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ÁREA TECNOLÓGICA: GESTÃO Identificação do MDI: AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS

Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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Page 1: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

ÁREA TECNOLÓGICA:

GESTÃO

Identificação do MDI: AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS

Page 2: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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VISÃO “Consolidar-se como o líder estadual em educação profissional e tecnológica e ser reconhecido como indutor da inovação e da transferência de tecnologias para a indústria brasileira, atuando com padrão internacional de excelência”.

MISSÃO Promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria brasileira.

VALORES � Transparência � Iniciativa � Satisfação ao Cliente � Ética � Alta Performance � Valorização das Pessoas

POLÍTICA DA QUALIDADE � Satisfazer as necessidades dos clientes com produtos competitivos reconhecidos pelo

mercado. � Intensificar ações de aperfeiçoamento e valorização de competências dos empregados. � Assegurar o aprimoramento contínuo dos processos e serviços com padrões de

qualidade, para o alcance de resultados.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Page 3: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS NO ESTADO DE MATO GROSSO – FIEMT Jandir José Milan Presidente em Exercício CONSELHO REGIONAL Jandir José Milan Presidente em Exercício SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Gilberto Gomes de Figueiredo Diretor Regional do Departamento Regional de Mato Grosso Lélia Rocha Abadio Brun Gerente de Educação e Tecnologia – GETEC Silvania Maria de Holanda Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educação Inicial e Continuada - UEDE Eveline Pasqualin de Souza Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educação Técnica e Tecnológica - UNETEC

Page 4: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

4

© 2012 – SENAI/MT – Departamento Regional.

É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o

prévio consentimento do editor.

EQUIPE TÉCNICA DE ORGANIZAÇÃO

Deuzalina Maria de Arruda A. Silva

Luciana Gonzaga Costa

SENAI - MT Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Av. Historiador Rubens de Mendonça, 4.301

Bairro Bosque da Saúde - CEP 78055-500 – Cuiabá/MT Tel.: (65) 3611-1500 - Fax: (65) 3611-1557

www.senaimt.com.br

S477a

SENAI/MT

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Material Didático da

Área Gestão – Curso: Auxiliar de Recursos Humanos. Departamento

Regional. Cuiabá - MT, 2012. Qtde de Pág.135.

1. Conceito – Recursos Humanos 2. Relações Trabalhistas 3.

Benefícios

CDU 658.3

Page 5: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

5

APRESENTAÇÃO

Caro(a) Estudante,

É com prazer que apresentamos este material didático que foi desenvolvido para facilitar

seu aprendizado nos cursos de Educação Profissional do Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial – SENAI de Mato Grosso.

Este material tem o objetivo de atender as demandas industriais e satisfazer as

necessidades de pessoas que buscam atualização e conhecimentos através de cursos

profissionalizantes.

Os conteúdos formativos deste material foram concebidos para atender as Áreas

Tecnológicas de atuação do SENAI, alinhados aos Perfis Profissionais Nacionais elaborados

por Comitês Técnicos Setoriais do SENAI Departamento Nacional e com a Classificação

Brasileira de Ocupações – CBO.

Esperamos que este material didático desperte sua criatividade, estimule seu gosto pela

pesquisa, aumente suas habilidades e fortaleça suas atitudes. Requisitos fundamentais para

alcançar os resultados pretendidos em um determinado contexto profissional.

Page 6: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

6

INFORMAÇÕES GERAIS

- Objetivo do Material Didático:

Fornecer os conhecimentos básicos à formação do estudante, proporcionando a

devida qualificação para a construção de competências que contemplem

conhecimentos habilidades e atitudes no âmbito das demandas do setor produtivo e

das relações sociais.

- Área Tecnológica:

Gestão

- Eixo Tecnológico:

Gestão e Negócios

Page 7: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9

2. CONCEITO – RECURSOS HUMANOS ................................................................. 10

3. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS - Gestão Estratégica .................... 11

4. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS – Tendências .................................... 12

5. A EMPRESA GLOBAL ............................................................................................. 12

6. COMPARAÇÃO ENTRE OS MODELOS TRADICIONAL E ATUAL ......................... 13

7. DESAFIOS DAS ORGANIZAÇÕES ......................................................................... 13

8. RECURSOS HUMANOS DO FUTURO .................................................................... 13

9. CENÁRIO PARA ESTA DÉCADA ............................................................................ 14

10. CENÁRIO FUTURO ............................................................................................... 14

11. TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS .......................................................... 15

12. ATITUDES MOTIVADORAS................................................................................... 17

13. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL .................................................................. 18

14. ESCOLHA DAS RELAÇÕES HUMANAS ............................................................... 19

15. FORMAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO ....................................................... 20

16. LIDERANÇA – CONCEITO .................................................................................... 23

17. GRUPO, EQUIPES E TIMES DE TRABALHO GRUPO ......................................... 30

18. COMPROMETIMENTO .......................................................................................... 34

19. CLIMA ORGANIZACIONAL .................................................................................... 37

20. RELAÇÕES TRABALHISTAS ................................................................................ 40

21. PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS .................................................................... 63

22. PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO .................................. 84

23. PROCESSO DE ADMISSÃO .................................................................................. 89

24. JORNADA DE TRABALHO .................................................................................... 91

25. FORMA DE PAGAMENTO DE SALÁRIOS ............................................................ 93

26. SALÁRIO-FAMÍLIA ................................................................................................. 94

27. SALÁRIO-MATERNIDADE ..................................................................................... 95

28. FALTAS LEGAIS: ATESTADOS E JUSTIFICATIVAS LEGAIS .............................. 97

29. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE......................................................................... 99

Page 8: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

8

30. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE .................................................................... 100

31. FÉRIAS ................................................................................................................. 101

32. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO ........................................................................... 105

33. PREENCHIMENTO DE GUIAS DE RECOLHIMENTO ........................................ 106

34. FGTS .................................................................................................................... 107

35. PIS/PASEP ........................................................................................................... 108

36. FOLHA DE PAGAMENTO .................................................................................... 109

37. DEMISSÃO DE EMPREGADO ............................................................................ 120

38. DESCRIÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS ............................................................ 122

39. AJUSTES DO MERCADO ..................................................................................... 125

40. BENEFÍCIOS ........................................................................................................ 126

41. GESTÃO POR COMPETÊNCIA ........................................................................... 130

42. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ............................................................... 132

43. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 136

Page 9: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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1. INTRODUÇÃO

A administração de recursos humanos abrange o conjunto de técnicas e

instrumentos que permitem às organizações atrair, manter e desenvolver

os talentos humanos. Em face do contexto ora vivenciado pelas organizações,

caracterizado por mudanças constantes de natureza econômica, social e

tecnológica, torna-se fundamental, em qualquer empresa, uma administração

voltada para a gestão de recursos humanos, visto que a continuidade de

sua existência será determinada pela qualidade agregada aos seus produtos

ou serviços, tendo como base "pessoas" motivadas e com alto nível de

qualidade pessoal e profissional. Fica claro portanto nesse cenário que o

diferencial hoje é o talento humano.

Elevados índices de rotatividade e de acidentes de trabalho, problemas com

qualidade dos produtos, retrabalho, desperdício de materiais, baixos salários,

condições de trabalho inadequadas e relações de trabalho insatisfatórias são

fatores que estão diretamente relacionados à administração de recursos

humanos, que, na maioria das empresas, é limitada ao cumprimento, apenas,

dos aspectos legais da relação governo x empresa x empregado.

Para superar essas dificuldades as empresas modernas estão investindo em

treinamentos que levem as pessoas ao autoconhecimento e autodesenvolvimento,

buscando uma maior capacidade de trabalho em equipes multidiciplinares, bem

como estão adaptando os móveis e as condições dos postos de trabalho visando

o conforto e bem-estar de seus colaboradores. É necessário administrar

recursos humanos de forma ampla.

Page 10: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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2. CONCEITO – RECURSOS HUMANOS

Por Administração de Recursos Humanos, entende-se uma série de

decisões integradas que formam as relações de trabalho; sua qualidade

influência diretamente a capacidade da organização e de seus empregados em

atingir seus objetivos. 2.1. Administração de Recursos Humanos - Evolução Histórica

Até 1930

� Influência da imigração Européia

� Ausência da intervenção estatal

� Estrutura pequena, maior aproximação entre patrões e empregados

De 1930 a 1950

� Criação do Ministério do Trabalho e da Legislação Trabalhista

� Cria-se nas empresas a seção de Pessoal

De 1950 a 1964

� “50 anos em cinco” JK

� Instalação de Indústrias estrangeiras

(automobilísticas)

� Mão-de-obra abundante

� Criada a estrutura de relações industriais

1. Recrutamento e Seleção de Pessoal

2. Treinamento

3. Administração de Salários e Benefícios

• Enfoque burocrático e micro

De 1964 a 1985

• Controle político e econômico da classe trabalhadora

• Necessidade de mão-de-obra qualificada

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• Surge a Administração de Recursos Humanos

1. Desenvolvimento Organizacional

2. Higiene e Medicina Ocupacional

• Ação sindical mais intensa

De 1985 a ......

• Novas técnicas de Gestão

• Novas formas de Organização da Produção

• Aumento da competitividade

• Foco no Estratégico

• Terceirização de serviços de RH

• Estruturas mais enxutas

3. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS - Gestão

Estratégica

Page 12: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

12

4. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS – Tendências

Globalização

• Conjunto de mudanças nos padrões tradicionais de produção,

investimentos e comércio internacionais;

• Processo de aceleração do capitalismo, e seus impactos na organização

e no sistema de valores da sociedade, nos valores individuais e na

política.

Impactos da Globalização

• Na Sociedade

1. Os valores e padrões sociais são ditados pelo mercado;

2. A acumulação de riqueza de um lado, tem gerado uma imensa

miséria social, um exército cada vez maior de excluídos. Nos

países desenvolvidos 20% da população detém 86% do poder

de compra.

5. A EMPRESA GLOBAL

• Atravessam fronteiras das nações, espaço e tempo;

• Combinam diferentes culturas, pensamentos e formas de relacionamento

entre a organização e os outros, visando maximizar as oportunidades globais;

• Rupturas das fronteiras entre os departamentos, do estilo de

gerenciamento e nova forma de compartilhar valores;

• Capacidade de se adaptar permanentemente às mudanças.

Page 13: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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6. COMPARAÇÃO ENTRE OS MODELOS TRADICIONAL E ATUAL

TRADICIONAL GLOBAL Emprego estável, de tempo integral e

de longo prazo no setor formal

Mais flexibilidade, redução do

tempo/parcial

Especialização, rotina e autoridade

bem definida

Uso do potencial criativo e delegação

para solução de problemas

Salários estáveis e previsíveis ligados

a cargos específicos

Baseada no desempenho, flexível

7. DESAFIOS DAS ORGANIZAÇÕES

• Reunir um banco de talentos, automotivado, identificado com a

empresa, capaz de enfrentar desafios;

• Participação e transparência para que as pessoas tenham espaço para

pessoas utilizar seu potencial criativo;

• Processo de constante aprendizagem, favorecendo a cooperação, o

trabalho em equipe, harmônico e integrado.

8. RECURSOS HUMANOS DO FUTURO

• Foco maior no resultado do que no processo

• Benchmarking (o melhor do mundo) x Marketing

• Criar valor x rodar programas

• Agregar valor x Idéias

• Inventivos x Criativos

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9. CENÁRIO PARA ESTA DÉCADA

• Os empregados não terão fronteiras

• As organizações vão continuar com as fusões e aquisições

• A força de trabalho de todos os níveis será diversificada

• Diversidade

• Práticas de compensação serão inovadoras

• Empregados terão seus destinos nas mãos

• Telecomutação

• Os benefícios serão portáteis

10. CENÁRIO FUTURO

Gestão de Talentos

Estrutura de Trabalho:

• Análise de tarefas

• Equipes

• Gerenciamento do desempenho

• Envolvimento do empregado

Relações de Trabalho:

• Comunicação

• Resolução de conflitos

• Relações sindicais

• Saúde e segurança

Remuneração:

• Resultados/desempenho

• Benefícios e recompensas não financeiras

Page 15: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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11. TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS

O comportamento das pessoas em uma organização é complexo, depende

de Fatores Internos (decorrentes de suas características de personalidade,

como: capacidade de aprendizagem, de motivação, de percepção do ambiente

interno e externo, de emoções, de atitudes, de valores, etc.) e de Fatores

Externos (decorrentes das características organizacionais, como sistemas de

recompensas e punições, pressões do chefe, influências dos colegas de trabalho,

de políticas novas adotadas pela organização, as demandas, as pressões da

família, etc.).

Indivíduo na Organização:

• Pressões dos superiores;

• Estados de energia interna

• Influência dos colegas

• Condições ambientais

• Sistemas pessoais

• Programa de treinamento e desenvolvimento

• Demanda da Família

• Mudanças nas Tecnologias

Dentre os Fatores Internos que influenciam o comportamento das pessoas,

daremos especial atenção à Motivação. Motivação é o que nos impulsiona a

seguir em frente, a correr em busca dos nossos objetivos e sonhos.

MOTIVAÇÃO (motivo + ação)

Motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de uma determinada

forma. Esse impulso à ação pode ser provocado por um estímulo externo

(ambiente) e pode também ser gerado por um estímulo interno (os processos

Page 16: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

16

mentais do indivíduo). Podemos comparar a motivação a uma peça de

engrenagem de uma máquina, sem tal peça a máquina não funciona; sem

motivação a pessoa também não funciona, fica paralisada, deprimida.

As pessoas são diferentes no que tange à motivação: as necessidades

variam de indivíduo para indivíduo, os valores e as capacidades para atingir os

objetivos também são diferentes, e assim por diante, produzindo, dessa forma,

diferentes padrões de comportamento. As necessidades, os valores sociais e as

capacidades variam também no mesmo indivíduo conforme o tempo.

O processo que caracteriza a natureza humana em busca de seus objetivos

é a motivação, é ela quem inicia, dirige e regula o comportamento humano para

suas metas.

A teoria mais divulgada sobre motivação é a hierarquia das necessidades

humanas de Abraham Maslow, que afirma que o homem expande suas

necessidades no decorrer de sua vida, e que, à medida que satisfaz suas

necessidades básicas outras mais elevadas assumem o predomínio de seu

comportamento. Segundo Maslow, as necessidades humanas estão dispostas

em uma hierarquia, conforme apresenta a figura abaixo:

Necessidade de Auto realização

Necessidade de Estima

Necessidades Sociais

Necessidades de Segurança

Necessidades Fisiológicas

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1ª) Necessidades Fisiológicas (ar, comida, repouso, abrigo, etc);

2ª) Necessidades de Segurança (proteção contra o perigo ou privação);

3ª) Necessidades Sociais (amizade, inclusão em grupos, etc);

4ª) Necessidades de Estima (reputação, reconhecimento, amor, etc);

5º) Necessidades de Auto-Realização (realização do potencial, utilização plena

dos talentos individuais, etc)

O comportamento do indivíduo é influenciado simultaneamente por um

grande número de necessidades concomitantes, porém as necessidades mais

elevadas têm uma ativação predominante em relação às necessidades mais

baixas. Mas, se alguma necessidade mais baixa deixa de ser satisfeita por um

longo período, esta se torna imperativa, neutralizando o efeito das mais elevadas,

fazendo com que as energias do indivíduo se desviem para a luta pela satisfação

desta necessidade.

12. ATITUDES MOTIVADORAS

12.1. Fatores motivadores no ambiente de trabalho:

• Bom ambiente de trabalho

• Espírito de equipe

• Tratamento respeitoso

• Reconhecimento profissional

• Condições de segurança

• Clima organizacional estruturado/confiante

• Fazer o que gosta

• Oportunidade de crescimento profissional

• Autonomia e decisão nas decisões

• Salário justo, compatível com o desempenho.

Page 18: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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12.2. Fatores desmotivadores no ambiente de trabalho:

• Falta de direção e controle

• Desorganização

• Falta de união e coleguismo

• Desconfiança

• Protecionismo

• Discriminação

• Liderança centralizada/individualizada

• Não valorização / reconhecimento do trabalho

• Impossibilidade de expressar idéias e opiniões

• Liderança insegurança e instável

• Ausência de um bom ambiente de trabalho

13. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Relacionamento Interpessoal ou relações humanas é a convivência

entre seres humanos. É a maneira pela qual as pessoas se relacionam, isto é,

amam, odeiam, competem, brincam, trocam favores, ajudam, lideram e tantas

outras coisas mais. É um processo complexo e ocorre entre pessoas sob

a forma de comportamentos verbais e não verbais (olhar, sorriso, gestos, postura

corporal).

Nós seres humanos somos seres sociais, dependemos uns dos outros e

convivemos uns com os outros durante toda a vida. O outro é a referência para o

eu. As pessoas passam um tempo no trabalho se relacionando de diversas

maneiras com colegas, supervisores e clientes, e também em casa com pais,

irmãos, filhos, esposas, etc.

Em situações de trabalho, compartilhadas por duas ou mais pessoas,

existem atividades importantes que devem ser executadas, que são: a

COMUNICAÇÃO, a COOPERAÇÃO, o RESPEITO e a AMIZADE. Se temos

Page 19: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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facilidade de comunicação, hábito de praticar a cordialidade e criar laços de

amizade então encontramos mais receptividade por parte dos outros e isto nos

favorece. Se formos mais fechados, não temos senso de humor, nos ofendemos

facilmente, então não temos tão boa acolhida nos diferentes ambientes e grupos

sociais.

As novas teorias de administração colocam a pessoa humana como fator

chave para o sucesso de qualquer empreendimento ou empresa. A competência

para estabelecer relações de qualidade tem sido cada vez mais valorizada. O

bom relacionamento interpessoal torna o ambiente agradável e estimulante,

permitindo trabalhos cooperativos, dessa forma, unindo competências técnicas e

pessoais os resultados serão alcançados de forma satisfatória e mais rápida. A

competência interpessoal possibilita novas atitudes e comportamentos de todos

os envolvidos com a organização, permitindo que as necessidades dos clientes

internos e externos sejam atendidas.

Dois componentes importantes para se estabelecer um bom

relacionamento interpessoal são: a PERCEPÇÃO e a COMUNICAÇÃO.

A percepção deve ser sempre reavaliada e aprimorada para que se possa

ter uma visão mais realista do outro, sem interferências pessoais, dessa

forma, contribuir para um bom relacionamento interpessoal. A competência

interpessoal é fundamental para que os participantes de uma organização,

orientada para a qualidade e competitividade, possam absorver as mudanças que

surgirão em muitas áreas, inclusive nos processos de trabalho, nos

relacionamentos interpessoais, nos valores e estilo gerencial.

14. ESCOLHA DAS RELAÇÕES HUMANAS

As pessoas são diferentes. É tão óbvio que nem atentamos para isso.

Se levarmos isso a sério será muito importante para estabelecermos boas

relações interpessoais. Teremos menos preocupações, menos raiva e mais

Page 20: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

20

alegria. Temos que ter consciência de que as pessoas não são e não pensam do

nosso jeito. E, mudar o mundo é impossível, então temos que mudar nós

mesmos. E isto é possível. Depende de uma questão de domínio de nós

mesmos, perfeitamente viável desde que saibamos o que queremos que

compreendamos o mecanismo e a natureza de nossa percepção, que

vislumbraremos com clareza, os benefícios que teremos.

Percebemos o mundo através de nosso referencial. Como tudo o que

é aprendido, pode ser aprimorado. Devemos aprimorar nossa capacidade de ver,

ouvir e sentir, assim, estaremos melhorando nossa capacidade de nos relacionar.

É muito importante termos uma visão crítica de nossas percepções

procurando verificar se elas estão fundamentadas em fatos reais. Tal

atitude possibilita mudar, corrigir e confirmar nossas percepções a respeito de nós

mesmos e dos outros. Deste modo, podemos dizer que o significado das coisas ou

fatos está nas pessoas. Sendo assim, nenhuma pessoa é antipática ou simpática,

mas nós a percebemos deste ou daquele modo. Qualidades como essas são

atribuídas por quem percebe e não por quem é percebido.

A convivência humana é difícil e desafiante! Estamos realmente

condenados a sofrer com os outros ou ter a esperança de ter uma convivência

razoavelmente satisfatória e produtiva?

15. FORMAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO

Existem maneiras diferentes das pessoas se comportarem diante de uma

mesma situação. Um mesmo estímulo pode levar cada indivíduo a manter

reações diferentes, por motivos implícitos de cada um.

É comum perceber uma pessoa insatisfeita nas suas relações, tendo em

vista a forma do seu comportamento, mesmo não tendo a consciência dos motivos

Page 21: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

21

que a levaram a tal comportamento. Há apenas o sentimento de que algo não está

bem.

Quando uma pessoa se mostra insatisfeita consigo mesma, pelo

comportamento que adotou, ela é então, capaz de reformular

comportamentos inadequados. No ambiente de trabalho, ou em qualquer local

podemos perceber diferentes tipos de comportamentos, como: o

comportamento Não Assertivo, o comportamento Agressivo e o comportamento

Assertivo.

15.1. Comportamento não assertivo

A pessoa não assertiva procura atender às expectativas do outro,

baseando-se em um referencial externo, e, não em seu referencial interno, suas

próprias expectativas e necessidades. Por esse motivo à pessoa não se expressa,

não faz suas próprias escolhas, deixando para os outros a decisão final.

Esta pessoa geralmente se caracteriza uma pessoa insatisfeita, magoada,

tímida e frustrada, caracterizando aí o que chamamos de comportamento não

assertivo generalizado.

Existem pessoas que diante de alguma situação com a qual elas têm

dificuldade em lidar de maneira adequada se comportam de maneira não assertiva,

como forma para enfrentar esse momento. É o que caracteriza o comportamento

não assertivo situacional.

Essas pessoas ao reconhecer o problema podem iniciar um

tratamento/treinamento para conseguir maior assertividade, e, geralmente

obtêm sucesso.

Page 22: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

22

15.2. Comportamento agressivo

A pessoa que adota o comportamento agressivo procura atender às

suas próprias expectativas, através do outro, usando-o. Ela expressa seus

sentimentos, mas não os explora ao mesmo tempo em que não se volta para

os sentimentos do outro. Age de maneira a considerar o seu referencial interno,

mas esquece o outro, depreciando-o, negando- o e ferindo-o . O receptor, nesta

reação sente-se humilhado, colocando-se na defensiva, não se expressa. Não

ocorre, portanto, uma relação onde há troca, valorização das pessoas envolvidas.

Comportamentos agressivos também ocorrem de forma situacional e

generalizada. A agressão generalizada aparece geralmente nas pessoas que

apresentam fachadas de elevada autoconfiança, controle e fortaleza. Geralmente

domina conversações, desfaz-se da opinião dos outros e considera-se sempre a

“última palavra”, gerando atritos com a maioria das pessoas. São pessoas

extremamente sensíveis a críticas, sentem-se rejeitadas em boa parte do tempo e

facilmente desencadeiam explosões agressivas. Muitas pessoas agressivas não

reconhecem seu comportamento e não buscam ajuda, outras, porém, buscam ajuda.

15.3. Comportamento assertivo

A pessoa que adota esse comportamento age pelo seu referencial interno, mas

considera também o referencial da outra, ou das outras pessoas envolvidas na

situação. Assim todos se expressam se valorizam e podem atingir os objetivos

desejados.

