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 1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO ENGENHARIA MECANICA APOSTILA DE PROGRAMAÇÃO EM TORNOS CNC. Professor: Marcio Venzon

Apostila Cnc Torno

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    MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    ENGENHARIA MECANICA

    APOSTILA DE PROGRAMAO EM

    TORNOS CNC.

    Professor: Marcio Venzon

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    Introduo

    Um sistema de controle numrico comanda as aes de uma ou mais

    mquinas por interpretao automtica de instrues expressas em nmeros.

    A palavra "interpretao" refere-se a converso de alguns ou todos os dados

    numricos, como distancias, ngulos, temperaturas, concentraes, etc.

    Estas so quantidades mensurveis cujas magnitudes podem ser

    expressas numericamente, assim como nmero de pessoas ou quantia em

    dinheiro. Uma mquina numericamente controlada (mais conhecida como

    Mquinas CN/CNC), recebe informaes em forma digital. Nmeros em

    cdigos indicando dimenses de peas que podiam ser produzidos em cartes

    perfurados na dcada de 60 (sistemas de transmisses de dados deste tipo era

    possvel ser encontrado at na dcada de 80), eletronicamente gravados em

    fita magntica, em disquetes, cds, pen drives ou at mesmo via redes wireless

    nos dias atuais.

    Operaes de manufatura tm sido usadas com auxilio do controle

    numrico com muito sucesso, e cada dia mais percebemos possibilidade mais

    generalizadas de sistemas alimentados com informaes CNC (desde as

    mquinas de usinagem CNC at maquinas de costura, de montagens de

    automveis, robs industriais, etc.). Embora grande parcela das mquinas CNC

    esteja nas mquinas ferramenta (ou de usinagem) e sobre esse tipo de

    mquinas CNC que trataremos aqui, especialmente sobre tornos CNC.

    Primeiramente ser realizado um breve apanhado histrico para que

    possamos entender os principais fatores que levaram ao desenvolvimento

    desses equipamentos.

    Dois Fatos foram decisivos para a criao do CNC:

    1. O primeiro Foi a 2 Guerra, onde os EUA sentiram a necessidade

    de construir peas de reposio com uma maior velocidade.

    Peas essas que eram muito utilizadas em armamentos blicos e

    tanques de guerra.

    2. O segundo fator, foi o crescimento rpido de dois grandes

    segmentos indstrias da dcada de 50 (1950), a indstria

    Automobilstica e a Indstria Aeronutica. Essas duas indstrias

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    buscavam desenvolver um equipamento visando solucionar as

    seguintes limitaes:

    Baixa preciso das peas produzidas;

    Velocidade;

    Fator Humano;

    Necessidade de confeco de peas complexas;

    A iniciativa decisiva para desenvolvimento do CNC foi da Fora Area

    Americana, uma vez que os principais clientes na compra de seus avies era o

    Exercito para atuao na guerra.

    Para desenvolver esse equipamento, ou essa mquina que solucionasse

    suas limitaes, a Fora Area Americana, fez um acordo com uma fabricante

    de motores e com uma universidade Americana para desenvolvimento da nova

    tecnologia. A Universidade que trabalhou nesse desenvolvimento foi o MIT-

    EUA Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

    O Objetivo era substituir o homem por um computador, com isso reduzir

    todo o tempo das operaes e tambm reduzir os erros causados pelo fator

    humano.

    O primeiro CNC desenvolvido pelo MIT-EUA, foi uma fresadora.

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    Os primeiros movimentos conseguindos foram movimentos

    Unidimencionais em apenas dois eixos, somente tempos depois conseguiram

    realizar movimentos bidimensionais.

    Para melhor entendimento:

    Movimento unidimensional: quando o equipamento se movimenta ponto a

    ponto, se movimentando segundo uma reta, ou seja, em uma nica direo.

    Movimento bidimensional: quando o equipamento desenvolve movimentos

    sobre um plano, ou seja, em duas direes. Com esses movimentos sendo

    combinados nas duas direes, foi possvel realizar peas com a existncia de

    crculos, raios, chanfros, etc.

    Num terceiro momento dentro da evoluo histrica, sentiu-se a

    necessidade de melhor os acabamentos superficiais das peas, diante disso

    comearam os estudos e desenvolvimentos de novas tecnologias para

    ferramentas de corte.

    Com a evoluo das ferramentas, da qualidade das peas e da preciso,

    surgem dois grandes problemas:

    1- As folgas devido as engrenagens e fusos.

    2- Os desgastes dos barramentos devido ao atrito entre os carros e

    guias.

    A FAA 'Fora Area Americana contratou a Parsons e patrocinou

    estudos e desenvolvimento do controle numrico, e assim planejaram e

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    executaram as adaptaes de controle numrico para uma mquina

    ferramenta.

    Em 1952 foi criada a primeira fresadora vertical com trs eixos

    controlada por um novo tipo de controlador composto por um sistema hbrido

    analgico/digital que usava uma fita perfuradora como meio para armazenar o

    programa. Foi designada como Mquina Controlada Numericamente;

    A partir dessa data alguns outros fatores foram decisivos para o

    desenvolvimento:

    No ano de 1956 inicia-se a construo de 100 fresadoras, controladas

    numericamente para fabricar peas para empresas ligadas construo

    de aeronaves;

    No perodo de 1955-1958 houve o desenvolvimento da primeira

    aplicao de computador para assistir na gerao de programas de

    comando numrico.

    Continuou-se durante o ano de 1962 o desenvolvimento desta

    tecnologia com a aplicao em furadeiras. Foi desenvolvido tambem

    sistemas mecnicos para eliminar causas de ineficcia no controle da

    trajectria da ferramenta tais como folgas;

    Em 1970 comeam a ser aplicados os microprocessadores e memria

    RAM aos controladores numricos;

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    Aparecimento dos Sistemas CAD

    Incorporao de um computador dedicado no controlador numrico

    Seguindo, no ano de 1984 nasce o primeiro CNC desenvolvido no Brasil

    pela MCS, com o nome de CNC100.

    No anos de 1987 ocorreu a primeira FEIMAFE, com o lanamento do

    CNC 210 da MCS equipando o torno Romi Centur30 e os tornos GPR

    Nardini.

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    PRINCIPAIS COMPONENTES.

    INTRODUO:

    Para muitos fabricantes de bens de consumo, a manufatura e a

    montagem flexvel o nico meio no qual eles podem competir eficientemente

    no mercado com uma grande variedade de produtos. Isto ocorre porque os

    consumidores tm buscado cada vez mais variedades de produtos feitos sob

    medida para as suas necessidades em vez de produtos produzidos em massa.

    Tais produtos variados no podem ser mais produzidos atravs dos

    mtodos tradicionais de produo em massa, e neste caso sistemas flexveis

    de produo so necessrios. Sistemas Flexveis de Manufatura e Montagem

    normalmente consistem de vrias mquinas individuais programveis que

    podem fabricar um dado produto de acordo com a demanda.

    Equipamentos de manufatura e montagem, em conjunto com

    equipamentos de transporte e manuseio, formam os ingredientes para o

    suporte produo integrada. Hoje, tais equipamentos caracterizam-se pelo

    princpio do comando numrico. O comando numrico pode ser utilizado em

    qualquer tipo de mquina-ferramenta. Tem aplicao nas mquinas de maior

    versatilidade de operaes de usinagem, como tornos, fresadoras,

    mandriladoras e centros de usinagem. Componentes importantes de uma

    mquina-ferramenta com comando numrico incluem: componentes

    mecnicos, o controle, os acionamentos e os sistemas de medio. Parmetros

    para movimentos tais como, posies, trajetrias, velocidade de corte, avano,

    profundidade de corte, foras e momentos, podem ser ajustados

    automaticamente usando-se o controle por computador.

    Para que a mquina CNC possua as caractersticas necessrias para

    permitir grande produo e preciso dimensional das peas usinadas, sua

    construo deve atender requisitos importantes de alta rigidez, absoro de

    vibraes, baixo atrito e preciso de movimentos. Nas prximas sees, uma

    descrio dos componentes mecnicos, dos acionamentos e do controle da

    mquina CNC apresentada. Como muitos componentes, como barramentos,

    eixo e transmisses de movimentos, entre outros, so semelhantes nos

    diversos tipos de mquinas, um torno CNC ser tomado como exemplo e as

    caractersticas e propriedades analisadas em todos os componentes podem

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    ser generalizadas para os demais tipos de mquinas com comando numrico.

    No entanto, alguns componentes so tpicos de tornos e diferentes de outras

    mquinas ferramentas, necessitando detalhes adicionais.

