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CURSO ASL (ACCELERATED STATIC LINE) SALTO COM PÁRA-QUEDAS RETANGULAR PAULO ROBERTO PINTO DA SILVA (P.G.) Instrutor ASL,AFF,BBF,Salto Duplo,Avaliador. RECERTIFICADOR DE SISTEMA(reserva) 1

Apostila Curso Asl

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Apostila do Curso ASL

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Page 1: Apostila Curso Asl

CURSO ASL(ACCELERATED STATIC LINE)

SALTO COM PÁRA-QUEDAS RETANGULAR

PAULO ROBERTO PINTO DA SILVA (P.G.)Instrutor ASL,AFF,BBF,Salto Duplo,Avaliador.

RECERTIFICADOR DE SISTEMA(reserva)CBPq-03532, Cat.D/ USPA-219807

BELÉM-PA

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Page 2: Apostila Curso Asl

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 03

2 HISTÓRICO 04

3 PROGRAMA ASL 06

4 EQUIPAMENTO, VELAMES E ACESSÓRIOS 07

4.1 EQUIPAMENTO STUDENT 074.2 VELAMES 084.3 SISTEMA DE LIBERAÇÃO TRÊS ARGOLAS/STEVENS SYSTEM 094.4 BIRUTA 094.5 CAPACETE, RÁDIO, ÓCULOS, LPU E MACACÃO 104.6 DAA 10

5 AVIÃO 10

6 POSIÇÃO BOX 11

7 SEQUÊNCIA DO SALTO 11

7.1 SEQUÊNCIA DE SAÍDA 117.2 CONTAGEM 127.3 CHECK DE VELAME 127.4 NAVEGAÇÃO 137.4.1 REGRAS PARA UMA BOA NAVEGAÇÃO 137.4.2 TRÁFEGO PADRÃO PARA POUSO 137.4.3 TABELA DE CURVAS 137.4.4 RÁDIO 147.5 RECOLHIMENTO 14

8 EMERGÊNCIAS 15

8.1 EMERGÊNCIAS EM VÔO E NA SAIDA8.2 EMERGÊNCIAS EM QUEDA LIVRE 158.3 EMERGÊNCIAS COM VELAME 168.4 EMERGÊNCIAS NO POUSO 21

9 CONCLUSÃO 22

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Page 3: Apostila Curso Asl

1 INTRODUÇÃO

“ Mais vale dois segundos na vida como águia, do que cem anos como carneiro”

Prezado(a) Aluno(a),

Você está iniciando a prática de um esporte radical espetacular ! Não existe outro que lhe proporcione as emoções da queda livre.

O curso será ministrado em 08 (oito) horas teóricas e está dividido nos seguintes temas: histórico, programa ASL, equipamentos, velames e acessórios, avião, posição box, seqüência do salto e emergências.

Os equipamentos e aeronaves utilizados atendem as normas técnicas e de segurança estipuladas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e pela Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPQ). Você encontrará, à sua disposição, toda a infra-estrutura indispensável à prática do pára-quedismo com absoluta segurança.

Esta apostila contém informações básicas dos pontos de maior importância do curso para facilitar sua memorização e/ou consultas posteriores. Se ela, eventualmente, não responder a alguma dúvida que você possa ter, consulte seus instrutores. Eles terão o máximo prazer em atendê-lo(a).

Siga atentamente as instruções aqui descritas e o que lhe for ensinado durante o curso. Confie nos seus instrutores e, acima de tudo, confie na sua própria capacidade.

BONS SALTOS ! DIVIRTA-SE !|Equipe de Instrutores

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Page 4: Apostila Curso Asl

2 HISTÓRICO

Em 1306, acrobatas chineses usavam objetos comparáveis aos nossos guarda-chuvas nos espetáculos, para amortecer as quedas.

Na idade contemporânea, LEONARDO DA VINCI idealizou o primeiro pára-quedas. Uma pirâmide com estruturas de madeira, coberta com um pano resistente e com cordas que convergiam para um ponto onde o pára-quedista pudesse segurar.

Em 1617, FAUSTO VERANZIO, italiano, realiza o primeiro salto de pára-quedas, atirando-se do alto da torre da Catedral de Veneza, pousando sem acidentes.

Em 1797, o francês ANDRÉ JACQUES GARNERIN executa um salto de pára-quedas partindo de um balão. Fora o enjôo causado pelas fortes oscilações, a sua descida se deu em boas condições. Em 1802, utilizando um novo pára-quedas, ele realiza um salto de 8.000 pés. Por fazer regularmente o uso do pára-quedas, fez jus ao título de “primeiro Pára-quedista”.

