di-reita; negativa para invertida).do = distância do objeto ao vértice;Ho = altura do objeto.

Aplicações

01. Um objeto de 4cm é colocado verticalmentesobre o eixo principal de um espelho côncavo, a60cm do vértice. O raio do espelho mede 40cm.Calcule a natureza e a posição da imagem forne-cida pelo espelho.

Solução:a) Pela Equação de Gauss:

Ho = 4cm; do = 60cm; f = R/2 = 40/2 = 20cm1 1 1

–– = ––– + –––f do di

1 1 1 1 1 1––– = ––– + ––– ∴ –– = ––– – –––20 60 di di 20 601 2

––– = ––– ∴di =30cmdi 60

Como di é positiva, a imagem é real.b) Para determinar o tamanho da imagem, aplica-

mos a expressão da ampliação:Hi di Hi 30

––– = – ––– ∴ ––– = – ––– ∴ Hi=–2cmHo do 4 60

O resultado mostra que a imagem é menor queo objeto e invertida em relação a ele (Hi nega-tiva).

02. Um objeto de 4cm é colocado verticalmentesobre o eixo principal de um espelho convexocom raio de curvatura de 20cm. A distância obje-to é de 20cm. Determine as características daimagem.

Solução:a)Equação de Gauss:

Ho = 4cm; f = –10cm (espelho convexo);do = 20cm

1 1 1–– = ––– + –––f do di

1 1 1 1 1 1–––– = ––– + ––– ∴ –– = ––– – ––––10 20 di di 10 20

1 –2–1 ––– = ––––– ∴di =–6,6cmdi 20

Como di é negativa, a imagem é virtual.

b)Usando a ampliação:Hi di Hi (–6,6)

––– = – ––– ∴ ––– = – ––––– ∴ Hi=1,3cmHo do 4 20

O resultado mostra que a imagem é menor queo objeto e direita (Hi positiva).

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Clima e hidrografiaNo Brasil, o critério de temperaturas revela a pre-sença de dois vastos conjuntos climáticos: os cli-mas quentes ou tropicais e os climas mesotérmi-cos ou subtropicais. Já a atuação das massas dear e as precipitações permitem distinguir diversostipos climáticos. As correntes marinhas do Atlân-tico ocidental exercem influência sobre a circula-ção atmosférica no Brasil.

O clima equatorial exibe elevadas temperaturase pequena amplitude térmica anual. As médiasanuais são sempre superiores a 24°C, e as mé-dias do mês mais frios, sempre superiores a21°C. A diferença entre as médias do mês maisquente e as do mês mais frio não ultrapassam2°C ou 3°C – menores, portanto, que as amplitu-des térmicas diárias. Contudo, em virtude da altaumidade relativa do ar e da forte nebulosidade,não se registram meses tórridos nem temperatu-ras diárias excessivamente elevadas.

Principais massas de ar atuantes no Brasil

Chuvas e estiagens

O clima tropical também é quente, com médiasanuais superiores a 21°C. Contudo exibe maiorvariedade térmica que o equatorial: no interior doseu domínio, as áreas em maiores latitudes e alti-tudes podem ter médias próximas a 18°C emjulho. As amplitudes anuais são menores que asdiárias, mas superam as do clima equatorial, po-dendo chegar a 7°C.

O clima semi-árido distingue-se do tropical pelafraca atuação da mEc, o que condiciona estia-gens ainda mais prolongadas e totais pluviométri-cos menores. Na extensa mancha semi-árida dosertão nordestino, ocorre larga variação da esta-ção seca, que dura entre seis e onze meses. Aschuvas, que podem ser torrenciais e provocarinundações, concentram-se no verão e no iníciodo outono.

A característica mais marcante desse tipo climáti-co, porém, não é a escassez das precipitações,mas a sua irregularidade. Quando as chuvas dejaneiro ou fevereiro não caem ou são pouco in-tensas, instala-se um ano de seca. Periodicamen-te, registram-se períodos de seca de algunsanos, nos quais as precipitações ficam bastanteabaixo do normal.

O clima tropical atlântico abrange a fachada ori-ental nordestina, incluindo as planícies litorânease as vertentes orientais dos planaltos, desde oRio Grande do Norte até quase o extremo sul daBahia. A sua característica distintiva é o regimede precipitações, que apresenta totais pluviomé-tricos elevados, em torno de 1.500mm, com chu-vas concentradas nos meses de outono e inver-no. O climograma de Recife (PE) é representativodesse regime: embora não exista estação verda-deiramente seca, as grandes chuvas ocorrem en-tre abril e julho.

Temperaturas em declínio

O clima tropical de altitude apresenta regime de

chuvas concentradas no verão. O seu traço dis-tintivo não se encontra nas precipitações, masnas temperaturas. Nos planaltos e serras da me-tade leste de São Paulo, do sul de Minas Geraise de uma estreita faixa ocidental do Rio de Janei-ro, as médias anuais ficam entre 18°C e 21°C, eas médias de julho, abaixo de 18°C. Na Serra daMantiqueira, há uma mancha com médias de ju-lho entre 12°C e 15°C. Nessa mancha, estão ascidades turísticas de Campos do Jordão (SP) eMonte Verde (MG), com altitude de 1.600 metros,que apresentam temperaturas ainda menores. Amédia anual de Campos do Jordão não chega a14°C.

O climograma de São Paulo (SP), cuja altitudemédia é de 760 metros, revela a influência decisi-va do relevo no comportamento das temperatu-ras. Em janeiro e fevereiro, as médias oscilam en-tre 22°C e 23°C. Em junho e julho, contudo, ficamentre 16°C e 17°C.

Nesse tipo climático, as chuvas de verão apre-sentam características torrenciais. Essas precipi-tações, atuando sobre o relevo acidentado, pro-vocam deslizamentos de terra nas vertentes, prin-cipalmente onde o meio natural foi alterado pelaurbanização ou pela construção de rodovias.

O clima subtropical domina toda a Região Sul,além do extremo sul de São Paulo e do MatoGrosso do Sul. Distingue-se de todos os demaisclimas brasileiros pelos padrões da circulação at-mosférica. A mEc exerce influência restrita, de talforma que, no verão, atinge apenas a latitude donorte do Paraná. Por outro lado, a mPa exerceinfluência ampla, dominante durante o inverno.

As temperaturas permitem distinguir dois subti-pos do clima subtropical. As áreas mais eleva-das, na porção leste e no centro da região, exi-bem médias anuais inferiores a 18°C e médias dejaneiro em torno de 22°C ou 23°C – é o climasubtropical com verões brandos. Já as áreasmais baixas, na parte oeste da região e nas pla-nícies litorâneas do Paraná e Santa Catarina, exi-bem médias anuais superiores a 18°C e médiasde janeiro próximas de 24°C. Na Campanha Gaú-cha, por exemplo, o mês mais quente tem mé-dias superiores a 24°C. Esse é o clima subtropi-cal com verões quentes, bem representados peloclimograma de Porto Alegre (RS).

A Região Sul diferencia-se do restante do Paíspelas significativas amplitudes térmicas anuais,que giram em torno de 10°C e, em geral, supe-ram as amplitudes diárias. Esse traço, associadoa um nítido gradiente térmico sazonal, aproximao clima subtropical dos climas temperados típi-cos das médias latitudes. Nas áreas serranas dosul de Santa Catarina e norte do Rio Grande doSul, latitude e altitude combinam-se para produziras menores temperaturas de todo o País. Em ju-nho e julho, principalmente, as invasões da mPaprovocam "ondas de frio" prolongadas e, comcerta freqüência, ocorrem temperaturas mínimasdiárias inferiores a 0° C, associadas a geadas enevadas. Esses fenômenos são comuns em cida-des como São Joaquim e Lages, no planalto ca-tarinense, e São Francisco de Paula, Gramado eCaxias do Sul, na Serra Gaúcha.

Do ponto de vista das chuvas, o clima subtropicalvaria entre o úmido e o superúmido, com precipi-tações médias entre 1.250mm e 2.000mm, quepodem atingir níveis ainda maiores durante epi-sódios de anomalias climáticas, tais como o ElNiño. Em Porto Alegre, os maiores totais pluvio-métricos ocorrem no inverno e no início da prima-vera, mas não há um único mês seco. No Paranáe em Santa Catarina, há maior concentração dechuvas no verão, mas também não existe esta-ção seca.

As chuvas da Região Sul são, principalmente,frontais. A vanguarda da mPa, no seu avançopara latitudes menores, é formada por um jato dear frio, que provoca súbita diminuição das tempe-

01. (LJFC–CE) Sobre os grandes tipos climáti-cos, assinale a alternativa correta.

a) O clima subtropical distingue-se por precipita-

ções reduzidas, evaporação elevada e intensa

insolação.

b) O clima equatorial caracteriza-se por fracas

precipitações e baixas temperaturas.

c) O clima tropical caracteriza-se pela existência

de quatro estações, médias térmicas baixas e

baixas precipitações.

d) O clima temperado distingue-se por contras-

tes sazonais de temperatura e amplitudes tér-

micas muito maiores que as dos climas da Zo-

na Intertropical.

e) O clima desértico caracteriza-se pela concen-

tração de chuvas no verão e amplitudes térmi-

cas diárias pequenas.

02. (Enem) Águas de março definem se falta luzeste ano foi o título de uma reportagem emum jornal de circulação nacional pouco an-tes do início do racionamento do consumode energia elétrica, em 2001.No Brasil, a relação entre a produção deeletricidade e a utilização de recursos hídri-cos, estabelecida nessa manchete, se jus-tifica porque:

a) a geração de eletricidade nas usinas hidrelé-

tricas exige a manutenção de um dado fluxo

de água nas barragens;

b) o sistema de tratamento da água e sua distri-

buição consomem grande quantidade de e-

nergia elétrica;

c) a geração de eletricidade nas usinas termelé-

tricas utiliza grande volume de água para refri-

geração;

d) o consumo de água e de energia elétrica, utili-

zadas na indústria, compete com o da agricul-

tura;

e) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja

operação implica abundante consumo de á-

gua.

03. (UFC–CE) Na delimitação dos grandes do-mínios morfoclimáticos do Brasil, há doisgrandes ecótonos ou áreas de transição.Um deles é constituído por um grande nú-mero de palmáceas, e outro apresenta gran-de biodiversidade. Indique a alternativa queapresenta, corretamente, esses ecótonos.

a) Mata Atlântica e Floresta Amazônica.

b) Mata dos Cocais e Pantanal Mato-grossense.

c) Mata de Caatinga e Campo Cerrado.

d) Mata de Araucárias e Pradarias Gaúchas.

e) Mata de Cipós e Florestas Caducifólias.

Aula 74

GeografiaProfessor Paulo BRITO

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raturas. Na sua retaguarda, organizam-se linhasde instabilidade associadas a chuvas, que po-dem prosseguir durante vários dias. Nas vertentesorientais dos planaltos, voltadas para o mar, regis-tram-se também chuvas orográficas.