Page 23: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

23

A pessoa assertiva sente-se bem consigo mesma e com o outro, porque a

sua maneira de agir dentre outras coisas, possibilita uma troca efetiva de

experiências, levando ao crescimento pessoal. Suas ações são motivadas por

idéias de que todas as pessoas são iguais e que, cada uma merece o privilégio de

expressar os seus direitos inatos. Há muito a ganhar na vida, sendo livre e capaz de

lutar por si mesma e garantir os mesmos direitos para os outros.

16. LIDERANÇA – CONCEITO

Embora existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar

dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e, por

outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas, exercidas num

determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vista à

obtenção de determinados objetivos específicos. As funções de liderança incluem,

portanto, todas as atividades de influenciação de pessoas, ou seja, que gera

motivação necessária para pôr em prática o propósito definido pela estratégia e

estruturado nas funções executivas.

Um aspecto importante neste conceito é a palavra influência em lugar de

imposição. De fato, é possível impor determinadas ações a um subordinado quando

se tem poder para tal. Contudo, é impossível impor a motivação com que cada um

leva à prática essa mesma ação. É esta motivação que a liderança procura

Page 24: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

24

melhorar. Para um líder não é suficiente atingir os objetivos da organização; é

necessário que as ações desenvolvidas pelos subordinados sejam

executadas por sua livre vontade.

Max De Pree, gestor da norte-americana Herman Miller Inc. (empresa líder

em mobiliário de escritório), faz uma outra abordagem da liderança, colocando a

ênfase na liberdade dos subordinados e na serviciência dos líderes. Na verdade, este

autor considera a liderança como a arte de “libertar as pessoas para fazerem o que

se exige delas de maneira mais eficiente e humana possível”. Max De Pree

considera ainda que a primeira responsabilidade de um líder é a definição da

realidade e a última é agradecer; entre as duas deverá tornar-se um servidor da

organização e dos seus membros - é o contraste entre os conceitos de propriedade

e de dependência. Desta forma, a medida de uma boa liderança encontra-se

nos seus seguidores: quando estes atingem o seu potencial, alcançam os resultados

pretendidos e estão motivados, é sinal de uma boa liderança.

16.1 Estilos de liderança

16.1.1. Liderança autocrática

Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de

liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder

toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O líder

determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, de modo

imprevisível para o grupo. Além da tarefa que cada um deve executar, o líder

determina ainda qual o seu companheiro de trabalho. O líder é dominador e

Page 25: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

25

pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.

16.1.2. Liderança democrática

Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de

liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo

decisório. Aqui as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e

assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências para atingir o

alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando

este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas

ganham novas perspectivas com o debate. A divisão das tarefas fica ao critério do

próprio grupo e cada membro pode escolher os seus próprios companheiros de

trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo. Ele é objetivo e limita-

se aos fatos nas suas críticas e elogios.

16.1.3. Liderança liberal ou Laissez faire

Laissez-faire é a contração da expressão em língua francesa laissez faire,

laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir,

deixai passar". Neste tipo de liderança as pessoas tem mais liberdade na

execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma equipe madura, auto

dirigida e que não necessita de supervisão constante. Por outro lado, a

Liderança liberal também pode ser indício de uma liderança negligente e fraca,

onde o líder deixa passar falhas e erros sem corrigi-los.

16.1.4. Liderança paternalista

O paternalismo é uma atrofia da Liderança, onde o Líder e sua equipe tem

relações interpessoais similares às de pai e filho. A Liderança paternalista pode

ser confortável para os liderados e evitar conflitos, mas não é o modelo adequado

num relacionamento profissional, pois numa relação paternal, o mais importante

para o pai é o filho, incondicionalmente. Já em uma relação profissional, o

Page 26: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

26

equilíbrio deve preponderar e os resultados a serem alcançados pela equipe são

mais importantes do que um indivíduo.

Embora os estilos de liderança já tenham sido identificados

anteriormente e designados com estes ou outros nomes aqui ficam outros

estilos de liderança associados à relação causal entre cada estilo e os efeitos

sobre o clima de trabalho e o desempenho:

Estilo Visionário: Canaliza as pessoas para visões e sonhos partilhados.

Tem um efeito muito positivo sobre o clima de trabalho. É apropriado para

situações onde ocorra mudanças que exigem uma nova visão.

Estilo Conselheiro: Relaciona os desejos das pessoas com os objetivos

da organização. Ajuda um empregado a ser mais eficiente, melhorando as

suas capacidades de longo prazo.

Estilo Relacional: Cria harmonia melhorando o relacionamento entre

as pessoas. Ideal para resolver e sarar conflitos num grupo; dar motivação

em períodos difíceis; melhorar o relacionamento entre as pessoas.

Estilo Pressionador: Atinge objetivos difíceis e estimulantes. Tem um

efeito por vezes negativo sobre o clima de trabalho pois é frequentemente

mal executado.

Estilo Dirigista: Acalma os receios dando instruções claras em situações

de emergência. É apropriado em situações de crise; para desencadear

uma reviravolta na situação; com subordinados difíceis.

Estilo de liderança: sempre foi complexo, por estar diretamente

condicionado com as reações do comportamento humano, mas é

imprescindível que seja situacional, flexível e adaptado para os resultados que

se pretende. O principal objetivo pretendido deve contar com as etapas do estilo

autocrático, democrático e liberal levando em conta o receptor com as ações de

Page 27: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

27

auto-estima e afetividade (respeito ao liderar ). O estilo deve ser situacional devido

ao aprimoramento contínuo de todo o ambiente de trabalho.

16.2. Os 3 tipos puros de dominação

Segundo Weber as pessoas se submetem à dominação por motivos

diversos como receber alguma vantagem na situação, ou por “costume” de deixar-

se mandar ou por afeto e afinidade com o dominador. Estas dominações são

sempre apoiadas em causas jurídicas que lhe dão legitimidade para existirem.

Basicamente, as três formas legítimas de dominação são: 16.2.1. Dominação racional - legal

Seu mecanismo é baseado num estatuto com regras bem definidas, onde

os direitos podem ser modificados ou recriados. A associação dominante é

eleita e nomeada e seus funcionários nomeados pelo Senhor. O dever de

obediência está graduado numa hierarquia de cargos e a base do

funcionamento técnico é a disciplina no serviço.

A burocracia constitui o tipo tecnicamente mais puro da dominação legal,

cujo trabalho rotineiro geralmente está entregue.

A máquina do Estado atual (municipal, estadual e federal) se encaixam

nesta visão de dominação autorizada, assim com os Sindicatos e Associações

(de funcionários, de bairros, etc. ) que muitas vezes decidem pela maioria,

Page 28: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

28

instituídas de um poder por seus próprios membros, que mesmo reprovando

alguns atos, nada fazem para mudar a situação.

Muitos Programas de Qualidade Total das empresas privadas se encaixam

aí. É incutido nos funcionários que tudo devem fazer para que a empresa

progrida e obtenha lucro, esquecendo a importância dos relacionamentos, da

afetividade e da realização pessoal dos funcionários.

16.2.2. Dominação tradicional

Acontece porque as pessoas acreditam no poder enraizado do dominante,

de acordo com sua dignidade que é confirmada pela tradição daquela

comunidade. A associação dominante é de caráter comunitário, firmada pela

tradição, onde o dominante age segundo sua vontade, sua afetividade e seu ponto

de vista, que são influenciados por preferências pessoais. No quadro

administrativo o dominador sempre nomeia pessoas ligadas a ele por laços

afetivos ou vínculos de fidelidade.

Podemos observar neste tipo de dominação duas formas distintas de

quadros administrativos:

1 – Estrutura puramente patriarcal – onde os servidores têm completa

dependência pessoal do senhor que tem o domínio total da situação e das

decisões como um direito de sua dominação.

Ainda hoje na Índia esta dominação existe, onde as castas dominantes têm

o direito legítimo pela tradição de obter privilégios sobre as castas

dominadas, apoiando-se na lei cármica. Muitas famílias e clãs do oriente ainda

vivem segundo o patriarcado, que direciona a vida de seus membros.

2 – Estrutura estamental – onde os servidores não são pessoalmente ligados

ao senhor, mas escolhidos por ele para o cargo, por obterem algum direito sobre

Page 29: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

29

o mesmo. É a competição e a conquista de privilégios que os mantém nos cargos.

Este tipo de dominação ocorre nos países onde ainda domina a

Monarquia, onde o soberano escolhe seus súditos que ocuparão cargos distintos.

Os “ coronéis” das fazendas brasileiras ainda hoje exercem este tipo de

dominação.

16.2.3 Dominação carismática

É exercida pelo dominador por causa de suas qualidades pessoais e de

seus dotes sobrenaturais, seu heroísmo, seu poder intelectual ou de oratória.

Conduz

seus seguidores pela capacidade que possui de influenciá-los, com apelo

emotivo, despertando neles a lealdade enquanto seu carisma consegue

conquistá-los, não necessitando de competência ou qualificação.

A autoridade carismática baseia-se na crença e no reconhecimento

das qualidades do dominante e enquanto estas corresponderem aos

anseios dos dominados. Penso que as primeiras comunidades cristãs, onde as

pessoas atuavam segundo seus carismas pode ser um grande exemplo deste

tipo de dominação. Atualmente as religiões “relâmpagos”, onde centenas de

pessoas seguem um líder pelo poder de sua palavra e por sua suposta

indicação pela própria divindade também são exemplo desta dominação. Assim

como estes líderes são seguidos com fanatismo, também perdem sua autoridade

com muita rapidez.

Pensando mais no nosso dia-a-dia, nas escolas também há este tipo de

dominação, pois os monitores de turma são escolhidos por suas

características pessoais . Assim também, as eleições de diretores de escola que

aconteceram esta semana nas escolas estaduais do nosso estado também

trilham por este caminho. Procuramos eleger a pessoa que nos parece ter

melhores qualidades pessoais, de acordo com nossas afinidades, para administrar

nossa escola.

Page 30: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

30

17. GRUPO, EQUIPES E TIMES DE TRABALHO GRUPO

É um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por

afinidades. O respeito e os benefícios psicológicos que os membros encontram,

em geral, produzem resultados de aceitáveis a bons. No entanto este grupo não

é uma equipe.

"TODA EQUIPE É UM GRUPO, MAS NEM TODO GRUPO É UMA EQUIPE"

Na EQUIPE as coisas são um tanto diferentes. Além de ter os seus

membros voltados para os mesmos objetivos com papéis e funções bem

definidas, possui uma série de fatores positivos que a distinguem do grupo e

garantem a obtenção de excelentes resultados com muita sinergia e criatividade.

Por que será?

Na equipe existe uma transparência muito grande entre todos. Ninguém

esconde o jogo. Cada um sabe o que o outro pensa e sente sobre os assuntos

do trabalho, mas tudo de forma muito construtiva. Além disso, o nível de

mútua colaboração é ótimo, trabalham realmente em um time. Cada um pode

contar com o outro que espontaneamente e prazerosamente se dispõe a dar o

apoio e ajuda quando necessário.

Page 31: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

31

Nesse ambiente tão bom não quer dizer que não existam conflitos, eles

fazem parte do relacionamento humano e se tornam até fator de crescimento se

forem trabalhados através do debate conduzido da maneira certa e na hora certa.

É isto que acontece na equipe, as lideranças não são distantes, atuam próximas

e em conjunto com todos os seus membros que participam ativamente

numa rica interação entre todos, favorecendo assim a criatividade e

aumentando o comprometimento mútuo.

Os líderes são suficientemente seguros para não se sentirem ameaçados

pelas idéias de valor que venham de baixo. Ninguém pretende sobressair-

se isoladamente. Os resultados é que se destacam como em um bom time de

futebol, a equipe toda vibra com o gol do colega porque o time todo sai ganhando.

Em função de tudo isso, existe a prática constante do Feedback que é

dado de forma transparente, e sobretudo construtiva, com a receptividade de

todos. Líderes e liderados dão e recebem Feedback, mas se o relacionamento é

muito bom dentro da equipe que é muito unida, isto não a torna fechada na

interação com as outras equipes e áreas da empresa, pelo contrário, a empresa

funciona como um time, como já foi visto, com grande colaboração entre equipes e

áreas.

Como acontece a comunicação na Equipe?

A comunicação entre todos é ótima e o que é básico, as pessoas se

constituem no valor mais importante. Elas se conhecem e se sentem mais

profundamente, havendo então muita empatia. Isto aumenta a compreensão

mútua e evita os preconceitos e julgamentos superficiais indevidos, assim fica

evidente que na equipe, a partir da ótima interação existente, a criatividade, a

qualidade e a produtividade são grandes e todos lucram: a empresa tem muito

mais resultados e os seus membros são muito mais felizes e tem muito mais

qualidade de vida no trabalho, o lugar onde se passa a maior parte do tempo

acordado. Trabalhar efetivamente em equipe compensa para os dois lados:

empresa e funcionários. Somente alguém não deve gostar porque sai perdendo

Page 32: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

32

com isto: o concorrente!

Equipe é um grupo que compreende seus objetivos e está engajado

em alcançá-los de forma compartilhada. A comunicação entre os membros é

verdadeira e as opiniões diferentes são estimuladas.

Em uma equipe:

• Assumem-se riscos

• A equipe investe constantemente em seu próprio crescimento;

• O grupo transforma-se em equipe quando passa a prestar atenção à sua

própria forma de operar e procura resolver os problemas que afetam o seu

funcionamento;

A formação da equipe deve considerar as competências individuais

necessárias para o desenvolvimento das atividades e o alcance das metas.

O respeito aos princípios da equipe, a interação entre seus membros e

especialmente o reconhecimento da interdependência entre seus membros

no alcance dos resultados da equipe, deve favorecer ainda os resultados das

outras equipes e da organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse

grupo um verdadeiro trabalho em equipe.

Um TIME DE TRABALHO é fundamentado em um conjunto de indivíduos,

que associados buscam uma ação comum, com determinado fim. Os membros de

um time têm conhecimento de todas as informações, etapas e filosofia do trabalho

a ser realizado. São indivíduos liderados por um responsável, que procura integrar

Page 33: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

33

o grupo às tarefas a serem desenvolvidas, buscando motivar, empreender e

envolver o senso de responsabilidade e emocional de cada indivíduo no trabalho.

As Diferenças entre uma Equipe e um Time de Trabalho talvez estejam

na apresentação dos conceitos e forma filosófica de empreender um trabalho

ou atividade profissional.

A atividade na primeira é a busca por um resultado, geralmente setorial.

Enquanto na segunda é a busca do resultado globalizado, com comprometimento

e visualização da atividade total de todos os membros do grupo.

O grupo em uma equipe é setorial, buscando realizar a atividade designada

e formalizada onde há preocupação pela atividade do setor e

insuficiente conhecimento e envolvimento com a atividade total. São

indivíduos compenetrados ou empenhados em realizar sua fatia na atividade. Já

no time a participação do indivíduo é global, buscando compreender qual é o

papel de sua atividade no conjunto do todo no resultado final, há o empenho,

satisfação e participação de cada membro do grupo.

A liderança de uma equipe é designada pelo conhecimento e empenho no

desenvolvimento da atividade. No time há o papel de responsável pela atividade,

podendo ser a liderança exercida por todos os membros do grupo demonstrando

grau de interação, motivação e envolvimento com a atividade. Gerando

uma liderança motivada, informada e equilibrada tem e mantém ações que

interagem indivíduos e resultados.

O conceito de equipe é mais antigo enquanto o de time é mais recente. Entre

os dois conceitos, o segundo, por ser mais moderno e envolver a capacidade de

adaptação do ser humano à visão empresarial e social, consegue satisfazer

melhor a necessidade de papéis dentro de um grupo e atividade.

A forma para definir e escolher a melhor maneira de trabalhar do grupo,

Page 34: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

34

em uma empresa ou local de trabalho, depende muito do relacionamento

profissional/empresa e vice-versa.

Atualmente muitas são as empresas nacionais e multinacionais,

governamentais ou particulares, que estão preocupadas em adaptar-se ao

conceito de time de trabalho, procurando investir mais em programas de

desenvolvimento, treinamento e aperfeiçoamento, tanto a nível profissional como

pessoal, formando recursos humanos que conheçam técnicas conceituais e

práticas para desenvolver atividades em grupo, com maior envolvimento e

conhecimento das atividades da empresa.

As empresas, envolvidas com prestação de serviços ou de produção

de mercado, já reconhecem como satisfatório o investimento em recursos

humanos significando ter retorno certo e seguro, a curto e médio prazo, uma

vez que a capitalização no indivíduo repercute nos resultados finais da empresa.

Por outro lado o indivíduo reconhece favoravelmente esta qualificação e

procura estreitar sua relação com a empresa, buscando aprimorar e desenvolver

seu papel com maior e melhor qualidade seu trabalho. Fato mensurável e

comprovado pelos resultados finais de sua atividade.

18. COMPROMETIMENTO

Um dos maiores desafios dos gestores das empresas é o de conquistar a

lealdade de seus colaboradores. Uma tarefa não muito fácil, porém de

fundamental importância para a produtividade de uma organização. Se

ampliarmos a análise sobre o comprometimento, perceberemos que não é

somente na vida profissional que a concentração de energia para se fazer algo é

importante e fundamental. É importante, sim, em todas as áreas da vida.

Não devemos confundir comprometimento com obrigação ou esforços

negativos na direção de um objetivo, porque se assim for considerado acabamos

por distanciar a determinação e a devoção para se fazer algo. Um

Page 35: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

35

relacionamento afetivo sem comprometimento entre as pessoas envolvidas

dificilmente terá qualidade e harmonia. Um político sem comprometimento com

suas causas e com o seu povo logo perderá sua credibilidade. Um estudante sem

comprometimento com seus estudos não alcançará grandes etapas na formação.

E uma organização que não tiver uma cultura de comprometimento perderá sua

força competitiva. As grandes equipes vitoriosas já demonstraram que o

comprometimento faz diminuir as deficiências técnicas e também permite ampliar a

força do grupo criando o trabalho de equipe com fortes características de time

unido e motivado na direção dos mesmos propósitos.

É importante destacar que o tipo de liderança existente numa empresa

pode facilitar o comprometimento dos indivíduos, ou não. Já é conhecido o fato que,

o tipo de liderança exercida numa organização pode prejudicar o clima

organizacional, e que por sua vez interfere diretamente nos resultados. Por isso,

os gestores devem ficar atentos sobre como eles estão atuando junto de suas

equipes. As empresas devem desenvolver 3 fatores que são considerados

determinantes para o desenvolvimento do compromisso efetivo dos colaboradores:

1- clima positivo para o trabalho, 2 – comunicação transparente, 3 –

treinamento/aprendizagem constante. O clima organizacional é definido pelo

consultor norte-americano, Warren G. Bennis, como "um conjunto de valores ou

atitudes que afetam a maneira como as pessoas se relacionam umas com as

outras e com a organização". O clima dependerá do ambiente que a empresa

cria para a busca dos resultados. O ambiente é o contexto, o meio em

que se desenvolvem os relacionamentos interpessoais. Não acontece nada

fora de um contexto, que abrange elementos, físicos, psicológicos, sociais e

muitos outros.

É possível afirmar que todos os colaboradores da empresa, pelo menos

indiretamente, são responsáveis pelo clima porque cada um pode estar

consciente sobre como se relaciona com todos no ambiente de trabalho,

conscientizando-se de que sempre é possível fazer melhor. Mas este processo

começa e continua pela liderança, porque muitas pessoas ainda esperam que

o fator externo aconteça primeiro para que elas comecem agir.

Page 36: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

36

O fator comunicação transparente significa estabelecer uma relação

amistosa, visando a aproximação de todos para o mesmo propósito. Os objetivos

devem ser transmitidos de forma clara e devem inspirar os envolvidos. A falta da

comunicação transparente gera conflitos, desentendimentos, "panelinhas e

organização informal", e principalmente, "achismo" para tudo. O fator

aprendizagem é indispensável. Quanto mais uma empresa educa corretamente

seus colaboradores, mais equipados eles ficarão, e desta forma fica mais fácil

dar respostas diante os desafios diários. O treinamento apropriado é aquele que

forma o conhecimento, ou seja, é quando a informação se adapta a realidade e

produz soluções.

Diante destes fatores é importante lembrar o aspecto mais importante,

a motivação intrínseca. De que adianta as empresas e seus gestores criarem

o ambiente, treinarem e manterem uma comunicação eficiente se os indivíduos

não possuem objetivos próprios e determinação pessoal. É errôneo pensar

que os colaboradores de uma empresa irão devotar 100% de sua energia. Deve

nascer dentro de cada um a disponibilidade para fazer de cada momento uma

experiência de energia e compromisso porque a atitude de uma pessoa diante os

desafios da vida dependerá do estado que ela se coloca para tal. Se uma pessoa

se coloca num estado de baixa qualidade, o comportamento será limitado e os

resultados também serão. Se o indivíduo escolhe colocar o melhor estado para

fazer algo, independente do ambiente externo, o comportamento será mais rico e

como conseqüência os resultados serão mais compensadores.

Pessoas sem objetivos e metas pessoais terão mais dificuldade de gerar

comprometimento em suas atividades profissionais, porque o comprometimento

não existe para com ela própria. É necessário, sempre, uma boa dose de

otimismo, coragem e entusiasmo para se fazer as coisas. Saiba que, o "indivíduo

que não desenvolve comprometimento não consegue nada de grandioso na vida".

Page 37: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

37

19. CLIMA ORGANIZACIONAL

Conceitua-se como “Clima Organizacional” a ferramenta administrativa,

integrante do Sistema da Qualidade, utilizada para medir e apurar o grau

de satisfação dos colaboradores diretos da empresa perante determinadas

variáveis. Pode ser utilizada e aplicada isoladamente ou de forma conjunta com

as demais ferramentas do Sistema de Qualidade.

A direção da empresa determina, com o auxílio de especialistas na área de

comportamento e relacionamento social além de técnicos da área de

recursos humanos, o que acredita ser um resultado padrão ideal da satisfação

de seus colaboradores.

Para a determinação desse padrão ideal são considerados aspectos

variados como: aspirações pessoais, motivação, ambições funcionais, adequação

da remuneração, horário de trabalho, relacionamento hierárquico,

relacionamento profissional, interação social, dentre outros possíveis fatores

que podem ser acrescidos à pesquisa do “Clima Organizacional”.

Determinado o ponto padrão de satisfação, tido como ideal pela empresa,

admite-se uma variação percentual para mais ou para menos, que representaria

uma faixa de tolerância aceitável como satisfatória. Caso a pesquisa aponte

como resultado final algum ponto enquadrado na faixa de tolerância conclui-se

que o “Clima Organizacional” está satisfatório.

Como a grande maioria das ferramentas da Qualidade, o “Clima

Organizacional” também é uma ferramenta estatística e, a exemplo das demais,

procura detectar e apontar distorções no processo administrativo, para análise e

ponderações da direção das empresas que, se for o caso adotará medidas

corretivas, antecipando-se a futuros problemas. No caso do “Clima

Page 38: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

38

Organizacional”, problemas relacionais.

Note que o padrão ideal do “Clima Organizacional” é determinado pela

direção da empresa, o que nem sempre agrada e atende aos anseios de seus

colaboradores.

