Apostila Bb - Edgar Cassio

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    republicanos pretendem enxugar. Ao mesmo tempo, foi dada a largada para a sua sucesso, em2016. Ontem, o juramento do vice-presidente, Joe Biden, teve mais visibilidade que o do prprioObama Celebrao discreta. Em seu segundo mandato, democrata persegue acordo com republicanos noCongresso para evitar n fiscal que tornaria inviveis seus programas sociais e colocaria em riscoo triunfo de seu partido nas prximas eleies presidenciais

    O presidente dos EUA, Barack Hussein Obama, iniciou ontem seu segundo e ltimo mandato emuma cerimnia simples na Casa Branca. Hoje, no Congresso, far seu juramento pblico.Terminados os festejos, amanh, ter o desafio de melhorar o complicado dilogo com a oposirepublicana, para evitar o n fiscal que levaria ao fracasso de seu segundo governo. Ao mesmotempo, dar a largada para sua sucesso, na eleio de 2016.

    Apenas a famlia, 12 convidados, 1 assessor e o presidente do Supremo Tribunal, John Roberts,diante de quem jurou cumprir a Constituio, assistiram ao juramento de ontem, no Salo Azul dCasa Branca. No houve discursos nem acenos ao pblico. "Bom trabalho", disse a filha caula,Sasha, de 11 anos, ao referir-se aos ltimos quatro anos. "Sim, fiz bom trabalho", respondeuObama.O juramento do vice-presidente, Joe Biden, teve mais visibilidade e audincia de polticos e es-trategistas de peso, entre os quais David Axelrod, a deputada Nancy Pelosi, lder democrata naCmara, e a presidente do Partido Democrata, Debbie Schultz. Sua ambio de concorrer na eleio de 2016 foi reforada no fim da campanha de 2012 e, em seguida, na negociao do acordotributrio, no fim de dezembro, e ao compilar o pacote de controle de armas. Biden tem 70 anos."Podemos comear a fazer os clculos polticos do nmero de delegados (para o Colgio Eleitoranecessrios para a escolha do candidato democrata. Posso ver um monte de delegados aqui",afirmou imprensa a estrategista democrata Donna Brazile, presidente na cerimnia noObservatrio Naval, em Washington.Obama j perdeu em seu gabinete uma potencial sucessora e concorrente de Biden nas primriasdemocratas de 2016, Hillary Clinton, ex-primeira-dama e ex-senadora. Hillary promete descansadepois de quatro anos na liderana do Departamento de Estado e de viagens a mais de cempases. Apesar de sua recente internao por uma trombose e de seus 65 anos, ela tida comouma candidata capaz de obter consenso no partido.Democrata mais apagado, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, tambm apontado compotencial candidato.Manobras polticas de curto prazo tero certamente impacto no jogo eleitoral de 2016. Obamaterminou seu mandato com pobre qualidade de dilogo com a oposio republicana, aindaamarrada pelos radicais do Tea Party. A Casa Branca est em negociao com o Congresso sobredois temas econmicos de suma importncia para a sociedade americana e para o restante de suagesto e tambm sobre sua poltica para controle de armas.Obama dever conseguir do Congresso autorizao para elevar o limite de endividamento federa

    antes de meados de fevereiro, quando o atual teto de US$ 16,4 trilhes ser alcanado. Portanto,tende a se livrar do risco momentneo de ser obrigado a declarar a suspenso de pagamentos dadvida, fornecedores, servidores e militares pela primeira vez na histria americana.

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    Os efeitos previstos dessa atitude vergonhosa para qualquer governo - como a presso para oaumento dos juros para o consumidor e o investidor, em prejuzo do consumo e o emprego -sero contornados. Mas Obama ainda est ameaado de ter seu governo e a sociedade americanaperiodicamente expostos a esse mesmo risco.

    A bancada democrata na Cmara insiste em aumentar o teto da dvida por apenas trs meses eresiste em dar ao presidente o poder para aumentar esse limite quando necessrio. Trata-se deuma espcie de torniquete sobre o governo Obama, com poder de limitar o poder de barganha daCasa Branca em outros projetos de seu interesse, como a Reforma da Imigrao, a regulamenta-o das reformas da Sade e de Wall Street e o fim da guerra do Afeganisto.Em outro tema econmico urgente, o acordo com o Congresso sobre os cortes de gastos pblicosat 2022, Obama tenta preservar os gastos com programas sociais da ansiedade republicana emv-los enxugados.

    A discusso se complica pelo alto grau de polarizao ideolgica dos dois partidos, percebidodesde o incio de 2011, e pela baixa tolerncia de Obama a fazer concesses. A sociedade ameri-cana sofrer com qualquer escolha final ou com a ausncia de um acordo.Os programas de sade gratuita para os americanos pobres sero alvo de cortes de gastos pbli-cos a partir de 2013, assim como as aposentadorias e penses da Previdncia Social. Despesascom a Defesa no sero poupadas - e isso significar restries na estratgia americana na guerrado Afeganisto, em futuras aes militares dos EUA no exterior e nas contrataes de empresasdo setor. Mesmo dentro do pas, j h planos para o fechamento de bases, com repercussodesastrosa para as economias locais.O peso desses cortes e seus de efeitos depender do acordo a ser firmado at 28 de fevereiro. Seno houver consenso, o governo de Obama ser obrigado a reduzir em US$ 100 bilhes os gastopblicos apenas neste ano, sobretudo nas reas social e de defesa. Entre 2014 e 2022, outrosUS$ 446 bilhes sero podados. A retrao do ritmo de recuperao econmica do pas, ser inevitvel

    8. Eua aprovam projeto contra "abismo fiscal" e bolsas sobem

    ACORDO ADIA RISCO DE ABISMO FISCAL NOS ESTADOS UNIDOS

    Autor(es): Denise Chrispim Marin

    O Estado de S. Paulo - 03/01/2013

    A Cmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, nos ltimos minutos do prazo fixado,projeto parcial de ajuste nas contas pblicas que evita o chamado abismo fiscal e consequentenova recesso. Por 257 votos a favor e 167 contra, os congressistas mantiveram os cortes deimpostos para a classe mdia e o aumento das taxas sobre os mais ricos. Como no houve acerto

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    sobre gastos pblicos, foi adiado para maro o risco de o pas enfrentar um corte automtico deUS$ 560 bilhes no setor at 2022 US$ 110 bilhes somente neste ano e uma possvelsuspenso dos pagamentos das obrigaes da dvida, de fornecedores e servidores. Os mercados,tanto nos EUA quanto na Europa, reagiram bem medida. A nova rodada de negociaes ser oprimeiro desafio do segundo mandato de Barack Obama, que comea no dia 21. As conversassero dificultadas pela piora do ambiente para dilogo entre republicanos e democratas Sem entendimento sobre os gastos pblicos, pacto ficou restrito ao captulo tributrio; corte nosgastos s ser negociado em 2 meses

    A sano presidencial ao acordo parcial de ajuste nas contas pblicas americanas adiou paramaro o risco de os Estados Unidos enfrentarem um corte automtico de US$ 560 bilhes nosgastos pblicos e o risco de suspenso dos pagamentos das obrigaes da dvida, de fornecedoree servidores pblicos. Mesmo incompleto, o acordo saiu nos ltimos minutos do prazo fixado etrouxe alvio ao evitar a queda do pas no "abismo fiscal" no primeiro dia til do ano e em umanova recesso.Os mercados foram reabertos ontem, depois dos feriados de ano-novo, mais calmos em todo omundo. O diretor de Relaes Internacionais do Fundo Monetrio Internacional (FMI), Gerry Riparabenizou o Congresso pelo acordo, sem o qual "a recuperao econmica poderia descarrilar""Entretanto, ainda resta muito a ser feito para colocar as finanas pblicas dos EUA de volta emum caminho de sustentabilidade sem ameaar a ainda frgil recuperao."

    Aprovado pelo Senado na noite de segunda-feira, o acordo foi tema de debates tensos na Cmarados Deputados no dia seguinte. Os republicanos radicais do Tea Party resistiam a aprov-lo sememendas. No final da noite, recuaram. Em votao concluda s 23I1 (2h de ontem, no horrio deBraslia), o texto obteve 257 votos a favor - 87 de republicanos - e 167 contra.Formulado pelos lderes democrata e republicano do Senado, o acordo restringiu-se ao captulotributrio, para impedir uma elevao generalizada dos recolhimentos de impostos logo nosprimeiros dias do ano. Como no houve acerto sobre gastos pblicos, o Senado adiou por doismeses a adoo do corte automtico de US$ 110 bilhes em despesas apenas em 2013. A medidaseria posta em prtica na ausncia de um acordo.Novo round. A segunda rodada de negociaes dever comear depois da posse do presidentedos EUA, Barack Obama, em seu segundo mandato, no dia 21. Ser seu primeiro desafio. O cortautomtico de gastos - US$ 560 bilhes at 2022 e US$ 110 bilhes este ano - em 10 de maro sser impedido com a aprovao de uma proposta bipartidria alternativa.Nesse mesmo perodo, o governo ter ainda de extrair do Congresso a autorizao para elevar oteto da dvida pblica. O tema fora adicionado aos debates do acordo fiscal porque o governoalcanaria em 31 de dezembro o limite de US$ 16,4 trilhes. Mas o Tesouro suspendeu algunsinvestimentos e abriu uma brecha de US$ 200 milhes, que devem se esgotar ao final de doismeses. Sem a autorizao do Congresso, o Tesouro ter de suspender os pagamentos, pelaprimeira vez na histria.

    "A atmosfera poltica em Washington continua ruim. S no impediu que o acordo fosse aprovadporque havia o risco de uma potencial crise econmica. O governo continua disfuncional", afirmWardMcGarthy, economista-chefe da Jefferies & Co. "Foi um sombrio comeo de 2013.0 acordo

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    no bom para a economia. No faz nada para reduzir o peso dos gastos pblicos. No reformaos programas de benefcios sociais do governo", escreveu o analista conservador Daniel Mitcheldo Gato Institute.O acordo assinado custar um aumento de US$ 4 trilhes na dvida pblica at 2022, segundo jprojees do Escritrio de Ora- j mento do Congresso. Tal como est, permitiu a elevao, de35% para 39,6%, da alquota do imposto de renda para os americanos com renda anual acima deUS$ 400 mil US$ 450 para casais).Houve aumento do imposto sobre ganhos de capital e de propriedade de imveis para os seg- 1mentos mais ricos. Os trabalha. dores, entretanto, tero de pagar mais imposto sobre salrio.O texto manteve o seguro-desemprego para 2 milhes trabalhadores sem ocupao h mais deum ano.

    9. Crise financeira europiaEntenda a crise da Grcia e suas possveis consequncias

    Pas tem pesadas dvidas e vem recebendo ajuda externa.Papandreou chegou a pedir referendo sobre ajuda financeira, mas recuou.