O astrônomo LELANDES sugeriu que GARNERIN fizesse uma abertura na parte central do velame para diminuir as oscilações. Esta abertura é conhecida por “ÁPICE”.

Em 1908, o americano LEO STEVENS desenhou um modelo de pára-quedas que era acionado manualmente.

No mesmo ano, GEORGIA BROADWICK, com apenas 14 anos, executou um salto de um balão. Foi a primeira mulher no mundo a saltar de um avião.

Em 1910, PINO, italiano, inventou um pequeno pára-quedas que atado ao vértice do velame, auxiliava a sua extração.

Em 1911, o americano GRANT MORTON realiza o primeiro salto de uma aeronave em vôo.

Em 28 de abril de 1919, LESNIE IRVIN realizou o primeiro salto livre, abandonando o avião a 1.500 pés e acionando o punho de comando logo após a saída.

Em 1928, H. E. SPUD MANING realiza o seu primeiro salto. Ele é considerado o pai da moderna técnica de queda livre.

Em 1936, a Rússia realiza o primeiro salto operacional, lançando 5.000 homens nas manobras em Kiev.

Em 1938, RICHARD H. HART observou que um rasgo em seu velame, fazia com que o mesmo se deslocasse em uma determinada direção. Nasceram então as fendas nos velames e os princípios da NAVEGAÇÃO.

Em 1945, FRANK DERRY provocou dois rasgos em seu velame e colocou linhas direcionais para orientá-los por meio de batoques.

4

Page 5: Apostila Curso Asl

Em 1968, um americano inventou um pára-quedas com duas camadas de tecido ligadas entre si, com um formato de asa. Nasceram os “VOLPLANE”, que deram origem aos famosos pára-quedas da série “STRATO”. Estava criado o pára-quedas tipo “ASA”.

No BRASIL o pára-quedismo tem inicio com CHARLES ASTOR, em 1931, no Aeroclube de São Paulo. Atuou sozinho formando alunos pelo BRASIL e foi sem sombra de dúvida o maior incentivador do esporte em nosso País.

Em 1941, no Campo dos Afonsos - RJ acontece o primeiro salto coletivo na América do Sul, realizado por 12 alunos de CHARLES ASTOR.

De 1941 a 1943 funcionaram duas escolas de pára-quedismo no Rio Grande do Sul, uma no Aeroclube e outra na VARIG.

Em 1944, o Capitão ROBERTO DE PESSOA é o primeiro militar brasileiro a realizar um curso de pára-quedismo, tendo que fazê-lo no exterior. O Capitão DE PESSOA foi "brevetado" nos EUA e em 1945 o Exército Brasileiro envia aos EUA mais 34 militares, que ao retornarem passam a integrar a recém criada Escola de Pára-quedistas do Exercito Brasileiro, atual Centro de Instrução Pára-quedista General Penha Brasil, organização militar integrante da Brigada de Infantaria Pára-quedista, com sede no Rio de Janeiro, RJ.

No meio civil apenas eram realizadas, esporadicamente, algumas demonstrações. Em 1958 é criada no Rio de Janeiro a equipe ÍCAROS MORDERNOS que, em 1961, se tornaria um dos primeiros clubes brasileiros de pára-quedismo.

Daí em diante, os clubes proliferaram, criando-se Federações estaduais que se uniram para criar a UNIÃO BRASILEIRA DE PÁRA-QUEDISMO (UBP).

A partir de 1975, a UBP, ajustando-se aos dispositivos esportivos legais em vigor, muda sua denominação para CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PÁRA-QUEDISMO - CNPq, enquadrando-se no sistema desportivo nacional.

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Page 6: Apostila Curso Asl

3- PROGRAMA ASL

TABELA DE PROGRESSÃO DO ASL

SALTO NÍVEL ALTURA(mínima)

NOME OBJETIVOS Tempo QL

1I 4000 pés Orientação básica Posição e contagem -

23

II 4000 pés Simulações Simulação de comando -456

III5500 pés Sai e abre Boa saída e posição,

consciência de altura, e de referência

5 Seg7 6500 pés

Queda estável10 Seg

8 7500 pés 15 Seg9

IV 8000 pés Curvas de 90º Iniciar e parar curvas 20 Seg1011

V10000

pés Curvas de 360º Curvas de 360º 30 Seg12

13VI

10000 pés

Recuperação de estabilidade

Looping ou toneauSaída de mergulho

Looping até 7500 pés45 Seg

14

15VII

10000 pés

Meia série e delta Looping, curvas e delta 45 Seg16

QL = QUEDA LIVRE

OBS: Caso haja dificuldade na realização de cada nível o aluno deverá repetir o salto no qual teve dificuldade.