Algumas empresas já evoluíram nesse aspecto e determinam o ponto

padrão de comum acordo com os colaboradores, que são representados, no

processo, por equipes formadas por colaboradores indicados pelo quadro funcional.

Para que o processo de estabelecimento do ponto ideal do “Clima

Organizacional” seja utilizado corretamente, a direção da empresa e a

equipe representativa dos colaboradores devem estar conscientes, totalmente

engajadas e desprovidas de quaisquer bloqueios.

Há necessidade de ambas as partes se conscientizarem de que precisam

encontrar uma solução que atenda a todos os interesses, ou seja, “o patrão

precisa do empregado tanto quanto o empregado precisa do patrão e de seu

emprego”. As equipes deverão buscar de forma racional, madura e negociada o

ponto de equilíbrio que satisfaça as partes.

Essas variáveis submetidas à avaliação buscam medir a satisfação

dos empregados com os diversos aspectos organizacionais tais como o

relacionamento hierárquico, o volume de serviços individual e coletivo, as

expectativas individuais relativamente à carreira e à qualidade de vida, as relações

interpessoais no trabalho, a fluidez no processo organizacional e a satisfação e

motivação individual e coletiva.

Para isso, realizam-se pesquisas internas nas quais submete-

se, periodicamente, aos colaboradores diretos, independentemente do posto,

função e do nível hierárquico na empresa, questionários com opções de

respostas pré- definidas para a apuração do grau de satisfação. Determina-se,

então, o que seria aceitável como padrão de satisfação e analisam-se os

resultados.

Portanto, o “Clima Organizacional” é mais uma ferramenta disponível para

Page 39: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

39

utilização pelo administrador no processo organizacional e administrativo das

empresas. Essa ferramenta bem utilizada possibilita à direção das empresas

detectar fatores, procedimentos adotados e alguns problemas de relacionamento

hierárquico e relacional que não são bem aceitos pelos seus colaboradores

diretos, o que pode representar ponto de atrito e estrangulamento no processo

organizacional, relacional e evolutivo das empresas.

Cabe ao administrador analisar e ponderar criteriosamente a tabulação das

respostas para verificar algum ponto que necessite ser corrigido para que

o processoprodutivo da empresa se mantenha isento de incompatibilidades

relacionais e insatisfações pessoais.

O “Clima Organizacional” é uma ferramenta mais comumente utilizada em

grandes empresas que, por seu tamanho não permitem à direção detectar

distorções setoriais e departamentais que possam estar afetando seu

desempenho organizacional. Problemas relacionais não são raros.

Muitas empresas já vivenciaram problemas do tipo: determinado setor

ou departamento que apresenta problemas de relacionamento e satisfação

individual ou coletiva que afeta o resultado final da empresa.

Essa ferramenta é extremamente importante quando é utilizada de maneira

correta, imparcial e isenta de paixões ou sentimentos pessoais. Quando utilizada

de forma periódica pode proporcionar à direção da empresa a tomada de

medidas administrativas proativas que evitem o surgimento de problemas ou seu

agravamento.

A ferramenta “Clima Organizacional” é tão importante que a maioria dos

órgãos certificadores de excelência empresarial e organizacional já incorporou ao

processo de certificação a exigência de seu uso no processo de qualificação das

empresas. Entretanto, grande parte das empresas que adotaram essa ferramenta

para o fim de certificação de excelência, principalmente empresas estatais e

órgãos públicos, utilizam a ferramenta de forma pouco hábil, verificando-

se, constantemente, desvios na apuração dos resultados.

Page 40: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

40

Quando o resultado da pesquisa não se mostra satisfatório, deixando de

atender aos padrões mínimos aceitáveis que foram definidos previamente, no

total ou em parte específica da pesquisa, essas empresas, ou melhor, os

dirigentes e intermediários responsáveis pela apuração dos resultados,

promovem alterações (adaptações? / atualizações?) nos quesitos “problemáticos”,

por vezes excluindo das próximas pesquisas os quesitos que não obtiveram o

resultado esperado.

Desta forma, o “Clima Organizacional” será sempre mascarado e não

servirá efetivamente para a finalidade que foi criado e idealizado, que é a

detecção de desvios no padrão de satisfação, desvios de comportamento,

deteriorização de relacionamentos funcionais que possam afetar o

desempenho organizacional e funcional das empresas.

Um administrador de verdade não pode agir dessa maneira. Assim torna-se um

inútil, bem remunerado, na sua função.

A grande maioria dos administradores precisa aprender a usar

corretamente essa ferramenta administrativa.

E A PROPÓSITO, COMO VAI O “CLIMA ORGANIZACIONAL” EM SUA

EMPRESA?

20. RELAÇÕES TRABALHISTAS

20.1. Legislação Trabalhista e Previdenciária

20.1.1. A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT

A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943,

sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação

trabalhista existente no Brasil.

Page 41: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

41

Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e

coletivas do trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho

- desde o início do Estado Novo até 1943 - de destacados juristas, que se

empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à

necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado

regulamentador".

A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as

relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua

publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances

da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento

para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores.

20.2. Relações de trabalho

Só existe uma relação de emprego quando alguns requisitos são

preenchidos, de acordo com a Legislação (artigos 2º e 3º, da CLT).

EMPREGADOR: É a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos

da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação

de emprego, os PROFISSIONAIS LIBERAIS, as INSTITUIÇÕES DE

BENEFICÊNCIA, as ASSOCIAÇÕES RECREATIVAS ou outras instituições sem

fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

EMPREGADO: Toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual

a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Assim, o EMPREGADO é o sujeito que presta serviços ao EMPREGADOR com:

Pessoalidade (não pode se fazer substituir por pessoa estranha à empresa);

Page 42: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

42

Onerosidade (o trabalho é realizado em troca de um pagamento); Subordinação Jurídica (recebe ordens de seu empregador).

EMPREGADOR nada mais é do que aquele que:

Admite o empregado;

Dirige a prestação de serviços;

Assalaria o empregado.

“Toda relação de emprego é uma relação de Trabalho, mas nem toda relação

de Trabalho é uma relação de Emprego.”

20.3. Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS

É obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza

rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de

atividade profissional remunerada.

A CTPS será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao

empregador que admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para nela anotar,

especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições

especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou

eletrônico.

As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário,

qualquer que seja sua forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em

utilidades, bem como a estimativa da gorjeta.

As anotações na CTPS serão feitas:

• Na data-base;

• A qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;

• No caso de recisão contratual ou;

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43

• Necessidade de comprovação perante a Previdência Social.

� A falta de cumprimento pelo empregador do disposto acarretará a

lavratura do auto de infração;

� É vedado ao empregador EFETUAR ANOTAÇÕES DESABONADORAS à

conduta do empregado em sua CTPS;

� Os acidentes do trabalho SERÃO OBRIGATORIAMENTE ANOTADOS pelo

INSS na carteira do acidentado.

20.4. Livros de Registro de Empregados

Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos

respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema

eletrônico.

A empresa que mantiver empregado não registrado, incorrerá na multa de

valor igual a 30 (trinta) vezes o valor de referência regional, por empregado não

registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.

20.5. Contrato Individual de Trabalho

É o acordo referente à relação de emprego entre EMPREGADOR e

EMPREGADO.

20.5.1. Natureza Jurídica

O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que for

incompatível com os princípios fundamentais deste.

Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,

impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na CLT.

O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho

PRESCREVE:

Page 44: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

44

I. Em 5 anos para o trabalhador urbano, até o limite de 2 anos após a extinção do

contrato;

II. Em 2 anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural.

20.5.2. Conteúdo do Contrato de Trabalho

As cláusulas contratuais são de livre estipulação das partes, desde que

não contravenham aquilo que está na Lei e nos instrumentos normativos.

20.5.3. Formalidades do Contrato

Pressupostos para validade da contratação: Um contrato de trabalho só é

válido se obedecer aos seguinte pressupostos:

• Capacidade do Empregado (agente)

• Objeto Lícito

• Formalidade exigida por Lei

CAPACIDADE: mesmo ausente a capacidade do empregado, os salários serão devidos.

• Proibição de trabalho para crianças menores de 14 anos;

• De 14 a 16 anos – APRENDIZ;

• Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre para menores de 18 anos;

• Trabalho noturno: adicional noturno = + 20% sobre salário de contribuição;

• Trabalho perigoso: adicional de periculosidade = + 30% sobre salário de contribuição (IN - EX – EL = INflamável/EXplosivo/ELetricidade)

• Trabalho insalubre: adicional de insalubridade Máxima (+ 40% sobre o

salário mínimo); Média (+ 30% sobre o salário mínimo); Mínima (10% sobre o

salário mínimo).

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45

• OBS: Se o empregador oferecer ao equipamentos de segurança que

eliminem a insalubridade e/ou a periculosidade, os adicionais referidos

serão eliminados.

Cessado o risco, cessa o direito adicional.

OBJETO LÍCITO: Se o objeto do emprego (ex: Jogo do Bicho) for ILÍCITO, o

contrato será NULO. Entretanto, os salários serão devidos. No caso de atividade

proibida (Ex: Policial Militar trabalhando como Segurança Particular) o contrato de

trabalho será válido mas o PM poderá sofrer penalidade disciplinar.

FORMALIDADE: Ex: Contratação de servidor público sem a prévia aprovação em

Concurso Público. O Contrato será NULO, conferindo ao trabalhador somente os

salários proporcionais pelo tempo de serviço prestado, de acordo com o salário

mínimo.

20.5.4. Classificação do Contrato de Trabalho

Quanto à forma:

I. Expresso: (Contrato escrito ou verbal) – é realizado quando existe a

vontade expressa de contratação, é necessária a anotação na CTPS para

que não exista a multa;

II. Tácito: é quando não existe a vontade manifesta de contratar alguém, mas

o empregado vai ficando, até que se configure uma relação de trabalho.

20.5.5. Duração do Contrato de Trabalho

Quanto ao Prazo de Duração: Indeterminado ou Determinado.

Indeterminado – É um contrato normal, em que não existe período de vigência

preestabelecido. Normalmente, quando acaba a vigência do contrato de

experiência, não havendo a dispensa por parte do empregador, nem o desejo de

Page 46: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

46

ser dispensado por parte do empregado, entrasse no período de contrato por tempo

indeterminado. Assim que o empregador firma verbalmente o Contrato de Trabalho,

deverá recolher do empregado todos os documentos necessários para a efetivação

do seu Registro Profissional.

Determinado – existem 3 hipóteses. Para ser válido o contrato, o mesmo

precisa ser expresso e por escrito. O prazo de duração do contrato é de 2 anos,

exceto o contrato de experiência que é de 90 dias.

• Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do

prazo; Ex.: empresa que fabrica produtos sazonais, como fogos, ovos de

páscoa etc.

• Atividades empresariais de caráter transitório. Ex.: substituiçã

de empregados em férias.

• Contrato de experiência. O contrato tem duração de 90 dias.

Contrato de Experiência

É um contrato de trabalho normal, porém com um período de

vigência preestabelecido, sendo 90 (noventa) dias o período máximo previsto

em lei, podendo haver somente uma prorrogação.

Page 47: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

47

No primeiro exemplo, atingimos o máximo em vigência de contrato de

experiência 90 (noventa) dias, com uma prorrogação.

No segundo exemplo, não atingimos o máximo de vigência de contrato de

experiência, mas, como é permitida somente uma prorrogação, o prazo máximo,

neste caso, é de 60 (sessenta) dias.

20.5.6. Suspensão do Contrato de Trabalho

É a cessação temporária TOTAL do contrato de trabalho.

• Não há prestação de serviços; • Não há pagamento de salários.

Casos em que o Contrato de Trabalho é suspenso:

• Licença não remunerada;

• Auxílio-doença (após 15 dias de afastamento);

• Suspensão disciplinar; • Aposentadoria provisória;

• Exercício de cargo público não obrigatório;

• Participação em greves, sem salário;

• Desempenho de cargo sindical, se houver afastamento;

• Participação em curso de qualificação profissional;

• Ocupante de cargo de diretor de S/A. 20.5.7. Interrupção do Contrato de Trabalho

É a cessação temporária PARCIAL do Contrato de Trabalho

• Não há prestação de serviços; • Há pagamento de salários.

Casos em que o Contrato de Trabalho é Interrompido:

• Domingos e feriados, se o empregado trabalhou durante a semana;

• Férias;

• Hipótese de ausências legais elencadas no artigo 473 da CLT;

Page 48: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

48

• Licença paternidade;

• Ausências consideradas justificadas pelo empregador;

• Ausência no caso de aborto;

• Doença e acidente de trabalho nos primeiros 15 dias de afastamento;

• Aviso prévio indenizado;

• Ausência por trabalho nas eleições. 20.5.8. Término do Contrato de Trabalho

Por decisão do empregador: com justa causa, sem justa causa, aposentadoria.

Por decisão do empregado: pedido de demissão, rescisão indireta,

aposentadoria.

Por desaparecimento de uma das parte: morte do empregador, extinção da

empresa, morte do empregado.

Por culpa recíproca;

Por advento do tempo do contrato: quando o contrato for por tempo determinado;

Por motivo de força maior. 20.6. Trabalho Doméstico (Lei nº 5.859/79)

Quem o legislador considera empregado doméstico, para fins trabalhistas?

Empregado doméstico é qualquer pessoa física que presta serviços

contínuos a um ou mais empregadores, em suas residências, de forma não

eventual, contínua, subordinada, individual e mediante remuneração, sem fins

lucrativos.

Qual a Lei que regulamenta as relações de trabalho do empregado doméstico?

É a Lei nº 5.859/79, denominada Lei dos Domésticos. A CF de 1988

ampliou os direitos do empregado doméstico.

Quem poderá contratar empregados domésticos?

Somente pessoa física, uma vez que o trabalho deverá ser executado no

âmbito da residência do empregador.

Page 49: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

49

O que está obrigado o empregador doméstico durante o afastamento da empregada gestante, por licença maternidade?

A Previdência Social efetua os pagamentos à gestante, durante seu

afastamento. Assim, o empregador não estará obrigado ao pagamento de

salários, devendo somente recolher mensalmente, o encargo de 12% sobre o

salário de contribuição da empregada doméstica.

Quando terá o empregado doméstico direito a férias?

O empregado adquire direito a férias após 12 meses de trabalho. 20.7. Empresa de trabalho temporário

É a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à

disposição de outras empresas, TEMPORARIAMENTE, trabalhadores,

devidamente qualificados, POR ELAS REMUNERADOS E ASSISTIDOS.

20.7.1. Trabalho temporário

É aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à

necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou

a acréscimo extraordinário de serviços.

20.7.2. Direitos do Trabalhador Temporário

• Jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes

de 2 h, com acréscimo de 20% (vinte por cento);

• Férias proporcionais;

• Repouso semanal remunerado;

• Adicional por trabalho noturno;

Page 50: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

50

• Indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato,

correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido;

• Seguro contra acidente de trabalho;

• Proteção previdenciária

Em caso de falência da empresa de trabalho temporário, o cliente É

SOLIDARIAMENTE RESPONSÁVEL pelo recolhimento das contribuições

previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas

ordens.

20.8. Lei do Estagiário

Conforme LEI Nº 11.788 DE 25/09/2008, os estágios nas Empresas e

Instituições contratantes de estagiários são regidos por normas e procedimentos

específicos. A seguir o resumo destas disposições relativamente ao Aluno.

� Empresas públicas ou privadas, bem como Profissionais Liberais de nível

superior com registro nos respectivos Órgãos de Classe, em condições de

proporcionar experiência prática ao Estudante, podem contratar, como estagiários,

a partir de 16 anos, alunos que estiverem efetivamente freqüentando o ensino

regular, em instituições de educação superior, de educação profissional, de

ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino

fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

A realização do estágio dar-se-á mediante Termo de Compromisso de

Estágio (Contrato de Estágio) firmado entre o estudante e a Empresa contratante,

com a interveniência obrigatória da Instituição de Ensino.

O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, mas possibilita

ao aluno a chance privilegiada de, ao final do estágio, ser contratado como

funcionário.

Page 51: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

51

O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das

diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto

pedagógico do curso.

Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja

carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

Estágio não-obrigatório é desenvolvido livremente como atividade opcional,

neste caso, as horas do estágio serão acrescidas à carga horária regular

e obrigatória, quando tal previsão integrar o currículo acadêmico do curso.

A remuneração do estágio e a cessão do auxílio transporte são

compulsórios, exceto nos casos de estágios obrigatórios. O valor do auxílio

pode ser parcial, entretanto, a Legislação do Estágio não prevê o desconto de 6%

sobre o valor da bolsa estágio.

A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a

instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu

representante legal, devendo constar do Termo de Compromisso, ser compatível

com as atividades escolares e não ultrapassar:

• 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes

de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na

modalidade profissional de educação de jovens e adultos.

• 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes

do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino

médio regular.

O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que

não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta)

horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso

Page 52: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

52

e da instituição de ensino.

Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou

finais, nos períodos de avaliação a carga horária do estágio - bem como

a remuneração - será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no

Termo de Compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.

A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2

(dois) anos, exceto quando tratar-se de estagiário portador de deficiência.

A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e

saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.

Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo

do Regime Geral de Previdência Social.

Estagiários têm direito ao recesso remunerado (férias sem o abono de 1/3) de

trinta dias a cada doze meses de estágio na mesma Empresa ou, o

proporcional ao período estagiado se menos de um ano, independentemente de o

Contrato de Estágio ser ou não rescindido antecipadamente, por qualquer das

partes (artigo 13º, caput e § 2º, da Lei 11.788/2008).

O recesso remunerado é devido ao final de cada Contrato de Estágio,

caso haja mais de um.

O recesso poderá ser indenizado ou descansado. Indenizado quando os dias

a que o Estagiário tem direito lhe são pagos. Descansado quando o

Estagiário é remunerado e goza, sem trabalhar, os dias de recesso.

Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança

no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente

do estágio.

Page 53: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

53

O estagiário fará jus, obrigatoriamente, ao Seguro de Acidentes Pessoais

contratado pela Empresa, durante o período em que estiver estagiando.

O contrato de estágio, por não ter vínculo empregatício, pode ser rescindido a

qualquer momento por qualquer das partes.

A Legislação do Estágio não estabelece prazo para o pagamento de rescisões

contratuais. Adota-se, por analogia, o prazo definido pela CLT, isto é, 10 dias

corridos contados da data da rescisão.

A manutenção de estagiários em desconformidade com a Lei caracteriza

vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para

todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

Eventual reclamação trabalhista, escrita ou verbal, diretamente ou através

de um Advogado, deverá ser ajuizada, a priori, na Vara do Trabalho local ou, na

sua ausência, junto à Vara Cível competente (artigos 837 a 841 - CLT).

20.9. Contribuição Sindical dos Empregados

Os empregadores em geral deverão descontar de seus empregados

a contribuição sindical no mês de março de cada ano, no valor correspondente

à remuneração de um dia de trabalho, qualquer que seja a forma de remuneração.

Considera-se um dia de trabalho, para fins de contribuição

sindical:

a) uma jornada normal de trabalho, no caso de pagamento por hora, dia,

semana, quinzena ou mês;

b) 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, quando a

remuneração for paga por tarefa, empreitada, comissão, etc.;

Page 54: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

54

c) 1/30 (um trinta avos) da importância que tiver servido de base ao desconto da

contribuição previdenciária, quando o salário for pago em utilidades (in natura) ou

nos casos em que o empregado receba habitualmente gorjetas.

20.9.1. Empregados Admitidos no curso do Ano

Admitidos em janeiro e fevereiro:

Com relação aos empregados admitidos nos meses de janeiro e fevereiro,

o desconto da contribuição sindical ocorrerá em março.

Admitidos em março:

Por ocasião da admissão no mês de março, cabe à empresa verificar se o

empregado já foi descontado da contribuição sindical pela empresa anterior. Como

a referida contribuição é anual, somente proceder-se-á ao seu desconto caso

ainda não tenha ocorrido pela empresa anterior

Admitidos após março:

No momento da admissão de empregados no curso do ano, caberá à

empresa verificar se o empregado não contribuiu em emprego anterior. Em caso

positivo, não se procederá ao novo desconto. Em caso negativo, competirá

à empresa efetuar o desconto em questão no mês seguinte ao da

admissão, recolhendo a contribuição ao sindicato de classe no mês

subseqüente ao do desconto.

Exemplo: empregado admitido no mês de julho

• Desconto da contribuição sindical no mês de agosto.

• Recolhimento ao sindicato no mês de setembro. Nota: Quando a

Page 55: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

55

contribuição sindical tiver sido efetuada pela empresa anterior, competirá à

ela anotá-la no Livro ou na Ficha de Registro de Empregados.

20.9.2. Situações Especiais

Empregado ausente no mês de março: se o empregado encontrar-se afastado

de suas atribuições normais no mês de março, como no caso de auxílio-doença

ou acidente do trabalho, caberá à empresa efetuar o desconto sindical no primeiro

mês seguinte ao do reinício das atividades. Assim, para o empregado que

retorna ao trabalho em setembro, a contribuição sindical será descontada em

outubro e recolhida em novembro.

Empregado/aposentado: o aposentado que se encontra em atividade sujeita-se

normalmente ao desconto da contribuição sindical.

Empregado que exerça simultaneamente emprego em mais de uma empresa:

se o empregado mantiver vínculo empregatício, simultaneamente, com mais de

uma empresa, ele estará obrigado a contribuir em relação a cada atividade exercida.

Exemplo: empregado mensalista que exerça atividade para duas empresas,

recebendo na primeira, salário de R$ 900,00 e na segunda R$ 1.200,00, contribuirá:

Empresa A = salário de março (R$ 900,00) dividido por 30 = Contr. Sindical =

R$ 30,00

Empresa B = salário de março (R$ 1.200,00) dividido por 30 = Contr. Sindical R$

40,00

Total devido a título de contribuição sindical = R$ 70,00

20.9.3. Profissionais Liberais

Considera-se profissional liberal aquele que exerce com independência ou

autonomia profissão ligada à aplicação de seus conhecimentos técnicos e para a

Page 56: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

56

qual possua diploma legal que o autorize ao exercício da respectiva atividade.

Profissional Liberal Empregado

a) no exercício da mesma atividade que o qualifica como profissional liberal:

quando o profissional liberal atua na condição de empregado, exercendo

atividade que o qualifique como liberal, poderá optar por contribuir para o sindicato

de sua categoria profissional (contribuição efetuada no mês de fevereiro), ou não

efetuar referida contribuição, deixando para fazê-la na mesma época dos demais

empregados, isto é, no mês de março; Ex.; Engenheiro que exerce como

empregado referida função. Caso opte por efetuar sua contribuição no mês de

fevereiro, devera comunicar o fato à empresa, comprovando-o mediante recibo da

contribuição efetuada.

Esta opção somente será possível caso o empregado exerça a mesma atividade

para a qual esteja habilitado como profissional liberal.

b) exercendo atividade diferente daquela que qualifica como profissional liberal: o

profissional liberal que exerce como empregado atividade diversa daquela

que permite sua formação, pagará a contribuição sindical à entidade

profissional representativa da categoria profissional em que se enquadram os

demais empregados da empresa - categoria preponderante.

c) exercício simultâneo de profissão liberal e a atividade com vínculo empregatício:

os profissionais que exercem profissão liberal e também ocupam cargo

como empregado nas mesmas condições ficam sujeitos a ambas as

contribuições, correspondentes a cada profissão exercida. É o caso do contador

que exerce essa função na empresa e que executa também a contabilidade de

outras empresas. Ele ficará sujeito a contribuir para o Sindicato dos Contabilistas

por ambas as atividades desempenhadas.

