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TV Digital A televisão tal como a conhecemos vai mudar radicalmente nos próximos anos. Deixar definitivamente o sinal televisivo analógico e passando à sua transmissão digital poderá permitir uma verdadeira revolução. O papel-chave que a televisão ocupa nas sociedades modernas poderá ser catapultado pelas potencialidades técnicas que a era digital permite. Com o novo tipo de transmissão, o telespectador terá, além de mais qualidade, a possibilidade de interagir com a programação, numa revolução de opções e comportamento diante a TV. Pelo Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), as emissoras poderão transmitir TV em alta definição para receptores móveis e portáteis - será possível, por exemplo, assistir à TV dentro de um ônibus ou de um carro em movimento com a mesma qualidade de um aparelho residencial. As diferenças de transmissão Quando um sinal de TV é transmitido por meio de ondas aéreas por uma estação de TV, isso acontece em uma freqüência específica. No Brasil, essas freqüências são os conhecidos canais 2 a 13 em VHF e 14 a 83 em UHF. As emissões de TV são feitas a partir de 5x107 Hz (50 MHz). Transmissão Analógica A emissora transmite os programas em ondas eletromagnéticas que ocupam completamente uma largura de canal de 6 MHz. Transmissão Digital As imagens e sons são digitalizados - transformados em linguagem binária, de computador. São transmitidos pelas emissoras também em um canal com largura de 6MHz. Mas como estão digitalizados é possível comprimir e enviar mais dados nos mesmos 6MHz, usando o espaço(banda de freqüência) com mais eficácia. Assim os canais podem optar por oferecer programas em HDTV(alta definição) - o telespectador recebe áudio e vídeo com muito mais qualidade ou por transmitir até quatro programas ao mesmo tempo no mesmo canal. SINAIS DE VÍDEO 1080ium dos dois tipos de formatos HD ; o formato 1080i possui resolução vertical de 1080 linhas e seusquadros de imagem são montados através da forma entrelaçada (daí o "i" após "1080"). 23,97(frames / seg) O frame rate real do sinal de vídeo no padrão NTSC é 29,97qps e não 30qps, uma redução de 0,1%, correspondentes a, mais precisamente, um fator de 1000/1001. Já os filmes empregam desde o estabelecimento do cinema sonoro a frequência de 24qps. Várias câmeras de

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TV Digital

A televisão tal como a conhecemos vai mudar radicalmente nos próximos anos. Deixar definitivamente o sinal televisivo analógico e passando à sua transmissão digital poderá permitir uma verdadeira revolução. O papel-chave que a televisão ocupa nas sociedades modernas poderá ser catapultado pelas potencialidades técnicas que a era digital permite. Com o novo tipo de transmissão, o telespectador terá, além de mais qualidade, a possibilidade de interagir com a programação, numa revolução de opções e comportamento diante a TV. Pelo Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), as emissoras poderão transmitir TV em alta definição para receptores móveis e portáteis - será possível, por exemplo, assistir à TV dentro de um ônibus ou de um carro em movimento com a mesma qualidade de um aparelho residencial.

As diferenças de transmissão

Quando um sinal de TV é transmitido por meio de ondas aéreas por uma estação de TV, isso acontece em uma freqüência específica. No Brasil, essas freqüências são os conhecidos canais 2 a 13 em VHF e 14 a 83 em UHF. As emissões de TV são feitas a partir de 5x107 Hz (50 MHz).

Transmissão Analógica

A emissora transmite os programas em ondas eletromagnéticas que ocupam completamente uma largura de canal de 6 MHz.

Transmissão Digital

As imagens e sons são digitalizados - transformados em linguagem binária, de computador. São transmitidos pelas emissoras também em um canal com largura de 6MHz. Mas como estão digitalizados é possível comprimir e enviar mais dados nos mesmos 6MHz, usando o espaço(banda de freqüência) com mais eficácia. Assim os canais podem optar por oferecer programas em HDTV(alta definição) - o telespectador recebe áudio e vídeo com muito mais qualidade ou por transmitir até quatro programas ao mesmo tempo no mesmo canal. SINAIS DE VÍDEO

1080ium dos dois tipos de formatos HD ; o formato 1080i possui resolução vertical de 1080 linhas e seusquadros de imagem são montados através da forma entrelaçada (daí o "i" após "1080").

23,97(frames / seg) O frame rate real do sinal de vídeo no padrão NTSC é 29,97qps e não 30qps, uma redução de 0,1%, correspondentes a, mais precisamente, um fator de 1000/1001. Já os filmes empregam desde o estabelecimento do cinema sonoro a frequência de 24qps. Várias câmeras de

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vídeo permitem a gravação em 24qps, para possibilitar a transferência do conteúdo gravado para película cinematográfica (processo denominado transfer) com mais facilidade. No entanto as câmeras voltadas para o segmento semi-profissional com esta característica geram os 24 quadros embutidos dentro de um sinal padrão NTSC, utilizando a técnica Pull Down. Ou então o Pull Down pode opcionalmente não ser feito (na opção de gravação direta em cartões de memória como o cartão P2 por exemplo) mas ainda assim, a captura original das imagens dentro da câmera antes das transformações internas para gerar os diversos tipos de saída segue o padrão NTSC em termos de frame rate (mesmo utilizando 60qps no modo progressive scan, como muitas câmeras HD fazem, o frame rate real é na verdade 59,94qps).

Com isso, os 24 quadros gerados também ficam submetidos à redução de 0,1% no frame rate, tendo-se assim 24000/1001 = 23,97602397602397602397602397... o que é representado em alguns sistemas como "23,97", em outros como "23,98", em outros como "23,976" ou ainda simplesmente "23", querendo dizer a mesma coisa de forma simplificada. Por outro lado, equipamentos profissionais permitem, como opção, a gravação de exatos 24qps, utilizando técnicas como por exemplo a gravação em PsF(Progressive Segmented Frame).

No caso das câmeras que não gravam 24 quadros reais (e sim 23,97 como visto acima), se o conteúdo de imagem gerado sofrer transfer, após o mesmo, o filme será exibido em uma cadência ligeiramente mais rápida do que a utilizada na captura.

24preferência ao padrão de sinal de vídeo NTSC utilizado em sua variação progressive com 24 quadrospor segundo. Cada quadro é montado linha a linha em 1/24seg., e essa cadência (frame rate) é a mesma utilizada no cinema. O objetivo é obter um sinal que possa com mais facilidade ser transferido para película - devido à coincidência de frequência de quadros - além de imitar o aspecto de "borrão" existente nas películas para imagens em movimento. O "24" em "24p" faz referência a 24 quadros progressivos e o "p" ao referido modo.

25po mesmo que 30p, porém para o sistema PAL, que utiliza frame rate de 25 quadros/segundo.

29,97(frames / seg) No início da década de 50, nos EUA, o comitê National Television System Committee estabeleceu o padrão para TV colorida conhecido como NTSC. Como já existia uma grande base de aparelhos P&B funcionando, para manter a compatibilidade com eles o novo sistema deveria ter suas imagens captadas sem problemas por esses aparelhos também. Desenvolver um sistema completamente novo faria com que todos esses televisores tornassem-se obsoletos da noite para o dia, exigindo assim sua troca, e a coexistência de 2 sistemas não era algo prático nem viável.

A solução encontrada foi embutir os sinais de cores dentro do sinal já existente P&B, de modo que televisores antigos simplesmente o ignorassem.

