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Apostila Aprovar Ano05 Fascículo33 Fis Geo

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Caro estudante,

Durante oito meses, estivemos juntos naacumulação de conhecimentos, tendocomo foco os seus objetivos profissionaise, ainda, a nossa responsabilidade naoferta de oportunidades de ingresso noensino superior com o apoio do Aprovar,o pré-vestibular gratuito oferecido peloGoverno do Estado por meio da UEA.

Inicialmente direcionado para o concursovestibular da UEA, o Aprovar teve o seuprojeto pedagógico ampliado, tendocomo foco um novo público-alvo, ade-quando-se ao calendário escolar dasredes pública e privada, de modo apermitir que seus alunos possam prestaroutros concursos, tanto de universidadespúblicas ou privadas quanto de outrasinstituições da administração pública.

Incorporado definitivamente à vida estu-dantil do Amazonas, o Aprovar dá maisum passo à frente. Trata-se do Aprovar naEmpresa, cujo objetivo é envolver empre-sas do Pólo Industrial de Manaus no sen-tido de oferecer aulas gratuitas para fun-cionários. Dessa forma, o projeto Apro-var, que já se configura como um instru-mento de políticas públicas de inclusãosocial, amplia sua gama de atuação aofazer essa interface com a indústria. Amodernização e a adequação do projetovão ao encontro de uma nova realidade,com foco nas dinâmicas do mercado detrabalho e de qualificação profissional.

Nossos resultados vão além dos núme-ros: 40 mil apostilas distribuídas sema-nalmente em 98 escolas da rede públicada capital e 137 do interior. E outras 40mil nas unidades de Pronto Atendimentoao Cidadão (PACs) da capital. Em cincoanos de implantação, O Aprovar conta-biliza um índice de aprovação de 19% novestibular da UEA. Ou seja, 3,5 mil alunosque ingressaram na UEA, nos últimoscinco anos, afirmaram ter estudado peloAprovar.

Nesta quinta edição, procuramos ajudá-loem sua escolha profissional com esteespaço do Guia de Profissões. Por isso,incluimos as características básicas dasvárias profissões e dos cursos de gradua-ção oferecidos atualmente e, ainda, a gra-de curricular dos cursos cujas profissõesem destaque foram abordadas em nossoGuia de Profissões e são oferecidas pelaUEA. Este guia, idealizado para ser umacontribuição aos nossos estudantes, foibaseado em informações disponibiliza-das por instituições de ensino superior detodo o Brasil.

Para você que vai enfrentar mais algumconcurso público ou vestibular até o finaldo ano, esperamos ter contribuído paraaprimorar seus conhecimentos. Paravocê que tem como foco o vestibular daUEA, até a próxima edição.

Boa Sorte!

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ÍndiceFÍSICA

Física Moderna – Relatividade

.................................................... Pág. 03

(aula 193)

GEOGRAFIA

A organização do espaço amazonense

................................................... Pág. 05

(aula 194)

BIOLOGIA

Super-revisão ........................... Pág. 07

(aula 195)

LITERATURA

Modernismo V – Prosadores da Segunda

Fase ........................................... Pág. 09

(aula 196)

QUÍMICA

Revisão ....................................... Pág. 11

(aula 197)

GEOGRAFIA

Brasil: Imigração ..................... Pág. 13

(aula 198)

Referências bibliográficas ...... Pág. 15

Guia de Profissões

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Fisíca Moderna –Relatividade

Duas teorias propostas pelo físico Albert Einstein(1879-1955) revolucionaram a Física no século XX.As teorias da Relatividade Restrita e da Rela-tividade Geral expressam a idéia de que não hámovimentos absolutos no Universo, apenas rela-tivos. Para Einstein, o Universo não é plano comona geometria euclidiana, nem o tempo é absoluto,ambos se combinam em um espaço-tempo curvo.Enquanto para a geometria clássica a menordistância entre dois pontos é a reta, na teoria deEinstein, é a curva. Na verdade, as duas teorias são uma só, masforam apresentadas por Einstein em momentosdiferentes. A Teoria da Relatividade Restrita foiproposta em 26 de setembro de 1905. Por meiodela são postulados o princípio da relatividade –as leis físicas são as mesmas em todos os siste-mas de referência inerciais – e o princípio daconstância da luz. De acordo com a RelatividadeRestrita, se dois sistemas se movem de modouniforme em relação um ao outro, é impossíveldeterminar algo sobre seu movimento, a não serque ele é relativo. Isso se deve ao fato de a velo-cidade da luz no vácuo ser constante, sem depen-der da velocidade de sua fonte ou de quem aobserva. Com isso, verifica-se que massa e energia sãointercambiáveis – o que resultou na equaçãomais famosa do século: E = mc². Um dos empre-gos dessa fórmula é na energia nuclear, seja emreatores para produzir eletricidade, seja emarmas nucleares. Uma massa pequena de urânioou plutônio, de alguns quilos, basta para produziruma bomba capaz de destruir uma cidade, pois aquantidade "E" equivale a "m" multiplicado por300mil km/s. Também se depreendem da Relatividade Restritafenômenos dos quais o senso comum duvida:para um observador parado, um relógio em mo-vimento parece andar mais devagar do que umrelógio estacionário, ou a massa de um objetoaumenta com sua velocidade. A Teoria da Rela-tividade Geral, de 1916, amplia os conceitos aoutros sistemas, como os sistemas de referênciaacelerados e às interações gravitacionais entre amatéria. Einstein explica essas interações comoresultado da influência dos corpos – como osplanetas – na geometria do espaço – tempo curvo(um espaço de quatro dimensões, sendo a quar-ta, o tempo).Dito de maneira simples: qualquer elétron emmovimento ou qualquer objeto em movimentopassa a ter massa maior quando se desloca emrelação a um observador do que quando se en-contra em repouso relativamente a esse mesmoobservador. À medida que a velocidade desseobjeto se aproxima da velocidade da luz, suamassa se torna infinita.Um dos mais significativos aspectos do trabalhode Albert Einstein foi o de repensar os conceitosde eletricidade e de magnetismo. Tais conceitosestão unificados nas equações de Maxwell, masa teoria da relatividade proporciona uma maneiranova de encará-la. Einstein demonstra que, umavez em movimento, o elétron, a força elétrica sealtera e o elétron passa a gerar força magnética.Em outras palavras, a eletricidade e o magne-tismo são, em essência, o mesmo fenômeno, e oaspecto que recebe realce depende da

velocidade do observador relativamente aoelétron. Para comparar os ritmos em que dois aconteci-mentos ocorrem, é necessário usar um relógio.Na visão da Física Clássica, o ritmo em que ascoisas acontecem independente do referencialusado para observá-las. Isso era algo admitidocomo evidente por si mesmo. Na Relatividade,não se faz essa suposição e, surpreendentemen-te, conclui-se que ela não é verdadeira.

DILATAÇÃO DOS TEMPOS

A Teoria Especial da Relatividade, proposta porAlbert Einstein em 1905, restringe-se a compararreferenciais inerciais (que se movem uns emrelação aos outros, com velocidade constante)em movimento relativo. Os casos fora dessecontexto exigem uma abordagem superior e sãotratados na Relatividade Geral.São dois os postulados da Relatividade Especial:

a) As leis da Física são as mesmas em todos osreferenciais inerciais.

b) A velocidade da luz independe do movimentoda fonte ou do observador.

Para dar uma idéia das conseqüências dessespostulados, em relação à Física Clássica ou aosenso comum, vamos reproduzir, de maneirasimples, um caso particular muito explorado, massem prejuízo da validade geral:Um carro move-se com velocidade v, constanteem relação ao solo. Nesse carro, há uma lâm-pada e um espelho. Uma pessoa dentro docarro mede, com um relógio, o intervalo detempo entre a emissão de um pulso de luz (1) eo retorno desse pulso (2) após a reflexão noespelho.

Esse intervalo de tempo (Δtcarro), medido noreferencial do carro, é o tempo que a luz levapara ir da lâmpada ao espelho e voltar à lâm-pada. Então:

2dΔtcarro = ––––, em que d é a distância da lâmpadac

ao espelho, e c é a velocidade da luz.Vejamos agora como esse fenômeno é registradopor uma pessoa fora do carro, parada em relaçãoao solo enquanto o carro passa por ela.

Nesse caso, para medir o intervalo de tempoentre a emissão e o retorno do pulso, a pessoaprecisa de dois relógios sincronizados: um paramedir o intervalo de tempo do trajeto (1) e outropara registrar o tempo de (2). O percursoefetuado pela luz (2L) é maior que no casoanterior (2d).Como a velocidade da luz é a mesma emqualquer dos referenciais (2.o postulado deEinstein), o intervalo de tempo entre os doisacontecimentos (Δt) medido pela pessoa fora

Aula 193

FísicaProfessor Carlos Jennings

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ALBERT EINSTEIN

O físico alemão Albert Einstein, que se radicou

nos EUA, é considerado um dos maiores gê-

nios científicos de todos os tempos. Nasceu

em Ulm, mas viveu em Munique e na Suíça.

Em 1900, formou-se na Escola Politécnica de

Zurique. Cinco anos depois, formulou a Teoria

da Relatividade Restrita e passou a publicar

artigos sobre Física teórica. Em 1909, tornou-

se professor da Universidade de Zurique e,

em 1914, pesquisador do Instituto de Física

Kaiser Guilherme, em Berlim.

Um ano depois, enuncia a Teoria Geral da

Relatividade, que apresenta uma nova visão

dos fenômenos gravitacionais. Em 1921,

recebe o Prêmio Nobel de Física pela

explicação do efeito fotoelétrico. Com a

chegada de Hitler ao poder, é obrigado a

fugir do país. Vai para os EUA e ganha

cidadania norte-americana em 1940. Suas

teorias permitem a construção da primeira

bomba atômica. Após as explosões no

Japão, no final da 2.ª Guerra Mundial (1939-

1945), defende a fiscalização do uso da

energia atômica e luta pelo pacifismo. Diante

dos avanços de outros cientistas, reconhece

que sua teoria que defende a idéia de um

Universo estático está errada. Nos anos 80,

pesquisadores provam que as teorias da

relatividade são compatíveis com o modelo

de Universo em expansão.

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2Ldo carro é Δt = ––––

c Comparando Δt com Δtcarro, concluímos que Δt émaior que Δtcarro, ou seja, o relógio em movi-mento funciona mais lentamente que o relógioem repouso.Esses dois intervalos de tempo estão assimrelacionados:

Na expressão, Δt0 é o intervalo de tempo medi-do pelo observador em repouso no interior docarro e Δt é o tempo medido pelo observadorfora do carro.Conclusões:1. Se a velocidade v do carro for muito menor

que a velocidade da luz, Δt e Δt0 são prati-camente iguais. Isso significa que, para asvelocidades do nosso cotidiano, os efeitosrelativísticos são desprezíveis.

2. À medida que a velocidade v do carro apro-xima-se da velocidade da luz, os efeitos rela-tivísticos tornam-se cada vez mais acentua-dos.

CONTRAÇÃO DAS DISTÂNCIAS

Se utilizarmos o mesmo exemplo do carro, quese move com velocidade v, constante em relaçãoao solo, para comparar medidas do comprimentodo carro feitas por diferentes observadores,obteremos:

Na expressão, Lo é o comprimento medido peloobservador em repouso no interior do carro, e Lé o comprimento medido pelo observador forado carro.Conclusão:Como o fator é sempre menor que 1,

podemos dizer que os corpos em movimentosofrem uma contração na direção desse mo-vimento em relação ao tamanho que têm quan-do medidos em repouso.

DINÂMICA RELATIVÍSTICA

Além do espaço e do tempo, a massa também éabordada na Teoria da Relatividade: a massa deum corpo não é invariável, mas aumenta como aumento da velocidade. Lembre-se de que,para a Física Clássica, a massa é invariável. Sedesignarmos por mo a massa de repouso de umapartícula, a inércia dessa partícula, quando elaestiver com velocidade v, será dada por:

Entenda que a alteração na inércia de umapartícula não significa aumento de matéria. Setivermos, por exemplo, um elétron acelerado emalta velocidade, a quantidade de matéria conti-nua sendo a de um elétron, mas sua inércia, emrelação ao referencial em que se move, écalculada pela expressão acima.