Os recursos hídricos

O Brasil detém cerca de 15% da água superficialque existe no planeta. Essa riqueza excepcionalocorre devido à combinação de fatores climáti-cos e geológicos favoráveis na maior parte doterritório brasileiro.

Do ponto de vista climático, a predominância declimas úmidos e semi-úmidos garante a renova-ção cíclica dos recursos de água doce e alimentauma das redes mais densas e caudalosas de riosperenes do mundo. Como vimos, a pluviosidadevaria entre 1.000 e 3.000mm por ano em cerca de90% do território nacional, atingindo picos supe-riores a 4.000mm em diversos pontos.

A estrutura geológica, por seu turno, é formadapredominantemente por terrenos cristalinos reco-bertos por um manto de materiais permeáveis,resultante da alteração química das rochas, e porterrenos sedimentares também porosos, quepossibilitam a existência de imensas reservas deáguas subterrâneas. Apenas na mancha semi-árida nordestina, marcada pela irregularidadedas precipitações e pelo afloramento de rochascristalinas praticamente impermeáveis, vigora umpadrão de drenagem de tipo intermitente, e ospotenciais de água subterrânea são limitados,tanto em quantidade quanto em qualidade.

Apesar da abundância das reservas hídricas, aescassez de água potável já é uma realidade emdiversos estados brasileiros, devido, principal-mente, às elevadas taxas de desperdício, ao au-mento acelerado do consumo que acompanhouo processo de urbanização e à poluição dos ma-nanciais por esgotos domésticos e efluentesindustriais. Nas áreas mais densamente povoa-das e nas grandes cidades brasileiras, nas quaisocorre concentração da demanda e a contamina-ção tende a ser maior, a água limpa é um recursocada vez mais raro.

Águas superficiais e subterrâneas

Considerados em conjunto, os rios que drenam oterritório brasileiro são responsáveis pela maiordescarga fluvial de água doce do mundo: poucomenos do que 180 mil m3/s. O Departamento Na-cional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE) con-sidera a existência de oito grandes unidades hi-drográficas no Brasil.

Devido à riqueza dos rios amazônicos, a RegiãoNorte, que abriga pouco menos do que 7% dapopulação brasileira, dispõe de cerca de 70%dos recursos hídricos superficiais do País. Emcontraste, a Região Nordeste, onde vivem poucomenos de 30% dos brasileiros, conta com cercade 3% das reservas de água, concentradas naBacia do Rio São Francisco.

A distribuição irregular dos recursos hídricos peloterritório brasileiro certamente ajuda a entender ocenário de escassez, principalmente nos estadosnordestinos. De acordo com critérios interna-cionais, a disponibilidade hídrica per capita éapenas regular no Rio Grande do Norte, Paraíba,Pernambuco, Alagoas e Sergipe. A expansão dasatividades agrícolas e a urbanização contribuempara a retirada da cobertura vegetal, acelerandoo processo de assoreamento dos cursos de águae trazendo a ameaça de escassez em futuro pró-ximo.

Na maior parte dos casos, o problema não é afalta de água, mas o mau uso desse recurso. RioBranco, no Acre, é um bom exemplo dessa situa-ção: situada em plena região amazônica, a cida-de vive graves problemas de abastecimento deágua, já que os mananciais próximos apresen-tam alarmantes taxas de contaminação por

esgotos domésticos, lixo e resíduos de produtosquímicos utilizados na mineração.

Estima-se que, em alguns estados das regiõesSudeste e Sul – caso de São Paulo, Paraná e RioGrande do Sul –, cerca de 80% das cidades se-jam abastecidas por águas subterrâneas. O Aqüí-fero Guarani, principal reserva subterrânea deágua doce da América do Sul, está-se tornandouma das principais fontes de abastecimento ur-bano do Centro-Sul brasileiro. O reservatórioocupa uma área total de 1,2 milhão de km2 na Ba-cia do Paraná, estendendo-se pelos territórios doBrasil, do Paraguai, do Uruguai e da Argentina.

Assim como os rios, também as reservas deáguas subterrâneas correm o risco de seremcontaminadas pelas mais variadas formas de po-luição e de se tornarem impróprias para o consu-mo humano. Afinal os depósitos subterrâneossão alimentados pela infiltração das águas dechuva e voltam para a superfície na forma de nas-centes ou fontes, alimentando lagoas, pantanaise rios. O gerenciamento integrado dos recursoshídricos – considerando as águas atmosféricas,superficiais e subterrâneas – parece ser a únicaalternativa de preservação da qualidade e porta-bilidade dos mananciais brasileiros.

A gestão das águas

Na esfera governamental, as competências acer-ca da gestão dos recursos hídricos espelham asprioridades atribuídas à matéria em cada mo-mento histórico. Na década de 1930, quando oessencial da economia brasileira girava em tornodas atividades agrícolas, o Ministério da Agricul-tura era o responsável pelo controle do uso daságuas em território brasileiro. Na década de1960, em pleno processo de industrialização, ageração de energia hidrelétrica transformou-seem prioridade nacional, e as atribuições governa-mentais sobre recursos hídricos passaram para oDNAEE, vinculado ao Ministério de Minas eEnergia.

Em 1997, quando a escassez de água potávelhavia-se tornado um dos grandes temas daagenda ambiental internacional, foi criada aAgência Nacional de Águas (ANA), que integra oMinistério do Meio Ambiente. No novo arranjoinstitucional proposto para o setor, as bacias hi-drográficas funcionam como unidades básicasde gestão dos recursos hídricos, a fim de des-centralizar os processos decisórios.

A legislação prevê a formação de Comitês de Ba-cia, compostos por representantes dos governosfederal, estadual e municipal, por usuários da á-gua e por organizações civis. Esses comitês de-vem traçar as estratégias de preservação da qua-lidade das águas ou de recuperação dos rios,bem como administrar possíveis conflitos pelouso das águas das bacias.

Também está previsto que os grandes usuários –tais como indústrias, companhias de saneamen-to e de irrigação – que captam água ou nela des-pejam poluentes paguem pelo uso da água, parafinanciar os projetos de sustentabilidade e gestãoracional dos recursos hídricos em cada uma dasbacias hidrográficas. O Comitê do Rio Paraíba doSul, que envolve os estados de São Paulo, MinasGerais e Rio de Janeiro, foi o primeiro a implantara cobrança: desde 2002, estão em vigor tarifaspela utilização das águas da bacia. Pela lei, quempolui mais também é obrigado a pagar mais.

O gerenciamento efetivo das bacias hidrográficasbrasileiras, porém, ainda está longe de ser umarealidade. Pelo menos por enquanto, os comitêsestão em funcionamento em parcela muito restri-ta das bacias, e o desperdício e a contaminaçãodos recursos hídricos continuam sendo a regra.

01. (Puccamp–SP) A forma da Terra, sua po-sição e seus movimentos são determinan-tes de várias características de nosso pla-neta. Pode-se afirmar, corretamente, que:

a) a distribuição da vegetação depende somen-te do clima;

b) as regiões de maior latitude recebem maisenergia solar;

c) os climas não dependem da forma do Plane-ta, mas a vegetação sim;

d) as estações do ano são determinadas so-mente pela translação da Terra;

e) a inclinação do eixo do Planeta influi no climae na vegetação.

02. (Puccamp–SP) O Rio São Francisco, co-nhecido como o “Rio da Integração Nacio-nal”, de sua nascente à foz, percorre a se-guinte seqüência de biomas:

a) Cerrado, caatinga e mata atlântica.b) Floresta amazônica, pampas e caatinga.c) Caatinga, cerrado e mata de araucária.d) Pantanal, cerrado e mata atlântica.e) Mata atlântica, pantanal e manguezal.

03. (UFMS) A partir da década de 1960, na Re-gião Norte do Brasil, houve uma forte inter-venção do governo federal com o objetivode integrar essa Região ao Centro-Sul doPaís. Como manifestação desse processo,é correto afirmar que:

a) houve a criação da Suframa (Superintendên-cia da Zona Franca de Manaus), que tinhacomo objetivo criar um centro industrial eagropecuário com estímulo fiscal através deisenção de impostos como IPI (Imposto so-bre Produtos Industrializados), ICM (Impostosobre Circulação de Mercadorias) e impos-tos de importação e exportação;

b) houve a implantação de projetos de explora-ção mineral como o Grande Carajás, que in-cluiu a construção da Estrada de Ferro dosCarajás, ligando Carajás ao Porto de ltaqui,em São Luís (MA);

c) houve a construção da usina hidrelétrica deTucuruí, no Rio Tocantins, para suprir a de-manda provocada pela expansão urbana eindustrial e para atender, principalmente, ao“projeto pólos de alumínio”, pois são gran-des consumidores de energia elétrica;

d) projetos industriais foram implementados emBelém, no Pará, pela Sudene (Superinten-dência para o Desenvolvimento do Nordes-te);

e) foram construídas as rodovias Transamazô-nica e Cuiabá-Santarém como medidas efeti-vadas pelo PIN (Programa de Integração Na-cional), criado durante o governo militar.

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Gametogênese e sistemareprodutor

1. GAMETOGÊNESEO processo de formação dos gametas denomina-se gametogênese.Como são dois os tipos de gametas, são doistambém os tipos de gametogênese:• espermatogênese – formação dos espermato-

zóides;• ovogênese (ou ovulogênese) – formação dos

óvulos.2. ESPERMATOGÊNESEA espermatogênese processa-se segundo quatroperíodos:1.°–período germinativo; 2.°–período de crescimento;3.°–período de maturação;4.°–período de diferenciação.

No período germinativo, as células germinativas,que são diplóides, sofrem sucessivas divisõescelulares mitóticas, dando origem a grande nú-mero de espermatogônias (gônias masculinas),também diplóides. Cada espermatogônia daráorigem, no final do processo, a quatro esperma-tozóides, todos haplóides.Inicialmente, cada espermatogônia passa peloperíodo de crescimento, tornando-se maior e re-cebendo o nome de espermatócito I ou esperma-tócito de primeira ordem. Durante esse período,não ocorre divisão celular.Então cada espermatócito I inicia o período dematuração, ocasião em que se dá a meiose. Co-mo em toda meiose, ocorrem duas divisões su-cessivas: meiose I e a meiose II. Ao final dameiose I, formam-se duas células chamadas es-permatócitos II ou espermatócitos de segundaordem, que são haplóides.Os espermatócitos II sofrem meiose II, dando ori-gem a células haplóides chamadas espermátides(tides=masculinas).Após o período de maturação, inicia-se o períodode diferenciação ou espermatogênese, caracteri-zada pela diferenciação das espermátides em es-permatozóides.Durante a espermatogênese, ocorre mudança naforma da célula.

O espermatozóide humano pode ser dividido emtrês regiões: cabeça, peça intermediária e cauda.Na cabeça, situam-se o núcleo e o capuz acros-sômico. O capuz acrossômico é uma transforma-ção do complexo de Golgi e é nele que estão asenzimas que irão digerir a membrana do óvulo,na fecundação. A peça intermediária apresentamuitas mitocôndrias, responsáveis pela liberaçãoda energia necessária à movimentação do esper-matozóide, que é efetuada pela cauda, um flage-lo modificado.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

PUBERDADE: os testículos da criança permane-cem inativos até que são estimulados, entre 10 e14 anos, pelos hormônios gonadotróficos daglândula hipófise (pituitária).