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Page 7: Apostila Curso Asl

4 EQUIPAMENTO, VELAMES E ACESSÓRIOS

4.1 EQUIPAMENTO STUDENTA partir de agora você começa a conhecer o STUDENT, o mais moderno, confortável

e seguro equipamento para salto de alunos da atualidade. Este equipamento reúne todos os dispositivos necessários à realização de um bom

salto. Velames (principal e reserva) retangulares de adaptação dorsal, com dispositivo de abertura automática (FXC) ou CYPRESS e Sistema Stevens.

VISTA FRONTAL

VISTA TRASEIRA

7

Stevens System Sistema de três argolas

DAA (FXC)Punho desconecto

do PQD Principal Punho de acionamento

do PQD Reserva

Tirante do peito

Tirantes das pernas

Tirante abdominalEquip. antigos

Ajustador Vertical(tirante de sustentação)

Aba do reserva

Fita do Stevens System

Cabo do punho deacionamento doPQD reserva

Cabo do DAA (FXC)

Gancho

Compartimento do PQD Reserva

Fita de abertura

Aba do principalCompartimento do

PQD Principal

Page 8: Apostila Curso Asl

4.2 VELAMES (Principal e Reserva)

Entende-se como VELAME a parte de tecido e linhas do equipamento. No Student tanto o principal quanto o reserva são retangulares, o principal com 9 células e o reserva com 7 células.

O velame (a) possui ainda o slider (b) (sistema de freio de abertura), link (argola de metal com rosca que une os tirantes às linhas), estabilizadores (c) (tecido extra localizado nas extremidades direita e esquerda com a finalidade de manter o vôo estável sem deslizamentos laterais), cross porters (aberturas circulares nas paredes internas ou comunicação entre células facilitando assim a pressurização).

O velame possui um perfil semelhante ao de uma asa de avião, com o ar entrando em suas células e não saindo, cria-se quase uma superfície rígida. Sendo assim, segue os princípios de qualquer asa, adquirindo velocidade ganha sustentação, ficando, portanto, com duas velocidades, a horizontal e a vertical.

Fazem parte do equipamento: * O

Pára-quedas Piloto (d), após ser liberado, tem como função iniciar o processo de abertura do pára-quedas principal.

* As Alças de Navegação/freio/ batoques (e), são conectadas às linhas direcionais do velame permitindo a execução das manobras.

* Os Tirantes de Suspensão (f) têm a função de unir o velame ao equipamento. São divididos em dianteiros e traseiros (direito e esquerdo). O equipamento suspenso é o recurso auxiliar para a simulação e treinamento dos procedimentos e técnicas que serão utilizadas no salto.

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1

2

3

ESTABILIZADOR

4 5 6 78

9

PILOTINHO

a

bc c

d

e e

f

Page 9: Apostila Curso Asl

4.3 SISTEMAS DE LIBERAÇÃO TRÊS ARGOLASEste sistema tem por finalidade principal conectar ou liberar o velame do

equipamento de forma rápida e segura. É sem dúvida o melhor e mais eficiente já fabricado, trata-se de um sistema simples.

Atualmente, quase todos os equipamentos de pára-quedismo utilizam o sistema 3 argolas e para checá-las basta verificar se elas estão livres a movimentos e se o loop está bem fixado pelo cabo flexível do desconector.

4.4 BIRUTA

Direção do vento Direção do pouso

Equipamento de muita importância na navegação e no pouso, tem normalmente, tamanho grande e cores contrastante com o solo o suficiente para que o pára-quedista possa visualizá-la com facilidade de uma altura segura para sua navegação. É fabricada em forma de cone, geralmente é comparada com um grande coador de café, tem um aro na frente que serve de base para o apoio no solo e para manter a parte da frente (entrada do vento) sempre aberta. EX: Quando a Biruta se apresenta tesa (desenho acima) está indicando vento forte.

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Page 10: Apostila Curso Asl

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4.5 CAPACETE, RÁDIO, ÓCULOS, LPU (usado em saltos próximo de superfície liquida), MACACÃO E ALTÍMETRO.

4.6 - DAA (Dispositivo de Abertura Automática)

É o equipamento utilizado como dispositivo desegurança. Sua funçãoé comandar o pára-quedas reserva emuma situação de emer-gência, em uma alturapré-determinada, casoO pára-quedista não o faça.

Existem vários modelos de DAA e seu funcionamento se dá por meio mecânico e eletrônico..