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Para isso, através da técnica de multiplexação (que, de maneira simplificada, nesse caso significa ter diferentes tipos ondas eletromagnéticas (chamadassubportadoras) "montadas" sobre uma mesma onda principal (chamada portadora) onde varia-se a frequência dessas ondas subportadoras) foi incluída uma nova onda no sinal, correspondendo a sua parte de cor. Como os aparelhos antigos não "liam" essa frequência nova, estava revolvido o problema.

Os engenheiros perceberam no entanto que essa nova frequência de onda incluída causava interferências no sinal de áudio do sistema, que possuía frequência próxima da frequência do novo sinal de cor. Para minimizar o problema de poder ocorrer essa interferência, algumas modificações no padrão original tiveram que ser feitas, sempre de modo a não interferir na recepção dos sinais P&B pelos antigos televisores. E uma dessas modificações foi reduzir ligeiramente o frame rate do sinal, em uma taxa de 0,1% (mais precisamente o resultado da divisão de 1000/1001, ou seja, 0,999000999000999000999000999...).

Com isso, ao invés de se ter 30qps, passou a ter-se 30000/1001 = 29,97qps (ou, mais precisamente, 29,97002997002997002997002997... qps). Esse fato levou a criação de técnicas como a do drop frame Timecode, para opcionalmente ajustar a contagem de tempo do vídeo com a do tempo real. Como o vídeo "corre" mais lentamente do que o tempo real (em uma taxa de 0,1%, como visto acima), ao término de cada minuto (exceto os terminados em "0") a numeração de contagem dos quadros no Timecode avança 2 quadros, para compensar essa diferença do frame rate do sistema NTSC com o tempo real.

2K / 4KCom o desenvolvimento dos sistemas de projeção digital em cinema, utilizando vários formatos com diferentes resoluções de imagem (resolução de imagens digitais), o DCI (Digital Cinema Initiative, consórcio formado pelos principais estúdios de cinema de Hollywood) propôs em 2005, em uma tentativa de padronizar o assunto e garantir um nível mínimo de qualidade projetiva, três níveis mínimos de resolução para uso nas salas de cinema digital:

• 2K = 2048 x 1080 pixels a 24 qps • 4K = 4096 x 2160 pixels a 24 qps (a) • 2K = 2048 x 1080 pixels a 48 qps (b)

Filmes produzidos por esses estúdios só seriam liberados para projeção digital nas salas equipadas para garantir as resoluções de imagem acima. O "K" em "2K" e "4K" refere-se à resolução horizontal em quantidade de linhas ( pixels ) dessas imagens: em Física, K=1.000 unidades e em Informática, K=1024. A indicação "(a)" acima faz a ressalva de que esta opção propicia qualidade de imagem visualmente idêntica à da opção 2K para telas de até 12m de largura e é indicada pelo consórcio somente para projeções 3D (nas quais os expectadores utilizam óculos especiais para visualizar o efeito tridimensional). Em "(b)" a projeção é mais nítida e estável

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do que a 2K a 24qps, porém o espaço consumido para armazenamento dos dados é maior.

Cinemas que não possuem projetores digitais dentro dessas especificações optam por trabalhar digitalmente com filmes provenientes de estúdios paralelos, fora do circuito Hollywoodiano ou então utilizam seu projetor para a exibição de traillers e comerciais antes do filme em película.

3:1:1taxa utilizada no processo de sampling (parte do processo de digitalização) de um sinal de vídeo do tipoanalógico, a partir do color space YUV. Os dois componentes relacionados à parte de cor do sinal (cromitância, canais "U" e "V") tem resolução 3 vezes menor do que o componente relacionado à parte de brilho da imagem (luminância, canal "Y").

Isso significa que a cada 3 pixels em uma linha de pixels da imagem, para todos é feita a amostragem de luminosidade e para somente um é feita a amostragem de cor dos sinais U / V, como ilustra o desenho abaixo:

Cada retângulo azul corresponde a um pixel, em uma dada linha do vídeo DV. Os pequenos quadrados brancos representam a amostragem de luminosidade, efetuada para todos os pixels. Os pequenos quadrados vermelhos e azuis representam os sinais color difference U / V, ou seja, a amostragem de cor. Como indicado, ela é efetuada a cada 3 pixels.

O formato HDCAM no padrão NTSC utiliza esta taxa.

30preferência ao padrão de sinal de vídeo NTSC utilizado em sua variação progressive, onde cada quadroé montado linha a linha em 1/30seg. O "30" em "30p" faz referência a 30 quadros progressivos e o "p" ao referido modo.

4:1:1taxa utilizada no processo de sampling (parte do processo de digitalização) de um sinal de vídeo do tipoanalógico, a partir do color space YUV. Os dois componentes relacionados à parte de cor do sinal (cromitância, canais "U" e "V") tem resolução 4 vezes menor do que o componente relacionado à parte de brilho da imagem (luminância, canal "Y").

Isso significa que a cada 4 pixels em uma linha de pixels da imagem, para todos é feita a amostragem de luminosidade e para somente um é feita a amostragem de cor dos sinais U / V, como ilustra o desenho abaixo:

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Cada retângulo azul corresponde a um pixel, em uma dada linha do vídeo DV. Os pequenos quadrados brancos representam a amostragem de luminosidade, efetuada para todos os pixels. Os pequenos quadrados vermelhos e azuis representam os sinais color difference U / V, ou seja, a amostragem de cor. Como indicado, ela é efetuada a cada 4 pixels.

Os formatos DV Mini-DV, DVCAM e Digital-8 no padrão NTSC utilizam esta taxa. O formato DVDVCPRO também utiliza esta taxa, tanto no padrão NTSC como no padrão PAL.

4:2:0taxa utilizada no processo de sampling (parte do processo de digitalização) de um sinal de vídeo do tipoanalógico, a partir do color space YUV. A resolução dos dois componentes relacionados à parte de cor do sinal (cromitância, canais "U" e "V") é semelhante à utilizada no sistema 4:1:1, ou seja, quatro vezes menor do que a de luminosidade. No entanto, aqui a amostragem é feita em blocos de 4 pixels distribuídos em uma área 2x2 (ao invés de 4x1 como no sistema 4:1:1). O desenho abaixo ilustra o que ocorre: a cada duas linhas, para uma delas é efetuada a amostragem de cor e para a outra não; para as duas, é efetuada sempre a amostragem de luminosidade:

Cada retângulo azul corresponde a um pixel, em uma dada linha do vídeo DV. Os pequenos quadrados brancos representam a amostragem de luminosidade, efetuada para todos os pixels. Os pequenos quadrados vermelhos e azuis representam os sinais color difference U / V, ou seja, a amostragem de cor. Como indicado, ela é efetuada uma linha sim, outra linha não.

Tomando-se os 2 primeiros pixels da linha superior e os dois primeiros da linha inferior, tem-se um quadrado 2x2. Dentro desse quadrado, como mencionado acima, a amostragem de cor ocorre somente uma vez. Isso é o mesmo que efetuar uma amostragem do tipo 4:2:2 para a linha de cima, e uma amostragem hipotética "4:0:0" para a de baixo. A notação para representar este sistema decorre deste fato: 4:2:0. Não é uma notação intuitiva, porém o sistema não poderia ser representado nem por "4:0:0" nem por "4:2:2". O algoritmo de compressão MPEG2 utilizado em DVD-Video emprega este sistema, assim como o formato HDV e o AVCHD. O formato DV PAL utiliza uma variação: também classificado como 4:2:0, emprega amostragem de cor em todas as linhas, mas de maneira alternada: em uma delas é utilizado o componente U, na outra o componente V, como mostra o desenho abaixo:

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4:2:2taxa utilizada no processo de sampling (parte do processo de digitalização) de um sinal de vídeo do tipoanalógico, a partir do color space YUV. Os dois componentes relacionados à parte de cor do sinal (cromitância, canais "U" e "V") tem resolução 2 vezes menor do que o componente relacionado à parte de brilho da imagem (luminância, canal "Y").