Aplicação

(UEA – Aprovar) O professor Adelino Ribeiroconsome 960 gramas de uma feijoada light em24 minutos. Para experimentar os fundamentosda Relatividade, ele resolveu repetir esse feitoviajando em altíssima velocidade. Para tanto,embarcou numa nave, de 10 metros de compri-

mento, capaz de desenvolver uma velocidade (v)correspondente a 80% da velocidade da luz (c),ou seja, v = 0,8c. O professor Pedro Cordeiro,dispondo de um eficiente telescópio, ficou naTerra para realizar as medidas (descontando otempo de propagação da luz) do tempo que oAdelino levou para devorar a feijoada, da massaque ele consumiu e do comprimento da nave,nas circunstâncias de um deslocamento emaltíssima velocidade. Quais foram os resultados?Solução:

a) O tempo em que o Adelino limpou o prato:Δt0 = 24min; v = 0,8c

b) A massa de feijoada consumida:

c) O comprimento da nave:

Energia relativística – Uma conclusão muitoimportante da Teoria Especial da Relatividade é afamosa expressão de Einstein:E = mc2

Ela é usada para o cálculo de transformação demassa em energia e constitui a chave para acompreensão da energia nuclear.Para uma partícula, cuja massa de repouso é moe que se desloca com velocidade v, a energiacinética Ec é dada pela diferença entre a energiarelativística total (E = mc2) e a energia derepouso (Eo = moc2):

Para velocidades muito baixas, em relação àvelocidade da luz, a expressão clássica

mv2

Ec = –––– funciona como excelente precisão2

Para velocidades maiores, a diferença vai-seacentuando, uma vez que a expressão clássicanão considera a variação de massa durante oprocesso de aceleração.Importante: a Relatividade não é uma negaçãoda Física Clássica, mas um refinamento dela,tanto que as verificações experimentais maisprecisas só foram alcançadas muitos anosdepois de Einstein ter lançado a teoria.

Aplicação

Qual é a energia total de um próton de massa1,67 . 10−27kg que se desloca com velocidade0,6c? E a energia cinética?

Solução:

a) Energia total:

b) Energia cinética:

Ec = ET − E0 = ET − m0c2

Ec = 1,87 . 10−10 − 1,67 . 10−27 . (3.108)2

Ec = 0,377 . 10−10J

01. (UFRN – adaptado) Sendo a velocidadede propagação da luz igual a 3.108m/s,calcule a energia de repouso de 1g dematéria, em joule.

02. (UFRN) Nos dias atuais, há um sistema denavegação de alta precisão que dependede satélites artificiais em órbita em tornoda Terra. Para que não haja erros signi-ficativos nas posições fornecidas poresses satélites, é necessário corrigir rela-tivisticamente o intervalo de tempo medi-do pelo relógio a bordo de cada um des-ses satélites. A Teoria da RelatividadeEspecial prevê que, se não for feito essetipo de correção, um relógio a bordo nãomarcará o mesmo intervalo de tempo queoutro relógio em repouso na superfície daTerra, mesmo sabendo-se que ambos osrelógios estão sempre em perfeitas con-dições de funcionamento e foram sincro-nizados antes de o satélite ser lançado.

Se não for feita a correção relativística para o

tempo, o relógio de bordo ficará:

a) adiantado em relação ao relógio em terra

enquanto for acelerado em relação à Terra;

b) cada vez mais adiantado em relação ao

relógio em terra;

c) atrasado em relação ao relógio em terra

durante metade de sua órbita e adiantado

durante a outra metade da órbita;

d) cada vez mais atrasado em relação ao

relógio em terra.

03. (UFSE) A Teoria da Relatividade de Eins-tein formaliza adequadamente a mecânicapara os corpos que viajam a velocidadesmuito altas, evidenciando as limitações daMecânica Newtoniana.De acordo com essa teoria, analise asafirmações:

( ) A velocidade limite para qualquer corpo é

a velocidade da luz no vácuo, aproximada-

mente, 3,0.108m/s.

( ) O tempo pode passar de maneira diferente

para observadores a diferentes

velocidades.

( ) As dimensões de um objeto são sempre as

mesmas, quer ele esteja em repouso, quer

em movimento.

( ) A massa de um elétron viajando à metade

da velocidade da luz é maior que a do

elétron em repouso.

( ) A célebre equação E = mc2 pode explicar

a energia que o Sol emite quando parte de

sua massa converte-se em energia.

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A organização do espaçoamazonense

1. CONQUISTA E EXTRATIVISMO

Com a “descoberta” da Amazônia, logo passou aser freqüentada por espanhóis, franceses, ho-landeses e ingleses. Os portugueses só começa-ram a chegar no início do século XVII, fundandofortes e expulsando os estrangeiros, iniciandopelos franceses que estavam em São Luís, noMaranhão, que foram expulsos em 1615. Logoem janeiro do ano seguinte, os portuguesesfundam, na foz do rio Amazonas, o Forte doPresépio, que originou a vila de Nossa Senhorado Belém do Grão-Pará, hoje Belém. Foram fun-dados vários outros fortes ao longo do rio Ama-zonas, como Gurupá, Pauxis (Óbidos), Tapajós(Santarém), São José do Rio Negro (Manaus) eoutros. Junto com as expedições militares, segui-ram os missionários, como jesuítas, carmelitas efranciscanos. A presença portuguesa resultou na ampliação doterritório, na fundação de núcleos, de fortificaçõese de missões ao longo dos rios Amazonas,Branco, Negro, Madeira, Tapajós e Xingu. Maistarde, para evitar conflitos, o rei dividiu entre asordens religiosas a região amazônica, ficando osjesuítas com a calha sul do Amazonas e as outrascongregações religiosas com a calha norte.

2. EXPLORAÇÃO CAPITALISTA E MODELOSDO DESENVOLVIMENTO

O planejamento regional para a Amazônia tomoumaior importância apenas em 1953, com a cria-ção da Superintendência do Plano de ValorizaçãoEconômico da Amazônia (SPVEA) no final dogoverno Vargas. O órgão federal tinha o objetivode coordenar os planos governamentais para aregião. A lei que criou o SPVEA definiu a Ama-zônia Brasileira, que abrangia os estados do Paráe Amazonas, os então territórios do Acre, Amapá,Guaporé (atual Rondônia) e Rio Branco (atualRoraima), além de parte dos estados do Mara-nhão (a oeste do meridiano de 44° W), de Goiás(ao norte do paralelo de 13°S, área quecorresponde ao atual Estado de Tocantins) eMato Grosso (ao norte do paralelo de 16°s).O planejamento regional para a Amazônia ganhounovo impulso após a transferência da capital fede-ral e a construção da rodovia Belém – Brasília. Em1966, no quadro da política de integração nacionaldo regime militar, o SPVEA era extinto e, no seulugar, criava-se a Superintendência para o Desen-volvimento da Amazônia (Sudam). O novo órgão deplanejamento ganhou um poderoso braço finan-ceiro, com o estabelecimento do Banco da Ama-zônia (Basa), destinado a financiar empreen-dimentos privados dirigidos para o Grande Norte.A lei que criou a Sudam redefiniu a AmazôniaBrasileira, que passava a se denominar Amazô-nia Legal. Em 1977, com o desmembramento doMato Grosso do Sul, foram ampliados os limitesda região de planejamento. A Amazônia Legalpassou a abranger a totalidade do Estado doMato Grosso, perfazendo uma superfície de 5,2

milhões de km2, ou cerca de 61% do territóriobrasileiro.Os grandes projetos

Os projetos minerais e industriais concentraram-se em Belém e seus arredores e na Zona Francade Manaus (ZFM). Os projetos florestais e agro-pecuários, mais numerosos, concentraram-se noMato Grosso e sobre o eixo da Belém – Brasília,abrangendo o atual Estado do Tocantins, o sul doPará e o oeste do Maranhão. Os incentivos tota-lizavam, em geral, metade dos recursos neces-sários para os projetos agropecuários. O desma-tamento e a formação de pastagens extensivaseram classificados como benfeitorias, asse-gurando o direito aos incentivos.A Amazônia Oriental é constituída pelos estadosdo Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e pelooeste do Maranhão. Ela abrange as mais externasáreas de modificação antrópica das paisagensnaturais. Essas áreas concentram-se, princi-palmente, no Estado do Mato Grosso e em tornodo eixo de transportes formado pela Belém –Brasília e pela E. F. Carajás. A Ferrovia Norte – Sulreforça esse eixo, que conecta o Brasil Centralaos portos de São Luís e de Belém.No final de década de 1950, a transnacionalnorte-americana U. S. Steel, através da sua sub-sidiária, Companhia Meridional de Mineração,deflagrou um ambicioso plano de pesquisas naAmazônia, com a finalidade de descobrir reser-vas de manganês. A transnacional atuava numamoldura mais ampla, formada pelos acordos decooperação técnica entre os Estados Unidos e oBrasil, cuja raiz era o interesse de Washington decontrolar fontes de suprimentos de matérias-primas industriais escassas. Sob o manto dessesacordos, geólogos norte-americanos traba-lharam em universidades brasileiras, treinaramcolaboradores brilhantes e, ao que parece,dedicarem-se também a pesquisas sigilosas.O Projeto Calha Norte

Criado em 1985, pelo governo Sarney, este pro-jeto visa à defesa das fronteiras norte e noroestedo Brasil. Envolve as construções de aeroportose de unidades militares do Exército e da Aero-náutica, numa faixa de terras com 6.500 km decomprimento por 160 km de largura ao longo dasfronteiras com as Guianas, Suriname, Venezuela,Colômbia e Peru.Esse projeto de segurança nacional, planejadoainda no governo ditatorial, objetiva combater aação de estrangeiros na região, sobretudo o ga-rimpo clandestino, pois é elevado o potencialpara a mineração, sendo exemplificado pelo ourona área indígena ianomâmi. O projeto tambémprevia a redução do comércio ilegal de madeira edo tráfico de drogas e buscava evitar os conflitosentre índios, garimpeiros e empresas.Observe, pelo mapa, a riqueza mineralógica daregião.Entre conseqüências negativas para a populaçãoem geral, notadamente a indígena, está oaumento do etnocídio na região. Além disso, asmulheres indígenas foram prostituídas pelosmilitares. Quanto aos garimpeiros e aosposseiros, o exército apenas reprimia, semapresentar alternativas de trabalho.A partir da interferência dos EUA na Colômbia, oCalha Norte vem aumentando suas ações nasfronteiras, objetivando combater as guerrilhas e onarcotráfico através do Plano Cobra, que con-siste em colocar soldados de elite na fronteiracom a Colômbia.

01. Reina um silêncio sepulcral em muitos lu-gares da floresta, podendo-se daí inferirque a fauna é mal representada; se osindivíduos são pouco numerosos, as espé-cies oferecem singular variedade. A vidaexplode nos locais aparentemente deser-tos: a sombra é pouco freqüentada, masnos ramos banhados pela luz agita-se umapopulação inteira de insetos, de pássaros eaté de mamíferos. Nesta região onde asárvores fazem esforço para subir, os ani-mais procuram também as zonas superio-res, onde há sol e vento.

Adaptado de Elisée Reclus.0 texto faz referência:a) à biodiversidade da floresta amazônica;b) ao crescimento contínuo da floresta

equatorial; c) à fisionomia homogênea da floresta pluvial;d) às sinusias arbóreas da floresta amazônica; e) às espécies latifoliadas da floresta equatorial.