    A Figura abaixo mostra um torno CNC, e seus principais componentes

    mecnicos, acionamentos e o painel do controle da mquina.

    A seguir ser visto com detalhes os principais componentes e suas

    funes:

    GUIAS E BARRAMENTOS.

    Os barramentos so elementos de vital importncia em uma mquina

    operatriz, pois determinam toda a preciso geomtrica da mquina. Cabe a

    eles a responsabilidade de sustentar os carros porta-ferramenta e orientar seus

    deslocamentos.Vrias formas de guias e barramentos j foram utilizadas,

    sempre visando reduzir o atrito e o desgaste. Com a utilizao das mquinas

    CNC, o problema complicou-se, pois alm do problema do desgaste, o

    problema do atrito no deslocamento dos carros porta-ferramenta tornou-se

    ponto crtico pelo efeito stick-slip. O efeito "stick-slip" observado quando h

    mudana de posio alternando entre deslizamentos (slip) e paradas (stick)

    e ocorre em movimentos de translao ou rotao com baixa velocidade. Em

    velocidades pequenas (5 a 20 mm/min), a pelcula de leo lubrificante

    rompida e ocorre atrito esttico.

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    Os elementos de transmisso (correias e fusos) possuem

    comportamento elstico e se deformam quando o motor acionado. Uma fora

    elstica crescente plicada sobre o carro at que o atrito esttico seja

    superado. O movimento acontece e a fora de atrito que se ope ao movimento

    diminui (o atrito passa a ser cintico), diminuindo a deformao dos elementos

    de transmisso de forma a diminuir a fora aplicada. Isso provoca uma nova

    parada do carro, restabelecendo-se o atrito esttico. Novos deslizamentos e

    paradas podem se repetir, proporcionando erros e defeitos de usinagem.

    Cabe salientar que o efeito stick-slip ocorre na usinagem de peas com

    arestas arredondadas, uma vez realizada pela composio de movimentos

    de mais de um carro (este tipo de geometria de pea, geralmente, necessita

    baixa velocidade em algum carro para ser usinada).

    A escolha de materiais adequados, tais como uma camada de resina

    sinttica de baixo coeficiente de atrito (Turcite) e baixo desgaste (Figura 1), ou

    aditivos no leo (bissulfeto de molibdnio) podem ajudar na soluo do

    problema. Outra soluo o uso de guias de baixo atrito e reduzido desgaste

    como as guias de rolamentos (Figura 2) e guias hidrostticas. Estas estratgias

    para construo de guias e barramentos reduzem a potncia dos servomotores

    para acionamento dos carros porta-ferramenta. Nos barramentos cilndricos

    injetado entre a guia e o corpo a ela ligado, leo sob presso, este sistema

    denominado de cama hidrosttica ou barramento hidrosttico, e reduz

    fora de atrito a quase zero. Figura 1.

    Figura 01 Barramento de turcite.

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    Figura 02 Barramento com rolamentos.

    Para o amortecimento de vibraes so adotados barramentos de alta

    rigidez construdos em ferro fundido e em alguns casos com enchimento de

    concreto ou areia do macho de fundio.

    MEIOS DE FIXAO DAS PEAS.

    A fixao de peas em torno CNC atravs de placa com trs castanhas

    podem ser acionadas de forma manual, ou de forma automtica com abertura e

    fechamento atravs de comando contido no programa CNC, e atravs de

    sistemas hidrulicos ou pneumticos. Quando necessrio, tambm podem ser

    programados posicionamentos da contra-ponta, avano e retrocesso do

    mangote e luneta, para uma melhor fixao.

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    PORTA - FERRAMENTAS.

    Nos processos de usinagem, poucas as peas podem ser usinadas com

    uma nica ferramenta. Por este motivo, o sistema de troca de ferramentas em

    mquinas CNC vem sendo otimizado pelos fabricantes. Nos tornos CNC a

    troca de ferramentas pode ser realizada automaticamente. Numa forma de

    minimizar os tempos passivos durante a execuo de um trabalho pode-se

    utilizar um suporte porta-ferramentas capaz de fixar vrias ferramentas. Neste

    sistema, a troca das ferramentas utilizadas comandada pelo programa CNC,

    necessitando apenas dos posicionamentos corretos das ferramentas, evitando

    assim as paradas no programa para eventuais trocas manuais das mesmas.

    Os tornos possuem dispositivos de concepes que se diferenciam em

    funo da quantidade de ferramentas a serem usadas. Podemos assim

    destacar alguns desses dispositivos:

    Sistema GANG TOOLS: dispositivo dotado de rasgos T para

    posicionamento dos suportes de ferramentas, oferecendo flexibilidade de

    montagem de ferramentas para mltiplas aplicaes;

    Torre eltrica: Neste sistema a troca automtica de ferramentas

    realizada atravs do giro da mesma que comandado pelo programa CNC,

    deixando a ferramenta na posio de trabalho;

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    Revolver: No sistema de revolver a troca realizada com o giro ou tombo do

    mesmo, que tambm comandado pelo programa CNC, at que a ferramenta

    desejada fique na posio de trabalho.

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    Magazine: No sistema magazine de modo geral, a troca de

    ferramentas realizado por um brao com duas garras. O programa posiciona

    a prxima ferramenta do magazine que entra em ao e interrompe a

    usinagem. Um brao com duas garras entra em ao, tirando de um lado

    nova ferramenta do magazine e do outro lado a ferramenta que estava

    operando na rvore principal da mquina. As posies das ferramentas se

    invertem pelo giro de 180 graus do brao de garras o qual logo aps introduz

    as ferramentas em seus lugares e so de modo geral comandados com lgica

    direcional.

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    SISTEMA DE REFRIGERAO E TRANSPORTE DE CAVACO.

    Como as mquinas CNC podem operar com altas velocidades de corte,

    necessrio um sistema que possibilite refrigerar, lubrificar e auxiliar na

    remoo dos cavacos. Algumas mquinas apresentam sistemas de

    ferramentas onde o fludo refrigerante conduzido atravs de canais no interior

    do suporte porta-ferramentas.

    Algumas outras utilizam mangueiras flexveis. Quando o fluido

    refrigerante incide sobre a pea e ferramenta provoca uma grande quantidade

    de respingos. Por este motivo, muitas mquinas CNC so equipadas com

    portas protetoras contra respingos e que tambm protegem contra o arremesso

    de cavacos ou partes que possam ser quebradas durante a usinagem,

    aumentando a segurana de trabalho. Uma outra soluo o problema de

    refrigerao da usinagem a utilizao de ar comprimido. Ao direcionar um

    jato de ar para a ponta da ferramenta, a temperatura reduzida e evita-se a

    contaminao do ambiente pelos fluidos refrigerantes.

    A maioria das mquinas CNC pode ser equipada com transportador

    automtico de cavacos. O transportador, que muitas vezes acionado por um

    comando no programa de usinagem, fundamental para retirar o de cavaco

    acumulado na mquina, permitindo um trabalho contnuo sem necessidade de

    interrupo da usinagem.

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    MOTOR DE ACIONAMENTO DO EIXO ARVORE.

    As transmisses de rotao para a pea nos tornos e para a ferramenta

    nas fresadoras so realizadas pelo eixo-rvore. O acionamento da rvore

    realizado atravs de um motor de corrente alternada, de corrente contnua. A

    Figura 1 o acionamento do movimento de corte realizado pela pea em um

    torno e na Figura 2 o acionamento do movimento de corte realizado pela

    ferramenta em uma fresadora.

    Quando o acionamento feito por motor de corrente alternada se

    utilizam inversores de freqncia para realizar o controle da rotao da pea.

    Quando as rvores principais das mquinas CNC so acionadas por

    motores de corrente contnua, o controle da rotao pode ser realizado atravs

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    de controle da tenso ou pela utilizao de um circuito eletrnico chamado

    PWM (Pulse Width Modulation ou Modulao por Largura de Pulso). O PWM

    uma forma de controle de tenso de alimentao do motor CC por recorte de

    tenso, onde tiristores ou transistores de potncia do circuito eletrnico do

    PWM so ligados ou bloqueados de modo a obter na sada o valor de tenso

    desejada. A principal vantagem da utilizao destes circuitos em relao a

    alimentao do motor CC com tenso varivel que se pode produzir baixas

    rotaes com torque elevado.

    MOTOR DE ACIONAMENTO DOS FUSOS.