5 AERONAVES

A aproximação da aeronave é sempre feita em companhia de um de seus instrutores, por trás ou pelo lado, nunca pela frente. Tome muito cuidado com a hélice, mesmo estando parada, jamais toque nela!

Se for necessário atravessar a pista de pouso, muita atenção, olhe para os lados e para cima, atenção nas áreas de táxi das aeronaves.

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RÁDIO TRANSMISSOR

RÁDIO RECEPTOR

CAPACETE RÍGIDO

ALTÍMETRO

Cypress

FXC - 12000

Page 13: Apostila Curso Asl

Embarcando ou movimentando-se no interior da aeronave, não toque em nenhum instrumento, e procure sempre proteger os punhos (desconecto e reserva) de seu equipamento.

Mais para o seu conhecimento, e talvez para um futuro próximo, caso venha a saltar de helicópteros, tenha em mente que a aproximação deverá ser feita pela frente e pelos lados da aeronave, jamais pelos fundos, pois acidentes com o rotor de calda podem acontecer.

6. POSICÃO BOX

Vista frontal Vista lateral Vista traseira Vista aérea

Seus braços e anti-braços deverão fazer ângulos de 90 graus, sua coxas estarão com uma abertura aproximada de 45 graus e suas pernas deverão estar flexionadas em aproximadamente 45 graus.

Deitado no chão ou sobre uma mesa, a única parte de seu corpo que ficará em contato com a superfície é a região do umbigo. Treine bastante esta posição.

7. SEQUÊNCIA DO SALTO

7.1 SEQUÊNCIA DE SAIDANa reta final( SEGUNDOS ANTES DE SUA SAIDA), você será questionado:

1. PRONTO PARA O SALTO?2. A QUE ALTURA NÓS ESTAMOS?

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Page 14: Apostila Curso Asl

Logo após, serão dados os seguintes comandos:1. PREPARA

Coloque as mãos nos batentes da porta e os pés no estribo.2. EM POSIÇÃO

Coloque a mão esquerda no montante e depois a direita, pise no estribo com os dois pés, fique pendurado no montante e olhe para o instrutor. (POSIÇÃO SELADA!!!)

3. REFERENCIAOlhe para a referência (ponto acima da cabeça) na asa do avião, concentre na POSIÇÃO BOX e solte as mãos. Inicie a contagem

OBS- O posicionamento de saída muda conforme o avião usado no momento do salto.

7.2 CONTAGEM

NIVEL I: “SELA”, “UM MIL”, “DOIS MIL”, “TRÊS MIL”, “CHECK”.NÍVEL II: “SELA”, “”, “PEGA”, “PUXA”, “CHECK”NÍVEL III: “SELA”, “PEGA”, “PUXA”, “CHECK”

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Page 15: Apostila Curso Asl

7.3 CHECK DE VELAME

O check de velame tem por finalidade analisar se não houve interrupção na seqüência de abertura e verificar as condições de vôo. Após o término da contagem, proceda IMEDIATAMENTE o check visual e funcional.

CHECK VISUAL1.Velame retangular, células infladas2. Linhas esticadas e desembaraçadas3. Slide baixo

CHECK FUNCIONAL1. Pegue ambos os batoques e puxe em toda a extensão dos braços por 5 Seg (FLARE).2. Curva de 90o à esquerda3. Curva de 90o à direita

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1

3

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Page 18: Apostila Curso Asl

7.4 NAVEGAÇÃO ( aulas recomendada para o segundo dia)

É o ato de dirigir o velame até o local de pouso pré-determinado. Existem regras a serem cumpridas durante este percurso. Tal qual os aviões vindo para pouso, os pára-quedas também precisam de um tráfego específico, de forma que o risco de colisão seja nulo.

7.4.1 REGRAS PARA UMA BOA NAVEGAÇÃOa. Identificar a área após o cheque (Onde estou, para onde vou ?);b. Identificar a biruta, a direção do vento e sua intensidade;c. Identificar os pontos A, B e C: d. Manter-se dentro do quadrante de espera até atingir 1000';e. Realizar curvas de 90o à esquerda dentro do tráfego para pouso;f. Pousar com vento de nariz;g. Fazer pequenas correções no velame para alinhar com o vento ou desviar de

obstáculos.OBS: Você é capaz de navegar sozinho, o rádio é apenas um auxílio extra.

7.4.2 TRÁFEGO PADRÃO PARA POUSO

Será realizado SEMPRE tendo o alvo à sua esquerda, e em três pontos (A, B e C). Ao iniciar a navegação, localize-se em relação à área de pouso, localize a biruta observando a sua direção e forma. Dirija-se para frente da biruta (Área de Espera).