02. A expansão da fronteira agrícola temprovocado grandes mudanças na organiza-ção do espaço brasileiro. Nas últimasdécadas, a soja tem desbravado e incor-porado novas áreas à economia brasileira.A alternativa que apresenta algumas dascondições necessárias para a expansão docultivo da soja é:

a) incentivos fiscais, disponibilidade de mão-de-obra e expansão do mercado interno;

b) disponibilidade de capitais, mão-de-obranumerosa e eficiente infra-estrutura portuária;

c) grandes investimentos de capital, utilizaçãointensiva da terra e mão-de-obra numerosa;

d) grandes investimentos de capital, aplicaçãode modernas técnicas agrícolas e expansãodo mercado externo;

e) investimento de capital externo, mão-de-obranumerosa e eficientes condições de trans-porte.

03. As cidades estabelecem entre si umsistema de relações econômicas e sociaisem que umas se subordinam a outras. Cria-se, assim, um sistema integrado de cidadesem que há uma hierarquia urbana, na qualas cidades pequenas dependem das mé-dias que, por sua vez, subordinam-se àscapitais regionais, isto é, as cidades quepolarizam uma parcela da região coman-dada pela metrópole regional.Na hierarquia urbana da Região Amazô-nica, as cidades de Belém e Manaus são,respectivamente:

a) metrópole regional e capital regional;b) metrópole nacional e metrópole regional; c) centro regional e metrópole regional;d) centro regional e metrópole nacional;e) metrópole regional incompleta e centro

regional.

Aula 194

GeografiaProfessor Paulo BRITO

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O Projeto SIVAM

O Sistema de Vigilância da Amazônia consiste empromover a vigilância dos espaços aéreos eterrestres da Amazônia por meio de radares,aviões e satélites, coletando dados sobre desma-tamentos, recursos minerais, uso do solo e atétráfico de drogas e tem uma infra-estrutura co-mum e integrada de meios técnicos destinados àaquisição e ao tratamento de dados e para avisualização e difusão de imagens, mapas, previ-sões e outras informações. Esses meios abran-gem o sensoriamento remoto, a monitoraçãoambiental e meteorológica, a exploração decomunicações, a vigilância por radares, recursoscomputacionais e meios de telecomunicações. Asaplicações desses meios técnicos e a associaçãodos dados obtidos, a partir dos diversossensores, proporcionarão informações temáticasparticulares às necessidades operacionais decada usuário. No dia 25 de julho de 1997, o contrato do SIVAMentrou efetivamente em vigor.Abrangência Geográfica do Projeto SIVAM

3. DINÂMICA DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS ECRESCIMENTO POPULACIONAL

A ligação da economia amazonense ao extrativis-mo dos produtos da floresta se deu desde o inícioda colonização e ao longo dos séculos XIX e XX,fornecendo produtos para as diversas atividadesdas pequenas indústrias locais. A madeira, muitoutilizada na construção civil, tem, até hoje, suaimportância. Porém foi a borracha que deu umgrande impulso à economia regional a partir demeados do século XIX, trazendo para o Amazonase para a Amazônia em geral um contingente demigrantes estimado em 300 mil pessoas, que seespalharam para os diversos rios da região embusca da coleta da borracha. Áreas até entãoocupadas por índios passam a receber os serin-gueiros. Como a concentração da hévea era maiornos rios Madeira, Juruá e Purus, foi aí que seinstalaram os inúmeros seringais, que, mais tarde,originam vilas e cidades.A capital do Estado chegou ao final do períodoprovincial com uma população em torno de 40mil habitantes, pois também recebeu migrantesde diversas nacionalidades para trabalhar ematividades de apoio à exportação da borracha.Outros núcleos populacionais pelo interior doEstado também foram consolidando-se, comoHumaitá, sempre voltado ao movimento propor-cionado pela borracha.Com a decadência da borracha, a saída é a buscade outras atividades econômicas, de trabalho paraas populações que estavam envolvidas com ela. Aagricultura constitui-se num dos suportes paraestas. O outro recurso foi a migração para ascidades, principalmente para Manaus.Com o objetivo de ocupar a região, o governofederal desenvolve planos procurando alternati-vas de incentivos à migração japonesa para otrabalho agrícola. Posteriormente, a produção defibras como a juta e a malva foi introduzida nasvárzeas do Amazonas. Junto com ela, fábricas defiação e de tecelagem de juta se instalaram emManaus, Parintins, etc. Basicamente a produçãode sacaria era destinada à exportação.A grande alteração da economia amazonenseocorreu com a implantação da Zona Franca deManaus, inicialmente em 1957, pela lei 3.173, deJK, cuja meta era criar um pólo comercial, comimportação de mercadorias livres de qualquer

cobrança tributária, depois, em 1967, pelo Decre-to-lei 288, de 28 de fevereiro, no governo deCastelo Branco, com a meta de instalação de umpólo industrial, sendo as indústrias isentas depagamentos de qualquer imposto federal. Ocomércio de importados atingiu seu auge no finalda década de 80. Apresentava um fluxo deturismo nacional voltado para compras de pro-dutos importados, que desapareceu com a aber-tura comercial promovida pelo governo brasileirono início dos anos 90. Essa abertura comercial,representada pela redução das tarifas de importa-ção, possibilitou importação de mercadorias porqualquer comerciante de outros lugares do País(MERCOSUL – 1995).A centralização da migração na cidade deManaus foi a principal característica do cresci-mento populacional do Amazonas no período dacriação da Zona Franca, marcado pela expansãodo setor secundário (indústria) e terciário(comércio e serviços). Manaus atraiu populaçãotanto urbana, originária de outras cidades doPaís, como rural, originária de todo o interioramazônico. Na década de 80, a instalação dosprojetos de assentamento no Sul do Amazonas,Apuí e Humaitá, trouxeram migrantes do sul doPaís para esses assentamentos.Manaus será o grande destino de boa parte des-ses imigrantes. A expansão urbana não poderiadeixar de trazer problemas infra-estruturais, poiso ritmo de crescimento da população foi maiorque a capacidade de atendimento dos serviçospúblicos. A habitação termina por ser um dosproblemas mais imediatos, tendo como resultadoa especulação imobiliária e o surgimento deáreas precárias em saneamento como margemde igarapé, terrenos alagadiços, etc e ocupaçãode outros terrenos urbanos.As hidroelétricas e o Meio Ambiente

Embora o Amazonas possua uma usina hidro-elétrica, ainda depende muito de usinas ter-melétricas, que funcionam a partir do calorgerado pela queima de combustível fóssil.A construção da U.H. de Balbina (rio Uatumã)não resolveu o problema de energia, especial-mente em Manaus. Seu funcionamento não saiucorno se esperava. Pela área que inundou(2.360km2), ela deveria produzir muito mais que oabsurdo número de 250MW. Tucuruí, com2.168km, produz 7.960MW, evidenciando Balbinacomo um fiasco. Sua construção demorou tanto,que, ao ser concluída, sua produção já nãocobria mais a demanda de Manaus, que, em1995, foi de cerca de 416,4MW.Para compensar esse déficit, existem, na capital,mais 3 termelétricas (Mauazinho, Aparecida eElectron) e um produtor independente, comdistribuição a cargo da Manaus Energia, nascidada privatização promovida pelo Governo Federal.Nos demais municípios, predominam as ter-melétricas, controladas pela CEAM.Da energia absorvida pela ZFM para a produçãode bens, cerca de 70% provêm de matriz ener-gética térmica, abastecidas com combustíveisimportados, subsidiados em 75%, gerando ener-gia de custo médio altíssimo (US$ 99,82 MW/h,sem impostos/1997), o que reduz as vantagenscompetitivas da ZFM, sustentáculo da economiaestadual, comparado com outras regiões, sobre-tudo a Sudeste.A Eletrobrás tinha planos de construir novashidroelétricas, mas a descoberta de petróleo e dogás natural no Amazonas levou o Governo Fe-deral a reavaliar essa meta, dando uma pausa naconstrução de hidroelétricas na região, para fazeruso desses combustíveis, em especial o gás, emusinas termelétricas. Para resolver definitivamen-te o problema do custo energético, é funda-mental que o óleo diesel e o óleo combustível,utilizados na geração termelétrica e na indústria,sejam substituídos pelo gás natural, de baixocusto de produção.

01. A população indígena brasileira atinge,aproximadamente, 300.000 habitantes. Amaior parte vive na Amazônia, cerca de80%, especialmente no estado do Amazo-nas (quase 100.000). Entre os problemasenfrentados pela população indígena, estáo da invasão das suas terras.Assinale a alternativa que não indica umagente responsável pela invasão dasterras indígenas:

a) as empresas madeireiras, que avançamsobre as áreas demarcadas, buscando asespécies de maior valor no mercado;

b) os grandes fazendeiros, que vêem as terrascomo um recurso a ser valorizado;

c) os posseiros, que, expulsos de suas terras,invadem áreas indígenas em busca de novasáreas de plantio;

d) o Estado, que coloca o índio como seututelado, isto é, sob sua proteção e sob suadependência;

e) os garimpeiros, que, atraídos pelo lucro dogarimpo de ouro, avançam sobre as terrasindígenas.

02. (Unesp) Na Amazônia, segundo o InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais (INPE),nos últimos quinze anos, foram desma-tados 243.393 km2, o que representa 5%da área total da Amazônia Legal. Observeos três quadros, que representam trêsetapas do processo de ocupação daAmazônia.

Assinale a alternativa que contém a suces-são correta dessas etapas.

a) Exploração de madeira, pastagem e lavoura.b) Pastagem, silvicultura e lavoura.c) Lavoura, pastagem e reflorestamento.d) Reflorestamento, pastagem e lavoura.e) Exploração de madeira, lavoura e pastagem.

03. (Unifesp) Os graves problemas ambientaisda Amazônia resultam em conseqüênciassociais também relevantes, como

a) a contaminação dos rios, que dizimou apopulação quilombola.

b) a exploração mineral, que gera conflitos compovos indígenas.

c) a extração de petróleo, que expulsatrabalhadores do campo.

d) o extrativismo vegetal, que dispensa aagricultura familiar.

e) o desmatamento, que provoca a retirada degarimpeiros.

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Super-revisão1. ÁCIDOS NUCLÉICOS

Os ácidos nucléicos, originados do núcleo (daí onome nucléicos), são polímeros orgânicos forma-dos por unidades denominadas nucleotídeos.Os nucleotídeosOs nucleotídeos são unidades compostos pormoléculas de fosfato, açúcar e base nitrogenada.O fosfato (H3PO4) está presente no DNA e no RNAe serve para unir os açúcares de dois nucleotídeos.O açúcar é um monossacarídeo formado porcinco átomos de carbono – pentose – e dá estru-tura ao nucleotídeo. Pode ser uma desoxirribose(C5H10O4) ou uma ribose (C5H10O5). A desoxirri-bose está presente apenas no DNA, e a ribose,apenas no RNAAs bases nitrogenadas identificam o nucleotídeoe classificam-se em dois grupos:• Bases púricas: adenina (A) e guanina (G).• Bases pirimídicas: citosina (C), timina (T),

uracila (U).As bases nitrogenadas púricas são complemen-tares das pirimídicas ou vice– versa; no DNA, sãoadenina com timina, citosina com guanina. Auracila é exclusiva do RNA.O DNA é um polinucleotídeo de cadeia dupla(forma de hélice), como uma escada em espiralcom vários nucleotídeos.

O Dogma Central da Biologia Molecular foidescrito em 1958 por Francis Crick na tentativade relacionar o DNA, o RNA e as proteínas.

I: ESTUDO DA CÉLULA

Membrana plasmáticaA membrana celular, também conhecida comoplasmalema, é um fino revestimento que envolvea célula. Tão delgada, que não é possível vê-la aomicroscópico óptico; por isso, só foi descobertaapós a invenção do microscópio eletrônico. Atéentão, por se observar somente o citoplasmacontido e com características diferentes das domeio externo, apenas se imaginava que elapudesse existir.Composição química(Glicídios+proteínas,lipídios+fosfato). Em 1972,os cientistas americanos S. J. Singer e G. Nichol-son imaginaram um modelo mosaico fluido paraexplicar sua arquitetura.Função da membrana celularA membrana celular é viva, elástica e, se poracaso for rompida, tem a capacidade de regene-ração conduz eletricidade. Realiza o transporte desubstâncias permitindo que algumas entrem esaiam passando através dela. Por ser permeável aalgumas substâncias e a outras não, isto é, porapresentar permeabilidade seletiva, é deno-minada semipermeável.De todas as propriedades, a principal delas é asua capacidade de selecionar substâncias quedevem sair ou entrar na célula.Transporte passivoO transporte passivo é a entrada e a saída desubstâncias sem que a célula gaste energia(ATP). Ele pode ser de dois tipos: difusãofacilitada e osmose(difusão simples).