    Os movimentos de avano devem ser realizados de forma a gerar a

    geometria desejada da pea atendendo exigncias de uniformidade de

    movimentos e de rapidez de reao na alterao de velocidades. A

    interferncia de foras externas, como a fora de corte e de atrito, provoca

    erros nos movimentos dos carros. Isso aumenta a dificuldade do controle dos

    movimentos pelo CN e de acionamento dos motores.

    Em geral so utilizados motores de corrente contnua para o

    acionamento dos avanos, que so regulados por um circuito de potncia e

    podem acionar ou frear em ambas as direes de movimento.

    Em mquinas CNC de concepo simples e menores exigncias de

    preciso so utilizados motores de passo nos acionamentos do avano. Para

    usinagem em altas velocidades necessrio um elevado torque de partida e de

    frenagem, no sendo possvel segurana no nmero de passos. Portanto sua

    aplicao restrita a pequenos torques.

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    So adotadas medidas eletrnicas de segurana adicionais para se

    evitar sobrecarga do motor devido:

    Gume de corte da ferramenta gasto;

    Picos de carga durante a acelerao e a desacelerao;

    Bloqueio do movimento do carro.

    FUSOS DE ESFERA RECIRCULANTES.

    Durante a usinagem de peas nas mquinas operatrizes so realizados

    movimentos de peas, ferramentas e carros. O sistema de transmisso de

    movimento para os carros porta-ferramentas o sistema de fuso e porca, que

    permite converter a rotao de um motor em um movimento linear. O conjunto

    parafuso/porca de rosca trapezoidal utilizado em mquinas convencionais

    possui o inconveniente de introduzir baixo rendimento transmisso por efeito

    do atrito gerado no contato da rosca do parafuso e da porca.

    A perda de energia provocada por este componente incompatvel com

    a aplicao em CNC e as precises de usinagem requeridas. A folga no

    conjunto parafuso/porca tambm deve ser levada em conta quando se inverte o

    sentido de deslocamento, pois pode provocar impreciso e at ruptura de

    ferramentas.

    Numa mquina convencional corrige-se essa folga manualmente e o

    motor tem potncia suficiente para compensar as perdas de energia

    provocadas pelo atrito, mas numa mquina CNC isso no aceitvel. As

    mquinas automticas devem inverter o sentido de deslocamento dos carros

    com velocidades altas e baixas com aceleraes e desaceleraes adequadas

    ao processo de produo. Por isso, os sistemas parafuso/porca clssicos no

    so aplicados nos sistemas de transmisso das mquinas CNC. Pelos motivos

    expostos anteriormente, mesmo sendo onerosos, os sistemas parafuso/porca

    com esferas, chamados de fusos de esferas recirculantes, substituem a

    transmisso convencional utilizando o mesmo tipo de montagem na mquina.

    Como num rolamento que possui esferas entre os anis interno e

    externo, um fuso de esferas recirculantes transmite a rotao do parafuso para

    a porca atravs de esferas. Isso permite transformar o atrito de deslizamento

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    (atrito cintico) das roscas parafuso-porca num atrito de rolamento (atrito

    esttico).

    Algumas vantagens dos fusos de esferas recirculantes so:

    1. Alto Rendimento: A reduo de atrito possibilita um rendimento

    mecnico em torno de 90%;

    2. Movimento Regular: Os fusos de esferas possuem movimento

    regular tambm a rotaes muito baixas, eliminando possveis trepidaes

    (efeito stick-slip) caractersticas dos fusos de rosca trapezoidal;

    3. Folga Axial prximo a Zero: A alta eficincia do contato por esferas

    permite pr-carga reduzindo bastante folga axial;

    4. Maior velocidade permitida: Os fusos de esferas permitem maior

    velocidade de rotao e possuem ponto de velocidade crtica muito superior

    aos fusos trapezoidais.

    5. Maior vida til: Os sistemas com fusos trapezoidais necessitam de

    mais intervenes de manuteno devido ao aparecimento de folga;

    6. Repetibilidade de posio: A reduo de desgaste por atrito e as

    folgas muito pequenas permite a repetibilidade de posicionamentos requeridos

    em certas mquinas de alta preciso;

    7. Mnima Lubrificao: Os fusos de esferas eliminam a necessidade

    constante de lubrificao, caracterstica dos fusos de rosca comum

    (trapezoidal). A lubrificao feita somente na montagem da mquina

    conforme instruo dos fabricantes.

  • 19

  • 20

    SISTEMA DE COORDENADAS

    Toda geometria da pea transmitida ao comando com auxlio de um

    sistema de coordenadas cartesianas.

    O sistema de coordenadas definido no plano formado pelo cruzamento

    de uma linha paralela ao movimento longitudinal (Z), com uma linha paralela ao

    movimento transversal (X).

    Todo movimento da ponta da ferramenta descrito neste plano XZ, em

    relao a uma origem pr-estabelecida (X0,Z0). Lembrar que X sempre a

    medida do dimetro.

    O sinal positivo ou negativo introduzido na dimenso a ser programada

    dado pelo quadrante, onde a ferramenta est situada:

  • 21

    SISTEMA DE COORDENADAS ABSOLUTAS

    Neste sistema, a origem estabelecida em funo da pea a ser

    executada, ou seja, podemos estabelec-la em qualquer ponto do espao para

    facilidade de programao. Este processo denominado Zero Flutuante.

    Como vimos, a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X0,

    Z0.O ponto X0 definido pela linha de centro do eixo-rvore.O ponto Z0

    definido por qualquer linha perpendicular linha de centro do eixo-rvore.

    Durante a programao, normalmente a origem (X0,Z0) pr-

    estabelecida no fundo da pea (encosto das castanhas) ou na face da pea ,

    conforme ilustrao abaixo:

  • 22

    SISTEMA DE COORDENADAS INCREMENTAIS:

    A origem deste sistema estabelecida para cada movimento da

    ferramenta. Aps qualquer deslocamento haver uma nova origem, ou seja,

    para qualquer ponto atingido pela ferramenta, a origem das coordenadas

    passar a ser o ponto alcanado. Todas as medidas so feitas atravs da

    distncia a ser deslocada.

    Se a ferramenta desloca-se de um ponto A at B(dois pontos quaisquer),

    as coordenadas a serem programadas sero as distncias entre os dois

    pontos,medidas (projetadas) em X e Z.

  • 23

    Note-se que o ponto A a origem do deslocamento para o ponto B e B

    ser origem para um deslocamento at um ponto C, e assim sucessivamente.

  • 24

    EXERCICIOS REFERNTE A SISTEMA DE COORDENADAS.

    Exerccio 01: Para a pea abaixo determinar os pontos principais da pea e

    preencher a tabela com as coordenadas para X e Z de cada ponto definido.

    Utilizar sistema de coordenada absoluta.

    PONTOS COORDENADAS PARA CADA EIXO

    EIXO X EIXO Z

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

  • 25

    Exerccio 02: Para a pea abaixo determinar os pontos principais da pea e

    preencher a tabela com as coordenadas para X e Z de cada ponto definido.

    Utilizar sistema de coordenada absoluta. .

    PONTOS COORDENADAS PARA CADA EIXO

    EIXO X EIXO Z

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

  • 26

    Exerccio 03: Para a pea abaixo determinar os pontos principais da pea e

    preencher a tabela com as coordenadas para X e Z de cada ponto definido.

    Utilizar sistema de coordenada absoluta. .

    PONTOS COORDENADAS PARA CADA EIXO

    EIXO X EIXO Z

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

  • 27

    Exerccio 04: Para a pea abaixo determinar os pontos principais da pea e

    preencher a tabela com as coordenadas para X e Z de cada ponto definido.

    Utilizar sistema de coordenada absoluta.

    PONTOS COORDENADAS PARA CADA EIXO

    EIXO X EIXO Z

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

  • 28

    TIPOS DE FUNO

    FUNES DE POSICIONAMENTO:

    Funo X:

    Aplicao: Posio no eixo transversal (absoluta)

    Formato: X+- 5.3 (milmetro)

    Funo Z:

    Aplicao: Posio no eixo longitudinal (absoluta)

    Formato: Z +- 5.3 (milmetro)

    Funo U:

    Aplicao: Deslocamento no eixo transversal (incremental em X)

    Formato: U+- 5.3 (milmetro)

    Funo W:

    Aplicao: Deslocamento no eixo longitudinal (incremental em Y)

    Formato: W+- 5.3 (milmetro)

    OBSERVAES:

    Para lanamento dos valores no programa, devemos sempre

    utilizar o sinal de negativo entre a funo de posicionamento e o

    numero, por exemplo, X-23.