Advogado

Page 57: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

57

O pagamento da contribuição anual à Ordem dos Advogados do Brasil

isenta os inscritos em seus quadros do pagamento obrigatório da contribuição

sindical, conforme dispõe o Estatuto da OAB.

- Lei No 8.906/94, em seu art. 47. Relação das Profissões Liberais (art. 577 da CLT)

1º Advogados 2º Médicos 3º Odontologistas 4º Médicos Veterinários 5º Farmacêuticos 6º Engenheiros 7º Químicos 8º Parteiros 9º Economistas 10º Técnico em Biblioteconomia

11º Contabilistas 12º Professores (Privados)

13º Escritores 14º Autores Teatrais 15º Compositores 16º Assistentes Sociais 17º Jornalistas 18º Protéticos Dentários 19º Bibliotecários 20º Estatísticos 21º Enfermeiros 22º Administradores 23º Arquitetos 24º Nutricionistas 25º Psicólogos 26º Geólogos 27º Fisioterapeutas,

terapeutas ocupacionais, auxiliares de fisioterapia e auxiliares de terapia ocupacional

28º Zootecnistas 29º Profissionais liberais de Relações Públicas

30º Fonoaudiólogos

31º Sociólogos 32º Biomédicos 33º Corretores de Imóveis

33º Corretores de Imóveis 34º Técnicos industriais de nível médio industrial

35º Técnicos agrícolas de nível médio industrial

36º Tradutores 37º Atuários (é o termo que

designa o profissional técnico

especialista em mensurar e

administrar riscos. O atuário deve

ter formação acadêmica em

Ciências Atuariais, ter

conhecimentos em matemática,

estatística, direito, economia e

finanças, para agir no mercado

econômico-financeiro na

promoção de pesquisas e

estabelecimento de planos

principalmente na área de

seguros, previdência

complementar aberta ou

fechada, e sendo capaz de

analisar concomitantemente as

mudanças financeiras e sociais no

Page 58: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

58

mundo).

Nota: Os agentes ou trabalhadores autônomos e os profissionais liberais,

organizados em firmas ou empresas, com capital social registrado, recolhem

a contribuição sindical segundo a tabela progressiva (CLT, art 580, inciso III)

20.9.4. Categorias Diferenciadas

Para os profissionais que se enquadram na relação de categorias

diferenciadas a seguir apresentada, a contribuição sindical será destinada ao

sindicato representativo da categoria, ainda que os demais empregados da empresa

estejam enquadrados em sindicato diverso. Assim, por exemplo, a contribuição

sindical da secretária de empresa de construção civil será destinada ao sindicato

dos trabalhadores da categoria diferenciada (secretárias e afins), ainda que os

demais empregados contribuam para o sindicato dos empregados em empresas de

construção civil.

Relação de Categorias Profissionais Diferenciadas

1. Aeronautas;

2. Aeroviários;

3. Agenciadores de Publicidade;

4. Artistas e técnicos em espetáculos de diversões (cenógrafos e cenotécnicos,

atores teatrais, inclusive corpos de corais e bailados, atores

cinematográficos e trabalhadores circences, manequins e modelos);

5. Cabineiros (ascensoristas);

6. Carpinteiros Navais;

7. Classificadores de produtos de origem vegetal;

8. Condutores de veículos rodoviários (motoristas);

9. Empregados desenhistas técnicos, artísticos, industriais, copistas, projetistas

técnicos e auxiliares;

10.Jornalistas profissionais (redatores, repórteres, revisores, fotógrafos etc.);

11.Maquinistas e foguistas (de geradores termoelétricos e congêneres,

exclusive marítimos); Músicos profissionais;

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59

12.Oficiais gráficos Operadores de mesas telefônicas (telefonistas em geral);

13.Práticos de farmácia Professores;

14.Profissionais de enfermagem, técnicos, duchistas, massagistas e

empregados em hospitais e casas de saúde;

15.Profissionais de Relações Públicas Propagandistas, propagandistas-

vendedores e vendedores de produtos farmacêuticos;

16.Publicitários;

17.Radiotelegrafistas (dissociada);

18.Radiotelegrafistas da Marinha Mercante afins;

19.Secretárias;

20.Técnicos de Segurança do Trabalho;

21.Tratoristas (exceto os rurais) Trabalhadores em atividades subaquáticas;

22.Trabalhadores em agências de propaganda;

23.Trabalhadores na movimentação de mercadorias em geral;

24.Vendedores e viajantes do comércio.

20.9.5. Relação de Empregados

As empresas deverão remeter dentro de 15 dias contados do recolhimento,

uma relação com nome, função, salário no mês a que corresponde a contribuição

e o seu respectivo valor, relativamente a todos os contribuintes, ao sindicato

da categoria profissional ou, em sua ausência, ao órgão regional do Ministério

do trabalho. Os sindicatos costumam fornecer, junto com as guias, referida relação,

que poderá ser substituída por cópia de folha de pagamento.

20.9.6. Recolhimento

A contribuição sindical deverá ser recolhida em guias fornecidas pelo

Sindicato respectivo, na agência da Caixa Econômica Federal, do Banco do

Brasil S.A. ou da rede bancária integrante do sistema de arrecadação dos tributos

federais até o dia 30 de abril.

20.9.7. Recolhimento fora do Prazo

O pagamento da contribuição sindical fora do prazo, quando espontâneo, é

Page 60: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

60

acrescido de multa, juros e atualização monetária.

20.10. Convenção Coletiva

20.10.1. Conceito

O art. 611 da CLT define a convenção coletiva da seguinte forma:

Contrato celebrado entre um grupo de trabalhadores organizados, qualquer que

seja a forma de organização, de um lado, e do outro, um grupo de empregadores

ou apenas um empregador, e destinado a estabelecer as condições que devem ser

respeitadas nas relações individuais de trabalho constituídas entre aqueles aos

quais o ato se refere.

Percebe-se, pois, a presença de três elementos: (1) do acordo de

vontades, (2) do interesse em solucionar um conflito e (3) eficácia obrigatória.

Ao instrumento da convenção coletiva alguns autores chamam de contrato

coletivo de trabalho.

20.10.2. Legitimação

Os sujeitos legítimos para figurarem nos pólos da convenção coletiva são:

• As associações sindicais representativas da categoria ou categorias dos

trabalhadores.

• As associações sindicais representativas da categoria ou categorias do

empregador

• A (s) empresas (s) 20.10.3. Vigência

A vigência de uma convenção coletiva, na hipótese de não ter havido uma

convenção anterior terá sua data determinada pela vontade das partes celebrantes.

Já na hipótese de ter havido uma Convenção anterior, a vigência da atual

Page 61: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

61

convenção terá seu termo inicial na mesma data em que a convenção de outrora

tiver vencimento.

20.10.4. Duração

O art. 614, §3º da CLT fixou como prazo limite para a duração de uma

convenção coletiva 02 (dois) anos.

A fixação de uma data máxima para a duração de uma convenção coletiva

tem sua razão de ser na idéia de que a convenção ao passar dos anos recai em

desatualização, tornando-se imprestável para reger as relações de uma época nova.

20.11. Acordo Coletivo de Trabalho

22.11.1 Conceito

O acordo coletivo é o pacto entre um sindicato de empregado e uma ou mais

empresas, de modo que, se do lado dos trabalhadores necessariamente aparecerá

o respectivo sindicato, o mesmo não acontece do lado patronal, uma vez que

os pactuantes serão, diretamente, empresas e não os sindicatos das empresas.

Note-se que a diferença essencial do acordo coletivo para a

convenção coletiva está que o empregador não participará mediante a

representação sindical, mas tão-somente haverá a presença da própria empresa.

20.11.2. Legitimação

• A associação sindical dos trabalhadores

• Uma ou mais empresas

É interessante observar que o legislador a representação sindical dos

trabalhadores uma vez que entende não ser imprescindível representação

sindical patronal para manter o equilíbrio das partes em face de sua

superioridade econômica.

Page 62: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

62

20.11.3. Vigência

Deverá ser considerado vigente, o acordo coletivo, a partir da data que for

acordada pelo sindicato e empresa. Isso é válido quando não há um acordo

firmado anteriormente, pois se tiver a vigência terá seu termo inicial no

vencimento do acordo coletivo anterior.

20.11.4. Duração

Aqui também são aplicáveis as mesmas regras da convenção coletiva.

20.12. Banco de horas

O chamado "banco de horas" é uma possibilidade admissível de

compensação de horas, vigente a partir da Lei 9.601/1998.

Trata-se de um sistema de compensação de horas extras mais flexível,

mas que exige autorização por convenção ou acordo coletivo, possibilitando à

empresa adequar a jornada de trabalho dos empregados às suas necessidades de

produção e demanda de serviços.

Vale esclarecer que a inovação do "banco de horas" abrange todos

os trabalhadores, independentemente da modalidade de contratação, se por

prazo determinado ou indeterminado.

20.12.1. Características

As pessoas estão chamando esse sistema de "banco de horas" porque ele

pode ser utilizado, por exemplo, nos momentos de pouca atividade da empresa

para reduzir a jornada normal dos empregados durante um período, sem

redução do salário, permanecendo um crédito de horas para utilização quando

a produção crescer ou a atividade acelerar, ressalvado o que for passível de

Page 63: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

63

negociação coletiva (convenção ou acordo coletivo).

Se o sistema começar em um momento de grande atividade da empresa;

aumenta-se a jornada de trabalho (no máximo de 2 horas extras por dia) durante

um período. Nesse caso, as horas extras não serão remuneradas, sendo

concedidas, como compensação, folgas correspondentes ou sendo reduzida a

jornada de trabalho até a "quitação" das horas excedentes.

O sistema pode variar dependendo do que for negociado nas convenções

ou acordos coletivos, mas o limite será sempre de 10 horas diárias trabalhadas,

não podendo ultrapassar, no prazo negociado no Acordo Coletivo – em período

máximo de 1 ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas. A cada

período fixado no Acordo, recomeça o sistema de compensação e a formação de

um novo “banco de horas”.

20.12.2. Rescisão do contrato antes da compensação das horas

A compensação das horas extras deverá ser feita durante a vigência do

contrato, ou seja, na hipótese de rescisão de contrato (de qualquer natureza),

sem que tenha havido a compensação das horas extras trabalhadas, o

empregado tem direito ao recebimento destas horas, com o acréscimo previsto

na convenção ou acordo coletivo, que não poderá ser inferior a 50 % da hora

normal.

21. PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS

21.1. Recrutamento

A necessidade do início de um processo de recrutamento se dá

essencialmente para a composição do quadro funcional de uma

organização. Ao iniciar este procedimento, cabe ao gestor responsável efetuar um

levantamento se há a precisão de abertura de preenchimento de alguma vaga que

esteja em aberto ou criação de um novo cargo. Quando se dá início a um processo

Page 64: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

64

de recrutamento, cabe ao responsável avaliar todas as tarefas, obrigações e

responsabilidades que serão exigidos pelo cargo. Um segundo parâmetro a ser

estudado está relacionado com o perfil que o candidato deve possuir, ou seja,

quais as habilidades, vivências e conhecimentos que o aspirante deva ter. Os

empregados estão constantemente entrando e saindo das organizações, e

movimentando-se dentro delas. Gerenciar este movimento de pessoas é uma

das atividades mais importantes e influentes da administração de recursos

humanos. O papel do profissional de recursos humanos dentro da

organização é muito importante, pois cabe a ele cuidar da essência de toda a

organização que são as pessoas. Seu trabalho tem início com a previsão de

necessidade de pessoal e se estende até a escolha da pessoa mais capacitada.

A necessidade de Recursos Humanos dentro de uma organização

surge pelos seguintes motivos:

• Aumento do quadro de pessoal;

• Promoção ou transferência de colaborador;

• Demissão;

• Reposição temporária.

Qualquer que seja o motivo, no entanto, há que se trilhar todos os passos

do processo seletivo como forma de assegurar a realização de uma contratação

bem feita.

21.1.1. Recrutamento Interno

Segundo Chiavenato (2004, p.68), o recrutamento interno é quando, havendo

determinada vaga, a empresa procura preenche-la por meio do remanejamento

de seus empregados, que podem ser promovidos (movimentação vertical) ou

transferidos (movimentação horizontal) ou ainda transferidos com promoção

(movimentação diagonal). Pode ser:

• Transferência de pessoal;

• Promoções de pessoal;

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65

• Transferências com promoções de pessoal;

• Programas de desenvolvimento de pessoal;

• Planos de carreira de pessoal.

Sendo assim, o recrutamento interno torna- se um dos grandes aliados da

organização na retenção de funcionários a medida que este se esforça para dar o

seu melhor a fim de ser promovido. Dentro da empresa, este tipo de recrutamento

só dá certo quando o funcionário tem a visão de crescimento e se empenha para

que de certo. O recrutamento interno torna-se muito mais fácil para as empresas já

que estas não precisam ter que investir tanto na procura de novos talentos, sendo

estes já existentes dentro da organização.

Para Chiavenato (2004, p.69), o recrutamento interno exige o

conhecimento prévio de uma série de dados e informações relacionados

com os outros subsistemas, a saber:

A. Resultados obtidos pelo candidato interno nos testes de seleção que se

submeteu quando de seu ingresso na organização;

B. Resultados das avaliações do desempenho do candidato interno;

C. Resultados dos programas de treinamento e de aperfeiçoamento de que

participou o candidato interno;

D. Análise e descrição do cargo atual do candidato interno e do cargo que se

está considerando, a fim de se avaliar a diferença entre ambos e dos

requisitos adicionais que se farão necessários;

E. Planos de carreiras ou ainda planejamento das movimentações de pessoal

para se verificar a trajetória mais adequada do ocupante do cargo considerado;

F. Condições de promoção do candidato interno (se está no ponto de ser

promovido) e de substituição (se o candidato interno já tem substituto preparado

para seu lugar).

Esses dados dão à possibilidade de se ter um maior conhecimento sobre

o funcionário já que este atua na organização, sendo possível analisar a

sua capacidade de desenvoltura e o seu grau de desempenho para certa função,

Page 66: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

66

dando a oportunidade para o funcionário se empenhar mais e a buscar aproveitar

as oportunidades.

Antonio Vieira Carvalho e Luiz Paulo do nascimento (2004)

completam dizendo que o recrutamento interno pode trazer algumas vantagens

entre elas estão:

A - Proximidade: o funcionário que atua na organização tem maiores

possibilidades de preencher vagas.

B - Economia: o recrutamento interno permite que as despesas e custos sejam bem

baixos em relação ao recrutamento externo.

C - Rapidez: o funcionário por se identificar com os vários quadros de pessoal

torna o preenchimento das vagas bem mais rápido

D - Conhecimento: tem-se um maior conhecimento do empregado na empresa

já que seus hábitos, limitações e méritos são conhecidos pela organização.

E - Promoção: O funcionário se incentiva mais a querer buscar oportunidades e

fazer carreira.

F - Aumento do “Moral” de trabalho: o funcionário se sente mais motivado em

trabalhar em uma empresa aberta que lhe conceda oportunidades de crescimento.

Quando bem desenvolvido o recrutamento interno pode levar as empresas

a ter vantagens melhorando assim a sua produtividade e um melhor desempenho

do seu quadro de funcionário. Mas, entretanto quando a empresa não oferece

oportunidade de crescimento o funcionário pode ficar frustrado influenciando

assim no seu desempenho e diminuindo a sua produtividade, percebendo que a

organização não lhe oferece oportunidades de crescimento procurará

oportunidades fora da organização.

Vantagens do Recrutamento Interno

1. Motivação e valorização dos empregados

• Oportunidade de crescimento dentro da empresa funciona como fonte

poderosa de motivação.

• Laborar em empresa que proporciona, claramente, oportunidade de promoção,

Page 67: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

67

é uma das melhoras formas de motivação pessoal para o trabalho.

• O recrutamento interno como processo justo e claro a todos os funcionários

estimula o desempenho, a capacitação e a excelência do funcionário

motivado.

2. Melhor desempenho e potencial de conhecimento

• É um meio de incentivo à oportunidade de fazer carreira na empresa. Essa

situação gera maior interesse por parte dos empregados, os quais aspiram-se

treinados com maior intensidade objetivando aproveitar as vagas disponíveis.

• O candidato já foi avaliado e é conhecido, não necessita na maioria das vezes

de período experimental, de integração e indução à empresa ou informações

cadastrais a seu respeito. Há menos chance de equívocos no recrutamento.

• Há maior probabilidade de que o funcionário escolhido desempenhe com

sucesso seu novo cargo, quando as avaliações de potencial e planejamento

de pessoal são feitas sistematicamente.

• A admissão do candidato externo com melhor aproveitamento não abona que

seu desempenho seja bom, devido a sua posterior adaptação à empresa.

3. Funcionários adaptados à cultura organizacional

Algumas vezes, o funcionário contratado por recrutamento externo traz

consigo métodos, cultura, estilos de trabalhos diferentes daqueles praticados na

empresa, prejudicando o andamento do trabalho de seus companheiros.

Ao contrário o recrutado internamente sabe a cultura de trabalho da empresa. 4. Processo mais rápido e econômico

A opção do recrutamento interno viabiliza economia de despesas com

anúncios em jornais, honorários de empresas de recrutamento, custos de

Page 68: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

68

atendimento de candidatos, custos de admissão, custos com o novo

empregado, dentre outros.

Evita-se a demora do recrutamento externo, seleção e no processo de

admissão, de certa forma restabelecendo de imediato a ordem e a

produtividade no setor do demitido.

5. Estímulo ao auto-aperfeiçoamento

Os funcionários, constatando a possibilidade de crescimento profissional

dentro da empresa, buscam auto-aperfeiçoamento e auto-avaliação visando

melhoria no seu desempenho.

Ou seja, não só a função a ser contratada é beneficiada, mas também as

demais pela motivação gerada pela expectativa de valorização do funcionário.

Desvantagens do recrutamento interno

1. Falta de recursos humanos internos para cobrir as necessidades de

preenchimento das vagas.

2. Problemas em conseguir aprovação de gerentes para dispensar seus

colaboradores mais eficientes.

3. Ocasional ausência de avaliação mais criteriosa na apreciação da carreira de

determinado funcionário, candidato em potencial à promoção.

4. Possibilidade de gerar conflito de interesse entre os funcionários não

escolhidos que podem ficar frustrados, prejudicando sua produtividade no

trabalho, pois o funcionário supõe que foi criada uma falsa

expectativa, trazendo desestímulo.

5. Quando não é bem formulada, a promoção interna pode se transformar

numa espécie de carreirismo, comodismo, deixando de lado a eficiência

funcional no exercício das funções atuais.

6. Exige que os novos empregados tenham condições de potencial de

desenvolvimento para poderem ser promovidos, no mínimo, a alguns

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69

níveis acima do cargo em que estão sendo admitidos, para evitar

apatia, desinteresse ou desligamento da empresa.

7. Os funcionários podem aprender a conviver com os problemas e situações

da empresa e perdem a criatividade e atitude de inovação, o que

não aconteceria através de um recrutamento externo.

8. O candidato recrutado internamente deve ter condições no mínimo, ao

longo do tempo, de se igualar ao antigo ocupante do cargo.

9. O candidato promovido sem todas as características técnicas, devendo a

empresa investir em treinamento, quando poderia recrutar um

candidato externo devidamente treinado.

10.Poderá criar uma competição negativa entre seus funcionários, provocando

ambições, até mesmo em quem não tem condições de ocupar um cargo

acima ou então apatia nestes, que sabem que não terão oportunidade na

competição.

Principais meios de recrutamento interno

• Quadro de avisos ao pessoal, com as vagas previstas

• Comunicações internas dirigidas aos gerentes de unidades contendo listas de

funcionários disponíveis para transferência

• Banco de recursos humanos interno da empresa

• Encontros com categorias, palestras, etc., informando aos funcionários sobre

as características das vagas disponíveis

• Divulgação das vagas existentes me jornal interno da empresa

• Via intranet ou e-mail para todos os funcionários

Hoje se sabe que o recrutamento é uma porta aberta para o crescimento da

organização levando a atingir seus objetivos. Para Antonio Vieira de Carvalho

(2004

p. 93) “O recrutamento interno esta em plena expansão pelas empresas,

provando que suas vantagens são bem maiores que eventuais desvantagens do

sistema”.

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70

21.1.2. Recrutamento Externo

Para Idalberto Chiavenato (2004, p. 72), “O recrutamento é externo quando

havendo determinada vaga, a organização busca preenchê-la com pessoas

introduzidas, ou seja, candidatos atraídos pelas técnicas de recrutamento (...)”.

Segundo Antonio Vieira de Carvalho e Luiz Paulo Nascimento (2004, p

94) os meios de processar o recrutamento, podem ser listados os seguintes:

1. Anúncio na empresa (jornais, revistas, etc.);

2. Escolas e Universidades;

3. Associações de classe e sindicatos;

4. Recomendações de empregados da empregados;

5. Agência de Emprego;

6. Arquivos de candidatos que se apresentaram à empresa anteriormente;

7. Mensagens em rádio e TV;

8. Apresentação espontânea de candidatos;

9. Intercâmbio de Empresas.

Assim, deve- se busca encontrar os melhores candidatos que estejam

dispostos a prestar serviço para a empresa com qualidade e que se

sintam comprometidos com ela. De forma que leve os dois lados a ganhar.

Page 71: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

71

Antonio Vieira de Carvalho e Luis Paulo do Nascimento (2004) ainda

completa dizendo que há três formas de recrutamento, que são o ABERTO,

SEMI- ABERTO E FECHADO.

ABERTO: Identifica o empregador indicando o nome da organização,

endereço, setor para contatos e atendimento;

SEMI-ABERTO: Aparece à identificação da empresa e ocorre uma

pré- triagem ao invés dos currículos serem mandados diretamente para a empresa;

FECHADO: Onde a empresa patrocinadora da vaga não conhece o

candidato.

Vantagens do Recrutamento Externo

1. Traz “sangue novo” e experiências novas para a organização. A entrada de

recursos humanos ocasiona uma importação de idéias novas, de diferentes

abordagens dos problemas internos da organização e, quase sempre, uma

revisão na maneira pela qual os assuntos são conduzidos dentro da empresa.

Com o recrutamento externo a organização mantêm-se atualizada com o ambiente

externo e a par do que ocorre nas outras empresas;

2. Renova e enriquece os recursos humanos da organização, principalmente

quando a política é admitir pessoal com gabarito igual, ou melhor, do que o já

existente na empresa;

3. Aproveita os Investimentos em treinamento e desenvolvimento pessoal feito

por outras empresas ou pelos próprios candidatos. Isto não significa que a

empresa deixa de fazer esses investimentos efetuados pelos outros. Tanto assim

que muitas empresas preferem executar externamente, pagando salários

elevados, para evitar despesas adicionais de treinamento e desenvolvimento e

obter resultados de desempenho de curto prazo.