Isso significa que a cada 4 pixels em uma linha de pixels da imagem, para todos é feita a amostragem de luminosidade e para dois deles é feita a amostragem de cor dos sinais U / V, como ilustra o desenho abaixo:

Cada retângulo azul corresponde a um pixel, em uma dada linha do vídeo DV. Os pequenos quadrados brancos representam a amostragem de luminosidade, efetuada para todos os pixels. Os pequenos quadrados vermelhos e azuis representam os sinais color difference U / V, ou seja, a amostragem de cor. Como indicado, ela é efetuada a cada 2 pixels.

Os formatos Digital Betacam, DVCPRO50 e Digital-S são exemplos de formatos que utilizam esta taxa. O algoritmo de compressão MPEG2 também pode opcionalmente comprimir dados utilizando esta taxa.

4:4:4representação da digitalização de um sinal de vídeo do tipo analógico a partir do color space RGB, sem que seus componentes sofram redução em suas resoluções originais, como ocorre nos processos 4:1:1,4:2:2 e 4:2:0 .

Isso significa que a cada 4 pixels em uma linha de pixels da imagem, para todos é feita a amostragem de luminosidade e também para todos é feita a amostragem de cor dos sinais U / V, como ilustra o desenho abaixo:

Cada retângulo azul corresponde a um pixel, em uma dada linha do vídeo DV. Os pequenos quadrados brancos representam a amostragem de luminosidade, efetuada para todos os pixels. Os pequenos quadrados vermelhos e azuis representam os sinais color difference U / V, ou seja, a amostragem de cor. Como indicado, ela também é efetuada para todos os pixels.

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50io mesmo que 60i, porém para o sistema PAL (o frame rate é 50 e não 60).

59,97(frames / seg) O frame rate real do sinal de vídeo no padrão NTSC é 29,97qps e não 30qps. Nas câmeras voltadas para o segmento semi-profissional que disponibilizam sinais HD utilizando frame rate 60p (60 quadros no modo progressive scan), a captura original das imagens dentro da câmera antesdas transformações internas para gerar os diversos tipos de saída segue o padrão NTSC em termos de frame rate. Assim, como neste a cadência das imagens é 0,1% menor (mais precisamente o resultado da divisão de 1000/1001, ou seja, 0,999000999...), a cadência das imagens na captura é 60000/1001, ou seja, 59,9400599... . Já equipamentos profissionais HD permitem geralmente a opção de se gerar conteúdo a exatos 60p ou então em 59,97p.

60ireferência ao padrão de sinal de vídeo NTSC tradicional, onde 60 campos são capturados / exibidos por segundo (daí o "60" em "60i") e no modo interlaced (daí o "i" em "60i").

720pum dos dois tipos de formatos HD ; o formato 720p possui resolução vertical de 720 linhas e seusquadros de imagem são montados através da forma progressiva (daí o "p" após "720").

amostragemo mesmo que sampling.

analógico, sinalo sinal de vídeo é gerado a partir da leitura sequencial, da esquerda para a direita e de cima para baixo, da intensidade da voltagem de cada ponto do chip sensor ( CCD ) onde a imagem é projetada através das lentes da câmera. Quanto maior a intensidade de luz em determinado ponto, maior a voltagem produzida pelo mesmo, ou seja, existe uma analogia direta entre o brilho da imagem e a voltagem produzida, por isso o sinal é dito analógico.

No sinal digital esta analogia também existe, porém não é direta: o sinal é dividido em trechos com mesmo tamanho e para cada trecho é calculada a média da intensidade da voltagem, sendo posteriormente o número obtido codificado no formato de número binário (sistema de numeração que só possui 2 algarismos - o '0' e o '1' ) e assim gravado por exemplo em uma fita do tipo DV. O sinal analógico por outro lado é gravado em uma fita do tipo VHS por exemplo, com todas as milhares de variações de voltagem obtidas.

O processo de gravação / transmissão de sinais elétricos é sempre sujeito a várias interferências e perdas, que aumentam e se propagam quando o mesmo é copiado de um meio a outro (degradação da imagem). A grande vantagem que o sinal digital tem sobre o analógico é o fato destas perdas poderem ser virtualmente eliminadas. Assim por exemplo, se os '1's e '0's forem representados por voltagem 1V e 0V, é muito fácil um circuito eletrônico reconstruir um sinal que chegou a seu destino como 1 - 0 - 0,8 - 0,3 - 1 - 1 ao invés de 1 - 0 - 1 - 0 - 1 - 1 (houve danificação e o '1 V' chegou

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como '0,8 V', assim como o '0 V' chegou como '0,3 V') pois sabe-se que o sinal só pode ser 0 ou 1 V, então 0,8 é 'consertado' para 1 e 0,3 para 0 .

No entanto é impossível fazer o mesmo com o sinal analógico, pois os milhares de valores diferentes de voltagem são gravados diretamente na fita.

O formato digital beneficia-se em qualidade ao digitalizar o sinal assim que o mesmo é gerado no CCD: deste ponto em diante as perdas serão praticamente nulas.

artefatos de compressãoquanto maior a taxa de compressão utilizada para reduzir o tamanho ocupado por um sinal de vídeo digitalizado, maior a probabilidade de surgirem 'defeitos' na imagem final descomprimida. Isto ocorre porque os processos de compressão utilizados para comprimir sinais de vídeo geralmente acarretam perdas de detalhes durante a compressão e não há como reconstruí-los no processo inverso (descompressão). Estes defeitos são mostrados na imagem na forma de falhas em cores ou resolução em determinados pontos da imagem.

aspect ratioo mesmo que proporção da imagem.

AVC(Advanced Video Coding ou H.264 ou MPEG4 Part-10) padrão criado em 2003 pelo grupo MPEG em conjunto com o grupo Video Coding Experts do ITU-T (International Telecommunication Union) para digitalização de imagens de vídeo. O objetivo foi desenvolver um padrão que tivesse a qualidade apresentada pelo MPEG2 ou pelo MPEG4, porém que pudesse opcionalmente fazer isso utilizando taxas menores de bit rate e sem ser excessivamente complexo, para viabilizar sua implementação em circuitos não muito dispendiciosos. A flexibilidade de uso do padrão foi bastante extendida em relação aos originais MPEG2 e MPEG4, permitindo sua utilização tanto em sistemas de alta resolução (HD) quanto de baixa resolução (SD).

O nome H.264 deriva do grupo Video Coding Experts (que iniciou seu desenvolvimento) e o nome AVC do grupo MPEG4 (que completou o trabalho). É comum por este motivo o uso da referência "H.264/AVC". Foi incorporado ao padrão MPEG4 original como sub-padrão 10, ou "part 10" do MPEG4.

Mais de 20 novas engenhosas técnicas envolvidas nos sofisticados processos internos de compressãoforam utilizadas, permitindo um comportamento melhor do que os demais padrões em diversas situações. Com menos da metade da taxa de bit rate utilizada no MPEG2 é possível obter a mesma qualidade de imagem. Da mesma forma que o MPEG2, o AVC estabelece diversos níveis de profile, para uso desde aplicações móveis (celulares por exemplo, exigindo menor poder de computação dos circuitos) e videoconferência, até aplicações que exigem maior poder de processamento, como exibição de imagens em alta-definição (HD), como em diversos sistemas de HDTV. Um número muito grande de aplicações adota este padrão, como transmissões diretas de programação de TV de satélites para

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residências, transmissões terrestes de TV digital, aplicações de distribuição de imagem na Internet, etc... . Os discos Blu-ray e HD-DVD também o empregam para gravação de suas imagens.