    Se o valor a ser lanado for fracionado, devemos sempre utilizar o

    PONTO (.) para fazer essa separao. Por exemplo, X25.43

    Quando o valor a ser lanado for positivo, no necessrio

    colocar o sinal de mais (+) para fazer essa indicao.

  • 29

    FUNES ESPECIAIS:

    Funo N:

    Aplicao: Nmero sequencial de blocos.

    Cada bloco de informao identificado pela funo N, seguida de at

    4 dgitos, que o comando lana automaticamente no programa mantendo um

    incremento de 10 em 10. Caso o programador decida modificar a numerao

    de um determinado bloco, o comando assumir os incrementos em relao a

    alterao efetuada.

    Exemplo:

    N13;

    N23;

    N33;

    Funo: O

    Aplicao: Identificao do programa

    Todo programa ou sub-programa na memria do comando identificado

    atravs de um nico nmero "O" composto por at4 dgitos, podendo variar na

    faixa de 0001 at 9999.

    Funo:Barra (/)

    Aplicao: Eliminar a execuo de blocos.

    Utilizamos a Funo Barra (/) quando for necessrio inibir a execuo de

    blocos no programa, sem alterar a programao. Se o caracter / for digitado

  • 30

    na frente de alguns blocos, estes sero ignorados pelo comando, desde que o

    operador tenha selecionado a opo BLOCK DELETE no painel de comando.

    Caso a opo BLOCK DELETE no seja selecionada, o comando executar os

    blocos normalmente, inclusive os que contiverem o caracter /.

  • 31

    SEQUNCIA NECESSRIA PARA

    PROGRAMAO MANUSCRITA.

    O programador necessita ter conscincia de todos os parmetros

    envolvidos no processo e obter uma soluo adequada para usinagem de cada

    tipo de pea. Este deve analisar ainda todos os recursos da mquina, que

    sero exigidos quando da execuo da pea.

    Informaes Gerais.

    1. Os softwares mais comercializados no mundo so da Siemens e Fanuc,

    ambos possuem verses disponveis em oito lnguas.

    2. Ao final de cada linha de comando devemos fechar o bloco com ponto e

    vrgula (;).

    3. A evoluo de uma mquina CNC medida pelo seu nmero de eixos

    que ela controla. Por Exemplo, 02 eixos, 04 eixos, 06 eixos, 08 eixos.

    Quanto maior o numero de eixos mais evoluda a maquina.

    4. Outro fator que deve ser levado em conta na especificao de uma

    maquina a quantidade de entradas e sadas que ela possui. Essas

    entradas e sadas so utilizadas para controlar por exemplo:

    a. Alimentador automtico de peas;

    b. Esteira de retirada de cavaco;

    c. Contador de peas;

    d. Pegador de peas;

    e. Gerenciador de vida til de ferramentas;

    5. As mquinas CNC, so construdas basicamente de duas formas, os

    quais podemos chamar de CNC Hibrido e CNC Original.

    a. O CNC Hibrido aquele em que se aproveita a estrutura de

    barramentos e rvore de um torno convencional e adaptado

    todos os acessrios de uma mquina CNC. A principal

    caracterstica dessas mquinas que o magazine de ferramentas

    esta na parte frontal da maquina.

  • 32

    b. J o CNC Original, aquele que todo o seu projeto e construo

    j foi desenvolvido para ser somente uma maquina CNC. Seu

    projeto original foi concedido para tal funo. A principal

    caracterstica deste equipamento que o magazine de

    ferramentas fica atrs do barramento.

  • 33

    Estudo do desenho da pea: final e bruta

    O programador deve ter habilidade para comparar o desenho (pea

    pronta) com a dimenso desejada na usinagem com a mquina a Comando

    Numrico. H necessidade de uma anlise sobre a viabilidade da execuo da

    pea, levando-se em conta as dimenses exigidas, o sobremetal existente da

    fase anterior, o ferramental necessrio, a fixao da pea, etc.

    Processo a utilizar

    necessrio haver uma definio das fases de usinagem para cada

    pea a ser executada, estabelecendo-se, assim, o sistema de fixao

    adequado usinagem.

    Ferramental voltado ao CNC

    A escolha do ferramental importantssima, bem como, a sua

    disposio na torre. necessrio que o ferramental seja colocado de tal forma

    que no haja interferncia entre si e com o restante da mquina. Um bom

    programa depende muito da escolha do ferramental adequado e da fixao

    deste, de modo conveniente.

    Conhecimentos dos parmetros fsicos da mquina e sistema

    de programao do comando

    So necessrios tais conhecimentos por parte do programador, para que

    este possa enquadrar as operaes de modo a utilizar todos os recursos da

    mquina e do comando, visando, sempre minimizar os tempos e fases de

    operaes e ainda garantir a qualidade do produto.

  • 34

    Definies em funo do material, dos parmetros de corte

    como avano, velocidade, etc.

    Em funo do material a ser usinado, bem como da ferramenta utilizada

    e da operao a ser executado, o programador deve estabelecer as

    velocidades de corte, os avanos e as potncias requeridas da mquina. Os

    clculos necessrios na obteno de tais parmetros so os seguintes:

    Velocidade de corte (VC)

    Dependendo do material a ser usinado, a velocidade de corte um dado

    importante e necessrio. A velocidade de corte uma grandeza diretamente

    proporcional ao dimetro e rotao da rvore, dada pela frmula:

    onde:

    Vc = Velocidade de corte (m/min)

    D = Dimetro (mm)

    N = Rotao da rvore (rpm)

    Na determinao da velocidade de corte para uma determinada ferramenta

    efetuar uma usinagem, a rotao dada pela frmula:

    Avano

    O avano um dado importante de corte e obtido levando-se em conta

    o material, a ferramenta e a operao a ser executada. Geralmente nos tornos

    com comando numrico utiliza-se o avano em mm/rot. Mas este pode ser

    determinado tambm em mm/min.

  • 35

    REA DE CORTE PARA FERRAMENTA DE 90 GRAUS

    Potncia de Corte (Nc)

    Para evitarmos alguns inconvenientes durante a usinagem tais como

    sobrecarga do motor e consequente parada do eixo-rvore durante a operao,

    faz-se necessrio um clculo prvio da potncia a ser consumida, que pode

    nos ser dada pela frmula:

    Ks = Presso especfica de corte

    P = Profundidade de corte

    a = Avano

    Vc = Velocidade de corte

    h = Rendimento

    COSMOS 10G/10U = 0,9

    COSMOS 15U = 0,9

    COSMOS 20U/30U = 0,9

    CENTUR 35E = 0,8

  • 36

  • 37

    FUNES PREPARATRIAS: "G"

    Aplicao: Este grupo de funes definem mquina o que fazer,

    preparando-a para executar um tipo de operao, ou para receber uma

    determinada informao.

    As funes podem ser MODAIS ou NO MODAIS.

    MODAIS: So as funes que uma vez programadas permanecem na memria

    do comando,valendo para todos os blocos posteriores, a menos que

    modificados por outra funo ou a mesma.

    NO MODAIS: So as funes que todas as vezes que requeridas, devem ser

    programadas, ou seja, so vlidas somente no bloco que as contm.

    Todos os cdigos G e suas referidas funes so padronizados pela

    Norma ISO, e temos como referncia a tabela abaixo.

    Cdigo G Descrio da Funo

    G00 Posicionamento rpido

    G01 Interpolao linear

    G02 Interpolao circular no sentido horario (CW)

    G03 Interpolao circular no sentido anti-horario (CCW)

    G20 Programao em sistema Ingls (Polegadas)

    G21 Programao em sistema Internacional (Mtrico)

    G28 Posiciona a torre de ferramentas na posio do Zero mquina

    G40 Cancela Compensao de Raio da ferramenta

    G41 Compensao de Raio da ferramenta (Esquerda)

    G42 Compensao de Raio da ferramenta (Direita)

  • 38

    G50 Estabelece limite de Rotao RPM (comando Fanuc)

    G54 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (01)

    G55 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (02)

    G56 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (03)

    G57 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (04)

    G58 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (05)

    G59 Zeragem dos eixos fora do zero fixo (06)

    G63 Habilitar leo refrigerante por dentro da ferramenta

    G70 Ciclo de acabamento

    G71 Ciclo de desbaste automtico

    G74 Ciclo de Furao

    G75 Ciclo de Canais

    G76 Ciclo automtico de rosca

    G77 Ciclo de torneamento Cnico.