Page 72: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

72

Desvantagens do Recrutamento Externo

1. É geralmente mais demorado do que o recrutamento interno. O período

despendido com escolha e mobilização das técnicas mais adequadas para

influência às fontes de recrutamento, a atração e apresentação dos candidatos,

recepção e triagem inicial, encaminhamento a seleção, aos exames médicos à

documentação, liberação do candidato de outro emprego e admissão não é

pequeno. Quanto mais elevado o nível do cargo, maior a extensão desse período e

tanto mais antecipação

será adotada pela empresa para prever e liberar a requisição de empregados,

afim de que o recrutamento não seja pressionado pelos fatores de tempo e

urgência na obtenção de candidato.

2. É mais caro e exige inversões e despesas imediatas com anúncios em jornais,

honorários de agências de recrutamento, despesas operacionais relativas a

salários e encargos sociais da equipe de recrutamento, material de escritório e

formulários etc.

3. Em principio é menos seguro do que o recrutamento interno. Os candidatos

externos são desconhecidos, provém de origens trajetórias profissionais que

a empresa não tem condições de verificar e confirmar com exatidão. Apesar

das técnicas de seleção e do prognóstico apresentado, as empresas admitem o

pessoal por meio de um contrato com período experimental e probatório para se

garantir da relativa insegurança do processo.

4. Quando monopoliza as vagas e as oportunidades dentro da empresa pode

frustrar o pessoal que passa a visualizar barreira, fora de controle, para seu

crescimento profissional. Os empregados podem perceber o monopólio do

recrutamento externo como uma política de deslealdade da empresa com seu

pessoal.

5. Geralmente afeta a política salarial da empresa e influência as faixas salariais

internas, principalmente quando a oferta e a procura de recursos humanos estão

em situação de desequilíbrio.

O recrutamento é de vital importância para as organizações uma vez que

Page 73: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

73

para atingir resultados é necessário profissional qualificado para assumir a área. O

que se observa ainda é que se torna um meio em que empresas se relacionam com

o meio interno e externo a organização, ou seja, com pretendentes ao cargo.

Percebe-se que a organização tem um papel fundamental: o de dar

oportunidades para funcionários sejam eles internos ou externos a organização

elevando a sua moral e a vontade de crescer na vida.

21.2. Seleção

A seleção de pessoal é um dos subsistemas de recursos humanos mais

importantes. Depois de efetuado o recrutamento, o próximo passo é selecionar o

indivíduo em destaque, ou seja, aquele que está mais intimamente ligado com as

necessidades do cargo. Para se garantir uma seleção de sucesso é

imprescindível

que o profissional de recursos humanos tenha efetuado uma análise de cargos

atualizada que auxilie diretamente no recrutamento e garanta uma seleção correta.

O processo seletivo nem sempre é o mesmo embora o seu objetivo final

seja a escolha de um candidato que esteja adequado às necessidades da

empresa. A seleção de pessoal varia de acordo com o cargo que precisa ser

preenchido. A quantidade de etapas, assim como a complexidade do processo

dependem de como é o grau de exigência e o tipo de cargo em que precisa

ser selecionado um candidato.

Os processos seletivos, em média possuem de duas há oito etapas, sendo

estas eliminatórias com a finalidade de se chegar ao candidato com o perfil mais

aproximado com o das qualificações exigidas pelo cargo. Durante a realização

das etapas de um processo seletivo ocorre a aplicação de alguns instrumentos

que colaboram para se chegar ao candidato ideal.

Os principais elementos são: as entrevistas (não estruturadas e

estruturadas), a busca de referências, as provas de conhecimentos ou

de capacitação, os testes de personalidade, os testes de habilidade

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74

cognitivos, os testes de desempenho e integridade e a aplicação de técnicas

de simulação.

21.2.1.Entrevista

A entrevista é a técnica mais utilizada nos processos seletivos. A ampla

utilização dessa técnica se deve a alguns fatores como: o baixo custo, a facilidade

de sua aplicação, a adaptação desta técnica a diversas fases do processo seletivo e

a riqueza de informações, sensações e impressões sobre o candidato que a

entrevista possibilita ao selecionador. A técnica permite o contato direto com o

candidato, possibilitando sanar dúvidas e esclarecer alguns pontos que possam ter

surgido no processo de recrutamento, ou mesmo, durante a aplicação de outras

técnicas de seleção.

Apesar de sua aplicação ser tão comum, a entrevista nem sempre é

conduzida com o cuidado necessário, de forma a permitir a obtenção de dados

confiáveis e a transmissão de boa imagem da empresa e do entrevistador. Por

isso, nem sempre garante o sucesso do processo seletivo. Como todas as

outras ferramentas de seleção, deve ser planejada e aplicada de forma

organizada e, sempre que possível, em conjunto com outras técnicas que

permitam avaliar as diversas facetas do candidato.

Chiavenato acredita que a entrevista é uma técnica altamente subjetiva,

com grande margem de erro e variação. Dependendo do momento, o candidato

pode não se sair bem na entrevista, por isso a técnica não permite comparar vários

candidatos entre si. Apesar de parecer simples, exige bastante experiência e

treinamento do entrevistador, além de grande conhecimento a respeito do cargo

disponível e suas características básicas.

Page 75: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

75

O papel das entrevistas no processo seletivo

Cada uma das técnicas de seleção tem como objetivo verificar um

determinado aspecto da personalidade do candidato. Os teste psicométricos

permitem identificar e avaliar aspectos da personalidade e aptidões do candidato.

As técnicas vivenciais procuram avaliar como o candidato reage a situações que

podem ser encontradas no cotidiano do cargo pretendido e também como cada

candidato se relaciona com as demais pessoas.

Já a entrevista, de acordo com o momento no qual é utilizada, pode atender

a objetivos distintos.

Entrevistas de triagem, em geral, realizadas no processo de recrutamento

ou como primeira fase do processo de seleção, buscam confirmar as

informações detalhadas pelo candidato em seu currículo ou na ficha de solicitação

de emprego. Permitem também ao selecionador formar uma primeira impressão

a respeito do candidato. Além disso, o entrevistador pode fornecer ao candidato,

no momento da entrevista de triagem, informações sobre o cargo disputado,

sobre a empresa e sanar dúvidas sobre o processo, verificando o interesse do

candidato em participar da seleção.

É comum o uso das entrevistas estruturadas, com um roteiro de perguntas

previamente definido. No final do processo de seleção, o candidato deve

ser entrevistado pelo gestor da área na qual trabalhará caso seja admitido.

Essa entrevista possibilita identificar se o candidato se adaptará à cultura da área,

além de permitir uma avaliação dos conhecimentos técnicos do cargo

pretendido. A entrevista final normalmente não segue um roteiro, assumindo a

forma quase de um bate-papo entre entrevistador e candidato.

Tipos de entrevista

1. Entrevista não-estruturada: é uma entrevista não-dirigida. É informal e dá

Page 76: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

76

maior abertura ao candidato. Nesse tipo de entrevista, é importante deixar o

candidato à vontade para expressar suas opiniões. É uma oportunidade de

conhecer a pessoa.

As entrevistas não-estruturadas apresentam algumas desvantagens.

O entrevistador pode esquecer de abordar algum determinado ponto

importante. Dependendo da interação, pode ser muito longa ou muito curta.

Por dependerem muito das condições do momento tanto do candidato quanto

do entrevistador, essa modalidade pode resultar em uma seleção parcial,

dificultando a comparação entre diversos candidatos.

2. Entrevista planejada: utilizada com frequência no processo de seleção, a

entrevista planejada ou estruturada leva o entrevistador a conhecer melhor o

candidato que já passou pela pré-entrevista. Essa modalidade exige a

formulação de questões abertas que estimulem o candidato a fornecer

uma resposta elaborada, baseada em suas competências. Devem ser

evitadas perguntas fechadas, que levem a respostas do tipo “sim” ou “não”.

Uma pergunta do tipo: “Você começou a trabalhar com dezoito anos?” –

leva exclusivamente a uma resposta assertiva ou negativa. Perguntas desse

tipo não possibilitam avaliar o candidato. Já a pergunta “Como você

determina suas prioridade” ou “Como você atende um cliente que está

insatisfeito com a empresa” leva a longa resposta por parte do candidato,

que permite avaliar diversos aspectos de sua personalidade.

As entrevistas estruturadas apresentam uma série de vantagens: evita

que o entrevistador se esqueça de abordar algum ponto importante, facilita a

comparação entre as entrevistas de diversos candidatos, permite estabelecer

uma maior empatia a conexão com o candidato.

3. Entrevista Comportamental: também chamada de entrevista por

competências, a técnica permite avaliar as habilidades do candidato,

desenvolvidas ao longo de sua trajetória profissional, referentes aos cargos

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77

que ocupou. Essas perguntas, que exigem que o candidato descreva as

ações, comportamentos e sentimentos em diversos momentos de sua

carreira, tornam a entrevista comportamental perfeitamente adequada para

investigar qual o provável comportamento do candidato, em caso de

contratação.

O selecionador consegue comparar e classificar as competências identificadas

no candidato com a descrição do perfil do cargo.

A entrevista deve ser planejada de forma a utilizar perguntas abertas

específicas ligadas a situações profissionais, que levam a respostas com

verbos de ação no passado. Uma pergunta do tipo: “Quando a empresa

lançou o novo produto e determinou metas agressivas, o que você fez

para atingi-las? Qual foi o resultado? Leva o candidato a uma resposta

completa composta por três partes:

Contexto – como era a situação;

Ação – o que ele fez;

Resultado – quais os resultados obtidos a partir da ação tomada.

O planejamento necessário para desenvolver uma entrevista comportamental

é bem detalhado e deve começar pela análise do perfil de competências do cargo.

Caso a descrição do cargo não explicite as competências necessárias, é

importante discutir com a área solicitante e construir, em conjunto, uma nova

descrição mais detalhada.

O selecionador deve montar um roteiro de entrevista em que sejam incluídas

perguntas que possibilitem a identificação de competências técnicas e

comportamentais. Durante a entrevista é importante que o selecionador sempre

peça ao candidato que explique suas respostas utilizando exemplos de sua vida

profissional, incluindo o contexto, a ação e o resultado.

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78

4. Entrevista Situacional ou de simulação

Nem sempre a entrevista comportamental conseguirá avaliar todas as

competências necessárias para o cargo. O candidato pode estar buscando uma

nova colocação, diferente de sua experiência anterior. Pode ainda ter sido

recrutado internamente, disputando uma promoção, e, por isso, não tem

experiência no cargo.

Nesse caso, o profissional de seleção pode utilizar a entrevista situacional,

modalidade que conta com exercícios ou simulações de situações que podem

ocorrer no cotidiano da função pretendida. Permite ao selecionador identificar

como o candidato reagiria a tais situações.

O selecionador deverá descrever para o candidato uma determinada situação

real e lhe pedir que descreva as ações e comportamentos que adotaria no

momento. A descrição da situação pode envolver relatórios, planos de ação,

anotações ou textos que expliquem o que ocorrem no desempenho da função.

Um exemplo de entrevista situacional é entregar ao candidato a uma vaga de

vendedor, uma tabela de preços fictícia e uma proposta de compras de um cliente

que deseja comprar um grande volume de um determinado produto a um preço

abaixo da tabela. O entrevistador deve pedir para o candidato calcular o valor da

proposta e os descontos necessários para atender ao pedido, e perguntar se o

candidato aceitaria a proposta, mediante uma justificativa da sua decisão.

5. Entrevista de triagem ou de pré-seleção

Realizada durante o processo de recrutamento, esse tipo de entrevista possui

um caráter mais superficial que busca esclarecer alguns pontos do currículo

do candidato, bem como analisar a forma dele ser expressar. Pode ser realizada por

telefone ou de forma presencial.

Esse tipo de entrevista deve ser, acima de tudo, objetiva. O selecionador

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79

que optar por esta modalidade deve estabelecer quais as questões básicas a

serem levantadas durante o processo de recrutamento, tais como:

• “O candidato preenche as exigências e as qualificações necessárias?”

• “O candidato se expressa de forma adequada ao cargo pretendido?”

O selecionador deve ouvir adequadamente as considerações do candidato,

anotar dados e impressões que possam orientar as próximas etapas da seleção e

utilizar perguntas adequadas para captar os dados necessários. É importante que

quem faz a entrevista evite explicar muito profundamente o cargo e

questões organizacionais, pois esse procedimento deve ser realizado em uma

etapa mais avançada do processo seletivo.

Se realizada de forma adequada, a entrevista de triagem serve como um filtro

que poupa tempo e recursos da empresa no processo de seleção, selecionando os

candidatos com maior potencial de preencher os requisitos exigidos pela vaga em

aberto.

Questões importantes na preparação da entrevista

Independente do tipo de entrevista a ser utilizada, o profissional responsável

pelo processo seletivo deve se preparar adequadamente para obter o máximo

dessa técnica tão utilizada. Alguns importantes aspectos que devem ser levados

em consideração:

• Deve estar bem clara para o entrevistador qual a característica, ou

qualidade, mais importante da pessoa que se pretende admitir;

• O selecionador deve trazer, na hora da entrevista, uma lista das principais

responsabilidades inerentes ao cargo;

• Deve-se ter em mente a estratégia da organização para os próximos cinco

anos e quais as necessidades para alcançar essas projeções.

Como visto, a entrevista é o momento de conhecer os candidatos e dar a

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80

eles a oportunidade de conhecer a empresa. Uma entrevista bem

planejada, bem conduzida e bem avaliada trará amplos benefícios, aumentando

consideravelmente a probabilidade de sucesso para o Processo de Seleção. A

seguir veremos um quadro das principais estratégias utilizadas pelos

candidatos para criar uma determinada impressão no entrevistador.

Definição Estratégia Autopromoção Consiste em demonstrar uma imagem de competência, destacando as

habilidades. Deve-se ter cuidado para que não se transmita uma imagem de arrogância e superioridade.

Exemplificação É muito utilizada para expressar uma imagem de virtudes morais

como honestidade, lealdade, ética. Indica cuidados para não parecer hipócrita ou antipático, ao querer passar uma imagem de perfeição.

Insinuação É utilizada para ilustrar alguém como amigável e simpático. Não se

trata de um desejo espontâneo de agradar aos demais, mas de algo feito para atingir um objetivo. Deve-se ter cuidado para não parecer bajulador.

Suplicação Visa transmitir uma imagem de desproteção, de necessidade de

ajuda, visando gerar, no outro, uma resposta de proteção e auxílio. Implica o risco de ficar com uma imagem de fraqueza.

Intimidação Consiste em transmitir uma imagem de ameaça e de agressão, tanto física como verbal. Ao contrário do desejado, a resposta gerada pode ser de revolta ou boicote, ao invés de submissão.

6. Integrar novos colaboradores

Primeiro dia de trabalho de um novo colaborador. Aquele clima de

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81

expectativa e ansiedade por parte do novo funcionário e da equipe também. “Quem

ele é?”, “O que faz?” e “De onde vem?” são alguns dos comentários ouvidos nos

departamentos de uma empresa que acaba de contratar um novo profissional.

O que fazer após a contratação é uma dúvida de muitos líderes, que

nem sempre sabem como integrar o novo colaborador à organização. Embora

alguns questionem se esse processo é realmente importante, nossos

entrevistados garantem que a integração é fundamental para o sucesso do novo

funcionário. “Esse processo visa possibilitar que os recém-contratados

conheçam mais sobre a empresa, cultura, missão, visão e valores dela”, explica

Fernando Monteiro da Costa, diretor de operações da Human Brasil, consultoria

especializada em treinamento, desenvolvimento, recrutamento e seleção de

pessoas.

Para integrar novos colaboradores, o líder pode contar com a comunicação

interna e com o departamento de RH. Fernando explica que deve haver um bom

diálogo com o candidato antes e depois da contratação, sem esquecer que a

equipe também tem de ser informada. “É importante que haja uma conversa com

o novo funcionário, tanto do líder quanto do RH, para falar sobre a expectativa da

empresa, quais atividades ele irá desenvolver e o que deve aprender e

aplicar na organização”, diz Fernando, lembrando que são esses primeiros

momentos que proporcionarão maior ou menor motivação do funcionário.

Após o bate-papo, é hora de partir para outra fase importante da integração:

a apresentação do novo colaborador para a equipe. Em grandes instituições,

isso acontece por meio de comunicados via e-mail, mural, boletim institucional, etc.

Nas médias e pequenas, normalmente esse momento ocorre através de

apresentação pessoal, na qual o novo funcionário visita todos os setores e é

apresentado ao grupo, principalmente àqueles que têm alguma relação com

seu trabalho. “Profissionais preparados para recepcionar e instruir novos

colaboradores, amparados por programas de integração, são altamente

motivadores e demonstram que a empresa tem organização, estrutura e

políticas claras, que denotam transparência e interesse no novo colaborador

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82

como membro efetivo da equipe”, garante Liz Bittar, consultora que ministra um

workshop sobre integração de novos funcionários.

Erros – Você viu nos exemplos acima que existem opções para as empresas

fazerem o processo de integração. Também é bom lembrar que brincadeirinhas e

exageros devem ser evitados nesse momento. A expectativa do novo colaborador

em relação à organização normalmente é muito grande. Logo, expor ele a

situações constrangedoras pode ser extremamente desmotivador.

Faça um teste agora: lembre-se do seu primeiro dia de trabalho. O que

sua empresa fez nesse dia? Alguns tiveram a sorte de serem apresentados

formalmente à equipe, porém existem histórias de profissionais que, já no primeiro

dia, tiveram de pagar algum “mico”, cantaram música, contaram histórias, acharam

algum tipo de “surpresinha” na mesa ou computador, etc. O momento de

integração é legal e divertido, mas tenha cuidado, pois há profissionais que não

possuem esse perfil. “Muitas empresas reúnem os novos funcionários, de

diferentes níveis, para um dia de integração, mas que, na verdade, é uma sessão

angustiante sobre as normas da companhia, em que um grande volume de

informações é repassado. Não se pode esperar que eles retenham todas elas”,

aconselha Liz.

Outro erro que deve ser evitado é não dar atenção ao novo colaborador.

“A falta de uma integração adequada pode gerar desmotivação, ausência de

suporte e, consequentemente, alta rotatividade. Colocar o funcionário que acabou

de chegar para executar uma atividade que já sabe fazer sem sequer conhecer o

ambiente é, no mínimo, uma falta de respeito e consideração. Se ele não se

adaptar, terá bons motivos para sair”, comenta Fernando.

Para evitar que erros assim aconteçam, uma grande aliada é a

comunicação. “Ela sempre deve existir de forma clara e objetiva. Além disso, o

novo colaborador precisa de um ou mais dias de integração à cultura,

valores e missão da organização para depois assumir suas atividades”,

recomenda Fernando.

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83

Liz ressalta outro perigo, pois as pessoas precisam estar treinadas e

preparadas para recepcionar novos colaboradores. “Quando não há

processos estruturados para receber, orientar e integrar novos funcionários, eles

percebem a falta de controle da organização. Com isso, podem decidir abrir as

portas e agir por conta própria”, lembra.

Responsabilidade – Alguns especialistas acreditam que esse processo é

de responsabilidade do RH, enquanto outros afirmam que é o líder direto quem

deve participar da integração dos novos funcionários. “Eu diria que mais da

metade das empresas brasileiras delega essa função para o RH. Nos países mais

desenvolvidos, os líderes são os responsáveis pela integração. “O RH tem o papel

de dar o apoio necessário, mas a responsabilidade deve ser do líder”, afirma

Fernando.

Já Liz comenta que esse departamento tem papel crucial no processo: “Isso é

tarefa eminentemente do RH, que deve capacitar multiplicadores para aplicarem

programas estruturados de integração, cuja preocupação central não seja apenas

informar, mas também ouvir”. Na dúvida, o melhor a fazer é unir o trabalho do

líder com o do RH. Afinal, os dois são importantes para a integração do novo

colaborador.

Mas em um ponto específico nossos entrevistados têm a mesma opinião:

no processo de integração, todos os novos funcionários devem conhecer qual é

a missão, visão e valores da empresa em que acabaram de entrar. Quando eles

já estão cientes do que ela precisa, o desenvolvimento é rápido.

Portanto, se você deseja aplicar um programa de integração na sua

equipe, preparamos um checklist especial com passos que não podem faltar.

Confira:

• Todo mundo gosta de ser bem-recebido. Que tal um lembrete de boas-

vindas?

Page 84: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

84

• Comunique a missão, visão e valores. Não esqueça disso!

• Explique os objetivos do departamento e o que o novo colaborador agrega

à empresa.

• Apresente o cronograma do setor, qual será a função desse colaborador e o

que ele deverá fazer.

• Demonstre sua expectativa em relação ao profissional.

• Fale sobre sua forma de liderar: como você monitora, comunica-se,

etc.

• E, lógico, não esqueça de passar as primeiras atividades para o

colaborador começar logo sua experiência na empresa.

22. PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

TREINAMENTO: é um processo sistemático para promover a aquisição de

habilidades, regras, conceitos ou atitudes que resultem em uma melhoria

da adequação entre as características dos empregados e as exigências dos

papéis funcionais.

DESENVOLVIMENTO: é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as

capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros

valiosos da organização. O desenvolvimento inclui não apenas o treinamento,

mas também a carreira e outras experiências.

22.1. Objetivos

• Impulsionar a eficiência.

• Incrementar e aumentar a produtividade.

• Elevar os níveis de qualidade.

• Promover a segurança no trabalho.

• Diminuir refugos e re-trabalhos.

Por outro lado, Nadler (1984) diferencia "treinamento" de "educação" e de

Page 85: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

85

"desenvolvimento", conceituando-os da seguinte maneira:

• Treinamento é uma aprendizagem relacionada à tarefa atual do empregado.

• Educação seria a aprendizagem que visa a preparação do indivíduo para

uma tarefa futura, já identificada.

• Desenvolvimento é a aprendizagem adquirida para o crescimento do

indivíduo, mas não relacionada a uma tarefa presente (ou futura)

22.2. Modalidades

1) Treinamento Presencial: Trata-se do treinamento realizado com a presença

física do instrutor e do treinado, cujo objetivo é qualificar, reciclar, atualizar e/ou

aperfeiçoar o desempenho dos treinados. Pode ocorrer em salas de aula de

centros de treinamento, em escolas de formação profissional, em instalações

adaptadas nos locais de trabalho, reunindo funcionários de vários órgãos. As

vantagens do Treinamento Presencial são:

• Proximidade do instrutor e do treinando, favorecendo troca permanente

de informações e "feedback".

• Possibilidade de aprofundamento do assunto pela prática da discussão,

"ao vivo e a cores".

• Maior interação, decorrente das trocas sociais entre "instrutor /

treinando" e "treinando / treinando", proporcionadas pela proximidade

física.

• Possibilidade de criação de redes de relacionamento decorrentes

da interação, as quais poderão posteriormente dar sustentação ao

treinamento.

2) Treinamento à Distância: É o tipo de treinamento que se caracteriza pela

separação física entre o instrutor e o treinando, utilizando meios de comunicação

para promover a interação entre ambos e transmitir os conteúdos educativos. As

vantagens desse tipo de treinamento são:

Page 86: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

86

• Remoção das barreiras tempo / espaço / idade, pela possibilidade de

envolver grande número de pessoas separadas geograficamente,

realizando-se a aprendizagem onde, quando e no tempo que o

treinando quiser. Significa, portanto, a democratização do ensino, por

facilitar o acesso de pessoas impossibilitadas de freqüentar aulas

presenciais.