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Page 19: Apostila Curso Asl

7.4.3 TABELA DE CURVAS

ALTURA AMPLITUDE

1000 a 300’ 90o

300 ao alvo 45o

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Page 20: Apostila Curso Asl

Sempre que precisarmos fazer uma curva que exceda a amplitude máxima , faremos a curva em dois tempo até atingirmos o nosso objetivo.

É importante sabermos sempre a altura em que nos encontramos antes de realizarmos qualquer curva. Consulte o seu altímetro antes de realizá-la.

Você também estará sendo avaliado (a) pela sua navegação.

7.4.4. RÁDIO

Você estará sendo auxiliado em sua navegação por um Instrutor ou Mestre de Salto, que após a abertura do velame e a realização dos checks, irá testar o rádio. Feito o teste, você deverá realizar a navegação sozinho, como lhe foi ensinada. Caso você tenha alguma dificuldade, receberá auxilio via rádio.

Os comandos via rádio serão da seguinte maneira: Aluno num. 1, FAÇA UMA CURVA DE Xº À ESQUERDA/DIREITA.

Para o pouso, os comandos serão os seguintes: LEVANTE OS BRAÇOS (planeio total do velame), JUNTE OS PÉS, ATENÇÃO, MEIO FREIO... FLARE.

7.5 RECOLHIMENTO DO VELAMEa. Estique as linhasb. Faça uma argola em toda a extensão das linhasc. Não arraste o velame no chão, você caminha na direção dele.d. Jogue as linhas em cima do velame.e. Abrace todo,sem deixar nada arrastando.f. Leve-o até o local de dobragem.g. Coloque-o no chão com cuidado de forma a facilitar o trabalho do dobrador.h. Entregue seu capacete, altímetro, LPU, macacão a um de seus instrutores.

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Page 21: Apostila Curso Asl

8 EMERGÊNCIASA possibilidade de ocorrer uma pane é real. O PÁRA-QUEDISMO É UM ESPORTE

POTENCIALMENTE PERIGOSO. Você pode se machucar saltando de pára-quedas. Esteja preparado(a).( NESSA MATÉRIA A PREVENÇÃO É A PALAVRA CHAVE)

As emergências são situações incomuns que podemos encontrar durante qualquer fase do salto. Podemos dividi-las em seis categorias:

1. Em vôo;2. Na saída3. Em queda livre;4. Comando.5. Com o velame;6. No pouso.

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Page 22: Apostila Curso Asl

PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA Ação executada pelo pára-quedista com a finalidade de liberar o pára-quedas principal, em pane, e comandar o pára-quedas reserva.

Seqüência: a- Selar; b- Olhar para o punho desconecto c- Pegar o desconecto com as duas mãos (direita e esquerda);

d- Olhar para o punho do reserva (outro); e- Puxar o desconecto olhando para o punho do reserva; f- Pegar o punho do reserva com as duas mãos (esquerda e direita); g- Puxar o punho do reserva; e h- Selar. Acompanhe a execução do exercício:

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Page 23: Apostila Curso Asl

a. Slider alto: É uma anormalidade de baixa velocidade. Esta é uma situação que todos ou quase todos os pára-quedistas já passaram, é 99% solucionável, no entanto causa uma alteração no desenvolvimento do velame e por isso e necessário uma ação corretiva.

b. Células das pontas fechadas: É uma ocorrência de baixa velocidade, tal como a ocorrência anterior, pelo fato de ser um acontecimento corriqueiro principalmente nos saltos efetuados pelos alunos, na maioria das vezes é solucionável. Normalmente acontece pelo fato do ar, no interior do velame, ainda não ter se distribuído de forma homogênea.

c. Twist: É também um caso com o qual quase todos os pára-quedistas já se depararam. O twist acontece quando a bolsa é extraído do container de forma desordenada ou a posição incorreta do pára-quedista na hora da abertura. O procedimento correto é: (manter os batoque alojados antes de desfazer o twist), separe os tirantes com as mãos, chutar no sentido contrário à torção.

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Page 24: Apostila Curso Asl

d. Piloto passando pelo bordo de ataque (pilotinho na frente do velame): É uma ocorrência de baixa velocidade. Apesar do pilotinho estar preso ao bordo de ataque, não provocando a desconfiguração do velame ou das condições de vôo, é necessária uma navegação cuidadosa. Porém vale ressaltar que como em qualquer outra situação de anormalidade, deve-se realizar o check visual e funcional. Nota: procure não fazer curvas fortes durante a navegação.