    G90 Trabalhar com Sistemas de Coordenadas absoluta

    G91 Trabalhar com Sistemas de Coordenadas Incremental

    G92 Estabelece limite de Rotao RPM (comando Siemens)

    G95 Avano por revoluo

    G96 Programao em Velocidade de Corte Constante

    G97 Rotao do fuso dado em RPM

  • 39

    FUNO: G00

    Aplicao: Posicionamento rpido.

    Os eixos movem-se para a meta programada com a maior velocidade de

    avano disponvel para cada modelo de mquina. A funo G00 Modal e

    cancela as funes G1, G2, G3.

    OBS.: Na grande maioria dos equipamentos esse comando realiza o

    deslocamento rpido da torre processa-se inicialmente 45 at uma das

    metas "X" ou "Z" programadas, para depois deslocar-se em um s eixo

    at o ponto final desejado. Portanto devemos nos atentar sempre para

    esse movimento.

    FUNO: G01

    Aplicao: Interpolao linear com avano programvel.

    Com esta funo obtm-se movimentos retilneos com qualquer ngulo,

    calculado atravs de coordenadas e com um avano (F) pr-determinado pelo

    programador. Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avano em mm/rotao,

    mas este tambm pode ser utilizado em mm/min.

  • 40

    O avano um dado importante de corte e obtido levando-se em conta

    o material, a ferramenta e a operao a ser executada.

    A funo G01 Modal e cancela as funes G00, G02, G03.

  • 41

    FUNO: G02 e G03

    Aplicao: Interpolao circular.

    Tanto G2 como G3 executam operaes de usinagem de arcos pr-

    definidos atravs de uma movimentao apropriada e simultnea dos eixos.

    A funo G02 ou G03 requer:

    X = posio final do arco (absoluto/dimetro)

    Z = posio final do arco (absoluto)

    R = valor do raio

    (F) = valor do avano

    Podemos trabalhar tambm com valores incrementais, fornecendo as

    seguintes informaes:

    (U) = deslocamento incremental do eixo transversal (dimetro)

    (W)= deslocamento incremental no eixo longitudinal

    I = coordenada do centro do arco no eixo transversal (incremental/raio)

    K = coordenada do centro do arco no eixo longitudinal (incremental)

    Na programao de um arco deve-se observar as seguintes regras:

    O ponto de partida do arco a posio de incio da ferramenta.

    Programa-se o sentido de interpolao circular G02 ou G03 (horria ou

    anti-horria).

    Juntamente como sentido da interpolao programa-se as coordenadas

    do ponto final do arco com X e Z ou ento as funes U e W que

    determinam um deslocamento incremental.

    Juntamente com o sentido do arco e as coordenadas finais , programa-

    se as funes I e K (coordenadas do centro do arco), ou ento, a funo

    R (valor do raio).

  • 42

    Para fazer uma interpolao, temos duas maneiras utilizando as funo G02 e

    G03.

    1. A primeira utilizando o valor do Raio (R), para isso devemos obedecer

    aos seguintes parmetros.

    a. X=PONTO FINAL DA INTERPOLAO

    b. Z= PONTO FINAL DA INTERPOLAO.

    c. R= VALOR DO RAIO.

  • 43

    2. Tambm possvel fazer interpolao utilizando os valor de I(x) e K(z),

    que substituem o valor do Raio (R), porm esses valores de I e K

    indicam o centro do Raio.

    Para melhor entender temos dois exemplos abaixo resolvidos, das duas

    formas utilizando o Raio e os Valores de I e K. Por questes de praticidade de

    programao recomendasse sempre trabalhar com o valor do Raio (primeira

    opo).

  • 44

    Observao:

    No caso de termos ferramentas trabalhando em quadrantes diferentes,

    no eixo transversal (quadrante negativo), deveremos inverter o cdigo de

    interpolao circular (G2 eG3)em relao ao sentido de deslocamento da

    ferramenta.

    Importante:

    As Funes G02 e G03 so Modais, e aps sua utilizao,

    deveremos confirmar o prximo cdigo "G" a ser utilizado nos blocos

    subseqentes. Uma vez ativa permanece ativa, at que outra funo G

    (G00, G01) seja acionada.

  • 45

    Funo: C, R.

    Aplicao: Chanfro e arredondamento de cantos

    Um chanfro ou um canto arredondado pode ser inserido

    automaticamente entre dois movimentos lineares que formem ngulos retos

    (90).Atravs das funes C (chanfro) ou R(raio) no bloco que gera o primeiro

    segmento, indicando o sinal (direo do prximo movimento) e a dimenso de

    chanfro ou raio desejado.

    Exemplos:

    OBS.:No exemplo foram considerados raios e chanfros de "3,0 mm"

    OBS.: Para mquinas equipadas como eixo "C" deveremos

    substituir o cdigo C (chanfro) pelas funes "I" e "K" precedidas do

    caracter vrgula. Ex: ",I" e ",K"

  • 46

    FUNO: G20

    Aplicao: Prepara o comando para computar todas as entradas de

    dados em polegadas.

    Esta funo prepara o comando para computar todas as entradas de

    dados em polegadas.

    FUNO: G21

    Aplicao: Admite programa em milmetro.

    Esta funo prepara o comando para computar todas as entradas de

    dados em milmetros. No h necessidade de programa-se esta funo, pois a

    mesma est ativa quando o comando ligado.

    OBS.: Em algumas mquinas podemos trabalhar em milmetro ou

    polegada num mesmo programa. Tanto a funo G20 como a G21 so

    modais. Como exemplo de podemos citar o comando ROMI MACH 6L.

    FUNO: G33

    Aplicao: Ciclo de roscamento (bsico)

    A funo G33 executa o roscamento no eixo X e Z onde cada

    profundidade programada explicitamente em bloco separado.

    H possibilidade de abrir-se roscas em dimetros internos e externos como

    roscas paralelas e cnicas, simples ou de mltiplas entradas.

    A funo G33 requer:

    X= dimetro final do roscamento

    Z = posio final do comprimento da rosca (absoluto)

    (U) = deslocamento incremental no eixo transversal para roscamento cnico

    (W) = deslocamento incremental no eixo longitudinal

    F = passo da rosca

    OBS.: No h necessidade de repetirmos o valor do passo (F) nos blocos

    posteriores de G33. A funo G33 modal.

  • 47

    EXEMPLO DE PROGRAMAO: ROSCA MTRICA DIMETRO 30 x 1,5

    Relao de frmulas:

    P (Altura do filete)

    P = (0.65 x passo)

    P = 0.975

    X (Dimetro final)

    X=Dimetro inicial - (Altura do Filete x 2)

    X = 30 - 1.95

    X = 28.05

  • 48

    FUNO: G76

    Aplicao: Ciclo automtico de rosca

    A funo G76 requer:

    G76 P (m) (r) (a) Q R; onde:

    m = nmero de repeties do ltimo passe

    r = comprimento de a sada angular da rosca valor programado = [(r passo) x

    10]

    a = ngulo da ferramenta (0, 29, 30, 55 e 60)

    Q = mnima profundidade de corte (raio/sem ponto decimal)

    R = profundidade do ltimo passe (raio/com ponto decimal)

    G76 X(U) Z(W) R P Q F; onde

    X = dimetro final do roscamento

    (U) = distncia incremental do ponto posicionado at o dimetro final da rosca

    (raio)

    Z = comprimento final do roscamento

    (W) = distncia incremental no eixo longitudinal para rosca cnica

    R = valor da conexidade incremental no eixo "X" (raio/negativo para externo e

    positivo para interno)

    P = altura do filete da rosca (raio/sem ponto decimal)

    Q = profundidade do 1 passe (raio/sem ponto decimal)

    F = passo da rosca

  • 49

  • 50

    Funo: T (Seleo de Ferramentas)

    A Funo T usada para selecionar as ferramentas informando

    mquina o seu zeramento (PRE-SET), raio do inserto, sentido de corte e

    corretores.

    No CNC MACH 6 por exemplo temos possibilidade de utilizar at 16

    ferramentas e 16 corretores, sendo o limite estipulado para cada modelo de

    mquina, e podemos programar de duas maneiras possveis:

  • 51

    - Na linha CENTUR programa-se o cdigo "T" acompanhado de no mximo

    quatro dgitos, assim sendo, o zeramento, raio do inserto, sentido de corte e

    corretores, so definidos na mesma pgina do comando

    - Na linha COSMOS programa-se o cdigo "T" acompanhado de no mximo

    quatro dgitos. Neste caso os dois primeiros dgitos definem mquina a

    localizao da ferramenta na torre e seu zeramento (PRE-SET), e os dois

    ltimos dgitos definem o nmero do corretor de ajustes de medidas e

    correes de desgastes do inserto.