B-frame(bi-directionally frame) tipo de quadro utilizado na montagem dos GOPs de compressões multi-framecomo a MPEG2 por exemplo.

banda, largura de banda . As variações de voltagem do sinal de vídeo (analógico, sinal) são inseridas em ondas de alta frequência, nas vizinhanças de Mhz (megahertz, milhões de ciclos por segundo). Dentro desta faixa, as variações de frequência representam as variações na intensidade do sinal, que formam as imagens. Este conjunto, englobando desde a menor até a maior frequência, pode ser maior ou menor, dependendo da quantidade de frequências diferentes que conseguir englobar - e assim, da quantidade de informações que conseguir transmitir e portanto da qualidade final obtida. Assim, se na faixa de frequências a menor frequência é 3 Mhz e a maior 5 Mhz, dizemos que a largura de banda (bandwidth) deste sinal é de 2 Mhz.

bandwidtho mesmo que banda, largura de banda.

bit ratenome dado à taxa que mede a quantidade de bits que trafega por segundo em um sinal digital. Formatos que utilizam fitas trabalham normalmente com valores sempre constantes de bit rate, como os da família DV por exemplo, com 25Mbps (milhões de bits por segundo) e o formato DVCPRO50 com 50Mbps. A este modo de gravação dá-se o nome de CBR (Constant Bit Rate).

Formatos desenvolvidos originalmente para uso em discos ópticos (como DVD-Vídeo por exemplo) podem ser gravados com diferentes taxas de bit rate, como o formato MPEG2. É possível, a partir do mesmo original, gravar um DVD com bit-rate maior e gravar outro DVD com bit-rate menor. Assim, nesses formatos a qualidade da imagem depende do valor de bit-rate utilizado. O bit-rate de 9Mbps é considerado geralmente como de ótima qualidade para imagens comuns (SD) e o de 19Mbps o equivalente para imagens de alta definição (HD). A este modo de gravação dá-se o nome de VBR (Variable Bit Rate).

black burst(sinal de referência) sinal de vídeo sem as imagens, somente com os pulsos de sincronismo . Este tipo de sinal é utilizado em aparelhos denominados geradores de pulsos de sincronismo, conectados a câmeras que permitem a entrada deste tipo de informação (via conector genlock ) para sincronizar os tempos do sinal de vídeo (mudança de linhas , campos e quadros ) entre equipamentos diferentes (mais de uma câmera ou deck de gravação), em um processo denominado genlock . Sua função é permitir a troca de imagens entre esses dispositivos em transmissões ao vivo ou gravações de eventos sem ocorrer instabilidades, que de outro modo seriam inevitáveis devido às diferenças nos tempos dos diversos sinais.

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BNC(British Naval Connector ou Bayonet Neil Concelman ou Bayonet Nut Connector) Conector para cabos coaxiais (cabos que contém 2 condutores, um central - fio grosso de cobre - e outro em forma de malha de fios de cobre envolvendo-o, sendo o condutor central isolado da malha por uma camada de plástico) utilizado em aplicações de rede de computadores, no transporte de sinais de aparelhos de medição de altas frequências (osciloscópios por exemplo) e no transporte de sinais de vídeo (imagem) em aplicações profissionais:

Este tipo de conector possui um engate que prende-o firmemente à fêmea (através de um pino localizado nesta e encaixe do tipo girar/travar), impossibilitando com isso o desencaixe acidental - cabo tracionado por exemplo. Inventado pelos americanos Paul Neil e Carl Concelman, possui várias traduções de sua sigla, como Bayonet Neil Concelman por exemplo, em alusão ao encaixe do engate (do tipo baioneta) e a seus criadores. Ou então British Naval Connector, em referência à sua utilização na marinha inglesa. Devido às duas características de robustez e capacidade de transmissão de sinais é utilizado, além de em vídeo, também em diversas aplicações de comunicações.

campoa imagem de vídeo é formada na tela através de linhas horizontais, desenhadas da esquerda para a direita e de cima para baixo. Alternadamente são desenhadas linhas de numeração par e linhas de numeração ímpar. Cada um destes conjuntos completos de linhas (par / ímpar) denomina-se campo. O tempo que cada campo leva para para ser desenhado na tela varia com o sistema de televisão utilizado e é igual ao inverso da frequência da corrente alternada utilizada no país.

Assim, por exemplo, no Brasil, onde a frequência da corrente alternada é 60Hz, cada campo é desenhado em 1/60 seg. e o sistema utilizado é o PAL-M:

Brasil 60Hz 1/60 seg PAL-M

EUA 60Hz 1/60 seg NTSC

França 50Hz 1/50 seg SECAM

Alemanha 50Hz 1/50 seg PAL-G

chart de resoluçãofigura especial contendo linhas horizontais e verticais divergentes, contendo numeração ao lado das mesmas indicando quantas linhas existem naquela posição. Utilizada para avaliação da resolução horizontal / resolução vertical de determinado equipamento de vídeo. No

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exemplo a seguir, uma câmera foi apontada para a figura abaixo, tendo a seguir seus controles (foco, abertura, etc...) sido regulados da melhor maneira possível. Em seguida sua imagem foi observada em um monitor de alta resolução - sua resolução deve ser maior do que a da câmera, para permitir a medição. É possível distinguir individualmente as linhas mostradas no terceiro conjunto de linhas verticais até um pouco abaixo da indicação 500 ; ao lado da indicação 600 as linhas já não podem mais ser individualmente distinguidas. Assim, pode-se afirmar que a resolução horizontal da câmera avaliada é de cerca de 550 linhas.

Analogamente, as linhas divergentes horizontais permitem avaliar a resolução vertical (525 linhas no padrão NTSC).

A avaliação obtida com o chart é aproximada, pela subjetividade em si (diferentes observadores podem ter diferentes avaliações) e pela dificuldade em determinar exatamente o ponto a partir do qual as linhas não podem ser mais distinguidas. Métodos mais precisos utilizam outros meios, como o emprego doosciloscópio por exemplo. Existe um número, obtido através de medições práticas, que diz que cada 1 Mhz de largura de banda pode carregar informações suficientes para produzir cerca de 80 linhas de resolução horizontal.

Assim, para o exemplo acima, ao ligar-se o sinal de imagem gerado pela câmera em um osciloscópio, poderia ser lido o valor 7,0 Mhz de largura de banda, que multiplicado por 80 resulta em 560 linhas de resolução horizontal.