• Possibilidade de que o próprio treinando controle o início, a manutenção

e o ritmo da sua aprendizagem.

• Menores custos de treinamento, nos casos em que a quantidade

de treinados for grande.

OBSERVAÇÃO: Com o desenvolvimento da Internet, as fronteiras para o

treinamento à distância se expandiram, reduzindo-se os custos e ampliando-se

as possibilidades de busca às informações.

3) Treinamento em Serviço (TES): É o treinamento realizado no próprio

ambiente de trabalho do funcionário – atual ou futuro – destinado à

aquisição de conhecimentos práticos e/ou desenvolvimento de habilidades

específicas. Normalmente, esse tipo de treinamento é indicado para aproximar

ao máximo o ambiente de trabalho ao ambiente do treinando. Principais vantagens:

• Constitui modalidade de treinamento comum para a capacidade dos

funcionários de qualquer instituição.

• O treinamento não se desenvolve numa situação artificial.

• A motivação é maior, pela aproximação das condições reais de trabalho.

• Acompanha as mudanças ocorridas nas tecnologias e nos

procedimentos do trabalho.

4) Rodízio: É o remanejamento do posto de trabalho do funcionário,

visando prepará-lo para uma nova função e obter uma visão global do

trabalho a ser realizado num determinado setor. Trata-se de uma das formas

mais eficazes de formação profissional. Principais vantagens:

Page 87: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

87

• Viabilidade econômica, por se tratar de um tipo de treinamento de

baixo custo.

• Aquisição de uma visão mais global da empresa.

• Possibilidade de ser utilizado para o aprendizado de todos os tipos de

tarefas, desde as mais simples até às mais complexas.

5) Estágio: É a execução de atividades pertinentes à ocupação

profissional, mediante a experiência direta e realizada no ambiente de trabalho

– onde são desenvolvidas as atividades que o estagiário necessita adquirir. O

estágio pode ocorrer dentro da própria instituição ou em outras, através de

convênios entre essas instituições. Principais vantagens:

• Viabilidade econômica, por se tratar de um tipo de treinamento de

baixo custo, quando realizada no mesmo local de moradia do funcionário.

• Possibilidade de ser utilizado para o aprendizado de todos os tipos de

tarefas – simples ou complexas.

6) Visita Técnica: São visitas realizadas a outros setores – dentro da

própria empresa ou em outra – com o objetivo principal de observar

diretamente o funcionamento de um determinado trabalho (ou uma nova

tecnologia). Principais vantagens:

• Baixo custo; se for realizada na mesma cidade.

• Criação de parcerias e possibilidade de trocas futuras.

7) Reuniões Informativas: São realizadas periódica – ou esporadicamente

– conforme a necessidade, a fim de atualizar os funcionários (e as chefias) sobre

os assuntos pertinentes às suas áreas. Principais vantagens:

• Baixo custo.

• Contato direto entre informante e informado, evitando-se ruídos na

comunicação.

• Favorece a interação entre funcionários e chefias.

Page 88: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

88

8) Encontros de Disseminação de Treinamento: Têm como objetivo divulgar o

conhecimento adquirido por funcionários que participaram de treinamento,

suplementados por materiais impressos (manuais, apostilas, prospectos, etc),

colocados à disposição dos interessados no setor de Recursos Humanos.

Principais vantagens:

• Redução do custo do treinamento através do efeito multiplicador

do conhecimento adquirido.

• Criação de compromissos do treinando com a capacitação dos

parceiros de trabalho.

9) Palestras: É a apresentação de um assunto específico, seguido de

questionamentos e comentários por parte do público. Pode ser apresentada por

funcionário da mesma empresa, de outra empresa ou de alguma instituição

contratada externamente. Principais vantagens:

• Introdução de assunto novo dos funcionários e da instituição.

• Baixo custo, se o palestrante for de outro departamento.

• Valorização do funcionário palestrante.

10) Assinatura de Jornais e Revistas: Que sejam do interesse do

trabalho presente e futuro. Principais vantagens:

• Atualização dos funcionários quanto à temas relacionados à sua área/setor/

função.

11) Workshop: Apresentação resumida de um determinado assunto,

utilizando técnicas expositivas e/ou vivenciais com o objetivo de divulgar uma

proposta de trabalho. Normalmente um workshop é mais "visual" do que "auditivo"

12) Seminário: Evento que reúne especialistas – de uma ou mais áreas

de conhecimento – com o objetivo de promover (ou ampliar) o debate sobre um

Page 89: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

89

tema específico, a partir de enfoques diferentes. Os atores de um seminário

são os palestrantes, os debatedores, os coordenadores, o secretário e o público em

geral.

13) Congresso / Conferência: Conferência é uma reunião promovida por

entidades associativas, visando debater assuntos que interessam a um

determinado ramo profissional. Congregam profissionais de renome, objetivando

atualizar a categoria e/ou divulgar descobertas científicas. Os congressos são

realizados a partir de temas relevantes e englobam cursos de curta duração,

palestras, vivências, mesas redondas, etc.

23. PROCESSO DE ADMISSÃO

23.1. Rotina de admissão

O empregado ao ser admitido deve passar por uma rotina especial junto à

empresa. Essa rotina visa atender as normas legais existentes, bem como

as normas internas da empresa, propiciando o ingresso desse empregado

com sucesso.

Quando a rotina é mal realizada ou não é cumprida, coloca o empregador e o

empregado em situação de risco, podendo gerar multas ou ainda anulação de atos.

Dessa forma é importante criar um roteiro dos deveres a serem

cumpridos, dos documentos a serem preenchidos e das obrigações legais a serem

realizadas.

Dos principais documentos temos:

1. Foto 3 x 4: solicita-se para colar no livro ou ficha de registro de empregado.

2. Livro ou Ficha de Registro de Empregado: é o documento que terá todas

as informações do empregador e do empregado, principalmente admissão,

Page 90: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

90

cargo, salário, horário e local de trabalho, será atualizado todas as vezes que

houver novas informações, tais como férias, auxílio doença, entre outras.

Sendo livro deverá ser registrado na ordem numérica da folha e quando de

ficha deverá ser disposta em ordem numérica. Tanto o livro quanto à ficha

são registrados pelo Fiscal do Trabalho quando de sua visita.

3. Carteira de Trabalho e Previdência Social: é o documento utilizado pelo

trabalhador para ser registrado pelo empregador. Deve constar os dados de

identificação do empregador e as informações básicas da contratação (cargo,

admissão, registro e remuneração). A entrega deve ser feita contra recibo e o

registro num prazo de 48 (quarenta e oito) horas. Além do momento da

admissão deve ser a CTPS atualizada nas férias, data base, rescisão

contratual ou quando solicitado pelo empregado. É imprescindível a

apresentação da CTPS no momento do início da atividade.

4. Ficha de Solicitação de Emprego ou Curriculum Vitae: tal documento não

é de caráter obrigatório, porém extremamente útil, servindo como declaração

das veracidades das informações dadas pelo empregado, sendo importante

que esteja assinada.

5. Contrato Individual de Trabalho: é o documento que formaliza a

contratação por escrito.

6. Ficha de Salário Família: documento utilizado para preenchimento do

pagamento de salário família, a qual acompanha a certidão de nascimento e

carteira de vacinação, deve ser preenchida sempre que o empregado tiver

dependente menor de 14 (quatorze) anos de idade ou nos casos específicos

determinados pela previdência social.

7. Termo Responsabilidade de Salário Família: é parte integrante da ficha de

salário família, servindo como declaração de responsabilidade pelas

informações concedidas.

8. Declaração de Encargos para IRRF: é utilizada sempre que o empregado

possuir dependentes para imposto de renda, devendo ser também assinada

pelo cônjuge.

9. Atestado de Saúde Ocupacional: todo empregado, independente do cargo

ou da atividade da empresa, deve passar por exame médico admissional para

avaliar sua saúde diante das funções que ira exercer. Nenhum empregado

Page 91: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

91

pode iniciar sua atividade sem antes apresentar o atestado de aptidão para o

cargo emitido pelo médico do trabalho. Todo custo gerado pela emissão do

atestado deverá ser assumido pelo empregador.

10. Opção de Vale Transporte: é previsão legal que o empregador deva

conceder meios de transporte para que o empregado possa se descolar da

residência ao local de trabalho e vise-versa, dessa forma instituiu-se o vale

transporte, o qual será concedido mediante uma declaração do empregado

mencionando qual o tipo e quantidade de condução que usa diariamente.

Pode o empregado também declarar que não precisa do vale transporte por

usar outros meios para o deslocamento.

11. Xerox dos Documentos Pessoais: é de tamanha importância possuir junto à

documentação legal, cópia dos documentos do empregado, seja para

preenchimento dos documentos ou para posterior consulta. Há previsão legal

da proibição da retenção de cópia dos documentos, mas o empregador pode

fazer a solicitação por escrito com autorização do empregado.

Importante! A Admissão como empregado é limitada a idade

mínima de 16 anos, sendo proibido contratar como empregado

menor que este limite.

24. JORNADA DE TRABALHO

24.1. Intra-jornada

• Jornada superior a 4 hs até 6 hs = 15 minutos de descanso

• Jornada superior a 8 hs = 1 h (mínimo) a 2 hs (máximo)

• OBS: Não será computado este intervalo na duração do trabalho.

24.2. Inter-jornada

• Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas

consecutivas para descanso.

24.3. Jornada Noturna

Page 92: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

92

• Todo trabalho noturno será acrescido de 25% sobre a remuneração normal

• Ao menor de 18 anos É VEDADO o trabalho noturno.

24.4. Horas-Extras

• A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares,

em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre o

empregador e o empregado.

• A importância da remuneração da hora suplementar será, pelo menos, 20%

(vinte por cento) superior à da hora normal;

• Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou

contrato coletivo, o excesso de horas em um dia FOR COMPENSADO pela

correspondente redução em outro dia, de maneira que não exceda o

horário normal de trabalho.

Horas extras. Como é feito o cálculo:

• Soma-se o salário mais o adicional de insalubridade. Divide-se o resultado

por 220 horas. Obtendo-se assim o valor de uma hora trabalhada.

Exemplo (Operário José):

Salário [720,00] + Ad. Insalubridade [100,32] = Total da remuneração [820,32]

Valor de cada hora:

Total da remuneração [820,32] / 220 horas mensais = 3,72 Reais por hora

Foram feitas 16 horas extras no mês com adicional de 100%

Portanto 16 horas com 100% de acréscimo = 32 horas

32 horas x 3,73 = 119,32 reais

Sobre as horas extras se calcula mais o DSR (Descanso Semanal Remunerado)

Este cálculo leva em conta os dias úteis do mês e os dias não úteis, da seguinte

forma:

• Divide-se o valor das horas extras pelo número de dias úteis (119,32 / 27=

4,419).

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• Multiplica-se o resultado pelo numero de dias não úteis do mês (4,419* 4 =

17,677).

25. FORMA DE PAGAMENTO DE SALÁRIOS

Ao se concluir determinado período de trabalho, seja ele semanal,

quinzenal ou mensal, terá o empregado o direito de receber seu salário, sendo este

fixado em seu contrato de trabalho e inscrito na CTPS. Note-se que o critério a ser

adotado para a fixação do salário nada tem a ver com os intervalos que se pagam

ao empregado. Exemplo: um empregado com sua base de cálculo em horas pode

receber por mês. Sua base de cálculo é a hora, mas a forma de pagamento é

mensal.

25.1. Salário Mensal

É estabelecido com base no calendário oficial, sendo apurado no fim de cada

mês o valor a ser percebido pelo empregado, considerando mês, para todos os

fins, o período de 30 (trinta) dias, não se levando em consideração se este mês

tem 28, 29 ou 31 dias. Nessa forma de pagamento de salários, deverá o

empregador pagar ao seu empregado até o quinto dia útil do mês seguinte,

sendo considerado o sábado como dia útil.

25.2. Salário Quinzenal

É estabelecido com base em quinze dias do mês, devendo o valor

apurado ser pago até o 5º dia da quinzena vencida, ou seja, os pagamentos serão

efetuados no dia 20 do mês correspondente e no dia 5º do mês subseqüente.

25.3. Salário Semanal

Tem como base a semana, devendo o valor ser apurado até o 5º (quinto)

dia da semana vencida.

25.4. Salário-Comissão

A comissão é a forma de salário pelo qual o empregado recebe um

Page 94: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

94

percentual do produto cuja venda intermedeia. É sempre assegurada ao

empregado a percepção de, no mínimo, um salário-mínimo ou salário normativo

da categoria profissional.

26. SALÁRIO-FAMÍLIA

Benefício pago aos trabalhadores com salário mensal de até R$ R$ 654,61,

para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos incompletos ou

inválidos. (Observação: São equiparados aos filhos, os enteados e os tutelados

que não possuem bens suficientes para o próprio sustento).

De acordo com a Portaria nº 119, de 18/04/2006, o valor do salário-família será

de R$ 22,33, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar

até R$ 435,52. Para o trabalhador que receber de R$ 435,52 até 654,61, o valor

do salário-família por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, será de R$ R$

15,74. Têm direito ao salário-família os trabalhadores empregados e os

avulsos. Os empregados domésticos, contribuintes individuais, segurados especiais

e facultativos não recebem salário-família. Para a concessão do salário-família,

a Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição.

26.1. Quanto ao seu Pagamento

A empresa paga o salário-família dos seus empregados e desconta o total

pago do valor das contribuições que tem a recolher. Quando a empresa não paga

os salários por mês, o salário-família deve ser pago com o último pagamento relativo

ao mês. No caso de trabalhador avulso, é o sindicato ou Órgão Gestor de Mão-de-

obra que paga, mediante convênio com o INSS. O salário-família não se incorpora

ao salário e, por isso, não incide sobre ele o desconto da contribuição para a

previdência social.

26.2. Quanto aos seus Demais Beneficiados

Page 95: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

95

O salário-família é devido também ao empregado ou trabalhador avulso

que está recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou por idade

e a qualquer outro aposentado de mais de sessenta e cinco anos de idade, se

homem, e sessenta anos, se mulher; nesses casos, a previdência social faz o

pagamento diretamente junto com outro benefício, mas o salário-família não se

incorpora a ele.

27. SALÁRIO-MATERNIDADE

É o benefício a que tem direito a segurada da Previdência Social por

ocasião do parto. O INSS exige da segurada carência de dez contribuições

mensais para conceder o salário-maternidade.

27.1. Quanto às suas Condições

É devido à segurada gestante, empregada (inclusive as domésticas),

trabalhadora avulsa ou especial, nas mesmas condições da legislação trabalhista.

27.2. Quanto ao seu Valor

• A renda mensal do salário-maternidade é correspondente:

• Para a empregada, ao seu salário integral;

• Para a empregada doméstica, ao valor do seu último salário-de-contribuição;

• Para a trabalhadora avulsa, ao valor da sua última remuneração

correspondente a um mês de trabalho;

• Para a segurada especial, a um salário mínimo;

• Para a contribuinte individual e a segurada facultativa, o valor do salário-

maternidade consiste em 1/12 avos da soma dos 12 últimos salários-de-

contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses.

27.3. Quanto ao Pagamento do Salário-Maternidade

Page 96: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

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O salário-maternidade é pago:

• A partir do 8º mês de gestação, comprovado mediante atestado médico

fornecido pelo Sistema Único de Saúde – SUS;

• A partir da data do parto, com apresentação da Certidão de Nascimento e do

atestado médico. Quando o parto ocorrer sem acompanhamento médico, a

comprovação ficará a cargo da perícia médica do INSS.

27.4. Quanto ao Período de Recebimento do Salário-Maternidade

O salário-maternidade é pago:

• Por 120 dias a partir do parto ou, se a segurada preferir, 28 dias antes e 91

dias após o parto;

• Em caso de aborto não-criminoso, comprovado mediante atestado médico

fornecido pelo Sistema Único de Saúde, o benefício será pago durante duas

semanas. 27.5 Quanto à Localidade de Recebimento do Salário-Maternidade

O salário-maternidade é pago pela empresa, a qual se ressarce do valor

despendido na guia de recolhimento (GPS).

27.6. Quanto à sua Duração

É devido à empregada gestante, independentemente de carência, durante

28 dias antes e 91 dias depois do parto; esse período vale como tempo de

contribuição. Em alguns casos excepcionais, os períodos de repouso antes e

depois do parto podem ser aumentados de duas semanas cada um, mediante

atestado médico oficial; no caso de parto antecipado, a empregada gestante tem

direito aos 120 dias de repouso; em caso de aborto não-criminoso,

comprovado mediante atestado médico oficial, ela tem direito a duas semanas de

Page 97: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

97

salário-maternidade.

27.7. Quanto à Demissão da Gestante

O salário-maternidade só é devido enquanto existe a relação de emprego.

A empresa que despede sem justa causa a empregada gestante tende a arcar com

os ônus trabalhistas da demissão.

28. FALTAS LEGAIS: ATESTADOS E JUSTIFICATIVAS LEGAIS

Nosso ordenamento jurídico (CLT) relacionou algumas situações que

permitem ao empregado se ausentar temporariamente ou integralmente do

seu trabalho, sem prejuízo do salário.

Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo

do salário:

I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,

ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira

de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica;

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

III - por 1 (um) dia (vide obs. abaixo), em caso de nascimento de filho, no

decorrer da primeira semana;

Obs.: O parágrafo 1º do Art. 10 do Ato das Disposições Transitórias da

Constituição Federal dispõe ser de 5 (cinco) dias o prazo da licença-paternidade,

até que seja disciplina o disposto no inciso XIX do Art. 7º da Constituição Federal.

IV - por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação

voluntária de sangue devidamente comprovada;

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos

termos da lei respectiva;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço

Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei n.º 4.375, de 17 de agosto de 1964

Page 98: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

98

(Lei do Serviço Militar).

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de

exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a

juízo.

IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de

entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do

qual o Brasil seja membro.

Diante da relação acima, podemos entender que o Estado procurou admitir

condições para que o empregado pudesse atender suas necessidades

pessoais, sendo que outras podem estar previstas nas normas coletivas do

Sindicato; e ainda, também em comunicados e regulamentos interno da empresa.

Mesmo diante da disposição legal, deve o empregado fazer prova da sua

ausência através de um documento hábil do tempo e local que o mesmo esteve

exercendo o gozo do direito.

Muito se tem discutido sobre quais os documentos que a empresa deve

aceitar para abonar ou justificar atraso ou falta e quando o empregado

deve entregar. Atualmente os documentos mais aceitos são os

atestados e as declarações de presença.

Quanto às faltas: Cálculo

O ponto de partida é o mesmo: acha-se o valor da hora de trabalho multiplica-se

pelo número de horas de atraso achando-se o valor das "faltas e atrasos".

Por exemplo (Operário Manoel):

Seu salário [690,00] + o adicional insalubridade [110,32] = total [790,32] total de

[790,32] / 220 horas = 3,59 reais por hora. Tendo atrasado 2 horas: 2 * 3,59 =

7,18 reais.

Desconta-se o DSR em virtude das faltas e/ou atrasos

Page 99: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

99

O DSR é descontado de acordo com a Lei n. 605 de 05/01/1949, artigo 6º que

diz:

"Não será devido a remuneração (do DSR) quando, sem motivo justificado, o

empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo

integralmente o seu horário de trabalho."

Ou seja falta ou atrasa numa semana perde o DSR da semana. Se as faltas e

atrasos forem em duas semanas diferentes do mês, perde dois DSRs e assim

por diante.

Esta regra não faz distinção entre horista e mensalista.

No Caso do Operário Manoel o atraso se deu numa única semana, portanto

perdeu um DSR, sendo o valor do DSR 1/30 do salário mais o adicional, ou seja:

Total [790,32] / 30 dias = 26,34 reais de desconto.

29. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O adicional de insalubridade é um direito concedido a trabalhadores que

são expostos a agentes nocivos à saúde. Há três graus: mínimo, que dá

adicional de 10%, médio (20%) e máximo (40%).

O que é insalubridade?

Segundo a CLT, é considerada atividade insalubre aquela em que o trabalhador é exposto a agentes nocivos à saúde acima dos limites tolerados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Qual a diferença entre insalubridade e periculosidade?

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100

É considerada atividade perigosa aquela em que o trabalhador não está diretamente exposto a agentes nocivos, mas corre risco de sofrer ferimentos ou de morrer. Nesse caso, o adicional é calculado sobre 30% do salário-base. Os adicionais de periculosidade e de insalubridade não são cumulativos: ou o trabalhador recebe um ou recebe outro. Como é calculado o adicional de insalubridade?

O trabalhador que atua com atividade insalubre no grau mínimo recebe 10% de adicional de insalubridade. Quem atua com grau médio, recebe o percentual de 20%. No grau máximo, o percentual é de 40%.

Qual a base de cálculo para o benefício?

A definição da base de cálculo é polêmica. Há diferentes decisões judiciais, que determinam o cálculo sobre o salário mínimo, sobre o salário base do trabalhador, sobre o piso da categoria ou sobre a remuneração total do empregado.

Quem nunca recebeu e julga que tem o direito ou quem considera equivocada a base de cálculo utilizada pode questionar na Justiça?

Sim. Nesse caso, a ação só tem efeito retroativo de cinco anos e só pode ser protocolada até dois anos depois do desligamento do empregado na empresa.

Fonte: Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e Ministério do Trabalho

30. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Quando um trabalhador exerce uma atividade que o expõe a uma

constante condição de risco de morte, como por exemplo, em contato com

substâncias inflamáveis, explosivos, energia elétrica, radiação ionizante ou

substâncias radioativas, ele tem o direito de receber, além do salário, um

adicional de periculosidade.

São exemplos de trabalhadores nestas condições os frentistas de postos

de combustível, os operadores de distribuidoras de gás e os trabalhadores no

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101

setor de energia elétrica (quando há periculosidade constante na função), entre

outros.

O valor do adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário-base

do trabalhador, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou

participações nos lucros da empresa. Este adicional, assim como o noturno, o de

hora extra e o de transferência, integra o salário do empregado, bem como

a remuneração das férias e do 13º salário.

No entanto, o adicional de periculosidade só gera direito ao recebimento

enquanto o trabalhador estiver exposto ao agente periculoso. Caso ele cesse,

acabe, no caso de o empregado ser transferido de função, por exemplo, ele deixa

de receber.

31. FÉRIAS

Suas férias são calculadas de acordo com o tempo de trabalho na

empresa. Pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), você adquire o direito a

tirar férias após completar 12 meses na empresa. Depois disso, o seu empregador

terá mais 11 meses para lhe conceder essas férias.