    Do G1,

    A Grciatem enfrentado dificuldades para refinanciar suas dvidas e despertado preocupaoentre investidores de todo o mundo sobre sua situao econmica. Mesmo com seguidos pacotesde ajuste e ajuda financeira externa, o futuro da Grcia ainda incerto.

    O pas tem hoje uma dvida equivalente a cerca de 142% do Produto Interno Bruto (PIB) do pasa maior relao entre os pases da zona do euro. O volume de dvida supera, em muito, o limitede 60% do PIB estabelecido pelo pacto de estabilidade assinado pelo pas para fazer parte doeuro.

    A Grcia gastou bem mais do que podia na ltima dcada, pedindo emprstimos pesados edeixando sua economia refm da crescente dvida. Nesse perodo, os gastos pblicos foram salturas, e os salrios do funcionalismo praticamente dobraram.

    Enquanto os cofres pblicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evaso deimpostos deixando o pas totalmente vulnervel quando o mundo foi afetado pela crise decrdito de 2008.

    O montante da dvida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao pas. Hoje,eles exigem juros bem mais altos para novos emprstimos que refinanciem sua dvida.

    Ajuda e protestosEm abril de 2010, aps intensa presso externa, o governo grego aceitou um primeiro pacote de

    http://g1.globo.com/topico/grecia/http://g1.globo.com/topico/grecia/
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    ajuda dos pases europeus e do Fundo Monetrio Internacional (FMI), de 110 bilhes de euros aolongo de trs anos.

    Em contrapartida, o governo grego aprova um plano de austeridade fiscal que inclui alta no

    imposto de valor agregado (IVA), um aumento de 10% nos impostos de combustveis, lcool etabaco, alm de uma reduo de salrios no setor pblico, o que sofre forte rejeio dapopulao.

    Apesar da ajuda, a Grcia segue com problemas. Em meados de 2011, foi aprovado um segundopacote de ajuda, em recursos da Unio Europeia, do Fundo Monetrio Internacional (FMI) e dosetor privado. A contribuio do setor privado foi estimada em 37 bilhes de euros. Um programde recompra de dvidas deve somar outros 12,6 bilhes de euros vindos do setor privado,chegando a cerca de 50 bilhes de euros.

    Em outubro, ainda com o pas beira do colapso financeiro, os lderes da zona do euroalcanaram um acordo com os bancos credores, que reduz em 50% a dvida da Grcia,eliminando o ltimo obstculo para um ambicioso plano de resposta crise. Com o plano, a dvidgrega ter um alvio de 100 bilhes de euros aps a aceitao, pela maior parte dos bancos, deuma reduo superior a 50% do valor dos ttulos da dvida.

    No mesmo ms, o pas enfrentou violentos protestos nas ruas. A populao se revoltou contra umnovo plano de cortes, previdncia e mais impostos, demisses de funcionrios pblicos e reduode salrios no setor privado, pr-requisito estabelecido pela Unio Europeia e pelo FMI para

    liberar uma nova parcela do plano de resgate, de 8 bilhes de euros.Manifestantes entram emconfronto com a polcia em Atenas (Foto: Reuters)

    Muitos servidores pblicos acreditam que a crise foi criada por foras externas, comoespeculadores internacionais e banqueiros da Europa central. Os dois maiores sindicatos do pasclassificaram as medidas de austeridade como antipopulares e brbaras.

    Plebiscito e turbulncias no mercadoEm 1 de novembro, o ento primeiro-ministro da Grcia, George Papandreou, provocou novasturbulncias nos mercados e na zona do euro ao anunciar que convocaria um referendo sobre onovo pacote de ajuda da Unio Europeia, perguntando aos eleitores se querem adot-lo ou no.

    A expectativa do premi era que o plebiscito validasse as medidas de austeridade necessriaspara receber a ajuda financeira. Uma pesquisa, no entanto, mostrou que aproximadamente 60%dos gregos enxergam a cpula dos lderes europeus, que acertaram um novo pacote de ajuda de130 bilhes de euros, como negativa ou provavelmente negativa.

    A convocao de plebiscito enfrentou rejeio da oposio e dos membros do prprio partido dePapandreou. Com isso, o governo ficou enfraquecido, e Papandreu terminou deixando o cargo, sendo substitudo por Lucas Papademos.

    CaloteComo membro da zona do euro, a Grcia enfrenta presso dos demais membros para colocar

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/lideres-europeus-aprovam-novo-acordo-para-resgatar-grecia.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/lideres-europeus-aprovam-novo-acordo-para-resgatar-grecia.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/10/parlamento-grego-aprova-novas-medidas-de-austeridade.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/10/parlamento-grego-aprova-novas-medidas-de-austeridade.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/11/em-pronunciamento-papandreou-oficializa-renuncia-ao-cargo-de-premie.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/11/em-pronunciamento-papandreou-oficializa-renuncia-ao-cargo-de-premie.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/10/parlamento-grego-aprova-novas-medidas-de-austeridade.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/10/parlamento-grego-aprova-novas-medidas-de-austeridade.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/lideres-europeus-aprovam-novo-acordo-para-resgatar-grecia.htmlhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/lideres-europeus-aprovam-novo-acordo-para-resgatar-grecia.html
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    suas contas em ordem e evitar a declarao de moratria o que significaria deixar de pagar os juros das dvidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte dadvida.

    No caso da Grcia, isso traria enormes dificuldades. As taxas de juros pagas pelos governos dazona do euro tm sido mantidas baixas ante a presuno de que a UE e o Banco Central Europeuproveriam assistncia a pases da regio, justamente para evitar calotes.

    Uma moratria grega, alm de estimular pases como Irlanda e Portugal a fazerem o mesmo,significaria um aumento de custos para emprstimos tomados pelos pases menores da UE, sendoque alguns deles j sofrem para manter seus pagamentos em dia.

    Se Irlanda e Portugal seguissem o caminho do calote, os bancos que lhes emprestaram dinheiroseriam afetados, o que elevaria a demanda por fundos do Banco Central Europeu.

    Um calote grego pode fazer com que investidores questionem se a Irlanda e Portugal noseguiro o mesmo caminho. O problema real diz respeito ao que acontecer com a Espanha, ques tem conseguido obter dinheiro no mercado a custos crescentes.

    A economia espanhola equivale soma das economias grega, irlandesa e portuguesa. Seria muitomais difcil para a UE estruturar, caso seja necessrio, um pacote de resgate para um pas dessadimenso.

    (Com informaes da Reuters, France Presse e BBC)

    10. O que a Grcia significa

    Autor(es): agncia o globo:Paul Krugman

    O Globo - 13/03/2012

    Ento a Grcia deu oficialmente o calote nos credores privados. Foi um calote "ordeiro",negociado ao invs de simplesmente anunciado, o que suponho seja bom. Ainda assim, a histriaest longe de acabar. Mesmo com esse alvio em sua dvida, a Grcia - como outras naeseuropeias foradas a impor austeridade numa economia deprimida - parece condenada a muitosanos mais de sofrimento.Esta uma fbula digna de ser contada. Nos ltimos dois anos, a histria da Grcia tem sido,segundo um recente texto sobre economia poltica, "interpretada como uma parbola sobre osriscos de irresponsabilidade fiscal". No passa um dia sem que, nos EUA, algum poltico oucomentarista entoe, com um ar de grande sabedoria, que preciso cortar gastos do governoimediatamente, ou vamos acabar como a Grcia, Grcia eu lhes digo.

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    Apenas para usar um exemplo recente, quando Mitch Daniels, governador de Indiana, apresentoua resposta republicana ao discurso do presidente Obama sobre o Estado da Unio, insistiu que"estamos a uma pequena distncia de Grcia, Espanha e outros pases europeus que hojeenfrentam a catstrofe econmica". Ningum aparentemente lhe disse que a Espanha tinha baixodficit governamental e supervit oramentrio s vsperas da crise; o pas est em apurosdevido aos excessos do setor privado, no do setor pblico.Mas o que a experincia da Grcia de fato mostra que se incorrer em dficits em tempos defartura pode criar problemas - o que o caso da Grcia, embora no o da Espanha - tentareliminar dficits quando voc j est em apuros uma receita para depresso.Hoje em dia, depresses econmicas induzidas por polticas de austeridade so visveis em toda periferia europeia. A Grcia o pior caso, com o desemprego escalando para 20% e os serviospblicos, incluindo o setor de sade, entrando em colapso. Mas a Irlanda, que fez tudo o quequeria o pessoal da austeridade, tambm est em terrvel estado, com o desemprego perto dos15% e o PIB em queda de dois dgitos. Portugal e Espanha esto em situao crtica tambm.Impor austeridade numa crise no inflige apenas grande sofrimento. H evidncia crescente deque autodestrutivo mesmo em termos puramente fiscais, pois a combinao de receitas emqueda devido economia deprimida e perspectivas de longo prazo piores reduz a confiana domercado e torna a carga da dvida futura mais difcil de carregar. Deve-se perguntar como pasesque esto sistematicamente negando um futuro a sua juventude - o desemprego entre jovens naIrlanda, que costumava ser menor do que nos EUA, agora de quase 30%, chegando perto dos50% na Grcia - conseguiro crescimento suficiente para pagar o servio da dvida.No isso o que devia ter acontecido. H dois anos, quando muitos comearam a pedir um girodo estmulo para a austeridade, prometeram grandes vantagens em troca do sofrimento. "A ideiaque medidas de austeridade possam trazer estagnao incorreta", declarou, em junho de 2010,Jean-Claude Trichet, ento presidente do Banco Central Europeu. Ele insistiu que, ao invs dissoa disciplina fiscal inspiraria confiana, e isso levaria ao crescimento econmico.Cada ligeira melhora de um indicador de uma economia em austeridade era aclamada como provde que essa poltica funciona. A austeridade irlandesa foi proclamada uma histria de sucesso,no uma vez, mas duas - a primeira no vero de 2020 e de novo no ltimo outono; em cada vez asuposta boa notcia rapidamente se evaporou.Pode-se perguntar que alternativa pases como Grcia e Irlanda tinham, e a resposta que notinham e no tm boas alternativas a no ser deixar o euro, um passo extremo que,realisticamente, seus lderes no podem dar at que todas as outras opes tenham falhado - umestado de coisas tal que, se me perguntarem, diria que a Grcia dele se aproxima rapidamente.