A resolução medida tanto pelo método do chart quanto via osciloscópio refere-se à luminância. A resolução relativa à parte de cor da imagem é sempre bem menor do que a de brilho (definição de tons claros-escuros), uma vez que o olho humano é menos sensível a este tipo de informação do que ao outro. Assim, geralmente nas câmeras do segmento consumidor este tipo de resolução gira em torno de 500 Khz (e não Mhz, ou seja, metade). Assim, no exemplo a resolução de cor na câmera avaliada seria 280 linhas (560 / 2).

codec(COmpressor / DECompressor) software / hardware que comprime um determinado sinal de vídeo e também faz o processo inverso, descomprimindo-o. Dentro de uma câmera de vídeo digital por exemplo, existe um CODEC que efetua a compressão do sinal analógico lido no(s) CCD(s) para gravá-lo na fita / disco / HD. Por outro lado, o mesmo CODEC faz a leitura do sinal já gravado na fita para apresentá-lo no visor LCD ou viewfinder, quando a função PLAY é acionada. Os CODECS estão presentes também em diversos outros aparelhos e momentos da produção de vídeo. Assim, programas de edição-não-linear comprimem vídeo utilizando CODECS específicos para cada tipo de formato, ou então players de DVDs reproduzem o sinal gravado nos discos também utilizando CODECS.

color bars, conjunto de barras coloridas utilizadas como referência no ajuste de equipamentos de vídeo. Existem modelos diferentes para cada tipo de

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sinal de vídeo (abaixo, modelo para o sinal NTSC, denominado SMPTE color bars, porque foi padronizado pela entidade SMPTE - Society of Motion Picture and Television Engineers). Permite efetuar ajustes nos controles de cor e outros de monitores, câmeras, etc... Algumas câmeras podem gerar opcionalmente este sinal (ou parte dele, sem as camadas inferiores), assim como dispositivos eletrônicos em ilhas de edição.

Da esquerda para a direita, a figura apresenta as seguintes cores nas barras verticais superiores: cinza (80%), amarelo, ciano, verde, magenta, vermelho e azul. Nos segmentos intermediários, da esquerda para a direita, azul, preto, magenta, preto, ciano, preto, cinza (80%). No segmento inferior, à esquerda um quadrado branco ladeado por quadrados azuis e à direita, várias tonalidades de preto.

As cores vermelho, verde e azul são as cores primárias do sistema RGB e amarelo, ciano e magenta a combinação de duas das cores primárias - estas, denominadas cores secundárias. As cores estão arranjadas em ordem decrescente de brilho total, da esquerda para a direita.

Para efetuar o ajuste, inicialmente o controle de contraste do monitor deve ser posicionado em seu ponto médio. A seguir, o controle de cor deve ser totalmente diminuído, de modo a que todo o quadro seja mostrado sem cores, apenas contendo faixas cinzas. Observar então o canto inferior direito da imagem: entre duas faixas pretas existem 3 pequenas faixas - no desenho abaixo, indicadas por A, B e C.

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Ajustar então o controle de brilho de modo que a faixa B fique praticamente invisível - preta. Neste momento a faixa C à direita deve ficar ligeiramente visível. A faixa B representa a parte mais escura capaz de ser representada na imagem do vídeo; como a faixa A é mais escura do que ela, deve ter ficado neste momento totalmente invisível, ou seja, não deve ser notada nenhuma divisão entre as faixas A e B. A única divisão que deve ser mostrada é entre as faixas B e C.

A seguir é efetuado o ajuste do nível do branco, o que é feito inicialmente aumentando totalmente o controle de contraste. Neste momento o quadrado branco, no canto inferior esquerdo, apresentar-se-á sem definição precisa nas bordas e com excesso de luminosidade. O controle de contraste deve então ser lentamente reduzido até que o referido quadrado ganhe definição e perca o excesso de luminosidade.

A seguir efetua-se o ajuste de cor, buscando-se um equilíbrio geral nos tons das cores e observando-se que a cor com maior tendência à saturação é a vermelha, ao lado da magenta à sua esquerda.

compatibilidade de Sinai

sos sinais PAL, NTSC e SECAM não são compatíveis entre si: assim por exemplo uma fita gravada no sistema PAL de 50 ciclos com 625 linhas não apresentará imagem alguma quando reproduzida em um VCR também do sistema PAL, porém com 60 ciclos e 525 linhas (sistema utilizado no Brasil). No entanto, em algumas combinações de sistemas é possível obter-se a imagem, porém em preto e branco. O quadro abaixo mostra as diferentes combinações desses sistemas, indicando onde não é possível observar nenhuma imagem ( "X" ), onde a imagem aparece em preto e branco ( "P&B" ) e onde a imagem é OK (quando o sistema é o mesmo):

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componentes, vídeo componentes; neste tipo de sinal as informações da imagem são separadas em 3 partes: luminância (a parte que controla o brilho - quantidade de luminosidade - na imagem) , cromitância-1 e cromitância-2 (partes que controlam as informações de cor na imagem). Esses 3 componentes referem-se ao sistema de codificação de cor YUV.

Formatos de vídeo profissionais analógicos gravam o sinal componentes YUV diretamente nas fitas magnéticas, como por exemplo Betacam SP. Formatos digitais o digitalizam e a seguir o comprimem, como por exemplo DV.

Este tipo de sinal, por manter as informações de cor separadas, possui uma melhor definição de cores do que a de outros sinais, como o Y/C, o composto e o rf (nessa ordem, ordenados da maior para a menor qualidade).

Um outro exemplo de utilização é o DVD-Vídeo: material gravado nesses discos (filmes, shows, etc...) costumam ser codificados em MPEG2 a partir do sinal video componentes - ao contrário do sinal composto, empregado na gravação de fitas no formato VHS. É por este motivo que players de DVD mais elaborados podem apresentar saídas RCA do tipo YPbPr.

composto, sinalao contrário do Y/C, neste tipo de sinal as informações de cor e luminosidade são combinadas gerando um único sinal. Posteriormente (no momento da exibição por exemplo) estes sinais são novamente separados. A transformação acaba acarretando perda de qualidade devido a interferências e distorções geradas no processo, onde os sinais recuperados na separação não são exatamente idênticos ao que eram na fase de codificação em sinal único. Este tipo de sinal é utilizado no formato VHS por exemplo e na transmissão de TV a cabo.

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DVI(Digital Visual Interface) conexão para áudio e vídeo em alta definição (HD), do tipo digital semcompressão; assim como a conexão HDMI, é voltada para o segmento consumidor, conectando televisores HD, DVD players, dispositivos com sinais HDTV e outros, principalmente em home theaters. Proposta em 1999 por um consórcio de empresas (Compaq, Fujitsu, HP, IBM, Intel, Silicon e NEC) denominado Digital Display Working Group (DDWG). A conexão DVI prevê o uso de um ou dois links (conjuntos independentes de fios), o que se reflete em seu conector, que possui espaço para os dois conjuntos de links, mas pode usar somente um deles. Se for necessário o uso de maior largura de banda (bandwidth) para transmissão das informações (como nos formatos HD por exemplo) os dois conjuntos são utilizados. Este esquema foi pensado com a idéia de que o conector DVI pudesse ter utilização a mais abrangente possível, possibilitando seu uso para ligação de aparelhos tanto SD como HD. A abrangência de seu uso é ainda maior ao possibilitar também a transmissão de sinal analógicopara monitores de vídeo tradicionais do tipo VGA, o que é feito através de pinos adicionais incluídos no conector. A figura abaixo mostra os 5 tipos possíveis de plugs DVI:

A figura abaixo mostra um cabo com plug DVI e uma entrada para o mesmo em um painel:

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HD(High Definition) termo genérico que descreve qualquer formato de vídeo que possua vertical maior do que 480 linhas (definição válida para o padrão NTSC, para outros padrões, o número de linhas da resolução HD excede a quantidade de linhas utilizada em SD). A maior qualidade de seu conteúdo só pode ser observada em aparelhos (TVs, monitores, etc...) especiais, de alta resolução. Quando exibidos em aparelhos convencionais não apresentam diferença perceptível em relação aos sistemas e formatos SD.