Transporte ativoO transporte ativo é a passagem de substânciasatravés da membrana com gasto de energia pelacélula. Um exemplo é o processo chamadobomba de íons de sódio e de potássio.

Organelas citoplasmáticas.

RibossomosBiogênese: nucléolo. Os ribossomos são asorganelas responsáveis pela síntese protéica.Retículo endoplasmáticoREL – Transporte de substâncias, armazenamen-to, síntese de lipídios (esterópides) e dotoxificaçãoRER ou Ergastoplasma – Transporte de subs-tâncias, armazenamento, síntese de proteínas.Complexo de Golgi ou Sistema golgiensesBiogênese: RELExiste em células animais e vegetais (dictiosso-mos), mas não está presente em células proca-rióticas.Função de secreção e de formação do acros-somoLisossomosBiogênese - Complexo de Golgi. Os lisossomos(do grego lísis, quebra; soma, corpo) são respon-sáveis pela digestão intracelularCentríolosBiogênese-autoduplicação. Suas funções bási-cas são auxiliar a divisão celular, formando osfusos, e formar cílios e flagelos.MitocôndriasBiogênese-autoduplicação. A mitocôndria tem afunção de produzir energia(ATP) para as ativida-des celulares por meio da respiração celular.

CICLO CELULAR

InterfaseG1 – Intensa síntese de RNA e de proteínasS – Duplicação do DNAG2 – Pouca síntese de RNA e de proteínaMitoseA mitose é uma divisão de uma célula-mãe emduas células-filhas com o mesmo número decromossomos.

MeioseA diversidade entre os seres vivos, mesmo quepertençam a uma mesma espécie, é muito im-portante.Nos seres de reprodução sexuada, a partir deuma célula, são formadas quatro células, cadauma com a metade do número de cromossomosda célula que lhe deu origem.Importâncias da meiose: além de formar gametaspara uma reprodução sexuada, também mantémo número de cromossomos da espécie, e avariabilidade genética é consequência de umacaracterística exclusiva da meiose, chamada decrossing-over ou permuta gênica.

Aula 195

01. (UEL 96) Considere as seguintes fases damitose:

I. telófase II. metáfase III. anáfaseConsidere também os seguintes eventos:a. As cromátides-irmãs movem-se para os

pólos opostos da célula.b. Os cromossomos alinham-se no plano

equatorial da célula.c. A carioteca e o nucléolo reaparecem.Assinale a alternativa que relacionacorretamente cada fase ao evento que acaracteriza.a) I – a; II – b; III – c b) I – a; II – c; III – bc) I – b; II – a; III – c d) I – c; II – a; III – be) I – c; II – b; III – a

02. (G2) Considere os seguintes eventos:I. Permutação ou “crossing-over”.II. Disjunção de cromátides irmãs.III. Pareamento de cromossomos homólogos.IV. Disjunção de cromossomos homólogos.A ordem em que esses eventos ocorrem noprocesso de meiose é:a) I → II → III → IV. b) II → I → III → V.c) III → I → IV → II. d) III → IV → I → II.e) IV → III → II → I.

03. (PUC–PR 2005) Os ácidos nucléicos sãomoléculas formadas pelo encadeamento deum grande número de unidades chamadasnucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado poruma base nitrogenada, uma pentose e umradical fosfato.Em relação às substâncias químicas queformam os nucleotídeos, considere as asser-tivas:I. Existem cinco tipos principais de bases

nitrogenadas: adenina (A), guanina (G),citosina (C), timina (T) e uracila (U).

II. A adenina e a guanina são bases pirimí-dicas por possuírem em comum um anelda substância conhecida como pirimidina.

III. O açúcar presente nos ácidos nucléicospode ser a ribose ou a desoxirribose.

IV. O RNA aparece associado à proteína noscromossomos, possuindo filamento denucleotídeos duplo.

Assinale a alternativa correta:a) Apenas I está correta.b) Apenas II e IV estão corretas.c) Apenas I e III estão corretas.d) Todas estão corretas.e) Todas estão INCORRETAS.

04. (Fuvest 90) Qual a diferença, no desenvolvi-mento embrionário, entre animais com ovosoligolécitos e animais com ovos telolécitos?

a) Número de folhetos embrionários formados.b) Presença ou ausência de celoma.c) Presença ou ausência de notocorda.d) Tipo de segmentação do ovo.e) Modo de formação do tubo neural.

Biologia Professor JONAS Zaranza

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EMBRIOLOGIA

segmentaçãoAumento de células sem aumento do volume (sómitose)Fases-Mórula e blástulaGastrulaçãoFormação do blastóporoFormação do arquênteroDiferenciação dos folhetos embrionáriosFase-Gástrula NeurulaçãoFormação do tubo neuralFormação da notocordaFormação do celomaFase – nêurulaOrganogêneseEctoderme=sistema nervoso, epiderme eanexosMesoderme-sistema circulatório, sistema uroge-nital, derme, músculos, ossos, conjuntivo.Endoderme-sistema digestório e anexos, res-piratório.

PROTOZOÁRIOSClassificação

Leishmania brasiliensisA leishmaniose, úlcera de Bauru ou leishmaniosetegumentar sul-americana é uma doença causa-da pelo flagelado Leishmania brasiliensis. Atransmissão é feita pela picada da fêmea domosquito-palhaTrypanosoma cruziA tripanosomíase ou doença de Chagas é cau-sada pelo flagelado Trypanosoma cruzi; o bar-beiro elimina o protozoário com as fezes.

CLASSE DOS ESPOROZOÁRIOS

A malária ou maleita é provocada por esporozoá-rios do gênero Plasmodium e é transmitida pelafêmea do mosquito do gênero Anopheles, conhe-cido como mosquito prego.

Helmintos

PlatelmintosTeníaseA teníase pode ser causada pela Taenia solium ouTaenia saginata por ingestão de carne de porcoou boi mal passada contaminada com cisticerco.CisticercoseA cisticercose ocorre quando o ser humanoingere ovos de T. Solium, diretamente de água oude hortaliças contaminadas.Esquistossomose ou barriga d’águaA esquistossomose ou barriga d’água é causadapelo Schistosoma mansoni.Uma pessoa contaminada, ao defecar, eliminaovos de esquistossomo. Esses ovos são carre-gados para lagoas de águas calmas ou paradas.Nessas águas, transformam-se em larvas cilia-

das, os miracídios, que permanecem na água atépenetrarem em caramujos dos gêneros Biom-phalaria ou Australorbis.No caramujo, os miracídios fazem reproduçãoassexuada, formando larvas ciliadas, as cercá-rias. Quando o caramujo morre, as cercárias sãoliberadas na água.

SISTEMA CARDIOVASCULAR

O sistema cardiovascular tem como função pri-mordial o transporte de substâncias no interior docorpo dos animais.

Artéria aorta - sangue para o corpo(arterial)Veia cava - traz sangue do corpo para o cora-ção(venoso)Artéria pulmonar - leva sangue para o pulmão(venoso) Veia - traz sangue do pulmão para o coração(arterial)

Exercício

01. (UFPR 2006) A seguir, pode-se obser-var a representação esquemática deuma membrana plasmática celular e deum gradiente de concentração de umapequena molécula “X” ao longo dessamembrana.

Com base nesse esquema, considereas seguintes afirmativas:I. A molécula “X” pode movimentar-se

por difusão simples, através dos lipí-dios, caso seja uma molécula apolar.

II. A difusão facilitada da molécula “X”acontece quando ela atravessa amembrana com o auxílio de proteí-nas carreadoras, que a levam contraseu gradiente de concentração.

III.Se a molécula “X” for um íon, elapoderá atravessar a membrana com oauxílio de uma proteína carreadora.

IV. O transporte ativo da molécula “X”ocorre do meio extracelular para ocitoplasma.

Assinale a alternativa correta.a) Somente as afirmativas I e II são verda-

deiras.b) Somente as afirmativas II e IV são verda-

deiras. c) Somente as afirmativas I e III são verda-

deiras.d) Somente as afirmativas I, III e IV são

verdadeiras.e) Somente a afirmativa III é verdadeira.

01. (UFV 2004) Este ano, comemorou-se 50 anosda publicação do trabalho de Francis Crick eJames Watson, que estabeleceu o modeloda estrutura da molécula de ácido desoxirri-bonucléico (DNA). Dentre as afirmativasabaixo, assinale a alternativa CORRETA:

a) Uma cadeia simples de DNA é constituída denucleotídeos, compostos por umadesoxirribose ligada a um fosfato e a umaminoácido.

b) A polimerização de uma fita simples de DNA édita semiconservativa, pois independe daexistência de uma fita-molde.

c) Os nucleotídeos são polimerizados por meiode ligações fosfodiéster entre o fosfato e abase nitrogenada.

d) Duas cadeias simples de DNA formam umadupla-hélice, por meio da formação de pontesde hidrogênio entre as bases nitrogenadas.

e) As duas cadeias de uma dupla-hélice pos-suem a mesma orientação, e suas seqüênciasde bases são complementares.

02. (UFV 96) Com relação ao óvulo centrolécito,é CORRETO afirmar que suas característicassão:

a) vitelo abundante ocupando quase toda acélula, com citoplasma e núcleo reduzidos àcicatrícula.

b) ausência ou uma quantidade mínima de vitelohomogeneamente distribuído por toda acélula.

c) presença de vitelo misturado com citoplasmano pólo vegetativo.

d) ausência de vitelo, mas apresentando zonapelúcida e corona radiata.

e) vitelo na região mediana da célula, com amaior parte do citoplasma localizado naperiferia e uma pequena parte envolvendo onúcleo central.

03. (PUC–MG 99) O fenômeno que caracterizao início do processo de neurulação noscordados é a:

a) formação do arquêntero.b) cavitação da mórula.c) formação do blastóporo.d) formação da notocorda.e) formação da placa neural.

04. (Unesp 93) Existe uma frase popular usadaem certas regiões, relativa a lagos e aaçudes: “Se nadou e depois coçou, éporque pegou”. Esta frase refere-se àinfecção por:

a) ‘Plasmodium vivax’.b) ‘Trypanosoma cruzi’.c) ‘Schistosoma mansoni’.d) ‘Taenia sollium’.e) ‘Ancylostoma duodenale’.

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Modernismo V – Prosadoresda Segunda Fase

1. CRONOLOGIADuração – 1930 a 1945.Primeira obra – A Bagaceira (1928).Primeiro autor – José Américo de Almeida.

2. CARACTERÍSTICASa) Literatura regionalista, voltada, na sua maior

parte, para os problemas sociais do Nor-deste.

b) União da modernidade aos elementosherdados da tradição realista-naturalistapara compor o “Romance de 30”.

c) Literatura com feição de documento, atre-lada aos ideais do Estado Novo.

d) Exploração de temas que dão a dimensãodo Brasil rural: a seca, a fome, a miséria, oarcaísmo das relações de trabalho, a ex-ploração do camponês, a opressão do co-ronelismo, a reação dos cangaceiros.

1. AUTORES PRINCIPAIS

JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA

Nascimento e morte – José Américo deAlmeida nasce em Areia, Paraíba, a 1.o deoutubro de 1887. Falece na cidade de JoãoPessoa, em 10 de março de 1980.

Estudos – José Américo faz seus estudos noSeminário da capital do Estado e no LiceuParaíbano. Em 1903, ingressa na Faculdadede Direito do Recife.

Carreira jurídica – Obtém do governo da Pa-raíba a nomeação para o cargo de promotorpúblico na comarca de Sousa. Em 1911,passa a ocupar a função de Procurador Geraldo Estado.