    A Alemanha e o Banco Central Europeu poderiam ter agido para tornar esse passo extremo menonecessrio, tanto ao exigir menos austeridade quanto ao fazer mais para impulsionar a economiaeuropeia como um todo. Mas o principal ponto que os EUA de fato tm uma alternativa: temosnossa prpria moeda e podemos tomar emprstimos a prazos longos e a juros historicamentebaixos; ento, no necessitamos entrar numa espiral descendente de austeridade e contrao

    econmica.Ento, tempo de parar de invocar a Grcia como um exemplo de cautela diante do perigo dosdficits; de um ponto de vista americano, a Grcia deveria, ao contrrio, ser vista como exemplo

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    dos perigos de tentar reduzir o dficit rapidamente demais, enquanto a economia ainda estprofundamente deprimida. (E sim, a despeito de algumas boas notcias ultimamente, nossaeconomia ainda est profundamente deprimida.)Se voc quer saber quem est realmente tentando transformar os EUA em Grcia, no so os quedefendem mais estmulos economia; so os partidrios de que imitemos a austeridade ao estilogrego, embora no enfrentemos constrangimentos de crdito ao estilo grego, e assimmergulhemos numa depresso ao estilo grego.

    11. G-20: Posio da Grcia no cenrio de crise expediviso e vulnerabilidade da Unio Europeia

    Ao abrir-se a reunio do G-20, em Cannes, sob a presidncia da Frana, os pases da zona doeuro e da UE (Unio Europeia) apresentam-se divididos e vulnerveis s presses dos EstadosUnidos e dos Brics grupo que rene Brasil, Rssia, ndia e China. Vulnerabilidade que decorre,em grande parte, da posio da Grcia no cenrio de crise.

    Obtido na madrugada do dia 27 de outubro, depois de muitas reunies tcnicas e de intervenesdiretas da chanceler alem, Angela Merkel, e do presidente francs, Nicolas Sarkozy, o acordosobre a zona euro e a dvida grega foi saudado como uma etapa importante da construoeuropeia.

    Apenas alguns dias depois, tudo parece rolar por gua abaixo com a deciso de GeorgePapandreou, o primeiro ministro socialista grego, de submeter o acordo a um referendo nacionalSem data certa a imprensa grega diz que o voto popular ser provavelmente realizado em

    janeiro , o anncio do referendo j provocou uma queda nas bolsas e gerou novas tenses naUE.

    Segundo este acordo, em troca de severas restries oramentrias controladas pela UE, o FMI

    (Fundo Monetrio Internacional) e o Banco Central Europeu, a Grcia obteria um abatimento de50% em sua dvida com os bancos europeus e novos emprstimos da Unio Europeia. Alvo deprotestos em seu pas, Papandreou resolveu transferir para o eleitorado grego a responsabilidadepelo acordo que endossou em Bruxelas na quinta feira passada.

    Questionada por deputados de sua prpria legenda, a atitude do primeiro-ministro ameaanovamente a moeda nica europeia. A notcia surpreendeu e irritou os outros governos europeus

    j que nada levava a crer que Papandreou fizesse esta altssima aposta poltica. De fato, umasondagem recente indicou que 60% dos gregos desaprovam o acordo de Bruxelas. O primeiro-ministro grego pensa que poder virar o jogo eleitoral e obter uma maioria favorvel ao acordo nreferendo do ms de janeiro. Mas os especialistas observam que a Grcia tem pouca experinciaem referendos e que, num escrutnio de um s turno que exige maioria absoluta, a vitria de

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    Papandreou no ser fcil. Como declarou ao Financial Times uma alta fonte da UE, o annciodo referendo foi como um raio num cu azul. No meio tempo, interveio a notcia da f alncia dacorretora americana MF Global, causada por seus investimentos nos ttulos das dvidas da BlgicItlia, Irlanda e Portugal.

    Mencionada de maneira discreta, a hiptese de uma excluso da Grcia da zona euro agoratema de discusso entre as lideranas europeias. Depois de o presidente Sarkozy declarar que oacordo europeu para a adeso de Atenas ao euro, realizado no final dos anos 1990, havia sido

    um erro, um editorial do jornal Le Monde afirma que o anncio do referendo grego leva aquestionar a presena da Grcia na zona euro.

    Nestas circunstncias, as dissenses entre os pases membros da zona euro aparecem luz dia.No se restringindo Grcia. Numa conferncia de imprensa no fim de semana, ao serinterrogado sobre a credibilidade do plano italiano de conteno de despesas pblicas, opresidente Sarkozy sorriu ironicamente. Foi o que bastou para surgir uma crise poltica entre Pare Roma, com o ministro italiano dos negcios estrangeiros, Franco Frattini, acusando a Frana deatiar um ataque dos especuladores contra a Itlia.

    12. Presidente de Chipre anuncia pacote para reativar aeconomia

    Autor(es): Nicsia

    O Globo - 01/04/2013

    Um dia depois de o Banco Central estipular as condies que vigoraro sobre os depsitossuperiores a - 100 mil - cujos correntistas perdero 60% de suas economias acima do tetogarantido pelo Estado e recebero 37,5% do valor a descoberto em aes do banco -, o

    presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, anunciou um programa urgente de recuperaoeconmica, aplicvel em um prazo de trs e seis meses. Segundo o jornal espanhol "El Pas", osdetalhes do plano devem ser apresentados na quinta-feira, quando representantes da troika -Comisso Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetrio Internacional - visitarem Nicsiapara avaliar o impacto do resgate de 10 bilhes e duas exigncias mnimas: o controle decapitais e a reestruturao do setor bancrio cipriota.

    Anastasiades explicou em entrevista ao jornal "Filelfzeros" as linhas gerais do plano. Ao contrdo que espera a maioria da populao, o pacote no se baseia em medidas de austeridade, mas,fundamentalmente, em apressar a tramitao de projetos de investimento e em atrair capital

    estrangeiro, baixar a elevadssima conta de luz - muito superior que as irrisrias tarifas detelefonia mvel -, dar incentivos fiscais s empresas que reinvestirem seus lucros e recorrer afundos europeus para combater o desemprego entre jovens, que em dezembro era de 28,4%,

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    segundo dados da Eurostat. Outra medida prevista uma reforma legislativa para permitir aabertura de cassinos na ilha.O presidente cipriota assegurou ter negociado com a troika que no haver redues salariais,demisso de funcionrios pblicos ou diminuio de aposentadorias at 2015. Cerca de 60 miltrabalhadores, de uma populao de 800 mil, dependem do Estado.- So mensagens contraditrias, nas quais ningum acredita - disse ao "El Pas" uma professorade Ensino Mdio, que preferiu no se identificar.

    13. Chipre: fila nos bancos

    Correio Braziliense - 29/03/2013

    Nicsia Os cipriotas fizeram filas sem tumultos diante dos bancos, que reabriram, ontem, sobum rigoroso controle de saques, destinado a evitar uma fuga de capitais, depois de o governo serforado a aceitar um pacote de resgate da Unio Europeia. Os bancos passaram quase duassemanas fechados, enquanto o governo negociava os termos de uma ajuda de 10 bilhes deeuros (US$ 13 bilhes). Foi a primeira vez que um plano de socorro financeiro na Zona do Euroimps prejuzos a correntistas bancrios.

    Os saques foram limitados a 300 euros por dia, e os bancos foram proibidos de descontarcheques. Os empregados das instituies chegaram cedo para trabalhar, em Nicsia, onde cdulade euros eram distribudas por caminhes blindados.

    O Banco Central Europeu no comentou rumores de que, para atender a demanda por dinheirovivo, teria enviado mais cdulas de euros ilha. As autoridades dizem que a restrio aos saquesser temporria incialmente por sete dias , mas economistas afirmam queser difcil suspend-la enquanto a economia estiver em crise.

    Medo Em Nicsia, havia alvio, mas tambm alguma apreenso. Voc no tem ideia do quanto euestava esperando por isso, disse o aposentado Froso Kokikou, numa fila do Banco Popular doChipre (Laiki). Tenho uma sensao de medo e frustrao por precisar ficar desse jeito na fila;parece um pas de terceiro mundo, mas o que se pode fazer?, disse Kokikou. Foi o que nosimpuseram, e temos de conviver com isso. A Bolsa cipriota permaneceu fechada.

    Com apenas 860 mil habitantes, Chipre tem 68 bilhes de euros depositados em seus bancos

    um sistema financeiro desproporcional ao tamanho do pas, que atraa muitos depsitos deestrangeiros, especialmente russos, como um paraso fiscal. A economia local acaboucontaminada pela crise na vizinha Grcia. O ministro das Relaes Exteriores, Ioannis Kasoulide

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    disse que o governo espera suspender completamente o regime de controles de capital sobre seusbancos em cerca de um ms.

    14. Caso do Chipre no modelo para outros resgates, dizBCE

    Publicado em Exame

    Segundo presidente do banco, sua proposta para a ajuda da ilha no contemplava aparticipao dos depositantes

    O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse nesta quinta-feira que oresgate do Chipre"no um modelo" que ser aplicado em outros pases e que a proposta dainstituio para a ajuda da ilha no contemplava a participao dos depositantes.

    O presidente do BCE atribuiu a um "mal-entendido" as controvertidas declaraes do chefe doeurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que afirmou que o resgate do Chipre seria um modelo.Draghi explicou que cada um dos pases que at agora recorreram a um resgate se encontravamem situaes muito "distintas", como por exemplo no caso da "da Irlanda e Espanha".No entanto, o presidente do BCE insistiu na necessidade de se atuar com rapidez em situaescomo as vividas na Irlanda, Grcia e Espanha, porque "qualquer demora extremamentedecepcionante".Draghi conversou com a imprensa aps o Conselho do BCE, que alm dos assuntos sobre polticmonetria tratou do caso do Chipre.

    A instituio decidiu manter as taxas de juros na zona do euro em 0,75%, mesmo ndice desde julho de 2012.

    15. Blocos econmicos10 anos de Brics

    A fora dos emergentes

    H dez anos o economista ingls Jim ONeill cunhou o acrnimo Bric para se referir a qua

    pases de economias em desenvolvimento Brasil, Rssia, ndia e China que desempenhariam,nos prximos anos, um papel central na geopoltica e nos negcios internacionais.

    http://exame.abril.com.br/topicos/chiprehttp://exame.abril.com.br/topicos/chipre
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    O acrnimo ganhou uso corrente entre economistas e se tornou um dos maiores smbolos da noveconomia globalizada. Neste quadro, os pases emergentes ganharam maior projeo poltica econmica, desafiando a hegemonia do grupo de naes industrializadas, o G7 (formado poEstados Unidos, Canad, Reino Unido, Frana, Alemanha, Itlia e Japo).

    Desde 2009, os lderes dos pases membros do Bric realizam conferncias anuais. Em abril do anpassado, a frica do Sul foi admitida no grupo, adicionando-se um s ao acrnimo, que passou aser Brics.