Uma das diferenças com os padrões de resolução SD é o aspecto da imagem. Enquanto em SD este aspecto tem a proporção 4:3 (proporção entre largura e altura da imagem, respectivamente), também representado por 1,33:1 (divisão de 4 por 3), em HD a proporção é 16:9 (da mesma forma, também 1,77:1), formato este conhecido como widescreen.

Existem dois tipos de resolução para imagens HD:

720 x 1280 (imagem progressiva) 1080 x 1920 (imagem entrelaçada)

HD-SDI(High Definition Serial Digital Interface) conexão para áudio e vídeo utilizada no segmento profissional em estúdios, conectando câmeras e VCRs entre si ou com sistemas de edição-não-linear. Utiliza sinaldigital de alta definição (HD) sem compressão que trafega através de cabos com conectores BNC. Existe em duas versões, as mesmas utilizadas pelos formatos HDV HD1 e HD2.

HDMI(High-Definition Multimedia Interface) conexão para áudio e vídeo em alta definição (HD), do tipo digitalsem compressão, proposta em 2002 por um consórcio de empresas (Hitachi, Panasonic, Philips, Silicon Image, Sony, Thomson e Toshiba) para ser utilizada no segmento consumidor entre televisores HD,DVD players, dispositivos com sinais HDTV e outros, principalmente em home theaters. Além de trabalhar com sinais HD, a conexão HDMI também suporta conteúdo de áudio e vídeo tradicional (SD), além de diversos padrões de áudio, como os multi-canal do tipo surround por exemplo. Cabos HDMI não sofrem interferências (devido ao seu sinal ser

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digital) e podem ainda ser construídos com considerável extensão (até 15m). A figura abaixo mostra um plug HDMI e sua conexão no painel de um aparelho que suporta este tipo de sinal:

HDTV(High Definition TeleVision) padrão de sistema de televisão de alta definição. Proporciona avanços significativos na qualidade da imagem (grande resolução horizontal e vertical). Uma modificação também significativa neste sistema em relação ao sistema tradicional é o formato da imagem, que segue proporções parecidas com as utilizadas no cinema, ou seja, imagem bem maior em largura do que em altura (16:9 ao invés de 4:3).

Sistemas atuais de HDTV: ATSC (Advanced Television Systems Commitee) americano, DVB-T (europeu) e ISDB-T (japonês). A China desenvolve seu próprio padrão. O Brasil adota o sistema japonês, com algumas modificações como o uso do H.264 no lugar do MPEG2 no padrão de codificação. O padrão de codificação é um dos quatro elementos que compõem um sistema de TV digital. Os outros são o padrão de modulação (ISDB-T no Brasil), o middleware (sistema operacional de controle geral do sistema digital de TV) e o padrão de retorno (o que permite a interatividade entre o público e a emissora). No Brasil o sistema de TV digital denomina-se SBTVD-T (Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre), adotando tanto a transmissão em alta definição (HD) como em baixa definição (SD).

HDV(High Definition Digital Video) formato digital utilizado nos segmentos consumidor e semi-profissional. Proposto pela JVC em 2003, recebeu a adesão da Canon, Sharp e Sony para o estabelecimento de suas especificações, com o objetivo de criar um formato HD voltado para esses segmentos.

Ao contrário dos sistemas convencionais, onde diferentes formatos de vídeo possuem diferentes valores de resolução horizontal mas mantém a mesma resolução vertical (para compatibilidade com os padrões tradicionais NTSC, PAL e SECAM), nos sistemas de alta definição, como o HDV e o HDTV a resolução vertical não segue os valores tradicionais, possuindo um número maior de linhas.

O aspect ratio utilizado neste formato é do tipo widescreen , na proporção 16x9 nativamente, ou seja, cada quadro é armazenado na fita com uma quantidade maior de pixels na dimensão horizontal do que na dimensão vertical (ao contrário do widescreen obtido com sistemas tradicionais no

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formato 4:3 - exceto no sistema óptico que utiliza uma lente especial para comprimir a imagem - onde ou a imagem é cortada acima e abaixo do quadro widescreen embutido no quadro 4:3 ou é feita simulação eletrônica da lente compressora, processos que acarretam perda de definição).

Embora seu sinal possa ser exibido em TVs comuns do tipo SD, seu objetivo é exibir uma imagem no formato 16:9 de alta resolução (HD) em TVs de alta definição (plasma, LCD, CRT, projetores DLP e outros). Em equipamentos comuns SD, a maior qualidade da sua imagem não é perceptível, sendo comparável à imagem de câmeras comuns SD (como Mini-DV por exemplo) de 3 CCDs.

É um formato aberto, como o DV, ou seja, uma fita gravada em HDV pode ser reproduzida em equipamentos HDV de diferentes fabricantes.

O formato HDV permite a gravação de imagens com 720 linhas de resolução vertical , no modoprogressive scan a 24, 30 (padrão HD1) ou 60 quadros/seg e de 1080 linhas de resolução vertical no modo interlaced também, a 24 ou 30qps (padrão HD2). A imagem no padrão HD1 tem 921.600 pixels (1280 x 720) e no HD2, 1.555.200 pixels (1440 x 1080). Embora a quantidade de pixels seja maior no HD2, o fato da mesma ser no modo interlaced compensa essa superioridade (diminuir sua qualidade), fazendo com que seja equivalente à do HD1, que tem menos pixels mas é progressivo.

Os modos 24qps não existiam na versão original do HDV, tendo sido incluídos posteriormente. O modo interlaced, criado com o sistema NTSC devido, entre outros fatores, à restrição no tamanho de banda do sinal transmitido existente na década de 50, é agora utilizado para proporcionar um maior número de linhas - maior quantidade de dados, resultando em maior detalhamento e resolução das imagens. No entanto, a diferença de 1/60seg entre os campos permanece, acarretando os mesmos efeitos do sistema NTSC, como as imperfeições existentes em imagens de movimento "congeladas". O quadro abaixo mostra as possibilidades de resolução e frame rate do formato:

Versões equivalentes também existem para sistemas PAL: 720p (50), 720p (25) e 1080i (25).

O formato HDV, ao contrário do DV (gravado também no mesmo tipo de fita, em uma estratégia para reduzir custos e aumentar as possibilidades de expansão) emprega compressão MPEG2 (do tipo MPEG2 HDV) e como utiliza a mesma velocidade e track pitch do sistema DV, permite o mesmo tempo de gravação na fita (60 minutos na fita mini e 276 minutos na fita standard). Assim, da mesma forma que no formato Digital-8, criado utilizando as fitas de um formato já existente (Hi8), não existe "fita HDV". Fitas comercializadas como "HDV" são fitas Mini-DV fabricadas com um processo ME - Metal Evaporate de segunda geração, que diminui eventuais ocorrências de dropouts e aumenta sua qualidade.

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O dados de imagem e som são gravados utilizando valores de fluxo de dados menores ou iguais aos empregados no formato DV: enquanto este trabalha com 25Mbps (25 milhões de bits por segundo), pertencendo à classe DV25 dos formatos DV, o HDV trabalha com 19Mbps em sua forma 720p e com 25Mbps em sua forma 1080i. No entanto, as altas taxas de compressão do formato MPEG2 permitem armazenar muito mais informações na fita do que no formato DV, mesmo utilizando fluxo de dados menor ou igual. O áudio é gravado no formato HDV em 3 opções.