O hipotálamo libera FATORES LIBERADORESDOS HORMÔNIOS GONADOTRÓFICOS, que fa-zem a hipófise liberar FSH (hormônio folículo es-timulante) e LH (hormônio luteinizante).

O FSH estimula a espermatogênese pelas célulasdos túbulos seminíferos.

O LH estimula a produção de testosterona pelascélulas intersticiais dos testículos, interferindonas características sexuais secundárias e na ele-vação do desejo sexual.

TESTOSTERONA

Efeito na Espermatogênese. A testosterona fazcom que os testículos cresçam. Ela deve estarpresente, também, junto com o folículo estimu-lante, antes que a espermatogênese se comple-te.

Efeito nos caracteres sexuais masculinos.Depois que um feto começa a se desenvolver noútero materno, seus testículos começam a secre-tar testosterona, quando tem poucas semanas devida apenas. Essa testosterona, então, auxilia ofeto a desenvolver órgãos sexuais masculinos ecaracterísticas secundárias masculinas. Isto é,acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal,da próstata, das vesículas seminais, dos ductosdeferentes e dos outros órgãos sexuais masculi-nos. Além disso, a testosterona faz com que ostestículos desçam da cavidade abdominal para abolsa escrotal; se a produção de testosterona pe-lo feto é insuficiente, os testículos não conse-guem descer; permanecem na cavidade abdomi-nal.

Efeito nos caracteres sexuais secundários.Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a tes-tosterona exerce outros efeitos gerais por todo oorganismo para dar ao homem adulto suas ca-racterísticas distintivas. Faz com que os pêloscresçam na face, ao longo da linha média doabdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, acalvície nos homens que tenham predisposiçãohereditária para ela. Estimula o crescimento dalaringe, de maneira que o homem, após a puber-dade, fica com a voz mais grave. Estimula um au-mento na deposição de proteína nos músculos,pele, ossos e em outras partes do corpo, de ma-neira que o adolescente do sexo masculino setorna, geralmente, maior e mais musculoso doque a mulher, nessa fase. Algumas vezes, a tes-tosterona também promove uma secreção anor-mal das glândulas sebáceas da pele, fazendocom que se desenvolva a acne pós-puberdadena face.

Na ausência de testosterona, as característicassexuais secundárias não se desenvolvem, e o in-divíduo mantém um aspecto sexualmente infantil.

Aula 75

01. (PUCSP 2006) O trecho a seguir foi extraídodo artigo "Desencontros sexuais", de DrauzioVarella, publicado na "Folha de S. Paulo", em25 de agosto de 2005."Nas mulheres, em obediência a uma ordemque parte de uma área cerebral chamada hi-potálamo, a hipófise libera o hormônio FSH(hormônio folículo estimulante), que agirásobre os folículos ovarianos, estimulando-osa produzir estrogênios, encarregados deamadurecer um óvulo a cada mês.FSH e estrogênios dominam os primeiros 15dias do ciclo menstrual com a finalidade detornar a mulher fértil, isto é, de preparar paraa fecundação uma das 350 mil células germi-nativas com as quais nasceu."O trecho faz referência a um grupo de célu-las que a mulher apresenta ao nascer. Essascélulas sãoa) ovogônias em início de meiose, presentes no

interior dos folículos ovarianos, e apresentam23 cromossomos.

b) ovócitos em início de meiose, presentes no in-terior dos folículos ovarianos, e apresentam 46cromossomos.

c) ovócitos em fase final de meiose, presentes nointerior de folículos ovarianos, e apresentam 23cromossomos.

d) óvulos originados por meiose, presentes na tu-ba uterina, e apresentam 23 cromossomos.

e) ovogônias em início de meiose, presentes natuba uterina, e apresentam 46 cromossomos.

02. (FUVEST-2000) Durante a ovulogênese damulher, são produzidos dois corpúsculos po-lares. O primeiro e o segundo corpúsculospolares humanos contêm, respectivamente,a) 46 cromossomos duplicados e 46 cromosso-

mos simples.b) 46 cromossomos simples e 23 cromossomos

simples.c) 23 cromossomos duplicados e 23 cromosso-

mos simples.d) 23 cromossomos simples e 23 cromossomos

simples.e) 23 cromossomos simples e nenhum cromosso-

mo.

03. Num gorila fêmea, o cariótipo normal é2n=48. Quantos cromossomos podemosesperar encontrar, respectivamente, numaovogônia, num glóbulo polar, num ovócitoprimário e num óvulo desse animal?a) 48, 24, 48, 24. b) 24, 48, 48, 24.c) 24, 48, 24, 48. d) 48, 48, 24, 24.e) 24, 24, 48, 48.

04. O hormônio folículo estimulante induz as cé-lulas foliculares a liberar estrógeno, respon-sável pelo crescimento do endométrio. Asestruturas relacionadas com a descrição aci-ma são:a) hipófise, tiróide e testículo.b) hipófise, ovário e útero.c) tiróide, supra-renal e útero.d) pâncreas, ovário e supra-renal.e) pâncreas, tiróide e testículo.

Biologia Professor JONAS Zaranza

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3. OVOGÊNESEA ovogênese não apresenta período de diferen-ciação. Ela ocorre em três períodos:1.° – período germinativo;2.° – período de crescimento;3.° – período de maturação.OVOGÊNESE

Diferenças entre espermatogênese e ovogênese1.a – Período germinativo:

Na mulher: termina na vida intra-uterina oucompleta-se logo após o nascimento. Assimuma mulher, quando nasce, já tem as suasoogônias formadas;No homem: dura quase toda a vida, comprodução permanente de novas espermato-gônias.

2.a – Período de crescimento: as oogôniasaumentam muito de tamanho, originandoovócitos I bem maiores do que os esperma-tócitos I. Nos ovócitos, esse crescimento édevido à síntese de vitelo ou deutoplasma,substância orgânica que irá nutrir o embrião.

3.a – Período de maturação: na ovogênese, tantona meiose I como na meiose II, formam-secélulas de tamanhos diferentes, o que nãoocorre na espermatogênese. As células me-nores têm o nome de glóbulos polares e nãosão funcionais, degenerando-se.

4.a – Período de diferenciação: na ovogênese, éausente.Na ovogênese, cada oogônia dá origem a umóvulo e a três glóbulos polares (células nãofuncionais) e, na espermatogênese, cada es-permatogônia dá origem a quatro espermato-zóides.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

A pituitária (hipófise) anterior das meninas, comoa dos meninos, não secreta praticamente ne-nhum hormônio gonadotrópico até a idade de 10a 14 anos. Entretanto, por essa época, começa asecretar dois hormônios gonadotrópicos. Noinício, secreta, principalmente, o hormôniofolículo estimulante (FSH), que inicia a vida se-xual na menina em crescimento; mais tarde, se-creta o harmônio luteinizante (LH), que auxilia nocontrole do ciclo menstrual.Hormônio Folículo Estimulante: causa a prolife-ração das células foliculares ovarianas e estimulaa secreção de estrógeno, levando as cavidadesfoliculares a se desenvolverem e a crescer.Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais asecreção das células foliculares, estimulando aovulação.

Hormônios Sexuais Femininos

Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e aprogesterona, são responsáveis pelo desenvolvi-mento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual.

Funções do Estrogênio: o estrogênio induz ascélulas de muitos locais do organismo a proli-ferar, isto é, a aumentar em número. Por exemplo,a musculatura lisa do útero aumenta tanto, que oórgão, após a puberdade, chega a duplicar ou,mesmo, a triplicar de tamanho. O estrogênio tam-bém provoca o aumento da vagina e o desenvol-vimento dos lábios que a circundam, faz o púbiscobrir-se de pêlos, os quadris se alargarem e oestreito pélvico assumir a forma ovóide, em vezde afunilada, como no homem; provoca o desen-volvimento das mamas e a proliferação dos seuselementos glandulares, e, finalmente, leva o teci-do adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreascomo os quadris e as coxas, dando-lhes o arre-dondamento típico do sexo. Em resumo, todas ascaracterísticas que distinguem a mulher do ho-mem são devidas ao estrogênio, e a razão básicapara o desenvolvimento dessas características éo estímulo à proliferação dos elementos celularesem certas regiões do corpo.

O estrogênio também estimula o crescimento detodos os ossos logo após a puberdade, mas pro-move rápida calcificação óssea, fazendo comque as partes dos ossos que crescem se "extin-gam" dentro de poucos anos, de forma que ocrescimento, então, pára. A mulher, nessa fase,cresce mais rapidamente que o homem, mas pá-ra após os primeiros anos da puberdade; já o ho-mem tem um crescimento menos rápido, porémmais prolongado, de modo que ele assume umaestatura maior que a da mulher e, nesse ponto,também se diferenciam os dois sexos.

O estrogênio tem, outrossim, efeitos muito impor-tantes no revestimento interno do útero, o endo-métrio, no ciclo menstrual.

Funções da Progesterona: a progesterona tempouco a ver com o desenvolvimento dos caracte-res sexuais femininos; está principalmente rela-cionada com a preparação do útero para a acei-tação do embrião e a preparação das mamaspara a secreção láctea. Em geral, a progesteronaaumenta o grau da atividade secretória das glân-dulas mamárias e, também, das células que re-vestem a parede uterina, acentuando o espessa-mento do endométrio e fazendo com que ele sejaintensamente invadido por vasos sangüíneos;determina, ainda, o surgimento de numerosasglândulas produtoras de glicogênio. Finalmente,a progesterona inibe as contrações do útero eimpede a expulsão do embrião que se está im-plantando ou do feto em desenvolvimento.

CICLO MENSTRUAL

1º dia do ciclo → endométrio bem desenvolvido,espesso e vascularizado começa a descamar →menstruação

– a hipófise aumenta a produção de FSH, queatinge a concentração máxima por volta do 7º diado ciclo.

– amadurecimento dos folículos ovarianos.

– secreção de estrógeno pelo folículo em desen-volvimento.

– a concentração alta de estrógeno inibe a secre-ção de FSH e estimula a secreção de LH pela hi-pófise / a concentração alta de estrógeno estimu-la o crescimento do endométrio.

– a concentração alta de LH estimula a ovulação(por volta do 14º dia de um ciclo de 28 dias.

– a alta taxa de LH estimula a formação do corpolúteo ou amarelo no folículo ovariano.

– o corpo lúteo inicia a produção de progestero-na.

– estimula as glândulas do endométrio a secretarseus produtos.

– o aumento da progesterona inibe produção deLH e FSH.

– o corpo lúteo regride e reduz a concentraçãode progesterona.

– menstruação.