    No grupo esto 42% da populao e 30% do territrio mundiais. Nos ltimos dez anos, os pasedo Bric apresentaram crescimento alm da mdia mundial. Estima-se que, em 2015, o PIB(Produto Interno Bruto) do Brics corresponda a 22% do PIB mundial; e que, em 2027, ultrapassas economias do G7.

    A China o gigante do grupo. A abertura da economia chinesa, mediante um conjunto dreformas, tornou o pas a segunda maior economia do planeta, atrs somente dos Estados Unidoe ultrapassando Japo e pases da Europa.

    A economia chinesa maior do que a soma de todas as outras quatro que compem o grupo. OPIB chins, em 2010, foi de US$ 5,8 trilhes, superior aos US$ 5,5 da soma de todas as outras Brasil (US$ 2 trilhes), Rssia (US$ 1,5), ndia (US$ 1,6) e frica do Sul (US$ 364 bilhes).

    Mas os chineses enfrentam hoje desafios em reas como meio ambiente e poltica, alvos dapresso internacional.

    Brasil

    A incluso do Brasil no Brics trouxe uma projeo internacional positiva, que dificilmente salcanada de outro modo e em um curto perodo. Como resultado, o pas tem hoje representaonas principais cpulas internacionais, como o Conselho de Segurana da ONU (Organizao dNaes Unidas) e o G20.

    O Brasil entrou no grupo em razo do crescimento econmico, ocorrido principalmente a partir 2005. Esse crescimento foi possvel por causa do controle da inflao, com a implantao do PlaReal, em 1994, e o aumento das exportaes para pases como China, principal parceirocomercial, a partir de 2001.

    Com a estabilidade econmica, veio a confiana do mercado e o aumento do crdito paraempresas e consumidores. O setor privado contratou mais gente, gerando mais empregos, ehouve aumento de salrios, fazendo que, entre 2005 e 2006, 30 milhes de brasileiros migrassemdas classes D e E para a C, a classe mdia. Contribuam tambm, para isso, programas sociaicomo o Bolsa Famlia. Assim, mais pessoas passaram a consumir, aquecendo o mercado dvarejo.

    Desigualdade

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    Os programas do governo Lula tambm tiveram reflexos no mbito da justia social. Na ltimdcada e meia, o pas foi o nico entre os Brics a reduzir a desigualdade, de acordo com a OCD(Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico). Porm, mesmo assim, distncia entre ricos e pobres no Brasil ainda a maior entre os pases emergentes.

    A desigualdade medida pelo ndice Gini, que caiu de 0,61 para 0,55 entre 1993 e 2008 (quantmenor o valor, melhor o ndice). Nos demais pases do Brics, houve aumento. Mesmo assim, Gini do Brasil o maior entre eles e o dobro da mdia dos pases ricos: no Brasil, 10% dos maricos ganham 50 vezes mais do que os 10% mais pobres.

    Outro desafio para o pas fazer ajustes na poltica econmica. A divulgao do resultado do Pdo terceiro trimestre deste ano, que registrou uma variao zero em relao ao trimestre anterior,apontou a desacelerao da economia. Para sair da estagnao, o governo ter que fazerreformas, inclusive no sistema de tributao, para estimular o investimento por parte do setoprivado.

    16. A Venezuela e o MercosulRenata Giraldi e Mariana Tokarnia - Reprteres da Agncia Brasil

    Os chanceleres do Mercosul conseguiram hoje (6) fechar uma srie de negociaes para garantir

    que, em 5 de abril de 2013, a Venezuela ter atendido s principais exigncias para ser integradade forma plena ao bloco. At l, um tero dos produtos venezuelanos estaro dentro danomenclatura e das normas do Mercosul.

    Os ministros anunciaram tambm que, paralelamente, o Mercosul buscar o chamadofortalecimento produtivo, para incentivar o desenvolvimento do comrcio e da economia naregio.

    Segundo o ministro das Relaes Exteriores, Antonio Patriota, o fortalecimento produtivo se refea incrementar a capacidade tecnolgica e adotar medidas que incentivem a competitividadeindustrial e leve ao desenvolvimento do comrcio estratgico. A reunio foi muito produtiva eestamos avanando de forma acelerada, disse ele.

    Patriota acrescentou ainda que, durante as discusses que ocorreram hoje, no Conselho doMercado Comum (CMC), foi definido o Sistema Integrado do Mercosul (SIM) que se refere implementao de aes que incentivem o intercmbio de estudantes em nvel superior graduao e ps-graduao na regio.

    Tambm foram discutidas a ampliao do Programa Cincia sem Fronteiras, a aproximao dosetor privado com os rgos pblicos, a rede de agricultura familiar e a realizao da Cpula

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    Social. As reunies do CMC foram divididas em duas etapas pela manh, com chanceleres eembaixadores, e tarde, com os ministros da Economia e presidentes de bancos centrais daregio.

    Os chanceleres adiaram a retomada da reunio, na parte da tarde, para irem ao velrio doarquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, que foi homenageado pelo grupo na primeira etapa dereunies. Os ministros e embaixadores saram juntos do Palcio Itamaraty em direo ao Palciodo Planalto onde o arquiteto est sendo velado.

    17. O que a crise da Unio Europeia ensina ao Mercosul?

    IPEA

    Marco Aurlio Weissheimer de Porto Alegre

    A integrao entre naes , essencialmente, um projeto poltico. No h acordo comercial que dconta de superar as contradiesprovocadas pelas desigualdades entre povos e naes. Fazer aEuropa fazer a paz, gostava de repetir o francs Jean Monnet (1888-1979), um dos precursoresda unio continental. Os conflitos sociais que voltaram a tomar as ruas de diversas cidadeseuropeias atualizam o pensamento do poltico francs e lanam uma alerta para os construtoresda integrao social, poltica e econmica na Amrica do Sul

    Nos ltimos meses, multiplicam- -se os diagnsticos pessimistas a respeito do futuro do euro, daUnio Europeia e do processo de integrao continental. Os efeitos avassaladores da criseeconmico-financeira de 2008 jogaram pases como Grcia, Islndia, Irlanda, Portugal e Espanha beira de um precipcio que ameaa dissolver direitos sociais e trabalhistas que marcam a histrdo Estado de Bem-Estar Social europeu. A Grcia j tinha situao fiscal deteriorada antes dacrise. No caso da Irlanda, a queda de receita decorrente da crise e os gastos realizados paraatenuar seu impacto no sistema bancrio e no nvel de emprego transformaram a crise privadaem uma crise das finanas pblicas. Em Portugal e na Espanha, que vinham tendo desempenhoeconmico mais fraco que a mdia europia, a situao se agrava. Um conjunto de turbulnciasdomsticas espalhou-se pelo continente, no bojo da unio monetria.

    A crise econmica vem acompanhada de notcias que compem um cenrio quase surreal. No di10 de junho, por exemplo, a Comisso Europeia cortou quase 80% da ajuda alimentar para ospobres, reduzindo o programa de ajuda alimentar de 500 milhes de euros para 113 milhes deeuros. A Federao Europeia dos Bancos Alimentares e organizaes de ajuda humanitriaadvertiram que essa medida pode agravar o problema da fome no continente. Cerca de 43

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    milhes de pessoas enfrentam hoje o risco de pobreza alimentar no territrio europeu. Elas noconseguem pagar uma refeio adequada a cada dois dias. Uma realidade incompatvel com oprojeto de integrao no velho continente.

    LIES DA TUBURLNCIA Considerado o mais avanado processo de unidade entre pases dahistria, o projeto da Unio Europeia est em crise e os seus problemas esto sendoacompanhados com ateno por lideranas envolvidas em outros processos de integrao nomundo. Aqui na Amrica do Sul, uma pergunta adquire crescente importncia: o que a criseeuropeia tem a ensinar aos pases do Mercosul que, em maro, completou vinte anos? Natentativa de responder tal questo preciso, obviamente, levar em conta as importantesdiferenas existentes entre os processos europeu e latino- -americano. Apesar das diferenas, hum importante elemento em comum: a conjuntura poltico-econmica mundial e suas crises nodeixam nenhum continente ileso. H muitos tpicos semelhantes e, mesmo nas diferenas, hformas de responder a esses problemas que podem ser mais ou menos eficazes.

    Professor na Universidade de Harvard e Prmio Nobel de Economia em 1998, Amartya Sen,advertiu, em um recente artigo publicado no jornal inglsThe Guardian , que est em jogo naEuropa no apenas o euro, mas a prpria ideia de democracia. O economista resume assim operigo que estaria rondando o Velho Mundo:

    A Europa liderou o mundo no que diz respeito prtica da democracia. , portanto, preocupantque os perigos para a governabilidade democrtica de hoje, que entram pela porta traseira dasprioridades financeiras, no recebam a ateno que merecem.

    AMEAA DAS AGNCIAS DE RISCO A Grcia, assinala Amartya Sen, ilustra o perigo depermitir que agncias de classificao de risco dominem o terreno poltico. O economista chamaateno para a temeridade de se submeter processos e prticas polticas constitutivas dademocracia lgica do sistema financeiro internacional:

    H questes de fundo que devem ser enfrentadas a respeito de como o governo democrtico daEuropa pode ser minado pelo papel enormemente aumentado das instituies financeiras e dasagncias de classificao de riscos, que hoje se apropriaram de certas partes do terreno polticoda Europa. Deter a marginalizao da tradio democrtica na Europa envolve uma urgncia que difcil de exagerar.

    O Prmio Nobel de Economia aponta ainda uma lio da crise atual que deveria ser levada emconta em outros processos de integrao pelo mundo. Para eles, os pases do euro entraram euuma situao complicada na direo de uma moeda nica, sem promover uma maior integraopoltica e econmica. Ele resume:

    A pressa em inaugurar uma casa que estava em construo acabou resultando numa receitadesastrosa. Obrigou-se a incorporar maravilhosa ideia de uma Europa democrtica unida um

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    precrio programa de incoerente fuso financeira.

    IRONIAS HISTRICAS A histria costuma ser rica em paradoxos e ironias. A crise que atingegravemente hoje diversos pases europeus fornece novos exemplos. Durante aproximadamente

    duas dcadas, entre os anos 1980 e 1990, diversos pases da Amrica Latina aplicaram os pacotesde austeridade propostos pelo Fundo Monetrio Internacional (FMI), Banco Mundial e outrasinstituies financeiras como soluo para superar recorrentes crises econmicas. Esses pacotestrouxeram consigo polticas de privatizaes, de demisso de funcionrios pblicos, de arrochosalarial. A guinada progressista na regio, a partir dos anos 2000 deu-se, em larga medida, comouma reao aos efeitos perversos dessas polticas. Agora, so os gregos, portugueses, espanhis,italianos e irlandeses, entre outras nacionalidades europeias, que comeam a conviver com taispolticas.