Fama literária – A publicação do romance ABagaceira, em 1928, projeta-lhe o nome emtodo o Brasil, dando destaque à literaturaregionalista voltada para o Nordeste. A obraé saudada por Tristão de Athayde como agrande revelação da ficção brasileira, divi-dindo o romance nacional do século XX emduas fases distintas: antes e depois de ABagaceira.

Membro da ABL – É eleito para a AcademiaBrasileira de Letras em 27 de outubro de1966. Toma posse em 28 de junho de 1969.

Personagens de A Bagaceira:

a) Valentim, Soledade, Pirunga (família deretirantes).

b) Dogoberto (fazendeiro, engravida Soleda-de).

c) Lúcio (filho de Dogoberto, também amaSoledade).

Principais obras:

1. Reflexões de uma Cabra (novela, 1922)2. A bagaceira (romance, 1928)3. Coiteiros (romance, 1935)4. O boqueirão (romance, 1935)

RACHEL DE QUEIROZ

Nascimento – Rachel de Queiroz nasce emFortaleza, Ceará, em novembro de 1910.

Cidade e sertão – Vive parte de sua infânciana capital do estado e parte no interior, nafazenda dos pais. Depois da seca de 1915,que atingiu a propriedade familiar, mudou-separa o Rio de Janeiro, onde morou por pou-co tempo.

Volta à terra natal – Em 1921, de volta aoCeará, retomou os estudos regulares, for-mando-se professora em 1925.

Jornalismo – Em 1927, ingressa no jornalis-mo como cronista.

Estréia literária – Em 1930, lança seu pri-meiro romance, O Quinze, obra logo premia-da pela Fundação Graça Aranha.

ABL – Em 1977, ingressa na Academia Bra-sileira de Letras, sendo a primeira mulhereleita para a Casa.

Características – Inserida no Modernismo(Romance de 30), a prosa regionalista deRachel de Queiroz retrata, numa linguagemenxuta e viva, o Nordeste, mais precisamenteo Ceará. A autora consegue aliar a preocu-pação social (flagelo da seca e coronelismo)à preocupação com os traços psicológicosdas personagens.

Personagens de O Quinze:

a) Chico Bento e Cordulina (retirantes).b) Vicente (vaqueiro).c) Conceição (professora).

Principais obras:

1. O Quinze (romance, 1930)2. João Miguel (romance, 1932)3. Caminho de Pedras (romance, 1937)4. As Três Marias (romance, 1939)5. O Galo de Ouro (romance, 1985)6. Memorial de Maria Moura (romance, 1992)7. A Donzela e a Moura Torta (crônicas, 1948)8. Lampião (teatro, 1953)9. A Beata Maria do Egito (teatro, 1958)

JOSÉ LINS DO REGO

Nascimento – José Lins do Rego Caval-canti nasce no engenho Tapuá, em São Mi-guel de Taipu, município de Pilar, Paraíba. Fa-lece na cidade do Rio de Janeiro, em 1957.

Menino de engenho – Cria-se no engenhoCorredor, de propriedade do avô materno.Faz os estudos secundários em Itabaiana ena Paraíba (atual João Pessoa).

Direito em Recife – Em 1918, forma-se emDireito, em Recife, onde conhece intelectuaiscomo Gilberto Freire, José Américo de Almei-da e Olívio Montenegro.

Estréia literária – Em 1932, publica seuprimeiro romance: Menino de engenho. Olivro logo atinge enorme repercussão, abrin-do caminho para uma série de obras degrande importância em nossa literatura.

ABL – Em 1956, é eleito para a AcademiaBrasileira de Letras.

Linguagem – A obra de Lins do Rego exibelinguagem simples e lírica, cheia de vocábu-los regionais, com fortes traços de oralidade,aproximando-se muito da literatura de cordel.

Ciclo da Cana de Açúcar – Retratou, nos seusprincipais romances regionalistas, a regiãocanavieira da Paraíba e de Pernambuco, emfase de transição do engenho para a usina. O“Ciclo da Cana de Açúcar”, formado porMenino de Engenho, Doidinho, Bangüê, O Mo-leque Ricardo, Usina e Fogo Morto, relaciona-se à memória do autor.

01. (UFAM–PSC et3–2006) Leia o seguintepoema de Vinicius de Moraes:

SONETO DE FIDELIDADEDe tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procureQue sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama,

Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chama,Mas que seja infinito enquanto dure.

É lícito extrair do poema acima as seguintesassertivas, exceto:

a) Cumpre viver o amor intensamente, como senão se fosse extinguir, chama que é.

b) Nada na vida é mais importante que o amor,ao qual, portanto, deve o ser humanoentregar-se inteira e perdidamente.

c) Deve-se sempre amar intensamente, porquesó o amor é eterno e, como tal, quandonecessário, alivia a solidão humana.

d) Ante a angústia da morte, resta ao serhumano lembrar os momentos felizes em queinfinitamente amou.

e) Sendo chama, o amor é fugaz, mas, apesardisso, deve ser vivido com tal intensidade,que dê a quem ama a sensação de quejamais se exaurirá.

02. (UFAM–PSC et3–2006) Márcio Souza estápublicando uma série de quatro romancesreunidos sob o título de “Crônicas do Grão-Paráe Rio Negro”. Dessa série, os três primeiros livrosjá foram lançados. São eles:

a) A Ordem do Dia, Revolta, O Fim do TerceiroMundo

b) A Paixão de Ajuricaba, A Ordem do Dia, OFim do Terceiro Mundo

c) A Paixão de Ajuricaba, Lealdade, ACondolência

d) Desordem, Guerra sem Testemunhas, ACondolência

e) Lealdade, Desordem, Revolta

03. (UFAM–PSC et3–2006) “A Educação pelaPedra”, “A Escola das Facas” e “Morte e VidaSeverina” são livros de poesia publicados por:

a) Jorge de Limab) Carlos Drummond de Andradec) Ferreira Gullard) João Cabral de Melo Netoe) Murilo Mendes

Aula 196

LiteraturaProfessor João BATISTA Gomes

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Teor sociológico – Suas histórias têm gran-de significado sociológico. Mostram a situa-ção crítica dos proletários rurais, sob o man-do opressor dos senhores de engenho, numsertão sempre sobressaltado pela presençade cangaceiros e de policiais.

Obra mais admirada – Sua obra máxima éFogo Morto, romance em que criou figurasimortais, como o seleiro José Amaro e oCapitão Vitorino Carneiro da Cunha, vulgoPapa-Rabo.

Personagens de Fogo Morto:

a) Mestre José Amano (seleiro; vira lobiso-mem).

b) Vitorino Carneiro da Cunha (espécie deDom Quixote do sertão).

c) Coronel Lula de Holanda (fazendeiro).

Principais obras:

1. Menino de Engenho (romance, 1932)2. Doidinho (romance, 1933)3. Bangüê (romance, 1934)4. O Moleque Ricardo (romance, 1935)5. Usina (romance, 1936)6. Pureza (romance, 1937)7. Fogo Morto (romance, 1943)8. Cangaceiros (romance, 1953)

GRACILIANO RAMOS

Nascimento – Graciliano Ramos de Olivei-ra nasce em 27 de outubro de 1892, na ci-dade de Quebrângulo, Alagoas. Falece, viti-mado pelo câncer no pulmão, em 20 de mar-ço de 1953.

Palmeira dos Índios – Em 1910, vai para Pal-meira dos Índios. Começa a trabalhar na lojado pai.

Rio de Janeiro – Em 1914, Graciliano muda-se para o Rio de Janeiro, onde, sem ter cur-sado nenhuma faculdade, começa a traba-lhar como revisor em alguns jornais (Correioda Manhã, A tarde).

Casamento – Em 1915, casa-se com MariaAugusta de Barros e retoma as atividades decomerciante, agora como proprietário de umaloja.

Viuvez – Em 1920, fica viúvo. Responsávelpelos quatro filhos menores, nessa épocaGraciliano também escreve crônicas paravários jornais. Em 1925, inicia a obra “Cae-tés”, que seria finalizada em 1928 e publi-cada em 1933.

Política – É eleito prefeito de Palmeira dos Ín-dios em 1927. Investe em educação e mos-tra-se excelente administrador.

Segundo casamento – Em 1928, casa-secom Heloísa de Medeiros.

Início de São Bernardo – Em 1932, emPalmeira dos Índios, na sacristia da IgrejaMatriz, começa a escrever a obra São Ber-nardo. Por problemas de saúde, interrompe aobra e vai para Maceió, onde é operado. Operíodo que ficou no hospital resulta no con-to O relógio do hospital e no livro Insônia.

Estréia – Em 1933, publica o romance Cae-tés, seu primeiro livro. É nomeado diretor deInstrução Pública de Alagoas (cargo hojecorrespondente ao de secretário de Estadoda Educação).

São Bernardo – Publica São Bernardo (ro-mance), seu segundo livro. Morre-lhe o paiem Palmeira dos Índios.

Angústia – Em 1936, lança Angústia, con-siderado o romance tecnicamente mais com-plexo de Graciliano Ramos, no qual o autor

retrata a cidade de Maceió daquela época. Épreso sob acusão de pertencer ao PartidoComunista e levado para o Rio de Janeiro.

A terra dos meninos pelados – Em 1937, es-creve A terra dos meninos pelados (infantil),que recebe, em abril do mesmo ano, o Prê-mio de Literatura Infantil do Ministério daEducação.

Vidas secas – Em 1938, publica o romanceVidas secas.

Histórias de Alexandre – Em 1944, publicaHistórias de Alexandre (literatura infanto-juvenil), pela Editora Leitura-RJ.

Infância – Em 1945, publica Infância (memó-rias), pela Editora José Olympio-RJ

Memórias do cárcere – Em 1953, publicaMemorias do cárcere. Em janeiro, é internadona Casa de Saúde São Victor. Morre em 20de março, vítima de câncer no pulmão, noRio de Janeiro-RJ.

Características – Realismo crítico, herói-problema, análise psicológica das persona-gens, economia vocabular, uso moderado doadjetivo, clareza, concisão, linguagem enxu-ta.

Personagens de Caetés: João Valério, LuísaAdrião.

Personagens de São Bernardo: Paulo Ho-nório, Madalena, Padilha, Casimiro Lopes.

Personagens de Angústia: Luís da Silva,Marina, Julião Tavares.

Personagens de Vidas Secas: Fabiano, si-nhá Vitória, cachorra Baleia, menino maisnovo e menino mais velho.

OBRAS1. Caetés (romance)2. São Bernardo (romance)3. Angústia (romance)4. Vidas secas (romance)5. Insônia (contos)6. Infância (memórias)7. Memórias do cárcere (memórias)

JORGE AMADO

OBRAS (todas romances)1. O País do Carnaval2. Cacau3. Suor4. Jubiabá5. Mar Morto6. Capitães da Areia7. Terras do Sem-Fim8. São Jorge dos Ilhéus9. Seara Vermelha

10. Gabriela Cravo e Canela11. Dona Flor e seus dois Maridos12. Teresa Batista Cansada de Guerra13. Tieta do Agreste14. Farda Fardão Camisola de Dormir15. Tocaia Grande16. O Sumiço da Santa

ÉRICO VERÍSSIMO

OBRAS (todas romances)

1. Fantoches (contos)2. Clarissa (romance)3. Música ao Longe (romance)4. Um lugar ao Sol (romance)5. Olhai os Lírios do Campo (romance)6. O resto é silêncio (romance)5. O Tempo e o Vento (Continente, Retrato,

Arquipélago)6. Incidente em Antares (romance)

01. (UFAM–PSC et3–2008) Assinale a opçãoque não apresenta de modo correto a rela-ção entre a obra e seu autor:

a) Caetés, de Graciliano Ramosb) Quarup, de Márcio Souzac) A Educação pela pedra, de João Cabral de

Melo Netod) Libertinagem, de Manuel Bandeirae) Cobra Norato, de Raul Bopp

02. (UFAM–PSC et3–2008) Além de músico eromancista, Chico Buarque também já fezincursões pelo teatro. Junto com PauloPontes escreveu a peça:

a) Eles não usam black-tieb) Gota d´águac) Navalha na carned) O beijo no asfaltoe) Farsa da boa preguiça

03. (UFAM–PSC et3–2008) Leia o poema abai-xo e, em seguida, responda ao que sobreele se indaga:

PNEUMOTÓRAX

Febre, hemoptise, dispnéia e suores [noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não [foi.