    IMPORTANTE: O raio do inserto (R) e a geometria da ferramenta (T)

    devem ser inseridos somente na pgina de geometria de ferramentas.

    FUNO: G40

    Aplicao: Cancela compensao do raio da ponta da ferramenta.

    A Funo G40 deve ser programada para cancelar as funes previamente

    solicitadas como G41 e G42. Esta funo, quando solicitada pode utilizar o

    bloco posterior para descompensar o raio do inserto programado na pgina de

    GEOMETRIA DE FERRAMENTAS, utilizando avano de trabalho (G1).

    A Funo G40 um cdigo Modal e est ativa quando o comando

    ligado. O ponto comandado para trabalho encontra-se no vrtice entre os eixos

    X e Z.

  • 52

  • 53

    FUNO: G41

    Aplicao: Compensao do raio da ponta da ferramenta

    (esquerda)

    A Funo G41 seleciona o valor da compensao do raio da ponta da

    ferramenta, estando esquerda da pea a ser usinada, vista em relao ao

    sentido do curso de corte.

    A geometria da ponta da ferramenta e amaneira na qual ela foi

    informada so definidas pelo cdigo T, na pgina de Geometria das

    Ferramentas.

    A Funo G41 Modal, portanto cancela a G40

    OBS. Durante a compensao de raio, os deslocamentos programados,

    tm que ser sempre, maiores que duas vezes o valor do raio do inserto

    (pastilha)

    FUNO: G42

    Aplicao: Compensao do raio da ponta da ferramenta (direita)

    Esta funo implica em uma compensao similar Funo G41,

    exceto que a direo de compensao direita, vista em relao ao sentido

    do curso de corte.

    A Funo G42 Modal, portanto cancela a G40.

    A Funo T deve ser utilizada na pgina de GEOMETRIA dando o

    lado de corte da ferramenta.

    OBS. Durante a compensao de raio, os deslocamentos programados,

    tm que ser sempre, maiores que duas vezes o raio do inserto (pastilha).

  • 54

    CDIGOS PARA COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA:

    QUADRANTE (+)

    CDIGOS PARA COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA:

    (Para mquinas equipadas com sistema "Gang Tools")

    QUADRANTE (-)

  • 55

    OBS.: O importante para escolha do cdigo G41 ou G42 adequado para cada caso,

    o sentido de corte longitudinal.

    LADO DE CORTE PARA COMPENSAO DO RAIO DA FERRAMENTA

    (torre dianteira):

  • 56

  • 57

    (torre traseira):

    DESBASTE EXTERNO PARALELO AO EIXO X:

  • 58

    FUNO: G70

    Aplicao: Ciclo de acabamento.

    Este ciclo utilizado aps a aplicao dos ciclos de desbaste G71, G72

    e G73 para dar o acabamento final da pea sem que o programador necessite

    repetir toda a seqncia do perfil a ser executado.

    A funo G70 requer:

    G70 P Q; onde:

    P = nmero do bloco que define o incio do perfil

    Q = nmero do bloco que define o final do perfil

    As funes F, S e T especificadas nos blocos G71, G72 e G73 no tem

    efeito, mas as especificadas entre o bloco de incio do perfil (P) e final do perfil

    (Q) so vlidas durante a utilizao do cdigo G70.

    OBS.: Aps a execuo do ciclo G70 a ferramenta retorna

    automaticamente ao ponto utilizado para o posicionamento.

  • 59

    FUNO: G71

    Aplicao: Ciclo de desbaste automtico longitudinal com pr-

    acabamento.

    A funo G71 deve ser programada em dois blocos subsequentes, visto

    que os valores relativos a profundidade de corte e sobremetal para

    acabamento no eixo transversal so informados pela funo "U".

    A funo G71 no 1 bloco requer:

    G71 U R; onde:

    U = valor da profundidade de corte durante o ciclo (raio/com ponto decimal)

    R = valor do afastamento no eixo transversal para retorno ao Z inicial (raio/com

    ponto decimal)

    A funo G71 no 2 bloco requer:

    G71 P Q U W F (S) (T); onde:

    P = nmero do bloco que define o incio do perfil

    Q = nmero do bloco que define o final do perfil

    U = sobremetal para acabamento no eixo "X" (positivo para externo e negativo

    para o interno/dimetro)

    W = sobremetal para acabamento no eixo "Z" (positivo para sobremetal

    direita e negativo para usinagem esquerda)

    F = velocidade de avano

    (S) =valor da velocidade de corte ou rotao

    (T) =define o nmero da ferramenta para a execuo do ciclo

    NOTA: Aps a execuo do ciclo, a ferramenta retorna automaticamente

    ao ponto posicionado.

    OBS.: No permitida a programao da funo "Z" no 1 bloco que

    define o perfil a ser usinado.

  • 60

    USINAGEM EXTERNA

    EXEMPLO DE PROGRAMAO:

    N40 G0 X80. Z72.;

    N50 G71 U2.5 R2.; (ciclo de desbaste)

    N60 G71 P70 Q140 U1. W.3 F.25;

    N70 G0 X16.;

    N80 G1 Z70. F.2;

    N90 X20. Z68.;

    N100 Z55.;

    N110 G2 X30. Z50. R5.;

    N120 G1 X50.;

    N130 Z40.;

    N140 X80. Z25.;

    N150 G42;

    N160 G70 P70 Q140; (ciclo de acabamento)

    N170 G40;

    N180 G0 X_ _ _ _ Z_ _ _ _ ; (PONTO DE TROCA)

  • 61

    USINAGEM INTERNA

    EXEMPLO DE PROGRAMAO:

    N50 G0 X30. Z72.;

    N60 G71 U3. R2.; (ciclo de desbaste)

    N70 G71 P80 Q150. U-1. W.3 F.3;

    N80 G0 X80.;

    N90 G1 Z70. F.2;

    N100 X76. Z68.;

    N110 Z60.;

    N120 G3 X66. Z55. R5.;

    N130 G1 X50.;

    N140 Z45.;

    N150 X30. Z20.;

    N160 G41;

    N170 G70 P80 Q150; (ciclo de acabamento)

    N180 G40;

    N190 G0 X_ _ _ _ Z_ _ _ _; (PONTO DE TROCA)

  • 62

    FUNO: G72

    Aplicao: Ciclo automtico de desbaste transversal com pr-

    acabamento.

    A funo G72 deve ser programada em dois blocos subsequentes, visto

    que os valores relativos profundidade de corte e o sobremetal para

    acabamento no eixo longitudinal so informados pela funo "W".

    A funo G72 no 1 bloco requer:

    G72 W R; onde:

    W = profundidade de corte durante o ciclo

    R = valor do afastamento no eixo longitudinal para retorno ao "X" inicial

    A funo G72 no 2 bloco requer:

    G72 P Q U W F (S) (T); onde:

    P = nmero do bloco que define o incio do perfil

    Q = nmero do bloco que define o final do perfil

    U = sobremetal para acabamento no eixo "X" (positivo para externo ou negativo

    para interno

    W = sobremetal para acabamento no eixo "Z" (positivo para sobremetal

    direita do perfilou negativo para sobremetal esquerda do perfil)

    F = velocidade de avano

    (S) = valor da velocidade de corte ou rotao

    (T) = define o nmero da ferramenta para a execuo do ciclo

    NOTA: Aps a execuo do ciclo, a ferramenta retorna automaticamente

    ao ponto posicionado.

    OBS.: No permitida a programao da funo "X" no 1 bloco que

    define o perfil a ser usinado.

    IMPORTANTE:

    A PROGRAMAO DO PERFIL DO ACABAMENTO DA PEA

    DEVER SER DEFINIDA DA ESQUERDA PARA A DIREITA.

  • 63

    EXEMPLO 01 DE PROGRAMAO:

    N30 G0 X84. Z70.;

    N40 G72 W2. R1.; (ciclo de desbaste)

    N50 G72 P60 Q140 U1. W.3 F.25;

    N60 G0 Z18.;

    N70 G1 X80. F.18;

    N80 X76. Z20.;

    N90 X65.;

    N100 G3 X55. Z25. R5.;

    N110 G1 Z54.;

    N120 X38.;

    N130 X28. Z65.;

    N140 Z70.;

    N150 G41;

    N160 G70 P60 Q140; (ciclo de acabamento)

    N170 G40;

    N180 G0 X_ _ _ _ Z_ _ _ _; (PONTO DE TROCA)

  • 64

    EXEMPLO 02 DE PROGRAMAO:

    N30 G0 X28. Z75.;

    N40 Z70.;

    N50 G72 W2.5 R1.5;

    N60 G72 P70 Q140 U-1. W.3 F.3;

    N70 G0 Z18.;

    N80 G1 X30. F.2;

    N90 X34. Z20.;

    N100 X43.;

    N110 G2 X53. Z25. R5.;

    N120 G1 Z55.;

    N130 X60.;

    N140 X70. Z70.;

    N150 G42;

    N160 G70 P70 Q140;

    N170 G40;

    N180 G0 X_ _ _ _ Z_ _ _ _; (PONTO DE TROCA)

  • 65

    FUNO: G73

    Aplicao: Ciclo automtico de desbaste paralelo ao perfil final.