Na primeira opção, com compressão, tem-se 2 trilhas de alta fidelidade, utilizando sampling de 48Khz com 16 bits (o mesmo sampling das trilhas de alta fidelidade do formato DV)e comprimido utilizando o formato ".mp2" (MPEG1 Audio Layer II). O layer II do padrão MPEG1 (".mp2") estabelece faixas de compressão do som de 6:1 a 8:1, enquanto o layer III (".mp3") estabelece faixas de 10:1 a 12:1. No entanto, para obter taxas maiores de compressão o codec utilizado tem que ser mais complexo, opção não adotada no HDV. Ainda nessa mesma opção, com compressão, é possível alternar para 2 pares de trilhas estéreo de baixa fidelidade (24Khz com 12 bits), porém no padrão MPEG2 (ao invés de MPEG1), layer II.

Na segunda opção, sem compressão, tem-se 1 ou 2 pares de trilhas estéreo no mesmo padrão PCM (Pulse Code Modulation) do formato DV (com as mesmas diferenças para 1 ou 2 pares). E na terceira opção, opção mista, tem-se a gravação simultânea de um par no padrão PCM e outro par no padrão mp2 (idem opção anterior).

A imagem no HDV é comprimida empregando a técnica multi-frame de compressão do formato MPEG2. Nesta técnica, somente alguns quadros da imagem são gravados com todas as informações, os demais contém apenas informações que permitem sua reconstrução a partir desses quadros completos. Esse processo normalmente dificulta a exibição da imagem em operações na câmera do tipo fast-forward ouslow-motion por exemplo. No HDV isto não ocorre, pois existe uma área reservada na fita para armazenar dados que propiciem a execução satisfatória dessas operações na câmera. A taxa de sampling de cor empregada é 4:2:0.

O formato HDV é compatível com o padrão IEEE-1394: a conexão de câmeras HDV a computadores é feita através do mesmo cabo FireWire utilizado no formato DV.

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resolução de imagem x formatodiferentes formatos de vídeo oferecem imagem com diferentes resoluções. A tabela abaixo mostra asresoluções horizontais de antigos formatos analógicos voltados para o segmento consumidor, além do formato DV, que abrange tanto este segmento como o semi-profissional:

Nos segmentos semi-profissional e profissional encontramos formatos com maior resolução, como mostra a tabela abaixo, onde o ponto de partida é a família de formatos DV. A tabela exibe alguns dos muitos formatos existentes, notadamente os de alta resolução (HD):

A coluna da esquerda relaciona os formatos, dos mais conhecidos no meio semi-profissional ao considerado de melhor qualidade no segmento comercial (HDCAM SR). A coluna seguinte à direita exibe sua classificação em termos de padrão de resolução, SD e HD , podendo-se observar o critérioresolução vertical representado pelo número de linhas maior do que 400 para os

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formatos HD. A coluna seguinte mostra suas resoluções na mídia em que são gravados (disco, fita, memória sólida, hard disk) em quantidade de pixels.

O grupo HD possui 2 tipos de resolução vertical, 720 e 1080 linhas. No tocante à resolução horizontal observa-se que muitos formatos fazem uma compressão de sinal na gravação, reduzindo-a a valores como 1440 por exemplo, enquanto outros não efetuam redução alguma, registrando o sinal com a resolução full de 1920 pixels - processo este utilizado para redução de espaço no armazenamento. No entanto, na reprodução todos do tipo HD exibem a resolução máxima (1280 ou 1920 pixels) e os que a comprimem na gravação obtém os valores máximos na reprodução através de seus codecs de exibição que efetuam um processo de interpolação para aumentar a resolução.

Mais à direita na tabela pode-se ver os tipos de compressão empregados nesses formatos, compressão intra-frame ou multi-frame, esta última também conhecida como inter-frame. A compressão inter-frame comprime de uma só vez blocos (GOPs) de vários quadros no formato MPEG2; no caso do HDV, cada bloco contém 15 quadros. A compressão intra-frame faz a compressão quadro a quadro, e no caso do HDCAM SR, o conteúdo é comprimido utilizando o codec MPEG4, mais eficiente e avançado do que o MPEG2.

A coluna seguinte mostra o valor de bit depth (color depth) para cada um dos formatos listados: quanto maior esse valor, maior o intervalo de variação de cores e tonalidades possível de ser representado. À direita, os valores para color subsampling, a sub-amostragem de cor efetuada para economizar espaço no conteúdo gerado pela câmera. O formato HDCAM SR não faz sub-amostragem alguma de cor, daí a representação 4:4:4. À direita, a taxa de bits no sinal (bit rate) utilizada em cada formato.

A grande compressão que se sobressai no formato HDV deve-se ao codec MPEG2, que produz uma taxa de bits idêntica a dos formatos DV (para o HDV tipo 1140x1080), de 25Mbit/seg, o que explica o mesmo tempo ocupado na fita de 60minutos, tanto para o sinal DV como para o HDV .

RCA (imagem) (Recording Corporation of America) tipo de conector utilizado normalmente em cabos que transmitem sinal de vídeo do tipo composto. Existe uma convenção de cor para este tipo de plug - amarelo - para diferenciá-lo dos plugs do mesmo tipo utilizados com sinal de som:

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CTB(Color Temperature Blue) tipo de gelatina utlizada para correção de temperatura de cor. Um exemplo de utilização é a gravação em uma sala iluminada pela claridade do dia através de grandes janelas de vidro. No interior desta sala, existem lâmpadas incandescentes, que devem permanecer acesas para complementar a iluminação eliminando sombras. Ou então será feito o uso de refletores, em que a temperatura de cor de suas lâmpadas situa-se abaixo da temperatura da luz do dia.

Neste caso, recobrindo-se as luzes internas e/ou os refletores com uma gelatina de tonalidade azul (CTB) aumenta-se a temperatura de cor dos mesmos (geralmente 3200K), cuja luz fica agora equilibrada com a temperatura de cor da luz que provém das janelas (em torno de 5600K).

Outra opção seria ao invés de recobrir as luzes internas / refletores, recobrir as janelas, neste caso utilizando uma gelatina do tipo CTO, para abaixar a temperatura da luz proveniente do Sol aproximando-a da temperatura das luzes internas. O resultado final seria o mesmo, porém, a opção levando-se em conta o fator custo benefício seria a primeira (CTB), por exigir gasto menor em quantidade de folhas de gelatina.

Um mesmo tipo de gelatina (CTB) possui dezenas de graduações de intensidade de cor, estabelecidas através de números ou códigos. Assim, por exemplo, para aproximar a luz de interiores para a luz solar é comum o uso de folhas de gelatina CTB de número 80 ou 81. A figura abaixo mostra algumas das dezenas de tonalidades de gelatinas do tipo CTB:

CTO(Color Temperature Orange) tipo de gelatina utlizada para correção de temperatura de cor. Um exemplo de utilização é a gravação em uma sala iluminada predominantemente pela luz de lâmpadas incandescentes e/ou refletores com lâmpadas deste tipo, na qual existe uma janela de vidro por onde penetra a luz do dia.

Neste caso, recobrindo-se a janela com folhas de gelatina de tonalidade laranja (CTO) abaixa-se a temperatura de cor da luz proveniente da mesma (em torno de 5600K), cuja luz fica agora equilibrada com a temperatura de cor da luz interna (geralmente 3200K).

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Outra opção seria ao invés de recobrir a janela, recobrir as luzes internas, neste caso utilizando uma gelatina do tipo CTB, para subir a temperatura da luz proveniente destas luzes aproximando-a da temperatura da luz externa. O resultado final seria o mesmo, e a opção deve levar em conta o fator custo benefício (quantidade de folhas de gelatina necessária x facilidade de instalação).