    Na avaliao de Antonio Lassance, professor de Cincia Poltica e pesquisador do Ipea, nomomento atual, o Mercosul rene mais razes de otimismo que os demais blocos:

    A Unio Europeia, sob crise aguda, vive um de seus piores momentos. O North America FreeTrade Agreement (Nafta) acentuou os problemas da economia mexicana, e os Estados Unidospatinam para superar a recesso. A sia Pacific Economic Cooperation (Apec), alm de muitoheterognea e pouco institucionalizada, pouco avanou diante da competio entre seus pases,que disputam muitas vezes o mesmo espao.

    A crise mostrou a falncia dos modelos neoliberais tanto em nossos pases comonos desenvolvidos. As regras financeiras devem permitir espao para os desenvolvimentosnacionais e o mesmo deve acontecer com as regras sobrecomrcio e meio ambiente

    CASO EXEMPLAR Lassance cita um estudo de Charles Kupchan, especialista em RelaesInternacionais da Universidade de Georgetown, que destaca a arquitetura poltica e institucionaldo Mercosul como um caso exemplar. Kupchan dedica parte de seu livro How Enemies BecomeFriends (Princeton University, 2010) ao processo de reaproximao entre Brasil e Argentina, nosanos 1980, que acabou atraindo, na dcada seguinte, o Paraguai e o Uruguai. Trata-se de umcaso, segundo Kupchan, de antigos inimigos que conseguiram se entender e passaram a se tratarcomo atores confiveis. A Europa, certamente, no inexperiente neste ponto. Aps duasgrandes guerras, para no falar de outros longos e sangrentos conflitos passados, naes queforam inimigas de morte conseguiram fazer avanar um processo de integrao poltica eeconmica. Mas as fragilidades que aparecem agora mostram que essa uma condionecessria, mas no suficiente, para um processo de integrao dar certo.

    Neste aspecto, Kupchan ecoa uma posio de Amartya Sen: a economia deve ficar subordinada poltica e no o contrrio. A mo invisvel do liberalismo incapaz de produzir a arquitetura de uprocesso de integrao, destaca Lassance:

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    Ela deve ser induzida por projetos nacionais e tudo deve comear com um dos atores, em geralode maior peso, dispondo- -se a fazer concesses. a diplomacia que impulsiona a economia, eno o contrrio. Ela constri o ambiente que produz saldos comerciais e financeiros positivos nolongo prazo, facilita a insero de empresas e enraza a interdependncia econmica.

    NO REPETIR ERROS DOS IMPRIOS Em entrevista ao jornal argentino Pgina/12, o AltoRepresentante do Mercosul, Samuel Pinheiro Guimares, defendeu essa posio, destacando queo Brasil no vai repetir os erros dos imprios. Maior pas em extenso territorial e populao eprincipal economia da regio, o Pas, assegurou Guimares, quer associar-se e cooperar com seusdez vizinhos e com outros pases em desenvolvimento, segundo uma lgica que no exclusivamente econmica:

    Temos interesses em comum com os pases mais pobres, os pases em desenvolvimento, para

    mudar as regras do mundo. A crise que vivemos mostrou a falncia dos modelos neoliberais tantem nossos pases como nos desenvolvidos. As regras financeiras devem permitir espao para osdesenvolvimentos nacionais e o mesmo deve acontecer com as regras sobre comrcio e meioambiente.

    Esse , justamente, o problema que a Unio Europeia enfrenta hoje, conforme a advertncia de Amartya Sen: as regras financeiras no s no vem permitindo espao para os desenvolvimentosnacionais, como vem solapando os prprios espaos de soberania poltica. E um processo deintegrao regional entre outras coisas, uma construo poltica e institucional que tem odesafio de integrar diferentes espaos de soberania nacional.

    REJEIO DA ALCA O processo de integrao sul-americano muito mais jovem que o europeue pode tentar evitar o caminho da subordinao a uma determinada lgica econmica. SamuelPinheiro Guimares integrou um governo que, em conjunto com a Argentina e outros pases,rejeitou o modelo da Alca (rea de Livre Comrcio das Amricas) defendido pelos Estados Unid

    Ns no quisemos a Alca, em 2005, no somente por razes comerciais. A Alca era uma polticeconmica completa, queenvolvia comrcio, investimentos, negcios e propriedade intelectual,observa o ex-secretrio geral do Itamaraty.

    A rejeio do projeto dos EUA veio acompanhada da implementao de diferentes movimentos dintegrao regional: alm do Mercosul, do Pacto Andino e de outras alianas regionais, surgiram

    Alba (Aliana Bolivariana para os Povos da Amrica, integrada hoje por Venezuela, Cuba, BolvRepblica Dominicana, Nicargua, Equador, San Vicente e Granadinas, Antigua e Barbuda) e aUnasul (Unio de Naes Sul-Americanas, formada pelos doze pases da Amrica do Sul). Essesmovimentos expressam a diversidade poltica e econmica da regio e, at aqui, no se revelaramexcludentes. Pelo contrrio, o objetivo que sejam complementares. A Unasul um modo demanter prximos pases que, comercialmente, optaram por outras polticas. bom que todosintegremos o Conselho Sul- Americano de Defesa, disse Pinheiro Guimares ao jornalPgina/12 .

    POLTICA SOBERANA A posio do Brasil ser fundamental para determinar as possibilidades

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    de xito dessa articulao de diferentes movimentos integracionistas. No prefcio ao livroRelaes Brasil-Estados Unidos no contexto da globalizao: rivalidade emergente , de Luiz AlbertoMoniz Bandeira, o Alto Representante do Mercosul resume assim a receita brasileira para queisso se torne realidade:

    (Desenvolvemos) uma poltica altiva, ativa, soberana, no intervencionista, no impositiva, nohegemnica, que luta pela paz e pela cooperao poltica, econmica e social, em especial com opases vizinhos e irmos sul-americanos, comeando pelos pases scios do Brasil no Mercosul, udestino comum que nos une, com os pases da costa ocidental da frica, tambm nossos vizinhoe com pases semelhantes: com mega-populaes, mega-territoriais, mega-diversos, mega-ambientais, megaenergticos, mega-subdesenvolvidos, mega-desiguais. Nossos verdadeirosaliados so nossos vizinhos, daqui e de ultramar, com os quais nosso destino poltico e econmicest definitivamente entrelaado, e nossos semelhantes, os grandes Estados da periferia.

    Essa dimenso poltica do Mercosul e de outros espaos de integrao ainda est engatinhando. OParlamento do Mercosul est em processo de formao. A Venezuela aguarda deciso doCongresso paraguaio para ser admitida como membro pleno do Mercosul e o Brasil promulgou nincio de julho o decreto que estabelece a adeso do pas a Unasul.

    O fortalecimento desses espaos polticos e institucionais constitui uma condio fundamentalpara enfrentar desafios e problemas estruturais do bloco, tais como as assimetrias entre os pases

    que compem o Mercosul, o problema das tarifas aduaneiras e a perspectiva da adoo de umamoeda comum no futuro.

    CRESCIMENTO ECONMICO No terreno estritamente comercial o desempenho do bloco positivo. A economia do Mercosul cresceu 8% em 2010, superando todas as outras uniesaduaneiras ou associaes de livro comrcio do mundo. Aps vinte anos de Mercosul, houvetambm um aumento significativo do intercmbio comercial, que passou de US$ 4,5 bilhes em1991 para US$ 45 bilhes em 2010. Segundo o ministro das Relaes Exteriores do Brasil, AntoPatriota, a expectativa para 2011 superar a casa dos US$ 50 bilhes. O intercmbio comercial

    cresceu mil por cento, acrescentou o subsecretrio-geral para Amrica do Sul, Central e Caribe,embaixador Antnio Jos Simes. Segundo ele, esse desempenho superior ao de outros acordode livre comrcio, como o assinado h sete anos por Chile e Estados Unidos.

    EXPANSO COMERCIAL Ao anunciar esses projetos de expanso, em 28 de junho, durante a41 Cpula do bloco, no Paraguai, Antonio Patriota rebateu as crticas de que o Mercosul perdeufora e no conseguiu transformar-se em um verdadeiro projeto de integrao poltica, econmice comercial, como a Unio Europeia. Patriota lembrou a crise vivida hoje pela Unio Europeia e fato de o Mercosul ter superado, em crescimento, a Associao de Naes do Sudeste Asitico

    (Asean).

    Ex-presidente do Parlamento do Mercosul, o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) defende essa

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    estratgia de expanso, assinalando que as exportaes extrazona (para terceiros Estados) dobloco sul-americano aumentaram 200% entre 2002 e 2008, bem acima da mdia de crescimentodo comrcio mundial, que foi de 147%. No mesmo perodo, acrescenta o parlamentar brasileiro,as exportaes dentro do bloco aumentaram 300% e os investimentos diretos subiram deaproximadamente US$ 15 bilhes, em 2003, para US$ 57 bilhes, em 2008. E essa elevao deinvestimentos, destaca o Dr. Rosinha, ocorreu sem recurso a privatizaes, tal como aconteceunas dcadas de 1980 e 1990 na Amrica Latina.

    O futuro do Mercosul, assim como o seu nascimento h vinte anos, tem um olhar ligado aodestino da Unio Europeia. O bloco sulamericano foi concebido para ser um verdadeiro mercadocomum, por meio da constituio de uma unio aduaneira, mediante a Tarifa Externa Comum. ADeclarao de Assuno estabelece, no seu artigo 1, que a adoo de uma tarifa externa comume de uma poltica comercial comum em relao a terceiros Estados so dimenses essenciais econstitutivas do processo de integrao. Mas a integrao que o Mercosul busca no se esgota apropondo tambm a livre circulao de pessoas, a harmonizao das legislaes, a constituio dinstituies supranacionais, de um Parlamento sul-americano e a formao de uma cidadaniacomum.

    LIMITAO EUROPEIAS Esse , em linhas gerais, o modelo que inspirou tambm a criao daUnio Europeia que hoje se encontra em uma encruzilhada. A incorporao de pases comeconomias mais frgeis, as dificuldades colocadas pela unidade monetria resultante da criao deuro e a limitao da capacidade de os Estados definirem suas polticas econmicas internamentetrazem desafios cuja soluo passa, inevitavelmente, pela esfera poltica.

    Na avaliao do economista Michael Hudson, pesquisador na Universidade do Missouri epresidente doInstitute for the Study of Long-Term Economic Trends (Islet), o que est em jogona crise atual da UE se a Grcia, a Irlanda, Espanha, Portugal e o resto da Europa terminaropor destruir a agenda de um reformismo democrtico e derivar para uma oligarquia financeira.Repetindo a preocupao de Amartya Sen com o futuro da democracia europeia, Hudson afirma:

    O objetivo financeiro evita r os parlamentos para exigir um consenso que d prioridade aoscredores estrangeiros a custo do conjunto da economia. Exige-se dos parlamentos que abdiquemde seu poder poltico legislativo. O significado do mercado livre, neste momento, planificao central nas mos dos banqueiros centrais. Essa a nova via rumo servido pela dvida a queesto levando os mercados livres financeirizados: mercados livres para que os privatizadorescobrem preos monopolistas por servios bsicos livres de regu laes de preos e de regulaesantioligoplicas, livres de limitaes ao crdito para proteger os devedores e, sobretudo, livresde interferncias por parte dos parlamentos eleitos .