    O ciclo G73 permite a usinagem de desbaste completa de uma pea,

    utilizando-se apenas de dois blocos de programao.

    A funo G73 especfica para materiais fundidos e forjados, pois a

    ferramenta segue sempre um percurso paralelo ao perfil definido.

    A funo G73 requer no 1 bloco:

    G73 U WR; onde:

    U = direo e quantidade de material a ser removido no eixo "X" (raio/com

    ponto decimal)

    W = direo e quantidade de material a ser removido no eixo "Z"

    R = nmero de passes em desbaste

    A funo G73 requer no 2 bloco:

    G73 P Q U W F (S) (T); onde:

    P = nmero do bloco que define o incio do perfil

    Q = nmero do bloco que define o final do perfil

    U = sobremetal para o acabamento no eixo "X"(positivo para externo e negativo

    para interno/dimetro)

    W = sobremetal para o acabamento no eixo "Z" (positivo para sobremetal

    direita do perfilou negativo para sobremetal esquerda do perfil)

    F = avano programado

    (S) = valor da velocidade de corte ou rotao

    (T) = define o nmero da ferramenta para a execuo do ciclo

    OBS.: No permitida a programao da funo "Z" no 1 bloco que

    define o perfil a ser usinado.

  • 66

    EXEMPLO 01 DE PROGRAMAO:

    N50 G0 X90. Z80.;

    N60 G73 U5. W3. R2;

    N70 G73 P80 Q130 U2. W.3 F.2;

    N80 G0 X25.;

    N90 G1 Z75. F1.;

    N100 Z66. F.18;

    N110 X50. Z50.;

    N120 Z30.;

    N130 X80. Z20.;

    N140 G42;

    N150 G70 P80 Q130;

    N160 G40;

    N170 G0 X_ _ _ _ Z_ _ _ _; (PONTO DE TROCA)

    No exemplo foi considerado:

    Desbaste em duas passadas

    Excesso de material "X" = 10mm (f)

    Excesso de material "Z" = 3mm

    Sobremetal para acabamento "X" = 2mm (f)

    Sobremetal para acabamento "Z" = 0.3mm

  • 67

    EXEMPLO 02 DE PROGRAMAO:

    N50 G0 X27. Z66.;

    N60 G73 U-4. W4. R3;

    N70 G73 P80 Q140 U-1.5 W.3 F.3;

    N80 G0 X70.;

    N90 G1 Z60. F1.;

    N100 Z55. F.2;

    N110 X60. Z50.;

    N120 X50.;

    N130 X40. Z24.;

    N140 X35.;

    N150 G41;

    N160 G70 P80 Q140;

    N170 G40;

    N180 G0 X_ _ _ _ Z_ _ _ _; (PONTO DE TROCA)

    No exemplo foi considerado:

    Desbaste em trs passadas

    Excesso de material "X" = 8mm(f)

    Excesso de material "Z" = 4mm

    Sobremetal para acabamento "X" = 1,5mm(f)

    Sobremetal para acabamento "Z" = 0.3mm

  • 68

    OBS.: Quando o ciclo G73 executar usinagem interna, os valores de

    excesso de material e sobremetal para acabamento no eixo "X" devero

    ser negativos.

    FUNO: G74

    Aplicao: Ciclo de furao.

    A funo G74 como ciclo de furao requer:

    G74 R;

    G74 Z(W) Q F; onde:

    R = retorno incremental para quebra de cavaco no ciclo de furao

    Z = posio final (absoluto)

    (W)= valor do comprimento de corte (incremental)

    Q = valor do incremento no ciclo de furao (sem ponto decimal)

    F = avano de trabalho

    NOTA: Aps a execuo do ciclo. a ferramenta retorna

    automaticamente ao ponto posicionado.

    OBS.: Quando utilizarmos o ciclo G74 como ciclo de furao no

    poderemos informar as funes "X" e "U" no bloco.

    A funo Q que define o valor do incremento, temos formato inteiro.

  • 69

    N50 G0 X0 Z75.;

    N60 G74 R2.;

    N70 G74 Z-4. Q15000 F.15;

    N80 G0 X____ Z____; (PONTO DE TROCA)

    NOTA: Aps a execuo do ciclo. a ferramenta retorna

    automaticamente ao ponto posicionado.

    OBS.: Quando utilizarmos o ciclo G74 como ciclo de furao no

    poderemos informar as funes "X" e "U" no bloco.

    A funo Q que define o valor do incremento, temos formato inteiro.

    NOTA: Para a execuo deste ciclo, deveremos posicionar a ferramenta

    no dimetro da primeira passada.

    OBS.: Aps a execuo do ciclo a ferramenta retorna automaticamente ao

    ponto de posicionamento.

    FUNO: G75

    Aplicao: Ciclo de canais.

    A funo G75 como ciclo de canais requer:

    G75 R; onde:

    R = retorno incremental para quebra de cavaco (raio/com ponto decimal)

    G75 X(U) Z(W) P Q F; onde:

    X = dimetro final do canal

  • 70

    (U)= valor do material a ser removido no eixo transversal (raio)

    Z = posio final (absoluto)

    (W)= valor do comprimento de corte (incremental)

    P = incremento de corte (raio/sem ponto decimal)

    Q = distncia entre os canais (incremental/sem ponto decimal)

    F = avano de trabalho

    Neste ciclo os canais devero ser eqidistantes, com exceo do ltimo.

    NOTA: Aps a execuo do ciclo, a ferramenta retorna

    automaticamente ao ponto posicionado.

  • 71

    FUNO: G77

    Aplicao: Ciclo de torneamento cnico.

    A funo G77 como ciclo de torneamento cnico, requer:

    G77 X(U) Z(W) R F; onde:

    X = dimetro da primeira passada

    (U)= profundidade em incremental

    Z = posio final (absoluto)

    (W)= distncia incremental

    R = conicidade incremental no eixo "X" entre o ponto inicial e final

    (raio/negativo para usinagem externa e positivo para interna)

    F = avano de trabalho

    OBS.: No posicionamento da ferramenta no eixo "X", acrescentar o

    valor de "R" (no dimetro), para definio da coordenada a ser

    programada, em relao ao material em bruto.

  • 72

    EXEMPLO DE PROGRAMAO

    N30 G0 X80. Z57.;

    N40 G77 X76. Z20. R-5. F.2;

    N50 X72.;

    N60 X68.;

    N70 X64.;

    N80 G0 X_ _ _ _ Z_ _ _ _;(PONTO DE TROCA)

    FUNO: G79

    Aplicao: Ciclo de faceamento cnico.

    A funo G79, como ciclo de faceamento cnico, requer:

    G79 X(U) Z(W) R F; onde:

    X = dimetro final do faceamento

    (U) = quantidade de material a ser removido no eixo transversal

    (incremental)

    Z =posio final (absoluto)

    (W)= distncia incremental

    R = conicidade incremental (negativo para externo e interno)

    F = avano de trabalho

  • 73

    N50 G0 X64. Z55.485;

    N60 G79 X20. Z52.485 R-5.485 F.15;

    N70 Z49.485;

    N80 Z46.485;

    N90 Z43.485;

    N100 Z40.485;

    N110 Z38.;

    N120 G0 X_ _ _ _ Z_ _ _ _; (PONTO DE TROCA)

    FUNO: G90

    Aplicao: Programao em coordenadas absolutas.

    Este cdigo prepara a mquina para executar operaes em

    coordenadas absolutas, tendo uma origem pr-fixada para a programao.

    A funo G90 Modal.

  • 74

    FUNO: G91

    Aplicao: Programao em coordenadas incrementais.

    Este cdigo prepara a mquina para executar todas as operaes em

    coordenadas incrementais. Assim, todas as medidas so feitas atravs da

    distncia a se deslocar. Neste caso, a origem das coordenadas de qualquer

    ponto o ponto anterior ao deslocamento.

    A funo G91 Modal.

    FUNO: G92

    Aplicao: Estabelece limite de rotao (RPM).