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Page 25: Apostila Curso Asl

e. Rasgo no velame: É um incidente que pode ser de baixa ou alta velocidade. Observe o tamanho do rasgo. Deve ser realizado o Check funcional. Observar o rasgo e o comportamento de planeio do velame durante a navegação.

f. Line over: neste tipo de ocorrência o velame apresenta-se desconfigurado e reage de forma instável e com giros.

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Page 26: Apostila Curso Asl

g. Velame não sai da bolsa (bag Lock): Acontece quando existe a extração da bolsa do container até as linhas esticarem (no seu todo ou em parte). O tirante está esticado, mas o velame não é extraído da bolsa.

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Page 27: Apostila Curso Asl

h. Ferradura: Acontece quando as abas de proteção do pino do principal abrem antes do pára-quedista lançar o pilotinho de mão (hand deploid), ou quando o pilotinho fica preso no corpo do pára-quedista ou em seu equipamento. Este incidente pode ocorrer em virtude de uma má posição do corpo do pára-quedista no momento da abertura ou por uma abertura prematura do container nos equipamentos com sistema de abertura “hand deploy”.

j. Bi plano: Esta situação acontece quando ambos os velames abertos ficam um à frente do outro e voam na mesma direção .

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Page 28: Apostila Curso Asl

l. Side-by-side: Esta situação ocorre quando ambos os velames voam lado a lado na mesma direção.

Down plane: Acontece quando ambos os velames voam em direção ao solo. Um downplane mergulha para o solo.

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Page 29: Apostila Curso Asl

.

n. Bolsa não sai do container (Parachute in tow): Acontece quando o pára-quedista lança o seu pilotinho, mas este não puxa o pino, e o container continua fechado. ***No ASL, pode ocorrer caso alguma parte da fita STATIC LINE arrebente!!!

o. Linhas arrebentadas: 01 (uma) arrebentada, Check funcional. Mais de uma arrebentada, Procedimento de emergência.

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Page 30: Apostila Curso Asl

A PRINCÍPIO UMA ANORMALIDADE

CÉLULAS FECHADAS

SLIDER ALTO resolve

FREIO SOLTO

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

UMA LINHA ARREBENTADA

RASGO convive

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Page 31: Apostila Curso Asl

PILOTINHO PELA FRENTE

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

TWIST (ida)

TWIST ANORMALIDADE

1 – Manter os batoques alojados

2 – Separar os tirantes

3 – Chutar no sentido contrário ao twist

4 – . O twist continuar abaixo de 2.500 pés

realizar Procedimento de Emergência (PE)

BIPLANO (b)(b) PANENavegar com os tirantes da frente do vel. dianteiro

SIDE-BY-SIDE PANENavegar com os tirantes

de dentro

DOWN PLANE PANE 1 – Desconectar

FERRADURA PANE 1 – Comanda o principal

VELAME NÃO SAI DA BOLSA (BAG LOCK)

PANE1 –(IDA) Procedimento de

Emergência.

BOLSA NÃO SAI DO CONTAINER

(PILOT CHUTE IN TOWN)

PANE1 –(IDA) Procedimento de

Emergência.

NÃO ACHA O PUNHO PANE1 – (IDA)Procedimento de

Emergência.

PUNHO DURO PANE1 –(IDA) Procedimento de

Emergência.

LINE OVER PANE1 –(IDA) Procedimento de

Emergência.

LINHA DE ANORMALIDADE 1 – CHECK FUNCIONAL

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Page 32: Apostila Curso Asl

SUSTENTAÇÃO ARREBENTADA

LINHA DIRECIONAL ARREBENTADA

PANE1 – Procedimento de

Emergência.

PILOTO PASSANDO PELO BORDO DE

ATAQUEANORMALIDADE 1 – CHECK FUNCIONAL

FENDA PORTUGUESA PANE1 – Procedimento de

Emergência.

GIROS DESCONTROLADOS

PANE1-(IDA) Procedimento de

emergência

COLISÃO DE VELAMES--------------------------------------

RÁDIO FALHAR

Diminuir a área de atrito( encolher o máximo o corpo)--------------------------------------------------------------------Continua navegação normalmente

ROTA DE COLISÃO Fazer curva pro lado divergenteEMERGÊNCIA NO POUSO Posição preparatória (rolamento)

OBSTÁCULOS

Árvores.TelhadosFios elétricosCercas.Paredes.Água (sair do equipamento após entrar na água)

POSIÇÃO PREPARATÓRIA

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Page 33: Apostila Curso Asl

POSIÇÃO PREPARATÓRIAÉ recomendado adotar essa técnica em pousos sem rádio, fora da área, em áreas desconhecidas, aproximação com final

veloz e em QUALQUER TIPO DE OBSTÁCULO.