Se você não tirar férias dentro desse período, deverá receber férias

dobradas. Ou seja, seu empregador terá de pagar a remuneração a qual você teria

direito em dobro. Como no caso do 13º salário, também no cálculo de pagamento

de férias são deduzidas as contribuições pagas ao Instituto Nacional da Seguridade

Social (INSS), assim como o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Para

ilustrar passo a passo esses cálculos, vamos utilizar dois exemplos de salários:

------ Caso 1 Caso 2

Período de cálculo 12 meses 12 meses

Salário R$ 800 R$ 2.700

Abono de férias = 1/3 * R$ 800 =R$ 266,67 = 1/3 * R$ 2.700 = R$ 900

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102

Valor bruto de férias = 12/12 * (R$ 800 + R$ 266,67) = R$ 1.066,67

= 12/12 * (R$ 2.700 + R$ 900) = R$ 3.600

Dedução de INSS

9% (a) * R$ 1.066,67 = R$ 96,00 11% (a) * (R$ 2.801,82) = R$ 308,20

Dedução de IRRF

Isento, pois valor das férias, menos INSS, está dentro do limite de isenção que é de R$

1.257,12

R$ 3.600 - R$ 308,20 = R$ 3.291,80 * 27,5%

(b) = R$ 905,25

- R$ 502,58 = R$ 402,67

Férias líquidas = R$ 1.066,67 - R$ 96,00 = R$ 970,67

= R$ 3.600 - R$ 308,20 - R$ 402,67 = R$ 2.889,13

(a) Alíquota de dedução de INSS para rendimentos acima de R$ 1.050,01 até R$ 1.400,91, sendo que a dedução máxima é de R$ 308,20, ou 11% do teto de cálculo que é de R$ 2.801,82. (b) Alíquota de dedução de IRRF para salários acima de R$ 2.512,08 é de 27,5% sendo que a base de cálculo é o rendimento após a dedução de INSS.

31.1. Direito a Férias

Todo empregado adquire o direito a férias após doze meses de vigência do

contrato de trabalho (período aquisitivo), sem prejuízo da remuneração, na

seguinte proporção:

• 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5

(cinco) dias;

• 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 11 (onze) faltas;

• 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;

• 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta

e duas) faltas (art. 130, incisos I a IV, da CLT).

Observa-se que as faltas a serem consideradas são apenas as

injustificadas, pois não acarretam a redução das férias as ausências consideradas

legais.

Não são considerados, também, para esse efeito, os atrasos e as faltas de

meio expediente, nem aquelas ausências que, embora injustificadas, tenham sido

abonadas pela empresa.

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103

31.2. Perda do Direito a Férias

Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:

• Permanecer em licença remunerada por mais de 30 (trinta) dias;

• Deixar de trabalhar por mais de 30 (trinta) dias, com percepção de salários,

em decorrência de paralisação total ou parcial dos serviços da empresa;

• Pedir demissão e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias

subseqüentes à sua saída;

• Permanecer recebendo auxílio-doença da Previdência Social, por mais de 180

(cento e oitenta) dias.

31.3. Época de férias

A concessão de férias deverá ser comunicada ao empregado, por escrito,

com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa comunicação, o

empregado deverá dar o recibo.

Ressalta-se que, anteriormente a 10-12-85 (data de vigência da Lei nº 7.414-

85), o referido prazo mínimo de antecedência era fixado em 10 (dez) dias. O “aviso de

férias” deve ser feito em duas vias, mencionando-se o período aquisitivo a que se

referem as férias. O empregado dá o ciente no documento. A concessão das férias

deverá ser anotada na CTPS do empregado em local próprio e na ficha ou folha do

livro ou ficha de Registro de Empregados.

Informações importantes! Certamente, depois de ter visto os exemplos

mostrados você deve estar se perguntando como são feitas tais deduções, de

INSS e IRRF, que parecem tão complicadas num primeiro momento. A seguir

explicaremos passo a passo como são calculados os seguintes encargos:

31.4. Férias Coletivas

As férias coletivas poderão ser concedidas a todos os empregados da

empresa ou de determinado estabelecimento ou setores. Poderão ser concedidas

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104

em dois períodos, sendo que nenhum deles poderá ser inferior a 10 (dez) dias.

Para tanto, a empresa deverá:

• Comunicar à DRT as datas de início e fim das férias, com antecedência

mínima de 15 (quinze) dias, indicando quais os setores ou estabelecimentos

atingidos;

• Enviar ao sindicato representante da categoria profissional cópia da

comunicação feita à DRT, no mesmo prazo;

• Afixar, nos locais de trabalho, aviso da medida tomada. A microempresa

encontra-se dispensada do cumprimento das obrigações anteriormente

elencadas;

• Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na

oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se novo período aquisitivo a

partir do primeiro dia de gozo. Se, eventualmente, as férias coletivas forem

superiores ao direito do empregado, a empresa deverá pagar-lhe os dias

excedentes, como complemento de pagamento de férias, evitando-se, assim,

o prejuízo salarial.

31.5. Abono Pecuniário e Abono Constitucional

Se você quiser e estiver precisando de um dinheiro a mais, pode converter

dez dias, ou um terço das suas férias, em abono pecuniário. Isso equivale a

receber em dinheiro o valor referente a este período, e gozar apenas de 20 dias de

férias. O empregador não pode se negar a conceder o abono pecuniário ao

trabalhador.

Já o abono constitucional é aquele que o empregador deve

pagar obrigatoriamente ao seu empregado quando este for gozar

férias. Esta parcela também consiste no pagamento da remuneração em mais um

terço. Isto significa que, se o seu salário é de R$ 800, você tem direito a mais

R$ 267 (R$ 800 x 1/3) na forma de abono constitucional. Agora que você já

sabe calcular as suas férias, o próximo passo é preparar o seu orçamento e

aproveitar o período de descanso.

Page 105: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

105

32. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

O décimo terceiro salário é um benefício concedido a todos os trabalhadores

que possuem carteira assinada, sejam eles domésticos, rurais, urbanos, avulsos,

aposentados e pensionistas do INSS. Esse direito do trabalhador, também

conhecido como gratificação natalina, corresponde a um salário extra pago aos

funcionários no final do ano. O valor pago corresponde a 1/12 da remuneração

paga por mês aos empregados e o pagamento pode ser feito em duas

parcelas até o mês de Dezembro.

Como fazer o CÁLCULO DO DÉCIMO TERCEIRO: dividi-se o salário

integral do trabalhador por 12 e multiplicar o resultado pelo número de meses

trabalhados, incluindo as férias, no ano. Algumas gratificações como: horas

extras, adicional noturno & insalubridade e comissões adicionais também são

incluídos com base de cálculo. Caso o trabalhador tenha faltado por quinze dias

consecutivos, por motivos quaisquer e sem justificativa na lei, esse mês já não será

levado em consideração.

Quem trabalha sabe que a expectativa pelo pagamento do décimo terceiro

é grande, seja para pagar dívidas atrasadas ou para comprar alguma coisa

que desejou durante todo o ano, de fato, essa gratificação ajuda muito na renda

familiar mensal. Por isso é tão importante saber qual será o valor do seu 13º e

fazer planejamentos com ele, compras de Natal ou viajem de final de ano são

ótimas opções.

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106

33. PREENCHIMENTO DE GUIAS DE RECOLHIMENTO

Dedução de INSS: quando o rendimento exceder o valor de R$ 1.400,91, a

alíquota para cálculo da dedução de INSS será de 11%. No entanto, vale lembrar

que existe um teto para cálculo das deduções de INSS que é de R$ 2.801,82, o

que significa que as deduções de INSS nunca excedem ao valor de R$ 308,20

(ou 11% de R$ 2.801,82).

Isto fica claro no segundo exemplo, quando a remuneração das férias é de R$

3.600. Apesar da alíquota de dedução ser de 11% sobre esse valor, o que implicaria

em uma dedução de R$ 396,00, só pode ser descontada a parcela máxima limitada

ao teto de R$ 2.801,82, ou R$ 308,20.

Dedução de IRRF: a primeira regra a lembrar é que a base de cálculo do IRRF

não é o valor bruto das férias, mas sim este valor após a dedução de INNS. Além

disso, vale ressaltar que, se o valor bruto de férias for igual ou inferior a R$

1.257,12, não haverá dedução de IRRF, como ilustrado no primeiro exemplo

quando ele é de R$ 970,67.

As alíquotas de dedução de IRRF variam de acordo com o rendimento:

15% para rendimentos entre R$ 1.257,13 e R$ 2.512,08 e 27,5% para rendimentos

acima de R$ 2.512,08. Do valor de IRRF a pagar, deve-se então deduzir uma

parcela permitida por lei, que faz parte da tabela de cálculo do IRRF. Para a

primeira faixa esta parcela é de R$ 188,57, e para a segunda faixa, R$ 502,58.

33.1. Recolhimento Previdenciário

O recolhimento previdenciário parte dos contribuintes obrigatórios

(empregados, empresários,autônomos, avulsos, equiparados a autônomos

facultativos e contribuintes em dobro) e empresas ou equiparadas.

33.2 Recolhimento em GPS – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

Os contribuintes individuais utilizam-se da GPS (Guia da Previdência

Social) para efetuarem seus recolhimentos. O cadastramento do contribuinte

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107

individual será feito nas agências do INSS ou pela Internet na página

www.mpas.gov.br ou com o numero de inscrição no PIS.

33.3. Obrigações das Empresas para com o INSS

Manter a contabilidade em dia, não podendo exceder a 06 (seis) meses o

atraso, quando da fiscalização da previdência. Manter toda a documentação

referente ao pessoal em dia =e disponível para a verificação, bem como as folhas

de pagamento dos empregados, folha de pagamento dos pró-labores, dos sócios e

dos pagamentos a terceiros.

34. FGTS

A criação do FGTS ocorreu com o objetivo de substituir a indenização e

eliminar a estabilidade do empregado, que poderá ser demitido a qualquer

tempo, pois já tem sua indenização depositada no FGTS.

A partir da Constituição de 1988, todo empregado admitido já tem

assegurado o direito aos depósitos do FGTS, não havendo mais a necessidade

de opção pelo Fundo.

34.1. Depósito

Recolhimento mensal, obrigatório, que o empregador deve fazer a favor do

empregado, nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF) ou em banco de

sua livre escolha. Os depósitos são efetuados em conta vinculada individual,

sendo a Caixa Econômica Federal gestor do FGTS. Os recolhimentos do

FGTS são efetuados por meio da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e

Informações à Previdência Social).

A GFIP e GPS são emitidas pelo SEFIP (Sistema Empresa de

Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social) A transmissão dos

dados da GFIP serão feitos por meio do Sistema CONECTIVIDADE SOCIAL

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108

da CEF.

Os Programas SEFIP e Conectividade Social encontram-se à

disposição nas agências da Caixa Econômica Federal ou por download nos sites:

www.mpas.gov.br ou www.caixa.gov.br. 34.1.1. Outras Obrigações de Depósito do FGTS:

• Prestação de serviço militar;

• Licença para tratamento de saúde até 15 (quinze) dias;

• Licença por acidente de trabalho;

• Licença à gestante. 34.1.2. Base de Cálculo e Alíquota Aplicável

A base de cálculo do FGTS é o salário bruto do empregado, sendo a

alíquota aplicável de 8%. As empresas que não são optantes pelo Simples têm de

contribuir com mais 0,5%, a título de contribuição social.

34.1.3. FGTS de Diretor Não-Empregado e Domésticos

Levando-se em consideração que o diretor é a pessoa que exerce cargo

de administração previsto em lei, estatuto ou contrato social, independentemente

da denominação ou cargo, podem as empresas equiparar seus administradores

não- empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS.

O empregador de trabalhadores domésticos poderão depositar, de forma

facultativa, mensalmente, o FGTS de seus empregados, seguindo as

mesmas regras dos demais trabalhadores.

35. PIS/PASEP

35.1. Cadastramento

Page 109: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

109

Para participar dos PIS, é necessário que o empregado esteja

devidamente cadastrado. Em caso negativo, a empresa, por ocasião da admissão,

deve proceder ao respectivo cadastramento, que deverá ser efetuado mediante o

preenchimento do DCT – Documento de Cadastramento do Trabalhador.

35.2 Relação Anual de Informações Sociais – RAIS A RAIS constitui uma das obrigações relativas ao PIS/PASEP. Deve ser

apresentada, anualmente, por meio de formulários impressos, fitas magnéticas ou

disquetes de processamento de dados, a critério do empregador.

A entrega da RAIS acontece anualmente, nos meses de fevereiro e março,

até os dias limites fixados pela CEF.

Por intermédio da RAIS, acontece a participação do empregado no

“Fundo PIS/PASEP”. A omissão de dados na RAIS, por parte do empregador,

prejudicará o empregado nesse pagamento.

36. FOLHA DE PAGAMENTO FOLHA DE PAGAMENTO MÊS DE OUTUBRO DE 2010

Joana Lopes

Salário mensal: R$ 400,00 (quatrocentos reais).

Horas extras: 05 (cinco), com adicional de 50% (cinqüenta por cento) Adicional

de insalubridade: grau médio

Salário-família: 1 (uma) cota

Lígia dos Santos

Salário mensal: R$ 300,00 (trezentos reais) Adicional de

insalubridade: grau médio Salário-família: 1 (uma) cota

Mário da Silva

Salário mensal: R$ 500,00 (quinhentos reais)

Page 110: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

110

Horas extras: 02 (duas), com adicional de 50% (cinqüenta por cento)

Adicional de insalubridade: grau médio

Romilda da Cruz

Salário mensal: R$ 450,00 (quatrocentos e cinqüenta reais)

Adicional de insalubridade: grau médio

Salário-família: 1 (uma) cota

Carlos Silveira

Salário mensal: R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) Sem dependentes

Optou por não receber vale-transporte

36.1. Rescisão de Contrato de Trabalho

Empregada: CRISTIANE DOS SANTOS

Maior remuneração: R$ 550,00 (quinhentos e cinqüenta reais); Dispensa sem

justa causa, em 05 de novembro de 2004;

Aviso-prévio indenizado;

Data de admissão: 1º de setembro de 2003.

36.2. GPS – Guia da Previdência Social

Elaboração da GPS, levando em consideração os seguintes itens: Folha

de Pagamento: novembro/2004;

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Rescisão de contrato de trabalho de Cristiane dos Santos.

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113

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Page 114: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

114

COMO PREENCHER A GUIA CAMPO 1 - Nome do contribuinte, Fone e Endereço Dados para identificação do contribuinte.

CAMPO 3 - Código de pagamento Relação de Códigos de Pagamento

Código Descrição

1007 Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/PASEP

1104 Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral NIT/PIS/PASEP

1120 Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal - Com dedução de 45 % (Lei

nº 9.876/99) - NIT/PIS/PASEP

1147

Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral - Com dedução de 45 %

(Lei nº 9.876/99) - NIT/PIS/PASEP

1163 Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) –

Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006)

– Recolhimento Mensal – NIT/PIS/PASEP

1180 Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) –

Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006)

– Recolhimento Trimestral– NIT/PIS/PASEP

1201 GRC Trabalhador Pessoa Física (Contribuinte Individual, Facultativo,

Empregado Doméstico, Segurado Especial) – DEBCAD (Preenchimento

exclusivo pela Previdência Social)

1406 Facultativo Mensal -NIT/PIS/PASEP

1457 Facultativo Trimestral -NIT/PIS/PASEP

1473 Facultativo – Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de

14/12/2006) – Recolhimento Mensal – NIT/PIS/PASEP

1490 Facultativo – Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de

14/12/2006) – Recolhimento Trimestral – NIT/PIS/PASEP

1503 Segurado Especial Mensal -NIT/PIS/PASEP

1554 Segurado Especial Trimestral -NIT/PIS/PASEP

1600 Empregado Doméstico Mensal -NIT/PIS/PASEP

1651 Empregado Doméstico Trimestral -NIT/PIS/PASEP – (que recebe até um

salário mínimo)

1708 Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/PASEP

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115

2003 Empresas Optantes pelo Simples CNPJ/MF

2011 Empresas Optantes pelo Simples - CNPJ - Recolhimento sobre aquisição

de produto rural do Produtor Rural Pessoa Física

2020

Empresas Optantes pelo Simples - CNPJ - Recolhimento sobre contratação

de Transportador Rodoviário Autônomo

2100 Empresas em Geral CNPJ/MF

2119

Empresas em Geral CNPJ/MF – Recolhimento exclusivo para Outras

Entidades ou Fundos (SESC, SESI, SENAI, etc.)

2127

Cooperativa de trabalho – CNPJ – Contribuição descontada do cooperado –

Lei 10.666/2003

2208 Empresas em Geral CEI

2305 Filantrópicas com Isenção – CNPJ

2321 Filantrópicas com Isenção – CEI

2402 Órgãos do Poder Público – CNPJ

2429 Órgãos do Poder Público – CEI

2437

Órgãos do Poder Público - CNPJ – Recolhimento sobre Aquisição de

Produto Rural do Produtor Rural Pessoa Física.

2500 Receita Bruta de Espetáculos Desportivos – CNPJ

2607 Comercialização da Produção Rural – CNPJ

2631 Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço

– CNPJ

2640

Contribuição Retida sobre NF/Fatura da Prestadora de Serviço – CNPJ –

Uso Exclusivo do Órgão do Poder Público – Administração Direta,

Autarquia e Fundação Federal, Estadual, do Distrito Federal

ou Municipal (contratante do serviço).

2658 Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço

– CEI

2682

Contribuição Retida sobre NF/Fatura da Prestadora de Serviço – CEI (Uso

Exclusivo do Órgão do Poder Público – Administração Direta, Autarquia e

Fundação Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante

do serviço).

2704 Comercialização da Produção Rural – CEI

Page 116: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

116

2801 Reclamatória Trabalhista – CEI

2909 Reclamatória Trabalhista – CNPJ

CAMPO 4 - Competência

Informação no formato MM/AAAA da competência objeto do recolhimento.

CAMPO 5 - Identificador Número do CNPJ / CEI / NIT / PIS / PASEP do contribuinte.

CAMPO 6 - Valor do INSS

- Valor devido ao INSS pelo contribuinte, já considerados:

- os valores de eventuais compensações; e CAMPO 9 - Valor de Outras Entidades

Valor a ser preenchido por empresas obrigadas a recolherem para as Outras

Entidades. Opção não disponível para GPS em código de barras.

CAMPO 10 - Atualização Monetária, Multa e Juros

Valor devido a título de atualização monetária e acréscimos legais, quando for o

caso, sobre recolhimentos em atraso. Opção não disponível para GPS em código de

barras.

CAMPO 11 - Total

- Valor total a recolher ao INSS.

Número de vias:

No caso da GPS, a mesma deve ser preenchida em duas vias com a seguinte

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117

destinação:

- A primeira via, destinada à guarda e comprovação do recolhimento junto à SRP; e

- A segunda via, destinada ao controle do agente arrecadador.

Orientação para o preenchimento da GPS Eletrônica

O recolhimento das contribuições previdenciárias poderá ser efetuado por

intermédio da GPS Eletrônica, através de débito em conta, comandado por meio da

rede Internet ou por aplicativos eletrônicos disponibilizados pelos bancos. O próprio

contribuinte fará a digitação dos campos obrigatórios, sendo gerado comprovante de

recolhimento com layout estabelecido pelos bancos.

Orientações gerais a serem observadas para qualquer modalidade de

pagamento das contribuições previdenciárias.

Orientações gerais a serem observadas para qualquer modalidade de pagamento

das contribuições previdenciárias.

Prazos (Atualizado pela MP 351/2007)

Os prazos para recolhimento das contribuições previdenciárias em GPS são:

No dia 10 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem,

prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente, quando não houver

expediente bancário, para as contribuições devidas pelas empresas, à exceção dos

códigos de reclamatória trabalhista (2801 / 2810 / 2909 / 2917) e da receita bruta dos

espetáculos desportivos (2500). O pagamento referente à contribuição dos

cooperados arrecadadas pela cooperativa de trabalho (código 2127), tem com seu

vencimento dia 15.;

No dia 15 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem,

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118

prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente, quando não houver

expediente bancário, para as contribuições devidas pelos demais contribuintes;

Até o dia 20 de dezembro, antecipando-se o vencimento para o dia útil

imediatamente anterior, quando não houver expediente bancário, para as

contribuições incidentes sobre o 13º salário.

GPS - Valor inferior a R$ 29,00

A Resolução INSS/DC nº 39 de 23/11/00 determinou o valor mínimo de R$

29,00 (vinte e nove reais) para recolhimento de contribuições previdenciárias junto à

rede arrecadadora, à partir de 1º de dezembro de 2000.

O contribuinte que eventualmente possuir recolhimento inferior a R$ 29,00

deverá acumular este valor com os próximos futuros até que a soma atinja este

mínimo, para então proceder ao recolhimento, utilizando a última competência como

base de informação no campo 4 da GPS.

GPS – Trimestral

Os contribuintes individuais e facultativos que estiverem contribuindo sobre o

valor mínimo de contribuição (hoje 20% x R$ 540,00 = R$ 108,00), poderão optar pelo

recolhimento trimestral.

O contribuinte poderá efetuar o recolhimento, agrupando os valores das

competências por trimestre civil, ou seja:

• Janeiro, fevereiro e março;

• Abril, maio e junho;

• Julho, agosto e setembro; e

• Outubro, novembro e dezembro.

Page 119: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

119

Observações: Para o recolhimento trimestral, o contribuinte deverá utilizar código de

pagamento específico, conforme o caso:

Código Descrição 1104 Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral NIT/PIS/PASEP

1147 Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral - Com dedução de 45 % (Lei nº 9.876/99) - NIT/PIS/PASEP

1457 Segurado Facultativo - Recolhimento trimestral - NIT/PIS/PASEP 1554 Segurado Especial - Recolhimento trimestral - NIT/PIS/PASEP

1651 Empregado Doméstico - Recolhimento trimestral - NIT/PIS/PASEP

O vencimento será no dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre civil,

prorrogando-se para o dia útil subsequente, quando não houver expediente

bancário.

No caso desta opção (trimestralidade), nas GPS serão consignadas as competências

março, junho, setembro e dezembro, mesmo que a inscrição do segurado tenha

ocorrido no segundo ou terceiro mês do trimestre civil.

Aplica-se ao empregador doméstico, relativamente aos empregados domésticos a seu

serviço, cujos salários-de-contribuição sejam iguais ao valor do salário-mínimo, ou

inferiores, nos casos de admissão, dispensa ou fração do salário em razão de gozo de

benefício, o mesmo dispositivo da trimestralidade facultada aos contribuintes

individuais e facultativos, exceto no que concerne ao recolhimento sobre

remuneração de 13º salário, que segue a regra geral.

Observação:

Para comprovar o exercício de atividade remunerada, com vistas à concessão de

benefícios, será exigido do contribuinte individual, contribuinte facultativo e empregado

doméstico a qualquer tempo, o recolhimento das correspondentes contribuições.

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120

37. DEMISSÃO DE EMPREGADO

37.1. Causas da Demissão

A demissão significa rescisão de contrato de trabalho entre o empregador e o

empregado. A rescisão de contrato de trabalho pode ocorrer nos seguintes casos:

• Por pedido de dispensa;

• Por acordo (para empregados não-optantes pelo FGTS, anteriores a CF-88);

• Por dispensa sem justa causa;

• Por dispensa por justa causa;

• Ppor término de contrato.

37.2. AVISO-PRÉVIO – AP

De acordo com a CLT e a Constituição de 1988, a parte que, sem justo

motivo, quiser rescindir o contrato de trabalho deverá avisar a outra de sua

resolução, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

A falta de aviso-prévio dá ao empregado o direito do salário relativo a esse

período, bem como a integração deste a seu tempo de serviço. Já a falta de aviso-

prévio por parte do empregado, dá ao empregador o direito de descontar-lhe o

referido período.