01. (Os espermatozóides são células muito ati-vas, com enorme capacidade de movimen-tação. Durante sua formação (espermatogê-nese) ocorrem várias fases diferentes, cujaseqüência é:a) espermatogônia, espermátide, espermatócito

I, espermatócito II e espermatozóide.b) espermátide, espermatócito I, espermatócito

II, espermatogônia e espermatozóide.c) espermatócito I, espermatócito II, espermáti-

de, espermatogônia e espermatozóide.d) espermatócito I, espermatócito II, espermato-

gônia, espermátide e espermatozóide.e) espermatogônia, espermatócito I, espermató-

cito II, espermátide e espermatozóide.

02. (FUVEST-2001)Se uma mulher tiver seusovários removidos por cirurgia, quais dosseguintes hormônios deixarão de ser produ-zidos?a) Hormônio folículo estimulante (FSH) e hormô-

nio luteinizante (LH).b) Hormônio folículo estimulante (FSH) e estró-

geno.c) Hormônio folículo estimulante (FSH) e proges-

terona.d) Hormônio luteinizante (LH) e estrógeno.e) Estrógeno e progesterona.

03. Na urina de uma mulher, foi verificada a pre-sença de gonadotrofina coriônica. Essasubstância indica que a mulhera) está menstruada.b) está grávida.c) tem diabetes.d) tem falta de cálcio.e) tem metabolismo basal baixo.

04. Analise as frases a seguir.I. As células que revestem o folículo de

Graaf, antes da maturação do óvulo, pro-duzem o hormônio 1, estimuladas pelohormônio 2 da hipófise.

II. Após a ovulação, forma-se o corpo lúteopor estímulo do hormônio 3 da hipófise.

III. O corpo lúteo secreta o hormônio 4.Os hormônios 1, 2, 3 e 4 são, respectiva-mente:a) progesterona, hormônio folículo estimulante,

hormônio luteinizante e estrógeno.b) hormônio folículo estimulante, estrógeno, pro-

gesterona e hormônio luteinizante.c) hormônio folículo estimulante, progesterona,

estrógeno e hormônio luteinizante.d) estrógeno, progesterona, hormônio folículo

estimulante e hormônio luteinizante.e) estrógeno, hormônio folículo estimulante, hor-

mônio luteinizante e progesterona.

05. (FUVEST) O gráfico a seguir representa asvariações das concentrações plasmáticasde dois hormônios ovarianos durante o ciclomenstrual de uma mulher.Quais são, respectivamente, os hormôniosA e B?a) Luteinizante e folículo estimulante.b) Folículo estimulante e luteinizante.c) Luteinizante e progesterona.d) Progesterona e estrógeno.e) Estrógeno e progesterona.

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Romantismo IV – Prosa II

4. OBRAS DE JOSÉ DE ALENCARO GUARANI (romance, 1857)

a) Época – Primeira metade do século XVII.b) Cenário – Uma fazenda à margem do Rio

Paquequer, afluente do Paraíba, perto dacidade do Rio de Janeiro.

c) Conflito – Os índios aimorés (antropófa-gos) declaram guerra à família de D. Antô-nio. Vencem os índios.

d) Estrutura do romance:A obra é dividida em quatro partes:I Os Aventureiros (15 capítulos)II Peri (14 capítulos)III Os Aimorés (14 capítulos)IV A Catástrofe (11 capítulos)

e) Personagens:

1. D. Antônio de Mariz – Colonizadorportuguês; pai de Cecília.

2. Peri – Herói da história, índio forte ecorajoso, com pinta de super-herói.

3. Cecília – Heroína da história.4. Loredano – Ex-padre; vilão. No fim da

história, é preso e condenado a morrerna fogueira.

5. D. Álvaro – Mora com a família de D.Antônio. É apaixonado por Cecília. Aodescobrir que ela ama o selvagem, en-frenta os aimorés e morre em comba-te.

6. Isabel – É apaixonada por Álvaro. Sui-cida-se sobre o cadáver dele.

7. D. Diogo – Irmão de Cecília.8. Aires Gomes – Espécie de comandan-

te de armas, leal defensor da casa deD. Antônio.

IRACEMA (romance, 1865)

a) Época – Nesta obra, as referências a tem-po limitam-se ao lendário. Imagina-se quea época em que se transcorrem os acon-tecimentos seja a de origem do Ceará.

b) Cenário – Florestas e praias do Ceará.

c) Personagens:

1. Martim – Guerreiro branco, persona-gem de existência real (Martim SoaresMoreno), amigo dos pitiguaras, o pri-meiro colonizador português a desco-brir o Ceará.

2. Iracema – Índia tabajara, a virgem doslábios de mel, a virgem de Tupã.

3. Araquém – Pai de Iracema, pajé da tri-bo.

4. Caubi – Irmão de Iracema.5. Irapuã – Chefe tabajara, símbolo do

ciúme.6. Poti – Chefe dos Pitiguaras, tribo onde

mora Martim.7. Jacaúna – Chefe dos pitiguaras, irmão

de Poti.8. Moacir – Filho de Martim e Iracema.

Em tupi, “o filho da dor”.

SENHORA (romance, 1875)

a) Época – Meados do século XIX.b) Cenário – Rio de Janeiro, destacando dois

bairros: Santa Teresa e Laranjeiras.c) Foco narrativo – Terceira pessoa (narra-

dor onisciente).

d) Temática – Conflito entre casar-se por amorou por dinheiro.

e) Divisão – Quatro partes: O Preço, Quita-ção, Posse e Resgate.

f) Personagens:

1. Aurélia Camargo – Heroína; mulherperfeita em todos os sentidos.

2. Fernando Seixas – Herói.3. Adelaide Amaral – Chega a ficar noiva

com Seixas.4. Dr. Torquato – Recebe ajuda de

Aurélia e casa-se com Adelaide.5. Abreu – Jovem e rico, apaixona-se por

Aurélia, mas não é correspondido.6. Lourenço Camargo – Avô de Aurélia;

ao morrer, declara a neta sua herdeirauniversal.

7. Pedro e Emília – Pais de Aurélia.8. Mariquinhas e Nicota – Irmãs de

Seixas.9. Lemos – Tio e tutor de Aurélia.

5. VISCONDE DE TAUNAYNascimento e morte – Alfredo d'Escrag-nolle Taunay nasce no Rio de Janeiro, em 22de fevereiro de 1843. Falece em 25 de janeirode 1899.

Guerra do Paraguai – Participa da Guerra doParaguai, como engenheiro, na expedição deMato Grosso, cuja triste e heróica retiradanarra no livro publicado inicialmente em Fran-cês: A Retirada da Laguna (obra histórico-documental).

Política – Deixa o exército no posto de Major,dedicando-se à política, da qual se afastacomo Senador por Santa Catarina (1899).

Regionalismo sóbrio – Seu regionalismo ésóbrio, com pouca fantasia e aguçadaobservação. A história de Inocência é con-tada dentro de um conjunto de verossimili-dade e constitui a nossa melhor obra regio-nalista do Romantismo.

OBRAS

1. A Mocidade de Trajano (romance, 1872)2. Inocência (romance, 1872)3. Lágrimas do Coração (romance, 1873)4. Ouro Sobre Azul (romance, 1878)5. O Encilhamento (romance, 1890)

INOCÊNCIA (romance, 1872)

a) Época – Século XIX.b) Cenário – Sertão de Mato Grosso, ambien-

te tipicamente rústico.c) Narrativa – Terceira pessoa (narrador onis-

ciente).d) Personagens:

1. Inocência – Sertaneja muito bonita,prometida pelo pai ao boiadeiro Mane-cão Doca.

2. Cirino – Curandeiro (farmacêutico)que viaja pelo sertão de Mato Grosso,praticando a Medicina. É conhecido nointerior como Doutor Cirino. Apaixona-se por Inocência e morre por ela.

3. Pereira – Pai de Inocência. Pequenofazendeiro do interior de Mato Grosso.Para ele, a honra da família está acimade tudo.

4. Manecão – Boiadeiro, capataz, vaquei-ro. Cabelos grandes, ar selvagem, for-te, valente. É noivo de Inocência porimposição do pai dela.

5. Tico – Anão, quase mudo, é esperto,muito apegado a Pereira e a Inocência.É uma espécie de criado.

01. Opte pela correlação incorreta:

a) José de Alencar: Fernando Seixas, Aurélia,Adelaide.

b) Bernardo Guimarães: Leôncio, Álvaro, Mal-vina.

c) Manuel A. de Almeida: Luisinha, Vidinha,Major Vidigal.

d) Visconde de Taunay: Inocência, Cirino, Ma-necão.

e) José de Alencar: Augusto e Carolina.

02. O romance focaliza a vida indígena brasileiraantes do contato com o homem branco.Tem como figura central o índio araguaiaJaguarê, que procura derrotar outros guer-reiros para conquistar a glória de ser o maisforte e poderoso entre todos.

a) A Confederação dos Tamoiosb) Ubirajarac) Iracemad) I-Juca Piramae) O Guarani

03. (SANTA CASA) Coube à Companhia Dra-mática Nacional, de João Caetano, encenar,em 1838, aquela que foi, no dizer de seu au-tor, a “primeira tragédia escrita por um brasi-leiro e única de assunto nacional”.

a) A Capital Federal, de Artur Azevedo.b) Gonzaga ou A Revolução de Minas, de Castro

Alves.c) O Demônio Familiar, de José de Alencar.d) A Família e a Festa na Roça, de Martins Pena.e) Antônio José ou O Poeta da Inquisição, de

Gonçalves de Magalhães.

Caiu no vestibular

04. (USP) O índio em alguns romances de Joséde Alencar, como Iracema e Ubirajara, é:

a) retratado com objetividade, numa perspectivarigorosa e científica;

b) idealizado sob o pano de fundo da natureza,do qual é o herói épico;

c) pretexto episódico para descrição da nature-za;

d) visto com o desprezo do branco preconcei-tuoso, que o considera inferior;

e) representado como um primitivo feroz e demaus instintos.

05. (UC–PR) Coube a (...) atingir o ponto maisalto do teatro romântico brasileiro. Numalinguagem simples e correta, retratou osvariados tipos da sociedade do século XIX.

a) Martins Penab) Machado de Assisc) Procópio Ferreirad) Cornélio Penae) José de Alencar

Aula 76

LiteraturaProfessor João BATISTA Gomes

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6. Meyer – Entomologista alemão. Estáviajando pelo sertão brasileiro atrás deborboletas para os museus de sua terra.

7. Antônio Cesário – Padrinho de Ino-cência, mora distante da fazenda dePereira cerca de dezessete léguas, emMinas Gerais. É quem pode intercederjunto a Pereira a favor de Cirino e Ino-cência. Presencia a morte de Cirino.

5. FRANKLIN TÁVORA

Nascimento e morte – João Franklin da Sil-veira Távora nasce em Baturité, Ceará, em13 de janeiro de 1842. Falece no Rio de Ja-neiro, em 18 de agosto de 1888.

Advogado e político – Ainda criança, vaipara Pernambuco, onde se forma em Direitoem 1863. Advoga por algum tempo e entra napolítica.

Críticas a José de Alencar – Faz duras crí-ticas a José de Alencar nas Cartas a Cin-cinato. São artigos em forma de cartas emque critica, principalmente, os romances Ira-cema e O Gaúcho.