    A concentrao do poder poltico nas mos do setor financeiro ameaa o projeto de integrao

    europeia, do ponto de vista da continuidade da construo de uma comunidade democrtica novelho continente. As limitaes polticas so gritantes e crescentes, aponta ainda Hudson:

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    O Banco Central Europeu no tem atrs de si nenhum governo eleito que possa arrecadarimpostos. A Constituio da UE probe ao BCE o resgate de governos. E os artigos do acordo coo FMI probem tambm que esta oferea apoio fiscal aos dficits oramentrios nacionais .

    UNIR PESSOAS A crise atual da Unio Europeia atualiza as palavras de um de seus principaisdefensores, o francs Jean Monnet. Como consultor de alto nvel do governo francs, Monnet foiprincipal inspirador da Declarao Schuman, de 9 de maio de 1950, que levou criao daComunidade Europeia do Carvo e do Ao, considerada o ato fundador da Unio Europeia.Monnet tinha claro que o projeto de unificao no podia se limitar esfera econmica. Sua frasque resume esse esprito bem conhecida. Mais do que coligar Estados, importa unir oshomens.

    Talvez seja essa uma das principais lies que a experincia da Unio Europeia pode trazer ao

    Mercosul e aos demais movimentos e processos de integrao na Amrica do Sul. A integraoentre naes , essencialmente, um projeto poltico. No h acordo comercial que d conta desuperar as contradies provocadas pelas desigualdades entre povos e naes (e intra povos enaes). Fazer a Europa fazer a paz, gostava de repetir Monnet. Os conflitos sociais quevoltaram a tomar as ruas de diversas cidades europeias atualizam o pensamento do polticofrancs e lanam uma alerta para os construtores da integrao na Amrica do Sul: o principalobjetivo estratgico de um processo de integrao buscar a paz, a solidariedade e a harmoniaentre os povos e no meramente aumentar a balana comercial deste ou daquele pas, deste oudaquele bloco regional. Ao presenciar diretamente o que est acontecendo na Europa, o Mercosutem a chance de no repetir esses erros.

    18. Tendncias da economia brasileiraClasse C passou a ser maioria da populao brasileira em 2011, mostra pesquisa

    22/03/2012

    Marli Moreira

    Reprter da Agncia Brasil

    No ano passado, 2,7 milhes de brasileiros mudaram o perfil de renda, deixando as classes D e Epara fazer parte da classe C. Alm disso, 230 mil pessoas saram da classe C e entraram para asclasses mais ricas (A e B).

    A maior da parte da populao (54%) fazia parte da classe C em 2011, uma mudana em relaoao verificado em 2005, quando a maioria (51%) estava na classe D/E. Um total de 22% dos

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    brasileiros est no perfil da classe A/B, o que tambm representa um aumento em comparao aoconstatado em 2005, quando a taxa era 15%.

    o que mostra a stima edio da pesquisa Observador Brasil 2012, feita pela empresa Cetelem

    BGN, do Grupo BNP Paribas, em parceria com o instituto Ipsos Publics Affairs.O levantamento indica ainda que a capacidade de consumo do brasileiro aumentou. A rendadisponvel, ou o montante de sobra dos ganhos, descontando-se as despesas, subiu de R$ 368,em 2010, para R$ 449, em 2011, uma alta de pouco mais de 20%. Na classe C, houve umaumento de 50% (de R$ 243 para R$ 363).

    Enquanto a renda mdia familiar das classes A/B e D/E ficaram estveis, na classe C cresceuquase 8%. Mas a pesquisa mostra que em todas as classes houve um aumento da rendadisponvel, que ultrapassou R$ 1 mil, entre os mais ricos.

    O aumento da renda disponvel em todas as classes sociais indica que houve maior conteno dgastos, destaca a equipe tcnica responsvel pela pesquisa.

    19. IPI congelado rende economia de at R$ 2,4 mil

    Desconto de at R$ 2,4 mil com IPI congelado

    Autor(es): DECO BANCILLON VICTOR MARTINS ROSANA HESSEL

    Correio Braziliense - 01/04/2013

    Montadoras esperam ampliar vendas com a deciso do governo de manter imposto at dezembromas endividamento alto atrapalha

    Com a deciso do governo de congelar o desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) para automveis, o consumidor que decidir levar para casa um carro zero-quilmetro deixade pagar at R$ 2,4 mil, caso opte pelos modelos mais caros. Essa a diferena entre o preomdio cobrado nas concessionrias por um veculo de at 2 mil cilindradas, movido a gasolina,atualmente taxado em 8%, e o que ele passaria a custar a partir de hoje, com 10% de tributo,conforme previa inicialmente o cronograma definido pelo governo.

    Segundo comunicado divulgado no sbado pelo Ministrio da Fazenda, o desconto do IPI sermantido at 31 de dezembro de 2013. Com isso, carros flex e movidos a gasolina de at 1.000

    cilindradas continuaro sendo tributados em 2%. Sem a prorrogao, a taxao subiria para3,5%. O mesmo vale para veculos flex de 1.000 a 2.000 cilindradas, que atualmente pagam 7%de tributo. Caso o cronograma fosse mantido, a alquota passaria para 9%. J para os modelos

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    movidos a gasolina, que so mais poluentes, o tributo foi congelado em 8% sem a alterao, noentanto, pagariam 10% de imposto.

    Fontes do setor automobilstico calculam que o preo mdio dos carros subiria entre R$ 300 e R$400 caso o IPI tivesse sido elevado. Com a manuteno do desconto, porm, a expectativa dasmontadoras de que o consumidor siga comprando, como fez em 2012, quando as vendassubiram 4,6%. Ao todo, foram vendidos 3,8 milhes de carros em 2012. O problema o elevadonvel de endividamento das famlias.

    Aposta A estimativa da Associao Nacional dos Fabricantes de Veculos Automotores (Anfavea) era deque os emplacamentos crescessem de 3,5% a 4,5% em 2013. Para isso, porm, o ProdutoInterno Bruto (PIB) teria de crescer, pelo menos, 4%, um nmero que, hoje, parece distante deser alcanado. Pelo ltimo relatrio Focus divulgado pelo Banco Central, a previso do mercadofinanceiro de avano de 3%. Mesmo diante dessa expectativa pessimista, o Ministrio daFazenda mantm a aposta de que o pas retornar o ritmo mais forte do PIB neste ano.

    Em declaraes recentes, o ministro Guido Mantega avaliou que a expanso da economia ficarentre 4% e 4,5% em 2013. No o que pensa o prprio setor automotivo, que est maiscauteloso. Aparentemente, pelo que temos acompanhado, a projeo da Fazenda no dever seconcretizar, argumentou uma fonte do setor. Mesmo dentro do governo, h quem aponteexcesso de otimismo do ministro. o caso do Banco Central, que prev incremento de 3,1% paro PIB 2013.

    Para dar uma forcinha estimativa da Fazenda, o governo tem concedido diversos incentivostributrios, como a prorrogao do IPI para a indstria automobilstica, que custar aos cofrespblicos o equivalente a R$ 2,2 bilhes apenas entre abril e dezembro. A aposta que o descontodar novo flego produo, j que as montadoras empregam, atualmente, cerca de 130 miltrabalhadores. Pelos clculos de Mantega, o setor representa 25% da produo nacional.

    20. Indstria atrasada, economia enigmticaPublicado em Carta Capital

    Por Mario Osava, da IPS

    A indstria o rgo enfermo da economia do Brasil. A produo do setor caiu 2,7% em 2012,apesar dos estmulos recebidos do governo, contrariando indicadores relacionados, como a forte

    expanso do comrcio varejista e o desemprego em seu nvel mnimo histrico. O enigma de umeconomia paralisada, mas com sintomas de crescimento excessivo para as potencialidades dopas, incluindo escassez da mo de obra e inflao em alta, parece ter sido revelado segundo

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    vrias explicaes apresentadas. Algumas causas com as quais lidam os economistas seriam uma queda na quantidade de jovensque se incorporam ao mercado de trabalho e o excesso de estoques acumulados. A reduo daatividade manufatureira o que mais preocupa o governo de Dilma Rousseff e os operadoreseconmicos, porque acentua uma tendncia e coloca em xeque o futuro do pas. Adesindustrializao, h anos reconhecida por empresrios do setor e poucos economistas, agoraest difcil de ser negada.

    As expectativas repousam nas projees de melhorias para este ano. Mas os baixos investimentorefletidos no retrocesso de 11,8% na produo de bens de capital em 2012 e o auge inflacionrioque pode provocar medidas do Banco Central para conter a demanda, no permitem esperar quea recuperao tenha o vigor pretendido.

    Os resultados no fechamento de 2012 foram uma ducha fria, frustrando esperanas de retomar

    o crescimento e indicando que na indstria brasileira a crise mais profunda, no apenas umefeito conjuntural devido aos graves problemas da economia global, afirmou Julio de Almeida,consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). O Brasil noacompanhou a evoluo industrial do mundo nos ltimos 20 anos, como fizeram China, Coreia Sul e ndia. Assim, sem desenvolver setores mais dinmicos, como o eletrnico e o farmacuticotampouco avanou suficientemente em inovaes tecnolgicas, disse Almeida IPS. Alm dissoh cerca de 15 anos, a indstria e alguns servios organizados sofrem um acmulo de custos,sejam logsticos, financeiros ou energticos, que reduzem sua competitividade.

    Agravando tudo, os salrios aumentaram nos ltimos cinco anos muito acima da produtividade.

    Somente no ano passado, cresceram, em mdia, 5,8%, enquanto o rendimento caiu 0,8%,segundo o Iedi. possvel sobreviver sendo pouco competitivo se a economia mundial crescer em um bom ritmomas os problemas apareceram com a crise iniciada em 2008 nos Estados Unidos e que depois seespalhou especialmente para a Europa, que estreitou o mercado industrial no mundo e colocouo mercado interno brasileiro sob intensa disputa, observou Almeida.