A falta de aviso-prévio dá ao empregado o direito do salário relativo a esse

período, bem como a integração deste a seu tempo de serviço. Já a falta de aviso-

prévio por parte do empregado, dá ao empregador o direito de descontar-lhe o

referido período.

37.3. Rescisão de Contrato de Trabalho

A rescisão de contrato de trabalho deve ser efetivada mediante o Termo de

Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), documento padronizado e obrigatório, de

acordo com a legislação em vigor.

Page 121: Apostila Auxiliar de Recursos Humanos 012013

121

Seção V

Dos Efeitos da Cessação do Contrato de Trabalho Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será

devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso,

correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.

Parágrafo único. Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de

serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à

remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na

proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14

(quatorze) dias.

Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de

trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de

serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de

conformidade com o disposto no artigo anterior.

Art. 148. A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do

contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449.

37.4. Homologação

A homologação é obrigatória no caso de empregados com mais de 12 (doze)

meses de serviços prestados quando de sua rescisão de contrato de trabalho. A

homologação compreende a assistência, por parte do sindicato de classe do

empregado ou órgão do Ministério do Trabalho, no ato rescisório.

37.5. Seguro-Desemprego

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O empregado demitido sem justa causa que permanecer desempregado após o

saque do FGTS encaminhará a sua CD (Comunicação de Dispensa) ao órgão do SINE

ou ao Ministério do Trabalho. O seguro-desemprego poderá ser recebido em até 5

(cinco) parcelas mensais, caso o trabalhador permaneça desempregado por todo esse

período, podendo ser estendido em até 6 (seis) parcelas em casos especiais.

Não terá direito ao seguro-desemprego o trabalhador que estiver aposentado ou

que não tiver vínculo empregatício, no mínimo por seis meses, com a contratante, bem

como tiver sido demitido por justa causa.

38. DESCRIÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS

38.1. Política de Administração de Cargos e Salários

A administração de cargos e salários será feita considerando: A relatividade interna: cada cargo terá sua remuneração estabelecida

conforme as responsabilidades e qualificações necessárias para o desempenho da

função;

A situação de mercado: os salários serão estabelecidos conforme os padrões de

mercado para cargos com responsabilidades semelhantes;

O equilíbrio orçamentário da empresa: a política salarial levará em conta o

desempenho da empresa e seus resultados.

A Política de Administração de Cargos e Salários da Empresa tem por objetivo

reconhecer a capacitação profissional e o desempenho dos seus funcionários. O

desenvolvimento técnico-profissional do funcionário e sua contribuição efetiva para

os resultados da empresa serão os indicadores utilizados para esse

reconhecimento.

38.2. Normas e Procedimentos de Funcionamento do Sistema de

Administração de Cargos e Salários

Os salários serão administrados dentro das faixas salariais de cada Classe de

cargos. A determinação dos salários individuais será feita conforme as seguintes

normas e procedimentos.

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38.3. Salário de Admissão

Todo funcionário deve ser admitido preferencialmente com salário no início da

faixa salarial estabelecida para o seu cargo. Excepcionalmente, o salário de

admissão pode ser estabelecido acima desse limite, em função do grau de

qualificação e experiência exigidos do candidato ou por contingência de mercado.

38.4. Salário Para um Novo Cargo

Para se definir a faixa salarial de um novo cargo, este deverá passar pelo

processo de Avaliação e Classificação, conduzido pela área de Recursos Humanos, com

base nas atribuições do novo cargo.

38.5. Alterações Salariais

O Sistema de Administração de Cargos e Salários prevê as seguintes situações

que poderão gerar alterações salariais:

• Fim do período de experiência

• Promoção Vertical (promoção para um cargo maior)

• Promoção Horizontal (aumento de salário por merecimento, no mesmo cargo)

Transferência para outro cargo

• Reclassificação do cargo 38.6. Salário Após o Período de Experiência

Em casos específicos, em que o funcionário tenha sido contratado com a

condição de ter um reajuste após o período de experiência, o salário do funcionário

será reajustado para o nível previamente acertado na contratação.

38.7. Promoção Vertical

Os aumentos por promoção vertical são concedidos aos funcionários que passam

a ocupar cargos incluídos numa Classe superior à Classe atual do cargo, dentro da

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estrutura de cargos e salários.

A promoção vertical está vinculada à existência de vaga no quadro de

funcionários (caso de Auxiliares, Assistentes, Analistas, por exemplo), ou poderá

ocorrer em função da necessidade de preenchimento de uma vaga em aberto

(caso de Encarregados, Supervisores, Gerentes, por exemplo).

38.8. Promoção Horizontal (aumento por mérito)

O aumento por promoção horizontal pode ser concedido ao funcionário que

apresentar desempenho que o destaque significativamente dos demais ocupantes do

mesmo cargo ou dentro de uma equipe de trabalho.

É uma alteração do salário do funcionário dentro da Faixa Salarial da Classe

correspondente ao seu cargo.

Os aumentos decorrentes da promoção horizontal podem ser concedidos em

qualquer mês do ano e devem se ajustar ao orçamento definido para essa

finalidade. Um funcionário só pode receber nova promoção horizontal após o

período mínimo de um ano.

Quando o cargo pertencer a uma carreira específica, como auxiliares,

assistentes e analistas, o funcionário só poderá ser promovido verticalmente 6

meses após receber uma promoção horizontal, desde que preencha os requisitos

necessários.

Os Gerentes e Coordenadores são responsáveis pela administração do

orçamento para promoções horizontais. Portanto, deverão definir o percentual de

aumento individual a ser concedido em cada caso.

O percentual recomendado para os casos de promoção horizontal varia entre

5% e 8%. Em casos de desempenho destacado este percentual poderá chegar a

12%. É recomendado analisar com cuidado cada promoção horizontal, visando a

evitar a criação de problemas de relatividade interna posteriormente.

38.9. Transferência de cargo

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Ocorre uma transferência quando o funcionário passa a ocupar um cargo em

outra área. Por exemplo, um Assistente que é transferido da área industrial para a

área administrativa.

Uma transferência geralmente não significa que o funcionário receberá um

aumento de salário.

Se a transferência for para um cargo de uma classe superior à classe do

cargo atual, serão aplicadas as mesmas regras definidas para os casos de

promoção vertical.

Se a transferência for para um cargo da mesma classe, e for necessário um

aumento de salário para um melhor posicionamento do salário do funcionário na faixa

salarial, serão aplicadas as mesmas regras definidas paras os casos de promoção

horizontal.

38.10. Reclassificação do cargo

Ocorre um reajuste salarial por reclassificação quando um cargo recebe atribuições

adicionais, de maior complexidade e responsabilidade e que exijam maior

conhecimento do que as atribuições atuais, justificando uma reclassificação do cargo

para uma classe mais alta na estrutura de cargos.

39. AJUSTES DO MERCADO

São alterações salariais com o objetivo de alinhar o salário do cargo com os padrões de

mercado, constatados por meio de pesquisa de remuneração.

O ajuste de mercado pode ocorrer como conseqüência de um reajuste nas tabelas

salariais para alinhamento com o mercado ou apenas para alinhar os salários de

determinados cargos.

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40. BENEFÍCIOS

Muitas empresas já oferecem benefícios flexíveis para todos os funcionários.

Dentro de um montante pré-determinado, cada um monta o seu pacote de

benefícios, escolhendo os que mais se adequam às suas necessidades.

Confira abaixo a lista de benefícios e outros atrativos praticados por

empresas brasileiras de ponta.

Saúde: auxílio doença, assistência médica,assistência psiquiátrica e psicológica,

cobertura para tratamentos de dependências química (droga/alcoolismo),

homeopatia, infertilidade, terapia, acupuntura, check-up, plano médico com livre

escolha, plano com cobertura também para agregados e aposentados, assistência ou

consultório odontológico, cobertura para aparelhos ortodônticos, ambulatório, auxílio

para aquisição de óculos e lentes de contato, desconto na compra de

medicamentos e entrega no local de trabalho, programas de alongamento e

relaxamento para atendentes, ginástica laboral durante o expediente, academia e spa

para executivos.

Alimentação: tíquete, vale-supermercado, café da manhã grátis, lanchonete na

empresa, refeições coletivas, cardápios diferenciados para funcionários que tem

problemas como diabetes, colesterol e hipertensão.

Educação e Desenvolvimento: seguro educação, bolsas de estudo, cursos de

idiomas, instrução dos filhos, ensino supletivo, reembolso para cursos de graduação, pós

graduação e MBA, grande oferta de treinamento, inclusive à distância (via CD- ROM),

job rotation, oportunidades de estágio e carreira em outras unidades do grupo e no

exterior, biblioteca, videoteca, palestras variadas: planejamento familiar, orçamento

doméstico, segurança no trabalho, apoio pré-aposentadoria, etc.

Carreira: política de promoção com base em avaliação de desempenho para todos os

funcionários, prioridade ao recrutamento interno, aconselhamento de carreira, grandes

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oportunidades de carreira para mulheres, programas de trainees.

Formas de Remuneração e Auxílios : remuneração por competências e

habilidade, remuneração variável, participação nos lucros e resultados (salários

extras), 14osalário, programa de reconhecimento, previdência privada, seguro de vida,

adicional por tempo de casa, concessão de opção de ações para todos os

funcionários (stock options), ajuda no aluguel (em caso de transferência),

empréstimo para aquisição de casa própria, financiamento para aquisição de

automóvel, carro com despesas pagas, estacionamento, transporte da empresa

(ônibus), venda de produtos fabricados pela empresa com desconto, auxílio para pais

de filhos excepcionais, auxílio para compra de material escolar e assistência jurídica.

Integração e lazer: clima de camaradagem no ambiente de trabalho, incentivo a

paticipação dos funcionários em projetos filantrópicos, forte política de recepção e

integração aos novos, clube, colônia de férias, área de lazer na empresa com sala de

jogos, leitura e ginástica, atividades de recreação para os filhos de funcionários,

promoção de festas Juninas e de Natal.

Comunicação Interna: segurança e confiança na gestão, sinergia entre chefes e

subordinados, avaliação 360 graus para todos os funcionários, política de portas

abertas, valorização das sugestões dos funcionários, linha direta e ombudsman para

reclamações, número reduzido de salas fechadas, pesquisa de clima periódica para

medir a satisfação dos funcionários, clareza e abertura na comunicação interna,

política formal de não demissões, entrevista com potenciais pares de trabalho no

processo de seleção, ambiente de trabalho onde as pessoas sintam-se livres para

participar, criar e ter iniciativa.

Outras práticas: horário flexível de trabalho, jornada reduzida no verão,

possibilidade de trabalho em locais remotos (casa, cliente, etc), informalidade nos

trajes, licença não remunerada para projetos pessoais, berçário, creche, sala de

aleitamento para mães, loja de conveniência e outros serviços dentro da empresa

(videolocadora, salão de beleza, etc).

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Entrevista sobre benefícios Primeiramente, qual é o conceito de benefício? Como ele está inserido atualmente nas empresas?

Entende-se por benefício a parte não monetária da remuneração concedida pelas

companhias, visando suprir uma deficiência do poder público ou estabelecer uma

forma diferenciada de reconhecimento, garantindo o bem-estar dos funcionários. As

organizações vêm buscando cada vez mais montar pacotes de benefícios úteis e

adequados aos funcionários, de forma que o valor deles venha a ser percebido pelos

colaboradores.

Qual a relação entre os benefícios oferecidos pelas empresas e a produtividade dos funcionários?

Um pacote de benefícios alinhado às necessidades dos colaboradores e bem

comunicado certamente trará maior satisfação aos funcionários e,

consequentemente, maior produtividade.

Como projetar e implantar um programa de benefícios com boa relação custo– benefício para a empresa e alto valor agregado para os funcionários?

É possível fazer isso analisando as características do público-alvo (funcionários), realizandobenchmark com outras empresas e negociando custos com fornecedores.

No mercado, fala-se sobre benefícios tradicionais e flexíveis. Quais as diferenças entre eles?

A flexibilidade no pacote de benefícios se dá à medida que o funcionário pode

compor sua cesta, ou seja, ele tem uma “cota” para gastar e uma “prateleira” de

benefícios de onde pode escolher os que julgar mais interessantes. A grande

questão que ainda é um entrave para o pacote de benefícios flexíveis é a legislação,

pois as empresas correm alguns riscos de serem acionadas judicialmente por uma

mal-interpretada “diferenciação”.

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129

É possível conceder benefícios diferenciados por segmentação funcional? Normalmente, os benefícios nas empresas são divididos por níveis hierárquicos, ou

seja, um pacote com determinada configuração para postos operacionais, outro para

profissionais e executivos, etc.

Quanto custa um plano de benefícios para a empresa? Deve existir alguma relação, por exemplo, entre faturamento e benefícios oferecidos?

O custo varia naturalmente por conta do pacote oferecido e poder de barganha da

empresa junto aos fornecedores. Não há relação com o faturamento, mas tende a

existir com a margem da empresa.

Como avaliar os resultados do plano? Quais indicadores devem ser usados?

A empresa deve sempre monitorar se os investimentos que vêm sendo feitos têm

dado o resultado esperado. Uma forma de fazer isso é por meio de pesquisas de

clima e satisfação dos funcionários, em que é possível perguntar diretamente a eles e

aferir o grau de favorabilidade.

Por que a comunicação interna e o endomarketing são fundamentais para o sucesso do plano?

Porque aquilo que não é divulgado dificilmente será percebido. A empresa pode ter

excelentes benefícios, mas, à medida que os funcionários se acostumam com o

plano, tendem a não lembrar dele e, consequentemente, deixar de perceber seu

valor. É muito comum um colaborador aceitar uma proposta de um novo emprego

para ter um salário maior sem perceber que o pacote de benefícios é menor e,

muitas vezes, no total, acabará ganhando menos. Por isso, é sempre importante

relembrar o conceito de remuneração total.

Quais são as outras ferramentas que podem ser utilizadas para divulgação e manutenção do plano?

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As ferramentas devem ser desenvolvidas sempre focando o que e para quem se quer

comunicar. A mensagem, em todos os casos, deve ser facilmente compreendida. O

grande desafio é fazer uma comunicação de benefícios (e remuneração total) para

quem não é de RH.

Qual o principal erro das empresas ao implantar um plano de benefícios?

A principal falha é desenhar um programa extremamente sofisticado, mas que não é compreendido nem percebido pelos funcionários.

41. GESTÃO POR COMPETÊNCIA

Basicamente, quando falamos em Gestão de Competências estamos falando das

Competências Organizacionais. É uma metodologia que busca superar a

concorrência, diferenciando a organização e criando uma vantagem competitiva

sustentável, como por exemplo, a competência em miniaturização da Sony. Por

outro lado, a Gestão por Competências refere-se às Competências Humanas

necessárias para o desenvolvimento do trabalho, seja individual ou das equipes e que

são críticas para o atingimento do sucesso empresarial.

A Competência relacionada ao desenvolvimento do trabalho é focada no

Conhecimento, Habilidades e Atitude das pessoas e referem-se basicamente ao

Pensar, ao Fazer e ao Ser.

O Conhecimento (pensar) contém os saberes – onde (posicionamento) - o quê

(aprofundamento) – o porquê (investigação) – o quando (informação). As Habilidades (fazer) contém os saberes – como (know how) – quanto

(ponderação) - agir (governança). As Atitudes (ser) contém os saberes – ser (identidade) – querer (desejo) – participar

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(motivação).

É necessário estabelecer-se a Gestão por Competências seguindo-se os

passos seguintes:

Planejamento – O primeiro passo é identificar quais as competências necessárias

para o atingimento dos objetivos da organização. Com essas informações, devem-se

inventariar quais competências há internamente e estabelecer os objetivos e as

metas estratégicas. Sabendo qual é a lacuna entre o desejado e o que se têm,

planeja-se então como será a captação e/ou desenvolvimento das competências.

Captação – Se a decisão foi captar externamente as competências faltantes é

necessário selecionar, admitir e integrar.

Desenvolvimento – Quando a decisão é pelo desenvolvimento das competências

faltantes, deve-se definir o mecanismo de desenvolvimento a ser utilizado,

disponibilizá-lo e orientar o aproveitamento.

Avaliação – Tanto no caso da captação externa como no desenvolvimento, a etapa

seguinte é apurar e medir os resultados e compará-los com os resultados

esperados, fazendo as correções necessárias.

Há organizações que enfatizam a busca por competências sociais e afetivas,

outras por competências técnicas. O importante é cada organização busque aquelas que

são mais adequadas ao seu negócio e determine um Sistema de Gestão mais

adequado às suas necessidades.

No tocante às Lideranças, a tendência nas organizações é buscar profissionais

executivos com as seguintes competências: pensamento estratégico – liderança para

mudar – gestão de relacionamentos (internos e externos). São ainda

consideradas importantes: a flexibilidade – a comunicação – a inovação

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empreendedora – empowering - a liderança – capacidade de resiliência –

administração do stress – orientação para clientes e orientação para resultados,

entre outras.

42. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Vivemos numa sociedade em mudanças e num momento excitante para as

organizações. A sociedade percebe que a Qualidade de Vida e a Saúde são ativos

importantes, envolvendo dimensões física, intelectual, emocional, profissional,

espiritual e social. Práticas inadequadas no ambiente de trabalho geram impacto

negativo na saúde física e emocional dos empregados e na saúde financeira das

empresas. Baixa motivação, falta de atenção, diminuição de produtividade e alta

rotatividade criam uma energia negativa que repercute na família, na sociedade e no

sistema médico.

Segundo Domenico de Masi, vivemos e trabalhamos numa sociedade do futuro,

mas continuamos a usar os instrumentos do passado. Felizmente, para algumas

empresas inovadoras e conscientes, este cenário não faz parte de sua realidade

atual. As dez melhores empresas para se trabalhar (Guia Exame 2001)

transformaram o ambiente de trabalho e a Saúde emocional e física em vantagem

competitiva, tendo plena convicção estratégica de que quanto mais eliciar satisfação,

mais retorno terão em produtividade, criando assim a visão de uma organização mais

privilegiada, competitiva e equilibrada.

42.1. Definição

Segundo a Organização Mundial da Saúde, Qualidade de Vida é um conjunto de

percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura e de valores em

que vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações.

42.2. Objetivos

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Programas de saúde é a ciência e a arte de ajudar pessoas a modificar seu estilo

de vida em direção a um ótimo estado de saúde, sendo esta compreendida como o

balanço entre a saúde física, emocional, mental, social e espiritual. (american

journal, 1989).

Os programas de Saúde e QV objetivam facilitar mudanças no estilo de vida,

combinando ações e campanhas para consciência, comportamento e envolvimento, que

suportem suas práticas de saúde e previna doenças

42.3. Qualidade de Vida no Trabalho

O propósito de um programa de Qualidade de Vida ou Promoção de Saúde nas

Organizações é encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e

bem estar entre todos os funcionários e famílias durante toda a sua vida profissional.

Um programa de Qualidade de Vida existe para gerar estratégias com o intuito de

promover um ambiente que estimule e dê suporte ao indivíduo e à empresa,

conscientizando sobre como sua saúde está diretamente relacionada à sua

qualidade e produtividade.

Não é suficiente ter em mente mudar relevantemente o estado de saúde dos

profissionais mas também encorajá-los a cuidarem e gerenciarem sua própria

saúde, adquirindo um ganho substancial na sua satisfação e crescimento, assim

como no aumento de produção e redução de custos para a empresa

42.3.1. Benefícios

• Melhoria da produtividade

• Empregados mais alertas e motivados

• Melhoria da imagem corporativa

• Menos absenteísmo

• Melhoria das relações humanas e industriais

• Baixas taxas de enfermidade

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• Melhoria da moral da força de trabalho

• Redução em letargia e fadiga

• Redução de turnover

42.3.2. Missão Estratégica

A missão estratégica de um programa de Qualidade de Vida canaliza seus

esforços para alcançar os seguintes resultados: • Aumentar os níveis de SATISFAÇÃO E SAÚDE do colaborador/ consumidor/

comunidade. (Força de trabalho mais saudável)

• Melhorar o CLIMA ORGANIZACIONAL (ambiente, relações e ações saudáveis)

• Afetar beneficamente no processo de FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

humano, agregando competências (capacidade e atributos)

• Influenciar na diminuição da PRESSÃO NO TRABALHO e do DISTRESSE

individual e organizacional (Menor absenteísmo/rotatividade; Menor número de

acidentes)

• Melhorar a capacidade de DESEMPENHO das atividades do dia-a-dia. (Maior

produtividade)

42.3.3. As dimensões da Saúde Integral e Qualidade de Vida

Para efeitos didáticos, dividimos a Saúde em Seis Dimensões: FÍSICA,

EMOCIONAL, INTELECTUAL, PROFISSIONAL, SOCIAL e ESPIRITUAL.

Estas dimensões facilitam a consciência e o desenvolvimento da saúde

integral, assim como a possibilidade de se ter uma visão sistêmica e seu posterior

equilíbrio e expansão, pois sabemos que na vida sempre estamos buscando uma

inter-relação harmoniosa dos vários aspectos e dimensões do ser humano.

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Desde que o mundo exigiu novas e complexas interações em termos de

excelência em relação à produtividade e a qualidade dos serviços prestados,

estamos tendo que constantemente se adaptar à todos estes estímulos,

comprometendo de alguma forma nosso aprendizado e saúde. O psiquiatra Carl

Gustav Jung dizia que se as coisas vão mal no mundo, algo deve estar mal comigo.

Assim seria sensato, em primeiro lugar, ficar bem. Viver uma vida vibrante e

feliz, na qual se utiliza o máximo que possui, com enorme prazer é um objetivo de

vida. É o que dá qualidade à vida.

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43. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, Cristina. “Sociologia alemã: a contribuição de Max Weber”, in Sociologia –

Introdução à ciência da soiedade. (2ª Ed). São Paulo: Moderna, 2001 (PP. 70 – 77)

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. São Paulo: Campus, 1999.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed. Compacta. São Paulo: Atlas,

2002. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos na Empresa. Ed. Atlas. São Paulo,

2006. DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos, Tendências e

Perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002. Faquim, Lucilene. Eficácia na gestão de RH. Gestão & RH Editora. Disponível na

Internet:www.gestaoerh.com.br/ Acesso em: 12 de junho de 2009.

GIL, A. C. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2001.

MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: Do Operacional ao

Estratégico. 6. ed. São Paulo: Futura, 2002

VERGARA, S. Constant. Gestão de Pessoas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

VROOM, Victor H. Gestão de pessoas, não de pessoal. Campus. Rio de Janeiro,

2002. WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Ed. Guanabara: Rio de Janeiro, 2003.

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CRÉDITOS SENAI – DR

UNIEP – Unidade de Educação Profissional

Coordenador:

Felipe Vieira Neto

Equipe Técnica:

Alexsandro Santos de Figueiredo

Florivaldo Barbosa da Silva Walber

Bruno Braz da Silva

Conteudistas:

Ana Paula Batista Cruz

Claúdia Maria Pereira de Almeida

Evelinne de França Vasconcelos Dourado

Jamile Maria Moreira da Silva

Jordão Moreira da Silva Junior

Jurandi Galdino Ferreira

Kalina Sousa Pereira de Almeida

Rafaelly Gomes Barbosa Galdino

Digitador:

Walber Bruno Braz da Silva

Normalização Bibliográfica:

Heliane Maria Idalino da Silva

Capa:

Hélio Soares