Tosse, tosse, tosse.Mandou chamar o médico:– Diga trinta e três.– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...– Respire.– O senhor tem uma escavação no pulmão [esquerdo e o pulmão direito infiltrado.– Então, doutor, não é possível tentar o [pneumotórax?– Não. A única coisa a fazer é tocar um [tango argentino.

Por ser um dos mais famosos poemas doModernismo Brasileiro, não é difícilidentificar seu autor. Ele é:

a) Manuel Bandeirab) Mário de Andradec) Oswald de Andraded) Murilo Mendese) Carlos Drummond de Almeida

04. (UFAM–PSC et3–2008) Seu principal livrode poemas é considerado a obra-prima daAntropofagia. Nele, lemos sobre umafloresta mágica, em que as raízes desden-tadas das árvores mastigam lama, e igara-pés cansam-se de trabalhar. A linguagemapresenta-se nova e, como exemplo, pode-se citar o fato de nela até as formas verbaisse apresentarem no diminutivo: “Queroestarzinho com ela”. Estamos falando de:

a) Macunaíma, de Mário de Andrade.b) Cobra Norato, de Raul Bopp.c) Encantamento, de Guilherme de Almeida.d) Pau-Brasil, de Oswald de Andrade.e) Juca Mulato, de Menotti del Picchia.

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Revisão geral

SUBSTÂNCIAS E MISTURASUma substância possui uma composição carac-terística, determinada e um conjunto definido depropriedades. Exemplos de substâncias são: ocloreto de sódio, a sacarose e o oxigênio, entreoutros. Uma substância pode ser composta porum único elemento químico, por exemplo, oouro, o ferro ou o cobre, ou pode ser tambémcomposta por dois ou mais elementos numaproporção definida, como é o caso do cloreto desódio (39,34% de sua massa é de sódio e60,66%,de cloro).Duas ou mais substâncias agrupadas constituemuma mistura, cuja composição e propriedade sãovariáveis. O leite, por exemplo, é uma mistura.

Diagrama de Linus Pauling

Funções inorgânicas Química inorgânica ou química mineral é o ramoda química que estuda os elementos químicos e assubstâncias da natureza que não possuem ocarbono coordenado em cadeias, investigando assuas estruturas, as suas propriedades e a explica-ção do mecanismo de suas reações e de suastransformações.Os materiais inorgânicos compreendem aproxi-madamente 95% das substâncias existentes noplaneta Terra.As chamadas “substâncias inorgânicas”, queservem de foco de estudo para a química inorgâ-nica, são divididas em 4 grupos denominadoscomo “funções inorgânicas”.São eles:Ácidos Bases ou hidróxidos Sais Óxidos

CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

O cálculo estequiométrico, apesar de temido pormuitos vestibulandos, deixa de ser um problemase os seguintes passos forem seguidos: 1.°passo : Montar e balancear a equação química.2.°passo : Escrever a proporção em mols (coefi-cientes da equação balanceada). 3.°passo : Adaptar a proporção em mols às uni-dades usadas no enunciado do exercício (mas-sa, volume nas CNTP, n.° de moléculas etc.). 4.°passo : Efetuar a regra de três com os dadosdo exercício. As reações que os elementos têm entre si paraformar um composto são representadas porequações químicas. Exemplo da reação dohidrogênio com o oxigênio para formar água: 2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g)

As substâncias no lado esquerdo são chamadasreagentes e, no lado direito, produtos. Os núme-ros antes dos símbolos (omitido se for 1) indicama quantidade de moléculas. Os símbolos entreparênteses indicam o estado físico: (s) sólido, (l)líquido, (g) gasoso e (aq) solução aquosa (muitassubstâncias só reagem em solução aquosa).Lembrar que a equação química indica a possibi-lidade de uma reação. Isso significa que a reaçãonem sempre ocorrerá com o simples contato físi-co das substâncias. Algumas precisam de aqueci-mento, outras de meio aquoso, outras de ignição(é o caso do exemplo) etc. Uma equação química deve ser balanceada, isto é,cada elemento deve ter o mesmo número deátomos em ambos os lados da equação. No exem-plo dado, essa condição está satisfeita. O balancea-mento significa a necessária igualdade de massasentre os dois lados da equação, uma vez que nãopode haver perda ou ganho de massa.

TERMOQUÍMICA

A Termodinâmica química, também chamada deTermoquímica, é o ramo da química que estuda ocalor envolvido nas reações químicas baseando-se em princípios da termodinâmica.Ramo da química que estuda a energia associa-da a uma reação química. O calor de reação é ocalor liberado ou absorvido por uma reação epode ser medido em joules ou em calorias. Aunidade aceita pelo SI ( Sistema Internacional deUnidades ) é o Joule.1 caloria (cal) = 4,184 joule (J) 1 quilocaloria(kcal) = 1000 cal 1 quilojoule (KJ) = 1000 JReação ExotérmicaReações que se realizam com liberação deenergia (calor). Reagentes → Produtos + calor liberado

Aula 197

01. (Unesp 94) A asparagina, de fórmula estrutu-ral

apresenta o (s) funcional (is):a) álcool. b) éster. c) éter e éster.d) amida, amina e ácido carboxílico.e) éter, amida e ácido carboxílico.

02. (Unitau 95) O ácido benzílico, o cresol e oanizol, respectivamente,

são isômeros:a) de posição. b) de função.c) de compensação.d) de cadeia.e) dinâmicos.

03. (Cesgranrio 94) Para que um compostoapresente isomeria ótica, em geral, énecessária a presença de carbono assi-métrico. Sendo assim, qual deverá ser onome do menor alcano que, além deapresentar esse tipo de isomeria, tambémapresenta dois carbonos terciários?

a) neopentano b) 2,3 - dimetilbutanoc) 3,3 - dimetilpentano d) 2,3 - dimetilpentanoe) 3 - metilexano

04. (Fuvest 94) O uísque contém água, etanol epequenas quantidade de outras substâncias,dentre as quais ácido acético e acetato deetila. Estas duas últimas substâncias seteriam formado a partir do etanol, respectiva-mente, por reações de:

a) oxidação e hidrólise.b) hidrólise e esterificação.c) esterificação e redução.d) redução e oxidação.e) oxidação e esterificação.

05. (Unitau 95) O composto:

é normalmente obtido pela desidratação de:

a) duas moléculas iguais de cetona.b) duas moléculas iguais de ácido carboxílico.c) duas moléculas iguais de álcool.d) uma molécula de álcool e uma de cetona.e) uma molécula de ácido carboxílico e uma de

cetona.

06. (Ita 95) O volume, em litros, de uma solução0,30 molar de sulfato de alumínio quecontém 3,0mols de cátion alumínio é:

a) 2,5 b) 3,3 c) 5,0d) 9,0 e) 10

QuímicaProfessor Pedro CAMPELO

Tabela periódica

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Reação EndotérmicaReações que se realizam com absorção deenergia (calor) Reagentes + calor absorvido → produtos Lei de HessA variação de entalpia de uma reação químicadepende apenas dos estados inicial e final, nãoimportando o caminho da reação.A soma de equações químicas pode levar à mes-ma equação resultante. Se a energia se incluipara cada equação e é somada, o resultado seráa energia para a equação resultante.Em outras palavras, o ΔH de uma reação é igualà soma dos ΔH das etapas em que a reaçãopode ser desmembrada, mesmo que essedesmembramento seja apenas teórico.A lei de Hess diz que as trocas de entalpia sãoaditivas. ΔH = ΣΔHr.Duas regras:Se a equação química é invertida, o sinal de ΔHse inverte também. Se os coeficientes são multiplicados, multiplicarΔH pelo mesmo fator ou, em outras palavras,multiplicando-se os coeficientes dos reagentes eprodutos da equação termoquímica, o valor davariação da entalpia também será dividido poresse número. A lei de Hess permite determinar o ΔH de rea-ções que não ocorrem ou que dificilmenteocorrem na prática, através dos ΔH de outrasreações que ocorrem na prática. A maioria dosΔH de formação é calculada indiretamente pelaaplicação da lei de Hess.

CINÉTICA QUÍMICA

A cinética química é uma ciência que estuda avelocidade das reações químicas e os fatoresque a influenciam. A velocidade da reação rece-be geralmente o nome de taxa de reação. A taxade reação está relacionada com as concentra-ções dos reagentes, o estado particular dosreagentes (estado físico, estado nascente dosgases, estado cristalino ou amorfo dos sólidos, ofato de os reagentes estarem ou não em soluçãoe, nesse caso, a natureza do solvente irá influir navelocidade da reação), a temperatura, aeletricidade, a luz, a pressão, a presença decatalisadores e dos produtos de reação.

EQUILÍBRIO QUÍMICO

Um equilíbrio químico é a situação em que aproporção entre as quantidades de reagentes ede produtos em uma reação química se mantémconstante ao longo do tempo.Ao menos teoricamente, toda a reação químicaocorre nos dois sentidos: de reagentes trans-formando-se em produtos e de produtos trans-formando-se de volta em reagentes. Contudo,em certas reações, como a de combustão,virtualmente 100% dos reagentes são converti-dos em produtos, e não se observa o contrárioocorrer (ou, pelo menos, não em escala mensu-rável); tais reações são chamadas de irreversí-veis. Há também uma série de reações nas quais,logo que certa quantidade de produto(s) éformada, este(s) torna(m) a dar origem ao(s)reagente(s); essas reações possuem o nome dereversíveis. O conceito de equilíbrio químicopraticamente restringe-se às reações reversíveis.Dada a reação genérica:aA + bB yY + zZ ,Onde A, B, Y e Z representam as espéciesquímicas envolvidas, e a, b, y e z, os seusrespectivos coeficientes estequiométricos. Afórmula que descreve a proporção no equilíbrioentre as espécies envolvidas é:

[Y]y . [Z]z

Kc = ––––––––––[A]a . [B]b

Os colchetes representam o valor da concentra-

ção (normalmente em mol/L) da espécie que está

simbolizada dentro dele ([A] = concentração da

espécie A, e assim por diante). Kc é uma

grandeza chamada de constante de equilíbrio da

reação. Cada reação de equilíbrio possui a sua

constante, a qual sempre possui o mesmo valor

para uma mesma temperatura. De um modo

geral, a constante de equilíbrio de uma reação

qualquer é calculada dividindo-se a multiplicação

das concentrações dos produtos (cada uma

elevada ao seu respectivo coeficiente este-

quiométrico) pela multiplicação das concentra-

ções dos reagentes (cada uma elevada ao seu

relativo coeficiente estequiométrico).

Um exemplo disso é a formação do trióxido de

enxofre (SO3) a partir do gás oxigênio (O2) e do

dióxido de enxofre (SO2(g)) – uma etapa do

processo de fabricação do ácido sulfúrico:

2SO2(g) + O2(g) 2SO3(g)

A constante de equilíbrio desta reação é dada

por:

[SO3]2

Kc = –––––––––––––[SO2]2 . [O2]

É possível determinar experimentalmente o valor

da constante de equilíbrio para uma dada tem-

peratura. Por exemplo, a constante dessa reação

na temperatura de 1000 K é 0,0413 L/mol (é

comum observar a omissão da unidade da

constante, uma vez que sua unidade pode variar

de equilíbrio para equilíbrio). A partir dela, dada

certa quantidade conhecida de produtos adicio-

nados inicialmente em um sistema nessa tem-

peratura, é possível calcular, por meio da fórmula

da constante, qual será a concentração de todas

as substâncias quando o equilíbrio for atingido.