    Apesar de tudo, este economista acredita que este ano pode haver uma recuperao, graas smedidas governamentais que baratearam a eletricidade e reduziram tributos para alguns setoresindustriais, alm de baixar juros, estabilizar a taxa de cmbio e anunciar fortes investimentos eminfraestrutura de transporte. Porm, ser necessrio aumentar a produtividade com fortesinvestimentos em inovaes tecnolgicas, especialmente porque o Brasil tem uma indstriaavantajada, ressaltou. De fato, a indstria da velha gerao metal-mecnica, especialmente a automobilstica, predominante no pas, com um peso crescente. Com uma longa cadeia produtiva, incluindo peade automveis e mquinas agrcolas, o segmento de veculos representava 21% do produtoindustrial em 2011, segundo a Associao Nacional de Fabricantes de Veculos Automotores(Anfavea).Essa participao duplicou nos ltimos 20 anos, enquanto a indstria de transformao, em seuconjunto, transitou o caminho inverso em sua contribuio para o produto interno do pas, caindopara 14,6% em 2011. Ou seja, a importncia do automvel para a economia brasileira continuacrescendo.

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    Por isso, a principal medida do governo para atenuar os efeitos recessivos da crise financeirainternacional de 2008 foi reduzir impostos sobre os veculos a partir de dezembro daquele ano,aps trs meses de abrupta queda nas vendas. uma frmula repetida em outras crises. Opetrleo e o ao tambm continuam sendo elementos fundamentais do esforo brasileiro parareverter a desindustrializao.

    Agora se busca recuperar a indstria naval, aproveitando o petrleo descoberto debaixo dacamada de sal no leito do Oceano Atlntico, perto da costa brasileira. Para impulsionar a produnacional foi criada uma legislao que exige componentes variveis e crescentes de origemnacional, que podem chegar a at 70% do total da construo de cada navio, plataforma, sonda edemais equipamentos destinados atividade petroleira.Todo esse esforo, baseado em intervenes do Estado, como estmulos tributrios ou financeiroa setores escolhidos e medidas consideradas protecionistas, incluindo barreiras aduaneiras e aimposio de muito contedo nacional em produtos como automveis, alm dos naviospetroleiros, provoca a rejeio por parte de muitos analistas de correntes liberais, com forteaudincia entre os operadores e os meios de comunicao especializados em economia.

    A desindustrializao no necessariamente uma doena, j que a indstria vai mal, mas oBrasil vai muito bem, com muito emprego e salrios elevados, resumiu o economista EdmarBacha, em entrevistas realizadas no ano passado ao anunciar o livro coletivo que organizou sob ottuloO futuro da indstria no Brasil , publicado este ms.Em sua anlise, o setor manufatureiro brasileiro perdeu competitividade principalmente pelaexploso salarial que elevou custos. A mdia salarial no Brasil, em dlares, cresceu 14,4% ao anoentre 2006 e 2011, um recorde mundial longe de ser ameaado por Austrlia, que aparece emsegundo lugar com 9%, segundo os coautores do livro, Beny Parnes e Gabriel Hartung.Bacha, que participou de governos anteriores que implantaram polticas econmicas mais liberaiafirmou que a competitividade no se constri com protecionismos, mas com maior aberturacomercial, que permita a integrao com as cadeias produtivas internacionais. O Mxico apresentado como um exemplo disso.

    Ampliando o olhar dos especialistas, a nica coincidncia sobre as causas da perda de capacidadindustrial a falta de competitividade. H divises tanto na interpretao de suas origens comoem seu significado e remdios, segundo o lugar onde se detm cada observador. Os analistasvinculados ao setor primrio, por exemplo, questionam a primazia atribuda indstria comopromotora do progresso e da inovao. Argumentam que a agricultura agrega hoje muitatecnologia e muito conhecimento, incorporando pesquisa cientfica e mecanizao.Mas no governo brasileiro se destacam os desenvolvimentistas, comeando pela presidenteDilma Rousseff. Por isso irnico que a queda da indstria se acentue enquanto o pas administrado por dirigentes que priorizam o setor e que, para recuperar sua competitividade,adotaram medidas acusadas de serem extremamente intervencionistas pelos partidrios desolues de mercado.

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    21. No h desinflao grtis

    Autor(es): Ilan Goldfajn

    O Estado de S. Paulo - 02/04/2013

    Est ficando claro que o governo quer combater a inflao via desoneraes tributrias, pelomenos parcialmente. Para alguns, a soluo ideal. A reduo dos impostos leva a uma queda depreos que alivia a inflao, economizando altas exageradas de juros (e seus efeitos colateraissobre a atividade, o emprego e o salrio). Ao mesmo tempo se ataca aelevadssima cargatributria, um problema estrutural no Brasil. Parece um almoo grtis, contrariando a mxima deque isso no existe em economia. Infelizmente, no o caso. Vejamos por qu.Para comear, as desoneraes no so de graa nas contas pblicas. Sem uma compensao viacorte de gastos do governo ou aumento de outros impostos, as desoneraes reduzem osupervit primrio, como tem sido o caso recentemente. O supervit primrio, qu j atingiuacima de 4% do produto interno bruto (PIB) no passado, caminha para ficar pouco abaixo de 2%este ano, e em direo a 1% no ano que vem. Mesmo com o benefcio de juros menores, arelao dvida-PIB comearia a subir no mdio prazo se mantida essa poltica. A estabilidade darelao dvida-PIB (ou melhor, a sua queda) uma das razes por que a meta de supervitprimrio tem sido considerada um dos pilares da poltica macroeconmica.

    A essencial reduo da carga tributria, para ser sustentvel e benfica para a economia, deve sercalcada na queda dos gastos pblicos. O esprito da Lei deResponsabilidade Fiscal requeria exatamente isto: que fossem especificadas compensaes paraquedas permanentes de receita. Na contramo, neste ano a Lei de Diretrizes Oramentriaspermite que as desoneraes sejam abatidas da meta (alm dos j tradicionais abatimentos doPAC), tornando a meta de supervit primrio de 3,1%, na prtica, uma meta de 1,9% do PIB.

    A reduo da carga tributria baseada em piora fiscal tende a ser temporria, j que em algummomento ser necessrio fazer um ajuste fiscal (isto , corte de gastos ou volta da cargatributria) para restabelecer a estabilidade da dvida pblica no mdio prazo e a responsabilidadefiscal.Mas ter custo fiscal no necessariamente ruim, desde que os benefcios das desoneraes sejampalpveis. Infelizmente, no combate inflao os benefcios percebidos das desoneraes nocurto prazo no se estendem no longo prazo.

    A queda do supervit primrio equivale a uma poltica expansionista, que gera aumento dademanda e pressiona a inflao. Afinal, corte de impostos um clssico instrumento de incentivoao consumo: quanto mais repassado ao consumidor, maior o incentivo.

    Mas no falta consumo no Brasil. Seu crescimento tem sistematicamente excedido a expanso doPIB, principalmente nos ltimos dois anos. O Banco Central tem reconhecido nos seusdocumentos oficiais que o crescimento do PIB tem sofrido de problemas de oferta. Ou seja, o

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    crescimento tem sido limitado pela produo, no pela falta de incentivo ao consumo (oudemanda em geral). Um sinal dessa limitao que crescentemente a demanda est sendosatisfeita com importaes, o que tem piorado sistematicamente a conta corrente no balano depagamentos (j alcanando um dficit de quase de 3% do PIB, de um supervit de 2% nopassado no to distante).Esse descompasso entre o crescimento da oferta e demanda a raiz da parte mais resistente dainflao. Para alm dos choques de commodities e dos aumentos de preos temporrios dealimentos (devidos a efeitos climticos) ocorridos, est ficando claro que a inflao se estestabelecendo num patamar mais alto. Um bom termmetro desse fenmeno a inflao deservios, que resiste queda e se mantm em tomo de 8% ao ano.

    Ao estimular o consumo, a poltica de desoneraes agrava o descompasso entre a oferta e ademanda e alimenta a inflao no mdio prazo.Poder-se-ia argumentar que reduzir impostos estimula a oferta (aumenta a produo), j quereduz os custos das empresas. De fato, se as desoneraes tivessem focado nos custos dasempresas, e no nos consumidores, o impacto seria diferente. Com custos menores as empresasproduziriam mais. No entanto, as desoneraes esto sendo direcionadas aos consumidores. Huma presso para o repasse integral dos benefcios aos preos, o que auxilia na inflao de curtoprazo, mas no auxilia restabelecer a competitividade das empresas. Sem mexer nacompetitividade das empresas dificilmente haver incentivo a maior produo e investimento. Apoltica de desoneraes incentiva o consumo, mas no o investimento, na contramo danecessidade atual da economia brasileira.O peculiar dessa poltica que os efeitos no curto prazo so contrrios aos efeitos permanentesna inflao. Enquanto no curto prazo a queda dos impostos tende a reduzir os preos e a gerarum alvio temporrio, o impacto permanente de mais inflao. E quanto maior o repasse dobenefcio tributrio pelas- empresas aos preos, maior ser o incentivo ao consumo. Ou seja,quanto mais bem-sucedida a poltica sobre a inflao no curto prazo, mais difcil ser segurar ainflao no mdio prazo.H um certo consenso tio Pas sobre os objetivos para a economia. necessrio combater ainflao, reduzir a carga tributria e o custo das empresas e incentivar a produo e oinvestimento. Mas o diabo est no desenho das polticas. As desoneraes tributrias, serepassadas aos preos, aliviam a inflao no curto prazo, mas a pioram no longo prazo, j queincentivam o consumo, e no o investimento. Desoneraes focadas nas empresas, financiadaspor cortes de gastos pblicos, teriam efeito benfico no longo prazo. Da mesma forma, inmerasreformas que atacam a complexidade de produzir no Pas, com impacto direto na produtividade,poderiam incentivar o crescimento no Brasil e, simultaneamente, combater a inflao de formapermanente.

    22. Inflao em alta, crescimento pfio

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    Autor(es): ROSANA HESSEL VICTOR MARTINS

    Correio Braziliense - 29/03/2013

    Banco Central admite que vai seguir a cartilha de Dilma e protelar ao mximo a elevao dos jurpara estimular a retomada da atividade produtiva. Pelas suas projees, o IPCA deste ano ser de5,7% e o Produto Interno Bruto ter incremento de 3,1%

    O Banco Central deixou bem claro ontem que a presidente Dilma Rousseff quem determina orumo da poltica monetria. Durante a divulgao do Relatrio Trimestral de Inflao, sinalizouque vai tolerar a continuidade da alta dos preos at que a economia se recupere. Para o diretorde Poltica Econmica do rgo, Carlos Hamilton Arajo, porm, h um nico remdio eficaz paconter a alta inflao: a taxa bsica de juros (Selic). Diante das incertezas no mercado interno e

    externo, o BC indicou que deve esperar mais um pouco para tomar qualquer deciso. Na visodos analistas, esse prazo pode acabar em maio, quando a maioria do mercado espera aumento de0,25 ponto percentual na Selic, de 7,25% para 7,50% ao ano.