Literatura do Norte – Por intermédio de suaobra máxima, O Cabeleira, tenta inauguraruma nova corrente literária denominada Lite-ratura do Norte – mais fiel aos usos e costu-mes das nossas regiões rurais. Mas a lite-ratura voltada para o nordeste só se faz rea-lidade com José Américo de Almeida (A Ba-gaceira, 1928).

O Cabeleira – Escreve romances, dramas,comédias e faz críticas literárias e políticas.Mas, da vasta produção, somente O Cabelei-ra continua merecendo alguma atenção dosleitores, quase sempre por imposição dosprogramas de leitura nas escolas.

OBRAS

1. A Trindade Maldita )(romance, 1861)2. Os Índios do Jaguaribe (romance, 1862)3. A Casa de Palha (romance, 1866)4. Um Casamento no Arrabalde (romance,

1869)5. O Cabeleira (romance, 1876)6. O Matuto (romance, 1878)7. Lourenço (romance, 1881)

6. MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA

Nascimento e morte – Nasce no Rio deJaneiro, em 17 de novembro de 1831. Morreem 28 de novembro de 1861, no naufrágio doVapor Hermes, próximo a Macaé.

Romance de folhetim – De família pobre, ór-fão, conhece de perto a vida da pequena clas-se média carioca. Para sobreviver, trabalhaassiduamente no jornalismo, como revisor eredator do Correio Mercantil, onde publica,em folhetim, as Memórias de um Sargento deMilícias, sob o pseudônimo de “um brasilei-ro” (1853). O romancista não tem ainda vinteanos de idade.

Ajuda a Machado de Assis – Mais tarde, énomeado administrador da Tipografia Nacio-nal. Nesse cargo, conhece e ajuda o entãoainda aprendiz de tipógrafo Machado de Assis.

Romance picaresco – O romance de ManuelAntônio de Almeida é picaresco (gênero li-terário de origem espanhola), ou seja, tem in-tenção de não ser sério. Leonardo é o pri-meiro herói malandro da Literatura Brasileira.

Crônica de costumes – Memórias de umSargento de Milícias é uma novela de tom

humorístico que faz crônica de costumes doRio Colonial, na época de D. João VI. As per-sonagens não se dividem mais em heróis evilões. Praticam o bem e o mal impulsionadaspelas necessidades de sobrevivência (a fome,a ascensão social, as conquistas amorosas).

Subúrbio carioca – O autor retrata, pela pri-meira vez em nossa literatura, o subúrbio ca-rioca. Há, no livro, um desfile dos tipos co-muns do Rio de Janeiro: o soldado, a pros-tituta, o malandro, as parteiras, as rezadeiras– todos descritos sem a fantasia exageradado Romantismo.

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DEMILÍCIAS

a) Cenário – Rio de Janeiro.b) Época – Início do século XIX, época do

Rei D. João VI.c) Narrativa – Terceira pessoa (narrador onis-

ciente).

c) Personagens:1. Leonardo – Herói da história; profis-

são: malandro. No fim, casa-se comuma mulher rica e é promovido a Sar-gento da Milícia carioca. Até os seteanos, vive com os pais. Depois, vai vi-ver com o padrinho.

2. Leonardo Pataca – Pai do herói; pro-fissão: soldado.

3. Maria Hortaliça – Mãe do herói. Des-feito o casamento com Pataca, fogepara Portugal com um capitão de navio.

4. Padrinho – Cria Leonardo, mas é mui-to benevolente com o menino: perdoa-lhe todas as traquinagens.

5. Luisinha – Namorada de Leonardo.Casa-se com ele – não sem antes ficarviúva de José Manuel.

6. Vidinha – Amante de Leonardo.7. Major Vidigal – O terror da malandra-

gem carioca. É quem transforma Leo-nardo em soldado, depois em sargen-to da Milícia.

6. MARTINS PENA

Nascimento e morte – Luís Carlos MartinsPena nasce no Rio, em 1815. Falece emLisboa, em 1848.

Primeira comédia – Muito cedo, põe-se aescrever comédias (a primeira redação doJuiz de Paz na Roça é de 1833; o autor tem,então, dezoito anos), recebendo estímulo deJoão Caetano – o primeiro ator brasileiro.

Morte aos 33 – Torna-se Adido da legaçãobrasileira em Londres, mas, minado pela tu-berculose, é obrigado a regressar ao Brasil.Em trânsito por Lisboa, vem a falecer, comapenas trinta e três anos de idade.

Comédias coloquiais – Suas peças teatraissão escritas em linguagem coloquial, em pro-sa, com a única intenção de fazer rir. Paraisso, apresenta ao público carioca o ridículodos tipos roceiros e provincianos em contatocom a cidade grande.

OBRAS

1. O Juiz de Paz na Roça (comédia, 1838)2. O Inglês Maquinista (comédia, 1845) 3. O Judas em Sábado de Aleluia (comédia,

1844)4. O Noviço (comédia, 1845)5. Quem Casa Quer Casa (comédia, 1845)

Vaso Grego

Alberto de Oliveira

Esta, de áureos relevos, trabalhada

De divas mãos, brilhante copa, um dia,

Já de aos deuses servir como cansada,

Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia

Então, e, ora repleta ora esvazada,

A taça amiga aos dedos seus tinia,

Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,

Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às

[bordas

Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se de antiga lira

Fosse a encantada música das cordas,

Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

1. ENJAMBEMENT – Processo poético de pôr no

verso seguinte uma ou mais palavras que

completam o sentido do verso anterior. O termo

francês pode ser substituído por cavalgamentoou encadeamento. Note que o processo em

questão ocorre entre os versos 1/2, 5/6 e 10/11.

2. VERSOS DECASSÍLABOS – Todos os versos do

soneto têm dez sílabas métricas – prática comum

entre os poetas do Parnasianismo

3. SINÉRESE – O autor usa sinérese (contração de

duas sílabas em uma só, sem alteração de letras

nem de sons) no verso 5. Veja:

E/ra o/ poe/ta/ de/ Teos/ que a/ sus/pen/di/a

Essa prática garante a perfeição formal, ou seja,

que todos os versos sejam isométricos.

4. RIMAS RICAS – Ocorrem entre palavras de

classes diferentes. Encontramo-las nos seguintes

pares de versos: 2/4 (dia: substantivo; servia:

verbo), 9/12 (admira: verbo; lira: substantivo) e

11/14 (doce: adjetivo; fosse: verbo).

5. ORDEM INVERSA – Quando a inversão é

exagerada, tornando obscuro o sentido, chama-se

sínquise. Das quatro estrofes, a que tem ordem

mais caótica é a primeira. Para captar-lhe a idéia,

é necessário reescrevê-la na ordem direta. Veja:

“Esta copa brilhante, de relevos áureos, tra-

balhada de divas mãos, um dia, vinda do Olimpo,

como já cansada de servir aos deuses, servia a

um novo deus.

6. ANACREONTE – Poeta grego, natural de Teos

(século VI a. C.), famoso por suas canções de

amor irônicas e melancólicas.

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Teoria atômico-molecular1. Unidade de massa atômica (u)

Esta unidade equivale a 1/12 da massa de umátomo de 12C. É representada pela letra minús-cula u. 2. Massa Atômica

A massa atômica (MA) representa o quanto maispesado que 1/12 de um átomo de carbono-12 umátomo de elemento químico qualquer é.

Por exemplo, o Oxigênio tem massa atômica de16u, pois é mais pesado 16 vezes em relação auma parte de 12 de um átomo de carbono-12.

O átomo de Hélio possui 4u, ou seja, ele é trêsvezes mais leve que um átomo de 12C.

Obs.: Muitas vezes, o u da unidade é omitido emtabelas periódicas ou em provas de vestibulares.3. Massa atômica de um elemento químico

Os elementos químicos podem possuir váriosisótopos (mesmo número atômico, porém massadiferente), mas não seria viável representá-lostodos na tabela periódica. Por isso, as massasatômicas que vemos nessas tabelas são médiasponderadas das massas dos diversos isótoposestáveis existentes no universo que esse ele-mento químico possui.

Por exemplo, o oxigênio possui três isótoposestáveis:

– 16O – MA = 16u, equivale a 99,7% de todos osátomos de oxigênio do universo

– 17O – MA = 17u, são apenas 0,03% dos átomosde O

– 18O – MA = 18u, abundância de 0,2%

Fazendo a média ponderada:

16 x 99,7 + 17 x 0,03 + 18 x 0,2–––––––––––––––––––––––––––––– = 15,994 ≅ 16u

100

Como era previsto, a média ponderada deu umvalor próximo a 16, já que 99,7% dos átomos deoxigênio possuem essa MA.

Agora, veremos o exemplo do cloro. Isótoposestáveis de cloro:

– 35Cl – MA = 35u , representando 75,4% dosátomos de cloro.

– 37Cl – MA = 37u, é 24,6% dos átomos de cloro

35 x 75,4 + 37 x 24,6 –––––––––––––––––––– = 35,453 ≅ 35,5

1004. Massa Molecular

A massa molecular (MM) é a soma das massasatômicas dos átomos que compõem uma molé-cula. Por exemplo, numa molécula de água(H2O), teremos:

– H = 1u , como são dois hidrogênios = 2u

– O = 16u

– H2O = 2u + 16u = 18u

5. Mol

O mol é o nome da unidade de base do SistemaInternacional de Unidades (SI) para a grandezaquantidade de matéria (símbolo: mol). É uma dassete unidades de base do SI, muito utilizada naQuímica.

Seu uso é comum para simplificar representa-ções de proporções químicas e no cálculo deconcentração de substâncias.

A unidade mol é, muitas vezes, comparada à "dú-zia", pois ambas são adimensionais (sem unida-

des) e são utilizadas para descrever quantidades.Porém o uso do mol mostra-se adequadosomente para descrever quantidades deentidades elementares (átomos, moléculas, íons,elétrons, outras partículas, ou grupos específicosde tais partículas).6. Entidades elementares

Ao utilizar o termo mol, devemos especificarquais são as entidades elementares em questão(átomos, moléculas, íons, elétrons, outras partí-culas ou agrupamentos especificados de taispartículas).

Por exemplo, se fosse escrito apenas 4,44 mol dehidrogênio, seria impossível saber se significa4,44 mol de átomos ou de moléculas de hidrogê-nio. Uma maneira usual e conveniente é escrevera fórmula molecular da entidade elementar queestá contida pelo mol: 4,44 mol de H2; 6,28 ×10γ2 mol de PbO; 3 mol de Fe.

Quando a substância é um gás, geralmente asentidades elementares em questão são molécu-las. Porém gases nobres (hélio, neônio, argônio,criptônio, xenônio, e radônio) são monoatômicosnas condições ambientes (ou seja, cada entidadeelementar de um gás nobre é um único átomo).7. Mol e Constante de Avogadro

O conceito de mol está intimamente ligado àconstante de Avogadro (NA) (antigamente cha-mada de número de Avogadro), onde 1 mol tem,aproximadamente, 6,022 × 1023 entidades. Esseé um número extremamente grande. Exemplos:

1 mol de moléculas de um gás possui, aproxima-damente, 6,022 × 1023 moléculas desse gás.