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Page 34: Apostila Curso Asl

PROVA ESCRITAAZUL DO VENTO - AVALIAÇÃO ESCRITA

A avaliação escrita do curso teórico de pára-quedismo é um material desenvolvido com exclusividade para a Azul do Vento.Após terminar a parte teórica do curso básico, o aluno responde a prova. Quando o espaço for insuficiente, utilizar o verso da página.

Data_________Hora Início______Hora Término______Instrutor________________

Correção feita por__________ Visto do aluno após a correção___________________

GERALQuais as partes do corpo devem ser aquecidas e alongadas antes do salto?

Que condições e atividades, que quando praticadas em período próximo ao dia (ou no dia) do seu salto, sugerem que você não realize saltos de pára-quedas?

Que documentos devem ser checados na secretaria antes de qualquer atividade de salto?

Quando fazer o check list enquanto aluno em progressão?

EQUIPAMENTO Explique a localização e funções do Principal e do Reserva no Container, dos punhos do Principal e do Reserva (metal), do desconector (vermelho), do sistema de três argolas, do Skyhook (amarelinho) e do DAA (Vigil).

Quantas células tem o pára-quedas principal e o reserva?

Quais são os nomes das partes do pára-quedas que você aprendeu durante o curso, além daquelas já mencionadas acima?

Como funciona o Stevens ou o Skyhook (Amarelinho) e para que serve?

CUIDADOS E PROCEDIMENTOS NO EMBARQUE E DURANTE A SUBIDA?Quais são os cuidados durante a aproximação da aeronave e embarque?

Quais são os cuidados durante a subida da aeronave?

PROCEDIMENTO DE LANÇAMENTO E SAÍDA?Explique como é o procedimento de lançamento?

E o procedimento de saída (posicionamento, cheques e movimentos)

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Page 35: Apostila Curso Asl

Qual é a importância de uma boa contagem (movimentos) e saída (por que o aluno e os dois instrutores te que sair ao mesmo tempo – timing)?

PANES NA AERONAVE Qual é a sua primeira providência em caso de pane na aeronave?

Qual é a diferença de saída antecipada e saída de emergência? ?

Qual é o procedimento (o aluno deverá demonstrar) a ser realizado caso aconteça uma pane na aeronave nas seguintes alturas, depois de se comunicar com o seu instrutor?Até 1500?

Entre 1500 e 3500 pés de altura?

Acima de 3500 pés ? Saída solo

Saída com os JMs

E se o impedimento for externo (controle aéreo, camada de nuvens)?

Até 6000 pés?

Acima de 6000 e abaixo de 9000 pés.

Qual é o seu procedimento no caso de abertura prematura? Dentro da aeronave:

Quando qualquer parte do pára-quedas é exposta ao vento relativo:

QUEDA-LIVREComo proceder nos seguintes casosSaída instável

Perda de 1 JM

Perda dos 2 JMs

Altímetro fora de posição

Altímetro em pane

Nuvem (em queda-livre)

Qual é a coisa mais importante (prioridade máxima) em todo salto?

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Page 36: Apostila Curso Asl

Se você estiver solo e instável em queda-livre, qual é o seu procedimento?

POSIÇÃO DE QUEDAComo é a posição de queda-livre (Box)? Qual é a importância de estar selado e relaxado?

Explique quais são e para que servem os 5 sinais de posição e 3 de seqüência de mão para fazer correções e verificar a reação do aluno.

OBJETIVOS, CIRCULO DE CONSCIENTIZAÇÃO E SIMULAÇÕESQuais são os cinco objetivos do nível I?

Explique o Circulo de Conscientização:

Explique as simulações:

ACIONAMENTOQual é a altura de abertura do pára-quedas?

Descreva o procedimento de comando

SEQÜÊNCIADescreva a seqüência completa do salto (seqüência completa desde o posicionamento na porta – escrever no verso da folha)

PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIADescreva o procedimento de emergência

EMERGÊNCIAS NO ACIONAMENTONão acha o punho

Punho duro

Estagnação

Pilot chute in tow

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Page 37: Apostila Curso Asl

Como proceder se estiver você estiver instável durante uma das situações acima.

CHEQUE VISUAL E FUNCIONALDescrever o cheque visual

Descrever o cheque funcional

Por que é necessário olhar antes de virar?

Caso necessário, você pode soltar os batoques?

Quais são as duas primeiras ações após o cheque funcional?