Um mesmo tipo de gelatina (CTO) possui dezenas de graduações de intensidade de cor, estabelecidas através de códigos ou números. Assim, por exemplo, para aproximar a luz de luz solar da luz incandescente, é comum o uso de folhas de gelatina CTO de número 85. A figura abaixo mostra algumas das dezenas de tonalidades de gelatinas do tipo CTO:

luorescente, lâmpadas do tiposão lâmpadas de descarga, empregando longos tubos dentro dos quais um gás a baixa pressão ioniza-se passando a emitir luz através da camada interna de revestimento. Na realidade, a luz produzida pelo gás é do tipo UV (ultra-violeta), invisível aos olhos humanos. Porém o revestimento interno do tubo (camada de fósforo) ao ser bombardeado pelos raios UV passa a emitir luz dentro do espectro visível aos olhos humanos: a lâmpada passa a gerar luz visível. O tipo de luz emitida depende do(s) material(s) empregado(s) para confeccionar a camada de fósforo, o que acarreta variação na sua temperatura de cor, levando a termos como "branca fria", "luz do dia" e outros.

Exigem reatores que convertem a voltagem comum (110/220V) em altas voltagens necessárias para ionizar o gás dentro do tubo. Reatores antigos não executavam a função de 'ligar' (ativar, fazer a ignição, 'dar a partida') a lâmpada, sendo necessários componentes denominados starters, hoje em desuso. Sua função era gerar o arco voltaico dentro da lâmpada.

Além de possuir espectro luminoso descontínuo, sua luz normalmente tem tonalidade ligeiramente esverdeada. Não é indicada para uso em videoprodução devido a essas características. No entanto, existe uma versão deste tipo de lâmpada voltada para videoprodução: são as lâmpadas fluorescentes corrigidas.

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São fabricadas em diversas temperaturas de cor, desde as mais quentes (3500K) às mais frias (6500K). Seu IRC é normalmente baixo, porém em alguns modelos pode chegar a mais de 90. Em média, varia de 50 a 80, conforme o tipo e modelo. Sua potência luminosa decai lentamente com o tempo de uso.

fluorescentes, lâmpadas corrigidassão semelhantes às lâmpadas fluorescentes comuns, porém funcionando em alta frequência, o que acarreta a eliminação do problema do flicker de luz existente nas lâmpadas fluorescentes comuns. Seu bulbo possui correção de temperatura de cor, existindo lâmpadas do tipo luz do dia (daylight) outungstênio, permitindo seu uso juntamente com lâmpadas do tipo HMI ou halógenas (quartzo) por exemplo sem necessidade do acréscimo de gelatinas. Existem também versões coloridas nas tonalidades RGB. Seu espectro luminoso é contínuo, possibilitando seu uso em videoprodução.

Em kits leves e compactos, que agrupam várias lâmpadas em um único refletor, são a forma mais rápida e fácil de se conseguir uma fonte de luz suavizada. Possuem ainda como vantagens o baixo consumo de energia e a pouca geração de calor, ao contrário dos refletores de tungstênio ou HMI por exemplo.

Este tipo de lâmpada foi criado para ser utilizado no filme Barfly, em 1987 e logo passou a ser comercializado pela empresa Kino-Flo, daí a referência, algumas vezes, a este nome como denominação para as mesmas.

Fresneltipo de lente criada por Augustin Jean Fresnel, físico francês, que viveu de 1788 a 1827. No século 19, estudava-se o que poderia ser feito para ampliar o poder de luminosidade dos faróis marítmos. Uma das soluções era o emprego de lentes; porém, devido às dimensões exigidas, uma lente de vidro tornaria-se extremamente pesada para ser instalada no topo dos faróis. Além disso, seriam necessárias duas, uma de cada lado, e o mecanismo giratório teria dificuldades com o peso extra. Partindo de uma lente plano-convexa (com superfície plana em um dos lados e curva em outro), Fresnel percebeu que a espessura do vidro era indiferente para o percurso dos raios luminosos: uma vez dentro da lente, após ter sofrido desvio, a propagação não era afetada se houvesse mais ou menos vidro a percorrer, até que a outra face fosse atingida.

Assim, para reduzir a espessura do vidro, Fresnel dividiu a superfície da lente em diversos círculos concêntricos, preservando a curvatura da face convexa de cada anel. E encaixou esses anéis de forma achatada, reduzindo assim, em muito, a espessura do vidro da lente (a lente foi criada já com esta forma - e não 'recortada' em anéis). A imagem projetada pela lente fica distorcida, devido aos cortes existentes em cada anel concêntrico, não servindo para uso em equipamentos de captura e projeção de imagens. Porém, para projeção de luzes, o invento ficou perfeito, passando a ser instalado nos faróis:

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halógenas, lâmpadas do tiposão lâmpadas incandescentes do tipo tungstênio (também conhecidas como tungstênio halógenas,quartzo ou quartzo halógenas), onde o filamento é montado dentro de uma ampola de vidro do tipo quartzo, preenchida com gás do tipo halógeno (Iodo ou Bromo) em seu interior. O gás reage com o tungstênio que evapora do filamento, gerando moléculas de Iodo-Tungstênio / Bromo-Tungstênio. Essas moléculas possuem alta afinidade pelo filamento de Tungstênio, reagindo com o mesmo. O Tungstênio da molécula separa-se e deposita-se novamente no filamento, liberando o Iodo / Bromo para a atmosfera no interior da ampola. Com isso o tempo de vida útil da lâmpada é prolongado e sua eficiência na geração de luz aumentada. Lâmpadas halógenas são 25 a 30% mais brilhantes do que incandescentes comuns.

Este processo de reciclagem exige altas temperaturas, motivo pelo qual suas ampolas são pequenas - ao contrário da ampola de uma lâmpada incandescente comum. É mais fácil manter essas temperaturas em espaços reduzidos, como o dessas ampolas.

Por outro lado, como não há deposição de tungstênio nas paredes internas da ampola (causada pela condensação do vapor de tungstênio, como ocorre nas lâmpadas incandescentes comuns), não ocorre o escurecimento do bulbo com o tempo de uso: sua potência luminosa não diminui.

O pequeno tamanho da ampola permite a geração de luz com um facho altamente focado. São muito utilizadas em videoprodução, notadamente as lâmpadas cuja ampola tem o formato de um tubo cilíndrico, montadas em refletores retangulares. São também conhecidas como lâmpada de estúdio Photoflood tipo B. Sua temperatura de cor é ligeiramente maior que a das lâmpadas incandescentes comuns, em torno de 3.200K. Assim como as incandescentes comuns, possuem IRC = 99.

ungstênio, lâmpadas do tiposão as lâmpadas incandescentes comuns, criadas por Thomas Edison, onde o nome tungstênio deriva do metal empregado na confecção do seu filamento. Neste tipo de lâmpada, a luz é gerada pelo aquecimento do metal (Tungstênio) do filamento ao ser submetido à corrente elétrica através de eletrodos conectados em suas extremidades. É o tipo menos eficiente sob o ponto de vista de conversão de energia elétrica em luz.

É também o tipo lâmpada mais simples empregada em refletores usados em videoprodução. Suatemperatura de cor é de 2.680K a 3.000K e seu IRC considerado próximo de 100. No segmento profissional, existem refletores deste tipo com até 10.000W ou 20.000W de potência. Em outros segmentos, podem ser encontrados refletores bem menores, com 200W de potência por exemplo.

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Com o tempo de uso, o Tungstênio lentamente evapora, o que leva ao rompimento do filamento e ao escurecimento do bulbo, pela deposição do mesmo (condensação de seu vapor) nas suas paredes internas.