1 mol de íons equivale a, aproximadamente,6,022 × 1023 íons.

1 mol de grãos de areia equivale a, aproximada-mente, 6,022 × 1023 grãos de areia.8. Mol e massa molar

A massa molar é a massa em grama de 1 mol deentidades elementares. A massa atômica e amassa molar de uma mesma substância são nu-mericamente iguais. Por exemplo:

Massa atômica do sódio = 22,99 u Massa molar do sódio = 22,99 g/mol Massa atômica do cálcio = 40,078 u Massa molar do cálcio = 40,078 g/mol

Deve-se, ainda, saber que 1 mol de diferentessubstâncias possui sempre o mesmo número departículas. No entanto a massa contida em 1 molvaria consideravelmente entre as substâncias.9. Mol e volume molar

Volume molar é a razão entre o volume e a quan-tidade de matéria. Equivale ao volume ocupadopor 1 mol de entidades elementares, podendoestar no estado gasoso ou no sólido. Nas CNTPe nas CPTP, o volume molar de um gás ideal é de,aproximadamente, 22,4 e 22,7 litros, respectiva-mente. Para o silício sólido, o volume molar é de,aproximadamentev 12,06 litros.

Em um dos experimentos realizados por Avoga-dro, foi observado que o volume de um gás é di-retamente proporcional ao número de suas partí-culas. Isso significa que, quanto maior a quanti-dade de moléculas de um gás, maior será o volu-me ocupado.10. Mol e molécula

Ambas as palavras mol e molécula têm suaorigem do Latim moles, que, entre seus muitossignificados, traz a idéia de "porção", "quantida-de", "massa" ou "grande massa".

Porém não se deve confundir o conceito de molcom o de molécula. Para evitar essa confusão,deve-se lembrar de que mol refere-se a umaquantidade de entidades elementares (aproxima-damente 6,022 × 1023 entidades, ou seiscentos edois sextilhões de entidades), enquanto que mo-

Aula 77

01. (FGV 95) Considere que a cotação do ouroseja R$11,40 por grama. Que quantidadede átomos de ouro, em mols, pode ser ad-quirida com R$9.000,00?(Dado: Massa molar do Au=197g/mol.)a) 2,0 b) 2,5 c) 3,0 d) 3,4 e) 4,0

02. O ácido oxálico (H2C2O4) é utilizado para ti-rar manchas de ferrugem em tecidos. Amassa molecular do ácido oxálico é:Dados: H=1u; C=12u; O=16ua) 30u b) 60u c) 90u d) 120u e) 150u

03. As massas moleculares do álcool etílico(C2H5OH) e do ácido acético (C2H4O2) são,respectivamente:a) 60 u e 46 u d) 40 u e 66 ub) 66 u e 40 u e) 46 u e 60 uc) 46 u e 66 u

Dados: H = 1 u; C = 12 u; O =16 u

04. A massa molecular da espécie CxH6O é46u, logo o valor de "x" é:a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5Dados: H = 1 u; C = 12 u; O = 16 u

05. A massa molecular da espécie C2HxO2 é60u, logo o valor de "x" é:a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5Dados: H = 1 u; C = 12 u; O = 16 u

06. A massa molecular da espécie H4P2Ox é146u, logo o valor de "x" é:a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5Dados: H = 1u; O = 16u; P = 31u

07. Se a massa molar do acetato de sódio(C2H3O2Na) é igual a 82g/mol, então a mas-sa atômica do sódio é igual a:a) 20u b) 21u c) 22ud) 23u e) 24uDados: H = 1u; C = 12u; 0 = 16u

08. A quantidade em mols e o número demoléculas encontrados em 90g de ácidoacético são, respectivamente:a) 1,5 e 9,0×1023 b) 1,0 e 9,0×1023

c) 1,5 e 6,0×1023 d) 1,0 e 6,0×1023

e) 1,5 e 7,5×1023

Dados: ácido acético = C2H4O2 Constante de Avogadro = 6,0×1023 H = 1u; C = 12u; O = 16u

09. Assinale a alternativa com a espécie demaior massa molecular:a) CH3COOH → ácido acéticob) HI → ácido iodídricoc) H2SO4 → ácido sulfúricod) H3PO4 → ácido fosfóricoe) H3PO3 → ácido fosforosoDados: H = 1u; C = 12u; O = 16u; P = 31u; S = 32u; I = 127u

QuímicaProfessor Pedro CAMPELO

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lécula (palavra originalmente derivada dodiminutivo de mol) refere-se à menor parte dasubstância que ainda é considerada aquela subs-tância.Exemplo: Um mol de água (ou da substânciaágua) tem, aproximadamente, 18 g. Imaginandoo mundo "microscópico", isso significa dizer que18 g de água tem 6,022 × 1023 (seiscentos e doissextilhões) moléculas de água.Outra confusão que pode ocorrer é com relaçãoàs grandezas massa molar e massa molecular. Amassa molar (representada pela letra "M") indicaa massa, em gramas, de 1 mol de qualquer enti-dade elementar, sendo que a massa molecular éa massa de uma única molécula de uma substân-cia, representada por unidade de massa atômica"u".11. O tamanho do molApesar de ser um número extremamente grandede entidades elementares, um mol de uma subs-tância pode referir-se a um pequeno volume. Pa-ra a substância água, por exemplo, 1 mol deágua líquida ocupa um volume um pouco maiordo que de uma colher de sopa cheia (1 mol deágua tem, aproximadamente, 18 mL); um mol degás nitrogênio (N2) inflará um balão com um diâ-metro de, aproximadamente, 30 cm; um mol deaçúcar de cana (C12H22O11) tem, aproximada-mente, 340 g. Todas essas quantidades de subs-tâncias citadas estão contidas em um mol, apre-sentando, aproximadamente, 6,022×1023 molé-culas.12. Volume molarVolume molar é a razão entre o volume e aquantidade de matéria. Equivale ao volume ocu-pado por 1 mol de entidades elementares (áto-mos, moléculas, íons, grupos específicos, partí-culas etc). A unidade de medida correspondenteno SI é o metro cúbico por mol (m3/mol), e as me-didas mais usuais são o centímetro cúbico pormol (cm3/mol), o mililitro por mol (mL/mol) e olitro por mol (L/mol).Atualmente o CODATA (CODATA, 2007)[1] reco-menda, para o volume molar de um gás ideal, osseguintes valores:Nas CNTP (273,15 K; 101 325 Pa): 22,413 996 ∃0,000 039 L mol–1

Nas CPTP (273,15 K; 100 000 Pa): 22,710 981 ∃0,000 040 L mol–1

Este é o melhor valor estimado para o volumemolar, conhecido também como valor verdadeiroconvencional (de uma grandeza).O termo "volume molar" não se limita apenas aovolume ocupado por entidades elementares noestado gasoso, podendo referir-se a entidadesno estado sólido. Como exemplo, pode-se citar ovolume molar do silício.Obs.: CNTP (Condições Normais de Temperaturae Pressão)

CPTP (Condições Padrão de Temperatura ePressão) 13. Fórmula mínima

Em Química, a fórmula empírica é uma expressãoque representa a proporção mais simples dosátomos que estão presentes em um compostoquímico. Pode coincidir ou não com a fórmulamolecular, que indica o número de átomos pre-sentes na molécula.A molécula de água está formada por doisátomos de hidrogênio e um de oxigênio, cujafórmula molecular é H2O, coincidindo com suafórmula empírica.Para o etano, entretanto, não ocorre o mesmo, jáque é formado por dois átomos de carbono e seisde hidrogênio, cuja fórmula molecular será C2H6e a fórmula empírica, CH3. Alguns compostos, como o cloreto de sódio ousal comum, carecem de entidades moleculares esó é possível falar de fórmula empírica: NaCl.Para encontrar a fórmula empírica de um com-posto, primeiro se obtém os mols de cada ele-mento, logo se divide cada um pelo de menorvalor e, finalmente, se encontram os númerosinteiros proporcionais.

14. Fórmula molecularFórmula Molecular, na Química, é aquela queinforma apenas o número de átomos em umamolécula, portanto, incompleta, pois priva-nos dacompreensão das ligações entre esses átomos eda distribuição eletrônica em tais ligações. Veja aseguinte fórmula molecular: C3H6OA partir dela, pode-se concluir que, em um moldessa substância, existem 3 mols de átomos decarbono, 6 de hidrogênio e 1 de oxigênio. Porémnão podemos saber a que substância ela serefere.Observe dois exemplos de substâncias que pos-suem essa fórmula:Uma cetona: Propanona (Dimetil Cetona ou Ace-tona) (H3CCOCH3)Um aldeído: Propanal (Propaldeído) (H3CCH2CHO)Pode-se observar que a Fórmula Molecular podegerar, às vezes, engano, quando se necessitadeterminar a substância, porém ela pode sermuito útil quando se deseja simplificar equaçõesde reações químicas.Fórmulas mais completas que a molecular, maisutilizadas na Química orgânica, são a fórmulaestrutural e a fórmula estrutural eletrônica ou deLewis.15. Fórmula percentualA microanálise, análise elementar ou análisecentesimal é um procedimento químico para sedescobrir quais são os elementos constituintesde uma determinada molécula e sua proporção.Através desse procedimento, determina-se a fór-mula bruta de compostos orgânicos.Através da pirólise de um determinado compostoque contenha O, C, S, N e H, principalmente, e daanálise dos gases resultantes de sua decom-posição (óxidos de N, SO2, CO2 e H2O), pode-mos saber a composição percentual em massadesses elementos. Por exemplo, a molécula doCH4 teria 75% de carbono em massa e 25% de H;uma molécula de etanol tem por fórmula brutaC2H6O, o que dá 34,7% de O, 52,1% de C e 13%de H. Essa é uma técnica destrutiva; as amostrassão destruídas durante as análises. Também échamada de análise elementar ou análisecentesimal.

Exercícios

01. (Unesp 91) Em 1 mol de molécula deH3PO4, tem-se:a) 3.1023 átomos de hidrogênio e 1023

átomos de fósforo.b) 1 átomo de cada elemento.c) 3 íons H+ e 1 íon (PO4)3–.d) 1 mol de cada elemento.e) 4 mols de átomos de oxigênio e 1 mol de

átomos de fósforo.

02. (Unesp 94) O limite máximo deconcentração de íon Hg2+ admitido pa-ra seres humanos é de 6 miligramaspor litro de sangue. O limite máximo,expresso em mols de Hg2+ por litro desangue, é igual a (Massa molar de Hg=200g/mol):a) 3×10–5. b) 6×10–3. c) 3×10–2.d) 6. e) 200.