QUÍMICA ORGÂNICA

Química Orgânica é o ramo da Química que estu-

da os compostos do carbono. Essa afirmação

está correta, contudo nem todo composto que

contém carbono é orgânico, mas todos os

compostos orgânicos contêm carbono.

Essa parte da química, além de estudar a estru-

tura, as propriedades, a composição, as reações

e a síntese de compostos orgânicos que, por

definição, contenham carbono, pode também

conter outros elementos como o oxigênio e o

hidrogênio. Muitos deles contêm nitrogênio,

halogênios e, mais raramente, fósforo e enxofre.

Dentro da química orgânica, existem as funções

orgânicas (compostos orgânicos de caracterís-

ticas químicas e físicas semelhantes).

– Hidrocarbonetos (Alcanos, Alcenos, Alcinos,

Alcadienos, Cicloalcanos, Cicloalcenos): C–H

– Haletos: C–Halogênio

– Álcoois: C–OH

– Enóis: C=C–OH

– Fenóis: Ar–OH

– Éteres: C–O–C

– Ésteres: COO–R

– Aldeídos: CHO

– Cetonas: C–CO–C

– Ácidos Carboxílicos: COOH

– Aminas: R–NH2

– Amidas: CONH2

01. (PUC-Rio 2007) No cotidiano, percebe-mos a presença do elemento químico cál-cio, por exemplo, nos ossos, no calcário,entre outros. Sobre esse elemento, écorreto afirmar que:a) o nuclídeo 20Ca40 possui 22 prótons, 20

elétrons e 20 nêutrons.b) o cloreto de cálcio se dissocia em meio

aquoso formando íons Ca1+.c) o cálcio faz parte da família dos halogênios.d) o cálcio em seu estado normal possui dois

elétrons na camada de valência.e) o cálcio é um metal de transição.

02. (Ufes 2004) A configuração eletrônica doátomo de ferro em ordem crescente deenergia é 1s22s22p63s23p64s23d6. Na for-mação do íon Fe2+, o átomo neutro perde2 elétrons. A configuração eletrônica doíon formado éa) 1s22s22p63s23p63d6

b) 1s22s22p63s23p64s23d4

c) 1s22s22p63s23p64s13d5

d) 1s22s22p63s23p44s23d6

e) 1s22s22p63s23p44s23d5

03. (G1–cftce 2005) Os elementos genéricosA, B, C e D, de números atômicos 1, 9, 11e 17, respectivamente, combinam-se entresi, formando os compostos AD, CB, CA eDD. Os tipos de ligações formadas são,nessa ordem: a) covalente polar, iônica, covalente polar,

iônicab) covalente apolar, covalente polar, iônica,

metálicac) iônica, covalente apolar, covalente polar,

covalente apolard) covalente polar, iônica, iônica, covalente

apolare) iônica, covalente polar, iônica, covalente

polar

04. (Mackenzie 98) A aparelhagem adequadapara a realização de uma destilação é mos-trada na figura da alternativa:

05. (Unesp 93) Um suco de tomate tem pH =4. Isso significa que:a) o suco apresenta propriedades alcalinas.b) a concentração de íons H3O+ presentes no

suco é 104mol/L.c) a concentração de íons H3O+ presentes no

suco é 10–4mol/L.d) a concentração de íons OH– presentes no

suco é 104mol/L.e) a concentração de íons OH– presentes no

suco é 10–4mol/L.

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Brasil: Imigração

Quando D. João chegou ao Brasil em 1808, logoassinaria um decreto que daria início oficialmen-te a imigração para o nosso país. Em 25 de no-vembro, estava permitido ao estrangeiro serproprietário de terras no Brasil. Naquela ocasião,havia cerca de 1,2 milhão de brancos contra umcontingente de aproximadamente dois milhõesde escravizados africanos, trezentos mil mestiçose quinhentos mil índios. D. João queria, ao esti-mular o fluxo migratório, não somente dinamizara economia da colônia portuguesa na América,pois ele dependia economicamente disso, mastambém fortalecer a posse das terras ao sul dacolônia frente ao perigoso vizinho espanhol.

O primeiro período imigratório (1808–1850):

Esse período inicia com a chegada da família realao Brasil e termina em 1850 com a lei que proibiuo tráfico de escravos para o Brasil (lei Eusébio deQueirós). O resultado desse período, que durou42 anos, foi muito fraco do ponto de vista daentrada de estrangeiros em solo brasileiro. Muitos fatores contribuíram para esse quadro.Naquela época, era comum o tráfico de escravi-zados africanos. Muitos proprietários preferiamrecorrer ao tráfico a estimular a vinda de traba-lhadores assalariados. Contribuiu para essequadro a instabilidade e as agitações que marca-ram o período regencial no Brasil. O receio porparte dos imigrantes europeus em receber trata-mento dispensados aos escravos foi outro fatorque contribuiu para esse pequeno fluxo de imi-grantes.Apesar disso, em 1808, cerca de mil e quinhentasfamílias de açorianos foram trazidas e instaladas aosul do nosso território. Elas iriam dar início aopovoamento que originou a cidade de Porto Ale-gre, no Rio Grande do Sul. Em 1818, um grupo decem famílias provenientes da Suíça foi esta-belecido onde hoje é a cidade de Nova Friburgo,no Rio de Janeiro. Em 1824, novamente no RioGrande do Sul, imigrantes alemães fundam a cida-de de São Leopoldo. Outro grupo, em 1827, seestabeleceu em Rio Negro, no atual estado doParaná. Mais imigrantes alemães seriam levadosem 1829 para Santo Amaro em São Paulo e SãoPedro de Alcântara em Santa Catarina.

O segundo período imigratório (1850–1934)

Foi mais importante, com a intensificação da en-trada de estrangeiros no País. Isso decorreu daconjugação de vários fatores que tornariam oBrasil em área de atração populacional. Enquantoisso, na Europa, havia um forte crescimentopopulacional aliado à concentração brutal darenda. Isso iria motivar tantos europeus a buscarmelhorias das condições de vida do outro lado doAtlântico. O Brasil seria um desses destinos.

A expansão da lavoura cafeeira exigiu um aportecada vez maior de mão-de-obra. Com a entradaem vigor da Lei Eusébio de Queirós, que, em

1850, proibiu o tráfico de escravos africanos, ofornecimento de mão-de-obra escravizada de-caiu muito. Isso obrigou os fazendeiros a ter deimportar mão-de-obra assalariada. Para tanto,esses cobririam as despesas dos imigrantes du-rante o primeiro ano de trabalho nas suas fazen-das. Além do mais, permitiriam esses trabalhado-res de cultivar produtos destinados à subsistên-cia de suas famílias nas terras da fazenda. A“Abolição da Escravidão” (Lei Áurea) em 13 demaio de 1888 retirou um grande empecilho aofluxo migratório, que não tardou em avolumar-se.O governo imperial passou, a partir de 1870, acustear os gastos com o transporte de imigrantesaté a sua dissolução com a Proclamação daRepública em 1889.A crise socioeconômica deflagrada com a unifica-ção italiana foi outro fator que provocou o aumen-to substancial do fluxo migratório em direção aoBrasil na segunda metade do século XIX. Nesseperíodo, os italianos transformaram-se no maisvolumoso grupo de imigrantes que já entraram noBrasil, obviamente depois dos portugueses.

Entretanto, durante o transcorrer desse período,ainda persistiram fatores que atrapalharam a vindade muitos dos que estariam dispostos a migrarpara o Brasil. Exemplo disso foi a obrigatoriedadedo imigrante em pagar, até 1870, as despesas detransporte com trabalhos na fazenda. Para tanto,deveriam assinar contrato comprometendo-se anão abandonar o cafezal antes de sanar toda adívida. Isso abriu as portas a uma série de abusosque culminaria com uma escravidão por dívida.Um dos grupos de imigrantes que mais sofreucom isso foi o de alemães. Por volta de 1870, ogoverno alemão chegou a proibir a migração comdestino ao Brasil.A Primeira Guerra Mundial (1914–1918) marcouum momento de dificuldades econômicas e so-ciais no início do século XX. Em função disso ealiado às dificuldades e ao perigo nosdeslocamentos durante o período de hostilidades,o fluxo migratório diminuiu. A crise do capitalismono alvorecer do século XX foi outro fator limitadoraos fluxos migratórios. A quebra da Bolsa de NovaIorque em 1929 marcou o momento maisprofundo dessa crise. Se sobravam trabalhadoresdesempregados e empobrecidos na Europa e nosEUA, não faltaria disposição do governo brasileiroem criar instrumentos que limitariam a entrada dosque tomariam como destino o Brasil.

O terceiro período imigratório (após 1934):

A partir desse momento, o fluxo migratório para oBrasil desacelerou. Desse momento em diante, oBrasil deixou de ser atrativo para o imigrante.Uma das razões foram as sucessivas crises eco-nômicas e políticas vivenciadas pelo nosso País apartir da implosão da economia agrário-exporta-dora. A quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929feriu de morte nossa já combalida economialatifundiária e agroexportadora. As revoluções de1930 e 1932 marcaram bem esse momento. Aconstrução de uma nova estrutura econômicafundada na industrialização e na urbanização fezo governo brasileiro restringir a entrada de mão-de-obra estrangeira em favor da nacional.Outra razão foi a Lei de Cotas da imigração, esta-belecida no âmbito da Constituição de 1934 e

01. (Mackenzie) São Paulo recebeu imigrantesde várias regiões do mundo. Alguns deles sefixaram em áreas onde deixaram grandeinfluência nas atividades exercidas. O mapaa seguir assinala, principalmente, regiões deimigração:

a) italiana. b) japonesa. c) sírio-libanesa.d) portuguesa. e) alemã.

02. (Mackenzie) As áreas assinaladas A e B nomapa a seguir representam, respectivamen-te, as áreas com predominância de imigra-ção:

a) japonesa e ucraniana.b) portuguesa e espanhola.c) alemã e japonesa.d) japonesa e alemã.e) italiana e portuguesa.

03. (Mackenzie) Apesar de pequena expressãonumérica, os imigrantes deixaram sua pre-sença em algumas regiões brasileiras. Osmunicípios de Garibaldi e Bento Gonçalves,no Rio Grande do Sul, são frutos da imigra-ção:

a) alemã. b) italiana. c) japonesa.d) portuguesa. e) eslava.

04. (UECE) Tratando-se do movimento migrató-rio no Brasil, a imigração de europeus repre-sentou um forte incremento demográfico:

a) com a chegada da família real portuguesa noinício do século XIX

b) no decorrer da atual década, com o fortedesemprego na Europa

c) entre as duas grandes guerrasd) entre 1888 e o fim da Primeira Guerra Mundial

05. (EDISON QUEIROZ / EU – CE) Nos últimos150 anos, a contribuição de imigrantes parao crescimento populacional dos países daAmérica foi apreciável apenas nos EUA,

a) Peru, Argentina e Bolívia.b) Peru, Paraguai e Bolívia.c) Peru, Paraguai e Brasil.d) Canadá, Argentina e Brasil.e) Canadá, Paraguai e Brasil.

Aula 198

GeografiaProfessor HABDEL Jafar

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01. (UEL) Considere o gráfico apresentado aseguir.

No gráfico, os números I e II representam,respectivamente, os

a) alemães e os italianos.b) espanhóis e os japoneses.c) portugueses e os japoneses.d) portugueses e os italianos.e) italianos e os espanhóis.