ABERTURA O que é uma pane? De exemplos:

Cite os procedimentos referentes as 3 situações que podem ocorrer após o acionamento: Pára-quedas aberto

Anormalidade Pane

O que fazer se o batoque estiver inoperante?

Em caso de dúvida?

ANORMALIDADESO que é uma anormalidade?

Qual é procedimento no caso de anormalidades?

Quais são as anormalidades que, a princípio, são corrigidas quando se faz o flare?

Quais são as situações que não são corrigidas no CF, mas que, a princípio, pode-se conviver com elas?

Como se procede com o Twist?

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Page 38: Apostila Curso Asl

Qual é a altura para tomada de decisão?

Como você deverá proceder se estiver tentando desfazer um Twist e, ao olhar o altímetro, constatar que esta a menos de 2500 pés (ex.: 1900 pés)?

O que você deve fazer em caso de dúvida (está aberto, é pane ou anormalidade?)?

NAVEGAÇÃOExplique os procedimentos de navegação

Faça um desenho com a biruta, direção do vento, seta, pontos A, B e C com suas respectivas alturas e pontos de referência (use o verso desta folha).

Quais são as alturas para navegação dentro do Circuito (Tráfego pontos A, B e C)?

O que fazer após fazer a última curva à esquerda no ponto C e aproar o pára-quedas contra o vento?

Quais são os comandos de rádio?

Explique as 3 áreas de atuação nos batoques do pára-quedas (verde, amarela e vermelha)

NAVEGAÇÃO (EMERGÊNCIAS)Caso você esteja em dúvida se vai chegar à área de pouso, a que altura você deve decidir procurar uma alternativa?

Como proceder no caso de pouso fora da área?

Como deve ser a área alternativa para pouso?

O que fazer se o rádio estiver inoperante?

Como proceder no caso de navegação dentro de nuvem?

Como proceder se estiver em rota de colisão frente à frente?

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Page 39: Apostila Curso Asl

Como proceder no caso de colisão de velames?

Como proceder no caso de dois pára-quedas abertos (utilizar o verso da folha)?

POUSO PADRÃO E OBSTÁCULOSComo proceder na hora do pouso padrão?

O que você deve fazer quando ouvir “BRAÇOS ALTOS”?

E quando ouvir “meio freio”?

O que você deverá fazer quando ouvir “flare”?

Como proceder no caso de pousos especiais (em geral)?

Como proceder caso tenha pousado fora da área?

Como proceder se estiver sendo arrastado pelo vento no solo?

Qual é o procedimento geral para pouso em obstáculos?

Qual é o procedimento específico para pouso em alta tensão?

Qual é o procedimento específico para pouso em água?

SOBRE O ESPORTE, RISCO E PREPARO PARA O SALTOO pára-quedismo é um esporte de risco. Você está consciente dos riscos do esporte? Quem é a pessoa responsável pelo seu salto?

Você se sente preparado para o salto?

Nome Assinatura

___________________

Prova atualizada rptt 09 Jul 2010 Doc. 02 DeptoInstrAV

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Page 40: Apostila Curso Asl

9 CONCLUSÃO

Neste momento encerramos a parte teórica do curso. Será realizada uma pequena avaliação com a finalidade de verificar se os conhecimentos mais importantes ensinados foram entendidos e apreendidos.

Desejamos reforçar alguns pontos importantes. Sempre tire suas dúvidas com seu instrutor. Aproveite cada etapa de sua progressão no esporte, jamais tente “pular” etapas. Este curso habilita o aluno para os saltos do nível I do Programa ASL. Para os demais saltos, alguns novos conhecimentos deverão ser transmitidos pelos I ASL e/ou MS ASL. Siga sempre as normas de segurança!!! O esporte, assim como qualquer outro, exige dedicação e a observação de determinadas regras. Seja feliz!!!

Bons saltos e bons pousos !!!

Agradeço aos seguintes instrutores pelo apoio e colaboração na minha formação pára-quedista:* Cel. Theophilo 115-E, ex-Pres CNPq meu instrutor no C Bas15 Nov 92* Jorge 15641-E e Siqueirinha 11763-E, meus instrutores no C ASL 03 Out 93* Marcelo Ricci 12619-E, pelos dois anos de aprendizagem 94 e 95* Joás Ferreira 07339-E, pela confiança depositada de 97 a 00* Jimmy Faria 08991-E, meu instrutor-examinador no C JMASL 31 Dez 01* Ponteiro 16146-E e Marcão 07310-E, meus instrutores no C JMAFF 01 Nov 03# Paulo Roberto (P.G.)03532-D/ IASL, IAFF, Tendem, Recertivicador #Azul do Vento #Skydive Açaí

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