03. (Unesp 95) Na natureza, de cada 5átomos de boro, 1 tem massa atômicaigual a 10u.m.a (unidade de massaatômica) e 4 têm massa atômica igual a11u.m.a. Com base nesses dados, amassa atômica do boro, expressa emu.m.a, é igual a

a) 10 b) 10,5 c) 10,8d) 11 e) 11,5

04. (Uel 94) Um hidrocarboneto de fórmulageral CnH2n–2 tem massa molar igual a96,0g/mol. Sua fórmula molecular é Dados: Massas molaresC = 12 g/molH = 1 g/mola) C5H8 b) C6H10 c) C7H12d) C8H14 e) C9H16

01. Assinale a alternativa que contém aespécie de "menor" massa molecular:a) ácido acético → CH3COOHb) ácido iodídrico → HIc) ácido sulfúrico → H2SO4d) ácido fosfórico → H3PO4e) ácido fosforoso → H3PO3Dados:H = 1u; C = 12u; O = 16u; P =31u; S = 32u; I = 127u

02. A quantidade de mols existentes em1,5×1024 moléculas de ácido fosfórico(H3PO4) é igual a:a) 0,5 b) 1,0 c) 1,5 d) 2,0 e) 2,5

03. (ITA 95) Considere as afirmações de I a Vfeitas em relação a um mol de H2O:I. Contém 2 átomos de hidrogênio.II. Contém 1 átomo de oxigênio.III. Contém 16g de oxigênio.IV. Contém um total de 10mols de

prótons nos núcleos.V. Pode ser obtido a partir de 0,5 mol de

oxigênio molecular.Destas afirmações estão CORRETAS:a) Apenas I e II. d) Apenas III, IV e V.a) Apenas I, II e III. e) Todas.c) Apenas III e VI.

04. (UEL 94) A amostra de 2,0 mols de carbonotem massa, aproximadamente, igual àde

a) 6,0 x 1023 moléculas de fluoreto de hidrogênio.b) 6,0 x 1023 moléculas de dióxido de carbono.c) 5,0 mols de hidrogênio.d) 1,0 mol de magnésio.e) 0,5 mol de oxigênio.Dados: Massas molares F=19g/mol;H=1g/mol; C=12g/mol; Mg= 24g/mol

05. (UEL 96) Considere as amostras:I. 10,0g de N2II. 5,0 mols de H2III. 6,0 × 1023 moléculas de O3IV. 1,0mol de COV. 32,0g de O2Dados: Massas molaresN = 14g/mol; H = 1g/mol; O = 16 g/mol; C = 12 g/molApresentam massas iguais SOMENTEa) I e II b) II e III c) IV e V d) I e II e) IV e V

06. (UEL 96) Considere as amostras:I. 10,0g de N2II. 5,0 mols de H2III. 6,0 × 1023 moléculas de O3IV. 1,0 mol de COV. 32,0g de O2Dados: Massas molaresN = 14 g/mol; O = 16 g/molHá maior quantidade de moléculas ema) I b) II c) IIId) IV e) V

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O relevo terrestre e sua dinâmica

“Os processos exógenos são movidos pelo calorsolar, que atua na superfície da crosta continentalatravés da atmosfera. Esses processos agemsobre o arranjo escultural das rochas e são osresponsáveis pela esculturação do relevo. As for-mas do relevo terrestre podem ser vistas comouma vasta peça de escultura, cujo escultor é aatmosfera com seus diversos tipos climáticos, e osubsolo é a matéria-prima”. (Ross, Jurandir. Osfundamentos da Geografia da natureza. InGeografia do Brasil. São Paulo, Edusp).

A composição do Planeta:

O planeta é formado por, basicamente, três ca-madas: crosta, manto e núcleo. Sua parte exter-na é sólida, sendo a parte do nosso planeta quemais se conhece. Já a interior foi muito menosdevassada pelo homem. Mesmo assim, sabe-semuito sobre ela. O estudo da propagação dasondas sísmicas geradas pelos terremotos nos dáidéia do que há no interior do planeta. Até ondesabemos, ele é formado por camadas concêntri-cas de material superaquecido. Cada uma delasapresenta níveis diferentes de temperaturas,pressões e densidades que aumentam progres-sivamente até o núcleo.

A crosta terrestre ou litosfera é a camada rígidado nosso planeta. Apresenta espessura que variaentre 50 a 60km. Podemos dividi-la em duascamadas. A exterior é chamada de crosta conti-nental ou sial (silício e alumínio) e é menos den-sa. Apresenta rochas como granitos, migmatitos,basaltos, rochas sedimentares, entre outras. Aoutra camada é conhecida como crosta oceânicaou sima (silício e magnésio), sendo mais densa.Entretanto ela é a menos larga, exibindo profun-didades de até 6km. Ela separa-se do manto peladescontinuidade de Mohorovicic (área onde adensidade e a composição do material é diferen-te).

O manto ou astenosfera é constituído por mine-rais em estado pastoso ou magmático em decor-rência das altas temperaturas aí verificadas (±2.000 °C). O material que o forma move-se se-gundo células de convecção. Todas as pertur-bações geológicas que chegam até nós(terremotos e vulcanismo) são resultantes dapressão exercida pelo magma que forma essacamada. Tem, aproximadamente, 4.600km de ex-tensão.

O núcleo, também chamado de nife (níquel eferro), é a parte central da Terra. O núcleo estáseparado do manto por uma descontinuidadechamada de Wiechert-Guntemberg, localizada acerca de 2900km de profundidade. Admite-seque tenha cerca de 1.700km de espessura comtemperaturas que podem chegar até 6.000 °C.

Fonte: adaptado de Popp, Geologia Geral, p12.

As rochas

As rochas são agregados naturais de minerais deum só tipo ou de diversos tipos. Podemos encon-trar na natureza três tipos de rochas.

As magmáticas foram formadas a partir da con-solidação do magma pastoso. Apresentam dife-renças provocadas pela forma como se resfria-ram e se solidificaram. Subdividem-se em intru-sivas e extrusivas. As intrusivas ou plutônicassão aquelas que sofreram lento resfriamento domagma. Em razão disso, apresentam cristaismacroscópicos. Como exemplo dessas rochas,podemos citar: granito, sienito, diorito etc. Asrochas extrusivas ou vulcânicas foramformadas pelo rápido resfriamento do magma noexterior da crosta. Elas apresentam cristaismicroscópicos, sendo percebidos apenas comuso de lentes especiais. Podemos citar, entre asextrusivas, o basalto, o diabásio, o andesito etc.

As metamórficas decorrem das transformaçõessofridas por rochas pré-existentes, submetidas aalterações em suas estruturas por ação da pres-são ou elevadas temperaturas ou em razão dosmovimentos das placas tectônicas. Comoexemplos, podemos citar: ardósia, filitos, xistos,gnaisses, quartzitos, mármores etc.

As sedimentares foram formadas por sedimen-tos clásticos ou detríticos e por precipitados quí-micos e orgânicos. Restos de animais e vegetaistambém deram origem a essas rochas. Todo equalquer material desagregado, transportado edepositado nas partes mais baixas onde se origi-naram tende a se consolidar com o tempo,dando origem a essas rochas. Podem ser detríti-cas, como o arenito, tilitos e outras. As químicaspodem ser: estalactite, estalagmites, dolomitosetc. Já as orgânicas têm no carvão mineral o seumelhor exemplo.

A estrutura geológica da Terra

Por estrutura geológica, entendemos a formacomo estão dispostas as rochas na litosfera. Es-sa disposição se dá em conseqüência das forçasinternas. No planeta, encontramos três domíniosestruturais ou macroformas estruturais do relevoterrestre. São os crátons ou plataformas, as ba-cias sedimentares e as cadeias orogênicas oucinturões orogênicos.

Os crátons ou plataformas correspondem a “umnúcleo da crosta continental estável, total ou am-plamente formado por rochas pré-cambrianascom estruturas complexas, normalmentegnáissicas ou xistosas e injetadas por batólitosgraníticos” (Hélio M. Penha, Processosendogenéticos na formação do relevo, IN:Antônio T. Guerra e Sandra B. Cunha (orgs.),Geomorfologia – uma atualização de bases econceitos. Rio de Janeiro, Bertrand, 1994, p.65.).

Essas estruturas sofreram intenso processo ero-sivo, o que resultou em formas desgastadas erebaixadas, exceto o Planalto das Guianas, queconserva considerável altitude. Quando estãoaflorados, recebem o nome de escudos. Comoexemplo, podemos citar o Fino-Escandinavo, oGuineano, o Australiano, o Chinês, o Siberianoou de Angara, o Canadense, o Brasileiro e o das

01. (Fuvest 2006) Intemperismo é o nome quese dá ao conjunto de processos que mo-dificam as rochas, fragmentando-as (in-temperismo físico) ou alterando-as (intem-perismo químico). O predomínio de umtipo em relação a outro, nas diversas re-giões da Terra, vai depender das tempera-turas, combinadas ao volume das precipi-tações e do estado físico da água.

Observando o mapa (fig. 1), é correto afir-mar que, nas regiões A, B e C, hápredomínio, respectivamente, do intem-perismo:a) Químico, físico, químico.b) Físico, químico, químico.c) Químico, químico, físico.d) Físico, físico, químico.e) Químico, físico, físico.

02. (Mackenzie) Os processos exógenos sãoresponsáveis pelo modelado do relevoterrestre, e sua atuação varia de acordocom o clima. Portanto é correto afirmarque:a) é muito comum, em áreas de clima tropical,

a presença de solos profundos, em virtudeda intensa ação de intemperismo químico;

b) em áreas desérticas, a grande amplitudetérmica entre o dia e a noite dificulta a me-teorização física;

c) em área de clima equatorial, o processo deintemperismo químico é mais lento, por nãoexistirem grandes oscilações térmicasdiárias;

d) a má infiltração e má drenagem da água,em áreas de clima de altas montanhas,favorecem tanto o intemperismo químicocomo a erosão;

e) em áreas de clima polar, a ação do intempe-rismo químico se faz mais presente emvirtude do congelamento da água, que seexpande em seu volume.

03. (PUC–MG) Os movimentos da placa nipô-nica em áreas de colisão explicam a for-mação geológica do território japonês.Assinale a opção que NÃO se relaciona aessa estrutura geológica.a) O território japonês está sujeito a intensas

ações endógenas, como vulcanismo e tec-tonismo.

b) As características geológicas geram dificul-dades para o Japão suprir suas necessida-des de recursos minerais próprios.

c) O território descontínuo do arquipélago édominado por um conjunto de terras altas.

d) As formas de relevo desfavorecem o poten-cial hidráulico para produção de energia.

Aula 78

GeografiaProfessor HABDEL Jafar

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Guianas. Quando essas estruturas estão recober-tas por rochas sedimentares, recebem o nomede plataforma coberta ou embasamento cristali-no.