    Quando se estiver trabalhando com o cdigo G92 junto com a funo

    auxiliar S4 (4dgitos) estaremos limitando a rotao do eixo rvore.

    Ex.: G92 S2500 M4;

    Estamos permitindo que o eixo rvore gire at 2500 RPM. A funo G92

    Modal.

    FUNO: G94

    Aplicao: Estabelece programa de avano em polegadas/minuto

    milmetros/minuto.

    Esta funo prepara o comando para computar todos os avanos em

    polegadas/minutos (G20) ou milmetros/minutos (G21). A funo G94 Modal.

    FUNO: G95

    Aplicao: Estabelece programa de avano em polegadas/rotao ou

    milmetros/rotao:

    Esta funo prepara o comando para computar todos os avanos em

    polegadas/rotao (G20) ou milmetros/rotao (G21).

  • 75

    FUNO: G96

    Aplicao: Programao em velocidade de corte constante em Comandos

    Siemens

    A funo G96 seleciona o modo de programao em velocidade de corte

    constante, onde o clculo da RPM programada pela funo "S". Essa funo

    mantm a velocidade de corte fixa e modula a rotao em funo do dimetro

    que esta sendo usinado. Isso pode ser verificado conforme formula abaixo:

    A mxima RPM alcanada pela velocidade de corte constante pode ser

    limitada atravs da programao da funo G92 para comando Siemens e G50

    para comando Fanuc. de extrema importncia que o programador ao utilizar

    a esta funo tenha o cuidado de limitar rotao mxima.

    A funo G96 Modal e cancela a Funo G97.

    Exemplo de utilizao da funo G96 com limitao de rotao para

    comando Siemens:

    N50 G96 S200;

    N60 G92 S3000 M3;

    Exemplo de utilizao da funo G96 com limitao de rotao para

    comando Fanuc:

    N50 G96 S200;

    N60 G50 S3000 M3;

    Importante:

    Essa funo deve ser utilizada sempre em que a usinagem a ser

    executada tenha variao do seu dimetro, por exemplo: Em

    operao de desbaste, faceamento, abertura de canais,

    operaes de corte, etc.

    Caso essa limitao de rotao no seja estipulada pelo

    programador, os equipamentos possuem um limite de segurana

    que depende de cada equipamento. Porem de extrema

    importncia que essa limitao seja determinada pelo programa,

  • 76

    pois quando trabalhamos com variao de dimetro durante uma

    usinagem, quanto menor o dimetro, maior ser a rotao

    Portanto quando o dimetro estiver prximo de zero, a rotao

    tender ao infinito, conforme podemos verificar na formula abaixo:

    Se trabalharmos com rotao fixa, com a variao dos dimetros

    temos a variao da Velocidade de Corte e isso extremamente

    prejudicial para as ferramentas de corte.

    A limitao da rotao com a utilizao das funo G50 ou G92,

    podem ser limitadas de um (01) em um (01) RPM. Como exemplo

    podemos citar os tornos Diplomat que podem ter suas rotaes

    variando de 40 a 4000 RPM.

    FUNO: G97

    Aplicao: Programao em RPM direta.

    programada a RPM diretamente pela funo S, usando um formato

    (S4). A modificao da RPM pode variar atravs das teclas de SPINDLE, de

    50%at 120% da velocidade programada.

    A funo G97 Modal e cancela a Funo G96.

    Exemplo:

    N70 G97 S2500 M3;

  • 77

    FUNES MISCELNEAS OU AUXILIARES

    As funes Auxiliares abrange os recursos da mquina no cobertos

    elas funes anteriores. Estas funes tm formato M2 e apenas um cdigo M

    pode ser programado em cada bloco.

    Cdigo M Funo

    M00 Parada programa

    M02 Fim de programa

    M03 Liga o fuso no sentido horrio (CW)

    M04 Liga o fuso no sentido anti-horrio (CCW)

    M05 Desliga o fuso

    M06 Mudana de ferramenta

    M07 Liga sistema de refrigerao numero 2

    M08 Liga sistema de refrigerao numero 1

    M09 Desliga o refrigerante

    Funo: M00

    Aplicao: parada do Programa (pausa).

    Este cdigo causa parada imediata do programa, refrigerante de corte e

    do eixo rvore. A funo M00 programada, geralmente, para que o operador

    possa virar a pea na placa, trocar faixa de rotao, trocar ferramenta.

    Funo: M01

    Aplicao: parada opcional do programa.

    Esta funo causa a interrupo na leitura do programa. Quando

    programada, porm, esta s estar ativa se o operador acionar a tecla

    localizada no painel de comando "OPTIONAL STOP". Neste caso, a funo

  • 78

    M01 torna-se igual a funo M00. Quando d-se a parada atravs deste

    cdigo, pressionando-se o boto "CYCLE START", a leitura do programa

    reiniciada.

    Funo: M02

    Aplicao: fim de programa.

    Esta funo usada para indicar o fim do programa existente na

    memria do comando, tambm utilizada quando se trabalha com fitas

    emendadas em forma de lao.

    OBS.: ESTA FUNO NO RETORNA O PROGRAMA AO INCIO.

    Funo: M03

    Aplicao: sentido anti-horrio de rotao do eixo rvore.

    Esta funo gira o eixo rvore no sentido anti-horrio olhando-se a placa

    frontalmente. A funo M03 cancelada por: M01; M02; M04; M05; M30 e

    M00.

    Funo: M04

    Aplicao: sentido horrio de rotao do eixo rvore.

    Esta funo gira o eixo rvore no sentido horrio, olhando-se a placa

    frontalmente. A funo M04 cancelada por: M01;M02; M03;M05;M30 e M00.

    Funo: M05

    Aplicao: Desliga o eixo rvore.

    Esta funo quando programada para imediatamente a rotao do eixo

    rvore, cancelando as funes M03 ou M04. A funo M05 ao iniciar o

    programa j est ativa e cancelada por M03 e M04.

    Funo: M08

    Aplicao: liga o refrigerante de corte.

    Este cdigo aciona o motor da refrigerao de corte e cancela-se por:M09;

    M00; M01; M02 e M30.

    Funo: M09

    Aplicao: desliga o refrigerante de corte.

    Este cdigo desliga o motor da refrigerao de corte e est ativa ao

    iniciar o programa.

  • 79

    MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    ENGENHARIA MECANICA DISCIPLINA: PROCESSOS ESPECIAIS DE FABRICAO

    EXERCICIO 01 PROGRAMAO EM TORNO CNC.

    Com base no desenho abaixo, realizar o levantamento dos pontos e das

    coordenadas para X e Z, realizar a programao utilizando a Linguagem de programao

    G utilizando os dados abaixo.

    DADOS IMPORTANTES.

    Velocidade de desbaste 2500rpm Avano em desbaste 0,2m/mim

    Velocidade de acabamento

    2700rpm Avano em acabamento 0,15 m/mim

    Velocidade para operaes de corte a

    abertura de canais

    1300rpm Avano para corte e abertura de canais

    0,08m/mim

    Velocidade para usinagem de rosca

    1200rpm Velocidade de Corte para desbaste

    150 m/min

    Velocidade de corte para acabamento

    170 m/min Velocidade de corte para corte e abertura de canais

    80 m/min

    Raio da ferramenta de desbaste

    0,8mm Largura da ferramenta de corte 3mm

    Dimetro da pea bruta 5 Comprimento da pea bruta 151mm

  • 80

    MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    ENGENHARIA MECANICA DISCIPLINA: PROCESSOS ESPECIAIS DE FABRICAO

    EXERCICIO 02 PROGRAMAO EM TORNO CNC.

    Com base no desenho abaixo, realizar o levantamento dos pontos e das

    coordenadas para X e Z, realizar a programao utilizando a Linguagem de programao

    G utilizando os dados abaixo.

    DADOS IMPORTANTES.

    Velocidade de desbaste 2500rpm Avano em desbaste 0,2m/mim

    Velocidade de acabamento

    2700rpm Avano em acabamento 0,15 m/mim

    Velocidade para operaes de corte a

    abertura de canais

    1300rpm Avano para corte e abertura de canais

    0,08m/mim

    Velocidade para usinagem de rosca

    1200rpm Velocidade de Corte para desbaste

    150 m/min

    Velocidade de corte para acabamento

    170 m/min Velocidade de corte para corte e abertura de canais

    80 m/min

    Raio da ferramenta de desbaste

    0,8mm Largura da ferramenta de corte 3mm

    Dimetro da pea bruta 1 Comprimento da pea bruta 57mm