    No momento, a nossa percepo de inflao maior que a mdia. Isso, em parte, se deve aaumentos grandes, e com frequncia elevada, de itens que so muito visveis. Alimentos ecombustveis so os principais pontos. E quando os aumentos de preos esto concentradosnesses itens, a percepo da populao de que h mais inflao do que o ndice de preosaponta, justificou Hamilton. Ao explicar sobre as armas necessrias para conter a alta do custode vida, o diretor do BC falou em remdios ruins que podem ser usados pelo Comit de PolticMonetria (Copom) e citou o ex-primeiro-ministro britnico Winston Churchill (1940-45 e 195155). Tem vrias coisas que podem ser feitas. Consta que, em certa oportunidade, Churchill disseque democracia o pior sistema de governo com exceo de todos os outros. Para combater ainflao, a taxa de juros o pior remdio excluso de todos os demais, afirmou CarlosHamilton. Agora, sobre o que vai ser feito, especificamente, o Copom vai se reunir, e isso umdeciso do Comit, completou.

    Na avaliao do economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do BC, com essa afirmao, o Bsinalizou que vai obedecer presidente Dilma, apesar de no concordar. Esse comentrio vai emdireo oposta ao que a presidente disse. Neste momento, o melhor focar no combate dainflao e menos na retomada do crescimento. E os juros so, realmente, a ferramenta maiseficiente para conter a alta de preos, destacou. Na ltima quarta-feira, em Durban, na frica doSul, Dilma afirmou que no concorda com polticas de combate inflao que olhem a questoda reduo do crescimento econmico. Diante da pssima repercusso entre os investidores, apresidente disse que sua fala foi manipulada pela imprensa e pelo mercado.

    Abandono No relatrio divulgado ontem, o BC elevou a projeo para o ndice de Preos ao Consumidor

    Amplo (IPCA) deste ano de 4,8% para 5,7%. Em 2014, prev alta de 5,3%. Com isso, o governo

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    Dilma Rousseff ser marcado por um perodo de forte inflao e de crescimento pfio, com oProduto Interno Bruto (PIB) apontando mdia de crescimento anual de 2,55%. Nas contas do BCo avano do PIB em 2013 ser de apenas 3,1%, depois de 2,7% em 2011 e de 0,9% no anopassado. Essa combinao nada confortvel, de fraca atividade e custo de vida elevado, mostraque a autoridade monetria praticamente abandonou o compromisso de levar a inflao para ocentro da meta, de 4,5%, definida pelo Conselho Monetrio Nacional (CMN). O IPCA acumuladem 12 meses, por sinal, bater em 6,7% no segundo trimestre deste ano, rompendo o teto dameta, de 6,5%.

    Na viso do economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, o relatrio de 100pginas do BC confirma parte das declaraes da presidente Dilma em Durban. O texto diz quepas tem um problema de crescimento e de choque de oferta. Enquanto tivermos esse quadro,com a economia patinando, o Banco Central no dever tomar medidas mais firmes, como oaumento de juros, disse. Para que os juros no subam agora, o Ministrio da Fazenda vai ajudarno controle da inflao com mais desoneraes, completou. A seu ver, a alta da Selic, se vier,comear apenas em agosto, chegando a 8,5% ao ano em dezembro. A viso que tenho deque h um risco inflacionrio muito alto. O BC precisar agir, mas o risco de a economia nocrescer alto, afirmou. DUAS PERGUNTAS PARASERGIO VALE, economista-chefe da MB AssociadosO Banco Central vem demorando para aumentar a taxa bsica de juros (Selic), mesmo com ainflao se mantendo em um nvel preocupante, o que pode custar caro ao pas mais frente. oque ressalta o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. No entender dele, isso sdemonstra que a autoridade monetria est confortvel em trabalhar com uma meta inflacionriainformal de 5,5% e no de 4,5% ao ano, como foi definido pelo Conselho Monetrio Nacional(CMN).Com esta previso de 5,7% de inflao em 2013 de crescimento de 3,1%, o BC deixa aentender que no dever elevar os juros como deveria?

    Ao anunciar projeo de inflao de 5,7% para este ano, o Banco Central deixa a percepo deque est atrasado para subir a taxa Selic. Esse atraso apenas aumenta as expectativas noapenas para 2013, mas para os anos seguintes, pois sinaliza que a instituio est confortvelcomnveis prximos de 5,5%. Esse nmero est na cabea de todo mundo como a verdadeira meta deinflao hoje. O perigo de atrasar ainda mais a deciso de aumentar os juros a meta de inflaosubir mais um pouco, para 6%.Qual o fator do relatrio de inflao que o senhor considera mais preocupante e que poderespantar os investidores?O fato de a expectativa de inflao ter subido quase um ponto percentual de um relatrio para ooutro e o BC praticamente no mudar o tom. Pelo contrrio, a autoridade monetria continua

    insistindo que a inflao tende a passar logo, que so problemas que no vo ocorrer mais, comocmbio, aumento forte de salrios e de alimentos. O problema que os pontos relevantes forampraticamente deixados de lado. Um indicador importante, como a difuso (total de produtos e

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    servios com preos remarcados), que est em mais de 75%, foi praticamente relevado s traasno documento.

    23. Brasil tem a 6 maior economia

    Brasil passa Reino Unido e 6 maior economia

    O Globo - 07/03/2012

    PIB atinge US$ 2,48 tri, acima dos US$ 2,26 tri dos britnicos. No 4 trimestre, crescimento do pafica apenas em 28 lugarPaulo Justus

    Apesar do fraco desempenho registrado em 2011, inferior ao de outros pases emergentes, oBrasil ultrapassou o Reino Unido e pulou do stimo para o sexto lugar entre as maiores economino mundo. Convertido em dlares, o PIB brasileiro chegou a US$ 2,48 trilhes no perodo, acimdos US$ 2,26 trilhes alcanados pelo Reino Unido - que avanou apenas 0,8% no ano passado.O ranking, segundo o banco WestLB, continua sendo encabeado pelos Estados Unidos, com US15,32 trilhes, seguido pela China, com US$ 7,42 trilhes.- Estamos prximos da Frana, que ocupa a quinta posio e teve um PIB 12% maior que o Brasno ano passado, com US$ 2,78 trilhes - disse o estrategista-chefe do banco, Luciano Rostagno,responsvel pela converso dos PIBs em dlares.Ele acredita que o pas deve ultrapassar a Frana em 2015, estimativa semelhante do FMI. Issoconsiderando que o Brasil cresa 3,5% este ano, 4,5% no ano que vem e 5% em 2014 e 2015.Em contrapartida, a variao do PIB francs precisa se manter entre 1,5% e 2,5% nos prximosanos.Resultado foi pior que o de outros emergentes

    A comparao no to positiva para o Brasil quando se examina, no o valor monetrio, mas avariao do PIB. Por esse critrio, o pas ficou na rabeira do Bric (grupo que rene Brasil, Rssiandia e China) e abaixo de outros emergentes. Numa amostra com 18 economias, os 2,7%registrados em 2011 colocam o Brasil em oitavo lugar, atrs de China (9,2%) e ndia e Peru(ambos com 6,9%), por exemplo. Mas o pas bateu as principais economias europeias, queatravessam grave crise financeira, e os EUA (1,7%).J na anlise que leva em considerao o desempenho do quarto trimestre de 2011 frente aomesmo perodo do ano anterior, a alta de 1,4% do Brasil o coloca em 28 lugar entre as 46economias que j divulgaram o dado.- Nosso PIB teve alta de 2,7%, mas a inflao ficou no teto da meta, de 6,5%. Isso mostra que

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    nossa capacidade de crescer no s est limitada, mas est se reduzindo - disse AlessandraRibeiro, analista da Tendncias Consultoria.Segundo ela, o mau desempenho do Brasil em relao aos emergentes mostra que o pas aindano fez a lio de casa. Em 2011, afirmou, a economia brasileira foi, mais uma vez, puxada peloconsumo das famlias, enquanto o desempenho dos pases asiticos refletiu uma poupana maiore um nvel mais elevado de investimento.Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, as economias asiticas ainda sebeneficiam da proximidade com a China. No caso dos pases do Leste da Europa, que tambmregistraram crescimento expressivo, o melhor desempenho se deve baixa base de comparaodos anos anteriores.- Muitos desses pases europeus que tiveram crescimento alto no ano passado sofreram bastantenos anos anteriores. A Letnia, por exemplo, que cresceu 5,8% no quarto trimestre, chegou a teruma queda de dois dgitos no PIB na poca da crise - afirmou.Mesmo na Amrica Latina, o pas teve um desempenho aqum do de outras economias. Nestecaso, mais uma vez, a falta de investimento fez a diferena, diz Carlos Honorato, professor daFundao Instituto de Administrao (FIA):- Peru e Colmbia crescem mais que o pas porque fizeram as reformas do Estado e planejaram aatuao em setores especficos. No conseguimos ter uma viso de longo prazo.Segundo levantamento da Austin Rating, o crescimento de 2,7% do PIB brasileiro em 2011 ficouabaixo da mdia de 3,8% dos 18 pases que j divulgaram o dado. No quarto trimestre, a alta de1,4% tambm ficou abaixo da mdia de 2,5% de 46 pases.

    24. Mesmo 6 economia, Brasil continua pobre, dizeconomista da Unctad

    Especialistas ouvidos pela BBC Brasil pedem cautela com previso de que Brasil vai ultrapassarInglaterra e se tornar 6 maior economia do mundo.

    Da BBC

    O Brasil continuar sendo um pas pobre, mesmo com a previso de que a sua economia vaiultrapassar a britnica como 6 maior do mundo, segundo o economista Joerg Mayer, da divisode globalizao e desenvolvimento estratgico da Conferncia das Naes Unidas para o Comrce o Desenvolvimento (Unctad, sigla em ingls).

    "O pas ganha um pouco de prestgio, mas, como a populao brasileira muito numerosa, arenda mdia muito mais baixa", disse o economista BBC Brasil. "Mesmo como sexta econommundial, o Brasil continua pobre", afirmou.

    Agns Bnassy-Qur, diretora do Centro de Pesquisas Prospectivas e de InformaesInternacionais, em Paris, tambm relativiza as projees divulgadas nesta semana. " precisomuita precauo", disse a economista BBC Brasil.

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    "O Brasil apresenta um crescimento fulgurante, pois os clculos so feitos em dlar, que tem sedesvalorizado nos ltimos anos. No possvel dizer que esses nmeros so definitivos", afirmoa economista.

    Para Bnassy-Qur, o excesso de valor do real o fator principal para a economia brasileiraultrapassar a da Gr-Bretanha. "A moeda brasileira valorizou-se muito nos ltimos anos, enquanta libra esterlina sofreu uma forte