“As bacias sedimentares constituem outra estru-tura de grande representatividade territorial aolongo dos continentes. [...] são formadas por es-pessos pacotes de rochas sedimentares quechegam a ultrapassar 5.000 metros. Bacias sedi-mentares como a do Colorado e do Mississi-pi–Missouri (EUA), do Tchad, Congo e Zambeze,na África, a do Centro-Norte da Europa, a doCentro-sul da Austrália, a Amazônica, a do Par-naíba e a do Panamá, na América do Sul, sãoexemplos de bacias cujas origens e idades sãoposteriores ao Pré-Cambriano. São chamadas debacias fanerozóicas, ou seja, que se formaram aolongo do Paleozóico, do Mesozóico e do Ceno-zóico, através de diferentes fases de deposiçãomarinha, glacial ou continental.” (Ross, JurandyrL.S. Geografia do Brasil. São Paulo, Edusp,2000.).

As cadeias orogênicas ou cinturões orogênicossão os terrenos de grande instabilidade tectôni-ca. Apresentam altimetria elevada e são resultant-es de dobramentos das estruturas rochosas. In-trusões, vulcanismo, abalos sísmicos e falhamen-tos são características comuns nessas estruturas.Situam-se, principalmente, nas bordas de placastectônicas. Entre as principais cadeias orogêni-cas da Terra, destacam-se: na América do Sul, aCordilheira dos Andes; na América do Norte,Montanhas Rochosas e Serra Nevada; naEuropa, os Pireneus e os Alpes; na Ásia, temos oCáucaso, os Cárpatos e o Himalaia; na África, aCadeia do Atlas.

Essas cadeias de montanhas representam osmais recentes terrenos produzidos pelas forçasinternas do planeta. Suas idades estão situadasentre o fim do Mesozóico e o Cenozóico. Os mo-vimentos tectônicos são a gênese dessas estru-turas e estão relacionados à tectônica de placas.

Os agentes do relevo

“[...] As forças que determinam a atuação dosprocessos geradores das formas do relevo, ouseja, a morfodinâmica, são de duas origens, e W.Penck denominou-as de endógenas e exógenas.Desse modo, o relevo é produto do antagonismode forças que atuam de fora para dentro, atravésda atmosfera e de dentro para fora, através dalitosfera e da energia do interior da Terra. Assim,a energia endógena representada pelas litolo-gias, pelo arranjo estrutural destas e pelas pres-sões magmáticas criam formas estruturais nosrelevos da superfície terrestre. Já a energia exó-gena, comandada pelo Sol através da camadagasosa que envolve a Terra, produz o desgasteerosivo das formas estruturais e gera a escultura-ção, produzindo as formas esculturais.” (Ross,Jurandyr L.S. Geomorfologia - ambiente e pla-nejamento. Contexto, São Paulo, 2001).

Agentes da dinâmica interna:

O tectonismo, também chamado de distrofismo(distorção), resulta de ações como as altas pres-sões e temperaturas originadas na parte internado planeta ou da deriva continental e dos cho-ques entre as placas tectônicas. Pode ser epiro-genético ou orogenético. “A epirogênese corres-ponde a movimentos lentos e generalizados dacrosta continental e podem provocar rebaixa-mento e soerguimento. Já a orogênese corres-ponde a movimentos que “se caracterizam pordeformar as estruturas rochosas” (POOP, José H.Geologia Geral. Livros Técnicos e Científicos,Rio de Janeiro, 1998.).

Na epirogênese, as forças são exercidas vertical-mente sobre as camadas de rochas rígidas, po-dendo provocar levantamentos ou rebaixamen-tos que se constituem em falhas. Quando as

forças são exercidas horizontalmente em cama-das de rochas elásticas, provocam dobramentosque podem dar origem a montanhas ou cordilhei-ras.

Os abalos sísmicos, também chamados de terre-motos (quando ocorrem no continente) estão re-lacionados aos movimentos das placas tectôni-cas e às manifestações vulcânicas. São movi-mentos naturais da crosta terrestre que se propa-gam por meio de vibrações.

O vulcanismo consiste na efusão de materialmagmático fluido através de orifícios e de fendasna parte externa do planeta. Tem suas causas li-gadas à tectônica de placas, sendo mais intensasua ocorrência ao longo das dorsais mesoceâni-cas e nas cadeias orogênicas.

Agentes da dinâmica externa:

São os processos transformadores ou escultoresdo modelado. As alterações que provocam acon-tecem através de processos químicos e físicos. Ointemperismo físico provoca a fragmentação pro-gressiva das rochas que estão mais expostas àsuperfície e à ação dos agentes atmosféricos. Jáo intemperismo químico processa-se em razãodas reações químicas da água.

A ação das águas pode acontecer através da ero-são provocada pelos rios (erosão fluvial), daschuvas (erosão pluvial), pela abrasão marinha epela ação das geleiras (erosão glacial). A açãodos ventos provoca o desgaste das estruturas, otransporte dos materiais erodidos e a sua deposi-ção (eólica), que vão formar as dunas das praiase dos desertos.

Exercícios

01. (Unifesp) Na última década, várias pes-quisas na África e na América do Sulconfirmaram a hipótese de que elas for-mavam um continente no passado. As-sinale a alternativa que identifica corre-tamente a era geológica em que a se-paração ocorreu e o nome do novocontinente que ela gerou.a) Cenozóica; Pangea.b) Mesozóica; Gondwana.c) Pré-Cambriano; Gondwana.d) Paleozóica; Pangea.e) Quaternário; Gondwana.

02. (UFC) Alguns processos naturais ocor-rem durante longos períodos no tempogeológico, ou seja, são processos dinâ-micos contínuos. Outros ocorrem demodo brusco e descontínuo e podemtornar-se eventos catastróficos. Indiquea alternativa verdadeira que destacadois processos dinâmicos descontí-nuos e que podem ocasionar catástro-fes.a) Terremotos e impactos de meteoritos. b) Erosão de um rio meândrico e falhamen-

tos. c) Epirogênese e compactação de sedi-

mentos. d) Fluxo térmico do interior da Terra e vulca-

nismo. e) Crescimento de recifes e inundações tor-

renciais.

01. (PUCPR) Em outubro de 2005, a regiãoassinalada no mapa a seguir foi sacudidapor um dos maiores terremotos desteinício de século, provocando a morte dedezenas de milhares de pessoas e incon-táveis danos materiais.

A região em questão e os países maisatingidos são, respectivamente:a) o deserto de Góbi, atingindo a Mongólia e

o norte da China;b) a Caxemira, atingindo o nordeste do Pa-

quistão e o norte da Índia – países que hádécadas disputam essa área, cuja popula-ção é majoritariamente muçulmana;

c) a Cisjordânia, atingindo Israel, Palestina,Jordânia e Síria;

d) o altiplano tibetano e a porção setentrionaldos contrafortes do Himalaia, atingindo es-pecialmente a China (que ocupa o Tibetedesde que o invadiu em 1950) e o Nepal;

e) a Sibéria, atingindo exclusivamente terri-tórios do norte da Rússia.

02. (PUCRS) Os desertos, paisagens distri-buídas em todo o globo, ocorrem por ra-zões que diferem conforme o local emque se encontram. O Deserto do Saara,situado na África, e o Deserto doColorado, situado nos Estados Unidos daAmérica do Norte, têm como causa prin-cipal, respectivamente,a) altas altitudes e continentalidade;b) proximidade com o Oceano Pacífico e bai-

xas pressões;c) correntes marinhas frias e elevadas altitu-

des;d) alta pressão atmosférica e encostas de so-

tavento;e) baixas latitudes e correntes marinhas frias.

03. (Unesp) A figura representa o processode evolução de uma forma de relevo as-sociada à água.

Assinale a alternativa que contém o tipode paisagem, o processo geomorfológicoatuante e o resultado final.a) Paisagem lacustre; sedimentação; desapa-

recimento do lago.b) Paisagem marinha; assoreamento; falésia.c) Paisagem fluvial; abrasão; terraço.d) Paisagem pluvial; desmatamento; revege-

tação.e) Paisagem desértica; pedimentação; dunas.

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15

DESAFIO HISTÓRICO (p. 3)01. B;02. A;03. C;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 4)01. B;02. E;03. C;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 5)01. C;02. C; 03. E; 04. C;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6)01. D;02. D; 03. E; 04. B;

EXERCÍCIOS (p. 6)01. D;02. B;03. C;04. C;05. A;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 7)01. C; 02. B; 03. C; 04. D; 05. B; 06. D;07. B; 08. E; 09. E;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 8)01. A; 02. C; 03. B; 04. D; 05. E; 06. D;07. D; 08. E; 09. B;

DESAFIO QUÍMICO (p. 9)01. D;02. B; 03. E; 04. A; 05. C; 06. C;07. E; 08. B; 09. A;

DESAFIO QUÍMICO (p. 10)01. C;02. C; 03. C; 04. A; 05. D; 06. D;07. E; 08. B;

EXERCÍCIOS (p. 11)01. C;02. B;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 11)01. E;02. A;03. B;04. C;05. B;

APLICAÇÃO 1 (p. 12)01. D;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 13)01. C;02. D;03. E;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 14)01. A;02. E;03. E;

ATIVIDADES (p. 14)01. C;02. D;

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 12

LEITURA OBRIGATÓRIA

Canção do Exílio

Murilo Mendes

Minha terra tem macieiras da Califórnia

onde cantam gaturamos de Veneza.

Os poetas da minha terra

são pretos que vivem em torres de ametista,

os sargentos do exército são monistas,

[cubistas,

os filósofos são polacos vendendo a

[prestações.

A gente não pode dormir com os oradores

[e os pernilongos.

Os sururus em família têm por testemunha

[a Gioconda.

Eu morro sufocado em terra estrangeira.

Nossas flores são mais bonitas

nossas frutas mais gostosas

mas custam cem mil réis a dúzia.

Ai quem me dera chupar uma carambola

[de verdade

e ouvir um sabiá com certidão de idade!

Do livro Poemas (1930)

1. SEXTILHAS E DÍSTICO – As duas primeiras

estrofes contêm seis versos (sextilhas); a última,

dois versos (dístico).

2. VERSOS PROSAICOS – Note que os versos não

têm um tamanho tradicional (entre 5 e 12 síla-

bas), ou seja, ultrapassam as medidas convencio-

nais praticadas antes do Modernismo. Quando o

verso ultrapassa 12 sílabas métricas, merece a

classificação de prosaico (tem aparência de

prosa).

3. ANÁFORA – Na segunda estrofe, a repetição de

nossas no início de dois versos constitui

anáfora.

4. PARÓDIA – Pela leitura, nota-se, facilmente, a

intenção do autor: fazer uma imitação burlesca de

uma composição literária do passado (a Canção

do Exílio de Gonçalves Dias). Compor paródias

para criticar autores de períodos literários ante-

riores é tática bastante adotada na Primeira Fase

Modernista (1922-1930).

5. IRONIA – O poeta insinua que os brasileiros

estão cercados de elementos estrangeiros: plan-

tas (macieiras da Califórnia), pássaros (gatura-

mos de Veneza), arte (Gioconda). E vem a ironia

maior: até o sabiá, símbolo de brasilidade desde

a época do Romantismo, está sob suspeita. O

autor só acredita que ele é realmente brasileiro se

exibir a certidão de idade.

Calendário2008

Aulas 156 a 191

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Page 16: Apostila Aprovar Ano05 Fascículo13 Geo Qui

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