02. (UERJ) Pode-se dizer que os fluxosmigratórios entre Brasil e Japão conhece-ram dois momentos. No primeiro deles,ocorrido há quase 100 anos, o Brasil rece-bia imigrantes. Na atualidade, o fluxo seinverteu, e o País envia para o Japão os“dekasseguis”, descendentes dos imigran-tes do primeiro momento.O que caracteriza a situação da maioria dapopulação migrante, no primeiro e no se-gundo momento, respectivamente, estáapontado na seguinte alternativa:a) – eram colonos atraídos pelo governo brasi-

leiro– chegam na condição de trabalhadoresilegais

b) – eram grandes proprietários de terra arrui-nados– exercem ofícios agrícolas em pequenas pro-priedades

c) – trabalhavam em atividades agrícolas de ex-portação

– desempenham atividades pouco qualificadasno meio urbano

d) – representavam estrangeiros marginalizadosno mercado de trabalho– possuem dupla nacionalidade com igual-dade de direitos

03. (UFRS) O Brasil tornou-se um país em queo fluxo imigratório é negativo, ou seja, ototal de emigrantes é maior que o númerode pessoas que ingressam no País. Muitosbrasileiros têm-se transferido para outrospaíses em busca de melhores condições devida.Quais são os três países que mais rece-beram emigrantes brasileiros nos últimosanos?a) Estados Unidos, Portugal e Argentina.b) Estados Unidos, Portugal e Japão.c) Estados Unidos, Paraguai e Japão.d) Portugal, Paraguai e Japão.e) Paraguai, Argentina e Alemanha.

reiterada pela de 1937. Ela provocaria sérios en-traves à entrada de estrangeiros que quisessemtransferir-se para o Brasil. Em primeiro lugar, estabeleceu uma redução nu-mérica ao estabelecer a cota de 2% anuais pornacionalidades. Esse percentual deveria ser apli-cado sobre o total de imigrantes entrados nosúltimos cinqüenta anos. Depois, determinou que se fizesse uma seleçãoprofissional. Do número estabelecido pela cota,80% do volume seriam destinados a agricultores.Estranha essa medida, pois a agricultura noBrasil passava por sérias dificuldades. Por fim, estabeleceu-se uma seleção doutrinária.Não se admitiriam comunistas, sindicalistas ouanarquistas. A razão para isso era a preocupaçãode que a maioria dos imigrantes poderia serformada por ex-operários da indústria, trabalha-dores do comércio e dos serviços. Esses traba-lhadores, principalmente os europeus, conhe-ciam muito bem o que eram os partidos de oposi-ção, as greves e o sindicalismo. Eramtrabalhadores mais politizados que os do Brasil.Isso traria muitas preocupações paraempresários de um país latifundiário, autoritário,pouco democrático e que somente recentementehavia acabado com a escravidão.A eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939–1945) traria sérios impedimentos ao fluxo migra-tório para o Brasil. A recuperação econômica daEuropa no Pós-Guerra reorientou o fluxo migratóriopara o interior daquele continente. O PlanoMarshall e o estabelecimento de acordos comer-ciais e de cooperação entre os países europeusnão só reestruturaria suas economias comotambém seria lançada a semente da atualintegração econômica configurada na UniãoEuropéia. Isso fez com que muitos europeusprocurassem, dentro da própria Europa, a soluçãopara os seus problemas.As oscilações entre democracia e ditadura nonosso país construíram um quadro de instabili-dade política, econômica e social refletindo-se narepulsão dos fluxos de imigrantes. As criseseconômicas vivenciadas principalmente a partirda década de 1970 transformaram o Brasil numpaís de repulsão. A partir desse momento, oBrasil passou a exportar mão-de-obra para osquatro cantos do planeta. Muitos desses fugiramda alta inflação, da recessão econômica, dodesemprego e da falta de esperança.

Exercícios

01. (Cesgranrio) A imigração estrangeirateve um papel importante na formaçãoda estrutura populacional do Brasil.Sobre esse fluxo migratório, pode-seafirmar que os:I. eslavos, os italianos, os alemães e

os poloneses concentraram-se naregião sul do País, onde se instala-ram no final do século XIX, o queexplica, em boa parte, a predomi-nância de brancos entre a popula-ção sulista;

II. japoneses, chegando, em grandeparte, a partir de 1908, concentra-ram-se em São Paulo e no Pará,dedicando-se, nesse último estado,à agricultura da pimenta-do-reino;

III. negros, oriundos da África, são maisnumerosos no Nordeste, primeiragrande área de atração populacionaldo Brasil.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):a) I apenas.b) I e II apenas.

c) I e III apenas.d) II e III apenas.e) I, II e III.

02. (Cesgranrio) A respeito da presençanipônica no Brasil, completando 90 anosem 1998, é correto afirmar que os primei-ros japoneses que aqui chegaram:

a) concentraram-se nos Estados de SãoPaulo e do Pará.

b) fundaram inúmeras cidades no Sul doBrasil.

c) criaram colônias agrícolas em todo oCentro-Oeste.

d) entraram em conflito com alemães,italianos e poloneses.

e) dispersaram-se ao longo de todo o litoral.

03. (Fatec) Migrar temporariamente nãosignifica apenas mudar física, geogra-ficamente, mas, principalmente, alterarcódigos, universos simbólicos, visõesdo mundo, comportamentos, até lingua-gens com muito pouco em comum.

Assinale a alternativa que MELHOR traduz oque é explicitado pelo texto para a realidadebrasileira.

a) Os migrantes conservam os seus padrõesculturais quando fixam residência emoutros lugares.

b) Migrar significa cortar laços, começar dozero, enfrentar o desconhecido, nova cul-tura, enfim, mudar a vida.

c) Migrar, para a maioria, significa a certezade encontrar dias melhores.

d) A migração rural-urbana impõe aohomem que migra padrões da culturaletrada que ele não é capaz de aprender.

e) A migração urbana-urbana, das peque-nas para as grandes cidades, hoje pre-dominante, obriga os migrantes a criarnovos códigos na cidade grande.

04. (Fuvest) A entrada da migração estran-geira foi de fundamental importânciapara a ocupação do interior de SãoPaulo. No período de 1920-40, os gru-pos predominantes, nas áreas 1 e 2, nomapa a seguir, foram, respectivamente,

a) japonês e italiano.b) italiano e sírio-libanês.c) italiano e japonês.d) sírio-libanês e japonês.e) italiano e espanhol.

05. (UECE) Tratando-se do movimento mi-gratório no Brasil, a imigração de euro-peus representou um forte incrementodemográfico:

a) Com a chegada da família real portugue-sa no início do século XIX.

b) No decorrer da atual década, com o fortedesemprego na Europa.

c) Entre as duas grandes guerras. d) Entre 1888 e o fim da Primeira Guerra

Mundial.

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DESAFIO HISTÓRICO (p. 3)01. D;02. B;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 4)01. E;02. B; 03. E; 04. C;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 5)01. E;02. C; 03. A; 04. D;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6)01. C;02. D; 03. C; 04. A;

EXERCÍCIOS (p. 6)01. B;02. C; 03. A; 04. D; 05. D;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 7)01. C; 02. D; 03. (x – 1)2+(y – 1)2 = 2; 04. x+1 = 0; 05. y – 2 = 0 e 3x–4y–7= 0;06. y2 – 8x + 16; 07. y2–6x–16x+41= 0; 08. x2–12y+12 = 0; 09. x2–4x–4y+8= 0;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 8)01. A; 02. A; 03. C; 04. C; 05. B; 06. 1,60;07. 2c = 2 ; 08. y=(5/4).x ou y=(–5/4).x;09. y2 = 2 . 4 . x/y2 = 8x ou y2 – 8x = 0;

DESAFIO QUÍMICO (p. 9)01. E; 02. D; 03. D; 04. C; 05. E;

DESAFIO QUÍMICO (p. 10)01. A;02. C; 03. C; 04. C; 05. C;06. D;

APLICAÇÕES (p. 11 e 12)01. V, F, F, V e V; 02. V, V, F, V e V; 03. F, V, F, V e F; 04. F, V, V, V e V; 05. V, F, V, V e F; 06. F, V, V, F e F;07. V, F, F, V e V; 08. F, V, F, V e V;09. F, V, F e V;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 11)01. B;02. D; 03. D; 04. A;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 12)01. A;02. D; 03. C; 04. A; 05. E;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 13)01. A;02. A; 03. C; 04. A;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 14)01. D;02. E; 03. B; 04. A;

DESAFIO FÍSICO (p. 4)01. 9 . 1013J;02. D;03. V, V, F, V e V;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 5)01. A;02. D;03. A;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 6)01. D;02. A;03. B;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 07)01. E;02. C;03. C;04. D;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 08)01. D;02. E;03. E;04. C;

EXERCÍCIO (p. 8)01. C;

DESAFIO LITERÁRIO (p. 9)01. C;02. E;03. D;

DESAFIO LITERÁRIO (p. 10)01. B;02. B;03. A;04. B;

DESAFIO QUÍMICO (p. 11)01. D;02. B;03. D;04. E;05. B;06. C;

DESAFIO QUÍMICO (p. 12)01. D;02. A;03. D;04. D;05. C;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 13)01. B;02. D;03. B;04. D;05. D;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 14)01. D;02. C;03. C;

EXERCÍCIOS (p. 14)01. E;02. A;03. B;04. C;05. D;

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 32

O ALIENISTAMachado de Assis

Capítulo XIIO FINAL DO PARÁGRAFO QUARTO

1. Resumo

“Apagaram-se as luminárias, reconstituíram-se asfamílias, tudo parecia reposto nos antigos eixos”. Acâmara funcionava normalmente. O barbeiro Porfíriovoltou à obscuridade da navalha e do poder. JoãoPina foi absolvido. Findaram as queixas contra oalienista. Não havia sequer ressentimento dapopulação. Deram-lhe até um baile. D. Evarista, queandara pensando em separação, estava agora maisfeliz que antes.

A câmara tratou de legislar sobre o final doparágrafo quarto. Os vereadores autorizaram aoalienista recolher à Casa Verde as pessoas que seachassem no gozo do perfeito equilíbrio dasfaculdades mentais. A autorização era provisória,limitada a um ano, podendo ser cassada sehouvesse motivo de ordem pública.

O primeiro a ser recolhido à Casa Verde foi overeador Galvão — o único contra a cláusula queexcluía os vereadores de serem presos no hospitalde Bacamarte. Ele gozava do perfeito equilíbrio dasfaculdades mentais. Trinta dias depois, foi a vez dopadre Lopes. A mulher do boticário também foirecolhida, para indignação inicial do consorte.

“Ao cabo de cinco meses estavam alojadas umasdezoito pessoas” na Casa Verde. Apesar dosprotestos, a câmara mantinha-se impassível. Algunsrevoltados foram à procura do barbeiro Porfírio.

Capítulo XIIIPLUS ULTRA!

1. Resumo

“Era a vez da terapêutica”. Aplicava-se aos “loucos”o mais radical (e estranho) sistema de tratamento.Uma vez identificada a principal qualidade dopaciente, Bacamarte incutia-lhe um remédio que lhedespertasse o oposto. Uma vez manifestada atendência oposta, o doente estava curado e saía daCasa Verde.

“No fim de cinco meses e meio estava vazia a CasaVerde; todos curados!”

O vereador Galvão, que sofria de moderação eeqüidade, corrompeu os juízes na interpretação deum testamento e usufruiu da herança de um tio. Asenhora do boticário saiu da Casa Verde quandoxingou à frente de todos o marido.

Não ficou feliz o alienista ao ver sair da Casa Verdeo último hóspede. “Plus ultra! (mais além) era a suadivisa”. Já havia descoberto a teoria verdadeira daloucura, mas uma novíssima teoria desafiava-o.Queria chegar à última verdade.

Depois de muito cogitar, veio-lhe esta dúvida:“Estariam eles doidos e foram curados por mim, ouo que pareceu cura não foi mais do que adescoberta do perfeito desequilíbrio do cérebro?Pensou mais um pouco e chegou a esta verdade:“— não havia loucos em Itaguaí; Itaguaí não possuíaum só mentecapto”.

Uma dúvida persistia: Itaguaí não teria pelo menosum único homem que abrigasse em si todas asqualidades morais que formam um perfeitomentecapto? Existia sim: era ele, Simão Bacamarte.“Ato contíguo, recolheu-se à Casa Verde. Em vão amulher e os amigos lhe disseram que ficasse, queestava perfeitamente são e equilibrado”.

“Dizem os cronistas que ele morreu dali a dezessetemeses, no mesmo estado em que entrou, sem terpodido alcançar nada.

Gabarito dessaapostila

Aprovar n.º 33

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